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REVISTA DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ORTOPEDIA TÉCNICA Ano I · Número 1 Agosto · Setembro · Outubro / 2011 REGULAMENTAÇÃO DA PROFISSÃO “GRANDE PASSO EM BRASÍLIA” MÃO BIÔNICA L/LPE3XOVH Touch Bionics JOELHO BIÔNICO Rheo Knee Össur PÉ BIÔNICO Proprio Foot Össur Soluções de Alta Tecnologia para Próteses de Pernas e Braços www.blumenthaldistribuidora.com.br ww w distribuidor exclusivo Av. Protásio Alves, 3504/402 3RUWR$OHJUH56&(3 [email protected] 3 ANO I · NÚMERO 1 · 2011 Caros Amigos, É com grande alegria que vos apresento o primeiro número da Revista da ABOTEC. Esta revista representa uma nova etapa, ou mesmo, uma nova fronteira a ser explorada em relação ao mundo das Órteses e Próteses Ortopédicas no Brasil, ou seja, na nossa querida Ortopedia Técnica. Queremos utilizar a Revista da ABOTEC, como uma forma de divulgarmos melhor a tecnologia e os importantes avanços que temos no Brasil em órteses e próteses ortopédicas. Também queremos torná-la não somente um meio de divulgação, mas principalmente, um eficiente e eficaz meio de integração da nossa Classe Profissional, pois creio que, na atual conjuntura, é de fundamental importância apagar do pensamento de muitos profissionais envolvidos na reabilitação com órteses e próteses ortopédicas, aquela imagem que havia no passado dos “técnicos ortopédicos” como simplesmente artesãos, que, fabricavam “aparelhos ortopédicos” em oficinas improvisadas, de maneira empírica, sem fundamentação e sem estudos científicos. A Revista da ABOTEC vem como uma ferra- menta que vai somar na luta para atingirmos nossos dois grandes projetos, um, o projeto de Regulamentação da Profissão de Ortesista e Protesista no Brasil (PL-5635/2005 em tramitação na Câmara dos Deputados) e o outro, o projeto de Mudança na forma de Concessão de Órteses e Próteses no Brasil. Para que obtenhamos êxito em ambos, é de fundamental importância, que nos tornemos mais conhecidos e respeitados, por isso, convoco a cada um de nós a levar essa nossa nova ferramenta de comunicação e divulgação, a todos os profissionais em reabilitação, a que tenhamos acesso. Dessa forma, estaremos agindo de maneira realmente ativa, levando atualização e informando sobre inovações a esses profissionais. Somos uma Classe Profissional, temos que agir como tal. Está na hora de trabalharmos unidos para o reconhecimento da profissão. Joaquim Cunha Presidente da ABOTEC Órteses neurofisiologicas 4 A ortopedia técnica no mundo A tecnologia tem avançado muito, muitas coisas mudaram e vão mudar cada vez mais. Tenho certeza que num futuro não muito distante, teremos a possibilidade de criar um “Ciborg” de verdade (seriado dos anos 70, sobre um agente acidentado que recebeu próteses biônicas implantadas no seu corpo, dando a ele poderes, extra-humano). A empresa Ossur de origem Islandesa já criou um joelho computadorizado com motor que propicia subir escadas. Joelho este, comercializado apenas para pacientes do Exército Americano, pois o valor é muito alto. A maior de todas as empresas do ramo de ortopedia técnica também tem agora um protótipo de joelho computadorizado com motor que auxilia subir degraus, a Otto Bock sediada na Alemanha é a pioneira também nos implantes neurais de micro sensores, que utilizam estimulação nervosa para acionar a prótese do membro superior, implantados nos músculos peitorais, não mais funcionam com contrações musculares, mas sim pela estimulação dos nervos. Esta mesma técnica, mas com implantes neurais no quadríceps, é utilizada para órtese em pés caídos, diferente das atuais com eletrodos e estimulação elétrica (FES). No Japão, Israel e USA já existem protótipos de órteses longas para lesados medulares totalmente computadorizadas, que permitem uma marcha com gasto energético muito menor que as órteses comuns ou até as de reciprocação. As próteses e também algumas órteses podem se beneficiar de utilizar fibra de carbono pré-impregnada, o que facilita a fabricação da órtese deixando-a ainda mais leve e mais resistente. Nos países de 1º mundo e emergentes, os sistemas de encaixes de M.S. e M.I. utilizam definitivamente os liners de silicone, uretano e copolímeros, o que proporciona mais conforto e melhor suspensão da prótese ao paciente. Falando da ortopedia técnica pelo mundo, não poderia deixar de falar no Brasil, aqui, possuímos a mesma tecnologia utilizada nos países da Europa e USA, tanto em materiais quanto nas novas técnicas. Fabricantes nacionais de componentes estão crescendo muito e melhorando muito o mercado, tanto em termos técnicos como no âmbito competitivo com valor agregado menor que os produtos importados, destaque para as empresas Polior e Ortho Pauher. Todas estas novidades estarão sendo mostradas no II Congresso Latino Americano em Set/Out de 2011 em Natal, não percam. Um abraço! Peter Kuhn LINHA DE PRODUTOS PROKINETICS PROK PR OKIINETICS Tec OK Tec nologia nollogiia Ortopédica Ort Or topé péd pé dica Ltda Ltda Rua Sara Alvarado Bertanholi, 734 - Pq. Monte Verde Valinhos - SP - CEP 13275-054 Fone: 19-3871 4172 - E-mail: [email protected] www.prokinetics.com.br - LITE LINER de gel uretano SILICON Liner Meias de coto SILIPOS Componentes para próteses WAGNER Componentes para órteses BECKER Materiais para ortopedia técnica Qualidade reconhecida internacionalmente 5 ANO I · NÚMERO 1 · 2011 Rafael Cavalli Prestes [email protected] Órtese noturna Luis Henrique Tomazini Ribeiro [email protected] Uma ferramenta auxiliar ao tratamento conservador da Fascite Plantar F ascite Plantar é um processo inflamatório que acomete a fascia plantar, com ou sem o envolvimento de estruturas peri faciais, sua etiologia é dividida em três categorias principais: mecânica, degenerativa e sistemática. Esta inflamação ocorre devido a repetidos micro traumatismos na origem da tuberosidade medial do calcâneo. O principal sintoma é uma dor localizada, que ocorre principalmente no primeiro apoio matinal ou após longo período sentado. Durante o sono ocorre inatividade dos músculos flexores dorsais do pé, assim, posicionando o pé em eqüino, o que conseqüentemente causa o encurtamento da fascia plantar. Com relação à epidemiologia, as mulheres são mais acometidas, cerca de 60% apresentam obesidade e encontram-se na faixa etária do climatério. Entre os homens, destacam-se esportistas de alta performance, raramente crianças são acometidas por esta patologia. O tratamento conservador baseado em fisioterapia e meios analgésicos geralmente é suficiente, embora a recuperação seja lenta. Diversos autores sugerem alongamento progressivo da fascia plantar, do tendão de aquiles, dos músculos e demais estruturas envolvidas com o tríceps sural. 1 A doença é acelerada ou agravada pela falta de flexibilidade, como na retração do tendão do calcâneo, pelo excesso de treinamento, fadiga, inextensibilidade fascial e mecânica precária. A indicação cirúrgica em casos de fascite plantar, onde não se teve sucesso com o tratamento conservador é um procedimento raro. Um recurso que vem auxiliando o tratamento de diversos indivíduos com este diagnóstico é a utilização de uma órtese de uso noturno, a qual foi desenvolvida em parceria entre a Ortocom Ortopedia e o Laboratório de Seleção de Materiais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, conforme mostra a figura 1. Esta órtese tem o objetivo de impedir que o alongamento obtido no tratamento fisioterapêutico seja perdido a noite durante o sono. Para o desenvolvimento desta órtese, foram realizadas pesquisas sobre desenvolvimento de produtos. Desta forma, o estudo se baseou no projeto conceitual descrito por diversos autores. Entre as concepções geradas, destaca-se o detalhamento e descrição do Valorize a comunicação da sua empresa. processo de fabricação, a fácil adaptação ao membro inferior e o conforto proporcionado pelo design e pelos materiais utilizados. Enfim, o tratamento da fascite plantar ainda é lento, não tendo protocolos bem estabelecidos. Entretanto, sabe-se que a melhora da flexibilidade da musculatura envolvida com a fascia plantar, trás benefícios diretos quanto ao quadro álgico destes indivíduos. Assim, pode-se considerar esta órtese de uso noturno mais um recurso no auxilio do tratamento destes indivíduos, atuando na manutenção e ou ganho de flexibilidade e, conseqüentemente, melhorando a qualidade de vida destas pessoas. revistas papelaria criação de folder e impressos personagens Tipos&Traços DESIGN · PROPAGANDA · MULTIMÍDIA programação visual de veículos uniformes empresariais sinalização interna e externa (51)3737.8603 · (51)96038553 [email protected] 6 REGULAMENTAÇÃO DA PROFISSÃO “GRANDE PASSO EM BRASÍLIA” “N o dia 14 de julho de 2011, recebemos a notícia de que a Deputada Flavia Morais, do Partido dos Trabalhadores Brasileiros (PTB), relatora do nosso projeto de lei que Regulamenta a Profissão de Ortesista/Protesista na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP), emitiu parecer favorável à sua aprovação. Isto significa um avanço importante na nossa batalha em prol desse grande ideal. O próximo passo é a votação do parecer pela referida comissão que, se aprovado, seguirá para a Comissão de Constituição e Justiça, última a analisar o projeto antes da votação pelo Senado.” COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO PÚBLICO PROJETO DE LEI Nº 5.635-A, DE 2005 Regulamenta a profissão de Protesista / Ortesista. Autor: Deputado ONYX LORENZONI Relatora: Deputada FLÁVIA MORAIS próteses”, bem como, “a confecção de palmilhas e calçados ortopédicos em O projeto de lei em epígrafe pre- oficina própria, a realização das restende regulamentar a profissão de pectivas provas e as adaptações neprotesista/ortesista. A proposta defi- cessárias”. ne o profissional como sendo “aquele É exigida formação profissional que desempenha profissionalmente específica e atualização permanente atividade especializada na tomada dos integrantes da categoria, estabede medidas ou moldes gessados e na lecendo-se as seguintes atribuições confecção sob medida das órteses e para o protesista/ortesista: I - RELATÓRIO “a) Auxiliar na prescrição da prótese e da órtese; b) Avaliação inicial do paciente e interpretação da prescrição; c) Tomada de medidas e moldes para confecção da prótese ou órtese; d) Confecção e adaptação das mesmas em pacientes; e) Instrução quanto ao seu uso correto bem como, todos os cuidados 7 ANO I · NÚMERO 1 · 2011 de higiêne e manutenção; f) Acompanhar posteriormente o registro de todo os dados sobre evolução do paciente.” A matéria foi distribuída às Comissões de Seguridade Social e Família (CSSF) e do Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP) para análise do mérito e à Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCCJ) para apreciação da constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa. Na CSSF, o projeto foi aprovado com substitutivo, o qual, basicamente, modificou o nível de escolaridade exigido para o exercício da profissão, passando de nível superior para nível técnico, além de acrescentar o termo “ortopédico” ao final da denominação profissional. A proposta foi arquivada ao término da Legislatura passada, nos termos do art. 105 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, e desarquivada, a pedido do autor, no início desta nova Legislatura. Encaminhado para exame desta CTASP, a proposta não recebeu emenda ao final do prazo regimental. É o relatório. II - VOTO DA RELATORA Como foi muito bem dito pelo ilustre autor da proposta, é preciso assegurar-se “o reconhecimento para os profissionais que resgatam, através de seu trabalho, a dignidade das pessoas portadoras de necessidades especiais em nosso País”. Esse é o caso dos profissionais protesistas e ortesistas, cujas atribuições estão diretamente relacionadas a essas pessoas. Com efeito, está na alçada dos profissionais, objeto deste projeto, a confecção, sob medida, de órteses e próteses para pacientes com deficiência física que tenham o seu aparelho locomotor comprometido. Assim, o serviço executado pelo protesista e pelo ortesista é indispensável no processo de reabilitação dessas pessoas. Esse motivo, por si só, já justifica a aprovação da matéria. Contudo parece-nos que a Comissão de Seguridade Social e Família, ao examinar a proposição, conseguiu aprimorá-la, tanto em relação ao mérito quanto à técnica legislativa. Isso porque o projeto original não evidencia qual é o nível de escolaridade exigido para exercer a profissão, se superior ou se médio, o que fica claro no substitutivo da Comissão, ao deixar expressa a sua condição de profissão de nível médio. Além disso, em não se sanando essa dúvida, pode-se deixar margem à interpretação de que esses profissionais poderiam exercer atri- buições próprias de médicos ou de fisioterapeutas. Ademais, a CSSF, dentro de sua área de competência, demonstrou que a definição de prótese e órtese não está circunscrita às questões de locomoção, trazendo como exemplos a instalação de marca-passo ou de válvula cardíaca. Assim, ficou suficientemente justificada a alteração do substitutivo para incluir o termo “ortopédico” na denominação profissional. Também concordamos com as alterações relativas às atribuições cometidas aos profissionais. Dessa forma, não restarão dúvidas quanto ao campo de sua atuação, evitando-se conflitos com a área de atuação de outras profissões. Ao protesista e ao ortesista cabe, tão somente, a confecção do aparelho ortopédico, mediante a prescrição do profissional devidamente habilitado – os médicos e os fisioterapeutas, como já dito. Nesse contexto, diante de tudo o que foi exposto, manifestamo-nos pela aprovação do Projeto de Lei nº 5.635-A, de 2005, na forma do substitutivo aprovado pela Comissão de Seguridade Social e Família. Deputada FLÁVIA MORAIS Relatora 8 Personalidade da edição N ascido José Joaquim Nogueira da Cunha, porém, mais conhecido na Ortopedia Técnica como Joaquim Cunha, é atualmente o Presidente da ABOTEC. Neste ramo da Ortopedia Técnica está há mais de 20 anos, influenciado principalmente pelo primo, Manoel Cunha, se apaixonou pelo ramo e hoje representa uma área, cujos profissionais são indispensáveis na reabilitação de pessoas portadoras de necessidades especiais. Joaquim em seu trabalho como técnico Ortesista e Protesista Ortopédico, presa pelo perfeccionismo nos serviços que produz e é exigente como líder, mas amigo quando precisa sê-lo. Durante esta entrevista, conheceremos um pouco mais da vida pessoal e profissional deste ortesista e protesista ortopédico e a atual e principal voz na defesa dos direitos dos profissionais Ortesistas e Protesistas do Brasil. Revista da ABOTEC: Conte-nos brevemente sua história: onde você nasceu? Joaquim Cunha: Nasci em Teresópolis – RJ RA: No que trabalhou? Joaquim Cunha: Quando adolescente, trabalhava ajudando meu avô que era marceneiro. Depois fui trabalhar com meu pai que tinha uma empresa de terraplanagem e eu trabalhava com mecânica pesada e com operação de máquinas e caminhões. Na época comecei a cursar faculdade de administração de empresas, fui trabalhar no Rio de Janeiro numa empresa de computação onde trabalhei durante 16 anos com informática e contabilidade. RA: Como conheceu a ortopedia técnica? Joaquim Cunha: Conheci a ortopedia técnica através de meu cunhado e primo, o Manoel Luiz, da Ortopedia São José. RA: Como e porque resolveu trabalhar com órteses e próteses? Joaquim Cunha: Na época o Manoel havia aberto uma filial de sua empresa em Teresópolis, mas estava ficando muito difícil para ele mantê-la, devido à grande distância e da necessidade de ter alguém no local para desenvolver o trabalho no mercado. Nessa época, eu trabalhava no Rio de Janeiro, morava em Teresópolis e estava buscando algum tipo de ocupação em minha cidade, pois, já estava bastante cansado de todos os dias ir trabalhar a 100 Km de distância com o trânsito e as estradas cada vez piores. E foi justamente quando conversamos a respeito de fazermos uma sociedade e eu ficar responsável pela loja de Teresópolis. A princípio, eu pensava que era apenas uma revenda de produtos ortopédicos, nem imaginava como eram os procedimentos com órteses e próteses ortopédicas, mas quando comecei a ter contato com os amputados, com os paralisados cerebrais, participar da reabilitação, entre outras coisas, fui me apaixonando pela profissão, comecei a fazer cursos, me aprofundar, e quando reparei deixei de trabalhar com informática no Rio de Janeiro e passei a dedicar-me somente a ortopedia técnica. RA: Há quanto tempo possui empresa de confecção de órteses e próteses? Joaquim Cunha: Há 20 anos. RA: Quantas empresas possui? Joaquim Cunha: Tenho apenas uma empresa, com matriz em Teresópolis e filiais em Petrópolis e Nova Friburgo. Todas no Estado do Rio de Janeiro. RA: Na Ortopedia Técnica, preferes trabalhar na fabricação de órteses ou próteses ortopédicas? Joaquim Cunha: É difícil de dizer, pois, na verdade, o que me fascina são os desafios. Sempre que tenho um caso diferente em que preciso pesquisar soluções não convencionais, muitas vezes “inventar” procedimentos ou técnicas, é onde mais me motivo. Mas o trabalho tanto com órteses, como com próteses continua sendo uma atividade prazerosa para mim. RA: Realiza estudos próprios para a inovação de técnicas e/ou uso de novos materiais na confecção de órteses e próteses ortopédicas? Joaquim Cunha: Sim, como na respos- 9 ANO I · NÚMERO 1 · 2011 ta anterior, sempre que possível, estou buscando inovações, inclusive, não posso deixar de comentar a respeito da melhor iniciativa que tomei em busca de aprimoramento profissional, que foi o Curso de Graduação em Órteses e Próteses da Universidade Dom Bosco, de El Salvador. Realmente, confesso que quando me inscrevi não imaginava o quanto de engrandecimento profissional esse curso me traria. O conteúdo do curso, a qualidade e a seriedade com que é aplicado, fazem a diferença. RA: Como entrou para a Diretoria da ABOTEC? Joaquim Cunha: Um dia estava trabalhando em minha oficina lá em Teresópolis e me ligou o meu amigo Henrique Grego lá de Brasília e disse: “O pessoal está fazendo uma pressão para montar uma chapa e concorrer para a presidência da ABOTEC. Você sabe os problemas que estão acontecendo na ABOTEC, temos o apoio de ‘A’, ‘B’, ‘C’, mas eu só encaro se você for comigo”. Analisamos e verificamos que tínhamos realmente chances de êxito e, como ele mesmo diz: “Amigo é pra acudi outro” e não podia deixar meu Amigo sozinho nessa. Convidamos outras pessoas, umas aceitaram, outras infelizmente não. Foi uma eleição realmente tensa e disputada, mas a vontade da maioria venceu e continuamos trabalhando buscando o melhor para a Classe de Ortesistas e Protesistas no Brasil. RA: No começo quais foram os seus principais desafios e vontades? Joaquim Cunha: Resumindo, os principais desafios foram de reestruturar e reorganizar a ABOTEC, dentro de nossa nova filosofia de trabalho, e, também de vencer a grande resistência vinda, principalmente de uma oposição recém derrotada nas eleições. As vontades como acontece sempre aos iniciantes, são de resolver tudo de imediato, de colocar todos os planos em imediato funcionamento, etc. RA: Conseguiu cumpri-las? Joaquim Cunha: Sim, com o correr do tempo e adquirindo mais experiência, vamos aos poucos e a tempo, conseguindo alcançar nossos objetivos. dos, somente priorizando a qualidade no atendimento às pessoas portadoras de deficiências e remunerando adequadamente esse serviço, são que, diversos interesses públicos, privados e sociais poderão ser finalmente atingidos no que tange a reabilitação com órteses e próteses ortopédicas. RA: Hoje possui o cargo de Presidente da ABOTEC, quais são os seus maiores desafios neste cargo? Joaquim Cunha: Acho que o maior desafio é principalmente de conseguir mudar a mentalidade predominante na classe que é individualista, para uma mentalidade voltada para a união da classe. É de fundamental importância que estejamos unidos em busca de nossos objetivos. Somente mobilizados e unidos é que poderemos nos consolidar como uma Classe Profissional e atingir nossos objetivos de regulamentar nossa profissão e mudar o mercado de órteses e próteses no Brasil, que hoje está mais voltado em função de preços, do que de qualidade. Precisamos como diz o ditado popular, deixar de ficar olhando o próprio “umbigo” e passar a doar um pouco de cada um de nós em prol dos interesses coletivos nossos e, principalmente, de nossos pacientes. RA: O que pode nos dizer sobre o relacionamento que a ABOTEC possui com os outros órgãos internacionais de órteses e prótese? Joaquim Cunha: Desde a gestão de meu antecessor e amigo, Henrique Grego, a diretoria da ABOTEC vem buscando uma maior interação com os órgãos internacionais, participando de congressos, feiras, jornadas e afins, organizados por diversos desses órgãos, mantendo sempre um bom contato e relacionamento. Prova desse bom relacionamento é o crescente aumento de convites, consultas e contatos que recebemos vindos de diversos países e também os crescentes interesses nos nossos Congressos. RA: Como avalia e classifica o relacionamento da ABOTEC com os órgãos governamentais – INSS / Congresso Nacional / SUS / Secretarias das Pessoas com Deficiência Física, entre outros? Joaquim Cunha: Como a ABOTEC é uma entidade predominantemente patronal e, infelizmente, devido a atitudes de muitos de nós pelo Brasil afora, o governo e seus representantes, tem a tendência natural de nos vislumbrar como uma associação que só está em busca do lucro desmedido de seus associados, o que, sabemos, não é verdade. Assim como acontece em outros países, principalmente nos desenvolvi- RA: O que podemos esperar do II Congresso Latino Americano de Ortopedia Técnica? Joaquim Cunha: Podemos esperar o maior Congresso já realizado na América Latina. Com a já tradicional qualidade científica que vem consagrando os Congressos da ABOTEC e com uma participação de profissionais ligados à reabilitação com órteses e próteses, jamais vista. RA: Qual ou quais são os seus principais pedidos para os Associados da ABOTEC? Joaquim Cunha: União e participação, somente nos unindo e realmente trabalhando todos juntos em direção do mesmo objetivo de regulamentar e voltar o mercado em função da busca da qualidade com remuneração adequada, é que poderemos trabalhar de forma mais realizadora e engrandecedora. 10 Correção do pé Prezados leitores e amigos, é com grande prazer que escrevo pela primeira vez para vocês da Revista ABOTEC. O objetivo nesta coluna é trazer de forma descontraída e descomplicada, assuntos do nosso cotidiano na área da ortopedia técnica. Enfim, para aqueles que não me conhecem, sou o Dr. André Cristiano. Então, meus amigos se acomodem e boa leitura. H oje vamos falar sobre a correção do pé com metatarsos varos ou pé metatarso aduto como também pode ser chamado. Na maioria dos casos tem forma de C com o lado medial desenvolvido de forma côncava e o lateral de forma convexa e aparece já desde o momento do nascimento. Formando uma adução do ante-pé e dos ossos metatarsianos de lateral a medial, cujo vértice se localiza na articulação tarso-metatarsiana (articulação de Lisfranc). Na região do retro-pé, se pode constatar em oposição ao pé eqüinovaro, um valgo como do pé chato. A etiologia, (causa), ainda não é muito clara, aparece mais nos meninos do que nas meninas, na relação 2:1. São discutidos os componentes genéticos, a maioria dos autores apontam como causa principal, a falta de espaço intra-uterino, o que provoca uma torção tibial muito forçada que altera a rotação interna da perna e diminui assim, a rotação externa dos quadris. A posição em varo do retro-pé na maioria dos casos se atribui a uma alteração do desenvolvimento da configuração óssea do primeiro osso cuneiforme, a cabeça talar afunda-se até a parte medial e plantar. Esta alteração é causada em parte por desequilíbrio neuromuscular. Por causa disto, aparece com freqüência um encurtamento do músculo adutor do hálux. Em muitos casos à inserção do músculo tibial anterior está deslocada distalmente com o qual se reforça o efeito supinador. Uma variante da inserção do músculo tibial posterior no primeiro cuneiforme também abrange um reforço da adução. Como conseqüência, alteração da parte mais longa, dos músculos fibulares longo e curto aparecem de uma forma hiperestendidos e debilitados. Nas radiografias feitas em projeção antero-posterior e lateral, devemos observar a alteração em adução da articulação tarso metatarsiana, assim como, a posição do navicular. Poderíamos aplicar diversos tipos de tratamento, segundo o grau de má formação, logo após o nascimento. Se for uma deformação leve, somente serão necessárias manipulações manuais realizadas várias vezes durante o dia. Em alguns casos é útil um enfaixamento elástico para forçar a abdução do ante-pé. Se for uma deformação que manualmente não seja possível de endireitar em posição de abdução, será indicado o tratamento com gesso, ou com órteses. Correção: Aqui é importante que o retro-pé e o ante-pé sejam mantidos em uma posição contrária. O ante-pé deverá ser retificado para a abdução. No retro-pé, o osso navicular será corrigido da sua posição inclinada e do deslocamento medial-plantar para uma posição lateral e supinada. Por isto, na região medial o gesso ou a órtese, (órtese dinâmica para correção de metatarso varo) deverá chegar até a articulação metatarsofalângica do dedão do pé; a região lateral deveria estar aberta até a articulação tarso metatarsiana para permitir ao pé o suficiente espaço livre para a adução. Princípio biomecânico de correção 11 ANO I · NÚMERO 1 · 2011 com metatarsos varos Órtese nortuna com correção gradual Se existir uma posição alterada da rotação do joelho, associada à deformação do pé,deverá ser colocada uma férula de gesso até a coxa com uma flexão da articulação do joelho de 70° e com uma máxima rotação externa possível da perna. Freqüentemente a amplitude da rotação externa é somente de 20°, e em rotação interna de 50-70°. A órtese trabalha com o princípio de 3 pontos corretivos: os pontos do ante pé e no retropé (o calcanhar apóia numa posição neutra dentro da órtese), são de estabilização e o ponto de tração que é dinamicamente hiper-corretivo, trás para posição de renúncia ou de correção, através de uma alavanca ativada pelo velcro lateral. O ponto corretor (fulcrun) deve estar situado na região do osso cuboíde. Duas bases macias devem estar situadas aproximadamente no raio do primeiro metatarso e uma lateralmente colocada ao lado do cubóide, onde, apóia e deve suportar a força de correção. Outra almofada pode ser posicionada no calcanhar, para garantir uma adequada correção no ante-pé. Podemos concluir que o tratamento ortesico tem sua vantagem, comparado ao gesso, por exemplo, o velcro que ajusta a Palmil em Palmilha polipropileno polipr corret corretiva força de correção pode ser modificado a qualquer momento, algo que não é possível no tratamento gessado, pode ser retirado do paciente no momento do banho, evita atrofias, e por final tem um resultado muito favorável do ponto de vista clínico evitando assim, muitos casos das cirurgias corretivas. Espero estar de volta em breve. Despeço-me por aqui com o pensamento de Albert Einsten “A mente que se abre a uma nova idéia jamais volta aos seu tamanho original”. Órtese maleolar nortuna com correção gradual ou órtese dinâmica para correção de metatarso varo Órtese maleolar nortuna com correção gradual ou órtese dinâmica para correção de metatarso varo 12 Tecnologia Aliada aos Ortesistas e Protesistas Ortopédicos Por Henrique Grego (ortesista protesista) O s pés são as primeiras estruturas que entram em contato com o solo e agem no controle da postura, no equilíbrio, no apoio, na impulsão, na absorção de impacto e na distribuição do peso corpóreo, por isso, devemos levar em consideração a maneira que pisamos. Hoje em dia, os profissionais ortesistas e protesistas ortopédicos precisam estar atentos aos avanços tecnológicos que facilitam o trabalho, aumentando a eficiência dos produtos por nós mesmos fabricados, e uma das ferramentas é o baropodometro digital . O Baropodometro é um equipamento modular desenvolvido para o estudo das pressões plantares estáticas e dinâmicas, consiste de uma placa barosensível com sensores, em uma plataforma conectada a um computador que recria imagens do apoio plantar com suas características, onde podemos identificar qualquer desvio biomecânico significativo, através de imagens coloridas e dados estatísticos precisos. Eu utilizo este equipamento na identificação de desvios na linha de carga e pressão anormal em regiões especificas dos pés, com esta informação fabrico as palmilhas biomecânicas, fazendo as alterações na plataforma da mesma, com muita precisão. Algumas destas alterações são, por exemplo: elevações anti supinação e pronação, alivio de pressões através de elementos colocados na base desta palmilha. O baropodometro me deixa muito seguro de aonde e quando posso aplicar estes elementos, também os ângulos aos quais devo utilizar-los. Quais vantagens no uso de barapodometro v6HJXUDQ£DQRGLDJQRVWLFRLQIRUPD£ßHVSUHFLVDVVREUHIRUças e pressões plantares, linha de carga etc. v6HJXUDQ£DQDIDEULFD£ÑRGHSDOPLOKDVPDLVHILFD]HV Este equipamento pode ser utilizado em varias situações: Preventivamente Em atletas: com esta avaliação podemos identificar desvios que possam levar a algum tipo de lesão articular ou plantar. Para diabéticos: identificamos as pressões anormais em regiões especificas do apoio plantar, assim, podemos fabricar palmilhas que atuam na prevenção de lesões plantares, como mal perfurante plantar e calosidades. Obs: Também em varias patologias ortopédicas plantares e articulares. É muito importante estar atualizando o software do equipamento para que assim, estejamos sempre na vanguarda tecnológica. Já estou á vários anos e com centenas de casos atendidos através desta tecnologia, com grande sucesso e reduzindo a margem de erro na fabricação de orteses plantares biomecânicas (palmilhas ortopédicas), chegando a um percentual próximo a zero. Por isso que índico o uso do barapodometro. 13 ANO I · NÚMERO 1 · 2011 Natal cidade do sol A cidade de Natal tem uma historia muito interessante e curiosa, tudo começou com as capitanias hereditárias, quando o rei de Portugal , D. João III, por volta de 1530, resolveu dividir o Brasil em lotes. As terras que hoje correspondem ao Rio Grande do Norte couberam a João de Barros e Aires da Cunha. A partir daí, a primeira expedição Portuguesa aconteceu com o objetivo de colonização. Anterior a esse episódio, os Franceses já haviam tentado colonizar o lugar expulsando os portugueses com a parceria dos índios potiguares. P assados 62 anos, por volta de 1597, houve outra expedição dos portugueses, chefiada e comandada por Mascarenhas Homem e Jerônimo de Albuquerque que apontando em terras nordestinas, expulsaram os Franceses e reconquistaram a capitania. Como estratégia de defesa contra os ataques dos índios e corsários franceses foi construído um forte chamado Fortaleza dos Reis Magos. Esse forte foi batizado com esse nome pelo fato de ter iniciado sua construção no dia dos Santos Reis. 14 L ogo após a construção do forte, iniciou-se o povoamento. Durante 21 anos, o forte passou a chamar-se Castelo de Keulen e Natal Nova Amsterdã. Por mais de 100 anos, Natal teve seu progresso adormecido, foi somente a partir de 1922, que o desenvolvimento de Natal ganhou ritmo acelerado com o aparecimento das atividades urbanas. A posição geográfica da cidade é privilegiada porque é o ponto das Américas mais próxima da Europa e sendo assim, na II Guerra Mundial, já no século XXI, serviu de base militar para os Americanos, ficando com ares de metrópole internacional e reconhecida mundialmente. Natal também foi palco de uma experiência singular no Brasil, a instalação de um comitê comunista, ou seja, comitê Revolucionário. Em 1943, a Capital potiguar promoveu um encontro histórico entre o Presidente Getulio Vargas e o Presidente Roosevelt que motiva conversas entre os habitantes até hoje. O povo potiguar tem peculiaridades muito especiais, inclusive o termo “FOR- RÓ” que deriva dos Americanos da segunda guerra mundial que para divertir o povoado, faziam bailes abertos chamados “FOR-ALL”, daí o dito Forró que perdura até os dias atuais. O turismo em Natal tem história recente, iniciando na década de 80, mas somente nos anos 90 que realmente se desenvolveu nacional e internacionalmente. Prova disso, em 2004 e 2005, foi o segundo destino mais procurado por turistas brasileiros e estrangeiros, chegando a receber 2 milhões de turistas ano. Hoje o aeroporto Internacional Augusto Severo recebe em média 14 vôos internacionais por semana. Quem está nas praias de Natal, olhando o mar, está mais perto da Europa, África, ou seja, está na esquina do continente, no ponto mais estratégico do mundo e é a única cidade nordestina banhada por rio e mar. A cidade de Natal além de ser privilegiada por praias magníficas como Pipa, Genipabu, Bahia Formosa, praia dos artistas, entre outras, que encantam e deixam o turista extasiado de tanta beleza. Natal tem lá suas peculiaridades foi a primeira capital brasileira a consumir coca-cola. Em Natal está localizado o maior cajueiro do mundo que só vendo para realmente acreditar. Mais ainda, quem vai a Capital do sol, não pode perder os passeios de buggy que é pura aventura pelas dunas e praias sem igual. Natal tem uma gastronomia de tirar o fôlego, maravilhosos pratos de fruto do mar, como camarão, lagosta, carne de sol entre outras delicias que dão “água na boca”. Em Natal não faltam atrações turísticas, hospitalidade, alegria. É um lugar que a felicidade acorda bem cedinho, junto com o sol. Por todas as razões expostas e muito mais, a ABOTEC escolheu Natal para realizar o II Congresso Latino Americano e VIII Congresso Brasileiro de Ortopedia Técnica que será realizado de 27 de setembro a 1º de outubro de 2011, no hotel Pirâmide, localizado na Via Costeira, no parque das Dunas. Estabelecimento esse, que vai nos oferecer uma área de exposição de 270 m2, auditório para 700 pessoas. O hotel Pirâmide tem uma área de II Congresso Latino Americano de Ortopedia Técnica lazer para todos os gostos com 10.000m2, incluindo parque aquático com piscinas adulto e infantil, com cascatas, sauna, sala de ginástica, salão de jogos, playgrond e equipe de recepção para oferecer o maior conforto. Na gastronomia, podemos contar com 02 restaurantes com cozinha internacional e regional, além do Welcome Bar, American Bar e Bar Molhados (dentro da piscina). Tudo isso para oferecer conhecimento em meio a um inesquecível paraíso. Se retrocedermos um pouquinho no tempo, mais precisamente em 2009, na cidade de Porto de Galinhas, Pernambuco, lembraremos do I Congresso Latino Americano de Ortopedia Técnica, onde a ABOTEC reuniu nesta bela cidade, mais de 500 pessoas de 16 países Europeus, Asiáticos e principalmente os Latinos Americanos. Este foi um encontro inesquecível, oportunidade impar que tiveram os ortesistas/protesistas de vários países onde, aproveitaram a troca de experiências, buscaram novos conhecimentos, novas tecnologias, fizeram novas amizades, aproveitaram para relaxar em um ambiente muito festivo e acolhedor. A Associação Brasileira de Ortopedia Técnica – ABOTEC, após o sucesso do I Congresso Latino Americano, e, após inúmeros pedidos vindo do Brasil e outros Países de uma nova edição nos moldes daquele que foi o melhor e o maior evento de ortopedia técnica na América latina, resolveu trabalhar na realização do II Congresso Latino Americano de Ortopedia Técnica e não podendo ser diferente, a cidade escolhida foi a belíssima e acolhedora Natal no Rio Grande do Norte. O nosso Objetivo com esse evento é, solidificar a busca pelo aprimoramento do conhecimento, agregando novas tecnologias, fortalecendo cada vez mais a união dos ortesistas protesistas na busca constante de um aperfeiçoamento profissional de todos. O II Congresso Latino Americano de Ortopedia Técnica, trás muitas novidades na área técnica e cientifica, porém, não esquecemos a parte social e recreativa, pois, haverá um coquetel de recepção e boas vindas, assim como, três noites festivas com atrações regionais e populares, onde, todos poderão descontrair, trocar idéias e experiências, fazer novas amigos, sobretudo, fortalecer a união e o entrosamento com todos os profissionais envolvidos com a reabilitação no Brasil e demais países participantes. Nós esperamos a todos cheios de gás nesse grande evento para somar, dividir e multiplicar conhecimentos e experiências dos dias 27 de setembro á 01 de outubro de 2011. 15 ANO I · NÚMERO 1 · 2011 Como é de costume, segue abaixo a relação dos cursos Pré-congresso com validação para Atestado de Capacitação Técnica (ACT), todos os cursos com carga horária de 16hs, que serão realizados nos dia 27 e 28 de setembro do corrente ano. Curso I – Confecção de liner de silicone sob medida para cotos especiais, responsabilidade da Ortopedia Biotécnica, ministrante, palestrante André Cristiano da Silva. Curso II – Prescrição, Indicação, Manutenção e Marketing na Venda de Cadeiras de Rodas, responsabilidade da Empresa Alphamix, palestrante Sérgio Nadler. Curso III – Novas Abordagens em Soluções Ortóticas – O dia-a-dia da Ortopedia Técnica em Busca da Satisfação, responsabilidade da Ortocom Ortopedia, palestrantes Marco Prestes/ Rafael Prestes. Curso IV – Alta Tecnologia Aplicada na Confecção de Próteses e Órteses, responsabilidade de Blumenthal Distribuidora, palestrante Jairo Blumenthal/ Carlos Hoegeman. Curso V – Novas Tecnologias em Prótese de Membro Superior e Inferior, responsabilidade de Otto Bock do Brasil, palestrantes Wilson Zampini/Emerson Bovo/Ricky Benzing/Thomas Pfleghar. Curso VI - 1º Dia: Noções Básicas nas Amputações Transtibiais e Transfemorais com Líner de Uretano e Silicone no Sistema de Válvula de Expulsão. 2º Dia: Agregando valor na confecção de órteses plantares usando a Baropodometria. Palestrantes Peter Kuhn e Henrique Grego As inscrições para o Congresso e cursos poderão ser feitas através do site: www.abotec.org.br/congresso e as reservas para hospedagem, no site: www.piramidenatal.com.br, diretamente com o hotel. 16 Programação Científica do 2º Congresso Latino Americano de Ortopedia Técnica Quinta-Feira - 29/09/2011 Hora Início 08:30 09:10 09:30 09:50 10:20 10:40 11:00 11:30 11:50 12:10 13:20 13:40 14:10 14:30 15:00 15:30 15:50 16:10 Término 09:10 09:30 09:50 10:20 10:40 11:00 11:30 11:50 12:10 13:20 13:40 14:10 14:30 15:00 15:30 15:50 16:10 16:30 Palestrante José Joaquim Cunha Waldo Esparza Ivan Monteiro Coffee Break Mary Kate Ennis Regina Rosseto - TO André Cristiano da Silva Jairo Blumenthal Sr. Bruce Rattray Almoço Fabiola Dutra Eduardo de Mello Carvalho Rocha Ivan Grabero - Flexor Espanha José André Carvalho Coffee Break Sara Araujo (Estudo de Caso) John Ross - Orthogen Luciano Nascimento Término 09:00 09:40 10:10 10:40 11:00 11:20 12:00 13:00 13:30 14:00 14:30 15:00 15:30 16:10 16:30 Palestrante Mario César Carvalho Andreas Sansom John Parks Coffee Break Henrique Grego Antônio Natrielli Neto ABOTEC Almoço Heinz Trebbin Arturo Forner Peter Kuhn Coffee Break Erik Pahl David Littig Carlos Hoegeman Término 09:00 09:40 10:10 10:40 11:10 11:50 12:20 13:00 Modelos de Cadeira de Rodas e suas Especificações Reabilitação do Amputado de Membro Inferior: Uma Visão do Médico Fisiatra Confecção de Palmilhas Intervenção Fisioterapeutica na Reabilitação de Amputados de Membros Inferiores Adaptação de Carrinhos de Bebê para Pacientes Neurológicos O Papel da Equipe Multidisciplinar na Reabilitação do Amputado Estratégica para aumentar suas vendas com propaganda médica Assunto da Palestra Tecnologia de Implante Neurais as Órteses e Próteses A Participação de Novas Soluções em Materiais na Ortopedia Técnica Avançada O uso de Joelheiras no Tratamento de Lesões Ligamentos e Osteoartrite Avanços Tecnológicos na Fabricação de Órteses Plantares RDC 192/2002 e RDC 185/2000: Principais Aspectos, Diferenças e suas Aplicações Assembléia Geral Indicações e Técnicas de fabricação em Órteses em Fibra de Carbono Órteses Exoesqueléticas Órtese de Reciprocação P/ Lesão Medular Modernas Soluções Ortesicas de Acordo com cada Patologia e Recursos Disponíveis Técnica Avançada de Molde Transfemoral - Ferramenta de Molde para encaixe MAS Mãos Biônicas para Amputações Parciais de Mãos e Membro Superiores Sábado - 01/10/2011 Hora Início 08:30 09:00 09:40 10:10 10:40 11:10 11:50 12:20 Órteses Walkaide: Inovadora Estimulação Elétrica Funcional A Importância da Tecnologia Assistiva para a Reabilitação Aplicação de Provas Tecnológicas “ Pré-Preg” na Ortopedia Técnica Inovações em Tecnologias Biônicas para Próteses de Membro Inferior Bebionic V2 Stepper, Tecnologia na Sua Mão Sexta-Feira 30/09/2011 Hora Início 08:30 09:00 09:40 10:10 10:40 11:00 11:20 12:00 13:00 13:30 14:00 14:30 15:00 15:30 16:10 Assunto da Palestra Abertura do 1º Congresso Latino Americano de Ortopedia Técnica Experiência com I.T.A.L ISPO Internacional - ISPO Brasil Palestrante Jean Carlo Moro Cordeiro Thomaz Pfleghar Carla Moreira Coffee Breack Martin Wehrle Waldo Esparza Marcelo Gonzalez Joaquim Cunha Assunto da Palestra Alta Teconologia no Encaixe de Próteses de Membro Inferior ao Alcance de Todos Evoluções Tecnológicas para os Sistemas de Mecatrônica para Membro Inferior Superfície de Suporte - Prevenção e Tratamento das Úlceras por Pressão Apresentação dos Conceitos do Axon Bus System Alternativa Protética para casos de Amputações Parciais de Mão Solução funcionais e estéticas para membros inferiores e superiores em silicone. Encerramento, Agradecimentos e Sorteios de Prêmios 17 ANO I · NÚMERO 1 · 2011 Técnicas em Ortopedia Técnica É com grande prazer que inicio esta primeira edição da revista da Abotec com o tema sobre “Técnicas em Ortopedia Técnica”, que, juntamente, com as ações político-organizacionais de uma associação, promove o verdadeiro papel institucional de amparo à nossa categoria profissional. O início da ortopedia técnica mundial foi registrado quando diferentes achados arqueológicos revelaram a construção de próteses e órteses na antiguidade. Na Grécia antiga, a medicina aplicou aparelhos ortopédicos fabricados em madeira, couro e gesso. Vários acontecimentos históricos contribuíram para avanços em componentes ortopédicos, como, por exemplo: as grandes guerras e os surtos de poliomielite pelo mundo. No Brasil, a Ortopedia Técnica deu seus primeiros passos no inicio do século XX com a imigração de profissionais com formação em países da Europa e Estados Unidos. A AACD (Associação da Assistência à Criança Deficiente) teve um papel fundamental para difusão da ortopedia técnica, através de cursos de formação em parceria com o WRF (World Rehabilitation Fund). Os cursos ministrados pelo Sr. Juan Monrós e instrutores no período compreendido entre1962 e 2001, formaram 25 turmas com quase 800 alunos de 75 países diferentes. Nos últimos 40 anos esses profissionais espalharam-se pelo país e pelo mundo, muitos se encontram em atuação e com empresas ativas. Visto a atual escassez de cursos profissionalizantes, a Abotec é a grande responsável pela difusão do conhecimento em nossa área. Apresento-lhes neste momento um breve histórico comparativo com a Fisioterapia, que chegou ao Brasil em 1929 e em 195l, teve seu primeiro curso técnico. Foi regulamentado com o decreto-lei nº 938 de 13 de outubro de 1969. Hoje o Brasil possui mais de 500 cursos de fisioterapia com milhares de profissionais e associações, enquanto a ortopedia técnica continua a lutar pela sua regulamentação. Com poucos profissionais, carregamos a responsabilidade da evolução profissional de nossa entidade de classe. Hoje, nossa profissão conta com a ISPO/Brasil (International Society for Prosthetics and Orthotics) e com a ABOTEC (Associação Brasileira de Ortopedia Técnica) fundada em 1988 que, atualmente, unifica 306 associados com objetivos em comum: o desenvolvimento técnico-científico e uma busca incansável pela regulamentação profissional dos ortesistas e protesistas. Sob o aspecto científico, temos que assumir um déficit em produção de pesquisas e acabamos perdendo esse referencial literário para outras profissões como: a biomedicina, fisioterapia, terapia ocupacional, ortopedia, angiologia, engenharias dentre outras. Muitos casos clínicos, aparelhos ortopédicos e próteses mecânicas foram capazes de fazer seu papel funcional graças às habilidades e conhecimentos de nossos colegas de profissão, embora nada tenha sido pesquisado, divulgado, nem muito menos compartilhado. Não sei se por falta de oportunidade ou metodologia, ou em alguns casos menos compreensíveis “para não ensinar o pulo do gato” como se diz, e infelizmente acabamos perdendo o aprendizado, o mérito científico e o respeito profissional. Portanto acredito que está mais do que na hora de mudarmos esse paradigma, já que o Brasil é um país repleto de jovens profissionais capacitados e técnicos com experiências adquiridas com anos de prática profissional. Em sua primeira edição, a Abotec abre espaço para publicações futuras executadas por protesistas e ortesistas. Espero que esse espaço sirva de difusão de informações entre todos os profissionais do Brasil com a contribuição de casos clínicos e técnicas em ortopedia técnica que possam otimizar nossos conhecimentos. Além de facilitador na promoção da ortopedia técnica, objetivamos que esta revista seja uma ferramenta utilizada por nós, protesistas e ortesistas, para execução do nosso verdadeiro papel: o aperfeiçoamento da assistência os nossos pacientes. Colaboração: Walter Teixeira Roberto Araújo Enéas Protesista Ortesista (Universidad Don Bosco - UDB) formações complementares na área de prótese e órtese. Fisioterapeuta (Universidade de Fortaleza – UNIFOR) diversas formações em osteopatia, terapia manual e RPG. Pòs-graduado em Terapia Manual e Postural (Centro de Estudos de Maringá – CESUMAR). Diretor Técnico – Ortomol – produtos ortopédicos ltda - Fortaleza. 18 Pro Digits: Solução funcional para amputações parciais de mão Jairo Blumenthal - Protesista Diplomado/USA, Estatisticamente, existem mais casos de amputações parciais de mão do que todos os outros níveis de amputações de membros superiores somados (OMS, 2009). Justamente pela até então inexistência de solução protética funcional satisfatória e pela dificuldade de sua execução, os muitos pacientes portadores deste nível de amputação eram relegados a um segundo plano, sendo oferecido a eles apenas soluções rudimentares de apoio ou simples coberturas cosméticas. Conforme as ilustrações abaixo dos diferentes tipos de amputações par- ciais da mão, a causa mais freqüente são acidentes traumáticos, geralmente em ambiente de trabalho, com máquinas de prensa, corte ou moedores. Como se pode notar, a combinação dos diferentes tipos de amputação a este nível exige uma solução individualizada ou modular, que nos permita montar este kit de dedos biônicos e motorizados de forma personalizada, de acordo com cada caso. Distribuidor Exclusivo da Touch Bionics no Brasil Com a chegada da mão biônica I-Limb Pulse e o seu sistema de 5 dedos motorizados individualmente, a empresa escocesa Touch Bionics inovou e passou a oferecer uma solução para estes casos, usando a mesma tecnologia utilizada nas suas mãos, chamado de Pro Digits, que se converteu na primeira solução comercialmente disponível no mundo com estas características funcionais para este nível de amputação. 19 ANO I · NÚMERO 1 · 2011 As principais características das soluções Pro Digits para amputações parciais da mão (que podem ser unilaterais ou bilaterais – nestes casos sendo ainda mais fundamentais) são: A) Dedos motorizados individualmente, com movimento das falanges, podendo ser montados de 1 a 5 dedos, incluindo o polegar, se necessário. B) 3 opções de controle e comando de informações individualizados dos dedos: v SRU VHQVRUHV PLRHOÒWULFRV FRQYHQFLRQDLV HOHWURdos), vVHQVRUHVGHIRU£DUHVLVWRUHV)65 vPLFURFKDYH C) Dedos de diferentes tamanhos, permitindo uma solução fisiológica e esteticamente aceitável, respeitando o tamanho e a proporção dos dedos da mão saudável. D) Software de programação e personalização da função da mão ( Biosim), dedo por dedo, conforme a necessidade e características da amputação e do membro residual de cada paciente. E) Permite ao paciente com amputação parcial ou total da mão a voltar a fazer funções como: vSLQ£DILQDFRPRXGHGRV vSRVL£ÑRGHDSHQDVRGHGRÖQGLFHHPH[WHQVÑRIRWR abaixo) para poder teclar vIHFKDPHQWRWRWDORXSDUFLDOGHWRGRVRVGHGRVFRP velocidade proporcional, até que encontrem a resistência do objeto a ser manipulado, igual como faz a mão humana, e não apenas em posição de pinça para todos os fechamentos. F) Sistema Pulse programável, que permite aos dedos um fechamento com pulsação, caso o objeto manipulado comece a deslizar ou aumente de peso (copo vazio X copo cheio). G) Manutenção individual de cada dedo, se necessário, permitindo a substituição imediata e no local do dedo afetado, permitindo assim ao paciente não ter que ficar sem a sua prótese Pro Digits durante o serviço a ser executado. Mesmo sendo uma solução de alta tecnologia e conseqüentemente com um custo que não permite o seu uso massivo, como se caso fosse oferecido pelo SUS, os pacientes com amputações traumáticas em ambiente de trabalho poderão partir de agora questionar junto as empresas onde os seus acidentes aconteceram para poderem solicitar, pela primeira vez, uma protetização realmente funcional para os seus casos. Como se pode concluir desta breve apresentação, esta nova opção para os paciente com amputações parciais de mão irá trazer, com certeza, um importante aumento na sua qualidade de vida e nas opções das funções para estes usuários, especialmente se comparadas as limitadas opções disponíveis no mercado até então. 20 Universidade Dom Bosco/ ABOTEC A ABOTEC e você Assim como todo órgão de classe existente no mundo, a ABOTEC cria através desta revista a área temática “A ABOTEC E Você”. Será um canal de dúvidas para com os associados, profissionais e pessoas interessadas na área de órteses e próteses ortopédicas. 1- Como faço para Associar minha Empresa à ABOTEC? No site www.abotec.org.br há uma área associe-se, onde se pode estar retirando o formulário de sócio efetivo, preenchendo e nos enviando com os documentos solicitados na terceira página. Em uma semana, receberás uma proposta de filiação, informando a categoria em que sua empresa foi enquadrada, o valor da matrícula e das futuras mensalidades, estando de acordo e efetivando a matrícula, a sua empresa e você se tornam associados à ABOTEC. 2- Como tirar o meu Atestado de Capacidade Técnica- ACT? Há uma diferença entre renovar e requisitar o primeiro Atestado de Capacidade Técnica. Desde Novembro de 2009, todo profissional que desejar adquirir o 1º Atestado de Capacidade Técnica, deverá além de enviar a comprovação de experiência na área de órtese e prótese, o vínculo empregatício, realizar uma prova teórica e prática sobre a confecção de próteses e órteses ortopédicas. Para saber a relação de documentos necessários para adquirir o 1º Atestado de Capacidade Técnica, basta entrar no site da ABOTEC www.abotec.org.br, na seção ACT. Caso desejar apenas renovar o ACT, deverás solicitar uma análise em sua documentação à ABOTEC, após o recebimento desta análise, será necessário apenas o envio via correio da documentação solicitada que em até 30 dias o seu Atestado de Capacidade Técnica será entregue. 3- O que preciso fazer para me inscrever nos cursos ministrados e ou certificados pela ABOTEC? É muito simples, a partir do começo da divulgação do curso que deseja realizar basta encaminhar e-mail para [email protected], com o nome do inscrito e da empresa em que o mesmo possui vínculo empregatício. Após o recebimento pela ABOTEC do pedido de inscrição, o informativo para a efetivação da inscrição e formas de pagamento será encaminhado em resposta ao e-mail do solicitante. Caso possua dúvidas e perguntas, escreva para [email protected] que terei um prazer enorme em ajudá-los e responde-las. [email protected] Órtese de flexão/extensão de braço Palmilhas, Barodopometria Palmil Rua Sinimbú, 643 - Caxias do Sul -Fone (54) 3222 6598 Desde 2003, a ABOTEC firmou um acordo de cooperação entre a Universidade Dom Bosco em El Salvador com intuito de promover uma educação básica à distância e via Internet, em Próteses e Órteses, para os profissionais brasileiros que não tiveram a oportunidade de freqüentar uma escola de formação para Protesistas e Ortesistas. Este curso terá o Diploma e reconhecimento formal da ISPO, órgão internacional de consulta da Organização Mundial da Saúde (OMS), com categoria II, para os que completarem com sucesso e passarem nos exames. O curso se destina aos profissionais que já atuam comprovadamente, como Protesista e Ortesista há mais de (07) sete anos. Essa comprovação documental é reconhecida pela ABOTEC, (exigência feita pelos órgãos organizadores do curso). Com isso, fica claro o objetivo do programa em oferecer uma oportunidade de educação formal apenas para os profissionais práticos, já atuantes nas condições acima descritas. Os exames práticos e teóricos serão impreterivelmente presenciais, com a confecção de órteses e próteses completas e na presença de banca de examinadores internacionais. O curso é oferecido em 5 módulos diferentes de 6 meses e em seqüencia. Todo material está em português. Isto inclui vídeos, livros, materiais de apoio e consulta pela Internet. O custo de cada módulo é de 850 dólares, sendo 550 dólares para a Universidade Dom Bosco, em EL Salvador, e 300 dólares para a ABOTEC, para a tradução de todos os materiais, promover e organizar os exames teóricos/ práticos ao final de cada módulo no Brasil, sem que o aluno tenha que se deslocar ao exterior a cada teste, é possível que o exame final tenha que ser feito no exterior, esta decisão será tomada em função do número de estudantes brasileiros que estarão aptos ao exame final de graduação e finalização do curso. A próxima turma está prevista para início em Agosto de 2011. Qualquer necessidade de maiores esclarecimentos faça contato com a ABOTEC pelo telefone (11)2950-6575 ou pelo e-mail [email protected]. Recomendamos o site oficial www.ortotec.com ou www.ortoedu.com e vejam o programa do curso. Não percam essa oportunidade única de garantir o seu futuro. Luana Bernardes Secretária da ABOTEC e Coordenadora da Revista da ABOTEC + de 60 ANOS DE TRADIÇÃO!!! (11) 3256-3613 / 3256-4182 Ortesistas e Protesistas Ortopédicos com Formação na Suíça Especialistas na Confecção de Órteses e Próteses Ortopédicas de Alta Tecnologia Rua da Consolação, 1247 - Cep.: 01301-100- São Paulo/SP www.ortopediaamericana.com.br 21 ANO I · NÚMERO 1 · 2011 Órtese de Flexão e Extensão de Cotovelo Na confecção dessa Órtese, não foi inventado nada e muito menos plagiado.Ela foi idealizada em uma conversa em um final de expediente, quando na cidade de Passo Fundo, no Instituto de Ortopedia e Traumatologia, os médicos revisavam seus casos cirúrgicos com os residentes. Como felizmente até hoje participamos das reuniões, Dr. Osvandré Lech, médico de membros superiores, discutiu conosco um caso cirúrgico de um paciente com cotovelo destruído e reconstruído cirurgicamente (acidente de moto). Comentava ele, que a cirurgia havia sido um sucesso e que a dificuldade do paciente pairava na recuperação dos movimentos do braço recuperado. Que certamente ele iria ficar com os movimentos de flexão e extensão comprometidos, pois, mesmo com a fisioterapia, iria demorar muito, porque o paciente ganharia amplitude na fisioterapia e perderia esse ganho a noite com o repouso. Começamos a pensar na resolução do problema. Veio então a idéia de fazer uma órtese que pudesse manter o braço do paciente em posição que ele mantivesse o ganho da flexão e extensão na fisioterapia. Muita conversa se “gastou” com esse paciente, até que surgiu a idéia de colocar o mecanismo de um banco de carro que faz o encosto reclinar para montar uma órtese, com isso, teríamos nessa órtese um sistema biomecânico, o paciente poderia manter o ganho na outra sessão fisioterápica. Colocamos o projeto em andamento, fizemos um protótipo e funcionou. O maior problema foi o custo, peças muito caras. A solução encontrada então foi usar desmanche. Outro problema, o peso da órtese, peças todas de ferro e enorme. Outra solução nos surgiu, deixar apenas o miolo e recortar o que não foi utilizado. Mesmo com todo esse “estudo”, surge outra dificuldade, o custo desse trabalho que ficava muito pesado. Ainda não desistimos, outra solução que encontramos, foi mandar fazer uma peça pequena e leve, ai vem o problema do fabricante, esse tipo de peça, só se usa 04 por ano, portanto, sem produção. Ainda não entregamos os pontos, a solução definitiva veio, quando convencemos um de nossos fornecedores e parceiros a fabricar essa peça, e, foi exatamente nesse momento que concluímos essa órtese de flexão e extensão de cotovelo que possibilitou e possibilita a recuperação de pacientes mais rapidamente. Essa mesma articulação também pode ser usada em casos de retração de joelho. A empresa que fabricou essa articulação para nós foi a POLIOR. Sergio Luiz Ribeiro Ortesista – Protesista da Ortocom Ortopedia 22 EXPO ORTOPÉDICA – JORNADAS DE ATUALIZAÇÃO ISPO CONO SUR-ARGENTINA 2011 A Associação Brasileira de Ortopedia Técnica (ABOTEC) representou o Brasil no grande evento de tecnologia de reabilitação e Ortopedia, na Expo Ortopédica - Argentina 2011 e Jornadas de Atualização ISPO Cone Sul. A entidade foi à única do País a ser convidada para ministrar duas palestras durante o evento, que aconteceu de 28 a 30 de junho, em Buenos Aires, na Argentina. A realização desse evento foi de responsabilidade da Sociedade Internacional de Órteses e Próteses e da Sociedade Argentina de Medicina Física e Reabilitação. O tema principal desta 1ª edição da Expo Ortopédica - Argentina 2011, foi à Importância da Integração Interdisciplinar na Reabilitação. Para o presidente da ABOTEC, Joaquim da Cunha, o evento foi mais uma oportunidade de os profissionais da área, buscar soluções para garantir qualidade na reabilitação das pessoas e melhorar as condições de vida dos usuários de órteses e próteses. A Abotec se sente orgulhosa em poder romper as barreiras do conhecimento e contribuir para o engrandecimento do evento, apresentando um pouco da tecnologia utilizada em nosso País em Orteses e Próteses, assim como, oportunidade ímpar de divulgar o II Congresso Latino Americano e do VIII Congresso Brasileiro de Ortopedia Técnica, que será igual ou maior do que o anterior, realizado em Porto de Galinhas. A Expo Ortopédica - Argentina 2011 e Jornadas de Atualização ISPO Cone Sul, além de discutir os avanços científicos em termos de órteses e próteses, mostraram com muita propriedade, as novidades globais de ortopedia técnica, com a feira de produtos. Preocupados com o desenvolvimento técnico-científico da Ortopedia Técnica do Brasil, o presidente da ABOTEC, Joaquim da Cunha, e o primeiro secretário da entidade, Henrique Grego Maia contribuíram com as palestras “Técnica de protetisação de cotos com má formação congênita com sistema de válvula de expulsão” e “Baropodometria – Avaliações e Indicação Ortésicas”. É de fundamental importância o intercâmbio tecnológico entre os O.P que através da troca de conhecimento e experiências, eleva o nível dos serviços prestados no Brasil e demais Nações envolvidas na reabilitação. 24 A desnecessidade de Autorização de Funcionamento de Empresa (AFE) emitido pela ANVISA às Oficinas de Ortopedia Técnica É com imensa satisfação, que apresentamos aos leitores da Revista da ABOTEC, o primeiro artigo desta coluna, cujo objetivo é o de prestar esclarecimentos a respeito dos assuntos jurídicos de maior relevância aqueles que militam na nobre área da Ortopedia Técnica Brasileira. Uma das maiores incidências de impugnações aos editais destinados a prestação de serviço de órtese e prótese sob medida, diz respeito à indevida exigência da AFE (Autorização de Funcionamento de Empresa) emitido pela ANVISA. O regular exercício da atividade de ortopedia técnica não necessita da AFE, cuja previsão está na Lei Federal nº 6.360/76 e Decreto Federal nº 79.094/77, normas que prevêem que somente empresas que fabriquem produtos em escala industrial necessitam de tal autorização. Para as oficinas ortopédicas de confecção de órtese e prótese sob medida, basta o atendimento aos requisitos estabelecidos pela Resolução de Diretoria Colegiada nº 192/2002 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (RDC 192/2002). Isto porque, como se sabe, ainda não foi editada lei em sentido formal regulamentando a profissão de ortopedia técnica, existindo, por ora, somente projeto de lei que tramita no Congresso Nacional sob o nº 5635/05. Diante dessa lacuna, a ANVISA por meio da RDC 192/02, regulamentou o exercício das empresas que desenvolvem atividades de ortopedia técnica, estabelecendo ali, os requisitos para reconhecimento da capacidade do responsável técnico envolvido. Por meio da citada Resolução, a ANVISA aprovou o Regulamento Técnico da profissão e, no seu Artigo 1º, inciso I, definiu que empresas de ortopedia técnica são “estabelecimentos que em suas instalações promovem a retirada de medidas e/ou moldes gessados e executam a confecção, sob medida, das órteses e próteses, podendo ainda, executar a confecção de palmilhas e calçados ortopédicos em oficina própria, efetuando as provas, as adaptações, devendo a entrega se efetuar no Centro de Reabilitação/Clínica, na presença do Médico que a prescreveu, ou substituto igualmente habilitado. Estes estabelecimentos poderão também, comercializar produtos ortopédicos pré-fabricados, aparelhagem de auxílio e artigos relacionados ao seu ramo de negócio.” E para que estejam aptas a funcionarem, dependem do atendimento de requisitos ali estabelecidos, dentre os quais destacamos: A licença de funcionamento somente será concedida após a ”aprovação do responsável técnico” e aprovação do projeto físico-funcional das instalações pelas autoridades sanitárias locais competentes. Em momento algum a RDC 192/02 faz menção a AFE. Alem disso, art. 1º do Dec. 79.094/77, num rol taxativo, elenca as atividades que, para serem exercidas, dependem da AFE: extração, produção, fabricação, embalagem e re-embalagem, importação, exportação, armazenamento, expedição ou distribuição. Alem disso, essas atividades devem possuir caráter industrial (art.75 do citado Decreto). Nos termos da definição expressa da RDC 192/2002, empresas de ortopedia técnica são aquelas que executam a confecção de órteses e próteses sob medida. A atividade de confeccionar sob medida, não está expressa no rol de atividades do artigo 1º do Decreto 79.094/77. Assim, totalmente dispensável a exigência da AFE para as empresas de ortopedia técnica. Sem contar que, por se tratar de produtos confeccionados sob medida, fica afastado o caráter de produção industrial, exigido pelo artigo 75 do Decreto Federal 79.094/77. Para rechaçar qualquer dúvida a respeito da matéria, foi formulada consulta à ANVISA cuja resposta taxativa foi no sentido de que: “Em atenção ao questionamento, esclarecemos que as empresas que realizam exclusivamente as atividades de que trata a Resolução RDC 192/02, estão isentas da obrigatoriedade de possuir Autorização de Funcionamento de Empresa – AFE concedida pela ANVISA. Estas empresas deverão regularizar-se junto à autoridade sanitária local.” Assim, se as normas que regulamentam a ortopedia técnica não exigem a AFE para o regular exercício dessa atividade, nenhum órgão poderá fazê-lo sob pena de contrariar a legislação em vigor e orientação da própria ANVISA. Antonio Natrielli Neto - advogado e assessor jurídico da ABOTEC 25 ANO I · NÚMERO 1 · 2011 ÓRTESES MULETAS PRÓTESES PALMILHAS COLETES BENGALAS CADEIRA DE RODAS CALÇADOS SOB MEDIDA Rua Oscar Rodrigues Alves, 1213 Vl. Mendonça - CEP 16015-030 - Araçatuba / SP Tel. / Fax: (18) 3621-9801 Sandálias de Barouk www.ortocom.com.br PORTO RTO RT O AL ALEG ALEGRE/RS EGRE RE/R RE /R A tecnologia que revoluciona o movimento do Amputado!!! 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Ainda não temos os ingressos. Depois de andarmos uns 500 m João reclama de cansaço. Coloco-o na corcunda. Ele sorri e “dirige” cada vez que passamos debaixo dos baixos galhos das árvores vetustas das calçadas do Pacaembu, um charmoso bairro de São Paulo. Comento o assunto com João Vitor, o filho de 9 anos, alheio à conversa. “Tá zoando, vamos mesmo?”, bradou, usando a linguagem da sua idade e deixando aparecer sua vontade de ir ao entretenimento. “Xi, agora parece que tenho não um, mas dois convites”, penso. “O que fazer com as reuniões? e as aulas à noite? Vamos ver, vamos ver”, pondero. Próximo ao estádio, enquanto negocio com um cambista, Caio entende rápido meu curto sinal para verificar se ainda tem ingressos na bilheteria. Fico boquiaberto pela sua rapidez. Veja o que se seguiu: 6h40 - No meio de uma reunião, peço licença para atender uma ligação: “e então, vamos ou não vamos”, me cobra agora um exigente Caio Leonardo. “An! an! tá bom, pego vocês às 19h” - respondi irresponsavelmente. Irresponsavelmente porque ainda tinha muitos afazeres e não tinha sequer tempo para comprar os ingressos. Mas a partir daquela cobrança, resolvi: vou ao jogo com meus filhos. 17h20 - “It’s raining”, avisa o Americano que acompanho até a saída após a reunião. “Ai meu Deus, mais um complicador”, reflito. Eu já havia encurtado a reunião, e começava a surripiar o tempo das outras atividades. Também liguei no curso noturno e “justifiquei” minha falta. 18h50 - Pego os dois em casa. E então, ainda sem me dar conta, começo a melhor ocupação do dia. A conversa no carro é animada e repleta de êxtase. 19h15 - Estaciono a uns 800m do 19h30 - “Só em filme”, alguém poderia dizer desta cena: com minha mão esquerda seguro os ingressos que o cambista me passa e com a direita atendo ao celular: “Pai, ainda tem ingresso aqui na bilheteria”, me informa um ofegante Caio. É a senha para eu não comprar os ingressos do cambista. Pela cena cinematográfica (Just in time) economizo R$ 90.00. Reencontramos-nos, João me pede um refrigerante, Caio uma cerveja. Contento-me com um pouco de cada. Degustamos. 19h50 - Estamos sentados nas numeradas cobertas do Pacaembu. Ao nosso lado senta-se um pai e seu filho downista. João o cumprimenta e me ensina o cumprimento da moda: um rápido “tapa” e em seguida um “soco” na mão do cumprimentado. Aprendi. O pai de Victor Hugo parece gostar dos novos amigos. João quer mais guloseimas. Atendo. Conversamos os três sobre tudo o que podemos observar: público pagante e não pagante, placar eletrônico, os locutores falando bem ali próximos a gente, o desfile de bonecos temáticos no gramado etc. etc. À medida que os vendedores ambulantes passam, João solicita mais guloseimas. Atendo. Conversamos, conversamos e conversamos. 20h20 - Os times já estão em campo. O frenesi faz brilhar os olhos deles. A inquietude do João, por vezes, amainada por um gesto de perplexidade... “é lindo observar isso”, comento comigo mesmo. “É bom de mais viver tudo isso”!, exclamo em silêncio. 21h25 - termina o primeiro tempo o Corinthians perde por 2 X 0. Continuo a observar seus gestos: “tô chateado”, indica o Caio. “Não tô nem aí”, indica o João. “O jogo não é o protagonista desta história”, penso, “ele é figurante”, concluo. Gostoso mesmo é saber viver esse momento com eles. Saber viver esse momento é ter habilidade para descontrair e fazer daquele momento algo mágico e fascinante. Eu consegui. 22h35 - termina o jogo. 2 X 0 para o Náutico. Já estamos fora do estádio. Nossa conversa continua animada. Paramos numa lanchonete, João não quer mais nada. Pudera! ele consumiu “todas” as ofertas dos ambulantes no estádio. Caio e eu devoramos nossos sanduíches. E tome troca de idéias! Que delícia! Aprendi ainda mais das suas expressões verbais e corporais. Ensinei-os também, ao mostrar e comentar situações desejáveis e indesejáveis ao vivo. Resultado (tudo isso para dizer o seguinte): O Corinthians perdeu uma partida, e um campeonato de futebol. Eu ganhei uma partida, no jogo da vida: o melhor do relacionamento empírico de pai e filhos. Muito obrigado, Meu Deus, por me conceder esse privilégio: Saber viver. Luciano Nascimento 25 anos de conquistas com você Com mais de 25 anos de experiência no mercado nacional e latino-americano, a Polior dispõe de mais de 300 produtos entre componentes, equipamentos, ferramentas e materiais, oferecendo sempre as melhores soluções para as ortopedias técnicas e seus clientes. Entre em contato conosco! 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