Material de apoio canal de Suez

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Material de apoio canal de Suez
O homem e suas obras de engenharia
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A importância do Canal de Suez
Livro Geografia crítica (José Willian Vesentini e Vânia Vlach)
O Canal de Suez é uma das vias marítimas mais importantes do mundo e
um dos grandes focos da economia do Egito. É o eixo de união entre o
Oriente e Ocidente (tem 163 km de extensão). Situado em terras do Egito,
no istmo que une a África à Ásia.
Coube ao francês Ferdinand Lesseps a realização do projeto desse
importante canal interoceânico que liga o Mar Vermelho ao Mar
Mediterrâneo. A região faz parte da fossa africana em que se incluem as
penínsulas do Sinai, circundadas pelos golfos de Suez e de Akaba, no Mar
Vermelho.
A construção do Canal de Suez encurtou distâncias, sobretudo no sentido
Europa - Extremo Oriente - Índia e vice-versa. Favoreceu o povoamento
nas margens do Mar Vermelho e uniu a Europa agro-industrial aos
grandes mercados de matérias-primas da Ásia, sobretudo o petróleo,
dando vivacidade aos portos da Europa, Ásia e África, principalmente.
Em 25 de abril de 1859 o primeiro golpe de picareta foi dado por Lesseps,
em Port Said, e em 27 de novembro de 1869 o canal foi inaugurado
oficialmente pelo governador do Egito, Ismail Pacha.
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O canal de Suez é o maior canal sem comportas e, desde o Mediterrâneo até ao Mar
Vermelho, passa por três lagos. Ao norte o lago Manzala, depois o lago Timsah e ao sul
os lagos Amargos.
Apesar de estar em solo egípcio e de ter sido construído por mão-de-obra egípcia, o
canal de Suez pertenceu ao Reino Unido até 1956. Na verdade, esse canal foi construído
com capital inglês e tecnologia francesa.
Durante mais ou menos um século, esse canal funcionou a todo o vapor, com grande
circulação de navios. Dois fatores contribuíram para diminuir a sua importância:
- o grande porte dos navios modernos, tornando difícil sua passagem pelo canal;
- as guerras entre árabes (principalmente do Egito) e israelenses, que tornaram essa área
insegura e extremamente militarizada.
Com uma largura de no máximo 120 m e uma profundidade de 11 m, o canal de Suez
não permite que os gigantescos navios mercantes atuais - sobretudo os superpetroleiros,
que carregam mais de 300 mil toneladas de carga (às vezes até 500 mil) - trafeguem por
ele.
Além disso, a Guerra dos Seis Dias, em 1967, envolvendo Israel e Egito e alguns outros
países árabes, tornou essa travessia perigosa. Isso porque, com a colocação de minas
nessas águas pelos israelenses, qualquer navio que estivesse a serviço de algum país
árabe, transportando petróleo, seria afundado como represália. Assim, a rota pelo
oceano Índico, passando pela África do Sul, ou seja, pelo Cabo da Boa Esperança, voltou
ser mais utilizada para trasnportar o petróleo do Oriente Médio, apesar de ser bem mais
longa.
Nos últimos anos o Egito vem tentando reformar esse canal, tirando as minas que foram
colocadas durante a guerra e ampliando seu leito.
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Em 1888, a Convenção de Constantinopla definiu que o Canal de Suez
deveria servir a embarcações de todos os países mesmo em tempos de
guerra. Inglaterra e Egito assinaram, em 1936, um acordo que assegurava
a presença militar do Reino Unido na região do canal por um período de
20 anos.
Com a retirada das tropas inglesas, em 1956, o presidente egípcio Gamal
Nasser iniciou um conflito ao nacionalizar o canal e impedir a passagem
de navios com a bandeira de Israel. Neste mesmo ano, com o auxílio do
Reino Unido e da França, o exército israelense invadiu o Egito. Derrotado,
mas contando com o apoio da ONU, dos EUA e da União Soviética, o
Egito garantiu o controle sobre o canal. O preço do apoio foi a abertura do
canal para a navegação internacional.
Em 1967, com a Guerra dos Seis Dias (conflito entre Israel e a frente árabe,
formada por Egito, Jordânia e Síria), a passagem é novamente fechada. A
partir de 1975 o Canal de Suez é reaberto para todas as nações do mundo.
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Tema: O continente Africano
Material de apoio
Disciplina: Geografia
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Série: 3ª Ensino Médio
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E.E. Dr.Raul Venturelli
Professora: Cristiane Savoldi

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