48º Congresso da SBPC/ML no Rio de Janeiro
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48º Congresso da SBPC/ML no Rio de Janeiro
1 2 3 NESTA EDIÇÃO Veja a opinião de nossos colunistas: Dr. Irineu Grinberg Presidente da SBAC - Sociedade Brasileira de Análises Clínicas “Carta Aberta ao Sr. Ministro da Saúde”, pág. 14 Dr. Paulo Cesar Naoum Diretor da Academia de Ciência e Tecnologia de São José do Rio Preto-SP “A Linguagem das Células do Sangue – Leucócitos”, pág. 18 Empresária parabeniza o jornal pelo seu aniversário Parabéns ao jornal “Labornews” pela trajetória de 24 anos. Diz antiga sabedoria “que quando surge um jornal, uma luz se acende no horizonte da mente humana”. Dr. Dácio Eduardo Leandro Campos Presidente do CRBM-1º Região Diretor da FAAP-Ribeirão Preto-SP “Pesquisa em Biomedicina, o futuro está aí” , pág. 26 Dr.Yussif Ali Mere Jr Presidente da Federação e do Sindicato dos Hospitais,Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (FEHOESP e SINDHOSP) e do SINDRibeirão. “As Reformas Possíveis” , pág 28 Pedro Silvano Gunther Diretor da Hotsoft “Hotsoft no Congresso da SBPC/ML no Rio de Janeiro”, pág 30 www.labornews.com.br [email protected] 16 3629-2119 | 99793-9304 Receba o LABORNEWS, atualize seu endereço. Para arquivo digital, encaminhe seu email para [email protected] Assim ocorre com o “Labornews”, o qual muito batalhou nestes 24 anos de atividades, trabalhando com honestidade, competitividade, profissionalismo e criatividade, procurando caminhos novos, respostas aos problemas de saúde e achando soluções dentro de sua área. Continuem assim! Décio Camargo Ltda (por Carolina Camargo, da empresa Décio Camargo, Produtos e Equipamentos Laboratoriais Ltda) Diálogos da ultra modernidade Liberdade, religiões e democracia C om o passar dos anos, inexoravelmente chegamos à conclusão de que, numa sociedade, quer do ponto de vista pessoal, quer do ponto de vista coletivo, a liberdade se configura como a grande redentora das tensões entre grupos sociais e políticos. Fica evidente que, numa democracia plena, deve existir um limite ao exercício dessa liberdade, pois o excesso pode promover ideologias perigosas, assim como apregoar ódio e racismo. A democracia, portanto, no seu bojo, contempla um limite na proteção das minorias, sejam elas quais forem. Infelizmente o que temos observado no mundo pós-moderno é o crescimento da intolerância religiosa por parte de grupos extremistas, o estado islâmico fazendo uso de vídeos para provar até que ponto eles estão dispostos a agir para atingir seus desideratos, causando imensa preocupação principalmente nos Estados Unidos e na Europa. No Brasil, isso se dá de forma branda, até porque somos um país laico. De algum modo, grupos religiosos sempre participaram da nossa política, ainda que discretamente. Na época do regime militar quem dava as diretrizes era uma ala da igreja católica; atualmente temos a bancada evangélica que, com muita força, direciona setores da política no Brasil. É bem verdade que isso ocorre em todas as democracias, mas podemos afirmar que tal fato não significa um ganho para as minorias religiosas, que têm de se valer cada vez mais dos chamados “diálogos inter-religiosos”, que abrigam representantes de vários países, na tentativa de promover um respeitoso convívio entre todos os credos. Essa experiência, do envolvimento religioso na política de forma mais ostensiva, não considero saudável, pois a meu ver acaba discriminando ou intimidando as minorias religiosas. Hoje, no Brasil, temos a candidata a Marina Silva que traz certa mística evangélica, por vezes discreta, mas que, em alguma medida, poderia apontar um caminho de viés religioso para o Brasil, embora ela jamais tenha mencionado tal intenção. E, como já sabemos, misturar religião com o Estado não é a forma mais saudável de exercer uma democracia. O mais interessante é que há 30 anos não poderíamos imaginar que conceitos religiosos pudessem dar o ritmo de algumas 4 democracias, e que o avanço dessa participação poderia se tornar perigoso – como já se observa no Oriente Médio. É importante salientar que talvez o único país que se esforça para conter o fundamentalismo religioso ortodoxo e insiste nas políticas afirmativas na aceitação da diversidade religiosa é Israel, uma verdadeira democracia, onde as minorias religiosas são efetivamente cada vez mais respeitadas. Espero que o Brasil não trilhe esse caminho de ameaça às minorias, como se vê na Europa e no Oriente Médio. É um processo que pode ocorrer sem que se perceba. Aliás, a intolerância legitimada através de qualquer religião é uma das formas mais perigosas de chegarmos perto das tragédias que já assolaram a humanidade, pois a crueldade justificada, quer por religião, quer por racismo, se torna purificada, insensível e violenta. *Fernando Rizzolo é Advogado, jornalista, mestre em Direitos Fundamentais, membro efetivo da Comissão de Direitos Humanos da OABSP Novidades do Mercado (Cont. na pág. 6) Empresários opinam sobre o mercado atual e respondem à pergunta: Você acredita que para um bom e eficiente resultado no desempenho da sua empresa e do mercado em que atua depende de um contexto estratégico, previamente visando a uma real competitividade, com o alinhamento de oportunidades? UMA BOA MARCA NO MERCADO AJUDA A SUPERAR A COMPETIVIDADE? Doutores são empresários e comerciantes são prestadores de serviços! O título parece estranho, mas é isto mesmo! O mercado diagnóstico sofreu profunda profissionalização nos últimos dez anos. Evoluiu mais que nos trinta anos anteriores. Aliás,todos os mercados, num reflexo do País como um todo. Hoje tudo é mais regulamentado e a área de saúde é uma das mais exigidas. Visto que se submete aos critérios da rígida ANVISA. Este fato, que a princípio parece negativo, no final premia as empresas mais organizadas e profissionalizadas e pune as que não se enquadrarem. Ter um bom produto é fundamental para a permanência no mercado. Mas não basta! O mercado está repleto de bons produtos. Desde uma simples agulha, até os equipamentos mais sofisticados. Atenção Comerciantes: A palavra de ordem para o sucesso nos dias atuais é SERVIÇO. Empresas que não estiverem preparadas para prestar serviços de qualidade – Assistência técnica - Assessoria científica - Suporte financeiro – Atendimento ao cliente - Logística, etc. – terão seus dias contados. Por outro lado – Atenção Doutores - você que é aquele tipo de dono de laboratório que não percebeu que administra uma empresa como outra qualquer, de qualquer ramo. Você que não dedica uma parte de seu tempo para atender empresas do comércio. Aquele que não tem paciência para ouvir, que nunca tem tempo para mudanças, não irá modernizar-se. Perderá chances de equalizar seu negócio para baixar custos e ganhar competitividade. Sim Doutor, você também é um empresário! Estes Doutores, assim como os comerciantes que não prestarem serviços de qualidade, ficarão pelo caminho. Nunca é tarde para mudar. Vá em frente! Claro que sim, os clientes hoje não compram apenas o produto, e sim a qualidade e os benefícios que a marca traz . O problema maior que encontramos atualmente é a resistência na troca da marca, mesmo que com um preço inferior e qualidade igual ou melhor aos demais, tornase difícil mudar a cabeça de algumas pessoas que são extremamente conservadoras e querem continuar usando o que usavam há anos atrás, não dando espaço para o novo crescer ! Hoje sou detentor de uma marca argentina (GT LAB) em todo o Brasil, uma marca de excelente qualidade e preço, tenho distribuidores de norte a sul do país, e mesmo assim encontro diversas barreiras devido ao não conhecimento da marca, o brasileiro e muito desconfiado, tem sempre um pé atras, e não gostam muito de arriscar, não são culpa deles, é da cultura. O que temos que fazer e provar a eles que o produto e a marca funcionam como as outras, e o famoso ‘’ver para crer’’ e ir aos poucos criando uma confiança. Mas resumindo, uma marca antiga e já consolidada no mercado, tem maior competitividade que as demais !’ Henrique Almada Socio Diretor 5 Alerta o mercado atual Interteck Katal uma empresa que atua há mais de 25 anos no mercado diagnóstico Em 2014, além de ganhar uma nova logomarca, reestruturou sua linha de produtos desenvolvendo novas embalagens mais compactas e amigáveis, proporcionando melhor armazenamento e praticidade no uso. Aos poucos toda linha de produto estará de cara nova e com uma única identidade: Interkit, mantendo a confiança e a qualidade de sempre. Organização Mundial de Saúde aciona sinal vermelho para surto de Ebola A Organização Mundial de Saúde (OMS) deu novo sinal de alerta sobre os riscos do descontrole total do surto de Ebola a todos os países e seus governantes, em balanço divulgado no fechamento da primeira quinzena de setembro. Segundo a diretora-geral Margaret Chan, não há indicação de que a doença esteja perdendo força. Para piorar, faltam médicos e profissionais de saúde para enfrentar o drama vivido na África com o intuito de frear a proliferação do vírus. Oficialmente, já foram registradas mais de 2.400 mortes pelo Ebola na África Ocidental. No total, 4.784 pessoas teriam sido infectadas pelo vírus até 12 de setembro. Entretanto, a própria OMS admite que os números reais devem ser bem maiores, pois há subnotificação e alguns governos escondem a extensão da tragédia por questões políticas internas, e até comerciais/turísticas. A realidade é que se espalha mais rápido do que a capacidade de tratar. A OMS tem solicitado apoio internacional para o envio de médicos e profissionais da saúde em todo o mundo para combater a epidemia. Estima-se que sejam necessários de 500 a 600 médicos e pelo menos 1.000 ou mais agentes multiprofissionais. Também tem sido cobrado do Brasil mais ação para ajudar no combate ao Ebola. Localmente, os serviços de saúde brasileiros estão em alerta para identificar pacientes que tiveram possível contato com o vírus. Nenhum dos casos apresentados até o momento preencheu os requisitos para ser considerado suspeito. Por enquanto, os cidadãos devem ficar tranqüilos, pois o risco da doença no país é muito baixo, uma vez que afeta vítimas, no momento, em um local restrito fora do Brasil, onde predominam aspectos culturais e de higiene que favorecem a disseminação do vírus. Embora o estado do Acre estivesse sob suspeita de ser uma porta de entrada do Ebola no país, após a confirmação de um paciente do Guiné com febre hemorrágica, a hipótese foi descartada pelo Ministério da Saúde. De qualquer forma, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) encaminhou uma equipe para a fronteira para avaliação das condições locais, diante dos receios e de possíveis riscos desta população. Pelo mundo - A Coalizão Internacional de Autoridades Reguladoras de Medicamentos (ICMRA, sigla em inglês), divulgou um comunicado, logo após a Conferência Internacional de Autoridades Reguladoras de Medicamentos, no Rio de Janeiro. De acordo com o texto, suas representações em todo o mundo se aliaram pela busca de soluções inovadoras que simplifiquem a avaliação e o acesso a potenciais novos medicamentos para o tratamento do Ebola. Neste momento, diversos tratamentos experimentais estão em consideração pelas autoridades responsáveis para ajudar a conter a propagação do vírus. Entre eles, uma vacina desenvolvida pelo Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos e pela indústria farmacêutica. Testes da vacina em humanos começaram no início de setembro, nos Estados Unidos da América (EUA), e se estenderão para o Reino Unido e África. Os Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos conduzem experimentos que indicam que a imunidade pode durar, pelo menos, dez meses. Em sua formulação, é usado um vírus de chimpanzé geneticamente modificado contendo componentes de duas espécies de Ebola-Zaire, que está em circulação na África Ocidental, e das espécies comuns encontradas no Sudão. Embora não se replique dentro do corpo, espera-se que o sistema imunológico reaja e desenvolva imunidade. Contaminação - A transmissão durante a assistência aos doentes ocorre quando os profissionais de saúde e os cuidadores não usam adequadamente os equipamentos de proteção individual (EPI). Assim, é importante seguir rigorosamente as precauções recomendadas pelo Centers for Diseases Control –CDC/Normas de Biossegurança, além dos cuidados usuais seguros para evitar possíveis exposições ao material infectado. É necessário usar aventais, luvas, máscaras e óculos de proteção ou protetores faciais; não reutilizar equipamentos ou roupas de proteção, exceto quando desinfectados, assim como trocar as luvas quando há manuseio de um paciente para outro. Procedimentos invasivos podem expor as equipes multidisciplinares à infecção e requerem totais condições de segurança. Os pacientes infectados devem ser separados dos demais e de indivíduos saudáveis, o máximo possível. Observa-se, entretanto, a dificuldade de manter os padrões adequados devido às condições existentes nos locais onde a doença ocorre, o que, sem dúvida, propicia a infecção entre profissionais de saúde. O vírus Ebola morre facilmente pelo uso de sabão, água sanitária, sol ou ambientes secos. Sobrevive, por um curto período, em superfícies secas ou com raios solares. Assim, é importante, estar alerta para sintomas que possam ser apresentados por pessoas procedentes de áreas de Ebola. Os sinais surgem após um período de incubação de 2 a 21 dias, como febre alta, fraqueza, dor muscular, cefaléia, dor de garganta, que poderão ser seguidos de vômitos, diarréia e irritações de pele. Em quadros mais avançados, há alterações hepáticas, renais e hemorragia interna/externa. Sylvia Lemos Hinrichsen Coordenadora do Comitê Saúde do Viajante(Sociedade Brasileira de Infectologia) Coordenadora da Disciplina de Biossegurança e Controle de Infecções Risco Sanitário Hospitalar(Universidade Federal de Pernambuco) 6 Evento/RJ 48º Congresso da SBPC/ML no Rio de Janeiro 48 CONGRESSO DA SBPC/ML NO RIO DE JANEIRO BATE RECORDE DE PÚBLICO E DE EXPOSITORES NA FEIRA DE CIÊNCIA E TRAZ CENTENAS DE CONFERENCISTAS DESTACADOS E DUAS AGÊNCIAS REGULADORAS DO GOVERNO, E INSTALA – PELO QUARTO ANO CONSECUTIVO – MECANISMO AUTOSUSTENTÁVEL DE RESPEITO AO MEIO AMBIENTE. OS NÚMEROS: Quatro mil e quinhentos congressistas, 120 empresas expositoras, e mais de 4 mil metros quadrados na feira de ciência e tecnologia em cinco dias, com uma Grade Científica que contou com mais de 100 atividades, entre mesas-redondas, palestras, conferências magnas, e cursos pré-congresso. GRADE CIENTÍFICA - Foram 170 palestrantes brasileiros e estrangeiros de grande prestígio científico. “Eles tiveram a preocupação de abordar temas dos mais básicos até aqueles de vanguarda no conteúdo científico, e diferentes áreas do conhecimento, desde as técnicas como bioquímica, hematologia, hormônios, imunologia, e microbiologia, passando também pela toxicologia, biologia molecular, até as áreas de gestão de recursos humanos e da qualidade, gestão da produção de laboratórios de análises de patologia clínica”, disse o responsável pela Grade científica, Dr Alex Galoro, vice-presidente da SBPC/ML. Evento “já é referência no setor de análises clínicas”, diz presidente do congresso, dr Wilson Shcolnik ao citar conferencistas de destaque e a presença de duas agências reguladoras do ministério da saúde. Para o Presidente do Congresso, Dr Wilson Shcolnik “o 48 Congresso da SBPC/ML trouxe renomados cientistas nacionais e internacionais por ser um evento consagrado e de referência na área de análises clínicas”. Ele informou que o Congresso deste ano “manteve a tradição dos últimos congressos de lançar duas publicações: um posicionamento da entidade sobre tecnologia da informação e um livro sobre boas práticas em microbiologia”, Ele fez questão de destacar ainda, que “ teremos neste congresso a participação de duas agências reguladoras do Ministério da Saúde, a ANS e a ANVISA. Pretendemos debater alguns temas com eles e reafirmar nossos compromissos com a qualidade dos serviços laboratoriais oferecidos à população, assim como nosso compromisso com a segurança do paciente”. Congresso Autossustentável: reciclagem de 20 toneladas de lixo ganha a adesão de congressistas e expositores pelo quarto ano seguido. entidade comprou créditos de reduções de emissões de carbono para neutralização de 60 toneladas de gases de efeito estufa gerados no evento. O diretor de eventos da SBPC/ML, Dr Armando Fonseca, explicou que 20 toneladas de lixo foram recicladas por uma Usina instalada dentro do próprio Centro de Convenções Sulamérica, e que este montante representa cerca de 80 % do lixo gerado pelo Congresso. “Todos os expositores estão conscientes do dever, da missão, de utilizar produtos e materiais que sejam recicláveis seja na montagem, utilização e desmontagem dos stands”, contou. Ele disse também que os congressistas também aderiram à sustentabilidade do evento, e tiveram à disposição nos 5 dias de evento, de centenas de cestas de papelão para lixo reciclável e não-reciclável. Hotsoft Biotécnica Wama Alere 7 Cont. na pág. 8 Evento/RJ A SBPC/ML instalou no centro do hall das salas de conferência, um “carbonômetro”, mecanismo que mede o impacto de carbono gerado pelo Congresso. “Toda atividade desenvolvida pelo ser humano gera gases de efeito estufa. A medida usada é o Carbono lançado na atmosfera. Os eventos são grandes geradores de gases de efeito estufa, devido à grande quantidade de pessoas e atividades envolvidas e resíduos gerados. O evento da Sociedade de Patologia Clínica não é diferente, muito pelo contrário. Sendo assim, foram selecionadas as atividades que são responsabilidade direta do evento para fazer um inventário de gases de efeito estufa gerados por estes mesmos”, disse Alan Opustil, diretor da empresa Construambiental, e que gerenciou a sustentabilidade do evento.. A neutralização dos gases de efeito estufa do 48º CBPC/ML – calculada em 60 toneladas de carbono - foi feita quando a entidade comprou créditos de reduções de emissões, geradas por projetos de MDL (Mecanismo de Desenvolvimento Limpo) implantados no Brasil e em funcionamento. Mais informações, fotos em alta definição e depoimentos em vídeo, no site da entidade: www.sbpc.org.br e no www.flickr. com/photos/sbpcml Celer Análise Shift DB Diagnósticos do Brasil Labor Import Nasalab Inbrás 8 Cont. na pág. 10 9 Cont. da pág. 8 Evento/RJ Benfer - Med Steel Álvaro Laborclin Cral Greiner Bio-One Bioclin Softeasy Alere lança laboratório móvel no 48º Congresso Brasileiro de Patologia Clínica A Alere S.A., empresa multinacional americana, líder mundial em diagnósticos rápidos e point of care lançou durante o 48º Congresso Brasileiro de Patologia Clínica, no Rio de Janeiro, a sua primeira Unidade de Diagnósticos In Vitro Móvel. A Alere Van, capaz de realizar mais de 90 exames laboratoriais, atende as mais diversas áreas da patologia: doenças agudas, doenças crônicas, doenças infecciosas, saúde da mulher, oncologia, toxicologia, hematologia, hemossedimentação, hemostasia, uroanálise, gasometria/ eletrólitos e bioquímica. Com resultados imediatos e sistemas point of care de alta tecnologia, a Unidade de Diagnósticos In Vitro Móvel possibilita o diagnóstico laboratorial completo para as regiões mais distantes do país e sempre de forma rápida e com resultados precisos e imediatos. Este novo formato de atendimento para laboratórios, clínicas e hospitais foi a grande atração do Congresso, chamando a atenção de congressistas, expositores e palestrantes. A Alere Van é um conceito point of care que pode ser customizado às necessidades de postos de atendimento, pronto socorros e atendimentos remotos. Atualmente está localizada em São Paulo e ficará disponível para show room móvel, sendo possível a realização de demonstrações. Para mais informações sobre os critérios de demonstração, contate-nos pelo telefone (11) 2131-5164 ou e-mail [email protected] Alere, levando o diagnóstico laboratorial até você! 10 Obesidade Hospital Alemão Oswaldo Cruz alerta para epidemia de sobrepeso e obesidade Além da indicação de tratamento cirúrgico, pacientes devem estar atentos ao risco de desenvolvimento de diabetes e outros problemas associados O dia 11 de outubro é comemorado como Dia Nacional de Prevenção da Obesidade. De acordo com a OMS, em 2015, cerca de 2,3 bilhões de pessoas vão estar com sobrepeso e mais de 700 milhões serão obesos. No Brasil, o excesso de peso atinge 40% da população, aumentando o risco de problemas associados, como hipertensão arterial e colesterol alterado. O tratamento da obesidade com terapias comportamentais (dieta e exercícios) e com medicamentos apresenta resultados relativamente ineficazes na manutenção do peso perdido e na melhora das doenças associadas. Na obesidade mórbida, estes resultados são ainda mais desapontadores. “A partir de 1991, vários órgãos governamentais reguladores da prática médica no mundo, incluindo o Conselho Federal de Medicina brasileiro estabeleceram, como critério de recomendação da cirurgia bariátrica, o insucesso do tratamento clínico em pacientes com IMC maior que 40 ou IMC maior que 35, nos casos de comorbidades graves associadas com possível reversão com o emagrecimento induzido pela cirurgia”, explica Dr. Ricardo Cohen, Coordenador do Centro de Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. A indicação para a cirurgia bariátrica também depende de outros fatores, como a presença de risco cirúrgico aceitável. “O paciente deve estar consciente, acima de tudo, sobre o seguimento de longo prazo e a importância da manutenção de um estilo de vida saudável no período pós-cirurgia”, complementa Dr. Cohen. Outro alerta importante é a relação entre a obesidade e o diabetes. Nos pacientes obesos, a prevalência de Diabetes tipo 2 é de 20 a 30%, ou seja, devemos ter no Brasil algo como 400 mil obesos mórbidos diabéticos tipo 2. Os obesos mórbidos não diabéticos apresentam um alto risco de desenvolver Diabetes. Outro dado importante é que existe um grupo, duas vezes maior, de obesos grau II (IMC maior que 30) com Diabetes, cuja morbidade pode indicar a discussão da conduta cirúrgica bariátrica nestes pacientes. www.hospitalalemao.org.br 11 Evento/RJ O Cont. da pág. 10 Debate sobre jejum antes de exames mobiliza profissionais de laboratórios debate realizado na Mesa Redonda “Bases Técnicas e científicas para a coleta sem jejum”, que aconteceu no dia 10 de setembro durante o 48º Congresso de Patologia Clínica, continua gerando polêmicas. O evento, realizado pela SBPC/ML (Sociedade Brasileira de Patologia Clínica Medicina Laboratorial), aconteceu no centro de Convenções Sul América, no Rio de Janeiro (RJ). Luiz Gastão Rosenfeld, Diretor do Laboratório Delboni, afirmou que os novos equipamentos que chegam ao Brasil dispensariam o jejum em alguns exames, como por exemplo, para dosagem de colesterol total, HDL, LDL, hemograma e alguns hormônios. Estes novos equipamentos proporcionam novas análises a partir dos reagentes químicos. Ele comentou que apenas glicose e triglicérides e alguns outros exames necessitariam ainda de jejum. Ele argumenta que o jejum está arraigado na cultura: “médicos e pacientes já pensam no jejum como necessários para a realização do exame, mas a verdade é que a necessidade do jejum deve ser vista caso a caso, para que a pessoa não fique sem se alimentar sem necessidade”. A posição da Vice-diretora Científica da SBPC/ML, Luisane Falci Vieira, no entanto, é de cautela. Ela diz que o assunto realmente tem mobilizado os profissionais da área, pois “no Congresso o tema mostrou um auditório lotado, o que mostra o grande interesse dos laboratórios na questão. Ela vai continuar a ser discutida no âmbito da SBPC/ML, com a participação de profissionais de diversos laboratórios, até termos um consenso mais atual sobre a questão, o qual leve em consideração os progressos das atuais tecnologias”. “É claro que, do ponto de vista dos pacientes, a redução desta exigência é interessante e mais compatível com a vida moderna. Do ponto de vista dos laboratórios, também poderia ser, uma vez que a exigência do jejum às vezes gera acúmulo de pacientes em alguns horários e mesmo atritos”, explica Luisane. Ela pondera, no entanto, que a SBPC/ML, entidade científica, precisa se certificar que toda nova tecnologia deve se submeter, em primeiro lugar, à segurança do paciente e fidelidade do diagnóstico. Luisane Vieira explicou que “a alimentação pode interferir sobre os exames laboratoriais de duas formas principais: a pri- meira, que não pode ser “abolida”, é sobre o nível de analitos que variam de acordo com a ingestão de alimentos. Estão nesta categoria, por exemplo, a glicose, a insulina, os triglicerídeos. Nestes casos, a informação sobre a duração do jejum antes da coleta é importante para a interpretação dos exames, em função dos intervalos de referência”. Ela disse que “a segunda interferência pode ocorrer em função do exame e do método usado pelo laboratório. Caso a ingestão de gorduras seja importante, ou caso a pessoa metabolize a gordura ingerida mais lentamente, o seu sangue pode estar se mostrar lipêmico no momento da coleta sem jejum (e, raramente, mesmo após o jejum). A lipemia torna a amostra mais turva, e alguns métodos de laboratório são sensíveis a esta turvação e podem gerar resultados errôneos (para mais ou para menos)”. “A principal questão que atualmente está sendo discutida é a necessidade de jejum para evitar a interferência da lipemia em algumas metodologias. As tecnologias de realização de exames têm evoluído, hoje usamos volumes menores de amostras, alguns equipamentos detectam e tratam a lipemia, e alguns métodos, como a química seca, são pouco sensíveis a ela. Desta forma, a liberação do jejum ainda é específica do laboratório para grande parte dos exames, uma vez que nem todos utilizam os mesmos sistemas”. Ela lembra dificuldades recorrentes dos laboratórios: “nos preocupa muito a ausência de uma verificação laboratorial viável para confirmar se o paciente está ou não realmente em jejum. Algumas vezes, ao ser perguntado sobre jejum, o paciente informa positivamente, mas omite alguma ingestão, de forma deliberada, por mero esquecimento, ou por acreditar que aquilo que ingeriu não quebra o jejum. Desta forma, às vezes acreditamos que a amostra foi obtida em jejum, mas não foi. A simplificação desta instrução pode vir a beneficiar os pacientes” Por fim, ela contou que “da parte da SBPC/ML, estamos criando um comitê, um grupo de trabalho, que vai reunir médicos patologistas clínicos de vários estados do Brasil em busca de um posicionamento que reflita os conceitos mais atuais sobre a questão, preservando, claro, a segurança dos pacientes e a necessária autonomia dos laboratórios”. 12 Luisane Vieira, diretora da SBPC/ML, explica por que a exigência de jejum pode variar entre os laboratórios “Após uma refeição, ocorrem alterações na composição do sangue. Uma desta alterações é o aumento das gorduras circulantes, o qual chamamos “lipemia”. A maior das parte das pessoas demora cerca de 8 a 10 horas ou mais horas para retirar as gorduras do sangue até o nível habitual em jejum. Precisamos definir “jejum”: período sem alimentação alguma, superior a 8 horas e não excedendo 14 horas. A ingestão de água e de medicamentos de uso contínuo é liberada. A lipemia, se for acentuada por uma refeição muito gordurosa ou por causa do metabolismo da pessoa, pode tornar o sangue um pouco turvo, “lipêmico”. Alguns métodos tradicionais usados em laboratório (alguns deles já obsoletos) podem sofrer interferência da lipemia. Esta interferência é variável, ou seja, um mesmo tipo de exame pode sofrer interferência em um laboratório, mas não em outro. Isto depende do uso de metodologias para detecção e mitigação da lipemia, e do uso de metodologias de exame menos sensíveis a ela. Este é um dos motivos pelos quais a exigência de jejum pode variar entre laboratórios”. 13 Artigo Carta, agora Aberta ao Sr. Ministro da Saúde Rio de Janeiro, 01 de setembro de 2014. Exmo Sr. Dr. Arthur Chioro, DD Ministro da Saúde Prezado Senhor Ministro A SOCIEDADE BRASILEIRA DE ANÁLISES CLÍNICAS – SBAC, no fim assinado por seu representante legal, vem a sua presença para expor e no fim solicitar o que se segue: - considerando que desde 1994, época da criação do plano Real, quando os procedimentos na área da Saúde no SUS, então fixados em URV foram transformados para Reais todos os exames laboratoriais, com poucas exceções foram mantidos inalterados. As exceções ficaram em um discreto reajuste nas dosagens hormonais (cerca de 17%) em função da mudança de metodologia, bem mais cara, e do PSA (28%, também pelo mesmo motivo). Alguns tiveram seus valores extremamente rebaixados, como exemplo o anti HIV por Elisa, que de R$ 20,00 foi reduzido para R$ 10,00. - considerando que, segundo trabalho realizado por consultoria idônea, responsável e com notáveis conhecimentos de economia e finanças e com larga experiência no setor laboratorial a inflação no período compreendido entre 1994 até a presente data, para os salários em geral passa de 500%, o mesmo para os preços administrados, e 350 % para a inflação em geral. - considerando que as exigências sanitárias preconizadas pela ANVISA e fiscalizadas pelas VISAS estaduais e municipais são cada vez maiores e incompatíveis com os valores da remuneração laboratorial. É necessário deixar claro que a entidade que subscreve este documento é totalmente favorável à qualificação dos estabelecimentos laboratoriais, tendo sido parceira da ANVISA na concepção, manutenção e re- OMS visão de todas as RDC’s que se referem à qualificação dos Laboratórios de Análises Clínicas. - considerando que todas as demandas até agora levadas à consideração do Ministério da Saúde no que diz respeito a alinhamento de valores de remuneração dos exames têm sido recusadas com a alegação principal de que “os serviços laboratoriais estão muito bem pagos pois agora é tudo automatizado e interfaciado.” “É só apertar botões”. - considerando que não é somente apertar botões, que os modernos equipamentos devem ter um controle extremo da água que é utilizada, pois o líquido imprestável produzido por nossas hidráulicas não servem e deve ter um tratamento oneroso nos laboratórios, que o controle de qualidade interno deve ser utilizado mais de uma vez por dia, para cada analito, pois as variações de corrente elétrica são freqüentes, que para pagar a locação mensal de um equipamento de dosagens bioquímicas comum, porém automatizado é necessário o valor de 1.675 glicemias (ou creatinina, ou ácido úrico – dá no mesmo). - considerando que o Laboratório de Análises Clínicas é fundamental e que os laudos laboratoriais são responsáveis por 70% dos diagnósticos clínicos e 90% dos critérios de cura ou alta hospitalar. - considerando que, para a realização destes trabalhos é necessário contar com profissionais altamente qualificados, pós-graduados e experts em todos as etapas dos sistemas da qualidade. - considerando que não existe nenhum tipo de isenção ou contrapartida tributária para o setor, que é obrigado a pagar tributos extorsivos, sem ser levado em consideração a importância do setor no segmento saúde. - considerando que um número significativo de Laboratórios têm fechado as suas portas e que outro tanto tem sido adquirido pelas corporações laboratoriais que IRINEU GRINBERG, Presidente da SBAC [email protected] aqui estão subsidiadas por capitais externos, sem a menor intenção de se espraiar aos mais distantes rincões do país. Solicita-se, Sr. Ministro, a imediata revisão de remuneração das tabelas de procedimentos laboratoriais do SUS, adotando-se, de imediato os valores solicitados em documentos já existentes e inicialmente discutidos nos setores técnicos à época representados pelo Dr. Fausto Pereira dos Santos, desde outubro do ano passado. Este material reflete o resultado da pesquisa realizada pela equipe econômica, autora do documento que acompanha esta correspondência, que preconiza o reajuste emergencial de aproximadamente 50 procedimentos, os mais defasados. A sua interveniência, Sr. Ministro é fundamental para a continuidade do setor que está agonizante e, neste momento, sem uma única chance de sobrevivência. Atenciosamente SOCIEDADE BRASILEIRA DE ANÁLISES CLÍNICAS - SBAC Entenda a depressão Conheça um pouco mais sobre a doença, seus sintomas, como identificar e tratá-la, inclusive sem medicação A depressão é um dos grandes males da humanidade. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), 350 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem dela. No Brasil, estima-se que 10% da população possui o problema. Mesmo sendo uma patologia comum, há certa dificuldade diagnosticá-la, pois muitos dos sintomas se confundem com os de outras doenças. “Os sinais são semelhantes àqueles sentimentos inerentes ao ser humano como a indiferença, tristeza e falta de ânimo, dentre outros”, comenta a psicoterapeuta do Núcleo de Renascimento, Maura de Albanesi. Por ser um problema psicológico, a depressão torna-se um tabu a ser enfrentado, já que algumas pessoas encaram esse transtorno com preconceito. Existem pesquisas que relacionam depressão a fatores genéticos, no entanto, Maura pondera. “Mesmo que haja uma predisposição genética, as pessoas não reagem de forma igual diante de fatores considerados gatilhos para a doença como, por exemplo, traumas, problemas pessoais, disfunções hormonais, consumo de drogas etc. Não podemos esquecer que ela é, antes de tudo, um problema psíquico”, argumenta. Mulheres - Por causa de uma caraterística natural, a mulher tende a ser mais vulnerável à depressão. Os ciclos menstruais, a gravidez, pós-parto e menopausa são processos que desencadeiam uma explosão de hormônios e influenciam diretamente o emocional. “A mulher é invadida por uma espécie de melancolia, um sentimento de vazio, algo que ela não sabe explicar. Em muitas, isso é passageiro, porém em outras, é mais duradouro”, explica Maura. Homens - os homens a depressão é mais comum entre o fim da adolescência, mais ou menos a partir dos 18 e os 30 anos, porém isso não é regra. “É nessa fase da vida que o indivíduo está no ápice de produtividade, em atividade constante. Consequentemente, acaba sendo um momento de questionamentos, dúvidas e crises, que podem favorecer a doença”, diz a psicoterapeuta. Adolescência - Segundo a OMS, a doença é mais frequente nos adolescentes, que acabam por ser tratados como rebeldes. Nessa fase da vida começam os primeiros contatos com o álcool, cigarro e drogas, fatores considerados gatilho para a depressão. “Este é o momento de maiores descobertas e decepções da vida. É muito importante a presença da família”, comenta profissional. Velhice e infância - Não existe uma regra determinante que indique que, em determinada fase da vida as pessoas terão depressão. Ela pode ocorrer em qualquer momento, idade ou ciclo da vida. Porém, de acordo com alguns especialistas, muitas vezes é mais difícil detectar a doença durante a infância e velhice. “Ambas as fases apresentam uma dificuldade no diagnóstico porque, em muitos casos, confundem-se os sentimentos com o momento no qual se vive. No caso da infância, por exemplo, alguns sintomas da depressão são atribuídos à personalidade da criança, o pensamento é o de que, como está numa fase de construção da personalidade, esses sentimentos são comuns”, aponta Maura. Segundo a especialista, o mesmo acontece na velhice, quando “as pessoas encaram a tristeza, o cansaço dos mais velhos como algo inerente à idade”, finaliza. Como identificar os sintomas O diagnóstico correto da depressão exige a comprovação de pelo menos cinco sintomas. Se esses sintomas forem recorrentes e durarem muito tempo, a indicação é que se procure um especialista. Veja alguns deles: Alteração do humor - A pessoa passa por longos momentos de tristeza e esse sentimento perdura por um muito tempo. Desinteresse por coisas prazerosas - O indivíduo abre mão de atividades e momentos que antes gostava. Problemas de sono - Quando estão com depressão, as pessoas tendem a dormir menos e acordar várias vezes à 14 noite, além de ficarem sonolentas durante o dia. Problemas físicos - Dores musculares (costas, pernas, pescoço e braços). Apetite irregular - Existem casos em que as pessoas comem muito e em outros que comem pouco. Peso irregular - Assim como no caso da alimentação, algumas pessoas ganham peso e outras perdem. Dificuldade de concentração - O indivíduo pode ter dificuldade de pensar, raciocinar e tomar decisões e o reflexo disso pode ser visto no trabalho e estudos, os mais prejudicados. Cansaço excessivo - O que se percebe nesse caso é a falta de energia, disposição, mesmo que a pessoa não realize nenhuma atividade. Culpa excessiva - A pessoa apresenta sentimento de culpa e de inutilidade. Ideias suicidas e pensamentos sobre morte - Quando o quadro de depressão está avançado, algumas pessoas têm a tendência a apresentar pensamentos recorrentes sobre mortes, pensar e até mesmo tentar o suicídio. Tratamento - Segundo a psicoterapeuta do Núcleo de Renascimento, não são todos os tipos de depressão que precisam, necessariamente, de intervenção medicamentosa. “Primeiro, mediante a análise dos sintomas, identificamos qual o grau da doença, ou seja, se é leve, moderada ou grave. A partir desse entendimento, propomos o tratamento. Nos mais graves, há prescrição de remédios, porém o acompanhamento do profissional, em todos os casos, é importante”, explica. No entanto, em todos os graus, a primeira mudança deve ser feita no comportamento. Outro ponto importante é a família. “A família também precisa de orientação. A informação é muito importante. Todos devem estar envolvidos no tratamento e devem colaborar para a criação de um ambiente saudável. Depressão não é um bicho de sete cabeças”, argumenta a psicoterapeuta. Como ajudar o tratamento de um jeito simples? Alimentação: O interessante é comer peixes de água fria. Salmão, anchova, sardinhas entre outros são ricos em ácidos graxos (ômega 3), uma fonte natural de antidepressivos. Uma alimentação rica em vitamina B também é importante, opte por vegetais de folhas verdes. Escolha também alimentos que contenham ácido fólico, como espinafre, brócolis, aspargos, couve, alface, feijão-verde, cenouras, laranja e frutas vermelhas. Exercícios: Movimentem-se. A prática regular de exercícios físicos proporciona ânimo e disposição. O ideal é que comece aos poucos. Dança, caminhada, corrida, esportes em geral ajudam o organismo liberando substâncias químicas que elevam o bom humor. Acerte na cor: Antes de sair de casa, opte por um look com cores que animem e estimulem a criatividade e que tragam bons sentimentos, como vermelho, laranja, rosa e amarelo. Meditação: Meditar é o ato de silenciar a mente e realizar o encontro de si consigo mesmo. Ao meditar, o indivíduo apura sua autopercepção. Combate o mau humor, o estresse e ansiedade. Além de acalmar e permitir a reflexão. Fonte: Maura de Albanesi é Psicoterapeuta, Pós-Graduada em Psicoterapia Corporal, Terapia de Vivências Passadas (TVP), Terapia Artística e Psicoterapia Transpessoal, além de possuir Mestrado em Psicologia e Religião pela PUC. www.nucleorenascimento.org.br 15 16 17 Artigo A linguagem das células do sangue – Leucócitos S ob este título o leitor poderá ter duas interpretações a respeito, quais sejam: a) as células “conversam” entre si, e b) a linguagem “corporal” das células indicam algum acontecimento. Realmente as duas interpretações estão corretas e são passíveis de serem consideradas, notadamente quando suas morfologias ao se alterarem, por exemplo, podem mostrar relações com determinadas patologias. É importante destacar que em muitas situações as duas linguagens celulares ocorrem conjuntamente, conforme o exemplo abaixo. A imaginação do pesquisador, do professor ou do profissional de laboratório, tendo como suporte os mais recentes conceitos de biologia celular, nos permite traçar um pequeno roteiro de como este fenômeno pode ocorrer. Tomarei como exemplo a infecção causada pelos vírus da hepatite B. Quando esses vírus invadem o corpo de uma pessoa, independente da forma de contaminação, eles se utilizam de milhares de vasos sanguíneos com pequeníssimos calibres para fluírem em direção ao órgão de preferência, no caso o fígado. Neste órgão, os vírus encontrarão condições apropriadas para se replicarem continuamente e, por esta razão, ocorrem desajustes no metabolismo hepático. Entretanto, desde o primeiro momento de sua invasão no corpo humano, acontecem expressivas reações contra suas presenças desencadeadas pelas defesas imunológicas do organismo invadido, principalmente de macrófagos. Estas células, também conhecidas como Células Apresentadoras de Antígenos, ao entrarem em contato com os vírus invasores, quer seja por simples contato por adsorção ou fagocitose, obtém importantes informações biológicas sobre as composições de proteínas virais específicas. Desse processo de reconhecimento de proteínas virais específicas, que passam a serem denominadas por antígenos virais, os macrófagos também se tornam ativados para produzirem pequenas moléculas de peptídeos e polipeptídeos que são conhecidas por citocinas ou interleucinas, ambas tecnicamente denominadas por IL. Através de pontes proteicas construídas pelos macrófagos e conhecidas por MHC-2 (complexo maior de histocompatibilidade classe 2), os antígenos virais são transmitidos para os linfócitos T CD4 “avisando-os” da presença de vírus invasores. Somam-se a essa transmissão de informações químicas, as moléculas de IL também são passadas pelos macrófagos aos linfócito T CD4 por meio de outras pontes protéicas caracterizadas como receptores de membrana. As moléculas de IL, juntamente com os antígenos virais transmitidos pelos macrófagos serão responsáveis por induzirem os alarmes ou sinalizações celulares do nosso complexo sistema imunológico. Essas sinalizações levam uma linguagem química específica que indica a presença do vírus da hepatite B no organismo da pessoa, e faz com que os linfócitos T CD4 comuniquem com outras células do sistema imunológico. A linguagem celular caracterizada por passagens de sinais ativam os linfócitos matadores (linfócitos T CD8, ou linfócitos citotóxicos, e células NK, ou células matadoras naturais). Essas células matadoras ao serem estimuladas se dirigem para o fígado, fato que ocorre naturalmente durante suas circulações pelo fluxo sanguíneo, e destroem as células invadidas por vírus, no caso os hepatócitos. Os linfócitos envolvidos nesses processos de ativações expressam uma linguagem morfológica ou corporal própria, carinhosamente denominada pelos citologistas de lin- Prof. Dr. Paulo Cesar Naoum Diretor da Academia de Ciência e Tecnologia de São José do Rio Preto,SP. fócitos atípicos. Consequentemente, como milhões de hepatócitos contaminados pelos vírus da hepatite B são destruídos, a grande maioria dos seus “inquilinos virais” também são eliminados. O êxito desse processo de saneamento imunológico depende da carga viral infectante e da competência imunológica das células envolvidas na eliminação dos vírus, no caso os macrófagos, os linfócitos T CD4 e CD8 e as células NK . Mas, independente da carga viral ser alta ou baixa, os linfócitos T CD4 continuam suas faxinas biológicas, através da linguagem celular com outros tipos de linfócitos que são capazes de produzirem anticorpos específicos e, inclusive, competentes para guardarem em suas memórias celulares informações relativas às proteínas virais dos vírus invasores. Esses linfócitos especiais são conhecidos por linfócitos do tipo B. Os contatos, via receptores celulares, entre linfócitos T CD4 e linfócitos B fazem com que estas células se ativam e promovam aju stes genéticos para a produção de imunoglobulinas específicas contra os vírus invasores. Os linfócitos B ativados também expressam a linguagem corporal própria que tecnicamente denominamos por linfócitos plasmocitóides. A produção de anticorpos específicos demora, em média, entre cinco a dez dias, e suas ações permanecem por longos períodos contra os vírus que induziram a sua produção. Essa capacidade de reação pode ser avaliada por meio de vários testes laboratoriais. Na sequência da linguagem celular haverá um momento em que será necessário romper as ativações das células imunológicas, especialmente a dos macrófagos. Finalmente, apesar de não se saber como os linfócitos reconhecem que seus serviços imunológicos foram suficientes para serem encerrados, se sabe, entretanto, a forma de como é dada a ordem para encerrar os processos imunológicos, notadamente o citotóxico, contra os vírus invasores. Através de um receptor de membrana dos linfócitos T, caracterizado pela sigla CTLA-4, as mensagens químicas são passadas aos macrófagos para que esses encerrem a apresentação dos antígenos invasores, no caso as proteínas virais do vírus da hepatite B. Chega-se, assim, ao fim dos “serviços prestados pelo sistema imunológico à defesa do organismo humano invadido por um determinado tipo de vírus. A sua imaginação sobre a linguagem da célula poderá ser contemplada por meio de um filme com cinco minutos de duração, roteirizado por mim, animado pela Prof. Alia Naoum e patrocinado pela Academia de Ciência e Tecnologia de São José do Rio Preto, SP. O filme está disponível no youtube com o nome de “fluxo sanguíneo”. Na próxima edição apresentaremos a linguagem celular dos eritrócitos. 18 ATENÇÃO BÁSICA Mais Médicos: Jahu (SP) terá curso de medicina O município de Jahu (SP) assinou termo que autoriza o funcionamento de um curso de medicina na cidade. A medida faz parte dos compromissos do Programa Mais Médicos para expansão e melhoria da formação em todo o país. A abertura de novos cursos de medicina foi anunciada pelo governo federal no início de setembro. Ao todo, 39 cidades foram selecionadas para receber as faculdades, sendo 14 no estado de São Paulo. Com a assinatura do termo de compromisso, o gestor municipal se compromete a manter a estrutura necessária na rede pública de saúde e fazer as adequações recomendadas para habilitação do novo curso. Durante o processo de seleção, o município foi visitado por uma comissão de especialistas. Entre os critérios avaliados, estava a quantidade de pelo menos cinco leitos no Sistema Único de Saúde disponíveis por aluno e unidade hospitalar com potencial para hospital de ensino. Para escolher as localidades, o governo federal também considerou a necessidade do curso, a organização da rede de saúde para desempenhar as atividades práticas e a capacidade para criação da residência médica. As cidades autorizadas precisam ter mais de 70 mil habitantes, não possuir faculdade de medicina e não ser capital de estado. Além de Jahu, os seguintes municípios paulistas foram habilitados: Araçatuba, Araras, Bauru, Cubatão, Guarujá, Guarulhos, Limeira, Mauá, Osasco, Piracicaba, Rio Claro, São Bernardo do Campo e São José dos Campos. A próxima etapa para a implantação dos cursos de medicina nas cidades selecionadas é o lançamento do edital, que deve ser publicado em breve, para apresentação das propostas das instituições privadas de educação superior interessadas. A abertura de novos cursos e vagas de graduação leva em conta a necessidade da população e a infraestrutura dos serviços – com isso, mais faculdades surgirão em localidades com escassez de profissionais e em cidades do interior de todas as regiões brasileiras. 19 o mercado atual Curso Icterícia do recém nascido Amarelão Icterícia é uma condição comum em recém-nascidos. Refere-se à cor amarela da pele e do branco dos olhos que é causada pelo excesso de bilirrubina no sangue. A bilirrubina é um pigmento normal, amarelo, gerado pelo metabolismo das células vermelhas do sangue. A criança fica ictérica quando a formação de bilirrubina é maior do que a capacidade do seu fígado de metabolizá-la. Normalmente aparece ao redor do segundo ou terceiro dia de vida. Começa pela cabeça e progride para baixo. A pele de um bebê ictérico ficará amarela primeiro na face, depois no tórax, no abdômen e, finalmente, nas pernas. O branco dos olhos de uma criança também poderá ficar amarelo. O acúmulo deste pigmento acima de certos limites é extremamente tóxico para o sistema nervoso, podendo causar lesões graves e irreversíveis. Há vários tipos de icterícia no recém-nascido. Os mais comuns são os seguintes: Icterícia fisiológica, Icterícia da prematuridade e Icterícia do leite materno Prevenção de complicações da icterícia O pediatra deverá ser procurado imediatamente se: • A icterícia alcançar os braços ou pernas. • A cor ficar mais forte depois do 7o dia. • A icterícia não tiver desaparecido após o 15o dia. • Se o bebê não estiver ganhando peso suficiente. Como se trata? Se a icterícia for de níveis leves a moderados, por volta de 5 a 7 dias de vida o bebê terá resolvido a icterícia sozinho. Se a icterícia atingir níveis mais altos, fototerapia (banhos de luz) pode ser necessária. Também podem ser recomendadas alimentações mais freqüentes para ajudar a criança a eliminar a bilirrubina pelas fezes. Em alguns casos, seu médico pode lhe pedir para interromper a amamentação ao seio temporariamente. Durante esse tempo, você pode esgotar os seios com uma bomba, assim você pode manter a produção de leite do peito e você poderá começar a amamentar novamente assim que a icterícia tenha diminuído. Em alguns casos, uma troca de sangue pode ser necessária para eliminar o excesso de bilirrubina do sangue do bebê. Raros casos não têm tratamento satisfatório sendo que alguns necessitam intervenção cirúrgica. Quando atendida em tempo, a situação pode ser totalmente controlada sem deixar seqüelas. A Biotécnica disponibiliza em sua linha de produtos o KIT de Bilirrubina para dosagem da fração Direta e Total. Esse kit apresenta vantagens interessantes tais como: - Um mesmo Kit é capaz de fazer os dois testes: Bilirrubina Direta e Total. - A metodologia que dispensa a preparação de Diazo Reagente, tornando mais estável e prático ao uso. - É aplicável em equipamentos automáticos e semi-automáticos. - Possui ótima linearidade, sendo bem robusto em testes de bilirrubina para recém nascidos. Marcelo Saraiva Rocha www.biotecnica.ind.br [email protected] +55 (35) 3214-4646 Instituto Butantan está com inscrições abertas para MBA em Inovação em Saúde O Instituto Butantan, unidade vinculada à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo e um dos maiores centros de pesquisas biomédicas do mundo, está com inscrições abertas para a nova turma do MBA Gestão da Inovação em Saúde. O curso tem o objetivo de capacitar profissionais para transformar pesquisas científicas em produtos inovadores na área de saúde, gerando benefícios diretos para a população. As aulas oferecem experiências de aprendizagem executiva, combinando conteúdo acadêmico ministrado por profissionais especializados em pesquisa, desenvolvimento e produção, com experiências práticas, apresentadas por profissionais de mercado. O curso, com duração de 18 meses, exige nível superior e é voltado para diretores, gestores de empresas, profissionais de núcleos de inovação tecnológica, órgãos reguladores, servidores estaduais e federais, advogados, engenheiros biomédicos e demais profissionais com atuação na área da saúde. As aulas são semipresenciais, ou seja, parte acontece no Instituto Butantan (em encontros mensais) e parte à distância (permitindo que aluno defina o horário mais adequado para realizar suas atividades e estudos). Os alunos participam ainda de atividades individuais e em grupo, que simulam situações que visam o conhecimento do mercado e das organizações da área da saúde, e também o desenvolvimento do pensamento crítico, objetivando uma formação estrategista e de competências e habilidades para liderança e tomada de decisão. “O programa busca alinhar as estratégias de inovação com o processo de desenvolvimento, desde as ferramentas de pesquisa até a produção e a comercialização de produtos, passando pelos órgãos regulatórios de registro”, explica a Ana Marisa Chudzinski-Tavassi, coordenadora geral e de inovação do curso. As vagas são limitadas e as inscrições acontecem até o dia 22 de outubro através do site www.butantan.gov.br/mba. Manifesto pela Saúde O Médicos encaminham propostas aos presidenciáveis s Conselhos Federal e Regionais de Medicina (CFM e CRMs); as entidades nacionais de Anestesiologia, Cardiologia e Psiquiatria; e a Federação Brasileira das Academias de Medicina encaminharam aos candidatos à Presidência da República nas Eleições Gerais de 2014 o “Manifesto em Defesa da Saúde dos Brasileiros”. O documento agrega exigências que, na visão dos médicos e seus representantes, são fundamentais para manter a obediência às diretrizes e aos princípios constitucionais que regulam a assistência nas redes pública, suplementar e privada. O documento foi repassado na terça-feira (30) aos candidatos Aécio Neves (PSDB), Dilma Rousseff (PT), Eduardo Jorge (PV), Everaldo Pereira (PSC), José Maria Eymael (PSDC), Levy Fidelix (PRTB), Luciana Genro (PSOL), Marina Silva (PSB), Mauro Iasi (PCB), Rui Costa Pimenta (PCO) e Zé Maria (PSTU). O envio foi feito ainda dentro da gestão 2009-2014 do CFM, presidida por Roberto Luiz d’Ávila. Para os médicos, o Manifesto é uma proposta pública, composta por medidas que, se implementadas em curto, médio e longo prazos, poderão assegurar os direitos dos pacientes e a qualidade do exercício da Medicina e do atendimento em saúde no País. Agenda da saúde – Ao todo, o Manifesto elenca 44 propostas, precedidas de diversas considerações sobre a atual situação da saúde brasileira. Dentre os pontos elencados, destacam-se a preocupação com o subfinanciamento do Sistema Único de Saúde (SUS); a falta de preparo e de modernidade nos processos de gestão; a ausência de uma política adequada de valorização e respeito aos recursos humanos em saúde; a desqualificação do ensino médico; e a inexistência de mecanismos de monitoramento e controle de gastos e resultados das ações anunciadas. Logo nos primeiros itens, que sintetizam o espírito do Manifesto, as entidades de represen- 20 tação de classe saem em defesa dos direitos individuais dos cidadãos e do exercício ético da Medicina. Pedem, por exemplo, respeito à Lei do Ato Médico (12.842/2013), aos legítimos direitos dos pacientes e obediência aos desígnios constitucionais para o acesso a um sistema público de saúde. O texto também cobra do futuro chefe de Estado o reconhecimento da crise atual para a abertura de um processo de entendimento com todos os setores que podem agregar contribuições no debate sobre as políticas de saúde. No entanto, as entidades informam que permanecerão mobilizadas. “Atentos às rotinas de reuniões e acordos firmados, mas sem efeitos práticos, os signatários alertam, finalmente, que darão publicidade a todos os compromissos definidos, criando-se uma agenda transparente para a sociedade que poderá acompanhar a evolução das respostas e testemunhar o grau de responsabilidade de todos os envolvidos”. 21 22 23 o mercado atual Saúde Lideranças em sistemas para Controle Interno da Qualidade A geração 3 do QualiChart trouxe inovações que você pode comprovar de imediato. É uma bonita e completa plataforma de trabalho, de fácil utilização e bastante objetiva quanto aos benefícios. Construída com base na experiência acumulada com mais de 1.000 licenças de laboratórios clínicos, a nova geração oferece formas de controlar a estabilidade dos processos analíticos quantitativos, de documentar a implantação e de registrar as ocorrências de não conformidades. Por isso já conquistou mais de 1600 utilizadores online, que puderam comprovar a experiência e capacidade de um líder. A Biosoft desenvolveu o novo QualiChart com muita tecnologia para aproveitar os recursos da web, operando de forma distribuída e a partir de qualquer computador, ou tablet. Assim você pode usar de imediato, num modelo gratuito, ou de forma profissional, realizando todo o ciclo do Controle Interno da Qualidade (CIQ). Poderá incluir seus colaboradores, usar em rede no laboratório, em estações na bancada e acessar até mesmo de sua casa. É um modelo que permite expansão, para ser implantado em mais de uma área técnica, em outras cidades e também com interfaceamento (integração com o LIS). Este programa traz o que você necessita para o CIQ: 1 – Melhor avaliação e acompanhamento com a visualização e interpretação do gráfico de Levey-Jennings, desenhado automaticamente e com informações em cada ponto. 2 - Os alertas automáticos do programa, baseados nas Regras Múltiplas do Controle da Qualidade (Regras de Westgard), indicando quando há erro aleatório, ou sistemático e sinalizando necessidade de observação, ou de rejeição da corrida. Oferece um assistente de erros para te auxiliar no encontro da causa do problema. 3 – Compreensão da variabilidade do sistema analítico, quando você tem a comparação do indicador da sua imprecisão (Coeficiente de Variação), com valores para a imprecisão máxima permitida. É um benchmarking de grande utilidade que te permite ver como o laboratório se encontra, comparado com referências da literatura. 4 – Apoio do consultor científico, Prof. Silvio de A. Basques, especialista em Controle Interno da Qualidade, exclusivo para utilizadores do QualiChart. Sabemos o quanto você se esforça mantendo boas metodologias, boas práticas e buscando preservar sua clientela. É importante usar a ferramenta adequada de controle interno, para assegurar a qualidade do resultado que você entrega. Nessa hora, é fundamental fazer bem o bom controle, o que é diferente de fazer de qualquer modo, pelo intervalo de bula, com planilhas ou softwares inadequados, incompletos e insuficientes. Com o QualiChart o utilizador conta com o melhor sistema e com inestimáveis benefícios adicionais, como os materiais científicos exclusivos de apoio, cursos e treinamentos online. Tudo para ajudar a você e ao seu pessoal. O QualiChart confirma a cada vez a sua inegável posição de programa líder no mercado para o Controle Interno e a melhor relação custo x benefício. Entre em contato ainda hoje e torne-se um utilizador de qualidade. Contatos telefone: (31) 3273-7478 email: [email protected] site: www.qualichart.com.br 24 Internação hospitalar compromete saúde bucal. Saiba o que fazer Do ponto de vista do paciente, ficar internado num hospital não é nada agradável. Mas pode ser ainda pior quando outros problemas começam a surgir. Estudo divulgado no Journal of Clinical Periodontology (Estados Unidos) acompanhou 162 pacientes internados por quinze dias, desde a internação até a alta hospitalar. O que se descobriu é que os níveis de placas bacterianas e gengivite aumentaram consideravelmente no período. Mais: a maioria dos hospitais não seguia um procedimento padrão com rotinas relacionadas à higiene bucal dos pacientes. Quando a internação envolve pacientes idosos, pesquisadores revelam que os problemas aumentam, já que uma saúde bucal comprometida pode impactar diretamente o aspecto nutricional dessas pessoas, exigindo que os alimentos sejam selecionados com mais critério. Nesse sentido, como um efeito dominó, há também perda de qualidade de vida, de bem-estar e autoestima durante os dias de internação. Na opinião de Artur Cerri, diretor da Escola de Aperfeiçoamento Profissional da APCD (Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas), a falta de padronização do atendimento em saúde bucal no ambiente hospitalar é um dos principais motivos para o declínio da saúde oral do paciente internado. O problema que motivou a internação acaba recebendo todas as atenções e os impactos desse procedimento no bem-estar geral do paciente não são considerados. “Em determinados casos, são os familiares que acabam se incumbindo dos cuidados com a higiene bucal do paciente. Obviamente, isso faz muita diferença, mas seria ideal que o paciente recebesse cuidados específicos e protocolados da equipe de saúde. Além de contribuir para melhorar o estado geral do idoso, esse bem-estar ajudaria a aumentar a adesão ao tratamento da doença de base”. Um dos principais problemas relacionados ao idoso é a boca seca. De acordo com Cerri, uma pessoa de 60 anos tem metade da quantidade de saliva de um jovem. A boca fica seca e desconfortável, dificultando a deglutição e diminuindo a resistência bucal. Quando essa condição passa despercebida e não é tratada a tempo, pode resultar na perda dos dentes. A síndrome da boca seca acelera o aparecimento de cáries, infecções bucais e, principalmente, gengivite – e compromete não só os dentes do idoso, como também sua saúde geral, já que ele passa naturalmente a comer menos e ingerir apenas alimentos macios ou líquidos. Artur Cerri diz que, além de reportar o problema ao médico, para que ele faça ajustes nas doses das medicações ingeridas diariamente, é importante que as pessoas mantenham uma excelente higiene oral, escovando os dentes e fazendo enxágues diversas vezes ao dia, além de ingerir bastante líquido diariamente e adotar uma alimentação rica em alimentos com alto teor de água. “O idoso deve cortar o alimento em pedaços pequenos, acrescentando, por exemplo, uma boa fatia de melancia, abacaxi, ou melão ao prato principal. Essa rotina controla os efeitos da boca seca durante as refeições e evita que o idoso passe a comer menos e fique com a musculatura oral enfraquecida”. 25 o mercado atual USA DIAGNÓSTICA: QUIMIOLUMINESCÊNCIA PARA TODOS A USA Diagnóstica tem uma linha completa de kits com a metodologia Quimioluninescência (CLIA) e é a única empresa no mercado nacional com a exclusividade da marca MONOBIND. A quimioluminescência é uma metodologia de alta sensibilidade e especificidade. Ideal para rotinas de pequeno e médio porte, pois permite testes manuais, de curto tempo de incubação. Além dos kits, a USA Diagnóstica possui um equipamento específico para CLIA, com a marca Monobind, que além da excelente qualidade, possui baixo custo. Para maior confiabilidade nos resultados, a USA Diagnóstica oferece o MULTI-LIGAND, um soro controle específico para as metodologias de quimioluminescência e ELISA. - Anti-TPO - Anti-TG - TG - T3 Livre - T3 Total - T4 Livre - T4 Total - PSA Livre - PSA Total - TSH - CEA - AFP - FSH - LH - PRL - HCG - CKMB - Troponina I - Ferritina - IgE Total Entre em contato conosco para melhor conhecer nossa linha de produtos e equipamentos. www.usadiagnostica.com.br [email protected] TELEFONE: +55 31 3226 3330 Artigo PESQUISA EM BIOMEDICINA, o futuro está ai! A profissão de biomédico inicialmente foi criada dada a necessidade de um profissional que pudesse atuar no ensino e na pesquisa. A carência de bons profissionais no mercado nos anos setenta levou o profissional biomédico para um outro caminho também e o panorama atual é em média oitenta por cento dos profissionais em campo e vinte por cento na pesquisa e docência. O mercado de trabalho é obviamente mais fácil por assim dizer, quando se está em campo atuando na rotina dos hospitais e clinicas, já ensinar e pesquisar é uma tarefa que exige aprimoramento, muita dedicação e estudo. Nosso país tem sua produtividade na pesquisa mas ainda falta a valorização do pesquisador para que este consiga subsistir somente com esta atividade. O presente e futuro estão na pesquisa. No início de 2014 o Dr. Francis S. Collins, diretor do National Institutes of Health (NIH), dos Estados Unidos, iniciou a palestra “Genomics, Advanced Technology, and the Future of Medicine” (Genômica, Tecnologia Avançada e o Futuro da Medicina), apresentada na sede da FAPESP, mostrando uma visão ampla de argumentos muito bem fundamentados sobre a pesquisa clínica, principalmente nos projetos para detectar as bases genéticas de diversas doenças. A medicina, ao longo do tempo sempre buscou minimizar os danos causados pelas doenças e identificar alterações para corrigi-las, mas muito pouco se fez ou por falta de tecnologia, ou por motivos menos nobres. Hoje detectar as bases genéticas das doenças nos fará evoluir para o estágio de corrigir ou não deixar que aconteçam. Dentre os profissionais da saúde de nosso país, o biomédico tem o perfil ótimo para a pesquisa. O projeto BRAIN, para buscar informação precisa de como o cérebro funciona, reúne diversos profissionais das mais variadas áreas dentre eles biomédicos brasileiros. Durante as pesquisas hoje já se consegue minimizar o tempo e o custo dos testes pré clínicos, um avanço sem igual, uma possibilidade próxima é a imunoterapia, tecnologia de células tronco, bio- 26 Dr. Dácio Eduardo Leandro Campos Presidente do CRBM - 1ª Região Diretor da FAAP - Ribeirão Preto-SP chip, entre tantas outras. Mas para que possamos desenvolver nossos profissionais para a pesquisa devemos prepara-los muito bem quando no ciclo acadêmico. O modelo universitário atual está sendo repensado individualmente e as instituições com maior poder financeiro promovem otimização e melhoria no ensino, mas isso deveria acontecer de maneira geral, ou pelo menos ganhar força nas instituições de ensino superior custeadas pelo governo, esta é a lição de casa. O XIV Congresso Brasileiro de Biomedicina que acontece em novembro foi pautado com uma mescla de atividades de mercado, atividades de pesquisa e atividades de docência, todos estes temas de muita importância para a profissão de biomédico e para as demais profissões da saúde por isso nosso congresso é multiprofissional. Investir nos jovens talentos da pesquisa e conscientizar que a mudança de mercado muitas vezes decepciona o jovem que iniciou a carreira acadêmica com um pensamento de mercado e ao final do curso e estágio depara com outro cenário, portanto planejar e ter foco é essencial para o jovem e para o profissional formado com até cinco anos de graduação. Precisamos ampliar e divulgar estas possibilidades e investir na pesquisa. 27 Artigo N As reformas possíveis este mês de outubro temos eleições e muita sede por mudanças. A população mostra-se insatisfeita com os serviços prestados pelo poder público, e considera que paga demais pelo que recebe. Os empresários, os da saúde em especial, lutam pela sobrevivência de seus negócios, enfrentando carga tributária alta, burocracia e, mais recentemente, recessão. Há quem diga que no setor de saúde não há crise, já que de hospital, médico e remédio todo mundo precisa – e acaba precisando mais ainda em tempos de crise financeira. Mas se engana quem pensa que o setor é imune à queda generalizada que vivemos no que diz respeito a investimentos. Quanto menos produzimos, menos arrecadamos, o que significa menos dinheiro para a saúde. Quanto menos empregamos, menos pessoas terão acesso aos planos de saúde, e mais usuários acionarão o SUS, já convalescido. Tendo em vista este cenário, penso que devemos somar nossos esforços para que as mudanças possíveis aconteçam. Não adianta querer votar uma reforma política integral e revolucionária, porque ela não vai sair do papel. Também não é razoável propor uma reforma trabalhista ampla, enquanto setores radicais não querem nem ouvir falar em mudanças. Mas podemos caminhar passo a passo. Um começo, a meu ver, seria promover o desaparelhamento das agências reguladoras. Elas o mercado atual Na década de 90, acompanhando as constantes críticas a respeito das centrífugas utilizadas na época, já que mercado nacional oferecia modelos ultrapassados, barulhentos e que quebravam frequentemente, enquanto os importados não possuíam peças a pronta entrega. E acompanhando também a insatisfação relacionado à variação cambial do Dólar e do Euro, que tornava a manutenção dos equipamentos economicamente inviável. Surgiu a ideia de fabricar centrífugas nacionais, baseadas nos moldes europeus de durabilidade, confiabilidade e segurança, dando origem à LABORLINE, inaugurada em 1999. Com o passar do tempo, vários modelos foram criados e registrados no Ministério da Saúde, ampliando a oportunidade de suprir os clientes de acordo com suas necessidades, já que a LABORLINE disponibilizava equipamentos com capacidades variadas de centrifugação, focados no mesmo objetivo do princípio: produzir máquinas resistentes, feitas para durar e construídas em aço. Atualmente, existem centrífugas LABORLINE instaladas em todo o território brasileiro, inclusive nos pontos mais remotos e de difícil acesso, onde serviços de saúde locais, adquirem a marca justamente para não se preocuparem com saídas para manutenção. Po- foram criadas para fiscalizar e fortalecer os setores a que dizem respeito, mas a maioria delas está ocupada por políticos que defendem exclusivamente os interesses de um ambicioso projeto de poder. As relações trabalhistas também precisam avançar, primeiro com a desoneração da folha de pagamento do setor de saúde, um dos poucos que não foi contemplado ainda, talvez porque seja um dos que mais gasta com encargos salariais. Outro passo importante é aprovar a lei que permite a terceirização de maneira legalizada e responsável, o que ajudaria a colocar na legalidade milhares de trabalhadores que já atuam como terceiros informais, e que são completamente excluídos do sistema de proteção. Ignorar que a terceirização é uma realidade e achar que é viável economicamente que um hospital contrate como CLT todo o seu corpo clínico é no mínimo estúpido, e injusto com os próprios trabalhadores. Outra urgente necessidade é retomarmos a cláusula de barreira, que impediria que partidos sem representatividade tomassem parte nos debates, nos fóruns, na distribuição do fundo partidário e no tempo de televisão. Seria uma primeira mudança, simples e que dependeria de uma revisão do Supremo. Isso acabaria com os partidos de aluguel e com o discurso de que dar espaço a todos é fortalecer a democracia. Yussif Ali Mere Jr Presidente da Federação e do Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (FEHOESP e SINDHOSP) e do SINDRibeirão Pelo contrário, os nanicos tumultuam, ocupam a tribuna sem compromisso e sem propostas factíveis, confundem o eleitor e, pior de tudo, vendem-se para outros partidos. Considero esta uma reforma possível, principalmente porque os grandes partidos a querem. O voto distrital viria na sequência, estabelecendo seriedade ao processo eleitoral e acabando com a distribuição de votos dentro do partido e da coligação, eliminando a excrescência das celebridades e dos palhaços como puxadores de votos. Existem reformas possíveis. E não é preciso mover montanhas para começar. Às vezes basta um clique. Um exemplo: a petição pelo voto distrital está no site www.euvotodistrital.com.br. Para começar, basta querer! Centrífugas LABORLINE rém, caso haja necessidade de reparos, o departamento de assistência técnica da própria LABORLINE se encarrega de todo o processo de remoção, conserto e entrega. Com isso, a LABORLINE produz centrífugas de qualidade, 100% nacionais, não sujeitas aos problemas comuns de variação cambial e importação de peças, e certificadas por órgãos competentes nacional e internacionalmente, como a Implantação da RDC 16/2013 - Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e Conformidade Internacional Elétrica - Norma IEC 61010. Fabricando seus equipamentos em diversos modelos para poder proporcionar aos laboratórios exames mais precisos e seguros. Sediada em Osasco – SP, a LABORLINE possui clientes em todo o Brasil, como a Unimed, Laboratório Fleury, Laboratório Lavosier, Dasa, entre muitos outros. Em mais de 14 anos de mercado nunca teve ocorrência de acidentes com seus equipamentos. Recentemente lançou uma nova centrífuga – Omega Rotor Spin, com motor com o sistema de inversor vetorial ainda mais inovador e está sempre inovando seus equipamentos para se manter como a empresa de maior qualidade no mercado de centrífugas. 28 www.laborline.com.br (11) 3699-0960 [email protected] 29 Artigo Hotsoft no Congresso da SBPC/ML no Rio de Janeiro O Congresso Brasileiro de Patologia Clínica/ Medicina Laboratorial realizado no início de Setembro no Centro de Convenções SulAmérica, no Rio de Janeiro, reuniu mais de 4 mil pessoas, entre congressistas, palestrantes, expositores e convidados. Além do recorde de público, Wilson Shcolnik, Presidente do Congresso, destacou a participação de conferencistas de renome e de representantes da ANS e Anvisa em atividades da programação científica. Uma das palestras do evento foi proferida pelo bioquímico Roberto Chaves, Diretor do DNA Center de Natal-RN, laboratório que vem apresentando altos índices de crescimento, apoiado pelas soluções de software da Hotsoft. O Dr. Roberto falou sobre a experiência prática com o BioVue da Ortho-Clinical Diagnostics, para classificação sanguínea e Imunofenotipagem por Citometria de Fluxo (CMF), usada no diagnóstico hematopatológico e estudo da imunidade dos pacientes. As novidades do Labplus, Labmaster e Labsenior, soluções de software e atendimento voltadas para segmentos específicos do mercado laboratorial, foram apresentadas pelos Diretores da Hotsoft, Euclides Gomes Junior e Carlos Tochio Mori Jr. e pelos colaboradores Rone Yudi Tanaka, Marcos Isaías Lima e Camila Araújo. O Congresso da SBPC tem sido, ao longo dos anos, uma boa oportunidade de encontro com clientes e prospects de todo o país. Pedro Silvano Gunther [email protected] A funcionalidade que mais despertou o interesse dos visitantes foi o Painel de Monitoramento da Produção, que demonstra possíveis atrasos na entrega de resultados, apresentando detalhadamente quais são os pacientes, exames ou processos que estão sendo motivos de alerta no sistema. A experiência dos clientes que já implantaram esse módulo comprova a validade de abrir o laboratório a novas ferramentas de trabalho. Elas transformam a instituição de maneira positiva ao propiciarem uma nova cultura de gestão. Marcos, Euclides, Camila, Tochio e Rone receberam clientes e prospects de todo o Brasil HIV Dobra número de cidades de SP com teste rápido de Aids Método permite resultado em aproximadamente uma hora após a coleta Levantamento da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo aponta que o número de cidades paulistas que oferecem o teste rápido para detecção do HIV (vírus da Aids) mais do que dobrou nos últimos dois anos. Em 2012 eram 178 municípios. Neste ano são 399. No total, 1.454 unidades de saúde realizam o diagnóstico de HIV pelo método rápido. O resultado sai em aproximadamente 40 minutos após a coleta. “Trata-se de um avanço que contribui para a ampliação do diagnóstico precoce do HIV que, com certeza refletirá em melhor qualidade de vida para as pessoas que se descobrirem portadoras do vírus, e em menos mortes por diagnóstico tardio no estado de São Paulo”, comenta Maria Clara Gianna, coordenadora do Programa Estadual DST/Aids-SP. O diagnóstico tardio é principal responsável pela morte de oito pessoas por aids todos os dias no estado. A análise dos dados de óbitos ocorridos em 2012 revela que a aids é a segunda causa de morte entre mulheres entre 25 e 44 anos e a quarta causa de morte entre homens da mesma faixa etária. Por isso a importância do teste rápido e das campanhas de prevenção. Nos últimos seis anos as campanhas “Fique Sabendo”, da Secretaria, têm priorizado o método rápido de diagnóstico, por sua facilidade de manuseio e resultado no mesmo dia. “Convidamos a população sexualmente ativa a realizar o teste. Garantimos o sigilo, a qualidade no processo diagnóstico e o encaminhamento das pessoas que tiverem resultado reagente ao serviço de saúde”, diz Maria Clara. Para saber quais os locais que realizam o teste anti-HIV basta ligar para o Disk-DST/Aids da Secretaria, pelo 0800-1625-50. 30 31 OUTUBRO XXXVI Congresso Brasileiro de Pneumologia e Tisiologia; XIII Congresso Bras. de Endoscopia Respiratória - SBPT 2014 Data: 7 a 11 Local: Centro de Eventos Serra Park - Três Pinheiros | Gramado/RS Informações: tel. (54) 3286.8800 | Fax: (54) 3286.8869 NOVEMBRO XIV Congresso Brasileiro de Biomedicina e II Congresso Internacional de Biomedicina De 18 a 21 de novembro 2014 - Araras-SP Local: Centro Universitário Hermínio Ometto de Araras-UNIARARAS Tema: Biomédico e Inovações Tecnológicas www.crbm1.gov.br - [email protected] Informações: 16- 3347-5558 XXIII Congresso Brasileiro de Citopatologia Data: 13 a 15 - Local: Rio de Janeiro/RJ Informações: tel./fax: (21) 2255.7502 e-mail: [email protected] XIV Congresso Brasileiro de Oncologia Pediátrica Data: 27 a 30 de novembro Inscrições: Acesse http://www.sobope2014.com.br/ Local: RIOCENTRO - Av. Salvador Allende, 6555 Barra da Tijuca -RJ Congresso de Parasitologia da UFSCar Objetivo: discutir os principais aspectos relacionados às doenças parasitárias sob a ótica da saúde pública. Público:profissionais, alunos de graduação, de pós–graduação e pesquisadores de diferentes áreas, Local: em São Carlos, de 14 a 16 de novembro. Evento: VII Congresso da Sociedade Paulista de Parasitologia, promovido pela Sociedade Paulista de Parasitologia. Esta edição, que tem parceria com a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), abordará o tema “Mudanças Climáticas: novos desafios à Parasitologia”. Além das atividades científicas, o Congresso também está promovendo um concurso fotográfico com o tema “Mudanças Climáticas e Parasitologia”. O prazo para envio das fotos para concorrer ao prêmio termina no dia 1º de novembro. Mais informações em www.cspp2014ufscar.com.br 4º Simpósio Internacional de Microbiologia Clínica (SIMC) Data: 22 a 24 Organização: Universidade Estadual de Londrina www.cpcblondrina.com.br Curso de Extensão de Bioética no Fim da Vida Carga horária: 45 horas Público-alvo: profissionais que têm formação em cuidados paliativos ou medicina paliativa; aqueles que trabalham em unidades de cuidados paliativos e também para quem pesquisa ou ensina em áreas direta ou indiretamente relacionadas ao “fim da vida” Datas: 24 e 25 de outubro e 28 e 29 de novembro. Dia(s) da semana: sexta-feira, tarde e noite; sábado, manhã e tarde Horário: 14h-18h I 19-22h - 08-12h I 13-17h Professor coordenador: Dr. Ciro Augusto Floriani (mini currículo abaixo) Investimento: R$2200,00, em até 4 parcelas. Local das aulas: Centro Universitário São Camilo, campus Pompeia, São Paulo/SP (Rua Raul Pompeia, 144) Inscrições e informações: com Regina Ramos, secretaria do Instituto Paliar: (11) 5051-0555 ou [email protected]. Site: www.paliar.com.br HEMO 2014 - De 06 a 09 de novembro. Local- Florianópolis/SC Organização-Associação Brasileira de Hematologia,Hemoterapia e Terapia Celular. Informações:www.abhh.org.br XXI Congresso Latinoamericano de Patologia Clínica De 05 a 08 de novembro Local: Punta Del Leste, Uruguai www.supac.org.uy www.abbm.org.br [email protected] XX ENGENE –ENCONTRO DE GENÉTICA DO NORDESTE De 04 a 07 de novembro Local: Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande-PB Informações- 16- 3621-8540 Encontro Nacional de Biomedicina A contece o 17º Encontro Nacional de Biomedicina do Instituto de Biociências da UNESP de Botucatu, que se realizará nos dias 23, 24 e 25 de Outubro de 2014, na UNESP e no Colégio La Salle. “O Encontro Nacional de Biomedicina é um congresso realizado anualmente por alunos e professores do Instituto de Biociências da UNESP de Botucatu e esse ano terá sua 17ª edição. O ENBM tornou-se um tradicional evento científico que recebeu, em sua última edição, mais de 600 congressistas vindos de todo o Brasil. Seu objetivo maior é a apresentação de inovações em pesquisa e nas diferentes áreas de atuação do Biomédico e outros profissionais da saúde, além de ser uma relevante oportunidade para troca de experiências e conhecimentos entre graduandos, alunos de pós-graduação, profissionais e docentes. Informações: (14) 3880-0857 [email protected] www.enbm.com.br 32 33 Descoberta o mercado atual O scanner vascular portátil VeinViewer® Flex é mais uma novidade no portfólio da Greiner Bio-One Brasil O VeinViewer® Flex utiliza luz infravermelha (NIR) e com o AVINTM (software exclusivo de imagem) permite visualização em tempo real do acesso venoso através da pele (até 10 mm de profundidade) antes, durante e depois da punção, possibilitando a detecção de válvulas e bifurcações, bem como a visualização do fluxo sanguíneo, a liberação de fluídos intravenosos e hematomas. Algumas das suas características: • Facilita o acesso venoso com resolução aproximada a 97% de precisão da largura da veia • Exclusivo sistema de Navegação Ativa Vascular (NAV) • Funciona com bateria ou energia AC • Bateria de longa duração e recarga rápida • Disponibiliza quatro modos de exibição distintos: universal, detalhe fino, inverso e redimensionar. • Possui braços flexíveis para possibilitar ter as mãos livres durante o procedimento O VeinViewer® Flex é uma ferramenta de mapeamento vascular completa ideal para instituições como laboratórios de análises clínicas, postos de coleta, clínicas pediátricas, centros de emergência, clínicas de oncologia, serviços de homecare, ambulâncias, clínicas vasculares e dermatológicas, clínicas geriátricas e clínicas de imagem. www.gbo.com Instituto Butantan descobre molécula que inibe a dor inflamatória Pesquisa realizada em parceria com a Stanford University pode ser o primeiro passo para a produção de medicamentos com menos efeitos colaterais do que os existentes no mercado O Instituto Butantan, unidade ligada à Secretaria de Estado da Saúde e um dos maiores centros de pesquisas biomédicas do mundo, descobriu uma molécula que age diretamente na diminuição das dores inflamatórias. A pesquisa inédita, realizada em parceria com a Stanford University, detectou que a molécula Alda-1, ativadora de uma enzima chamada ALDH2 (aldeído desidrogenase 2), inibe sensivelmente a dor inflamatória. Um dos pontos de partida da pesquisa foi o fato de que cerca de 40% da população do leste asiático possuir deficiência na atividade da ALDH2 no organismo. Esta deficiência é responsável pela vermelhidão no rosto dos orientais ao ingerir de bebida alcoólica. Curiosamente, estudos mostraram que esta população asiática tem tolerância menor a dor. Contudo, não se sabia se a causa dessa intolerância estava relacionada à deficiência enzimática. Os estudos foram realizados em camundongos com e sem a deficiência desta enzima. Os animais 34 deficientes apresentaram maior dor inflamatória em relação aos animais normais (controles). A Alda-1foi capaz de eliminar a dor destes dois grupos de animais, o que comprova a eficiência da utilização da molécula em qualquer etnia. “A produção de aldeídos na célula é prejudicial em diversos tipos de doenças, inclusive na dor. Este estudo mostra que com o aumento da atividade desta enzima é possível diminuir os efeitos tóxicos dos aldeídos, promovendo analgesia”, detalhou a Vanessa Olzon Zambelli do Laboratório de Dor e Sinalização do Instituto Butantan, uma das responsáveis pela pesquisa. Os resultados foram publicados pela revista Science Translational Medicine. Um dos objetivos dos pesquisadores é a produção de novos medicamentos que, inclusive, possam causar efeitos colaterais menores que o dos anti-inflamatórios clássicos ou dos opióides, como a morfina, por exemplo. Nos próximos passos estão os testes em animais maiores e em seres humanos. 35 Alerta/MS Casos de chikungunya já passam de 800 O Ministério da Saúde informa que foram confirmados por meio de exames laboratoriais 16 casos autóctones (dentro do mesmo território) da Febre Chikungunya no país. As pessoas infectadas não possuem registro de viagem internacional para países onde há transmissão. Dois casos ocorreram no Oiapoque (Amapá) e 14 no município de Feira de Santana, Bahia. Outros casos suspeitos estão sendo investigados. O Ministério da Saúde também registrou, neste ano, 37 casos importados, em pessoas que viajaram para países com transmissão da doença. Equipes do Ministério da Saúde já se encontram nos dois estados e estão trabalhando em conjunto com as secretarias estaduais de Saúde do Amapá e da Bahia. Além de intensificar ações de prevenção e vigilância da doença, as equipes dão orientação para a busca ativa de casos suspeitos e a implementação de ações para reduzir, com maior rapidez, a população dos mosquitos transmissores. Também faz parte deste trabalho a orientação de profissionais de saúde quanto ao manejo clínico da doença e a eliminação de criadouros nas residências. DOENÇA - A Febre Chikungunya é causada por um vírus do gênero Alphavirus, transmitida por mosquitos do gênero Aedes, sendo o Aedes Aegypti (transmissor da dengue) e o Aedes Albopictus os principais vetores. Seus sintomas - febre alta, dor muscular e nas articulações, cefaleia e exantema – costumam durar de três a 10 dias, e sua letalidade, segundo a Organização Pan-Americana de Saúde, é rara e menos frequente que nos casos de dengue. O tratamento é feito para combater os sintomas, com analgésico (paracetamol), hidratação adequada e repouso. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), desde 2004, o vírus havia sido identificado em 19 países. Porém, a partir do final de 2013 foi registrada transmissão autóctone em vários países do Caribe e, em março de 2014, na República Dominicana e Haiti. Nos meses seguintes, diversos países da América Central e da América do Sul também registraram surtos de Chikungunya, inclusive os que fazem fronteira ao norte com o Brasil. Isso ocorre porque os mosquitos transmissores da doença são muito disseminados em todas as áreas tropicais do mundo. Desde 2010, quando o Brasil registrou três casos importados (contraídos no exterior) da doença, o Ministério da Saúde passou a acompanhar e monitorar continuamente a situação do vírus causador da Febre Chikungunya. Com a confirmação dos casos no Caribe, no final de 2013, o Ministério da Saúde elaborou um plano nacional de contingência da doença, que tem como metas a intensificação das atividades de vigilância; a preparação de resposta da rede de saúde; o treinamento de profissionais; a divulgação de medidas às secretarias e a preparação de laboratórios de referência para diagnóstico da doença. A medida básica de prevenção da Febre Chikungunya é o combate aos mosquitos transmissores. As mesmas ações que previnem a dengue são capazes de prevenir também a Febre Chikungunya. CASOS CONFIRMADOS O Ministério da Saúde confirmou, por meio de exames laboratoriais, 79 casos de Febre Chikungunya no Brasil, até o dia 27 de setembro deste ano. Deste total, 38 são importados de pessoas que viajaram para países com transmissão da doença, como República Dominicana, Haiti, Venezuela, Ilhas do Caribe e Guiana Francesa. Os outros 41 foram diagnosticados em pessoas sem registro de viagem internacional para países onde ocorre a transmissão. Desses casos, chamados de autóctones, oito foram registrados no município de Oiapoque (AP) e 33 no município de Feira de Santana (BA). AÇÕES O Ministério da Saúde, com o apoio das Secretarias Estaduais de Saúde do Amapá e da Bahia, intensificou as medidas de prevenção e identificação de casos nestas regiões. Foram constituídas equipes, com técnicos destas secretarias, para orientar a busca ativa de casos suspeitos e emitir alerta às unidades de saúde e às comunidades. Para controle dos mosquitos transmissores da doença, foram implementadas ações de bloqueio de casos suspeitos e eliminação de criadouros. Com a confirmação dos casos no Caribe, no final de 2013, o Ministério da Saúde elaborou um plano nacional de contingência da doença, que tem como metas a intensificação das atividades de vigilância; a preparação de resposta da rede de saúde; o treinamento de profissionais; a divulgação de medidas às secretarias e a preparação de laboratórios de referência para diagnósticos da doença. Para evitar a transmissão do vírus, é fundamental que as pessoas reforcem as medidas de eliminação dos criadouros dos mosquitos. As medidas são as mesmas para o controle da dengue, ou seja, verificar se a caixa d ¿água está bem fechada; não acumular vasilhames no quintal; verificar se as calhas não estão entupidas; e colocar areia nos pratos dos vasos de planta, entre outras iniciativas deste tipo. DOENÇA NO MUNDO De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), desde 2004, o vírus havia sido identificado em 19 países. Porém, a partir do final de 2013, foi registrada transmissão autóctone (dentro do mesmo território) em vários países do Caribe e, em março de 2014, na República Dominicana e Haiti – até então, só África e Ásia tinham circulação do vírus. Novidade P Indústria baiana lança novo desinfetante hospitalar com quaternário de 5ª geração roduzido pela Indeba há mais de dez anos, o Letah Max ganhou nova fórmula e agora chega ao mercado com a mais moderna geração do componente quaternário de amônio. Ao incorporar em sua composição a 5ª geração de quaternário de amônio, o produto torna-se um desinfetante ainda mais avançado de uso hospitalar para superfícies fixas como pisos, paredes, camas, interruptores, banheiros, dentre outras, e artigos não críticos. Com dupla ação, limpeza e desinfecção, o desinfetante tem ampla ação antimicrobiana comprovada contra microorganismos como pseudomonas, salmonella choleraesuis, ambiente hospitalar em geral. Uma exclusividade da Indeba, o produto é resultado de um trabalho realizado durante, aproximadamente doze meses, pelos laboratórios de Pesquisa e Desenvolvimento e de Microbiologia da indústria baiana, especializada em produtos de higienização profissional há mais de 45 anos. Nívia Brandão, responsável técnica do departamento de Pesquisa e Desenvolvimento, orienta que seja feita uma primeira aplicação do produto para retirar a sujidade presente nas superfícies e, em seguida, fazer uma nova aplicação para promover a desinfecção. Com alta eficiência em diluição (uma parte de produto para 150 partes de solução), o Letah Max 5ª Geração gera economia de até 23,5% no custo final (comparando com o valor da versão anterior do produto) e pode ser aplicado em diversos tipos de materiais como cobre, ferro, latão e aço inox, por exemplo. “Além de promover economia, o produto é comprovadamente seguro no manuseio, possuindo laudos de estudos de irritabilidade dérmica e ocular realizados em laboratórios especializados”, ressalta Nívia. Comemoração Hospital Alemão Oswaldo Cruz , 117 anos N o último dia 25, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz, realizou o Concerto de Aniversário, em comemoração aos seus 117 anos. Na ocasião, o Coral do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, composto por colaboradores da Instituição, fez uma apresentação aberta ao público e gratuita, inclusive para pacientes e acompanhantes. Os destaques foram as músicas executadas no piano recém-adquirido pelo Hospital e que ficará permanentemente no Hall do Bloco E, oferecendo um momento de relaxamento a quem passar pelo local. 36 37 Conscientização Doação de Órgãos A pós a Semana Nacional de Doação de Órgãos, até o dia 27 de setembro, o objetivo foi o de conscientizar a população sobre a importância do tema. A pesquisa da instituição aponta, também, que houve uma grande redução no tempo de espera dos pacientes que precisam desse tipo de transplante no DF. De 2012 a 2014, o tempo médio de espera foi reduzido, passando de 23,4 a 15,4 meses. Ainda segundo a ABTO, o Distrito Federal é a unidade da Federação que mais realizou transplantes de fígado este ano. Apesar da melhora no quadro de doações de rins e fígados no DF, pacientes ainda esperam na fila por outros órgãos. Além disso, muitas famílias de pacientes com morte encefálica não autorizam a doação. O motivo mais frequente da recusa é não acreditar que a morte encefálica seja irreversível, já que o coração continua batendo. Como o doador não precisa deixar o desejo por escrito, é importante a aprovação da família. Segundo o presidente da Associação Médica de Brasília (AMBr), Luciano Carvalho, algumas pessoas não querem ser doadores porque não conhecem o assunto. Embora os números apontem uma melhoria nas estatísticas, muito ainda precisa ser feito. “É importante ressaltar que todas as pessoas são consideradas potenciais doadores de órgãos. Em vida, rim, medula e parte do fígado podem ser doados”, explica. Qualidade ANVISA faz parcerias com três países para reduzir prazo de registro de produtos médicos U m acordo de auditoria única para atestar o sistema de qualidade das fábricas de produtos para a saúde firmado por agências reguladoras do Brasil, Estados Unidos, Canadá e Austrália é a aposta da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) para reduzir os prazos de registro de produtos médicos e acelerar o acesso da população a novas tecnologias – o principal gargalo do setor segundo a ABIMED (Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Equipamentos, Produtos e Suprimentos Médico-Hospitalares). De acordo com o diretor presidente da ANVISA, Dirceu Barbano, o acordo vai possibilitar que, em vez de ser vistoriado por agências reguladoras de vários países, o sistema de qualidade de um fabricante de dispositivos médicos seja submetido a uma auditoria única, efetuada por organismos credenciados, que satisfaça os requisitos das autoridades regulatórias dos quatro países participantes. Barbano, em encontro com empresários do setor de produtos para a saúde promovido pela ABIMED, disse que a parceria, - denominada Programa de Auditoria Saúde Sangue e Hemoderivados Técnica garante fertilização assistida para casais sorodiscordantes para HIV D e acordo com a Organização Mundial da Saúde, mais de 35 milhões de pessoas estão infectadas globalmente com o vírus da AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) – doença que pode levar entre dez e quinze anos para se manifestar. É consenso entre os médicos que a infecção pelo HIV representa uma importante barreira para a reprodução. Mas, como 86% dos infectados se encontram em idade reprodutiva, se impõe uma questão importante a ser estudada com muito interesse. Afinal, com a introdução da terapia antirretroviral introduzida na última década, indivíduos HIV positivos passam a ter uma qualidade e expectativa de vida maior e, consequentemente, o desejo de ter filhos – já que a possibilidade de acompanhar seu desenvolvimento é uma realidade. Hoje em dia, técnicas de reprodução assistida se empenham nesse sentido. De acordo com Assumpto Iaconelli Junior, especialista em Reprodução Assistida e diretor do Fertility Medical Group, existem três situações possíveis entre os casais. A mais comum é quando o homem está infectado pelo HIV e a mulher não. “Neste caso, não existe impedimento para a gestação. Procedemos à lavagem seminal, que faz com que os espermatozoides infectados sejam separados dos sadios. Depois dessa seleção é que eles são inseminados com técnicas de reprodução assistida.” Outra possibilidade é que ambos estejam infectados. “Quando tanto o homem quanto a mulher estão infectados, o que vai definir a viabilidade dessa gestação é a saúde da paciente. Se for uma mulher jovem e saudável, com carga viral positiva baixa, seguimos com técnicas de reprodução assistida”. Por fim, o médico comenta os casos em que somente a mulher está infectada. “Esse é outro caso em que a saúde da paciente será determinante para a viabilidade e o sucesso de uma inseminação intrauterina ou uma fertilização in vitro”. O especialista chama atenção para o fato de que, quando Única em Dispositivos Médicos (Medical Device Single Audit Program - MDSAP) – começou a ser testada em janeiro deste ano por meio de um projetopiloto que está em curso. Para o presidente-executivo da ABIMED, Carlos Goulart, o programa ajudará a resolver o principal problema enfrentado hoje pelo setor de produtos para a saúde, que é a demora para certificação de boas práticas de fabricação e, consequentemente, para registro e comercialização de dispositivos médicos no país. a paciente é a única soropositivo, há grandes chances de ela já ter sido infectada, também, por outras doenças sexualmente transmissíveis (DST). Ou seja, as chances de as tubas uterina já terem sido danificadas são grandes. Outro ponto importante: há 25% de chance de haver transmissão vertical, que acontece quando a mãe transmite o vírus da Aids para o bebê. “Determinadas condutas e terapias, tanto para a mãe quanto para o feto, podem reduzir consideravelmente a taxa de infecção. Mas há que ressaltar que até mesmo a amamentação deve ser evitada. Por fim, quando não se consegue reduzir ao mínimo a quantidade de vírus através de medicamentos, as técnicas de reprodução assistida deixam de ser indicadas”. A Aids ainda é mais frequente entre homens do que mulheres, principalmente na faixa etária em que a doença é mais incidente: entre 25 e 49 anos. Quando o assunto é gravidez, esse é um aspecto favorável, já que as técnicas de reprodução assistida possibilitam que um casal sorodiscordante engravide com segurança quando somente o marido é infectado pelo HIV e a esposa é soronegativa. Um grande desafio que a medicina tem pela frente é a inversão constatada entre os jovens. A faixa etária entre 13 e 19 anos é a única em que o número de casos de Aids é maior entre as meninas. “Como a transmissão da doença ocorre principalmente por causa do sexo desprotegido com pessoas soropositivas, é promover mais campanhas de conscientização que tenham como alvo os adolescentes. Só assim a Aids poderá ser tratada como doença crônica sem gerar tanto impacto na qualidade de vida ou nos planos para o futuro dos infectados”, diz Iaconelli. Fontes: http://www.who.int/features/qa/71/en/ Dr. Assumpto Iaconelli Junior, médico ginecologista, especialista em Fertilização Assistida, diretor do Fertility Medical Group – www.fertility.com.br 38 Medicamento para hemofilia ganha marca da Hemobrás Fator VIII recombinante, distribuído gratuitamente pelo SUS, terá novo nome e rótulo; desde que passou a ser distribuído pelo SUS, cerca de 600 mil frascos do produto foram entregues O Ministério da Saúde começa a distribuir em novembro os primeiros lotes do fator VIII recombinante rotulado com a marca Hemo-8r registrada na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O medicamento, produzido por meio de engenharia genética, é considerado o tratamento mais moderno para hemofilia A. Este é o primeiro produto que leva a marca da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás). O medicamento é considerado um avanço na qualidade de vida dos pacientes, pois tem capacidade de produção ilimitada, comparado ao medicamento feito a partir do fator plasmático, que depende da doação de sangue humano. O tratamento com o recombinante é sob demanda ou profilático, ou seja, aplicado regularmente, principalmente durante o período de crescimento. Evita sangramentos, previne deformidades, diminui o sofrimento e melhora a qualidade de vida dos pacientes. 39 40 41 Esclarecimento O VACINA HPV: TIRANDO AS DÚVIDAS HPV é um vírus facilmente encontrado na população feminina e é o principal fator de risco para o desenvolvimento do câncer de colo de útero. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) relatam que, por ano, mais de 200 milhões de mulheres no mundo são infectadas. Deste total, 685 mil são contaminadas por algum dos 13 tipos de vírus mais frequentemente associados ao câncer, sendo que 32% estão infectadas pelos tipos 16 e 18, os quais são responsáveis por 70% dos casos de câncer de colo de útero. Neste ano, o Sistema Único de Saúde (SUS) começou a oferecer vacinação contra o vírus para meninas entre 11 e 13 anos. Apesar de ser um projeto de prevenção da doença, muitas controvérsias e dúvidas vêm sendo discutidas por pais, médicos e outros especialistas. De acordo com o ginecologista responsável pela reprodução humana da Criogênesis, Dr. Renato de Oliveira, a vacina tem eficácia comprovada, mas não elimina as outras ações de prevenção, como a realização do exame Papanicolau e o uso de preservativo nas relações sexuais. Abaixo, o especialista esclarece as vantagens da vacina contra o HPV. Confira! 1 - A vacina é segura? Sim. A vacina contra o HPV tem eficácia comprovada para proteger mulheres contra os principais tipos de HPV relacionados ao câncer de colo uterino (16 e 18). No caso da oferecida pelo governo às meninas, há a proteção adicional contra os principais tipos de HPV (6 e 11) relacionados com lesões condilomatosas. A vacina apresenta proteção de 98% contra o câncer do colo do útero e funciona melhor quando administrada antes de a pessoa ter qualquer contato com alguns tipos de papilomavírus humano. Deve-se destacar que mesmo os indivíduos que já iniciaram a vida sexual também podem receber a vacina, pois o contato com o vírus não gera resposta imune protetora, ao contrário da aplicação da vacina. 2 - Como a vacina funciona? O conhecimento sobre o funcionamento da vacina para o HPV está em construção. Porém, de um modo geral, pode- se dizer que a dose estimula a produção de anticorpos, proteínas produzidas pelo organismo para reagir contra um agente agressor. Quando ocorre o contato com o vírus, o organismo o reconhecerá, entrando em combate. 3 – Quais os tipos? Existem duas vacinas aprovadas e registradas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA): a Bivalente (contra os HPV 16 e 18) e a Quadrivalente (contra os 4 tipos de HPV: 6, 11, 16 e 18). A vacina Quadrivalente, apesar de gratuita apenas para meninas de 11 a 13 anos (e, futuramente, para todas as meninas de 9 a 13 anos), é recomendada para homens e mulheres de 9 a 26 anos. A vacina bivalente pode ser utilizada a partir dos 9 anos. Clínicas particulares também oferecem as vacinas para pessoas de qualquer faixa etária, por considerar que há benefícios para todos os pacientes. Há também a cobertura de outros tipos de HPV com o uso das vacinas por uma ação de similaridade. 4 - Quantas doses devem ser tomadas? O esquema vacinal é de três doses para completar a proteção. Com a bivalente, a segunda dose é aplicada depois de um mês da primeira e, a terceira, após cinco meses da segunda. Já na quadrivalente, a segunda fase acontece apenas dois meses após a primeira e a terceira, seis meses depois da inicial. 5- Quais são os efeitos colaterais? Como acontece com a maioria das vacinas, as reações mais comuns são relacionadas ao local da injeção como dor e vermelhidão E X P E D I E N T E 42 por exemplos. Em geral, esses sintomas são de leve intensidade e desaparecem no período de 24 a 48 horas. Há também a possibilidade de reações alérgicas para alguns pacientes. 6 - Quem pode ser vacinado? No início, restringia-se às pacientes entre 9 a 26 anos. Entretanto, os meninos passaram a ser vacinados e sabe-se do benefício mesmo em pacientes que já tiveram início da atividade sexual e possuem idade maior que 26 anos. 7 - A mulher vacinada precisa continuar fazendo o exame de prevenção para o câncer do colo uterino? Certamente sim. Independente da vacinação, deve-se continuar com o exame de prevenção rotineiramente. A recomendação é iniciar o exame de prevenção colpocitológico (papanicolau) após os 25 anos de idade ou 3 anos após o início da atividade sexual. 8 - A vacina protege contra doenças sexualmente transmissíveis? Não. É importante ressaltar que a vacina protege principalmente contra os tipos de HPV mais frequentemente associados ao câncer e, dependendo da vacina, possui cobertura aos principais tipos de HPV causadores de condilomas acuminados. Porém, não há proteção contra outras doenças que são sexualmente transmitidas e, muito menos, impede a gravidez. 9 - A vacina tem contraindicação? Sim. A vacina é contraindicada para gestantes e indivíduos com doenças agudas ou com hipersensibilidade aos componentes da vacina. 10 - A vacina pode causar a infertilidade? Este é um fato que também não foi comprovado. Há relatos de algumas adolescentes da Austrália, Japão e Inglaterra que apresentaram menopausa precoce e até mesmo infertilidade após terem tomado as doses da vacina. No entanto, não há comprovação que ela tenha causado esses problemas, nem que os tenha desencadeado. Muito provavelmente, as jovens já apresentariam esses quadros independente da vacinação. www.criogenesis.com.br 43 44