Jogos e Brincadeiras no Processo de Ensino –Aprendizagem da
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Jogos e Brincadeiras no Processo de Ensino –Aprendizagem da
Jogos e Brincadeiras no Processo de Ensino –Aprendizagem da Educação Infantil Emilituani Narzzetti (FSCGN)* [email protected] Ana Marcia Soecki (FSCGN)† [email protected] Rosileica Webler Scheibe ( UNIJUI) [email protected] Resumo: A realização deste trabalho por meio de pesquisa de campo na Escola Municipal Mundo Encantado da Criança com as professoras de Pré I. O objetivo da presente pesquisa foi apresentar como os professores utilizam os jogos e brincadeiras no processo de ensinoaprendizagem de crianças de 04 e 05 anos na educação infantil. Foi realizado um estudo de caso, utilizando questionário contendo dez questões fechadas e entrevista semiestruturada com cinco questões para coletar os dados. A pesquisa teve como intuito a análise da organização dos tempos e espaços dos jogos no espaço escolar da educação infantil para que se pudesse responder ao objetivo geral. Os resultados mostram como os professores utilizam os jogos e brincadeiras no processo de ensino-aprendizagem das crianças de 04 e 05 anos e como estão organizados os jogos e brincadeiras no tempo e espaço da escola. Com a pesquisa realizada, chegou-se a conclusão de que os jogos são utilizados como ferramentas de auxílio para proporcionar um aprendizado mais prazeroso às crianças. Palavras chaves: jogos e brincadeiras, ensino-aprendizagem, educação infantil. Abstract: This work through field research at the Municipal School Enchanted World of Children with Pre teachers I. The objective of this research was to present how teachers use games and play in the teaching-learning process of children aged 04 and 05 years in early childhood education. a case study was conducted using a questionnaire containing ten closed questions and semi-structured interviews with five questions to collect the data. The research was intended to analyze the organization of games of time and space within the school of early childhood education so that they could respond to the overall objective. The results show how teachers use games and play in the teaching and learning of children from 04 and 05 years and as the fun and games on time and school space are organized. With the survey, we reached the conclusion that the games are used as tools to help provide a more pleasurable learning to children. 1 Emilituani Narzzetti, é Licenciada em Pedagogia pela FCSGN – Faculdade de Ciencias Sociais de Guarantã do Norte - MT em 2015, cursando Pós Graduação Psicopedagogia Clínica pela FCSGN- Faculdade de Ciências Sociais de Guarantã do Norte, Guarantã do Norte, MT E-mail: [email protected] 2 Ana Marcia Soecki, é Licenciada em Pedagogia pela FCSGN - Faculdade de Ciências Sociais de Guarantã do Norte –MT em 2013. Especialista em Psicopedagogia Clínica pela FCSGN- Faculdade de Ciências Sociais de Guarantã do Norte, Guarantã do Norte, MT em 2014. Atualmente é professora de Educação Infantil na Creche/Escola Criança Feliz em Matupá- MT e também atua como docente na Faculdade de Ciências Sociais de Guarantã do Norte-MT. E-mail:[email protected] [3]Rosileica Webler Scheibe , Licenciada em Letras pela Unijuí de Ijuí-RS em 1988 e Pedagogia pela FCSGN – Faculdade de Ciências Sociais de Guarantã do Norte, Guarantã do Norte-MT em 2008. Especialista em Planejamento Educacional (UNIVERSO, Niterói-RJ, 1998). Atualmente docente na Faculdade de Ciências Sociais de Guarantã do Norte-MT e professora–formadora no CEFAPRO de Matupá-MT E-mail: [email protected] 1 Keyword: Fun and games, teaching and learning, early childhood education. 1. INTRODUÇÃO O objetivo da presente pesquisa de campo foi apresentar como os professores utilizam os jogos e brincadeiras no processo de ensino-aprendizagem de crianças de 04 e 05 anos na educação infantil. Os jogos e as brincadeiras permitem que as crianças desenvolvam a imaginação de modo que elas possam sonhar, sentir, decidir, se aventurar e agir, recriando o tempo e o espaço da brincadeira colocando toda sua imaginação em ação. A brincadeira ajuda a criança a desenvolver suas habilidades, e a compreender melhor o mundo em que ela vive, uma vez que há regras a serem seguidas na sociedade em que vivemos e é mais agradável trabalhar essas regras com as crianças por meio de jogos e brincadeiras, assim aprender se torna mais prazeroso para elas. Ela proporciona a criança uma aproximação da realidade, propiciando um espaço de aprendizagem, onde ela pode expressar suas fantasias, medos, desejos, agressividades. Por meio das brincadeiras é que a criança estabelece relações entre o mundo interno, imaginação, símbolos e fantasias e externo, a realidade em que ela vive. É comum ouvir falar no âmbito da educação infantil em jogos e brincadeiras como ferramenta de aprendizagem. Os jogos e brincadeiras são utilizados com frequência, se não a todo o tempo nas escolas por profissionais dessa área o que faz refletir um pouco sobre o assunto levantando alguns questionamentos: “Como os professores utilizam os jogos e brincadeiras no processo de ensino-aprendizagem de crianças de 04 e 05 anos na educação infantil?”, “como ocorre a seleção desses jogos? ” “Como é organizado os jogos e brincadeiras no tempo e espaço escolar? ” Com o intuito de compreender melhor o tema houve um estudo sobre algumas bibliografias e assim construído o embasamento teórico. A presente pesquisa teve uma finalidade pura por possibilitar resposta ao problema levantado, para isso foi essencial realizar uma pesquisa de campo através de questionário e entrevista semiestruturada, que foram realizadas com os professores de pré I da Escola Municipal Mundo Encantado da Criança. Na análise dos dados foi utilizada a abordagem quanti. Na análise dos dados foi utilizada a abordagem quanti-qualitativa com um objetivo geral descritivo. Para compreender o fenômeno foi realizado o estudo de caso e após foi empregado o método indutivo para generalizar o fato. 2 2. CONCEITOS DE JOGOS E BRINCADEIRAS Ao se pronunciar a palavra jogo, cada indivíduo entenderá de uma maneira diferente. Existem vários tipos de jogos, cada um com uma finalidade diferente. Há jogos que estimulam a capacidade de imaginação, outros que enfatizam regras. “O jogo é uma atividade estruturada, parte de um princípio de regras claras, de fácil entendimento”(KISHIMOTO 2011, p. 15). Para melhor compreendermos o significado de jogo, a autora ressalta a ideia de dois pesquisadores franceses, (GILLES BROUGÈRE 1981, 1993 e JACQUES HENRIOT 1983,1989 apud KISHIMOTO 2011 p. 18, 19), onde o significado do termo jogo é apontado por três níveis de diferenciação, podendo ser visto como:“1. O resultado de um sistema linguístico que funciona dentro de um contexto social;2. Um sistema de regras; e3. Um objeto. ” No primeiro nível de diferenciação, a autora nos mostra que o jogo depende da linguagem do contexto social. “Há um funcionamento pragmático da linguagem, do qual resulta um conjunto de fatos ou atitudes que dão significados aos vocábulos a partir de analogias”. (KISHIMOTO, 2011, p. 18). De acordo com a autora, o importante não obedecer a logica, mas sim respeitar o uso cotidiano da linguagem de cada grupo social. Em análise da autora, as regras, sendo o segundo nível de diferenciação, permitem identificar a estrutura sequencial que especifica o jogo em sua modalidade, “(...) quando alguém joga, está executando as regras do jogo e, ao mesmo tempo desenvolvendo uma atividade lúdica”. (KISHIMOTO, 2011, p. 18). No terceiro ponto, os autores se referem ao jogo como objeto, a maneira como ele se materializa, seja de papelão, madeira, plástico, pedra ou metais. Cada brincadeira tem um objeto que a representa. A partir desse estudo a autora nos permite compreender o jogo, de forma que possamos diferenciar os significados que são atribuídos de acordo com as diferentes culturas, suas regras e objetos utilizados. A brincadeira por sua vez, apresenta uma estrutura que permite a criança ter liberdade para decidir as regras, podendo criar as próprias regras, pode ser realizada com várias crianças ou individualmente e não tem um determinado tempo para o término, a criança para de brincar quando bem desejar, diferenciando-se do jogo, onde as regras são prontas e não se pode modifica-las, e ainda há um tempo estimado para que ocorra, um determinado número de 3 participantes. De acordo com a autora Kishimoto (2011), o brinquedo estimula a representação, a expressão de imagens que evocam aspectos da realidade. Através do brinquedo a criança cria as reproduções do cotidiano, e de tudo o que está a sua volta, “Pode-se dizer que um dos objetivos do brinquedo é dar a criança um substituto dos objetos reais, para que possa manipulá-los”. (KISHIMOTO, 2011, p. 20). 2.1 os diferentes significados do brincar Cada indivíduo constrói seu próprio conceito sobre as brincadeiras, assim cada sociedade atribui uma imagem de jogo, como afirma Kishimoto (2011, p. 19): “o jogo assume uma imagem de acordo com que cada sociedade lhe atribui, assim é possível entender porque tem significações distintas, dependendo da época e do lugar”. A autora usa como exemplo o arco e a flecha, que hoje aparece na nossa cultura como brinquedos, em tribos indígenas são vistos como objetos da arte da caça e da pesca, onde tal brincadeira é vista como um preparo para a caça e pesca quando a criança estiver na vida adulta, e também a boneca que em determinadas culturas é símbolo de divindade, enquanto em outras culturas é utilizada apenas como objeto de decoração. É por meio das brincadeiras que a criança expressa seus desejos e emoções, a brincadeira nada mais é para a criança do que uma cópia da realidade em que ela vive. 2.2 características do jogo Há várias linhas de pensamentos sobre o jogo, onde alguns afirmam que o jogo partiu de uma atividade do cotidiano se transformando em uma atividade lúdica ao longo dos anos, mas sem perder suas características de origem (Huizinga apud Cória-Sabini e Lucena, 2012 p. 29), para outros o jogo tem como característica principal o prazer, como afirma Kishimoto: “Quando brinca a criança toma certa distância da vida cotidiana, entra no mundo imaginário”. (2009, p. 24). Ao se utilizar o jogo em sala de aula o professor deve ter o cuidado para não transformá-lo em trabalho, uma das características do jogo infantil é que ele é escolhido pela criança por livre e espontânea vontade, quando o professor não dá oportunidade de escolha e ação sobre o jogo 4 para a criança isso se torna um trabalho, destaca Kishimoto (2011, p. 30) “Quando o professor utiliza um jogo educativo em sala de aula, de modo coercitivo, não oportuniza aos alunos liberdade e controle interno. Predomina, neste caso, o ensino, a direção do professor”. Vygotsky apud Rau (2011 p. 58) define como característica do jogo a circunstância que, nele, “uma situação imaginária é criada pela criança. O brincar da criança é a imaginação em ação. O jogo é o nível mais alto do desenvolvimento na educação pré- escolar e é por meio dele que a criança move-se cedo, além do comportamento habitual na sua idade”. Dispondo dessas concepções sobre as características do jogo, pode-se concluir que os profissionais da educação infantil devem agir com cautela na hora de selecionar os jogos, mas também tem que dar a opção da criança escolher o que ela quer jogar, para que o jogo não se torne um trabalho, deixando ela se posicionar dentro do jogo, sendo o professor apenas observador, e também ela deve ter livre e espontânea vontade de jogar. 2.3 jogos e brincadeiras e o desenvolvimento infantil Cada criança tem uma forma de aprender, ninguém aprende igual ao outro, utilizar os jogos nos permite abranger as mais variadas formas de aprendizagem, assim o jogo se torna um excelente recurso pedagógico, levando a criança a elevar seu nível de aprendizagem, os jogos são capazes de instigar a criança a utilizar sua imaginação aumentando sua capacidade de raciocínio. Os jogos proporcionam desenvolver a aprendizagem no aluno como um todo, desde o controle das próprias emoções ao intelecto em geral, assim como comenta Rau (2011, p. 65): Os professores podem considerar também que, no contexto escolar, muitos aspectos podem ser trabalhados por meio da confecção e aplicação de jogos selecionados, com objetivos como: aprender a lidar com a ansiedade, refletir sobre limites; estimular a autonomia, desenvolver e aprimorar as funções neuro-sensório motoras, desenvolver a atenção, e a concentração, ampliar a elaboração de estratégias, estimular o raciocínio lógico e a criatividade. Por isso os jogos devem ser muito bem selecionados e explorados pelo profissional da educação infantil, para que possa abranger todas essas capacidades e desenvolver a aprendizagem que o aluno necessita. 5 2.4 o jogo, a brincadeira e a criança de 4 a 5 anos Até os três anos de idade a criança não tem o jogo ou as brincadeiras como forma de aprender algo, é a partir dos quatro anos que as crianças começam a compreender o valor dos jogos e brincadeiras, sendo capaz de interpretar e seguir as regras impostas no jogo. As crianças até os três anos de idade, quando jogam, não percebem nessa ação qualquer diferença com o que os adultos consideram um trabalho. Vivem a fase que Piaget chamava de anomia e, dessa forma, não podem compreender regras Assim adoram ajudar a mãe a varrer a casa ou fazer bolos, não porque exista valor ou utilidade nessas ações, mas porque são essas as atividades interessantes e divertidas. Essa forma de pensar, entretanto, modifica-se, e já a partir dos quatros a cinco anos é que buscam benefícios através do jogo, mesmo que estes sejam o elogio da sua ação. (ANTUNES, p. 30, 2014). Por ter essa capacidade aos quatro e cinco anos, Piaget apud Antunes (2014), diz que o jogo pode contribuir para desenvolver as mais complexas formas de pensamento na medida em que são levadas a se empenharem para refletir sobre o seu procedimento. Sendo assim o professor tem um papel preponderante em levar a criança a refletir sobre toda a ação do jogo, ampliando sua capacidade de pensamento 2.5jogos e brincadeiras no espaço escolar da educação infantil Os jogos e brincadeiras são utilizados o tempo todo no espaço da educação infantil, sendo utilizados como um recurso de aprendizagem. Muitas vezes os professores podem usá-los de maneira errada por não realizar algumas reflexões sobre o uso do mesmo. Muitas propostas pedagógicas para creches e pré-escolas baseiam-se na brincadeira. O jogo infantil tem sido defendido na educação infantil como recurso para a aprendizagem e o desenvolvimento das crianças. O modo como ele é concebido e apropriado pelos professores infantis, todavia, revela alguns equívocos. (OLIVEIRA, 2008, p.230) Ao se utilizar os jogos no espaço escolar da educação infantil, deve-se, tomar alguns cuidados, o professor não deve apenas aplicar o jogo no dia a dia da sala de aula, mas sim, mostrar qual papel o jogo desempenhará no desenvolvimento infantil. “Os que trabalham com a educação de crianças até 6 anos falam muitas vezes em jogo simbólico, sem, contudo, dar mostras de terem elaborado de um modo mais cientifico como ele ocorre e qual sua função no desenvolvimento humano. ” (OLIVEIRA, 2008, p. 230). 6 De acordo com a autora, o jogo é uma disposição pessoal da criança, ou seja, ocorre espontaneamente, sendo ignorado pelo professor ao utilizar o jogo simbólico como metodologia da educação infantil, que mesmo predominando a fantasia, tende a prender a criança a realidade. A autora ainda expressa outra linha de raciocínio oposta à ideia anterior, onde os professores deixam a criança brincar livremente, “(...) como se jogar fosse algo próprio da natureza biológica da espécie e, portanto, não necessitasse de suportes culturais. ” (OLIVEIRA, 2008, p. 231). Diante das concepções abordadas, a autora diz que, o professor fica afastado da figura de “interação e interlocução”, em que ele atua como parceiro da criança em seu “processo de desenvolvimento”. Cória-Sabini (2012) afirma que o jogo quando em situação didática deve ter um planejamento e previsão de etapas elaboradas pelo professor para alcançar os objetivos predeterminados. Ao utilizar os jogos o professor deve estar ciente de que a criança não está brincando livremente, mas sim que há objetivos didáticos sendo o professor o mediador entre crianças e objetos propiciando as situações de aprendizagem articulando os conhecimentos trazidos pela criança àqueles que se deseja transmitir. 2.6 Metodologia: A pesquisa teve finalidade básica, pois teve como objetivo apenas gerar conhecimento mostrando como é utilizado os jogos e brincadeiras com crianças de 04 e 05 anos pelos professores, para isso foi realizado uma pesquisa de campo, sendo preciso utilizar questionário para realizar o levantamento de dados. A pesquisa de campo é um procedimento que utiliza em grande parte da pesquisa a observação para chegar ao resultado do problema, com o intuito de fazer um “estudo de caso” foi aplicado o método monográfico, descrito por Lakatos (2003, p. 220) como uma das etapas mais concretas da investigação, tendo como finalidade mais restrita em termos de explicação geral dos fenômenos menos abstratos. Consiste em uma atitude concreta sobre o fenômeno pesquisado ficando limitada a um domínio particular. Na tabulação e análises dos dados foram utilizadas duas abordagens a quanti- qualitativa. Em um primeiro momento foi 7 utilizado um questionário para o levantamento de dados, após os dados coletados foi realizado uma análise dos dados. A coleta de dados permitiu a verificação quanto a sua veracidade para que pudesse ser realizada a explicação do problema pesquisado. Por meio da análise qualitativa foi possível realizar a redução dos dados para que se pudesse utilizar de fato penas aquilo que é relevante para a pesquisa. A análise qualitativa é menos formal do que a análise quantitativa, pois nesta última seus passos podem ser definidos de maneira relativamente simples. A análise qualitativa depende de muitos fatores, tais como a natureza dos dados coletados, a extensão da amostra, os instrumentos de pesquisa e os e os pressupostos teóricos que nortearam a investigação. Pode-se, no entanto, definir esse processo como uma sequencia de atividades, que envolve a redução dos dados, a categorização desses dados, sua interpretação e a redação do relatório. (GIL, 2002, p.133). Diante das palavras de Gil (2002) conclui-se que a análise qualitativa tem por finalidade diminuir os dados obtidos na pesquisa envolvendo um processo definido pelo autor como “sequência de atividades” Esta pesquisa foi descritiva, pois teve como objetivo relatar como os professores fazem para escolher os jogos utilizados com os alunos em sala de aula. Para isso foi necessário a utilização de questionário e observação. Para finalizar foi aplicado o método indutivo, conforme Marconi; Lakatos (2003, p. 86) “Indução é um processo mental por intermédio do qual, partindo de dados particulares, suficientemente constatados, infere-se uma verdade geral ou universal, não contida nas partes examinadas”. Com base nos dados obtidos por esta pesquisa foi realizada uma conclusão sobre como o fenômeno ocorre nesta instituição e generalizado os fatos. 2.7 Análise e discussões Depois de ter realizado a pesquisa de campo com os professores da Escola Municipal Mundo Encantado da Criança, foi construído um gráfico para cada questão respondida, com o objetivo de realizar a análise das respostas que foram obtidas fazendo uma comparação com as respostas da entrevista semiestruturada que foi realizada com duas professoras identificadas como P1 e P2, pois as mesmas não quiseram se identificar. Tendo como objetivo relacionar as respostas para que se pudesse chegar a uma resposta para o problema levantado, sendo necessário estabelecer categorias de análise. 8 Na questão de nº 01, Jogos e brincadeiras no planejamento, mostra que os jogos assim como qualquer outro conteúdo tem seu objetivo, e deve ser planejado pelo professor, pois eles são importantes ferramentas mediadoras de aprendizagem e devem ser bem utilizados para que se possa contribuir na aprendizagem das crianças, pode-se observar no gráfico 1, todas as professoras incluem os jogos no planejamento, pois para elas fazer um planejamento do jogo facilita na organização. Papel do professor ao utilizar o jogo, 71% das professoras se preocupam com o aprendizado que será proporcionado pelo jogo na criança, enquanto que 29% levam em consideração os objetivos do jogo, vale fazer a ressalva de que dependo do jogo utilizado o objetivo dele complementa os objetivos do professor. Fica evidente na resposta da pergunta de nº 03, Qual é a reação do professor no momento do jogo que 57% das professoras não interferem nas ações dos alunos no momento do jogo, cuidando para que as crianças não se machuquem, pois este é um momento de interação entre eles. Já 14% respondeu que interfere pouco sobre as ações das crianças. Na questão aberta 29% das professoras fizeram a ressalva de que “é importante e necessário interagir com eles, pois nesta idade ainda são bem egocêntricos, podendo haver brigas, pois todos querem ganhar no jogo, então há momentos em que é preciso a professora intervir dialogando com eles, conduzindo o jogo”. O jogo é uma fonte de aprendizado, isto porque tem regras e combinados que contribuem para a formação ética do cidadão, por isso é de extrema importância que os professores, principalmente da educação infantil, levem para a sala de aula diferentes tipos de jogos, com o intuito de que a criança aprenda por meio da ludicidade. Conforme a pergunta nº 4, qual a finalidade que é utilizada os jogos em sala de aula, 100% das professoras indicam que o jogo é utilizado como uma ferramenta mediadora de conhecimento. Conforme a pergunta de nº 06, qual a contribuição do jogo na aprendizagem de crianças de 04 e 05 anos 100% das professoras vêm o jogo como um meio de contribuição para a socialização, desenvolvimento cognitivo e motor. O jogo deve ser utilizado com frequência na sala de aula, ficando sempre a critério do professor fazer a inserção na rotina escolar, através da questão nº 8, que 86% das professoras utilizam os jogos durante três vezes ou mais na semana, enquanto que um total de 14% utiliza os jogos como meio de aprendizagem apenas uma vez por semana. 9 Conclui-se que os jogos são utilizados pelas professoras diariamente ou de acordo com o tempo disponível da aula geralmente na sala de aula. Na questão de nº 10 Qual o tempo disponibilizado da aula para utilizar jogos fica evidente que o tempo disponibilizado para se trabalhar com jogos varia muito de professor para professor, isto porque 57% das professoras dispõe menos de uma hora, enquanto que 14% disponibilizam entre uma e duas horas de aula, já 29% disponibiliza três horas ou mais. É evidente que não existe uma regra para o tempo de duração, para isso o professor como mediador deve perceber quando aquele jogo não está mais chamando a atenção das crianças 3.0CONCLUSÃO Ao longo desse trabalho buscou-se compreender a importância de se utilizar os jogos e brincadeiras no processo de ensino-aprendizagem de crianças de 04 e 05 anos na educação infantil e como os professores incluem os jogos e brincadeiras na rotina da sala de aula, para proporcionar um aprendizado mais prazeroso, unindo os jogos e brincadeiras com aprendizagem, criando um momento de conhecimento e diversão. A presente pesquisa foi de grande valia para ampliar os conhecimentos acadêmicos sobre o tema pesquisado, através dela pode-se concluir que as professoras de pré I da Escola Municipal Mundo Encantado da Criança utilizam os jogos e brincadeiras como mediadores de conhecimento, incluindo-os em seu planejamento, não utilizando apenas como um passa tempo na sala de aula, mas sim como ferramenta importante no auxílio do processo de ensino-aprendizagem infantil. É importante utilizar os jogos e brincadeiras na sala de aula, pois quando se faz isso se cria a possibilidade de a criança aprender fazendo aquilo que ela mais gosta de fazer, ou seja, brincar ou jogar. Dessa forma, aprender se torna mais prazeroso para a criança, e por meio de jogos e brincadeiras as crianças aprendem regras, aprendem a se relacionar melhor com os colegas da classe, desenvolvem-se cognitivamente e afetivamente. Além de ser um momento divertido para as crianças, é um momento de muito aprendizado também, por isso o jogo deve ser planejado de acordo com a faixa etária das crianças e também tem que se pensar na aprendizagem que será proporcionada à criança com determinado jogo. REFERENCIAS ANTUNES. Celso. O jogo e a educação infantil: falar e dizer, olhar e ver , escutar e ouvir, fascículo 15.9 ed. Petrópolis, RJ. Vozes, 2014. CÓRIA-SABINI. Maria Aparecida, LUCENA Regina Ferreira de. Jogos e brincadeiras na Educação Infantil. 6 ed. Campinas, SP. Papirus, 2012. 10 GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4ed. São Paulo. Atlas. 2002. KISHIMOTO. Tizuko Morchida . Jogo, brinquedo, brincadeira, e a educação 14 ed. São Paulo, 2011. MT. Projeto Político Pedagógico.Escola,2015 OLIVEIRA. Zilma Ramos de. Educação Infantil: fundamentos e métodos. 4 ed. São Paulo, 2008 PRODANOV. FREITAS Cleber Cristiano, Ernani César de. Metodologia do trabalho científico: métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico– 2. ed. – Novo Hamburgo: Feevale, 2013. RAU, Maria Cristina Trois Dorneles. A ludicidade na educação: uma atitude pedagógica.2°ed. Curitiba, PR, Ibpex, 2011. 11
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