Underxmag - Revista Mergulho
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.com UNDERXMAG Underwater Expedition Magazine Julho / Agosto 2010 05 Sul do Egito Daedalus, Sataya e St Jonh’s Reef Portfolio Marcelo Krause Fotografia: Raio x de uma composição underxmag.com Bahamas Todas as opções para você curtir este paraíso caribenho Boto cor-de-rosa PADI Festival Melhores fotos do Flickr e muito mais !!! O Sedutor do Amazonas 100 Anos de Jacques Cousteau Por Kadu Pinheiro Golfinhos - Sataya - Mar Vermelho UNDERWATER EXPEDITION Top 10 Maio / Junho de 2010 Moray Steven Ko Chromodoris willani Vincent Chalias Bargibanti pygmy seahorse Steve De Neef mating train (Big Bertha) Bo Pardau Singing fish Raimundo Fernandez Nudi Steven Ko Top 10 Maio / Junho de 2010 2010-5 British Virgin Island Julian Cohen Top 10 Maio / Junho de 2010 Macro shot Steven Ko Hippocampus ramulosus Antonio Martin Maio e Junho: Best Shot Spellbound Matt Tworkowski UNDERXMAG .com Underwater Expedition Magazine Presidente e Editor: Ernani Paciornik Vice-Presidente: Denise Godoy [email protected] Vice-Presidente executiva: Silvana Cassol Redação Diretor de Produto: Alcides Falanghe [email protected] Editor-chefe: Kadu Pinheiro [email protected] Editor de Arte: Kadu Pinheiro [email protected] Revisão: Daniela Maximo Colaboraram nesta Edição: Marcio Lisa Kadu Pinheiro, Alcides Falanghe, Daniela Maximo Breitbarg Publicidade gerente: Alcides Falanghe [email protected] Endereço Av. Brigadeiro Faria Lima, 3064 10º andar - CEP 01451-000 São Paulo – SP – Tel.: (11) 2186-1000 08. Egito - Sataya, Daedalus e St John’s Reef 29. Greenpeace - Meio Ambiente 30. Bahamas - Caribe 40. Comandante Cousteau - 100 Anos de um Mito 46. Boto cor-de-rosa - O Sedutor do Amazonas 54. Equipamentos 56. Portfolio - Marcelo Krause 63. PADI Festival 2010 68. Foto-Sub: Behind the Shot 74. Sea Shepherd - Canal Aberto 76. Aquaworld - Notícias e Novidades Atendimento ao leitor Kadu Pinheiro - [email protected] Kadu Pinheiro por Cris Yuri Amigos leitores, nessa edição de número 05 temos muitas novidades: A partir de agora a Underxmag pertence ao grupo GR Um editora, junto com a revista Mergulho, mas não se preocupe, a Underx continua gratuita e sendo distribuida eletronicamente. Até o fim do mês de agosto estaremos lançando a versão para IPAD da revista, mais uma facilidade para você leitor, já antecipando a chegada do novo tablet da Apple aqui no Brasil. Nessa edição, preparamos uma matéria completa sobre o sul do Egito, a primeira parte da nossa 3ª expedição ao Mar Vermelho, e ainda: descubra todos os segredos das Bahamas, aprecie as fantásticas fotos do nosso fotográfo Marcio Lisa que mergulhou com os botos cor-de-rosa no Amazonas, e não deixe de ler a matéria dos 100 anos do pai de todos os mergulhadores, o mito: Comandante Cousteau, que completaria 100 anos de vida esse mês. Veja também a grave denúncia sobre a máfia japonesa da pesca de tubarões, registrada pelo fotógrafo Alex Hofford e divulgada pela Sea Shepherd Brasil. Águas claras e bons mergulhos Underxmag é uma publicação on-line bimestral e gratuita da GR Um Editora Ltda. ISSN 1413-408X. Kadu Pinheiro Editor Julho / Agosto de 2010. Jornalista respon sável: Denise Godoy MTb 14037. Artigos assinados não representam necessaria mente a opinião da revista. Todos os direi tos reservados. e-mail [email protected] Edição número - 05 Julho / Agosto de 2010 Foto de capa: Kadu Pinheiro 05 SUL DO EGITO - Sataya, Daedalus e St John’s Reef Por Kadu Pinheiro O Mar Vermelho guarda muito mais surpresas do que imaginamos. Regiões pouco exploradas e pouco visitadas começam agora a serem descobertas pelo público brasileiro, pois a muitos anos eram exclusivas dos europeus e asiáticos que já desfrutam das maravilhas do sul do Egito a tempos. Uma viagem ao Egito por si só já é exótica e fascinante. Ter a oportunidade de visitar as regiões mais remotas, quase intocadas com uma fauna marinha exuberante e diversificada, vale cada centavo e cada gota de suor despendidos na empreitada. Nossa expedição teve como rota os recifes de Daedalus, Sataya, e St John’s, três pérolas com características distintas e mergulhos bem diversificados. Saindo do porto de Marsa Alam, rumamos para o paraíso. 08 www.underxmag.com Sataya, Daedalus e St John’s Reef Sul do Egito por Kadu Pinheiro DAEDALUS REEF Daedalus reef, que em árabe recebe o nome de “Abu Kizan”, uma pérola perdida no Mar Vermelho, possui um velho farol inglês construído numa pequena ilha de areia fina despontando de uma imensa plataforma de corais e hoje é o principal elemento da paisagem. O recife, cuja extensão supera os 400 m², é tão somente a borda da extremidade superior de uma cratera vulcânica, em torno da qual se formou um imenso atol coralino. www.underxmag.com 09 Sataya, Daedalus e St John’s Reef Sul do Egito por Kadu Pinheiro Os mergulhos podem ser feitos ao longo de toda sua extensão, com a possibilidade de combinar diferentes perfis, observando sempre a movimentação das correntes, que podem ser muito fortes e mudar de uma hora para a outra, é um mergulho em condições oceânicas. O paredão oeste, recoberto por um tapete de gorgônias que alcançam uma altura de três metros, desce em diagonal até atingir um platô aos 30 metros de profundidade. 10 www.underxmag.com Sataya, Daedalus e St John’s Reef Sul do Egito por Kadu Pinheiro Ultrapassando essa formação natural que se estende no azul, pode-se dar início à descida ao longo de uma parede vertical revestida por uma enorme aglomeração de corais moles, na qual os peixes, com sua riqueza de cores, contrastam com o fundo marinho, onde é possível qualquer tipo de encontro. www.underxmag.com 11 Sataya, Daedalus e St John’s Reef Sul do Egito por Kadu Pinheiro 12 www.underxmag.com O paredão sul, por sua vez, é revestido de corais moles brancos, com uma gigantesca formação madrepórica recriando uma espécie de paisagem lunar. São muitas as espécies de peixes que adotaram esse habitat: uma multidão de peixes tropicais coloridos convivem com cardumes de peixes pelágicos, como barracudas, carangídeos, tubarões-de-arrecife, terminando com a imponente presença de tubarões-martelo que surgem inesperadamente do meio do azul. Sataya, Daedalus e St John’s Reef Sul do Egito por Kadu Pinheiro Em um desses encontros, após minutos de espera em meio ao azul, observei uma grande sombra a distância, estávamos a 35 metros de profundidade, e me posicionei de frente para a sombra que agora ganhava um contorno e uma forma acompanhada por outras sombras. O vulto deu lugar a um imenso tubarão-martelo, seguido de outros 25 que passaram por mim bem próximos e tranquilos, muitas fotos depois e a certeza de ter vivido um dos mais emocionantes momentos da viagem, voltei à parede do recife para terminar o mergulho em meio a imensa floresta de gorgônias e corais moles. www.underxmag.com 13 Sataya, Daedalus e St John’s Reef Sul do Egito por Kadu Pinheiro Sataya Este recife em forma de ferradura fica em mar aberto ao nordeste de Ras Banas. O lado oriental do recife tem um perfil de forte inclinação da parede, dando lugar a uma encosta de areia, repleta de cabeços de coral e pináculos na direção do canto sudeste do recife. O parte inferior do recife é pobre em formações. Os pináculos do Sul são especialmente ricos, com uma grande variedade de tipos de coral mole. 14 www.underxmag.com Cairo Sataya, Daedalus e St John’s Reef Sul do Egito por Kadu Pinheiro No Cairo, show de luzes nas pirâmides, mercado Khan El Kalili, visita à esfinge e ao museu do Cairo, são passeios indispensáveis para quem vem pela primeira vez ao Egito (e a segunda também). www.underxmag.com 15 Sataya, Daedalus e St John’s Reef Sul do Egito por Kadu Pinheiro Temos ao sul de Dolphin Reef um conjunto de ânforas que podem ser vistas a 10 metros de profundidade, provenientes de um antigo naufrágio romano datado do século I d.c. 16 www.underxmag.com Sataya, Daedalus e St John’s Reef Sul do Egito por Kadu Pinheiro A vida aqui é excelente. Cardumes de todos os tipos de peixes são vistos em grande número, enquanto pequenos peixes residentes como acarás e borboletas, fornecem um esplendor de cores. Camarões e nudibrânquios são comuns, além das arraias pintadas que ficam pelo fundo arenoso. www.underxmag.com 17 Sataya, Daedalus e St John’s Reef Sul do Egito por Kadu Pinheiro Tubarões de vários tipos também podem ser vistos com frequência, mas as grandes estrelas do recife que também é conhecido por Dolphin Reef, são os golfinhos que usualmente usam a lagoa como área de descanso e reprodução. 18 www.underxmag.com Sataya, Daedalus e St John’s Reef Sul do Egito por Kadu Pinheiro Grupos enormes podem ser avistados, com fêmeas e seus filhotes. É possível mergulhar com eles a partir dos botes, com equipamento de mergulho livre. Esse tipo de mergulho requer uma aproximação silenciosa pois os animais se assustam com facilidade. Uma vez estabelecida uma relação de confiança com o grupo, é possível interagir com os mesmos de forma impressionante. www.underxmag.com 19 Sataya, Daedalus e St John’s Reef Sul do Egito por Kadu Pinheiro Pude presenciar um comportamento de acasalamento e fiquei nadando com o grupo por mais de 20 minutos, com vários indivíduos se aproximando e brincando, rodopiando ao meu redor e me observando com a mesma curiosidade e empolgação que eu estava a observá-los. O bom abrigo fornecido pelo recife o torna excelente para pernoite de live aboards. 20 www.underxmag.com Sataya, Daedalus e St John’s Reef Sul do Egito por Kadu Pinheiro A maioria dos mergulhos são relizados a partir de Zodiacs que deixam os mergulhadores nos pontos mais distantes e cuidam do apoio de superfície, monitorando o grupo e cuidando para que ninguém fique a deriva. www.underxmag.com 21 Sataya, Daedalus e St John’s Reef Sul do Egito por Kadu Pinheiro St John’s Os principais pontos de mergulho nos recifes de St John’s, apresentam características peculiares e formações que apenas por sua composição já se tornam fortes atrativos. Torres coralinas com topos circulares, entrecortados, com passagens e cavernas providas de entradas de luz que trazem uma magia especial ao cenário. Tudo isso com uma vida marinha espetacular. 22 www.underxmag.com Sataya, Daedalus e St John’s Reef Sul do Egito por Kadu Pinheiro Cousteau, durante seus mergulhos no Mar Vermelho, exclamou: “é um verdadeiro corredor de maravilhas”. Além das sensacionais paredes forradas por alcionários e gorgônias, fauna recifal riquíssima esbanjando formas e cores, com destaque para verdadeiros berçários de peixes-palhaço em pontos como o jardim de anêmonas em UMM ARUK, amistosos e enormes napoleões, duas espécies de peixes-leão e ainda temos a possibilidade de encontrar tubarões-martelo, tubarões-galha-branca e barracudas, dentre outras espécies de grandes pelágicos como atuns e xaréus, em uma água azul e com temperatura agradável. www.underxmag.com 23 Sataya, Daedalus e St John’s Reef Sul do Egito por Kadu Pinheiro 24 www.underxmag.com Sataya, Daedalus e St John’s Reef Sul do Egito por Kadu Pinheiro Dungerous Reef (St John’s) Palco de um dos mergulhos mais emocionantes da viagem, um mergulho noturno com raias-manta de mais de três metros de envergadura em comportamento de alimentação. Foram 20 minutos apreciando o balé de quatro indivíduos sob as luzes dos mergulhadores. Como brinde, ao fim do mergulho, um encontro com dois tubarões silk em baixo do barco, só viamos seus vultos se aproximando e ao iluminarmos em sua direção, passavam bem perto curiosos, se afastavam em seguida para mais uma volta de reconhecimento. www.underxmag.com 25 Sataya, Daedalus e St John’s Reef Sul do Egito por Kadu Pinheiro Luxor Em Luxor, o imperdível é a visita aos templos de Karnac, Luxor e Rainha Hatshetsup e o passeio de balão sobre o nilo ao amanhecer. 26 www.underxmag.com Sataya, Daedalus e St John’s Reef Sul do Egito por Kadu Pinheiro Quem Leva: Operadora: Squallo Dive Expeditions www.squallo.com.br Escolas: Nautilus Dive - www.nautilusdive.com.br Staff Divers - www.staffdivers.com.br Aquascuba - www.aquascuba.com.br Acquanauta - www.acquanauta.com.br Scafo - www.scafo.com.br Clube Forrest Gump de Mergulho - [email protected] SubMarília Dive Center - www.submarilia.com Tropical Dive Brasil - www.tropicaldivebrasil.com.br SCUBASUL: www.scubasul.com.br www.underxmag.com 27 Greenpeace Meio Ambiente Incertezas rondam os últimos testes programados para esta semana no Golfo do México. O uso de um novo tipo de ‘rolha’, equipamento que prometia ser capaz de conter boa parte do óleo que vaza do buraco no fundo do Golfo do México, foi adiado pela segunda vez, por falta de segurança. Cientistas temem que a medida não só seja infrutífera, como possa danificar ainda mais o buraco. “Quanto mais extrema a operação, maior a probabilidade de acidentes e dificuldades técnicas”, diz Ricardo Baitelo, da Campanha de Energia do Greenpeace. É o caso do pré-sal, considerado um dos dez pontos de exploração em alto mar mais perigosos do mundo pela Aliança Global para Combustíveis Renováveis. “O acidente no Golfo do México mostrou que os métodos e tecnologias disponíveis hoje não são suficientes para conter acidentes”, complementa Baitelo. Além do risco de desastres ambientais, os poços do pré-sal poderão emitir enorme quantidade de gás carbônico, tanto pela queima do óleo, quanto pelo CO2 contido nos poços. O cálculo é que a emissão anual proveniente da exploração e uso do petróleo do pré-sal seria de 350 milhões a 1,4 bilhões de toneladas de CO2, valor que manteria o Brasil entre os quatro maiores emissores de CO2 do mundo, atrás de China, Estados Unidos e Indonésia. Cada vez mais fundo O comissário para Energia da União Europeia, Günther Oettinger, recomendou ontem que a Europa adote, a exemplo dos Estados Unidos, moratória de exploração de petróleo em alto mar até que a causa do acidente com a plataforma Deepwater Horizon seja inteiramente esclarecida. Na contramão dos esforços mundiais, o Brasil anuncia hoje o início oficial da produção de petróleo da camada do pré-sal. O poço de estréia será o do Campo de Baleia Franca, na Bacia de Campos, litoral do Espírito Santo e promete produzir 13 mil barris de petróleo leve por dia. Mais um poço do pré-sal será perfurado no Baleia Franca ainda no segundo semestre deste ano e, até o final do ano, os dois poços deverão produzir diariamente 40 mil barris de óleo por dia. Enquanto isso, nos Estados Unidos, o presidente Obama estendeu até novembro a suspensão de abertura de novos poços em alto mar, uma resposta ao fracasso contínuo das medidas de contenção adotadas até agora pela empresa BP. Os mais de 660 milhões de litros de óleo que já vazaram do buraco da BP desde 20 de abril, dia do acidente com a plataforma, vêm alterando a composição química e física da região do Golfo e da costa da Lousianna. “Microorganismos são os primeiros a serem afetados”, explica Mikael Freitas, da Campanha de Oceanos. Pirossomos, que servem de alimento para tartarugas e fitoplânctons, base da cadeia alimentar marinha, começaram a aparecer mortos em toda a região. Morrem também as algas, que deixam de receber a luz do sol pelo bloqueio da mancha negra no mar e proliferam bactérias que consomem compostos de óleo, mudando ainda mais a composição química do mar. “Os impactos deste vazamento serão vistos e sentidos por muitos anos. Em um momento em que atingimos taxas de extinção mundial mil vezes maior que as naturais, somos obrigados a acompanhar à distância o descaso com a biodiversidade deste que tem tudo pra ser o novo Mar Negro ou, quem sabe ainda, Mar Morto”, diz Mikael. Fonte: greenpeace.org www.underxmag.com 29 Bahamas - Shark’s Paradise por Alcides Falanghe Bahamas na prática é um país submerso. A maior parte de seu território fica debaixo d’água. Suas mais de 700 ilhas e atóis são projeções de três gigantescos bancos oceânicos que afloram na superfície – o Little Bahama Bank, o Great Bahama Bank e o Cay Sal Bank. Apenas cerca de 40 destas ilhas são habitadas. O ponto culminante do arquipélago mal alcança 70 metros acima do nível do mar devido a elevação do terreno calcáreo formado pelos corais. Debaixo d’água, a coisa muda de figura. Estes bancos são na realidade o topo de montanhas que sobem, quase na vertical, de mais de 2.000 metros de profundidade. Entre os 12 e 15 metros abaixo da superfície, formam uma espécie de planalto coberto por areia muito branca, resultante da erosão dos recifes de corais. A melhor forma de entender as Bahamas é através de uma foto tirada por satélite. Basta uma rápida visualização para perceber por que o lugar é perfeito para mergulhar. Suas águas quentes e cristalinas podem ser vistas do espaço. Ao redor dos bancos de areia há paredões alucinantes onde a vida marinha é espetacular. Sobre os bancos de areia pipocam cabeços de corais e naufrágios e, para completar, o arquipélago é um autêntico queijo-suiço repleto de cavernas e dolinas alagadas – os famosos Blue Holes. 30 www.underxmag.com Bahamas - Shark’s Paradise por Alcides Falanghe Nassau – New Providence Island Nassau é a capital da comunidade das Bahamas e o principal centro comercial e turístico do arquipélago. Localiza-se na ilha de New Providence, a mais povoada do arquipélago com 260 mil habitantes, quase 80% da população total do país. A colonização britânica começou em meados do século XVIII. A ilha foi por muito tempo um importante esconderijo de piratas, entre eles o famoso Barba Negra. No centro de Nassau há vários monumentos, palácios, fortes e mansões históricas com uma arquitetura peculiar. O porto é bastante movimentado, principalmente por navios de cruzeiros que diariamente descarregam milhares de turistas que lotam os free-shops, os cassinos e as lojas de artesanato. Nassau oferece uma vida noturna agitada, bons restaurantes e a maior diversidade de mergulhos das Bahamas. www.underxmag.com 31 Bahamas - Shark’s Paradise por Alcides Falanghe Os grandes resorts se concentram em Cable Beach e em Paradise Island, ligada a New Providence por uma ponte que dá acesso ao impressionante Atlantis Paradise Island Resort, um imenso complexo turístico com vários hotéis, parque aquático, marina, cassino, praia e aquários com tubarões, raias-manta e uma grande coletânea de seres marinhos. Um passeio obrigatório. 32 www.underxmag.com Bahamas - Shark’s Paradise por Alcides Falanghe Para quem pretende mergulhar, as melhores opções de hospedagem ficam em Cable Beach. Mais próxima dos principais pontos de mergulho que ficam ao sul da ilha, na “Lingua do Oceano”, uma falha geológica com mais de 2.000 metros de profundidade que avança para o interior do Grand Bahama Bank, entre as ilhas de New Providence e Andros. A maior operadora de mergulho da ilha é a Stuart Cove’s, que além dos mergulhos no abismo submerso, nos recifes de corais e nos mais de 16 naufrágios, a maioria deles afundados de propósito para servirem de cenário para filmes de Hollywood, promovem o mais procurado Shark Feeding das Bahamas. Em um local denominado Shark Arena, próximo ao topo do paredão, dezenas de tubarões-caribenhos-derecife (Carcharhinus perezi) são alimentados diariamente na boca pelos divemasters, enquanto grupos de até 20 pessoas assistem o frenessi alimentar ajoelhados no fundo, para depois nadarem livremente lado a lado com tubarões. Durante a alimentação, os tubarões tiram finas dos mergulhadores, o que garante uma boa dose de adrenalina, apesar do baixíssimo risco de alguém levar uma mordida. www.underxmag.com 33 Bahamas - Shark’s Paradise por Alcides Falanghe Exuma Cays As Exumas Cays são consideradas a mais bonita cadeia de ilhas das Bahamas. São pequenas ilhas, algumas tão pequenas que lembram o mundo perdido de Liliputh das viagens de Gulliver. O arquipélago se extende de norte a sul por mais de 90 milhas, desde Sail Rocks a 30 milhas a sudeste de Nassau até Great Exuma Cay. A única maneira de mergulhar nas Exumas é em embarcações de live aboard. Algumas ilhas não passam de rochedos, já as maiores possuem praias belissímas. Entre elas formam-se canais protegidos por recifes de corais que são excelentes ancoradouros em qualquer condição de mar e locais perfeitos para mergulhos noturnos. A leste, um imenso abismo submerso corre paralelo as ilhas. O paredão começa aos 15 metros e cai verticalmente para profundidades abissais. A visibilidade é estupenda. No topo, há formações coralíneas magníficas que formam túneis e caveras decoradas por esponjas, gorgônias e outras diversas espécies de corais. 34 www.underxmag.com Bahamas - Shark’s Paradise por Alcides Falanghe No azul é frequente a avistagem de grandes pelágicos, como cardumes de barracudas e xaréus, tubarões e raias-chita. Sobre o platô que antecede o abismo, entre 6 e 18 metros, formam-se jardins submersos repletos de corais chifres-de-alce e chifres-de-veado, árvores de corais moles, anêmonas e esponjas-tubulares. Criaturas exóticas como nudibrânquios, camarões-palhaços e caranguejos não difíceis de serem encontradas. A oeste das ilhas, fica o Great Bahama Bank, onde a profundidade não ultrapassa os 15 metros. Nos canais entre as ilhas, as marés provocam fortes correntenzas, ideais para drift-dives por mais de uma milha de distância. O Exuma Cays Land & Sea Park é uma área protegida de 176 milhas quadradas que abrange boa parte das ilhas. Dentro de seu perímetro é proibida qualquer ação predatória, inclusive a pesca. Foi fundado em 1955 com o intuito de manter preservado as praias, os mangues, os recifes de corais e a abundante vida marinha. Um melhores pontos de mergulho dos Exumas Cays é Amberjack Reef. Neste local, os liveaboards promovem o Shark Feeding e mesmo quando não há alimentação os tubarões estão por lá e costumam nadar tranquilamente lado a lado com os mergulhadores. Há também alguns naufrágios na região que merecem ser visitados. www.underxmag.com 35 Bahamas - Shark’s Paradise por Alcides Falanghe Eleuthera A ilha principal de Eleuthera tem cerca de 180 km de comprimento e 4 km em sua parte mais larga. Outras duas ilhas próximas, Harbour Island e Spanish Wells separadas por canais, compõe o arquipélago. Somente 11.000 mil privilegiados vivem por ali. Eleuthera é uma sucessão de praias desertas paradisícas, algumas delas com areias cor de rosa. A ilha foi colonizada pelos “Eleutherian Adventurers”, um grupo de 70 peregrinos ingleses puritanos, oriundos das Bermudas, que navegavam pelo Caribe em busca de lugar para praticar livremente sua religião. Em 1647, naufragaram em um recife próximo e acabaram ficando por ali mesmo, levantando o primeiro assentamento europeu nas Bahamas. Eleuthera significa liberdade em grego. Seus descendentes ainda vivem em Spanish Well. 36 www.underxmag.com Bahamas - Shark’s Paradise por Alcides Falanghe O que falta ao redor da ilha são pontos de mergulho. A parte sul é especial por se tratar de um local muito pouco explorado. A cerca de uma milha da costa encontra-se o abismo submerso voltado para o Exuma Sound. O topo da parede está a 24 metros de profundidade e é forrado de esponjas-barril, gorgônias e corais moles. Tubarões e barracudas são frequentemente avistados patrulhando o paredão. Na plataforma submarina que antecede o paredão há grandes cabeços de corais onde encontramse várias grutas, túneis e passagens estreitas que formam grandes labirintos. O ponto de mergulho mais interessante é ao redor do “Coiba Cage”, uma imensa gaiola em forma de diamante onde são criados mais de 5.000 beijupirás. Um projeto de aquacultura desenvolvido pela Island School e o Cape Eleuthera Institute em parceria com a Rosenstiel School da Universidade de Miami. O responsável pelo projeto é o brasileiro Thiago Soligo. Embaixo da gaiola é comum a presença de tubarões cabeça-chata. No extremo sul da ilha há uma falésia com um pequeno farol e duas praias deslumbrantes, uma de cada lado da ilha, que devem ser visitadas. www.underxmag.com 37 Bahamas - Shark’s Paradise por Alcides Falanghe Freeport – Grand Bahama Island A ilha de Grand Bahama é a maior do Little Bahama Bank e o segundo maior pólo turístico do país, que se concentra nas cidades de Freeport e Port Lucaya. São inúmeros resorts sobre algumas das praias mais bonitas do arquipélago. Em Freeport não há mergulhos em paredões. Suas principais atrações subaquáticas são o Shark Feeding e o Dolphin Encounter promovido pela UNEXCO, uma das mais antigas operadoras de mergulho do planeta, além de mergulhos nos cabeços de corais e nos vários naufrágios da região. Entre eles o Theo’s Wreck, o maior das Bahamas. 38 www.underxmag.com Na superfície a vida é bem movimentada. Os resorts oferecem várias opções de esportes aquáticos, como jet ski, wind-surf, hobbie-cats, bananaboat, parasails e esqui-aquático. Em Port Lucaya há uma bela marina que recebe grandes iates, a maioria deles provenientes dos Estados Unidos. Ao redor da marina há uma vila com diversas lojas, bares e restaurantes. Diversos shopping centers e cassinos atraem visitantes de toda parte do mundo, principalmente quando chegam os grandes navios de cruzeiro. Fora da área turística, a ilha é tranquila e repleta de praias desertas. Bahamas Idioma: inglês Moeda: dólar das Bahamas Melhor época: fevereiro a junho. De julho a novembro é a estação de furacões, mas as condições de mergulho permanecem excelentes se não houver o fenômeno. Em dezembro e janeiro, o vento é frio, o mar fica mais agitado e a visibilidade da água é prejudicada, além de ser alta temporada. Como chegar: há diversos voos diários partindo de Miami da American Eagle e Bahamas Air, além de diversas outras cidades americanas. Também é possível chegar em Nassau via Havana, Cuba. Documentos necessários: passaporte válido e visto americano para quem for às Bahamas via Estados Unidos. Bahamas - Shark’s Paradise por Alcides Falanghe Quem leva: Adventure Travel – www.adventuretours.com.br Arribatur – www.arribatur.com.br Ecofinders – www.ecofinders.com.br Freeway – www.freewaydiving.tur.br Master Turismo – www.masterturismo.com.br Mundo Natural – www.mundonatural.tur.br Vectra Travel – www.vectratravel.com.br Viajan – www.viajan.com.br Operadores de Mergulho: Nassau - Stuart Cove’s Dive Bahamas / Bahama Divers / Land Shark Divers Exuma - Exuma Scuba Adventures / Staniel Cay Divers Eleuthera - Cape Eleuthera Resort / Valentine’s Dive / Ocean Fox Diving Grand Bahama/ Freeport - Grand Bahamas Scuba / Sunn Odissey / Unexso Live Aboards - Aquacat Cruise / Blackbeard’s / Cat Ppalau / The Dream Team / Explorer Ventures / Juliet Sailing/Dive / Nekton Diving / Sea Dragon www.underxmag.com 39 Comandante Cousteau 100 anos de um mito Por Daniela Maximo Breitbarg Fotos: The Cousteau Society O Calypso, barco utilizado por Jacques Cousteau em suas expedições, está sendo restaurado e preparado para abrigar uma exposição na França, que marcará o centenário de nascimento do explorador. O lendário navio do capitão Jacques-Yves Cousteau vai finalmente voltar ao mar, para abrigar uma exposição em homenagem aos 100 anos do nascimento do explorador. O navio, um ex-caça-minas construído em 1942, foi 40 www.underxmag.com adaptado em 1950 para realização de suas expedições oceanográficas. Conhecido como a “Mona Lisa dos oceanos“, estava praticamente abandonado desde que afundou, em 1996, após um acidente em Cingapura. Mas agora, sob supervisão da Sociedade Cousteau e da Equipe Cousteau, liderada pela víuva do capitão, Francine Cousteau, está na França novamente para ser O capitão e seu inseparável gorro vermelho reformado e transformado em museu. As comemorações em homenagem a Cousteau em Paris devem terminar em 2011 com a abertura do Calypso. A intenção é que a embarcação abrigue uma exposição que incluirá os minissubmarinos criados por Cousteau, motos submarinas, cilindros, roupas de mergulho, câmeras e outros equipamentos usados durante as expedições do oceanógrafo. Cousteau mergulhando com golfinhos. O capitão tinha grande preocupação com o futuro dos cetáceos, ajudando a restringir a caça comercial de baleias 100 anos de um mito Texto Por Daniela Maximo Breitbarg “Às vezes, um minúsculo acontecimento pode abalar o curso de nossa vida, se temos a sorte de tomarmos consciência dele. Foi o que me aconteceu em um dia do verão, quando meus olhos se abriram para o mar.” Jacques-Yves Cousteau, em O Mundo do Silêncio, 1956 “Por mais de 40 anos tenho mergulhado no mundo silencioso. Eu o conheci intacto. Agora está sujo com óleo. Me deixa muito infeliz ver que resta pouco do esplendor original do mar.” Jacques-Yves Cousteau “A melhor maneira de observar um peixe é virar um deles”, dizia Cousteau www.underxmag.com 41 100 anos de um mito Texto Por Daniela Maximo Breitbarg A trajetória do capitão Mergulhar foi o sonho e a vida de Jacques Cousteau, que, se estivesse vivo, completaria em junho 100 anos. Devemos a ele a possibilidade que temos de conhecer o ambiente marinho e desfrutar de toda a sua beleza. Foi em 1943 que Cousteau, com a ajuda de Émile Gagnan, desenvolveu o aqualung, que nos permitiu explorar o fundo do mar. Até o desenvolvimento do aqualung, também chamado de scuba, em 1943, os mergulhadores só pulavam na água com um pesado escafandro, que recebia ar bombeado a partir da superfície, vindo do navio. O aqualung viabilizou o mergulho autônomo e amador. Até hoje, o princípio do regulador é absolutamente igual ao criado por ele na década de 40. Foi com este equipamento que Cousteau explorou oceanos, rios, lagoas e cavernas. Vasculhou e filmou cada canto do planeta água, nos permitindo acompanhá-lo nessas expedições. O Calypso, enquanto ainda navegava por todos os mares do mundo 42 www.underxmag.com O Calypso, barco de Jacques Cousteau, está sendo restaurado para comemorar o centenário do capitão 100 anos de um mito Texto Por Daniela Maximo Breitbarg Em 87 anos de vida, produziu mais de 120 filmes, entre documentários e longas-metragens, e escreveu mais de 50 livros, mostrando a todos o até então mundo desconhecido, misterioso e silencioso. Um de seus filmes, “O mundo silencioso”, dirigido por ele e Louis Malle, é possivelmente o documentário submarino mais influente já feito, tendo recebido prêmios como o Oscar e o Prix d´Or, do Festival de Cannes. Ao mesmo tempo que percorria o mundo registrando tudo com sua câmera, identificava ameaças ao ambiente marinho e ao planeta. Cousteau foi um visionário, por entender que era preciso mostrar às pessoas a importância de www.underxmag.com 43 100 anos de um mito Texto Por Daniela Maximo Breitbarg um ambiente marinho preservado. Tinha uma grande obsessão em mostrar ao mundo o desastre ecológico provocado pelos efeitos dos poluentes, pela exploração desenfreada dos recursos naturais e pela degradação das zonas costeiras. Descrevia a difícil situação dos cetáceos e das focas do Ártico, bem como a importância de salvar os oceanos, a natureza e o próprio homem, refém da sua incompetência em contribuir com o ecossistema que habita. 44 www.underxmag.com Bahamas Diving Association Dive Operators ABACO Above & Below Brendal’s Dive Center Dive Abaco Ltd. Dive Guana Froggies Out Islands CAT ISLAND ELEUTHERA/HARBOUR ISLAND Hawk’s Nest Dive Cape Eleuthera Diver Resort Valentine’s Dive Ocean Fox Diving ANDROS Small Hope Bay Lodge BIMINI Bill Keefe’s Bimini Undersea Guy Harvey Outpost Resort Size M EXUMA Exuma Scuba Adventures Staniel Cay Divers GRAND BAHAMA/FREEPORT Sunn Odyssey Divers UNEXSO Viva Wyndham Diving att ers LONG ISLAND It’s Bigger In The Bahamas! Stella Maris Inn NEW PROVIDENCE/NASSAU Bahama Divers Land Shark Divers Stuart Cove’s Dive Bahamas SAN SALVADOR Riding Rock Resort DIVE LIVEABOARDS Aqua Cat Cruises Blackbeard's Cruises Cat Ppalu Cruises The Dream Team Explorer Ventures Juliet Sailing & Diving Sea Dragon Dive The Islands of The Bahamas. Reefs, Wrecks, Walls, Sharks, Dolphins... Our 700 islands could change you forever. Thousands of Dive Sites only minutes from Miami. Vo te d #1 fo rB ig A ni m als 10 A n i s Year ! w Ro Find out more from any of these Dive Travel Sellers: Sao Paulo Adventure Travel Arribatur Rio de Janeiro Ecofinders Belo Horizonte Master Turismo www.adventuretours.com.br www.arribatur.com.br www.ecofinders.com.br www.masterturismo.com.br (15) 2101-4850 (11) 3150-0772 (21) 2524-4000 (31) 3330-3655 w w w. B a h a m a s D i v i n g . c o m No visa is required for entry into The Bahamas. Travel via the USA however does require a USA visa so please check with your local USA Embassy for entry and visa requirements. Photo Credits: Stephen Frink/Waterhouse. © 2010 BDA/CLINE. BR0710. It’s Better in The Bahamas. Amazonas - Botos Brasil por Marcio Lisa O Sedutor da Amazônia Noite de junho no Rio Negro na Amazonia. Elegantemente vestindo um terno branco, ele sai da água com a intenção de satisfazer seus desejos mais intimos. O chapéu baixo ajuda a disfarçar o nariz protuberante e o buraco na cabeça. Com seu jeito falante e galanteador, ele caminha nas margens do rio em busca de uma jovem inocente. Após encontrá-la e seduzi-la, ele a convence para um mergulho no rio, onde consegue atingir seu objetivo. A desavisada menina foi ludibriada e agora está gravida de um estranho. Com sua missão cumprida, ele está pronto para voltar ao fundo do rio e assumir a sua identidade original: um boto cor-de-rosa (Inia geoffrensis). 46 www.underxmag.com Amazonas - Botos Brasil por Marcio Lisa São diversas as lendas que cercam o nosso boto cor-de-rosa. Uma delas sugere que aquele que olha nos olhos de um boto, terá pesadelos pelo resto de sua vida. Outra lenda garante que aquele que matar um boto, terá azar pelo resto da vida. Além dessas lendas, existe também um mito que diz que portar um amuleto feito com a genitália desse animal, que é semelhante à genitália humana, ajuda a encontrar o amor perfeito. www.underxmag.com 47 Amazonas - Botos Brasil por Marcio Lisa Infelizmente, essas lendas não contribuem muito para a preservação da espécie. Redes de pesca, a utilização de sua carne como isca para a pesca de outros peixes, a poluição, o desmatamento, e agora a possibilidade de construção de usinas hidrelétricas na Amazônia têm colocado a população dos botos em risco. Já classificado como “vulnerável” pela Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN, União Internacional para a Conservação da Natureza (www.iucnredlist.org), o boto hoje possui o status de “dados insuficientes” , devido à quantidade limitada de informações sobre as ameaças, ecologia e tamanho da população desse cetáceo. 48 www.underxmag.com Amazonas - Botos Brasil por Marcio Lisa Uma reportagem publicada pelo jornal britânico “The Guardian” afirma que cientistas brasileiros temem pelo futuro dos botos cor-de-rosa da Amazônia. Na reserva ecológica de Mamirauá, que fica a 500 quilômetros de Manaus e se encontra uma das maiores concentrações de botos, biólogos acreditam que a população está caindo a uma taxa de 10% ao ano. O boto é uma das cinco espécies de golfinho de água doce presentes no planeta, é endemico da bacia amazônica e habita os rios da Bacia Amazônica Brasileira e da Bacia do rio Orinoco na Venezuela. Com o cérebro 40% maior que o cérebro humano, ele é diferente dos outros golfinhos, pois as vértebras de seu pescoço não são fundidas, dando a eles a habilidade de virar a cabeça em até 180 graus. Essa característica única ajuda muito quando o boto precisa buscar alimento na floresta alagada e também em águas rasas. www.underxmag.com 49 Amazonas - Botos Brasil por Marcio Lisa Curiosamente, os botos nascem cinza e vão adquirindo a coloração cor-derosa com a idade. Acredita-se que essa coloração está ligada com a irrigação sanguínea dos vasos subcutâneos. Eles podem crescer até dois metros e meio, atingir 185 quilos e sua alimentação é baseada em peixes e crustáceos. Apesar de todo esse tamanho, o mergulho com essas espécies é uma experiência única. Os botos são extremamente dóceis e bastante curiosos. Existem dois locais onde é praticamente garantido o mergulho com essa espécie. Uma das opções é na cidade de Novo Airão, que fica a pouco mais de 100 quilômetros de Manaus. Cerca de 10 anos atrás, a dona do restaurante flutuante hoje conhecido como “Boto corde-rosa” começou a alimentar os golfinhos e hoje virou atração para turistas de todo o mundo. O local fica numa região portuária, portanto, não espere por águas muito límpidas. Apesar dos diversos problemas consequentes da alimentação de animais selvagens, o espetáculo acabou despertando na população local certa consciência em relação à necessidade de ajudar na conservação desses mamíferos. 50 www.underxmag.com Outro local onde é possível a interação com eles é no resort de selva Ariaú Amazon Towers (www.ariau.tur.br). - Botos MatoAmazonas Grosso - Bonito Brasil por Marcio Lisa Brasil por Ivan Cavas Filho O resort construiu uma base flutuante, onde além da interação com os golfinhos, é realizado um trabalho terapeutico dos botos com crianças portadoras de deficiências, como síndrome de down, autismo, paralisia cerebral, leucemia e depressão. O projeto foi batizado de Bototerapia (www.bototerapia.com) e se baseia na interação de criancas com o animal. O método segue os mesmos princípios do Dolphin Assisted Therapy, método praticado em diversos países, porém com algumas adaptações pelo fato dos botos estarem livres em seu habitat natural. Fotografar o boto não é uma tarefa das mais fáceis, principalmente em função da baixa visibilidade da água. www.underxmag.com www.underxmag.com 51 47 Amazonas - Botos Brasil por Marcio Lisa Ambos os locais estão localizados nas margens no Rio Negro, um dos afluentes do maior rio do mundo, o Rio Amazonas. O Rio Negro leva esse nome em função da coloração bastante escura de suas águas. Apesar da pequena quantidade de matéria em suspensão, suas águas lembram a coloração de um chá preto. Essa coloração é resultado da decomposição da matéria orgânica originária da floresta, que ocorre em função da alta temperatura de suas águas (28 graus celsius), e da velocidade lenta de suas águas (cerca de dois quilômetros por hora). O mergulho com os botos não é o único motivo para conhecer essa região ainda pouco explorada do ponto de vista turístico no Brasil. Além do mergulho com o peixe-boi amazônico (Trichechus inunguis) e com o Tucuxi (Sotalia fluviatilis), outra espécie de golfinho, toda a beleza e diversidade da flora e fauna da região, ainda esperam para serem descobertas. Marcio Lisa é instrutor de mergulho e foto sub pela Padi e também ministra cursos de foto sub personalizados. Para mais informações acesse www.marciolisa.com ou entre em contato através do e-mail [email protected] 52 www.underxmag.com Amazonas - Botos Brasil por Marcio Lisa www.underxmag.com 53 Equipamentos por: Editor Colete Equilibrador Oceanic Excursion Leve para viagens com grande poder de flutuação e com sistema de lastro integrado Célula em Bioflex com flutuação tipo backmounted e com 45 lbs de capacidade e mínimo arrasto quando desinflado Fabricado em cordura para proporcionar durabilidade e resistência Reforço de cordura nos ombros, proteção do backpack com suporte lombar e ajuste de peito com posição regulável Sistema de lastro integrado que acomoda até 20 lbs nas laterais e 5 lbs nas costas Proteção de neoprene enrolado, no pescoço D´rings angulados de aço inox Suporte para faca Spiner em ambos os bolsos Bolsos fechados através de zippers 54 www.underxmag.com Exclusivo sistema Oceanic de algoritmo duplo: Escolha entre: Pelagic DSAT (Spencer/Powell data basis) ou Pelagic Z+ (Buhlmann ZHL-16C data basis) Sistema de transmissão via wirelles para ar integrado Corpo em Titanium resistente a 200 metros de profundidade operacional Avançado sistema de bússola digital 3 transmissores independentes e até 3 misturas de nitrox 100 % O2 Verifique o ar do seu dupla com os transmissores wireless Função relógio completa com alarme, time zone e cronômetro Mode Gauge Infinity Sports - www.infinitysports.com.br Consulte um revendedor autorizado Portfolio Marcelo Krause Nascido em 17 de julho de 1973, no Paraná Marcelo é um dos melhores fotógrafos da atualidade 56 www.underxmag.com Portfolio Marcelo Krause Underxmag: Como e quando começou a fotografar (sub)? Ganhei uma Minolta weathermatic do meu pai quando tinha 12 anos. Logo após fazer o curso de SCUBA, aos 15 anos de idade, mudei para uma Nikonos V. Em 1998 tive minha primeira matéria publicada... www.underxmag.com 57 Portfolio Marcelo Krause 58 www.underxmag.com Portfolio Marcelo Krause www.underxmag.com 59 Portfolio Marcelo Krause Underxmag: Quais Lugares que já visitou? Ja visitei vários pontos de mergulho no Brasil e no mundo. No Brasil estive em Noronha, Angra, Salvador, Cabo Frio e Arraial do Cabo, praticamente todo litoral do PR e SC, além de Bonito e outros pontos no Mato Grosso. Já mergulhei também em Galápagos, Papua Nova Guiné, Indonésia, México, Caribe, Egito, Espanha, Flórida, Ilhas Mauricius e Maldivas. 60 www.underxmag.com Portfolio Marcelo Krause www.underxmag.com 61 Portfolio Marcelo Krause Underxmag: O que espera conseguir com seu trabalho ? Espero mostrar as belezas submarinas para que as pessoas, mergulhadores ou não, tenham consciência de tudo que está embaixo da água. Espero que isso ajude a gerar um movimento de preservação dos seres marinhos. 62 www.underxmag.com Fotos: Andrea Zaguini PADI Dive Festival 2010 PADI Festival Por Daniela Maximo Breitbarg Estande da Divers University O animado coquetel oferecido pela Arribatur Cláudio Brandileone (PADI) e Sandro Cesar do Nascimento (organizador do evento) Estande da PADI Karol Meyer (apneista brasileira) e Daniela Maximo (revista Mergulho) O fotógrafo sub Ary Amarante e Denise Serafim no estande da Pomacanthus Estande da Dive Rite Cláudio Brandileone e Garcia (diretor da Stop Eventos) Cláudio Brandileone falando sobre o Member Forum da PADI A Fun Dive mostrou as novidades da marca, como o computador Excel E-3 Com mais de 2 000 visitantes, o maior evento de mergulho da América Latina foi um sucesso de público e de negócios O evento, que aconteceu nos dias 11, 12 e 13 de junho, em São Paulo, reuniu milhares de mergulhadores que puderam ver de perto as novidades do mercado sub, além de assistir às palestras de Lawrence Wahba, Marcelo Szpilman (Instituto Ecológico Aqualung), Carolina Schrappe (apneísta brasileira), Gabriel Ganme, Eduardo Meurer, Mauricio Carvalho, Daniel Botelho, Alcides Falanghe, entre outras personalidades do mergulho. Os visitantes também puderam conhecer um pouco mais dos trabalhos do SEBRAE, Instituto Laje Viva, APAS/Passaporte Azul e do Instituto Sea Shepherd. Várias operadoras de mergulho e agências de turismo apresentaram seus diferenciais no PADI Dive Festival. Foram mais de dez escolas, entre elas o Centro de Mergulho Amigos do Joe, Scuba Point e Koka Sub, além de operadoras especializadas em mergulho, como a Arribatur, Adventure Travel e Mundo Natural, que apresentaram novos destinos de viagens, contando com o apoio de grandes companhias aéreas. Os principais distribuidores de equipamentos de mergulho como a Sea Sub, Fun Dive, Aqualung, Dive Rite e Infinity Sports apresentaram suas novidades. Os mergulhadores puderam testar o Side Mount – configuração diferente da normal –, o Rebreather, que possibilita reciclar o ar respirado, e também acompanhar a atuação de um minirrobô submarino. Para as crianças, foram oferecidas oficinas de pintura, cursos e muitas atrações no espaço Amigos do Oceano, do artista Erick Wilson, que teve várias telas espalhadas pelo evento. Estande da ONG Sea Shepherd no espaço reservado para entidades ambientalistas www.underxmag.com 63 PADI Festival Por Daniela Maximo Breitbarg Marcelo Gesteira (importadora Aqualung) Lawrence Wahba palestrou sobre suas viagens pelo mundo Maurício Carvalho Sandro Cesar do Nascimento (Arribatur), Ana Paula Gati (ScubAA), Amilton Diniz (Adventure Travel) e Paulo Bonesch (Ecofinders) integrantes do ScubAA Club Comemoração dos 10 anos da Adventure Travel Estande da operadora Antares, de Paraty As operadoras nordestinas marcaram presença no evento 64 www.underxmag.com Guilheme Kodja do Projeto Mantas do Brasil A Scuba Point mostrou o que há de melhor em equipamentos e cursos de mergulho Equipe da Scubalab Equipe de Bonaire esteve no PADI Festival divulgando os mergulhos da ilha Estande da Sea Sub, repleto de novidades da Mares, Scubapro, Sealife e UK Muitos lançamentos no estande da Magia das Joias Visão geral do evento Helinho da operadora Águas Claras O movimentadíssimo estande da Arribatur Mergulhadores puderam experimentar o Rebreather Gabriel Ganme palestrou sobre mergulhos com tubarões Estande da Scuba Point Estande da Aqualung/Apeks Karin e Amilton (Adventure Travel) com Sandro Cesar Nascimento (Arribatur) Equipe da DAN Brasil PADI Festival Por Daniela Maximo Breitbarg Incentivada pelo sucesso da feira, a PADI pretende ir ainda mais longe no ano que vem. Estande da Sea Sub Carol Schrappe ensinou técnicas de mergulho livre de alta performance (nova especialidade PADI) Animação da equipe da Arribatur Estande da Arribatur Carlos Alberto, da ONG Sea Shepherd falou sobre as campanhas da ONG A Scubatec mostrou novidades em equipamentos técnicos Fotógrafo Daniel Botelho em sua apresentação sobre suas expedições de mergulho Estande da Dive Buddy “Muito nos motivou a interação entre operadoras, agências e público. Isso comprova que estamos no caminho certo e que esta atividade, ainda sem o reconhecimento que merece, tem muito potencial aqui no Brasil”, exalta Sandro Cesar do Nascimento, organizador do evento. Se você não esteve no PADI Dive Festival, tem aqui a chance de ver o que rolou por lá. A Colonial Diver, operadara de Ilha Bela - SP, marcau presença no evento O estande da Infinity Sports estava repleto de novidades das marcas Aeris, Oceanic e Hollis www.underxmag.com 65 Nadadeira Slingshot Momento do sorteio da passagem para Miami oferecido pela ScubAA Gustavo Timo (ABETA) e Patrick Muller (Atlantis Divers) Equipe do Centro de Mergulho Amigos do Joe Curaçao esteve presente promovendo mergulhos na bela ilha caribenha Muita diversão para as crianças no espaço do artista Erick Wilson Cristian Dimitrius palestrou sobre iluminação de vídeo subaquático Estande do Centro de Merguho Amigos do Joe Desenhada para atingir máxima propulsão e velocidade com o mínimo de esforço. A única no mundo com 3 ajustes na regulagem de propulsão. Regulador Mikron (Lady) Alta performance. Mangueira exível e peso reduzido. Ideal para viagens. Colete Pro QD i3 Altíssima qualidade com tecnologia de ponta. Sistema “i3” de innagem automática: não possui traquéia. Mike explicando os componentes de um Rebreather 66 Equipadíssimo caminhão adaptado para saídas de mergulho da operadora Atlantis Divers www.underxmag.com Marcelo Szpilman falou sobre os mitos e verdades sobre os tubarões SP, MT, MS e Região Sul www.pgmergulho.com.br [email protected] MG, RJ, ES, DF e Nordeste www.aqualungbrasil.com [email protected] ALCANTARADESIGN.COM Apneísta Carol Schrappe: um dos destaques do evento Foto sub Por Alcides Falanghe Behind the shot Macro de nudibrânquio nas Ilhas Salomão Conseguir fotografar um nudibrânquio de lado, com água no segundo plano para que ele fique bem contrastado com o fundo e ainda se encolhendo porque encontrou uma fenda em seu caminho, exige uma paciência de Jó. O bicho é muuuuito devagar. De um lado é ótimo por que pode-se clicar a mesma cena várias vezes, mas de outro perde-se um bom tempo de mergulho esperando por uma bela pose. O cuidado que se deve ter ao se concentrar em uma foto macro é conseguir se posicionar sem danificar o fundo. Em um recife de coral como os que existem nas Ilhas Salomão, você se sente como um elefante tentando manobrar dentro de uma loja de cristais. Em fotos como esta procuro trabalhar com velocidades baixas, neste caso 1/60 e diafragma bem fechado f:22 ou f:32, dependendo da distância do objeto, para conseguir a maior área focada possível (profundidade de campo). Nesta foto estava utilizando somente um flash de 350 watts em 1/2 força posicionado sobre a lente e apontado ligeiramente para cima. Ao lado esquema de posicionamento do flash para fotos macro com um único flash. Prezados leitores da Underxmag Confiram a 7ª edição da Wetpixel Quarterly que traz para você as melhores imagens Submarinas encadernadas numa publicação requintada, colecione !!! Como o ângulo de cobertura de um flash com esta potência é bem grande, este posicionamento evita que as particulas em suspensão na água apareçam refletidas na foto. Edição número 7 disponível Faça o pedido das edições de 1 a 4 em um box especial para colecionadores Faça seu pedido on-line pelo site: 68 www.underxmag.com www.wetpixelquarterly.com Foto sub Por Alcides Falanghe DSLR Nikon D200 Caixa Aquatica A200 1 Flashs Sea&Sea YS-350 em modo manual em 1/2 potência Lente Nikkor 105mm Abertura: 32 Velocidade: 1/60 ISO: 100 White Balance: Auto Dica: Evite fotografar de cima para baixo para que o objeto não fique chapado contra o fundo, principalmente quando há pouco contraste de cores em relação ao segundo plano. Um posicionamento lateral, tendo água como fundo, fará com que a luz do flash reflita somente no objeto principal fazendo com que ele sobressaia na foto. Procure se aproximar o suficiente para que o objeto ocupe pelo menos 50% do quadro. Aproveite a era digital e faça o maior número de fotos possível variando a abertura do diafragma e a distância do objeto !!! Alcides Falanghe www.underxmag.com 69 Parceiros Parceiros Underxmag Distribua a revista para seus clientes e amigos, peça já um banner com o logo da sua escola. Quem gerar o maior número de acessos no site da revista vai ganhar um anúncio de página inteira na edição seguinte. www.underxmag.com 72 www.underxmag.com UNDERXMAG .com Underwater Expedition Magazine Novas camisetas Underxmag !!! Disponíveis para venda nas cores preta e azul marinho, preço: R$ 35,00 + despesas de envio Faça seu pedido pelo e-mail: [email protected] www.underxmag.com 73 Assista aqui no vídeo o processo todo: Sea Shepherd Fotos: Alex Hofford Canal Aberto Massacre diário de tubarões, dezenas de toneladas por dia !!! Japão, Cidade de Kesen-Numa O texto abaixo descreve brevemente o resultado do trabalho de pesquisa e espionagem realizado por Alex Hofford, fotógrafo preocupado com a preservação dos oceanos e seus habitantes. Acontece todo dia por volta das 05 da manhã uma verdadeira demonstração do massacre que os tubarões vem sofrendo nos mares seis dias por semana. Pilhas e mais pilhas com uma média de 20 tubarões são montadas no mercado, fazendo um total de 75 toneladas de tubarões. Se prestarmos atenção no tamanho dos menores, que não devem chegar nem a 30 quilos, dá para fazer uma rápida conta e pensarmos quantos indivíduos por dia são comercializados. Ou devemos dizer são apagados do meio ambiente marinho? E tudo feito com uma organização digna de uma máquina. A máquina de destruição dos oceanos. Às 06:30 os tubarões já organizados em pilhas são estripados e os corações são separados por homens com botas de borracha em cores brilhantes. Logo após vem o pessoal com as mangueiras de água limpando as carcaças e o chão. Às 08 horas em ponto entra a máfia japonesa do comércio de barbatanas, com um carro para cima e para baixo atacando os charutos de corpos cinzas e sem vida daqueles que já foram reis nos oceanos, cortando todas as nadadeiras dorsais, peitoral e caudal. Para quem acha que só a China tem esta máfia de tráfico de barbatanas, olhem bem no vídeo abaixo. Kensen-Numa é a capital japonesa das barbatanas de tubarão. Eles vão de pilha em pilha dilacerando os já estripados corpos. Para completar o quadro de horror, corvos negros ficam nas sombras esperando conseguir um pedaço de carne ensangüentada. As cestas quando completas de barbatanas são então levadas para um caminhão perto onde um funcionário com um bloco vai fazendo o controle. Às 09:30 horas a chacina já acabou e um trator 74 www.underxmag.com vem pegar as toneladas de carcaças retalhadas. O porto de Kesen-Numa localiza-se na província de Miyagi, no noroeste do Japão e é o único porto dedicado exclusivamente à captura de tubarões. Já forma presenciados em julho deste ano mesmo as seguintes quantidades de animais mortos em dois dias: • 119 tonelandas de tubarão azul (Prionace glaucaof) • 10 toneladas de tubarão salmão (Lamna ditropis), • 3 toneladas de mako (Isurus oxyrinchus) landed on the dock at Kesennuma. Aproximadamente metade das barbatanas amputadas em Kesen-numa vão para o mercado internacional de Hong Kong, onde as barbatanas de Kesen-numa são consideredas de uma “marca valiosa”. Como nos tempos remotos, as barbatanas de tubarão chegaram a substituir o ouro nas negociações China x Japão, é fácil entender porque o local de secagem das barbatanas é um segredo no Japão e ainda maior na China. Se no passado as barbatanas de tubarão eram poucas e caríssimas, se deve ao fato de no passados serem pequenos os barcos que os pescavam. Mas hoje em dia, com toda a tecnologia empregada, barcos gigantescos, linhas resistentes que chegam a vários quilômetros de comprimento e viagens de pesca que levam dias e dias, indo cada vez mais longe, esta pesca se tornou desastrosa, para não dizer devastadora para as populações de tubarões. Não estará na hora da opinião pública olhar para este porto em Kesen-Numa? Já tivemos o filme Shark Water falando sobre este problema e o Oscar 2010 de melhor documentário falando sobre o massacre de golfinhos... Alex Hofford, fotógrafo preocupado com a preservação dos oceanos e seus habitantes. Está na hora de nos unirmos em defesa dos tubarões! E para isso uma iniciativa brasileira vai lançar a campanha em defesa dos tubarões pelo mundo. Em breve estará aqui a campanha “Divers for Sharks” – Mergulhadores em defesa dos Tubarões. fonte: http://oglobo.globo.com/blogs/imensidao/ Leia o texto completo original em inglês aqui: http://www.alexhoffordphotography.com Aquaworld Eventos e Notícias EQUIPE NAUITEC DESCOBRE NOVA CAVERNA Voltando aos tempos das descobertas, recentemente, dentro dos limites do Parque Nacional da Bodoquena, foi descoberta mais uma caverna, que promete ótimos mergulhos. Esta nascente está localizada cerca de 20 quilômetros da cidade de Bonito bem na divisa com a Fazenda Vale do Taquaral. A caverna foi batizada de “Buraco das Antas”, pois naquela região habitam muitos animais e recentemente o antigo proprietário alimentava um bando de antas, cujas trilhas estão espalhadas por toda parte. Trata-se de uma das nascentes do Rio Taquaral, dentro do fragmento Sul do Parque Nacional da Bodoquena. Caverna de origem freática, mantém um fluxo permanente e possui ótima visibilidade principalmente em épocas de seca. O acesso à boca da caverna exige uma caminhada de aproximadamente um quilômetro pela margem do Rio Taquaral, por uma trilha bastante acidentada e escorregadia, que merece muito cuidado. Animais como lontras, porcos-do-mato e até antas podem ser vistos durante a caminhada. Uma das maiores dificuldades é o transporte dos equipamentos até a entrada da caverna. Em determinado ponto da trilha cruzamos o leito do Rio Taquaral, que em algumas épocas do ano fica quase seco, para então chegar a um paredão rochoso, de onde surge a nascente. Uma entrada bem pequena com um tronco ainda na parte de águas abertas esconde uma das cavernas mais bonitas e seguras para mergulho. Depois de 350 metros de cabeamento, a profundidade máxima foi de 17 metros e seus condutos largos aumentam a tranquilidade do mergulho. Em época de seca, alguns pontos exigem que o mergulhador “rasteje” com os cilindros duplos quase fora da água. A caverna promete muito, já que poucos mergulhos foram executados até o momento. Com a descoberta do Buraco das Antas, são três as cavernas alagadas mergulháveis dentro da área do Parque Nacional da Bodoquena. Completa o grupo o Buraco das Abelhas, que já foi muito bem explorado e já está com seu plano de manejo praticamente pronto aguardando a regularização fundiária, e uma das nascentes do Rio Salobrinha, no fragmento norte do parque, na divisa com um assentamento do Incra, esta última quase que inexplorada, e até hoje somente visitada por um restrito grupo de mergulhadores, e que também tem grande potencial para o mergulho em cavernas. Kadu Pinheiro Sha’Ab Claudio - Red Sea UNDERWATER EXPEDITION 78 www.underxmag.com MIN 5MM Navegue num mar de oportunidades. 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