FRUIÇÃO POÉTICA E GLORIFICAÇÃO DA VIDA

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FRUIÇÃO POÉTICA E GLORIFICAÇÃO DA VIDA
Revista Eletrônica de Ciências Humanas, Letras e Artes
FRUIÇÃO POÉTICA E GLORIFICAÇÃO DA VIDA: O HEDONISMO EM RAUL DE LEONI
Nagib Pereira da Rocha (FAFISM) 1
Introdução
T
ranscorridos oitenta e cinco anos da publicação de Luz Mediterrânea e diante
da cada vez mais evidente constatação da grandeza lírica de Leoni por parte da
crítica, sua obra poética continua objeto de estudo, como o demonstram as
recentes reedições do seu livro pelas editoras Topbooks (2000) e Martins
Fontes (2001), as quais vão acompanhadas de valiosos estudos críticos que pretendem nos fazer
entender um pouco mais a grandeza do autor.
À evidência de que sua poesia torna-se cada dia mais apreciada e mais difundida (com
essas constantes reedições), esbarramos no fato de que ler Leoni talvez não seja tão simples
como a claridade dos seus versos possa nos fazer parecer. Isso porque, conforme opinião de
vários críticos e até mesmo de outros poetas, tais como Manuel Bandeira, Leoni:
[...] é um poeta diferente, de expressão muito cuidada e elegante, mas não se
confunde com os cultores do parnasianismo em agonia. O modernismo ainda não
surgira; o simbolismo já não dava mais frutos. É um espírito imbuído de
pensamento clássico, a que acrescenta um desencanto moderno, no sentido
filosófico. Esse poeta não fará escola: demasiado civilizado, sua aristocracia natural
há de marcá-lo e isolá-lo. (BANDEIRA apud MELLO, 2006, p. 60)
Não bastasse essa singularidade, e também as peculiaridades de situar-se no exato
momento de transição literária do início do século XX, hoje chamado mais convencionalmente
de pré-modernismo, encontramos no poeta alguém cuja cultura e a profundidade de uma alma
curiosa dos abismos, inquieta da existência e doente do Além foi capaz de compor versos que,
não obstante a clareza da forma, revelam um eu-poético protéico, multifacetado, isto é, com a
alma cindida, como demonstra o fragmento abaixo retirado do poema Do meu evangelho:
A alma da gente muda tanto nesta vida,
Na sua história escrita sobre a areia,
Que um dia, ao recordar-se de si mesma,
Numa hora esquecida,
Já nem se reconhece mais e sente,
Estranhamente,
Que tudo aquilo que ela está lembrando
São as recordações de uma alma alheia!...
A doutrina epicurista foi, talvez, a fonte (filosófica) principal na qual nosso poeta buscou
as respostas para tentar compreender a experiência de ser ao mesmo tempo Ator e espectador
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do drama humano. Afirmando ter vivido profundamente todas as grandes realidades vivas,
conhecendo, com isso, a vida a fundo, (Gaia ciência), Leoni parece ter encontrado, em Epicuro
e na sua doutrina, um modus vivendi no qual a existência e o mundo deixam de ser dolorosos e
dão lugar a uma experiência fruída do ser.
...ET OMNIA VANITAS...
... E vive assim... Como filosofia
O Prazer, como glórias e esperanças
Uma vida espontânea e correntia
E um gesto irônico ao que não alcanças!
Seja a vida um punhado de horas mansas,
Numa felicidade fugidia:
A piedosa ilusão de cada dia
E o bailado de sombras das lembranças.
Ama as coisas inúteis! Sonha! A Vida...
Viste que a Vida é uma aparência vaga
E todo o imenso sonho que semeias,
Uma legenda de ouro, distraída,
Que a ironia das águas lê e apaga,
Na memória volúvel das areias!...
Epicuro e o hedonismo
A fim de avançarmos nos propósitos deste trabalho, convém determo-nos, por um breve
instante, naquele que é, talvez, a principal fonte geradora do pensamento e da gênese
comportamental da vida de Raul de Leoni. Ao que parece, o seu comportamento e, por
conseguinte, seus imperativos expressos em diversos versos, têm como principal característica a
presença marcante da filosofia hedonista advinda dos preceitos do filósofo grego Epicuro.
Nascido na região da Grécia em 341 a.C., Epicuro vê surgir, no horizonte de seu tempo,
uma nova configuração política sobre a Grécia. Com a revolução política e cultural causada pelas
conquistas do macedônio Alexandre, a cultura helênica, como era conhecida na época clássica
desmoronará para dar lugar a uma nova era: a Pólis e, com ela todo o arcabouço sóciopolítico e
filosófico construído para sustentá-la, vem ao chão.
Com a fúria expansionista do conquistador macedônio e seu projeto de uma monarquia
divina universal, que uniria não só as diversas cidades, mas também os países e raças
conquistados, a Grécia e, principalmente, seu modelo de Cidade-Estado, sofre um golpe mortal.
Com o esfacelamento da importância sóciopolítica da Pólis também “encontravam-se assim
destruídos aqueles valores fundamentais da vida espiritual da Grécia clássica que constituíam o
ponto de referência do agir moral” (REALE; ANTISERI, 1990, p. 228).
A identificação entre homem e cidadão era, para os gregos, algo que integralmente
ainda hoje é desconhecido por nós. Platão e Aristóteles edificaram suas filosofias sobre essa
base. Seus escritos éticos apoiados nessa identificação foram feitos para justificar em grande
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parte esse ideal grego da Pólis. Contudo, com o domínio de Alexandre, foi:
[...] dissolvida a antiga equação entre o homem e cidadão, o homem é obrigado a
buscar sua nova identidade. Esta nova identidade é a do indivíduo. [...] Como
conseqüência da separação entre o homem e o cidadão, nasce a separação entre
“ética” e “política”. A ética clássica, até Aristóteles, era baseada no pressuposto da
identidade entre homem e cidadão; por isso, era baseada na política e até
subordinada a ela. (REALE, 1990, p. 228-9)
Herdeiro de todo essa mudança estrutural da vida grega, Epicuro vai fundar uma escola
de filosofia em Atenas, por volta de 307-6 a.C. Nela, ele ensinará sua filosofia moral e sua ética,
apoiada, sobretudo, na idéia de prazer.
A filosofia moral, a partir de Sócrates, [...] fixou perfeitamente o estatuto da
ética. Esta deve estabelecer a essência do homem, a sua areté peculiar, o seu bem
específico e, portanto, o seu modo de viver para alcançar esse bem que o torna
feliz. De Sócrates a Aristóteles, concordemente, a especulação moral estabeleceu
que o bem moral do homem não é outro senão a atualização da sua essência, o
realizar-se e fazer-se plenamente o que ele é, e que a felicidade se alcança sempre e
somente por essa via da completa realização da própria essência.
Também Epicuro condivide essa formal concepção da ética, então
irreversivelmente adquirida, mas separa-se nitidamente da linha socráticoplatônico-aristotélica na determinação da essência do homem, isto é, na
determinação do próprio fundamento da ética. E sobre este ponto ele é totalmente
coerente com os princípios da sua lógica e da sua física. Como a natureza em geral
é constituída por átomos materiais e agregados de átomos, assim também a
específica natureza do homem é constituída por agregados de átomos: o agregado
de átomos da alma e o agregado de átomos do corpo; ambos materiais. Se material
é a essência do homem, material será necessariamente também o seu bem
específico, aquele bem que atuado e realizado, torna feliz. Qual seja esse bem, a
natureza considerada na sua imediateza no-lo diz sem meios termos, mediante os
sentimentos fundamentais do prazer e da dor (assim como sem meios termos nos
diz o que é verdade mediante a sensação). Os seres vivos, desde o nascimento,
instintivamente buscam os prazeres e instintivamente fogem das dores. (REALE,
1998, p. 203-4)
A partir das considerações de Reale, o que concluímos foi que o princípio e fim do agir
humano deveria ser o prazer, uma vez que, realizado, torna o homem feliz. Porém, cabe
esclarecer que esse prazer não deve ser interpretado como o tem sido hodiernamente o
hedonismo, ou seja, como busca de um prazer em si mesmo, ou simplesmente, pelo que ele
proporciona ao homem
O epicurismo deve ser interpretado não só aqui como também em qualquer chave de
leitura, não como um ensinamento puramente hedonista e ligado ao prazer. Antes, ele deve ser
relacionado com o principal propósito de Epicuro, que prescrevia o caminho do prazer como
forma de ascensão ao verdadeiro prazer, último e completo, que era a ausência de dor no corpo
(aponía) e a ausência de perturbação da alma (Ataraxia). Logo, a felicidade plena, segundo a
doutrina hedonista de Epicuro, sustenta-se no paradoxo de que, para ser plenamente feliz, o
homem deve aprender a viver cada vez mais com menos:
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O hedonismo epicurista reconhecia que o ponto de partida para a felicidade está
na satisfação dos desejos físicos, naturais. Mas essa satisfação, para não acarretar
sofrimentos, deve ser contida, reduzindo-se ao estritamente necessário: sábio é
aquele que ‘com um pouco de pão e de água rivaliza com Júpiter em felicidade’.
(JOYAU; RIBBECK, 1980, p. XII)
Enfim, embora se tratando do filósofo Epicuro e de sua doutrina, podemos aplicar as
palavras abaixo dos historiadores da filosofia Giovanni Reale e Dario Antiseri à figura e obra do
poeta fluminense:
Para os homens de seu tempo, agora privados de tudo o que tornava a vida segura
para os antigos gregos e atormentados pelo pavor e pela angústia do viver, Epicuro
indicava um novo caminho para o reencontro da felicidade e pregava uma palavra
que era como que um desafio à sorte e à fatalidade. Mostrava que a felicidade pode
vir de dentro de nós, embora as coisas estejam fora de nós, porque o verdadeiro
bem, à medida que vivemos e enquanto vivemos, está sempre e somente em nós: o
verdadeiro bem é a vida, para mantê-la basta pouquíssimo e esse pouquíssimo esta
à disposição de todos, de cada homem – e todo o resto é vaidade. (REALE;
ANTISERI, 1990, p. 250)
A afirmação glorificada da vida e o poeta pagão
De tudo que dissemos nos tópicos acima a respeito da poesia de Leoni, mas também
quanto à filosofia de Epicuro, parece-nos pairar, tanto em uma, quanto em outra, uma prédisposição em favor da vida. Aliás, o epicurismo é, em sua essência, uma filosofia da existência,
ou um modo de vivê-la. Assim, apesar do decadentismo que vez e outra atravessa os versos de
Leoni, do ceticismo que aqui e ali se insinua em sua maneira de ver o ser humano, não obstante
tudo isso, Luz Mediterrânea é um livro de glorificação da vida.
Seja quando nos convoca a uma vivência pelo instinto, recomendando “a fruição das
alegrias da vida sem maiores inquietações metafísicas” (ALCIDES, 2001, p. LXVI), seja
recomendando a distração como atitude serena diante da vida, que anula a possibilidade de
angústia derivada da dúvida, o poeta fluminense aparece como alguém a fazer a defesa dos
sentidos no lugar da razão. Conforme afirma OLIVEIRA (2000, p. 168), “sendo apologia dos
sentidos, Luz Mediterrânea é a poética da glorificação da vida.” Diante da vida que passa, do
mistério sobre o qual repousa, nada de retê-la; nada de buscar uma verdade no fundo do nosso
ser. O que devemos é ter uma atitude distraída como chave para nossa filosofia de vida. É o que
atesta o fragmento retirado do poema Exortação:
Deixa-te ser!... e vive distraído
Do enigma eterno sobre que repousas,
Sem nunca interpretar o seu sentido!
E terás, de harmonia com tua alma,
Essa felicidade ingênua e calma,
Que é a tendência recôndita das coisas!...
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Essa atitude distraída aparecerá em diversos momentos de sua poesia tal como no
poema já citado aqui ...Et omnia vanitas, ou ainda, no poema Egocentrismo, sempre conotando
uma entrega irrestrita à vida, sem buscar compreendê-la mesmo quando as adversidades nos
fazem sofrer sem trégua e sem guarida:
SERENIDADE
Feriram-te, alma simples e iludida.
Sobre os teus lábios dóceis a desgraça
Aos poucos esvaziou a sua taça
E sofreste sem trégua e sem guarida.
Entretanto, à surpresa de quem passa,
Ainda e sempre, conservas para a Vida
A flor de um idealismo, a ingênua graça
De uma grande inocência distraída.
A concha azul envolta na cilada
Das algas más, ferida entre os rochedos,
Rolou nas convulsões do mar profundo;
Mas inda assim, poluída e atormentada,
Ocultando puríssimos segredos,
Guarda o sonho das pérolas no fundo.
Avançamos na compreensão da poesia de Leoni como glorificação da vida se, junto à já
falada entrega irrestrita à vida pelos sentidos, a associarmos a um veio ideológico levantado por
alguns críticos que observaram em alguns versos leonianos uma visão pagã da existência.
Embora esse veio interpretativo fosse descartado por muitos críticos, que não admitiam
a coexistência do cristianismo e do paganismo no interior dos versos, a presença evocativa de
um misticismo primitivo, anterior a Cristo, ligado ao culto panteísta, onde a divindade era a
própria Terra, e, por conseguinte, o próprio Homem, passou a vigorar. Segundo LYRA (2000, p.
28), em virtude da educação católica que recebeu e que era também a de sua esposa, Raul de
Leoni deu ao cristianismo alguma precedência, mas, até mesmo por ser colocado
posteriormente, numa outra fase poética do autor “o paganismo acabará se definindo com
alguma preferência”.
Logo, a poesia passa a ser para o poeta a forma de louvar, pela Beleza, a vida em sua
concretude. “Permanece o paganismo do desfrute descompromissado da existência e, ainda que
admita e corteje o cristianismo, o que ele reivindica se define à margem da ortodoxia e do
dogmatismo, para abrigar a felicidade terrena.”(LYRA, 2000, p. 47). O cristianismo, assim,
orienta-se também para o hedonismo, torna-se singularizado e pessoal, deixando de lado sua
integridade dogmática, transformado que foi pelo poeta:
CRISTIANISMO
Sonho um cristianismo singular
Cheio de amor divino e de prazer humano;
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O Horto de Mágoas sob um céu virgiliano,
A beatitude com mais luz e com mais ar...
Um pequeno mosteiro em meio de um pomar,
Entre loureiros-rosa e vinhas de todo o ano,
Num misticismo lírico, a sonhar
Na orla florida e azul de um lago italiano...
Um cristianismo sem renúncia e sem martírios,
Sem a pureza melancólica dos lírios,
Temperado na graça natural...
Cristianismo de bom humor, que não existe,
Onde a Tristeza fosse um pecado venial,
Onde a Virtude não precisasse ser triste...
Leoni, como ele mesmo diz, era um poeta evocador de símbolos profundos, possuidor
de uma alma, curiosa dos abismos, inquieta da existência e doente do Além.... Portanto, seu
hedonismo/paganismo foi, em sua vida, a busca de uma cura, e é, na sua poesia, segundo
OLIVEIRA (apud LYRA, 2000, p. 168), a fonte de sua modernidade:
Num mundo como o nosso, corroído pelas éticas que negam a felicidade, a poesia
que restaura a glória de amar - amar belamente, amar guiado pela beleza - torna a
Terra a residência da alegria. E esta é a poesia de Raul de Leoni.
Conclusão
Após percorrer alguns pontos da obra de Raul de Leoni, pudemos conhecer um pouco
de uma poesia que é hoje muito mais conhecida do que foi ontem. De fato, quanto mais o
tempo passa, maior se torna o público apreciador da arte poética leoniana e maiores tornam-se
também os desafios da crítica na tentativa de enquadramento (será isso possível?...) da poesia
desse poeta helenista.
Conseguimos identificar algumas das trilhas por onde a poesia de Leoni se envereda,
graças a isso é que fomos capazes de mostrar a influência sofrida pelo poeta da doutrina
epicurista e como ela se manifestou em seus versos através de uma atitude poética glorificante
da vida. E ainda, como o paganismo transparece e contribui para o entendimento da visão
hedônica da existência feita pelo poeta.
Podemos concordar que ler os versos de Luz Mediterrânea é percorrer um caminho de
leitura onde saboreamos, além da beleza de versos bem acabados, também a beleza do
descobrimento interior, descobrimento subjetivo e afirmador da vida que passa. A poesia de
Leoni é uma proposta de apreciação e deleite da vida, enquanto lugar da experiência possível.
Ela é, realmente, uma poesia fruída e fruidora. Ou seja, nós a saboreamos e somos por ela,
ensinados a saborear.
REFERÊNCIAS:
A MARgem - Estudos, Uberlândia - MG, ano 2, n. 3, p. 31-7, jan./jun. 2009
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ALCIDES, Sérgio. Introdução. In: LEONI, Raul de. Luz mediterrânea e outros poemas. São Paulo: Martins Fontes,
2001.
JOYAU, E.; RIBBECK, G. Introdução. In: EPICURO. Os pensadores. 2. ed. São Paulo: Abril Cultural, 1980.
LEONI, Raul de. Luz mediterrânea e outros poemas. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
LEONI, Raul de. Luz mediterrânea e outros poemas. São Paulo: Topbooks, 2000.
LYRA, Pedro. Um instintivismo hedonista. In: LEONI, Raul de. Luz mediterrânea e outros poemas. São Paulo:
Topbooks, 2000.
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Topbooks, 2000.
REALE, Giovanni. História da Filosofia Antiga: os sistemas da Era Helenística. Trad. Marcelo Perine. 2. ed. São
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REALE, Giovanni; ANTISERI, Dario. História da filosofia: Antiguidade e Idade Média. 6. ed. São Paulo: Paulus,
1990. v. 1.
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