Modelagem Tridimensional da Ilha Grande_Angra
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Modelagem Tridimensional da Ilha Grande_Angra
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO FACULDADE DE ENGENHARIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CARTOGRÁFICA MODELAGEM TRIDIMENSIONAL DA ILHA GRANDE, ANGRA DOS REIS (RJ) RICARDO DUARTE DE OLIVEIRA RIO DE JANEIRO 2010 RICARDO DUARTE DE OLIVEIRA MODELAGEM TRIDIMENSIONAL DA ILHA GRANDE, ANGRA DOS REIS (RJ) Trabalho de conclusão de curso apresentado à Faculdade de Engenharia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, como requisito parcial para obtenção do título de graduação em engenharia cartográfica. Orientador: Prof. Dr. Gilberto Pessanha Ribeiro RIO DE JANEIRO 2010 1 2 Sumário 1. Introdução .................................................................................................................. 9 2. Objetivo ................................................................................................................... 10 3. Caracterização geográfica da área de estudo ........................................................... 10 4. Fundamentação teórica ............................................................................................ 12 4.1. Controle de qualidade dos produtos cartográficos cartográficos ................. 12 Padrão de Exatidão Cartográfica (PEC) no Brasil ....................................... 13 4.2. SIG e dados vetoriais ................................................................................... 14 4.3. Amostragem de Dados Tridimensionais...................................................... 16 5. Desenvolvimento ..................................................................................................... 18 5.1. Método de trabalho ...................................................................................... 18 5.2. Dados utilizados........................................................................................... 19 5.2.1 Dados cedidos pela CPRM ................................................................. 19 5.2.2 Dados cedidos pela Secretaria de Meio Ambiente - Prefeitura Municipal de Angra dos Reis ................................................................................. 21 5.2.3 Dados gerados pelo IBGE .................................................................. 22 5.3. Pontos de controle GNSS ............................................................................ 23 Base RBMC ................................................................................................. 24 Ponto BASE (CEADS) ................................................................................ 29 Ponto BASE QUADRA............................................................................... 35 Utilização de Efemérides Precisas ............................................................... 40 Ponto IEF ..................................................................................................... 43 Ponto PAPAGAIO ....................................................................................... 45 Levantamento cinemático da estrada Abraão Dois-Rios ............................. 46 5.4. Pontos de controle utilizados ....................................................................... 49 5.5. Determinação da ondulação geoidal e cálculo da altitude ortométrica. ...... 51 Mapa de ondulação geoidal ......................................................................... 53 3 Altitude ortométrica dos pontos de controle. ............................................... 55 6. Geração do Modelo Digital de Superfície (MDS)................................................... 56 6.1. Redução das amostras .................................................................................. 58 6.2. Transformando em dados tipo ponto ........................................................... 61 6.3. Modelos gerados a partir de grades regulares (GRID) ................................ 62 6.3.1. Média aritmética ponderada............................................................ 64 6.3.2. Interpolador de curvatura mínima Spline ....................................... 66 6.3.3. Método Kriging............................................................................... 68 6.3.4. Interpolação por vizinho mais próximo .......................................... 70 6.4. Malha vetorial triangular ............................................................................. 72 6.5. Tempo de processamento do MDS .............................................................. 74 6.6. Controle de qualidade altimétrica dos modelos gerados ............................. 74 7. Dados gerados a partir do MDS .............................................................................. 81 7.1. Mapa de declividade .................................................................................... 81 7.2. Mapa de sombreamento ou insolação .......................................................... 82 7.3. Mapa hipsométrico ...................................................................................... 83 8. Conclusão ................................................................................................................ 84 Referências bibliográficas .............................................................................................. 86 Anexos e apêndices ........................................................................................................ 88 ANEXO I - Normas Técnicas da Cartografia Nacional (Decreto nº 89.817, de 20 de junho de 1984) ....................................................................................................... 88 APÊNDICE I – Mapa de ondulação geoidal......................................................... 97 APÊNDICE II – Mapa de Declividade gerado a partir de MDS .......................... 99 APÊNDICE III – Mapa de insolação gerado a partir de MDS ........................... 101 APÊNDICE IV – Mapa hipsométrico gerado a partir de MDS .......................... 103 APÊNDICE V – MDS gerado por Spline ........................................................... 105 APÊNDICE VI – MDS gerado por Krigragem .................................................. 107 4 APÊNDICE VII – MDS gerado pelo método do vizinho mais próximo (Natural Neighbors) ................................................................................................................ 109 APÊNDICE VIII – MDS gerado pelo método do inverso do quadrado da distância 111 APÊNDICE IX – MDS gerado pela malha irregular triangular TIN .................. 113 Dicionário de termos e siglas........................................................................................ 115 5 Índice de ilustrações Figura 1 - Fluxograma dos exercícios executados .............................................. 10 Figura 2 – Localização da Ilha Grande ............................................................... 12 Figura 3 - Representações vetoriais em duas dimensões .................................... 15 Figura 4 - Tipos de amostragem por pontos ....................................................... 17 Figura 5 - Carta topográfica com representação de isolinhas ............................. 17 Figura 6 - Dado altimétrico vetorial cedido pela CPRM (Tipo - Linha) ............ 20 Figura 7 - Dado altimétrico vetorial cedido pela CPRM (Tipo - Ponto) ............ 21 Figura 8 – Carta topográfica do Município de Angra dos Reis (.DWG) ............ 22 Figura 9 – Amostra do arquivo ilha_grande_hipsografia.shp (0427721hp.dgn e 0427722hp.dgn) .............................................................................................................. 23 Figura 10 - Situação das estações RBMC em setembro de 2009 ....................... 25 Figura 11 - Esquema da Altura da Antena.......................................................... 27 Figura 12 - Vista superior e frontal da antena .................................................... 28 Figura 13 - Croqui de localização do ponto CEADS ......................................... 29 Figura 14 - Fotografia do ponto CEADS ............................................................ 30 Figura 15 - Croqui de localização do ponto QUADRA ..................................... 35 Figura 16 - Fotografia do ponto QUADRA com receptor GNSS ...................... 36 Figura 17 - Croqui de localização do Ponto IEF ................................................ 43 Figura 18 - Fotografias do ponto IEF ................................................................. 43 Figura 19 - Croqui de localização do PONTO PAPAGAIO .............................. 45 Figura 20 - Fotografia do PONTO PAPAGAIO ................................................ 45 Figura 21 - Visão geral da vetorização da estrada Abraão/Dois Rios sobre ortofotos da Ilha Grande ................................................................................................. 47 Figura 22 - Levantamento cinemático da estrada Abraão/Dois Rios ................. 48 Figura 23 – Distribuição dos pontos de controle ................................................ 51 Figura 24 - Modelos geoidais referidos aos sistemas SIRGAS2000 e SAD69/96 ........................................................................................................................................ 52 Figura 25 - Distribuição do erro médio padrão do modelo de ondulação geoidal (m) .................................................................................................................................. 53 Figura 26 - Tela de criação do TIM no sistema ArcGIS .................................... 54 Figura 27 - Mapa de ondulação geoidal da região da Baía da Ilha Grande ........ 55 6 Figura 28 - Representação do método para redução à altitude ortométrica (H) conhecendo-se a altitude elipsoidal (h) e a ondulação geoidal (N) ................................ 55 Figura 29 - Exemplo do algoritmo de Douglas-Poiker ....................................... 58 Figura 30 - Triângulos formados pela geração do TIN a partir das curvas de nível originais (vista da Vila Dois-Rios) ........................................................................ 59 Figura 31 - Triângulos formados pela geração do TIN a partir das curvas de nível simplificadas com tolerância de 4m (vista da Vila Dois-Rios) ............................. 60 Figura 32 - Triângulos formados pela geração do TIN a partir das curvas de nível simplificadas com tolerância de 10m (vista da Vila Dois-Rios) ........................... 60 Figura 33 - Os três níveis de complexidade das curvas de nível ocorrentes no projeto ............................................................................................................................. 61 Figura 34 - Exemplos de grade regular............................................................... 62 Figura 35 - Estrutura do modelo de grade regular .............................................. 63 Figura 36 - Processo de interpolação por média móvel:..................................... 65 Figura 37 - Pontos de influência ao cálculo da interpolação .............................. 66 Figura 38 - Determinação da cota do ponto (X,Y) a partir dos pontos vizinhos 69 Figura 39 – Semivariograma empírico ............................................................... 70 Figura 40 - Construção de um polígono de Thiessen ......................................... 71 Figura 41 - Esquema dos polígonos de Thiesen numa região próxima à Vila de Dois Rios ........................................................................................................................ 71 Figura 42 - Superfície e grade irregular correspondente .................................... 72 Figura 43 - Critério do circuncírculo para geração de triangulações de Delaunay: ........................................................................................................................................ 73 Figura 44 - Mapa de declividade da Ilha Grande ............................................... 82 Figura 45 - Mapa de insolação da Ilha Grande ................................................... 83 Figura 46 - Mapa hipsométrico da Ilha Grande .................................................. 84 7 RESUMO OLIVEIRA, R. D. Modelagem Tridimensional Da Ilha Grande, Angra Dos Reis (RJ). 2009. Projeto Final de Curso (Graduação em Engenharia Cartográfica) – UERJ – Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2009. Com o propósito de estudar o desenvolvimento e a aplicação de Modelos Digitais de Superfície (MDS) produzido em um SIG direcionou-se o presente estudo de caso à área da Ilha grande, Angra dos Reis - RJ. O SIG utilizado foi o sistema computacional ArcGIS 9.3 Evaluation Edition, o MDS foi modelado neste mesmo sistema com a ferramenta 3D Analyst. Os dados geográficos e cartográficos foram adquiridos por meio de parcerias e colaborações. O MDS em particular foi gerado a partir de base topográfica digital da região com escala de 1/10.000 com equidistância vertical de 10m. Os dados cartográficos originais tiveram que ser modificados quanto a sua estrutura para se adequar aos processos que foram realizados na geração dos produtos gerados. Os produtos cartográficos gerados foram submetidos a testes que determinaram quais métodos interpoladores, dentre os usados, melhor se adequou aos dados iniciais e ao tipo de terreno representado. Estes testes determinaram, a partir de comparação entre os valores pontuais interpolados e os encontrados no terreno através de levantamento de coordenadas por pelo GNSS, este segundo, com menor erro, foi usado como “verdade” para avaliação do erro. Com a utilização das ferramentas de SIG combinadas com MDS, foram produzidos como exemplo, alguns dados cartográficos relevantes e aplicáveis a diferentes áreas de estudo que dependem de dados altimétricos para estudos espacializados. Palavras-Chave: Sistema de Informações Geográficas; SIG; Modelo Digital de Superfície; MDS; Modelo Numérico de Elevação; MNE; Ilha Grande; CEADS. 8 1. Introdução A cartografia digital, em muito tem ajudado à popularização e a credibilidade dos métodos computacionais de análise dos eventos naturais e suas características espaciais, apresentando soluções rápidas e confiáveis para a modelagem de objetos em três dimensões através de modelos numéricos de superfície, onde para cada ponto representado, indexado por coordenadas (latitude e a longitude ou respectivamente Y e X) há um terceiro valor que represente numericamente a característica a ser representada, seja esta a elevação ou qualquer outro fator estudado que represente a morfologia do terreno ou outros índices que se deseje representar cartograficamente, para tanto, devido ao rigor que algumas das aplicações que esses dados podem requerer quanto a qualidade da posição e a confiabilidade das informações representadas, deve-se respeitar alguns critérios para a geração desses dados. Os dados cartográficos utilizados neste trabalho foram adquiridos por meio de parcerias, colaborações ou disponibilização gratuita através da internet. O MDS originado neste trabalho, em particular, foi gerado a partir de base topográfica digital da região da Ilha Grande, Angra dos Reis, estado do Rio de Janeiro com escala de 1/10.000 e equidistância das curvas de nível de 10m. A Ilha Grande possui aproximadamente 177 km² de área em sua ilha principal. Apresenta relevo montanhoso, cujo ponto culminante é o Pico Pedra D’água, com 1.031 m de altitude. Predomina na área o relevo com dissecação extremamente forte e muito forte, constituída de cristas de topos aguçados, morros, pontões e escarpas. Planícies e terraços fluviais, flúviomarinhos ocorrem em seu entorno. A ilha foi escolhida como área de estudo por apresentar um sistema complexo de relevo, vegetação e hidrografia, distribuídos em uma área relativamente reduzida, se levarmos em consideração que no continente seria muito difícil encontrar um cenário tão rico em variações em uma área de mesma dimensão, além de contarmos também para a execução de trabalhos de campo com a infra-estrutura disponibilizada pela UERJ através do CEADS situado da Vila de Dois Rios em Ilha Grande. A ilha Grande faz parte do maciço remanescente da Mata Atlântica, sendo parte integrante do patrimônio nacional (Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, capítulo VI, artigo 225, inciso VII, parágrafo 4). 9 2. Objetivo Este trabalho tem como objetivo principal a análise das etapas de geração de um modelo digital de superfície e suas representações, assim como a produção de outros dados cartográficos relacionados com o relevo e seus acidentes naturais ou artificiais, oriundos de técnicas computacionais, usando como base o modelo gerado a partir de dados altimétricos existentes. Retratando as etapas seguidas desde a aquisição dos dados cartográficos, até a geração dos produtos finais. Com o propósito de estudar o desenvolvimento e a aplicação de Modelos Digitais de Superfície (MDS) produzido em um Sistema de Informações Geográficas (SIG), direcionou-se o presente estudo de caso a área da Ilha grande, Angra dos Reis - RJ. Escolha da área de estudo Escolha do tema Aquisição dos dados Determinação da Ondulação Geoidal Aplicativo SIG Geração do MDS Avaliação do MDS Produção de dados oriundos do MDS gerado Figura 1 - Fluxograma dos exercícios executados 3. Caracterização geográfica da área de estudo A Ilha Grande apresenta relevo montanhoso, cujo ponto culminante é o Pico Pedra D’água, com 1.031 m de altitude. Predomina na área o relevo com dissecação extremamente forte e muito forte, constituída de cristas de topos aguçados, morros, pontões e escarpas. Planícies e terraços fluviais, flúvio-marinhos ocorrem em seu entorno. 10 Possui uma rede fluvial densa onde os córregos fluem para enseadas – Araçatiba, Enseada das Estrelas e Abraão – vertem para o norte da ilha e – Parnaioca, Rezingueira e Andorinha – deságuam para a costa sul da ilha. A ilha foi escolhida como área de estudo por apresentar um sistema completo de relevo, vegetação e hidrografia, distribuídos em uma área relativamente reduzida se levarmos em consideração que no continente seria muito difícil encontrar um cenário tão rico em variações em uma área de mesmo tamanho. O trabalho tem como limite as latitudes 23°5'3,677"S e 23°13'44,567"S e as longitudes 44°5'33,49"W e 44°22'41,289"W. Foi utilizado como critério para a escolha das ilhas que seriam incorporadas ao trabalho, um limite máximo de 2 (dois) quilômetros de distância entre os pontos mais próximos entre a ilha em questão e Ilha Grande, excedendo-se a este critério, a Ilha de Jorge Greco (SE da Ilha Grande) que se distância aproximadamente 3,5 Km do ponto mais próximo na Ilha Grande. Tabela 1 - Áreas das ilhas compreendidas pelo projeto (Km²) (Fonte: Cartas 1:50.000 do mapeamento sistemático do IBGE – MI 27721 e 27722) Nome Área (Km²) Ilha Comprida 0,043362 Ilha da Amarração 0,012054 Ilha da Aroeira 0,012986 Ilha da Itaquatiba 0,083763 Ilha das Pombas 0,02181 Ilha de Japariz 0,003279 Ilha do Abraão 0,011159 Ilha do Arpoador 0,009857 Ilha do Guriri 0,014254 Ilha do Jorge Grego 0,785865 Ilha dos Macacos 0,515146 Ilha dos Meros 0,095481 Ilha dos Morcegos 0,009537 Ilha Grande 179,7775 Ilha Longa 0,076597 Ilha Redonda 0,023242 Ilhas das Palmas 0,053468 Ilhas do Macedo 0,011669 Nome desconhecido 0,002453 A área total de terreno (acima da linha d’água) do projeto é de 181,563482 Km². 11 Figura 2 – Localização da Ilha Grande 4. Fundamentação teórica 4.1. Controle de qualidade dos produtos cartográficos cartográficos É desejável aos dados cartográficos aos quais de quer trabalhar, a capacidade de transmitir fidedignamente as informações sobre a feição que este representa, também é esperado que este contenha subsídios capazes de viabilizar a construção do produto final. Para tanto, é imprescindível que os dados sejam adequados conforme as especificações do produto final. O Estado Maior do Exercito (1995) afirma que para atender as necessidades do usuário consumidor significa na prática que: • Um produto deve ser inteiramente adequado ao uso, que dele fará o usuário e ser entregue nas condições apropriadas e solicitadas; • Um produto deve ser inteiramente confiável. 12 Segundo FERREIRA (1999) controle significa ato ou efeito, ou poder de controlar; fiscalização exercida sobre atividades de pessoas, órgãos, departamentos ou sobre produtos, etc, para que tais produtos não se desviem de normas pré-estabelecidas. Qualidade significa propriedade, atributo ou condição das coisas ou pessoas capaz de distingui-las de outras e de lhes determinar a natureza; numa escala de valores, qualidade que permite avaliar e consequentemente, aprovar, aceitar ou rejeitar algo. De acordo com (SANTOS et. al., 2003), as características de um produto adequadas às especificações do mesmo, o qualificam. Dessa forma, a qualidade de um mapa limita a forma em que se pode e deve ser usada e analisada a informação geográfica que veicula. Os critérios de qualidade afetam a produção das bases de dados cartográficos como a qualquer outro sistema produtivo. Cada vez mais, a qualidade é uma demanda dos usuários e um elemento diferenciado dos produtores. Sem dúvida, existe certo vazio na aplicação prática de conceitos e medidas de precisão para as bases cartográficas numéricas ou digitais. Um dado geográfico caracteriza-se por suas coordenadas (x, y, z), por seus atributos (a1, a2,...) e pelo momento do tempo em que ocorreu (t1, t2,…), o que implica em que a base de dados cartográficos não possa ser perfeitamente descrita por um único índice de qualidade e assim, cada uma das componentes deve ter anexa uma métrica e a quantificação de sua qualidade. Padrão de Exatidão Cartográfica (PEC) no Brasil O Decreto n° 89.817, em seu capítulo II, seção 1, Art. 8°, estabelece o Padrão de Exatidão Cartográfica – PEC como referência na avaliação da qualidade dos produtos cartográficos que deve ser obedecido em todos os documentos cartográficos elaborados no país. “O PEC é um indicador estatístico de dispersão relativo a 90% de probabilidade, que define a acurácia (exatidão) do trabalho cartográfico, devendo ser informado obrigatoriamente no rodapé da carta. A probabilidade de 90% corresponde a 1,6449 vezes o EP (erro padrão), ou seja: PEC = 1,6449 x EP. O erro padrão isolado num trabalho cartográfico, não ultrapassará 60,8% do PEC - Padrão de Exatidão Cartográfico. Para efeito das presentes instruções contidas nesse Decreto, consideram-se equivalentes as expressões erro padrão, desvio padrão e erro médio quadrático”. 13 A avaliação da altimetria e da planimetria tem critérios diferenciados. Os critérios de exatidão encontram-se definidos no Art.8° do decreto 89.817, que especifica: a) 90% dos pontos bem definidos numa carta, quando testados no terreno, não deverão apresentar erro superior ao PEC planimétrico estabelecido; b) 90% dos pontos isolados de altitude, obtidos por interpolação de curvas de nível, quando testados no terreno, não deverão apresentar erro superior ao PEC altimétrico estabelecido. Considerando os resultados do PEC, as cartas são classificadas em padrões Classe A, Classe B e Classe C, conforme a Tabela 2. Tabela 2 - Padrões de Exatidão Cartográfica (Brasil, 1984) (Fonte: Decreto 89.817) CLASSE PEC Planimétrico Erro Padrão PEC Altimétrico Erro Padrão A 0,5 mm 0,3 mm 1/2 equidistância 1/3 Equidistância B 0,8 mm 0,5 mm 3/5 equidistância 2/5 equidistância C 1 mm 0, 6 mm 3/4 equidistância 1/2 equidistância As medidas planimétricas sobre uma carta analógica (impressa em papel) estão sujeitas à dois tipos de imprecisões: O erro gráfico aceito como sendo 0,2 mm, correspondente ao limite da acuidade visual humana e o PEC - Padrão de Exatidão Cartográfica. O erro gráfico de uma carta impressa tem hoje uma nova consideração quanto ao seu efeito, pois esse erro é repassado para o produto digital, se o mesmo tiver origem em uma carta digitalizada (escaneada). 4.2. SIG e dados vetoriais Sistemas de Informação Geográfica, ou SIG, são sistemas de informação concebidos para armazenar, analisar e manipular dados cartográficos ou geográficos, ou seja, dados que representam objetos e fenômenos em que a localização é uma característica inerente e indispensável para tratá-los. Dados cartográficos ou geográficos são coletados a partir de diversas fontes e armazenados via de regra nos chamados bancos de dados geográficos. Os SIG têm ocupado um papel cada vez mais importante 14 em diversas atividades humanas e a Internet é um veículo fundamental para a divulgação dessas informações. As estruturas vetoriais são utilizadas para representar as coordenadas das fronteiras de cada entidade geográfica, através de três formas básicas: pontos, linhas, e áreas (ou polígonos), definidas por suas coordenadas cartesianas, como mostrado na Figura 3. Figura 3 - Representações vetoriais em duas dimensões (Fonte: Câmara G., 2005) Um ponto é representado um par ordenado (x, y) de coordenadas espaciais. O ponto pode ser utilizado para identificar localizações ou ocorrências no espaço. São exemplos: localização de crimes, ocorrências de doenças, e localização de espécies vegetais. Uma linha é um conjunto de pontos conectados. A linha é utilizada para guardar feições unidimensionais. De uma forma geral, as linhas estão associadas a uma topologia arco-nó, descrita a seguir. Uma área (ou polígono) é a região do plano limitada por uma ou mais linhas poligonais conectadas de tal forma que o último ponto de uma linha seja idêntico ao primeiro da próxima. Observe-se também que a fronteira do polígono divide o plano em duas regiões: o interior e o exterior. Os polígonos são usados para representar unidades espaciais individuais (setores censitários, distritos, zonas de endereçamento postal, municípios). 15 4.3. Amostragem de Dados Tridimensionais A amostragem é o método de se obter uma representação da realidade do sistema a ser estudado, no caso, a altimetria do terreno. Um cuidado importante que se deve ter para a execução de trabalhos que envolvam dados amostrais é a distribuição e a densidade destes dados. Uma quantidade satisfatória associada a uma boa distribuição pode poupar consideravelmente tempo e recursos financeiros além de ser mais fiel ao universo representado, bem como a não observação desses aspectos pode até inviabilizar o projeto, seja por extrapolar o orçamento deste ou por não representar satisfatoriamente a realidade do objeto de estudo. A quantidade e posição das amostras para a obtenção de um MNT devem levar em consideração a variação da elevação do terreno e o produto final que se pretende obter e sua aplicação. Quanto maior a escala pretendida para o produto final ou quanto mais acidentado for o relevo do local a ser representado, mais densa deve ser a amostragem. Porém não se deve ter amostras em excesso, pois mesmo que isso não gere um custo extra, pode-se causar uma redundância nos cálculos executados pelo sistema computacional aumentando em muito o tempo de trabalho. As amostras pontuais de dados tridimensionais, para estudo da elevação, são compostas de coordenadas planas (X, Y ou Latitude (φ), Longitude (λ)) e um terceiro valor (altimétrico, Z ou h), em cartografia estas coordenadas são baseadas em um sistema geodésico de referência. Existem casos onde a terceira dimensão do ponto tem valores que não são de altimetria, esses casos são normalmente utilizados para a representação de índices regionais quantitativos, como por exemplo, inclinação, densidade, pluviometria, etc Os dados tridimensionais, podem ser pontuais com espaçamento irregular, semiregular e regular, ou mapa de isolinhas. Estes podem ser obtidos através de aerolevantamento por sensores aerotransportados, sensores orbitas, levantamento topográfico ou GNSS (Global Navigation Satellite System). 16 Figura 4 - Tipos de amostragem por pontos (Fonte: Felgueiras, C. A: 2001) Figura 5 - Carta topográfica com representação de isolinhas (Fonte: Fragmento da carta topográfica 1:25.000 – Ilha Grande Este; Prefeitura Municipal de Angra dos Reis – 1991) De modo a transportar o conhecimento do relevo de uma determinada área de forma legível, é comum descrever graficamente a altimetria meio de curvas de nível, onde as altitudes são representadas por isolinhas (linhas com o mesmo valor altimétrico 17 em toda sua extensão), estas isolinhas por sua vez, têm origem num determinado datum vertical associado ao geóide. 5. Desenvolvimento O trabalho foi desenvolvido no sistema computacional ArcGIS 9.3 Evaluation Edition sendo o MDS gerado com a ferramenta 3D Analyst disponível no pacote ArcInfo. Foram utilizados dados cedidos por colaboradores e dados obtidos por levantamento em campo. 5.1.Método de trabalho Para geração dos modelos digitais de superfície foi utilizada como fonte de dados a base formato CAD (.DWG) de escala 1:10.000 e curvas de nível de 10m, supracitada disponibilizada pela Secretaria de Meio Ambiente do Município de Angra dos Reis, Rio de Janeiro. Desta, foi extraída para o trabalho apenas as camadas (layers) que continham as curvas de nível intermediárias e mestras. Optou-se transformar os dados originalmente em formato linha para o formato ponto por ser um modelo mais próximo ao que se encontra em fontes primárias de modelos numéricos de superfície como cadernetas de campo ou planilhas de dados de rastreio GNSS. Outro motivo foi que em alguns processos de geração de MDS, notou-se a necessidade de se utilizar dados tipo ponto ao invés de linhas como são apresentadas as curvas de nível. Por ser uma fonte de dado altimétrico superabundante em termos de dados por questões intrínsecas ao processo de geração das mesmas, antes de transformar os dados tipo linha para pontos, as curvas de nível foram simplificadas pelo processo de DouglasPeucker, a fim de tornar os modelos mais adequados aos tipos de processamentos a realizar. Com a base de dados altimétricos formatada conforme o definido anteriormente, foram gerados MDS nos modos disponíveis no sistema ArcGIS, a saber; Inverse Distance Weighted (Inverso da Distância Ponderado), Spline, Kriging, Natural Neighbors (vizinho mais próximo)e TIN (Malha Triangular Irregular). 18 Os MDS foram submetidos a testes para avaliar qual teve maior sucesso em representar a superfície da área de estudo. Foram testados a velocidade de processamento e a precisão altimétrica dos modelos. Tendo eleito o modelo que melhor representou a superfície, foram gerados alguns exemplos de dados extraíveis de um MDS. 5.2. Dados utilizados A seguir é apresentada tabela contendo descrição sucinta sobre os dados utilizados. Tabela 3 - Documentos cartográficos e imagens Documentos cartográficos e Especificações imagens Base cartográfica do IBGE1 Hidrografia, sistema viário e área urbana, na escala de 1/50.000 Base cartográfica Vetorial, formato Shapefile (.SHP) escala 2 3 IEF /MAPLAN 1/25.000 Base cartográfica PMAR4 Vetorial, formato AutoCAD (.DWG) Mosaicos de fotografias aéreas Tendo definido as diretrizes básicas do projeto, foi iniciado o processo de coleta de dados onde por meio de contato com instituições ou colaboradores, foram obtidos uma quantidade relativamente grande de dados cartográficos. Esses dados em geral foram disponibilizados em meio digital, porém, em formatos de arquivos, escala, sistema geodésico e confiabilidade variável. Nesse ponto houve uma grande preocupação com a qualidade e compatibilidade dos dados, pois alguns apresentavam distorções ou inconsistências. 5.2.1 Dados cedidos pela CPRM Dentre os dados cartográficos cedidos pela CPRM (Serviço Geológico do Brasil), foram selecionados dois arquivos com dados altimétricos: 1 Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística Instituto Estadual de Florestas 3 MAPLAN Aerolevantamentos S/A 4 Prefeitura Municipal de Angra dos Reis 2 19 A) Arquivo digital com curvas de nível Referimos-nos a este arquivo para facilitar a posterior menção deste, de Topo_25_ln. Figura 6 - Dado altimétrico vetorial cedido pela CPRM (Tipo - Linha) Metadados: • • • • • • • • • • Nome do arquivo: altimetry2.shp Tipo do arquivo: Vetorial (linha) Formato / Software proprietário: Shapefile / ESRI® ArcGIS™ Descrição: Curvas de nível Local: Município de Angra dos Reis – Rio de Janeiro Escala do Dado Digital: 1:25.000; Sistema de projeção: UTM (Universal Transversa de Mercator) – Zona 23 Sul Sistema Geodésico: WGS-84 (World Geodetic System) Meridiano Central do Fuso UTM: 45° W. Gr. Equidistância entre as curvas de nível: 20 metros B) Arquivo digital com pontos cotados Nos referimos a este arquivo para facilitar a posterior menção deste, de Topo_25_pt. 20 Figura 7 - Dado altimétrico vetorial cedido pela CPRM (Tipo - Ponto) (Obs: as linhas em vermelho são apenas ilustrativas, não fazem parte do arquivo) Metadados: • • • • • • • • • • Nome do arquivo: elevation_points.shp Tipo do arquivo: Vetorial (Ponto) Formato / Software proprietário: Shapefile / ESRI ArcGIS Descrição: Pontos cotados Local: Município de Angra dos Reis – Rio de Janeiro Escala do dado digital: 1:25.000; Sistema de projeção: UTM (Universal Transversa de Mercator) – Zona 23 Sul Sistema geodésico: WGS-84 (World Geodetic System) Meridiano central do Fuso UTM: 45° W. Gr. Equidistância entre as curvas de nível: 20 metros 5.2.2 Dados cedidos pela Secretaria de Meio Ambiente - Prefeitura Municipal de Angra dos Reis Foram cedidos pela Prefeitura Municipal de Angra Dos Reis, diversos dados cartográficos de diversas fontes, escalas e datas. Dentre esses, foi utilizada a carta digital cadastral do Município de Angra dos Reis, restituída a partir de levantamento aerofotogramétrico 1:30.000 (restituído em 1:10.000). Nos referimos a este arquivo para facilitar a posterior menção deste, de Topo_10m. 21 Figura 8 – Carta topográfica do Município de Angra dos Reis (.DWG) Metadados: • Nome do arquivo: Angra dos Reis Total.dwg • Tipo do arquivo: Vetorial • Formato / Software proprietário: DWG / Autodesk AutoCAD • Descrição: Altimetria, Hidrografia, Limite de Construções, Sistema Viário, Topônimos, Obras de Arte, Vegetação e Zoneamento • Local: Município de Angra dos Reis – Rio de Janeiro • Escala do Dado digital: 1:10.000 (gerado a partir de aerolevantamento 1:30.000); • Sistema de projeção: UTM (Universal Transversa de Mercator) – Zona 23 Sul • Sistema Geodésico: SAD-69 (South American Datum) • Meridiano Central do Fuso UTM: 45° W. Gr. • Equidistância entre as curvas de nível: 10 metros 5.2.3 Dados gerados pelo IBGE Os dados disponibilizados pelo IBGE utilizados neste trabalho foram obtidos no site do próprio IBGE (www.ibge.gov.br). Foram utilizadas as folhas SF-23-Z-C-II-1 e SF-23-Z-C-II-2 (MI-27721 e MI-27722) do mapeamento sistemático na escala 1:50.000. Estes foram transformados em um único arquivo para que se adequassem a área de estudo. Os arquivos originais eram “0427721hp.dgn” e “0427722hp.dgn”. O arquivo final após a junção e importação para o formato shapefile foi nomeado de 22 “ilha_grande_hipsografia.shp”. Nos referimos a este arquivo (proveniente da junção dos outros dois originais) para facilitar a posterior menção deste, de Topo_50. Figura 9 – Amostra do arquivo ilha_grande_hipsografia.shp (0427721hp.dgn e 0427722hp.dgn) Metadados: • • • • • • • • • • • • • Nome do arquivo: ilha_grande_hipsografia.shp Arquivo de origem: 0427721hp.dgn / 0427722hp.dgn Tipo do arquivo: Vetorial Formato / Software proprietário (arquivo original): DGN / Bentley Microstation Formato / Software proprietário (arquivo final): Shapefile / ESRI ArcGIS Descrição: Curvas de nível Local: Município de Angra dos Reis – Rio de Janeiro Escala do Dado digital: 1:50.000 (gerado a partir de aerolevantamento 1:30.000); Sistema de projeção: UTM (Universal Transversa de Mercator) – Zona 23 Sul Sistema Geodésico (arquivo original): Córrego Alegre Sistema Geodésico (arquivo final): SAD-69 (South American Datum) Meridiano Central do Fuso UTM: 45° W. Gr. Equidistância entre as curvas de nível: 20 metros 5.3. Pontos de controle GNSS Os pontos de controle obtidos a partir de rastreamento de sinal GNSS, são de grande confiabilidade para avaliação da posição de bases cartográficas. Por ser obtido em loco, e de um modo geral, acompanhado desde o seu planejamento, consegue-se estimar com confiabilidade a acurácia da informação obtida. 23 Para a obtenção dos pontos de controle GNSS deste trabalho, a princípio, foi necessária a materialização de um ponto de apoio (BASE), para que se pudesse posteriormente fazer novos levantamentos ou criação de pontos na área de estudo e um segundo (BASE_QUADRA) para possíveis conferências ou mesmo para facilitar a recuperação do primeiro. Os critérios para a escolha desses pontos foram: acesso, identificação e segurança. Na identificação das coordenadas dos pontos BASE, foram utilizados um par de receptores GNSS Topcon Hiper Lite+ de dupla frequência (L1/L2), que possibilitaram a determinação das coordenadas precisas de dois pontos em frente ao complexo do CEADS em Dois Rios na Ilha Grande, Angra dos Reis, utilizando como base a estação RIOD situada em Parada de Lucas, Rio de Janeiro, ambos no estado do Rio de Janeiro, a aproximadamente 100Km de distância, o que é muito acima do limite de processamento para receptores de uma frequência. Os demais pontos de controle gerados por rastreio de sinal GNSS, utilizados neste trabalho, tiveram suas coordenadas obtidas com receptores Ashtech ProMark II e tiveram como base o ponto BASE anteriormente descrito. Também foi empregado como controle dos dados cartográficos, o vetor gerado pelo levantamento da estrada Abraão Dois Rios. Este levantamento foi realizado com receptores Ashtech ProMark II no modo relativo cinemático e teve como base de apoio o ponto BASE. Base RBMC A RBMC (Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo), implantada e mantida pelo IBGE com a colaboração de varias instituições, é a rede de referencia ativa adotada oficialmente no Brasil e possui, atualmente, 74 estações operacionais, 5 em teste e 2 desativadas (figura10). Alem de fornecer coordenadas precisas das estações, a RBMC coleta observações dos satélites GPS continuamente nas duas frequências (L1 e L2) e disponibiliza-os alguns dias apos a coleta. Isso possibilita a qualquer usuário, com apenas um receptor, realizar o posicionamento relativo. Os arquivos das sessões de observações de cada estação da RBMC, com período de 24 horas e intervalo de aquisição de 15 segundos, são disponibilizados no formato RINEX (Receiver Independent data Exchange format), via internet, na pagina do IBGE 24 (http://www.ibge.gov.br). Os arquivos RINEX possuem formato padrão, podendo ser utilizados por qualquer programa de processamento GPS. Distribuição das Estações da RBMC 10 5 BOAV MAPA APSA 0 SAGA PASA SALU BELE NAUS BRFT CEFT MABA -5 CEEU IMPZ PBCG RECF PISR -10 RNNA RNMO CRAT AMHU CRUZ POVE RIOB TOPL ALAR PEPE ROGM MTSF MTCO ROJI BABR TOGU ROCD BAIR BOMJ SAVO SSA1 BAVC CUIB -15 BRAZ MTBA MCLA BATF MGMC MSCG -20 SJRP MSDO Estações da RBMC em Operação -25 PPTE OURI VICO CEFE VARG MGIN SPCA CHPI RIOD RJCG ONRJ PRMA POLI UFPR Estações da RBMC em Teste MGBH MGUB ILHA ROSA GVAL UBER GOJA UBAT NEIA PRGU SCLA SCCH -30 Escala Gráfica (km) 000 -35 -75 POAL IMBT SMAR -70 500 -65 1000 -60 -55 -50 -45 -40 -35 -30 Figura 10 - Situação das estações RBMC em setembro de 2009 (Fonte: IBGE: HTTP//www.ibge.gov.br/home/geociências/geodesia/rbmc/RBMC_2009.emf) 25 Estação RIOD - Rio de Janeiro Tabela 4 - Coordenadas oficiais SIRGAS2000 (~WGS84) (Fonte: Descritivo_RIOD, disponível em http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/geodesia/rbmc/rbmc_est.shtm) Coordenadas Geodésicas GMS Decimal Latitude -22° 49' 04,23992" -22,81784442 Sigma: 0,001 m Longitude -43° 18' 22,59577" -43,30627660 Sigma: 0,002 m Alt. Elipsóide : 8,630m Sigma: 0,002 m Alt. Ortométrica: 14,68 m Fonte: GPS/ MAPGEO2004 Coordenadas Cartesianas X 4.280.294,879 m Sigma: 0,002 m Y -4.034.431,225 m Sigma: 0,002 m Z -2.458.141,380 m Sigma: 0,001 m Coordenadas Planas (UTM) UTM (N): 7.475.648,024 m UTM (E): 673.825,217 m Fuso: 23 S MC: - 45° Tabela 5 - Coordenadas oficiais SAD-69 (obtido através de transformação pelo sistema TC-Geo) Coordenadas Geodésicas GMS Latitude Longitude Alt. Elipsóide : Alt. Ortométrica: Decimal -22° 49' 2,45709" -22,81734919 Sigma: 0,001 m -43° 18' 21,07485" -43,30585413 Sigma: 0,002 m 18,526m Sigma: 0,002 m XXXXXX m Fonte: XXXXXXXX Coordenadas Cartesianas X 4280362,229m Sigma: 0,002 m Y -4034435,105m Sigma: 0,002 m Z -2458103,160m Sigma: 0,001 m Coordenadas Planas (UTM) UTM (N): 7.475.648,024 m UTM (E): 673.825,217 m Fuso: 23 S MC: - 45° 26 Antena: Tipo de Antena: ZEPHYR GEODETIC (TRM 41249.00) Número de Série:- 60177763 Altura da Antena (m): 0.0080 (distância vertical do topo do dispositivo de centragem forçada à base da antena, conforme figura abaixo). Data de Instalação - 19 – março – 2007 Figura 11 - Esquema da Altura da Antena (Fonte: Descritivo_RIOD, disponível em http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/geodesia/rbmc/rbmc_est.shtm) Esquema da Antena ZEPHYR GEODETIC (TRM 41249.00) Diagrama do plano de referência da antena ZEPHYR TM GEODETIC Identificação IGS: TRM 41249.00 27 Figura 12 - Vista superior e frontal da antena (Fonte: Descritivo_RIOD, disponível em http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/geodesia/rbmc/rbmc_est.shtm) Identificação Dimensão Distância (m) A 0,0532 B 0,0089 C 0,1698 Distância da base da antena ao centro de fase nominal. Distância entre o centro de fase nominal e a marca do gancho. Distância do centro radial da antena a extremidade exterior do gancho. 28 Ponto BASE (CEADS) Localiza-se próximo a entrada do complexo do CEADS, junto à placa indicativa da estação meteorológica. Figura 13 - Croqui de localização do ponto CEADS 29 Figura 14 - Fotografia do ponto CEADS Equipamento utilizado Foi utilizado um receptor GNSS Topcon Hiper Lite+5 de dupla frequência (L1/L2) posicionado com baliza e tripé sobre o ponto. Processamento dos dados O sistema utilizado para o pós processamento dos dados obtidos pelo rastreio do ponto BASE CEADS foi o Topcon Tools 5.04 no modo demonstração (limitado a 5 pontos por processamento). 5 Cedido gentilmente pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 30 Foi executado o pós processamento nos sistemas SAD-69 e WGS-84 (~SIRGAS 2000), para que sirva de registro as coordenadas nos dois principais sistemas geodésicos utilizados no país atualmente, facilitando assim possíveis usos posteriores dessas informações sem o uso de transformações entre sistemas, evitando-se assim possíveis erros residuais. Processamento em SAD-69 Segue o relatório do processamento em SAD-69 gerado pelo software Topcon Tools 5.04. Project Report Project name: BASE_SAD.ttp Project folder: D:\Ilha Grande\Ilha_Grande_GPS\Processamento novo Creation time: 17/9/2009 11:36:33 Created by: Ricardo Duarte Comment: Linear unit: Meters Angular unit: DMS Projection: UTMSouth-Zone_23 : 48W to 42W Datum: SAMER69_F Geoid: Adjustment Summary Adjustment type: Plane + Height, Minimal constraint Confidence level: 95 % Number of adjusted points: 2 Number of plane control points: 1 Number of used GPS vectors: 5 A posteriori plane UWE: 3,788295 , Bounds: ( 0,5220153 , 1,480287 ) Number of height control points: 1 A posteriori height UWE: 3,016236 , Bounds: ( 0,3478505 , 1,668832 ) 31 Used GPS Observations Name dHt (m) Horizontal Precision (m) 12,895 0,016 Vertical Precision (m) dN (m) dE (m) BASE-RIOD - Rio de Janeiro 39874,414 90973,907 BASE-RIOD - Rio de Janeiro 39874,459 90973,946 12,678 0,018 0,045 BASE-RIOD - Rio de Janeiro 39874,358 90974,030 12,590 0,020 0,044 0,046 GPS Observation Residuals dN (m) dE (m) dHt (m) Horizontal Precision (m) Vertical Precision (m) BASE-RIOD - Rio de Janeiro 39874,414 90973,907 12,895 0,016 0,046 BASE-RIOD - Rio de Janeiro 39874,459 90973,946 12,678 0,018 0,045 BASE-RIOD - Rio de Janeiro 39874,358 90974,030 12,590 0,020 0,044 Name Control Points Name Grid Northing (m) Grid Easting (m) Elevation (m) RIOD - Rio de Janeiro 7475693,640 673869,844 18,526 Name Grid Northing (m) Grid Easting (m) Elevation (m) BASE 7435819,227 582895,905 5,752 RIOD - Rio de Janeiro 7475693,640 673869,844 18,526 Code Adjusted Points Code Processamento em WGS-84 Segue o relatório do processamento em WGS-84 (~SIRGAS 2000) gerado pelo software Topcon Tools 5.04. Project Report Project name: BASE_WGS.ttp Project folder: D:\Ilha Grande\Ilha_Grande_GPS\Processamento novo Creation time: 17/9/2009 15:40:19 Created by: Comment: Linear unit: Meters 32 Angular unit: DMS Projection: UTMSouth-Zone_23 : 48W to 42W Datum: WGS84 Adjustment Summary Adjustment type: Plane + Height, Minimal constraint Confidence level: 95 % Number of adjusted points: 2 Number of plane control points: 1 Number of used GPS vectors: 5 A posteriori plane UWE: 1,299986 , Bounds: ( 0,5220153 , 1,480287 ) Number of height control points: 1 A posteriori height UWE: 2,67118 , Bounds: ( 0,3478505 , 1,668832 ) Used GPS Observations Name dN (m) dE (m) dHt (m) Horizontal Precision (m) Vertical Precision (m) BASE-RIOD - Rio de Janeiro 39874,426 90974,012 11,809 0,017 0,045 BASE-RIOD - Rio de Janeiro 39874,465 90974,036 11,602 0,017 0,044 BASE-RIOD - Rio de Janeiro 39874,446 90974,044 11,819 0,018 0,045 GPS Observation Residuals Name dN (m) dE (m) dHt (m) Horizontal Precision (m) Vertical Precision (m) BASE-RIOD - Rio de Janeiro 39874,426 90974,012 11,809 0,017 0,045 BASE-RIOD - Rio de Janeiro 39874,465 90974,036 11,602 0,017 0,044 BASE-RIOD - Rio de Janeiro 39874,446 90974,044 11,819 0,018 0,045 Control Points Name Grid Northing (m) Grid Easting (m) Elevation (m) RIOD - Rio de Janeiro 7475648,023 673825,218 8,630 Name Grid Northing (m) Grid Easting (m) Elevation (m) BASE 7435773,578 582851,181 -3,112 RIOD - Rio de Janeiro 7475648,023 673825,218 8,630 Code Adjusted Points Code 33 Coordenadas finais do ponto BASE Através de transformação de coordenadas, assistida pelo software TC-Geo (disponibilizados pelo IBGE), obtemos os valores em coordenadas geodésicas (GMS e decimal) e cartesianas. Segue abaixo o extrato gerado pelo software TC-Geo (as coordenadas transformadas processadas pelo sistema, não serão levados em consideração): Processamento realizado em SAD-69 Latitude (GMS) Longitude (GMS) -23° 11' 04,10649" -44° 11' 24,10968" Latitude (decimal) Longitude (decimal) -23,184 -44,190 Alt. Geométrica (m) UTM MC E(m) N(m) 5,752 Cartesianas X(m) Y(m) Z(m) Z(m) -45° 582895,905 7435819,227 4206196,894 -4088923,984 -2495522,910 -2495522,910 34 Processamento realizado em SIRGAS2000 (WGS84) Latitude (GMS) Longitude (GMS) -23° 11' 05,88703" -44° 11' 25,66152" Latitude (decimal) Longitude (decimal) -23,185 -44,190 Alt. Geométrica (m) -3,112 UTM MC E(m) N(m) Cartesianas X(m) Y(m) Z(m) -45° 582851,181 7435773,578 4206129,605 -4088920,122 -2495561,148 Ponto BASE QUADRA Localiza-se próximo ao canto norte da quadra (cimentada) em frente ao complexo do CEADS. Figura 15 - Croqui de localização do ponto QUADRA 35 Figura 16 - Fotografia do ponto QUADRA com receptor GNSS Equipamento utilizado Foi utilizado um receptor GNSS Topcon Hiper Lite+6 de dupla frequência (L1/L2) posicionado com baliza e tripé sobre o ponto. Processamento dos dados O sistema utilizado para o pós processamento dos dados obtidos pelo rastreio do ponto base foi o Topcon Tools 5.04 no modo demonstração (limitado a 5 pontos por processamento). Como este também é um ponto base, foi executado o pós processamento nos sistemas SAD-69 e WGS-84 (~SIRGAS 2000), pelos mesmos motivos descritos anteriormente ao se tratar do ponto BASE CEADS. Processamento em SAD-69 Segue o relatório do processamento em SAD-69 gerado pelo software Topcon Tools 5.04. 6 Cedido gentilmente pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 36 Project Report Project name: BASE_QUADRA_SAD.ttp Project folder: D:\Ilha Grande\Ilha_Grande_GPS\Processamento novo Creation time: 23/9/2009 17:31:33 Created by: Comment: Linear unit: Meters Angular unit: DMS Projection: UTMSouth-Zone_23 : 48W to 42W Datum: SAMER69_F Geoid: Adjustment Summary Adjustment type: Plane + Height, Minimal constraint Confidence level: 95 % Number of adjusted points: 2 Number of plane control points: 1 Number of used GPS vectors: 1 A posteriori plane UWE: 1 , Bounds: ( 1 , 1 ) Number of height control points: 1 A posteriori height UWE: 1 , Bounds: ( 1 , 1 ) Used GPS Observations Name dN (m) dE (m) dHt (m) Horizontal Precision (m) Vertical Precision (m) BASE_GUADRA-RIOD Rio de Janeiro 39858,429 91015,963 11,992 0,018 0,044 GPS Observation Residuals Name BASE_GUADRARIOD - Rio de Janeiro dN (m) dE (m) dHt (m) Horizontal Precision (m) Vertical Precision (m) 39858,429 91015,963 11,992 0,018 0,044 Control Points Name RIOD - Rio de Janeiro Grid Northing (m) Grid Easting (m) Elevation (m) 7475693,640 673869,844 18,526 Code Adjusted Points Name Grid Northing (m) Grid Easting (m) Elevation (m) BASE_GUADRA 7435835,211 582853,881 6,534 RIOD - Rio de Janeiro 7475693,640 673869,844 18,526 Code 37 Processamento em WGS-84 Segue o relatório do processamento em WGS-84 (~SIRGAS 2000) gerado pelo software Topcon Tools 5.04. Project Report Project name: BASE_QUADRA_WGS.ttp Project folder: D:\Ilha Grande\Ilha_Grande_GPS\Processamento novo Creation time: 17/9/2009 18:25:26 Created by: Comment: Linear unit: Meters Angular unit: DMS Projection: UTMSouth-Zone_23 : 48W to 42W Datum: WGS84 Geoid: Adjustment Summary Adjustment type: Plane + Height, Minimal constraint Confidence level: 95 % Number of adjusted points: 2 Number of plane control points: 1 Number of used GPS vectors: 1 A posteriori plane UWE: 1 , Bounds: ( 1 , 1 ) Number of height control points: 1 A posteriori height UWE: 1 , Bounds: ( 1 , 1 ) 38 Used GPS Observations Name dN (m) dE (m) dHt (m) Horizontal Precision (m) Vertical Precision (m) BASE_GUADRARIOD - Rio de Janeiro 39858,467 91016,092 11,018 0,018 0,044 GPS Observation Residuals Name dN (m) dE (m) dHt (m) Horizontal Precision (m) Vertical Precision (m) BASE_GUADRARIOD - Rio de Janeiro 39858,467 91016,092 11,018 0,018 0,044 Control Points Name Grid Northing (m) Grid Easting (m) Elevation (m) RIOD - Rio de Janeiro 7475648,023 673825,218 8,630 Code Adjusted Points Name Grid Northing (m) Grid Easting (m) Elevation (m) BASE_GUADRA 7435789,556 582809,126 -2,388 RIOD - Rio de Janeiro 7475648,023 673825,218 8,630 Code Coordenadas finais do ponto BASE_QUADRA Através de transformação de coordenadas, assistida pelo software TC-Geo (disponibilizados pelo IBGE), obtemos os valores em coordenadas geodésicas (GMS e decimal) e cartesianas. Segue abaixo o extrato gerado pelo software TC-Geo (as coordenadas transformadas processadas pelo sistema, não serão levados em consideração): 39 Processamento realizado em SAD-69 Latitude (GMS) Longitude (GMS) -23° 11' 03,59436" -44° 11' 25,59089" Latitude (decimal) Longitude (decimal) -23,184 -44,190 Alt. Geométrica (m) 6,534 UTM MC E(m) N(m) Cartesianas X(m) Y(m) Z(m) -45° 582853,881 7435835,211 4206172,494 -4088959,014 -2495508,736 Processamento realizado em SIRGAS2000 (WGS84) Latitude (GMS) Longitude (GMS) -23° 11' 05,37509" -44° 11' 27,14384" Latitude (decimal) Longitude (decimal) -23,185 -44,191 Alt. Geométrica (m) -2,388 UTM MC E(m) N(m) Cartesianas X(m) Y(m) Z(m) -45° 582809,126 7435789,556 4206105,143 -4088955,135 -2495546,956 Utilização de Efemérides Precisas Por serem pontos gerados por bases longas (aproximadamente 100Km) e que serão posteriormente utilizados como bases para rastreios de sinal GPS, no 40 processamento dos pontos BASE_CEADS e BASE_QUADRA, foram utilizados dados de efemérides precisas disponibilizadas pelo IGS (International GNSS Service) em http://igscb.jpl.nasa.gov. Tabela 6 - Produtos IGS (valores referentes às efemérides transmitidas incluídas para comparação) (Fonte: http://igscb.jpl.nasa.gov/components/prods.html) Efemérides GPS disponibilizadas pelo IGS Efemérides dos Satélites GPS / Acurácia Relógios dos Satélites e Estações Orbita ~100cm Transmitida UltraRápida (metade predita) UltraRápida (metade observada) Rápida Final Relógio do ~5 ns RMS Satélite ~2.5 ns Desv P Orbita ~5cm Relógio do ~3 ns Satélite ~1.5 ns Desv P Orbita ~3 cm Relógio do ~150 ps RMS Satélite ~50 ps Desv P Orbita ~2.5 cm Relógio do ~75 ps RMS Satélite ~25 ps Desv P Orbita ~2.5 cm Relógio do ~75 ps RMS Satélite ~20 ps Desv P RMS Latência Atualização Tempo Intervalo da amostra Diária real Tempo 03, 09, 15, real 21 UTC 3-9 03, 09, 15, horas 21 UTC 17 - 41 17 UTC horas diária 12 - 18 Semanal dias Terça-feira 15 min 15 min 15 min 5 min 15 min Satélite: 30s Estação: 5 min Para adquirir esses dados, deve-se saber em qual semana do calendário GPS foi realizado o rastreio dos sinais GNSS. 41 Tabela 7 - Calendário GPS para o segundo semestre de 2008 (Fonte: ESCOLA POLITÉCNICA - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO http://www.ptr.poli.usp.br/ltg/GPS%20Calendar%202008.pdf) 42 As efemérides precisas possuem informações até 100 vezes mais precisas que as efemérides recebidas automaticamente pelo rastreador GNSS. Uma das grandes vantagens da utilização das efemérides precisas é o aumento da qualidade para rastreio de bases longas. Ponto IEF Localiza-se ao lado esquerdo (olhando-se para o prédio do IEF) do canteiro em frente ao prédio do IEF na Vila de Abraão. Figura 17 - Croqui de localização do Ponto IEF Figura 18 - Fotografias do ponto IEF 43 Equipamento utilizado Foi utilizado um receptor GNSS Ashtech ProMark II (uma frequência) posicionado com baliza e tripé sobre o ponto. Processamento dos dados O sistema utilizado para o pós-processamento dos dados obtidos pelo rastreio do ponto IEF foi o Ashtech Solution 2.70. Sendo este, um ponto apenas para verificação da precisão do MDS, foi executado o processamento apenas em SAD-69 Segue abaixo um resumo do extrato gerado pelo sistema Ashtech Solution 2.70. Site ID Latitude Longitude Latitude Error Longitude Error Grid Northing Grid Easting Ellipsoidal H Ellipsoid H Error Proc. Vect. Length Proc. Vect. Error (3D) Number Sat. PDOP Ponto de apoio BASE CEADS - 23° 11’ 04,106” - 44° 11’ 24,110” 0 0 7435819,227 582895,905 5,752 0 x x x x Nome do ponto BIEF - 23° 08’ 18,505” - 44° 10’ 07,190” 0,011 0,013 7440899,634 585111,822 5,761 0,02 5544,376 0,027 8 2,3 44 Ponto PAPAGAIO Materializado como uma barra de aço cravada em um buraco na rocha que antecede a outra com forma de bico (a qual dá nome ao cume). Figura 19 - Croqui de localização do PONTO PAPAGAIO Figura 20 - Fotografia do PONTO PAPAGAIO 45 Equipamento utilizado Foi utilizado um receptor GNSS Ashtech ProMark II (uma frequência) posicionado com baliza e tripé sobre o ponto. Processamento dos dados O sistema utilizado para o pós-processamento dos dados obtidos pelo rastreio do ponto PAPAGAIO foi o Ashtech Solution 2.70. Sendo este, um ponto apenas para verificação da precisão do MDS, foi executado o processamento apenas em SAD-69 Segue abaixo um resumo do extrato gerado pelo sistema Ashtech Solution 2.70. Site ID Latitude Longitude Latitude Error Longitude Error Grid Northing Grid Easting Ellipsoidal H Ellipsoid H Error Proc. Vect. Length Proc. Vect. Error (3D) Number Sat. PDOP Ponto de apoio BASE - 23° 11' 04,106" - 44° 11' 24,110" 0 0 7435819,227 582895,905 5,752 0 Nome do ponto PPAP - 23° 09' 15,428" - 44° 11' 45,014" 0,282 0,301 7439164,696 582320,040 964,771 0,656 3528,618 0,014 9 1,5 Levantamento cinemático da estrada Abraão Dois-Rios Foi feito um levantamento cinemático em toda extensão da estrada que liga a Vila de Abraão a Vila Dois Rios, esse levantamento teve como objetivo principal o traçado da feição dessa estrada e foi realizado em duas etapas, a primeira partindo do portão do CEADS na Vila Dois Rios até a parte mais elevada da estrada (no divisor de águas que separa a face norte e a face sul do complexo montanhoso da ilha) e a segunda, partindo do mesmo ponto onde parou a primeira etapa e teve fim próximo a placa situada na entrada da estrada pelo lado da Vila de Abraão. 46 Foram coletados 5153 pontos na primeira etapa e 3356 na segunda etapa. Usaram-se dois testes distintos para qualificar esses dados levando em consideração o emprego que teriam posteriormente. O primeiro teste foi utilizado para avaliar e separar apenas os dados que atendessem as exigências de uma vetorização na escala 1:10.000, que é a escala da carta que está sendo usada neste trabalho. Assim, foi posto como limite de aceite um EMQ (Erro Médio Quadrático) de 2m no terreno, o que equivale a 0,2mm na escala da carta, que corresponde ao limite da acuidade visual humana. Após essa filtragem, restaram 6486 pontos para serem utilizados como fonte da vetorização da estrada. No segundo teste, o critério de filtragem levou em consideração que os dados deviam ter precisão suficiente para serem utilizados como pontos de controle, sendo assim, já que há uma superabundância de dados, simplesmente adotou-se o critério de utilizar os pontos com menor EMQ. Assim, vendo que o menor valor de EMQ dos dados é de 0,06m, foi escolhido imposto como limite, um EMQ menor do que 0,1m como critério de filtro. Com esse filtro, restaram ainda 1199 pontos que poderiam ser usados como pontos de controle da forma que fosse conveniente. Figura 21 - Visão geral da vetorização da estrada Abraão/Dois Rios sobre ortofotos da Ilha Grande 47 Figura 22 - Levantamento cinemático da estrada Abraão/Dois Rios Equipamento utilizado Foi utilizado um par de receptores GNSS Ashtech ProMark II (uma frequência), estes foram aplicados de forma que um foi colocado no ponto BASE CEADS para servir de base para o pós processamento e o outro foi transportado a mão pelo percurso do levantamento (rover). Processamento dos dados O sistema utilizado para o pós-processamento dos dados obtidos pelo rastreio cinemático da Estrada Abraão/Dois Rios foi o Ashtech Solution 2.70. O processamento deste rastreio foi executado apenas em SAD-69. Em documento anexo, será apresentada a planilha com o extrato do processamento dos pontos coletados. Nessa planilha, serão discriminados os pontos que foram utilizados apenas para a vetorização e os que foram utilizados também para controle de qualidade do MNT. 48 5.4. Pontos de controle utilizados Neste trabalho os pontos de controle foram utilizados para verificação da capacidade dos produtos gerados em representar com confiabilidade as elevações da área de estudo. Em síntese, será verificado se houve uma boa relação entre o dado cartográfico de origem e os interpoladores utilizados. Segundo Merchant (1982) os pontos de referência a serem utilizados podem ser determinados por procedimentos na qual o erro não seja superior a 1/3 do erro padrão esperado para a classe da carta. A tabela abaixo mostra o padrão de exatidão cartográfica altimétrico (PEC) e o Erro Padrão (EP), para cada uma das classes, conforme Decreto-Lei 89817, capítulo II, seção 2, artigo 9. Tabela 8 - Padrão de Exatidão Altimétrico e Erros Padrão (em fração da equidistância) Classe A B C PEC 1/2 3/5 3/4 EP 1/3 2/5 1/2 Em função dos valores mostrados acima, pode-se calcular qual deve ser o erro tolerável para os pontos a serem utilizados como referência para o controle. A tabela abaixo mostra as tolerâncias altimétricas (Tol. Alt.) como fração da equidistância, considerando a relação 1/3 do erro padrão. Tabela 9 - Tolerância altimétrica, para o controle de qualidade de um produto classe A Classe Tolerância Altimétrica A B C 1/9 2/15 1/6 1:10.000 10m equidistância (m) 1,1 1,3 1,7 1:50.000 20m equidistância (m) 2,2 2,6 3,3 49 Os pontos foram então selecionados obedecendo-se o limite de erro altimétrico de 1,1m. Os pontos de controle são apresentados na tabela abaixo. Tabela 10 - Pontos de controle utilizados UTM Norte UTM Este Erro Horiz. PPAP - 23 09 15,428 - 44 11 45,014 7439164,696 582320,040 0,412 964,771 0,656 BASE - 23 11 04,106 - 44 11 24,110 7435819,227 582895,905 0,018 5,752 0,045 PQUA -23 11 03,594 -44 11 25,590 7435835,211 NOME Latitude Longitude Altitude Erro Alt. Elipsoidal Elipsoidal 582853,881 0,018 6,534 0,044 PIEF - 23 08 18,505 - 44 10 07,190 7440899,634 585111,822 0,017 5,761 0,020 PE01 -23 10 56,760 -44 11 26,405 7436045,505 582831,904 0,051 6,801 0,073 PE02 -23 10 49,855 -44 11 23,481 7436257,412 582916,216 0,054 6,291 0,059 PE03 -23 10 44,948 -44 11 21,484 7436407,992 582973,823 0,073 5,956 0,065 PE04 -23 10 40,054 -44 11 15,732 7436557,590 583138,221 0,072 12,778 0,065 PE05 -23 10 39,528 -44 11 11,799 7436573,122 583250,133 0,045 21,878 0,053 PE06 -23 10 34,440 -44 11 11,237 7436729,509 583266,971 0,054 35,730 0,080 PE07 -23 10 04,117 -44 11 00,123 7437660,262 583588,193 0,060 143,997 0,080 PE08 -23 10 08,800 -44 10 57,321 7437515,809 583667,065 0,059 161,561 0,078 PE09 -23 10 03,963 -44 10 56,132 7437664,357 583701,699 0,057 178,789 0,078 PE10 -23 10 09,489 -44 10 51,321 7437493,670 583837,549 0,058 235,463 0,074 PE11 -23 09 55,083 -44 10 47,003 7437935,993 583962,814 0,056 273,234 0,076 PE12 -23 09 46,272 -44 10 43,330 7438206,353 584068,795 0,057 302,788 0,078 PE13 -23 09 36,120 -44 10 40,888 7438518,189 584139,976 0,073 332,438 0,065 PE14 -23 09 19,464 -44 10 32,456 7439029,049 584382,659 0,058 318,318 0,073 PE15 -23 08 25,677 -44 10 11,817 7440679,815 584978,973 0,070 11,001 0,071 PE16 -23 08 25,903 -44 10 12,172 7440672,923 584968,853 0,058 11,817 0,069 PE17 -23 10 18,412 -44 11 01,720 7437220,914 583540,317 0,134 94,622 0,116 PE18 -23 09 10,424 -44 10 19,959 7439305,044 584739,611 0,715 281,668 0,576 PE19 -23 09 03,343 -44 10 04,793 7439520,346 585172,117 0,086 241,933 0,123 PE20 -23 09 03,561 -44 10 12,724 7439514,927 584946,539 0,253 233,100 0,237 PE21 -23 09 03,929 -44 10 23,794 7439505,379 584631,691 0,266 197,179 0,206 PE22 -23 08 57,462 -44 10 21,672 7439703,941 584693,161 0,615 170,274 0,423 PE23 -23 08 50,064 -44 10 23,818 7439931,792 584633,433 0,111 147,013 0,147 PE24 -23 08 43,624 -44 10 26,605 7440130,267 584555,298 0,201 135,488 0,208 PE25 -23 08 33,716 -44 10 22,144 7440434,247 584683,876 0,200 101,255 0,178 PE26 -23 08 28,521 -44 10 20,120 7440593,694 584742,338 0,525 83,508 0,267 PE27 -23 08 30,653 -44 10 15,444 7440527,383 584874,949 0,319 39,521 0,231 50 Figura 23 – Distribuição dos pontos de controle (pontos vermelhos) 5.5. Determinação da ondulação geoidal e cálculo da altitude ortométrica. Para o caso estudado, escolheu-se determinar o desnível ou ondulação geoidal através do sistema MAPGEO 2004 V3 disponibilizado pelo IBGE através do site www.ibge.gov.br na página de downloads. Desenvolvido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística-IBGE, através da Coordenação de Geodésia-CGED, e pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo-EPUSP, o MAPGEO 2004 V3 trata-se de um sistema de interpolação de dados que se baseia em um modelo de ondulação geoidal com resolução de 10' de arco, onde a ondulação geoidal (N) de um ponto ou conjunto de pontos pode ser obtida em SIRGAS2000 ou SAD69. 51 Figura 24 - Modelos geoidais referidos aos sistemas SIRGAS2000 e SAD69/96 (Fonte: IBGE, 2004) O sistema em questão apresenta um erro médio padrão para a região de estudo na ordem de até -0,5m como mostra a figura 25, o que excede o tolerável para a maioria das obras de engenharia, mas para a avaliação de produtos cartográficos se faz satisfatório, já que é um valor bem abaixo dos 1/3 da equidistância (no caso em estudo13 × 10 ≅ 3,333) indicado como avaliação do PEC. 52 Figura 25 - Distribuição do erro médio padrão do modelo de ondulação geoidal (m) (comparação com estações GPS/RN) (Fonte: IBGE, 2004) Mapa de ondulação geoidal A princípio foi gerado um mapa de ondulação geoidal da região da baía da Ilha Grande em Angra dos Reis para servir de estudo do comportamento na região alvo. Para isso foi criado uma tabela de pontos equidistantes de 0,02° de arco, de forma que este tivesse vinte e cinco vezes mais pontos para a mesma área que o próprio modelo de ondulação geoidal utilizado pelo sistema, porém suficientemente denso para gerar um modelo mais adequado a escala do trabalho. Os pontos desta tabela foram gerados entre as coordenadas 43,75°W e 44,65°W de longitude e 22,70°S e 23,50°S de latitude, o que abrange com alguma folga a área a ser feito o mapa. Foi escolhido nesse caso trabalhar com grau decimal por conta de que o sistema MAPGEO 2004 V3 interpreta como dados de entrada e saída apenas com coordenadas geodésicas nos formatos grau decimal ou GMS (Grau, Minuto e Segundo). A determinação da ondulação geoidal foi feita ponto a ponto utilizando o recurso interpolador do sistema, onde deu-se entrada com um arquivo de texto, que foi gerado a partir da tabela citada anteriormente, contendo a identificação 53 e as coordenadas dos pontos e foi retornado um arquivo, também de texto gerado pelo sistema contendo os valores da ondulação geoidal. A partir do arquivo de texto gerado pelo sistema MAPGEO 2004 V3 foi gerado um arquivo shapefile para utilização no sistema ArcGIS. Tendo carregado o SIG com o arquivo citado anteriormente, pode-se gerar um modelo de malha triangular (TIN), onde as coordenadas planas e altimétricas dos pontos presentes no arquivo são os vértices dos triângulos que formam a malha do TIN satisfazendo o critério de Delaunay ou critério do circuncírculo. Figura 26 - Tela de criação do TIM no sistema ArcGIS Com o TIN gerado, pode-se por fim criar um conjunto e isolinhas para facilitar na visualização do comportamento da ondulação geoidal ou para uma verificação visual dos dados com 0,02m de equidistância. Esses dados foram representados num mapa de ondulação geoidal (APÊNDICE I). 54 Figura 27 - Mapa de ondulação geoidal da região da Baía da Ilha Grande Altitude ortométrica dos pontos de controle. O cálculo das altitudes ortométricas dos pontos de controle foi realizado utilizando os dados da ondulação geoidal determinados para cada ponto individualmente através do sistema MAPGEO 2004 V3. Ou seja, para cada ponto onde já havia sido determinada a altitude elipsoidal através da determinação de coordenadas por rastreio de satélites (GNSS), foi encontrada também a ondulação geoidal. Através da expressão H = h – N é encontrada a altitude ortométrica (H), onde h é a altitude elipsoidal e N é a ondulação (ou altura) geoidal. Figura 28 - Representação do método para redução à altitude ortométrica (H) conhecendo-se a altitude elipsoidal (h) e a ondulação geoidal (N) (Fonte: IBGE, 2004) 55 Segue abaixo a tabela com as coordenadas dos pontos de controle e as respectivas altitudes ortométricas calculadas. Tabela 11 - Coordenadas geográficas e UTM e altitudes dos pontos de controle NOME Latitude Longitude UTM Norte UTM Este Altitude Ondulação Altidude Elipsoidal Geoidal Ortmométrica PPAP - 23 09 15,428 - 44 11 45,014 7439164,696 582320,04 964,771 3,59 961,181 BASE - 23 11 04,106 - 44 11 24,110 7435819,227 582895,905 5,752 3,60 2,152 PQUA -23 11 03,594 -44 11 25,590 7435835,211 582853,881 6,534 3,60 2,934 PIEF - 23 08 18,505 - 44 10 07,190 7440899,634 585111,822 5,761 3,56 3,65 PE01 -23 10 56,760 -44 11 26,405 7436045,505 582831,904 6,801 3,60 3,201 PE02 -23 10 49,855 -44 11 23,481 7436257,412 582916,216 6,291 3,60 2,691 PE03 -23 10 44,948 -44 11 21,484 7436407,992 582973,823 5,956 3,6 2,356 PE04 -23 10 40,054 -44 11 15,732 7436557,590 583138,221 12,778 3,60 9,178 PE05 -23 10 39,528 -44 11 11,799 7436573,122 583250,133 21,878 3,59 18,288 PE06 -23 10 34,440 -44 11 11,237 7436729,509 583266,971 35,730 3,59 32,14 PE07 -23 10 04,117 -44 11 00,123 7437660,262 583588,193 143,997 3,59 140,407 PE08 -23 10 08,800 -44 10 57,321 7437515,809 583667,065 161,561 3,59 157,971 PE09 -23 10 03,963 -44 10 56,132 7437664,357 583701,699 178,789 3,6 175,199 PE10 -23 10 09,489 -44 10 51,321 7437493,670 583837,549 235,463 3,6 231,873 PE11 -23 09 55,083 -44 10 47,003 7437935,993 583962,814 273,234 3,58 269,654 PE12 -23 09 46,272 -44 10 43,330 7438206,353 584068,795 302,788 3,58 299,208 PE13 -23 09 36,120 -44 10 40,888 7438518,189 584139,976 332,438 3,58 328,858 PE14 -23 09 19,464 -44 10 32,456 7439029,049 584382,659 318,318 3,6 314,738 PE15 -23 08 25,677 -44 10 11,817 7440679,815 584978,973 11,001 3,57 7,431 PE16 -23 08 25,903 -44 10 12,172 7440672,923 584968,853 11,817 3,57 8,247 PE17 -23 10 18,412 -44 11 01,720 7437220,914 583540,317 94,622 3,59 91,032 PE18 -23 09 10,424 -44 10 19,959 7439305,044 584739,611 281,668 3,57 278,098 PE19 -23 09 03,343 -44 10 04,793 7439520,346 585172,117 241,933 3,57 238,363 PE20 -23 09 03,561 -44 10 12,724 7439514,927 584946,539 233,100 3,57 229,53 PE21 -23 09 03,929 -44 10 23,794 7439505,379 584631,691 197,179 3,57 193,609 PE22 -23 08 57,462 -44 10 21,672 7439703,941 584693,161 170,274 3,57 166,704 PE23 -23 08 50,064 -44 10 23,818 7439931,792 584633,433 147,013 3,57 143,443 PE24 -23 08 43,624 -44 10 26,605 7440130,267 584555,298 135,488 3,57 131,918 PE25 -23 08 33,716 -44 10 22,144 7440434,247 584683,876 101,255 3,57 97,685 PE26 -23 08 28,521 -44 10 20,120 7440593,694 584742,338 83,508 3,57 79,938 PE27 -23 08 30,653 -44 10 15,444 7440527,383 584874,949 39,521 3,57 35,951 6. Geração do Modelo Digital de Superfície (MDS) Os processos descritos abaixo foram realizados unicamente no sistema ESRI – ArcGIS 9.3 Evaluation Version. O sistema ArcGIS desenvolvido pela ESRI é um dos 56 softwares SIG mais populares atualmente no mercado, apresentando uma interface agradável e amistosa para o usuário. Os dois principais modelos de estrutura de dados para geração de um MDS são os modelos de grade regular e os modelos de malha triangular, este último conhecido pelo anglicismo TIN (Triangular Irregular Network). Um modelo digital de superfície é uma representação computacional das formas ou características físicas da superfície terrestre gerado a partir de dados numéricos que associam para cada ponto endereçado por um par de coordenadas um valor correspondente à sua altitude. Um MDS é constituído por: c) Conjunto de coordenadas planialtimétricas de uma amostra discreta de pontos reais da suprefície estudada; (X1, Y1, Z1) ... (Xn, Yn, Zn) d) Sistema computacional interpolador onde serão estimadas as altitudes de qualquer ponto da região estudada através de regras matemáticas aplicadas às informações exesitentes. Graças aos sistemas computacionais atuais, é possível gerar MDS de forma rápida e prática, sendo necessário apenas um pequeno conhecimento quanto a manipulação do software empregado. Porém, é fundamental conhecer a qualidade dos dados utilizados (o que já foi discutido) e as condições oferecidas pelo sistema onde está se realizando o trabalho. Deve-se atentar para os recursos que o sistema dispõe de forma que se busque a comodidade de se executar todos os processos num único sistema sempre que possível para evitar o desperdício de tempo com mudança de formato de arquivo e também possíveis erros residuais de transformação. Porém é importante atentar que em alguns casos alguns sistemas se comportam melhor do que outros em determinados processos, seja referente ao esforço computacional ou à qualidade do dado final sendo assim benéfica a alternância entre sistemas. 57 6.1.Redução das amostras Segundo Felgueiras e Câmara (2001), a entrada de isolinhas na modelagem numérica, seja pela sensibilidade da mesa digitalizadora, ou pela resolução do scanner e o algoritmo de conversão, produz muitas vezes um número excessivo de pontos para representar a isolinha. O espaçamento ideal entre pontos de uma mesma isolinha deve ser a distância média entre a isolinha e as isolinhas vizinhas. Este espaçamento ideal permite gerar triângulos mais equiláteros, que permitem modelar o terreno de maneira mais eficiente. Sendo assim foi empregada a ferramenta “Generalize” do sistema ArcGIS que assemelha-se em muito ao processo de simplificação de Douglas-Peucker que consiste na eliminação dos pontos que possuem uma distância menor que a tolerância admitida à reta que une o primeiro e o último ponto da linha analisada. Figura 29 - Exemplo do algoritmo de Douglas-Poiker (Fonte: Felgueiras C. A.: 2001) Nota-se abaixo o exemplo do TIN gerado com as curvas de nível em seu bestado original, onde pode ser observado um excesso de triângulos oriundos da grande quantidade de vértices das curvas de nível. 58 Figura 30 - Triângulos formados pela geração do TIN a partir das curvas de nível originais (vista da Vila Dois-Rios) Segundo Felgueiras e Câmara (2001), o valor de tolerância é calculado considerando a escala original dos dados. Sabe-se que a precisão dos dados disponíveis em mapas é em torno de 0,2 mm. O valor de 0,4 mm de tolerância para eliminação de pontos permite gerar grades triangulares bem comportadas (procura-se triângulos o mais equiláteros possível)”. Desse modo, procedeu-se com a simplificação das curvas de nível com tolerância calculada a partir da seguinte expressão: × = Onde t é a medida da tolerância na carta, E é a escala da carta e T é a medida da tolerância no terreno. Assim: 0,0004 × 10.000 = 4 Então foi gerado um arquivo com curvas de nível simplificadas com tolerância de 4m, conforme calculado anteriormente. 59 Figura 31 - Triângulos formados pela geração do TIN a partir das curvas de nível simplificadas com tolerância de 4m (vista da Vila Dois-Rios) Por fim, para efeito de teste, foi aplicada a simplificação com tolerância de 10m onde foi observado que os triângulos gerados apresentaram-se em geral, mais equiláteros que os anteriores, porém observou-se perda de dados. Figura 32 - Triângulos formados pela geração do TIN a partir das curvas de nível simplificadas com tolerância de 10m (vista da Vila Dois-Rios) 60 Desse modo, decidiu-se trabalhar com a base com tolerância de 4m na simplificação. Figura 33 - Os três níveis de complexidade das curvas de nível ocorrentes no projeto (Vermelho – Original; Azul – simplificado 4m ; Verde – simplificado 10m) 6.2.Transformando em dados tipo ponto Tendo executado a simplificação do dado ainda como linha, procedeu-se com a transformação dos dados em pontos. Nesse processo, foi empregada a ferramenta “Features Vertices to Points” disponível no Arc Toolbox do pacote ArcGIS, onde foi gerado uma nuvem de pontos a partir dos vértices das curvas de nível do arquivo gerado pela simplificação de 10m de tolerância. Nesse momento podemos observar uma das vantagens em simplificar as curvas de nível. O arquivo original gerava em sua transformação, 1.060.721 pontos, já o arquivo gerado a partir da curva de nível simplificada deu origem a 137.045 pontos, preservando ainda assim uma quantidade de dados suficiente para criação dos MDS. 61 6.3.Modelos gerados a partir de grades regulares (GRID) O modelo de grade regular representa o terreno através de uma estrutura matricial tipo RASTER formado por uma malha quadrangular cujas dimensões das quadrículas são definidas pela quantidade de pontos amostrais. Amostragem discreta de elevação Superfície contínua Figura 34 - Exemplos de grade regular (Fonte: Kidner, Dorey & Smith, 1999) O MDS do tipo grade regular, assim como qualquer outro dado raster, organiza na forma matricial as informações contidas neste. Esta é uma matriz X, Y, H onde normalmente X é a longitude “λ”, Y é a latitude “φ” e H é a altitude referente a um datum altimétrico ou altura a partir e um referencial local. Segundo o exemplo da figura abaixo, para um ponto situado na interseção entre uma coluna K e uma linha L, temos para o elemento (K, L) a estrutura de informação na forma: , , , 62 Figura 35 - Estrutura do modelo de grade regular O valor de E que representa a resolução do modelo, é a distância entre os pontos seguindo uma reta paralela ao eixo das abscissas ou das ordenadas Encontramos o valor de E a partir da expressão: Xm – Xm+1 = Yn –Yn+1 = E, Onde: Xm é a distância no eixo das abscissas do ponto à origem; Xm+1 é a distância no eixo das abscissas do ponto à origem; Yn é a distância no eixo das ordenadas do ponto à origem; Yn+1 é a distância no eixo das ordenadas do ponto à origem; Segundo Felgueiras e Câmara (2001), ( o espaçamento da grade, ou seja, a resolução em x ou y deve ser idealmente menor ou igual à menor distância entre duas amostras com cotas diferentes. Ao se gerar uma grade muito fina (densa), com distância entre os pontos muito pequena, existirá um maior número de informações sobre a superfície analisada, porém necessitará maior tempo para sua geração. Ao contrário, considerando distâncias grandes entre os pontos, será criada uma grade grossa, que poderá acarretar perda de informação. Desta forma para a resolução final da grade, deve 63 haver um compromisso entre a precisão dos dados e do tempo de geração da grade. Uma vez definida a resolução e consequentemente as coordenadas de cada ponto da grade, pode-se aplicar um dos métodos de interpolação para calcular o valor aproximado da elevação. Os interpoladores do sistema ArcGIS usam como padrão de resolução, caso não entre com nenhum valor para este, a menor dimensão do universo amostral (ordenada ou abscissa) dividida por 250, não levando em consideração a quantidade ou espaçamento das amostras. Para que a resolução do MDS esteja de acordo com a quantidade e espaçamento das amostras, calculou-se a raiz quadrada da divisão da área do projeto pela quantidade de pontos amostrais, obtendo-se assim o espaçamento médio destes pontos. ! 181598494 = ≅ 26 268162 Nota-se com isso que com uma resolução maior que 36m estaríamos perdendo informações, por outro lado, pode-se refinar a resolução do modelo a fim de melhorar o aspecto e enriquecer o dado, para isso foi aplicada a mesma regra que utilizamos numa restituição fotogramétrica onde se utiliza uma ampliação de quatro vezes a escala da foto determinando assim o valor de 7m como resolução espacial para o modelo. 6.3.1. Média aritmética ponderada A interpolação dos valores das cotas deste modelo é obtido através da média ponderada das cotas dos pontos em sua vizinhança. Utilizando a ferramenta Inverse Distance Weighted (Inverso da Distância Ponderado) do sistema ArcGIS, pode-se gerar modelos onde os pesos são inversamente proporcionais à potencia P (>=2) da distância entre o ponto e seus vizinhos próximos. Um exemplo bem comum deste interpolador é o inverso do quadrado da distância onde é atribuída a potência P igual a dois. Este interpolador é regido pela seguinte equação: n H ( X ,Y ) = ∑ i =1 ϖ iH i n ∑ϖ j =1 i 64 Onde: H(X,Y) é o valor de cota de um ponto qualquer da grade; Hi é o valor da cota de uma amostra i vizinha ao ponto (X,Y); ω# = $ %&'( )'! *+( )+! , - é um fator de ponderação. A figura abaixo ilustra o processo de interpolação. Figura 36 - Processo de interpolação por média móvel: (a) Configuração original de amostras; (b) grade regular superpostas às amostras; (c) interpolação de um valor a partir dos vizinhos; (d) grade regular resultante. (Fonte: Felgueiras C. A.: 2001) O grau de influência de cada ponto para o interpolador de média aritmética ponderada é determinado pelo inverso da distância, assumindo assim maior influência ao valor final calculado os pontos mais próximos. Elevando-se a potência da função, aumenta-se também a influencia dos pontos mais próximos tornando a superfície menos suave, porém mais detalhada. 65 Figura 37 - Pontos de influência ao cálculo da interpolação (Fonte: ESRI - Ajuda do ArcGIS Desktop) 6.3.2. Interpolador de curvatura mínima Spline O interpolador de curvatura mínima spline, também é conhecido na literatura por outros nomes (YU, 2001): Thin Plate Spline (TPS), spline biharmônica e mesmo superfície spline. A forma básica da interpolação de curvatura mínima Spline impõe duas condições a seguir sobre a interpolação: e) A superfície deve passar exatamente pelos pontos dados; f) A superfície deve ter curvatura mínima à soma dos quadrados dos termos da segunda derivada da superfície, tomadas em cada ponto da superfície deve ser mínimo. Um interpolador de curvatura mínima spline pode ser ilustrado fisicamente como sendo uma chapa fina de metal se estendendo para o infinito, presa em alguns pontos de controle, de tal forma que a energia necessária para isto seja mínima, desprezando-se a energia elástica e a energia gravitacional (BOOKSTEIN, 1989). Dados os pontos de controle (Xi, Yi, Zi) com i = 1, 2,..., n, para interpolar Z, conhecidas as coordenadas (X, Y), a expressão para o TPS é: Z',+ = a1 + a$ X + a Y + ∑:#;$ F# r# ln r# (1) 66 Com Z',+ = Z< , = 1, 2, … , n (2) r# = X − X# + Y − Y# (3) Onde E F# , a1 , a$ e a são os n + 3 coeficientes incógnitos. Para gerar uma superfície que passa pelos n pontos e tenha todas as derivadas, ou seja, tenha boa suavidade, o termo r# ln r# pode ser trocado por r# lnr# + ε: Z',+ = a1 + a$ X + a Y + ∑:#;$ F# r# lnr# + ε (4) O parâmetro ε usualmente é tomado entre 10-2 e 10-6, dependendo do grau de variação da curvatura da superfície (YU, 2001). Os coeficientes são determinados a partir de pontos conhecidos da amostra (Xk, Yk, Zk): Z< = a1 + a$ X< + a Y< + ∑:#;$ F# r#< lnr#< + ε (5) Onde r#< = X# − X#< + Y# − Y#< (6) Na forma matricial: 0 D C r$ lnr$ + ε . C C . A=C r lnr$: + ε C $: 1 C X$ C B Y$ AX = B r$ lnr$ + ε 0 . . r: lnr: + ε 1 X Y (7) . . . . . . . . . r$: lnr$: + ε . r: lnr: + ε . . . . . 0 . 1 . X: . Y: 1 X$ 1 X . . . . 1 X: 0 0 0 0 0 0 Y$ G Y F .F .F Y: F F 0F 0F 0E (8) Com 67 F$ DF G C … F C F X = CF : F C a1 F C a$ F B a E e Z$ DZ G C F C…F B = CZ : F C0F C0F B0E (9) A matriz A (equação 8) é simétrica e inversível. Resolvendo o sistema (equação 7), os coeficientes ficam determinados e consequentemente pode-se obter o valor interpolado em qualquer ponto (Y, X). 6.3.3. Método Kriging Kriging ou Krigragem é um método de interpolação que permite estimar um valor de Z(X,Y) num determinado ponto (X,Y) baseado numa média móvel ponderada, semelhantemente ao interpolador de média aritmética ponderada, onde atribui-se um peso aos valores vizinhos medidos para obter uma previsão para um local não mensurável. O que distingue os métodos de interpolação é que no método de Krigragem, os pesos são baseados não apenas em função da distância entre os pontos medidos e o ponto a estimar, mas também do arranjo espacial geral dos pontos medidos. Para utilizar o arranjo espacial dos pesos, a auto-correlação espacial deve ser quantificada, assim na Krigragem ordinária, o peso λi depende: g) De um modelo ajustado para os pontos medidos; h) Da distância para o local de previsão; i) E das relações espaciais entre os valores medidos em torno do local de previsão. Segundo Thompson (1992), o interpolador Kriging é determinado pelas seguintes fórmulas matemáticas: Onde: HI = ∑LK;$ JK K (1) Zp é a variável interpolada; Xi é o valor medido no i-ésimo ponto; 68 λi é o peso do valor medido no i-ésimo ponto dada pela matriz [λ]: MJN = MON)$ ∙ MQN (2) Onde: [A]-1 é a matriz inversa de semi-variância entre as localidades da vizinhança de um ponto, determinada pelo modelo de semivariograma com base nas distências euclidianas entre as localidades; [b] é a matriz de semivariância entre as localidades da vizinhança (com variável estimada e o ponto para o qual a variável será interpolada. A Krigragem assume que os dados recolhidos de uma determinada população, se encontram correlacionados no espaço. Porém, conforme a distância do ponto (Xn,Yn) aumenta, não se encontrarão valores aproximados de (Xn,Yn) porque a correlação espacial pode deixar de existir. A imagem abaixo mostra o emparelhamento de um ponto (o ponto vermelho) com todos os outros locais medidos. Este processo continua para cada ponto medido. Figura 38 - Determinação da cota do ponto (X,Y) a partir dos pontos vizinhos (Fonte: ESRI - Ajuda do ArcGIS Desktop) 69 O semi-variograma empírico é um gráfico dos valores das semi-variâncias médias no eixo y e a distância (ou lag) no eixo x (ver diagrama abaixo). Figura 39 – Semivariograma empírico (Fonte: ESRI - Ajuda do ArcGIS Desktop) As entidades próximas tendem a ser mais semelhantes que as distantes, e isso é quantificado na autocorrelação espacial e visualizado no semi-variograma empírico. Assim, os pares de pontos que estão mais próximos (extrema esquerda do eixo x da nuvem semi-variograma), devem ter mais valores semelhantes (próximo à origem no eixo y da nuvem semi-variograma). Conforme os pares de pontos se tornam mais distantes (que se deslocam para a direita no eixo-x da nuvem semi-variograma), estes devem se tornar mais desiguais e têm uma maior diferença quadrática (movendo-se no eixo y da nuvem semi-variograma). Existem dois métodos de Krigragem: ordinário e universal. A Krigragem ordinária é o mais geral e amplamente utilizado dos métodos de Krigragem. Assume-se que a média constante é desconhecida. A Krigragem universal assume que há uma influencia tendenciosa que afeta o comportamento dos dados e essa influencia pode ser modelada por uma função polinomial. Este polinômio é subtraído dos pontos de medida original, e a autocorrelação é modelada a partir dos erros aleatórios. 6.3.4. Interpolação por vizinho mais próximo Segundo Felgueiras e Câmara (2001), a interpolação por vizinho mais próximo é definida pela escolha de apenas uma amostra vizinha para cada ponto da grade. Este 70 interpolador deve ser usado quando se deseja manter os valores de cotas das amostras na grade, sem gerar valores intermediários. Neste método, executado como “Natural Neighbors” no ArcGIS”, a superfície é constituída por polígono que assumem o valor do ponto contido neste. Para cada polígono haverá apenas um ponto. Estes polígonos são conhecidos como polígonos de Thiessen ou poliedro de Voronoi. As arestas desses polígonos são formados da seguinte forma: 1) Une-se todos os pontos, par a par, com segmentos de retas; 2) Traçar a perpendicular a cada segmento de reta. Figura 40 - Construção de um polígono de Thiessen (Fonte: Notas de aula, J. Seixas, FCT-UNL, 2007) Figura 41 - Esquema dos polígonos de Thiesen numa região próxima à Vila de Dois Rios 71 6.4.Malha vetorial triangular A estrutura de dados que descreve a superfície do terreno por meio de um conjunto de triângulos irregulares gerados pelo critério do círculo de Dalaunay é conhecida normalmente pela sigla do seu nome em inglês: triangular irregular network, TIN (Peucker et al., 1978). Segundo Namikawa (1995), na modelagem da superfície por meio de grade irregular triangular, cada polígono que forma uma face do poliedro é um triângulo. Os vértices do triângulo são, em geral, os pontos amostrados da superfície. A grade irregular triangular deve ser armazenada em uma estrutura que permite a fácil recuperação dos triângulos e das relações de vizinhança entre eles. Uma estrutura eficiente para o armazenamento da grade irregular triangular deve evitar redundâncias de elementos básicos, como pontos e linhas. Os elementos básicos devem ser armazenados somente uma vez e ligados aos triângulos que os contém por meio de ponteiros. Figura 42 - Superfície e grade irregular correspondente (Fonte: Namikawa L. M., 1995) O TIN é um dado vetorial representado por pontos e linhas, sendo que os pontos são os dados primários e as linhas, a representação do comportamento da superfície. 72 Os nós podem ser considerados como entidades primárias. Esta é a abordagem que é usada na estrutura de dados TIN. A topologia é adquirida permitindo a cada nó apontar para uma lista dos seus nodos vizinhos. A lista de vizinhança é classificada em ordem no sentido horário em torno do nó, a partir de "Norte" no sistema local de coordenadas cartesianas (Peuker et al., 1978). Adotando-se critérios específicos para construção da rede triangular pode-se chegar a malhas únicas sobre o mesmo conjunto de amostras. Uma dessas malhas, muito utilizada na prática nos SIG atualmente em uso profissional ou científico, é a malha de Delaunay, mais conhecida como triangulação de Delaunay. O critério utilizado na triangulação de Delaunay é o de maximização dos ângulos mínimos de cada triângulo. Isto é equivalente a dizer que, a malha final, deve conter triângulos o mais próximo de equiláteros possível evitando-se a criação de triângulos afinados, ou seja, triângulos com ângulos internos muito agudos. Uma forma equivalente de se implementar a triangulação de Delaunay utiliza o critério do circuncírculo. Esse critério, diz que uma triangulação é de Delaunay se: O círculo que passa pelos três vértices de cada triângulo da malha triangular não contém, no seu interior, nenhum ponto do conjunto das amostras além dos vértices do triângulo em questão (Felgueiras e Câmara, 2001). Figura 43 - Critério do circuncírculo para geração de triangulações de Delaunay: A figura (a) é um triângulo de Delaunay, porém a figura (b) não obedece os critérios dos triângulos de Delaunay 73 6.5.Tempo de processamento do MDS O tempo gasto para geração e alguns modelos pode se tornar tão extenso que pode tornar crítica a execução do trabalho se o mesmo tiver um prazo demasiadamente curto. Assim, é bom observar os métodos que atendam a demanda num espaço de tempo o mais curto possível, sem perder a qualidade desejada. Os modelos foram gerados em um computador cuja configuração está descrita abaixo: Tabela 12 - Configuração da estação de trabalho Sistema Operacional Processador Placa mãe Memória física Disco rígido (HD) Placa de vídeo Windows XP Professional SP3 AMD Sempron 3000+ A7V600-X 1,5 GB 80 GB ATI Radeon 9550 / X1050 – 256MB Para os modelos gerados no sistema ArcGIS, foram observados que os tempos de processamento variavam entre os métodos empregados conforme a tabela abaixo. Tabela 13 - Tempo de processamento dos modelos Interpolador Spline Kriging Inverse Distance Weighted Natural Neighbors TIN Tempo de processamento (hh:mm:ss) 00:35:48 02:28:17 00:02:22 00:01:36 00:00:28 6.6.Controle de qualidade altimétrica dos modelos gerados O modelo digital de elevação é a fonte de informação para a confecção de outros modelos que sejam total ou parcialmente dependentes da superfície terrestre. Assim, a competência dos dados extraídos, esta diretamente relacionada com a qualidade do MDS. Foram realizados testes quanto à altimetria interpolada em todos os modelos gerados para apontar o que melhor se adequou aos dados iniciais e por consequência, foi capaz de representar a superfície da área em estudo de forma mais fidedigna. Estes 74 testes foram feitos utilizando-se como base os pontos de apoio adquiridos por levantamento em campo por rastreio GNSS. Merchant (1987) sugere o uso do erro médio quadrático para avaliação do erro dos modelos, assim utilizaremos a expressão abaixo (Santos et al., 2003). ∑HK − HT RS = U−1 Onde: Zi é o valor interpolado das elevações no MDS no local do ponto de controle; Zt é o valor da cota do ponto de controle levantado em campo; n é o número de pontos de controle. Nas tabelas abaixo, podemos observar os resultados das comparações dos valores das altitudes ortométricas dos pontos de apoio gerados a partir de levantamento em campo por rastreadores GNSS e os valores achados nos diferentes modelos para as localidades dos pontos. As tabelas 14 e 15 apresentam o comparativo ponto a ponto entre os valores de altitude de campo e os encontrados através de cada sistema de interpolação (Spline, Kriging, Natural Neighbors, Inverse Distance Weighted e TIN), expressando como erro a diferença entre o valor real7 e o valor interpolado através da expressão: = I − K Onde: Hp é o valor dito “real” da altitude do ponto; Hi é o valor interpolado da altitude do ponto. 7 É chamado de real neste trabalho o valor determinado por levantamento de campo por ser o valor de comparação aos demais a serem analisados. 75 Tabela 14 - Análise de precisão dos modelos (Spline, Kriging e Natural Neighbors) NOME Altitude Spline Ortométrica Spline Erro Kriging Kriging Erro Natural NNI Erro Neighbors PPAP 961,181 959,949 -1,232 956,277 -4,904 957,724 -3,457 BASE 2,152 0,000 -2,152 0,000 -2,152 0,000 -2,152 PQUA 2,934 0,000 -2,934 0,000 -2,934 0,000 -2,934 PIEF 3,65 -3,255 -6,905 1,197 -2,453 1,576 -2,074 PE01 3,201 1,230 -1,971 0,000 -3,201 2,361 -0,840 PE02 2,691 6,586 3,895 7,053 4,362 6,828 4,137 PE03 2,356 5,740 3,384 7,922 5,566 7,947 5,591 PE04 9,178 7,281 -1,897 8,703 -0,475 10,000 0,822 PE05 18,288 13,503 -4,785 14,002 -4,286 13,324 -4,964 PE06 32,14 30,013 -2,127 30,378 -1,762 30,475 -1,665 PE07 140,407 144,122 3,715 147,227 6,820 145,112 4,705 PE08 157,971 160,074 2,103 162,203 4,232 158,730 0,759 PE09 175,199 170,922 -4,277 167,780 -7,419 170,026 -5,173 PE10 231,873 235,324 3,451 231,838 -0,035 233,465 1,592 PE11 269,654 270,032 0,378 269,442 -0,212 270,000 0,346 PE12 299,208 300,978 1,770 302,510 3,302 301,299 2,091 PE13 328,858 331,939 3,081 330,502 1,644 329,163 0,305 PE14 314,738 322,867 8,129 323,946 9,208 323,610 8,872 PE15 7,431 6,200 -1,231 6,181 -1,250 9,638 2,207 PE16 8,247 7,898 -0,349 8,557 0,310 9,900 1,653 PE17 91,032 92,579 1,547 92,340 1,308 93,401 2,369 PE18 278,098 279,822 1,724 281,459 3,361 280,816 2,718 PE19 238,363 234,667 -3,696 234,729 -3,634 235,495 -2,868 PE20 229,53 229,085 -0,445 226,952 -2,578 228,868 -0,662 PE21 193,609 192,936 -0,673 194,068 0,459 193,168 -0,441 PE22 166,704 168,666 1,962 166,957 0,253 166,593 -0,111 PE23 143,443 149,812 6,369 145,107 1,664 145,616 2,173 PE24 131,918 137,337 5,419 134,697 2,779 137,013 5,095 PE25 97,685 101,918 4,233 105,586 7,901 102,363 4,678 PE26 79,938 82,684 2,746 84,028 4,090 84,031 4,093 PE27 35,951 39,933 3,982 36,370 0,419 35,648 -0,303 EMQ modelo 3,595 3,949 3,371 Erro máximo (abs) 8,129 9,208 8,872 Erro mínimo (abs) 0,349 0,035 0,111 76 Tabela 15 - Análise de precisão dos modelos (IDW e TIN) NOME Altitude Ortométrica IDW IDW Erro TIN TIN Erro PPAP 961,181 959,901 -1,280 956,360 -4,821 BASE 2,152 0,000 -2,152 0,000 -2,152 PQUA 2,934 0,000 -2,934 0,000 -2,934 PIEF 3,650 0,403 -3,247 1,460 -2,190 PE01 3,201 0,000 -3,201 2,179 -1,022 PE02 2,691 6,525 3,834 4,579 1,888 PE03 2,356 10,000 7,644 9,011 6,655 PE04 9,178 11,520 2,342 10,000 0,822 PE05 18,288 13,838 -4,450 14,348 -3,940 PE06 32,140 30,813 -1,327 30,000 -2,140 PE07 140,407 142,637 2,230 145,900 5,493 PE08 157,971 161,116 3,145 163,950 5,979 PE09 175,199 168,354 -6,845 166,606 -8,593 PE10 231,873 233,971 2,098 234,947 3,074 PE11 269,654 270,035 0,381 270,000 0,346 PE12 299,208 300,217 1,009 300,561 1,353 PE13 328,858 326,703 -2,155 329,725 0,867 PE14 314,738 323,177 8,439 325,230 10,492 PE15 7,431 15,270 7,839 10,000 2,569 PE16 8,247 13,741 5,494 10,000 1,753 PE17 91,032 96,353 5,321 90,693 -0,339 PE18 278,098 276,805 -1,293 280,558 2,460 PE19 238,363 235,889 -2,474 236,040 -2,323 PE20 229,530 223,908 -5,622 225,523 -4,007 PE21 193,609 190,027 -3,582 194,721 1,112 PE22 166,704 167,512 0,808 166,814 0,110 PE23 143,443 148,989 5,546 147,691 4,248 PE24 131,918 138,868 6,950 134,606 2,688 PE25 97,685 102,732 5,047 103,946 6,261 PE26 79,938 85,296 5,358 81,611 1,673 PE27 35,951 EMQ modelo 33,243 -2,708 35,173 -0,778 4,444 3,997 Erro máximo (abs) 8,439 10,492 Erro mínimo (abs) 0,381 0,110 Para cada modelo, foi determinado o erro médio quadrático (EMQ) bem como o erro absoluto máximo e mínimo. 77 Tabela 16 - Análise de precisão dos pontos NOME Altitude EMQ do Ortométrica modelo Ponto H médio ponto (modelos) PPAP 961,181 3,949595 958,0423 BASE 2,152 2,406028 0,00 PQUA 2,934 3,280312 0,00 PIEF 3,65 4,281776 0,276215 PE01 3,201 2,555701 1,154056 PE02 2,691 4,170674 6,314228 PE03 2,356 6,641034 8,124058 PE04 9,178 1,632338 9,500824 PE05 18,288 5,030774 13,80296 PE06 32,14 2,045852 30,33575 PE07 140,407 5,422222 144,9997 PE08 157,971 4,139637 161,2146 PE09 175,199 7,429499 168,7376 PE10 231,873 2,659652 233,9091 PE11 269,654 0,378423 269,9019 PE12 299,208 2,305297 301,1131 PE13 328,858 2,102542 329,6063 PE14 314,738 10,13499 323,7659 PE15 7,431 4,358791 9,457711 PE16 8,247 3,008556 10,0192 PE17 91,032 3,088106 93,07326 PE18 278,098 2,710122 279,892 PE19 238,363 3,413397 235,3641 PE20 229,53 3,706245 226,8673 PE21 193,609 1,93184 192,9839 PE22 166,704 1,071345 167,3084 PE23 143,443 4,920864 147,4431 PE24 131,918 5,44461 136,5042 PE25 97,685 6,459499 103,309 PE26 79,938 4,258293 83,5301 PE27 35,951 2,452744 36,07314 A tabela 16 apresenta o erro médio quadrático para cada ponto analisado usando como base os valores encontrados nos interpoladores, também foi determinada a altitude média dos pontos interpolados. A avaliação de um produto cartográfico é regida no Brasil pelo PEC que é regulamentado pelo Decreto-Lei 89817, capítulo II, seção 1, artigo 8. 78 1 - Noventa por cento dos pontos bem definidos numa carta, quando testados no terreno, não deverão apresentar erro superior ao Padrão de Exatidão Cartográfica - Planimétrico - estabelecido. 2 - Noventa por cento dos pontos isolados de altitude, obtidos por interpolação de curvas de nível, quando testados no terreno, não deverão apresentar erro superior ao Padrão de Exatidão Cartográfica - Altimétrico estabelecido. Ainda no artigo 8, nos parágrafos 1 e 2, discorre sobre o caráter estatístico do PEC. § 1º - Padrão de Exatidão Cartográfica é um indicador estatístico de dispersão, relativo a 90 % de probabilidade, que define a exatidão de trabalhos cartográficos. § 2º - A probabilidade de 90 % corresponde a 1,6449 vezes o ErroPadrão – PEC = 1,6449 EP A classe das cartas é determinado no capítulo II, seção 2, artigo 9 do mesmo Decreto-Lei. As cartas, segundo sua exatidão, são classificadas nas Classes A, B e C, segundo os critérios seguintes: a) Classe A 1 - Padrão de Exatidão Cartográfica - Planimétrico: 0,5 mm, na escala da carta, sendo 0,3 mm na escala da carta o Erro-Padrão correspondente. 2 - Padrão de Exatidão Cartográfica - Altimétrico: metade da equidistância entre as curvas de nível, sendo de um terço o Erro-Padrão correspondente. b) Classe B 1 - Padrão de Exatidão Cartográfica - Planimétrico: 0,8 mm, na escala da carta, sendo 0,5 mm na escala da carta o Erro-Padrão correspondente. 79 2 - Padrão de Exatidão Cartográfica - Altimétrico: três quintos da equidistância entre as curvas de nível, sendo de dois quintos o Erro-Padrão correspondente. c) Classe C 1 - Padrão de Exatidão Cartográfica - Planimétrico: 1,0 mm, na escala da carta, sendo 0,6 mm na escala da carta o Erro-Padrão correspondente. 2 - Padrão de Exatidão Cartográfica - Altimétrico: três quartos da equidistância entre as curvas de nível, sendo de metade desta equidistância o Erro-Padrão correspondente. Dessa forma, observamos que para a altimetria, o PEC determina para o PEC A, B e C, os valores limites 1/2, 3/5 e 3/4 da equidistância respectivamente. Assim, podemos expressar na tabela abaixo, o erro máximo tolerável para o MDS criado na escala proposta de 1:10.000. Tabela 17 - Valores limites do PEC para a escala 1:10.000 Escala 1:10.000 Equidistância (m) 10 PEC A (m) 5 PEC B (m) 6 PEC C (m) 7,5 Os modelos apresentaram os seguintes resultados quando testados para a escala 1:10.000. Tabela 18 - Resultados dos testes para o PEC classe A na escala 1:10.000 Modelo Spline Kriging Natural Neighbors IDW TIN EMQ (m) 3,595 3,949 3,371 4,444 3,997 EMQ × 1,6449 (m) 5,913 6,495 5,545 7,309 6,575 Pontos que atendem ao PEC PEC A na escala 1:10.000 (%) 1:10.000 87 B 84 C 87 B 65 C 81 C Posteriormente, foram repetidos os mesmos testes para uma escala de publicação de 1:50.000, com curvas de nível com 20m de equidistância. Tabela 19 - Valores limites do PEC para a escala 1:50.000 Escala 1:10.000 Equidistância (m) 2 PEC A (m) 10 PEC B (m) 12 PEC C (m) 15 80 Os resultados encontrados para a escala 1:50.000 estão expressos na tabela abaixo. Tabela 20 - Resultados dos testes para o PEC classe A na escala 1:50.000 Modelo Spline Kriging Natural Neighbors IDW TIN EMQ (m) 3,595 3,949 3,371 4,444 3,997 PEC EMQ × 1,6449 Pontos que atendem ao PEC A na escala 1:50.000 (%) 1:50.000 (m) 5,913 100 A 6,495 100 A 5,545 100 A 7,309 100 A 6,575 97 A Observamos que segundo o teste realizado, os modelos que melhor representaram a superfície foram os gerados por Spline e por Natural Neighbors (vizinho mais próximo) sendo que o método do vizinho mais próximo apresentou resultados sutilmente melhores, tendo este um tempo de processamento muito menor que o Spline. Fica então eleito para a geração dos dados derivados apresentados neste trabalho, o MDS gerado pelo método do vizinho mais próximo (Natural Neighbors). 7. Dados gerados a partir do MDS Os modelos digitais de superfície tem se mostrado capazes de reproduzir as características físicas e morfológicas da superfície terrestre gerando dados importantes para o estudo em diversas áreas. Serão apresentados aqui alguns exemplos de dados estratificados do MDS gerado pelo método do vizinho mais próximo (Natural Neighbors). 7.1.Mapa de declividade Segundo Fugihara (2002), A declividade é informação básica de topografia utilizada nas metodologias de identificação de áreas potenciais aos processos de erosão e nos sistemas de avaliação do planejamento de uso da terra. A classificação da declividade utilizada é a proposta por Assad e Sano (1998) representada na tabela abaixo. 81 Tabela 21 - Classificação do relevo em relação às classes de declividade Classe de declividade (%) 0 – 3,0 3,1 – 8,0 8,0 – 20,0 20,0 – 45,0 Classes de relevo Plano Suave ondulado Ondulado Forte ondulado Figura 44 - Mapa de declividade da Ilha Grande 7.2.Mapa de sombreamento ou insolação Os mapas de sombreamento ou insolação expressam a variação da intensidade de iluminação da superfície analisada, dado o azimute e a elevação da fonte de luz. A principal aplicação deste dado é a análise de insolação de uma região porém pode ser usado também para dar uma sensação de profundidade mesmo na visualização 2D. 82 Figura 45 - Mapa de insolação da Ilha Grande 7.3.Mapa hipsométrico O mapa hipsométrico ou de elevação representa as altitudes do terreno por meio de elementos altimétricos como curvas de nível ou a representação intervalar da altimetria por cores. Este mapa é utilizado para verificação das altitudes de uma determinada região da área representada. 83 Figura 46 - Mapa hipsométrico da Ilha Grande 8. Conclusão Os modelos digitais de superfície têm um alto grau de utilização em demandas de estudos que dependam de dados cartográficos altimétricos por representarem matematicamente as características físicas e morfológicas da érea em questão. Nos testes realizados, o método que apresentou melhor resultado foi o do vizinho mais próximo que além de obter o menor EMQ, teve um tempo se processamento menor. Outros métodos de interpolação também tiveram resultados muito bons tendo no caso do TIN um tempo de processamento extremamente rápido. Esses testes não são suficientes para afirmar que em todos os casos se repetirá o comportamento observado neste trabalho, sendo possível que alguns interpoladores que não tiveram os melhores resultados para este tipo de superfície apresentem melhores resultados em outras situações. A verificação da qualidade altimétrica, não foi conclusiva, mesmo tendo servido para vislumbrar o procedimento, pois não foi possível a coleta de pontos de controle em 84 quantidade e distribuição suficiente à exigência do dado analisado, devido a grande extensão da área de estudo e a dificuldade de locomoção e acesso a determinados locais. Outra situação observada foi que para alguns pontos obteve-se valores de erros aproximadamente iguais em todos os interpoladores, isso pode ser explicado por dois fenômenos: a) A superfície representada pelas curvas de nível do arquivo utilizado como fonte de dados não representava o solo nas imediações do ponto analisado. Isso é possível graças a grande quantidade de cobertura vegetal da área de estudo o que pode ter feito com que fosse representada a superfície formada pela continuidade aparente das copas das árvores; b) Para baixas altitudes, em Abraão e Vila Dois Rios, a variação da elevação nas vizinhanças dos pontos de controle são muito tímidas (<< 10m) não gerando assim curvas de nível capazes de fornecer dados altimétricos suficientes para estas áreas. O sistema utilizado provou ser bastante útil e confiável quanto à modelagem da elevação provido de cinco métodos interpoladores sendo assim possível aplicar o que for mais adequado as necessidades do trabalho executado, o que pode ser verificado por testes de tempo de processamento e de precisão do MDS gerado. O sistema também atendeu as necessidades quanto aos processos de importação simplificação e transformação dos dados. São várias as aplicações possíveis aos Modelos Digitais de Superfície, algumas delas são: Mapa de declividade; Auxílio à delimitação de zoneamentos ambientais; Mapeamento de risco ambiental / geológico ou geotécnico; Estudos de padrões de drenagem em bacias hidrográficas. 85 Referências bibliográficas ASSAD, E. D; Sano, E. E (Ed.) Sistemas de Informações Geográficas: aplicações na agricultura. 2 ed. Brasília: EMBRAPA, SPI; EMBRAPA, CPAC, 1998. BOOKSTEIN, F. L. Principal Warps: Thin-Plate Splines and the Decomposition of Deformations. IEEE Transactions on Pattern Analysis and Machine Intelligence, v.11, n.6, p.567-85, 1989. CÂMARA, G. Representação computacional de dados geográficos. In: CASANOVA, M. A. et al. (org.) Bancos de dados geográficos. Curitiba: MundoGEO, 2005. p. 11-52. CREPANI, E., Medeiros J. S., Imagens Fotográficas Derivadas de MNT do Projeto SRTM Para Fotointerpretação na Geologia, Geomorfologia e Pedologia Publicação técnica INPE, São José dos Campos 2004. CONCAR. 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Tese de Mestrado, Interoperabilidade em Geoprocessamento: Conversão Entre Modelos Conceituais de Sistemas de Informação Geográfica e Comparação com o Padrão Open Gis, 1998. Fonte: http://www.dpi.inpe.br/teses/thome/ (em dezembro/ 2009). THOMPSON, S.K. Sampling. New York, Wiley-Interscience Publication, 1992. 343p. YU, Z. W. Surface interpolation from irregularly distributed points using surface splines, with Fortran program. Computers & Geosciences, n. 27, p. 877-882, 2001. 87 Anexos e apêndices ANEXO I - Normas Técnicas da Cartografia Nacional (Decreto nº 89.817, de 20 de junho de 1984) “Estabelece as Instruções Reguladoras de Normas Técnicas da Cartografia Nacional”. O Presidente da República, usando da atribuição que lhe confere o artigo 81, item III, da Constituição e tendo em vista o disposto no artigo 2º, nos incisos 4 e 5 do artigo 5º e no artigo 18 do Decreto-lei nº 243, de 28 de fevereiro de 1967, DECRETA: Instruções Reguladoras das Normas Técnicas da Cartografia Nacional CAPÍTULO I Disposições Iniciais Art. 1º - Este decreto estabelece as normas a serem observadas por todas as entidades públicas e privadas produtoras e usuárias de serviços cartográficos, de natureza cartográfica e atividades correlatas, sob a denominação de Instruções Reguladoras das Normas Técnicas da Cartografia Nacional. Art. 2º - As Instruções Reguladoras das Normas Técnicas da Cartografia Nacional se destinam a estabelecer procedimentos e padrões a serem obedecidos na elaboração e apresentação de normas da Cartografia Nacional, bem como padrões mínimos a serem adotados no desenvolvimento das atividades cartográficas. Art. 3º - As entidades responsáveis pelo estabelecimento de normas cartográficas, obedecidas as presentes instruções, apresentarão suas normas à Comissão de Cartografia – COCAR para homologação e inclusão na Coletânea Brasileira de Normas Cartográficas. 88 Art. 4º - As normas cartográficas, legalmente em vigor nesta data, serão homologadas como Normas Cartográficas Brasileiras, após apresentação à COCAR e devido registro. Art. 5º - Para efeito destas Instruções, define-se: I – Em caráter geral: 1 - Serviço Cartográfico ou de Natureza Cartográfica – é toda operação de representação da superfície terrestre ou parte dela, através de imagens, cartas, plantas e outras formas de expressão afins, tais como definidas no art. 6.o do DL 243/67 e seus parágrafos. 2 - Atividade correlata – toda ação, operação ou trabalho destinado a apoiar ou implementar um serviço cartográfico ou de natureza cartográfica, tal como mencionada no parágrafo único do art. 2.° do Decreto-lei n° 243/67. II - Quanto à finalidade: 1 - Norma Cartográfica Brasileira - NCB –xx – denominação genérica atribuída a todo e qualquer documento normativo, homologado pela COCAR, integrando a Coletânea Brasileira de Normas Cartográficas. 2 - Norma Técnica para Cartas Gerais - NCB - documento normativo elaborado pelos órgãos previstos nos incisos 1 e 2 do § 1.o do artigo 15 do Decreto-Lei nº. 243/67. 3 - Norma Técnica para Cartas Náuticas - NCB - NM - documento normativo elaborado pelo órgão competente do Ministério da Marinha, na forma do art. 15 do DL 243/67. 4 - Norma Técnica para Cartas Aeronáuticas - NCB-AV - documento normativo elaborado pelo órgão competente do Ministério da Aeronáutica, na forma do art. 15 do DL 243/67. 5 - Norma Técnica para Cartas Temáticas - NCB-Tx – documento normativo elaborado pelo órgão público federal interessado, conforme competência atribuída pelo art. 15 do DL 243/67. 89 6 - Norma Técnica para Cartas Especiais - NCB-Ex - documento normativo elaborado pelo órgão público federal interessado, conforme competência atribuída pelo art. 15 do DL 243/67. 7 - Norma Cartográfica Geral - NCB - Cx - Documento normativo de caráter geral, não incluído na competência prevista no art. 15 do DL 243/67, elaborado pela Comissão de Cartografia ou por integrante do Sistema Cartográfico Nacional, aprovado e homologado pela COCAR. 8 - Prática Recomendada pela COCAR – PRC-xx – especificação, procedimento ou trabalho decorrente de pesquisa, sem força de norma, porém considerado e homologado pela COCAR como útil e recomendável, contendo citação obrigatória da autoria, incluída na Coletânea Brasileira de Normas Cartográficas. III - Quanto à natureza: 1 - Norma Cartográfica de Padronização – documento normativo destinado ao estabelecimento de condições a serem satisfeitas, uniformizando as características físicas, geométricas e geográficas dos componentes, parâmetros e documentos cartográficos. 2 - Norma Cartográfica de Classificação – documento normativo destinado a designar, ordenar, distribuir ou subdividir conceitos ou objetos. 3 - Norma Cartográfica de Terminologia – documento normativo destinado a definir, relacionar ou conceituar termos e expressões técnicas, visando o estabelecimento de uma linguagem uniforme. 4 - Normas Cartográfica de Simbologia – documento normativo destinado a estabelecer símbolos e abreviaturas, para representação gráfica de acidentes naturais e artificiais. 5 - Norma Cartográfica de Especificação – documento normativo destinado a estabelecer condições exigíveis para execução, aceitação ou recebimento de trabalhos cartográficos, observados os padrões de precisão exigidos. 6 - Norma Cartográfica de Procedimento - documento normativo destinado a estabelecer condições: a) para execução de projetos, serviços e cálculos; 90 b) para emprego de instrumental, material e produtos decorrentes; c) para elaboração de documentos cartográficos; d) para segurança no uso de instrumental, instalações e execução de projetos e serviços. 7 - Norrma Cartográfica de Método de Ensaio ou Teste – documento normativo destinado a prescrever a maneira de verificar ou determinar características, condições ou requisitos exigidos de: a) material ou produto, segundo sua especificação; b) serviço cartográfico, obra, instalação, segundo o respectivo projeto; c) método ou área de teste ou padronização, segundo suas finalidades e especificações. 8 - Norma Geral – é a que, por sua natureza, abrange mais de um dos tipos anteriores. Art. 6º– As Normas Cartográficas que não se enquadram nas disposições do art. 15 do DL 243/67, serão estabelecidas pela Comissão de Cartografia – COCAR, por proposta apresentada em Plenário ou através da Secretaria-Executiva da COCAR. Art. 7º - As cartas em escalas superiores a 1/25. 000 terão articulação, formato e sistema de projeção regulados por norma própria, nos termos do art. 15 do DL 243/67. § Único - Tratando-se de grandes áreas ou extensas regiões, as cartas de que trata o presente artigo terão tratamento sistemático, observadas as normas a respeito. CAPÍTULO II Especificações Gerais SEÇÃO 1 Classificação de uma Carta quanto à Exatidão Art. 8º – As cartas quanto à sua exatidão devem obedecer ao Padrão de Exatidão Cartográfica – PEC, segundo o critério abaixo indicado: 91 1 - Noventa por cento dos pontos bem definidos numa carta, quando testados no terreno, não deverão apresentar erro superior ao Padrão de Exatidão Cartográfica Planimétrico - estabelecido. 2 - Noventa por cento dos pontos isolados de altitude, obtidos por interpolação de curvas de nível, quando testados no terreno, não deverão apresentar erro superior ao Padrão de Exatidão Cartográfica - Altimétrico - estabelecido. § 1º - Padrão de Exatidão Cartográfica é um indicador estatístico de dispersão, relativo a 90 % de probabilidade, que define a exatidão de trabalhos cartográficos. § 2º - A probabilidade de 90 % corresponde a 1,6449 vezes o Erro-Padrão – PEC = 1,6449 EP § 3º - O Erro-Padrão isolado num trabalho cartográfico não ultrapassará 60,8 % do Padrão de Exatidão Cartográfica. § 4º - Para efeito das presentes instruções, consideram-se equivalentes às expressões Erro-Padrão, Desvio-Padrão e Erro-Médio-Quadrático. SEÇÃO 2 Classe de Cartas Art. 9º - As cartas, segundo sua exatidão, são classificadas nas Classes A, B e C, segundo os critérios seguintes: a) Classe A 1 - Padrão de Exatidão Cartográfica - Planimétrico: 0,5 mm, na escala da carta, sendo 0,3 mm na escala da carta o Erro-Padrão correspondente. 2 - Padrão de Exatidão Cartográfica - Altimétrico: metade da equidistância entre as curvas de nível, sendo de um terço o Erro-Padrão correspondente. b) Classe B 1 - Padrão de Exatidão Cartográfica - Planimétrico: 0,8 mm, na escala da carta, sendo 0,5 mm na escala da carta o Erro-Padrão correspondente. 2 - Padrão de Exatidão Cartográfica - Altimétrico: três quintos da equidistância entre as curvas de nível, sendo de dois quintos o Erro-Padrão correspondente. 92 c) Classe C 1 - Padrão de Exatidão Cartográfica - Planimétrico: 1,0 mm, na escala da carta, sendo 0,6 mm na escala da carta o Erro-Padrão correspondente. 2 - Padrão de Exatidão Cartográfica - Altimétrico: três quartos da equidistância entre as curvas de nível, sendo de metade desta equidistância o Erro-Padrão correspondente. Art. 10º - É obrigatória a indicação da classe no rodapé da folha, ficando o produtor responsável pela fidelidade da classificação. § Único - Os documentos cartográficos, não enquadrados nas classes especificadas no artigo anterior, devem conter no rodapé da folha a indicação obrigatória do Erro-Padrão verificado no processo de elaboração. Art. 11º – Nenhuma folha de carta será produzida a partir da ampliação de qualquer documento cartográfico. § 1º - Excepcionalmente, quando isso se tornar absolutamente necessário, tal fato deverá constar explicitamente da cláusula contratual no termo de compromisso; § 2º - Uma carta nas condições deste artigo será sempre classificada com exatidão inferior à do original, devendo constar obrigatoriamente no rodapé a indicação: “Carta ampliada a partir de (... documento cartográfico) em escala (... tal)”. § 3º - Não terá validade legal para fins de regularização fundiária ou de propriedade imóvel, a carta de que trata o “caput” do presente artigo. CAPÍTULO III Elementos Obrigatórios de uma Carta Art. 12º - A folha de uma carta deve ser identificada pelo índice de Nomenclatura e número do mapa-índice da série respectiva, bem como por um título correspondente ao topônimo representativo do acidente geográfico mais importante da área. Art. 13º - Cada carta deve apresentar, no rodapé ou campos marginais, uma legenda com símbolos e convenções cartográficas, de acordo com a norma respectiva. 93 § Único – O rodapé e campos marginais devem conter as informações prescritas nas normas relativas à carta em questão, apresentando, no mínimo, os elementos prescritos nestas instruções. Art. 14º – A escala numérica, bem como a escala gráfica, devem ser apresentadas sempre, acompanhadas de indicação da equidistância entre as curvas de nível e escala de declividade, de acordo com a norma respectiva. Art. 15° – Os referenciais planimétrico e altimétrico do sistema de projeção utilizado devem ser citados, bem como as suas constantes, a convergência meridiana, a declinação magnética para o ano de edição e sua variação anual, de acordo com a norma respectiva. Art. 16 - O relevo deve ser representado por curvas de nível, ou hachuras, ou pontos-cotados, ou em curvas de nível com pontos cotados, segundo as normas relativas à carta em questão, admitindo-se, quando for o caso, o relevo sombreado como elemento subsidiário. Art. 17 - A quadriculação quilométrica ou sexagesimal, ou ambas, devem ser usadas, com apresentação das coordenadas geodésicas dos quatro cantos da folha, de acordo com a norma respectiva. Art.18º - O esquema de articulação das folhas adjacentes, bem como um diagrama da situação da folha no Estado, na região ou no país, devem ser usados conforme a escala e de acordo com a norma respectiva. Art. 19º - É obrigatória a citação do ano de edição, bem como das datas de tomada de fotografias, trabalhos de campo e restituição, ou compilação, citando-se os órgãos executores das diversas fases. § Único – Nas cartas produzidas por compilação é obrigatória a citação da fonte e do órgão produtor dos documentos de natureza cartográfica, utilizados em sua elaboração. Art. 20 - Nas unidades de medida, deve ser adotado o Sistema Internacional de Unidades - SI, - nos termos da Legislação Metrológica Brasileira. 94 § Único – Em casos especiais e para atender compromissos internacionais, admite-se o uso de unidades de medida estrangeiras, devendo constar, neste caso, a unidade usado, em lugar bem visível e destacado na carta. CAPÍTULO IV Do Sistema Geodésico Brasileiro Art. 21º - Os referenciais planimétrico e altimétrico para a Cartografia Brasileira são aqueles que definem o Sistema Geodésico Brasileiro - SGB, conforme estabelecido pela Fundação Instituto Brasileiro Geografia e Estatística - IBGE, em suas especificações e normas. (Redação dada pelo Decreto nº. 5.334, de 2005) Art. 22º - (Revogado pelo Decreto nº. 5.334, de 2005). CAPÍTULO V Especificações Gerais das Normas Cartográficas Brasileiras Art. 23º - As entidades responsáveis pelo estabelecimento de normas cartográficas obedecerão, em sua apresentação, ao prescrito nestas Instruções Reguladoras. § Único - As entidades que, em virtude de acordo internacional ou norma interna específica, devam usar forma e estilo próprios, poderão fazê-lo, obedecida a conceituação prevista nestas Instruções. Art. 24º - Uma Norma Cartográfica Brasileira será constituída de identificação, elementos preliminares, texto e informações complementares. Art. 25 - A identificação deve abranger: título e tipo, conforme definido no art. 5.o; identificação da instituição que elabora a norma; ano de publicação; classificação e numeração. Art. 26 – O título deve ser tão conciso quanto o permitam a clareza e distinção, observadas as diretrizes da Comissão de Cartografia - COCAR - estabelecidas através de Resolução. Art. 27º - O texto deve conter as prescrições da norma, apresentando-se subdividido em capítulos, seções e eventualmente alíneas e subalíneas, e incluindo, quando necessários, figuras, tabelas, notas e anexos. 95 § Único - A comissão de Cartografia – COCAR - regulará, através de Resolução, a estrutura do texto das Normas Cartográficas Brasileiras, bem como sua capitulação e apresentação gráfica. Art. 28º - A redação de normas tem estilo próprio, linguisticamente correto, sem preocupações literárias e tanto quanto possível uniforme. A qualidade essencial é a clareza do texto, para evitar interpretações ambíguas. Art. 29º - As unidades e a grafia de números e símbolos a serem utilizadas nas normas serão as previstas na Legislação Metrológica Brasileira. § Único - As normas que, em virtude de acordo internacional, devam usar unidades estranhas à Legislação Metrológica Brasileira deverão fazê-las acompanhar, entre parênteses, das unidades legais brasileiras equivalentes. CAPÍTULO VI Disposições Finais Art. 30° - O Sistema Cartográfico Nacional deverá adaptar-se, no prazo de um ano, aos padrões estabelecidos neste Decreto. Art. 31º - No prazo de um ano, a contar da publicação do presente Decreto, as entidades responsáveis pela elaboração de normas cartográficas deverão remetê-las à Comissão de Cartografia (COCAR). Parágrafo único - O prazo de que trata este artigo poderá ser prorrogado, mediante resolução da COCAR, para atender pedido fundamentado de entidade interessada. Art. 32° - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Brasília, 20 de junho de 1984; 163.o da Independência e 96.o da República. JOÃO FIGUEIREDO DELFIM NETTO 96 APÊNDICE I – Mapa de ondulação geoidal Área alvo: Baía da Ilha Grande Fonte dos dados: Modelo de ondulação geoidal interpolado pelo sistema MAPGEO 2004 V3; Curvas de nível de ondulação geoidal gerados a partir do modelo de ondulação geoidal; Divisão municipal cedida pela CPRM. Escala: 1:300.000 Formato: A4 Executado em janeiro de 2010 Autores: Ricardo Duarte de Oliveira / Prof. Dr. Gilberto Pessanha Ribeiro 97 98 APÊNDICE II – Mapa de Declividade gerado a partir de MDS Área alvo: Baía da Ilha Grande Fonte dos dados: Modelo digital de superfície gerado a partir da carta 1:10.000 cedida pela Prefeitura Municipal de Angra dos Reis; Modelo de declividade gerado no sistema ArcGIS a partir do modelo digital de superfície interpolado pelo método do vizinho mais próximo. Escala: 1:150.000 Formato: A4 Executado em janeiro de 2010 Autor: Ricardo Duarte de Oliveira / Prof. Dr. Gilberto Pessanha Ribeiro 99 100 APÊNDICE III – Mapa de insolação gerado a partir de MDS Área alvo: Baía da Ilha Grande Fonte dos dados: Modelo digital de superfície gerado a partir da carta 1:10.000 cedida pela Prefeitura Municipal de Angra dos Reis; Modelo de insolação gerado no sistema ArcGIS a partir do modelo digital de superfície interpolado pelo método do vizinho mais próximo. Escala: 1:150.000 Formato: A4 Executado em janeiro de 2010 Autor: Ricardo Duarte de Oliveira / Prof. Dr. Gilberto Pessanha Ribeiro 101 102 APÊNDICE IV – Mapa hipsométrico gerado a partir de MDS Área alvo: Baía da Ilha Grande Fonte dos dados: Modelo digital de superfície gerado pelo método do vizinho mais próximo a partir da carta 1:10.000 cedida pela Prefeitura Municipal de Angra dos Reis Curvas de nível originadas a partir do MDS gerado pelo método do vizinho mais próximo. Escala: 1:150.000 Formato: A4 Executado em janeiro de 2010 Autor: Ricardo Duarte de Oliveira / Prof. Dr. Gilberto Pessanha Ribeiro 103 104 APÊNDICE V – MDS gerado por Spline Área alvo: Baía da Ilha Grande Fonte dos dados: Modelo digital de superfície gerado pelo método spline a partir da carta 1:10.000 cedida pela Prefeitura Municipal de Angra dos Reis Curvas de nível originadas a partir do MDS gerado pelo método spline. Escala: 1:150.000 Formato: A4 Executado em janeiro de 2010 Autor: Ricardo Duarte de Oliveira / Prof. Dr. Gilberto Pessanha Ribeiro 105 106 APÊNDICE VI – MDS gerado por Krigragem Área alvo: Baía da Ilha Grande Fonte dos dados: Modelo digital de superfície gerado pelo método Kriging a partir da carta 1:10.000 cedida pela Prefeitura Municipal de Angra dos Reis Curvas de nível originadas a partir do MDS gerado pelo método Kriging. Escala: 1:150.000 Formato: A4 Executado em janeiro de 2010 Autor: Ricardo Duarte de Oliveira / Prof. Dr. Gilberto Pessanha Ribeiro 107 108 APÊNDICE VII – MDS gerado pelo método do vizinho mais próximo (Natural Neighbors) Área alvo: Baía da Ilha Grande Fonte dos dados: Modelo digital de superfície gerado pelo método do vizinho mais próximo a partir da carta 1:10.000 cedida pela Prefeitura Municipal de Angra dos Reis Curvas de nível originadas a partir do MDS gerado pelo método do vizinho mais próximo. Escala: 1:150.000 Formato: A4 Executado em janeiro de 2010 Autor: Ricardo Duarte de Oliveira / Prof. Dr. Gilberto Pessanha Ribeiro 109 110 APÊNDICE VIII – MDS gerado pelo método do inverso do quadrado da distância Área alvo: Baía da Ilha Grande Fonte dos dados: Modelo digital de superfície gerado pelo método do inverso do quadrado da distância a partir da carta 1:10.000 cedida pela Prefeitura Municipal de Angra dos Reis Curvas de nível originadas a partir do MDS gerado pelo método do inverso do quadrado da distância. Escala: 1:150.000 Formato: A4 Executado em janeiro de 2010 Autor: Ricardo Duarte de Oliveira / Prof. Dr. Gilberto Pessanha Ribeiro 111 112 APÊNDICE IX – MDS gerado pela malha irregular triangular TIN Área alvo: Baía da Ilha Grande Fonte dos dados: Modelo digital de superfície gerado pela malha irregular triangular a partir da carta 1:10.000 cedida pela Prefeitura Municipal de Angra dos Reis Curvas de nível originadas a partir do MDS gerado pela malha irregular triangular. Escala: 1:150.000 Formato: A4 Executado em janeiro de 2010 Autor: Ricardo Duarte de Oliveira / Prof. Dr. Gilberto Pessanha Ribeiro 113 114 Dicionário de termos e siglas Bases longas: em processamento de dados GNSS, diz-se bases longas as distâncias maiores a 100Km entre a estação base e rover; Coerência: relação lógica entre idéias, situações ou acontecimentos; PDOP (Position Dilution Of Precision): diluição da precisão no cálculo da posição; Topologia: parte da matemática que estuda as propriedades geométricas que não variam mediante uma deformação. Define o relacionamento espacial das feições geográficas; UT (Universal Time): Refere-se ao Tempo Universal Coordenado (UTC), que tem como base o sistema mundial do tempo civil, e que é por isso o padrão internacional do tempo. Coincide com a hora padrão na Europa Ocidental; 115