A riqueza da Internacionalidade - Colégio Sagrado Coração de

Transcrição

A riqueza da Internacionalidade - Colégio Sagrado Coração de
Revista do Colégio
do Sagrado Coração
de Maria de Lisboa
Revista trimestral
Número 24
Ano 2009 | 2010
A riqueza da
Internacionalidade
• V Torneio Internacional RSCM
• Festa das Famílias • Festa de Finalistas
O L H A R E S | R E V I S TA D O C S C M | A B R -J U N 2 010 | 1
Internacionalidade é:
“
É a união entre as nacionalidades diferentes, que fazem um laço de amizade
e aliança nas várias partes do mundo.
Francisco Varela, 4ºB
É conhecer novos mundos, novas culturas, novas formas de vida. É fazer
novos amigos e ter sempre alguém com quem contar para nos ajudar. É uma
espécie de união.
Benedita Sá e Cunha, 4ºB
A vinda de pessoas desconhecidas que nos ensinam coisas sobre o país
ou terra delas, ou seja, que nos abrem mais uma porta do conhecimento,
quebram barreiras e fronteiras e tornam-se nossas amigas, trocando
connosco experiências, enriquecendo-nos cultural e interiormente e
explicando-nos o verdadeiro valor da amizade. A internacionalidade é um
elo de união.
Francisco Cruz, 6ºB
Sabermos que apesar das diferenças culturais ou raciais, pertencemos todos
à mesma família e podemos dar-nos bem uns com os outros.
Mariana Fonseca, 6ºB
É conviver, conhecer pessoas novas, outros hábitos de vida, outras
línguas, é conhecer um país oposto, é a marca de uma pegada num novo
conhecimento.
Margarida, 6ºB
É a aproximação de povos que habitam diferentes lugares no planeta.
Ivo Santos, 7ºE
É a diversidade cultural presente em todas as nações formadas pela espécie
humana.
Francisco Cunha 8ºC
É algo global e que não se limita ao nosso próprio país. Pressupõe a
interacção de pessoas de diferentes nacionalidades.
Rodrigo Almeida, 8ºC
É um misto de culturas e costumes que se interligam através do diálogo. É
um fenómeno único no qual se esquecem as divergências e se procura algo
comum.
Filipe Andrade, 10ºC1
É a capacidade de ver mais além, de envolver outros na nossa vida, mesmo
que estes estejam longe de nós. É incluir, aceitar e reconhecer que somos
todos pessoas, seres humanos, e, mais do que cidadãos de um país, cidadãos
do mundo.
“
Madalena Ferreira, 10ºC2
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... Esses Múltiplos Olhares
N
o final de mais um ano lectivo, é altura para olhar para trás e projectar o futuro. Após esse exercício,
e depois de termos sido agentes activos de muita Vida, de termos investido em muitas situações,
muito do nosso tempo, engenho e arte, damos conta de como consequentes são os nossos actos.
Não há encontro sem transformação posterior, por vezes até, nessa mesma altura do encontro.
O encontro que este número da Olhares vos trás, é abrangente, tende a ser global e criar pontes
com realidades diferentes, mas com muito em comum. Falo-vos do VI Torneio Internacional das Escolas do Instituto
das Religiosas do Sagrado Coração de Maria.
Teve início há seis anos aqui em Lisboa e a Lisboa voltou passado este tempo. Desde então,
este Torneio já se realizou em Londres, Roma e Porto. O número de escolas participantes tem
vindo a aumentar, e no torneio deste ano, foi a estreia para as escolas brasileiras. Cuernavaca, Nova
York, Paris, Barranquilla, são já ‘veteranos’ do Torneio. A experiência de internacionalidade é, como
sabemos, muito enriquecedora. Inicia-se com a organização do evento, os primeiros contactos com
as escolas, com a organização própria de cada escola, os alunos que vem jogar e os professores
acompanhantes, ou seja, as delegações, para além de um sem número de pormenores. Para os
nossos alunos, o importante é estabelecer o contacto, trocar impressões, ideias, falar sobre os
mesmos assuntos, mas em linguas diferentes, trocar souvenirs, muitas fotografias, trocar contactos,
aprender coisas novas (que são sempre melhores e mais giras que as nossas) e... manter esse
mesmo contacto e o intercâmbio! No Torneio deste ano, o entrusamento entre todos os alunos
foi muito positivo. O convivio e o bom ambiente entre todas as delegações foi uma constante. Os
jogos constituiram o centro das atenções, mas sem competitividade agressiva. As canções do Brasil
animaram cada momento, assim, como a alegria, boa disposição e familiaridade imediatas de todas
as delegações. A eucaristia, participada por todos, conseguiu manter a atenção geral, para o tema
da internacionalidade e dos diversos dons que lhe são inerentes. Também a disco night conseguiu congregar alunos,
professores, direcções e alguns pais/encarregados de educação, numa noite cheia de divertimento, simplicidade,
convívio e unidade. O Torneio terminou, restam as redes sociais para continuar o contacto, o convívio e a amizade...
Para o ano que vem, espera-nos Paris! Nós por cá, já estamos prontos (quase)!
D
e outros vôos também vos fala este número da Olhares. Refiro-me à Festa de Finalistas e da partida
de setenta e oito jovens para a Universidade. Com os exames nacionais pelo meio e a necessidade
de conseguir excelentes resultados, a meta é mesmo ultrapassar os proprios limites. Encarar esta
possibilidade é já um grande desafio, desafio esse que os nossos jovens já aceitaram. É o resultado
de muito trabalho, muito esforço e muito empenho. Tudo o que é preciso para se juntar sorte
e conseguir um exelente desempenho. É com este espirito de trabalho e confiança que os nossos alunos partem
para esta etapa. Com a saída do Colégio, ficam as saudades, que já se sentem, as lágrimas do tempo da chucha
voltaram a aparecer, as recordações das primeiras amizades, as homenagens aos professores mais carismáticos, as
confidências com algumas Irmãs... enfim, o início de um percurso de Vida para recordar, e do qual, nós, Colégio, muito
nos orgulhamos. A todos as maiores felicidades, a certeza de percursos diversos, mas ricos em Vida, com um grande
potencial de gerar Mais Vida! Que sejam Felizes!
A todos, um bom descanso nas merecidas férias de Verão! Até Setembro!
Com amizade,
Margarida Marrucho Mota Amador
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Um Coração
Universal
É
maravilhosa esta natureza do ser humano que encerra para além de uma
dimensão biológica também uma
dimensão social e espiritual. Efectivamente não somos ilhas, alguém já o
disse, e porque não somos ilhas vivemos de, na e para
a relação com outros. Talvez um momento da vida em
que esta dimensão é mais evidente ou pelo menos “efeverescente”, seja a adolescência, período por excelência
dos grupos de relação e identificação onde quem não
pertence a nenhum grupo vive, quase, uma espécie de
não existência. Os grupos são os mais variados, tendo a
sua génese em campos tão diversos como o desporto,
a música, a roupa, os ideais, a escola que se frequenta
ou o café onde se passam algumas horas.
Não raras vezes quem não “encaixa” num determinado modelo ou forma é excluído e deixado de lado...
não se pertence a lado nenhum...
Ora, convenhamos que esta sensação de não pertencer a nada nem a ninguém quando se tem quinze
anos não é, propriamente, o cúmulo da felicidade. Importa talvez reflectir sobre o porquê desta exclusão que
se baseia, permitam-me, em coisa nenhuma de jeito!
Qual a razão pela qual se exclui? Porque não se
é igual, porque não se responde em uníssono a uma
mesma chamada, porque se pensa de forma diferente,
se tem gostos diferentes...
Considero que esta é altura de retomar a primeira
linha deste texto!
É Maravilhosa esta natureza de ser cristão católico
que encerra para além de uma dimensão de identidade
e comunidade também uma dimensão de universalidade.
Quando a nossa revista, a propósito da realização
do V Torneio Internacional das Escolas da rede RSCM,
se debruça sobre a dimensão da internacionalidade,
importa ir para além de países, idiomas ou fronteiras
para olhar a universalidade que é bem mais do que
pertencer a uma cultura, ter uma bandeira ou falar uma
língua.
Ser Cristão católico é viver esta dimensão de ser
cidadão do mundo! Os católicos não têm uma terra ou
uma língua (pese embora uma crescente retoma do Latim que verdadeiramente não entendo). Ser Católico é
ser universal! Não podia ser de outra forma, Jesus Cristo
veio para todos e para que todos tenham vida e vida
em abundância.
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Haverá, certamente, quem considere que talvez
não devesse ser bem assim e que o melhor seria dirigirmo-nos a um grupo pequeno, mais isto ou mais aquilo... Não é uma discussão recente. Já no tempo das primeiras comunidades cristãs se vivia esta tensão entre
quem considerava o cristianismo “privilégio” e quem
o considerava para todos. Vingou, felizmente, a verdade de que Jesus e a sua mensagem salvadora é para
gentios e gregos, homens e mulheres, novos e velhos,
da Ásia e da Europa. Foi por essa universalidade e para
que todos os homens à face da terra pudessem conhecer e amar a Jesus Cristo que os primeiros apóstolos se
lançaram em viagens apostólicas. Depois deles muitos
outros, com altos e baixos, deram continuidade a essa
vida que vem de Deus e se transmite aos irmãos.
Somos Escola Católica e que orgulho é dizer que
somos escola “universal”porque aberta a todos sem
acepção de religião. Recebemos alunos de outros paises como recebemos alunos de outras culturas ou credos e nesta universalidade não nos perdemos, antes
permitimos que mais homens e mulheres do futuro
cresçam no respeito, no conhecimento da cultura judaico-cristã e nos valores da fé, do amor e da caridade.
Toda esta acção não é fruto do acaso mas antes
de uma intencionalidade educativa, expressa no nosso ideário e projecto educativo. Uma acção consciente
por parte de educadores e famílias que tem a sua origem nos fundadores do Instituto das RSCM e que se
expressa na vida quotidiana de quem cresce nos nossos corredores e salas e mais tarde diz com orgulho:
eu sou do sagrado! É gente que aprendeu que o seu
CORAÇÃO é SAGRADO.
As fronteiras dos países têm-se esbatido, faltarão
cair muitas fronteiras de coração. Continuemos a ousar
permitir à nossa comunidade educativa experimentar
esta catolicidade que é larguesa de coração. Um coração que pulsa em Jesus Cristo!
Luís Pedro de Sousa, Coord.
Um Instituto para ir para além de si mesmo
e acolher a novidade de cada cultura
Somos um Instituto internacional – Instituto das Religiosas do Sagrado Coração de Maria.
Desde a fundação, as primeiras comunidades foram surgindo com Irmãs de diferentes
nacionalidades. Ser um Instituto internacional significa também viver em comunidades
internacionais e inter-culturais. Pela oração, unimo-nos a todas as nossas Irmãs que estão a
fazer esta experiência.
A
o alargar a nossa visão do mundo, os nossos horizontes, tocam-nos as situações de injustiça e sofrimento,
onde a vida e a esperança precisam de desabrochar. Centramos a nossa acção nos mais pobres, – numa
entrega sem reservas que se transforma em enriquecimento mútuo. Quando identificadas as prioridades
que exigem uma resposta através da presença de Irmãs noutras Províncias, muitas RSCM vivem anos ou
meses noutras Províncias ou Regiões.
Nas nossas Constituições, a internacionalidade convida-nos a estar dispostas a partir: “podemos ser enviadas a qualquer
parte do mundo onde o Instituto reconheça a existência de uma necessidade”. (Const. § 35), passando fronteiras de província, comunitárias e pessoais por causa da missão internacional: conhecer a Deus e torná-lo conhecido, amar a Deus e fazê-lo amado,
proclamar que Jesus Cristo veio para que todos tenham vida.
(Const. § 7a) Como mulheres consagradas do nosso tempo
e em circunstâncias muito diferentes, assumimos a responsabilidade de continuar a missão de Jesus Cristo, onde quer
que nos encontremos.
Deus concede-nos a graça de irmos para além de nós
mesmas, descobrindo dons para vivermos a unidade na diversidade. Acolher a novidade de cada cultura na partilha
das nossas vidas é muito enriquecedor pois, mais forte que a
novidade de um rosto, está a certeza da comunhão: um mesmo espírito, carisma e missão. Maria é o nosso modelo, ao
procurarmos estar abertas ao Espírito, centrando as nossas
vidas em Jesus Cristo – que dinamiza e transforma a nossa
vida e História, ensinando-nos a escutar, a ser compassivas
com quem está ao nosso lado.
Tal como S. Paulo, reconhecemos que “há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo; diversidade de ministérios, mas
o Senhor é o mesmo; diversos modos de acção, mas é o mesmo Deus que realiza tudo em todos.” (1 Cor 12, 4-6) Somos chamadas a reconhecer e a alegrarmo-nos com os dons que Deus concedeu a cada uma de nós e a todos aqueles com quem nos
encontramos, a fazê-los frutificar, colocando-os ao serviço dos outros. A nossa identidade não se define pelo que fazemos
mas por sermos “um Corpo para a Missão”. É na participação com outros - agindo em rede - que assumimos o nosso papel
profético na Igreja.
“A nossa paixão por Jesus Cristo, pela humanidade e pela totalidade da criação, impulsiona-nos a tornar-nos, como Gailhac
e as nossas Irmãs fundadoras, tecedoras de esperança e de vida para todos.” (Doc. Cap. Geral. 2007) Porque afinal“a Esperança
não é um sonho, mas a maneira de fazer com que os sonhos se tornem realidade” (Card. Suenens).
Ir. Cristina Onofre, RSCM
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Marca Sagrado
F
ui matriculada no Colégio com três anos
e só abandonei a instituição quando terminei o 12ºAno, com 18 anos. Passei 15
anos de vida no Colégio; ao longo deste
período estabeleci amizades duradouras,
Q
uando vou a Lisboa, poucas vezes te-
convidado para ir à Líbia analisar o sistema de ensino supe-
nho tempo para conseguir visitar to-
rior do país. Hoje em dia investigo métodos inovadores de
das as pessoas de quem tenho sauda-
diagnóstico de demências (como a doença de Alzheimer) e
des. No entanto, faço sempre questão
estou a estabelecer um fundo de investimento em instru-
N
ão tenho a menor dúvida de que grande parte do que sou hoje como pessoa e como profissional se fez nesses
anos em que cresci no Sagrado – os
de tentar visitar a Irmã Helena Silva,
mentos de música raros (Stradivarius, etc) em conjunto com
e encontrei o reforço de valores essenciais que também me
minha professora de matemática no 9º ano, e ocasional-
o xerife do condado de Cambridgeshire. Como podem ver
nesse colégio que ainda hoje reconhecemos como «nosso»
anos «difíceis» da adolescência, que
foram transmitidos em casa, e que hoje sustentam uma me-
mente consigo também passar pelo Colégio. São visitas de
não posso dizer que até agora tenha percorrido um cami-
passaram depressa… e bem. Com risos, com lágrimas, com
todologia de trabalho e uma relação com os outros baseada
nostalgia, amizade e gratidão. Quando terminei o 12º ano
nho linear, mas assim o escolhi. Garanto-vos no entanto que
sonhos, com desgostos, com dúvidas, com fé, e com muita,
na honestidade, rigor, trabalho árduo e vontade de ultrapas-
em 1999 e ingressei no Instituto Superior Técnico para tirar o
só pude saltar de campo em campo, relacionando-me com
muita amizade – tanta que ainda hoje algumas das minhas
sar limitações.
curso de Engenharia Electrotécnica, não imaginava a marca
multidões de pessoas de todo o género, do mais simples
maiores amigas são do tempo do Sagrado (pois, nessa altu-
Completado o 12ºAno no Colégio, fiz uma licenciatura
que o Colégio me deixaria, e a importância dessa marca no
ao mais eminente, porque o Colégio me formou a pensar
ra só havia rapazes até ao 4º ano…), e já lá vão trinta anos.
em Teatro, pela Universidade de Évora. Há menos de um
meu progresso pessoal e profissional. Escrevo estas palavras
para lá de compartimentos e a tratar todos como irmãos.
Trinta anos em que cumpri o sonho que começou a nascer
mês, terminei um mestrado intensivo de 11 meses no De-
da Universidade de Cambridge, olho para o fim da tarde de
Mais que o saber conversar sobre quase qualquer assunto,
nas salas (hoje desaparecidas) a que chamávamos «cavalari-
partamento de Performance Studies, na New York University
chuva sobre a cidade e lembro-me das manhãs de Inverno
o Colégio deixou em mim uma profunda marca espiritual no
ças», o sonho de ser jornalista, de correr mundo, de contar
(USA). Dividida entre o estudo, concepção e organização de
quando chegava de mochila carregada para mais um dia de
meu Catolicismo, que tem sido absolutamente fundamental
histórias, de ser capaz de dizer/escrever o que está mal, de
projectos artísticos, pretendo continuar a minha formação
aulas. Só aqui cheguei porque passei pelo nosso Colégio.
no meu percurso. Converso e janto com o Capelão da uni-
poder, de algum modo, «ajudar» o mundo através do que
académica (doutoramento) e o trabalho no Festival Escrita
A exigência com que me deparei na Universidade não
versidade, de quem fiquei amigo, todas as semanas. Só com
via e escrevia. O sonho, claro, não se cumpriu exactamente
na Paisagem, um projecto artístico baseado no Alentejo, no
me apanhou surpreendido pois sabia estudar, aprender e
um centro espiritual consegui não me diluir por entre tanta
como imaginava. A verdade é que a vida é muito mais dura,
qual colaboro desde 2006. É claro para mim que as apren-
explorar. A atenção aos detalhes, absolutamente necessária
experiência. Fui abençoado com o Colégio. Peço-vos que
muito mais inesperada e também muito mais gratificante
dizagens que fiz no Colégio foram e continuam a ser essen-
para conseguir perceber a sério o que se está a fazer, tinha
nunca se esqueçam que também todos vocês o são.
do que supomos dentro dos muros protegidos do colégio e
ciais no meu percurso.
sido em mim inculcada no meus anos no Colégio. Aquilo
Boa viagem.
da família. A verdade, também, é que esses anos em que aí
Rita Valente
que eu em tempos tinha classificado como irrelevâncias –
João Pereira
nos solidificamos são fundamentais para aguentar os emba-
como por exemplo centrar o traço de fracção no sinal de
tes que nos esperam e para continuar a acreditar, apesar de
igual de uma equação (obrigado Irmã!), expressar claramen-
todas as crises, que a melhor coisa da vida é vivê-la.
te os passos que me levaram a um raciocínio, ou escrever
Sou jornalista na notícias magazine, a revista que sai
bem Português – de repente surgiram como vantagens de
aos domingos com o Diário de Notícias e o Jornal de Notí-
imensa importância. Sei de vários colegas meus, em diver-
cias. Depois de ter passado por outros meios de comunica-
sos cursos, que sentiram o mesmo. Nos meus dois últimos
ção, de ter tido a sorte de viver experiências extraordinárias,
anos do curso tive oportunidade de utilizar essa riqueza pe-
estou hoje a escrever num meio que me permite reflectir
dagógica quando dei aulas de Probabilidades e Estatística,
sobre o que se passa à minha volta e partilhar essas experi-
também no Técnico. As aulas que dei foram um reflexo das
ências com meio milhão de portugueses. E que me permite
aulas que recebi no Colégio.
– não menos importante – conseguir essa proeza difícil para
Quando me formei fui trabalhar numa consultora, anali-
as mulheres do século XXI, que é equilibrar uma vida profis-
sando factores de risco financeiro. Algum tempo mais tarde,
sional intensa e absorvente com a vida familiar. E sentir sau-
fui aceite para fazer um doutoramento na Universidade de
dades do tempo em que no Sagrado imaginávamos como
Cambridge na área de Neurociência (uma mistura de Neuro-
iríamos ser agora…
logia e Matemática). No meu tempo de estudante naquela
Sofia Barrocas
que é a melhor universidade da Europa, estabeleci duas empresas de tecnologia, uma ONG para analisar a qualidade do
ensino superior em países em vias de desenvolvimento, fui
senior officer da mais antiga sociedade de debates do Reino Unido, e fui membro de sociedades secretas, filosóficas,
económicas e religiosas. Conheci e conversei com chefes de
estado, cardeais, donos de impérios, autores e actores, e fui
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Notícias
do 1º Ciclo
Notícias de dias especiais
10º Encontro Nacional
Inter-Escolas do 1º Ciclo
Os nossos alunos do 3º ano estiveram presentes no 10º
Encontro Nacional Inter-escolas do 1º Ciclo que se realizou
no dia 21 de Maio de 2010 no Santuário de Fátima. Foi uma
grande festa com Jesus e Maria.
Notícias
do pré-escolar
Um dia de festa em família
Há tradições que ainda o são. A festa das
famílias é uma delas: um dia de Verão, grande
animação, inspiração e alguma transpiração.
Foi grande a preparação, para enfrentar
a multidão: era a primeira aparição dos
anos de iniciação. No momento da verdade,
tal a serenidade, explosão de vaidade das
‘maternidades’, ‘paternidades’ e outras
‘entidades’. Panteras de dança, canções de
roda, trilhos de esperança que não passam de
moda.
Caldo verde e pipocas, arroz doce e ‘sandocas’,
uma pizza a despachar que está na hora de
brincar.
‘Bis, Bis’, aplaudimos no final. A festa das
famílias é sempre um festival!
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Fomos de camioneta para Fátima a cantar, a brincar e a conversar. Quando chegámos comemos o nosso lanche e dirigimo-nos à Igreja da Santíssima Trindade.
Depois da celebração, fomos almoçar. A seguir fomos
comprar gelados, lembranças e até passámos pela Capelinha das Aparições! Logo de seguida, fomos ao Centro Paulo
VI ver a peça de teatro que prepararam para todos os alunos
– A Feiticeira de Oz.
Teresa Corte-Real, 3ºB
Na viagem de regresso cantámos e fomos ao microfone à
frente do autocarro.
Chegámos ao colégio e vimos lá fora os pais à espera
que nós saíssemos. Estavam lá muitos pais, e parecia que
nós éramos os reis e as rainhas, e os pais pareciam as pessoas do reino que nos esperavam.
No final deste dia, a minha conclusão foi: nada como
passar um dia todo em Fátima, ao pé dos meus amigos, professores e irmãs do colégio.
Leonor Faísca, 3º B
O Sistema Solar
Este dia foi cansativo, mas divertido na escola. Falámos do
Sistema Solar e eu fiquei curioso porque gostava de descobrir outros Universos e de ver como são, se têm seres vivos...
Cheguei a casa e depois de jantar, de fazer os trabalhos de
casa e de tomar banho, fui para a cama imaginar como seriam estes mistérios do espaço. Tentei imaginar uma coisa
qualquer mas não consegui. Tanto me esforcei que acabei
por adormecer.
Sonhei que estava num foguetão, ou melhor, a entrar
num foguetão. Entrei por uma porta contra a minha vontade, o meu corpo estava a mexer-se sozinho. Sentei-me e consegui movimentar os membros. Era eu que estava no banco
da frente, ao lado estava o meu melhor amigo da escola e
atrás de nós não estava ninguém. Carreguei num botão e …
10, 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2,1... descolagem. Sentimo-nos a vibrar e
a descolar. Quando chegámos lá a cima, fizemos uma visita
a Marte, vestimos os fatos com o oxigénio e saímos da nave.
Aquilo era muito divertido, demos mortais e fizemos ginástica durante três horas e jogámos às escondidas. Depois
queríamos ficar mais tempo, mas tínhamos de ir embora.
Pelo caminho vimos o Sol e dissemos “olá” às estrelas.
João Fonseca, 4.º C
Participação no concurso
interescolar promovido pela
Renault
Foi com muita alegria e entusiasmo que participámos no
concurso interescolar destinado às escolas do 1.º Ciclo, promovido pela Renault.
Como o caminho para a escola é o trajecto que as crianças realizam com mais frequência, este ano
lectivo, trabalhámos o tema “A caminho da
escola em segurança”.
Reflectimos sobre os perigos que podemos enfrentar no percurso casa-escola e reconhecemos o comportamento a adoptar.
Apesar de não termos sido os vencedores, a Renault deu os parabéns à turma
pelo empenho demonstrado e pela forma
como nos envolvemos na elaboração do
trabalho.
Sentimos que o nosso contributo foi
muito importante para o sucesso do “Segurança para todos”.
No final, recebemos um diploma de
participação por mais um desafio. Para o
próximo ano vamos voltar a tentar e quem
sabe ganhar! O prémio é uma viagem de
três dias a Paris, então: “Paris cá vamos nós!”
Alunos e professora Vera Campeão 3.º C
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Notícias
do 1º Ciclo
Na escola também se aprende a imaginar, a
sonhar, a criar e a expressar sentimentos e
sonhos, ilusões e realidades. Ora vejam só
como se aprende a sonhar ser tantas outras
coisas
Se eu fosse um lápis
Se eu fosse um lápis gostaria de ser um lápis de carvão, porque os meninos usavam-me muito para desenhar casas ,o
sol a brilhar, carros , florestas, animais e outras coisas bonitas.
Se eu fosse um lápis também gostaria de escrever histórias bonitas para os meninos as lerem e ficarem muito felizes.
Se eu fosse um lápis, gostaria que os meus melhores
amigos fossem os lápis de cor, porque pintavam os desenhos que eu desenhava. A borracha apagava se os meninos
fizessem mal e o afia afiava o bico dos lápis que se gastavam.
Se eu fosse um lápis, eu e os meus amigos éramos mágicos, porque quando os meninos nos usavam , nós não ficávamos gastos, ou seja ,voltávamos outra vez ao tamanho
normal.
Se eu fosse um lápis, quando os meninos me guardassem dentro do estojo,durante a noite, eu e os meus amigos
íamos ao cinema ver um filme de 3 D.
Maria Teresa Alarcão, 2ºC
Ser criança é...
Ser criança é
viver com os pais,
ter dias felizes com a familia,
receber carinho,
ter um sorriso todos os dias,
receber amor,
estar sempre a brincar,
ouvir o pai e a mãe contar uma história antes de dormir,
sentir o abraço dos pais quando estamos tristes!
Ser criança é ...ser feliz!
2ºA (Trabalho Colectivo)
Ser finalista
Somos finalistas,
vamos festejar
com a nossa professora,
vai ser de arrasar.
Nós somos uma
turma de admirar,
neste colégio
vamos ficar.
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Notícias
do 2º Ciclo
Este colégio
é espectacular,
é aqui que nos
vamos formar.
Éramos crianças
agora adolescentes,
passámos para o 2º ciclo
estamos muito contentes.
Ana Clara Malta, Madalena Aleixo, Inês Lopes,
Mariana Cruz e Nuno Carvalho, 4ºA
Encontro de Formação – 4º
ano
No dia 14 de Maio a turma do 4º B foi a um encontro de formação à casa do “Bom Pastor” com a sua professora Elsa, a Ir.
Idalina e a professora Irene Esteves. As turmas do 4º A e 4ºC
foram também, embora em dias diferentes.
Nesta formação falámos sobre a parábola do Filho Pródigo e de como na nossa vida somos muitas vezes como o
filho mais novo, egoístas, precipitados e nem sempre pensamos nos outros.
Assistimos a uma apresentação por computador sobre
a aldeia da música e a forma como uma “orquestra” deve
funcionar, percebendo assim o nosso papel. Assistimos ainda a uma peça de teatro sobre a parábola.
Aprendemos ainda que é importante partilhar com os
outros aquilo que somos; que devemos tratar com respeito
e igualdade o nosso próximo e também devemos viver todos os dias com alegria contribuindo para uma “orquestra”
unida e em sintonia, acreditando que Deus nos ama e nos
ajuda a crescer no perdão e na amizade.
Foi um dia muito bem passado e divertido.
Carolina Barbeira, 4º B
Saudámos o Papa
Nesta vinda do papa a Portugal, fui com a minha mãe, irmãs
e amigos à missa no Terreiro do Paço. Foi um grande esforço, mas valeu a pena. Quando eu o vi, senti uma grande
emoção. O testemunho que aqui vos deixo é pessoal mas
sei que muitos alunos o viveram quer tenham ido com a família, com as paróquias ou com o grupo do Colégio.
Embora longe, poder estar no mesmo sítio do que ele, poder participar numa missa celebrada por Sua Santidade –
papa Bento XVI, é uma sensação única. Aquela tarde parece
que demorou muito menos tempo do que na realidade.
No final todos corremos para as ruas para o poder saudar e ver melhor. Nesse momento, também corria e subi
para umas grades de ferro de uma janela, para o ver no Papamóvel.
Foi aí, que eu consegui vê-lo melhor. Já estava contente, mas queria vê-lo outra vez…
À noite, fomos à Nunciatura, mas o papa Bento XVI já
tinha falado aos jovens.
No dia 12, a minha mãe foi-nos buscar mas cedo ao colégio e fomos dizer-lhe adeus, à Nunciatura. Estivemos também em cima de uma janela, a gritar por ele.
Quando nos apareceu na janela da Nunciatura, foi mais
uma alegria grande, deu-nos a bênção e disse-nos adeus. Aí,
eu ainda estava mais perto do que no dia anterior e tive a
sensação que olhou nos meus olhos.Fiquei muito feliz!
Pude também vê-lo e ouvi-lo na televisão. A mensagem que me transmitiu foi de Paz e Esperança. Reforçou
ideias fundamentais para o nosso dia-a-dia. Mas, talvez a
mensagem mais importante foi a de que temos de contrariar o pecado. O pecado que é o maior risco para a nossa
humanidade. Temos de praticar os valores da família, a fé
a Nossa Senhora, a oração…E devemos entregar os nossos
sacrifícios para salvação dos pecadores.
Adorei estes dias!
Madalena Costa, 6º Ano
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Notícias
do Secundário
Notícias
do 3º Ciclo
Um dia de medos e sonhos,
afinal do que é feita a vida
aqui ou ali.
Todos os caminhos vão dar...
a Conímbriga e à Pedreira do
Galinha
Aquela segunda-feira não foi igual às outras. Foi até bastante diferente. Foi o dia do nosso Encontro de Formação em
Camarate.
No Centro das Loureiras estivemos a falar dos nossos
medos. A Drª Filipa Sampaio, directora do Centro, também
nos falou dos medos das crianças e das famílias do Centro.
As famílias destes meninos têm medo de chegar a uma altura do mês sem dinheiro para pagar as necessidades básicas.
De seguida, cada grupo foi para a sala que lhe foi atribuída, onde estivemos durante algum tempo a brincar com os
pequeninos. Quando chegou a hora do almoço, cada turma
sentou-se à volta de uma mesa e nós íamos ajudando um ou
outro naquilo que podíamos. Após todos terem terminado,
brincámos no recreio até chegar a hora das crianças fazerem a sesta. Na altura de nos despedirmos, todos nos deram
muitos abraços e beijinhos.
A seguir ao almoço falámos dos nossos sonhos e da maneira de os conseguirmos alcançar, ultrapassando todos os
obstáculos que se nos deparam durante esse caminho.
Eu achei o nosso encontro muito interessante e divertido.
Luísa Ferreira, 7º E
No dia 19 de Março de 2010, todas as turmas do sétimo ano
realizaram uma visita de estudo às Ruínas de Conímbriga e
à Pedreira do Galinha, no âmbito das disciplinas de História
e Ciências Naturais. Foi um dia longo, cheio de novas descobertas! Partimos bem cedo na esperança de que a chuva
não estragasse o dia.... com o nosso pic nic na bagageira.
Entre canções, jogos de cartas e sonecas lá se fez o percurso...
Durante a Era Mesozóica, os Dinossauros ocuparam
os nossos espaços e desenvolveram rituais de socialização,
de alimentação e de procriação que ficaram registados nas
rochas da Serra D’ Aire e Candeeiros. Tivemos oportunidade de ver de perto os vestígios que nos evidenciam essa
presença.
Aprender a interpretar as pegadas e os trilhos por eles
deixados foi conseguido com a ajuda de uma guia do núcleo que conduziu o nosso olhar e raciocínio de forma a viajarmos no tempo e sentirmos a presença destes gigantes
do passado.
Fomos para o autocarro que nos levou à Pedreira do
Galinha. Ao chegar vimos um filme que nos falava sobre as
famosas pegadas de dinossauros que ali se encontram. Depois, sem demora, fomos ver os 20 trilhos maiores e mais
antigos de Saurópodes acompanhados da nossa professora de Ciências Naturais e de um guia. Vimos um jardim
jurássico que continha plantas daquele período da história,
fósseis vivos. Aprendemos muitas coisas sobre dinossauros
A visita às ruínas romanas de Conímbriga procurou
criar nos alunos uma imagem mais concreta da presença
Romana na Península Ibérica através da observação dos
vestígios das construções e dos objectos do quotidiano.
Despertou especial atenção a Casa dos Repuxos devido à beleza e policromia dos seus mosaicos e, claro, aos
jogos de água que ainda hoje espantam os visitantes. Também as termas e o requinte dos costumes deste povo nos
fizeram suspirar por este tempo distante.
Quando chegámos a Conímbriga fomos com a nossa
professora de História ver as famosas ruínas romanas. Tivemos a possibilidade de ver uma muralha romana, que
abrangia apenas metade da cidade, mosaicos magníficos,
que pavimentavam o chão de alguns locais. Vimos ainda as
termas romanas, locais públicos onde as pessoas se podiam
banhar.
Finalmente regressámos ao colégio. Vínhamos todos
muito felizes, pois todos gostámos e aprendemos muitas
coisas com esta visita.
Kavita Arvindbhai 7º A; Ivo Santos 7º E
Quando os pais se
transformam em professores
Na quinta-feira, dia 20 de Maio, tivemos uma aula de
Formação Cívica diferente. A mãe da nossa colega Ana
Margarida, Teresa Sabino, foi dar-nos umas noções básicas de higiene e saúde. Mostrou-nos uma apresentação
multimédia com vários slides que nos alertaram para vários hábitos de higiene que devemos ter e sobre algumas
doenças e vícios prejudiciais à nossa saúde, como o tabagismo, toxicodependência e o alcoolismo.
Discutimos um pouco sobre como as doenças podem influenciar a vida e vir a destruir uma família ou
mesmo algumas amizades.
Foi muito interessante!
Maria Portugal, 7º E
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Tarde livre versus Visita de
estudo
Foi na passada sexta-feira, dia 14 de Maio, que a turma do
10C2 realizou um percurso pela Lisboa Medieval. Preparado
por três alunos, de modo a inserir-se nos conteúdos da disciplina de História, a volta a Lisboa foi sendo adiada ao longo
do segundo período devido à chuva que insistentemente foi
caindo. Finalmente, com as promessas de bom tempo, resolvemos agendar o passeio para uma tarde livre! O resultado
está à vista!
Começámos por subir as escadarias da Mouraria até ao
Castelo de S. Jorge! Uma vez aí, a Luísa foi apresentando a
História da fundação da cidade, do Castelo e do seu papel
fulcral na Lisboa Medieval. A vista cativou os participantes e
serviu de pretexto para identificar monumentos e zonas de
crescimento da cidade em épocas posteriores. O percurso
dentro do Castelo foi divertido e desafiante para os que têm
vertigens.
Começámos a descida sempre com a companhia do rio,
usufruindo da paisagem, do sol e do ambiente descontraído
das colinas de Lisboa, cheia de turistas numa tarde de sol! Já
na Sé, ficou a cargo do António a apresentação. Seguidamente descemos à Baixa e seguimos para as ruínas do Convento
do Carmo cuja história e descrição foi feita pelo Manuel.
Foi uma experiência agradável onde foi possível aprender e conviver de forma diferente!
Luísa Boto, Manuel Protásio, António Lima 10º C2
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Culturalmente
Mapa-tesouro, tesouromagia, magia-letras,
MAGIA DAS LETRAS
Um Teatro Verde
No princípio do 3º Período, as turmas de Ciências do 10º ano
(A e B) apresentaram às turmas dos 5 anos um pequeno teatro sobre Ecologia e as boas práticas que devem ser feitas
para salvar o nosso planeta.
O 10º B apresentou primeiro um teatro que procurava ensinar aos mais pequenos a importância da reciclagem e das
energias renováveis e os perigos dos combustíveis fósseis e
dos gases tóxicos.
De seguida, o 10º A apresentou o seu teatro, que ensinava medidas concretas e aplicáveis ao dia-a-dia, que todos
podem fazer para salvar a Terra, como por exemplo reciclar,
poupar água e luz e andar mais de transportes públicos.
O teatro do 10º A incluiu ainda duas coreografias, uma de
hip-hop, que representava o “Mal” e as pessoas que “sujam”
a Terra, e outra contemporânea, que representava o “Bem”
e as pessoas que “limpam” a Terra. No final, a turma A apresentou também uma música que procurava incitar os mais
pequenos a tomar uma posição, de modo a defender o nosso planeta.
No global, este foi um projecto que permitiu aos alunos
do 10º ano, de uma forma criativa, exporem os conhecimentos que adquiriram nas disciplinas de Física e Química A e
Biologia e Geologia e, ao mesmo tempo, interagirem com
outros alunos, ensinando-lhes algo que é necessário que
todas as pessoas saibam: “Precisamos de salvar a Terra hoje,
para podermos usufruir dela amanhã.”
Patrícia Pitta Ferreira, 10º A
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Nós, os mágicos das letras do 1.º Ciclo participámos numa grande
Caça ao Tesouro. O Pirata das Letras decidiu esconder um valioso
tesouro no nosso Colégio e nós partimos em busca dele, resolvendo enigmas e realizando tarefas.
Como o Pirata das Letras é muito inteligente, decidiu cansar-nos
e fez-nos andar de um lado para o outro. Em cada posto descobrimos um novo livro, um novo enigma e uma nova tarefa.
Começámos na nossa magnífica e colorida Biblioteca e depois de decifrarmos um código muito complicado, descobrimos
que tínhamos de descer as rampas até ao refeitório. Quando lá
chegámos, estava em cima da mesa o livro “A lagartinha muito comilona”, de Eric Cale. Depois de o lermos e vermos as ilustrações
coloridas, escrevemos um postal com massinhas de letras. Ficaram
mesmo giros!
Decifrámos mais um enigma e aí fomos nós até ao ginásio
conhecer “A toupeira que queria saber quem lhe fizera aquilo na
cabeça”, de Werner Holzwarth. Este foi um dos nossos livros favoritos, desmanchámo-nos a rir e fizemos um acróstico para a palavra
TOUPEIRA.
Mais um posto, mais um enigma que nos levou até ao jardim,
onde lemos “A árvore generosa”, de Shel Silverstein e fizémos um
postal para uma pessoa de quem gostássemos muito. De seguida,
o quebra-cabeças levou-nos à sala da tia Bia, onde aprendemos
que, às vezes, os livros não precisam de palavras, porque as imagens também falam. “A onda”, de Suzy Lee foi o tema de partida
para poemas muito bonitos sobre o mar, que escrevemos com lápis de cera em folhas de lixa.
O enigma seguinte fez-nos correr até às escadas que vão dar à
Biblioteca. Nesta altura já começavam a surgir borboletas na nossa
barriga, porque desconfiávamos que o tesouro estava muito perto.
Descobrimos mais um livro, “E que posso eu fazer?”, de José Campanari, sobre um senhor que aprendeu que ajudar os outros o fazia
feliz.
A última pista mandou-nos novamente para a Biblioteca,
onde lemos e sentimos o livro “O livro negro das cores”, de Rosana Faría. Este livro, em Braille, é muito bonito e mostrou-nos que,
mesmo não conseguindo ver as cores, podemos senti-las de mil e
uma formas.
No final, foi só inspeccionar o local e rapidamente descobrimos os esconderijos dos nossos valiosos tesouros.
E sabem uma coisa? O nosso maior tesouro são mesmo os
livros!
Os nossos escritos
A Cidade de Jornal
E
ra uma vez uma menina chamada Maria.
Maria tinha muitos animais: nove gatos,
doze cães, cinco iguanas, uma aranha, vinte e
oito peixes, duas tartarugas, seis lagartos, nove
caracóis e trinta hamsters...tinha cento e dois
animais.
Maria era muito criativa e ecológica: construía cidades
para todos os animais com jornal velho que só servia para ir
para o lixo lá em casa.
Todos os dias, ela pensava em construir a sua própria cidade de jornal num planeta cor-de-laranja e cor-de-rosa sem
poluição, onde houvesse oxigénio e muitas plantas.
Certo dia, apareceu uma fada que lhe disse:
– Olá Maria!
– Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah!!! Mas que susto! Quem és tu?– perguntou Maria.
-Sou a fada dos desejos – respondeu a fada – Não consegui deixar de te ouvir todos os dias!
-Quantos desejos te posso pedir? – perguntou Maria.
-Só três, portanto, aproveita-os bem! – respondeu a fada.
Maria pediu o primeiro desejo e a fada desapareceu
numa nuvem de pó. Pensou então que estava a sonhar e foi
dormir para aquele sonho esquisito acabar.
No dia seguinte, Maria acordou deitada numa cama de
jornal, num quarto de jornal, numa casa de jornal e numa cidade de jornal. Foi a correr para a janela, debruçou-se e olhou
em redor.
Estava lá tudo o que ela queria: o planeta cor-de-laranja
e cor-de-rosa, uma cidade de jornal, não havia poluição e o
que não faltava ali eram plantas. O céu era azul muito claro e
dali avistava-se o planeta Terra.
Maria estava a adorar, mas porque não dar uma voltinha? Maria pôs o seu casaco e foi explorar o seu planeta novo.
Tudo era perfeito: o céu era perfeito, a água era perfeita,
as plantas eram perfeitas…enfim, era mesmo tudo perfeito e
Maria nunca iria deixar aquele planeta nem que lhe pagassem.
Certo dia, Maria estava a passear quando, de repente, começou a sentir umas pinguinhas sobre a sua cabeça: estava
a chover.
Foi a correr para a sua casa de jornal para se abrigar mas
como a casa era de jornal, começou a desfazer-se e Maria começou a chamar a fada:
– Faaaaaaaaaaaaaaaaaada!!! Ó faaaaaaaaaaaaaaaaada!!!
A fada apareceu numa nuvem de pó.
– O que foi Maria? O que se passa? – perguntou a fada.
– Quero pedir um desejo. – respondeu Maria.
– Então qual vai ser? – perguntou a fada.
– Eu desejo que pare de chover AGORA!!! – respondeu Maria.
– Está bem Maria! – disse a fada.
A fada agitou a varinha e parou de chover.
– Mais alguma coisa? – perguntou a fada.
– Sim! – respondeu Maria – Quero eliminar os meus desejos antigos, e quero o planeta Terra mais ecológico AGORA!!!
A fada agitou a varinha e o primeiro desejo deixou de existir e Maria voltou para o seu planeta. A fada agitou de novo a
varinha e o segundo desejo deixou de existir, portanto, começou a chover. E, por fim, a fada voltou a agitar a varinha fazendo
o planeta Terra mais ecológico, ou seja, com menos poluição
e com mais plantas. E depois destes três desejos a fada disse:
-Bem, como já realizei os três desejos,está na hora de eu
me despedir.
Maria agradeceu à fada e, poucos segundos depois, só
estava a agradecer ao seu roupeiro.
A partir desse dia, Maria viveu a sua vida melhor e mais
feliz.
Marta Ribeiro,
5ºC
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Brevemente
Os Golpes no Sagrado: uma pegada de esperança. No dia 19 de Maio, no átrio do Colégio do Sagrado Coração de
Maria, teve lugar o concerto Feed Them With Music como resultado de um ano de
trabalho de um grupo de alunos do 12.º B. A finalidade de tal evento era angariar
lucros para ajudar o Clube 10/14 do Centro Jean Gailhac, tendo-se conseguido recolher mil e trinta e quatro euros.
Todo o processo de concretização do projecto não foi de forma alguma fácil. Ultrapassaram-se muitas discussões, muitos obstáculos e contratempos. É no entanto
de realçar o espírito de grupo que se gerou na turma e que contagiou todos os que
tiveram presentes no dia do concerto, nomeadamente, Os Golpes.
PS: Para quem não sabe, Os Golpes são uma banda de música portuguesa que
apoiou esta iniciativa de forma incondicional e a quem ficamos absolutamente gratos. Como eles afirmaram “não vamos esquecer a tarde bem passada no Sagrado” e
acreditamos que todos aqueles que generosamente deram um pouco do seu tempo para ajudar esta causa também não.
Nós, os Feed Them With Music, nunca esqueceremos todo o apoio que sentimos e
esperamos que nos próximos anos mais pegadas de esperança e música possam
tornar o nosso Colégio e a nossa sociedade mais preocupada em fazer o bem pelos
e para os outros. Beatriz Guimarães, 12.º B
Ex-aluna faz formação sobre Doenças Sexualmente Transmissíveis.
No passado dia 17 de Maio, as turmas do 10º A e B assistiram a uma apresentação sobre os riscos associados às Doenças
Sexualmente Transmissíveis (DSTs). Nesta, foram-nos dadas a conhecer as diferentes DSTs, respectivas formas de contágio,
sintomas e doenças oportunistas associadas.
A nosso ver, palestras como esta são extremamente importantes para nos alertar para os riscos que corremos. Fomos também
sensibilizados para a importância que a nossa protecção tem não só para nós, mas também para os outros.
De forma geral, todos reconhecemos a importância e o bom trabalho realizado pela aluna de farmácia Marta Barbosa (antiga
aluna do CSCM), que de uma forma descontraída e jovial nos comunicou todo o conhecimento que necessitamos adquirir
sobre o tema. Deste modo, pensamos que iniciativas como esta se deviam repetir, de forma a que também nós possamos
alertar e educar gerações futuras. Filipa Côrte-Real;Gonçalo Correia;João Ribeiro; Mariana Morais 10ºB
Workshop no Centro de Recursos. Na Quinta-Feira, 20 de Maio, houve no Centro de Recursos
um workshop, no intervalo de almoço para todos os alunos interessados. Das tarefas propostas, a mais aliciante foi mesmo o
Dominó das 4 Cores!
Centro de Recursos Online!
Nesta semana foi criado, na área do Centro de Recursos no moodle do
Colégio, um espaço com inúmeras actividades sobre o teorema das 4 cores, para que Encarregados de Educação e/ou alunos
tivessem acesso a links para jogos de computador, mapas para colorir, sugestões de livros, desafios, dominós das 4 cores,
entre outros e pudessem usufruir de bons momentos familiares!
Ensino superior e
mundo do trabalho no
CSCM
Confirmar expectativas, antecipar
dificuldades, ponderar alternativas,
descobrir novos cursos e profissões. Estas
são algumas das principais vantagens de
um projecto que constitui uma enorme mais
valia para os alunos do 11º e 12º anos: o
Fórum de Oportunidades CSCM.
Ao longo de várias sessões, e durante três dias, esta actividade proporciona aos alunos o contacto com cerca de 30
Faculdades/Universidades/Escolas Superiores, mais de 40
profissionais e estudantes das diferentes áreas científicas. Nas
apresentações e conferências estão, por regra, pais e/ou antigos alunos que assim podem responder aos nossos alunos
com a experiência de quem conhece o CSCM. Uma actividade inovadora do CSCM que veio para ficar.
Mesmo para quem já sabe o que quer do futuro, é sempre
bom pôr outras hipóteses em cima da mesa para o caso de
haver surpresas.... Assim sendo, o Fórum foi, para mim, o leque que abriu estas novas hipóteses. Diogo Fonseca, 12º C
O Fórum foi uma experiência do futuro que vamos viver na
universidade, ou seja, uma partilha de experiências reais.
Justifica decisões futuras e retira dúvidas pertinentes do presente. Por fim, pode-se dizer que o Fórum de Oportunidades
é uma das chaves para abrir um futuro promissor. Chiame
Dirandra Gentilal, 12º C
Na qualidade de aluna do 11º ano, e certamente falando por
todos os alunos, este Fórum permitiu-me obter informações
importantes como médias de entrada na faculdade, disciplinas obrigatórias e várias faculdades onde existem determinados cursos. Para além disto, foi possível explorar melhor
determinadas profissões em que eu estava já interessada e
ainda conhecer outras igualmente importantes.
Pessoalmente, penso que estas actividades são de extrema
importância, uma vez que nos possibilitam um melhor co-
nhecimento do mercado de trabalho e um contacto directo
com vários profissionais que nos podem dar diversas sugestões e conselhos que nos ajudarão tanto num futuro mais
próximo, como por exemplo a escolha do curso na faculdade,
como num futuro mais longínquo.
Concluindo, é de minha opinião que este tipo de fóruns deve
continuar a realizar-se todos os anos porque, tal como me
ajudou a mim, poderá ajudar outros alunos!
Joana Figueiredo 11º A
Foi devido a este fórum que confirmei e decidi o meu caminho, a minha escolha, talvez a mais importante, para aquilo
que pretendo fazer no futuro. Espero que este Fórum continue a ajudar muitos alunos, tal como me ajudou a mim. Marta Geraldes, 11.º B1
A experiência dos outros, desenvolve-nos a nós.
Parabéns ao Colégio pela oportunidade de descobrimos a
nossa vocação e interesses. Nuno Salvador Ferro, 11.º B2
Numa altura como esta, em que as oportunidades escasseiam e o desemprego aumenta, é importante rejuvenescermos a nossa mente com novas ideias e conhecimentos, com
vista a uma vida de pleno sucesso e harmonia. Afonso Melo,
11.º B2
As conferências do Fórum de Oportunidades proporcionaram-me a oportunidade de conhecer a perspectiva dos alunos de cada curso, não só por ter aprofundado o meu conhecimento, como também por ter aberto o meu horizonte para
novas opções. Ana Isabel Tam, 11.º B1
Uma experiência enriquecedora que nos fez ver a todos qual
é o curso adequado para cada um. André Diniz, 11.º B2
O Fórum foi muito interessante e é bom que o Colégio nos
ajude na escolha do nosso futuro. Mariana Sanches, 11.º B2
O Fórum de Oportunidades representou por certo todo um
certame de opções que se afiguram num futuro próximo
como realidade de vivência de muitos. Manuel Dias, 11.º B1
O Fórum de Oportunidades é o nosso futuro condensado
numa hora de apresentação. Bernardo Almeida, 11.º B2
Semana das 4 cores.
Logótipo Humano - A Semana das 4 cores associou-se ao projecto Eco-Escolas com a elaboração de um logótipo humano
envolvendo toda a Comunidade Educativa. O dominó das 4 cores servia de pano de
fundo a uma gota para simbolizar este bem tão precioso e que temos de preservar,
a água. O Logótipo envolveu 18 turmas, desde o Jardim de Infância ao 12º ano do
Ensino Secundário, Funcionários e Encarregados de Educação. Agradecemos a todos a alegria, empenho e envolvimento! Sofia Belo M. Nogueira, prof.
1 6 | O L H A R E S | R E V I S T A D O C S C M | JAABNR - M
J UANR 22001100
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M | | JAABNR- -M
J UA N
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A nossa gente
Projecto Eco-escolas
com várias actividades
O segredo da felicidade
está em não desistir
do difícil
Olinda Amorim nasceu em Aguiar, Barcelos.
É a quarta de seis irmãos, quatro rapazes
e duas raparigas. Frequentou a escola
primária da sua freguesia, no entanto não
foi aí que completou o ensino, visto que,
através de familiares (um tio padre e uma
tia irmã SCM), começou a frequentar os
colégios SCM da Guarda e do Porto. A esta
cidade chegou com apenas 12 anos, ainda
franzina. Dispôs de todas as condições para
crescer e via as irmãs como verdadeiras
mães. Recorda principalmente a Irmã
Angelina, ao lado de quem esteve até ir para
o noviciado. No colégio do Porto, além do
trabalho, havia acções de formação e estudo
para aprofundar o que se queria do futuro.
Quando chegou o momento de decidir
sentiu o apoio da comunidade e da família.
Mais tarde tirou o curso básico de Teologia
e o Curso Complementar de Contabilidade e
Administração.
Ao longo da vida como religiosa do SCM,
percorreu o país. Para além do colégio de
Lisboa, esteve em Braga, Fátima, Viseu,
Guarda, Porto e Aljezur. Esteve também em
Roma.
Olhares: A imagem que temos da irmã é a de alguém infinitamente alegre. De onde vem essa constante e contagiante alegria?
Irmã Olinda: É verdade que sou alegre, sempre fui assim. Sinto-me verdadeiramente feliz por ser uma Irmã SCM.
Esta felicidade passa pelas coisas mais simples. Uma entrega
de cada dia ao ministério que a Irmã Provincial me pedir. É
importante dar-mos o primeiro passo e depois não desistirmos de nós. Estarmos com os outros e perceber-mos que,
com eles, construiremos. Quantas irmãs e leigos não me ajudam a ser feliz! O segredo da felicidade está em não desistir
do difícil e perceber que Deus está no nosso caminho e que
nos ajuda a construir e a reconstruir.
Olhares: Há um livro cujo título é Creio num Deus que
Sabe Dançar. Revê-se neste Deus?
Irmã Olinda: Sim. Revejo-me. Não conheço o livro, mas
acho que o título é maravilhoso. Sinto que Deus me lança,
me renova, me reanima! Dá-me o gosto de ser útil e de estar
disponível, de chegar a todo lado. Ir a correr para resolver
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isto ou aquilo. Também me dá energia para ajudar e dizer
aos meninos que não devem fazer isto ou aquilo. Ajudá-los
a serem melhores na dança da vida e mais felizes porque
aprenderam alguma coisa e alguém os ajudou.
Olhares: Essa alegria que a Irmã transmite está presente
no arranjos florais que nos deixa na sala de professores.
Como aprendeu essa arte e porque lhe dá tanto gosto?
Irmã Olinda: Eu gosto da natureza e como sou filha do
campo ninguém desliga a ficha das nossas raízes! Talvez a
beleza do campo me tenha marcado. Gostava de fazer enfeites com as flores e ficava cheia de pena por murcharem
facilmente.
Como muitas pessoas sabem que gosto de flores, oferecem-mas do campo ou do jardim e elas são sempre benvindas.
Olhares: Num local como o nosso colégio, que importância se deve dar ao contacto com os outros e de que forma
o devemos privilegiar?
Irmã Olinda: O nosso colégio é o “Sagrado” e tudo
quanto aqui acontece me diz respeito. Por isso, procuro
sempre que possível um contacto de proximidade com todos: irmãs, funcionários, alunos e pais. Faço o possível por
não passar indiferente. Gosto de dizer qualquer coisa, ainda
que “de raspão”. Um olhar, uma palavra, um sorriso são importantes. Eu sou a primeira a sentir-me feliz, ajuda a criar
laços, mesmo que não sejam profundos. Sempre que faço
isto sinto-me mais Irmã do SCM.
Olhares: Pode-nos falar um pouco sobre as funções que
desempenha no nosso colégio?
Irmã Olinda: Passo algumas horas do dia na recepção
do Pavilhão I do colégio. Faço-o com muito gosto. É um lugar de referência para todos e por isso é uma função exigente. É necessário fornecer informação, respostas, dar seguimento aos assuntos, encontrar soluções rápidas e nem
sempre é possível fazê-lo. Ali estamos sempre em acção. A
recepção é uma porta aberta a todos (de dentro e de fora do
colégio). Um serviço que desafia apesar de nem sempre ser
fácil gerir todas as situações.
Olhares: Sabemos que a Irmã esteve no estrangeiro,
mais propriamente em Itália, durante um período da sua
vida. Como descreve essa experiência?
Irmã Olinda: Estive em Roma quatro anos na nossa
casa Geral, onde estão as irmãs eleitas para a orientação de
todo o Instituto. Ali a Comunidade é formada por irmãs de
diversos países. Pude fazer uma verdadeira experiência internacional IRSCM e percebi melhor que em qualquer parte
do mundo a nossa missão, deixada por Jean Gailhac e Mère
S. Jean, é um legado que não tem fronteiras e nos une de
O Projecto Eco-escolas continua a decorrer
como o planeado, com várias actividades
dirigidas a toda a comunidade educativa.
Começámos o período revisitando a
exposição do ecossistema «Floresta –
ambientes poluído e não poluído», que
esteve no átrio principal. Foi um trabalho
de muita criatividade e entrega, realizado
pelos alunos do 5.º ano, directores de turma
e professores de Área Projecto.
forma extraordinária. O espírito de fé e de zelo continua vivo
através de uma grande diversidade e de uma profunda unidade, com o objectivo de continuar a Missão para que todos
tenham vida.
Olhares: Há pouco tempo, os nossos alunos tiveram a
oportunidade de viver também uma experiência de internacionalidade, durante a realização do Torneio Internacional CSCM. Como viu e sentiu esse evento e que vantagens podem tirar os nossos alunos desses contactos?
Irmã Olinda: Na verdade, foi um evento difícil para todos aqueles que estiveram ligados à organização do mesmo, mas foi também um momento de muita alegria. Ao longo dos dias foram-se dissipando receios, via-se alegria nos
rostos dos alunos. Todos, sem excepção, se empenharam
para que tudo chegasse a bom termo. Todos os funcionários
estiveram à altura de tão grande evento. Os alunos depressa
se adaptaram aos espaços e foram magníficos na hora de se
entregarem às responsabilidades.
Estes momentos são ricos e únicos, não só para os que
vieram de fora, mas também para os que cá estão. Criam-se
amizades, falam-se outras línguas, trocam-se olhares e sorrisos. Aprendem-se coisas novas, abrindo-se os olhos para
além de nós.
Olhares: Para terminar, e reflectindo sobre o tema do
ano lectivo que está quase a terminar, qual a mais importante pegada de esperança que podemos deixar às
gerações futuras?
Irmã Olinda: O futuro constrói-se no presente, alicerçase nas vivências que fazemos, boas ou menos boas. Estas
marcam-nos e desafiam-nos, daí a importância das escolhas.
Para sermos construtores do amanhã, importa escolher uma
boa “marca” do hoje que nos é oferecido.
Vós, gerações do futuro, interrogais-vos sobre a vida?
Não a desperdiceis e ocupai-a com valores que perdurem.
Nunca desistam de serem felizes.
Entrevista conduzida por Catarina Carrilho, coord.
Foi assinalado o Dia da Terra com uma actividade que criou
um puzzle humano, de um quadro com uma árvore, cujos
frutos são o nosso planeta, que contou com a participação
dos alunos do pré-escolar e 1.º ciclo e respectivas educadoras e professores. Foi fantástico o ambiente criado com
a coreografia preparada pela professora Catarina André e as
músicas ensaiadas pela professora Patrícia do Carmo! O Clube On esteve sempre em cima do acontecimento…
A aluna Beatriz Mascarenhas, do 12.º ano, esteve presente na final das «XV Olimpíadas do Ambiente», que se realizou no Faial, Açores, nos dias 6 a 9 de Maio, acompanhada
pela professora Elisabete Santos. Participou envolvendo-se
em todas as actividades propostas pela organização, realizou uma prova oral e uma outra escrita, uma caminhada na
área protegida à volta do vulcão dos Capelinhos, participou
em debates e conferências, plantou uma árvore, conviveu e
partilhou experiências com os 71 participantes nesta final
(dos quais, cerca de 30 da categoria Sénior, em que a Beatriz
estava incluída). Esta estadia foi prolongada por mais 4 dias,
pois o vulcão islandês, cujo nome não conseguimos pronunciar, emitiu uma nuvem de cinzas que ocupou o espaço
aéreo açoriano… Entre alegria e ansiedade, novas actividades se realizaram como a observação de Cetáceos em pleno
Oceano Atlântico, apresentação de um livro de borboletas,
concertos de música e uma palestra sobre a reciclagem neste arquipélago. Na impossibilidade de regressar numa fase
tão importante, como o fim do 3.º período, o estudo teve
que ser compensado em idas à Escola Secundária Manuel
de Arriaga ou mesmo à Biblioteca Municipal da Horta, que
grande disponibilidade demonstraram em acolher estes jovens. Aí muitos estudaram, frequentaram aulas e realizaram
trabalhos. Uma verdadeira aventura para não mais esquecer…
Com a finalidade de mobilizar toda a comunidade educativa na Semana das Cores, realizou-se uma actividade
preparada pelas professoras Sofia Belo e Cláudia Henriques,
com a colaboração do projecto Eco-escolas, criou-se uma
paisagem humana aplicando o Teorema das Quatro Cores.
Todos os alunos traziam uma camisola de cor verde, amarela, vermelha, azul ou branca criando um quadro com a
imagem central de uma gota de um oceano, como forma de
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assinalar também o Dia dos Oceanos. Imagem humana de
muita cor e grande riqueza…
Chegou finalmente o Depositrão! Este contentor vermelho, que está na entrada do BAR, recolhe os pequenos
electrodomésticos com o objectivo de os reciclar. Também
o peso de materiais recolhidos será contabilizado para uma
classificação das escolas que mais materiais consigam recolher.
Estamos a participar na campanha «Pilhas de Livros»,
que tem como objectivos a recolha de pilhas para reciclagem e a conversão do peso das pilhas em livros para a biblioteca do Colégio.
Este período realizaremos o último conselho Eco-escolas, onde aprovaremos o Eco-Código do nosso Colégio,
com o qual realizaremos o Eco-póster que será apresentado a concurso nacional. Faremos nova Auditoria Ambiental
como forma de identificar as acções de melhoria realizadas
ao longo deste ano lectivo e preparar a próxima candidatura
à Bandeira Eco-escolas.
Agradecemos a todos quantos se envolveram e participaram nas iniciativas propostas: À Direcção Pedagógica
pela disponibilidade, à administração pela receptividade,
aos professores pela colaboração, aos pais pela presença
constante, aos Eco-delegados pela vontade, aos funcionários não docentes pela prontidão, a todos um bem haja…
Que venha o próximo Projecto Eco-escolas!
Elisabete Santos, Prof.
“Os Gambuzinos”, sem
dúvida, é o colmatar dum
apoio que se presta a cada
aluno do Clube 10/14.
Pessoalmente, sinto que
os alunos dificilmente esquecerão esta actividade. Apesar de
se conhecerem entre eles e de nos conhecerem a nós, que os
ensinamos e lhe transmitimos tudo o que os possa ajudar na
sua formação como elos na sociedade, é em situações destas
que os laços se estreitam e onde é possível sentir que a nossa
presença na vida destas crianças condicionou e continuará a
condicionar determinadas atitutes e sentimentos. Eu próprio,
sinto que a vivência com eles me torna muito mais sensível à
percepção do comportamento humano. Por isso todos ganhamos com a realização da actividade dos “Gambuzinos”; professores, alunos, voluntários.
João J Martins
Os “Gambuzinos’10”, tal como no ano anterior, foi uma actividade que proporcionou situações enriquecedoras para alunos
e professores. Foram quase três dias de diversão, que confirmaram e aprofundaram sentimentos de aproximação, originando
momentos que ninguém vai esquecer. Na praia houve várias
actividades propostas: a construção de castelos de areia, o surf,
ou ainda o voleibol; todas elas desenvolvidas com entusiasmo
e alegria. As actividades permitiram aos alunos conviverem
com os professores, sempre com respeito, mas acima de tudo
com satisfação. Pois, o Clube não proporciona apenas o auxilio
no estudo, mas também momentos de saudável lazer que alegram a vida destas crianças.
Ana C da Conveição
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Gambuzinos’10
O Espírito de quem
acredita que a
imaginação faz bem ao
coração.
Dizem que Gambuzinos são bichos
inexistentes que vivem no campo, em estado
mais ou menos selvagem. Para organizar
uma caçada aos gambuzinos, necessitamos
de dois ou mais sonhadores que não
se deixem abater pelo peso da idade e
continuem a ter gosto pelo imaginário, uma
saca de serapilheira, lanternas e espírito
de aventura. Depois é só partir noite ou dia
fora à procura daquela essência de que é
feita a alegria.
A segunda edição do GAMBUZINOS realizou-se para os
lados de Sintra. Foram vinte e um os sonhadores, entre
alunos do Clube 10/14 - Galinheiras, professores e alunos
do Sagrado. Desta vez tinham-nos dito que os Gambuzinos
se tinham virado para os lados da praia e decidimos
montar o quartel general na casa das irmãs na Praia do
Magoito. Bem os procurámos por terra ou por mar mas
nada.. Regressámos com uma valente boa disposição
pelas inúmeras figuras que fizemos. Fomos muito felizes
naqueles dias, quebrámos barreiras, aproximámos alunos
do Clube e do Colégio e mais uma vez constatámos que
todos ficamos maravilhados com a espuma das ondas, o
brilho da lua ou a comichão da areia entre os dedos. Somos
todos iguais! Que bom!
Agora a sério! Gambuzinos é um campo de final de ano
para os alunos do Clube 10/14 nas Galinheiras. Um Clube
de estudo e actividades da responsabilidade do Centro
Jean Gailhac no Centro Social e Paroquial das Galinheiras.
Este ano, para além dos alunos do Clube, participaram
também alunos do Colégio num verdadeiro cruzamento
de realidades e experiências, que só foi possível graças
ao apoio do Colégio, da Associação de Pais e da Empresa
Diversão e Movimento. Um grande bem haja!
Olhares
Número 24 | Ano 8 | Propriedade: Colégio do Sagrado
Coração de Maria de Lisboa | Av. Manuel da Maia, nº 2,
1000 – 201 Lisboa | Tel. 21 8477575 | Fax. 21 8476435 | Direcção:
Margarida Marrucho Mota Amador | Coordenação:
Catarina Carrilho e Luís Pedro de Sousa | Redacção: ANA
RITA GONÇALVES, Catarina MAIA, Marta Baptista | Apoio
Gráfico: Fernando Coelho | Impressão: CLIO, Artes gráficas
| Tiragem: 1330 exemplares | Distribuição: Gratuita à comunidade educativa
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Uma origem,
vários destinos
Festa de Finalistas
2010
Foi este o slogan que os alunos de 12º
ano deram à sua festa de finalistas. Na
hora da partida, sentem-se parte de uma
mesma identidade (origem) que agora
se alarga e difunde pelos inúmeros
destinos a que a vida universitária os háde conduzir. Que saibam ser sinal desta
vida em abundância que no Sagrado
aprenderam a ouvir e viver.
Esta nossa origem comum, este local onde fizemos
aqueles que, provavelmente, serão os nossos amigos
para o resto da vida, ensinou-nos não só a ser bons
profissionais mas também a sermos boas pessoas,
indivíduos que sabem pensar por si e tentam fazer o
melhor para todos.
Chegou a altura de mudar. O que ganhámos no Sagrado
é aquilo que se pode ganhar de mais importante:
sentido de solidariedade, amigos, sabedoria e carácter.
O caminho tem sido semelhante para todos nós até
agora, os destinos eram concerteza muito diferentes e
variados mas com sucesso e conquistas porque temos
o potencial necessário e todos trabálhamos para chegar
até aqui.
Parabéns a todos os finalistas de 2010. Que todos usem
esta vivência no nosso Colégio para chegarem ao seu
destino de eleição.
Familiares, amigos, professores, auxiliares e irmãs, não
percam o nosso voo.
Raquel Mariano, aluna finalista.
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Festa das famílias
Um dia especial em que toda a comunidade
escolar se reúne em torno do palco de onde
chegam sons, imagens, sabores e cheiros do
nosso colégio.
Vivem-se momentos de ansiedade que
explodem numa festa de luz, cor e música
partilhadas por todos os que entram pelos
nossos portões. É tão bom ter uma família
com quem possamos partilhar estes gloriosos
momentos!
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Competição, Unidade e Alegria foram a marca deste V Torneio
Internacional da Rede de Escolas do Sagrado Coração de Maria, que o nosso Colégio
teve a honra e prazer de organizar entre 5 e 9 de Maio de 2010. Durante meses, alunos,
professores, auxiliares, pais e irmãs, cada qual segundo o que era necessário, empenharamse a fundo para que esta Festa da Internacionalidade que somos fosse um sucesso... e foi!
Disso nos dão conta os abraços, as gargalhadas, as novas amizades, as trocas de emails e
telefones, as conversas, os sorrisos e a partilha que pudemos presenciar.
É uma riqueza imensa sabermos que não somos um Colégio isolado ou fechado nos seus
portões. Como nós, com o memso carisma e o mesmo ideário existem muitos outros por
esse mundo que aprendem a ser mais para que todos tenham vida. Quem sabe se não nos
haveremos de encontrar nesta aldeia global que é o mundo e perceber que temos a mesma
marca.
Durante os dias do torneio, o Colégio ganhou outra vida que contagiou todos (do préescolar ao secundário). Recebemos comitivas dos Colégios do México, França, Itália,
Estados Unidos da América, Brasil, e dos Colégios de Fátima, Porto. Nós já por cá
estávamos em Festa e continuámos.
Neste suplemento da Olhares, queremos dar-vos conta dessa alegria, unidade e competição
que vivemos em momentos que marcaram o nosso Olhar e o nosso Coração Sagrado.
Um abraço apertado a todos e até para o próximo ano em Paris.
O Staff do V Torneio Internacional RSCM
Competition, Companionship and Happiness
were
the words for the 5th SHM International Tournament, that our school had the honor and
the pleasure to organize between the 5th and the 9th of May 2010. For months, students,
teachers, school staff, parents and sisters, each one of them performing his/her own role,
were determined so that this feast of Internationality became a success.. and it was a
sucess! The hugs, the laughs, the new friendships, the exchange of e-mails and phone
numbers, the talks, the smiles and the will to share were the keys to success.
It is such a richness to know that we are not an isolated or closed school. Like us, with
the same charisma and the same ideas, there are many others around the world that learn
more so that others can have more life. Who knows if we won’t meet in this global village,
understanding that we all have the same purpose.
During the tournament days, our school gained extra life that spread to everyone else. We
hosted delegations from México, France, Italy, USA, Brazil, Fátima and Oporto. We were
already celebrating and we continued our celebration with them all.
In our magazine, Olhares, we want to show all the happiness, companionship and
competition that we lived through moments that deeply marked our minds and hearts.
A big hug to everybody and see you next year in Paris.
5th SHM internacional tournament staff
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Alegria
Joy
O meu papel no torneio foi de árbitro de futsal. Adorei ser
árbitro, pois pude conviver com os vários jogadores (e jogadoras!), tendo sido por isso muito interessante. De qualquer forma, penso que durante o torneio se viveu no nosso
colégio um conjunto de sentimentos de alegria, felicidade
e competitividade saudável. Apesar de toda a diversidade
de nacionalidades e países, todos sabiam falar inglês, para
meu grande alívio. Penso que as principais marcas que este
torneio deixou foram memórias, foram poderosas memórias
de convívio, de sorrisos e de saudade que perdurarão para
sempre na mente das pessoas que viveram esta experiência.
João Barroso, 8ºC
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Momentos | Moments
Our experience in Lisbon was one we will never forget!! We
made lots of new friends; we enjoyed the games and had
lots of fun. All the ceremonies and the things you organized
were special because we were all together, all friends! So we
would like to thank everyone for giving us their time. Thank
you, again, for this great experience, which will always remain in our hearts,
A big hug from Rome!
Instituto Marymount Nomentana
The experience I lived in Portugal was unforgettable; the festival was amazing. I made so many friends. I was received so
nicely. What I liked the most was how well we were treated
by all the participants. I will never forget this event.
Erna Daniela López Córdova
I liked this trip so much, I would do it again. Everybody treated us so well and what I liked the most were the cheers.
Everyone received cheers from different spectators. It didn’t
really make a difference from what school you sere from.
Ricardo Ramón Aguirre
To be honest, this was the best trip of my life. Everyone treated us so well. The organization was great, and all of the kids
from the different schools interacted with each other which
was so much fun.
Andrés Suárez
I liked this tournament and the trip very much. I learned to
get along well with my team members and with others from
other Marymounts. Everyone loved the Mexicans and what
I liked the most was the relationships we developed with
everyone, but most among my team mates.
Manuel Cortés
For me it was an unforgettable experience. I really enjoyed having the opportunity to meet people from others countries, and this is not a common experience. People were great, and I was impressed by the support shown to Mexico. Renata Colmenero
I enjoyed the trip a lot because I felt nearer to my schoolmates. The Portuguese were great and also the Brazilians. I liked
the opportunity to make new friends.
Basilio Tager
It was charming; it was the best trip I have ever had. I was
fascinated with the tournament because we got all along
great together. What I liked the most were the cheers for
Mexico, and how nice everyone was. I would love to go back.
María Biro
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Competição
Competition
O Torneio Internacional CSCM 2010 foi para mim uma experiência diferente, original e muito enriquecedora em vários
aspectos. Apesar de eu não ter participado como árbitra,
secretária ou noutra tarefa, assisti a muitos jogos e observei
sobretudo o espírito de equipa e a união. Fiz novas amizades de outros países e até melhorei o meu inglês, o que foi
muito útil e divertido! Eu acho que todas as equipas dos outros países e de Portugal conseguiram sentir as muito boas
vindas do nosso colégio. Adorei este evento e espero voltar
a ter o previlégio de assistir a estes jogos de conhecer novas
pessoas.
Inês Costa, 8ºC
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Nesses dias de torneio todo o colégio mudou. O espírito era diferente, ouviam-se falar várias línguas e várias
pronúncias. Os campos estavam cheios de professores
e alunos a assistir aos jogos e a torcer pelas equipas.
Ouviam-se os alunos cantar as músicas dos diferentes
países pelo colégio. Ficou tudo mais vivo, mais alegre e
divertido. É certo que a confusão era maior mas valeu a
pena pois conhecemos novas pessoas de lugares diferentes, praticámos o nosso inglês e praticámos alguns
desportos com eles.
Adorámos a experiência e gostávamos bastante
de ter oportunidade de a voltar a repetir.
Ana Teresa Gonçalves e Inês Moreno 9ºE
O Colégio Sagrado Coração de Maria agradece
toda a colaboração do Horto do Campo Grande na
decoração dos espaços onde decorreu o V Torneio
Internacional das Escolas RSCM
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Unidade
Companionship
Por esses dias, viveu-se um ambiente de grande partilha de
conhecimentos e experiências e bastante alegria. Apesar de
adversários em campo, existiu sempre fair play nos jogos e
o convívio e diferença entre todos nós demonstrou a identidade do grande Instituto a que todos os participantes, vindos de várias partes do mundo, pertencem.
Os alunos dos outros colégios, com quem nós convivemos, eram todos muito simpáticos e abertos à diferença e
à partilha, o que levou a que aqueles cinco dias passassem
muito rápido. Cinco dias em que tivemos a oportunidade
de conhecer outros jovens da nossa idade vindos de outras partes do país e do mundo. Para comunicarmos com os
nossos colegas dos outros colégios falámos português, com
os alunos do Porto, Fátima e Brasil, e Inglês com todos os
outros.
Ao longo dos dias do torneio aprendemos a perder e a
ganhar, mas sempre a jogar com alegria e a experimentar
cada momento em grupo, com um grupo fantástico de pessoas do colégio e vindas de fora. Para o futuro, ficam-nos as
memórias felizes daquilo que partilhámos com os nossos
colegas.
É com orgulho e alegria que podemos dizer que participámos no Torneio Internacional que decorreu com grande
sucesso no nosso Colégio e que fazemos parte da grande
rede internacional do Sagrado Coração de Maria.
Mariana Santiago e David Anastácio 10ºB
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PAV – Profissionais de Áudio e Vídeo
Soluções de som e imagem de pequena,
média e grande dimensão, da fase do projecto
até à sua implementação, em superfícies
comercias, hotéis, recintos desportivos,
auditórios, escritórios, locais de culto (igrejas),
entre outros.
Sonorização, Circuito Fechado de
Televisão – CCTV, Recepção e Distribuição
de televisão - MATV e CATV, Conferências
e Tradução Simultânea, Intercomunicação
e Sinalização, Gravação Digital.
Portugal Angola Cabo Verde Timor
Av. de Paris nº10 R/C Dto
1000-228 Lisboa
Tel: 21 8480689
Fax: 21 8461388
www.pav.com.pt
[email protected]

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