A história de Eva Perón Filha caçula de um grande proprietário de

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A história de Eva Perón Filha caçula de um grande proprietário de
A história de Eva Perón
Filha caçula de um grande proprietário de terras, Juan Duarte, com a
sua amante, Juana Ibarguren, Eva Maria Ibarguren, seu verdadeiro nome,
nasceu em 7 de maio de 1919, na pequena cidade de Los Toldos. Após passar
sua infância em sua cidade natal, onde ela e seus quatro irmãos sofreram por
serem filhos ilegítimos, Evita, aos 11 anos, mudou-se com a família para Junín,
na província de Buenos Aires, onde, apesar do preconceito, suas irmãs
conseguiram fazer bons casamentos e progrediram na sociedade. Quatro anos
depois, foi sozinha para Buenos Aires para tentar alcançar o estrelato.
Só, sem recursos e com pouca instrução, Eva Perón passou por muitas
dificuldades até chegar a ser uma atriz de certo renome no rádio, onde
participava de um programa de muita audiência e fazia algumas peças de
teatro. Em 1944, durante uma campanha de socorro às vítimas do terremoto de
San Juan, ela conheceu o Juan Domingo Perón, que, aos 48 anos, se
encantou com aquela moça de 24 anos e cabelos ainda escuros.
Rapidamente o romance entre os dois se tornou público, já que Perón,
na época à frente do Ministério do Trabalho, gostava de chocar seus
correligionários e amigos ao apresentá-la de maneira formal como sua amante.
Após tingir os seus cabelos de loiro para um filme, que depois se tornou a sua
marca registrada, Evita falsificou os seus documentos, transformando-se em
Maria Eva Duarte, nascida em Junín, em 1923, para poder casar-se legalmente
com o coronel Perón em uma cerimônia intima e para poucos amigos.
Após a sua forte atuação na campanha presidencial, que levou Perón
ao poder em fevereiro de 1946, Eva foi convidada para uma viagem para a
Itália, França, Espanha e Suíça, onde passou três meses e retornou com um
novo guarda-roupa repleto de roupas de grife. Uma matéria publicada na
revista Life, em 1950, mostrando seus inúmeros armários com jóias, peles,
sapatos e vestidos de grandes estilistas causou espanto na comunidade
internacional.
No papel de primeira-dama, Evita desenvolveu um trabalho intenso no
lado político, criando o Partido Peronista Feminino e dando direito a voto às
mulheres em 1947. Ao mesmo tempo, no lado social, desenvolveu a Fundação
Eva Perón, onde trabalhava mais de 18 horas por dia distribuindo alimentos,
roupas, construindo hospitais, escolas, lares para mães solteiras e asilos para
idosos. Apesar de ter ganhado a simpatia da classe mais baixa da população,
Evita era severamente atacada pela oposição, que transferiu para ela a
antipatia e a rejeição que sentiam por Perón.
Impulsionada pelas massas para candidatar-se à vice-presidente numa
chapa que teria Perón como presidente, Evita -que se encontrava doente em
conseqüência de um câncer diagnosticado em 1946, mas que não foi cuidadonegou o pedido dizendo que seu "humilde coração de mulher Argentina" a
impedia de assumir tal cargo.
Após vários meses de sofrimento pelo câncer, Eva Perón faleceu no
dia 26 de julho de 1952, com apenas 33 anos. A sua morte causou uma
comoção nacional sem precedentes na história da Argentina. O seu Velório
durou 14 dias, sendo acompanhado por milhares de argentinos que se
comprimiriam nas ruas e avenidas de Buenos Aires para se despedir da "mãe
dos descamisados".
Com a queda de Perón, o seu corpo embalsamado foi removido pelos
militares de seu túmulo, pois tinham medo de que o local virasse uma fonte de
adoração. Enterrado numa cova com um falso nome na Itália, o corpo só foi
devolvido a Perón em 1971, durante o exílio do ex-presidente em Madri.

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