20141011 Meia de Rock AO #48

Transcrição

20141011 Meia de Rock AO #48
26 Sábado
AÇORIANO ORIENTAL
SÁBADO, 11 DE OUTUBRO DE 2014
COORDENAÇÃO XXXXXX NOMES
RUI CARIA
A “herança”
musical do pai
e do tio
Bettencourt
Encaro esta herança com orgulho,
apenas. Tenho uma sorte enorme
por ter uma família tão talentosa.
Claro que qualquer ajuda é bemvinda, e ambos têm-me ajudado
bastante, principalmente o meu
pai. Mas se chegar a algum lado,
não quero que seja por ser filha do
Luís ou sobrinha do Nuno. Quero
que as pessoas olhem primeiro
para a minha música e para meu
trabalho. É óbvio que não posso
evitar que me relacionem com
eles, nem quero. Afinal, estamos a
falar do meu pai e do meu tio. Mas
não tenho receio que me vejam
como “a filha” e “a sobrinha” Bettencourt porque, na realidade, é o
que eu sou. Quero apenas que me
vejam, primeiro, como a Maria e
então, depois, como a filha e a sobrinha Bettencourt.
Maria Bettencourt, filha e sobrinha de duas figuras incontornáveis da música dos Açores, quer fazer o seu próprio caminho
Maria Bettencourt estreia
primeiro tema original
RUI CARIA
“Colorblind” já tem
vídeo e já circula nas
rádios e nas redes
sociais. Outros temas
serão lançados, ainda
sem álbum no
horizonte
JOÃO CORDEIRO
[email protected]
Acabas de tornar público o
teu primeiro tema original, “Colorblind”. Em que ponto está a
gravação do álbum?
Por enquanto não há nenhum
álbum a ser feito. Estamos apenas
a juntar um bom número de músicas, todas elas originais, para
mais tarde fazer ‘showcases’, mostrá-las a editoras e, se tudo correr
bem, encontrar alguém que esteja interessado em nós e no nosso
trabalho. Aos poucos, vamos mostrando algumas ao público e ver
como este as recebe.
“Colorblind” já faz parte do alinhamento dos teus concertos?
Ainda não. Tenho continuado a
cantar com os DeQuandoEmVez
(e espero continuar a fazê-lo sempre), que é uma ‘cover band’ onde,
para além do meu pai e do Raul
Cardoso, tenho a oportunidade
de pisar o palco com o Michael
Sousa (vocalista) e o Paulo Fonseca (baterista). Este projeto de
originais ainda não foi apresentado em público, e continuará assim por mais algum tempo. Até
acharmos que está na altura de
avançar com os concertos ao vivo.
O que podes adiantar sobre
os temas que estão a ser preparados?
Os outros temas são todos do
género do “Colorblind”, uns mais
calmos, outros mais agressivos,
mas tudo do mesmo género.
Aquele rock de anos 80 e 90. Temos cinco prontos e, como é óbvio, vamos continuar a trabalhar
em mais. Ainda não temos data
de estreia do próximo tema, mas,
mal tenhamos, saberão pela minha página do Facebook. Queremos, primeiro, deixar o “Colorblind” rolar bastante nas rádios
e redes sociais e então depois lançar outro tema. Todas as músicas
estão a ser gravadas no RC Estúdios, em Angra do Heroísmo, pelo
porque todos eles são importantes. Quanto maior o número de
pessoas a ouvir a minha música,
melhor. Sejam de onde forem. Só
o tempo irá dizer onde posso chegar com o meu trabalho.
Qual o teu papel no processo
criativo?
Tenho que confessar que ainda
sou muito verde na área da composição. Tenho deixado essa parte, também, para o meu pai. Mas
já fiz uns rascunhos e espero poder aperfeiçoar a minha escrita no
sentido de começar a compor para
este projeto de originais. Visto que
não as escrevo, o que tento fazer é
Quero apenas que me
vejam primeiro como a
Maria, e só depois como
a filha do Luís e a
sobrinha do Nuno
Imagem retirada do vídeo do tema de estreia: “Colorblind”
Raul Cardoso, também baixista
da banda, com o meu pai na guitarra e o Zé Arruda na bateria.
Está prevista alguma participação especial, além dos elementos da banda?
Por enquanto não há nenhuma participação especial, mas
nunca se sabe o que poderá vir a
acontecer!
As reações ao vídeo “Colorblind” têm chegado de vários países. Até onde é que
achas que podes chegar com
a tua música?
É uma pergunta um pouco difícil de responder. Quero que a minha música chegue ao maior número de países possível. Não
posso escolher apenas dois ou três,
tornar as músicas o mais “minhas”
possível. O meu pai mostra-nos o
que tem em mente e eu agarro as
músicas à minha maneira, dou o
meu toque às coisas. Como todos
nós na banda.
O que é que andas a ouvir agora e quais são as tuas referências musicais de sempre?
Tenho um top 4 de ‘oldies’ que
ouço há muito tempo, e continuo
a ouvir. Beatles e Led Zeppelin,
que são as minhas maiores referências, Queen e Aerosmith. Fora
essas, ouço muito Paramore, Tyler
Bryant and the Shakedown,
Rihanna, Paul McCartney, Extreme, Lady Gaga, que adoro, entre
muitos outros. A lista nunca acabaria. 

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