EDITORIAL - Sociedade Brasileira de Eubiose

Transcrição

EDITORIAL - Sociedade Brasileira de Eubiose
Revista Online quadrimestral da Sociedade Brasileira de Eubiose - Ano I – Nº 2 – junho a setembro de 2012
EDITORIAL
A Sociedade Brasileira
de Eubiose – SBE
- é uma Instituição
Iniciática. Quer dizer
que sua filosofia e
sua prática conduz
os seus participantes
a um processo de
transformação interna,
de superação das
adversidades naturais,
culturais e cármicas, até
sua completa integração
com o Sagrado, com o
que denominamos de
Pramantha, o projeto
divino de evolução
humana.
“Peregrino”
Assim, o processo
de evolução é, também,
uma sequência de
identificações, que vão
sendo abandonadas
em favor de novas mais
maduras, completas
e sábias. Ocorre na
infância, quando é
rompido o primeiro
círculo parental, e,
assim, sucessivamente,
até o mais doloroso
dos rompimentos, que
antecede à iluminação,
quando o discípulo tem
que se separar de todas as
“mayas” que o ligavam ao
mundo do ilusório.
Esse caminho possui
Helena Jefferson de Souza
muitas voltas, atalhos,
Nesse momento
avanços e retrocessos,
glorioso da evolução,
demandando, na maioria das vezes, um grande número
as três perguntas célebres dos colégios iniciáticos da
de reencarnações. As experiências adquiridas passam,
antiguidade e mesmo da atualidade – Quem sou? De onde
então, a ser um fermentador da evolução, que possibilita
vim? Para onde vou? Já estão inteiramente respondidas.
ao discípulo enfrentar as novas situações, propostas a ele
E, também, já se consideram como dados e incorporados
a longo da vida.
à existência do “mais além de discípulo”, ou melhor,
“quase Adepto”, os grandes valores do humanismo
Mas a evolução não é sucessiva, linear ou mesmo
e das religiões, tais como a humildade, o perdão, a
cumulativa. O que é importante e imprescindível numa
misericórdia, a compaixão, a fraternidade, a paz, como
determinada fase, torna-se superado em outra. Evoluir é,
fruto da justiça, o amor aos adversários e inimigos, a
também, passar por uma longa trajetória de “mayas” –
convivência fraterna com a natureza, também, chamado
verdades aparentes, mas necessárias – para que se atinja
de ecocentrismo.
novos patamares.
Nesse estágio, a pergunta crucial: que quero? Ou
O ser humano, na fase inicial de sua existência de
melhor, que fazer?
lactente, nem se percebe como um ente separado da mãe.
Os seus corpos formam para ele uma única coisa, numa
A resposta é única: a opção singular de cada um em
simbiose perfeita. Mas o preço inicial, que paga para
incorporar-se ao trabalho consciente do Pramantha.
descobrir o mundo e a si mesmo, é o da separação.
SUMÁRIO
3
6
UM ESTUDO MISTERIOSO
SOBRE VAYÚ
OS CHACRAS E O SISTEMA
ENDÓCRINO
Henrique José de Souza
Marcelo Rodrigues Bacci
A alimentação deve estar em
harmonia com as diferentes estações
e constituições: Mentais e Físicas. O
alimento para uma época ou pessoa,
não é para outra pessoa e tempo.
“Eubiose é a ciência do bem-viver, da relação do
homem com a sua parcela espiritual e material.
Desta forma, auxilia , dentre outras coisas , a
compreensão humana a respeito da constituição de
seus corpos, desde o mais denso até o mais sutil.”
09
11
A LIDERANÇA NO TERCEIRO
MILÊNIO
Sílvio Piantino
A MULHER NO TERCEIRO
MILÊNIO
Iramar Rodrigues
um, que seja estratégia.”
As questões relacionadas ao feminino, à mulher,
de muito ultrapassam as noções de gênero, de sexo.
Todos os mitos de criação do mundo, de criação
da humanidade, apontam, de uma maneira mais
velada ou não, o sentido universal do feminino
como polaridade em todos os níveis em que se
expressa o sagrado.
16
20
”A liderança é uma poderosa combinação de
estratégia e caráter. Mas se tiver de passar sem
ESCRAVOS DO TEMPO E DO
ESPAÇO
TRABALHO DE ARAUTO
um depoimento
Eliseu Mocitaíba da Costa
Francisco Feitosa
Perde-se, nas noites dos tempos genesíacos,
a presença efetiva do ser humano, primeira
manifestação de consciência na face da Terra,
e das forças ocultas do universo, que atuam
impulsionando a evolução e interagindo com e pela
forma humana, como força ainda inconsciente,
dentro das limitações do espaço, sustentada pela
necessidade de conhecer e sobreviver.
Tivemos a oportunidade de citar, em matéria
publicada no Informativo Hermés Eletrônico,
que nosso primeiro contato com a Eubiose se deu
em 1995, quando fomos assistir a uma palestra
na Maçonaria, intitulada “A Influência da
Maçonaria na Independência do Brasil”. O que
me causou espécie, na época, foi que o palestrante
não era Maçom! Conversando com o mesmo,
descobrimos que pertencia às fileiras da Eubiose.
UM ESTUDO MISTERIOSO SOBRE VAYÚ
Por HENRIQUE JOSÉ DE SOUZA
(Fundador da atual Sociedade Brasileira de Eubiose)
Vayú sustém os constituintes
do corpo: sangue, músculos,
gordura etc. e corre através do
corpo.
A alimentação deve estar em
harmonia com as diferentes estações
e constituições: Mentais e Físicas. O
alimento para uma época ou pessoa,
não é para outra pessoa e tempo.
Um linfático necessita de carne;
o mesmo não acontece com um
sanguíneo. No verão, abusar da carne
é suicidar-se lentamente. No inverno
ela aumenta as calorias. O regime
frugal é o melhor, isto é, comer pouco,
mas coisa que de fato alimente o
organismo.
É de forma quíntupla.
É a causa determinante dos
Um linfático necessita de carne;
movimentos de diferentes classes.
o
mesmo não acontece com um
Afasta a mente do não desejável
sanguíneo. No verão, abusar da
e concentra-se sobre o desejável.
Para crianças, logo acabado o
carne
é
suicidar-se
lentamente.
No
Concorre para que os DEZ
período da amamentação, o regime
inverno
ela
aumenta
as
calorias.
SENTIDOS de conhecimento e
frugívoro, que é o puramente
O regime frugal é o melhor, isto é,
de ação cumpram suas funções
humano. O próprio animal, que é
comer
pouco,
mas
coisa
que
de
fato
próprias. Leva à mente os objetos
a “degenerescência do homem no
alimente o organismo.
que entraram em contato com
final da 3a Raça-Mãe: O SÍMIO - só
os sentidos. Mantém unidos os
se alimenta de frutas. O mesmo não
elementos do corpo e é a força
pode mais fazer a criança que já
coerente de suas partículas. É a causa da VOZ. É
passou de 7 anos alimentando-se de carne, a menos que
primária do TATO e do SOM ( audição) e a raiz do
o faça vagarosamente, passando de um regime para
OLFATO. É a origem da ALEGRIA ou contentamento.
outro paulatinamente. Um linfático, este não mais pode
Excita o calor. Arrasta todos os humores e impurezas.
alimentar-se pelo regime vegetariano, quanto mais, o
Penetra através de todos os condutos do corpo: grossos
frugívoro! O sanguíneo, pode fazê-lo imediatamente,
e finos. Dá forma ao embrião na matriz. Dá evidência à
pois só terá a lucrar com isso, principalmente se for um
existência da vida. O Vayú não excitado, realiza todas
hipertenso.
essas funções. Quando excitado no corpo, aflige-o com
Quando o fleuma muda de condição normal,
diversas moléstias. Destrói a força, a complexão, a
converte-se nas impurezas que se evacuam pelo sistema:
felicidade e os períodos da vida. Agita a mente. Destrói
feridas etc. Quando se altera a condição normal,
todos os sentidos.
converte-se em várias fontes de doenças. Todos os atos e
Os humores do sistema (VAYÚ, BILE e FLEUMA)
tem três classes de coisas:
1a - podem ser atenuados, normais ou excitados;
2a - correr para cima, para baixo ou diagonalmente;
3a - viajar pelo estômago e condutos referentes, ou
pelas partes vitais e articulações.
Se se encontram normais, não existe enfermidade;
porém, se anormais, manifesta-se a enfermidade.
Geralmente, é o ALIMENTO USADO EM EXCESSO,
que gera a doença. “Quem muito come, diz o velho
provérbio, pouco vive.”
A alimentação deve estar em harmonia com as
diferentes estações e constituições: Mentais e Físicas.
O alimento para uma época ou pessoa, não é para outra
pessoa e tempo.
funções são devidos a Vayú, que foi chamado à vida das
criaturas. Através do mesmo, todas as enfermidades tem
sua origem e as criaturas se destroem ou aniquilam.
A digestão produz-se pelo calor da bílis; quando esta
se excita, produz toda classe de desordem.
Um organismo fraco ou anemiado começa desde
logo a dar indícios pela frialdade dos pés e das mãos
(as extremidades do corpo). O corpo é como uma
caldeira. Sem calor não funciona. No entanto - pés
quentes... cabeça fria... - Daí a exigência: DORMIR
COM A CABEÇA PARA O NORTE, que é a região fria
ou polar. E os pés (já se vê) para o Sul, como região
quente (embora fria por ser polar). O primeiro alimenta
o segundo. Vayú corre no corpo para que este se
mantenha vivo ou aquecido. É comum dizer-se: o Fogo
está VIVO; brasas vivas ou acesas etc.
Vemos, portanto, que dos três, a causa primária é o
Junho - Setembro/2012
03
humor chamado VAYÚ. Como tornar à
ligeiramente amarelado. Tal sangue no
normalidade o estado anormal desses
corpo se chama OJAS. Sua atenuação
3 humores? Administrando alimentos
ou perda pode chegar a produzir a
e medicamentos de condições
morte.
opostas à causa que produziu tais
O que se chama OJAS aparece
anormalidades, ou antes, anomalias!
a princípio nos corpos das crianças,
Vayú, que pode ser seco, frio, ligeiro,
dotado de cor de manteiga clarificada.
sutil, instável, claro e azedo, se
Seu gosto é parecido ao mel. Seu cheiro,
normaliza por meio de coisas que
ao de arroz fermentado. Assim como o
possuam qualidades contrárias. A
mel é feito pelas abelhas, extraindo-o
bílis, que pode ser quente, fria, fina,
de diversas espécies de flores e frutos,
ácida, líquida e AMARGA, normalizaassim o OJAS dos homens, é reunido
se por meio de coisas contrárias.
por VAYÚ, BILE e FLEUMA dos vários
Peso, frieza, ligeireza, aquosidade,
O coração é a sede do OJAS mais elementos referidos.
estabilidade, debilidade e doçura,
perfeito, como é a Sede do Supremo
Com o coração, se relacionam dez
qualidades de FLEUMA, normalizamBrahmâ. Por tais razões o coração é
grandes
CONDUTOS, que produzem
se com substâncias contrárias. O
chamado de MAHAT e ARTHA. Sendo
poderosos resultados. MAHAT e
doce, o acre e o salgado reprimem
o coração a raiz dos dez grandes
ARTHA dizem ser sinônimos de
a Vayú. O adstringente, o doce e
condutos ou canais, estes são
o amargo, à FLEUMA. Sendo as
considerados como as DEZ GRANDES coração para o SÁBIO. O corpo, com
seus seis membros, a inteligência,
enfermidades geradas por esses três
RAIZES.
sentidos, cinco objetos dos sentidos,
elementos, individualmente ou em
a alma com seus atributos, a mente e
combinação, prescrevem de medicinas
os
pensamentos,
tudo
se acha estabelecido no coração.
e dietas apropriadas para criar atributos contrários à
Sendo o coração o escrínio desses objetos aí existentes,
anormalidade gerada.
logo é ele considerado pelas pessoas que especulam
Existe outro processo de cura. Cada enfermidade
a respeito do sentido das coisas, como o ápice do
possui seu DEVATA próprio... ou inteligência. Daí,
organismo humano.
o que se tem como charlatanismo: rezar a erisipela,
O coração é a sede do OJAS mais perfeito, como é
por exemplo; do mesmo modo, o cobreiro e assim por
a
Sede
do Supremo Brahmâ. Por tais razões o coração
diante. Não é propriamente o valor da prece... mas, o
é chamado de MAHAT e ARTHA. Sendo o coração
magnetismo do operador e a fé ou confiança do paciente
a raiz dos dez grandes condutos ou canais, estes são
(sugestão, diriam outros).
considerados como as DEZ GRANDES RAIZES. Elas
No Tibete e na Mongólia, tal tratamento é feito
tomam o OJAS e o fazem correr por todo o corpo. Todas
por meio de “mantrans” ou “dharanis” apropriados a
as pessoas vivificadas pôr OJAS são ativas. Sem ele a vida
cada moléstia, senão, vibrações desarmônicas com tais
se extingue.
Devatas; por isso mesmo, obrigando-lhes... a deixar o
Pelo que se vê, OJAS é um fluido tal como o sangue.
lugar e muitas vezes, a irem morrendo aos poucos, por
A questão está em discernir se se trata de um fluido
falta de “vitalidade”, tal como acontece em os sertões
físico ou etérico. Eu me inclino pelo último - abusando
brasileiros, com a “reza das bicheiras do gado” etc...
do termo e da forma dual das coisas - como o Espírito
Segundo o Induísmo, não há vida sem forma, nem
do sangue. Si se tratasse de sangue físico, haveria algo
forma sem vida; não há espírito sem matéria, nem matéria
na moderna fisiologia, semelhante... e tal não acontece.
sem espírito. Cada humor, portanto, tem seu próprio
Ele se acha localizado no coração e é quem alimenta e
Devata... e para curá-lo, ou melhor, seus desarranjos...
destrói a vida: alimenta com a presença e destrói com
basta que se lhes cure por sistemas terapêuticos fundados
a ausência. As lesões cardíacas de natureza simples...
sobre atos relativos às deidades e à razão. Esta era a
produzem perda de consciência e as graves a morte. OJAS
Medicina do grande PARACELSO!
joga um papel importante na constituição humana. Se
Quando o elemento OJAS (FORÇA) atenua, o
uma pessoa quer preservá-lo, PRECISA LIBERTAR-SE
paciente apresenta febres inexplicáveis, debilidade,
DOS TORMENTOS MENTAIS, que acumulam OJAS no
tendência a pensamentos de ansiedade e desânimo. Sente
coração. Daí, a necessidade de homem ser calmo!
grande secura e a languidez que experimenta é tal, que o
Tal OJAS, que é a fonte de tudo quanto é facultado
menor exercício lhes causa fadiga.
ao coração por VAYÚ, BILE e FLEUMA - através do
Reside no coração certa quantidade de sangue puro,
sangue - passa do coração a todos os outros lugares,
Junho - Setembro/2012
04
pelos condutos (nadis) de que o corpo
se compõe, em todas as direções e
desempenhando diversos papeis.
Tais condutos ou nadis, são os que
conduzem os ingredientes do corpo
de um lado para outro, durante o
processo de seu desenvolvimento ou
transformação.
A mente, os sentidos etc.
localizam-se no coração. Como vem
a ser tal coisa? Para compreendêlo temos que nos aprofundar na
Constituição do homem. Sabemos
que este possui 3 corpos: grosseiro
ou físico, sutil ou psíquico e Causal
ou espiritual. Isto é, CAUSADO ou
tecido pelo ESPÍRITO UNIVERSAL,
o que implica em ser tal CORPO, uma
sombra espiritual da verdadeira LUZ
ESPIRITUAL: uma partícula (ou
mônada) do GRANDE TODO!
Sabemos que este (o homem)
possui 3 corpos: grosseiro ou
físico, sutil ou psíquico e Causal
ou espiritual. Isto é, CAUSADO ou
tecido pelo ESPÍRITO UNIVERSAL, o
que implica em ser tal CORPO, uma
sombra espiritual da verdadeira
LUZ ESPIRITUAL: uma partícula (ou
mônada) do GRANDE TODO!
E é por isso que nos dois primeiros corpos, se acham
os sentidos e estes, quando continuam sempre da mesma
natureza, o 3o corpo não se manifesta, isto é, o homem
não se apercebe dele, necessitando de várias encarnações
até descobri-lo. É o fato do equilíbrio das 3 GUNAS:
SATTWA - RAJAS e TAMAS.
Como essas três qualidades de matéria estejam
ligadas entre si, assim o estão os 3 corpos no homem!
Pô-los em equilíbrio... é formar o Homem Perfeito. É por
isso, que o corpo CAUSAL tem esse nome, por ser “a
causa dos outros corpos... e em si mesmo... o reflexo da
“CAUSA DAS CAUSAS”. É necessário que na “Causa se
encontre o efeito”, embora em forma latente.
As obras esotéricas assinalam o CORPO CAUSAL
NA FORMA DE OVO ÁURICO. Nos livros hindus, dizse que é ele um corpo de inconsciência, que funciona no
alto transe. O que até certo ponto é lógico, porque ele
só pode ter consciência, ligado aos dois outros que lhe
ficam imediatamente abaixo. Isolado, impossível possuir
consciência.
Nos Upanishads encontramos o corpo causal
localizado no coração, com diferentes pórticos, que é
o próprio Homem quem lh’os dá... e onde se acham
colocados os elementos restantes dos corpos menos
elevados...
forças ao corpo sutil e depois ao
físico. Fato esse, legado ao dos
CHAKRAS, que recebem de cada
plano e até corpo, a vitalidade
necessária, o que implica em
que a matéria mais sutil é que
vasa, ou antes, anima a matéria
imediatamente menos sutil.
Tudo isso confirma nossa
revelação dos ADORMECIDOS,
principalmente, quando se diz: “E
quando o homem tem que despertar
de tal estado, o OJAS do coração
é forçado a correr pelos diferentes
condutos”. Tal estado de transe,
ou o que adormece o homem,
deixando-lhe apenas a vida no
“coração”... se assemelha com o que
se passa do Seio da Terra... onde é
possível dormir-se o “SONO DAS
7 ETERNIDADES”. Porém, com
muito mais propriedade, onde a morte é apenas aparente:
igual à da construção cósmica, que desperta nos grandes
movimentos sísmicos... porquanto dizer-se “ônfalos” ou
Umbigo da Terra, também poderia ser o seu CORAÇÃO,
pois é onde pulsa o de todo o Universo... o do “transe de
Brahmâ” no seu 8o dia de criação afora o ÚLTIMO (o 9o)
que é o da Ressurreição. Os faquires indianos enterramse em estado cataléptico, porém, não o fazem fora da
terra. O mistério está no próprio calor do “coração do
mundo”.
Contam-se vários casos dos que habitam nas
entranhas da terra, sob uma pressão calorífica impossível
de ser suportada por outros seres. No Tibete o fato é
mais do que clássico. Em o norte brasileiro, há uma tribo
misteriosa de índios que entram e saem de verdadeiras
“Crateras vulcânicas”...
Finis
Referência Bibliográfica
SOUZA, Henrique José. Lívro Síntese. páginas 228, 229 e 230.
Por conseguinte, nos centros do coração, é onde
se concentram todas as energias do alto transe. É nele
onde residem os “Oito poderes do Yogui” e quando o
homem tem que despertar tal estado, o OJAS do coração
é obrigado a correr pelos diferentes condutos, para dar
Junho - Setembro/2012
05
OS CHAKRAS E O SISTEMA ENDÓCRINO
Por: MARCELO RODRIGUES BACCI
“Eubiose é a ciência do bem-viver, da relação do homem com a sua parcela espiritual e material. Desta forma,
auxilia , dentre outras coisas , a compreensão humana a respeito da constituição de seus corpos, desde o mais
denso até o mais sutil.”
Constituição Oculta do Homem
É composto por 7 corpos ou veículos. Podemos defini-los de acordo com sua composição energética ou vibracional.
• O mais denso é o Corpo Físico. Todos o conhecemos pelo fato de estar em frente a nossos olhos, de podermos tocálo e senti-lo em nossas mãos.
• O segundo chama-se Duplo Etérico, contornando o veículo físico.
• O terceiro, o Corpo Astral, relaciona-se intimamente com as emoções.
• A seguir, o Mental Concreto, responsável pela definição racional, raciocínio lógico, pela classificação sistemática
de tudo o que vemos nesse mundo manifestado.
• O quinto veículo, o Mental abstrato, faz parte da Tríade Superior de corpos, juntando-se com os seguintes: Búdico
e Atmã. Ao Mental Abstrato cabe a inspiração, as ideias dos ditos gênios da humanidade, aquilo que, ainda, não
tem forma, o saber sem conseguir explicar o motivo. Todo conceito inovador, que modifica a vida de alguma
maneira, tem origem nesse Corpo, mais desenvolvido em uns e menos em outros.
• Os dois finais, Búdico e Atmã ou Crístico, são abstratos e se relacionam, respectivamente, com o Intuitivo
Superior, ou seja, a Supra Emoção, bem diferente da paixão e apego, causado pela emoção mais grosseira. É o
amor pela humanidade, o respeito aos reinos que compõem o planeta, o profundo compromisso com o doar-se.
O Crístico é a supra essência divina manifestada no ser humano. Apenas os Adeptos podem ter acesso a essa
consciência. É a síntese do desenvolvimento de todos os outros corpos. Tão abstrato que uma definição, por si só,
torna-se difícil.
OS CHACRAS
São regiões localizadas nos corpos menos densos,
próximos ao físico, que funcionam como vórtices de
energia. Tanto podem receber como ceder. Possuem
cores, e sua forma assemelha-se a uma flor, com suas
pétalas. Existem em diversas regiões do corpo e se
relacionam, intimamente, com os órgãos e glândulas nos
locais onde se encontram.
Os principais, estudados na Sociedade Brasileira de
Eubiose, são em número de 7.
São eles:
1- RAIZ - na base do púbis, com 4 pétalas, e sua
cor, quando em movimento, assemelha-se a um tom de
terracota, cor de tijolo; relaciona-se com os órgãos da
região sexual;
2- ESPLÊNICO - lateralmente à esquerda, no
abdome, próximo ao órgão que leva o seu nome, o baço;
possui 6 pétalas, cada uma com uma cor do espectro
(amarelo, verde, vermelho, violeta, verde e púrpura);
capta a energia prânica e a distribui para o organismo;
Junho - Setembro/2012
06
3- UMBILICAL - sobre o umbigo; possui 8 pétalas
com duas cores apenas (verde e vermelha); possui
influência sobre o sistema esplâncnico (vísceras
abdominais); está, totalmente, ligado ao campo das
emoções e quando, em atividade, assume uma coloração
purpúrea;
4- CARDÍACO - na região torácica, chacra
equilibrante, com 12 pétalas de cor amarela; o seu
pleno desenvolvimento faculta ao indivíduo melhor
compreensão sobre suas qualidades (Skandas) e suas
tendências inferiores (Nidanas); com todas as nidanas
superadas, consoante o pleno desenvolvimento das
skandas, surgem mais duas pétalas, perfazendo um total
de 14;
5- LARÍNGEO - na região cervical, sobre a glândula
tireóide, com 16 pétalas em tom azul prateado; tem
grande influência sobre a comunicação, por se relacionar
com as cordas vocais, e sobre o temperamento, pela
interface com a glândula tireóide;
6- FRONTAL - sobre a testa, apresentando, pela
sua intensidade de vibração, dois tons apenas: um azulpurpúreo e um rosa com tons de amarelo; com 96 pétalas
e faculdades que, ainda, precisam de estudo para sua real
compreensão; relaciona-se com as glândulas localizadas
no encéfalo, hipófise e pineal;
substância que atue em outra região. Tal região pode ser
o próprio tecido (função autócrina), localmente (ação
parácrina) ou à distância ( ação endócrina ). Todas
possuem essas 3 características descritas, dependendo da
função que precisam desempenhar em cada momento.
Principais Glândulas
Hipófise ou Pituitária
Está localizada numa região do encéfalo, chamada
sela túrcica. Está abaixo do hipotálamo e encontrase, espacialmente, entre os olhos e na raiz do nariz.
Desempenha diversas funções de coordenação entre as
glândulas do corpo. Essa coordenação ocorre através
da liberação de fatores estimuladores ou inibidores da
função glandular respectiva.
Alguns exemplos de substâncias produzidas ou
armazenadas pela hipófise:
-Hormônio Estimulante da Tireotropina;
-Adrenocorticotropina;
-Ocitocina;
-Hormônio antidiurético.
7- CORONAL - a flor de mil pétalas, na região
superior da cabeça, com infinitos tons cromáticos, onde
predomina,contudo, o violeta; desenvolve-se de acordo
com a evolução espiritual do indivíduo, podendo cobrir
toda a cabeça; centralmente, possui, ainda, em tom de
um branco ao dourado, 12 pétalas centrais, que vibram
menos que as 960 em seu entorno.
NADIS
Nadis ou condutos são canais por onde flui a energia
vital que possuímos. Podemos chamá-la de Prana.
Trata-se de uma energia neutra, presente em todo o
nosso entorno em maior concentração de acordo com a
luminosidade solar vigente, ou seja, maior no início do
dia e menor no final dele. Os principais são os 3 centrais:
Ida, Píngala e Suschumna. Ida sai à esquerda da espinha
dorsal e assume um aspecto feminino; Píngala, à direita
da espinha dorsal, representando um aspecto masculino;
centralmente, Suschumna de característica neutra.
Terminam na medula oblongada ou bulbo.
Pineal ou Epífise
Esotericamente, conhecida por ser a glândula
mestra, ainda, possui suas funções pouco conhecidas
pela medicina ocidental. Produz um hormônio, a
melatonina, que controla o ciclo circadiano do indivíduo,
bastante afetado, quando passamos os fusos magnéticos
do planeta em longas viagens internacionais. Está
exatamente no centro do cérebro em local de difícil
acesso.
Tireoide
GLÂNDULAS E ÓRGÃOS
O conceito de glândula envolve qualquer tecido ou
grupo celular que desempenhe a função de produzir
Localiza-se no pescoço em sua região frontal. É
constituída de dois lobos e um istmo que os conecta.
Junho - Setembro/2012
07
Altamente rica em iodo, molécula, que constitui o núcleo
central dos hormônios que produz T3 e T4. Dentre
suas inúmeras funções, reforçamos a importância do
controle metabólico geral, por influenciar diversas outras
glândulas em seu funcionamento, além do processamento
de substâncias, como o colesterol, proteínas e
carboidratos.
Fígado
É a maior glândula do corpo e ocupa boa parte do
abdome superior. É o verdadeiro centro nervoso do
organismo quando se fala em metabolismo. Tudo passa
pelo fígado que, com suas milhares de enzimas, quebra
e processa todo alimento que ingerimos. Possui função
exócrina, pois produz a bile, que auxilia a digestão de
gorduras, e endócrina, produzindo o glucagon, que
regula, juntamente, com a insulina a glicemia.
Pâncreas
Localiza-se em uma região do abdome de difícil
acesso, chamada de retroperitônio. Está, intimamente,
ligado com o tubo digestivo, duodeno, por atuar , assim
como o fígado, de maneira exócrina com suas inúmeras
enzimas digestivas e, endocrinamente, produzindo a
insulina, tão conhecida de todos. Sofre muito com os
abusos, que cometemos ao longo de nossas vidas, pelo
consumo do álcool em demasia, excesso de gorduras e
açúcares.
SISTEMA NERVOSO CENTRAL
É composto pelo encéfalo e pelo tronco cerebral. O
encéfalo fica dentro da calota craniana, constituindo o
cérebro e o cerebelo. O tronco cerebral, formado pelo
bulbo, ponte e mesencéfalo, controla, dentre outras
coisas, as funções vegetativas do organismo. Comunicase com o resto do corpo através de nervos, que emergem
de suas região interna, e da medula espinhal. Divagar
sobre o sistema nervoso, por si só, é um grande desafio
e não está no
objetivo deste
artigo, contudo
é importante
conhecer a
sua estrutura
para a correta
compreensão
de como se faz a
transmissão do
sinal glandular
para as células.
SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO
Como o próprio nome diz, é autônomo, ou seja,
independe de nossa vontade. Está estruturado através
de nervos, gânglios e receptores, que captam alterações
bioquímicas, geradas através dos estímulos, que
recebemos de nossos sentidos.
Subdivide-se em Simpático e Parassimpático. O que
um estimula, o outro inibe e vice-versa. Estão em todos
os órgãos e porções do organismo em um emaranhado
de fibras nervosas, atentas a todas os estímulos, que
recebemos. Toda esta estrutura, apresentada neste
texto, serve para ter-se uma ideia de como funciona a
transmissão de energia vital que captamos no ambiente
em que estamos inseridos até a ação final, desencadeada
por uma glândula em sua estrutura física.
Todas as estruturas de nosso organismo possuem
uma correspondência etérica e astral,logo, ao ficarmos
doentes, antes, ficamos no campo energético. O pleno
conhecimento dessas características possibilita ao
indivíduo maior chance de prevenção de alterações
psíquicas e físicas que facilitem o aparecimento de
doenças.
Os hábitos contemporâneos, impostos pela
sociedade, como a comida rápida, o trabalho excessivo,
os vícios e a obesidade, em muito, contribuem para essas
lesões.
Cabe a nós, portanto, lutar para mantermos nossa
saúde em bom estado e disseminar o conhecimento,
deixado por Henrique José de Souza.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LEADBEATER, Charles Webster. Os Chakras. 24ª ed. São Paulo:
Ed.Pensamento, 2010.
MOORE, Keith L. Anatomia Orientada para a Clínica. 5ª ed.
São Paulo: Ed. Guanabara Koogan, 2007.
SOUZA, Henrique José. O Verdadeiro Caminho da Iniciação.
6ª ed. São Lourenço: Ed. CEP, 2001.
Junho - Setembro/2012
08
A LIDERANÇA NO TERCEIRO MILÊNIO
(Parte II)
Por SILVIO PIANTINO
”A liderança é uma poderosa combinação de estratégia e caráter. Mas se tiver de passar sem um, que
seja estratégia.” Norma Schwarzkoph
Damos, hoje, continuidade ao trabalho
iniciado, no numero anterior dessa Revista,
quando introduzimos o tema da Liderança
e justificamos a escolha dele. No entanto,
antes de nos aprofundarmos neste objeto,
é necessário estabelecermos uma base
comum, onde definiremos um vocabulário
padrão e percorreremos alguns conceitos e
modelos básicos de liderança, alicerce para o
desenvolvimento posterior.
BASES E PRINCÍPIOS DA LIDERANÇA
Nunes (2009) afirma que as múltiplas definições para
a liderança encontram dois elementos comuns:
I. fenômeno de grupo, portanto, apresentando-se na
presença de dois ou mais atores;
II. conjunto de influências interpessoais e recíprocas,
presentes num determinado contexto através de um
processo de comunicação humana.
Já vimos que a liderança é uma necessidade em todas
as associações humanas, tratando-se de uma relação
entre indivíduo e grupo. A afinidade existirá se o grupo
vislumbrar, neste indivíduo-líder, um mediador capaz de
satisfazer suas necessidades, prover resultados e atingir
as metas almejadas.
Para a abordagem de tão vasto assunto, é imperativo
que nos detenhamos um momento para avaliarmos o que
já existe em termos de literatura, aceita como autoridade
e referência no mundo acadêmico.
A LIDERANÇA ATRAVÉS DOS TEMPOS
Conforme Bergamini (1994) e Abreu (1982), desde
que se principiou o estudo do fenômeno da Liderança de
uma forma mais sistêmica e cientifica, passamos por três
períodos, caracterizados pelo foco de pesquisa aplicada.
De uma forma esquemática, podemos relacioná-los:
I. 1920 - Teoria dos Traços (o Líder já nasce com as
características físicas e traços de personalidade definidos,
é nato; foco no que o Líder é);
II. 1930 - Teoria dos Estilos (O Líder pode ser
formado; sua eficiência depende do seu modo de
liderança; foco no que o Líder faz);
III. 1960 - Teoria dos Contextos (a eficiência do Líder
depende do grupo, do seu estilo gerencial e do ambiente;
(foco nos tipos de ambientes).
Ao término da Primeira Guerra Mundial, ao se
ter observado que alguns homens faziam diferença,
principalmente, em situações adversas, os interesses se
voltaram, de forma mais contundente, para a questão da
liderança.
Como era de se esperar, a primeira visão, que se teve
deste fenômeno, foi a fatalista. Nessa conhecida Teoria
dos Traços, ou se nascia para líder, ou para liderado, ou se
vinha ao mundo como um nobre, ou se conformaria como
plebeu. Era uma questão de possuir, ou não, o dom, ou
melhor, de se nascer, ou não, privilegiado em relação aos
demais.
Warren Bennis (2001) comenta que, no início,
pensou-se que as habilidades da liderança eram inatas.
Ninguém poderia se tornar um líder, mas sim nasceria,
ou não, com essa condição. A esse entendimento do
processo de liderança, se poderia denominar de Teoria
do “Grande Homem”. Aqui, o poder se encarnava em um
reduzido universo de pessoas, cuja herança e destino as
convertiam em líderes. Somente esses poderiam liderar,
os demais deveriam se resignar a serem liderados. Ou
se possuíam características de líder, ou, simplesmente,
não. Nem o aprendizado nem o desejo, por maiores que
fossem, poderiam alterar esse destino. No entanto, pouco
durou essa visão, pois a mesma não conseguia suprir as
necessidades daqueles que buscavam o caminho para a
liderança, e não, apenas, uma rasa explicação.
Quando esse ponto de vista falhou em explicar
liderança, foi substituído pela noção de que os grandes
eventos transformavam pessoas comuns em líderes. [...]
Assim como o amor, a liderança continuou a ser algo que
todos sabiam que existia, mas ninguém podia definir.
Muitas outras teorias da liderança vieram e se foram.
Algumas enfocavam o líder. Outras , a situação. Nenhuma
resistiu ao teste do tempo (BENNIS; NANUS, 2003, p.5).
Chegamos, então, ao que se poderia denominar de
Junho - Setembro/2012
09
“Grande Estouro”. Aqui se assumia
que grandes eventos geravam grandes
líderes. Presumivelmente, Jorge
Washington estava, tranquilamente,
passeando de barco quando,
simplesmente, resolveram convidá-lo
para uma Independência. Tiradentes perambulava, em
seu ofício, pelas fazendas mineiras quando lhe caiu ao
colo a posição de líder e, junto desta, a de mártir. Lênin
vagava tranquilamente quando a Revolução estourou
bem à sua frente. Estes, entre inúmeros mais, apenas,
estavam no local certo na hora certa.
Torna-se, assim, evidente que, apesar de representar
um avanço em relação ao modelo anterior, ainda,
falhávamos no quesito de explicar por que uns eram
“escolhidos” e outros não. Estava, então, preparado o
terreno para a teoria dos estilos.
Com ela começamos a aceitar que o líder pode ser
formado. Entendemos ser ela a meta principal de todo
o interesse inicial pelo tema, ou seja, reproduzir ou
gerar novos líderes. A questão aqui passa do que o líder
é, para o que o líder faz. Logicamente, com o intuito de
uma repetição sistemática de ações, comportamentos e,
principalmente, do alcance de resultados desejáveis.
Sabemos que, em um ambiente organizacional,
podemos identificar duas áreas principais de foco que
se caracterizam por tarefas e relacionamentos. Assim,
podemos, em uma atitude mais superficial e imediata,
reconhecer três estilos de liderança.
Primeiramente, encontramos os líderes autoritários,
ou aqueles que se prendem às tarefas, definindo aos
seus seguidores como e o que devem fazer. No extremo
oposto, localizam-se os líderes democráticos e os liberais,
ou aqueles que demonstram interesse acentuado pelas
relações humanas. Estes compartilham o porquê dos
propósitos.
Entre esses dois extremos, há uma grande
diversidade de estilos de liderança, relacionada nos
trabalhos de Tannenbaun e Schmidt. Mas a questão, que
se coloca agora é: Mesmo assumindo-se um estilo de
liderança ideal, seria este,, rígido e imutável frente a todos
os elementos dentro de um grupo? Seria, ainda, este
modelo replicável a qualquer situação em apreço? Estas
questões nos levam diretamente à Teoria dos Contextos.
Segundo Fiedler (1967), volumosa pesquisa,
realizada, em sua maioria, sob condições reais, tem
mostrado, bem consistentemente, que a personalidade
do líder é, somente, um dos fatores que determinam o
desempenho do grupo. Baseado neste fato, compreendese que, não sendo o líder fator absoluto, o mesmo pode
sair-se bem sob determinados contextos e fracassar
dos Contextos.
ruidosamente em outros. O oposto
também se verifica, ou seja,
lideranças desastrosas podem se
ver vitoriosas, se deslocadas para
outras situações. Brotava, assim, a
Liderança Situacional ou Liderança
A Teoria dos Contextos atenta, assim, pela primeira
vez, que situações diversas requerem líderes e atitudes
distintas. Ou seja, não existe um modelo ideal de
liderança que se aplique indistintamente no domínio
Espaço/Tempo. A rigidez dos líderes é, assim, derrubada,
seu pedestal é destruído. Alguém, altamente qualificado
para liderar uma situação, pode ser, também, a pior
escolha para outro grupo ou condição. Em síntese, não
podemos pegar um grande líder, por melhor que se
apresente, e transpô-lo para outros contextos, esperando
a mesma excelência de resposta. A liderança foi assim,
finalmente, identificada como sendo dinâmica e mutável,
e não fixa e imóvel.
Bem, aqui, finalizamos mais esta etapa. Estaremos,
no próximo número, delineando o universo de atuação do
Líder e o do Gestor, termos estes, muitas vezes, utilizados
como equivalentes. Estaremos, ainda, caracterizando a
Liderança Formal e a Liderança Informal.
Até Breve!
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABREU, A. B. Novas Reflexões sobre a Evolução da
Teoria Administrativa: os quatro momentos cruciais no
desenvolvimento da teoria organizacional. Revista de
Administração Pública, Outubro/Dezembro, Vol. 16, nº 4,
1982.
BENNIS, W.;NANUS,Burt. Líderes: estratégias para assumir a
verdadeira liderança. São Paulo: Habra, 2003.
______ Líderes. Estratégias para uma liderança eficaz, 2001.
BERGAMINI, Cecília W. Liderança: administração do sentido.
São Paulo: Atlas, 1994.
FIEDLER, F. A theory of leadership effectiveness. New York:
McGraw-Hill, 1967
NUNES, Paulo. Conceito de Liderança. 2009. Disponível em
<http://www.knoow.net/cienceconempr/gestao/lideranca.
htm#vermais>. Acesso em 06 de setembro de 2010.
Junho - Setembro/2012
10
A MULHER NO TERCEIRO MILÊNIO
Por IRAMAR GOMES RODRIGUES
As questões, relacionadas ao feminino, à mulher, de muito ultrapassam as noções de gênero, de sexo. Todos os mitos
de criação do mundo, de criação da humanidade, apontam, de uma maneira mais velada ou não, o sentido universal
do feminino como polaridade em todos os níveis em que se expressa o sagrado.
Em Cosmogênese, a primeira
manifestação do Logos Único ocorre
com a fertilização do Espírito na
Matéria, é o Germe no Ovo, o Pai, o
Mundo das Causas, o 1º. Trono.
A semente germina; começa uma
expansão na horizontal, e o elemento
geométrico do circulo transforma-se
em duas meias-luas.
É a segunda manifestação do Logos
Único, é a Polaridade Plena, a Mãe, o
Mundo das Leis, o 2º Trono.
Essa semente, após a expansão
horizontal, cresce na vertical,
formando uma cruz no círculo, ou
seja a Cruz Mundanal, o Filho, o
Mundo dos Efeitos, o 3º. Trono.
Assumindo uma tendência feminina, vamos ao 2º.
Trono: uma meia-lua olha para cima e vê Deus; outra,
para baixo e vê a Humanidade. Assim é o mundo das
mulheres, um olho para o Céu e o outro para a Terra.
Para chegar ao papel da mulher nos dias de hoje,
seria interessante fazer um passeio pelos mitos femininos
e enxergar o paralelo com a mulher atual.
Mitos são histórias baseadas em tradições e lendas
feitas para explicar o universo, a criação do mundo,
fenômenos naturais e qualquer outra coisa a que
explicações simples não são atribuíveis.
Mito é uma narrativa que descreve e retrata, em
linguagem simbólica, uma força sobrenatural ou uma
divindade.
Conversemos sobre alguns mitos femininos.
HERA OU JUNO - esposa de Zeus, protetora do
casamento, das mulheres casadas, das crianças e dos
lares. Ciúmes, marcação cerrada a
Zeus. Equilibrio no casamento.
Hera representa a parceira, a
companheira, aquela que ombreia,
com o homem, as situações do
casamento.
Mas pode ser a mulher
participativa em qualquer área
de atuação; o símbolo de Hera; a
mulher que mantém o conjunto, a própria sociedade.
AFRODITE OU VÊNUS
– nasceu da espuma do mar,
esperma do pai Urano, quando
seu membro foi cortado por
Saturno; deusa do amor e da
beleza, era esposa de Hefestos.
É o símbolo da mulher bela,
bonita por dentro e por fora, a
“mulher cheirosinha”.
Prima pela estética de modos, costumes. Beleza nos
atos, nas palavras e nos pensamentos.
ATENA OU MINERVA - antes
de nascer, Zeus engoliu a măe, medo
de ser destronado pelo filho. Sentiu
uma dor de cabeça, que foi aberta
por Hefestos e de lá saiu minerva.
Deusa virgem, padroeira das artes
domésticas, da sabedoria e da arte
bélica. A espada é uma representaçăo
dos raios do pai.
É a mulher a procura de estudos,
a pesquisadora, a mulher que usa o
mental como forma de evoluçăo.
Junho - Setembro/2012
11
ÁRTEMIS OU DIANA –
filha de Zeus, era a deusa
virgem da lua, irmã gêmea
de Apolo, poderosa caçadora
e protetora das cidades, dos
animais e das mulheres.
Deusa da caça, mas não
predatória, apenas, para
buscar o alimento.
Hoje, a mulher deve transformar esses mitos em
realidade, ela é mãe e esposa – Hera e Deméter. É Atena,
quando estuda, sai à procura do conhecimento. É Diana,
quando vai à caça, ao alimento para a casa; ela trabalha.
Ela cuida da casa, do calor, da luz no lar, é Héstia; deve
ser pura, pois modelará o caráter dos filhos. É a mulher
perfumosa, Afrodite, que se cuida, que é bonita e espalha
amor.
A mulher contemporânea
traz essa deusa, quando sai
à procura de alimento para a
casa.
Podemos
encontrar
mulheres
no mundo
contemprâneo,
que são esses
arquétipos,
exemplos de mitos
em realidade:
espalhar amor –
Afrodite.
É a mulher no mercado profissional de trabalho, que
sai para a luta no mundo e, através do trabalho, ganha o
pão ou a caça para a família.
DEMÉTER OU CERES
- deusa das colheitas,
dispensadora dos cereais e
dos frutos. Quando Hades,
deus do inferno, levou sua
filha Perséfone como sua
esposa, negou seus poderes
à Terra, e esta parou de
produzir alimentos; a solução
de Zeus foi que Perséfone
passaria um terço do ano no
inferno, com seu marido, e o restante do tempo com sua
mãe, no Olimpo.
Dessa forma, Deméter abrandou sua ira e tornou a
florescer nas colheitas. Ela representa a mãe, que larga
tudo em prol dos filhos, que dá a vida por eles, aquela que
cuida da continuidade da hierarquia.
VESTA OU HÉSTIA –
deusa dos laços familiares,
simbolizada pelo fogo da
lareira.
Zeus deu a honra de ser
venerada em todos os lares.
Sua chama brilhava nos lares
e templos. Fogo direto do Sol.
Ligação da Terra com o Céu.
É a mulher que liga o Céu à
Terra, aquela que ilumina e dá
o calor à família, à sociedade,
à Humanidade.
Uma mulher chamada LORRETA PLESANT,
conhecida, mais tarde, como Lorreta Pleasant,
descendente de escravos americanos, nasceu em 1920
, na Virginia. Casou, mudou para Baltimore; com 30
anos e mãe de 5 filhos, descobriu ter câncer no colo do
útero, que, pouco tempo, espalhou por todo o corpo. Fez
tratamento no Hospital John Hoplins e faleceu em 1951.
Sem consentimento,
foram retiradas célulasamostra do útero e
fornecidas a equipe de
pesquisa do hospital.
Foi descoberto que essas
células, num meio de cultura
adequado, mesmo fora do
corpo, multiplicavam-se,
tornando-se imortais. E
as células HeLa (iniciais
da involuntária doadora)
foram utilizadas em várias
pesquisas nos USA e no exterior.
A vacina contra a poliomielite e contra o vírus HPV,
vários medicamentos para o tratamento de câncer, de
aids e do mal de Parkinson, por exemplo, foram obtidos
com a linhagem HeLa. São cultivadas até hoje em vários
laboratórios em frascos de plástico, contendo soro
bovino. Portanto, milhares de trabalhos científicos foram
realizados com essas células. Foram enviadas ao espaço
para experiências sob gravidade zero.
Junho - Setembro/2012
12
Calcula-se que
a quantidade de
células existentes
nos laboratórios
de todo o mundo
supere o número de
células da senhora
Lacks em vida.
GREVE DE SEXO
Sua compatriota LEYMAH GBOWEE teve um papel
importante como ativista durante a segunda guerra civil
liberiana, em 2003. Mobilizou as mulheres no país pelo fim
da guerra, organizando, inclusive, uma “greve de sexo”
em 2002. Também, organizou as mulheres acima de suas
divisões étnicas e tribais no país, ajudando a garantir direitos
políticos para elas.
Células HeLa coloridas artificialmente
em laboratório.
As células HeLa são chamadas de imortais por
se dividirem num número ilimitado de vezes, desde que
mantidas em condições ideais de laboratório. Atribuise isso ao fato de essas células terem uma versão ativa,
a enzima Telomerase, implicada no processo de morte
das células e no número de vezes que uma célula pode
se dividir. Talvez algumas linhagens tenham sido
contaminadas por outras células, mas todas provêm da
amostra retirada do tumor da senhora Lacks.
Onde está o aspecto de espalhar amor? O amor é
doado sem retribuição; você, realmente, ama quando não
necessita de um retorno. Apesar disso, os responsáveis,
jamais, deram informações adequadas à família da
doadora, tampouco ofereceram qualquer compensação
moral ou financeira pela massiva utilização das células.
A mulher deixa como legado, após sua morte física, o
Amor, uma característica do 2º Trono.
Vamos seguir os exemplos. Em 2011, o Prêmio
Nobel da Paz foi direcionado a três mulheres africanas,
recompensadas por sua luta não-violenta pela segurança
das mulheres e pelos seus direitos a participar dos processos
de paz:
Leymah Gbowee, mãe de seis filhos e terapeuta.
PRIMAVERA ÁRABE
TAWAKKUL KARMAN,
ativista iemenita pródireitos das mulheres, tem
importante participação na
chamada Primavera Árabe,
movimento pró-abertura
democrática, que vem
sacudindo, politicamente,
vários países do mundo árabe
desde o início de 2011.
Em entrevista à TV Al
Jazeera, disse que o prêmio
é “uma vitória para todos
os ativistas iemenitas”, mas que a luta pelos direitos
continua no país.
PRIMEIRA PRESIDENTE MULHER
ELLEN JOHNSON
SIRLEAF, de 72 anos, foi
a primeira mulher a ser,
livremente, eleita presidente de
um país africano, em 2005.
Economista e mãe de
quatro filhos, a “Dama de
Ferro” . “Desde sua posse
em 2006, contribuiu para
garantir a paz na Libéria, para
promover o desenvolvimento
econômico e social e reforçar o
lugar das mulheres”, disse Jaglan, ao justificar a premiação.
Ellen afirmou que aceitava o prêmio em nome do
povo liberiano
“Nas mais difíceis circunstâncias, tanto antes como
depois da Primavera Árabe, Tawakkul Karman teve um
papel importante na luta pelos direitos das mulheres, pela
democracia e pela paz no Iêmen”, segundo o omitê.
“Sou uma cidadã do mundo, a Terra é minha pátria e a
humanidade é minha nação”, escreveu perfil do Facebook,
que utiliza, da mesma forma que outros sites, para divulgar
sua luta pelas liberdades e pelos direitos humanos.
Três exemplos de arquétipos míticos em ação, todas
mães(Demeter), esposas(Hera), cursos universitários
(Atena), trabalhadoras (Diana), mulheres bonitas
(Afrodite) e trazendo luz para a sociedade (Héstia).
Junho - Setembro/2012
13
MULHER NA ONU
Para nós, eubiotas, o padrão arquetipal a ser
alcançado são os Gêmeos Espirituais. Para alçar voos
em direção ao Novo Pramantha, o objetivo é ser igual
a Akbel/Allamirah. Seguir e alcançar a consciência
cósmica do casal Divino.
Como é praxe, o Brasil abre os debates da Assembleia
Geral das Nações Unidas. Essa tradição começou em
1947, quando o diplomata brasileiro Oswaldo Aranha foi
o primeiro orador da primeira Sessão Especial da
Assembleia Geral das Nações Unidas, dando início a
uma tradição que perdura até os dias atuais (a de ser um
brasileiro o primeiro orador).
Em 1978, D.Helena Jefferson de Souza, esposa
do Professor Henrique José de Souza, fundadores de
Dhâranâ – Sociedade Mental Espiritualista, em 10 de
agosto de 1924, depois Sociedade Teosófica Brasileira
e atualmente, Sociedade Brasileira de Eubiose,
demonstrou sua preocupação com o papel da mulher
para lastrear uma nova sociedade, na construção de uma
nova Humanidade.
Para melhor compreensão, transcreveremos trechos
desta fala primorosa.
FALA DE D. HELENA
JEFFERSON DE
SOUZA – agosto/1978
Em 2011, pela primeira vez, uma mulher abriu
a Assembleia da ONU, o discurso foi feito pela
PRESIDENTE SRª. DILMA ROUSEEFF, e a mensagem
trouxe alguns alertas e a proposta para uma nova postura,
sugestão de uma nova conduta para a Humanidade, alguns
trechos significativos.
“Sim, grande e imenso
é o papel das mulheres
como coletividade humana
no momento presente. Pela
própria condição biológica,
é dever da mulher auxiliar
seus filhos, esposo e irmãos”.
Sobre uma Nova Ordem: “O desafio colocado pela
crise é substituir teorias defasadas de um mundo velho,
por novas formulações para um mundo novo”.
D. Helena coloca sob
a responsabilidade da
mulher o auxílio à família
e, em projeção macro, a
própria sociedade humana.
Ao moldar uma família
harmônica e equilibrada, é
construída uma sociedade
justa.
Professor Henrique José de Souza escreveu sobre
uma conduta diferente, determinou as Regras do Novo
Pramantha, e caberá ao Brasil, “berço da nova civilização”,
a responsabilidade de mostrar aos outros povos uma nova
forma de viver, ou uma forma de bem viver.
Crise Econômica: “Queremos e podemos ajudar,
enquanto há tempo, os países onde a crise já é aguda”.
Conceito de união na resolução dos problemas,
tomando como entendimento que, se um país estiver mal,
os demais sofrem consequências. Um só idioma, um só
padrão monetário, uma só bandeira.
Expressão humana: “Os brasileiros se solidarizam
com a busca de um ideal que não pertence a nenhuma
cultura, porque é universal: a liberdade”. Uma
liberdade, onde haja respeito e os livres pensadores ajam
com responsabilidade e objetivos universais.
Direitos Humanos: “Queremos para os outros países
o que queremos para nós mesmos”.
Um por Todos e Todos por Um, uma só célula. A
humanidade precisa atentar para a sua unicidade em Deus.
Parcelas de Deus caminhando pelo planeta.
“Usando a inteligência
e o amor, transformaremos as incertezas atuais e a
angústia, que assolam a humanidade, na firme convicção
de um mundo melhor, onde o Bem, o Bom e o Belo sejam
uma realidade”.
Aqui, ela nos fornece as ferramentas para essa tarefa
de reconstrução: Inteligência e Amor – Mente e Coração,
a polaridade com as duas partes em igual importância.
Qualquer problema será sanado com o uso desses
instrumentos; quem pensa não age intempestivamente e
quem ama não causa dano ao outro. O objetivo é o Bem, o
Bom e o Belo.
“Jamais esqueçamos que, no recesso de nossos lares e de
nossas salas de aula, que é moldado o homem de amanhã”.
Não é necessário ter grandes meios de comunicação,
é em casa, é em grupos pequenos que as mudanças
Junho - Setembro/2012
14
acontecem. Um foco iluminado é capaz de aclarar todos
os ambientes. Cada um, realizando sua parte, será farol a
direcionar novos caminhos e novas posturas.
“À mulher cabe o dever da formação moral e
intelectual da infância e da adolescência, que não
deverão ser desviadas do caminho que as conduza ao
aperfeiçoamento evolucional, para que, como consequência,
o mundo se transforme e a paz volte a reinar na face da
Terra apoiada nos princípios do AMOR, da VERDADE, e
da JUSTIÇA”.
A esperança da colheita se acha na semente, o caráter do
ser humando é moldado pela mãe, pela mulher . A mesma
mulher que se enfeita, que cuida da casa, que estuda, que
trabalha, que nutre, que liga o fogo sagrado do lar ao fogo
sagrado do Sol. A mulher que faz a ligação da Terra com o
Céu, o trabalho em deixar a Terra com a serenidade do Céu.
“Esse é o meu apelo, que, como mãe, faço às
mulheres do mundo inteiro nessa hora angustiante, que
atravessamos”.
Helena Jefferson de Souza, esposa de
Henrique José de Souza - Fundadores
da Sociedade Brasileira de Eubiose.
“Que os nossos corações pulsem no ritmo do Amor
Universal, cheios de fé e de esperança na Humanidade”.
A responsabilidade de transformar o “status quo” é da
mulher, mas não é o seu privilégio. O homem é participante
desse processo. Homem e mulher, caminhando ombro
a ombro, para transmutar esse momento podre e gasto
em uma nova Era, onde a fraternidade seja o apanágio da
Humanidade; é dever do par retornar à Unidade.
O homem deve encontrar, em seu interior, os aspectos
arquetipais da parceria, da inteligência, da procura, da
beleza, dos laços familiares.
Finalizando o artigo, segue mais um trecho de esperança
de D.Helena Jefferson de Souza.
“Tenhamos, sempre, em mente, que não há fatalismos
inexoráveis. Usando nosso livre arbítrio com sabedoria,
poderemos alterar o rumo de nossos destinos, modificando
o carma, desmentindo, assim, a inflexibilidade do cego
determinismo, desde que tenhamos “olhos de ver e ouvidos
de ouvir”.
Não nos esqueçamos de que, quando agimos com
o firme propósito de praticar o bem, jamais somos
desamparados. Dizia meu inesquecível esposo e
companheiro de missão, Henrique José de Souza: “A
Fraternidade Branca (os seres que se libertaram das
paixões humanas e que vivem, digamos, num plano
superior ao dos homens vulgares) ampara, inspira e
guia a ”grande órfã”, a humanidade, sem embargo
de deixá-la responsável pelos próprios passos na livre
escolha dos caminhos; apta a redimir-se por si mesma, por
suas sofridas experiências, a superar-se pela conquista
gradativa do real conhecimento da verdade”.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FERREIRA, Antônio Castanho. São Lourenço: Ed. CEP, Aulas
1942.
SOUZA, Helena Jefferson de. Texto de Posse da Autora. São
Lourenço: Agosto/1978.
Vários autores. Mitologia. São Paulo: Ed. Abril Cultural, 1974.
ROUSSEFF, Dilma. Discurso na ONU. Nova Iorque:
21/09/2011. http://www2.planalto.gov.br/multimidia/
galeria-de-audios/audio-do-discurso-da-presidenta-darepublica-dilma-rousseff-na-abertura-do-debate-geral-da66a-assembleia-geral-das-nacoes-unidas-nova-iorque-eua-23min49
www.wikepedia.com – Enciclopédia Livre
LACKS , Henrietta- http://pt.wikipedia.org/wiki/Henrietta_
Lacks
www.estadao.com – 07/10/2010
KARMAN, Tawakkul - http://www.estadao.com.br/noticias/
internacional,tawakul-karman-a-ativista-que-ousouenfrentar-o-presidente-do-iemen,782468,0.htm
GBOWEE, Leymah - http://www.estadao.com.br/noticias/
internacional,leymah-gbowee-a-mulher-que-tornourealidade-o-sonho-de-paz-na-liberia,782457,0.htm
SIRLEAF, Ellen Johnson - http://www.estadao.com.br/noticias/
geral,nobel-da-paz-e-homenagem-a-luta-da-liberia-dizpresidente,782428,0.htm
Junho - Setembro/2012
15
ESCRAVOS DO TEMPO E DO ESPAÇO
Por ELISEU MOCITAÍBA DA COSTA
Perde-se, nas noites dos tempos genesíacos, a presença efetiva do ser humano, primeira manifestação de
consciência na face da Terra, e das forças ocultas do universo, que atuam impulsionando a evolução e interagindo com
e pela forma humana, como força ainda inconsciente, dentro das limitações do espaço, sustentada pela necessidade de
conhecer e sobreviver.
Prisioneiro no tempo e no espaço, dentro de
si mesmo, em busca de experiência, o homem fica
deslumbrado pelo pincel do Grande Artista do Universo
e volta-se para o lado de fora de sua personalidade,
tornando-se marionete das forças da natureza. Assim,
prossegue através dos tempos, caminhando sem destino,
olhando para o céu, correndo atrás de um meio de acesso
à sua origem. Na realidade, um estranho nessa Terra de
todos e de ninguém. Caindo e levantando, esse impulso
de vida inconsciente se apresenta em toda a parte,
conhecendo, assimilando tudo que lhe passa pela frente,
durante eras sem conta, numa necessidade incontida
de conquista. Na realidade, não deixa de estar sempre
correndo atrás de si mesmo. O tempo passa, as distâncias
diminuem nesse teatro de operações, entretanto, fica,
cada vez mais difícil, encontrar, pelo acúmulo de coisas
inúteis, o primeiro degrau que o levará ao portal para o
Divino encontro.
O progresso da humanidade se expande, cresce
a passos largos, mas não lhe é ensinado onde está a
verdadeira chave para sanar semelhante mistério, o
Metabolismo da Obra do Eterno.
Muitos se arvoram em donos de tudo e de todos, mas
esquecem a si mesmos. Forças inconscientes, querendo
domar o que não conhecem, sem assumir que, ainda, não
passam de turistas no cenário da natureza dos direitos e
deveres. Buscadores das coisas exteriores!
Mesmo assim, a vida continua, com a prepotência
de alguns, a negligência de muitos e a humildade inerte
de outros. Cada um tentando, a seu modo, ser dono do
pedaço. Se a maioria das pessoas, no fim da vida, pudesse
visualizar o que lhe foi planejado, ao nascer, e o que foi
realizado, ficaria consternada com a diferença pela falta
de melhor perspectiva em sua vida. O Supremo Escriba
vai traçando o destino “certo” de todos, sob suas linhas de
vidas “tortas”. Foi assim que nasceu o jeitinho brasileiro?
Então, uma pergunta fica no ar: será que não existe
mais escravidão? Enquanto o homem viver exilado de
sua origem superior, aguardando, ou fazendo de conta
que espera melhores dias para o seu mundo, viverá
numa pretensa gaiola de ouro, cuja armação é feita pelas
limitações físicas, psíquicas e mentais que lhe dizem
respeito, tornando-se, pois, escravo de si mesmo.
Se o ser humano não conhece a si mesmo, como
pretende conhecer, dominar o que está fora de seu
universo? Uma lei há muito lhe acompanha os passos
(“toda ação resulta numa reação igual e em sentido
contrário”), para que ele possa, sempre, avaliar sua
maneira de ser e de aprender.
Os Mestres sempre dizem que a chave do grande
mistério está “diante do nariz”, mas, pela falta de
consciência, não é percebida.
Depois de longa vida errante, sem tempo para si
mesmo, um dia começará acordar e a procurar a resposta
às enigmáticas perguntas: quem somos? de onde viemos?
e para onde vamos? Começa, então, a busca por sua
verdadeira origem.
A Grande Meta é a formação de uma estrutura forte
capaz de desenvolver ou reconhecer dentro de si os Pilares
da Sabedoria, sustentando a Árvore da Vida ornada pelo
Amor-sabedoria, Verdade e Justiça, virtudes que devem
ser conquistadas pelo Peregrino da Vida; do eterno
Aprendiz para deixar de ser mais um exilado e prisioneiro
dentro de sua Casa, de seu Lar, o Grande Templo de Luz e
Poder, o Cosmo!
Na realidade somos vida-energia, inconsciente em
busca da Consciência do Ter e do Ser para libertar-se e
compor, como mais um tijolinho, nesta grande escadaria
do Grande Setenário do Universo; para que um dia
possamos dizer, “Eu e o Pai somos um só”.
Junho - Setembro/2012
16
TRABALHO DE ARAUTO
UM DEPOIMENTO
Por FRANCISCO FEITOSA
Tivemos a oportunidade de citar, em matéria publicada no Informativo Hermés Eletrônico, que nosso primeiro
contato com a Eubiose se deu em 1995, quando fomos assistir a uma palestra na Maçonaria, intitulada “A
Influência da Maçonaria na Independência do Brasil”. O que me causou espécie, na época, foi que o palestrante
não era Maçom! Conversando com o mesmo, descobrimos que pertencia às fileiras da Eubiose. Nosso interesse
pela Eubiose passou a ser muito grande, dado o volume de ensinamentos, que foram transmitidos em tão breve
espaço de tempo, durante a palestra ministrada.
Resumindo: como já
pertencíamos à Maçonaria,
de imediato, entramos
para a SBE, através do
Departamento do RJ, e o
eloquente palestrante, para
Ordem Maçônica, hoje,
ostenta o Grau 33º do Rito
Escocês Antigo e Aceito.
Loja Henrique José de Souza,
com a participação das Lojas
Templo Íntimo nº 29 e Phoênix
do Oriente nº 46, todas com
sede no Condomínio Maçônico
da GLEMT, além da presença
de vários Irmãos das Lojas da
capital matogrossense.
O público, cerca de 90
Tal episódio nos mostra
pessoas, mostrou-se muitíssimo
que é imprescindível o
atento a cada slide apresentado,
trabalho de Arauto, de
com perguntas oportunas e
espargir, no mundo, os
inteligentes, demonstrando
ensinamentos deixados pelo
enorme interesse pelo tema,
Momento da Entrada da Bandeira da Obra e entoação do Hino
nosso Excelso Mestre. Vimos
destacando-se as singulares
Ladack Sherin
aproveitando oportunidades
presenças: Sereníssimo Grãocertas para divulgar nossa
Mestre Adjunto da GLEMT, o
Instituição e seus Ensinamentos, sempre, que se
Irmão Haroldo Moraes; Grande Inspetor Litúrgico para o
apresentar uma oportunidade.
Estado de Mato Grosso, o Poderoso Irmão Rubens Carlos
de Oliveira; Ilustre Delegado Maçônico Distrital, O Irmão
A exemplo deste ano, em que atendemos ao
Isac Nepomuceno Filho; Secretário de Justiça Adjunto
convite da Maçonaria de Mato Grosso, através da Loja
do Estado de MT, o Irmão Eubiota-Maçom Genilto
Maçônica Henrique José de Souza nº 49, de Cuiabá, MT,
Nogueira; Superintendente de Inteligência da Polícia
jurisdicionada à Grande Loja do Estado de Mato Grosso,
Civil do estado de MT, o Irmão Eubiota-Maçom Romel
GLEMT, para, no dia 15 de fevereiro de 2012, na cidade
Luiz dos Santos; Presidente da Ordem Paramaçônica
de Cuiabá, proferir uma palestra sobre a “Vida e a Obra
Shriner – Brasil Central, o Irmão Cláudio Eduardo;
de JHS”.
Representante da SBE, em Cuiabá, Irmão EubiotaEmbora o convite nos tenha chegado em um
Maçom Márcio Cambahuba.
momento um tanto delicado, às vésperas da Convenção
O evento teve início com um belíssimo cerimonial,
de São Lourenço, não houve como recusá-lo, por
com
a entrada da Bandeira da Obra, ao som de “Ladack
entendermos ser uma excelente oportunidade para falar
Sherin”, entoado pelos eubiotas. Posteriormente, foi
ao público de Mato Grosso e, em especial, aos Irmãos
dada entrada à Bandeira do Brasil e executou-se o Hino
Maçons e seus familiares, sobre o Manu do Século XX e
Nacional.
sua prodigiosa Missão.
Devido ao público ser, em sua maioria, constituído
O convite nos chegou através do nosso V. I.
de Maçons e Eubiotas, aproveitamos a singular
Márcio Cambahuba, responsável pela Representação
oportunidade para falar, além da Vida e da Obra de nosso
da SBE naquela cidade e Irmão Maçom, sendo
Mestre, sobre Instituição SBE, a Iniciação Eubiótica e,
um dos fundadores da Loja Maçônica que ostenta,
em especial, complementando o tema, abordar a estreita
orgulhosamente, o nome de nosso Mestre como patrono.
ligação entre a Eubiose e a Maçonaria. Com relação a esse
Vale ressaltar o belíssimo trabalho desse Irmão na difusão
especial aspecto, transcrevemos alguns trechos abaixo,
da SBE e seus avançados ensinamentos.
enfatizando tal ligação e corroborando-a com alguns
Tratou-se de uma Sessão Conjunta, organizada pela
pronunciamentos do nosso Excelso Mestre.
Junho - Setembro/2012
17
Após essa abordagem, ser-nos-á possível observar,
de forma bem mais cristalina, a estreita relação entre
essas Ordens. Já, no final do século XIX e início do século
XX, a Maçonaria teve um papel importantíssimo na vida
de nosso Mestre, quando os Irmãos do Grande Oriente
do Brasil e do Grande Oriente Lusitano deram ampla
cobertura ao Barão Henrique Antunes da Silva Neves e
esposa, e ao, então, jovem Henrique José de Souza, por
ocasião dos acontecimentos em Portugal (no episódio
da Rua Augusta), que culminaram com a Fundação
Espiritual da Obra, levada a efeito em 28 de setembro de
1921, em São Lourenço, Minas Gerais (Revista Dhârana
231 – 1996).
Francisco Feitosa proferindo a palestra
No dia 11 de junho de 1949, o Professor Henrique
recebeu, no Rio de Janeiro, na, então sede da instituição,
uma delegação de maçons americanos, do Rito de York, a
qual o saudou como seu Chefe Secreto.
Mais tarde, três Mestres Maçons, integrantes
da, então, STB, orientados pelo Professor Henrique,
desejosos do engrandecimento espiritual da humanidade
e conhecedores dos Mistérios da Obra de JHS, foram
incumbidos de criar uma Loja Maçônica, a Loja
Estrela do Ocidente, com o propósito de espargir,
maçonicamente, os excelsos ensinamentos do Mestre
JHS.
Sua intenção com a criação da Loja Estrela do
Ocidente, em São Paulo, em 28 de setembro de 1962, e
das demais Instituições que vieram a se formar, a partir
de então, era a de criar círculos de atividades por onde
fluísse o conhecimento de sua Missão, a Missão “Y”. Essa
Loja mantém, desde sua criação, em homenagem ao seu
Mentor Espiritual, um “Trono Vazio”, além de um quadro
com sua fotografia, em uma sala chamada “Templo do
Ocidente”, que antecede à entrada do Templo Maçônico.
Posteriormente, com a “descida” do nosso Mestre,
para dar mais eficácia ao trabalho da Loja Estrela do
Ocidente, foi criada uma Instituição Paramaçônica, com
fins espiritualistas, chamada LPD – Liga Progressista
Democrática, fundada em 21 de abril de 1964, na cidade
de São João del Rey. Na época, a LPD foi convidada pelo
Grande Oriente do Brasil, SP, para ser a porta-voz do
mundo maçônico para os profanos. Servia como um elo
da Maçonaria com a, então STB, hoje, SBE.
Ana Paula Cambahuba (Astaroth - Cuiabá - MT) e a Bandeira da Obra
Outorga do diploma à Eubiose
Em 21 de abril de 1967 foi fundada a Loja Maçônica
Graal do Ocidente, no Oriente de São João del Rey, MG,
subordinada ao GOB-SP. Transcrevemos parte da Ata de
Fundação:
“Pela Graça de Deus e do nosso Mentor, Professor
Henrique José de Souza, os Irmãos que assinam o presente
termo, todos subordinados ao GOB, SP, desejosos de
trabalhar para o engrandecimento do Brasil e para o
Advento Cíclico da Nova Civilização, através dos princípios
eubióticos de Liberdade, Igualdade e Fraternidade, a fim
Genilto Nogueira (Maçom/Manu Cuiabá - MT) entrega
o diploma ao palestrante
Junho - Setembro/2012
18
de render preito de homenagem e manter, constantemente,
lembrado o nome do patrono nacional – Joaquim José
da Silva Xavier, o Tiradentes – Mártir e Herói da
Independência do Brasil, vêm ao Oriente de São João Del
Rey, MG, incorporados em comissão em visita ao Oriente,
onde nasceu esse nosso Irmão, comprometendo-se, nesta
Sessão Especial da Aug... Ben... Benf ...Resp... Subl... Loja
Capitular “Charitas”, a fundar, no Oriente de São Paulo,
Capital, uma Loja Maç... com o título distintivo de “Graal
do Ocidente”, que funcionará no R... E... A... A... , no Templo
Estrela do Ocidente, sob a égide “Ex-Ocidente Lux”,
fundamentada na “Lux Populi Dei”, e Missão denominada
“Y”, na comunhão de Paz e Amor Universal, subordinada
ao GOB, SP” (Assinam 40 Irmãos).
Foi criada, também, a Loja Maçônica Cavaleiros do
Ocidente nº 1834, Oriente de São Paulo, GOB, SP, 07
de setembro de 1971. Com isso, formava-se uma tríade:
Loja Estrela do Ocidente, ligada ao Pilar da Sabedoria,
representando a parte filosófica do conhecimento
eubiótico; Loja Cavaleiros do Ocidente, ao Pilar da Força,
representando os protetores da doutrina eubiótica; Loja
Graal do Ocidente, ao Pilar da Beleza, empenhando-se na
comunhão espiritual da comunidade maçônica.
Reerguida em 21 de abril de 1977, retoma suas
atividades a Loja Simbólica Ypiranga nº 83, Oriente de
São Paulo, SP, fundada em 15 de junho de 1847, que teve
o papel de salvaguardar e proteger o trabalho, a tradição e
o vínculo entre a Ordem Maçônica e a Loja LPD.
Existem documentos que comprovam, anterior
à Loja Ypiranga, existir um clube político, de nome
“Pátria”, visitado por D. Pedro I, atualmente, substituído
pela Liga Progressista Democrática – LPD, mantida pela
Loja Ypiranga. Consta, também, em seus anais, que a
Marquesa de Santos presidiu, honorariamente, essa Loja.
No Rio de Janeiro, foi fundada a Loja de Estudos
e Pesquisas Professor Henrique José de Souza, 09 de
setembro de 1985, que funciona no primeiro domingo de
cada mês e, sempre, em Loja de Estudos, com palestras e
seminários.
Nessa Loja, tivemos a oportunidade de receber a
visita do V. Grão-Mestre da OSG, Helio Jefferson de
Souza, por ocasião das comemorações de aniversário
da mesma. Um fato marcante aconteceu quando nosso
Grão-Mestre e sua digníssima esposa, Dona Nízia, deram
entrada sob a abóbada de aço, formada pelas espadas dos
Maçons, ao som de Ladack Sherin, cantado por todos,
já que a Loja é formada, em sua maioria, por MaçonsEubiotas.
Em 02 de maio de 1995, na III Convenção
Internacional de Eubiose, no Porto, em Portugal, uma
delegação do Grande Oriente de Santa Catarina e do
Márcio Cambahuba (Maçom/ Representante da
SBE Cuiabá-MT/organizador do evento) foi homenageado
Supremo Conselho do Grau 33º (RS) prestou uma
homenagem ao Presidente da SBE e Grão-Mestre da
OSG, Hélio Jefferson de Souza, e reconheceu o Professor
Henrique José de Souza como Avatara Integral e
preparador da humanidade para a vinda do Avatara da
Era de Aquarius.
Foi criada, em 10 de agosto de 1995, a Loja Maçônica
Peregrinos do Graal nº 468, Oriente de São Paulo,
jurisdicionada à Grande Loja do Estado de São Paulo.
Já na cidade de Tubarão, em Santa Catarina, foi criado o
Conselho de Cavaleiros Kadosch Henrique José de Souza.
A Loja Simbólica Henrique José de Souza nº 49,
palco de nossa palestra, na cidade de Cuiabá, foi fundada
em 09 de setembro de 2003. Idealizada pelo nosso V.I.
Ronan Gomes Vilar, fundada por 11 Irmãos, Maçons e
Eubiotas, dentre eles, destacamos, também, a presença
do V.I. Márcio Cambahuba, atual Representante da SBE
na cidade de Cuiabá.
Em 17 de julho de 2010, coube-nos a honra de fundar o
Consistório de Príncipes do Real Segredo Cavaleiros do
Santo Graal, na Sacrossanta Cidade de São LourençoMG, Capital Espiritual do Mundo. Esta Loja filosófica,
responsável por iniciar os Irmãos nos Graus 31º e 32º
do Rito Escocês Antigo e Aceito, está subordinada à
14ª Inspetoria Litúrgica de MG, em cuja frente temos a
subida honra de estar como Grande Inspetor Litúrgico,
sob a jurisdição do Supremo Conselho do Grau 33º do
R... E... A... A... da Maçonaria para a República Federativa do
Brasil. Em nossa Inspetoria Litúrgica contamos, também,
com a prestimosa participação do Irmão Eubiota-Maçom
Junho - Setembro/2012
19
João Geraldo de Freitas Camanho, Delegado Litúrgico e
um dos revisores desta Revista.
O V. Grão-Mestre da OSG, ao longo de sua
presidência, procurou manutenir esse harmonioso
relacionamento entre as duas Ordens, em diversos
momentos. A exemplo de 1995, quando foi recebido
pelo Grão-Mestre Geral do Grande Oriente do Brasil,
em Brasília, o então, Eminente Irmão Francisco
Murilo Pinto. Tal visita foi retribuída no Templo de
São Lourenço, quando o Eminente Grão-Mestre e sua
Comitiva participaram de um Ritual Eubiótico, um
momento memorável, de que tivemos o privilégio de
participar.
Outro marcante acontecimento se deu em Londres,
quando o V. Helio foi recebido pelo Grão-Mestre da
Grande Loja Unida da Inglaterra, considerada a Grande
Loja Maçônica Mãe do Mundo.
A Eubiose e a Maçonaria são as duas colunas
que mantêm firme e resistente o majestoso Templo
da Verdade, como nos esclarece o trecho abaixo, nas
palavras do Professor Henrique José de Souza, publicadas
na Revista Dhâranâ nº 231, Ano 72, 1996, página 5:
“A Teosofia (Eubiose) é a Sabedoria dos Deuses, no
seu duplo aspecto de Amor e de Verdade. A Maçonaria, por
sua vez, é a gloriosa mensageira da Verdade e do Bem, que,
através dos séculos, vem abrindo largo sulco de caridade
e de justiça. Ambas se fundem numa só Força e Poder,
porquanto representam as mais valiosas correntes para
organização do edifício social, os meios mais eficientes
para a realização do sublime ideal da Hierarquia Oculta, a
fraternidade humana, e, ainda, o poder mágico e infalível
de cada homem poder decifrar o misterioso enigma de
Esfinge Interna”.
Ainda, fazendo alusão à Maçonaria, transcrevemos
mais um trecho com as palavras do nosso Mestre JHS,
Revista Dhâranâ nº 231, Ano 72, 1996, página 17:
“Os grandes Seres que dirigem o destino da
humanidade, principalmente, Aquele que se acha à
frente da grande Obra da América Latina, servem-se de
todos os grandes centros de atividades espiritualistas. A
Maçonaria será, talvez, a que maiores serviços prestará à
causa que nos empolga, porém já está entendido, passando
pela grande reforma de que se vem ressentindo há tempo.
Mister se faz que o “Ramo da Acácia” de todos os tempos
não venha a secar sobre o túmulo glorioso dos seus
antepassados!
Os tempos são chegados, e Hiram vai ressuscitar
dentro de cada um daqueles que quiserem imitar o eterno
gesto do Supremo Arquiteto: construir, edificar cousas
belas e perfeitas para a Grande Obra da humanidade.
Maçons e Teósofos (eubiotas), uni-vos! Uni-vos na
verdadeira fraternidade, para construirmos um Brasil
Árvore Acácia
digno de ser o Berço da Nova Civilização, a nação
portadora da espiritualidade para a Nova Era!”
Portanto, torna-se mais do que notória a estreita
ligação entre essas duas nobres Instituições: a Ordem
Maçônica, possuindo uma estrutura organizacional
fantástica, sendo inegável sua facilidade de comunicação
e representatividade em todos os quadrantes do planeta;
a Sociedade Brasileira de Eubiose, detentora dos mais
excelsos ensinamentos na atualidade, deixados por nosso
Mestre, em sua prístina pureza, a fim de reconstruir e
preparar o mundo para o Grande Advento da Era de
Aquarius.
Coube-nos a honra de, eubioticamente, como
um humilde arauto da Obra de nosso Mestre e,
maçonicamente, como um (re) construtor do
edifício humano, atender ao convite da Maçonaria
Matogrossense, saciando-lhes a sede do saber sobre
a Vida e a Obra de nosso Augusto Mestre, o que nos
possibilitou espargir seus excelsos ensinamentos,
despertando-os para o verdadeiro Caminho da Iniciação.
Permita-nos encerrar com as palavras do Mestre JHS:
“Reconstruir é o brado que nos compete! Sim,
reconstruir o homem, o pensamento, a moral, os costumes;
reconstruir o Lar, a Escola, o Caráter, para que o cérebro se
transmude ao lado do coração. Só assim, a humanidade se
tornará digna do estado de consciência que é exigido pela
Nova Civilização”.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
SOUZA, Henrique José de. Revista Dhâranâ nº 231, Ano 72,
1996, páginas 5 e 17. São Lourenço: Ed. CEP, 1996.
Junho - Setembro/2012
20
EXPEDIENTE
SOCIEDADE BRASILEIRA DE EUBIOSE
www.eubiose.org.br
Fundador: Henrique José de Souza
Presidente: Hélio Jefferson de Souza
1º Vice-Presidente: Jefferson Henrique de Souza
2º Vice-Presidente: Selene Jefferson de Souza
DHÂRANÂ ONLINE
divulgaçã[email protected]
Diretor de Divulgação: Laudelino Santos Neto
Editor Geral: Ana Maria Muniz de Vasconcellos Corrêa
Editor de Texto: Laudelino Santos Neto
Revisores: Francisco Feitosa da Fonseca e José Geraldo de Freitas Camanho
Conselho Editorial: Alberto Vieira da Silva, Ana Maria Muniz de Vasconcellos Corrêa, Angelina Debesys,
Celina Tomida, Dirceu Moreira, Eurênio de Oliveira Jr., Francisco Feitosa da Fonseca, Laudelino Santos
Neto (presidente) e Silvio Piantino.
Logo da Dhâranâ Online: Marcio Pitel
Dhâranâ Online, Revista de Ciência, Filosofia, Arte e Religiões Comparadas é uma publicação quadrimestral
Órgão oficial da Sociedade Brasileira de Eubiose - SBE.
Editada pelo Conselho de Estudos e Publicações - Setor Editorial. Ano I – edição 2 – junho a setembro de 2012
O conteúdo dos artigos assinados é de total responsabilidade de seus autores. Não é permitida a reprodução parcial ou total do conteúdo
desta publicação, em qualquer meio, sem a prévia autorização da SBE. Os trabalhos para publicação deverão ser enviados para o e-mail:
divulgaçã[email protected] com o máximo de 2.500 palavras.

Documentos relacionados

PDF - Sociedade Brasileira de Eubiose

PDF - Sociedade Brasileira de Eubiose na SEMENTE (que de há muito vimos semeando, principalmente no Brasil, como ,”Santuário que é da Iniciação do gênero humano a caminho da sociedade futura”. E finalmente no mundo inteiro). Assim é qu...

Leia mais

EDITORIAL - Sociedade Brasileira de Eubiose

EDITORIAL - Sociedade Brasileira de Eubiose DHÂRANÂ serviu, pois, de “sumo controle do Pensamento”, para que, Dhyâna abrisse suas "Portas de Oiro" a Samadhi, além do mais, através de desconcertantes fenômenos psíquicos, que o vulgo denomina ...

Leia mais

7.3 MB - Sociedade Brasileira de Eubiose

7.3 MB - Sociedade Brasileira de Eubiose REVISTA ONLINE QUADRIMESTRAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE EUBIOSE - ANO II– Nº 4 FEVEREIRO A MAIO DE 2013

Leia mais