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28/11/2009 A INDÚSTRIA DAS INDÚSTRIAS O planejamento, programação e o controle nos ambientes da produção puxada PRODUÇÃO ARTESANAL VERSUS PRODUÇÃO EM MASSA Minutos necessários para montar: Motor Produção Artesanal Outono 1913 594 Produção em Massa Primavera 1914 Percentual da Redução do Esforço 226 62% Gerador 20 5 75% Eixo 150 26,5 83% Componentes principais 750 93 88% FONTE: WOMACK, J. P.; Jones, D. T.; Roos, D. A Máquina que Mudou o Mundo. p.17. 13a Ed. Rio de Janeiro: Campus, 1992. • Da produção artesanal para a produção em massa: Alfred Sloan da GM e Henry Ford • Da produção em massa para a produção enxuta: Eiji Toyoda e Taiichi Ohno PRODUÇÃO EM MASSA VERSUS PRODUÇÃO ENXUTA GM Framingham Toyota Takaoka Horas de montagem por carros 40,7 18 Defeitos de montagem por 100 carros 130 45 Espaço de montagem por carro (m2) Estoques de peças (média) 0,75 0,45 2 semana 2 horas FONTE: WOMACK, J. P.; Jones, D. T.; Roos, D. A Máquina que Mudou o Mundo. p.71. 13a Ed. Rio de Janeiro: Campus, 1992. 1 28/11/2009 • Término da 2a Grande Guerra – os japoneses iniciam a produção de carros de passeio. O mercado interno é limitado. Os consagrados conceitos de produção em massa eram inviáveis • O Japão é carente de recursos naturais. A estabilidade no emprego pela constituição de sindicatos fortes, impediam a demissão. A economia devastada pela guerra não dispunha dos recursos para os investimentos necessários à produção em massa • Neste contexto de dificuldades e limitações, a Toyota Motor Company idealizou e implantou um conjuntos de novos métodos e técnicas de produção. Por volta de meados de 1980, num estudo que consumiu 5 milhões de dólares em 5 anos de pesquisa, abrangendo 14 países, o Massachusetts Institute of Technology cunhou a denominação em inglês “lean manufacturing”, traduzido para o português como “produção enxuta” • Os pesquisadores compilaram suas descobertas no livro A Máquina que Mudou o Mundo. Documentaram que a Toyota estava construindo carros na metade do tempo, com apenas 2/3 das horas de trabalho e com um quinto de defeitos. Além disso, ela poderia desenvolver carros na metade do tempo exigido na Europa ou Detroit. 100,000 Direct Labor Hours Other Not in Area Standing/Looking Waiting 8% 4% 5% 6% 6% 8% Walking 10% 13% On the Job Getting Tools 8% 9% Talking Paperwork Parts Search 23% Clean Up Lean Production: combate ao Mudá MUDÁ • Tudo o que não agrega valor ao produto • Mudá apenas adiciona custo e tempo • O Mudá é o sintoma e não a causa do problema • Temos que procurar e identificar a causa raiz 2 28/11/2009 Analogia do lago para abordagem JIT Analogia do lago para abordagem JIT Inventory reduction exposes problems Ataque seletivo aos problemas Estoques Melhoria contínua Opearadores destreinados Problemas Retrabalho Fonte: Administração da Produção e Operações, Henrique L. Corrêa, Carlos A. Corrêa, Atlas Entregas atrasadas ou defeituosas Refugo Filas Quebras Demanda instável http://www.csun.edu/~vcmgt0j3/ CONCEITOS LEAN Agrega / não agrega Valor Desperdícios Tempo Takt O Sistema Toyota de Produção segue o Tao (“O Caminho”), o antigo conceito oriental de harmonia, fluxo e poder 3 28/11/2009 DESPERDÍCIOS Desperdício é alguma coisa que não adiciona valor diretamente ao produto final, ou contribui para a sua transformação. Desperdício somente adiciona tempo e custo. Desperdício é a razão pela qual o fluxo é interrompido, causando a falta de competitividade. Processamento Impróprio Produção de Defeituosos Super Inventário Os 7 tipos de desperdício: Desnecessário Tipos de Produção Desperdício Movimentos Esperas Desnecessários Transporte Mudá: os 7 principais tipos de desperdícios 1. Superprodução Produzir mais do que o necessário cria um incontável número de outros desperdícios: área de estoque, deterioração, custos de energia, manutenção de equipamentos, escamoteamento de problemas operacionais e administrativos através de “estoques de segurança” MUDÁ: 0s 7 desperdícios 1. Superprodução 2. Tempo de espera 3. Transporte 4. Processamento em si 5. Estoque disponível 6. Movimento 7. Produção de defeituosos SUPERPRODUÇÃO • Fazer mais do que o requerido pela próxima operação • Fazer antes do requerido pela próxima operação • Fazer mais rápido do que a próxima operação 4 28/11/2009 Mudá: os 7 principais tipos de desperdícios 2. Tempo de espera Quando o operário permanece ociosamente assistindo uma máquina em operação. Ou quando o processo precedente não entrega seu produto na quantidade, qualidade e tempo certo Mudá: os 7 principais tipos de desperdícios 4. Processamento impróprio Quando defeitos ou limitações (capacidade) no equipamentos estão presentes. O processo pára ou se desenvolve lentamente. Operações extras são introduzidas. Mudá: os 7 principais tipos de desperdícios 3. Transporte Deslocamentos desnecessários ou estoques temporários, criando “passeios” de materiais, funcionários e equipamentos Mudá: os 7 principais tipos de desperdícios 5. Movimentos desnecessários Acontece pela diferença entre trabalho e movimento. É a ação de quem realiza algum tipo de seleção ou procura de alguma coisa sobre a bancada. É o movimento que não agrega valor. 5 28/11/2009 Mudá: os 7 principais tipos de desperdícios Mudá: os 7 principais tipos de desperdícios 6. Estoques desnecessários É o dinheiro “aprisionado” no sistema produtivo. “Pode ser a tranqüilidade da fábrica”, mas ... todo remédio desnecessário deve ser evitado. FLUXO DO PROCESSO • Processamento em lotes A 7. Produção de Defeituosos “Existe uma forma de ganhar dinheiro que os empresários insistem em não usar: é deixar de perdê-lo” Philip Crosby Kaizen C B 10 minutos 10 minutos 10 minutos Lead Time: 30 min p/ todo o pedido • One-Piece Flow A B C Lead Time: ? 6 28/11/2009 Produção em Massa JIT - JUST IN TIME Grandes Lotes / Produção Puxada Customers Suppliers Forecast Production Control Orders Os “três certos”: Forecast Orders Ship Scheduling & Expediting Ship list Material • hora certa • quantidade certa • qualidade certa Receiving Warehouse Shipping Warehouse Repair Stamping Storage Assembly Welding Storage Storage Storage Tempo do valor agregado: Minutos Permanência na planta: Semanas Pedido Pagament o Filosofia: mais e mais rápido é melhor ! Empurrado: Produção em Massa: Produção “Empurrada” Estoque Condições para disparar produção: 1. Disponibilidade do material 2. Presença da ordem no programa definida a partir de previsões 3. Disponibilidade do equipamento O compromisso para atender ao programa fundamentado no grau de ocupação das Fornecedores Demanda linhas ( A linha não pode parar nunca !!! ) , não considera o sincronismo no fornecimento Estamparia de agregados e componentes ? ? PRODUÇÃO EMPURRADA Solda Este procedimento gera estoques elevados, dispersão de mão-de-obra, áreas ocupadas desnecessariamente, distorção de prioridades com conseqüênte perdas de Montagem ? ? produção Diferença entre sistemas puxados e empurrados Dificuldades para compatibilizar a produção com o programa de vendas original Puxado: Fonte: Administração da Produção e Operações, Henrique L. Corrêa, Carlos A. Corrêa, Atlas Condições para disparar produção: 1. Sinal vindo da demanda (quadrado Kanban com menos de dois produtos no exemplo) 2. Disponibilidade do equipamento 3. Disponibilidade do material 7 28/11/2009 FLUXO DO PROCESSO 500 • Processamento em lotes 450 Speed (inches/hour) 400 A 350 300 • Common snail travels at Mach 0.0000094 (0.007 mph) • 10X average velocity of fastest part moving through manufacturing facility 250 200 150 100 C B 10 minutos 10 minutos 10 minutos Lead Time: 30 min p/ todo o pedido • One-Piece Flow A B C 50 0 Snail Composites Aluminum Parts Titanium Parts (Fab) Aluminum Parts (Buy) Lead Time: ? Comparação Dell x Compaq O JIT na Dell Computer Assets Employed Turns Return on Capital Employed Dell Fornecedores Dell Dell 60% 7,8 46% 5,8 39% Consumidor Fone/ Internet Entrada do Pedido Fábrica Puxar I N V Armazém I N V CRT Fornecedor I N V Compaq 23% 18% 4,1 2,5 19% 14% 1994 1995 17% 1996 5,7 4,4 2,7 2,6 2,6 2,5 1996 1997 1998 20% 1997 Compaq 1998 1994 1995 -22% Entrega em 4 - 5 dias I N V Return on Sales 7,8% 6,6% 6,7% 4,3% 1994 Inventory Turns 7,5% 5,4% 7,7% 66,8 8,0% Dell Compaq 5,1% Dell 52,9 30,9 1995 1996 1997 Compaq 1998 11,9 6,3 -8,8% 1994 12,3 7,7 1995 15,8 15,7 15,5 1996 1997 1998 8 28/11/2009 EFICIÊNCIA GLOBAL VERSUS EFICIÊNCIA INDIVIDUAL Just--in Just in--Case x JustJust-in in--Time • Grandes lotes • O tamanho ideal do lote é são mais eficientes a necessidade (quanto mais, (quanto melhor) menos, melhor) Just--in Just in--Case x JustJust-in in--Time Just--in Just in--Case x JustJust-in in--Time • Produção • Produção mais rápida é sincronizada é a mais mais eficiente eficiente (velocidade além do necessário é desperdício) • Estoques • Otimizações intermediários isoladas são são péssimas necessários (troca de um para desperdício maximizar o rendimento da por outro) máquina e mão-de-obra 9 28/11/2009 Just--in Just in--Case x JustJust-in in--Time • Inventário traz segurança • Estoque de segurança é desperdício Características JIT Just--in Just in--Case x JustJust-in in--Time • Inventário uniformiza a produção • Inventário é a raiz de todos os males Características JIT •Não há estoques para encobrir peças com defeito. Não é mantido estoque intermediário. •O retrabalho é feito pelo mesmo funcionário •Erros se houver, são descobertos e corrigidos na fonte. Abandona-se o controle estatístico após a produção. •Cada funcionário exige que não haja nenhum defeito nos materiais e peças da operação anterior 10 28/11/2009 Características JIT •O empregado pode parar a linha para corrigir a qualidade. A responsabilidade pela qualidade não é do inspetor, mas do operador ou fornecedor Características JIT •As máquinas são verificadas todos os turnos/dias. Os operadores preenchem a lista de verificação (TPM). •As máquinas são programadas para menos da capacidade total. Isto garante a programação diária e manutenção dedicada. Características JIT •Padrões mensuráveis de qualidade, produtividade e gráficos causa-efeito são expostos e visíveis JIT: uma questão de sincronismo 11 28/11/2009 Lead Time Mont. Final --6,2 horas Lead Time Motor --------- 14,8 horas Lead Time Eixo Tras. ---2,9 horas Lead Time Eixo Diant. -2,4 horas Lead Time Cabina -------- 20,0 horas Lead Time Total ---------- 21,0 horas Montagem de Motores O QUE É LEAN-PRODUCTION OU LEANMANUFACTURING ? Montagem - Eixo Dianteiro Montagem - Eixo traseiro Linha de Montagem Final de Veículos Montagem final de cabinas Pintura de cabinas Montagem Bruta de cabinas Lean Production Lean não é ... • Apenas um conceito para o piso-de-fábrica • Restrito a manufatura seriada • Um programa de melhorias • Um menu de técnicas e ferramentas Lean Production Lean é ... Um sistema integrado de princípios, práticas operacionais e ferramentas que focam a criação de valor ao cliente 12 28/11/2009 O que fazer ? Lean Production: Produção Enxuta • Produza, a cada processo, apenas o necessário e quando necessário ao processo seguinte • Orquestre (controle, administre, regule) as operações para cada vez mais próximo a este ideal, sempre encurtando o lead-time Pedido “Um processo contínuo de produção, sem acúmulos de materiais através de um método de trabalho que agregue valor ao produto eliminando desperdícios e introduzindo melhorias continuamente” Reduzir ao máximo: estoques - pessoal - defeitos/sobras Filosofia: “ruptura da barreira do convencional, não se deixando influenciar pelo raciocínio lógico” Pagamento APRENDENDO A ENXERGAR • Visão para descobrir o Mudá • Visão para determinar a causa real • Capacidade para eliminar o Mudá GESTÃO VISUAL 13 28/11/2009 GESTÃO VISUAL • MÃO-DE-OBRA QUADRO DE OPERAÇÃO • MÁQUINA ANDON • PRODUTO KANBAN • AMBIENTE 5S GESTÃO VISUAL GESTÃO VISUAL 14 28/11/2009 GESTÃO VISUAL 15
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