rio tietê - Revista Náutica
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rio tietê - Revista Náutica
são paulo rio de janeiro minas gerais espírito santo 300 classificados para você comprar um barco usado edição nº 1 | outubro 2013 | r$ 12,00 Nova revista R io TieTê Dá pra crer? Quanto mais se afasta de São Paulo, mais o rio mais mal falado do país surpreende Carretilha Ou mOlinete? as dúvidas que todo pescador iniciante sempre tem O rei dO anzOl o que o mais famoso pescador de mar tem a ensinar ChurrasCO nO barCO as dicas para o seu passeio ficar ainda mais gostoso SÃO PAULO BOAT SHOW 2013 os barcos que você não pode perder Editorial NÁUTICA SUDESTE O que você não deve perder no próximo salão NÁUTICA SUDESTE 48 NÁUTICA SUDESTE NÁUTICA SUDESTE 83 10 maneiras bem mais econômicas de aumentar a performance de sua lancha do que apenas trocar o motor por outro mais forte P or conta do seu tamanho de megalópole, São Paulo tem tendência a unificar produtos e serviços numa só rua ou região, porque torna a vida mais fácil e prática. É assim com os eletroeletrônicos na Rua Santa Ifigênia, com as lojas de moto-peças nos arredores da Barão de Limeira, com os atacadões da 25 de Março e com os vestidos de noiva da Rua São Caetano, não por acaso bem mais conhecida como a “Rua das Noivas”. É tanta segmentação que até os barcos têm um endereço coletivo: a Avenida dos Bandeirantes, na zona sul da cidade. Ali, ao longo dos seus quase sete quilômetros de extensão, há atualmente quase uma dezena de lojas náuticas (mais duas bem próximas), que vendem praticamente tudo o que existe para a diversão na água — de boias coloridas a iates, passando por lanchas, acessórios e jets. 86 As duas mais recentes novidades no pedaço aconteceram em agosto, com a inauguração das lojas oficiais das marcas Schaefer Yachts e Cimitarra, ambas com grandes barcos expostos em megavitrines que ocupam a fachada inteira das lojas e chamam ainda mais a atenção de quem passa, numa cidade dominada pelos automóveis — só na Avenida dos Bandeirantes passam cerca de 30 000 deles por hora, o que acentua ainda mais o curioso aspecto de ver grandes lanchas expostas quase na calçada e faz muita gente embarcar no sonho de ter um barco. “Quando os motoristas, trancados no trânsito sempre congestionado da Bandeirantes, olham para o lado e veem uma lancha, imediatamente se imaginam passeando na água no fim de semana, e isso já levou muita gente a comprar um barco conosco”, diz Marçal Martins, da loja Universo Náutico. A localização da Avenida dos Bandeirantes é estratégica para as lojas de barcos não apenas por ser uma das principais artérias da maior metrópole do país, unindo a Marginal do Rio Pinheiros à Rodovia dos Imigrantes, caminho natural para Santos, Guarujá e o litoral sul paulista. Ela também serve de acesso ao Aeroporto de Congonhas, que fica colado na avenida — portanto, frequentada por muita gente com poder aquisitivo para comprar um barco. “A caminho da praia, a pessoa é naturalmente estimulada a imaginar como seria bom ter um jet ou uma lancha para aproveitar ainda melhor o mar”, explica outro lojista da região, Valdir Brito, da Jetco. A total proximidade com o aeroporto é, também, um facilitador para quem vem de outras cidades em busca de comprar um barco, jet ou equipamentos náuticos — não NÁUTICA SUDESTE 5 1 Distribua bem o peso a bordo e não exagere Quanto mais leve, mais rápido. Então, retire os supérfluos. Se a lancha for pequena, o peso mal distribuído a deixará desequilibrada e lenta. Concentre o peso no centro, um pouco atrás da meia-nau. 7 Veja se não há cracas nem limo no casco Se houver, limpe tudo: casco, eixo, leme, etc. Esses parasitas da água criam arrasto, “freando” o barco. Numa lancha de médio porte, com propulsão de eixo e pé-degalinha, incrustações no casco reduzem a velocidade em, pelo menos, 20%. E, às vezes, até impedem o planeio. 2 Alinhe bem o eixo da propulsão 3 Não leve mais do que o necessário nos tanques 8 Posicione bem o motor 9 Equipe a lancha com um jack plate Barcos com motor de popa ou centrorabeta atingem seu melhor desempenho à medida que se ergue a proa e reduz a área de contato com a água. Mas isso precisa acontecer na medida certa, sem que o motor levante demasiadamente, para o hélice não ventilar. Combustível e água pesam um bocado. Por isso, carregue o necessário para o passeio, acrescido de uma reserva de cerca de um terço. Quem navega sempre com o tanque cheio ganha tranquilidade, mas perde velocidade. Mantenha os hélices em bom estado Não deixe a popa afundar demais Para erguer a popa do barco e assim diminuir o arrasto, use flapes fixados no espelho de popa. Quando se abaixam os flapes, a popa ergue e o barco passa a navegar na posição normal, portanto, com maior velocidade. Barcos com propulsão tipo eixo e pé-degalinha precisam ter o eixo muito bem alinhado com o motor, para reduzir ao máximo a vibração, pois ela também provoca perda de potência. 4 Ajuste o passo do hélice Hélices fora do passo prejudicam a performance e podem até danificar o motor. Se a rotação não atingir a máxima prevista, é sinal de que o passo está muito longo. Se, ao contrário, passar da máxima, é porque ele está curto. Nos motores de popa, a rotação varia cerca de 200 rpm para cada polegada no passo. truques para navegar mais rápido 6 A primeira coisa que passa pela cabeça quando se quer melhorar o desempenho de uma lancha é trocar o motor. Claro que isso ajuda. Mas custa no bolso e nem sempre resolve o problema. Por isso, antes de decidir pela simples troca da motorização, vale a pena considerar alternativas bem mais simples e, principalmente, mais baratas, que podem fazer sua lancha navegar melhor e mais rápido. Como estas aqui ao lado. é preciso nem enfrentar o trânsito de São Paulo para fechar bons negócios, já que, como as lojas da Avenida dos Bandeirantes vendem bastante, ainda costumam oferecer bons descontos nas negociações. Também ajuda na pesquisa dos interessados, porque, com todas as lojas na mesma rua, fica bem mais fácil visitar várias delas no mesmo dia, para comparar preços e ofertas. Por tudo isso, a Bandeirantes, famosa também por reunir várias lojas de outros segmentos (piscinas, banheiras, churrasqueiras, etc. etc.), tornou-se uma das maiores vitrines de São Paulo, literalmente, até porque barcos não cabem em qualquer espaço. E a imagem de lindas lanchas expostas em meio ao concreto e asfalto criam um inusitado cenário numa cidade que não tem mar, mas muita gente sonhando em começar a navegar. NÁUTICA SUDESTE pág. 83 10 ARQ. NÁUTICA A RUA DOS BARCOS Com a inauguração de mais duas lojas náuticas, a Avenida dos Bandeirantes, em São Paulo, firma-se de vez como a rua dos barcos na cidade que nem tem mar, mas muita gente — cada vez mais — querendo navegar O jack plate serve para erguer o motor de popa verticalmente, diminuindo o atrito do hélice e da rabeta com a água, sem, contudo, alterar o trim da lancha. É um ótimo e simples recurso. 10 Hélices danificados, por menor que seja o dano, forçam o sistema de propulsão, geram vibração e roubam velocidade. Se eles sofrerem qualquer deformação, mande repará-los e balanceá-los. Se o caso for mais grave, troque por novos. Recolha a capota, sempre que possível Capotas protegem bem contra o sol e a chuva, mas impedem que o barco atinja maiores velocidades, porque, quando abertas, aumentam a resistência ao ar. Se você quiser navegar mais rápido, ande com ela fechada ou a recolha sempre que puder. 87 JORGE DE SOUZA 80 NÁUTICA SUDESTE 93 MAGELLANO 50 “ “A série Magellano, da Azimut, é um novo estilo e conceito de barco. Não é um iate nem um trawler, mas uma fusão desses dois tipos, com ênfase no conforto e bem-estar a bordo. É um barco para quem quer ficar um bom tempo embarcado e não apenas fazer passeios rápidos e voltar para a marina. Sua cabine, por exemplo, tem portas mais largas que o habitual nos barcos e menos cômodos do que caberia, porque o objetivo é que todos eles sejam amplos, altos e com menos divisórias de ambientes do que em uma lancha convencional do mesmo porte. Aliás, de convencional a Magellano 50 não tem nada, a começar pelo estilo do seu casco, que nem de longe lembra o de trawler, porque tem linhas bem mais modernas e ousadas. Como seu casco é semideslocante, a Magellano navega suave e com 108 muito conforto e ainda oferece o benefício de estabilizadores. Com isso, mesmo quando em movimento, sua cabine torna-se um local extremamente agradável para navegar. É um barco muito confortável não apenas quando está parado. Mesmo assim, sua performance é atraente. Quando equipada com dois motores Cummins de 425 hp cada, navega a 17 nós na velocidade de cruzeiro e chega a 22 nós na máxima. E isso com um consumo cerca de 30% inferior ao de qualquer lancha convencional do mesmo porte, o que também se traduz em maior autonomia, já que se trata de um tipo de barco para quem gosta de ir longe. É, enfim, um tipo de barco para pessoas extremamente exigentes quanto ao prazer de estar a bordo e que, entre o conforto e a aparência, sempre optam pelas duas coisas”. ros para a grelha e chegam à mesa crepitando sobre pranchas de ferro, para delírio dos comensais, que invariavelmente acabam virando amigos do dono – que é a própria síntese do curioso restaurante. “Gente chata eu ponho pra correr daqui”, avisa Juan. E põe mesmo. Ele chegou a viver um ano inteiro na ilha, acenando para os barcos da areia, feito um náufrago que oferecia comida em vez de pedir, mas hoje é famoso entre quem sabe das coisas. Já os outros, chegam intrigados (como pode haver um restaurante ali?) e saem tão surpresos quanto saciados. A lula que já vale a viagem Gosto não se discute, mas poucos discordam de que a lula grelhada da lula”, diz o uruguaio Juan. “Mas lembrei da técnica de maturação é o melhor prato do Tamandubar. No mínimo, o mais pedido. “É a da carne uruguaia e resolvi fazer o mesmo com ela, congelando e melhor lula do mundo!”, exagera o velejador Beto Padiani, que por causa dela virou habitué da ilha. O descongelando, até quebrar as fibras. Ficou bem molinha.” E também deliciosa, já que é temperada com segredo está na maciez do molusco após o choque de temperaturas a que é submetido. “Quebrei a cabeça curry e outras iguarias. Cada porção tem meio quilo de macios anéis da — muito possivelmente — melhor pra achar um jeito de tirar aquela textura de chiclete lula que você já comeu na vida. NÁUTICA SUDESTE TUDO NA PRAIA A Ilha tem três praias, todas lindas. Mas, não fosse pelas bandeiras fincadas na areia, ninguém diria que aqui se esconde um restaurante Onde fica? A Ilha do Tamanduá fica bem pertinho da praia da Tabatinga, em Caraguatatuba, no litoral norte de São Paulo, mas com acesso só por barco. Não há transporte fixo da praia para a ilha, mas o barqueiro Valdecir (tel. 12/99753-8002) pode levar e buscar — é só combinar. Antes, porém, ligue para o próprio dono do Tamandubar (tel. 12/997671367), para perguntar se o restaurante vai funcionar. BR-101 Ilha do Tamanduá Caraguatatuba NÁUTICA SUDESTE Classificados VELEIROS A Magellano é um tipo de barco para quem curte ficar a bordo MARCELO ALBERTONI, gerente comercial da First Yachts, que acaba de trazer a primeira Magellano para o Brasil, fala sobre este novo conceito de barco, que não é lancha nem trawler sileiro”) Juan Fálcon, que também é pintor e escultor e usa suas telas e peças para decorar o ambiente, é um restaurante sui generis. Não passa de um galpão aberto, sem paredes, só com algumas grelhas quase ao ar livre, que formam a única “construção” da ilha — se é que dá para chamá-la assim. Mas, junto com as três praias da ilha, é razão mais que suficiente para ir até lá. E de barco, porque não há outro meio de chegar. O Tamandubar também só abre quando o tempo, o vento e o mar permitem, o que leva Juan a avisar, um por um, os clientes, via torpedo. “Neste, vamos abrir!”, dispara, às vésperas dos fins de semanas contemplados pela sorte e pela boa vontade de Netuno. “Se não fosse numa ilha seria bem mais fácil, mas não teria a menor graça”, diz o uruguaio, um figuraço de 64 anos, pai de uma penca de filhos que vão dos 44 aos 2 anos de idade, e que sofre horrores para transportar tudo até a ilha – que nem tem energia elétrica. “Trago tudo no gelo”, explica. “Mas me baseei no sistema do McDonalds, que oferece poucas opções de cardápio, o que torna tudo mais prático.” As porções (lula, marisco, camarão...) são preparadas antes e colocadas em pacotinhos, com a quantidade certa para ir à chapa, segundos antes de salivar a boca dos clientes, que chegam aos montes, de barco, de Ubatuba, Ilhabela e São Sebastião, especialmente no verão — quando, então, a ilha abre todos os dias que o mar permite. Já os peixes vão intei- 81 pág. 80 Novos barcos ALADIN 30 2012. Motor Yanmar 3ym20, 21 hp. R$ 190.000,00. São José dos Campos, SP. Tel. 12/9723-0626 c/ Walter. BB 35 1999. Motor Yanmar, 27 hp. R$ 180.000,00. Santana de Parnaíba, SP. Tel. 11/99934-0389 c/ Leonel. CAL 9.2 1987. 28 hp. R$ 90.000,00. São Paulo, Tel. 13/9751-9640 c/ Carlos. POMAR 26 Motor Mercury 8 hp. R$ 40.000,00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 21/9846-0009 c/ Roberto Rodrigues. MAGNUM 595 1995, 19 pés, motor 85 hp, R$ 14.000,00, Igaratá, SP, Tel. 11/99573-1310 c/Isaac. BB 36 1999. Motor Yanmar 3JH4SD. R$ 205.000,00. Niterói, RJ, 21/8667-9853 c/ Alexandre. DAKINI R$ 90.000,00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 21/9125-7209 c/ José Soares. FAST 230 1981. Motor Evinrude 8 hp. R$ 33.000,00. Campinas, SP, Tel. 19/8177-0885 c/ Jorge ATOLL 23 Motor Mercury, 15 hp. R$ 36.000,00. São Paulo, Tel. 12/8100-2755 c/ Ricardo. ” ALADIN 30 1997. Motor Yanmar, 21 hp. R$ 200.000,00. Guarujá, SP. Tel. 13/8125-0404 c/ Manoel. DRAKKAR VIKING R$ 59.000,00. Vitória, ES, Tel. 27/92970282 c/ Rodrigo Silva. BRASÍLIA 32 1990. Motor Volvo Penta, 18 hp. R$ 115.000,00. São Paulo, SP. Tel. 12/8179-0707 c/ Rogerio. FAST 395 R$ 250.000,00. Angra dos Reis, RJ, Tel. 24/9982-8144 c/ José Luiz. CARIBE 16 Motor Mercury 3.6 hp. R$ 10.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/7877-3593 c/ Rodrigo. é o conforto. Mas ela é 30% mais econômica “ Adoprioridade que uma lancha convencional deste tamanho ” 8 .À OUTRO ESTILO O casco tem linhas próprias. Mas é mesmo por dentro, nos amplos e confortáveis espaços da cabine, que a Magellano se diferencia dos demais barcos dúvidas na hora de comprar um barco O que convém saber antes de escolher 1 112 BRUCE FARR 38 Motor 36 hp. R$ 180.000,00. Angra dos Reis, RJ, Tel. 21/9604-7674 c/ Renan Comprar antes ou depois do verão? Após o verão, os preços dos barcos usados tendem a baixar um pouco. Mas você perderá a melhor época para usá-lo. Nem sempre vale a pena esperar. 2 Com broker ou diretamente? Os brokers têm conhecimento do mercado náutico e podem apresentar boas opções, além de dar orientação para a compra. Mas se você prefere agir sozinho, frequente marinas e clubes náuticos e converse bastante com marinheiros e donos de outros barcos, antes de escolher. NÁUTICA SUDESTE pág. 92 pág. 86 É AQUI! 49 uem olha não vê. Nem a própria ilha, que, dependendo do ângulo de visão, se mistura com o morro da praia da Tabatinga, em Caraguatatuba. Mesmo quem a enxerga, custa a acreditar que naquela ilha aparentemente deserta possa existir um lugar para comer — e, ainda por cima, bem! Não fosse por bandeiras amarelas fincadas na areia da praia principal (grande e linda, por sinal), ninguém diria que, atrás delas, sob a sombra das árvores, se escondem simpáticas mesas vermelhas ao ar livre de um bar-restaurante que, para muitos, é o melhor de toda a região. No mínimo, o mais original do litoral norte paulista: o informal e nada convencional Tamandubar, onde os clientes sentam-se com o pé na areia e em bancos de madeira e não reclamam. Pelo contrário, amam. O Tamandubar, “o bar da ilha do Tamanduá”, explica o dono do lugar, o uruguaio (“com mais anos de Brasil do que muito bra- pág. 68 MOZART LATORRE A loja de artigos para pesca Maripesca, onde Hatao Ikebe pode ser encontrado quando não está pescando — o que faz, regularmente, um ou dois dias por semana — ocupa uma esquina importante do bairro oriental da Liberdade, em São Paulo. Mas tem fachada discreta, como se não precisasse atrair cliente algum. Dentro, é atulhada de recordações de pescarias: peixes empalhados, fotos de pescadores com os troféus que acabaram de colher das águas, etc., etc. Nem parece uma loja. Lembra mais uma espécie de templo dedicado à paixão pela pescaria, cujo mestre maior é “Ikebe-san”, como Hatao Ikebe é respeitosamente chamado por seus discípulos e amigos pescadores. Aos 70 anos, ele é quase uma unanimidade entre os pescadores de água salgada do Brasil e considerado, senão o melhor, com certeza o mais técnico — ou meticuloso — na arte de fisgar um peixe no país. NÁUTICA SUDESTE Você e seu barco MAIS NÓS COM MENOS DINHEIRO Desde que, ainda garoto, o japonês naturalizado brasileiro HATAO IKEBE usou uma simples agulha de costura para moldar um anzol, nunca mais parou de pescar. Hoje, aos 70 anos, é uma verdadeira lenda entre os pescadores de mar e um mestre no assunto, cuja técnica não esconde de ninguém. Até porque sabe que é bem difícil alguém conseguir igualá-lo TIETÊ PICI NGUA BA pág. 48 PESCADOR QUE PLANEJA Hatao Ikebe em sua loja de pesca, em São Paulo: pescaria, para ele, não é questão de sorte POR LUIZ MACIEL 35 pág. 35 MAIS UMA Nova loja oficial da Cimitarra na avenida com mais “água” de São Paulo: o trânsito sempre ruim ajuda a vender mais barcos O MESTRE DO ANZOL Escondida numa ponta de Caraguatatuba, a bonita Ilha do Tamanduá esconde outra surpresa, ainda mais saborosa: o Tamandubar, um restaurante bem peculiar AS OUTR AS ÁGUAS DO 11 pág. 10 A SURPRESA DA ILHA DIVULGAÇÃO “ GUIA DO SÃO PAULO BOAT SHOW 2013 DOCE ROTINA Vila de Picinguaba, a meio caminho entre Ubatuba e Paraty. Aqui, todos os dias são assim FOTOS MOZART LATORRE GENTE DO MEIO Acima, a prefeita do Guarujá, Maria Antonieta de Brito, com Suzana Costa, da Intermarine, à esquerda, Hemerson Diniz e Nelson Waisbish, da First Yachts, e ao lado André Granja e Rogério Silva, da American Boat, que representa a Chris Craft. Todos os grandes estaleiros estiveram presentes A elegância do Iate Clube de Santos serviu de cenário para um Boat Show diferente FOTOS BETO SODRÉ E MOZART LATORRE Quem só conhece a pior parte do rio mais mal falado do país, custa a acreditar que praias, paisagens e água limpíssima possam surgir depois do esgoto a céu aberto que cruza São Paulo. Mas é justamente isso o que quem se dispuser a navegar de Barra Bonita para baixo, como fizeram os participantes de um recente cruzeiro, irá descobrir, ao conhecer... “ Na água, só grandes barcos: Azimut, Ferretti, Intermarine, Schaefer, Fairline, Beneteau... VALDEMIR CUNHA Um novo tipo de feira náutica, de alto nível, levou alguns dos melhores barcos do país para dois fins de semana de exibição — e muito sucesso — no Iate Clube de Santos É A CARA DELE O artista e cozinheiro Juan Fálcon: a essência e o faz tudo no exótico e delicioso Tamandubar, que não passa de um galpão numa ilha deserta Cansado de ir sempre para a mesma praia? Então, que tal experimentar uma singela vila caiçara, onde o tempo não passa? FERNANDO MONTEIRO BOUTIQUE BOAT SHOW GUARUJÁ ANFITRIÕES Os casais Denise Godoy e Ernani Paciornik, da Boat Show Eventos, e Manuela e Berardino Fanganiello, do Iate Clube de Santos, que sediou um salão diferente, onde até carros de grandes marcas brilharam (ao lado) POR JORGE DE SOUZA POR JORGE DE SOUZA FOTOS JORGE DE SOUZA Aconteceu... POMAR 18 1984. R$ 11.000,00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 21/9975-6540 c/ Otavio. 3 Novo ou usado? Um barco novo você pode montar da maneira que quiser, escolhendo o motor e os equipamentos. Também terá a certeza da procedência, garantia e ainda pode pagar a prazo. Já a principal vantagem do barco usado é o preço (bem) mais acessível. E na hora de revender você não perde tanto dinheiro. No entanto, quase sempre tem que pagar à vista. 4 A vela ou a motor? Veleiros exigem muito mais conhecimento, ou seja, será necessário aprender a velejar. Eles não fazem barulho, tornando a navegação mais BRASÍLIA 23 R$ 36.000.00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 21/9987-6022 c/ Luís Fernando. BRASÍLIA 32 1980. Motor Volvo, 17 hp. R$ 90.000,00. Ubatuba, SP. Tel. 11/7683-1385 c/ Luis. prazerosa, porém são também mais lentos, impossibilitando visitar vários lugares no mesmo passeio. Já com os barcos a motor o custo é mais alto, tanto para comprar quanto para manter. 5 À vista ou parcelado? Não empate todo o seu dinheiro na compra de um barco. Até porque você terá que gastar com equipamentos (no caso de modelos novos) ou com pequenas reformas (no caso dos usados). A maioria dos estaleiros oferecem opção de parcelamento, com taxas especiais. Mas se for um usado, compre à vista, já que, parcelado, os juros são altos. 6 ATOLL 23 Motor Marine 5 hp. R$ 25.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/98175-6947 c/ Paulo. Proa aberta ou fechada? A maioria das lanchas pequenas, de até 23 pés, tem a proa aberta. Com elas, os passeios ficam bem mais ao ar livre, mas não podem ser muito longos. Já as lanchas com cabine, ou de proa fechada, permitem até dormir a bordo e tendem a ser mais confortáveis. 7 Motor de popa ou de centro-rabeta? Motor de popa é mais barato, não ocupa espaço a bordo e tem manutenção mais fácil. Já o motor de centro-rabeta é mais econômico, mais silencioso, facilita as atracações de popa, dá mais estabilidade ao casco, além de valorizar o barco. Mas custa mais caro, embora parte do que você paga a mais, recupera na hora de 8 vender o barco A diesel ou a gasolina? Se a lancha for usada para esquiar, o motor deve ser a gasolina para dar arrancadas mais rápidas. Por outro lado, o consumo e a autonomia são bem melhores com diesel. No momento da compra, o motor a gasolina leva vantagem, pois é mais barato. Em compensação, na manutenção, os motores a diesel são melhores. NÁUTICA SUDESTE NÁUTICA SUDESTE 113 pág. 112 pág. 108 que reviSta é eSSa? Para um país com dimensões continentais, como o nosso, uma só revista não basta. Por isso, a partir de agora, a tradicional revista Náutica passa a ter mais uma edição regional – a segunda, depois da pioneira Náutica Sul, dedicada ao Paraná, Santa catarina e Rio Grande do Sul. Os novos estados contemplados com esta edição que você tem nas mãos, a primeira da nova Náutica SuDEStE, são São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo. a cada dois meses, tal qual sua congênere do Sul, Náutica SuDEStE apresentará os melhores lugares para navegar nas águas desse quatro estados, não só no mar como também em rios e represas, como bem ilustra a reportagem de capa desta edição, sobre o lado mais surpreendente do Rio tiête, que nem de longe lembra a má fama que tem. quer receber em casa e de graça? VICE-PRESIDEnTE Denise Godoy REDAÇÃO E ADmInISTRAÇÃO Av. brigadeiro Faria lima, 3 064, 10o andar, CEP 01451-000, São Paulo, SP. Tel. 11/2186-1000 publicidade DIRETOR COmERCIAl Afonso Palomares [email protected] DIRETORA DE mERCADO náuTICO mariangela bontempo [email protected] DIRETOR DE REDAÇÃO Jorge de Souza [email protected] COlAbORARAm nESTA EDIÇÃO: Paulo Inoue (edição de arte), Rosângela Oliveira (reportagem) e maitê Ribeiro (revisão). Náutica SudeSte ErnaniPaciornik Presidente do grupo Náutica Mande um email para [email protected] e peça o arquivo eletrônico desta revista. É grátis PRESIDEnTE E EDITOR Ernani Paciornik 6 Náutica SuDEStE também mostrará o que há de novo no mercado, ensinará a cuidar melhor das embarcações e exibirá um farto número de anúncios classificados, para quem ainda não tem ou anda pensando em trocar de barco. E tudo isso focado apenas na sua região, para você aproveitar ao máximo os temas, já que, num país com as dimenssões do Brasil, não é fácil agradar a todos. agora, com Náutica SuDEStE, paulistas, cariocas, mineiros e capixabas ganham uma revista que fala – só – sobre as águas que frequentam e lhe interessam. uma segmentação e aprimoramento da informação. Porque, para um país com o tamanho do Brasil, uma só Náutica não basta. ExECuTIVOS DE COnTAS Eduardo Santoro [email protected] Eduardo Saad [email protected] Glauce Gonçalez [email protected] lucyla Garrido [email protected] leide Ortega [email protected] PARA AnunCIAR [email protected] Tel. 11/2186-1022 NÁuTica SudeSTe é uma publicação da G.R. um Editora ltda. — ISSn 1413-1412. Outubro 2013. Jorn. resp: Denise Godoy (mTb 14037). Os artigos assinados não representam necessariamente a opinião da revista. Direitos reservados. CAPA Foto Angela mattei CTP, Impressão e Acabamento — IbEP Gráfica Aconteceu... Boutique Boat Show Guarujá Um novo tipo de feira náutica, de alto nível, levou alguns dos melhores barcos do país para dois fins de semana de exibição — e muito sucesso — no Iate Clube de Santos anfitriões Ernani Paciornik, da Boat Show Eventos, e Berardino Fanganiello, do Iate Clube de Santos, que sediou um salão diferente, onde até carros de grandes marcas brilharam (ao lado) Na água, só “ grandes barcos: Azimut, Ferretti, fotos BEto soDRÉ, MoZARt LAtoRRE E MAuRicio cAssAno Intermarine, Schaefer, Fairline, Beneteau... “ A elegância do Iate Clube de Santos serviu de cenário para um Boat Show diferente gente do meio Acima, a prefeita do Guarujá, Maria Antonieta de Brito, com Suzana Costa, da Intermarine, à esquerda, Hemerson Diniz e Nelson Waisbish, da First Yachts, e ao lado André Granja e Rogério Silva, da American Boat, que representa a Chris Craft. Todos os grandes estaleiros estiveram presentes Náutica SudeSte 11 Aconteceu... jóias por todo lado Lado a lado, uma flotilha de lindos barcos ficou a disposição dos visitantes, que também apreciaram outros artigos de luxo, como jóias sofisticadas “ Além de conhecer os barcos, era possível testá-los lá mesmo “ No Boutique Boat Show Guarujá participaram apenas barcos acima de 35 pés 12 Náutica SudeSte fotos BEto soDRÉ, MoZARt LAtoRRE E MAuRicio cAssAno satisfeitos O casal Fernanda e Mario Simonsen, do Iate Clube de Santos (à dir.), Caio Leonardo e Marco Garcia, da Ventura (ao lado) e Diego e Marcio Christiansen, da Ferretti (abaixo): todos aprovaram esse tipo de evento naútico mais gente A decoradora Bya Barros (acima), o casal Mario e Rosana Ferreira, do Iate Clube de Santos (no canto), a família Muller, Roberto e Rogério, pai e filho, da Fairline (ao centro) e Mauricio Barreto, da Yacht Center Group (ao lado) também visitaram ou expuseram seus barcos na feira “ Neste tipo de salão, as visitas aos barcos acontecem sem nenhuma pressa terra, mar e ar Além de lanchas, iates e carros sofisticados, havia até helicópteros para quem estivesse interessado em outro tipo de transporte Náutica SudeSte 13 Aconteceu... classe a Na água, só grandes barcos, que os interessados podiam experimentar na hora, o que levou um público bem seleto ao Iate Clube, como o casal Natália e Diego Pila, da Petrobras (abaixo) “ Um jantar marcou a abertura do primeiro salão do gênero no país “ Além de barcos, também carros de marcas famosas e desejadas fotos BEto soDRÉ, MoZARt LAtoRRE E MAuRicio cAssAno mesas cHeias No jantar de abertura (acima), muita gente do mercado náutico, como o casal Fabrizio e Suely Sestinim, da Marine Express, (no canto), Guilherme Andrade, Celso Magalhães e Pedro Odílio, da Schaefer (embaixo,, e Liseo Zampronio e Carlos Brancante (ao lado) “ Visitantes e expositores gostaram da fórmula, que mistura passeio com negócios 14 Náutica SudeSte Com mais tempo para apreciar os barcos, “as negociações acontecem caso a caso Aconteceu... FOTOS MOZART LATORRE lanchas à vista Na grande loja, alguns barcos ficam expostos. Abaixo, o principal nome da Cimitarra, o empresário Tomas Freitag, com a mulher Adriana Arent e o filho Benjamin a fábrica confirmou para o ano “queNavemfesta, o lançamento da Cimitarra 70 pés Novo show room Cimitarra Na esteira do sucesso da marca, a Universo Náutico inaugurou em São Paulo o primeiro showroom das lanchas Cimitarra “ A loja é um ótimo local para conferir de perto a evolução que os barcos da marca tiveram 16 Náutica Sudeste sócios e clientes Celso Antunes, José Henrique, Marçal Martins e Tomas Freitag, sócios da Cimitarra e. na foto acima, Frederico Marcondes e Viviane Reno, clientes da marca, que também foram prestigiar a nova loja alguns nomes Gustavo Barri, Alessandro Calistro, Claudio de Stefane (acima) e Luciano Nogueira, da Total Boats, e Marcelo Cunha, da Nauss, foram prestigiar a nova loja, que tem Marcelo Bezzi (ao lado, ao centro) como gerente Náutica Sudeste 17 Aconteceu... fotos DiVuLGAÇÃo cerimônia inaugural José Luiz Mota, presidente da Ventura (ao centro), ladeado por Manabu Shimizu, da Yamaha do Brasil, Ernani Paciornik, de NÁUTICA, e os filhos Carlos e André Mota, apresentando a nova fábrica “ feSta veNtura 30 aNoS Um dos mais tradicionais fabricantes de lanchas do país comemora 30 anos com festa, anúncio de dois novos barcos e a inauguração de uma grande fábrica, em Minas Gerais A história da marca foi contada em imagens e divertidas conversas com os convidados programa completo À tarde, cerimônia de inauguração da nova fábrica (acima), bem maior que a anterior, à noite, jantar comemorativo (ao lado) e, no dia seguinte, test drive da nova lancha da marca: foi um evento completo Para marcar a data, a Ventura anunciou a “produção de duas grandes lanchas, de 50 e 60 pés encontro no lago O encontro aconteceu no bonito Hotel do Lago (ao lado), na Represa de Furnas, onde a família Ventura contou parte da sua história para os muitos convidados (acima) Náutica SudeSte 19 Aconteceu... FOTOS DIVULGAÇÃO Anfitriões das festas Marcio Christiansen, CEO da Ferrettigroup Brasil e idealizador da Tools & Toys, sua mulher, Berna, e os filhos Diego e Paloma dois Lançamentos na Tools & Toys Agora, além de lanchas e serviços de concierge, a loja da Ferrettigroup no shopping mais exclusivo de São Paulo oferecerá, também, relógios Parmigiani e um condomínio de luxo iates e relógios Jean Marc e Carlos Miele, da Parmigiani, que escolheram a loja da Ferretti para sediar o primeiro showroom e ponto de venda dos relógios da marca no país “ Por enquanto, o único showroom Parmigiani no Brasil é o que fica dentro da loja da Ferretti 20 Náutica Sudeste parceiro Ferrucio Bonazzi (ao lado, com Sandra Lopes), dono do Fly In Residence, um residencial de alto luxo anexo ao Kiaroa Resort que também começará a ser vendido na loja, e o jantar de lançamento da parceria (acima) A Tools & Toys é a única loja “dodentro país que expõe e vende barcos de um shopping center Música entre barcos Para esquentar a festança de lançamento da Parmigiani na Tools & Toys, DJ e show de Fernanda Porto na própria e linda loja Aconteceu... Inauguração Vip Náutica dupla de peso Marcio Schaefer e Marcos Pacheco: um projeta e fabrica, o outro é um especialista em vender as lanchas da Schaefer Yachts, agora com linda loja em São Paulo (abaixo) muita gente Orlando e Maria Izabel Mendes (abaixo), Andreia Souza e Lucas Ducatti (ao centro) e Tércio Lima e Thiago Squetini FOTOS MOZART LATORRE Através de dois especialistas em vendas de lanchas da marca, a Schaefer Yachts ganha sua primeira loja exclusiva em São Paulo “ A primeira lancha foi vendida antes mesmo de a loja ser inaugurada A nova loja fica na mais tradicional rua de “barcos de São Paulo, a Avenida Bandeirantes atleta de gala Entre os convidados para a inauguração, a atleta olímpica Maurren Maggi, que chamou tanta atenção quanto os barcos casa cheia Na maquete, a maior lancha da marca, que não cabe na loja. Na festa, muitos amigos do setor náutico, como Marcos Ballarin e Carlos Galvão (ao lado) parceiros e amigos Os dois principais executivos da Schaefer Yachts, Marcio Schaefer e Pedro Odílio (nas pontas) e a dupla Marcos Pacheco e Mauricio Souza, da nova Vip Náutica Náutica Sudeste 23 Aconteceu... LoJa YacHt center group eM angra “ Junto com a inauguração da loja, aconteceu uma feira de barcos novos e seminovos da marca Empresa que representa as marcas Prestige e Segue no Brasil inaugura filial junto ao mar mais frequentado pelos seus clientes nas águas de angra No alto, Elza e João Mansur, com Cristiano Correa e Cidia Prado, acima Aluisio Antoniol, Abdon Santon e Carlos Lima e, ao lado, Germana Patricia e Ricardo Demarco com Mauricio Barreto, ao centro. Muitos amigos e clientes foram conhecer os barcos e a nova loja de Angra (abaixo) feira com festa No píer do Pirata´s Mall, ficaram expostos alguns barcos das duas marcas (ao lado), enquanto, lá dentro, Marcellus Andrade, Mauricio Barreto, Fernando Hargreaves e Uriel Calomeni comemoravam a inauguração da filial da YCG em Angra dos Reis (abaixo) A Yacht Center Group foi o “revendedor Prestige que mais cresceu no mundo no ano passado “ FOTOS RICARDO RODRIGUES 75% dos donos de lanchas Prestige e Segue têm barcos em Angra dos Reis, daí a loja 24 náutIca SudeSte a número 1 do mundo Dias antes, em Nova York, Maurício Barreto, da Yacht Center Group (ao centro), recebeu de Nicolas Harvey e Jean-Paul Chapeleau, ambos da Prestige, o prêmio de maior crescimento mundial de vendas da marca náutIca SudeSte 25 Aconteceu... “ No evento, testes e condições especiais de pagamento cardápio completo Foram três dias de evento, com testes dos barcos na águas de Rifaina e um divertido almoço para os participantes, no restaurante Pandefull (ao lado e abaixo) Ventura Mania Show FOTOS DIVULGAÇÃO Em parceria com a VS Náutica, revenda da marca no noroeste paulista e triângulo mineiro, a Ventura promoveu um grande evento nas águas de Rifaina, na divisa de São Paulo e Minas Gerais Princess exPerience weekend FOTOS DIVULGAÇÃO Na Marina do Frade, em Angra, a marca inglesa mostrou suas lanchas e ofereceu clínica de golfe testes e tacadas Os convidados conheceram os barcos e ainda ganharam uma clínica de golfe no green da marina (ao lado) 26 náutica SudeSte “ A Princess tem representação oficial no Brasil e vende aqui toda a sua linha Aconteceu... TEST DRIVE UNIBOATS Para apresentar a nova lancha Tempest 270, a Uniboats, do litoral norte de São Paulo, promoveu dois fins de semana de testes para clientes, no Guarujá FOTOS DIVULGAÇÃO “ Na água, só lanchas Phantom, de 26 a 62 pés “ A nova Tempest 270 é uma das melhores opções da categoria Havia lanchas na água e “noos detalhes seco, para mostrar todos do novo barco ILHABELA PHANTOM SHOW EQUIPE COMPLETA Armando Romano Filho (ao centro) e a equipe da Uniboats: tão satisfeitos com o resultado dos testes quanto os clientes A Celmar, representante Schaefer Yachts no litoral paulista, colocou a linha de lanchas Phantom na água, para os clientes experimentá-las, nas praias de Ilhabela ENTRE AMIGOS O ex-goleiro Zetti foi um dos amigos de Celso Magalhães, da Celmar (segundo à esq, ao lado de Pedro Odílio e equipe da Schaefer Yachts)) que visitou o evento 28 FOTOS DIVULGAÇÃO EVENTO AGRADÁVEL A linda paisagem de Ilhabela serviu de cenário para os testes dos barcos da linha Phantom, em evento promovido pela Celmar, do litoral norte paulista “ Em três dias de evento, quatro barcos foram vendidos NÁUTICA SUDESTE ACONTECEU_REV OK.indd 28-29 Financiamento sujeito a aprovação de crédito | Fotos meramente ilustrativas | Valores promocionais, sujeitos a alteração | O SHOPPING DO PESCADOR 09/06/14 15:26 Aconteceu... A Nautiko é o maior revendedor “Mercury, FS e Mestra da região .com.br FOTOS DIVULGAÇÃO FOTOS HELÔ LACERDA/ANCORADOURO Entre os presentes, “Pierre Loeb, um dos sóciosfundadores do clube, em 1963 Clube comemorou meio século de vida com festa e lançamento de livro IATE CLUBE BARRA DO UNA - 50 ANOS 50 ANOS IATE CLUBE DE BARRA DO UNA Helô Lacerda Franco 1963 2013 IATE CLUBE BARRA DO UNA ENCONTRO DE COMODOROS Paulo Mangabeira Neto, o novo comodoro, com Berardino Fanganiello, do Iate Clube de Santos, e o livro de Helô Lacerda BONS AMIGOS A secretária de cultura Marianita Bueno com Rose e Ernane Primazzi e Aluisio Quintanilha (no alto), Candice e Marco Fanucchi (acima) e Vanessa Moisés e José Carlos Posses (ao lado) NOVA LOJA NAUTIKO A concessionária-símbolo da Mercury, FS e Mestra Boats, em Ribeirão Preto, inaugurou nova loja, para aumentar ainda mais seus recordes de venda na região CASA NOVA A fachada da nova loja, maior e mais bonita, e parte da equipe da Nautiko, liderada por Rogério Escochi (ao centro) distante da água, Ribeirão “PretoMesmo compra muitos barcos LINHA NÁUTICA Fone:: +55.19.3515-5500 / Fax: +55.19.3856-4279 O desumidificador de ar é responsável por proteger os equipamentos eletroeletrônicos e instrumentos, reduzindo a umidade. Minimiza a formação de zintabre (oxidação) nas conexões em geral. Além disso, evita a formação de bolor nos estofados, carpetes e outros utensílios no interior da embarcação. ACONTECEU_REV OK.indd 30-31 11 5681-8000 www.thermomatic.com.br 09/06/14 15:27 Aconteceu... FOTOs ALINE BAssI copa suzuki jimny Em Ilhabela, a terceira etapa do campeonato de vela mais empolgante de São Paulo teve muita animação dentro e fora d´água anuncio_NauticaReg_nautiko_202x133_set13.pdf 1 22/08/13 17:40 carro e barco A copa, patrocinada pelo carro da Suzuki, teve até festa com dança, na pousada Armação dos Ventos. Ao lado, a tripulação do Tangaroa, vencedor na ORC FERNANDO MONTEIRO EDu GRIGAITIs A última etapa será “notambém final de novembro, em Ilhabela guia do SÃO PAULO BOAT SHOW 2013 O que você não deve perder no próximo salão Náutica SudeSte 35 MOZART LATORRE SÃO PAULO BOAT SHOW 2013 “ O salão vai de 17 a 22 de outubro e reunirá perto de 100 expositores Expositores já confirmados Náutica SudeSte G07 Revista Náutica Revista Náutica JETS, JETS, MOTORES E EQUIPAMENTOS MOTORES E Moda náutica EQUIPAMENTOS BoRDaDo a BoRDo moGaDicHo naVy noViTa S77 ESTALEIROS ESTRANGEIROS S77 8.00 8.00 LOJAS E ACESSÓRIOS NÁUTICOS LOJAS E ACESSÓRIOS NÁUTICOS acoBaR BLinDaGE sEGuRos muRoLo my BoaT ENTRADA REVisTa nÁuTica CREDENCIAMENTO saFE WaVE BRasiL sanTanDER ESTALEIROS ESTRANGEIROS SAÍDA Auditório equipaMentos Restaurante Planta Ilustrativa sujeita a alteração - 12/06/2013 G07 Restaurante Restaurante Planta Ilustrativa sujeita a alteração - 12/06/2013 Restaurante serviços anGEViniER aRiELTEk BoEninG caR sTaTion caRmona Easy paTH sToRE 5.00 5.00 A06 Auditório BRp man mERcuRy soLas sWELL VoLVo pEnTa yamaHa yanmaR RaDicaL pEÇas ESPAÇO DOS DESEJOS 7.50 Motores ESPAÇO DOS DESEJOS ESTALEIROS NACIONAIS 7.00 BRp yamaha ESTALEIROS NACIONAIS 4.00 Jets 22.00 7.50 BRuDDEn FLEXBoaT REmaR sBoaTs 22.00 Restaurante 36 Infláveis e Caiaques Restaurante aGuz maRinE aRTHmaRinE azimuT BEnETTi BaVaRia FounTainE pajoT BayLinER BosTon WHaLER sEa Ray BEnETEau monTE caRLo yacHTs cHRis cRaFT cimiTaRRa coLunna yacHTs cRancHi DEscoBREVEnTos EcomaRinER EsTaLEiRo pHoEniX scHaEFER EVoLVE BoaTs FaiRLinE BRasiL FiBRaFoRT FisHinG FouR Winns Fs yacHTs inTERmaRinE LancHas coRaL pREsTiGE maLiBu masTERBoaT mÁXima yacHTs pRincEss yacHTs REaL poWER BoaTs RoyaL maRinER sEDna EsTaLEiRo sEssa maRinE ELBER GELaDEiRas ELEcTRa FiscHER panDa GuiDon HiDRo 2 HoT BaG impoRTs nauTica jF sun kapazi kELsons knc map maRinE cEnTER maRinE EXpREss naVETRon naVis pETERs E may piER 22 A06 piERBRasiL REGaTTa Rickson/FRamaR TERRamaR X-FLoaT zimaRinE TEak 7.00 Lanchas e veleiros smaRT piER soLaRa sunsEEkER TRiTon VaLEnT BoaTs VEnTuRa maRinE WakE na VEia WinD nÁuTica 4.00 estaleiros E04 E04 SAÍDA ENTRADA CREDENCIAMENTO Náutica SudeSte 37 SÃO PAULO BOAT SHOW 2013 Sunseeker Manhattan 53 BARCOs DE DEsTAQuEs outra grande lancha inglesa, aqui com representação oficial de fábrica. Tem estilo de vanguarda e um nome que dispensa maiores apresentações para quem gosta de bons barcos. Intermarine 75 Deverá será o maior barco do Boat show e, como de hábito, atraindo grandes filas para visitação. sua cabine tem sala com três ambientes e quatro camarotes, sendo o principal enorme. Cimitarra 500 Fly um dos maiores sucessos do estaleiro gaúcho cimitarra chega com novo padrão de acabamento, bem superior ao anterior, além de flybridge aumentado. Schaefer 620 a schaefer yachts terá um grande estande, com vários barcos, mas o maior deles no salão será o modelo 620 pininfarina, decorado pelo famoso escritório italiano de design. como de hábito, deverá ser muito visitado. novidade Solara 500 HT construída no Rio Grande do sul, pelo estaleiro solara, será apresentada pela primeira vez no são paulo Boat show. usará motor Volvo ips e terá uma área útil interna de mais de 80 m2. Azimut 60 Princess 56 uma linda lancha de uma tradicional marca inglesa. no salão, terá a companhia de outros modelos da marca, já que no Brasil a princess oferece a sua linha completa. 38 Náutica SudeSte FOTOs DIVuLGAÇÃO outra grande lancha — nos dois sentidos — que vai estar no salão. o projeto é italiano, mas já é produzida em santa catarina. Destaque para a suíte principal, à meia-nau, muito espaçosa, mesmo para um barco de 60 pés. novidade Monte Carlo MC 5 construída por um estaleiro que faz parte do grupo francês Beneteau, foi apresentada pela primeira vez no Brasil no último Rio Boat show e é uma lancha diferente, tanto no conceito quanto na aparência. Náutica SudeSte 39 SÃO PAULO BOAT SHOW 2013 novidade Ecomariner 395 HT Prestige 450Fly por enquanto ainda em construção, a mais nova lancha do estaleiro pernambucano Ecomariner já estará no salão. É uma 39 pés com teto rígido e cabine com dois camarotes. Faz parte de uma série de sucesso da marca francesa prestige, aqui com representação oficial da marca. Destaque para a sua distribuição interna, muito bem pensada. novidade Beneteau Oceanis 38 novidade Veleiro francês que é um lançamento mundial, tem cockpit bem livre e espelho de popa rebatível, que vira plataforma, além de lugar para até dez pessoas dormirem a bordo. Sessa F42 nova lancha italiana construída no Brasil, fará sua estreia no salão. preste atenção ao tamanho do fly e aos detalhes da cabine, como a cozinha bem completa, com até máquina de lavar pratos. Fairline Targa 38 menor modelo de um consagrado estaleiro inglês, famoso pelo acabamento elegante e impecável dos seus barcos. Tem dois camarotes e muito conforto a bordo. novidade Arth 45 FOTOs DIVuLGAÇÃO maior e mais novo projeto da arthmarine, a 415 é grande por fora e por dentro, com impressionantes 2,20 m de altura na cabine. Tem teto solar e camas para dois casais. novidade Bavaria 37 Cruiser Smeraldo 40 construída em manaus, mas com projeto italiano, tem dois confortáveis camarotes na cabine e, na versão brasileira, uma ampla plataforma de popa. 40 Náutica SudeSte Ótimo veleiro alemão de cruzeiro, com espelho de popa que vira plataforma e lugar para seis pessoas na cabine. Tem duas opções de quilha: longa ou curta. SÃO PAULO BOAT SHOW 2013 novidade Sea Ray 370 Sundancer Triton 345 HT Chris Craft Corsair 32 Colunna Sport Cruiser 285 Lancha americana já produzida no Brasil, muito espaçosa, dentro e fora, e bem equipada de fábrica. Versão com capota rígida da bem-sucedida Triton 345, é feita no paraná e tem atraente custo-benefício, como todas as demais lanchas da marca. Bela lancha americana de estilo retrô, com excelente acabamento e cabine com cama e banheiro. usa dois motores, de 300 a 430 hp cada. Lançada no salão do ano passado, já vendeu 20 unidades, o que mostra o sucesso do modelo. Tem costado alto e pode usar um ou dois motores de centro-rabeta. novidade novidade Sedna LF 365 Fishing 34 WA Boston Whaler 315 FS 275 Concept Lancha de pesca oceânica de grande sucesso, vem agora com novos melhoramentos. Destaque para a cabine, que mais parece a de uma lancha de passeio. nova lancha de um dos mais tradicionais estaleiros de lanchas para pesca do país, tem cabine, mas circulação fácil em torno do convés. usa dois motores de popa. Barco americano de pesca, muito bem-feito e seguro. Tem boca larga e usa dois motores de popa. Lancha de estilo agradável e com boa cabine, com banheiro fechado e altura elogiável para uma 27 pés: 1,75 m. novidade Wind 34 Four Winns V295 Evolve 270 Cab construído no Rio Grande do sul, é um ótimo veleiro, com espaçosa cozinha e, tal qual os seus concorrentes estrangeiros, com o espelho de popa rebatível, que vira plataforma de popa. marca americana que chega ao Brasil, através de representação oficial. Bem construída e bem equipada, deve ser um destaques da categoria no salão. Derivada do modelo 265, tem cabine 10 cm mais alta e banheiro bem completo, com inclusive vaso sanitário elétrico de série. FOTOs DIVuLGAÇÃO Real Top 355 Desenvolvida a partir do modelo Top 350, tem mudanças no acabamento e no cockpit, agora dividido em três partes. novidade 42 novidade novidade Bayliner Pontoon 23 XT Dufour 335 Aguz 29 HT Max 250 muito populares nos Eua, os barcos em forma de plataforma estão chegando agora ao Brasil, através da marca americana Bayliner. Este, que vai estar no salão, usa motor de até 150 hp. outro bom veleiro francês, com popa bem larga e cabine com dois camarotes. Detalhe interessante é que, mesmo sendo um barco de porte médio, vem com duas rodas de leme. Fabricada em são paulo, tem estilo moderno e ousado. sua cabine tem camas para quatro pessoas e o para-brisa e a capota formam um conjunto só. Única lancha nacional de 25 pés com posto de comando fechado e estilo não comum por aqui. Tem cabine na parte de cima e embaixo, esta com cama de casal e banheiro fechado. Náutica SudeSte Náutica SudeSte 43 SÃO PAULO BOAT SHOW 2013 Phoenix 255 Platinum Valent 210 Uma das lanchas mais vendidas do estaleiro alagoano Phoenix, tem cockpit espaçoso e banheiro embutido. Usa um só motor, de popa ou centro-rabeta. Produzida em Manaus sob licença de marca americana Monterrey, tem excelente acabamento e usa motorização de centro-rabeta, não muito comum para uma 21 pés. Coral 24L Ventura V210 Tem proa aberta e cabine ao mesmo tempo, com banheiro fechado e lugar para uma pessoa descansar. É o menor modelo do gênero. Lançada no último Rio Boat Show, tem estilo moderno, bom preço e usa motor de popa de 90 a 150 hp, com capacidade para oito pessoas. Triumph 215CC Lancha com casco em polietileno, um tipo de plástico bem resistente, para 10 pessoas e motor de popa de até 200 hp, importada dos EUA. FOTOS DIVULGAÇÃO Malibu Wakesetter 24 MXZ Lancha americana específica para wakeboard, tem dispositivo no casco para gerar marolas perfeitas. novidade 44 Royal Mariner 215 Flexboat SR 1000 A nova lancha do bem-sucedido estaleiro pernambucano Royal Mariner é uma 21 pés com estilo jovem e esportivo. Tem linhas retas no casco, proa sextavada e bom espaço interno. É o maior inflável feito no país, com 10,5 m. Nesta versão, usada até pela Marinha, acomoda 12 pessoas e tem capacidade para 3 600 kg. Usa dois motores de centro-rabeta. Náutica SudeSte SÃO PAULO BOAT SHOW 2013 e teM taMBÉM... FOTOS FERNANDO MONTEIRO ESPAÇO DOS DESEJOS 35 PaÍSeS NuMa SÓ FeiRa Pela primeira vez, a Icomia, órgão que reúne as associações das indústrias náuticas de 35 países, estará presente em um salão brasileiro. No São Paulo Boat Show, o órgão aproveitará para estreitar laços com as entidades congêneres nacionais, com o objetivo de desenvolver o setor industrial náutico na América do Sul. É uma excelente oportunidade de os fabricantes brasileiros fazerem contato com seus congêneres estrangeiros. Como sempre acontece no salão de São Paulo, além de barcos e novidades náuticas, os visitantes poderão conhecer, dentro do Espaço dos Desejos, alguns produtos que fazem parte dos sonhos de qualquer pessoa. Como automóveis de luxo, itens de decoração e beleza e equipamentos domésticos de última geração. Este ano, haverá um estande que simula parte de uma residência hi tech, com alguns itens que todo mundo adoraria ter em casa. Não perca. ANOTE AÍ ONdE? Transamérica Expo Center R. Dr. Mário Villas Boas Rodrigues, 387 Santo Amaro — São Paulo QuANdO? De 17 a 22 de outubro Quinta, sexta e segunda, das 13 às 21 horas Sábado e domingo, das 12 às 21 horas Terça (último dia), das 13 às 20 horas FÓRUM GUARDIÕES DOS OCEANOS Junto e no mesmo ambiente do São Paulo Boat Show acontecerá, nos dias 17 e 18 de outubro, o 1º Fórum dos Guardiões dos Oceanos, uma iniciativa dos organizadores do salão, em conjunto com a MCI Group e o ambientalista Fabio Feldmann. Será uma série de palestras e debates entre especialistas e ONGs, sobre os problemas que ameaçam o maior ecossistema do planeta. Uma rara oportunidade de ouvir o que os conhecedores do assunto têm a dizer sobre a saúde e preservação dos nossos mares. 46 Náutica SudeSte EQUIPAMENTOS Mais de 50 estandes de fabricantes e representantes de equipamentos e acessórios náuticos estarão presentes. Destaques para o novo piloto automático Evolution, lançamento mundial da Raymarine, que será apresentado pela primeira vez, os joysticks Mercury para motores de popa, o motor Yamaha F200, o mais leve do mercado na sua categoria e o colete salva-vidas autoinflável da Marine Center, que não incomoda no corpo e tem acionamento automático em contato com a água. Mas há mais, bem mais novidades. QuANTO? Ingresso: R$ 56,00 Crianças até 1 m de altura: grátis Portadores de necessidades especiais: R$ 1,00 Acima de 65 anos: R$ 28,00 Estacionamento: R$ 35,00 COmO? Agência de turismo oficial: Must Tour, para passagens e hospedagens, tel. 11/3284-1666 Hotéis próximos e indicados: Transamérica (tel. 0800-0126060) e Tryp Nações Unidas (tel. 11/5180-9700) PArA sAbEr mAis? www.boatshow.com.br Por jorge de souza Quem só conhece a pior parte do rio mais mal falado do país, custa a acreditar que praias, paisagens e água limpíssima possam surgir depois do esgoto a céu aberto que cruza são Paulo. Mas é justamente isso o que quem se dispuser a navegar de Barra Bonita para baixo, irá descobrir, quando conhecer... Valdemir Cunha AS ouTr AS águAS do 48 Náutica SudeSte TieTê Náutica SudeSte 49 começo de roteiro Mesmo bem antes de Barra Bonita, o Tietê já começa a ser viável e navegável, mas é depois disso que começa o verdadeiro espetáculo e surgem mais barcos, como aqui, na sede náutica do Bauru Tênis Clube 50 Náutica SudeSte Jorge de Souza que você diria se alguém lhe convidasse para passear de barco no Rio Tietê? Pois em julho último, um grupo de velejadores disse “oba!”, e foram, felizes da vida, navegar no rio que é tristemente conhecido como o mais poluído do país. Loucos? Nem um pouco. O convite era justamente para descobrir o lado mais surpreendente do Tietê, aquele onde o rio que cruza o estado de São Paulo quase de ponta a ponta é tudo — bonito, limpo, puro, transparente... —, menos sujo! Foi a quarta edição do Cruzeiro Hidrovia Tietê-Paraná, promovido pela Associação Brasileira dos Velejadores de Cruzeiro, que reuniu perto de uma dúzia de pequenos barcos para uma longa velejada de 15 dias, na parte onde o Tietê ainda é como sempre foi: lindo e limpo. O roteiro começou logo após a cidade de Barra Bonita, pouco antes da metade do percurso do rio, que rasga o estado e tem mais de 1 100 quilômetros de extensão (mesma distância entre São Paulo e Porto Alegre, por exemplo), e avançou até o seu deságue, no Rio Paraná, na divisa com o Mato Grosso do Sul, onde o Tietê chega com uma água tão cristalina que nem de longe lembra o esgoto a céu aberto que atravessa a capital paulista. Para quem só conhece o lado ruim da história, o cruzeiro foi uma tremenda surpresa. Como sempre é para quem vive na capital paulista, onde o Tietê não passa de um canal concretado podre e fedorento, e o reencontra no interior do estado. Ninguém diz que é o mesmo rio. Menos ainda que isso aconteça depois de o Tietê ter morrido, sufocado pela imundície nos seus 30 quilômetros do trecho paulistano. É como um milagre da natureza. Náutica SudeSte 51 rio tietê angela mattei A cada quilômetro que avança pelo te bonito, chamado Pedra Rajada, hoje transvolta à vida De Ibitinga para interior de São Paulo, o Tietê, que formado em parque estadual, no município baixo, surgem no seu passado histórico serviu de paulista de Salesópolis, distante apenas 22 quivegetações aquáticas que estrada para os Bandeirantes desbra- lômetros do mar. Mas, barrado pelos obstácucomprovam a varem a fronteira oeste do país, vai los da Serra do Mar, corre caprichosamente qualidade das águas. Nos meses ficando cada vez mais limpo. Ou já menos imun- no sentido oposto, rumo ao interior do estado de inverno, o Tietê do logo no trecho subsequente à capital paulista. de São Paulo. É um dos raros rios do país que costuma amanhecer O rio é longo o bastante para permitir que a naavança do mar para dentro e não o contrário, envolto em um denso nevoeiro, tureza, pouco a pouco, reverta o estrago causa- embora na prática, como todo rio, ele acabe demesmo com o calor do pelo homem e devolva a vida às suas águas saguando no oceano, do mesmo jeito. do interior de São Paulo — uma inquestionável prova de que, contra a Mas faz isso após dar uma volta fenomenal, poluição, basta parar de sujar e pronto. de quase 10 000 quilômetros. Primeiro, desagua Em Pirapora do Bom Jesus, a pouco mais no Rio Paraná, que, por sua vez, depois de unir de 50 quilômetros de São Paulo, o Tietê já coao Rio Paraguai, vai dar no Rio da Prata, que, meça a dar sinais de recuperação, acelerado por por fim, chega ao Atlântico, entre o Uruguai usinas de produção de energia e algumas core a Argentina — mesmo roteiro que o goverredeiras, que, se por um lado, transformam em no sonha em explorar com uma longa hidroespuma a grande quantidade de produtos quívia, tecnicamente possível. micos que o rio carrega, como se fosse uma descomunal máquina de lavar roupas sujas, por oum Salesópolis, o Tietê não pastro, ajudam a reoxigenar a água. sa de um filete de água de dez Como consequência, logo surgem pequecentímetros de largura que escorre de um tanque natural, formanos peixes mais resistentes, como os cascudos, e do por nove diminutas vertentes, a situação vai melhorando gradativamente. Em que brotam entre as pedras do local. Mas é tão Barra Bonita, onde fica a primeira das seis barragens com eclusas que permitem que o Tietê puro que tem peixinhos e, durante muito temseja navegável em boa parte da sua extensão, ele po, foi usado como fonte de água potável pelos não é mais um triste sinônimo de poluição. E moradores próximos. Sua nascente só foi desquando chega ao Rio Paraná, cada vez mais decoberta em 1953, meros 60 anos atrás, quancantado pelo repouso de suas águas nos grandes do alguns membros da Sociedade Geográfireservatórios das barragens, sua água não só ofe- ca Brasileira tiveram a curiosidade de seguir o rece uma visibilidade espantosa como é potável! rio ao contrário, a partir de São Paulo. NaqueMas nem é preciso chegar tão longe para la época, o Tietê ainda era limpo também na constatar isso. Na metade do caminho, o Tietê capital paulista, embora já não tão cristalino já é outro rio. E surpreende a cada curva. “Essa quanto uma década antes, quando ainda sediacapacidade de recuperação e mutação do rio va animadas competições de nado, interrompisempre me impressionou”, diz o fotógrafo Val- das quando a poluição começou a atingir nídemir Cunha, coautor do livro Tietê, um rio de veis críticos para os atletas. várias faces, do qual saíram algumas fotos que Nos seus primeiros 15 quilômetros, o minúsilustram esta reportagem. “Mas só acredita nis- culo Tietê ainda corre cristalino e chega ao viso quem conhece o Tietê de Barra Bonita para zinho município de Biritiba-Mirim com invebaixo”, completa o organizador do cruzeiro da jáveis 6,4 mg/l de nível de oxigenação na água ABVC, o velejador Paulo Fax, um entusiasta in(acima de 5 mg/l, qualquer água é considerada condicional do rio mais mal falado do país. boa e, acima de 7, excelente). Mas, a partir daí, O Tietê nasce num recanto particularmencomeçam os problemas: os bombardeios com E 52 Náutica SudeSte riCardo zampieri “ A poluição dá lugar aos barcos e à natureza rio tietê esgotos, resíduos industriais e todo tipo de sujeira. O rio, então, começa a adoecer. Na cidade seguinte, Mogi-Mirim, a qualidade da água passa a ser ruim, em Suzano piora ainda mais, em Guarulhos torna-se péssima e em São Paulo se transforma numa completa calamidade — um fétido esgoto a céu aberto. No ponto de encontro do Tietê com o também nauseabundo Rio Pinheiros, ainda dentro da capital paulista, o nível de oxigênio da água (se é que dá para chamar aquela pasta espessa e negra de água...) atinge zero e o rio, tecnicamente, morre — porque, sem oxigênio, não há vida. E segue assim, morto, até Pirapora do Bom Jesus, onde, por conta da oxigenação da água, passa a ter alguns guaru-guarus, uns peixinhos cascudos pra lá de resistentes. É o início da sua ressurreição. “ Velejar no Tietê? O cruzeiro provou que dá 54 Náutica SudeSte angela mattei A pós mais dois municípios, Cabreúva e Itu, o Tietê chega a Salto, onde, ainda mais oxigenado pelas quedas que batizaram a própria cidade, ganha também a companhia de garças e biguás, sinal inequívoco de que já há um ou outro peixe mais atraente na água. A situação segue melhorando também em Porto Feliz e em Tietê (onde, em dezembro, acontece a linda Festa do Divino, no próprio leito do rio) e, mesmo ainda não recuperado, já tem cara de rio de verdade. De lá em diante, o Tietê só melhora. Em Conchas, começa a Hidrovia Tietê-Paraná, que permite às barcaças carregadas de grãos navegarem até muito além do Rio Paraná. E logo após Anhembi, começa a alargar, por conta do represamento de Barra Bonita, a primeira de uma série de barragens, que tornam o Tietê, além de navegável, curioso, porque poucos rios do país possuem eclusas. Neste ponto, a água do Tietê já recuperou seus níveis de normalidade, com índices de oxigênio beirando os 6 mg/l. E ainda melhorará bem mais. É onde começa o espetáculo. Não por acaso, de onde partem os cruzeiros da ABVC, rio abaixo. ao sabor do vento As águas do Tietê são quase sempre tranquilas, mas, nos dias de vento mais forte, se agitam bastante nas represas, como puderam sentir os participantes do alegre Cruzeiro da ABVC pelo rio este ano nem Parece rio A flotilha do Cruzeiro da ABVC pelo Tietê foi parando de cidade em cidade e descobrindo um rio que, muitas vezes, tem jeito de praia angela mattei rio tietê “ 56 Náutica SudeSte Nas margens do interior, jeito de praia do litoral Náutica SudeSte 57 rio tietê A “ Na parte baixa, o Tietê serve para lazer e carga primeira atração do Tietê em sua que nem combina com o nome da região, conova fase é a própria travessia da nhecida como Porto Laranja Azeda — esquebarragem de Barra Bonita, feita em ça a má impressão que o nome deixa e fique só uma eclusa (para quem não sabe com a paisagem de cinema. do que se trata, convém ler o texto Um pouco antes disso, outra surpresa: o do verso do mapa que ilustra esta reportagem). “Pantaninho”, uma espécie de Pantanal em Ela pode ser feita com qualquer barco, é graminiatura, repleto de lontras, capivaras, jacatuita (como todas as eclusas do rio) e até quem rés e outros animais silvestres, na foz de outro não tem embarcação pode experimentar a senrio igualmente limpo: o Jacaré-Pepira, o messação de subir e descer 26 metros de desnível, mo que banha e faz a festa de Brotas, no inentre a parte de cima e a de baixo do rio, a borterior de São Paulo. Bem próximo destes dois do de um dos grandes barcos — lá chamados rios fica o Clube Náutico Isabela, que aluga de “navios”, já que levam mais de 600 pessoas barcos para quem quiser conhecer o trecho do a bordo —, que fazem passeios pelo rio, no treTietê que banha Ibitinga, cidade famosa pelos cho diante da cidade. É um programa obrigaseus bordados e por um personagem folclórico tório. Atravessar, de barco, a barragem de Barra do passado, o ermitão Tião Zabé. Antes do feBonita é o perfeito início de uma surpreendenchamento das comportas da represa, ele vivia te viagem pelo Tietê que poucos conhecem. numa ilha no meio do rio, na companhia de Dali, o rio e a paisagem só melhoram. muitos gatos, que, para sobreviverem, aprendeDepois de vencer os limites de Pederneiras ram a pescar — e como pescavam os bichanos (onde existe até uma fábrica de lanchas de de Tião! Quando a represa inundou a ilha, ele passeio, a Mestra Boats), de varar a segunda e os gatos foram transferidos para uma casa nas barragem, em Bariri, de margear a larga faimargens, mas nenhum deles resistiu à saudaxa de areias claras que batizou o município de da vida cercada de água por todos os lados e de Arealva e de banhar Iacanga (cidade onde logo todos morreram. O Tietê é um rio replehá um exemplar aquário-escola com os peixes to de histórias. do rio), o Tietê estanca novamente, diante da barragem de Ibitinga. partir de Borborema, logo após Lá, a quantidade de aguapés na água é tão Ibitinga, onde são comuns os grande que a sensação é de que os barcos estão búfalos na beira d´água por connavegando na Amazônia. Mal se vê a água na ta das fazendas, o Tietê alarga de superfície — só o verde da vegetação flutuanvez e passa a ter proporções quate. Problema? Só para os motores dos barcos, se oceânicas. São os “grandes lagos”, formados já que as plantas atrapalham o funcionamenpelo represamento do rio nas barragens, onde to dos hélices. Mas, para a natureza, a presença mal dá para enxergar as margens. O primeiro dos aguapés é outra prova cabal de que o Tietê deles é a represa de Promissão, sempre um dos voltou a ser um rio em sua plena vida. pontos altos dos cruzeiros da ABVC na região. outras faces Em Ibitinga também começa o show das Promissão tem nada menos que 106 quilôCerca de 200 quilômetros após praias fluviais do Tietê, algo improvável para metros de extensão por quase dez de largura e, São Paulo, o Tietê quem só conhece praia de mar e que jamais nos dias de vento forte, gera ondas de até três começa a ganhar outros ares e imaginou que alguém, em sã consciência, pumetros de altura — quando isso acontece, ninsurgem barcos de desse querer tomar banho num rio que é quaguém diz que está num rio, muito menos no passeio, barcaças de carga e muitos se sinônimo de nojo. A primeira dessas lindas tranquilíssimo Tietê. Além disso, como a reprepescadores. praias é a que há na confluência do Tietê com sa inundou antigas florestas, grossos troncos de E tudo isso só o rio Jacaré-Guaçu, uma bela faixa de areia árvores brotam do fundo, tornando a navegação aumenta, rio abaixo FotoS angela mattei A 58 Náutica SudeSte Náutica SudeSte 59 rio tietê um tanto delicada. Em compensação, ali o sol se põe na água, gerando um espetáculo de raios dourados, e os peixes abundam, para alegria dos pescadores e dos frequentadores do flutuante Atalanta, no afluente Rio Dourado, que, embora modesto na aparência, serve um dos melhores peixes assados do interior do estado. Outros dois destaques às margens das fartas águas de Promissão são as pequenas cidades de Adolfo e Sabino. A primeira oferece um clube náutico de primeira, o Jacarandá, com uma hospitalidade rara de se encontrar — especialmente para quem chega de barco, vindo de outras cidades. Já Sabino, famosa pelo curioso hábito de seus moradores de falar as palavras ao contrário, gerando quase um dialeto próprio, tem uma das melhores praias urbanas do Tietê, com uma orla de fazer inveja a muitas cidades litorâneas. lindas margens Há poucas cidades nas margens do rio, o que permite paisagens assim. Mas, quando há, como em Sabino (abaixo), a hospitalidade é grande, como sentiram os participantes do cruzeiro E 60 Náutica SudeSte “ Nas margens, cidades e lindas paisagens FotoS angela mattei m Promissão, a eclusa faz os barcos descerem — ou subirem — outros 29 metros (no total, o Tietê despenca 747 metros, da nascente à foz) e os conduzem à represa de Nova Avanhandava, onde o desnível gerado pela sua barragem é maior ainda, tanto que é feito em duas eclusas, uma na sequência da outra. Parte disso deve-se à existência, no passado, de uma grande cachoeira na região, o Salto de Avanhandava, que tinha 12 metros de altura e impossibilitava a navegação. Com a represa, perdeu-se o esplendor da queda d´água, mas ganhou-se a possibilidade de navegar pelo rio, e isso hoje é feito pelas gigantescas barcaças de carga, todos os dias. Ganharam-se, também, ilhas de vegetação flutuante, repletas de ninhais de garças e biguás, e lindas praias artificiais nas margens, como a de Barbosa, onde a todo instante bandos de maritacas passam voando em algazarra sobre a cabeça dos frequentadores de suas areias bem brancas. A praia de Barbosa é outra pequena grande surpresa que o Tietê oferece a quem quiser conhecê-lo por inteiro. E melhor ainda se for de barco, seguindo o fluxo do rio. Náutica SudeSte 61 Polinésia Paulista Beira d´água do elegante Iate Clube de Araçatuba, nas margens do Tietê: quem diria que é o mesmo rio que cruza São Paulo? 62 Náutica SudeSte angela mattei rio tietê “ De Barra Bonita para baixo, o rio é assim Náutica SudeSte 63 rio tietê O 64 Náutica SudeSte angela mattei N ova Avanhandava é a segunda da rio é o maior de todos: 50 metros entre um lado água e terra A represa Três sequência das três grandes represas e outro, o equivalente a um prédio de 20 andaIrmãos é uma que servem para armazenar e fa- res! Dadas as dimensões da operação, também é imensidão de água que engole até zer girar as turbinas das barragens feita em duas etapas, através de duas eclusas seo sol, nos fins de que geram eletricidade para qua- quenciais, e desemboca num trecho estreito do tarde. Nas margens, se um quarto de todo o estado de São Paulo. É rio, onde ele volta a correr praticamente sobre surgem praias e clubes náuticos, a menor das três, mas tem dois bons clubes náu- o seu leito original — e com a melhor água de onde quem chega ticos: o Nova Avanhandava, em Buritama, uma todo o Tietê, onde a visibilidade chega aos 12 de fora com um barco é sempre cidade que tem até um “navio”, o Odisseia, que metros de profundidade. Dá para ver a vegetamuito bem-vindo faz passeios — e até cruzeiros inteiros! — pelo ção no fundo e arraias nadando sobre bancos de rio, e o Barbosa Iate Clube, que nem é o único areia. Transparente é pouco. “iate clube” do Tietê. E é com esta qualidade de água que o TieO maior de todos é o Yacht Club de Aratê chega à derradeira cidade do seu curso, Itapuçatuba, logo adiante, um prodígio de beleza e ra, onde, além de mais uma praia de areias branconforto, com um vasto coqueiral à beira do rio, cas, há outros atrativos turísticos — além do rio que mais parece uma praia polinésia. Poucas caem si. Um deles é o que restou do Palácio do pitais à beira-mar têm um clube assim e num Imperador, um casarão construído para receber local tão bonito, às margens da gigantesca (tem Dom Pedro II na época da Guerra do Paraguai, 138 quilômetros de extensão) e transparente requando então a cidade também ganhou uma copresa Três Irmãos, que, de tão limpa, em breve, lônia militar, para evitar que os inimigos usassem abastecerá a cidade de Araraquara, que passará a o Tietê para avançar. beber água do rio. Beber água do Tietê! Quem utro atrativo é o naufrágio do nadiria isso? Mas, da metade do rio em diante, isso vio Tamandatahy, também comnão só é possível como é perfeitamente saudáprado por Dom Pedro II para vel. Os próprios participantes do cruzeiro da ABVC se fartaram de beber água do rio, ao lono mesmo embate, que afundou go da travessia. E ninguém passou mal por isso. com a idade e hoje repousa no A represa Três Irmãos avança até a última fundo claro das margens da cidade — e pode ser barragem do Tietê, em Pereira Barreto, cidade visitado pelos mergulhadores. Também é possídona de uma forte colônia japonesa, de fartos tuvel mergulhar na parte antiga da cidade, que foi cunarés nas águas que rodeiam a cidade (que, inundada, amarrando o barco no teto da usina, com a criação do lago, tornou-se uma ilha) e do hoje submersa. segundo maior canal artificial do mundo, que Itapura ainda abriga um morador bem une o Tietê a Ilha Solteira e por onde escoam curioso: uma arara que anda solta pelas ruas, que as barcaças de carga. O canal de Pereira Barreto frequenta a padaria todos os dias em busca de coé um prodígio de engenharia, com 30 metros de mida e que, quando foi roubada e levada para largura e uma intensa correnteza de três a quatro São Paulo, os moradores se cotizaram, contratanós dentro dele. Na penúltima edição do cruzei- ram um investigador e recuperaram o animal — ro da ABVC, em 2012, os barcos avançaram por que virou símbolo da cidade. ele, até Ilha Solteira. Mas, este ano, os organizaÉ a última surpresa do Tietê antes de desadores optaram por seguir o Tietê em frente, até guar no Rio Paraná, com uma cor de água imo seu derradeiro trecho, onde ele encontra o Rio possível de se imaginar. Portanto, se alguém, alParaná, quilômetros à frente de Pereira Barreto. gum dia, lhe convidar para navegar no Tietê, Para isso, é preciso vencer mais uma barfaça como os integrantes do último cruzeiro da ragem, a de Três Irmãos, onde o desnível do ABVC e aceite na hora. “ Nos grandes lagos, o rio vira quase oceano Náutica SudeSte 65 Sobe e desce rio tietê Como funcionam os “elevadores de águas” do Tietê São Paulo de barco? Quem disse que não dá? Um novo projeto mostra ser possível a navegação não só do trecho paulistano do rio Tietê como em torno de toda a maior cidade do país. Mas não é nada fácil ENTRANDO Com a câmara cheia, no mesmo nível do rio do lado de fora da barragem, o barco entra e a comporta atrás dele se fecha, retendo barco e água em torno dele dentro da caixa. Por tarcísio alves Q 66 Náutica SudeSte ESVAZIANDO Com as duas comportas fechadas, a câmara começa a ser drenada por meio de tubulações subterrâneas, e o barco vai descendo, bem lentamente, junto com a água. raphael FalaVigna uem conhece ou já esteve em São Paulo pode imaginar que navegar pelo Tietê — e, também, no seu vizinho e poluído rio Pinheiros, os dois principais cursos d’água que cruzam a cidade — seja algo impossível, dada a imundície reinante. Mas há um projeto nesse sentido e que vai bem além disso, porque propõe a criação de um anel hidroviário em torno da cidade, envolvendo também Só que as dificuldades para criar um anel navegável em 15 municípios da Grande São Paulo. É o Sistema Hidroviário torno de São Paulo são tão grandes quanto a própria obra Metropolitano, que prevê a interligação de vias navegáveis em em si. Uma delas é de ordem ambiental: serão precisos vários torno da maior cidade do país (rios e represas, com eventuais estudos de impacto para criar os canais artificiais necessários trechos com canais artificiais ligando uma coisa na outra), num para interligar rios e represas em torno da cidade. E o outro é total de 170 quilômetros. O objetivo é usar este “cinturão de água” econômico: o custo está estimado em cerca de R$ 4 bilhões, para o transporte de cargas e também de pessoas, já que seria dinheiro que ainda não existe. uma opção a mais para o caótico trânsito da cidade. Mas, por A prioridade seria o transporte de cargas. Só bem depois enquanto, ele não passa de um mero projeto no papel. desta fase é que entrariam em cena o transporte público e até — Mesmo assim, o primeiro passo já está sendo dado, acredite! — os passeios de lazer com barcos em torno da cidade, com o início da construção de uma eclusa na barragem do que também fazem parte do projeto. Para cruzar os desníveis Tietê, no bairro da Penha, na zona leste de São Paulo, que entre os municípios de Ribeirão Pires e Suzano, haveria um deve ficar pronta no começo de 2015. Com ela, será possível sistema de eclusas, como acontece no restante do Tietê. “Seria aumentar em 14 quilômetros a área navegável do Tietê no como um minicanal do Panamá”, vibra um dos idealizadores do trecho que atravessa a maior cidade do país, chegando assim projeto, o arquiteto Alexandre Delijaicov, coordenador do Grupo a 58 quilômetros, entre o bairro de São Miguel Paulista e o Metrópole Fluvial.. município de Santana de Parnaíba. Já seria o primeiro trecho Se este projeto vai virar realidade algum dia, ninguém sabe. do Sistema Hidroviário, de acordo com o projeto, feito pela Mas, tecnicamente, é possível. “Por enquanto, a prioridade é Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São garantir a navegação no chamado ‘Y’ formado pelos rios Tietê e Paulo, por meio do Grupo Metrópole Fluvial. O estudo prevê Pinheiros, em São Paulo”, diz o engenheiro Casemiro Carvalho, quatro etapas de implantação, ao longo de oito governos diretor do Departamento Hidroviário da cidade. “Mas o projeto é sucessivos — ou seja, não é nada que permita implantar viável e é preciso acreditar nos sonhos para torná-los realidade”, linhas de barcos municipais tão cedo, mas já é um começo. completa o entusiasmado arquiteto Delijaicov. navio na caixa Em Barra Bonita, o principal passeio é atravessar a eclusa a bordo de um “navio”, que mesmo enorme, cabe dentro da gigantesca caixa de concreto SAINDO Quando o nível da água se iguala ao do outro lado da barragem, a água para de drenar e a comporta oposta se abre. Pronto: o barco já está do outro lado, muitos metros acima ou abaixo. Náutica SudeSte 67 Por jorge de souza doce rotina Vila de Picinguaba, a meio caminho entre Ubatuba e Paraty. Aqui, todos os dias são assim Jorge de Souza Cansado de ir sempre para a mesma praia? Que tal ex perimentar uma vila caiçara, onde o tempo não passa? Pici ngua ba Picinguaba A Vila de Picinguaba, cenas da vila 1 Casa nativa (abaixo) e o pescador consertando a rede na mesma praia onde os hóspedes estrangeiros da elegante pousada Picinguaba (acima) passeiam, a pé ou de barco um povoado quase esquecido na ponta de uma península, praticamente na divisa do litoral de São Paulo com o Rio de Janeiro, faz realmente jus ao título que ostenta: é, de fato, apenas uma vilazinha pequena e acanhada. Um conglomerado de casinhas, algumas bem simples, sem ruas nem praças, na beira da areia da praia e com exatos pescadores ou caseiros de gente famosa, que a despeito da total insignificância do local não quer saber de outro lugar. Como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que já teve uma casa lá. Ou o senador Eduardo Suplicy, que mantém a sua até hoje e vira e mexe aparece na vila nos fins de semana. É a tal magia da simplicidade. Coisa que Picinguaba tem de sobra. 70 Náutica SudeSte FotoS Jorge de Souza 68 moradores, que todos conhecem pelo nome, muitos deles ainda “ Picinguaba Ubatuba ou Paraty? A distância é a mesma O paraíso fica ao lado A Ilha das Couves é o principal passeio de Picinguaba. E é só ver para saber por quê A melhor praia de Picinguaba fica fora da vila, mas numa ilha bem próxima a ela. É a Ilha das Couves, última de uma sequência de três pequenas ilhas que se alinham diante da península que abriga a vila, a não mais que 15 minutos de barco. São duas prainhas, bem próximas uma da outra, interligadas por uma trilha, mas com a mesma linda paisagem: grandes pedras fincadas na areia, na beira d´água, que formam piscinas na maré baixa. O mar é verde e limpíssimo e a ancoragem não é difícil, porque a face onde ficam as duas praias é bem abrigada. A ilha não tem casas (só a de um caseiro que toma conta do local, que faz parte da área do parque estadual), mas, em certas épocas, oferece um rústico bar — mas convém não confiar e levar seus próprios lanches e bebidas, porque bom mesmo é passar boa parte do dia lá, entre cochilos na praia e banhos de Picinguaba não tem nada — nem sequer padaria. Muito menos vaivém de automóveis, até porque não tem ruas, só estreitos caminhos entre as casas e a praia, que invariavelmente vão dar em alguma escadaria, morro acima. Uma delas vai dar na principal pousada da vila (na verdade, só há duas), que vive cheia de turistas estrangeiros dispostos a gastar uma grana preta para aproveitar a tranquilidade de um lugar que tem bem pouco a oferecer. Mesmo assim (ou seria justamente por isso?), todo mundo que chega, gosta. Picinguaba é quase uma unanimidade. Contrariando a lógica moderna, também os filhos dos nativos não querem saber de ir embora, mesmo quando atingem a idade de buscar trabalho. Preferem continuar na vila, vivendo da pesca, como sempre fizeram seus pais, ou prestando serviços para os visitantes, como boa parte agora faz, entre uma puxada ou outra de rede, porque mantiveram o DNA do mar. Dez anos atrás, a vila tinha o tamanho de dois ou três campos de futebol, espalhada entre o verde que sobe a encosta, a partir da praia. Hoje, a despeito de estar literalmente no meio do trecho mais rico do litoral brasileiro, continua do mesmo tamanho. Não mudou nada em uma década. mar. A Ilha das Couves é o principal passeio de Picinguaba (no caminho, pode-se visitar fazendas marinhas de vieiras, mantidas pelos pescadores da vila), mas mesmo quem não tem barco pode aproveitá-la: basta embarcar nos barquinhos que levam e vão buscar os turistas. Ninguém jamais se arrependeu. passeio obrigatório A Ilha das Couves fica bem diante de Picinguaba e tem duas prainhas. Quem não vai até lá, perde o melhor passeio da vila Jorge de Souza A 72 Náutica SudeSte vila, no entanto, ganhou algum conforto, boas camas nas duas pousadas e comida saborosa no seu principal bar-restaurante (na verdade, o único, o Picimbar, no canto da praia, que é uma espécie de embaixada da vila), mas não perdeu sua principal característica, que é a rusticidade. Tanto que acabou tombada pelo patrimônio histórico de São Paulo. Picinguaba fica praticamente na divisa entre São Paulo e Rio de Janeiro, a meio caminho entre Ubatuba e Paraty (embora pertença à primeira), naquela parte do litoral dos dois estados mais ricos do país onde a chamada civilização ainda não chegou por completo. É a antepenúltima praia do litoral norte de Ubatuba, distante cerca de 40 quilômetros do centro da cidade ou cerca de uma hora de navegação, com uma lancha a motor, do principal reduto de barcos da região, o Saco da Ribeira. Náutica SudeSte 73 Picinguaba “ A vila tem a magia da simplicidade FotoS Jorge de Souza cenas da vila 2 Aviso ecológico na Ilha das Couves, mergulho no mar sempre limpo, os barcos dos pescadores e os ranchos na areia, onde eles guardam suas redes e que são uma espécie de símbolo da vila praia vazia Em Picinguaba, as areias da praia da vila não costumam ser frequentadas pelos turistas. Sorte sua Picinguaba “ Há dez anos, ela tem o mesmo tamanho 76 Náutica SudeSte E xagero? Nem tanto. Se dependesse apenas da vontade de alguns ambientalistas mais radicais, Picinguaba, talvez, já não existisse mais. Ou teria perdido todas as casas de quem veio de fora, como aconteceu na vizinha e cinematográfica Praia da Fazenda, que oficialmente também fica dentro dos limites do parque estadual. Em 2005, depois de muitas intimações e nenhuma ação por parte dos proprietários, 19 casas de veraneio foram colocadas abaixo na praia ao lado, de uma só vez. Em Picinguaba, muita gente teme o mesmo destino. Mas, mesmo assim, vai tocando a vida sem nenhuma pressa. Até porque não acontece muita coisa em Picinguaba. Nem precisa. É exatamente esse clima de vila de pescador de novela da Globo que a maioria dos seus visitantes busca. E ali sempre encontra. pode chegar A baía de Picinguaba é bem abrigada e quem vem de barco pode até usar as poitas que existem no canto da praia Jorge de Souza D epois dela, ainda dentro dos limites de São Paulo, só há mais duas prainhas, ambas bem menos conhecidas e praticamente inviáveis para os visitantes, tanto pelo mar quanto pelo asfalto da Rio-Santos: Camburi e Brava de Camburi. Em compensação, logo adiante, já do lado carioca da costa, fica o elegante condomínio de Laranjeiras, de onde partem muitas lanchas que visitam Picinguaba nos fins de semana — principalmente para tomar banhos de mar na Ilha das Couves ou comer vieiras, criadas lá mesmo, nas agradáveis mesas do Picimbar, que também atende pedidos pelo rádio, no canal 68. E um pouco mais adiante, fica Paraty. Picinguaba não poderia estar mais bem localizada para quem quer fazer um lindo passeio de barco, a partir de Ubatuba ou Paraty, tanto faz, porque a distância é praticamente a mesma. Sua prainha, de areias amareladas, grandes pedras à beira d´água e nenhuma ondinha (água de piscina costuma ser mais agitada do que a da Baía de Picinguaba, o que é ótimo para as ancoragens), sempre abriga traineiras dos pescadores locais no horizonte e ranchos de pau-a-pique com telhados de sapé na areia, onde eles guardam suas redes e canoas e que o mar invade nas marés altas, sem cerimônias. Os ranchos na areia são o cartão-postal de Picinguaba, coisa que não existe mais nas outras praias. Tudo bem que a maioria das canoas dos pescadores tenha sido substituída por barcos de alumínio, mas há uma boa razão para isso. E é a mesma que, em parte, fez a vila se manter do mesmo tamanho até hoje: as rígidas proibições do parque ambiental que cerca Picinguaba. Ou melhor, que a envolve, já que pelos mapas atuais a vila fica dentro do parque, portanto, sujeita às mesmas regras preservacionistas, muitas vezes exageradas. Como a que proíbe os moradores de Picinguaba de reformarem suas casas, porque a entrada de qualquer material de construção na vila é imediatamente seguida de multa, quando não do confisco de tijolos e cimento. Que dirá, então, extrair madeira da mata para escavar canoas, como faziam no passado os velhos caiçaras da vila? “Nada contra preservar a natureza, é claro”, diz Peter, dono do emblemático Picimbar e morador de Picinguaba há mais de 30 anos. “Mas não se pode esquecer que o parque veio depois da vila e não se pode, agora, simplesmente querer acabar com ela.” Picinguaba Para quando você for Onde é? Rod. Rio-Santos Picinguaba fica ao fundo de uma península praticamente na divisa entre o litoral de São Paulo e Rio Ubatuba de Janeiro, a meia distância tanto de Paraty quanto de Ubatuba, a quem oficialmente pertence. É a antepenúltima praia do litoral norte de Ubatuba, distante cerca de 50 quilômetros do principal reduto de barcos da região, o Saco da Ribeira. Abriga um pequeno arquipélago, com três ilhas próximas, uma delas com uma prainha imperdível: a Ilha das Couves, a 15 minutos de barco da vila. Fotos Jorge de souza COmO Chegar? “ Pousadas? Só duas para fiCar bem Picinguaba só tem duas pousadas, mas ambas bem confortáveis: a homônima Picinguaba (no alto) com uma vista que vale o preço da diária, e a charmosa e bem mais acessível Santa Martha das Pedras (ao lado), entre a praia e a mata e com um café da manhã que fará você se arrepender se for embora no mesmo dia 78 Náutica SudeSte Por terra, pelo asfalto da Rio-Santos, com entrada a menos de dez quilômetros da divisa entre São Paulo e Rio, para quem vem de Ubatuba. Por mar, após atravessar todo o litoral norte de Ubatuba (ou sul de Paraty), nas coordenadas 23º22´710 de latitude e 44º50´260 de longitude. Nos dois casos é uma navegação tranquila, exceto em dias de vento sudoeste, quando até a própria praia de Picinguaba sofre um bocado. Mas, na vila, sempre há pontos seguro de ancoragem e poitas livres, que podem ser usadas pelos barcos dos visitantes. Onde fiCar? Se resolver dormir lá (o que é uma excelente ideia), saiba que só há duas pousadas em Picinguaba. Mas — não se preocupe! — ambas ótimas: a homônima e famosa Pousada Picinguaba (tel. 12/3836-9105), no alto do morro, com uma estupenda vista para a baía e que vive cheia de estrangeiros (que não se importam em pagar diárias a partir de R$ 1 000), e a charmosa e bem confortável Pousada Santa Martha das Pedras (tel. 12/3836-9180), no fundo da vila, em meio a uma vegetação esplendorosa, com diárias de cerca de R$ 300 e um café da manhã tão bom que você vai se arrepender se for embora no mesmo dia. O que fazer lá? Beber caipirinha e comer vieiras gratinadas no Picimbar Tomar banho de mar nas prainhas da Ilha das Couves Caminhar nas areias desertas da vizinha Praia da Fazenda Se hospedar em qualquer uma das duas (ótimas) pousadas da vila Conversar com os pescadores da vila. Você sempre aprenderá algo mais com eles Paraty Picinguaba A surpresA dA ilhA Escondida numa ponta de Caraguatatuba, a bonita Ilha do Tamanduá esconde outra surpresa, ainda mais saborosa: o Tamandubar, um restaurante bem peculiar divUlGaçãO É AQUI! 80 Náutica SudeSte uem olha não vê. Nem a própria ilha, que, dependendo do ângulo de visão, se mistura com o morro da praia da Tabatinga, em Caraguatatuba. Mesmo quem a enxerga, custa a acreditar que naquela ilha aparentemente deserta possa existir um lugar para comer — e, ainda por cima, bem! Não fosse por bandeiras amarelas fincadas na areia da praia principal (grande e linda, por sinal), ninguém diria que, atrás delas, sob a sombra das árvores, se escondem simpáticas mesas vermelhas ao ar livre de um bar-restaurante que, para muitos, é o melhor de toda a região. No mínimo, o mais original do litoral norte paulista: o informal e nada convencional Tamandubar, onde os clientes sentam-se com o pé na areia e em bancos de madeira e não reclamam. Pelo contrário, amam. O Tamandubar, “o bar da ilha do Tamanduá”, explica o dono do lugar, o uruguaio (“com mais anos de Brasil do que muito bra- sileiro”) Juan Fálcon, que também é pintor e escultor e usa suas telas e peças para decorar o ambiente, é um restaurante sui generis. Não passa de um galpão aberto, sem paredes, só com algumas grelhas quase ao ar livre, que formam a única “construção” da ilha — se é que dá para chamá-la assim. Mas, junto com as três praias da ilha, é razão mais que suficiente para ir até lá. E de barco, porque não há outro meio de chegar. O Tamandubar também só abre quando o tempo, o vento e o mar permitem, o que leva Juan a avisar, um por um, os clientes, via torpedo. “Neste, vamos abrir!”, dispara, às vésperas dos fins de semanas contemplados pela sorte e pela boa vontade de Netuno. “Se não fosse numa ilha seria bem mais fácil, mas não teria a menor graça”, diz o uruguaio, um figuraço de 64 anos, pai de uma penca de filhos que vão dos 44 aos 2 anos de idade, e que sofre horrores para transportar tudo até a ilha – que nem tem energia elétrica. “Trago tudo no gelo”, explica. “Mas me baseei no sistema do McDonalds, que oferece poucas opções de cardápio, o que torna tudo mais prático.” As porções (lula, marisco, camarão...) são preparadas antes e colocadas em pacotinhos, com a quantidade certa para ir à chapa, segundos antes de salivar a boca dos clientes, que chegam aos montes, de barco, de Ubatuba, Ilhabela e São Sebastião, especialmente no verão — quando, então, a ilha abre todos os dias que o mar permite. Já os peixes vão intei- FOTOS JOrGe de SOUZa é a cara dele O artista e cozinheiro Juan Fálcon: a essência e o faz tudo no exótico e delicioso Tamandubar, que não passa de um galpão numa ilha deserta ros para a grelha e chegam à mesa crepitando sobre pranchas de ferro, para delírio dos comensais, que invariavelmente acabam virando amigos do dono – que é a própria síntese do curioso restaurante. “Gente chata eu ponho pra correr daqui”, avisa Juan. E põe mesmo. Ele chegou a viver um ano inteiro na ilha, acenando para os barcos da areia, feito um náufrago que oferecia comida em vez de pedir, mas hoje é famoso entre quem sabe das coisas. Já os outros, chegam intrigados (como pode haver um restaurante ali?) e saem tão surpresos quanto saciados. A lula que já vale a viagem Gosto não se discute, mas poucos discordam de que a lula grelhada é o melhor prato do Tamandubar. No mínimo, o mais pedido. “É a melhor lula do mundo!”, exagera o velejador Beto Padiani, que por causa dela virou habitué da ilha. O segredo está na maciez do molusco após o choque de temperaturas a que é submetido. “Quebrei a cabeça pra achar um jeito de tirar aquela textura de chiclete da lula”, diz o uruguaio Juan. “Mas lembrei da técnica de maturação da carne uruguaia e resolvi fazer o mesmo com ela, congelando e descongelando, até quebrar as fibras. Ficou bem molinha.” E também deliciosa, já que é temperada com curry e outras iguarias. Cada porção tem meio quilo de macios anéis da — muito possivelmente — melhor lula que você já comeu na vida. TUdO na praia A Ilha tem três praias, todas lindas. Mas, não fosse pelas bandeiras fincadas na areia, ninguém diria que aqui se esconde um restaurante Onde fica? A Ilha do Tamanduá fica bem pertinho da praia da Tabatinga, em Caraguatatuba, no litoral norte de São Paulo, mas com acesso só por barco. Não há transporte fixo da praia para a ilha, mas o barqueiro Valdecir (tel. 12/99753-8002) pode levar e buscar — é só combinar. Antes, porém, ligue para o próprio dono do Tamandubar (tel. 12/997671367), para perguntar se o restaurante vai funcionar. BR-101 Ilha do Tamanduá Caraguatatuba Náutica SudeSte 81 pescador que planeja Hatao Ikebe em sua loja de pesca, em São Paulo: pescaria, para ele, não é questão de sorte o mestre do anzol Desde que, ainda garoto, o japonês naturalizado brasileiro Hatao Ikebe usou uma simples agulha de costura para moldar um anzol, nunca mais parou de pescar. Hoje, aos 70 anos, é uma verdadeira lenda entre os pescadores de mar e um mestre no assunto, cuja técnica não esconde de ninguém. Até porque sabe que é bem difícil alguém conseguir igualá-lo Por luiZ maciel A loja de artigos para pesca Maripesca, onde Hatao Ikebe pode ser encontrado quando não está pescando — o que faz, regularmente, um ou dois dias por semana — ocupa uma esquina importante do bairro oriental da Liberdade, em São Paulo. Mas tem fachada discreta, como se não precisasse atrair cliente algum. Dentro, é atulhada de recordações de pescarias: peixes empalhados, fotos de pescadores com os troféus que acabaram de colher das águas, etc., etc. Nem parece uma loja. Lembra mais uma espécie de templo dedicado à paixão pela pescaria, cujo mestre maior é “Ikebe-san”, como Hatao Ikebe é respeitosamente chamado por seus discípulos e amigos pescadores. Aos 70 anos, ele é quase uma unanimidade entre os pescadores de água salgada do Brasil e considerado, senão o melhor, com certeza o mais técnico — ou meticuloso — na arte de fisgar um peixe no país. Náutica SudeSte 83 pesca fotos arquivo pessoal Brasil, foi trabalhar numa fazenda de café, mas logo arranjou emprego numa loja de material de pesca, área que tampouco jamais abandonou. Para ficar sempre junto aos peixes, aprendeu, ainda no Japão, as artes da taxidermia (para empalhar alguns dos exemplares que depois capturaria e que hoje decoram as paredes de sua loja) e do gyo toku, uma milenar técnica de estampar peixes em papel ou tecido, muito usada pelos velhos japoneses, antes da invenção da fotografia e da qual, possivelmente, é o único praticante no Brasil. Também chegou a se naturalizar brasileiro, só para poder participar dos campeonatos de pesca submarina, que disputou avidamente no passado. Mas hoje só pesca com vara e anzol. E sabe fazer isso como poucos. I uma vida no anzol Hatao Ikebe em diferentes momentos e pescarias: todo peixe que ele pesca, ele come. Mas, antes disso, planeja tudo sobre a pescaria que irá fazer “ Tem coisa melhor na vida que pescar?, pergunta 84 Náutica SudeSte kebe já passou a administração da loja para os três filhos, mas continua batendo cartão ali quase todos os dias, para jogar conversa fora com os clientes (que já viraram velhos amigos de pescarias) e, sobretudo, para planejar, milimetricamente, sua próxima saída em busca dos peixes do litoral paulista — o que faz com claro prazer e como ninguém. Em sua mesa, há sempre um caderno, no qual vai anotando tudo o que considera importante para ter uma boa colheita no mar, na próxima investida: previsão do tempo, tábua das marés, material que julga mais adequado levar para a época do ano, pesqueiros que deram mais peixes nas últimas vezes e por aí afora. Nada escapa. Ele anota tudo, com uma caprichosa grafia japonesa, já que, mesmo meio século depois de ter chegado ao Brasil, ainda fala um português limitado e escreve no nosso idioma com extrema dificuldade. Hatao Ikebe tinha só seis anos de idade quando fisgou seu primeiro peixe — e o fez sozinho, inclusive na hora de “construir” o próprio equipamento. Entortou uma agulha de costura da mãe, a título de anzol, e fisgou uma carpa de bom tamanho, em meio às plantações de arroz, no Japão. Nunca mais parou de pescar. Quando sua família imigrou para o “ T em coisa melhor na vida que pescar?”, pergunta. “Pra mim, não tem. Quando a linha puxa, você esquece tudo. O tamanho do peixe nem importa. Grande ou pequeno, pra mim dá o mesmo prazer”. Comedido nas emoções, como a maioria dos orientais, seus olhos se enchem de brilho se a conversa for sobre pescarias. Tem dois velhos álbuns de fotos, já desgastados pelo manuseio frequente, que faz questão de mostrar, enquanto conta como pegou esse ou aquele. E, no meio, vai ensinando um ou outro macete. Como todo mestre, Ikebe-san não se incomoda em dividir conhecimentos (coisa rara entre os pescadores) e aprecia ensinar os outros. Até porque sabe que, por mais que ensine, dificilmente alguém lhe fará frente, quando o assunto for fisgar um peixe no mar. Embora não saiba explicar exatamente como chega até os peixes. —Eu olho para o mar, vejo como o vento está batendo na costeira e consigo sentir se vai dar peixe ou não. É difícil explicar, mas eu sinto isso. Coisas de mestre. O que ele tem a ensinar sobre... equipamento “Escolha o material em função do peixe que quer pegar. Não dá para generalizar. Mas o anzol tem que ser resistente. Já a vara precisa ser bem flexível e envergar bastante, mas sem risco de quebrar. A linha tem de arrebentar antes de a vara quebrar.” linha “Não se pode querer economizar na linha. Ela tem de ser a melhor que existe. Muitos pescadores usam linha de 0,70 ou 0,80 milímetros, pensando na resistência. Eu uso de 0,52 mm, 0,57 mm no máximo, porque quero esconder a linha dos peixes. Ela tem que ser fina e transparente, senão os peixes percebem e fogem. Há linhas até mais finas do que isso, feitas com multifilamentos, mas que só servem para pesca de profundidade, a sete ou oito metros da superfície, porque elas provocam certa vibração dentro d’água.” estratégia de pesca “Pescar não é sorte; é planejamento. Você tem que estudar como vai estar o tempo no dia da pescaria, a maré e escolher bem o equipamento. Precisa saber qual tipo de peixe quer pegar e só então escolher a linha e o anzol. Se eu quero pescar no sábado, começo a preparar as coisas já na segunda e acompanho, dia a dia, a previsão do tempo. O pescador também não deve ficar esperando o peixe chegar. Tem que ir atrás dele, experimentando iscas e locais diferentes. E também deve observar os outros pescadores, o que eles estão usando, mude a linha, troque o comprimento do chicote, experimente novas iscas e, principalmente, mude de lugar.” temperatura da água “Águas quentes atraem parasitas, que emagrecem e tiram o sabor de alguns peixes. Mas águas frias também são ruins, porque espantam os bichos. Evite, portanto, as correntes — tanto frias quanto quentes. Peixe bom fica no fundo, mas você não pega nada se a água lá embaixo estiver fria. E para saber se ela está, o único jeito é jogar o anzol, esperar alguns minutos e recolher, para sentir na mão a temperatura do chumbo. Termômetro não adianta, porque ele só mede a temperatura na superfície. Muita gente compra à toa.” melhores pesqueiros “Gosto de ir a Ilhabela, para pegar uns olhos-de-boi em alto-mar, ou no Canal de São Vicente, para robalos. Para mim, já está bom demais. O litoral de São Paulo é ótimo para pescar! Mas como eu gosto de comer o que pesco, vou sempre atrás apenas dos peixes mais saborosos. Nestes dois locais têm de sobra.” melhores peixes? “Sendo de época, ou seja, quando ele tem o melhor sabor, porque está com bastante gordura, todo peixe é bom. Mas carapau, robalo, olhete e pargo rendem ótimos sashimis, por exemplo, desde que a pessoa saiba extrair o filé” Náutica SudeSte 85 A RUA DOS BARCOS P or conta do seu tamanho de megalópole, São Paulo tem tendência a unificar produtos e serviços numa só rua ou região, porque torna a vida mais fácil e prática. É assim com os eletroeletrônicos na Rua Santa Ifigênia, com as lojas de moto-peças nos arredores da Barão de Limeira, com os atacadões da 25 de Março e com os vestidos de noiva da Rua São Caetano, não por acaso bem mais conhecida como a “Rua das Noivas”. É tanta segmentação que até os barcos têm um endereço coletivo: a Avenida dos Bandeirantes, na zona sul da cidade. Ali, ao longo dos seus quase sete quilômetros de extensão, há atualmente quase uma dezena de lojas náuticas (mais duas bem próximas), que vendem praticamente tudo o que existe para a diversão na água — de boias coloridas a iates, passando por lanchas, acessórios e jets. 86 Náutica SudeSte As duas mais recentes novidades no pedaço aconteceram em agosto, com a inauguração das lojas oficiais das marcas Schaefer Yachts e Cimitarra, ambas com grandes barcos expostos em megavitrines que ocupam a fachada inteira das lojas e chamam ainda mais a atenção de quem passa, numa cidade dominada pelos automóveis — só na Avenida dos Bandeirantes passam cerca de 30 000 deles por hora, o que acentua ainda mais o curioso aspecto de ver grandes lanchas expostas quase na calçada e faz muita gente embarcar no sonho de ter um barco. “Quando os motoristas, trancados no trânsito sempre congestionado da Bandeirantes, olham para o lado e veem uma lancha, imediatamente se imaginam passeando na água no fim de semana, e isso já levou muita gente a comprar um barco conosco”, diz Marçal Martins, da loja Universo Náutico. Com a inauguração de mais duas lojas náuticas, a Avenida dos Bandeirantes, em São Paulo, firma-se de vez como a rua dos barcos na cidade que nem tem mar, mas muita gente — cada vez mais — querendo navegar A localização da Avenida dos Bandeirantes é estratégica para as lojas de barcos não apenas por ser uma das principais artérias da maior metrópole do país, unindo a Marginal do Rio Pinheiros à Rodovia dos Imigrantes, caminho natural para Santos, Guarujá e o litoral sul paulista. Ela também serve de acesso ao Aeroporto de Congonhas, que fica colado na avenida — portanto, frequentada por muita gente com poder aquisitivo para comprar um barco. “A caminho da praia, a pessoa é naturalmente estimulada a imaginar como seria bom ter um jet ou uma lancha para aproveitar ainda melhor o mar”, explica outro lojista da região, Valdir Brito, da Jetco. A total proximidade com o aeroporto é, também, um facilitador para quem vem de outras cidades em busca de comprar um barco, jet ou equipamentos náuticos — não Mozart Latorre mais uma Nova loja oficial da Cimitarra na avenida com mais “água” de São Paulo: o trânsito sempre ruim ajuda a vender mais barcos é preciso nem enfrentar o trânsito de São Paulo para fechar bons negócios, já que, como as lojas da Avenida dos Bandeirantes vendem bastante, ainda costumam oferecer bons descontos nas negociações. Também ajuda na pesquisa dos interessados, porque, com todas as lojas na mesma rua, fica bem mais fácil visitar várias delas no mesmo dia, para comparar preços e ofertas. Por tudo isso, a Bandeirantes, famosa também por reunir várias lojas de outros segmentos (piscinas, banheiras, churrasqueiras, etc. etc.), tornou-se uma das maiores vitrines de São Paulo, literalmente, até porque barcos não cabem em qualquer espaço. E a imagem de lindas lanchas expostas em meio ao concreto e asfalto criam um inusitado cenário numa cidade que não tem mar, mas muita gente sonhando em começar a navegar. Náutica SudeSte 87 Universo Náutico avenida dos bandeirantes A nova casa da Cimitarra Casarini A loja dos campeões Casarini Denísio e Deninho Casarini, pai e filho, são consagrados campeões de velocidade — um nas motos, o outro nos jets. São, também, donos desta famosa revenda de jets Sea Doo, que representa, também, as lanchas do estaleiro alagoano Phoenix. Deninho, que é tricampeão mundial, é quem atua de perto na loja, atendendo e orientando os clientes — imagine ser atendido por um expert deste nível! “Já tive um cliente de outro estado que veio de avião só para comprar um jet comigo e voltou duas horas depois. Essa é a vantagem de estar tão perto do aeroporto”, diz Deninho. A Casarini tem cerca de 10 000 clientes cadastrados e já vendeu cerca de 5 000 jets. “O verdadeiro campeão aqui é Sea Doo GTI 130, que vende feito água”, brinca o piloto e empresário. Boats Nautic 40 anos de náutica A Boats Nautic, que fica praticamente na esquina da Bandeirantes com a principal avenida que a cruza (e bem diante do aeroporto), revende lanchas de cinco estaleiros nacionais (Magnum, Colunna, Maxmarine, Axtor e Ventura) e um estrangeiro, a Sunseeker, da qual é representante oficial no país. A loja também é autorizada Volvo Penta e oferece oficina especializada nos motores da marca, além de barcos usados, acessórios e itens de decoração náutica. José Carlos Scodelario, que fundou a loja junto com seu pai, 40 anos atrás, já perdeu a conta de quantos clientes teve, mas estima que tenha vendido cerca de 8 000 barcos e 13 000 motores — e sempre na mesma avenida. “Aqui é perfeito para isso”, diz Scodelario. Av. Bandeirantes, 2 200, tel. 11/5094-0580 Regatta Regatta Um shopping náutico JetOnline Loja de especialista Atendimento personalizado de cada cliente é a principal proposta da JetOnline, uma pequena mas bem especializada loja de jets, aberta por Fábio Dias, o Fabinho, três anos atrás, após mais de 30 anos de experiência na área. Ela não tem nem vitrine — e ele explica por quê. “Acho muito importante estar totalmente disponível para um só cliente, por isso, não faço questão de ter a loja cheia. Além disso, como muitos chegam aqui via internet, nem preciso de fachada”. A JetOnline revende jets de todas as marcas, mas seu diferencial é atuar como uma espécie de “consultora” do tema, indicando o melhor modelo para cada cliente, em função do perfil do comprador e gostos pessoais de cada um. “Quase sempre o cliente não sabe bem qual jet quer. Quer apenas ter um. E é aí que nós entramos para ajudar”, diz Fabinho, que não cobra nada a mais por isso. Av. dos Bandeirantes, 2 085, tel. 11/3045-5232 All Flags A Regatta faz parte da mais completa rede de lojas náuticas do país. São 11 lojas, que vendem de tudo: do menor parafuso a iates de 70 pés — além de ser representante oficial das marcas Sessa, Fishing, Regal e Zefir, em São Paulo. A loja da Av. Bandeirantes é a maior de todas, com uma infinidade de itens, que vão de eletrônicos para barcos a peças de decoração náutica — além dos parafusos já citados... É um verdadeiro shopping náutico, com 1 200 m² de área, para quem gosta de barcos sair de lá mais do que satisfeito. “Os eletrônicos são os produtos mais vendidos e os clientes de fora de São Paulo sempre passam por aqui, para ver as novidades”, diz Marcelo Galvão Bueno, um dos responsáveis pela rede de lojas. “Mas nossos clientes também compram bastante utensílios para cozinha de barcos e, de tempos para cá, pranchas de sup, que viraram mania.” Avenida Moreira Guimarães, 1 380, tel. 11/5533-7799 Jetco Boat Nautics Universo Náutico Náutica SudeSte Av. Bandeirantes 4 063, tel. 11/5093-1124 “ São quase uma dúzia de lojas, quase lado a lado Trilhas & Mares Para a água ou para a terra Jetco All Flags A pioneira dos jets Quem compra, volta A Jetco, revenda exclusiva de jets Yamaha para São Paulo, é, também, uma das lojas náuticas mais antigas da cidade, com 25 anos de vida. Nasceu junto com o lançamento do primeiro jet Yamaha no Brasil, o Waverunner, em 1988. Hoje, vende jets novos e usados, peças e acessórios e oferece serviços de assistência técnica e mecânica. Tem mais de 4 500 clientes cadastrados e um incontável número de jets vendidos, já que quase ninguém consegue comprar apenas um jet do seu proprietário, Valdir Brito, figura lendária no mundo das motos aquáticas e que hoje trabalha na companhia dos filhos. Ex-sócio do estaleiro Intermarine, Valdir largou o mercado de lanchas para se dedicar apenas aos jets, um quarto de século atrás, e não se arrepende de ter escolhido a Bandeirantes para montar sua loja. “Naquela época, não tinha nenhuma outra por perto”, diz. “Hoje, há um mundo náutico em volta da gente.” A All Flags começou como uma revenda de jets, mas passou a vender lanchas em seguida. Hoje, representa as marcas Bayliner, Sea Ray, Boston Whaler e Fibrafort e tem uma das maiores estruturas náuticas de São Paulo. Vende cerca de 100 barcos por ano, entre novos e usados, e tem clientes de várias outras cidades, que não raro chegam do vizinho aeroporto de Congonhas direto para a loja. Como barco vendido lá tem recompra garantida na troca por outro, o movimento só aumenta. “Uma cliente nossa, do Rio de Janeiro, trocou uma Focker 19 pés por uma 24 em menos de 15 dias, porque, na primeira vez que foi para a água, ficou insatisfeita com o tamanho do barco, perto dos que navegavam em Angra”, conta Celso Del Poente, vendedor da loja há mais de seis anos. “Ela comprou o novo barco pelo telefone mesmo, porque sabia que, se não gostasse de novo, poderia trocá-lo novamente com a gente. E isso nem toda loja oferece”. Após participar de diversos campeonatos de jets e abrir uma loja de motos no centro de São Paulo, José da Costa, o Chinchão, como gosta de ser chamado, hoje dono da Trilhas & Mares, mudou-se para a Avenida Bandeirantes e, desde 2005, passou a revender também jets, da Yamaha e Sea Doo, além de quadriciclos de diversas marcas. “Somos da terra e do mar”, brinca. “E tem muita gente que compra logo as duas coisas, para a casa de praia”, explica Chinchão, que conta com a ajuda do sobrinho, Ramón, para tocar a loja. “Estar na Bandeirantes já é, por si só, uma propaganda para qualquer loja náutica.” Como extra, a loja ainda tem uma marina na represa de Igaratá, pertinho de São Paulo, onde também oferece serviços de oficina para jets. Av. Bandeirantes, 3 730, tel. 11/5042-9977 Av. Bandeirantes, 3 888, tel. 11/5536-3610 Av. Bandeirantes 4 480, tel. 11/5049-0599 Trilhas & Mares Av. dos Bandeirantes, 2 829, tel. 11/3030-3404 88 Nascida da união entre o empresário Marçal Martins e o estaleiro gaúcho Cimitarra, a — nova — Universo Náutico (que, no entanto, já existe há sete anos na Bandeirantes) também é, agora, loja oficial da marca — mas segue vendendo outras lanchas seminovas. Recentemente, inaugurou também uma grande área de acessórios, aumentando a oferta de lojas deste gênero na avenida mais procurada pelos donos de barcos de São Paulo. E não por eles. Tradicionalmente, a Universo Náutico também é bem procurada por compradores de Angola, que veem no Brasil (e particularmente nos barcos da Cimitarra) oportunidades de bons negócios. “Alguns angolanos são nossos clientes fiéis e um deles até acabou de comprar uma Cimitarra 700, que ainda nem foi lançada”, comemora Marçal. “É a terceira lancha que ele compra aqui, sinal de que gostou, tanto da loja quanto dos barcos.” Náutica SudeSte 89 Fotos Mozart Latorre Jet Online avenida dos bandeirantes Quebramar Vip Náutica A mais nova do pedaço Há tempos que a Schaefer Yachts, de Santa Catarina e um dos três maiores estaleiros de lanchas de passeio do país, sonhava em ter uma loja exclusiva da marca em São Paulo, quase como um showroom dos barcos que produz — se bem que alguns deles, de tão grandes, não caberiam dentro de uma loja. Já estava até negociando um imóvel, no início da própria Avenida Bandeirantes, quando dois dos mais experientes vendedores da marca, Marcos Pacheco e Mauricio Souza, revelaram o desejo de abrir uma loja própria, na mesma avenida. Foi o casamento perfeito: eles ganharam a chancela de revendedor autorizado e a Schaefer, a sua primeira loja oficial na cidade. Instalada dentro de uma bonita caixa de vidro, a Vip Náutica começou a funcionar em agosto e vendeu sua primeira unidade antes mesmo de ser oficialmente inaugurada, o que dá uma boa amostra do sucesso da marca no mercado. Quebramar Tudo para quem está começando Com lanchas entre 18 e 60 pés, de diversas marcas, a Quebramar, também pertinho do final da Avenida Bandeirantes, é bem mais do que uma simples loja multimarcas de barcos usados. É também oficina, loja de peças e acessórios, e quando algum novo cliente pede ajuda para aprender a navegar, seu dono, Carlos de Souza, não hesita em ir junto, para ensinar. “80% dos nossos clientes são iniciantes no mundo náutico e fizemos a loja exatamente para atender a esse público”, diz. “O que eu quero é que o barco seja um prazer para o cliente, não um problema, pois não adianta ele comprar um e nunca mais querer saber de outro, porque todos perdemos com isso”. Por isso, Carlos até se oferece para ir junto nas primeiras saídas, para mostrar os melhores locais do litoral paulista e nem se incomoda de ficar de plantão no celular, nos fins de semana, para sanar dúvidas a distância. “Cada novo navegante é um novo cliente e amigo para sempre”, diz. Av. Bandeirantes 5 000, tel. 11/2737-5050 Av. Dr. Ricardo Jafet, 2 976, tel. 11/5084-3104 Fotos Mozart Latorre Poddium Vip Náutica “ Onde a avenida termina, as lojas continuam Poddium Náutica Tudo num só lugar A Poddium Náutica não fica na Bandeirantes, mas bem próximo, na avenida Abrahão de Moraes. É uma loja de múltiplas utilidades náuticas. Além de vender lanchas novas e usadas, trabalha com reforma de barcos e infláveis. Também fabrica carretas para transporte de lanchas e jets, além de fazer manutenções em carretas de outras marcas. Oferece ainda equipamentos, cursos para habilitação náutica, serviço de despachante e até um brechó, que vende acessórios usados. Apesar de estar na região há 25 anos, já tem mais de 30 anos de história. “Comecei na garagem da minha casa”, diz Sérgio de Castro, o proprietário. Para ele, o segredo do sucesso está na diversidade de produtos e serviços que a loja oferece. “Para aprender, comprar ou consertar, aqui é o lugar”, resume. Av. Prof. Abrahão de Moraes, 2 650, tel. 11/3506-4400 90 Náutica SudeSte Você e seu barco 10 maneiras bem mais econômicas de aumentar a performance de sua lancha do que apenas trocar o motor por outro mais forte A 1 Distribua bem o peso a bordo e não exagere Quanto mais leve, mais rápido. Então, retire os supérfluos. Se a lancha for pequena, o peso mal distribuído a deixará desequilibrada e lenta. Concentre o peso no centro, um pouco atrás da meia-nau. Veja se não há cracas nem limo no casco Se houver, limpe tudo: casco, eixo, leme, etc. Esses parasitas da água criam arrasto, “freando” o barco. Numa lancha de médio porte, com propulsão de eixo e pé-degalinha, incrustações no casco reduzem a velocidade em, pelo menos, 20%. E, às vezes, até impedem o planeio. 2 Alinhe bem o eixo da propulsão 3 Não leve mais do que o necessário nos tanques Não deixe a popa afundar demais 8 Posicione bem o motor 9 Equipe a lancha com um jack plate Barcos com motor de popa ou centrorabeta atingem seu melhor desempenho à medida que se ergue a proa e reduz a área de contato com a água. Mas isso precisa acontecer na medida certa, sem que o motor levante demasiadamente, para o hélice não ventilar. Combustível e água pesam um bocado. Por isso, carregue o necessário para o passeio, acrescido de uma reserva de cerca de um terço. Quem navega sempre com o tanque cheio ganha tranquilidade, mas perde velocidade. Mantenha os hélices em bom estado 7 Para erguer a popa do barco e assim diminuir o arrasto, use flapes fixados no espelho de popa. Quando se abaixam os flapes, a popa ergue e o barco passa a navegar na posição normal, portanto, com maior velocidade. Barcos com propulsão tipo eixo e pé-degalinha precisam ter o eixo muito bem alinhado com o motor, para reduzir ao máximo a vibração, pois ela também provoca perda de potência. 4 Ajuste o passo do hélice Hélices fora do passo prejudicam a performance e podem até danificar o motor. Se a rotação não atingir a máxima prevista, é sinal de que o passo está muito longo. Se, ao contrário, passar da máxima, é porque ele está curto. Nos motores de popa, a rotação varia cerca de 200 rpm para cada polegada no passo. truques para navegar mais rápido 6 primeira coisa que passa pela cabeça quando se quer melhorar o desempenho de uma lancha é trocar o motor. Claro que isso ajuda. Mas custa no bolso e nem sempre resolve o problema. Por isso, antes de decidir pela simples troca da motorização, vale a pena considerar alternativas bem mais simples e, principalmente, mais baratas, que podem fazer sua lancha navegar melhor e mais rápido. Como estas aqui ao lado. arq. náutica MaiS NóS COM MENOS diNHEirO 10 5 O jack plate serve para erguer o motor de popa verticalmente, diminuindo o atrito do hélice e da rabeta com a água, sem, contudo, alterar o trim da lancha. É um ótimo e simples recurso. 10 Hélices danificados, por menor que seja o dano, forçam o sistema de propulsão, geram vibração e roubam velocidade. Se eles sofrerem qualquer deformação, mande repará-los e balanceá-los. Se o caso for mais grave, troque por novos. Recolha a capota, sempre que possível Capotas protegem bem contra o sol e a chuva, mas impedem que o barco atinja maiores velocidades, porque, quando abertas, aumentam a resistência ao ar. Se você quiser navegar mais rápido, ande com ela fechada ou a recolha sempre que puder. Náutica SudeSte 93 Você e seu barco 11 dicas quentes para o seu cHurrasco no barco 1 Carvão ou gás? fogo, porque eles podem escorrer para o embebido em álcool. 2 náutica sudeste Mantenha a temperatura do braseiro estável. Se o carvão O melhor carvão é o de madeira de eucalipto, que além de ecologicamente correto, não gera tanta cinza nem faz tanta fumaça. 8 Fogo bom não tem labaredas, apenas brasas incandescentes. Tente mantê-lo diminuir ou acabar e esfriar demais, assim, abrindo, com certa frequência, a carne endurece. a tampa da churrasqueira, para 3 controlar as chamas. Não lave a carne nem a coloque direto do descongelamento no fogo, porque, com o calor, ela perderá muito sumo e tenderá a ficar seca e dura. 4 for surgindo certo “suor” na parte de malpassada. Ou seja, quase ao ponto. 5 Não coloque muito carvão, mas vá repondo aos poucos, até porque, nas churrasqueiras de barcos, 10 Para preservar a suculência da carne faça um “selamento” antes de assá-la, colocando-a no fogo bem quente durante um ou dois Deixe um pouco de gordura, mesmo que você não coma nem goste disso, porque ela realça o sabor da carne. 6 9 cabe bem menos. Por isso, acaba rápido. Vire a carne na medida em que cima. Quando isso acontecer, ela já estará F 94 7 casco. Só acendedores próprios ou pão Embora as churrasqueiras a gás sejam bem práticas (não fazem fumaça, não encardem a churrasqueira e para acender o fogo basta girar um botão, como num fogão) e já bastante comuns nos barcos, para os puristas do churrasco nada substitui o bom e velho carvão, que deixa um gostinho especial na carne. É que, como as churrasqueiras elétricas são mais rasas e o fogo a gás bem mais forte e constante, a carne assa muito mais rápido e pode queimar por fora, mesmo estando ainda crua por dentro — além de perder mais sumo. Ou seja: ganhase na praticidade, mas perde-se no sabor. Ou vice-versa, no caso do carvão. O que fazer para o churrasquinho a bordo ficar ainda mais gostoso Calcule 400 gramas por pessoa, ou um pouco menos no minutos. Isso criará uma película em volta dela, que reterá o seu sumo. 11 Churrasco de verdade, segundo os puristas, deve ser ao ponto ou, então, malpassado — carne torrada jamais! Mas gosto, obviamente, caso de mulheres, mas lembre-se de que não se discute. Na dúvida, pergunte o atividades na água sempre dão fome. gosto de cada um. Pouco ou muito sal? shutterstock e divulgação im de semana de sol. Você sai de barco com a família e os amigos, escolhe uma prainha tranquila, ancora, deixa as crianças brincando na água e começa, então, a sua verdadeira diversão: preparar um churrasquinho a bordo. A cena é tão frequente que, hoje, quase todos os barcos já saem de fábrica com uma churrasqueira e preparar picanhas e linguiças sobre as águas acabou virando a própria razão de muitos passeios náuticos. A rigor, qualquer lancha ou veleiro pode ter uma churrasqueira, desde que ela seja apropriada para uso náutico — ou seja, pequena, com tampa e presa na plataforma de popa ou no guarda-mancebo — mas sempre na parte de trás do barco, onde o vento é menor e o espaço, maior. Na proa não, porque, quando ancorados, os barcos ficam naturalmente aproados no vento, o que significa que a fumaça irá se estender por todo o casco. Além disso, o vento pode trazer partículas de carvão para bordo e aí o resultado será, no mínimo, um convés encardido. Churrasco é a mais simples das refeições, não exige nada além de fogo e carne e, ao contrário dos lanches, é um ótimo pretexto para reunir todo mundo. Além disso, de futebol e churrasco, todo homem entende um pouco. Ou, pelo menos, acha que entende... Se for (ou não) o seu caso, confira estas dicas e bom proveito! Não use líquidos combustíveis para acender o Carne sem sabor ou, pior, salgada demais são os dois problemas mais corriqueiros nos churrascos. Para o primeiro, basta acrescentar sal grosso — quase sempre em abundância e, a princípio, revestindo toda a carne. Para o segundo, é preciso lembrar que, depois de um tempo de cozimento, deve-se bater a carne, para tirar o excesso de sal. A quantidade de sal e o tempo certo de sua permanência na carne são quase segredos para todo bom churrasqueiro. Mas, como referência, adote o seguinte padrão: cerca de 100 gramas de sal grosso para cada quilo de carne (revestindo-a feito uma capa) ou apenas 20 gramas se for sal fino, de cozinha, que não é tão recomendado. E para ela não ficar salgada demais, tire o excesso quando já estiver quase no ponto de malpassada. Outro cuidado: use apenas sal seco, porque, se ele estiver úmido, a água aumenta sua penetração na carne e salga mais do que deveria. náutica sudeste 95 Você e seu barco comprimento, além de acessórios como “snaps” (grampos) para troca de iscas, giradores, pesos (chumbadas) e anzóis variados. Com esse kit, você estará bem preparado para fisgar várias espécies do nosso litoral, na faixa entre meio e dez quilos. É preciso ter licença para pescar? Sim! No mínimo, deve-se ter licença nacional de pesca amadora, antigamente emitida pelo Ibama e hoje sob responsabilidade do Ministério da Pesca. O link para obter a guia de pagamento ainda é do site do Ibama: www.ibama.gov.br/ pescaamadora/licenca. Sua validade é de um ano. Qual o melhor anzol? As dúvidAs que todo pescAdor iniciAnte tem Você tem um barco e quer sair para pescar, mas não sabe como começar? Veja aqui as respostas às dúvidas mais comuns dos iniciantes para pescarias no mar 96 náuticA sudeste Qual é o equipamento básico? Comece comprando uma vara de ação rápida (como se diz dos modelos com pouca flexibilidade na ponta), com 6’6” (1,98 m) de comprimento e classe de 20 libras (ou seja, apropriada para linhas com resistência de até 20 libras, ou aproximadamente nove quilos). O molinete (ou carretilha) deve ser preenchido com pelo menos 120 metros de linha de multifilamento (formada pelo entrelaçamento de múltiplos fios de polietileno) com resistência de 20 ou 30 libras. Não pode faltar ainda um bom líder de monofilamento para fazer a ligação da linha com o anzol, de preferência de fluorcarbono e com 0,60 mm de espessura e dois metros de Dois tipos de anzóis resolvem a maior parte das situações de pescarias no mar. O primeiro é o modelo maruseigo, especialmente indicado para iscas pequenas ou peixes de boca acanhada. O outro é o modelo circular, ou circle hook, que evita que o peixe engula o anzol junto com a isca. Devido ao seu formato, o anzol circular não se prende no tubo digestivo do peixe, “escorregando” até se fixar no canto da boca do animal. Este tipo de anzol é amplamente usado em todo tipo de pesca, da comercial até a oceânica de peixes de bico. Carretilha ou molinete? O que é melhor ter? Esta escolha é uma questão pessoal. Muitos preferem a carretilha, por ser mais precisa. Mas, para quem está começando, comprar um molinete é o melhor negócio, porque ele não está sujeito aos embaraços de linha na hora do arremesso (as chamadas “cabeleiras”), que só acontecem nas carretilhas. Já para a pesca oceânica meiopesada e pesada, as carretilhas continuam sendo a única opção. A lua influencia muito? diâmetro. Com essa linha, o arraste é menor, principalmente no corrico e na pesca de profundidade. A única desvantagem é que ela é muito cortante e, por isso, desaconselhável para ser manuseada por crianças, por exemplo. Sim, na medida em que a posição dela dita a movimentação das marés. Nas fases de lua cheia e nova, quando as variações de maré são maiores, a pescaria, em geral, não é tão simples quanto nas fases crescente e minguante. É mais difícil, por exemplo, manter a embarcação numa mesma posição, porque a maré “corre” muito. Mas isso não quer dizer que a pescaria sempre renda menos nos dias de lua cheia ou nova: anchovas e olhetes, por exemplo, ficam bastante ativos nos dois ou três dias anteriores ao “pico” desses períodos. Sempre que possível, artificial. Além de ter um grande poder de sedução sobre a maioria dos peixes predadores, é uma isca mais ecológica, fácil de carregar, limpa e sem cheiro. Sem contar que a emoção de capturar um peixe com uma isca artificial é sempre especial. Mas há casos em que as iscas naturais ainda levam vantagem, como o farnangaio (ou peixe-agulha) para a pesca de peixes de bico e do corrupto para a pesca de praia. Quais são as melhores varas? Quais são as iscas artificiais mais eficientes? Depende do tipo de peixe que se pretenda fisgar. Como regra geral, quanto mais leve e sensível o caniço, melhor. Para o mar, varas curtas não são muito indicadas, a não ser que se queira praticar a chamada pesca vertical (em águas mais profundas, com jigs — iscas artificiais metálicas). Mas aí já estamos falando de varas bem específicas para essa função... Para quem está começando, uma vara de ação rápida está de ótimo tamanho para a maior parte das situações e peixes — com exceção das grandes garoupas, dourados e peixes de bico. As iscas são escolhidas de acordo com o peixe e o lugar onde se vá pescar. Por isso, há centenas de tipos. Entre as de superfície, não podem faltar poppers e jumping baits, com tamanho entre 9 e 17 centímetros. Entre as de meia-água, modelos “sinking”, ou seja, que afundam mesmo quando parados, por permitirem arremessos mais longos. Para a pesca em águas profundas, os jigs, em suas diferentes vertentes, são imbatíveis: jigs de penacho (ou “xuxinhas”), tube jigs e principalmente metal jigs. Para corricar, há modelos específicos de plugs (iscas plásticas ou de madeira com formatos de peixinhos) com barbelas longas. O ideal, porém, é ter algumas de tamanho pequeno e barbela plástica, e outras maiores, com barbela metálica. Também é bom ter alguns zangarilhos, para tentar pegar lulas, especialmente agora, no verão. Qual a linha mais indicada para pescar no mar? Sem dúvida, a linha de multifilamento, porque tem baixíssima elasticidade (e, portanto, elevada sensibilidade mesmo a grandes distâncias) e grande resistência com pouco Isca natural ou artificial? Qual usar? náuticA sudeste 97 Você e seu barco a barra e os guias A entrada, bem rente às pedras da Barra do Una, e os especialistas Zezé e Ari (abaixo) do iate clube que fica no rio A barra do Rio Una, na praia do mesmo nome, é um dos pontos mais bonitos do litoral norte paulista. Mas é, também, um dos mais tensos para os barcos A vila de Barra do Una, a meio caminho entre Guarujá e Ilhabela, é um dos locais mais singelos do litoral norte de São Paulo. Tem uma linda praia e um caprichoso rio que serpenteia a areia, até o ponto onde os dois se encontram — a tal “barra” que batiza a vila. Tem, também, meia dúzia de marinas e um iate clube, todos na beira do rio e dependentes dele para fazer chegar os barcos até o mar. E é aí que mora o perigo, porque a barra do Rio Una não é nada fácil de sair e entrar. Quer dizer, é, desde que se obedeça às marés e não se haja receio de passar com o barco quase rente às pedras que brotam do fundo raso do rio. Os apressados ou mal informados costumam se dar mal. Fotos Jorge de souza As pedrAs do cAminho Para os primeiros, o único remédio é respeitar as marés e só partir e retornar dos passeios quando ela estiver, no mínimo, na metade do seu curso, com especial atenção nas épocas de luas cheia e nova, quando as oscilações são maiores. Já para os que não estão acostumados com os melindres do rio (que não aceita barcos acima de 48 pés e só é recomendado para lanchas com rabeta, que pode ser erguida, diminuindo o calado, já que o rio é bem raso), aqui estão as dicas de dois especialistas nesta barra: o gerente de operações do Iate Clube de Barra do Una, José Marques, o Zezé, e um dos mais velhos marinheiros e capitães do clube, Ari dos Santos, nascido e criado naquele próprio rio. Vire a página e aprenda mais com eles. Para quem vem do mar, a primeira providência é entrar rente (cerca de cinco metros) da primeira baliza, que fica na ponta do morro, onde também há um farolete da Marinha — e não na parte mais larga, diante da praia. Em seguida, coloca-se a proa na direção da segunda baliza e avança-se já na velocidade de segurança, de 4 nós. A segunda baliza deve ser deixada a boreste, a uma distância de três metros — mais que isso já se sai do canal. Depois, avance reto, rente à margem, até a curva do rio, usando como referência o atracadouro da última casa. Quando chegar bem perto dele, vire a bombordo. Depois, é só passar bem próximo ao muro da sede Parcel do Iate Clube e, em seguida, cruzar o rio, em diagonal, até a duna da parte de trás da praia. Para quem sai do rio, é só fazer o percurso inverso. reProduÇÃo O passo a passo para vencer o rio Náutica SudeSte 99 barra do una Os segredos da barra Baliza para aproximar Por mais assustador que seja, o jeito mais seguro de entrar e sair da barra do Una é colado às pedras que há no lado de fora do rio. O ideal é passar a cerca de três metros delas, por onde corre o canal. A impressão é que o barco irá bater nas pedras, sensação reforçada pelo fato de que a rabeta do motor precisa estar erguida, portanto com a ação do leme reduzida. É preciso algum sangue-frio para, ao entrar na barra, apontar a proa do barco exatamente na direção das pedras (quem entra pelo lado da praia corre o risco de encontrar bancos de areia) e, depois avançar, bem rente a elas. “O certo é passar sempre o mais perto possível delas”, diz Zezé. Fotos Jorge de souza Quanto mais perto, melhor O Iate Clube de Barra do Una conseguiu autorização para colocar balizas sinalizadoras em três pedras do rio. Duas delas também piscam à noite, ajudando quem chega ou sai no escuro. Mais do que apenas indicar onde estão as pedras (que, de tão grandes, afloram à superfície), as balizas servem para orientar aos pilotos sobre o quanto eles devem se aproximar delas, especialmente à noite. Mas, no escuro, o mais indicado é ancorar do lado de fora e pedir ajuda, pelo rádio ou celular, de um marinheiro da vila, que tanto pode assumir o barco quanto ir na frente, indicando o caminho. “O Iate Clube ajuda qualquer pessoa e os nossos celulares estão sempre ligados”, dizem Ari e Zezé, cujos números — anote aí — são 12/99162-5154 e 12/99660-4735, respectivamente. Zigue-zagues na água Mesmo na parte onde o rio é mais largo, é preciso seguir o canal, se não quiser correr o risco de encalhar ou tocar nas pedras que há no fundo dele. Isso implica em fazer um “S” no trecho que fica atrás da praia, indo em diagonal quase de uma margem a outra — e chegando bem perto de ambas. Para quem não conhece os melindres do Una, a manobra soa meio esquisita, mas é necessária, especialmente nos barcos maiores de 30 pés. “Serpentear o rio é o caminho”, garante Ari. Quanto mais largo, pior Além da proximidade das pedras, o que mais assusta no Una é a largura do rio – que, na maré baixa, ainda tem água pelas canelas na maior parte do seu curso. Do canal mesmo, sobra só pouco mais do que a largura de um barco. É como navegar num trilho e dele não se pode sair. Mas quanto mais estreito o rio estiver, mais fácil será acertar o caminho, porque a parte mais funda ficará visível, por causa do tom Coca Cola da água. É só erguer a rabeta (pés de galinha são até desaconselhados nos barcos que ali circulam) e ter certeza de que não virá outra lancha no sentido contrário, porque se mal cabe uma, imagine duas. Já com o rio cheio, o trilho desaparece e a coisa complica, porque tudo parece fundo, mas não é. “Quem foge das pedras, encalha”, diz Ari. 100 Náutica SudeSte A draga que ajuda Entre banhistas e supistas Periodicamente, o Iate Clube draga o canal do rio, para remover areia e aumentar o calado para os barcos. Mas ela sempre volta, por causa das ondulações do mar, que ali entram de frente. A solução definitiva seria a construção de um molhe que impedisse o assoreamento do rio, mas isso é pouco provável que aconteça, por conta das questões ambientais. O jeito é ficar dragando o rio e aprender a entrar e sair de uma barra caprichosa e repleta de pedras, como fazem os 500 donos de barcos que tem Barra do Una como base. “Quem é daqui já está acostumado, mas todo recém-chegado precisa aprender os macetes da barra”, diz Zezé. O principal equipamento que os barcos devem ter para entrar e sair da barra do Una com segurança é o ecobatímetro, porque a profundidade no canal quase sempre é bem baixa — 50 centímetros não é raro. Já os pilotos, além de paciência para esperar passar os barcos que venham em sentido contrário, precisam ter muita atenção com os banhistas, que cruzam o rio com frequência, e com os praticantes de stand up padlle, o sup, esporte que virou febre em Barra do Una. “As pranchas aparecem do nada”, alerta Zezé. Você e seu barco 6 riScoS elétricoS maiS comuNS NoS barcoS Incêndios — e não naufrágios — são a causa mais frequente da perda de barcos. E eles quase sempre têm origem num só ponto: a parte elétrica. Portanto, fique ligado 102 Náutica SudeSte 1 Terminais e conexões em mau estado 2 O “coração” das instalações elétricas são os terminais e as conexões, especialmente das baterias. Se eles estiverem frouxos, podem superaquecer e derreter os cabos. Para evitar isso, faça um check-up completo, tanto na fiação quanto nos seus complementos, pelo menos uma vez por ano. 4 Sobrecargas e maus contatos são sempre prenúncios de tragédias Equipamentos que não desligam Se o seu barco tiver guincho elétrico ou bow thruster, verifique periodicamente o sensor de acionamento desses equipamentos. Como eles consomem altas correntes, a quebra do sensor pode fazer com que eles funcionem ininterruptamente, sem você perceber. E isso pode gerar superaquecimento na fiação. F 5 Equipamentos em contato com a água Voltagem diferente nas tomadas da marina Como a maioria das marinas não segue um padrão na voltagem, há sempre a possibilidade de a tomada do cais não ser compatível com a do seu barco. Assim, curtos-circuitos podem ocorrer, afetando até mesmo a parte eletrônica dos motores. Gambiarras? Nem pensar! 3 Instalar equipamentos diferentes Certifique-se de que o automático das bombas é compatível com a corrente elétrica. Instalar um modelo errado pode fazer com que a bomba não funcione na hora que você mais precise dela. Da mesma forma, tome cuidado com certos acessórios, como micro-ondas e secador de cabelos, que puxam bastante energia e podem superaquecer a fiação. 6 O inversor deve ficar sempre o mais próximo possível das baterias, para evitar quedas de tensão. Mas é importante instalá-lo sempre o mais alto possível no porão, para evitar contato com a água empoçada, o mesmo valendo para qualquer equipamento elétrico. Energia e água não combinam. Infiltração de água no painel Barcos com comando aberto não estão livres de respingos d’água — seja na navegação ou na lavagem do casco. E esse contato com a água pode gerar pontos de ferrugem nas conexões das fiações, além de comprometer a durabilidade dos cabos. A única maneira de evitar isso é checar periodicamente as vedações de borrachas no painel e, no caso de vazamento crônico, não molhá-lo ao lavar o barco. ios, conectores e baterias mal instaladas são os principais gatilhos nos incêndios de origem elétrica a bordo de qualquer barco. “Se eles não forem dimensionados para a energia que recebem, ou se não estiverem bem conectados, acabarão liberando calor ou derretendo, o que, em ambos os casos, é perigosíssimo”, afirma o especialista em instalações elétricas náuticas Roberto Brener. Portanto, tire da cabeça qualquer ideia de “dar um jeitinho” na parte elétrica do barco. E anote aí alguns lembretes essenciais. Use apenas fios de cobre estanhados e certificados, para evitar corrosão. Sele os terminais e as pontas dos fios com silicone, para vedar a entrada de ar entre o cobre e o plástico que reveste os cabos. Os terminais dos cabos da bateria devem ser prensados e não soldados. A solda enrijece os cabos, tornando-os sujeitos a quebras. Use disjuntores termomagnéticos, que protegem contra sobrecargas e curtos. Mas, atenção: há disjuntores que não funcionam em correntes contínuas. Fusíveis em circuitos de alta corrente costumam criar quedas de tensão. Se isso acontecer com baterias fracas, pode dificultar a partida do motor. Cabos de arranque do motor e do gerador não precisam ter fusíveis próprios. Bastam cabos superdimensionados. Para não tombar com o balanço do barco, a bateria deve ser bem presa, mas com cintas ou cabos que não contenham partes de metal. Em hipótese nenhuma, qualquer fiação deve passar perto de alguma mangueira de combustível. A fiação deve ser fixada a cada 25 centímetros ao longo do barco. Mas não muito esticada, para não romper com os trancos, o que é mais frequente do que parece. Você e seu barco 5 Qual é a melhor? Para barcos Pequenos É uma defensa leve e econômica, ideal para pequenas lanchas e veleiros. Tem extremidades mais flexíveis, que se adaptam melhor aos cascos arredondados. seu preço varia de R$ 50 a R$ 200, dependendo do tamanho. Para barcos robustos Esta é a defensa mais usada e a mais tradicional, pois serve para todos os tipos de barcos. É também a que tem o material mais resistente., com dez tamanhos diferentes. Varia de R$ 100 a R$ 400. As defensas protegem o casco e ajudam bastante na hora de parar o barco B 104 Náutica SudeSte 2 Na atracação barco a barco, a regra é usar o máximo possível de defensas, já que o atrito entre os cascos é constante e intenso. Assim você evita danificar (também) o barco dos outros. 3 dicas para usar direito depois de prender o barco, desembarque e tente movimentá-lo, para saber se ele está com defensas suficientes. 4 Para amarrar a defensa no barco, escolha um ponto o mais perto possível do casco (não no topo guarda-mancebo, por exemplo). Assim, evita-se que a defensa fique balançando feito um pêndulo. 5 Use, pelo menos, três defensas: uma na proa, uma na parte mais larga do casco e outra na popa. mas, na verdade, quanto mais defensas melhor. . Para locais diferentes A defensa bumerangue tem algumas utilidades. Nas colunas, por exemplo, por ser mais larga, protege melhor o casco. o mesmo acontece nos píers mais baixos. custa usta cerca de R$ 150. De qual tamanho? Nunca deixe a defensa boiando na água nem navegue com ela para fora do barco porque isso afeta sua durabilidade e é fácil perdê-la na água. Lembre-se: defensa não é boia, embora até pareça. Para barcos de serviço defensas em forma de bola servem mais para barcos com a borda irregular, como os de pesca ou trawlers. mas também são eficientes na atracação barco a barco, embora deixem os cascos mais distantes Preço: de R$ 100 a R$ 250. As AmigAs do cAsco em mais do que simples pedaços de borracha, como aqueles velhos pneus que se usam nos costados dos navios, as defensas são verdadeiras amigas do casco, porque evitam que ele se choque contra o píer ou costado de outro barco na hora de parar. São elas que evitam trincas e marcas. Além disso, ajudam na hora das manobras, pois não exigem alguém olhando para ver se o barco irá bater em algo. Mas é importante ter a bordo pelo menos três unidades: uma para a proa, outra para a parte mais larga do casco e a terceira para a popa. Os tipos e tamanhos dependem de cada barco, mas as mais usuais são estas aqui. 1 Tamanho dobarco defensa cilíndrica defensa esférica Até 20 pés 10 cm 23 cm 21 a 25 pés 13 cm 23 cm 26 a 30 pés 15 cm 30 cm 31 a 35 pés 18 cm 38 cm 36 a 40 pés 20 cm 38 cm 41 a 50 pés 25 cm 46 cm Os 3 passos do nó certo O nó mais indicado para prender a defensa é este aqui: o volta redonda. É fácil de fazer e soltar, portanto ideal para paradas rápidas. Mas se a parada for mais longa, dê mais uma volta nele 1 2 3 Náutica SudeSte 105 Você e seu barco Xô, Sujeira! Como saber se a gasolina do seu barco está batizada S e você tem barco a motor, certamente já sentiu os problemas causados pela gasolina brasileira, que é feita para ser usada em automóveis, não em embarcações. Isso porque a legislação determina que sejam adicionados 25% de álcool ao combustível, o que acaba ajudando no processo de “apodrecimento“ da gasolina, além de danificar os componentes do motor (a indústria náutica mundial produz peças resistentes apenas à gasolina com, no máximo, 10% de álcool). Para piorar ainda mais a situação, muitos postos vendem gasolina adulterada, com uma porcentagem de álcool ainda maior do que a lei permite, além de outras tantas porcarias, como querosene, solvente e até água. Por isso, aqui estão dois testes caseiros fáceis e rápidos, para você detectar se a gasolina que está colocando no seu barco é boa de fato. 2 testes rápidos 1 Do copinho Pegue um copo plástico descartável, da queles brancos e moles, e coloque um pouco de gasolina dentro. Ela deverá amolecer e desmanchar o copo em pou quíssimo tempo — de 20 a 50 segundos. Quanto mais rápido isso acontecer, me lhor será o combustível. Se demorar mais de um minuto, certamente ela é adultera da e estará prejudicando o rendimento do motor do seu barco. Antes Depois Se a gasolina for boa, o copo deve furar em até 50 segundos 106 Náutica SudeSte 2 Do copo graduado Coloque 100 ml de gasolina e 100 ml de água num copo de vidro graduado. A água não se mistura com a gasolina, que fica por cima. Já o álcool presente no combustível irá se misturar com a água, fazendo com que o volume do “líquido transparente” aumente. A quantidade de mililitros que aumentar corresponde à porcentagem de álcool e outras substâncias presentes. A lei permite, no máximo, 25% de álcool na gasolina. Antes Depois Se a faixa de “líquido transparente” passar de 25 ml, é porque há adulteração 3 dicas para quando for encher o tanque 1 Pegue indicação Sempre pergunte aos mecânicos da marina onde seu barco fica qual o melhor posto da região para abastecer. Eles costumam saber onde há combustível adulterado, 2 Combustível velho não serve pra nada 3 Dê um upgrade na sua gasolina Se a gasolina estiver há mais de um mês no tanque, não ligue o barco. Retire todo o combustível, inclusive da tubulação. Depois, abasteça com gasolina nova. A Podium, da Petrobrás, é que mais dura: dois meses. Há diversos aditivos para gasolina, a grande maioria, líquidos. O Starbrite Startron é um deles e sua maior virtude é esticar a vida útil do combustível em quatro anos. O frasco custa cerca de R$ 80. Bem mais barata é a Gas Saving Pill, da Aderco, que é sólida e sai por cerca de R$ 20 nos postos de gasolina. Cada pílula trata até 60 litros de combustível. O melhor de tudo é que ela permite armazenar a gasolina no tanque por até dois anos. Novos barcos MagellaNo 50 “ A Magellano é um tipo de barco para quem curte ficar a bordo Marcelo albertoni, gerente comercial da First Yachts, que acaba de trazer a primeira Magellano para o Brasil, fala sobre este novo conceito de barco, que não é lancha nem trawler 108 Náutica SudeSte muito conforto e ainda oferece o benefício de estabilizadores. Com isso, mesmo quando em movimento, sua cabine torna-se um local extremamente agradável para navegar. É um barco muito confortável não apenas quando está parado. Mesmo assim, sua performance é atraente. Quando equipada com dois motores Cummins de 425 hp cada, navega a 17 nós na velocidade de cruzeiro e chega a 22 nós na máxima. E isso com um consumo cerca de 30% inferior ao de qualquer lancha convencional do mesmo porte, o que também se traduz em maior autonomia, já que se trata de um tipo de barco para quem gosta de ir longe. É, enfim, um tipo de barco para pessoas extremamente exigentes quanto ao prazer de estar a bordo e que, entre o conforto e a aparência, sempre optam pelas duas coisas”. é o conforto. Mas ela é 30% mais econômica “ Adoprioridade que uma lancha convencional deste tamanho ” outro estilo O casco tem linhas próprias. Mas é mesmo por dentro, nos amplos e confortáveis espaços da cabine, que a Magellano se diferencia dos demais barcos Fotos Mozart Latorre “A série Magellano, da Azimut, é um novo estilo e conceito de barco. Não é um iate nem um trawler, mas uma fusão desses dois tipos, com ênfase no conforto e bem-estar a bordo. É um barco para quem quer ficar um bom tempo embarcado e não apenas fazer passeios rápidos e voltar para a marina. Sua cabine, por exemplo, tem portas mais largas que o habitual nos barcos e menos cômodos do que caberia, porque o objetivo é que todos eles sejam amplos, altos e com menos divisórias de ambientes do que em uma lancha convencional do mesmo porte. Aliás, de convencional a Magellano 50 não tem nada, a começar pelo estilo do seu casco, que nem de longe lembra o de trawler, porque tem linhas bem mais modernas e ousadas. Como seu casco é semideslocante, a Magellano navega suave e com ” Novos barcos fotos divulgação detalhes a bordo Proa larga, banco de popa que vira solário, bom espaço livre a bordo e uma generosa plataforma justificam o sucesso que a nova Mestra 22.2 já está tendo no mercado MeStRa 22.2 José Eduardo Cury, diretor comercial da Mestra Boats, apresenta a mais nova lancha deste jovem estaleiro do interior de São Paulo, que vem crescendo rapidamente “A nova Mestra 22.2 é um modelo intermediário entre as lanchas Mestra de 18/19 pés e 24/25 pés. Mas é um projeto totalmente novo, com casco moderno, proa aberta, muito espaço interno, capacidade para até dez pessoas e que, opcionalmente, pode ser revestido com poliuretano injetável, o que o deixa insubmergível. Tem ainda plataforma de popa (com quase um metro de comprimento) e flaps moldados no próprio casco, o que, além de dar mais rigidez ao conjunto, faz com que o barco planeie mais fácil, o que chamamos de ‘planeio automático.’ Quando equipada com um motor Mercruiser 3.0, de 135 hp, descola fácil da água e chega a 40 mph de velocidade máxima, com uma navegação macia e ótimo consumo. Um detalhe interessante é que o banco de popa, para até quatro pessoas, pode virar um gostoso solário revestido de courvin náutico antimofo e praticamente se integra à plataforma, formando assim uma área bem ampla e aberta, o que só aumenta o espaço a bordo deste barco — que, embora novo, já está fazendo muito sucesso nas lojas.” 110 Náutica SudeSte Ela tem flaps integrados ao “ casco e planeia fácil ” Classificados veleiroS alaDin 30 2012. Motor Yanmar 3ym20, 21 hp. R$ 190.000,00. São José dos Campos, SP. Tel. 12/9723-0626 c/ Walter. magnum 595 1995, 19 pés, motor 85 hp, R$ 14.000,00, Igaratá, SP, Tel. 11/99573-1310 c/Isaac. bb 36 1999. Motor Yanmar 3JH4SD. R$ 205.000,00. Niterói, RJ, 21/8667-9853 c/ Alexandre. bb 35 1999. Motor Yanmar, 27 hp. R$ 180.000,00. Santana de Parnaíba, SP. Tel. 11/99934-0389 c/ Leonel. Dakini R$ 90.000,00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 21/9125-7209 c/ José Soares. Fast 230 1981. Motor Evinrude 8 hp. R$ 33.000,00. Campinas, SP, Tel. 19/8177-0885 c/ Jorge atoll 23 Motor Mercury, 15 hp. R$ 36.000,00. São Paulo, Tel. 12/8100-2755 c/ Ricardo. alaDin 30 1997. Motor Yanmar, 21 hp. R$ 200.000,00. Guarujá, SP. Tel. 13/8125-0404 c/ Manoel. Drakkar Viking R$ 59.000,00. Vitória, ES, Tel. 27/92970282 c/ Rodrigo Silva. Cal 9.2 1987. 28 hp. R$ 90.000,00. São Paulo, Tel. 13/9751-9640 c/ Carlos. brasília 32 1990. Motor Volvo Penta, 18 hp. R$ 115.000,00. São Paulo, SP. Tel. 12/8179-0707 c/ Rogerio. Pomar 26 Motor Mercury 8 hp. R$ 40.000,00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 21/9846-0009 c/ Roberto Rodrigues. Fast 395 R$ 250.000,00. Angra dos Reis, RJ, Tel. 24/9982-8144 c/ José Luiz. Caribe 16 Motor Mercury 3.6 hp. R$ 10.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/7877-3593 c/ Rodrigo. 8 dúvidas na hora de comprar um barco O que convém saber antes de escolher 112 Náutica SudeSte 1 bruCe Farr 38 Motor 36 hp. R$ 180.000,00. Angra dos Reis, RJ, Tel. 21/9604-7674 c/ Renan Comprar antes ou depois do verão? Após o verão, os preços dos barcos usados tendem a baixar um pouco. Mas você perderá a melhor época para usá-lo. Nem sempre vale a pena esperar. 2 Com broker ou diretamente? Os brokers têm conhecimento do mercado náutico e podem apresentar boas opções, além de dar orientação para a compra. Mas se você prefere agir sozinho, frequente marinas e clubes náuticos e converse bastante com marinheiros e donos de outros barcos, antes de escolher. Pomar 18 1984. R$ 11.000,00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 21/9975-6540 c/ Otavio. 3 Novo ou usado? Um barco novo você pode montar da maneira que quiser, escolhendo o motor e os equipamentos. Também terá a certeza da procedência, garantia e ainda pode pagar a prazo. Já a principal vantagem do barco usado é o preço (bem) mais acessível. E na hora de revender você não perde tanto dinheiro. No entanto, quase sempre tem que pagar à vista. 4 A vela ou a motor? Veleiros exigem muito mais conhecimento, ou seja, será necessário aprender a velejar. Eles não fazem barulho, tornando a navegação mais brasília 23 R$ 36.000.00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 21/9987-6022 c/ Luís Fernando. brasília 32 1980. Motor Volvo, 17 hp. R$ 90.000,00. Ubatuba, SP. Tel. 11/7683-1385 c/ Luis. prazerosa, porém são também mais lentos, impossibilitando visitar vários lugares no mesmo passeio. Já com os barcos a motor o custo é mais alto, tanto para comprar quanto para manter. 5 À vista ou parcelado? Não empate todo o seu dinheiro na compra de um barco. Até porque você terá que gastar com equipamentos (no caso de modelos novos) ou com pequenas reformas (no caso dos usados). A maioria dos estaleiros oferecem opção de parcelamento, com taxas especiais. Mas se for um usado, compre à vista, já que, parcelado, os juros são altos. 6 atoll 23 Motor Marine 5 hp. R$ 25.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/98175-6947 c/ Paulo. Proa aberta ou fechada? A maioria das lanchas pequenas, de até 23 pés, tem a proa aberta. Com elas, os passeios ficam bem mais ao ar livre, mas não podem ser muito longos. Já as lanchas com cabine, ou de proa fechada, permitem até dormir a bordo e tendem a ser mais confortáveis. 7 Motor de popa ou de centro-rabeta? Motor de popa é mais barato, não ocupa espaço a bordo e tem manutenção mais fácil. Já o motor de centro-rabeta é mais econômico, mais silencioso, facilita as atracações de popa, dá mais estabilidade ao casco, além de valorizar o barco. Mas custa mais caro, embora parte do que você paga a mais, recupera na hora de vender o barco 8 A diesel ou a gasolina? Se a lancha for usada para esquiar, o motor deve ser a gasolina para dar arrancadas mais rápidas. Por outro lado, o consumo e a autonomia são bem melhores com diesel. No momento da compra, o motor a gasolina leva vantagem, pois é mais barato. Em compensação, na manutenção, os motores a diesel são melhores. Náutica SudeSte 113 Classificados Catamarã 53 Pés 2008. Motor Yanmar , 2 x 75 hp. R$ 389.000,00. São Paulo, SP. Tel. 11/38366533 c/ Armando. bruCe roberts 45 m 2000. Motor Yanmar 4JH2E. R$ 450.000,00. Santos, SP, Tel. 13/3224-1426 c/ Meire. beneteau First 47.7 2001. Motor 75 hp. R$ 640.000,00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 21/9828-5968 c/ Rocco. Delta 26 1994. Motor Volvo série 2000. R$ 98.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/993626000 c/ Adilson. mJ 33 2003, motor 20 hp, R$ 170.000,00, São Paulo, SP, Tel. 11/99937-6043 c/ José Luiz. Paturi 16 1988. Motor Suzuki 6 hp. R$ 15.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/99525-2350 c/ Idemir. Carabelli 32 1999. Motor Yanmar 2gm20 SD, 20 hp. R$ 130.000,00. Barueri, SP. Tel. 11/4195-4847 c/ Fernando. Delta 26 1994. Motor Volvo Penta. R$ 100.000,00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 21/8223-3334 c/ Dariel. Veleiro 20 Pés 1989. Sem motor. R$ 23.900,00. São Paulo, SP, Tel. 11/99190-2318 c/ Rafael. J/24 1978. Motor Mariner, 8 hp. R$ 48.000,00. Rio de Janeiro, RJ. Tel. 21/8766-4512 c/ Roberto. Delta 32 2007. Motor Yanmar. R$ 100.000,00. São Paulo, Tel. 12/9738-6667 c/ Amador. bimini 16 2000. Motor Johnson 70 hp. R$ 19.500,00. São Paulo, SP, Tel. 11/98565-7777 c/ Roberto. Velamar 34 1988. Motor 40 hp. R$ 125.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/99181-9383 c/ Andre. main 35 1993. Motor Volvo Penta, 28 hp. R$ 170.000,00. Sao Paulo, SP. Tel. 11/985362204 c/ Gianfranco. Catamarã 37 Pés em Construção 1980. Motor Control, 45 hp. R$ 120.000,00. São Paulo, SP. Tel. 11/8294-4558 c/ Ricardo. kalmar k8 2010. Motor Yanmar 15 hp. R$ 160.000,00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 21/8833-3001 c/ Luís Carlos. triniDaD 37 1986. Motor Yanmar 33 hp. R$ 155.000,00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 21/9989-5154 c/ Marcello. Fast 29,5 1999. Motor Mariner 175 hp. R$ 70.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/7887-7958 c/ Genival. Fast 345 1985. Motor Volvo, 29 hp. R$ 135.000,00. São Paulo, SP. Tel. 11/98518-0357 c/ Marcos. Fibramar 30 1983. 20 hp. R$ 50.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/7890-8654 c/ Walmir. Quanto custa cada pé? Preços médios para lanchas nacionais com pouco tempo de uso e motorização padrão alaDim 30 2004. Yanmar 27 hp. R$ 170.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/98354-3254 c/ Ricardo. Velamar 26 2013. Motor Mercury 8 hp. R$ 45.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/9794-9990 c/ Arthur. 16 a 19 pés Lanchinha de proa aberta, sem maiores luxos Até 60 R$ mil 114 Náutica SudeSte moD YaCHt 30 1989. Motor 29 hp. R$ 110.000,00. São Paulo, Tel. 12/9708-9133 c/ Dorval Antonio. Hobie Cat 16 2006. R$ 12.000,00. Vila Velha, ES. Tel. 27/8135-8766 c/ Gunter. Cal 9.2 1987. Motor Mold 22 hp. R$ 75.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/5517-8282 c/ Viau. new ZellanD 24 1993, motor 5 hp, R$ 38.000,00, Vitória, ES, Tel. 27/9874-2610, c/ Luiz Henrique Paturi 28 Motor Suzuki 8 hp. R$ 58.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/99984-6827 c/ Paulo Barros. 20 a 22 pés Lancha de proa aberta ou fechada, com banheiro Até 80 R$ mil ranger 22 1980. Motor Mercury 5 hp. R$ 25.000,00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 21/6885-4049 c/ Benedito. 23 a 25 pés Proa aberta ou com pequena cabine e banheiro Até R$ 110 mil Veleiro transoCeÂniCo 37 Pés 1973. 30 hp. R$ 110.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/98444-7780 c/ Gabriel. 26 a 28 pés Com cabine para pernoite de duas pessoas Até 29 a 31 pés Cockpit e cabine já de tamanho médio Até R$ R$ 200 mil 300 mil 32 a 34 pés Cabine completa, com pernoite para quatro pessoas Até R$ 390 mil main 35 1992. Motor Volvo , 36 hp. R$ 145.000,00. Santos, SP. Tel. 13/3273-9467 c/ Paulo. 35 a 37 pés Camas para quatro pessoas e demais cômodos Até R$ 500 mil 38 a 40 pés Com ou sem flybridge e cabine já espaçosa Até R$ 690 mil Fast 260 1998. Motor Mercury 15 hp. R$ 68.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/97236-0156 c/ Mauricio. 41 a 43 pés Com flybridge e camarotes para seis pessoas Até R$ 850 mil 44 a 46 pés Com flybridge e cabine completa, com dois banheiros Até 47 a 49 pés Com flybridge, cabine completa e mais espaço a bordo Até R$ milhões R$ milhões 1,5 2,5 Náutica SudeSte 115 Classificados laNchaS skiPPer 21 2001. Motor Mercury, 5 hp. R$ 65.000,00. São Paulo, SP. Tel. 11/97242-4669 c/ Bernardo. As lanchas usadas mais procuradas (em ordem de tamanho) brasília 23 1981. Motor Mariner 8 hp. R$ 36.000,00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 21/2490-1684 c/ Luís Fernando. bb 36 2003. Motor Yanmar 27 hp. R$ 290.000,00. Angra dos Reis, RJ, Tel. 24/9651-3198 c/ Arnaldo Turtelli. MODELO Velamar 33 1979. Motor 46 hp. R$ 100.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/99948-5892 c/ José Carlos. lanCHa 30 Pés R$ 45.000,00. São Paulo, SP, Tel. 13/91730161 c/ Angelo Santos. Catamarã 26 Pés 2012. Motor Mariner 75 hp. R$ 100.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/3848-1510 c/ Yamandu. Carabelli 32 1999. Motor Yanmar 2gm20 SD, 20 hp. R$ 130.000,00. Barueri, SP. Tel. 11/4195-4847 c/ Fernando. PanDa 34 1980. Motor Volvo. R$ 100.000,00. São Paulo, Tel. 13/3222-8664 c/ Ronei. trimarã 24 Pés 2001. Motor Yamaha, 4 hp. R$ 19.100,00. Rio de Janeiro, RJ. Tel. 21/6872-6200 c/ Henrique. Velamar 31 1986. Motor Yanmar, 28 hp. R$ 99.000,00. Rio de Janeiro, RJ. Tel. 21/8895-6577 c/ Carlos. Catamarã 30 Pés 2007. Motor Evinrude 75 hp. R$ 290.000,00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 21/88127656 c/ Mauricio. lanCHa HD 24 2002. Mercury 200 Optimax. R$ 55.000,00. Cabo Frio, RJ, Tel. 21/9186-2446 c/ Priscilla. Carbrasmar 32 1987. Motor Volvo, 27 hp. R$ 110.000,00. São Paulo, SP. Tel. 11/7717-5814 c/ Andrea Intermarine 440 Full R$ 500 000 DM 38 R$ 200 000 Magnum 39 R$ 200 000 Oceanic 36 R$ 300 000 Runner 330 R$ 150 000 Carbrasmar 32 R$ 170 000 Phantom 290 R$ 240 000 Cimitarra 270 R$ 130 000 Focker 255 R$ 100 000 Real Summer 22 R$ 40 000 Ventura 230 R$ 50 000 Focker 222 R$ 60 000 alFa 300 2010. Motor Volvo Penta, 300 hp. R$ 230.000,00. Campinas, SP. Tel. 19/37053000 c/ Francisco. 42 oFFsHore 2013. Motor Cummins, 2 x 350 hp. R$ 650.000,00. São Bernardo do Campo, SP. Tel. 11/9953-23436 c/ Ademar. Veleiro 20 Pés 2012. Motor Mercury 8 hp. R$ 22.900,00. São Paulo, Tel. 12/9703-5011 c/ Anderson. real 26 Class 2011. Motor Mercury, 225 hp. R$ 135.000,00. Niterói, RJ, Tel. 21/8420-5898 c/ Michelle. magnum 39 sPort 2013. R$ 180.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/98501-1369 c/ Angelo. Cruiser 24 1985. Motor Yamaha 8 hp. R$ 35.000,00. São Paulo, Tel. 12/8231-3200 c/ Marcos Dertinati. Velamar 32 1986. Motor Volkswagen, 48 hp. R$ 90.000,00. São Paulo, SP. Tel. 11/7717-5814 c/ Andrea. o’ DaY 23 1985. Motor Yamaha 8 hp. R$ 35.000,00. São Paulo, Tel. 14/3354-9600 c/ Maurício. Velamar 29 1983. Motor Volvo Penta 2002, 18 hp. R$ 85.000,00. Vitória, ES. Tel. 27/9932-9417 c/ Péricles. 116 Náutica SudeSte PREÇOMÉDIO Fast 395 1991. Motor Yanmar, 40 hp. R$ 250.000,00. São Paulo, SP. Tel. 11/7717-5814 c/ Andrea. PHantom 260 2008. Motor Mercury, 260 hp. R$ 125.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/982025184 c/ Luís Fernando. braVa 35 2008. Motor Mercury, 300 hp. R$ 290.000,00. Barueri, SP. Tel. 11/987680000 c/ Cleomar. rio 20 1995, motor 5 hp, R$ 18.000,00, São Paulo, SP, Tel. 11/3297-7024 c/ Carlos PHantom 500 FlY 2009. R$ a combinar. Bauru, SP, Tel. 14/8144-8793 c/ Airton. roC 129 1977, motor 56 hp, R$ 160.000,00, São Paulo, SP, Tel. 11/98556-8242 c/ Ana Velamar 26 1987. Motor 15 hp. R$ 40.500,00. São Paulo, SP, Tel. 11/99408-5912 c/ Augusto. Cobra link 2004. Motor MWM Sprint, 260 hp. R$ 100,000.00. Ubatuba, SP, Tel. 12/7816-7341 c/ Antonio. brasília 32 1980, motor 110 hp, R$ 80.000,00, Rio de Janeiro, RJ, Tel. 21/7740-2165 c/ Hallan FliPPer 18 2012. Motor de popa 60 hp. R$ 19.800,00. São Paulo, SP, Tel. 11/7901-3722 c/ Ronaldo. baYliner CaPri 2252 1997. Motor Mercruiser, 210 hp. R$ 49.000,00. Rio de Janeiro, RJ. Tel. 21/91049209 c/ Reynaldo. Carbrasmar DouraDo 1998. Motor 2 x 85 hp. R$ 51.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/99707-8737 c/ Albano. Náutica SudeSte 117 Classificados 5 mandamentos do bom comprador Carbrasmar ub 25 original 1991. Motor Evinrude E-tec, 250 hp. R$ 70.000,00. São Paulo, SP. Tel. 11/7806-5101 c/ Vinicius . intermarine 55s 1999. Motor Mercedes, 720 hp. R$ 990.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/975990790 c/ Marcello. Cabrasmar 30 2003. Motor Mercedes-Benz, 2 x 320 hp. R$ 275.000,00. Barueri, SP. Tel. 11/999994796 c/ Thomas. rinker 190 mtX 2011. Motor Mercury, 190 hp. R$ 75.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/99420-9924 c/ Armindo. 1 Ventura 190 2006. Motor Yamaha, 115 hp. R$ 41.000,00. Minas Gerais, Tel. 34/9117-8283 c/ Ismael. se for um mecânico) para fazer uma avaliação do barco. Mas não o critique na frente do dono. 3 o real Power 29 2009. Motor Mercruiser, 260 hp. R$ 100.000,00. Taubaté, SP, Tel. 12/9132-1999 c/ Ricardo. Carbrasmar Xaréu 22 1978. Motor Mercury, 200 hp. R$ 40.000,00. Curitiba, PR. Tel. 41/9974-6886 c/ Hamilton. luna 200 Motor Johnson, 175 hp. R$ 41.000,00. São Paulo, Tel. 14/9701-7575 c/ Claudis Luiz. Cigarette 1992. Motor Volvo, 2 x 210 hp. R$ a combinar. Santos, SP, Tel. 13/9764-2626 c/ Roberto. o Faça contrapropostas, se for o caso, mas não pechinche demasiadamente nem desmereça o real valor do barco. PHantom 300 2010. Motor 150 hp. R$ 340.000,00. Caraguatatuba, SP, Tel. 12/3886-6100 c/ Marcos. 5 CorisCo 20 1996. Motor Mercury,135 hp. R$ 16.000,00. Angra dos Reis, RJ, Tel. 21/9806-5485 c/ Pedro. FoCker 200 2008. Motor Fibrafort, 150 hp. R$ 59.000,00 São Paulo, SP, Tel. 11/981824030 c/ João. Cobra marbella 22 2011. Motor Etec BRP, 150 hp. R$ 42.000,00. Suzano, SP. Tel. 11/7867-4022 c/ Sergio. FisHing 21 2001. Motor Evinrude, 175 hp. R$ 45.000,00. São Paulo, Tel. 12/9191-7570 c/ Walter Laterza. Carbrasmar 32 2013. Motor Mercedes-Benz, 2 x 250 hp. R$ 650.000,00. Vinhedo, SP. Tel. 13/9139-3198 c/ Jorge. Ao navegar, preste bastante atenção ao desempenho, mas não exija demais do barco, porque — de novo! — ele ainda não é seu. 4 Cigarette 36 1990. Motor 200 hp. R$ 120.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/99916-9141 c/ Pascoal. Ventura 265 ComFort 2010. R$ 140.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/98208-5378 c/ Gustavo. o Leve alguém de sua confiança (especialmente Cigarette 36 1991. Motor Volvo Penta, 2 x 200 hp. R$ 105.000,00. Rio de Janeiro, RJ. Tel. 21/7888-1968 c/ André. Carbrasmar 1980. Motor 875 hp. R$ 950.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/3812-5353 c/ Ronald. Deixe a família em casa na hora de fazer o test drive. Lembre-se de que não é um passeio e que o barco ainda não é seu! 2 luna 200 1997. Motor Mercury,150 hp. R$ 40.000,00. São Paulo, Tel. 16/9704-2225 c/ Dante. Fast 27,5 Motor Yamaha 4 tempos, 2 x 150 hp. R$ 90.000,00. Angra dos Reis, RJ. Tel. 21/2422-0425 c/ Roberto. Dm 28 2008. Motor Mercury, 315 hp. R$ 132.000,00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 21/87644482 c/ Luciano. O que fazer na hora de comprar um bom barco, sem desrespeitar quem o está vendendo o Ferretti 60 2009. Motor MAN, 2 x 900 hp. R$ 2.950.000,00. Rio de Janeiro, RJ. Tel. 21/9757-4104 c/ José. temPest 270 2008. Motor Yamaha, 275 hp. R$ 190.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/78740644 c/ José Henrique. Ferretti 500 2008. Motor MAN, 800 hp. R$ 1.890.000,00. Rio de Janeiro, RJ. Tel. 21/9965-1602 c/ Marcio. eVolVe 225 2011. Motor Mercury ,175 hp. R$ 89.990,00. São Paulo, Tel. 13/7810-0920 c/ Tiago. Cimitarra 340s 2013. 2 x 220 hp. R$ 350.000,00. São Paulo, SP. Tel. 11/99449-2927 c/ Mauricio. magnum 28 1986. Motor 250 hp. R$ 38.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/7883-5090 c/ Raphael. Fórmula 2011. Motor Johnson, 30 hp. R$ 10.000,00. Santos, SP, Tel. 13/9766-2161 c/ Junior. Coral 15 2001. Motor Suzuki, 65 hp. R$ 23.000,00. Santos, SP. Tel. 13/7803-5782 c/ Edler. o lanCHa 16 Pés 1990. Motor Johnson, 35 hp. R$ 11.999,00. Minas Gerais, Tel. 35/8898-1377 c/ Silberth. Todo acordo feito deve ser cumprido. Nada de mudar de ideia depois de já ter fechado negócio, porque o vendedor pode ter aberto mão de outros interessados. 118 Náutica SudeSte maestrale 300 2007. Motor Mercruiser, 220 hp. R$ 210.000,00. Praia Grande, SP, Tel. 13/78076700 c/ José Carlos. tHoP Cat 180 2007. Motor Yamaha 4T, 60 hp. R$ 70.000,00. Rio de Janeiro, RJ. Tel. 21/78395270 c/ Augusto. Ventura 190 2006. Motor 115 hp. R$ 36.000,00. Santos, SP, Tel. 13/9768-2318 c/ Julio. PHantom 300 2010. Motor 2 x 220 hp. R$ 350.000,00. Angra dos Reis, RJ, Tel. 31/8744-3743 c/ Mária de Fatima. FoCker 220 2008. Motor Mercury, 150 hp. R$ 68.000,00. São Paulo, Tel. 17/9777-4333 c/ João Afonso. Náutica SudeSte 119 Classificados FoCker 255 2009. Motor Yamaha, 225 hp. R$ 109.000,00. Rio de Janeiro, RJ. Tel. 21/32117474 c/ Ildemar. Center marine 1998. Motor Johnson, 50 hp. R$ 20.000,00 São Paulo, Tel. 13/9163-2935 c/ João Gabriel. FoCker 190 eXtreme 2010. Motor Mercury, 90 hp. R$ 54.000,00. Jundiaí, SP. Tel. 11/9525-5616 c/ Carlos. maX 280 2012. Motor Mercury, 2 x QSD 150 hp. R$ 310.000,00 São Paulo, Tel. 13/8125-6064 c/ Daniel. CabinaDa 30 1990. Motor Evinrude, 225 hp. R$ 29.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/7813-6147 c/ Poleto. millenium 240 CabinaDa 2010. Motor Mercury, 260 hp. R$ 95.000,00. Rio de Janeiro, RJ. Tel. 21/81279930 c/ Marcus. CaPriCe 21 2006. Motor Mercury, 150 hp. R$ 42.000,00. São Paulo, Tel. 11/95303-1819 c/ Luciana. magnum 29 2004. Motor MWM, 250 hp. R$ 74.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/96308-3656 c/ Valmir Prior. magnum 39 2006. Motor Volvo, 200 hp. R$ 200.000,00. Barueri, SP. Tel. 11/4257-2695 c/ Henrique. FliPPer 1976. Motor Mercury, 115 hp. R$ 12.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/7871-9275 c/ Mario. PHantom 290 2007. 320 hp. R$ 220.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/99122-3031 c/ Randolpho. maestrale 300m 2007. Motor Mercruiser, 320 hp. R$ 240.000,00. São Paulo, SP. Tel. 11/99103275 c/ Guilherme . FliPPer 18 2012. Motorização 60 hp. R$ 19.800,00. São Paulo, SP, Tel. 11/4640-3302 c/ Ronaldo. intermarine eXCalibur 39 2002. Motor Volvo Penta, 2 x 300 hp. R$ 300.000,00. Rio de Janeiro, RJ. Tel. 21/7883-3413 c/ Leonardo. eVolVe 265 2012. Motor Mercury, 260 hp. R$ 160.000,00. São Paulo, Tel. 19/9726-6582 c/ Luciano. Cabrasmar 1998. Motor Suzuki, 40 hp. R$ 13.800,00. São Paulo, Tel. 13/7817-7460 c/ Carlos. eXCalibur 39 2003. Motor Volvo, 300 hp. R$ 290.000,00. São Paulo, SP. Tel. 11/999817679 c/ Fábio. runner 330 2000. Motor Volvo Penta, 320 hp. R$ 120.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/98111-3330 c/ Marcel. 120 Náutica SudeSte oCeaniC 36 1996. Motor Mercedes-Benz 366, 300 hp. R$ 290.000,00. Americana, SP. Tel. 19/9260-0445 c/ Jefferson. Ao contrário do que se imagina, o estado do casco não é o mais importante em uma lancha usada. Confira o que mais conta de fato: magnum 28 1993. Motor MWM, 230 hp. R$ 59.000,00. São Paulo, SP. Tel. 11/7814-6431 c/ Marcio. magnum 23 1987. 160 hp. R$ 39.500,00. São Paulo, SP, Tel. 11/98424-5780 c/ Eloi. oCeaniC 32 1991. Motor MWM VPI Intercooler, 250 hp. R$ 180.000,00. Suzano, SP. Tel. 11/981868715 c/ Clarice. mares 45 1989. Motor Cummins, 2 x 500 hp. R$ 350.000,00. Rio de Janeiro, RJ. Tel. 21/2220-9808 c/ Luiz. HalleY 17 2008. Motor Mercury, 75 hp. R$ 21.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/99634-1730 c/ Luiz Carlos. intermarine PantHer 33 1991. Motor Volvo Aqad 40, 2 x 200 hp. R$ 110.000,00. Belo Horizonte, MG. Tel. 31/8588-0000 c/ Robert. alternatiVa 630 1993. Motor Johnson, 175 hp. R$ 29.500,00. Minas Gerais, Tel. 31/9981-0134 c/ Paulo. O que mais pesa no preço? Cobra marbella 22 1986. Motor Centro,170 hp. R$ 33.200,00. São Paulo, SP, Tel. 11/98471-8560 c/ Marcos. FoCker 160 2012. Motor Yamaha, 60 hp. R$ 32.000,00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 21/7831-4560 c/ Cesar. regal lsr 1997. R$ 39.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/7820-4223 c/ Eduardo. magna 30.5 2003. Motor Mercruiser, 120 hp. R$ 159.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/996332477 c/ Flavio. Coral 16 2010 Motor Mercury, 60 hp. R$ 37.500,00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 21/7817-8466 c/ Miriane. triton 260 2007. Motor Evinrude, 225 hp. R$ 120.000,00. São Paulo, Tel. 12/9728-5589 c/ Renata. FoCker 215 2005. Motor Mercury, 200 hp. R$ 68.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/982824400 c/ Flavio. FoCker eleganCe 255 2008. Motor Mercury Optimax, 225 hp. R$ 107.000,00. São Paulo, Tel. 19/9745-7192 c/ Walter. mestra 18.0 Plus 2012. Motor Mercury Optimax, 90 hp. R$ 51.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/97999-3574 c/ Maria De Lourdes. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Ano de fabricação do conjunto casco-motor Número de horas de uso do motor Revisões feitas e conservação do motor Estado geral e conservação do casco Quantidade de novos equipamentos Instalações elétricas em bom estado Gerador e ar-refrigerado, se houver Instalações hidráulicas sem vazamentos Pintura com gelcoat ainda original Acessórios não essenciais à navegação Náutica SudeSte 121 Classificados santana 37 FlY 2003. Motor Volvo Penta Ad 41, 2 x 210 hp. R$ 290.000,00. Guarulhos, SP. Tel. 11/78792314 c/ Rafael. raCer 26 2002. Motor Mercruiser, 425 hp. R$ 100.000,00. Nova Lima, MG. Tel. 31/99577454 c/ Ethevaldo. baYliner CaPri 1998. Motor Mercury, 220 hp. R$ 55.000,00. São Paulo, Tel. 13/3821-4218 c/ Jovino André. runner 260 eCliPse 2013. Motor Mercury, 225 hp. R$ 85.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/981222560 c/ Rubens. PHantom 375 2007. Motor Volvo D6, 2 x 370 hp. R$ 890.000,00. São Paulo, SP. Tel. 11/30545700 c/ Renato.. PHantom 290 2007. Motor Mercury, 200 hp. R$ 280.000. São Paulo, Tel. 15/8116-0126 c/ Everaldo. FoCker 200 2010. Motor Yamaha, 115 hp . R$ 75.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/99540-5760 c/ Jeferson. runner 290 2002. Motor Mercruiser MPFI, 290 hp. R$ 130.000,00. Rio de Janeiro, RJ. Tel. 21/78931837 c/ Antonio. Cimitarra 260 Full 2000. Motor 200 hp. R$ 99.000,00. Minas Gerais, Tel. 35/9108-9484 c/ Jean Paul. oFFsHore intermarine sCarab 38 1994. Motor Volvo, 2 x 220 hp. R$ 160.000,00. São Paulo, SP. Tel. 11/975988066 c/ Olavo. real 16 1995. Motor Mercury, 75 hp. R$ 25.000,00. São Paulo, Tel. 16/9751-9644 c/ Plinio. Fs 230 sirena Motor Mercruiser, 220 hp. R$ 110.000,00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 21/7835-8743 c/ Rodrigo. oCeaniC 36 1991. Motor 366 hp. R$ 240.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/7833-3708 c/ Diogo. riVal 30 1997. Motor Mercruiser, 360 hp. R$ 79.900,00. São Paulo, SP, Tel. 11/4148-6681 c/ Walter. PHantom 300 2011. Motor Mercury, 2 x 150 hp. R$ 360.000,00. Guarulhos, SP. Tel. 11/981937910 c/ Sergio. aXtor marine 46 2006. 310 hp. R$ 650.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/99701-1261 c/ Adriano. 122 Náutica SudeSte Ventura 175 2011. Motor Yamaha, 90 hp. R$ 50.000,00. Minas Gerais, Tel. 35/8857-0818 c/ Expedito. runner 330 1995. Motor Mariner, 2 x 225 hp. R$ 58.000,00. Rio de Janeiro, RJ. Tel. 21/97681468 c/ Miguel. Ventura 175 2010. R$ 38.000,00. São Paulo, Tel. 16/9223-6852 c/ Mauricio. regal 1900 2007. Motor 220 hp. R$ 85.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/99948-3333 c/ Rubens. triton 200 2010. Motor Mercury Verado, 150 hp. R$ 73.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/975528780 c/ Neto. intermarine PantHer 33 1985. Motor Volvo Penta, 170 hp. R$ 69.900,00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 11/96440056 c/ Jose. real eagle 18 1998. Motor Mariner, 135 hp. R$ 29.000,00. São Paulo, Tel. 19/3242-0441 c/ Tercio. real Class 24 2008. Motor Mercury, 220 hp. R$ 75.000,00. Espírito Santo, Tel. 27/99832516 c/ Yure. PHoeniX 290 2010. Motor Mercruiser 5.7, 300 hp. R$ 150.000,00. São Paulo, SP. Tel. 11/78666533 c/ Marcelo. intermarine 440 Full 1996. Motor 420 hp. R$ 540.000,00. São Paulo, Tel. 13/7850-7407 c/ André Neiva. tHoP Cat 180 2010. Motor Yamaha 4t, 2 x 60 hp. R$ 72.000,00. São Paulo, SP. Tel. 11/3141-1042 c/ Shuji. regal 2400 lsr 2001. Motor Volvo 5,7 GXI, 320 hp. R$ 95.000,00. Caraguatatuba, SP. Tel. 12/38843474 c/ Nicola. magnum 29 1997. Motor 230 hp. R$ 65.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/4686-1280 c/ Victor. Fast 34.5 1988. Motor Volvo, 27 hp. R$ 130.000,00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 11/99453-9782 c/ Bruno. wCoPlam 55 1977. Motor Evinrude, 55 hp. R$ 11.500,00. São Paulo, Tel. 12/9726-8784 c/ Lucelia. trawler 55 Pés 2004. Motor Mercedes-Benz, 330 hp. R$ 195.000,00. Resende, RJ. Tel. 24/3359-0291 c/ Germano. magnum 595 1983. R$ 14.000,00. São Paulo, Tel. 14/97475357 c/ Luiz Fernando. Dm 28 2002. Motor MWM Sprinter, 260 hp. R$ 45.000,00. Angra dos Reis, RJ, Tel. 24/92215566 c/ Walace. trawler 80 Pés R$ 840.000,00. São Paulo, SP. Tel. 11/96538510 c/ Alberto . esquimar Fase i 1991. Motor 300 hp. R$ 43.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/97144-9359 c/ Edmundo. runner 290 CabinaDa 2004. Motor Mercruiser, 330 hp. R$ 175.000,00. São José dos Campos, SP. Tel. 12/3941-7338 c/ Denílson. Ventura 215 2011. Motor Mercury, 150 hp. R$ 92.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/99295- 8308 c/ Marcelo. Coral 16 2010. Motor Mercury, 90 hp. R$ 39.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/98561-5141 c/ Fernando. aDVenture 22 2008. Motor Mercury, 135 hp. R$ 68.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/981495448 c/ Luiz. triton 280 2010. Motor Mercruiser, 220 hp. R$ 188.000,00. São Paulo, SP. Tel. 11/5182-7981 c/ Ricardo. Coral 29 Full 2006. Motor Mercury, 2 x 120 hp. R$ 172.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/98136-4132 c/ Paulo. Colunna 235 2012. Motor Mercury, 220 hp. R$ 115.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/99968-0309 c/ Vicente. real 19 2008. Motor Mercury, 90 hp. R$ 43.000,00. Espírito Santo, Tel. 31/84638304 c/ Amanda Job. Náutica SudeSte 123 Classificados nautika 3.60 1998. Rio de Janeiro, RJ. Tel. 21/2455-7016 c/ Ricardo. triton 280 2009. Motor Cummins Mercruiser, 230 hp. R$ 190.000,00. Niterói, RJ. Tel. 21/26228534 c/ Alberto. Cimitarra 25 1990. Motor 75 hp. R$ 45.000,00. São Paulo, Tel. 12/8135-9808 c/ Luís. Fs 210 2004. Motor Johnson, 175 hp. R$ 45.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/992186454 c/ Luís Rogério. Carbrasmar ub 22 2006. Motor Mercedes, 150 hp. R$ 50.000,00. Angra dos Reis, RJ, Tel. 21/78155161 c/ Vitor. wellCraFt 599 1997. Motor Yamaha, 115 hp. R$ 26.000,00. Angra dos Reis, RJ. Tel. 24/7835-9182 c/ Felippe. Futura 26 1999. Motor Mercury, 225 hp. R$ 55,000.00. São Paulo, SP, 11/98928-6258 c/ Adilson. brasília 23 1987. Motor Mercury, 8 hp. R$ 34.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/99133-7118 c/ Fernando Filoni. sr-760 ll 2012. Motor Mercruiser 5.0, 300 hp. R$ 165.000,00. Atibaia, SP. Tel. 11/9987-64935 c/ Evanildes. regal 25.5 2000. Motor 260 hp. R$ 100.000,00. São Paulo, SP, Tel. 12/9191-7570 c/ Walter Laterza. Ventura 23 1996. 250 hp. R$ 35.000,00. Ubatuba, SP. Tel. 12/97427351/38424408 c/ Enrique. tYCoon 23 1986. Motor 170 hp. R$ 32.000,00. São Paulo, SP, Tel. 19/9251-7840 c/ Carlos. 179-Ventura 265 ComFort 2007. Motor 260 hp. R$ 110.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/98128-1001 c/ Walter. 180-PantHer 33 1981. Motor Volvo 280, 200 hp. R$ 79.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/99354-5123 c/ Antonio. FoCker 255 2008. Motor Mercury , 250 hp. R$110.000,00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 21/7853-3139 c/ João Carlos. Ventura 190 2004. Motor Mercury, 115 hp. R$ 38.000,00. São Paulo, Tel. 16/7812 3817 c/ Leonardo. Diamar gueParDo 1987. Motor Evinrude, 90 hp. R$ 15.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/5575-5746 c/ Danilo. náutika targa sr 4.5 2008. Motor Mercury 4T, 50 hp. R$ 29.900,00. Rio das Ostras, RJ. Tel. 22/2760-7083 c/ Charles. FoCker stYle 190 2009. Motor Mercury 90 Optimax, 90 hp. R$ 47.900,00. São Paulo, Tel. 13/8135-3088 c/ Alcidesa. Ventura 250 2012. Motor Mercuiser, 260 hp. R$ 130.000,00. São José do Rio Preto, SP. Tel. 17/9757-5501 c/ José. Coral 20 2007. Motor Mercury, 115 hp. R$ 30.000,00. Rio de Janeiro, Tel. 22/7812-4606 c/ Leonardo. magnum 28 1993. Motor MWM, 230 hp. R$ 59.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/7814-6431 c/ Marcio. esquimar Fase i 1987. Motor Dodge, 220 hp. R$ 21.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/98510-3963 c/ Gustavo. sunnY siDe 25 1985. Motor MWM, 230 hp. R$ 40.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/7885-4115 c/ Carlos Eduardo. intermarine 460 Full 2005. Motor Volvo Penta D9, 500 hp. R$ 1.400,000,00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 21/7817-5841 c/ Luiz . magnum 39 2000. Motor Volvo Penta, 200 hp. R$ 260.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/956176005 c/ Henrique. Diamar Cimitarra 25 1987. Volvo 275, 170 hp. R$ 53.000,00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 21/7822-3576 c/ Carlos Henrique. FleXboat sr-15 lX 2005. Motor Evinrude, 50 hp. R$ 29.000,00. São Paulo, SP. Tel. 11/3887-5124 c/ Giuseppe. FleXboat sr-550 2013. Motor Mercury Optimax, 150 hp. R$ 110.000,00. Atibaia, SP. Tel. 11/98511-6105 c/ Thiago. angra 25 1999. Motor Mercury, 260 hp. R$ 54.900,00. Angra dos Reis, RJ, Tel. 21/25919700 c/ Aldrey. Carbrasmar Xaréu 22 1986. Motor MWM Sprint, 210 hp. R$ 48.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/4227-2834 c/ Tomé. FleXboat sr 550 2010. R$ 75.000,00. São Paulo, SP. Tel. 11/96397-3888 c/ Claudio. magna 27.8 2011. Motor Mercury, 320 hp. R$ 150.000,00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 21/2497-3551 c/ Eduardo Sá. FleXboat sr-15 lX 1995. Motor Mercury, 85 hp. R$ 18.000,00. São Paulo, SP. Tel. 11/3229-4125 c/ Marco. magnum 28 1993. Motor 360 hp. R$ 45.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/99932-2943 c/ Paulo Marcio. real 26 2012. Motor Mercury Optimax, 225 hp. R$ 85.000,00. Angra dos Reis, RJ, Tel. 21/9926-9119 c/ Mariana. FleXboat sr 15 2008. Motor Mercury, 60 hp. R$ 35.000,00. Rio de Janeiro, RJ. Tel. 21/9974-9353 c/ Fernando. FleXboat sr-550 lX mP 2008. Motor Mercury Optimax, 150 hp. R$ 90.000,00. São Paulo, SP. Tel. 11/2027-0777 c/ Samir. Cimitarra 25 1982. Motor 168 hp. R$ 42.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/99285-2872 c/ Evaldo. Coral 28 Full 2009. Motor Mercury, 260 hp. R$ 150.000,00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 21/78553420 c/ Guilherme. 124 Náutica SudeSte Carbrasmar Xareu 22 2013. Motor Volvo Penta, 220 hp. R$ 65.000,00. Angra dos Reis, RJ, Tel. 24/7835-8939 c/ Edielson. mestra 25.2 2012. Motor Mercury, 220 hp. R$ 116.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/973590021 c/ Giuliano. malibu 2011. Motor 400 hp. R$ 170.000,00. São Paulo, Tel. 12/7813-0945 c/ Rodrigo Martins. FleXboat sr 620 2007. Motor Mercruiser, 175 hp. R$ 65.000,00. Sumaré, SP. Tel. 19/9209-6328 c/ Sergio. Colunna 325 sC 2010. Motor Yamaha, 165 hp. R$ 320.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/9735-11651 c/ Paulo. Náutica SudeSte 125 Classificados millenium 33 s 2009. Motor Evinrude, 115 hp. R$ 140.000,00. Minas Gerais, Tel. 31/2555-3038 c/ Cesar Augusto. magnum 28 1989. Motor Volvo, 200 hp. R$ 49.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/2976-0606 c/ Jorge. Cobra sagitta 25 2008. Motor Evinrude, 2 x 115 hp. R$ 55.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/99616-8011 c/ Neif. FoCker 240 2007. Motor Mercury, 200 hp. R$ 80.000,00. Minas Gerais, Tel. 35/9105-9968 c/ Alessandro. esCuna PHoeniX 2002. Motor MWM, 175 hp. R$ 230.000,00. Rio de Janeiro, Tel. 21/7862-5114 c/ Leandro Garcia. VX Cruiser 1100CC 2012. Yamaha, R$ 39.900,00. Minas Gerais, Tel. 35/9979-2627 c/ Adão. esCuna mY mistress 14,32 metros Motor MWM, 145 hp. R$ 218.000,00. Rio de Janeiro, RJ. Tel. 24/3367-3392 c/ Hugo. Cabin 630 2000. Motor Johnson, 225 hp. R$ 40.600,00. Angra dos Reis, RJ, Tel. 21/8746-2000 c/ Hamilton. aguZ marine 37 2012. Motor Mercruiser, 320 hp. R$ 590.000,00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 21/8484-2101 c/ Renata Souto. FoCker 22 eXtreme 2008. Motor Yamaha, 150 hp. R$ 68.000,00. Angra dos Reis, RJ, Tel. 24/9979-0886 c/ Luís Delme. magnum 39 2006. Motor Volvo, 200 hp. R$ 200.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/95617-6005 c/ Henrique. DiVer 20 1996. Motor Mercury, 135 hp. R$ 35.900,00. São Paulo, Tel. 12/9168-0551c/ Daniel Carvalho. 126 Náutica SudeSte tango 38 2013. Motor Volvo, 300 hp. R$ 180.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/7713-7069 c/ Ana. Carbrasmar 295 1987. Motor 250 hp. R$ 110.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/99462-2103 c/ Sandra. Carbrasmar 24 1974. Motor Mercedes, 140 hp. R$ 60.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/95781-1033 c/ Marcos. real Class 31 2008. Motor Mercruiser, 200 hp. R$ 280.000,00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 21/9761-8300 c/ Renato Junger. FoCker 215 2009. Motor Yamaha, 115 hp. R$ 80.000.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/96904-7772 c/ Arthur. intermarine 600 Full 2006. Motor MAN 800. R$ 2.400.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/7792-2793 c/ Guilherme. oCeaniC eleganCe 36 1996. Motor Mercedes 366, 315 hp. R$ 320.000,00, Tel. 12/7850-4073 c/ Marcelino Carvalho. sea Doo gts 130 2013. R$ 33.966,00. São Paulo, SP, Tel. 11/98376-0946 c/ Renato. FoCker 222 2003. Motor Mercury Optimax, 200 hp. R$ 48.000,00, São Paulo, Tel. 12/9717-5555 c/ Alcides. sea Doo rXt 2005. 215 hp, 3,33 m. R$ 25.000,00. São Paulo, SP, Tel. 13/7802-4760 c/ Carlos. esCuna saVeiro 2008. Motor Mercedes, 115 hp. R$ 100.000,00. Angra dos Reis, Tel. 21/9979-9360 c/ William Soares. esquimar Fase 1 2000 Motor Dodge com carburador Quadrijet Holley com 350 horas. R$ 39.900. São Paulo, SP. Tel. 11/55073307 c/ Wake na Veia. FoCker 215 2009. Motor Mercury, 150 hp. R$ 75.000,00. São Paulo, Tel. 15/9775-5557 c/ Enrique. FoCker 222 2005. Motor Yamaha, 200 hp. R$ a combinar, São Paulo, SP, Tel. 11/7736-4193 c/ Bernardo. FoCker 160 2011. Motor FourStroke, 60 hp. R$ 43.000,00. São Paulo, Tel. 14/3011-1723 c/ Luiz Ricardo. esCuna 40 Pés 2013. Motor MWM, 80 hp. R$ 250.000,00, São Paulo, Tel. 17/8136-3006 c/ Marcelo. esCuna 2013. Motores Turbinados, 175 hp. R$ 350.000,00. Angra dos Reis, Tel. 24/9944-4470 c/ Marcos. esCuna 19 m 2012. Motor Mercedes, 19 m, 170 hp. R$ 300.000,00. Angra dos Reis, Tel. 24/8109-9000 c/ Júlio. esCuna 34 Pés 2007. Motor Mercedes, R$ 65.000,00. Angra dos Reis, Tel. 21/7778-9132 c/ Zoltan. jetS sea Doo gti 130 2007. BRP, R$ 23.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/7918-2492 c/ Marcos Paulo. sea Doo 1998. 110 hp, R$ 28.000,00. São Paulo, SP, Tel. 14/9741-7230 c/ Renan. sea-Doo gti 2007. 130 hp, 3,34 m. R$ 25.000,00. São Paulo, SP, Tel. 13/7803-8347 c/ Thyago. YamaHa FX Cruiser Ho 2008. 160 hp, 3,30 m. R$ 33.000,00. São Paulo, SP, Tel. 13/7812-7003 c/ André. YamaHa VX 2007. 110 hp, 3,3 m. R$ 23.000,00. São Paulo, SP, Tel. 013/9741-4242 c/ Luciano A. Náutica SudeSte 127 Classificados sea Doo gti 2008. 115 hp, 3.40 m. R$ 27.500,00. São Paulo, SP, Tel. 11/98211-9337 c/ Edilson. sea Doo gti 2009. 130 hp, 3,32 m. R$ 29.900,00. São Paulo, SP, Tel. 11/7821-3311 c/ Maurício. sea Doo 3D Di 2008. Motor Rotax DI, 130 hp. R$ 17.500,00. Niterói, RJ, Tel. 21/9999-8481 c/ Marcuso. YamaHa VXr 2011. 3,27 cm. R$ 37.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/99560-8234 c/ Marcelo. sea Doo XP 800CC 1998. Motor zero, 110 hp. R$ 14.000,00. São Paulo, SP, Tel. 018/3021-2699 c/ João Ulysses. YamaHa VX 700 2012. R$ 27.000,00. São Paulo, SP, Tel. 18/9716-6033 c/ Leila. kawasaki 2001. 150 hp. Rio de Janeiro, RJ, R$ 8.500,00. Tel. 21/9151-6662 c/ Marcos. YamaHa VX Cruiser 2013. 3 m. R$ 4.500,00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 22/2645-6878 c/ Leonardo. sea Doo gti 2009. 130 hp, 3,80 m, R$ 26.999,00. São Paulo, SP, Tel. 11/99790-0019 c/ Roberto. sea Doo rXt is 260 2010. Motor Rotax 4-tec, 260 hp. R$ 48.000,00. Niterói, RJ, Tel. 21/7843-2392 c/ Marcio. sea Doo gti 2010. 130 hp, 3,3 m, R$ 32.500,00. São Paulo, SP, Tel. 11/99798-8377 c/ Vinicius. sailor sHs 1100 2012. 150 hp. R$ 27.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/99659-2862 c/ Fábio. YamaHa VX sPort 2012. 110 hp. R$ 32.800,00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 22/7811-0232 c/ Carlos. sea Doo 1998. Motor Bombardier, 3 m. R$ 19.500,00. São Paulo, SP, Tel. 11/7771-5098 c/ Willians. sea Doo rXP 2007. 215 hp, 3,15 m. R$ 42.000,00. São Paulo, SP, Tel. 16/7814-1718 c/ Alex. aquatraX F12X 2003. Motor 1.2 Turbo, 3 m. R$ 23.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/95316-6989 c/ Artur. sea Doo sP 580 1991. Motor Standard, 2,50 m. R$ 9.500,00. São Paulo, SP, Tel. 11/97205-3322 c/ Bruno. YamaHa FX sHo 2008. Motor Intercooler. R$ 36.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/98181-0569 c/ Sergio. sea Doo gti 2002. 3 m. R$ 23.000,00. São Paulo, SP, Tel. 16/9733-5110 c/ Alexandre. YamaHa gPr 1200r 2002. R$ 19.200,00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 22/8811-9600 c/ Rodrigo Digão. HonDa 2006. 3,30 m. R$ 29.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/7853-2687 c/ Karen. sea Doo gsX 130 1998. 130 hp, 2m. R$ 14.990,00. São Paulo, SP, Tel. 11/98511-3274 c/ Edgar. sea Doo gti 2011. 130 hp, com torre de ski. R$ 38.990,00. Tel. 35/9979-2627 c/ Adão. sea Doo HX 720 1997. R$ 10.000,00. Minas Gerais, Tel. 35/8404-0038 c/ Gleison. YamaHa HaVe raiDer 1998. 70,00 hp. R$ 12.000,00 São Paulo, SP, Tel. 11/3668-7081 c/ Beto. sea Doo gts 2012. 130 hp, 3,58 m. R$ 32.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/7860-0272 c/ Alexandre. YamaHa VX Cruiser 2011. 110 hp. R$ 37.500,00. Sete Lagoas, MG, Tel. 31/9609-4400 c/ Rafael. sea Doo gti 2012. 155 hp, 3,36 m. R$ 41.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/99879-5361 c/ José Carlos. YamaHa VX Cruiser 2010. Motor Yamaha, 110 hp. R$ 28.500,00. 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Náutica SudeSte 129 mozart latorre 3 perguntas “O iPVa POde chegar” Para o presidente da associação dos construtores de barcos, Eduardo Colunna, a cobrança do IPVA também para os barcos é ilegítima e injusta. Mas pode, sim, virar fato A onda das PECs (Proposta de Emenda Constitucional) gerada pelos políticos de Brasília, agora, promete atazanar até os proprietários de barcos de lazer — sem distinções entre tipos e tamanhos das embarcações. Por meio de mais uma proposta, que já ganhou o aval do relator da emenda, o que se pretende é passar a cobrar também dos donos de barcos o famigerado Imposto sobre a Propriedade de Veículo Automotor, o IPVA, sob a alegação de que “veículo automotor” não é sinônimo de automóvel e sim, segundo a justificativa do projeto, “de todo veículo a motor que circule por seus próprios meios” — portanto, além de barcos (inclusive os veleiros que tiverem essa forma alternativa de propulsão fixa) também aviões e helicópteros. “É mais uma tentativa de meter a mão no bolso dos proprietários de barcos e punir a indústria náutica”, indigna-se o presidente da Acobar — Associação dos Construtores de Barcos e seus Implementos, Eduardo Colunna, que responde aqui a três perguntas básicas sobre o assunto mais falado no momento nas marinas e estaleiros do país inteiro. 1 2 3 O IPVA náutico pode mesmo virar lei? Se a defesa não der certo, Na sua opinião, o o que mudará para os imposto vem ou não? donos de barcos? “Sim, pode. Pelo menos dentro dos trâmites políticos, já que, uma vez aprovado pelo relator da proposta, agora irá a votação na Câmara e, se aprovado, seguirá para o Congresso. É um risco de fato, embora estejamos trabalhando muito para esclarecer aos envolvidos que barco não é “veículo automotor”, porque , segundo o Código Brasileiro de Trânsito, que norteia esta PEC oportunista, suas regras regem o trânsito “nas vias terrestres”, o que, por si só, já exclui os barcos, naturalmente. É uma proposta sem respaldo legal e é isso que vamos tentar mostrar em Brasília.” “Todos terão que pagar IPVA, como nos automóveis. A mordida será considerável, porque o IPVA é um imposto anual, que até aqui nunca existiu para os barcos — e é pago por toda a vida útil dele. E embora varie de estado para estado, não é tão pouco assim. Pode chegar a 4% do valor do “veículo”, como no caso do Rio e de São Paulo. Outro problema é que não existe uma tabela de referência de preços para barcos usados, como há nos automóveis. Então, como será determinado o valor do IPVA de um barco usado? 4% sobre qual valor? Está tudo ainda muito prematuro e confuso.” 130 Náutica SudeSte “Espero que não e a Acobar está empenhada nisso. Mas ninguém pode afirmar nem que sim nem que não. Depende das votações e da eventual sanção da presidente Dilma, já a que proposta está correndo muito rapidamente em Brasília. O que eu sei é que o setor náutico continua sendo estigmatizado, sob a velha máxima de que “barco é coisa de rico”. É um problema cultural. Quem não conhece, acha que toda lancha é um iate e nem imagina que 70% dos barcos feitos no país custam o mesmo que um automóvel ou pouco mais do que isso. Por acaso, hoje em dia, só os milionários têm carro?”