Assumir responsabilidades
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Assumir responsabilidades
Informativo do PROJETO BICHO DE RUA - Ano I - N ° 2 - jan/fev 2005 Distribuição gratuita - www.bichoderua.org.br NESTA EDIÇÃO PET DICAS: quando dois é melhor que um A promoção BICHO DA VEZ tem seu primeiro vencedor Confira os destaques dos animais para adoção PATROCÍNIO Viver é fazer escolhas e assumi-las. Salvo as ações involuntárias de nosso organismo (respirar, por exemplo) todas as nossas ações são fruto de escolhas, desde as decisões mais simples até aquelas que nos marcam pelo resto de nossas vidas. Quando deixamos que outros decidam por nós também estamos fazendo uma escolha. E este tipo de escolha acaba por remover uma das maiores qualidades dos seres humanos: sua autonomia para pensar e para fazer. E é porque não deixamos os outros assumirem nossas responsabilidades, que nós da Ong Projeto Bicho de Rua nos organizamos. Assim como muitos outros militantes de causas ambientais, vários de nós já atuávamos individualmente. No entanto, a atuação coletiva surgiu como estratégia de otimização de esforços e de resultados. Cada ação que organizamos é mais que a soma de muitas vontades: é a fusão de várias idéias que se conjugam a partir da experiência de cada um, mediada pela realidade. Participar do Fórum Social Mundial é uma etapa natural, fruto das nossas escolhas, para dar seguimento ao nosso trabalho. O FSM é um espaço de trocas de experiências e vivências de todos que atuam, individual e coletivamente, na construção de um mundo ambientalmente sadio, socialmente justo, economicamente sustentável. Porque acreditamos nisso e, mais que acreditamos, atuamos para isso, queremos nos somar àqueles que fazem do seu dia-a-dia um conjunto de escolhas responsáveis. A esses construtores de um mundo melhor dedicamos esta edição, lembrando que um mundo melhor respeita os animais. Assumir responsabilidades Dona Lili: um exemplo vivo de abnegação Mães adotivas e as surpresas da natureza Claudia Krefta de Souza Médica Veterinária Clínica Veterinária Fone (51) 3268.6882 CianMagentaAmareloPreto Clínica de Aves, Cães e Gatos Estética e Pet Shop Fone 3334.9909 (51) 3384.1890 Fones: (51) 3311.8811 e 3311.1930 (51) 3231.1142 2 Jornal Bicho de Rua PATROCÍNIO O Projeto fala... A excelente receptividade da edição inaugural de nosso jornal fez com que recebêssemos várias manifestações de apoio pela atuação da entidade. Também fomos contatados por pessoas interessadas em ajudar, seja financeiramente, seja com seu trabalho, e que tomaram conhecimento do Projeto Bicho de Rua através desta publicação. Por outro lado, um aspecto negativo, embora já esperado, também se fez presente. Passamos a receber um maior número de solicitações objetivando simplesmente o “recolhimento de animais”, atividade que não realizamos por não termos um abrigo na instituição. Diante disso, surgem as reclamações daqueles que consideram ser essa a principal, se não a única, função de uma entidade como a nossa: recolher animais e cuidar deles até que alguém os adote. Na concepção dessas pessoas, funcionaríamos assim: elas apontariam para os animais abandonados e a entidade os recolheriam e, assim, todos poderiam dormir o sono dos justos já que cada um fez a sua parte. Diante de nossa negativa ao pedido, vem a indefectível pergunta: “se vocês não recolhem os bichos, para quê vocês servem então?” Pode parecer uma simplificação mas não é. Muitas vezes, estas pessoas nem entendem o sentido do termo “voluntário”, o que nos dá um bom ponto de partida para a desmitificação do tema. “Voluntário” tem origem no latim e significa “vontade”. Portanto, um voluntário é uma pessoa que se põe à disposição de uma causa porque tem vontade de fazê-lo. Porque resolveu fazer mais do que reclamar diante da televisão ou enquanto lê o jornal. Os críticos parecem não se dar conta de que um voluntário é uma pessoa comum: ela trabalha suas 8 horas diárias, tenta reservar um espaço de seu dia para o convívio familiar, tem suas contas para pagar, precisa se esforçar para ter seu repouso e lazer em quantidades adequadas, etc. Com tudo isso, por que ainda reservar uma parte de seu tempo para ajudar a alguma causa sem nenhum tipo de recompensa senão emocional? Porque ela tem vontade. Porque para ela o assunto é importante demais para esperar simplesmente que “alguém faça alguma coisa”. Por outro lado, uma entidade de voluntários tem suas limitações. O socorro a um animal de rua pode abranger um atendimento veterinário, um procedimento cirúrgico, medicamentos, hospedagem temporária, alimentação, somente para citar algumas necessidades. Se você puder ajudar com alguns destes itens, nós tentaremos auxiliar com os demais. Sua participação é essencial. É ela que torna possível o funcionamento da entidade e é através dela que surgem novos voluntários. O envolvimento com o atendimento a estes animaizinhos costuma fazer brotar a tão necessária semente do voluntariado. Costumamos ouvir as pessoas dizerem: “procuramos vocês porque se chamarmos o Centro de Controle de Zoonozes eles recolhem o animal e matam”. Fazendo assim, você estará apenas repassando o problema quando o importante é atuar na solução, ajudando no que for possível. Sua participação pessoal ou financeira é que nos permite essa postura ética com relação aos animais. Finalizando, exija coerência em todas as esferas: dos governos federal, estadual e municipal, de seus representantes eleitos, da ONG em favor da qual você vá atuar, de seus familiares, de seus vizinhos e, principalmente, de você mesmo. A DIRETORIA www.bichoderua.org.br O Jornal Bicho de Rua é um informativo da Ong Projeto Bicho de Rua, publicado bimestralmente pela Tomo Editorial, CNPJ: 00713226/0001-30, fone/fax: (51) 3227.1021. Jornalista responsável: Celso Schröder (RP MTB 5207) Coordenação: Márcia Scarparo Simch Projeto gráfico e arte: Ricardo Martins Fotografia da capa: Luis Eduardo Robinson Achutti Colaboraram nesta edição: Claudia Batistella Scaf, João Carneiro, Josette Prunes, Leonor Klüber, Luciane Bossle, Mara Costantin, Marcelo Baraldi Spera, Maria de Nazareth Agra Hassen, Martin Steppe, Rogério Britto, Thais Regina Silva Sangiovanni, Valério Gonzáles Ouriques. Atendimento comercial: Eliana Ferreira (51) 9806.0570 Tiragem: 5.000 exemplares Impressão: Gráfica Gazeta do Sul e-mail: [email protected] www.bichoderua.org.br Caixa Postal: Caixa Postal 15547 Ag. Vila Jardim CEP 91311-970 Porto Alegre/RS – Brasil O Jornal Bicho de Rua não veicula anúncios de comercialização de animais ou que violem de alguma forma os seus direitos. Patrocínio: Unificado (www.unificado.com.br) e Tomo Editorial (www.tomoeditorial.com.br) CianMagentaAmareloPreto O bicho da vez Homenageie seu animal de estimação! Envie uma foto digitalizada do seu amicão ou amigato no formato mínimo de 640 X 480 pixels para o e-mail [email protected] ou uma foto convencional para a Caixa Postal 15547 Agência Vila Jardim - Porto Alegre/RS - Cep 91311970, no período de15/01/05 a 10/02/05. As dez melhores fotos, selecionadas por nossa comissão julgadora serão divulgadas no site www.bichoderua.org.br no link Bicho da Vez (página inicial). Você poderá votar no seu favorito no período de 12/02/05 a 05/03/05. Eleja o Bicho da Vez para a terceira edição do jornal Bicho de Rua. Conheça agora o Bicho da Vez que, dentre os dez candidatos, num total de 1823 votos, obteve 769 votos (42,18%). Esse é o breve relato da Silvia Lago sobre a sua amigona: “Esta é a Maria Leopoldina. Ela foi adotada há três anos, cheia de pulgas, com uma enorme inflamação no ouvido. Hoje ela está linda e reina feliz entre suas irmãs gatas, também adotadas.” Cartas Moro em São Paulo e fiquei encantada ao receber um exemplar do Jornal Bicho de Rua de meu filho que reside em Porto Alegre. Como educadora achei a iniciativa maravilhosa, o conteúdo informativo e ao mesmo tempo delicado e carinhoso. Todas as escolas deveriam receber esse jornal e divulgá-lo entre seus alunos. Na escola da minha neta o Jornal fez o maior sucesso e muitas crianças ficaram entusiasmadas em procurar ONGs similares aqui do estado para adotar animais ou mesmo iniciar-se na atividade do voluntariado. Parabéns à toda a equipe do Jornal Bicho de Rua. Ivone Baraldi Spera - São Paulo Gostaríamos de parabenizá-los pelo lançamento do Jornal Bicho de Rua, que certamente será um meio de divulgação importante para a causa do bem-estar animal e para as questões éticas envolvidas nesse tema. Será mais um aliado na luta pela conscientização da posse responsável. Norma Centeno Rodrigues, Diretora do Curso de Medicina Veterinária/ULBRA a formação total do indivíduo deva fazer parte do cotidiano das nossas escolas. Por isso apostamos numa escola preocupada com a formação intelectual mas, também, com a formação física, emocional, espiritual e ambiental dos nossos alunos. A compreensão de que fazemos parte de um universo onde devemos conviver em harmonia com os demais seres humanos, com a flora e a fauna do nosso planeta é fundamental para que consigamos construir uma sociedade mais fraterna e solidária (...). É desde a infância, e na fase escolar, que aprendemos a respeitar todas as formas de vida e percebemos que fazemos parte de um mesmo universo. Precisamos incluir nas atividades escolares, um relacionamento maior entre os seres humanos e os demais seres vivos, e dar um maior enfoque aos animais domésticos por serem os mais próximos. Este aprendizado irá auxiliar as crianças e adolescentes a perceberem a importância dos animais no nosso dia-a-dia, o quanto podem ser nossos parceiros, companheiros, amigos, nos ajudando, inclusive, a melhorar a nossa qualidade de vida (...). Ao refletir esta realidade dentro das escolas estaduais, a Secretaria Estadual da Educação estará sensibilizando professores, estudantes e as comunidades escolares sobre a importância da posse responsável, da castração para evitar a superpopulação de cães e gatos abandonados pelas ruas das cidades, da prevenção de zoonoses advindas do contato dos seres humanos com os animais, bem como sobre os sofrimentos causados pelos maus tratos (...). José Fortunati, Secretário Estadual de Educação Uma das preocupações básicas da Secretaria Estadual da Educação é a busca de uma formação holística dos nossos estudantes, compreendendo que (Leia na íntegra a carta do Secretário acessando o site www.bichoderua.org.br, clicando o link Mural e, em seguida, o link Cartas). Caríssimos, autorizeime garimpar alguns desenhos da Julia Achutti (7 anos, dona do gato Mel que, adotado, virou Leo) para retribuir os votos todos, aos que conseguem ser humanos e aos animais de verdade. Abraços. Luis Eduardo Robinson Achutti, Fotógrafo Remeta sua mensagem para o e-mail [email protected] ou para a caixa postal 15547 - Agência Vila Jardim - Porto Alegre/RS - CEP 91311-970. ........................................................................................................ ONGs & defesa animal A luta é de todos :: O ativismo em torno da causa dos animais reúne diversas ONGs e associações de defesa. Na diversidade de formas de atuação está nossa unidade e união. O JORNAL BICHO DE RUA abre espaço à divulgação do trabalho das entidades associadas à luta. www.duasmaosquatropatas.com.br - Porto Alegre/RS www.alpa.org.br - São Leopoldo/RS www.eugostodebicho.com.br - Porto Alegre/RS www.suipa.org.br - Rio de Janeiro/RJ www.arcabrasil.org.br - São Paulo/SP :: Cada vez mais pessoas se preocupam com o bemestar animal. A prova disto é a mobilização na formação de novos grupos e ONGs. Agora, podemos contar com mais um grupo de defensores que trabalhavam individualmente em benefício dos animais abandonados e resolveram unir forças nesta luta. Nossas boas-vindas para a ONG Luz Animal, cujo site é www.luzanimal.rg3.net :: O Projeto Bicho de Rua agradece aos alunos, professores e funcionários do Unificado pela campanha de doação de ração realizada durante o mês de dezembro passado. Foram arrecadados cerca de 40 quilos de ração, que serão encaminhados a cães e gatos que vivem nas ruas ou estão abrigados em lares temporários. www.bichoderua.org.br 3 Jornal Bicho de Rua Mães Adotivas As surpresas amorosas da natureza crias. São incapazes de abandonar a família, mesmo não sendo seus filhotes biológicos, o instinto materno fala mais alto. Temos também o exemplo da Mel, uma fêmea canina que amamentou e cuidou de três gatinhos órfãos, o Cavanhaque, a Léia e o Refluxo e agora, mais recentemente, foi agregada ao time de “mães do bem” uma cadela pitbull que pariu apenas um filhote morto e já foi escalada para dividir as tarefas de dar de mamar e cuidar dos bebês, com a Laila e a Preta. Lindo! 3 mães e 16 filhotes, diferentes em cores, portes e idades, e unidos pelos laços do verdadeiro amor. Existem situações na natureza em que, muitas vezes, nos perguntamos: Será verdade? Como pode um animal irracional ter tamanho discernimento quanto à necessidade de outro semelhante? Como o amor desses seres pode ser tão puro? Um amor que ultrapassa o preconceito e a diferença entre espécies? Essas são histórias de mães biológicas e mães adotivas. De filhotes da mesma espécie e de espécies diferentes que a necessidade e o amor uniram... Claro, com a intervenção de madrinhas humanas que organizaram os encontros e hoje curtem o sucesso da empreitada... A Preta foi recolhida numa situação emergencial: estava começando a cavar um buraco no jardim de uma clínica ortopédica, para dar a luz a seus filhotes... já pensaram? Ela iria ser enxotada dali, com certeza! E já imaginaram parir os filhotes na terra? Estava chovendo, uma desgraça... Preta foi recolhida por duas madrinhas e, no dia seguinte, teve seus filhotes abrigada do sol e da chuva. Era filhote que não acabava mais... nasceram 11 no total! Quando o parto acabou é que se percebeu o quanto ela se encontrava magra e debilitada, estava pele e osso, e com uma diarréia terrível. Vimos que iria ser desgastante para essa mãezinha a tarefa de alimentar 11 filhotes. Foi Mel amamentou e cuidou de três gatinhos órfãos Uma interpretação técnica - Segundo o médico veterinário Paulo Ricardo Dreyssig, as interações entre espécies, seja nos termos de busca da sobrevivência, ou simplesmente nos aspectos de sociabilização, têm um componente genético comprovado e outro componente comportamental evidente. “Quando verificamos uma cadela com pseudociese (falsa gestação)”, afirma, “o comportamento de acolhida de filhotes adotivos e a afetividade ficam mais aguçados por um componente hormonal/psicológico bastante marcante. Podemos fazer uso disto com muita tranquilidade, nos aspectos de, por exemplo, amamentação”. Algumas espécies animais têm um comportamento de vida em “bandos”, e essa característica explica uma série de histórias que escutamos e/ou presenciamos de interações espécie-espécie, inclusive entre predadores e predados. quando surgiu uma luz: uma cadelinha dacshund moradora do local, a Laila, estava com gravidez psicológica, com muito leite nas mamas, então resolvemos colocar alguns filhotinhos para ver qual seria a reação dela ao amamentá-los. No início ela ficou meio assustada mas logo depois acolheu os filhotes e virou uma supermãezona! Os animais nunca descartam suas crias. Depois de uma semana, surgiu mais um São incapazes de abandonar a família, mesmo não problema, ou melhor, mais cinco sendo seus filhotes biológicos, o instinto materno pequenos problemas: cinco cãezinhos fala mais alto. orfãos, com poucos dias de vida, que Nesses casos, um cuidado especial deve ser foram abandonados à própria sorte por algum observado quando o predado encontrar um predador humano... Então resolvemos colocar os bebezinhos ativo. O predado não conseguiria identificar no para mamar na Preta. Antes disso, foi preciso dar predador o real perigo... banho neles e colocar medicação contra pulgas e Dentro dessas aproximações entre espécies, é carrapatos (específico para bebês) pois estavam importante ressaltar que, se houver um terceiro animal completamente interagindo, devemos verificar com cuidado sua infestados. A Preta, aceitação em relação aos demais. Deve ser sempre supermãezona, aceitou levada em consideração a questão hierárquica: se mais esses! Agora Preta e alguns personagens desta história se sentirem invadidos Laila fazem um ou desafiados, poderemos ver situações de revezamento na hora de agressividade, que podem levar a brigas, inclusive dar de mamar. com possibilidade de óbitos. Tudo isso que aconteceu Na vida selvagem ou silvestre vemos muitos exemplos demonstra como é a interativos. natureza dos animais. Eles Para que seja necessária a interferência determinística nunca descartam suas do animal homem, afirma Paulo Ricardo Dreyssig, as situações devem ser avaliadas no sentido de se verificar se o animal dominado está sofrendo uma alteração radical e perniciosa da sua rotina natural. Se Preta e Laila fazem um isso não estiver ocorrendo, evita-se a intervenção e revezamento na hora de dar permite-se que a natureza siga seu curso. de mamar aos órfãos Projeto Bicho de Rua CNPJ 07.143.437/0001-97 Banco do Brasil - Agência: 3876-8 Conta corrente: 7982-0 Colabore! O seu depósito viabiliza as ações em favor do bem-estar de animais abandonados. CianMagentaAmareloPreto 4 Jornal Bicho de Rua PATROCÍNIO Sorte tem o Walter, 7 anos, que tem por avó a dona Lili Adam Buchholz. Isso porque Walter acompanha e concorda com as idéias dessa senhora independente, generosa, inteligente, contadora de histórias e, o melhor, que adora animais. No pátio do apartamento dela, vivem atualmente oito cachorros, todos recolhidos da rua. Dona Lili é exemplo em muitos sentidos e ajuda a desmitificar a idéia de que há pessoas que preferem ajudar os animais aos humanos. Dona Lili exerceu o voluntariado muito antes do termo entrar em moda, primeiramente na Santa Casa e depois, por muitos anos, atuou no serviço chamado Enterro do Pobre. Naqueles momentos em que pouco consolo há, o serviço garante aos pobres um enterro gratuito e digno (veja mais no box abaixo). Além desse traço, porém, dona Lili tem outro. Quando vê um animal sofrendo, ela nem pensa em resolver o caso telefonando para alguma entidade ou transferindo o “problema”. Aos 73 anos, ainda é ela quem recolhe, encaminha, faz o possível e o impossível para salvar o seu protegido. Por isso e por mais tudo o que ela conta, vale a pena conhecer essa mulher exemplar. PBR. Onde a senhora nasceu e quando nasceu na senhora o interesse pelos animais? Eu nasci no município de Pelotas, mas hoje é um local que foi emancipado, se chama Morro Redondo, fica a 40 km de Pelotas. Tenho muito orgulho dessa emancipação porque meu irmão, que foi vereador, lutou por ela. É uma colônia alemã, onde se fazem doces deliciosos. E meu amor pelos animais, ih, veio desde sempre. Meu pai criava perdigueiros e outros cachorros. Eu ajudava a cuidá-los. Lembro que eu era muito pequena, não havia ainda luz elétrica e, quando aconteciam partos à noite, meu pai dizia para a minha mãe: não faz barulho, a Lili vai querer levantar! Infelizmente, já fui muito criticada por isso. Um dia, eu e mais outra senhora estávamos na praça e havia um cachorro em sofrimento. Então, nós estávamos procurando ver o que ele tinha. Aí parou uma moça, bem arrumada e disse: eu fico muito admirada de vocês. Por quê?, perguntamos, pensando que ela ia nos ajudar. Quando tem tanta criança e tanto velho Umexemplo vivo de abnegação estou licenciada, mas torço muito pelo Enterro do Pobre. Ali, a gente atende uma mãe que perdeu o único filho, outra cuja filha morreu queimada, dramas e dramas. Na Associação, cada pessoa contribui com o que pode, não existe contribuição fixa. O fato é que nunca faltou um caixão. É uma coisa triste e ao mesmo tempo gratificante podermos dar afinal um descanso digno para a pessoa, não ser enterrada de uma maneira tão triste, às vezes são pessoas que trabalharam a vida inteira. Uma vez, eu recolhi uma cachorrinha muito machucada, e levei ao hospital veterinário. Um conselho de veterinários e estagiários decidiu que a cachorrinha não teria salvação. Daí eu disse para a doutora responsável: parece que eu sou perseguida pelo que não tem mais solução!. Ela perguntou a que eu me referia, contei do Enterro do Pobre e tal, e ela disse: vamos tentar, mas eu não prometo nada. Pois ela fez a cirurgia, e foi, e foi, a recuperação e tudo, e por fim a cachorrinha veio cá para casa, onde viveu por mais quatro anos! Uma beleza! PBR. A senhora mora há muito tempo nesse apartamento? A história da minha vinda para cá é muito interessante. O cidadão que morava aqui antes tinha uma cachorra, que aparece aqui nessa foto (aponta a fotografia na parede). O dono do apartamento só o alugaria para quem ficasse com a Diana, que gostasse, que cuidasse bem. Apareceram muitos pretendentes, mas ele escolheu a mim. E foi assim que vim para cá. Foto: Luis Eduardo Robinson Achutti PBR. E o seu neto? Ele a acompanha nesse amor pelos animais? O Walter William é meu único neto e herdou de mim o gosto pelos animais, em especial pelos cachorros. Ele tem o maior carinho! Eu acho que é muito bom porque isso o torna um cidadão bom, amoroso, como são as pessoas que amam os animais. Quando dos protestos contra a lei que permitiu o sacrifício dos animais em rituais, o Walter me acompanhou na Praça da Matriz. PBR. Dona Lili, fale um pouco sobre os seus animais. um caixão muito rústico e dali a pouco voltaram com Olha, atualmente eu tenho a Lídia, a Lina, a Preta, a o caixão vazio. Ao perguntarem, descobriram que se Olívia Dutra, o Lico, o Pombo e o Mootli, que tem 15 tratava de uma cova aberta, onde dois ou três mortos anos. eram jogados, e o caixão servia apenas para o Cada um tem uma história muito particular e eu os fui transporte de pessoas que morriam na Santa Casa. E recolhendo e tratando, uns fazem tratamento contínuo. depois disso, elas ficaram tocadas e iniciaram um livro E eles são meus amigos, companheiros fiéis. de ouro com o qual percorreram casas de comércio, Eu me dedico aos animais porque eles não têm o como a Masson, a Bromberg, e conseguiram poder da expressão, da fala, para dizer se estão com doações. Assim, surgiu em 1934 o grupo Quando vê um animal sofrendo, ela nem pensa em dor, com fome. chamado União São Francisco de Paula. resolver o caso telefonando para alguma entidade ou Não que eu descuide das pessoas. Amo as pessoas. Então, elas encomendaram os primeiros transferindo o “problema”. Aos 73 anos, ainda é ela quem caixões, que foram guardados no porão da Não sei se eu posso dizer isso, mas pela minha recolhe, encaminha, faz o possível e o impossível para experiência de vida, amo ainda mais os animais. casa de uma das senhoras do grupo. Assim salvar o seu protegido Claro que tem exceções. começou a divulgação, foi feito um estatuto, segundo o qual este enterro seria precisando de auxílio, vocês perdendo tempo com PBR. Apesar de estar dizendo isso, a senhora é uma unicamente para indigentes. Com o tempo, se cachorro!! Eu disse: Bem, então vamos conversar um pessoa muito vivaz e alegre. Quero dizer que essa chegou a ter mais de 600 associados. Nesse meio pouquinho, eu já vi que tu te interessas pelo social, e constatação da realidade não lhe altera tempo, muitas dessas pessoas faleceram e hoje faltam eu te pergunto a que instituição tu pertences, em que internamente, a senhora é uma pessoa alegre e muito doações. ramo tu trabalhas, porque de repente algo que vem bonita... A minha participação começou lá por 1983 e se para nós, não nos serve e então nós podemos te Isso, felizmente. Quando me criticam pela disposição deveu a um acidente, quando fui atropelada por um repassar. Nós temos uma “caixinha” que é para os em ajudar os animais, eu respondo: que bom que eu carro que não venceu a curva. Fiquei toda quebrada. cães, de rifas, de contribuições, mas que tambem é sou assim, quem sabe um dia eu vá precisar cuidar de Muitas pessoas me visitaram, e uma delas era uma para qualquer pessoa que necessitar de um remédio. ti. Ou às vezes dizem: ah, é esclerosada, sozinha, viúva, associada do Enterro do Pobre. Me perguntou se eu Tu perguntas por mim aqui na minha rua pelo meu carente... Só que a minha família, apesar de reduzida, queria participar, eu quis e, assim, na reunião posterior primeiro nome e todo mundo me conhece, se é muito unida e tudo o que eu não sou é carente. indicaram meu nome. A primeira assembléia de que souberes um caso triste, um enterro que tu precises... participei, ainda Ela ficou vexada. estava de muletas. Participei Serviço: A União São Francisco de Paula funciona de domingo a domingo, em Porto PBR. Como começou o Enterro do Pobre e como foi o de várias funções Alegre. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (51) 3227-1765. Para conhecer o Enterro do Pobre, ligue para (51) 3227-1765 ou vá à Rua General Bento seu ingresso nesse Serviço? na Associação, Martins, 306, Porto Alegre. Por depósito bancário - Santander: agência 0001, conta A história do Enterro do Pobre é muito bonita, porque tive cargo em corrente 0201351729 - Banrisul: agência 100, conta corrente 0621658702. Para obter o foram cinco senhoras pelotenses, há quase setenta benefício do enterro, a família deve ser pobre, conforme avaliação de um assistente diretoria, fui do social do hospital ou da Central de Atendimento Funerário, que faz o encaminhamento. anos que, certa vez, ao visitarem o cemitério São conselho fiscal, Miguel e Almas, viram dois ou três homens carregando tesoureira. Hoje CianMagentaAmareloPreto CianMagentaAmareloPreto Ciano Amarelo Magenta Preto 6 7 www.bichoderua.org.br Jornal Bicho de Rua Jornal Bicho de Rua PATROCÍNIO Para adoção Para esses animais, a felicidade não custa nada. Não compre, adote! E seja muito feliz com eles... Peludinha Sou a Loirinha, uma fêmea adulta de aproximadamente 3 anos. Tenho porte médio e um pêlo lindo! Estou desverminada e tenho castração garantida. Fui retirada da rua após quase ser atropelada. O carro chegou a encostar na minha patinha mas só doeu um pouquinho... Minha dinda me salvou e fui medicada, e agora estou hospedada aguardando um lar. Espero que você venha me conhecer. Sou muito carinhosa e boa guarda! Contato para visitação pelo fone (51) 3332.1138 em horário comercial ou 9669.7150 com Marcia, ou e-mail [email protected] Catatau Quando cheguei na casa que me acolheu, eu tinha um pouco mais de 2 meses e tinha piolhos e pneumonia. Fui tratado e minha dinda disse que eu não ficaria muito tempo com ela pois eu era muito bonitinho e, com certeza, arranjaria logo um novo lar. Após me recuperar da pneumonia, tive uma recaída e precisei de um novo tratamento. Me recuperei bem mas o tempo foi passando e eu não fui adotado. Hoje estou com 1 ano, sem piolhos, forte, grande e bonito. Meus programas favoritos são passear de carro e brincar com os filhotes de humanos. Tenho também muitos amigos caninos nesse lar temporário onde estou hospedado, e é por isso que preciso arranjar uma casa onde eu possa ser filho único ou ter 1 ou 2 irmãos adotivos. Tenho certeza que você não vai se arrepender, se me adotar pois vou cuidar da sua casa e ser seu companheiro fiel. Contatos: (51) 3061.3459 / 9957.7720 ou pelo e-mail [email protected] Loirinha A Peludinha é uma linda bebezinha, dócil, brincalhona, linda. Foi criada com mais 10 irmãos de sangue e 5 irmãs adotivas e, como a família era imensa, chegou a ter três mães... sendo uma delas uma pit bull cheia de amor para dar! Pois bem, a Peludinha acaba de completar 60 dias de vida, já recebeu sua primeira dose de vacina óctupla e já está desverminada. Na verdade, ela está pronta e ansiosa para ser adotada por uma família que dê muito carinho e atenção. Contatos: (51) 3384.1890, em horário comercial. Não temos muito o que reclamar da vida! Vivíamos em um terreno com mais cinco cães, uns seis gatos e um casal de humanos que saíam todos os dias para cuidar de carros nas ruas. Para nossa sorte, tínhamos vizinhos que nos traziam comida todos os dias e, para provar que quem cuida de animais também se preocupa com humanos, eles também traziam roupas e comidas para nossos companheiros humanos. Uma dessas vizinhas esterilizou e vacinou todos os animais que viviam lá. Eles também colocaram um portão, para que não saíssemos mais para a rua, pois alguns dos nossos amigos acabaram morrendo atropelados. No fim, sobraram cinco cães, e os gatos, espertos, se aconchegaram nas casas vizinhas. Acontece que, em dezembro, morreu a nossa companheira humana e o companheiro dela foi embora! Os vizinhos que não gostavam da gente, chamaram a carrocinha mas, como somos muito sortudos, a nossa madrinha (aquela que nos esterilizou) está pagando hospedagem em uma clínica para nós. Só que ela não pode pagar hospedagem para cinco cães por muito tempo. Mas nós temos certeza, para que a sorte continue com a gente, que você vai ligar, vai nos visitar e adotar um de nós. Nós somos a Penélope, o Cruel, o Júnior, a Pequena e a Kindi, e estamos sadios, limpinhos, vacinados e castrados, esperando a sua ligação. Contatos pelos fones (51) 3231.1142 (hor. com) ou 9957.7720 Meg Cosme e Damião Esta é a Meg, tem cerca de um ano de idade, é muito brincalhona , inteligente e amorosa, mas tambem é muito carente porque foi achada abandonada na rua. Entretanto, já aprendeu a fazer as necessidades no jornal e a se comportar na rua. É vacinada, desverminada e castrada. Para adotála, entre em contato com Nadia pelo fone (51) 3331.1373 Somos o Cosme e o Damião. Recebemos esse nome pois fomos encontrados jogados no meio da calçada da rua da igreja em Capão da Canoa. Não estávamos lá por vontade nossa, fomos levados por dois homens bêbados que tentavam nos vender e ameaçavam nos jogar no meio da rua caso ninguém nos quisesse... Graças a Deus que a nossa dinda passou e nos tirou desses malvados! Ela nos deu um banho pois tínhamos areia, pulgas e carrapatos, deu papinha e uma caminha bem legal para a gente dormir e, pela primeira vez na vida, nesse dia, dormimos e sonhamos com o lindo futuro que teremos! Somos dois machinhos de 45 dias, já fizemos a primeira consulta com a Dra. Claudia e fomos desverminados e vacinados. Agora só falta mesmo ir morar com alguém que nos ame de verdade e nunca nos abandone! Somos uns amores, para nos conhecer liguem para (51) 9669.7150 com a dinda Marcia ou pelo e-mail [email protected] Tininha Betty Boop Oi, eu sou a Tininha! Bem pequena e bonitinha. Muito ativa e brincalhona. Estou com 8 ou 9 meses e já fui desverminada, castrada e vacinada. Minha dinda disse que eu sou um tesouro! Meu pelinho é caramelo bem brilhante e tenho porte pequeno. Venha me conhecer e me levar para a sua casa!!!! Adoções pelo fone (51) 9669.7150 ou pelo e-mail [email protected] Sou uma cadelinha cheia de charme... Fui encontrada vagando pela rua deserta sem pai, nem mãe! Ninguém por perto sabia de onde eu tinha vindo, e eu também não lembro! Devo ter quase dois meses, sou muito brincalhona, esperta e comilona. Acho que vou ser de porte pequeno mas o importante é que eu aprendo muito rápido. Já faço minhas necessidades no jornal e, em menos de uma semana no meu lar temporário, já atendia pelo meu nome. Espero que você venha me buscar logo para que eu possa te mostrar as melhores brincadeiras de um filhote, como morder um pezinho humano! Contatos pelo fone (51) 9957-7720 ou mail [email protected] O ato de adotar um animal exige amor e consciência. É o momento mágico, onde o coração e a mente, a sensibilidade e a compaixão se transformam em ação e a nossa vida, juntamente com a desses seres, é definitivamente alterada... para melhor! Barbie Susi Estas bonequinhas têm aproximadamente 2 meses. A Susi é a branquinha e é a mais “arteira”. A Barbie é amarelinha e adora brincar com a mana Susi, só é um pouco mais calminha... A mãezinha delas resolveu tê-las em uma calha de um telhado. Os filhotes foram crescendo e dando passinhos mais largos até que o maninho delas caiu em um vão, muito fundo e estreito, entre um muro e outro. Por sorte, ele foi salvo e, no outro dia, adotado. Para evitar que acontecesse o mesmo com as bonequinhas, elas estão aguardando adoção, bem seguras na casa da dinda. Contatos pelo fone (51) 9957-7720 ou e-mail [email protected] Fofinha Melão Melão, o cachorrinho de olhos de mel. Tinha sarna e vagava pela cidade, atrás de um amigo. E bastava olhá-lo para que o rabinho abanasse. O Melão achava então que tinha encontrado um amigo para sempre. Mas ele tinha muita sarna, e isso assustava as pessoas que o espantavam. Ele não entendia, e continuava seguindo o novo amigo. Um pé batendo no chão, e ele sabia: epa, esse também não me quer!! Hoje, recuperado da sarna, e com o pêlo praticamente de volta ao seu lugar, Melão só espera a oportunidade de ser visitado, novinho em folha. Pode ser para passar o fim de semana! Ou uma casinha para passar uns dias, só para ele poder mostrar tudo o que conhece de brincadeiras e verdadeira amizade. Contato: (51) 9965.3455 ou pelo e-mail [email protected] Happy Gatinho de aproximadamente 2 meses, pelagem preta e branco, procura um lar com carinho, amor, comidinha, água fresca e caminha fofa. Promete retribuir com muitas lambidinhas e ronronados. Contatos pelo fone (51) 3231.1142 (hor. coml) ou e-mail [email protected] A Happy é uma gatinha jovem, muito carinhosa. Devia ter aproximadamente 4 meses quando foi encontrada, faminta e muito magra. Um pouco assustada, ela se chegou, interessada na comida mas, quando percebeu que, além da comida iria ganhar carinho, se entregou e deixou que a levassem. Hoje ela está castrada, deve estar com 7 meses de idade, e aguarda a adoção juntamente com outros 7 gatos sendo que, por ser muito dócil, ela acaba apanhando um pouco de alguns companheiros. Por isso, ela necessita de um novo lar com urgência. Contatos: (51) 9957.7720 ou e-mail [email protected] Esta doçura de gatinha ganhou seus três filhotes ao relento. Foi recolhida com os bebês e, no mesmo dia, adotou como seus mais três gatinhos que haviam sido abandonados ainda com os olhinhos fechados. Dos seis gatinhos, dois ainda estão com ela, já prontos para adoção. Ela será entregue castrada. É muito amorosa e adora carinho. Tratar pelo fone (51) 9179.1963 ou e-mail [email protected] Doa-se lindos gatinhos com 60 dias, desverminados, vacinados e com castração garantida. São espertos, brincalhões e carinhosos. Tratar pelo fone (51) 9179.1963 ou e-mail [email protected] Tenho aproximadamente seis meses e, até o momento, tenho dona... só que ela já disse que vai me jogar na rua... que triste, não??? A única coisa que a está impedindo é que uma amiga se prontificou a anunciar-me aqui no site... para ver se tenho um pouco mais de sorte e encontro um dono... infelizmente esta pessoa não pode me adotar.... ela já tem muitos e não dá mais conta de todos... agora corro contra o tempo... e... se alguém não se prontificar... logo, logo não terão como impedir... e serei jogada na rua... será que você pode me ajudar? Contatos com Ramona (51) 3217.0370 e Zeni 3223.8323, ou e-mail [email protected] Este gato está morando na Faculdade de Farmácia, mas não pode permanecer lá. Os alunos de pós-graduação estão alimentando-o, mas ninguém pode ficar com ele... É dócil e brincalhão, e necessita urgentemente de um novo lar. O Projeto Bicho de Rua oferecerá consulta, banho e castração sem custos para o adotante. Contatos: (51) 3351.7323 com Mara ou (51) 3316.5326 com Martin (hor coml) Negrinha Ao saírem de uma situação de abandono e desprezo para o convívio e aceitação em um lar, os animais demonstram, tanto quanto nós, humanos, a felicidade, gratidão e paz de um relacionamento respeitoso e harmônico. Esse tipo de relação só o amor é capaz de criar! A Negrinha teve sorte. Foi resgatada das ruas quando estava em situação de risco. Agora aguarda quem queira levá-la para casa. Está desverminada, vacinada e com castração garantida. Contatos pelo fone (51) 3231.1142 (hor. coml) ou e-mail [email protected] AGRADECEMOS A COOPERAÇÃO DIVULGANDO NOSSAS MENSAGENS, INDICANDO O SITE E AJUDANDO MUITOS ANIMAIS A ENCONTRAR UM LAR. CONHEÇA OUTROS AMICÃES E AMIGATOS PARA ADOÇÃO EM NOSSO SITE. 8 Jornal Bicho de Rua PATROCÍNIO Vantagens da Alimentação de esterilização precoce aves em cativeiro Este termo se refere a uma alteração palpebral que consiste na inversão de uma parte ou toda a margem palpebral, causando irritação por fricção dos cílios ou pêlos na córnea (camada externa e transparente dos olhos). Este trauma pode resultar em ulcerações, perfuração corneana ou pigmentação escura da córnea (ceratite pigmentar). É muito comum em cães da raça Shar-Pei, Chow-Chow, Buldog, Pug e Poodle, ou gatos com o focinho curto como Persa e Himalaia. Geralmente, identificamos estas alterações da pálpebra em animais com menos de um ano. Os sinais clínicos que os animais apresentam variam com o grau da lesão da córnea e o tempo em que as alterações vêm acontecendo. Quando a irritação é mais leve e mais no canto do meio do olho (medial), o paciente apresenta lacrimejamento contínuo (epífora crônica), que é muito comum em poodle e maltês. Em casos mais intensos, notamos secreção mucóide à purolenta nos olhos, com bastante dor, relutância em olhar para a luz e permanência de olho fechado. Esta alteração tem grande influência genética na conformação da face e suporte das pálpebras (ligamento), tanto em raças de focinho curto (braquicefálico), como em raças com muita dobra e cara larga com pele pesada. O tratamento de eleição para entrópio é a cirurgia plástica de reconstituição das pálpebras e posicionamento correto das mesmas em relação à córnea. Porém, não se recomenda realizar a cirurgia em pacientes com menos de 6 meses pois, com o crescimento, as modificações faciais ocorrem, possibilitando um procedimento definitivo, futuramente. Em cães jovens, utilizamos técnicas de sutura para evitar traumatismo ocular e permitir o desenvolvimento do animal até que possamos realizar um procedimento definitivo com maior sucesso. Normalmente, durante o tratamento utiliza-se colírios e pomadas oftálmicas com veículos lubrificantes e antibióticos para oferecer mais conforto ao paciente. É importante salientar que esta alteração (entrópio) é mais comum que imaginamos, o tratamento tem sucesso, porém os animais devem ser atendidos na hora certa, antes que as alterações anatômicas e funcionais se instalem definitivamente. Afinal, quem nunca ouviu falar daquele poodle que tem os pêlos do focinho vermelho, e sempre lacrimejando? Quando falamos em castração, o mais comum é o proprietário do animal esperar que as fêmeas entrem em cio ou que os machos fiquem sexualmente interessados ou, ainda, que comecem a demarcar território para, então, pensar na realização desta cirurgia. Deste modo, surgem crias indesejadas, aumentando, conseqüentemente, a população de animais errantes. Por esta razão, a esterilização precoce (gonadectomia pré-puberal), onde o procedimento cirúrgico é realizado em filhotes com idade de 6 até 16 semanas, vem sendo amplamente empregada, devido ao fato de que a maturidade sexual e a capacidade reprodutiva podem vir a ocorrer antes dos seis meses de idade nos cães e dos quatro meses nos gatos. Estudos revelam que a esterilização das fêmeas antes do primeiro cio diminui a incidência de tumores mamários para menos que 0,5%, e que gatas intactas (não-castradas) apresentam um risco sete vezes maior de câncer mamário, em comparação com gatas castradas. Para os machos, as vantagens da castração incluem diminuição da agressividade, dos comportamentos errantes (“fugidas”) e da micção indesejada, além de evitar doenças relacionadas aos hormônios, como problemas de próstata e hérnias, e controlar doenças como a epilepsia e a diabete melito. Estudos também demonstram que a esterilização precoce não tem demonstrado efeito adverso na função uretral no cão ou gato, e que gatos castrados possuem diminuição nos níveis de agressividade e maiores demonstrações de afeto. Além disso, os animais castrados não tendem a ganhar peso excessivo, se alimentados e exercitados apropriadamente. Dra. Claudia Batistella Scaf CRMV-RS 7664 Cada espécie de ave tem hábitos alimentares específicos. A ingestão de alimentos com baixo teor nutricional ou alimentos adequados, porém em quantidades excessivas, causam alterações negativas na formação dos tecidos do corpo e reduzem a resposta imunitária desses animais às doenças. Uma dificuldade em alimentar os pássaros corretamente é o instinto de só ingerirem alimentos aos quais foram habituados em filhotes, por isso, o primeiro passo é se informar sobre os hábitos alimentares da espécie de ave que você possui. As aves devem receber frutas variadas, cortadas em pedaços com casca e sementes. Verduras, legumes e tubérculos fazem parte da sua dieta e devem ser oferecidos regularmente. O alface provoca sonolência e é bastante associado a diarréias, podendo ser evitado, se for esse o caso. Os periquitos australianos têm o metabolismo de iodo deficiente e devem ser alimentados com misturas de semente ou rações específicas para a espécie. Os papagaios facilmente apresentam infecções respiratórias se estiverem com deficiência de vitamina A e a eles devem ser fornecidos alimentos ricos desta vitamina, como as pimentas. As aves não conseguem digerir a lactose presente no leite e, por isso, este alimento deve ser eliminado da sua dieta. Como regra, não se deve fornecer alimentos que a ave não possa achar na natureza. Evite usar certos produtos da alimentação humana, temperos, sal, doces, café, bolachas, bolos, massas e pães. Esses alimentos têm baixo valor nutricional e saciam a fome, fazendo com que a ave deixe de ingerir os alimentos adequados. Muito cuidado com alimentos suspeitos de contaminação por inseticida. Sob hipótese nenhuma seu pássaro poderá ingerí-los. As sementes devem ser compradas em embalagens fechadas e não a granel, prevenindo assim o risco de contaminação do produto e conseqüente envenenamento ou intoxicação. A boa alimentação proporcionará à sua ave uma vida longa e saudável. Dra. Thais Regina Silva Sangiovanni CRMV-RS 5089 Gente que gosta de bicho quer falar com você. CianMagentaAmareloPreto Novos cosméticos veterinários .............................................................................................................................................................. Dr. Valério Gonzales Ouriques CRMV-RS 6535 .............................................................................................................................................................. Problemas comuns nas pálpebras .............................................................................................................................................................. INFORME PUBLICITÁRIO TÉCNICO amicão, amigato&outros amigos O mercado cosmético para animais encontra-se em amplo crescimento. Cada vez mais, nossos amigos cães e gatos são tratados de uma maneira toda especial, quer com sua alimentação, quer com cuidados de higiene e estéticos. Como não poderia deixar de ser, a Alquimia Farmácia de Manipulação, tendo parte de seus profissionais com suas atividades voltadas para a saúde e bem estar dos nossos amigos animais, desenvolveu uma linha especial de produtos dermocosméticos veterinários, com matérias-primas importadas e específicas para as características particulares da pele dos animais e de suas estruturas derivadas, como pêlos, unhas, garras, etc. Diferentemente de nós, os animais não escolhem e nem reclamam da qualidade de seus produtos de higiene e limpeza, porém podem sentir - literalmente - na pele as conseqüências de um produto de qualidade duvidosa. Desta forma, tendo em vista esta preocupação permanente de levarmos aos nossos mascotes produtos de qualidade, desenvolvemos uma grande variedade de produtos que atendem aos mais diversos tipos de pelagem, e que contemplam shampoos tonalizantes para pelagens claras ou escuras, shampoos clareadores para os de pelagem branca, doadores de brilho, condicionadores, desembaraçadores, e colônias desenvolvidas com uma formulação especial, de modo que não se tenha nenhum tipo de irritação ao sensível sistema olfativo canino, mantendo assim nossos amigos com um cheiro agradável e por maior tempo possível após o banho. Nosso trabalho, fruto de uma dedicação de 12 anos, tem como tônica a melhora da saúde e da qualidade de vida , aqui no caso dos animais, e através de muita pesquisa e dedicação conseguimos viabilizar a administração de medicamentos e produtos em geral, melhorando sensivelmente a velocidade terapêutica dos tratamentos, proporcionando a felicidade e o bem estar das famílias de nossa sociedade, e os animais, mais do que nunca, integrantes efetivos de nossos lares. Consulte o médico veterinário de seu amigo e avie o produto prescrito na Alquimia Farmácia de Manipulação, teremos imenso prazer em atendê-lo e ao seu mascote. Rogério A. Brito Farmacêutico Responsável CRF 4343/RS www.bichoderua.org.br 9 Título: Todos os Animais Merecem o Céu Autor: Benedeti, Marcel Editora: Mundo Maior Edição: 2004 Sinopse: “Todos os Animais Merecem o Céu” conta como é a vida espiritual dos animais. A eutanásia, a reencarnação dos animais, a vida dos animais naquela dimensão e os sofrimento como meio de aprendizado e evolução. Além desses temas há passagens que contam por pormenores do regresso dos animais para a dimensão física nos momentos que antecedem o nascimento; incluindo desde a preparação do novo corpo ao parto. Inclui temas como a existência de colônias que cuidam dos animais na espiritualidade e comenta sobre os trabalhos das equipes espirituais que se ocupam com eles. Título: Linguagem Animal Comunicação Interespécies Autor: Smith, Penelope Editora: Mercuryo Edição: 1 / 2004 Sinopse: É possível conversar de fato com os animais? Entender o que eles dizem? E eles entenderem você? Neste livro, a autora Penélope Smith afirma que conversar com animais não é uma questão intelectual. É uma questão do coração. É preciso retirar os bloqueios emocionais e os preconceitos. Penelope Smith, que desde 1970 desenvolve técnicas de comunicação com animais, ensina como você pode transformar de forma impressionante o relacionamento com o seu amigo animal, ou até com animais selvagens. Suas técnicas foram testadas e comprovadas na prática, e complementam o conhecimento científico atual, bem como os métodos tradicionais. Adotados Estes são alguns dos animais que encontraram um lar através da divulgação e intermediação do Projeto Bicho de Rua. Bela Belinha Bicuíra Carmela .............................................................................................................................................................. Sugestões de livros .............................................................................................................................................................. Jornal Bicho de Rua Antes e Depois Aqui, casos especiais de animais que foram resgatados, tratados, anunciados e muitos já encaminhados para novos lares. Os relatos e fotos mostram o precário estado de saúde no momento do recolhimento e a evolução após o tratamento. Veja outros casos em nosso site. Mancha: recuperação na hora certa O Mancha estava perdido no bairro Petrópolis no início de outubro e escondeu-se em uma garagem, todo enroladinho. Foi encontrado pela dona da casa que ficou penalizada e avisou duas vizinhas que estão sempre envolvidas com animais abandonados. Ele é um filhote, tinha por volta de 4 meses e estava completamente subnutrido, tomado de sarna, com abscessos infeccionados, sem nenhum pêlo na carinha e pouco no corpo. Mal conseguia abrir os olhinhos, só conseguindo abanar o rabinho quando ganhou carinho e comida. Na verdade, foi “salvo pelo gongo”, pois não teria sobrevivido muito tempo no estado em que estava. Ele foi imediatamente levado pelas madrinhas Isabel e Gicelda a uma clínica veterinária, onde foi tratado com banhos, remédios e, principalmente carinho. Em menos de um mês ele já estava curado, lindo e alegre. Ele é um cachorrinho maravilhoso, de pequeno porte, brincalhão - adora brincar com todos os outros cães, é carinhoso e dócil. Desde então, ele está esperando um dono que continue lhe dando o carinho que tem recebido na clínica e das madrinhas - certamente vai retribuir. Casos como este é que nos fazem ter cada vez mais a certeza de que vale a pena ajudar esses bichinhos desamparados... Nossa gratificação é vê-los abanando o rabo, felizes. Contatos para conhecê-lo: (51) 3332.1138 (horário comercial); ou com Gicelda (51) 3338.9560; ou Isabel (51) 3336.7312 / 9113.6085. Mancha estava completamente subnutrido, tomado de sarna, com abscessos infeccionados, mal conseguia abrir os olhinhos. Não teria sobrevivido muito tempo no estado em que estava Máscara Título: 100 Perguntas que seu Cão Faria ao Veterinario Nico Autor: Fogle, Bruce Editora: Nobel Edição: 1 / 2002 Sinopse: O texto está estruturado de forma divertida. O autor colocou na ´boca´ dos cães cem perguntas ligadas ao cotidiano e distribuídas por assunto, em oito capítulos: instintos e comunicação; emoções e comportamento; treinamento; sexo; dieta; viagens; indisposição e doença; toalete e cuidados preventivos. Cada pergunta merece uma resposta clara, objetiva e esclarecedora. É um livro que informa de maneira bem-humorada a todos aqueles que querem conhecer melhor o seu ´melhor amigo´. CianMagentaAmareloPreto Tica Titã Khalil foi encontrado em uma estrada, tomado de sarna, carrapatos e pulgas. Em apenas 20 dias de tratamento transformou-se neste cão alegre e iluminado A transformação salvadora de Khalil Khalil é um lindo mestiço de Dogue Alemão, tem aproximadamente 8 meses. Quando foi socorrido, em dezembro do ano passado, ainda tinha os caninos de leite. Foi encontrado em uma estrada, tomado de sarna, carrapatos e pulgas. Estava muito fraquinho e cansado de tanto andar. Seu estado era lastimável. Seu olhar triste, cansado. Com apenas 20 dias de tratamento transformou-se neste belo cão, que hoje tem um brilho especial e transmite tanta alegria e gratidão. É um cão dócil, muito ativo e brincalhão, que adora brincar com crianças e outros animais. Gostaríamos de agradecer à madrinha Claudia que, mesmo não podendo acolhê-lo por muito tempo, acreditou que por trás daquela sarna se escondia um cão que merecia uma chance. Ela lhe deu essa chance e Khalil conseguiu um novo lar, rapidinho. Agora, feliz na casa nova, ele fica torcendo para que outras pessoas tenham a mesma bondade que sua madrinha, e façam o mesmo com outros bichinhos de rua. Quando tudo parece estar perdido... um pequeno gesto de amor pode transformar uma vida. Acreditem nisso! 10 Jornal Bicho de Rua PATROCÍNIO É o Bicho! Não é o Bicho! Resenhar um livro que não tem palavras é quase um contrasenso. Afinal, a intenção da autora foi prescindir delas. Trata-se de um livro para o público infantil, chamado A Raça Perfeita. Sim, palavras há: no título e nos créditos finais. No mais, é uma história contada em seqüência de fotos que receberam intervenções da artista plástica genial que é a Angela Lago (vale a pena conhecer o site www.angelalago.com.br). Na história, um laboratório bem típico, portanto assustadoramente asséptico e tomado de equipamentos, vai recebendo cachorrinhos das mais variadas raças. O cientista de rosto enevoado vai misturando todos, e se supõe que está selecionando as melhores características de cada raça e, dessa mistura aterrorizante, cuja crueldade fica expressa nos olhinhos arregalados das cobaias, surgirá enfim a raça que dá nome ao livro. Toda a técnica laboratorial assim como uma revolta dos animais resultará num cusquinho matusquela, meio destrambelhado saindo do túnel da transformação e causando em nós surpresa nenhuma: a raça perfeita é viralata. Claro que o livro oferece também outras interpretações, até mesmo a óbvia relação com o nazismo. De qualquer forma, esse livrinho de projeto gráfico irretocável deve ser lido (?) por todas as crianças e explicado pelos adultos e, por mostrar que raça não é documento, A Raça Perfeita é o Bicho! LAGO, Angela & LOTUFO, Gisele. A Raça Perfeita. Porto Alegre : Editora Projeto, 2004. Como é possível um parlamentar apresentar um Projeto de Lei sem avaliar criteriosamente se o mérito da questão é de foro legal, ético ou mero gosto pessoal? Nesse questionamento citamos o deputado federal Reinaldo, do PTB/RS, que propôs a proibição e penalização de cidadãos que colocassem nomes próprios de pessoas em seus animais de estimação. Devido ao absurdo da proposta e ao sarcasmo e deboche da sociedade ao receber esse desconsiderável projeto, o mesmo foi retirado de pauta... Como é possível que policiais quando no cumprimento de seu dever, após a autuação e fechamento de um estabelecimento ilegal, que era utilizado como arena de rinha de galos e conseqüente prisão de seus freqüentadores possam ser afastados das suas atividades e transferidos de suas cidades? Nesse questionamento encontramos como resposta o fato de um dos autuados ser o marketeiro da Presidência da República, Duda Mendonça, que nesse episódio, além de não negar o fato, ainda justificou-se dizendo que todos sabem desse seu “hobby”... Conclusão: políticos despreparados, assessores equivocados e eleitores desinformados são um perigo para a sociedade e para os animais. Essa combinação explosiva Não é o Bicho! .............................................................................................................................................................. classibicho GUIA DE PROFISSIONAIS, PRODUTOS E SERVIÇOS · Clínica Veterinária · Farmácia · Pet Shop · Banho e Tosa Valério Gonzales Ouriques Médico Veterinário CRMV-RS 6535 Claudia Krefta de Souza Médica Veterinária CRMV-RS 6188 Fornecemos GTA. Atendemos a domicílio. Av. Wenceslau Escobar, 2053 - Tristeza - Porto Alegre/RS Fone (51) 3268.6882 [email protected] Rua Januário Scalzilli, 209 - Santa Teresa Porto Alegre - RS - Cep.: 90850-470 Fones: (51) 3231.1142 - 911.23.235 Hospital Veterinário Lorenzoni Clínica de Aves, Cães e Gatos Estética e Pet Shop Dra. Thais Regina Silva Sangiovanni CRMV-RS 5089 Rua João Caetano, 152 - Fone (51) 3334.9909 - Porto Alegre Tratamentos oferecidos: Profilaxia Radiologia Dental Exodontia Periodontia Endodontia Restaurações Ortodontia Cirurgia Oral Aviamos Fórmulas Médicas 50 ANOS DE CARINHO PARA SEU PET * Dermatológicas * Odontológicas * Cosméticas * Veterinárias * Ortomoleculares * Florais * Medicamentos em geral Plantão 24h - Atendimento Clínico/ Cirúrgico - Raio-X - Laboratório - ECG GTA - Telebusca - Estética - Pet Shop Rua Cel. Frederico Link, 45 – POA/RS Fones: (51) 3311.8811 e 3311.1930 E-mail: [email protected] RESPONSÁVEL TÉCNICA Dra. Claudia Batistella Scaf CRMV-RS 7664 Rua Barão do Amazonas, 1406 – Partenon/POA Fone (51) 3384.1890 e-mail: [email protected] Dra. Cintia P. Marquardt CRMV - RS 7698 Dra. Fernanda Müller CRMV - RS 7417 Av. Plínio Brasil Milano, 105 Bairro Auxiliadora - Porto Alegre - RS Fone: (51) 3888.7700 www.petodonto.com.br - [email protected] Vira-lata também vira bom negócio. CianMagentaAmareloPreto 3221.4239 Av. Getúlio Vargas, 217 - POA/RS www.bichoderua.org.br Jornal Bicho de Rua A COLUNA PET DICAS É UMA GENTILEZA DE ADESTRACÃO Dois é melhor que um A relação entre homem/animal melhora muito à medida em que pesquisadores e profissionais especializados avançam na compreensão dos aspectos relativos ao comportamento animal, oferecendo benefício ainda maior quando este conhecimento vai sendo transmitido para as pessoas que gostam e possuem animais de estimação. Uma interessante faceta da natureza é perceber as vantagens de criar dois ao invés de um animal em casa. Para quem quer e pode adotá-los em dose dupla, vale pensar nessa sugestão. Deixamos com você algumas dicas do comportamento animal e o testemunho de uma experiência onde dois foram, mesmo, melhor do que um. Socialização e liderança – Como os cães são animais que vivem em matilha, reconhecem os humanos também como cães pertencentes ao grupo, e conseqüentemente precisam se organizar para perpetuação da espécie. Para isso, possuem uma estrutura social própria, em escala hierárquica. O líder deve ser o dono dos animais e é interessante notar que, mesmo havendo este líder, entre os animais também há uma hierarquia estabelecida por eles! A melhor fase para desenvolver uma boa socialização do cão com humanos, outros animais e objetos, ocorre entre 50 a 85 dias de idade. Após esta fase, o cérebro do cão modifica-se, e a socialização tornase mais difícil e lenta. Isso não significa que seja impossível socializar o animal fora desta fase. A adoção de animais em épocas diferentes não é obstáculo para assumir mais de um animal abandonado. Quanto maiores as diferenças físicas (sexo, idade) e de temperamento entre os cães, menores serão as chances de conflito. Mais importante que estas diferenças é respeitar a hierarquia natural que ocorre entre eles. Ajude a ajudar Qualquer pessoa pode ajudar um animal abandonado. Se você encontrar um pela rua, precisando de ajuda, não pense que não pode fazer nada. Pode, sim! Ao encontrar um animal abandonado, você pode se tornar responsável por ele até que se encontre um lar definitivo. Existem hoje várias organizações que não possuem abrigo mas podem ajudar você a ajudar este animal de rua, através de parcerias com veterinários para realização de consultas, tratamentos, esterilizações e divulgando a adoção. Encontrei na rua Você pode ter sempre um “kit salvamento” com luvas, focinheira, coleira e guia, água e ração. Se encontrar um animal precisando de ajuda, não fique com receio e faça sua parte. Para chegar no animal, é preciso um pouco de cautela. Os animais de rua em geral são dóceis, mas muitos voluntários preferem usar a focinheira para não correr nenhum risco. Animais feridos podem reagir devido à dor e ao medo. Se você for oferecer comida, não dê muita de uma só vez, principalmente se ele parecer estar com bastante fome. Ofereça água e um local calmo para ele ficar. Provavelmente, após se sentir seguro, irá dormir por um bom tempo. Se você resolver levá-lo para casa, não deixe que entre em contato com os seus outros animais até ter certeza de que ele está saudável. CianMagentaAmareloPreto Companhia - Como foi dito, o cão é um animal social e, portanto, necessita compartilhar suas brincadeiras, experiências e aprendizados cotidianos com os demais do grupo. Quanto maior o contato com os animais de sua espécie, maior a facilidade de compreensão do ritmo de vida no qual está inserido, das atitudes e cuidados que devem tomar para aumentar sua socialização. (Fonte: “Adestramento Inteligente com amor, humor e bom senso”, de Alexandre Rossi, editora CMS) Depoimento “Num dia desses, ‘apareceu’ uma cachorrinha no meu bairro e, como se tratava de uma filhotona, resolvi ajudá-la. Resgatei-a de um estado lastimável de sujeira e desnutrição e, após consultas e tratamentos veterinários, lá estava ela, dentro meu do apartamento, um novo membro da família, esforçando-se para se adaptar ao ritmo da casa. Em dois dias já tinha aprendido seu nome, Nina, e aos poucos foi conquistando algumas mordomias, como dormir no sofá ou comer pão com manteiga no café da manhã. Como era a única espécie diferente no apartamento, aprendeu a brincar sozinha nas horas de trabalho dos outros moradores, mas à noite ela se tornava exigente, querendo bastante atenção. E, assim, tudo ia muito bem até que, em outro dia, mais uma cachorrinha desponta no bairro, também precisando de muita ajuda. Mais uma vez, em um processo semelhante de adoção, não poderia me esquivar ao quadro em que ela se encontrava. Ao adotá-la, inicialmente ficou claro que o convívio entre ambas iria requerer um pouco de paciência, devido à resistência natural da primeira cachorrinha. Ao longo do tempo, os conflitos de temperamento foram gradativamente diminuindo, como resultado da socialização entre as duas. Interessante notar que uma imitava a outra, onde uma estava, lá estaria também a segunda. Hora do banho? São solidárias neste sofrimento terrível... Quando estão sozinhas no apartamento, estou certa de que uma faz companhia à outra, dispensando maiores preocupações de minha parte, e o ciúme foi desaparecendo à medida em que demonstrei minha afeição sem preferências, uma questão bastante importante para que a relação entre animais que foram adotados em épocas distintas obtenha sucesso. Hoje o apartamento ganhou mais vida, mais alegria, devido às incansáveis brincadeiras entre ambas que substituíram a disputa por minha atenção. Liderança? Ah, sim, a Nina é a líder, e a Gorda nem se importa, para animais que vivem em grupos este comportamento é natural. Tenho aprendido muito com estas criaturas e considero importante adotar animais que foram ou nasceram abandonados nas cidades e, caso você tenha condições e oportunidade de arranjar um companheiro (a) para o seu animal de estimação, não hesite, adote. O seu primogênito de rua agradece!!” Mara Constantin, voluntária da ONG Bicho de Rua Enquanto o animal se recupera, você já pode ir procurando um novo lar para ele. Recolhi filhotes Se você encontrar filhotes recém-nascidos e não tiver como levá-los ao veterinário em seguida, prepare uma “mamadeira” com: - 1 1 1 1 copo de leite integral fervido, colher de sopa de creme de leite, colher de chá de mel gema de ovo. Existem outras fórmulas caseiras e algumas prontas no mercado, mas esta irá alimentá-los bem até que o veterinário possa os examinar. Ofereça a mistura ao filhote em conta-gotas, seringa ou mamadeira pequena, cuidando para mantê-lo na posição vertical para que ele não se engasgue. Nunca os segure como se faria com um bebê. Se eles ficarem de barriga para cima, o líquido pode ir para o pulmão. Mantenha essa preparação sob refrigeração, aquecendo, em banho-maria, apenas a parte que será utilizada na hora. Eles precisam ser alimentados, pelo menos, 6 vezes por dia. Depois de mamar, faça uma massagem com o seu dedo ou com um algodão umedecido em água morna, na barriga e na região do ânus do filhote, para ajudar na digestão e para estimular suas necessidades fisiológicas. Isso vale para cães e gatos. Estaremos tentando fazer o que a mãe deles faria com a língua. Agora quero fazer a doação Cada grupo de apoio aos animais possui seus meios de divulgar a adoção (site, feirinhas, anúncios, cartazes, etc.), mas o importante é que você faça uma boa adoção selecionando bem o futuro lar do seu protegido. Verifique se o pátio é bem fechado e, no caso de gatos em apartamento, se há telas de proteção nas janelas. Certifique-se de que o porte e o temperamento do cão é o mais adequado para o espaço físico que ele irá ocupar e para o tipo de pessoas que irão adotá-lo. Por exemplo, um cão de porte grande não é aconselhado para uma pessoa idosa ou com dificuldade de locomoção. O destino dele em minhas mãos Você tem outras opções quando encontra um animal na rua: encaminhá-lo para o Centro de Controle de Zoonoses, a famosa “carrocinha”, onde, dependendo do estado de saúde do animal, poderá ser sacrificado imediatamente, ou ficará para adoção por um curto período e, se não for adotado neste período, será sacrificado, independente do seu estado de saúde. Outra opção seria levá-lo para um abrigo que, na grande maioria dos casos, se transforma em depósitos de animais, sendo locais superlotados, tristes e disseminadores de doença. Ou você pode ficar com a guarda provisória deste animal, acompanhando sua recuperação do momento em que foi retirado das ruas até a porta do novo lar, e ter a certeza de que ele ficou bem, graças a você. 11 12 Jornal Bicho de Rua PATROCÍNIO Soltando os bichos!! 7 erros Opinião em defesa animal Isso não é um jogo e nem uma brincadeira, é a dura realidade vivida pelos cavalos na cidade de Porto Alegre. Ironicamente propomos que sejam descobertos os 7 erros da foto. As respostas se encontram abaixo, com um apelo à nova administração, e servem de chamada para uma longa e completa matéria sobre o assunto que será o destaque da terceira edição do Jornal Bicho de Rua. Agucem seus olhos e vamos em busca dos 7 erros. Agucem suas idéias e vamos em busca das soluções para esse problema! O amor impossível Sempre convivi com a dita normalidade, o previsível e reparo que em relação aos animais estou deixando de lado as regras, as unanimidades, e começo a me sentir muito à vontade junto das exceções. A partir daí as adoções de animais de rua passaram a ter novos critérios. Primeiro a Biba, encontrada no Parcão, seqüelada fisicamente, quero crer de um atropelamento pois não suportaria saber que a perninha que hoje balança sem conseguir tocar o chão tenha sido resultado de uma agressão humana. Ah, minha Biba... após um ano de convivência, descobri que a moça era portadora de um raríssimo parasita que normalmente nem gosta de cães mas que uma vez alojado destrói o rim do hospedeiro. Lá fomos nós para a cirurgia. Deu tudo certo! Biba ficou com um só rim e vida normal. Ao olhar para ela ainda lembro daqueles dias de preocupação... sua caminha colocada ao lado da minha durante o pós operatório, de onde, diga-se de passagem, nunca mais saiu. E aí vai um aviso: para aqueles que acham que o ser humano é o único animal que ri, atualizem-se: a vida é bela e a Biba ri! Depois o Kitinho, encontrado no bairro Jardim Lindóia, também com seqüelas motoras, magérrimo, um fiapinho de cão. Direto para uma cirurgia ortopédica que felizmente foi um sucesso. Hoje o rapaz nem manca, mas quando deita, sua perna operada parece com a de um gafanhoto. E mais um, o Macaco, encontrado na rua do Makro, com seqüela física numa das patas e com uma patologia ocular. Suas glândulas lacrimais não produzem lágrimas, assim, diariamente é preciso lubrificar seus olhinhos, para evitar infecções e desconforto. Em termos de adoção, de As pessoas morrem de pena deles mas quase ninguém faz alguma fato, passei a coisa para minimizar seus sofrimentos. Não conheço até hoje fazer parte ninguém que tenha morrido de pena mas imagino quantos alvos das minorias dessa pena morreram aguardando por uma ação... pois animais portadores de alguma necessidade especial, na maior parte das vezes nem são considerados como possibilidades reais de adoção. As pessoas morrem de pena deles mas quase ninguém faz alguma coisa para minimizar seus sofrimentos. Não conheço até hoje ninguém que tenha morrido de pena mas imagino quantos alvos dessa pena morreram aguardando por uma ação... Meus animais têm defeitos físicos? Sim. Mas são perfeitos em amor, fidelidade, amizade, companheirismo e reconhecimento. Para a Biba, a jornada incerta e dolorosa já passou, ela pode abrir seu “sorriso” e dormir tranqüila. Para o Kitinho, a fraqueza e a fome nem mais lembranças são... foram esquecidas. Para o Macaco, se não fosse a função fisiológica, as lágrimas lhe seriam desnecessárias pois o tempo de chorar já passou... Agora ele é feliz! E quanto a mim, o que mais posso querer? Posso querer convencê-los a adotar animais portadores de necessidades especiais, e a considerar, como eu, primeiro o animal e depois a deficiência. Esse é o amor impossível... impossível de ser explicado para aqueles que têm dentro de si o preconceito e impossível de não ser entendido e sentido por aqueles que já conhecem essa adorável faceta do relacionamento homem/animal! Marcia Scarparo Simch Cirurgiã Dentista Diretora de Marketing do Projeto Bicho de Rua sofrimento animal. Liberte os cavalos dessa cruel escravidão! situação, não permita que a inclusão social seja feita às custas do Alegre em pleno século XXI. Prefeito Fogaça, olhe com carinho essa competentes com esse absurdo que são as carroças em Porto E ainda, o erro mais crasso, o descaso, até então, das autoridades foto foi tirada no dia 05/10/2004 as 18:20hs na Rua Padre Chagas. o trânsito da carroças em vias públicas com intenso fluxo de carros. A ser um final de tarde ( em torno das 18hs), período em que é proibido 7 - O sétimo erro, não visível, é o horário, que pelas sombras sugere pelas costelas e ancas aparentes e cascos em péssimo estado. 6 - Condições de saúde precárias do animal. Magreza observável 5 - Presença de um menor desacompanhado em seu interior. animal meio corpo para fora do alinhamento dos carros. 4 - Carroça estacionada em local proibido (faixa amarela) e com o 3 - Sistema de freio do VTA (veículo de tração animal) é uma pedra. 2 - Fezes na via pública. lado externo. 1 - Carroça com excesso lateral pelos sacos de lixo colocados no Projeto Bicho de Rua CNPJ 07.143.437/0001-97 Banco do Brasil - Agência: 3876-8 Conta corrente: 7982-0 Colabore! O seu depósito viabiliza as ações em favor do bem-estar de animais abandonados. CianMagentaAmareloPreto
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doutorado em 1987 no Instituto de Psicologia da USP, em São Paulo, porque é apaixonada por psicologia animal e não havia essa cadeira na graduação. Eu precisava entender o laço que une os animais ...
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