Olimpíada muda opinião do brasileiro de pessimismo para orgulho

Transcrição

Olimpíada muda opinião do brasileiro de pessimismo para orgulho
LEGISLAÇÃO APROVA
EXIGÊNCIA DE GUIAS DE
TURISMO EM EXCURSÕES
EM CURITIBA
JORNAL
Pág. 09
Curitiba, 2ª quinzena de agosto de 2016 | Edição 34
Olimpíada muda opinião do brasileiro
de pessimismo para orgulho
Fernando Frazão
PÁG. 02
atos
Seha promove encontros entre candid
à prefeitura e empresários de Curitiba
EDIÇÃO ESPECIAL
O
RAFAEL NEY REQUIÃO MARIA GUSFRUTAVET
GRECA LEPREVOST FILHO VICTÓRIA
SEHA convidou principais
candidatos e apresentou
agenda do setor
o participaram de
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Os empresários dos setor
Durante os eventos,
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dos candidados foi as cinco melho
Na Itupava
Comissão analisa
Polo Gastronômico
Pág. 02
Estrangeiros
Isenção de vistos
favoreceu 40 mil
Comida de Boteco
Carne de Onça vira
Patrimônio Cultural
Pág. 15
Pág. 03
Novo mercado
Liberação de cassinos
avança na Câmara
Pág. 04
2
Curitiba,
2ª quinzena de agosto de 2016
EDITORIAL
PROJETO
Nós fazemos acontecer
Comissão analisa Polo
Gastronômico da Itupava
U
Por mais uma vez
o SEHA, com apoio
e sugestões de todo
trade, fez a diferença.
Convidamos os cinco
melhores colocados
na corrida à prefeitura de Curitiba para
um bate papo com os
empresários ligados
aos ramos de hospedagem e alimentação
no Sindicato.
E para quem não
pode estar conosco e
conferir os encontros
ao vivo, preparamos
um caderno especial nessa edição que
possibilita a nossos
associados e filiados diferenciar quem
é quem na corrida
rumo ao comando da cidade.
Nas páginas a seguir, é possível encontrar a agenda
de proposta entregue aos candidatos e um pouco da
impressão da cada momento da passagem de cada um
deles pelo SEHA. Tudo isso acompanhado de uma entrevista, com perguntas iguais para todos, agindo da forma
mais democrática possível, para escutar todos os lados
e conhecer todas as ideias e propostas.
Leitura obrigatória para quem está antenado com
nossos interesses, das áreas de hospedagem e alimentação, e ainda não decidiu qual é a melhor escolha para
comandar nossa cidade.
Estamos próximos de mais uma eleição e não é hora
de se omitir, só com a participação de todos é que poderemos eleger representantes realmente compromissados
com nossos reais interesses.
Lembrando que os ramos de hospedagem e alimentação atualmente somados são os que mais geram empregos
e renda para a população no Brasil.
Como sempre, seguimos fazemos nossa parte. Com
muito orgulho!
Abraço a todos.
João Jacob Mehl
EXPEDIENTE
Jornalista Responsável
Pierpaolo Nota
Edição | Eliseu Tisato
Colaboração Comunicação FBHA
Rua Júlia da Costa, 64 - São Francisco - Curitiba - Paraná
Fone: (41) 3323 8900 www.seha.com.br
GESTÃO 2014-2017
João Jacob Mehl
Presidente Lincoln T. Isahias Tarquínio
Vice-Presidente Andersen Prado
Vice-Presidente para
assuntos de Alimentos e
Bebidas/Buffet
Zelir Tadeu Massuchin
Vice-Presidente para
assuntos de Hotelaria e
Hospedagem
Marilisa Bigarella
Vice-Presidente para
assuntos de Motéis Gustavo T Andrade
Vice-Presid. para assuntos
de Entretenimento e Lazer Orlando Kubo
Diretor Secretário Geral Julio César Hezel
Diretor Financeiro
Adelardo Telles Neto
Diretor para assuntos de
Pizzarias e Deliveries Aguilar Borsato Silva
Diretor Carlos Roberto Madalosso
Diretor para Ass. de Turismo
Ernesto Villela Neto
Diretor para assuntos
Governamentais Henrique Lenz Cesar Filho
Diretor para assuntos
Grandes Eventos Jacques Raul Rigler
Diretor para assuntos
Tributários e Fast Food João Ernesto Strapasson
Diretor
Marco Antônio Fatuch
Diretor Delegado Paulo Sérgio Gralak
Diretor de Patrimônio
Antonio Tanaka
Diretor para Assuntos
de Food Trucks e Marketing Conselho Fiscal: Jonel Chede Filho,
Alceu A Vezozzo Filho e Luiz
Fernando P de Aguiar
Conselho Fiscal Suplente: Jayme Canet Neto
e Joel Malucelli
m dos projetos que está
na pauta da Comissão de
Economia, Finanças e Fiscalização da Câmara Municipal de
Curitiba é o que pretende criar o
Polo Gastronômico da Itupava, no
trecho da rua entre a Prefeito Ângelo Lopes e a Shichller, no bairro
Hugo Lange. O objetivo, justifica
a matéria, é estimular o comércio
e promover a gastronomia local.
O artigo 121 do Plano Diretor
determina o incentivo à criação
de polos gastronômicos, que são
“aglomerações urbanas, caracterizadas por localizarem-se em
locais de passagem comercial,
capazes de promover transformações para a expansão de
produtos e serviços de natureza
gastronômica, através da formação de parcerias, acordos e convênios, aumentando a condição
de produção local, aproximando
os agentes do setor e permitindo
a qualificação permanente do
segmento, em prol do crescimento econômico e social, assim
como o fortalecimento da identidade local”.
Conforme o projeto, apresentado em 16 de junho, o Polo
Gastronômico da Itupava deverá
preservar os seguintes critérios:
o livre trânsito de veículos e
pedestres; a segurança local; a
harmonia estética; a sinalização
indicativa dos estabelecimentos
participantes; o combate ao
comércio ambulante irregular;
a realização de apresentações
musicais, poéticas e artísticas;
de festivais e encontros gastronômicos e culturais; e a melhoria
da iluminação e calçadas.
O projeto, de autoria do vereador Bruno Pessuti, ainda será
tema de discussão da Comissão
de Urbanismo, Obras Públicas e
TI. Só depois disso a proposição
deve seguir para votação em
plenário da Câmara Municipal e
se aprovada, será encaminhada
para sanção final do prefeito,
para aí sim virar lei. Ainda não
há previsão de data para que
isso aconteça.
BRASILEIRO
Olimpíada muda opinião
de pessimismo para orgulho
E
studo realizado desde janeiro do ano passado pela
agência de publicidade
Nova/SB e pela plataforma de
monitoramento digital Torabit
revela a mudança de opinião do
brasileiro em relação aos Jogos
Rio 2016, de pessimismo, antes,
para orgulho após o evento.
A sondagem acompanhou 4,9
milhões de postagens sobre os
Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro na internet, em todo o Brasil,
organizando mais de 140 grupos
de discussão com homens e mulheres da classe C, na faixa dos 18
aos 50 anos de idade, nas cidades
do Rio de Janeiro e São Paulo. O
estudo foi concluído em agosto
deste ano.
O discurso era crítico em relação à Olimpíada, demonstrando
preocupação com a realização dos
Jogos Rio 2016, diante da crise
econômica no país, e afirmando
que havia um desvio de priori-
dades. As pessoas comparavam
a falta de legados após a Copa de
2014 e mostravam temor de que
isso se repetisse na Olimpíada.
Em julho deste ano, as preocupações passaram a ser referentes
à organização do evento e à
questão da segurança, por medo
de atentados terroristas, além de
sofrimento com as obras do dia a
dia. Com a realização dos Jogos
Olímpicos, o pessimismo acabou
se transformando em orgulho
pelo sucesso alcançado, para o
país e o resto do mundo. Foram
constatados ganhos em mobilidade urbana, nas instalações olímpicas, que serão transformadas em
escolas de esportes, e na geração
de postos de trabalho, mesmo que
temporários.
REDES SOCIAIS
Durante os 19 dias da Olimpíada, a plataforma Torabit analisou
quase cinco milhões de postagens
em redes sociais, blogs, portais e
sites, escritas por 1,374 milhão
de pessoas, lideradas pelo Rio
de Janeiro (26% do total). “Foi o
estado que mais produziu posts
durante o período da Olimpíada”,
informa Caio Tulio Costa, fundador da plataforma.
Foi percebida queda na intolerância nas redes sociais na
questão relativa a gênero, cor e
sexualidade durante a Olimpíada.
As menções negativas sobre raça,
que alcançaram 98% nos três meses anteriores aos Jogos, caíram
para 39% durante os Jogos. No
que respeita à homofobia, foi
registrada queda de 12 pontos
percentuais na mesma comparação, passando de 94% no período
pré-Jogos para 82% durante o
evento. Costa destacou ainda o
número de menções positivas
sobre homofobia, que subiram
de 5% antes dos Jogos, para 17%
na Olimpíada.
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Erramos. Publicamos a
todos que a jornalista
Rosy Cardoso tem 90
anos e não 99 como foi
informado na última
edição.
Conte também com
acompanhamento em
ações trabalhistas
Curitiba,
2ª quinzena de agosto de 2016
3
VISÃO TÉCNICA
O CRIME DE ALOJAR-SE OU
TOMAR REFEIÇÃO SEM PAGAR
Francisco A. Noronha Neto
PARTE DA HISTÓRIA
Carne de onça vira
Patrimônio Cultural
Iguaria é comercializada em mais de 100 bares da
cidade, origem do prato remonta à década de 1940
V
otação unânime na Câmara
de Vereadores, dia cinco
de setembro, promoveu
a carne de onça, “uma comida
típica dos botecos”, a patrimônio
cultural imaterial de Curitiba.
“É uma forma de reconhecer as
nossas tradições, intensificar o
turismo e incentivar a gastronomia local, que gera renda e
empregos na cidade”, comemorou o vereador Helio Wirbiski,
autor da proposição. “Mais de
100 bares e restaurantes da
capital têm a carne de onça em
seus cardápios”, apontou o par-
lamentar. O prato, cuja origem
remonta à década de 1940, é
feito com carne bovina crua,
sobre broa escura, com bastante cheiro verde, cebola picada,
condimentos e azeite.
Foram 25 votos favoráveis.
“O projeto de lei”, disse o autor
da proposição, “foi um pedido
da população com o qual nós
concordamos, pois temos atuação
voltada ao empreendedorismo”.
“Alguém mais desinformado pode
achar que tornar a carne de onça
patrimônio cultural da cidade não
seja relevante, mas medidas como
essas trazem emprego, renda e
turismo para Curitiba”, insistiu.
Mais sete vereadores usaram da
palavra para elogiar a medida,
relatando suas experiências pessoais com o prato e qual lugar,
na opinião deles, serve a melhor
carne de onça da cidade.
De acordo com a lei municipal
, o patrimônio cultural é constituído pelo conjunto de bens de
natureza material e imaterial,
públicos ou privados, que façam
referência à identidade, à ação e
à memória dos diferentes grupos
formadores sociedade.
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Não é incomum que
clientes, especificamente
dos associados ao SEHA –
Sindicato de Empresarial de
Hospedagem e Alimentação,
por ventura, venham a se
hospedar ou se alimentar
nos estabelecimentos comerciais e, ao final, deixar de consumar o pagamento pelos serviços
prestados. Muitos desses clientes,
após não realizarem o pagamento,
argumentam, após utilizarem dos
serviços, que não tem dinheiro
para tal, ou pior, simplesmente
se evadem do local sem qualquer
justificativa, deixando o empresário no prejuízo.
Pensando nisso, o legislador
estabeleceu no artigo 176 do Código Penal que: “Tomar refeição em
restaurante, alojar-se em hotel ou
utilizar-se de meio de transporte
sem dispor de recurso para efetuar
o pagamento: Pena – detenção, de
15 (quinze) dias a 2 (dois) meses,
ou multa.” Logo trata-se de crime,
ainda que baixa a pena, devendo
o agente, causador do dano, ser
punido pelo seu ato.
O objetivo deste artigo repressivo é evitar qualquer pessoa de
obter proveito indevido, representado pelo fato de usufruir de
tais serviços sem pagá-los.
Primeiramente, é de extrema
importância afirmar quem pode
ser vítima desse crime. A lei traz
em seu escopo, em sua literalidade,
que apenas seriam o restaurante e
o hotel, porém não são só estes os
sujeitos passivos (vítimas) desse
crime. O código penal utilizou esses exemplos em sentido lato, isto
é, a palavra restaurante abrange
todo e qualquer estabelecimento
comercial em que preparam e vendem comidas ao público como lanchonetes, quiosque, bares e, ainda,
boates e casas de show. Da mesma
forma quando descrito na lei, da
hospedagem em hotel, sendo que
se trata do mesmo crime alojar-se,
sem recurso para o pagamento, em
motéis, hospedarias, pensões, hostels, etc. Logo qualquer associado
do SEHA – Sindicato Empresarial
de Hospedagem e Alimentação
pode ser vítima desse crime.
O agente, autor desse crime,
pelo descrito no artigo 176, do
Código Penal, o comete quando efetiva a conduta de tomar
refeição em restaurante (e de-
mais estabelecimentos que
disponibilizam serviços
alimentícios e de bebidas);
aloja-se em hotel (e demais
estabelecimentos que disponibilizam serviços de
hospedagem) e; utiliza meio
de transporte, sem que haja
disponibilidade de recursos
necessários para efetuar o pagamento desses serviços.
Interessante é que no caso de
“alojar-se em hotel”, para a configuração do crime, é necessário
apenas que seja prestado o serviço por breve período de tempo,
não sendo necessária a utilização
de período completo, ou seja,
caso o pretenso hospede apenas
aloja-se para tomar um banho e
descansar por breve período, já o
suficiente para o cometimento e
caracterização do crime.
Ainda, no que nos interessa,
quanto a “tomar refeição em
restaurante”, importante frisar, o
agente autor não necessariamente
precisa apenas comer, tendo a
palavra refeição sentido amplo,
o que também engloba bebidas.
Analisado o delito, é de se destacar que o crime é consumado
apenas no momento em que o
pratica um dos comportamentos
acima descritos, sem que para
tanto tenha recursos para o adimplemento dos serviços prestados.
Por fim, esclarece que tal crime
é um delito de ação penal pública
condicionada à representação,
isto é, para que seja, o agente do
crime, levado ao poder judiciário
para julgamento, é necessário
que o estabelecimento comercial
reporte o dano na delegacia de
polícia de sua região, proceda a
realização de boletim de ocorrência para que a polícia civil tome
as medidas cabíveis e aguardar o
deslinde processual, ou por meio
de advogado para que, caso inerte
a delegacia de polícia, faça suas
vezes e de andamento ao caso.
Francisco A. Noronha Neto é advogado inscrito na Ordem dos Advogados
do Brasil sob o nº 68.222/PR, militante
na seara penal, graduado pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná
– PUCPR, especialista em Criminologia,
Política Criminal e Segurança Pública
pelo Instituto Luiz Flavio Gomes de
Ensino – Uniderp, epecializando em
Processo Penal pelo Instituto Luiz
Flavio Gomes de Ensino – Uniderp,
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4
Curitiba,
2ª quinzena de agosto de 2016
COMISSÃO ESPECIAL
Cassinos avançam na Câmara
Após atuação decisiva da FBHA, aprovação do relatório de regulamentação
da atividade será levado a votação em Plenário
A
liberação de funcionamento
dos cassinos no Brasil está
mais próxima. O relatório
que legaliza as atividades deste
negócio (e de outras modalidades
hoje proibidas, como bingos e
caça-níqueis) acaba de ser aprovado, na Câmara dos Deputados,
pela comissão especial que discutiu o marco regulatório dos jogos
no País. O Projeto de Lei, que tramitava desde 1991 e que segue
agora para votação em Plenário,
é fruto de mais de dez meses de
trabalho - tanto dos deputados da
comissão, quanto da Federação
Brasileira de Hospedagem e Ali-
mentação (FBHA), que municiou
parlamentares com informações e
dados sobre os impactos positivos
da regulamentação da atividade de exploração dos cassinos,
sobretudo no atual contexto de
crise econômica, como participou
de audiências públicas para apresentar nuances pouco abordadas
sobre o assunto, como o impacto
positivo da legalização sobre a
economia e o turismo brasileiros.
“A mobilização do empresariado do setor hoteleiro, neste
novo momento político pelo qual
passamos, foi decisiva para o
avanço desta proposta legislati-
va, que agora, com a aprovação
final, resultará em mudanças que
levarão o turismo nacional a um
novo patamar de rentabilidade,
competitividade e atratividade.
Dada a relevância do tema, seguiremos atuando com vigor até
obtermos a aprovação final da
matéria”, afirma o presidente da
FBHA, Alexandre Sampaio. Em
artigo recém-publicado pelo jornal Correio Brasiliense, Sampaio
defendeu a regulamentação dos
hotéis-cassinos, que movimentará
cerca de R$ 15 milhões por ano,
entre receitas, salários e impostos, e estimulará a geração de
Segundo Sampaio, regulamentação dos hotéis-cassinos movimentará cerca de
R$ 15 milhões por ano, entre receitas, salários e impostos, e estimulará a geração
de 400 mil novos postos de trabalho
400 mil novos postos de trabalho.
Pelo projeto que será levado
ao Plenário, os cassinos só poderão funcionar em estabelecimentos hoteleiros integrados,
com áreas múltiplas de hotelaria, lazer e espaços culturais.
Os estados com mais de 25
milhões de habitantes poderão
ter até três cassinos. Aqueles
com população menor que 15
milhões, apenas um. E, entre
15 milhões e 20 milhões, dois
estabelecimentos.
Ainda pelo texto aprovado,
os hotéis onde funcionarão os
cassinos terão que oferecer um
número inimaginável de quartos,
que irá variar entre 100 (para estados com menos de 5 milhões de
habitantes) até mil (estados com
população superior a 25 milhões
de pessoas). O relatório abriu uma
exceção para a existência de cassinos em municípios de estâncias
hidrotermal que já abrigaram
estes estabelecimentos, como
Caldas Novas, em Goiás, e outras
cidades mineiras. As concessões
terão validade de 30 anos e serão feitas por meio de licitação,
realizada pela modalidade de
concorrência pública por técnica
e preço.
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Curitiba,
2ª quinzena de agosto de 2016
5
Seha promove encontros entre candidatos
à prefeitura e empresários de Curitiba
RAFAEL NEY REQUIÃO MARIA GUSTAVO
GRECA LEPREVOST FILHO VICTÓRIA FRUET
Os empresários dos setores de hospedagem e alimentação participaram de
encontros com os candidatos à Prefeitura de Curitiba 2016. Durante os eventos,
além da oportunidade do empresariado avaliar os planos de governo de cada
candidato, também foi entregue a agenda de propostas, elaborada em conjunto
pelas entidades Abrasel-PR, Abih-PR, Amopar, CCVB e Seha. O critério para convite
dos candidados foi as cinco melhores posições nas pesquisas oficiais já divulgadas.
6
Curitiba,
2ª quinzena de agosto de 2016
Confira agenda de propostas
entregues aos principais candidatos
à prefeitura de Curitiba
O
Trade de Turismo
se reuniu para o
desenvolvimento
das atividades turísticas,
oportunizando ao município,
empresas e entidades a
dinamização do setor,
com o objetivo de geração
de emprego, renda e a
sustentabilidade dos polos com
potencialidades turísticas em
Curitiba.
Constituída pelas
principais associações e
sindicatos empresariais
do setor turístico, ou seja,
hospedagem, gastronomia,
captação de eventos, e de
profissionais liberais do
turismo, representa um
segmento empresarial que
gera 4% do PIB estadual,
e possui mais de 22.000
empresas; sendo o segmento
que mais emprega no Brasil.
As sugestões adiante
expressas compõem o
consenso do pensamento
dentre as principais lideranças
empresariais do setor turístico
de nosso Município.
O objetivo deste documento
é contribuir com a elaboração
do programa de ação voltado
ao setor de turismo.
GOVERNANÇA DO TURISMO
• Órgão representativo do
setor, com força articuladora
perante a PMC e outras
instituições – Criação da
Secretaria Municipal do
Turismo;
• A indicação dos nomes
para o cargo de Presidente
do Instituto Municipal do
Turismo/ou do Secretário
para a Secretária Municipal
do Turismo advir do trade de
turismo;
• Conselho Municipal
de Turismo possuir poder
deliberativo, com a eleição do
seu Presidente pelos membros
do conselho, e possuir um
calendário anual de reuniões.
ORÇAMENTO PARA O TURISMO
• Criação do Fundo Municipal
de Turismo (FMT);
• Redirecionamento de
um percentual sobre o ISS
recolhido pelo trade para
constituir a receita do Fundo
Municipal de Turismo;
• FMT ser gerido pelo
Conselho Municipal de Turismo
(COMTUR);
• Somente com esta
previsão orçamentária teremos
condições de mostrar nossa
cidade para o Brasil e no
Exterior;
TURISMO DE NEGÓCIOS E
EVENTOS
• Aprovação do projeto de
Redução do ISS para a cadeia
de eventos – congressos e
shows (de 5% para 2%), em
busca de competitividade.
A redução visa enfrentar à
concorrência de outros estados
e municípios na captação
de eventos, os concorrentes
reduzem o ISS local para
se tornarem mais atrativos
financeiramente, e a nossa
alíquota está muito acima ao
da concorrência;
• Centro de Convenções
de Curitiba – projeto de
viabilidade e execução,
convocação das entidades que
compõem o trade de turismo
para contribuir com o projeto.
Dar ciência aos principais
empresários paranaenses
sobre esta iniciativa,
proporcionando-lhes a
oportunidade de investimento;
• Planejamento para
uma Curitiba de grandes e
megaeventos;
• Sensibilização dos órgãos
públicos sobre o processo de
captação e apoio a eventos em
Curitiba e RMC;
MARKETING DE DESTINO
• Desenvolvimento de
um plano estratégico de
comunicação e marketing - em
conjunto e integrado com a
Secretaria de Comunicação
Social;
• Incentivo a campanhas/
eventos promocionais: Festival
de Inverno, Curitiba Viva; o
Natal – Atrações do Coral,
incentivo a iluminação natalina
da cidade, com vistas a
inclusão no roteiro de visitação
turística, e outros;
• Apoio na divulgação do
destino como a cidade que está
entre as 15 melhores cidades
classificadas pela Unesco;
POLITICAS PÚBLICAS
ESPECIFICAS PARA
DESENVOLVIMENTO DE POLOS
GASTRONÔMICOS:
• Dar tratamento
diferenciado para áreas
de grande concentração
de bares e restaurantes. O
objetivo é ter mais agilidade
e flexibilidade em projetos
especiais que contemplem
calçadas, recuos, paisagismo,
iluminação, segurança e
transporte público em áreas
já existentes ou que venham
a se consolidar. Ao dar
tratamento diferenciado aos
polos gastronômicos a cidade
fomenta o turismo, garantindo
satisfação e segurança ao
visitante, e desenvolvimento
econômico, geração de
empregos e crescimento
sustentável para o setor.
• Mapeamento dos polos
gastronômicos, incentivos e
suporte ao desenvolvimento
das áreas que preencham
os requisitos, e que serão
inseridas no Plano Diretor
para desenvolvimento a curto,
médio e longo prazo;
• Melhor negociação
dos espaços públicos;
Infraestrutura e Planejamento
Urbano
• Manutenção e segurança
pública eficientes dos atrativos
turísticos já existentes;
• Plano de desenvolvimento
das regiões turísticas
gastronômicas;
• Conselho de Arquitetura
– para desenvolvimento dos
polos turísticos com estrutura
arquitetônica planejada;
• Local apropriado destinado
para o estacionamento de
ônibus de turismo; e espaço de
desembarque nos hotéis;
• Qualificação da estrutura
municipal para a recepção do
turista, com cordialidade e
hospitalidade;
APOIO E FORTALECIMENTO
PARA AS ENTIDADES DO TRADE
• Outorga de alvará de
localização e funcionamento
às empresas somente
mediante prova de quitação
da contribuição sindical,
baseado na Constituição
Federal (CF), em seu artigo
8o, e na Consolidação das Leis
Trabalhistas (CLT), artigo 608;
• Manutenção no Conselho
Municipal de Urbanismo (CMU)
das entidades representativas
do setor, conforme decreto
que designa a composição dos
membros da CMU, anterior e o
vigente;
RECEPTIVO NO
AEROPORTO AFONSO PENA
• Aproveitamento do espaço
concedido pela Infraero para a
recepção dos turistas;
• Realizar acordo de
cooperação com a Prefeitura
Municipal de São José dos
Pinhais com a finalidade
de promovermos maior
hospitalidade e informações
aos turistas.
Entidades que elaboraram a pauta de reivindicações aos candidatos
Curitiba,
2ª quinzena de agosto de 2016
7
Rafael Greca
“Vou fechar a Secretaria de Turismo”
Greca também salientou
que não pretende construir
um Centro de Convenções e
Exposições Municipal
R
afael Greca foi o primeiro a participar do encontro com empresários do trade de turismo no SEHA.
Falou muito e escutou pouco. Prometeu
enxugar a máquina pública e entre os
cortes, acabar com a Secretaria de Turismo, ou seja, com o Instituto Municipal
de Turismo de Curitiba. Salientou que
quando foi prefeito da capital paranaense divulgava a cidade via Fundação
Cultural. Deu conselhos para vários
empresários e ao final cantou em alto e
bom som o hino de Curitiba.
O que o levou a se candidatar à prefeitura
de Curitiba?
Rafael Greca – Escolhi ser novamente candidato a Prefeito de Curitiba porque não
aguentei ver a cidade abandonada. Como
curitibano decidi sair da minha zona de
conforto para lavar o que precisa ser limpo,
reerguer o que está caído, reconstruir o que
foi destruído e requalificar os principais
serviços básicos da nossa cidade. Quero
novamente uma Curitiba inovadora e referência para outras cidades do mundo, como
já foi um dia. Quero resgatar a autoestima
da nossa população e a curitibanidade da
nossa gente. Tenho muito o que fazer por
Curitiba e irei fazer. Me aguardem.
Qual sua visão sobre turismo?
Rafael Greca - O turismo é uma das ferramentas de desenvolvimento de uma
cidade, bem como o seu melhor cartão
postal. Ele possibilita a cidade se abrir para
visitantes que por sua vez deixam recursos
e incrementam o comércio e os negócios
locais. A cidade não presta para ser visitada
se não for boa para os seus habitantes. Por
isso quero uma Curitiba limpa, iluminada,
despoluída, reerguida para que possamos
atrair turistas e negócios que movimentem
a cidade e gerem rendas e empregos.
Quais suas propostas para o turismo na
cidade?
Rafael Greca – O turismo é a arte de bem
receber. E a nossa proposta contempla pelo
menos três eixos de fomento ao segmento:
Turismo de Urbanismo e Negócios, Turismo
Étnico e Ecológico e Turismo de Eventos.
Quero aproveitar os 24 parques de Curitiba, 16 bosques e um Jardim Botânico e sua
identidade de capital ecológica do Brasil,
conciliada com a ideia de que a cidade
é uma rua que passa por muitos países,
para gerar emprego e renda. Dessa forma
pretendo incentivar os roteiros metropolitanos e intermunicipais para que a permanência nos hotéis de Curitiba seja maior
que três dias. Quero também conciliar o
bairro gastronômico de Santa Felicidade e
o setor histórico do Largo da Ordem com
o pavilhão de Etnias onde apresentações
folclóricas criarão uma atração noturna.
Pretendo estimular o polo gastronômico
nos eixos do Batel; Vicente Machado /
Praça Espanha; Largo da Ordem; Mateus
Leme; Santa Felicidade e Sertanejo.
Na área de eventos vamos otimizar os
equipamentos já existentes de notável
qualidade para atrair os grandes players e
incluir no calendário nacional como opção
de roteiro as grandes festas de Curitiba,
como o Natal, a Páscoa e os Festivais de
Teatro e de Música.
Em seu entendimento qual a principal
função do Instituto Municipal do Turismo?
Rafael Greca – O Instituto Municipal de
Turismo tem que ser o grande promotor
da cidade nos seus atrativos, potencialidades e calendário cultural. Deve ter um
orçamento e um planejamento estratégico
para divulgar a cidade nas principais feiras por meio das principais ferramentas
de comunicação e marketing – estandes,
folheteria, panfletos, entre outros. É o
responsável por ativar o turismo fora da
nossa cidade.
É a favor ou contra divulgar Curitiba
através de forte publicidade para outros
Estados e exterior? Qual a estratégia para
levantar essa verba?
Rafael Greca – Sou a favor de investir
para potencializar e divulgar. Já fiz isso
patrocinando em parceria com a indústria
e comércio locais a novela da Rede Globo, “Sonho Meu”, os festivais de Música
e Teatro, centenas de Congressos, entre
eles o Congresso Brasileiro da ABAV onde
proporcionamos um jantar multiétnico para
7 mil pessoas na Pedreira Paulo Leminski.
Além disso promovemos as turnês internacionais da Camerata Antiqua de Curitiba
para Dinamarca, Suécia, Washington, Buenos Aires e Assunção, São Paulo e Rio de
Janeiro. Os 300 anos de Curitiba também
foram uma oportunidade para promoção
da cidade em outros Estados com quatro
concertos máster: Jose Carreras, Paul McCartney, Roberto Carlos e Novos Baianos,
com patrocínio compartilhado. Fiz isso uma
vez e posso fazer novamente.
Curitiba não tem atualmente um Centro
de Convenções público. Qual sua opinião
sobre isso?
Rafael Greca - Pode vir a ter se tiver um
financiamento atrativo e eficiente. Uma
equação de sustentabilidade que seja capaz
de organizar eventos de grandes proporções. A cidade hoje já possui equipamentos
grandiosos como Centro de Convenções e
Salão de Atos do Parque Barigui e a Expo
Unimed e o Teatro Positivo, Teatro Guaíra,
Memorial de Curitiba e Museu Oscar Niemeyer e o ExpoTrade, na cidade vizinha de
Pinhais. e outros ociosos como o Palácio
Garibaldi, o Concordia, sem contar os grandes salões dos clubes Thalia e Curitibano
e do complexo do restaurante Madalosso.
O que fazer com o excesso de leis gerada
na Câmara Municipal, muitas delas que não
tem nenhuma utilidade e só dificultam a
vida de empresários e comerciantes?
Rafael Greca – Elas devem ser analisadas
para verificar a efetividade e o retorno que
dão ao município. A cidade pode facilitar
a vida dos empresários e comerciantes
para estimular o turismo por meio de reuniões mensais onde os gargalos possam
ser discutidos. Quero estimular o diálogo
na minha gestão para desburocratizar e
incrementar o segmento.
Em relação aos impostos, o que os empresários e hoteleiros podem esperar de
sua gestão?
Rafael Greca - Dentro da Responsabilidade Fiscal, procuraremos dar isonomia ao
trade curitibano como as demais capitais
brasileiras. Se possível viabilizar a criação de um Fundo Municipal de Turismo.
É uma iniciativa que podemos estudar a
partir do que já existe em outras cidades.
Sobre a Linha Turismo quais seus planos?
Rafae Greca - A primeira Linha Turismo
foi feita na minha gestão de forma mais
simplificada. Ela foi expandida e acho que
podemos incrementar ainda mais com
novos percursos ou com receptivos mais
atraentes nos pontos mais visitados e que
geram maior demanda.
Qual sua mensagem para os empresários
dos setores de hospedagem e alimentação?
Rafael Greca - Não tenham medo do futuro.
Tendência não é destino. Vamos superar o
presente momento com inovação e amor.
De maneira criativa e com muita pro atividade vamos projetar novamente Curitiba
para o público externo, de forma a torná-la
uma cidade mais atraente do que já é.
8
Curitiba,
2ª quinzena de agosto de 2016
Ney Leprevost
“Vou construir o Centro de Convenções Municipal”
Segundo Ney, trade turístico vai ajudar
a determinar a região a ser instalado e
a estrutura que o local precisa ter para
abrigar todos os tipos de eventos
N
ey Leprevost foi o segundo a participar.
No começo escutou o empresário Beto
Madalosso ler todas as propostas que o
Sindicato lhe entregou através de carta. Depois
passou uma a uma com todos os presentes. Boa
parte delas já fazia parte do seu plano de governo, entre elas a de destinar parte do ISS para
o turismo, para divulgar a cidade e trazer mais
turistas em todas as épocas do ano.
O que o levou a se candidatar à prefeitura
de Curitiba?
Ney Leprevost - Tenho competência e seriedade para enfrentar os desafios que a
cidade apresenta. Iniciei minha carreira aos
13 anos de idade como comentarista esportivo. Aos 22 anos, eleito para o primeiro
mandato na Câmara Municipal de Curitiba.
Aos 25, pela atuação especialmente na área
social e do esporte, assumi a Secretaria
de Estado do Esporte e Turismo, como o
secretário mais jovem do Brasil.
Fui reeleito vereador em 2000 e 2004,
sempre apresentando novas ideias e
importantes projetos para a capital paranaense. Em 2006, fui eleito deputado estadual do Paraná. Em 2010, na reeleição a
deputado estadual, obtive 80 mil votos, de
paranaenses que acreditaram em um trabalho sério e de relevância social e política.
Faço parte da história de Curitiba. Nasci e
cresci aqui, sempre em contato com a população. Esta é a minha vocação. Trabalhar
para fazer uma cidade mais solidária. Mais
humana. Por isso, tenho percorrido todos
os 75 bairros de Curitiba. Conversando,
conhecendo. Sempre em contato direto
com a população, que é fundamental para
garantir a discussão e solução dos assuntos
de interesse público.
Temos identificado muitas demandas, pois
uma cidade está sempre em ebulição. Não
para. Temos a certeza de que é a população
que sabe exatamente o que precisa ser
feito. Conhece o buraco da rua, o rio que
precisa limpo, as áreas verdes que demandam atenção, a unidade de saúde, a escola.
Sou ficha limpa. Isto significa que apesar
da minha longa vida política, não tenho
nenhuma restrição. Nada que me desabone.
Tenho o compromisso moral de servir o
cidadão com transparência e ética, demonstrando a cada dia que ascender a um cargo
público significa assumir a responsabilidade e, ao mesmo tempo, prestar conta aos
que sustentam a máquina pública através
do pagamento de impostos.
Minha proposta é a eficiência da gestão.
É a solução de problemas para melhorar
a qualidade de vida do curitibano. É o
respeito à cidade. Por isso, para ajudar a
governar Curitiba, terei os melhores técnicos, pessoas preparadas que amam essa
terra e que, com certeza, tem muito amor
para trabalhar com capricho, dedicação
e, acima de tudo, promover uma gestão
solidária, eficiente e que garanta serviços
de boa qualidade para as pessoas.
Aposto no ser humano e quero fazer uma
gestão compartilhada. Vou retribuir tudo o
que Curitiba me proporcionou com dedicação, honestidade, seriedade e competência
para que a cidade entre no caminho da
inovação solidária, da modernidade com
respeito ao meio ambiente, do desenvolvimento com justiça social para que os
serviços públicos municipais sejam mais
eficientes e as pessoas mais felizes.
Qual sua visão sobre turismo?
Ney Leprevost - É a indústria sem chaminé,
um dos setores da economia que mais gera
empregos e renda. Queremos otimizar o
setor para que tenha capacidade de captar
grandes eventos e fazer uma Curitiba mais
atraente para o turista. Vamos tratar a cidade de maneira integrada, com a Guarda
Municipal realizando um patrulhamento
ostensivo em ruas, parques e praças para
proporcionar maior segurança no papel de
polícia cidadã; utilizar câmeras de segurança integradas com as câmeras externas de
edifícios públicos, lojas, fábricas e condomínios residenciais para patrulhar a cidade.
Quais suas propostas para o turismo na
cidade?
Ney Leprevost – A Rua XV terá uma grande feira, ao estilo da Feira de Barcelona,
reunindo alimentação, artesanato, inovação
tecnológica, artes, livros e antiguidade.
Esta feira irá funcionar em feriados e dias
alternados à feira do Largo da Ordem, para
uma não competir com a outra. Outra proposta é a Feira de Gastronomia do Paraná,
na região Sul da cidade. Hoje, bairros como
Tatuquara, Sítio Cercado e Pinheirinho que
cresceram muito nos últimos anos merecem
uma alternativa de lazer e entretenimento. Nossa meta é implantar uma feira que
reúna o barreado de Morretes, o carneiro
no buraco de Campo Mourão, o porco no
rolete de Toledo e o peixe na telha de Foz
do Iguaçu.
Em seu entendimento qual a principal
função do Instituto Municipal do Turismo?
Ney Leprevost – Teremos a Secretaria
Municipal de Turismo para planejar, coordenar e fomentar as ações do negócio
turismo, para a expansão, geração de
emprego e renda e divulgação do potencial
turístico do Município.
O secretário de Turismo será escolhido
pelo prefeito a partir de uma lista a ser
elaborada pelo trade turístico, pois só quem
conhece o setor poderá formular planos e
coordenar a política municipal de turismo,
supervisionando sua execução. Além disso
vamos elaborar planos a médio prazo para
promover os programas e projetos municipais relacionados com o apoio e o incentivo
ao turismo e propor um calendário oficial
de eventos turístico.
Você é favor ou contra divulgar Curitiba
através de forte publicidade para outros
estados e exterior? Qual a estratégia para
levantar essa verba?
Ney Leprevost – Sou a favor e para tanto
tenho a proposta de elaborar, junto com
o trade turístico, um plano para Curitiba.
Para tanto vamos destinar 0,5% do ISS para
divulgar a cidade e trazer mais turistas em
todas as épocas do ano.
Curitiba não tem atualmente um Centro
de Convenções público. Qual sua opinião
sobre isso?
Ney Leprevost - Nosso Plano de Governo
contempla a construção de um Centro de
Convenções, no sistema de parcerias entre
o setor público e a iniciativa privada. A
cidade merece e precisa. Para tanto vamos
consultar o trade turístico para definição
do local a ser instalado.
O que fazer com o excesso de leis gerada
na Câmara Municipal, muitas delas que não
tem nenhuma utilidade e só dificultam a
vida de empresários e comerciantes?
Ney Leprevost Leis antes de ser criadas
tem que ser bem avaliadas, bem pensadas,
para beneficiar comerciantes e empresários. Em nossa gestão teremos diálogo
aberto com os vereadores, para que o
que seja votado na Câmara Municipal seja
sempre em prol de quem movimenta a
economia na cidade.
Em relação aos impostos, o que os empresários e hoteleiros podem esperar de sua
gestão?
Ney Leprevost Chega de impostos, eles
já são muitos. A notícia boa é que destinaremos 0,5% do ISS para o turismo, para
atrair mais turistas à capital paranaense,
movimentar nosso comércio, nossos restaurantes, bares e hoteis.
Sobre a Linha Turismo quais seus planos?
Ney Leprevost Atualmente com um passe
só é possível descer em três paradas. A
ideia é que o turista compre a passagem e
possa descer em todos os pontos, utilizar
o serviço por um dia inteiro, conhecendo
com calma os pontos turísticos da cidade
que mais lhe atraem.
Qual sua mensagem para os empresários
dos setores de hospedagem e alimentação?
Ney Leprevost – Todas as cidades do
mundo tem vida noturna. Aqui em Curitiba
não será diferente. Vamos proporcionar
incentivo à área do turismo com iluminação
adequadas em ruas e parques, guarda municipal sempre alerta, estímulo econômico
para que os comerciantes mantenham seu
negócio aberto, incentivo para os artistas
irem para a rua, organizar polos gastronômicos.
Curitiba,
2ª quinzena de agosto de 2016
Requião Filho
“Indústria limpa precisa ser incentivada”
Segundo Requião, o
trade turístico terá nele
um amigo, alguém que
vê o setor como uma boa
ideia de investimento
M
aurício Requião chegou
meia hora antes ao encontro. Tem como objetivo colocar Curitiba de volta como
um destino turístico de forma intensa. E salientou que para isso é
preciso ouvir os empresários do
setor. Por mais de uma vez ressaltou que parece sempre que o poder
público fica jogando contra o desenvolvimento turístico da cidade. Isso
precisa mudar! É muita burocracia.
O que o levou a se candidatar à prefeitura de Curitiba?
Requião Filho - Entrei para a política porque acredito que é possível
sim fazer a diferença. A cidade está
abandonada, a saúde está um caos,
transporte coletivo desintegrado, há
muito por fazer pela minha cidade e
é preciso coragem para mudar.
Qual sua visão sobre turismo?
Requião Filho - É a nossa indústria
limpa e que precisa ser incentivada.
Curitiba tem um potencial imenso que
não está sendo explorado. É o que
oxigena nossa economia local e auxilia na difusão dos valores culturais
e sociais curitibanos. O turismo é um
conjunto de serviços que movimenta
a cidade e precisa de uma série de
ações para beneficiar quem recebe
e quem visita.
Quais suas propostas para o turismo
na cidade?
Requião Filho - A criação de empregos no setor deve ser um dos grandes
desafios da gestão. Para isto, será
preciso coragem e determinação para
rever e até refazer licitações, baixar
impostos, trabalhar em conjunto com
os empresários do setor, revitalizar a
rua XV, facilitar o acesso de ônibus a
hotéis e, da mesma forma, de táxis a
bares e restaurantes.
Colocar Curitiba de volta como um
destino turístico de forma intensa,
mas significa mais do que pagar propaganda no horário nobre da tevê. É
preciso ouvir os empresários, porque
se ele não pode trabalhar dentro do
seu propósito, o setor não funciona
como deveria. Parece que sempre o
poder público fica jogando contra
o desenvolvimento turístico da cidade. Isso precisa mudar! É muita
burocracia.
Precisamos ampliar as permissões
de atuação de food trucks, revitalizar pontos turísticos deteriorados e
incentivar a realização de grandes
eventos. Uma crise que precisa de
geração de emprego. E o turismo é indústria limpa, precisa de investimento. Só propaganda de Curitiba não vai
resolver. Curitiba precisa diminuir
os impostos, ouvir os empresários
e chamá-los para agir em conjunto
e autorizar a iniciativa privada a
aplicar melhorias da cidade. Tem um
estudo que em cidades com polos
culturais, as pessoas permanecem até
mais de dois dias, então valorizar a
identidade cultural da cidade se torna
essencial.
São vários os projetos que quero
implementar, sempre com muita
transparência e coragem, afinal as
pessoas têm direito de saber como
são feitas as licitações e cobrar as
ações do prefeito. A sociedade tem
direito de fazer esta fiscalização,
ainda mais quando o Brasil passa
por uma crise institucional e política
como a que estamos vivendo.
Em seu entendimento qual a principal função do Instituto Municipal do
Turismo?
Requião Filho Facilitar as ações e
iniciativas do Trade turístico local,
sem tanta burocracia em conjunto
com os interesses do setor. Facilitar
os alvarás, garantir a realização de
eventos em Curitiba.
É a favor ou contra divulgar Curitiba
através de forte publicidade para
outros Estados e exterior? Qual a
estratégia para levantar essa verba?
Requião Filho Não adianta vender
Curitiba com propagandas caras
sem manter nossa estrutura em
dia e bem equipada, segura para
receber o turista. Os funcionários
do setor precisam estar amparados
com transporte de qualidade para
seus deslocamentos. A rua deve estar
iluminada, limpa, com segurança e
acesso fácil aos meios de transporte
urbano. Ou seja, primeiro devemos
levantar Curitiba para depois partir
para a divulgação.
Curitiba não tem atualmente um
Centro de Convenções público. Qual
sua opinião sobre isso?
Requião Filho Acredito que não haja
condições no momento para isto, é
preciso ser realista! Antes de mais
nada colocar a casa em ordem para
funcionar e incentivar o setor privado a investir em novos centros de
convenções. O que fazer com o excesso de leis
gerada na Câmara Municipal, muitas
delas que não tem nenhuma utilidade
e só dificultam a vida de empresários
e comerciantes?
Requião Filho A minha ideia é desburocratizar e facilitar o turismo. Se
existem leis que estão atrapalhando e
não trazem benefícios à cidade como
um todo, elas devem ser revistas ou
revogadas.
Em relação aos impostos, o que os
empresários e hoteleiros podem
esperar de sua gestão?
Requião Filho Redução de impostos,
com certeza! Sobre a Linha Turismo quais seus
planos?
Requião Filho - Acredito que há
possibilidade de ampliação e até,
quem sabe, uma nova licitação, para
que novas empresas apresentem propostas mais modernas para explorar
da atividade. Qual sua mensagem para os empresários dos setores de hospedagem e
alimentação? Requião Filho - Terão em mim um
amigo, alguém que vê o setor como
uma boa ideia de investimento. 9
10
Curitiba,
2ª quinzena de agosto de 2016
Maria Victória
“Vou criar um aplicativo para o turismo”
Única candidata mulher, quer tarifa
subsidiada para moradores da cidade
que queiram conhecer os pontos
turísticos utilizando a Linha Turismo
M
aria Victória é formada em Turismo,
Hotelaria e Eventos. Fato que fez com
que ela se sentisse bastante à vontade
no SEHA. Salientou que apesar do turismo movimentar muito a economia, gerar empregos,
renda e oportunidades às pessoas, tem sido
pouco explorado em Curitiba. Prometeu a todos os presentes que os impostos no turismo,
retornarão todos para o setor.
O que o levou a se candidatar à prefeitura
de Curitiba?
Maria Victória - A vocação para servir, o
amor pela cidade e o desejo de que ela volte a ser referência no Brasil e no mundo. Qual sua visão sobre turismo?
Maria Victória Curitiba é uma cidade
tão maravilhosa, mas tem sido pouco
explorada no Turismo, que é um setor
que movimenta muito a economia, gera
empregos, renda e oportunidades às pessoas. Principalmente nesta época de crise,
é importante que haja um investimento
maior em feiras e eventos que ajudem a
divulgar as belezas e atrativos de Curitiba
no Brasil e no mundo.
Quais suas propostas para o turismo na
cidade?
Maria Victória Pretendemos criar um
fundo específico para a área, o Fundo
Municipal do Turismo; construir um novo
Centro de Convenções; instalar quiosques
que funcionarão em regime de concessão
nos principais pontos turísticos; implantar
mecanismos de representação da cidade
em capitais estratégicas do país, para
aumentar a promoção da cidade; criar
um aplicativo com informações geolocalizadas de gastronomia, pontos turísticos,
artesanato, agenda cultural, tudo isso
integrado ao aplicativo da cidade; apoiar
bares, restaurantes e a rede hoteleira e
incentivá-los a se aprimorarem.
Em seu entendimento qual a principal
função do Instituto Municipal do Turismo?
Maria Victória O Instituto Municipal de
Turismo visa a promover o turismo sustentável, constribuindo para o desenvolvimento socioeconômico da população local. É a favor ou contra divulgar Curitiba
através de forte publicidade para outros
Estados e exterior? Qual a estratégia para
levantar essa verba?
Maria Victória Sou completamente a favor
de divulgar Curitiba em feiras nacionais
e mundiais, para atrair mais turistas.
Essa verba viria do Fundo Municipal do
Turismo, onde o dinheiro arrecadado por
meio do turismo na cidade voltaria para
o investimento na área.
Curitiba não tem atualmente um Centro
de Convenções público. Qual sua opinião
sobre isso?
Maria Victória Precisamos construir um
Centro de Convenções municipal. É inclusive uma das minhas propostas para o setor. O que fazer com o excesso de leis gerada
na Câmara Municipal, muitas delas que
não tem nenhuma utilidade e só dificultam a vida de empresários e comerciantes?
Maria Victória As leis são feitas para serem respeitadas. Por isso, é importante
que as boas normas sejam regulamentadas, para evitar que sejam criadas novas
leis que restrinjam a atividade.
Em relação aos impostos, o que os empresários e hoteleiros podem esperar de
sua gestão?
Maria Victória Podem esperar o melhor,
porque os impostos gerados no turismo
retornarão para o setor.
Sobre a Linha Turismo quais seus planos?
Maria Victória Sobre a Linha Turismo, a
ideia é fazer uma tarifa diferenciada para
os moradores. O valor hoje é de R$ 40, mas
os curitibanos deveriam ter uma tarifa
reduzida em horários e dias específicos,
para que mais gente tivesse a oportunidade de conhecer e frequentar os pontos
turísticos da cidade.
Qual sua mensagem para os empresários
dos setores de hospedagem e alimentação?
Maria Victória Minha mensagem é de
muito carinho e respeito, mesmo porque
eu sou formada em Turismo, Hotelaria e
Eventos! Sou uma entusiasta do setor,
desejo muito sucesso e podem contar
comigo, afinal sou uma colega!
SEHA NO RÁDIO
Escute toda terça e quinta-feira
na CBN Curitiba, 9h15 da manhã,
o “Minuto SEHA”, com espaço
para nossos associados.
Curitiba,
2ª quinzena de agosto de 2016
11
Gustavo Fruet
“Curitiba melhorou todos os seus indicadores”
Segundo Gustavo, nos últimos anos
Curitiba voltou a integrar o mapa
dos grandes eventos
O
atual prefeito Gustavo Fruet foi o
último a participar do bate papo
com os empresários. Bastante criticado, gastou todo seu tempo justificando
sua gestão e apresentando números a seu
favor. Foi o único candidato que contou
com espaço para apresentação de um
vídeo de quatro minutos ao final da sua
apresentação.
O que o levou a se candidatar à prefeitura
de Curitiba?
Gustavo Fruet - Nestes 3 anos e meio,
trabalhei todos os dias pelos curitibanos
que confiaram em mim a missão de fazer
o melhor pela cidade. Governei a cidade
no momento mais conturbado do cenário
nacional, um bombardeio de más notícias,
com a crise econômica, questões políticas
e de valores. Ao contrário do que aconteceu em outras cidades, conseguimos
avanços em políticas públicas. Fizemos o
maior investimento da história da cidade
em Educação e Saúde e ainda promovemos melhorias na cultura, habitação,
meio ambiente, infraestrutura, assistência
social, dentre outras áreas. Chego ao final
deste mandato com o maior número de
obras se comparado a outras gestões do
passado. Em nosso período de governo,
não ocorreu nenhum caso de corrupção,
ou desvio de conduta. Curitiba é exemplo
inspirador e por isso entro nesta campanha com o desejo de fazer a cidade seguir
em frente.
Qual sua visão sobre turismo?
Gustavo Fruet -O turismo é fator indutor
de desenvolvimento econômico. É uma
atividade que ajuda o setor público e
privado e promove a imagem de Curitiba
para o restante do país e do mundo. Nos
últimos anos, Curitiba voltou a integrar
o mapa de grandes eventos, muito em
função da reabertura da Pedreira Paulo
Leminski, que possibilitou a atração de
shows importantes e a Fun Fest da Copa
2014. Criamos novos roteiros turísticos,
construímos o Centro de Atenção ao Turista (CAT) no Jardim Botânico e reabrimos
o CAT Rodoviária, conseguimos que aqui
fosse realizada uma edição o UFC, além
de investimento em sinalização turística
e oferta de mão de obra qualificada. Por
isso, pensamos no turismo para além da
atração de visitantes para a cidade e sim
como uma área econômica estratégica
para Curitiba. A cidade recebeu mais de
30 prêmios nesta gestão, dentre eles o de
Melhor Cidade do Brasil de grande porte,
pela Agência Classificadora Austin Ratings
e pela revista IstoÉ. Temos de aproveitar
a visibilidade que a cidade está alcançando para atrair novos visitantes.
Quais suas propostas para o turismo na
cidade?
Gustavo Fruet -É possível avançar na
atração de turistas com a diversificação
de atividades promovidas pelo setor
privado e graças a características das
pessoas que moram aqui. Um exemplo foi
a realização do UFC na Arena. A organização desse evento nunca havia feito o UFC
para mais de 40 mil pessoas e fizeram
aqui por causa da qualidade da mão de
obra disponível na cidade e facilidade de
deslocamento.
Temos algumas propostas para incentivar
o aumento do turismo. Dentre elas: implementação da política de conservação
de prédios históricos; requalificação das
paisagens urbanas das áreas geográficas
de interesse turístico; ampliar as políticas
de turismo com planos e endomarketing
para o destino Curitiba.
Além disso, vamos implementar o Plano
Municipal de Turismo, instrumento que
apresenta diretrizes para o desenvolvimento e fortalecimento da atividade
turística, abordando temas que foram
discutidos pelo Conselho Municipal de
Turismo (Comtur). O principal objetivo
do plano é, através da atuação do órgão
oficial, entidades e empresas do setor
turístico, contribuir para o aumento do
fluxo de turistas e do gasto médio diário,
consolidando a atividade no desenvolvimento econômico do município.
Em seu entendimento qual a principal
função do Instituto Municipal do Turismo?
Gustavo Fruet -O CTur deve ser o grande
coordenador de políticas públicas para a
área de turismo, articulando, junto a outras importantes secretarias, como Meio
Ambiente, Esporte, Lazer e Juventude,
além do próprio gabinete do Prefeito, as
ações para estimular o setor. É ele quem
deve coordenador a implantação do Plano
Municipal de Turismo. Também tem nos
ajudado a na atração de grandes eventos
para a cidade.
É a favor ou contra divulgar Curitiba
através de forte publicidade para outros
Estados e exterior? Qual a estratégia
para levantar essa verba?
Gustavo Fruet -Temos tido muita responsabilidade com os gastos públicos e assim
continuaremos agindo. Fomos a gestão que
menos gastou em publicidade na história
de Curitiba. Se houver espaços estratégicos de mídia para ocupar, dentro do
critério de custo razoável para publicidade
eficiente, poderemos pensar em alguma
medida de publicidade. Mas acreditamos
que, ao incentivar, através da estrutura
necessária, a vinda de grandes eventos
para a cidade, naturalmente divulgamos
Curitiba sem precisar gastar mais do que
o necessário em propaganda paga.
Curitiba não tem atualmente um Centro
de Convenções público. Qual sua opinião
sobre isso?
Gustavo Fruet - Continuamos com projeto
de construção do Centro de Convenções.
Os recursos para a construção estão assegurados pelo Ministério do Turismo, mas
ainda não foram liberados. Dentro das
condições estipuladas pelo Ministério do
Turismo, uma área já definida no Uberaba
é o melhor ponto para a construção do
novo Centro de Convenções e Pavilhão de
Feiras e Eventos porque a região é privilegiada no que diz respeito ao acesso.
Está próximo do aeroporto internacional
e das principais rotas de chegada e saída
de Curitiba: BR-277, BR-376, Avenida das
Torres revitalizada, Contorno Leste. Além
disso, a BR-277 é a principal ligação entre
a capital paranaense e o porto de Paranaguá, o que também é um facilitador.
O que fazer com o excesso de leis gerado na Câmara Municipal, muitas delas
que não tem nenhuma utilidade e só
dificultam a vida de empresários e comerciantes?
Gustavo Fruet -Temos uma relação de
profundo respeito pelo Poder Legislativo
e uma conversa franca e frequente com
os vereadores. Iremos cumprir toda a
legislação aprovada pela Câmara.
Em relação aos impostos, o que os empresários e hoteleiros podem esperar de
sua gestão?
(Nota do editor: para pergunta não obtivemos resposta do candidato, mesmo tento
extendido o prazo.)
Sobre a Linha Turismo quais seus planos?
Gustavo Fruet - É uma linha conhecida
e consolidada, que transporta perto de
660 mil passageiros por ano, e continuará
circulando pelos principais pontos da cidade. Em período de férias, aumentamos
o número de ônibus, de seis para 12 double deck. Normalmente circula de terça
a sexta e nas férias também funciona às
segundas. Isso será mantido.
Qual sua mensagem para os empresários
dos setores de hospedagem e alimentação?
Gustavo Fruet -Com a consciência tranquila e no meio da maior crise do Brasil,
Curitiba melhorou todos os indicadores.
Agora eu quero, com o apoio dos curitibanos, ser o prefeito na retomada do
crescimento e com o novo Plano Diretor,
para Curitiba seguir em frente.
12
Curitiba,
2ª quinzena de agosto de 2016
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Curitiba,
2ª quinzena de agosto de 2016
13
REGULAMENTAÇÃO
Legislação aprova exigência de guias
de turismo em excursões em Curitiba
Credencial deve estar visível no parabrisa do ônibus da excursão
P
ara os vereadores da Comissão de
Legislação está dentro das normas
constitucionais a exigência de guia turístico habilitado nas excursões que visitam
Curitiba. O parecer favorável foi dado no
último dia seis. Das 17 proposições na pauta,
12 tiveram encaminhamentos aprovados
pelo colegiado.
Segundo o projeto de lei, a credencial do
guia turístico deverá ser disposta no para-brisa do veículo de excursão para facilitar
a fiscalização da obrigatoriedade. O objetivo
da exigência, diz a justificativa, é valorizar
o trabalho dos profissionais registrados no
Paraná. Em audiência pública realizada em
junho, dirigente do Sindicato Estadual dos
Guias de Turismo do Paraná (Sindegtur), Wilson Lessnau Júnior, informou que a Grande
Curitiba tem 408 guias registrados.
Balanço: Isenção de vistos
favoreceu 40 mil estrangeiros
D
ados do Ministério do Turismo
mostram que os quatro países
beneficiados com a isenção unilateral de vistos – Estados Unidos, Japão,
Austrália e Canadá – enviaram mais de
53 mil turistas ao Brasil entre 28 de
julho e 15 de agosto. Desses, 75% se
beneficiaram da facilitação para entrada no país de acordo com a Demanda
Turística do Ministério do Turismo. O
número corresponde a 40 mil visitantes
estrangeiros que injetaram US$ 48,5
milhões na economia brasileira. Ainda
segundo o estudo, 82,2% dos turistas
estrangeiros afirmaram que a dispensa
do visto facilitaria o retorno ao país.
Para o ministro interino do Turismo,
Alberto Alves, os números comprovam
que a estratégia do governo federal foi
acertada e que o turismo será um dos
principais legados que ficarão para o país.
“O mundo se encantou com a hospitali-
dade do brasileiro e com as belezas dos
nossos atrativos. Não por acaso, 87% dos
visitantes internacionais declararam ter
intenção de voltar ao Brasil”, disse Alves.
De acordo com cálculos do Ministério
do Turismo, caso a isenção seja mantida
de forma permanente, o impacto na
economia nacional alcançará US$ 175,2
milhões ao ano graças ao aumento de
20% no fluxo de visitantes dos quatro
países beneficiados.
Deville Business Curitiba,
modernidade e excelência
para o seu evento
4 salas
de eventos
Capacidade para
até 300 pessoas
Modernos
equipamentos
audiovisuais
Assessoria realizada
por profissionais
especializados
Diversas opções
de menus
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Curitiba,
2ª quinzena de agosto de 2016
ENTREVISTA JONNY STICA
“Mobilidade é direito de ir e vir,
quem decide como é o usuário”
Para presidente da Comissão de Turismo da Câmara de Vereadores,
“Curitiba possui um DNA inovador, não pode deixar de ser uma cidade inteligente”
“
“No caso específico
do setor de bares
e restaurantes,
eu sempre fui a
favor da ideia do
ônibus que passe
pelos principais
estabelecimentos
da cidade,
principalmente
nos horários que
os funcionários
saem destes
estabelecimentos.”
“
“Os taxistas continuam
sendo o único sistema
sendo chamados na
rua, continuam tendo
acesso as canaletas
exclusivas de transporte
coletivo que nós
aprovamos no Plano
Diretor, mostrando
que não temos nada
contra os taxistas, e eles
continuam com seus
pontos na cidade que é
uma concessão pública.
Agora, o transporte
individual privado, que
é o caso do UBER, ele
não pode ter limite, pois
mobilidade não pode ser
entendida como reserva
de mercado.”
Por Pierpaolo Nota
O
arquiteto e urbanista Jonny Stica
atendeu o Jornal do SEHA 7h30 da
manhã, em uma padaria na Mariano
Torres, no primeiro compromisso de mais
um dia corrido. Foi convidado a falar com
o Sindicato por ser presidente da Comissão
de Turismo da Câmara dos Vereadores de
Curitiba, trazendo ainda mais conteúdo
interessante para essa edição que já brinda
seus leitores com um especial com os principais candidatos a prefeito da cidade. Por
aqui a informação não para. Ótima leitura!
Quais são os principais objetivos da
Comissão de Turismo da Câmara dos Vereadores de Curitiba?
Jonny Stica - Nós fizemos alguns debates com a sociedade, principalmente
no Plano Diretor de Curitiba, que é o
planejamento da cidade para os próximos
dez anos, para identificar quais eram as
principais necessidades de Curitiba e, por
consequente, de seus setores. Um dos setores apontados foi o de Turismo. Hoje Curitiba, quando se fala em Turismo, tem uma
vocação voltada ao turismo de negócios,
ao turismo de final de semana, de lazer.
Ela possui vários elementos do Turismo,
e o desafio seria, dentro de um plano que
muda o urbanismo, o planejamento urbano
da cidade, que é o Plano Diretor, nós melhorarmos a questão do Turismo. Esse era o
desafio colocado e a forma de se fazer isso
foi, principalmente, através da proposta do
Polo Gastronômico. O Polo Gastronômico
é a identificação dos locais onde exista o
potencial maior para o Turismo, entre eles:
a Rua Itupava, Santa Felicidade, Rua Chile,
o Centro Histórico, Avenida Batel, entre
outras. Curitiba possui alguns pontos que
poderiam ser estimulados a ter uma maior
atratividade em relação ao Turismo. Isso
foi discutido com a participação de representantes do setor, que o apoiou até ser
sancionado pelo prefeito Gustavo Fruet em
dezembro de 2015.
Os ônibus de turismo tem dificuldade
em parar em regiões centrais da cidade e
são constantemente multados em frente
aos hoteis. A Comissão do Turismo consegue legislar alguma coisa a respeito disso?
Jonny Stica - Seria possível uma adequação da legislação para estacionamento
de ônibus de turismo. Não vejo nenhum
problema em relação a isso. É importante
que seja um trabalho em conjunto dos
vereadores. Poderia ser feito pela própria
Comissão. Fica como uma boa sugestão,
inclusive sugerida no último encontro de
Turismo com os candidatos a prefeito.
É algo que não havia chegado a Câmara
ainda e agora passa a ser uma demanda
reconhecida. O importante é tenhamos um
plano de ação nesse sentido, identificando
a forma que poderia ser incluído à lei. Inclusive podemos marcar uma conversa com
a Secretaria de Trânsito afim, antes mesmo
de se protocolar uma lei, dialogar para se
ter a melhor forma de fazer esta proposta.
Essa harmonia entre Poder Legislativo e
Poder Executivo é importante para que o
projeto não nasça errado na Câmara. Me
prontifico a iniciar esta conversa.
O Governo do Estado anunciou, para o
final de dezembro deste ano, o fechamento do Centro de Convenções de Curitiba,
localizado no centro da cidade, local que
fomenta muito o comércio central, bares,
restaurantes e hoteis da região. O prefeito
Gustavo Fruet anunciou recentemente no
Memorial Japonês a licitação para construção do novo Centro de Convenções
no bairro Uberaba. Aquele é o local mais
propício para se construir um Centro de
Convenções e Exposições para a cidade?
Ele vai movimentar Curitiba realmente?
Jonny Stica - É uma pena sofre o fechamento do Centro de Convenções da
região central. Eu acredito que os dois
poderiam ser complementares, com um
dando suporte ao outro, possibilitando um
aumento nas agendas. Abrir um novo não
significa fechar um antigo. Acredito que o
fechamento foi uma decisão que penaliza o
setor. Sobre o novo projeto, era um recurso
que havia do Governo Federal destinado a
obra, e não ao terreno. Dessa forma, ficou
difícil viabilizar o projeto e, este terreno foi
o que possibilitou a sua viabilização. Sem
dúvida é algo bom, que vem a somar, um
espaço diferenciado, de grande porte e com
toda a infraestrutura para somar. Agora, se
ele substitui o espaço na região central?
Acredito que não, pelas características que
possui a região central. Essa região precisa
deste tipo de ocupação. Então, talvez seja
importante o próprio setor do Turismo se
mobilizar para este espaço não feche.
Existe algum projeto tramitando na Câmara, ou que tenha conhecimento a nível
executivo, para movimentar o Turismo na
região central e seu entorno?
Jonny Stica - Alguns eventos são bem
simbólicos e acabam tendo uma atratividade muito grande para o setor turístico.
O próprio pré-Carnaval de Curitiba, o Rock
Carnival, o Garibaldis e Sacis, Zombi Walk
Curitiba, o Party of Games, o Carnaval
Nerd, para essa juventude ligada no mundo
dos games. Tudo isso, de alguma forma,
incrementa o Turismo. Curitiba tem tido
muitos eventos. A Fundação Cultural bateu
recorde este ano de eventos na cidade.
Não há dúvida que isto estimula o Turismo.
Agora, a região central não precisa só de
eventos. Ela precisa de uma infraestrutura
permanente. Nós discutimos dentro do
Plano Diretor uma outra lei que beneficia
o setor e toda Curitiba que é a renovação
de potencial construtivo para edificações
históricas. O centro da cidade possui um
conjunto grande de edificações históricas,
só que para preservar estas edificações,
acaba sendo algo muito difícil, pois elas
vão se degradando com o tempo. E foi
aprovada uma lei de nossa proposição no
Plano Diretor, onde é renovado o estímulo
de potencial construtivo para quem preservar a sua fachada há cada quinze anos,
já detalhado e aprovado pelo Prefeito.
Esse foi mais um avanço do Plano Diretor
para a região central. Fora isso, existem os
projetos específicos, como a própria Rua
Trajano Reis, que fizemos uma Emenda de
em torno de R$ 700 mil para revitalizar
desde calçamento, iluminação pública,
câmeras de segurança, estas já instaladas
no local, tudo para fazer um projeto que o
próprio Jaime Lerner chama de “acupuntura urbana”, que significa revitalizar uma ou
duas quadras, neste caso duas, e com isso
irradiar para a cidade um bom exemplo de
como poderia ser as características urbanas
destes locais. O contrário do que havia ali,
um local escuro, com muita violência, onde
teve um caso recente de assassinato onde
há a frequência de jovens e a localização
de bares e restaurantes. Ao invés de se
esvaziar estes espaços e não reconhecer
a legitimidade das pessoas ocuparem as
ruas, deve se incentivar isso, algo muito
bom para se ter vida na cidade, mas para
isso é necessário se ter avanço e, nesse
sentido nós destinamos estes recursos para
a revitalização.
Sobre essa questão da segurança, não
é possível dar mais poder para a Guarda
Municipal? Temos 400 guardas que foram
concursados e ainda não assumiram. Será
que a Guarda Municipal não poderia fazer
esta segurança?
Jonny Stica- A Guarda não cuida mais
só do Patrimônio. Ela cuida também das
pessoas. Isso foi um avanço, inclusive ela
poder andar armada. Agora, se ela vai
poder responder sozinha pela violência
na região central? Eu acredito que não. A
Curitiba,
2ª quinzena de agosto de 2016
gente tem que fazer uma ação cooperada
entre a Polícia Civil, Policia Militar e Guarda
Municipal. O que falta na segurança é essa
integração. Falta inteligência contra o crime
de uma forma geral. O centro deveria ser
mais vigiado, mais câmeras de segurança,
pois o centro é muito vazio durante a noite. Inclusive, para isso, é necessário mais
habitações no centro, para que ele seja
cuidado durante a noite. O comércio cuida
de dia, mas quem cuida durante a noite?
É a habitação. Então, desde a mudança do
uso do local, com mais vida à noite. Há
câmeras de segurança que hoje permitem
que algumas cidades, no caso Nova Iorque,
com um conjunto de cerca de mil câmeras
de segurança e apenas seis policiais cuidando de todo este sistema, pois este sistema
rastreia o desvio padrão. Se tem uma
pessoa correndo na rua, se tem algum ato
diferente, aí é que ele posiciona os policiais
para verificarem o que está acontecendo
naquela imagem. É um sistema bem inteligente. As cidades têm que ser inteligentes.
E Curitiba, que possui um DNA inovador,
não pode deixar de ser uma cidade inteligente, onde seja equipada principalmente
na região central e nos bairros de maior
violência com câmeras de segurança. Isso
de forma estratégica, nas vias rápidas, vias
de acesso na cidade, possibilitando identificar a placa de veículos ou, em alguns
casos, identificar até pessoas procuradas
pela polícia. Mas isso no sistema integrado
entre todas as polícias.
Outra reivindicação dos proprietários
de hoteis e restaurantes é ônibus noturnos. Muitos estabelecimentos trabalham
em três turnos e à noite não há ônibus para
levar os funcionários para casa. A Comissão pode fazer alguma coisa no sentido de
tentar melhorar isso?
Jonny Stica - Sim. Uma das premissas
do plano Diretor, que nós reafirmamos,
foi a criação de novos eixos de transporte
coletivo. Curitiba vai ter na região sul, de
leste a oeste, novos eixos, que são as novas
linhas exclusivas de ônibus para que, de
nenhum ponto da cidade você fique a mais
de um quilômetro de distância de um eixo
onde passe um ônibus. Isso é mobilidade.
Tendo mais vias de ônibus, naturalmente,
aquelas que têm maior demanda podem
ter um horário diferenciado. Inclusive estas
linhas que trafegam em canaletas exclusivas poderiam ter uma frequência maior
durante a noite. Porque ali é somente o
espaço do ônibus, é uma via que concentra
mais gente e liga aos terminais. Estas novas
vias são importantes. E, no caso específico do setor de bares e restaurantes, eu
sempre fui a favor da ideia do ônibus que
passe pelos principais estabelecimentos da
cidade, principalmente nos horário que os
funcionários saem destes estabelecimentos
e para quem frequenta e esteja fazendo
uso de bebidas alcoólicas pode usar este
mesmo ônibus. Este estudo já foi pedido
a URBS por parte dos vereadores e é algo
que pode ser detalhado pelo setor com a
URBS, mas que conta sim com nosso apoio.
Você é um incentivador, e dos poucos,
que teve a coragem de peitar os taxistas
na questão da chegada do aplicativo UBER.
Qual a importância da legalização do aplicativo hoje?
Jonny Stica- Curitiba possui um paradigma a ser vencido nos próximos anos. Vamos considerar no próximo Plano Diretor,
daqui a dez anos, será mais meio milhão
de veículos. Serão mais 50 mil veículos
por ano no trânsito. Já são um milhão de
veículos. Daqui a dez anos teremos um milhão e meio de veículos nas ruas. Aonde vai
caber tudo isso na cidade mais motorizada
do Brasil, junto com Brasília, em relação a
população. Ou a gente vence o problema da
mobilidade ou a cidade será engolida pelo
congestionamento. Isso sai muito caro para
a cidade. São Paulo gasta bilhões todos
os anos com congestionamentos. Fizeram
até um cálculo disso e, somando poluição,
ineficiência do trabalho, diminuição de
qualidade de vida, isso tudo quantificado
chega a R$ 40 bilhões de custo para São
Paulo, por ano. É economia a mobilidade. E
qual é a forma de combater? Qual a de possibilitar que uma cidade funcione e ande de
forma planejada? Pois se não for de forma
planejada não é possível combater de um
dia para outro. É tendo várias soluções.
Estas soluções vêm desde o ônibus com no
máximo um quilômetro de distância, como
comentamos, com transporte prioritário
e exclusivo, até soluções de zoneamento,
com novas centralidades nos bairros para
não se depender tanto da região central.
Ou seja, bairros que tenham os seus “centros” próprios. E também passando pelas
soluções propriamente dos modais, que
seriam os ônibus, com mais mobilidade e
velocidade, com o VLT, estacionamentos de
carros ao lado dos terminais, já aprovado
por uma Emenda nossa, onde o empreendedor que construir um estacionamento
perto dos terminais ganhará dois andares
a mais, visando garantir essa integração
entre carro e ônibus. Novas ciclovias e ciclo
faixas, inclusive com outra Emenda aprovada no Plano Diretor com estacionamento
de bicicletas na cidade, alugadas e compartilhadas, como se tem em Paris, para pequenas distâncias, sem necessidade de se
estacionar, onde a bicicleta não sendo sua
a primeira hora é grátis, isso incentiva as
pessoas a usarem o sistema. Essa mobilidade da bicicleta é muito importante também.
Nesse sentido, propriamente em relação ao
UBER, ele vem como mais uma opção. Por
que falamos em todas as opções? Porque
mobilidade basicamente ela se resume
em uma palavra: Integração. Integração
modal. Se você tiver possibilidade para
todos esses modais desde o carro, bicicleta,
ônibus, chegando ao táxi, ao UBER e outras
plataformas, você consegue ter mais opção
ao usuário. Quem decide a mobilidade é o
usuário. Ele tendo mais opção, ele acaba
deixando o carro em casa. Hoje o UBER
não disputa com o taxi. Pode ter uma fatia
disso, mas ele disputa propriamente com o
carro. Vários usuários de carro optam por
não comprar o carro pela conta que se faz
de imposto, estacionamento muito caro,
seguro, e somando isso na ponta do lápis,
você acaba achando melhor andar de UBER.
O principal questionamento para a legalização é o seguinte: nós vamos aprovar um
sistema novo, e como ficam os taxistas?
Os taxistas continuam sendo o único sistema sendo chamados na rua, continuam
tendo acesso as canaletas exclusivas de
transporte coletivo que nós aprovamos no
Plano Diretor, mostrando que não temos
nada contra os taxistas, e eles continuam
com seus pontos na cidade que é uma
concessão pública. Agora, o transporte
individual privado, que é o caso do UBER,
ele não pode ter limite, pois mobilidade
não pode ser entendida como reserva de
mercado. Mobilidade é direito de ir e vir.
Tem que ter mais opções possíveis. Tem
que transformar isso no menor preço e
por isso é importante a concorrência. É
claro que leal, pagando as mesmas taxas,
e é esse o objetivo do projeto de lei. Seja
a isenção de taxa ou a taxa equiparada
ao taxi, esse é o objetivo do projeto de
lei. Agora, mobilidade ela tem que ser um
direito e solução, não algo reservado a
um mercado ou outro. Tem que haver o
maior número possível de possibilidades e
soluções ao usuário. E, para finalizar essa
questão do UBER, em São Paulo já existe o
UBER Pool, que são até quatro pessoas no
mesmo carro, porque o aplicativo calcula a
rota. Isso fica mais barato para os usuários
que dividem a corrida, mas também fica
mais barato para a cidade, pois com quatro
pessoas dentro do mesmo veículo você terá
três veículos a menos na rua, três veículos a
menos emitindo CO2, três veículos a menos
congestionando o trânsito da cidade. Tudo
isso faz parte de uma solução integrada,
multimodal, de transporte na cidade.
No caso de eventos, principalmente
empresariais e técnicos, a gente tem perdido alguns deles, segundo os produtores,
pela questão de que outras prefeituras dão
descontos no ISS, entre outros benefícios.
É possível fazer alguma coisa semelhante
para poder competir com estas outras
prefeituras e trazer para Curitiba estes
grandes eventos?
Jonny Stica - Quando você fala em
grandes eventos é importante lembrar
que o espaço de Curitiba com maior capacidade de eventos é a Pedreira Paulo
Leminski, que foi uma campanha nossa
para a reabertura da Pedreira quando
fizemos a campanha “A Pedreira é nossa”
e, na época, o espaço que, nas palavras de
Paul McCartney, era o espaço mais bonito
do mundo para grandes eventos, estava
completamente fechado. Fizemos um
abaixo-assinado com 18 mil assinaturas
e reabrimos a Pedreira, que gera ISS, mas
que principalmente gera cultura e grandes eventos na cidade. Fora isso, depois
tivemos a própria Arena da Baixada como
espaço importante para grandes eventos, o
ExpoTrade mesmo sendo em Pinhais acaba
sendo muito utilizado. Ou seja, temos três
áreas grandes, mais o novo Centro de Convenções que será construído, a gente pode
15
ter uma possibilidade grande de eventos.
E ainda alguns espaços privados como o
Estação Convention. Enfim, tudo isso faz
parte da infraestrutura. Agora, uma decisão
importante também, que cabe ao empreendedor, é quando se trata de imposto.
Pois sabemos que existe uma guerra fiscal
entre municípios. A Câmara de Vereadores
não pode fazer uma lei dando isenção de
imposto sem recompensar este valor que
“deixa de ser arrecadado”, com a criação de
outra lei. Ou seja, um vereador não pode
isentar um imposto sem dizer da onde esse
imposto vai ser coberto. Pois não se pode
diminuir a receita do município. Eu coloco
isso para deixar claro que essa é uma proposta que pode acontecer, que é saudável
para o setor, mas que tem que vir do Poder
Executivo, tem que vir da Prefeitura, pois
ela é a única que tem competência legal de
fazer um projeto como esse.
Diante disso que está me dizendo, candidatos que vêm prometendo reverter
parte do ISS geral, ou parte do ISS gerado
pelo Turismo, para o Turismo, não vão
poder fazer isso?
Jonny Stica - Não vão poder. Não vão
conseguir. Só vão conseguir se for uma
decisão da Prefeitura. Por quê? Porque
isso envolve orçamento. Só é possível o
vereador fazer lei nesse sentido se disser
como irá recompensar aquele orçamento
perdido. Existe muita dificuldade por parte
dos candidatos a vereador de entender o
papel exato de um vereador. O vereador
faz leis e fiscaliza o Executivo. Mas, quando
se trata de decisões que são do Executivo, da Prefeitura, ele tem dificuldade
de interferir. Nós conseguimos interferir
quando não envolve orçamento ou quando
recompensamos esta rubrica orçamentária
de outra forma. Tem muita gente prometendo terreno na lua em época de eleição,
mas que terá dificuldade de cumprir suas
promessas.
16
Curitiba,
2ª quinzena de agosto de 2016
IN
FOR
MA
TIVO
FECOMÉRCIO PR
B O L E T I M I N F O R M AT I V O D O S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C P R | 2 0 1 6
Números da economia paranaense
A balança comercial do Brasil no
primeiro semestre superou o desempenho do ano passado. No Paraná, entre janeiro e junho, a balança superou
o obtido no mesmo período de 2015
(US$ 23,7 milhões e US$ 19,7 milhões,
respectivamente).
O mercado de trabalho no estado
apresentou em junho números melho-
res que os do mesmo mês do ano anterior. É uma mudança que poderá elevar
a massa de salários e o poder de compra
da população. A criação de empregos
tem potencial de crescimento com a
melhoria das exportações. A confiança do empresariado do comércio paranaense cresceu, passando de 30 para
45% - aumento de 50%. Nosso Produto
Interno Bruto vem se destacando pelas
taxas de crescimento que, na média do
biênio 2014/15, superaram o PIB do
Brasil, graças ao agronegócio.
São sinais de que a nossa economia
está se preparando para voltar a respirar
e a crescer.

Darci Piana
Presidente do Sistema
Fecomércio Sesc Senac PR
Fecomércio PR participa de reunião sobre
Certificação de Origem no Uruguai
Delegações de 13 países membros da
Associação Latino-Americana de Integração (Aladi) e entidades governamentais reuniram-se na sede da entidade, em
Montevidéu, no Uruguai, no dia 18 de
agosto, para a IV Reunião de Coordenadores Nacionais de Certificação de Origem Digital. A exemplo das últimas três
edições do encontro, o coordenador Sindical da Fecomércio PR, Rodrigo Bregola,
fez parte da delegação brasileira, como representante da Federação do Comércio de
Bens, Serviços e Turismo do Paraná e do
Sistema CNC COD BR. – entidades emissoras do Certificado de Origem.
O Certificado de Origem é um documento exigido pelo Mercosul e pela Aladi
para comprovação, perante as autoridades
aduaneiras do país em que é feita a importação, de que a mercadoria nele descrita
cumpre com os requisitos de origem vigentes no comércio intrarregional. Além
do Brasil são membros da Aladi: Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Cuba, Equador, México, Panamá, Paraguai, Peru,
Uruguai e Venezuela.

AGENDA FECOMÉRCIO PR
Sesc PR realiza
Semana Literária
em 22 cidades
paranaenses
De 12 a 17 de setembro, o Sesc PR
promove em todo o estado uma das
maiores feiras e encontros literários do
Brasil, a 35ª edição da Semana Literária
Sesc PR. Em 2016, o evento, que ocorre
simultaneamente em 22 cidades paranaenses, trará como tema “O Brasil na
minha obra”, com reflexões e debates
sobre como o brasileiro se vê retratado
na ficção literária contemporânea.
Em Curitiba, é realizada em parceria com a Universidade Federal do
Paraná (UFPR), na Praça Santos Andrade. Abrem a programação do evento, em uma mesa-redonda sobre como
o Brasil se faz nas obras literárias, as
autoras Conceição Evaristo e Letícia
Wierzchowski, com mediação de José
Carlos Fernandes. Rogério Pereira fará
a mediação da mesa-redonda “Vamos
Falar de Quê?”, com o paranaense Miguel Sanches Neto e Márcia Tiburi. A
presidente da Academia Paranaense de
Letras, Chloris Casagrande Justen, palestrará sobre a história da academia,
que em 2016 completa 80 anos, e Ana
Paula Maia e Marina Colassanti abordam o lugar da literatura na vida do
indivíduo e na sociedade.

Acesse o site e confira a programação:
www.sescpr.com.br/semanaliteraria/programacao/curitiba.
nº 35
Cresce o interesse
por cursos de
gastronomia
Número de matrículas no Senac PR
aumentou mais de 60%
Diante da crise econômica que o país
enfrenta, muitas pessoas buscam alternativas para recolocação no mercado de trabalho e também formas de complementar
a renda. Os cursos de gastronomia tornaram-se uma boa opção para alcançar esses
objetivos, já que alimentação é um segmento que continua em expansão. Segundo o Instituto de Foodservice Brasil (IFB),
o setor deve crescer 7,7% em 2016.
Comparado a 2015, as matrículas nos
cursos de Gastronomia do Senac no Paraná cresceram mais de 60%. Em Curitiba o número mais que dobrou. Boas
Práticas na Manipulação de Alimentos,
Confeiteiro, Preparo de Sushi e Sashimi,
Preparo de Massas e Doces Finos são alguns dos cursos mais procurados.
Saúde
Dentro dos serviços de alimentação,
as refeições saudáveis ganham destaque.
O Brasil é o quinto maior mercado de
bebidas e alimentos saudáveis, de acordo com o levantamento da Euromonitor,
agência americana de pesquisa.
Para os que querem aproveitar a tendência, o Senac PR oferece os cursos de
Alimentação Saudável: Detox Fitness e
Marmita Saudável.

Para mais informações, a
cesse www.pr.senac.br.