metodologia do trabalho científico

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metodologia do trabalho científico
METODOLOGIA
DO
TRABALHO CIENTÍFICO
MÓDULO V
Profª. Patrícia S. Mascarenhas (Org.)
Este módulo deverá ser utilizado apenas como base para estudos. Os créditos da autoria dos conteúdos aqui apresentados são dados aos seus respectivos autores.
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METODOLOGIA
DO
TRABALHO CIENTÍFICO
MÓDULO V
Profª. Patrícia S. Mascarenhas (Org.)
Mestranda em Administração
Graduanda em Educação a Distância
Especialista em Educação Sócio Ambiental
Graduada em Ciências Contábeis
ATENÇÃO!
Este módulo está disponível apenas como base para estudos deste curso.
Não é permitida qualquer forma de comercialização do mesmo.
Os créditos de autoria dos conteúdos deste material são dados aos seus
respectivos autores citados nas Referências Consultadas.
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Caro (a) aluno(a),
O Instituto Pró Saber tem o interesse contínuo em proporcionar um ensino de
qualidade, com estratégias de acesso aos saberes que conduzem ao conhecimento.
Todos os projetos são fortemente comprometidos com o progresso educacional para o
desempenho do aluno-profissional permissivo à busca do crescimento intelectual.
Através do conhecimento, homens e mulheres se comunicam, têm acesso à
informação, expressam opiniões, constroem visão de mundo, produzem cultura, é desejo desta
Instituição, garantir a todos os alunos, o direito às informações necessárias para o exercício
de suas variadas funções.
Expressamos nossa satisfação em apresentar o seu novo material de estudo,
totalmente reformulado e empenhado na facilitação de um construto melhor para os respaldos
teóricos e práticos exigidos ao longo do curso.
Dispensem tempo específico para a leitura deste material, produzido com muita
dedicação pelos Doutores, Mestres e Especialistas que compõem a equipe docente do Instituto
Pró Saber.
Leia com atenção os conteúdos aqui abordados, pois eles nortearão o princípio de
suas ideias, que se iniciam com um intenso processo de reflexão, análise e síntese dos saberes.
Desejamos sucesso nesta caminhada e esperamos, mais uma vez, alcançar o
equilíbrio e contribuição profícua no processo de conhecimento de todos!
Atenciosamente,
Setor Pedagógico
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 5
2 CONHECIMENTO E SEUS NÍVEIS....................................................................................... 6
2.1 O QUE É CONHECIMENTO? ................................................................................................. 6
2.2 TIPOS DE CONHECIMENTOS............................................................................................... 6
2.3 CONHECIMENTO EMPÍRICO ............................................................................................... 7
2.4 CONHECIMENTO FILOSÓFICO ........................................................................................... 7
2.5 CONHECIMENTO TEOLÓGICO ........................................................................................... 7
2.6 CONHECIMENTO CIENTÍFICO ............................................................................................ 8
3 CIÊNCIA ..................................................................................................................................... 8
3.1 CARACTERÍSTICAS DA CIÊNCIA ....................................................................................... 9
3.2 DIVISÃO DA CIÊNCIA ........................................................................................................... 9
3.3 ASPECTOS LÓGICOS DA CIÊNCIA ................................................................................... 10
3.4 CLASSIFICAÇÃO DAS CIÊNCIAS ..................................................................................... 10
4 MÉTODO CIENTÍFICO ......................................................................................................... 11
4.1 MÉTODO CIENTÍFICO E CIÊNCIA .................................................................................... 11
4.2 MÉTODO DEDUTIVO .......................................................................................................... 12
4.3 MÉTODO INDUTIVO............................................................................................................ 13
5 PROJETO DE PESQUISA ..................................................................................................... 14
5.1 O QUE OBSERVAR EM PESQUISA .................................................................................... 15
5.2 TIPOS DE PESQUISA ............................................................................................................ 15
5.3 PESQUISA EXPLORATÓRIA/ BIBLIOGRÁFICA ............................................................. 16
5.4 PESQUISA DESCRITIVA ..................................................................................................... 16
5.5 PESQUISA EXPERIMENTAL .............................................................................................. 17
6 FASES DA PESQUISA ............................................................................................................ 18
6.1 QUANTO À ESCOLHA DO TEMA ...................................................................................... 19
6.1.1 Definição do Problema ................................................................................................. 19
6.1.2 Justificativa do Tema ................................................................................................... 20
6.2 HIPÓTESE DE PESQUISA .................................................................................................... 21
6.3 OBJETIVO DE PESQUISA .................................................................................................... 21
6.4 ESTUDOS QUANTITATIVOS .............................................................................................. 22
6.5 ESTUDOS QUALITATIVOS ................................................................................................. 23
6.6 MÉTODO DE COLETA DE DADOS .................................................................................... 24
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6.7 FORMULÁRIO DE COLETA DE DAOS ............................................................................. 25
6.8 AMOSTRAGEM DE PESQUISA .......................................................................................... 26
6.8.1 Amostragem Probabilística ........................................................................................... 26
6.8.2 Amostragem Não-Probabilística ................................................................................. 27
6.9 ELABORAÇÃO DOS DADOS .............................................................................................. 27
6.10 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS ................................................................. 28
6.11 RELATÓRIO DE PESQUISA .............................................................................................. 29
7 ARTIGO CIENTÍFICO ........................................................................................................... 29
8 MONOGRAFIA........................................................................................................................ 33
8.1 ESTRUTURA DA MONOGRAFIA ....................................................................................... 34
8.1.1Elementos Pré-Textuais ................................................................................................ 35
8.1.2 Elementos Textuais ....................................................................................................... 36
8.1.3 Elementos Pós-Textuais ................................................................................................ 36
8.2 DETALHANDO OS ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS.......................................................... 36
8.3 ELEMENTOS TEXTUAIS ..................................................................................................... 40
8.3.1 Introdução ..................................................................................................................... 41
8.3.2 Desenvolvimento ........................................................................................................... 41
8.3.3 Conclusão ...................................................................................................................... 41
8.4 REFERÊNCIAS ...................................................................................................................... 41
8.5 APÊNDICE ............................................................................................................................. 44
8.6 ANEXO ................................................................................................................................... 44
9 CITAÇÕES DIRETAS E INDIRETAS .................................................................................. 45
10 FORMATO DO TRABALHO ACADÊMICO .................................................................... 48
11 TRABALHOS ACADÊMICOS ........................................................................................... 50
11.1 FICHAMENTO ..................................................................................................................... 50
11.2 RESUMO............................................................................................................................... 52
11.3 RESENHA ............................................................................................................................. 53
12 RECOMENDAÇÕES PARA EVITAR O PLÁGIO ........................................................... 54
REFERÊNCIAS........................................................................................................................... 56
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1. INTRODUÇÃO
Este material não tem a pretensão de abranger todas as questões envolvidas em
Metodologia Científica. Nosso objetivo, ao apresentar a disciplina Metodologia Científica é,
antes de tudo, estimular os alunos para que busquem motivações em seus novos conhecimentos e
que possa encontrar respostas às suas dúvidas. Pensando desta forma, podemos dizer que o
conhecimento reside na busca e aquisição de informação para a solução de problemas
experienciais e vivenciais. Desse modo, o método científico é fundamental como forma de obter
conhecimento. É o método que distinguirá os tipos de conhecimentos que o ser humano se
apropria. Nesse compasso, concordamos com Aristóteles (1999), que viveu entre 384 e 322 a.C.,
quando diz "[...] aprender é o maior dos prazeres, não só para o filósofo, mas também para o
resto da humanidade [...]"
Em linguagem direta, podemos dizer que esta disciplina, Metodologia Científica, tem
como objetivo principal, ensinar o caminho e os procedimentos para que se atinjam os melhores
resultados nos estudos (pesquisa). Esse caminho poderá ser árduo e doloroso para aqueles (as)
que não tiverem disciplina e objetividade. Porém, com seriedade, respeito e obediência às regras
e procedimentos do trabalho científico, os objetivos encontrarão enorme possibilidades para o
sucesso. Em suma, os melhores resultados de uma pesquisa, ocorrem, quando, geralmente, esses
resultados são frutos de uma pesquisa, e onde são utilizados os procedimentos metodológicos, e
onde haja fidedignidade e obediências às regras cientificas!
Por fim, mesmo sabendo que nunca conheceremos a verdade absoluta, e que muitas
vezes a interpretação de verdades gera erros, podemos dizer que é através da ciência, e, portanto,
utilizando seus procedimentos metodológicos que nos aproximaremos dela com mais correção.
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2 CONHECIMENTO E SEUS NÍVEIS
2.1 O QUE É CONHECIMENTO?
Pode-se dizer que conhecimento é a tomada de consciência de um mundo vivido pelo
homem, isto é, consciência de si a partir do mundo perceptível e intelectivo do ser pensante.
Podemos dizer, também, que o conhecimento é agente transformador da realidade. Quando
perguntamos o que é conhecimento, podemos dizer que é uma relação que se estabelece entre o
sujeito que conhece e o objeto conhecido, ou seja, só conheço quando me relaciono com o objeto
conhecido. Em outras palavras, no processo de conhecimento o individuo se apropria daquilo
que conhece (BARROS; LEHFELD, 1990).
2.2 TIPOS DE CONHECIMENTOS
Pelo conhecimento o homem penetra as diversas áreas da realidade para dela tomar
posse. Assim podemos dizer que conhecer é incorporar um conceito novo, sobre um fato ou
fenômeno qualquer. Agora também pode-se dizer que há várias formas de se obter o
conhecimento, e que esse conhecimento apresenta níveis e estruturas diferentes em sua própria
constituição. Cada nível de estrutura do conhecimento tem a sua complexidade, umas mais,
outras menos, porém devemos considerar sempre as relações existentes entre o objeto conhecido
e o conhecedor deste objeto. Finalizando, pode-se dizer que por sermos os únicos seres capazes
de aplicar o que aprendemos, acabamos por criar sistemas de símbolos, como a linguagem, para
registrar nossas próprias experiências e passar para outros seres humanos.
O conhecimento, de modo mais direto, pode ser visto como uma só designação, porém,
tende-se a separá-los em: Conhecimento Empírico, Conhecimento Filosófico, Conhecimento
Teológico e Conhecimento Científico.
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2.3 CONHECIMENTO EMPÍRICO
O conhecimento empírico, também chamado popular ou de senso comum, tem como
característica fundamental ser superficial por acontecer através de informações ou experiências
casuais. Além disso, o conhecimento empírico é ametódico e assistemático, ou seja, sem método
e sem nenhum rigor organizativo das experiências próprias e das ideias. Desse modo, o
conhecimento empírico acaba sendo resultado de suposições e de experiências pessoais, sem
levar em consideração aspectos da verificação e do rigor sistemático. Podemos dizer que outro
aspecto do conhecimento empírico, é pelo fato de ser inexato, e, uma vez que não pode ser
verificável, pode comprometer o próprio objeto deste conhecimento.
2.4 CONHECIMENTO FILOSÓFICO
Para falar do conhecimento filosófico, é preciso que pensar na ideia de conhecimento
filosófico a partir de conceitos subjetivos, isto é, o conhecimento especulativo que produz uma busca
constante do sentido das coisas e do mundo. Segundo Trujillo, conhecimento filosófico só pode ser
valorativo, pois seu ponto de partida consiste em hipóteses, que não poderão ser submetidas à
observação. Por outro lado, essas hipóteses filosóficas baseiam-se na experiência, o que nos leva a
dizer que esse conhecimento emerge da experiência e não da experimentação, por isso o
conhecimento filosófico é não verificável, já que seus anunciados das hipóteses filosóficas, ao
contrario do que ocorre da ciência, não podem ser confirmadas nem refutadas. (TRUJILLO, 1994).
2.5 CONHECIMENTO TEOLÓGICO
O conhecimento teológico, isto é, o religioso, é conhecimento que se revela através da
fé divina ou crença religiosa. Esse tipo de conhecimento exige a autoridade divina, de forma
direta ou indireta. Pode-se dizer também que, o conhecimento religioso não pode ser confirmado
ou negado, como por exemplo, ocorre no conhecimento científico. Esse tipo de conhecimento
depende da formação moral e das crenças de cada indivíduo.
O conhecimento religioso ou teológico apoia-se em doutrinas que contêm proposições
sagradas, ou seja, proposições valorativas, por terem sido reveladas pelo sobrenatural, ou melhor,
o inspiracional e, por essa razão, as verdades produzidas por este tipo de conhecimento são
consideradas infalíveis e indiscutíveis (exatas).
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2.6 CONHECIMENTO CIENTÍFICO
O conhecimento científico, diferentemente do conhecimento empírico, se destaca por
buscar as causas e a leis dos fenômenos existentes. Este tipo de conhecimento se caracteriza
especialmente por ter um procedimento metódico em suas investigações.
O conhecimento científico é: “... o aperfeiçoamento do conhecimento comum e
ordinário e é obtido através de um procedimento metódico; o qual mobiliza explicações rigorosas
e ou plausíveis sobre o que se afirma sobre um objeto da realidade”. (GALLIANO, 1999, p.
21).Sendo assim, o conhecimento científico, além de ater-se aos fatos, é: racional e objetivo,
factual, analítico, verificável, organizado, sistemático, explicativo, constrói e aplica leis e
depende de investigações metódicas. Em suma, o conhecimento científico é o que é produzido
pela investigação científica. Surge não apenas da necessidade de encontrar soluções para
problemas de ordem prática da vida diária, mas também se caracteriza por ser um conhecimento
ordinário, o que possibilita fornecer explicações sistemáticas e podem ser testadas e criticadas
através de provas empíricas. (KOCHE, 1994).
3 CIÊNCIA
Etimologicamente, o termo ciência provém do verbo em latim Scire que significa
aprender, conhecer. Essa definição etimológica, entretanto, não é suficiente para diferenciar
ciência de outras atividades, também, envolvidas com o aprendizado e o conhecimento.
Seguindo a orientação de Marconi e Lakatos, ciência pode ser entendida em duas acepções: na
primeira, isto é, no sentido mais geral, ciência pode ser entendida apenas como o significado do
conhecimento. Na segunda, não se refere a um conhecimento qualquer, trata-se de um
conhecimento que se notabiliza pela investigação do estudo da natureza, direcionado à
descoberta da verdade. Tal investigação é normalmente metódica, ou de acordo com o método
científico um processo de avaliar o conhecimento empírico (MARCONI; LAKATOS, 2007). Em
suma, podemos dizer que Ciência é o conhecimento ou um sistema de conhecimentos que são
obtidos de leis gerais e são testadas através de métodos científicos.
As áreas da ciência podem ser classificadas em duas grandes dimensões: pura (o
desenvolvimento de teorias) versus aplicada (a aplicação de teorias às necessidades humanas);
ou natural (o estudo do mundo natural) versus Social (o estudo do comportamento humano e da
sociedade).
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3.1 CARACTERÍSTICAS DA CIÊNCIA
Seguindo os enunciados de Ruiz (1998, p.124-126) as características da ciência se
descrevem por meio de:
a) Conhecimento pelas causas: a ciência se caracteriza por demonstrar as razões os
enunciados, relacionando o fenômeno às suas causas;
b) Profundidade e generalidade de suas conclusões: a ciência exprime suas conclusões
em enunciados gerais que traduzem a relação constante do binômio causa efeito; generalizando o
porquê atinge a constituição intima e a causa comum a todos os fenômenos da mesma espécie,
conferindo à ciência a prerrogativa de fazer prognósticos seguros;
c) Finalidade teórica e prática: temos que, da pesquisa fundamental e da descoberta da
verdade decorrem inúmeras consequências práticas;
d) Objeto formal: é a maneira peculiar, o aspecto ou o ângulo sob o qual a ciência
atinge seu objeto material (realidades físicas), como experimental das causas reais próximas
(evidência dos fatos e não das ideias);
e) Método e controle: é uma investigação rigorosamente metódica e controlada,
derivando-se daí a razão da confiança nas conclusões científicas; exatidão: a ciência pode
demonstrar, por via de experimentação ou evidência dos fatos objetivos, observáveis e
controláveis, o mérito dos seus enunciados.
f) Aspecto social: a ciência é uma instituição social, que tem os cientistas como
membros de uma sociedade universal, para a procura da verdade e melhoria das condições de
vida da humanidade.
3.2 DIVISÃO DA CIÊNCIA
Quando fala-se de ciência pode-se, também, dizer, segundo Oliveira (1998), que a
ciência se divide em ciências formais e ciências factuais. As ciências formais se preocupam com
enunciados, ou seja, com as ideias que constituem a busca do conhecimento, que consistem em
relações entre símbolos, ou seja, são prescritas em sistemas de registros ou documentação. Sua
fundamentação metodológica, que visa demonstrar seus teoremas rigorosamente, se concretiza
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através do emprego da lógica. Enfim, pode-se dizer que as ciências formais são constituídas pela
lógica formal, ou seja, são racionais, sistemáticas e verificáveis.
As ciências factuais (materiais ou empíricas), por sua vez, preocupam-se com os
processos e as coisas e, portanto, precisam mais da experimentação e da observação do que da
simples conjectura.
3.3 ASPECTOS LÓGICOS DA CIÊNCIA
Quando se referem aos aspectos lógicos da ciência, estamos condicionando-a sempre a
uma observação racional e controlada dos fatos, isto porque a ciência, através de seus
procedimentos e operações, busca segundo Ander-Egg, algo que permita a observação racional e
controlada dos fatos investigados. Desse modo permitem a interpretação e explicação adequada
dos fenômenos, bem como contribuem para a verificação dos fenômenos, positivados pela
experimentação ou pela observação. E, por fim, ainda segundo Ander-Egg, os aspectos lógicos
da ciência fundamentam os princípios da generalização ou estabelecimento dos princípios a e das
leis. Assim, “podemos dizer que a ciência é resultado da acumulação do conhecimento científico,
que se caracteriza pelo conhecimento racional, sistemático, exato, verificável e falível”
(ANDER-EGG, 1998, p.15).
3.4 CLASSIFICAÇÃO DAS CIÊNCIAS
Sabe-se que não existe apenas uma linguagem que permita classificar a ciência. Essa
por sua vez apresenta utiliza-se de campos diferentes para classificar os seus estudos. Segundo
Mário Bunge, há na ciência as seguintes classificações e ramos de estudos: Ciências Formais ou
Puras = Sintetizam e explicam os fatos descobertos sobre o universo e seus habitantes. (Fazem
parte a Filosofia Lógica e a Matemática); Ciências Factuais ou Aplicadas = Utilizam-se de fatos
e de princípios científicos para fazer coisas úteis aos homens. (Fazem parte as Ciências Naturais
e a Sociais) As Ciências Naturais estão dividas no campo da Física, Química e Biologia, que, por
sua vez, subdividem-se em:
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a) Campo da Física: Física Nuclear, Mineralogia, Logística Militar, Petrografia,
Geologia, Computação, Engenharia, Astronomia;
b) Campo da Química: Química Orgânica, Química Inorgânica, Físico-Químico,
Farmácia e Bioquímica;
c) Campo da Biologia: Botânica, Medicina, Zoologia, Veterinária, Agricultura, Tec.
Alimentos, Enfermagem;
d) Campo das Ciências Sociais: Sociologia, Psicologia Social, Antropologia Cultural,
Geografia, Direito, Administração, Comunicação Social, Economia, História;
e) Ainda sobre parte dos ramos da ciência, Oliveira (1998) diz que “a geologia,
meteorologia, oceanografia, e astronomia também são agrupadas como geociências”.
4 MÉTODO CIENTÍFICO
A palavra método designa, em seu sentido mais geral, a ordem que se deve impor aos
diferentes processos necessários para atingir um fim dado ou um resultado desejado. “Nas
ciências entende-se por método o conjunto de processos que o espírito humano deve empregar na
investigação e demonstração da verdade”. (CERVO; BERVIAN, 1993, p. 23).
Não há ciência sem a utilização do método científico. Mas o inverso não é
necessariamente verdade! Ainda pode-se utilizar a ideia de Bunge (1980), quando diz que
método é um procedimento regular, explícito e passível de ser repetido para conseguir-se alguma
coisa, seja material ou conceitual. Desse modo pode-se conceber que método é o conjunto
coerente de procedimentos racionais ou prático-racionais que orienta o pensamento para serem
alcançados conhecimentos válidos.
4.1 MÉTODO CIENTÍFICO E CIÊNCIA
Todas as ciências caracterizam-se pela utilização de métodos científicos. Em
contrapartida, nem todos os ramos de estudo que empregam esses métodos são ciências. Dessas
afirmações, podemos concluir que a utilização de métodos científicos não é da alçada exclusiva
da ciência, mas não há ciências sem o emprego de métodos científicos. (MARCONI;
LAKATOS, 2007, p. 44).
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Como a ciência se manifesta por meio de procedimentos, conclui-se que o método
científico é um conjunto de regras básicas para um cientista desenvolver uma experiência, a fim
de produzir conhecimento, bem como corrigir e integrar conhecimentos pré-existentes. É
baseado em juntar evidências observáveis, empíricas, e mensuráveis, baseadas no uso da razão.
E, ainda que, os procedimentos, que são utilizados nas ciências possam variar de uma área da
ciência para outra, consegue-se determinar certos elementos que diferenciam o método científico
de outros métodos.
Primeiramente os pesquisadores propõem hipóteses para explicar certos fenômenos, e
então desenvolvem experimentos que testam essas previsões. Então teorias são formuladas,
juntando-se hipóteses de uma certa área, em uma estrutura coerente de conhecimento. Isto ajuda
na formulação de novas hipóteses, bem como coloca as hipóteses em um conjunto de
conhecimento maior. Outra faceta do método é que o processo precisa ser objetivo, para que o
cientista seja imparcial na interpretação dos resultados.
Além disso, há, também, a expectativa básica do método: todo o procedimento precisa
ser documentado, tanto os dados, quanto os procedimentos, para que outros cientistas possam
analisar e reproduzir o processo. Isso, também, permite que se utilizem métodos de estatística
para verificar a confiabilidade dos resultados.
4.2 MÉTODO DEDUTIVO
A dedução é a argumentação que torna explícitas verdades particulares contidas em
verdades universais. O ponto de partida é o antecedente, que afirma uma verdade universal, e o
ponto de chegada é o conseqüente, que afirma uma verdade menos geral ou particular contida
implicitamente no primeiro. O processo dedutivo leva o pesquisador do conhecido ao
desconhecido com pouca margem de erro, mas, por outro lado, é de alcance limitado, pois a
conclusão não pode possuir conteúdos que excedam o das premissas. Duas regras gerais são
apontadas quanto à validade das conclusões do processo dedutivo:
Da verdade do antecedente segue-se a verdade do consequente. Por exemplo: todos os
animais respiram. Ora, o mosquito é animal. Logo, o mosquito respira.
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Da falsidade do antecedente pode seguir-se a falsidade ou veracidade do consequente.
Por exemplo: todos os animais são quadrúpedes. Ora, o cisne é animal. Logo, o cisne é
quadrúpede (consequente falso). Ou então: toda árvore é racional. Ora, Gilberto é arvore. Logo,
Gilberto é racional (Consequente verdadeira).
A dedução organiza e especifica o conhecimento que já se tem, mas não é geradora de
conhecimentos novos. Ela tem como ponto de partida o plano do inteligível, ou seja, da verdade
geral, já estabelecida. Vejamos os exemplos de Marconi e Lakatos (2007) que destacam as
diferenças entre o argumento dedutivo e o indutivo:
Exemplo 1 • (Dedutivo)
Todo mamífero tem um coração.
Ora, todos os cães são mamíferos.
Logo, todos os cães têm um coração.
Exemplo 2 • (Indutivo)
Todos os cães que foram observados tinham um coração
Logo, todos os cães têm um coração.
Em referência aos dois exemplos, Marconi e Lakatos (2007, p. 63) argumentam que:
[...] no exemplo dedutivo, para que a conclusão “todos os cães tem um coração” fosse
falsa, uma das ou as duas premissas teriam de ser falsas: ou nem todos os cães são
mamíferos ou nem todos os mamíferos têm um coração. Por outro lado, no argumento
indutivo é possível que a premissa seja verdadeira a conclusão seja falsa: o fato de não
ter, até o presente, encontrado um cão sem coração, não é garantia de que todos os cães
tenham um coração.
4.3 MÉTODO INDUTIVO
Na indução o caminho é o contrário ao da dedução, isto é, a cadeia de raciocínio
estabelece conexões ascendentes, do particular para o geral. Neste caso, as constatações
particulares é que levam às teorias e leis gerais.
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Exemplo de raciocínio indutivo:
O calor dilata o ferro;___________________ particular;
O calor dilata o bronze;_________________ particular;
O calor dilata o cobre;__________________ particular;
Logo o calor dilata todos os metais ________ geral, universal.
Nota-se que o método indutivo confunde-se com o experimental, que compreende as
seguintes etapas:
- observação – manifestações da realidade, espontâneas ou provocadas;
- hipótese – tentativa de explicação;
- experimentação – observa a reação de causa-efeito, imaginada na etapa anterior;
- comparação – classificação, análise e crítica dos dados recolhido;
- abstração – verificação dos pontos conforme o descompasso dos dados obtidos;
- generalização – consiste em estender a outros casos, da mesma espécie, um conceito
obtido com base nos dados observados.
5 PROJETO DE PESQUISA
Seguindo a orientação de Ender-Egg (1998, p.28), a pesquisa é um “procedimento
reflexivo sistemático, controlado e crítico que permite descobrir novos fatos ou dados, relações
ou leis, em qualquer campo de conhecimento”. Esse conceito nos leva a entender que uma
pesquisa requer do seu investigador, além de um procedimento formal, que este permita realizar
a coleta dos dados, a medida e a análise dos mesmos. A pesquisa, portanto, é uma atividade que
se volta a soluções de problemas, através do emprego dos processos científicos. (CERVO;
BERVIAN, 1993).
Resumindo, toda pesquisa parte de um problema e, com o uso do método científico,
busca uma resposta ou solução para o problema apresentado.
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5.1 O QUE OBSERVAR EM PESQUISA
Cada objeto de investigação requer um procedimento para sua realização, sob os mais
diversificados aspectos e dimensões. Isto por saber que não existem regras fechadas que devem
compor um projeto de pesquisa, uma vez que, conforme o objeto de estudo, utiliza-se
procedimentos e instrumentos direcionados para a busca do seu melhor resultado.
Algumas questões são relevantes quanto à natureza da pesquisa, pois tornam
fundamentais as buscas de respostas. Segundo Rummel (1992, p. 3), há dois significados para
ela: a primeira, em sentido amplo, engloba todas as investigações especializadas e completas. O
segundo, em sentido restrito, abrange os vários tipos de estudos e de investigações mais
aprofundados.
Independente do melhor modelo de pesquisa para a busca de soluções deve-se observar:
a- o que pesquisar;
b- por que se deseja fazer a pesquisa;
c- como pesquisar;
d- com quais recursos;
e- em que período.
5.2 TIPOS DE PESQUISA
Ao abordar tipos de pesquisa, podemos perceber que sua classificação varia de autor
para autor, porém, sem ampliar essa discussão, podemos dizer que há três tipos de pesquisas:
Exploratória ou Bibliográfica, Descritiva, que pode ser estudo descritivo estatístico (quantitativo)
ou estudo descritivo de caso (qualitativo), e a Pesquisa Experimental.
Cada tipo de pesquisa tem designações de acordo com o objeto de estudo ou com o
público-alvo que se quer pesquisar. Cada tipo de pesquisa é concebido, de acordo com os
objetivos e hipóteses, levantados pelo pesquisador, para descrever a realidade de suas
investigações.
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5.3 PESQUISA EXPLORATÓRIA/ BIBLIOGRÁFICA
A principal característica da Pesquisa Exploratória ou Bibliográfica é sua informalidade,
flexibilidade e criatividade. Esse tipo de pesquisa é o primeiro contato com a situação a ser
pesquisada. A Pesquisa Exploratória é o primeiro passo para o pesquisador conhecer o objeto de
estudo. Esse contato, geralmente, se faz necessário, principalmente, quando o pesquisador não
tem dados suficientes para levantamento de hipótese ou definição do problema e objetivos da
pesquisa.
A Pesquisa Exploratória trabalha com dados secundários, isto é, material que já foi
publicado, e que se encontra disponível, em um ou vários canais de divulgação. Constitui,
portanto, a primeira fase para o início de um projeto de pesquisa.
Supondo que um pesquisador queira saber qual a taxa de mortalidade infantil no Estado
de São Paulo, entre os anos de 2000 a 2005, sua primeira atitude será buscar tais informações em
revistas especializadas, jornais, publicações diversas, órgãos públicos, pesquisas e casos
realizados, etc. Esse exemplo demonstra os passos que devem ser tomados, caso o pesquisador
queira se inteirar do objeto de sua pesquisa, caso contrário, padecerá por falta de informações
preliminares para o desenvolvimento de seu estudo.
Pode-se dizer que a grande vantagem deste tipo de pesquisa, refere-se à facilidade de
acesso às informações, o que pode facilitar o desenvolvimento da própria pesquisa, uma vez que
as informações coletadas, já foram trabalhadas por terceiros. Porém, a Pesquisa Exploratória
pode, em muitos casos, limitar o desenvolvimento da pesquisa, uma vez que não aprofunda mais
o que já foi feito pelas pesquisas anteriores. Isto quer dizer que, se o pesquisador quiser ir mais
fundo, no objeto de sua pesquisa, deverá partir para outro tipo de pesquisa.
5.4 PESQUISA DESCRITIVA
A Pesquisa Descritiva tem como principal característica o aprofundamento do objeto de
estudo, pois ela observa, registra, analisa e correlaciona fatos ou fenômenos a serem
manipulados, isto é, procura a descrição das características de determinadas populações ou
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fenômenos. Uma de suas características está na utilização de técnicas padronizadas de coleta de
dados, tais como o questionário e a observação sistemática.
A Pesquisa Descritiva procura descrever a realidade dos objetos de estudo, a partir de
dados primários, diferentemente, das pesquisas exploratórias. Esses dados, no caso, da pesquisa
descrita, podem ser obtidos, originalmente, a partir de entrevistas pessoais ou de discussão em
grupo, relacionando e confirmando as hipóteses levantadas na definição do problema da pesquisa
(SAMARA; BARROS, 2002, p. 30).
Destacam-se, também, na Pesquisa Descritiva, as questões que buscam responder o
quem, o que, quanto, como, onde, quando e por que pesquisar, além de procurar descrever
características de grupos idade, sexo, procedência etc. Também, são pesquisas descritivas
aquelas que visam descobrir a existência de associações entre variáveis, como, por exemplo, as
pesquisas eleitorais que indicam a relação entre o candidato e a escolaridade dos eleitores.
5.5 PESQUISA EXPERIMENTAL
A Pesquisa Experimental, comumente utilizada nas ciências naturais, tem por
característica a manipulação das variáveis, relacionadas com o objeto de estudo. Neste tipo de
pesquisa, [...] a manipulação das variáveis proporciona o estudo da relação entre causas e efeitos
de um determinado fenômeno. Diferentemente da pesquisa descritiva que busca [...] classificar,
explicar e interpretar os fenômenos, a Pesquisa Experimental pretende dizer de que modo e quais
as causas que produzem o fenômeno. (CERVO; BERVIAN, 1993, p.58). Desse modo, pode-se
dizer que a Pesquisa Experimental, partindo da coleta de dados, permite conclusões claras e
diferenciadas a respeito de uma hipótese que envolve relações de causa e efeito. (WESTFALL,
1999).
Segundo o autor, na Pesquisa Experimental, “o pesquisador deve criar uma situação
artificial para que possa obter os dados particulares de que necessita e possa medi-los com
precisão”. As experiências são artificiais no sentido de que são criadas com o objetivo de testar.
(WESTFALL, 1999, p. 96).
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Porém, como bem frisa Cervo e Bervian (1983), é conveniente, apesar da utilização da
pesquisa experimental, ocorrer, em geral, em laboratório, que este tipo de pesquisa não se
identificar com a lei de laboratório, assim como a pesquisa descritiva não é sinônimo de pesquisa
de campo. Os termos “de campo” e “de laboratório” indicam apenas o contexto onde elas se
realizam. (WESTFALL, 1999, p.59).
6 FASES DA PESQUISA
A pesquisa necessita utilizar-se de fases para que o seu processo de construção tenha
maior sucesso, assim, podemos dizer que as etapas de um projeto de pesquisa manchem uma
ordem de acontecimentos e interdependência nas suas definições para que, de forma lógica,
venha trazer resultados consistentes e úteis. Pode-se dizer que as principais etapas de um projeto
de pesquisa são:
a- Tema
b- Problema da pesquisa
c- Justificativa da pesquisa
d- Hipótese da pesquisa
e- Objetivos da pesquisa
f- Tipos de pesquisa
g- Método de pesquisa
h- Métodos de coleta de dados
i- Formulário para coleta de dados
j- Tipos de Amostragem
k- Trabalho de campo
l- Tabulação da pesquisa
m- Análise dos resultados
n- Elaboração do relatório de pesquisa
o- Analise geral da pesquisa
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6.1 QUANTO À ESCOLHA DO TEMA
A escolha de um tema de pesquisa é mais fácil do que podemos imaginar. Por essa
razão, é necessário observarmos algumas regras importantes. Em primeiro lugar, o tema de uma
pesquisa deve sempre responder ao interesse do pesquisador, assim como responder se o
desenvolvimento e a realização do tema proposto são possíveis.
Os temas, de um modo geral, segundo Barros e Lehfeld (2007), são definidos em razão:
a- Da observação do cotidiano;
b- Da vida profissional;
c- De programas de pesquisa;
d- De contato e relacionamento com especialistas;
e- Do feedback de pesquisas já realizadas;
f- Do estudo de literatura especializada.
Outra questão que deve ser colocada, ao se escolher um tema, é a sua delimitação, isto
é, definir o tempo, o local, o espaço e o tamanho do objeto que se pretende pesquisar. Um bom
tema de pesquisa deve despertar interesse, tanto pela importância do assunto, quanto pela
possibilidade de realização e aprofundamento do mesmo. É necessário construir um objeto de
pesquisa, ou seja, selecionar uma fração da realidade a partir do referencial teórico-metodológico
escolhido. (BARRETO; HONORATO, 1998, p. 62).
É fundamental que o tema esteja vinculado a uma área de conhecimento com a qual a
pessoa já tenha alguma intimidade intelectual, sobre a qual já tenha alguma leitura específica e
que, de alguma forma, esteja vinculada à carreira profissional que esteja planejando para um
futuro próximo. (BARRETO; HONORATO, 1998, p. 62).
O tema de pesquisa é, na verdade, uma área de interesse a ser abordada. É uma primeira
delimitação, ainda ampla.
6.1.1 Definição do Problema
A definição do problema de uma pesquisa, segundo Samara e Barros (2002, p.12),
representa a parte mais importante do projeto, pois todo projeto de pesquisa deve partir de uma
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real necessidade de informação, de uma situação em que haja indagações e de dúvidas a serem
respondidas. Toda pesquisa tem origem num problema sentido, e isto pode ocorrer, em razão das
indagações básicas. Afirmam os autores: “Deve-se questionar por que a pesquisa deve ser feita;
quais decisões devem ser tomadas a partir dos resultados da pesquisa; e quais as possíveis
respostas a serem obtidas para os problemas ou oportunidades”. Confirmam depois:
[...] os demais procedimentos, como a formulação de objetivos e escolhas de métodos,
serão ocorrências do problema definido, daí a sua importância. Um problema maldefinido pode gerar objetivos poucos precisos e resultados inconsistentes para um
projeto. (SAMARA; BARROS, 2002, p.12).
Em resumo, podemos dizer que definir um problema de pesquisa significa especificá-lo,
em detalhes precisos e exatos, para que o desenvolvimento da pesquisa tenha clareza, concisão e
objetividade. Outro aspecto importante: todo problema, bem colocado, deverá sempre estar na
forma interrogativa, a fim de facilitar a construção da hipótese- centro.
6.1.2 Justificativa do Tema
Antes de desenvolver um projeto de pesquisa, deve-se ter um tema e problemas
definidos. Em seguida, vem a justificativa dessa pesquisa. Desse modo, podemos seguir as ideias
propostas por Barros e Lehfeld (1990, p. 28):
a- apresentar elementos que responderão à questão: por que se pretende realizar a
pesquisa? Nessa apresentação, o pesquisador pode demonstrar a relevância da pesquisa, em
relação ao contexto social atual, por exemplo. Esse item será caracterizado como defensor da
necessidade de se efetivar tal estudo;
b- explicar os motivos que indicam a viabilidade de execução da proposta. Aqui, estão
incluídos os itens relacionados à viabilidade técnica, financeira e política;
c- colocar referências, aos aspectos que garantem a originalidade do trabalho. Ressaltar
os elementos inovadores do trabalho do pesquisador. Relacionar com um quadro referencial
teórico. (BARROS; LEHFELD, 1990, p. 28).
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6.2 HIPÓTESE DE PESQUISA
Hipótese de pesquisa, segundo Barros e Lehfeld (1990) são afirmações que serão
testadas através da análise da evidência dos dados empíricos; portanto, hipótese é afirmação que
se faz na tentativa de verificar a validade de resposta existente para um problema. A função da
hipótese, na pesquisa, é fornecer certos fatos ou ideias que possam ser testados, a fim de orientar
a busca de outras informações. Desse modo, pode-se dizer que hipóteses bem claras possibilitam
condição fundamental para o desenvolvimento da pesquisa.
Sob o ponto de vista operacional, a hipótese deve servir como uma das bases para a
definição da metodologia de pesquisa, visto que, ao longo de todo o trabalho, o pesquisador
deverá confirmá-la ou rejeitá-la, no todo, ou, em parte. (BARRETO; HONORATO, 1998).
6.3 OBJETIVO DE PESQUISA
Os objetivos de pesquisa constituem parte integrante de um projeto porque busca
informações que solucionarão o problema da pesquisa. Segundo Samara e Barros, os objetivos
de pesquisa são interdependentes e exigem total coerência entre o problema definido e os
objetivos do projeto de pesquisa. Segundo os mesmos autores, a indagação que os pesquisadores
devem fazer é:
a- Que informações são necessárias para resolver o problema de pesquisa?
b- Os objetivos da pesquisa devem ser detalhados e específicos, pois servirão como base
para a elaboração do formulário para coleta de dado-questionário ou roteiro.
É um processo lógico, que num primeiro momento, indica o que precisamos ou
queremos saber – os objetivos, e por decorrência, perguntamos, elaboramos o questionário para
obter uma resposta ao objetivo proposto. (SAMARA; BARROS, 2002, p. 12).
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6.4 ESTUDOS QUANTITATIVOS
Como processo metodológico, a Pesquisa Quantitativa é baseada em rígidos critérios
estatísticos, que servem de parâmetro para definição do universo a ser abordado pela pesquisa.
Daí a ideia de que a pesquisa quantitativa se utiliza de técnicas estatísticas. A pesquisa estatística
é muito utilizada para mensurar dados numéricos, levantamento de preferências por produtos e
serviços pelas parcelas da população, opiniões sobre temas políticos, econômicos, sociais, dentre
outros aspectos.
A pesquisa, por sua vez, se utiliza de questionários para inferir resultados de amostras
como referência de um universo maior.
A Pesquisa Quantitativa aplica-se à dimensão mensurável da realidade, isto é, a partir
dos resultados obtidos, estatisticamente, se projeta uma verdade geral ao fenômeno estudado. Por
essa razão, sua utilização auxilia o planejamento de ações coletivas, reproduzindo resultados
passíveis de generalização, principalmente, quando as populações pesquisadas representam com
fidelidade o coletivo. As pesquisas quantitativas são mais adequadas para apurar opiniões e
atitudes explícitas e conscientes dos entrevistados, pois utilizam instrumentos padronizados
(questionários). São utilizadas quando se sabe exatamente o que deve ser perguntado para atingir
os objetivos da pesquisa. Permitem que se realizem projeções para a população representada.
Elas testam, de forma precisa, as hipóteses levantadas para a pesquisa e fornecem índices que
podem ser comparados com outros.
A Pesquisa Quantitativa Exige um número maior de entrevistados para garantir maior
precisão nos resultados, que serão projetados para a população representada. As informações são
colhidas por meio de um questionário estruturado com perguntas claras e objetivas. Isto garante a
uniformidade de entendimento dos entrevistados.
As pesquisas quantitativas são utilizadas, com frequência, quando se pretende obter
informações com amplitude, ou seja, quando quer saber mais sobre aspectos comuns de uma
população investigada em grandes quantidades, do que aprofundar questões em pequenas
quantidades.
Na Pesquisa Quantitativa, o entrevistador identifica as pessoas a serem entrevistadas por
meio de critérios previamente definidos: por sexo, por idade, por ramo de atividade, por
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localização geográfica etc. As entrevistas não exigem um local previamente preparado, podendo
ser realizadas na própria residência do entrevistado ou em pontos de fluxo de pessoas. O
importante é que sejam aplicadas individualmente e sigam as regras de seleção da amostra.
São sete as etapas necessárias para a realização de uma pesquisa quantitativa:
a- definição do objetivo da pesquisa.
b- definição da população e da amostra.
c- elaboração dos questionários.
d- coleta de dados (campo).
e- processamento dos dados (tabulação).
f- análise dos resultados
g- apresentação e divulgação dos resultados.
6.5 ESTUDOS QUALITATIVOS
As pesquisas qualitativas têm caráter exploratório, ou seja, buscam estimular os
entrevistados a pensar e falar livremente sobre algum tema, objeto ou conceito. Elas fazem
emergir aspectos subjetivos, atingem motivações não explícitas, ou mesmo não conscientes, de
forma espontânea.
Na Pesquisa Qualitativa, o pesquisador é um interpretador da realidade. (BRADLEY,
1993). Dados qualitativos (PATTON, 1980; GLAZIER, 1992):
a- descrições detalhadas de fenômenos, comportamentos;
b- citações diretas de pessoas sobre suas experiências;
c- trechos de documentos, registros, correspondências;
d- gravações ou transcrições de entrevistas e discursos;
e- dados com maior riqueza de detalhes e profundidade;
f- interações entre indivíduos, grupos e organizações.
Os métodos qualitativos são apropriados quando o fenômeno, em estudo, é complexo,
de natureza social e não tende à quantificação. Normalmente, são usados quando o entendimento
do contexto social e cultural é um elemento importante para a pesquisa. Para aprender métodos
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qualitativos é preciso aprender a observar, registrar e analisar interações reais entre pessoas, e,
entre pessoas e sistemas (LIEBSCHER, 1998).
Na pesquisa qualitativa, diferentemente da quantitativa, não há preocupação em projetar
resultados para a população. O número de entrevistados geralmente é pequeno. Normalmente as
informações são coletadas por meio de um roteiro. As opiniões dos participantes são gravadas e
posteriormente analisadas. As entrevistas são realizadas por meio de entrevistas em profundidade
ou de discussões em grupo. Para as discussões em grupo, as pessoas (em média oito) são
convidadas para um bate-papo realizado em salas especiais, com circuito de gravação em áudio e
vídeo. Nas entrevistas em profundidade, é feito o pré-agendamento do entrevistado e a sua
aplicação é individual, em local reservado. Este procedimento garante a concentração do
respondente.
As informações colhidas na abordagem qualitativa são analisadas de acordo com o
roteiro aplicado e registradas em relatório, destacando opiniões, comentários e frases mais
relevantes que surgiram. De maneira sucinta, em pesquisas qualitativas o importante é o que se
fala sobre um tema, enquanto que em pesquisas quantitativas o importante é quantas vezes é
falado.
6.6 MÉTODO DE COLETA DE DADOS
Os métodos de coleta de dados determinam a maneira como os dados serão obtidos no
projeto. Os métodos podem ser pela:
a- Observação: A técnica da observação é utilizada quando se pretende levantar
hipóteses preliminares sobre o comportamento ou por:
b- Entrevista pessoal: A entrevista pessoal é o método de coleta de dados, mais
largamente utilizado, em pesquisa de marketing, opinião, política, de consumo, etc., pois, com
ele, se obtém o maior número de informações possíveis do entrevistado, embora haja sempre
uma caracterização da artificialidade da situação e possível influência do entrevistador sobre o
entrevistado.
d- Entrevista por Telefone: A pesquisa efetuada por telefone tem a vantagem de ser
um meio rápido de obter informações, porém, a prática evidencia que há um maior desinteresse
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por parte dos entrevistados em responder, ocorrendo um maior número de recusas do que na
entrevista pessoal. Além disso, a seleção da amostra deve ser criteriosa para esse procedimento,
pois em certos casos, nem todas as pessoas que podem fazer parte da amostra, necessariamente,
têm telefone, o que pode distorcer os resultados da pesquisa.
e- Entrevista por Correspondência: Este método de coleta de dados pode atingir
longo alcance em termos geográficos e de amplitude da amostra. No entanto, exige que o
questionário a ser respondido seja claro e sintético, para não suscitar dúvidas impossíveis de
serem resolvidas. A experiência mostra que o retorno de questionários, nas pesquisas efetuadas
por correspondência, é baixa e lenta, o que implica o fator custo, pois é necessário enviar um
número de correspondências muito maior do que a amostra, para se obter um volume de
respostas satisfatórias. (SAMARA; BARROS, 2002, p.65).
6.7 FORMULÁRIO DE COLETA DE DADOS
Uma vez definidos os procedimentos do planejamento de um projeto de pesquisa, isto é
a definição do tema da pesquisa, o problema da pesquisa, a justificativa da pesquisa, o
levantamentos das hipóteses que o objeto da pesquisa sugere, além da definição do tipo de
pesquisa a ser empregada, bem como o método utilizado, outro aspectos a ser considerado é o
modelo de formulários para a coleta de dados.
Pode-se dizer que, ao se elaborar um formulário de coleta de dados, o que se procura é
traçar as perguntas que garantam a vinculação com o problema levantado, assim como os
objetivos que foram definidos no projeto. Outra coisa é estabelecer as diferenças de modelos de
coleta de acordo com os levantamentos de estudos quantitativo e qualitativo. Quando a pesquisa
trabalha com os procedimentos quantitativos, o ideal é que se utilize coleta de dados, em forma
de questionários, ao passo que a qualitativa deverá utilizar os roteiros de perguntas.
Diferentes são estas formas de obter informações. Enquanto os questionários tendem a
ser mais amplos nas perguntas, buscando conhecer o maior número possível de informações, o
modelo de coleta, através de roteiros utilizados nas pesquisas qualitativas, o que se busca é o
aprofundamentos das causas. Daí a explicação de poucos entrevistados nesta modalidade de
coleta de dados.
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6.8 AMOSTRAGEM DE PESQUISA
Pode-se dizer que amostra é qualquer parte de uma população, com as mesmas
características desta. A amostragem, através da coleta de dados, tem que proporcionar
informações relevantes de toda a população.
[...] quando se deseja coletar informações sobre um ou mais aspectos de um grupo
grande ou numeroso, verifica-se, muitas vezes, ser praticamente impossível fazer um
levantamento do todo. Daí a necessidade de investigar apenas uma parte dessa
população ou universo. O problema da amostragem é, portanto, escolher uma parte (ou
amostra), de tal forma, que ela seja a mais representativa possível do todo e, a partir dos
resultados obtidos relativos a essa parte, poder inferir, o mais legitimamente possível, os
resultados da população total, se esta fosse verificada”. (MARCONI; LAKATOS, 2007,
p.37).
Segundo Mattar (1999), “quando se pretende conhecer” alguns aspectos de uma
população, há dois caminhos a seguir, ou se pesquisam todos os seus elementos, e neste caso, o
estudo é chamado de censo, ou apenas uma amostra deles, a partir da qual se estimam os dados a
respeito de toda a população. Neste caso, o estudo é chamado de pesquisa.
6.8.1 Amostragem Probabilística
Se já sabem que amostra é qualquer parte de uma população, com as mesmas
características destes, a amostragem se divide em duas categorias, são elas: Amostragem
probabilística e Amostragem Não-Probabilística. A amostragem Probabilística tem por
características permitir que cada elemento da população tenha uma chance conhecida e diferente
de zero de ser selecionado para compor a amostra. As amostragens probabilísticas geram
amostras denominadas probabilísticas. (MATTAR, 1999).
As amostragens probabilísticas podem ser do tipo: aleatória simples; estratificadas;
sistemáticas; por área; por conglomerado.
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6.8.2 Amostragem Não-Probabilística
Este tipo de amostragem, isto é, não-probabilística tem como característica o
agrupamento dos elementos da amostra, por conveniência do pesquisador, ou mesmo do
entrevistador de campo. Esse tipo de amostragem é selecionado por critérios sempre subjetivos
do pesquisador, de acordo com sua experiência e com os objetivos de sua pesquisa. Como
característica marcante, nesta modalidade de amostra de pesquisa, está o fato de que a mesma
não é obtida por critérios estatísticos, ou seja, os elementos que compõem as amostragens NãoProbabilísticas são, em última instância, a vontade do pesquisador, sem quaisquer rigores
matemáticos ou estatísticos para aferição do tamanho da amostra. (MATTAR, 1999).
As amostragens não-probabilísticas podem ser: Conveniência ou Acidental; Intencional
ou Julgamento; Quotas ou Proporcional.
6.9 ELABORAÇÃO DOS DADOS
Segundo Oliveira (1998, p.183), depois dos procedimentos de coleta dos dados, o
momento agora é dar o tratamento adequado a esses dados. Assim os primeiros passos são em
direção à seleção e revisão, para que se alcance o processo de categorização; esse processo pode
ser realizado, antecipadamente, já no questionário. Porém, segundo o autor citado, antes da
análise e interpretação, os dados devem seguir as seguintes fases: seleção, codificação,
tabulação:
a) Seleção: É o exame detalhado dos dados coletados. De posse do material coletado, o
pesquisador deve submetê-lo a uma verificação crítica, a fim de se detectarem falhas ou erros,
evitando-se informações confusas, distorcidas, incompletas, que podem prejudicar o resultado da
pesquisa.
b) Codificação: É a técnica operacional utilizada para categorizar os dados que se
relacionam. Mediante a codificação, os dados são transformados em símbolos, podendo ser
tabelados.
A codificação se divide em duas partes:
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1 – classificação dos dados, agrupando-os sob determinadas categorias;
2 – atribuição de um código, número ou letra, tendo cada um deles um significado.
Codificar quer dizer transformar o que é qualitativo em quantitativo, para facilitar não só a
tabulação dos dados, mas também sua comunicação.
A técnica da codificação não é automática, pois exige certos critérios ou normas pó
parte do codificador, que pode ser ou não o próprio pesquisador.
c) Tabulação: É a disposição dos dados em tabelas, possibilitando maior facilidade na
verificação das inter-relações entre eles. É uma parte do processo técnico de análise estatística,
que permite sintetizar os dados de observação conseguida pelas diferentes categorias e
representá-los graficamente. Dessa forma, poderão ser compreendidos e interpretados mais
rapidamente. Os dados são classificados pela divisão em subgrupos e reunidos de modo que as
hipóteses possam ser comprovadas ou refutadas.
6.10 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS
Uma vez de posse dos dados coletados, o pesquisador partirá para outra fase que é a
análise dos dados. Essa fase da pesquisa requer do pesquisador sua atenção para a organização,
leitura, análise e interpretação dos dados. Segundo Barros e Lehfeld (1990) apud Selltiz et al
(1990, p. 61), “o objetivo da análise é sumarizar as observações completadas, de forma que estas
permitam respostas ás perguntas da pesquisa. O objetivo da interpretação é a procura do sentido
mais amplo de tais respostas, através de sua ligação a outros conhecimentos já obtidos”.
Todo projeto de pesquisa deve, em sua formulação, conter, já desde o início, a
preocupação do que deve ser feito com os dados coletados, pois o planejamento do projeto de
pesquisa tem como único propósito, exatamente chegar ao estágio da análise, portanto,
geralmente, o arcabouço para a análise é assentado antes que se inicie a coleta de dados.
(SELLTIZ et al, 1990, p. 61).
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6.11 RELATÓRIO DE PESQUISA
Depois do material tratado pela elaboração e análise dos dados, chega o momento final,
o relatório da pesquisa. Esse é o momento de enorme gratificação por ter chegado ao fim de uma
longa etapa, e que significou enormes esforços para se chegar até o seu final. Então, neste caso,
para que se formule um fechamento digno do esforço projetado no projeto de estudo, devem-se
tomar algumas precauções. Essa preocupação, segundo Barros e Lehfeld (1990), será de poder
deixar registrado todo o caminho percorrido durante a pesquisa, especificando os elementos que
possam ser importantes para a análise posterior do estudo realizado.
Excelentes pesquisas são algumas vezes prejudicadas pelo fato do pesquisador não
preparar um bom relatório. Por essa razão é importante, ao redigir a análise do estudo da
pesquisa, nunca deixar de observar os objetivos propostos no planejamento, bem como procurar
certo equilíbrio daquilo que deverá ou não ser incluído dentro do relatório final. Sabemos que é
difícil determinar os interesses dos achados da pesquisa, por essa razão se deve fazer uma
cuidadosa revisão do plano da pesquisa, em todas as suas etapas, a fim de garantir a clareza e a
pertinência do resultado da pesquisa.
7 ARTIGO CIENTÍFICO
Quanto à análise de conteúdo, os artigos estão divididos nos seguintes tipos:
Artigo de Periódico: são trabalhos técnico-científicos, escritos por um ou mais autores,
com a finalidade de divulgar a síntese analítica de estudos e resultados de pesquisas. Formam a
parte principal em periódicos especializados e devem seguir as normas editoriais do periódico a
que se destinam. Os artigos podem ser de dois tipos:
1. Originais: quando apresentam abordagens ou assuntos inéditos;
2. De revisão: quando abordam, analisam ou resumem informações já publicadas.
Artigo de Revisão: são conhecidos como “reviwes” e dividem-se em dois tipos
fundamentais:
1. Revisão anual: contendo a descrição ampla das contribuições da literatura em
determinada área de estudo;
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2. Revisão seletiva: crítica e analítica com enfoque em um problema científico
particular e sua solução.
Os artigos de revisão com enfoque histórico devem obedecer a ordem cronológica de
pensamento, e apresentar uma palavra de ordem mais difusa do que um trabalho inédito de
pesquisa: documentar e interpretar o desenvolvimento e a tecnologia de ponta de uma
determinada área. O público para uma revisão é maior do que aquele para os artigos científicos e
irá tipicamente abranger vasta familiaridade com área – do iniciante ou interessado observador
de fora ao especialista. O estilo de uma revisão é menos formulado, e os editores têm debates
acalorados entre si e também som os autores, sobre o que constitui material analítico legítimo.
O único consenso parece ser que uma revisão é definida por aquilo que não contém
notadamente pesquisas inéditas e novos resultados. O editor escolheu um tópico interessante e
um autor de quem se pode esperar um artigo de autoridade.
Relato de Caso Clínico: é um importante meio de disseminação do conhecimento
referente aos aspectos clínico-patológicos de um tema científico. Novas técnicas, terapias,
diagnósticos, patologias, materiais e soluções inovadoras para problemas especiais, fenômenos
anatômicos e fisiológicos, são exemplos a serem relatados.
O objetivo desse tipo de artigo científico é auxiliar no plano de tratamento de um
paciente, ajudando aos profissionais e também ao ensino. As ilustrações são fundamentais nos
artigos dessa natureza (radiografias, fotos...).
A estrutura e a apresentação de um artigo científico se modificam de uma revista para
outra.
A ABNT apresenta na NBR 6022 (antiga NB 61) algumas condições exigíveis para
orientar colaboradores e editoras de publicações periódicas, no sentido de uma apresentação
racional e uniforme dos artigos nela contidos.
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Elementos constitutivos do Artigo Científico
Título e subtítulo (se houver)
Nome do autor
Crédito do autor
Pré-textuais
Dedicatória (opcional)
Agradecimentos (opcional)
Epígrafe (opcional)
Resumo (no idioma do país)
Palavras chave ou descritores
Introdução (tema, objetivo, relevância)
Desenvolvimento (metodologia, resultados e
Textuais ou corpo do texto
discussão)
Conclusão
Citações
De apoio ao texto
Notas de rodapé
Ilustrações (tabelas, quadro e figuras)
Referências
Apêndices (elaborados pelo autor)
Pós-textuais
Anexos (documentos)
Descrição dos Elementos
Esta parte da exposição estará fundamentada no trabalho de Moreira e Caleffe (2006).
Por intermédio do texto destes autores serão brevemente descritos os elementos componentes de
um artigo científico.
Título – este deve expressar a essência da pesquisa realizada, apresentando com o
mínimo possível de palavras. Quando lido, deve dar ao leitor uma ideia precisa do assunto. Em
síntese, o titulo descreve de forma lógica e rigorosa, a essência do artigo.
Este módulo deverá ser utilizado apenas como base para estudos. Os créditos da autoria dos conteúdos aqui apresentados são dados aos seus respectivos autores.
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Na verdade, o autor precisa exprimir técnicas e talento dos redatores de publicidade. A
utilização de frase curta com elevado poder descritivo, associados à criatividade são artifícios
utilizados para a elaboração do titulo, que bem elaborado concorrerá para o sucesso da
publicação de uma pesquisa.
Credenciais do Autor – trata-se da indicação do nome do autor (ou autores) e da
instituição a que pertence(m). Atualmente, é frequente indicar também o endereço da homepage
e do correio eletrônico, e-mail.
Resumo – não deve exceder 200 palavras e deve especificar de forma concisa e
encadeada, evitando que este seja telegráfico.
 O que é que o autor fez;
 Como o fez (se for relevante);
 Os principais resultados (numericamente, se for caso disso);
 A importância e alcance dos resultados.
O resumo não é uma introdução ao artigo, mas sim uma síntese da sua totalidade, na
qual se preocupa realçar os aspectos mencionados. Deverá ser discursivo, e não apenas uma lista
dos tópicos que o ártico cobre.
O texto deve ser conciso e não se deter em detalhes, ou seja, comentário acerca do texto
apresentado. Convém lembrar que um resumo pode vir a ser posteriormente reproduzido em
publicações que listam resumos (de grande utilidade para o leitor decidir se está ou não
interessado em obter e ler a totalidade do artigo). Deve ter parágrafo único e ser redigido na
terceira pessoa do singular.
Palavra chave – o artigo apresenta um conjunto de palavras-chave que caracterizem o
domínio ou domínios em que ele se inscreve. Estas palavras são normalmente utilizadas para
permitir que o artigo possa ser localizado através dos sistemas de pesquisa.
Por isso, deve-se escolher palavras-chave tão gerais e comuns quanto possível,
evitando-se utilizar os termos já apresentados no titulo. Devem ser separadas por ponto e vírgula
e incluídas numa relação que varia de três a sete palavras. Um bom critério é selecionar as que se
utiliza para procurar na Web um artigo semelhante.
Introdução – a introdução fornece ao leitor o enquadramento para a leitura do artigo.
Este deve esclarecer a natureza do problema cuja resolução se descreve no texto, a essência do
Este módulo deverá ser utilizado apenas como base para estudos. Os créditos da autoria dos conteúdos aqui apresentados são dados aos seus respectivos autores.
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estado da arte no domínio abordado, sua relevância para fazer progredir o estado da arte e
principalmente o objetivo o trabalho, via de regra finalizando este item.
Corpo do Artigo ou Desenvolvimento – o corpo do texto é constituído da descrição,
ao longo de vários parágrafos, de todos os pontos relevantes do trabalho realizado.
É o momento em que o autor do texto estabelece um diálogo entre o tema abordado e os
autores escolhidos para que juntos, em parceria, possam margear o título do artigo de forma a
convencer e seduzir o leitor acerca do assunto dissertado. (fazer link).
Conclusão – devem ser enunciadas claramente, e deverão abordar o que é que o
trabalho descrito no artigo conseguiu e qual a sua relevância; as vantagens e limitações das
propostas que o artigo apresenta. Em alguns casos, deve-se incluir ainda: referência a eventuais
aplicações dos resultados obtidos; recomendações para trabalhos futuros.
Em caso do trabalho ter uma hipótese levantada, este é o item onde o autor deve deixar
explicito se esta hipótese foi confirmada ou não. No caso negativo ou positivo ele, o autor,
lançará mão de argumentos que sustentem sua posição.
Referência – trata-se de uma listagem dos livros, artigos ou elementos bibliográficos
que foram referenciados ao longo do texto.
A referência deve ser levada em conta especialmente pelo aspecto ético. Sendo assim, a
sua utilização é imprescindível, evitando assim o uso de ideias e conceitos emanados de outros
autores sem a devida citação.
Embora existam algumas diferentes normas de referenciação, a recomendada é a editada
pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
8 MONOGRAFIA
Etimologicamente, monografia quer dizer “trabalho escrito sobre um único tema”. Na
definição da ABNT (P-TB-49/67), monografia é “Documento que apresenta a descrição
exaustiva de determinada matéria, abordando aspectos científicos, históricos, técnicos,
econômicos, artísticos, etc.”.
Pode-se assim dizer, que uma monografia é um estudo que se realiza a partir de
questões determinadas e limitadas, onde se utiliza regras metodológicas para se obter resultados
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que possam ser testados. Em resumo a monografia se caracteriza, segundo Oliveira, (1998), por
observar
a- Redução da abordagem a um só tema.
b- Tratamento exaustivo e completo em profundidade.
c- Necessidade de investigação científica como suporte.
d- Condição de apresentar contribuição para o progresso da ciência.
e- Exigência de oferecer uma contribuição pessoal original à ciência.
f- Um trabalho que observa e acumula observações.
g- Organiza essas informações e observações.
h- Procura as relações e regularidades que pode haver entre elas.
i- Indaga de forma inteligente as leituras e experiências para comprovação.
j- Comunica aos demais seus resultados.
k- Expressa uma descoberta verdadeira.
l- Apresenta provas. Para muitos, é a comprovação que distingue o científico daquele
que não é. Em consequência, pode-se afirmar que a maior arte de uma investigação cientifica
consiste na procura de provas conclusivas.
m- Pretendem ser objetivas, ou seja, independentes do pesquisador que as apresenta:
qualquer outro pesquisador deve poder encontrar o mesmo resultado, isto é, verificar as
afirmações ou, com o seu trabalho, refutá-las ou modificá-las.
n- Possuem uma formulação geral. A ciência procura, classifica e relaciona fatos ou
fenômenos, com a intenção de encontrar os princípios gerais que os governam.
o- Sistemáticos, portanto ordenados segundo princípios lógicos.
p- Expõe interpretações e relações entre fatos-fenômenos assim como suas
regularidades. (OLIVEIRA, 1998, p. 236).
8.1 ESTRUTURA DA MONOGRAFIA
A estrutura de teses, dissertações, monografias ou de um trabalho acadêmico seguem,
em sua construção as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), compostas
de elementos obrigatórios e elementos opcionais, conforme determinação normativa. Sendo
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assim, as teses, dissertações, monografias e os trabalhos científicos são separados em três fases,
são elas: elementos pré-textuais; elementos textuais; e elementos pós-textuais. Cada fase
constitui processos de formulação que compõe a construção das monografias e trabalhos
científicos.
Os elementos pré-textuais e pós-textuais serão solicitados conforme o tipo de trabalho
apresentado. Consideram-se obrigatórios todos os itens imprescindíveis para a elaboração do
trabalho e opcionais os que ficam a critério do autor e/ou do orientador.
8.1.1 Elementos Pré-Textuais
Elementos que antecedem o texto com informações que ajudam na identificação e
utilização do trabalho. Os elementos pré-textuais são constituídos das seguintes fases:
Elementos pré-textuais
a- Capa (obrigatório)
b- Lombada (opcional)
c- Folha de rosto (obrigatório)
d- Errata (opcional)
e- Folha de aprovação (obrigatório)
f- Dedicatória(s) (opcional)
g- Agradecimento(s) (opcional)
h- Epígrafe (opcional)
i- Resumo na língua portuguesa (obrigatório)
j- Resumo em língua estrangeira (obrigatório)
k- Lista de ilustrações (opcional)
l- Lista de tabelas (opcional)
m- Lista de abreviaturas e siglas (opcional)
n- Lista de símbolos (opcional)
o- Sumário (obrigatório)
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8.1.2 Elementos Textuais
Os Elementos Textuais são apresentados através das fases:
a- introdução;
b- desenvolvimento;
c- conclusão.
8.1.3 Elementos Pós-Textuais
Os elementos Pós-Textuais são constituídos das seguintes fases:
a- Referências (obrigatório);
b- Glossário (opcional);
c- Apêndice(s) (opcional);
d- Anexo(s) (opcional);
e- Índice(s) (opcional).
8.2 DETALHANDO OS ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS
Capa
Elemento obrigatório. Definição: [...] proteção externa do trabalho e sobre a qual se
imprimem as informações indispensáveis à sua identificação. A primeira folha constante no
trabalho é chamada de falsa capa e deve repetir integralmente a capa. As informações deverão
ser transcritas na seguinte ordem:
a- Nome do(s) autor (es)
b- Quando houver mais de um autor, deve-se obedecer a ordem alfabética de prenome;
c- Título;
d- Subtítulo (se houver);
e- Local (cidade da Instituição);
f- Ano (da entrega).
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g- A capa para as monografias e projetos experimentais deve ser em brochura, capa
dura, revestida com percalux, obedecendo-se a cor conforme o curso.
Lombada
Elemento opcional. Descrição: [...] parte da capa do trabalho que reúne as margens
internas das folhas, sejam elas costuradas, grampeadas, coladas ou mantidas juntas de outra
maneira. Deve conter as seguintes informações: 2 cm do início da lombada, ano impresso,
longitudinalmente, e legível, do alto para o pé da lombada; centralizado, nome do autor por
extenso (como aparece na capa) impresso longitudinalmente e legível do alto para o pé da
lombada, facilitando assim a leitura quando o trabalho está no sentido horizontal, com a face
voltada para cima. Apesar da ABNT definir a lombada como elemento opcional, a
consideraremos como elemento obrigatório.
Fonte: BASTOS, Daisi Rocha (20007).
Folha de Rosto
Elemento obrigatório. Descrição: [...] folha que contém os elementos essenciais à
identificação do trabalho. Deve conter as seguintes informações:
a- Nome da Instituição;
b- Nome do autor (em ordem direta: Nome e Sobrenome);
c- Título; subtítulo (se houver);
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d- Natureza do trabalho (monografia, projeto experimental) e objetivo grau pretendido,
aprovação em disciplina, nome do curso, nome da instituição;
e- Nome e titulação do orientador e se houver do co-orientador;
f- Local (cidade da instituição);
g- Ano (de entrega).
Errata
Elemento opcional. Descrição: [...] lista das folhas e linhas em que ocorrem erros,
seguidas das devidas correções. Apresenta-se quase sempre em papel avulso ou encartado,
acrescido ao trabalho depois de impresso. Recomenda-se imprimir a errata em papel adesivo e
colá-la no verso da capa, evitando-se assim, perda das informações. Utiliza-se a errata apenas
para corrigir erros, nunca para acréscimo de informações.
Folha de Aprovação
Elemento obrigatório. Descrição: [...] folha que contém os elementos essenciais à
aprovação do trabalho. Deve conter as seguintes informações:
a- Nome do autor;
b- Título;
c- Subtítulo (se houver);
d- Natureza e objetivo;
e- Instituição a que é submetido;
f- Área de concentração;
g- Nome, titulação e instituição a quem pertencem os membros da banca examinadora;
h- Data e local (cidade) de aprovação.
Dedicatória, Agradecimento, Epígrafe
A Dedicatória e elemento opcional. Descrição: [...] folha onde o autor presta
homenagem ou dedica seu trabalho. A dedicatória é mais íntima que os agradecimentos.
Normalmente dedica-se menos e agradece-se mais. Não se deve incluir a palavra dedicatória.
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Os Agradecimentos também e elemento opcional. Descrição: [...] folha onde o autor faz
agradecimentos dirigidos àqueles que contribuíram de maneira relevante à elaboração do
trabalho. Não há regras para os agradecimentos, apenas sugere-se que se registrem
agradecimentos àqueles ligados diretamente à elaboração do trabalho (orientador, instituição,
outros professores).
A palavra agradecimento deve vir centralizada no início da folha, seguindo-se o estilo
dos indicadores de seção sem indicativo numérico.
A Epígrafe da mesma forma que a dedicatória e o agradecimento também e elemento
opcional. Descrição: [...] folha onde o autor apresenta uma citação, seguida de indicação de
autoria, relacionada com a matéria tratada no corpo do trabalho.
Resumo
Elemento obrigatório. Descrição: Resumo na língua materna portuguesa. Apresentação
concisa dos pontos relevantes de um texto, fornecendo uma visão rápida e clara do conteúdo e
das conclusões do trabalho. Não deverá ultrapassar 500 palavras, seguido logo abaixo das
palavras representativas do conteúdo do trabalho, isto é, palavras-chave. Deve-se apresentar de
três a cinco palavras chave que deverão estar separadas entre si por ponto e finalizadas também
por ponto. O resumo é apresentado em um único parágrafo, com espacejamento entre linhas
simples.
Lista de Ilustração, Lista de Tabelas, Lista de Abreviaturas e Símbolos
Lista de ilustração: elemento opcional. Deve ser elaborado de acordo com a ordem
apresentada no texto, com cada item designado por seu nome específico, acompanhado do
respectivo número da página. Recomenda-se a elaboração de lista própria para cada tipo de
ilustração (desenhos, esquemas, fluxogramas, fotografias, gráficos, mapas, organogramas,
plantas, quadros, retratos e outros).
A lista de ilustrações deve ser feita se o desenvolvimento do trabalho apresentar mais de
05 (cinco) do mesmo tipo, desconsiderando-se apêndices e anexos.
Lista de Tabela: elemento opcional. Deve ser elaborado de acordo com a ordem
apresentada no texto, com cada item designado por seu nome específico, acompanhado do
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respectivo número da página. Tal como a lista de ilustrações deve ser feita apenas se existirem
mais de 05 (cinco) no desenvolvimento do trabalho, desconsiderando-se apêndices e anexos.
Lista de Abreviaturas e Siglas: elemento opcional. Deve ser elaborado em ordem
alfabética das abreviaturas e siglas utilizadas no texto, seguidas das palavras ou expressões
correspondentes grafadas por extenso. Recomenda-se a elaboração de lista própria para cada tipo
e que seja elaborada quando houver mais de 05 (cinco) siglas ou abreviaturas.
Lista de Símbolos: elemento opcional. Deve ser elaborado de acordo com a ordem
apresentada no texto, com o devido significado.
Sumário
Elemento obrigatório. Descrição: [...] enumeração das principais divisões, seções e
outras partes do trabalho, na mesma ordem e grafia em que a matéria nele se sucede. Suas partes
são acompanhadas dos respectivos números das páginas. Os elementos pré-textuais não devem
constar no sumário, conforme NBR 6027 (2005). Deverá constar a partir do capítulo 1
Introdução, que é o primeiro elemento textual.
Todos os itens após o sumário são numerados (excetuando-se os elementos póstextuais), paginados (elementos textuais e pós-textuais) e devem constar no sumário.
8.3 ELEMENTOS TEXTUAIS
Parte do trabalho em que é exposta a matéria. Constituídos de três partes fundamentais:
introdução, desenvolvimento e conclusão. Parte inicial do texto, onde deve constar a delimitação
do assunto tratado, objetivos da pesquisa e outros elementos necessários para situar o tema do
trabalho, por se tratar de elemento textual, a numeração progressiva deve começar pela
Introdução.
O Desenvolvimento e a parte principal do texto, que contém a exposição ordenada e
pormenorizada do assunto. Divide-se em seções e subseções, que variam em função da
abordagem do tema e do método. É o trabalho propriamente dito. É no desenvolvimento que
constam as citações, que são menções de uma informação extraída de outra fonte.
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8.3.1 Introdução
Parte inicial do texto, onde deve constar a delimitação do assunto tratado, objetivos da
pesquisa e outros elementos necessários para situar o tema do trabalho, por se tratar de elemento
textual, a numeração progressiva deve começar pela Introdução.
8.3.2 Desenvolvimento
Parte principal do texto, que contém a exposição ordenada e pormenorizada do assunto.
Divide-se em seções e subseções, que variam em função da abordagem do tema e do método. É o
trabalho propriamente dito. É no desenvolvimento que constam as citações, que são menções de
uma informação extraída de outra fonte.
8.3.3 Conclusão
Elemento obrigatório. Definição: [...] parte final do texto, na qual se apresentam
conclusões correspondentes aos objetivos ou hipóteses. Faz-se na conclusão um apanhado geral
do trabalho informando os itens mais relevantes que se pode verificar na elaboração do mesmo.
Por se tratar de trabalhos com um prazo relativamente pequeno para sua elaboração, nem sempre
é possível se chegar a uma conclusão, podendo-se assim, substituí-la por Considerações Finais.
Por ser o último elemento textual, deverá ser numerado seguindo a numeração progressiva do
trabalho.
8.4 REFERÊNCIAS
Elemento obrigatório. Definição: [...] conjunto padronizado de elementos descritivos
retirados de um documento, que permite sua identificação individual. Os termos Referências
Bibliográficas e Bibliografia se encontram em desuso, devendo-se apenas utilizar o termo
Referências. Devem-se incluir nas referências, apenas as das obras que são citadas no texto. Caso
seja necessário, incluir as referências não citadas em Apêndice. Exemplos:
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Um autor
ALMEIDA, A. F. de. Português básico: gramática, redação e textos. 3. ed. São Paulo: Atlas,
1992.
Dois autores
MARTINS, D. S.; ZILBERKNOP, L. S. Português instrumental: de acordo com as
atuais normas da ABNT. 24. ed. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 2003.
Três autores
RIESMAN, D.; GLAZER, N.; DENNEY, R. A Multidão solitária: um estudo da mudança do
caráter americano. São Paulo: Perspectiva, 1971.
Mais de três autores
ADAMS, R. N. et al. Mudança social na América Latina. Rio de Janeiro: Zahar, 1967.
Artigo de periódico
TOURINHO NETO, F. C. Dano ambiental. Consulex, Revista Jurídica, Brasília, DF,
v.1, n. 1, p. 18-23, fev. 1997.
Jornal
NAVES, P. Lagos andinos dão banho de beleza. Folha de S. Paulo, São Paulo, 28 jun.
1999. Folha Turismo, Caderno 8, p. 13.
Artigo da Internet
CASTRO, Daniel. Análise: redes saem vitoriosas com padrão japonês de TV digital.
Folha de São Paulo, São Paulo, 08 mar. 2006, Folha Dinheiro. Disponível em:
<http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u105780.shtml>. Acesso em: 10
mar. 2006.
Informações pertinentes às referências
• As referências devem aparecer em ordem alfabética de sobrenome dos autores;
• Os prenomes dos autores podem ser digitados por extenso, ou abreviadamente.
• Deve-se obedecer ao que aparece na obra original;
• Em caso de livros, o título da obra deve ser destacado, para isto utiliza-se negrito, ou
sublinhado. O subtítulo da obra não deve ser destacado;
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• Quando a obra tiver volumes, deverá seguir como aparece folha de rosto da mesma:
• em algarismo romano ou arábico (v. 3 ou v. III);
• O termo correto a ser usado é Referência (não bibliografia, nem referências). (Bibliográficas);
• O espacejamento entre linhas é simples e as referências devem ser separadas por dois espaços
simples; o alinhamento é o esquerdo e nunca o justificado;
• Quando na mesma folha houver mais de uma indicação do mesmo autor, o nome dele não
deverá ser repetido. Coloca-se no lugar de seu nome, seis toques de travessão.
Deverá ser seguida a ordem alfabética dos títulos.
Exemplo:
CHAUÍ, M. de S. Convite à filosofia. 13.ed. São Paulo: Ática, 2004.
______. A Nervura do real: imanência e liberdade em Espinosa. São Paulo: Companhia das
Letras, 1999.
• Não sendo possível determinar o local, utiliza-se a expressão sine loco abreviada, entre
colchetes [s.l.].
• Não sendo possível identificar a editora, utiliza-se a expressão sine nomine abreviada, entre
colchetes [s.n.].
• Não sendo possível identificar o ano da publicação, indica-se o ano provável (p.e. 1999?), a
década provável (p.e.199?) ou o século provável (p.e. 19??).
• Autor não tem sigla. Se a autoria for de uma entidade coletiva, ela deverá ser indicada por
extenso. P.ex. ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS e não ONU.
Para referências de obras em meio eletrônico, deve-se obedecer aos padrões indicados
para o tipo de suporte impresso, acrescidas das informações relativas à descrição física do meio
eletrônico (disquetes, CD-ROM). Quando se tratar de obras online, deve-se indicar o endereço
eletrônico e a data de acesso. A hora de acesso não é necessária.
Existem outras situações previstas pela norma 6023 da ABNT. Se necessário, consulte
um bibliotecário.
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8.5 APÊNDICE
Elemento opcional. Descrição: [...] texto ou documento elaborado pelo autor, a fim de
complementar sua argumentação, sem prejuízo da unidade nuclear do trabalho. Os apêndices são
identificados por letras maiúsculas consecutivas, travessão e pelos respectivos títulos.
Excepcionalmente utilizam-se letras maiúsculas dobradas, na identificação dos apêndices,
quando esgotadas as letras do alfabeto. As páginas são numeradas sequencialmente.
O apêndice deve, obrigatoriamente, ser mencionado no texto (desenvolvimento), porém,
sem indicar o número da página em que o apêndice se encontra. A ordem dos apêndices é
definida pela ordem que estão mencionados no texto.
8.6 ANEXO
Elemento opcional. Descrição: [...] texto ou documento não elaborado pelo autor, que
serve de fundamentação, comprovação e ilustração. Os anexos são identificados por letras
maiúsculas consecutivas, travessão e pelos respectivos títulos. Excepcionalmente utilizam-se
letras maiúsculas dobradas, na identificação dos apêndices, quando esgotadas as letras do
alfabeto. As páginas são numeradas sequencialmente.
O anexo deve obrigatoriamente ser mencionado no texto (desenvolvimento), porém sem
indicar o número da página em que o anexo se encontra. A ordem dos anexos é definida pela
ordem que estão mencionados no texto. Todo documento inserido em anexo deve ter a fonte
incluída na lista de referências.
9 CITAÇÕES DIRETAS E INDIRETAS
Conceito de Citação: é a menção, no texto, de uma informação extraída de outra fonte
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2005, p. 1). Assim, o autor lança
mão de um texto original para extrair a citação, podendo ser reproduzido literalmente,
interpretando, resumindo, ou traduzindo ou uma informação extraída de fonte intermediária.
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Nas citações, as chamadas pelo (s) sobrenome (s) do (s) autor (es), pela instituição
responsável ou título incluído na sentença devem ser em letras maiúsculas e minúsculas e,
quando estiverem entre parênteses, devem ser em letras maiúsculas.
Localização das Citações: as citações podem ser - no texto ou em notas de rodapé.
Modalidades: Citação Direta, Literal ou Textual - é a que um autor transcreve,
literalmente, de outra fonte, o texto, respeitando todas as características formais em relação à
redação, à ortografia, e à pontuação originais.
A citação pode ser breve (de até 3 linhas) transcrita entre aspas duplas, vindo incorporada
ao parágrafo.Quando o nome do autor estiver incluído na sentença, indicam-se o ano entre
parênteses e as páginas.
Exemplos:
Para apoiar as discussões sobre o percurso da Residência de Enfermagem a partir da
década de setenta, cujos marcos são a sua criação e expansão, valemo-nos das concepções teóricas
apresentadas por Löwy (1996, p. 13) sobre visões sociais de mundo, as quais dão suporte às nossas
reflexões quando compreendidas dialeticamente, segundo um enfoque que expresse o movimento
social, cujo ponto de partida são “todos os conjuntos estruturados de valores, representações, idéias
e orientações cognitivas.”
Ação é o direito público, subjetivo e instrumental de invocar a prestação jurisdicional. Para
os professores Cintra, Dinamarco e Grnover (1981, p. 221) “a ação não é só direito, mas poder,
poder de exigir o exercício da atividade jurisdicional.”
Deve-se mencionar o(s) autor (es), data e página (s) do documento referenciado, no
final da citação, entre parênteses, quando não vier (em) mencionado (s) no texto.
Exemplos:
“O mínimo que se exige é que cada professor elabore com mão própria a matéria que
ministra.” (DEMO, 1993, p. 144).
Trata-se, portanto de um grande avanço nas relações capital/trabalho que, sob novas bases
culturais, reconhece o valor e a importância do “nosso trabalhador - o bom e intrépido trabalhador
brasileiro.” (LEVY, 1995, p. 3).
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A citação de mais de 3 linhas é apresentada em parágrafo isolado, utilizando-se
margem própria, recuada 4 cm à esquerda, com o corpo da letra menor que o texto (fonte 10),
sem aspas, tendo como limite a margem direita do documento, devendo o espaçamento entre
linhas deve ser o simples.
Exemplos:
No sentido de melhor entendê-lo, Flores, Macedo e Rosa (1998, p. 71) escreveram:
o desenvolvimento local é entendido como as ações da produção, da distribuição e do
consumo das atividades agrícolas e não-agrícolas oriundas da agricultura familiar e da
reforma agrária no contexto do novo mundo rural no plano do espaço rural (município,
micro-região, microbacia hidrográfica, ou a comunidade). O fundamental é a
sustentabilidade dos níveis de renda e emprego das famílias rurais.
A engenharia de interesse social, ao tomar como imperativo categórico a perenização da
vida alinha-se às tecnologias da sustentabilidade, que podem ser traduzidas como:
[...] um acervo de conhecimentos e habilidades de ação para a implementação de
processos tecnicamente viáveis e eticamente desejáveis. [...] As tecnologias da
sustentabilidade dizem respeito tanto a processos de produção e circulação do produto,
como a modos de organização social, padrões de ganho e processamento de
informações etc. (BARTHOLO, 1999, p. 32).
A citação direta incluída em nota de rodapé deve aparecer entre aspas,
independentemente de sua extensão.
Exemplo:
Considerando a interação de influências internas e externas ao sistema - o que gera
ações em competição - Dubois (1985) designa como gramaticalização o processo evolutivo a que
se submetem construções relativamente livres no discurso (cuja forma idiossincrática é motivada
pelos eventos de fala) que se transformam em construções relativamente fixas na gramática,
vistas como arbitrárias1.
Quando a citação incluir texto traduzido pelo autor, deve-se citar após a chamada
da citação, a expressão “tradução nossa”, entre parênteses.
1
Martelotta e outros (1996, p. 13) esclarecem que o termo gramaticalização tem sido utilizado com vários sentidos.
Em seu trabalho, eles adotam aquele “em que designa um processo unidirecional segundo o qual itens lexicais e
construções sintáticas, em determinados contextos, passam a assumir funções gramaticais e, uma vez
gramaticalizados, continuam a desenvolver novas funções gramaticais.”
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46
Exemplo:
Já Caetano Veloso comparou-a como Michael Jackson nos seguintes termos: “Tudo em
Michael Jackson é feito de matéria pop. Perto dele, Madonna parece uma mera teórica”
(TEPERMAN, 2001, p. 28). O próprio Michael Jackson num primeiro momento afirmou sobre
Madonna: “Ela não é uma grande dançarina ou cantora. O que ela sabe é como se autopromover”
(TARABORRELI, 2001, p. 225, tradução nossa).
CITAÇÕES INDIRETAS OU LIVRES
São reproduções de ideias de outrem sem que haja transcrição literal das palavras
utilizadas. Apesar de livres, devem ser fiéis ao sentido do texto original, não necessitando de aspas.
Quando o nome (s) dos (s) autor (es) citado (s) ou o título da obra citada (no caso das obras
sem autoria) estiver (em) incluído (s) na sentença, apenas a data é incluída entre parênteses.
Exemplos:
Levy (1995), em seu estudo sobre os fatores de risco para o desenvolvimento da fluorese
dentária em pacientes odontopediátricos, concluíram que o risco da apresentação de fluorese era
significativamente maior em crianças que eram expostas à água fluoretada.
Em um estudo realizado por Matuck et al. (1998), onde se utilizou o Índice de Higiene
Oral Simplificado (IHOS) como avaliador do processo educativo, pôde-se constatar estatisticamente
o êxito das ações educativas de saúde propostas.
CITAÇÃO DA CITAÇÃO
É aquela em que o autor do texto não tem acesso direto à obra citada, valendo-se de citação
constante em outra obra. Pode ser reproduzida literalmente, ou interpretada, resumida ou traduzida.
Neste caso, usa-se a expressa latina “apud”, seguida da indicação da fonte secundária efetivamente
consultada. Esse tipo de citação deve ser evitado ao máximo, já que a obra final não foi consultada,
havendo risco de má interpretação ou de incorreções.
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Exemplo:
A organização documental é importante, sem ela, todo o resto seria invalidado, porém o
fazer biblioteconômico é muito mais do que apenas isso dentro da biblioteca universitária. Ela
deve estar a serviço, ser uma atividade meio e não um fim em si mesma.
A indústria de informação, isoladamente, não produz conhecimento. Produz estoques
de informação organizada para uso imediato ou futuro, ou, o que é pior, a criação
voluntária no Brasil de uma base importante para sustentar a indústria transnacional de
indústria da informação em ciência e tecnologia (BARRETO, 1990 apud SOUZA,
1991, p. 183).
10 FORMATO DO TRABALHO ACADÊMICO
PAPEL
Os textos devem ser apresentados em papel branco, formato A4 (21 cm X 29,7cm)
digitado na cor preta, com exceção das ilustrações, no anverso das folhas. Só utiliza-se o verso
na folha de rosto, onde deverá constar a ficha Catalográfica.
TIPOLOGIA DA FONTE
A fonte a ser utilizada é a Times New Roman, tamanho 12 para todo o texto e tamanho
menor (10) para as citações de mais de três linhas, notas de rodapé, ficha Catalográfica,
paginação e legendas das ilustrações e tabelas. Poderá ser adotada a fonte Arial, desde que os
tamanhos sejam obedecidos, porém, a preferência se dá para a fonte Times New Roman, por dar
um maior destaque ao recurso itálico.
ESPACEJAMENTO
Todo o texto deve ser digitado com espaço 1,5 (um e meio). As citações de mais de três
linhas, as notas, as referências, as legendas das ilustrações e tabelas, a ficha Catalográfica, a
natureza do trabalho, o objetivo, o nome da instituição a que é submetida e os títulos das seções e
subseções devem ser digitados em espaço simples. As referências, ao final do texto, devem ser
separadas entre si por dois espaços simples.
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(Os títulos das seções e subseções devem ser separados do texto que os precede (para)
as subseções) e os que os sucede por dois espaços 1,5 (um e meio).
MARGENS
• Superior 3,00 cm
• Inferior 2,00 cm
• Esquerda 3,00 cm
• Direita 2,00 cm
RECUOS
Na folha de rosto e na folha de aprovação, a natureza do trabalho, o objetivo, o nome da
instituição, a que é submetida, devem ter um recuo esquerdo de 7 cm. Citações com mais de três
linhas (longas) devem ter um recuo esquerdo de 4 cm. O início dos parágrafos deverá ter um
recuo de 1,5 cm (default do Word).
NUMERAÇÃO PROGRESSIVA
Para evidenciar a sistematização do conteúdo do trabalho, deve-se adotar a numeração
progressiva para as seções do texto. Os títulos das seções primárias, por serem as principais
divisões do texto, devem iniciar em folha distinta. Destacam-se gradativamente os títulos das
seções e subseções, utilizando-se recursos de negrito, caixa alta e outros, conforme NBR 6024.
Recomenda-se utilizar até a seção quaternária (1.1.1.1), porém caso haja necessidade de
delimitação do assunto, poderá se ampliar à divisão das subseções. Toda subdivisão deve ter pelo
menos dois itens.
Modelo de Seção
PRIMÁRIA
SECUNDÁRIA
TERCIÁRIA
QUATERNÁRIA
QUINÁRIA
1
1.1
1.1.1
1.1.1.1
1.1.1.1.1
2
2.1
2.1.1
2.1.1.1
2.1.1.1.1
3
3.1
3.1.1
3.1.1.1
3.1.1.1.1
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4
4.1
4.1.1
4.1.1.1
4.1.1.1.1
5
5.1
5.1.1
5.1.1.1
5.1.1.1.1
6
6.1
6.1.1
6.1.1.1
6.1.1.1.1
7
7.1
7.1.1
7.1.1.1
7.1.1.1.1
8
8.1
8.1.1
8.1.1.1
8.1.1.1.1
9
9.1
9.1.1
9.1.1.1
9.1.1.1.1
10
10.1
10.1.1
10.1.1.1
10.1.1.1.1
11
11.1
11.1.1
11.1.1.1
11.1.1.1.1
11 TRABALHOS ACADÊMICOS
11.1 FICHAMENTO
O fichamento pode ser pensado como uma forma de investigação que se caracteriza
pelo ato de fichar (registrar) todo o material necessário à compreensão de um texto ou tema. Para
isso, é necessário usar fichas que facilitem o trabalho ou digitar.
a) autor e capítulo do livro que esta sendo fichado;
b) assunto que esta sendo fichado;
c) páginas que estão sendo fichadas.
Para fazer um fichamento, deve-se obedecer a seguinte ordem:
• Ler o texto inteiro;
• Destacar as partes mais importantes;
• Fichar, colocando a referência do texto e em seguida transcrever os trechos do texto
que julga importante;
• Colocar o trecho retirado entre aspas;
• E nunca esquecer de colocar a página de onde foi tirado, sempre entre parêntese.
Verifica-se que o fichamento é um excelente instrumento de trabalho. Constitui-se na
tomada de apontamentos. É o meio pelo qual o pesquisador retém o material levantado. É um
meio de documentação.
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As fichas, em uma pesquisa bibliográfica, servem para identificar as obras; conhecer
seu conteúdo; fazer as citações; analisar o material, elaborar análise crítica, reflexiva e fazer a
síntese. A ficha como instrumento de pesquisa foi criada por Rosier Abade, membro da
academia Francesa de Ciência do século XVII e até hoje o seu uso é feito por inúmeras
instituições e quase todos os pesquisadores.
As fichas usadas podem ser de tamanho variado entre 12,5 x 20,5 cm, 10,5 x 15,5 cm e
7,5 x 12,5 cm, ou de outro tamanho. De qualquer forma ou tamanho, o uso das fichas facilitará o
arquivamento, controle e manuseio a qualquer tempo.
Objetivos das Fichas (manuscritas ou digitadas):
a) Identificar as obras consultadas;
b) Registrar o conteúdo das obras;
c) Registrar os comentários acerca das obras;
d) Ordenar os registros;
e) Selecionar o material.
Recomendações:
a) Ser breve;
b) Utilizar verbos para se caracterizar a forma como o autor escreve. Ex: analisar,
examinar, verificar.
c) Evitar repetições
d) É importante que logo após a citação seja feita um comentário utilizando sempre o
verbo na 3º pessoa do singular.
11.2 RESUMO
O resumo apresenta as ideias gerais do texto de forma concisa, coerente e seletiva. Tem
como objetivo difundir informações contidas em livro, artigos ou outros documentos. O resumo
deve ressaltar o objetivo, o método, os resultados e as conclusões do documento.
A primeira frase do resumo deve ser significativa, explicando o tema principal do
documento; deve usar o verbo na voz ativa e na terceira pessoa do singular. No caso de artigos e
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monografias, as palavras-chave devem ficar logo abaixo do resumo, antecedentes da expressão:
Palavras-chave: separadas entre si por ponto, vírgula ou travessão e finalizadas com ponto final.
Quanto à sua extensão, os resumos devem ter de 150 à 500 palavras para trabalhos
acadêmicos; de 100 a 250 palavras para artigos. Os resumos críticos, por suas características
especiais, não estão sujeitos a limites de palavras.
Segundo a NBR 6028, o resumo classifica-se em:
 Resumo Crítico: resumo redigido por especialistas, com análise crítica de um
documento. Também chamado de resenha. Quando analisa apenas uma determinada edição,
entre várias, denomina-se recensão.
 Resumo Indicativo: indica apenas os pontos principais do documento, não apresenta
dados qualitativos, nem quantitativos. De modo geral, não dispensa a consulta original.
 Resumo Informativo: Informa ao leitor finalidade, metodologias, resultados e
conclusões do documento, de tal forma que esta possa, inclusive, dispensar a consulta original.
Alguns passos que servem como suporte na elaboração de um Resumo:
1. Ler o texto inteiro, tentando responder a seguinte pergunta: De que se trata o texto?
2. Reler o texto e buscar um melhor significado para as palavras difíceis: recorrer
sempre ao dicionário.
3. Fazer uma segmentação do texto, agrupando as ideias mais significativas.
4. Finalizar a redação do resumo com suas próprias palavras, sempre com coerência.
5. Resumos de livros, capítulos de livros, revistas, textos devem sempre constar a
referência na parte superior.
11.3 RESENHA
É uma síntese e tem papel importante na vida científica de qualquer estudante. A
resenha é definida como um trabalho de síntese ou análise. Difere-se do resumo por emitir
julgamento crítico. Pode-se fazer resenha de livros, artigos de periódicos, filmes etc. Pode ser
classificada como:
a) Informativa: apenas expõe um resumo do texto.
b) Crítica: apenas expressa uma crítica ao que foi lido
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c) Crítica-Informativa: quando expõe sobre o texto analisado. Geralmente é mais usada
no meio acadêmico.
A resenha pode ser vista como:
• Uma descrição de um assunto de forma embasada e atual;
• Uma visão crítica e bem sedimentada do assunto abordado;
• Caracterizada como uma pesquisa exploratória, pois é elaborada através de um texto
já pronto;
• O autor da resenha deve sempre expor sua opinião sobre o texto.
Estrutura de uma Resenha Acadêmica
• Referências: devem constar neste ponto o nome do autor do texto a ser resenhado,
título do texto, local, editora, ano e publicação e páginas;
• Credencias do Autor: deve-se tecer uma pequena apresentação do autor como
nacionalidade, formação, área de atuação e livros publicados (formação e atuação);
• Resumo da Obra: apresentar um resumo bem sucinto e objetivo do texto que vai ser
feito a resenha.
• Unidade de Texto ou Resenha: elaborar o texto de forma clara, objetiva e sempre
tecendo opiniões acerca do assunto. De que se trata a obra? O que diz? Deve ser objetiva e conter
os pontos mais significativos da obra analisada. O resumo deve seguir a ordem do documento
original, acompanhando os capítulos ou por partes. Deve-se também destacar o assunto, os
objetivos, a idéia central, os principais passos do raciocínio do autor.
• Apreciação: é um pequeno comentário sobre a obra e a quem é recomendada. Na
verdade é um julgamento da obra englobando as circunstâncias culturais, sociais, econômicas e
históricas. Qual a contribuição dada, novos conhecimentos? A quem é dirigida a obra?
Estudantes, especialistas, grande público?
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12 RECOMENDAÇÕES PARA EVITAR O PLÁGIO
Pretende-se apresentar aqui algumas sugestões para que ao fazer seu trabalho, você
evite plagiar inadvertidamente. Estas recomendações não pretendem impor regras eficientes e
eficazes para prevenir que seu trabalho social plagiado ou que outros roubem suas, ideias. Isto
implica numa mudança de comportamento de toda a sociedade ou alteração da consciência
coletiva, algo que foge ao propósito o alcance deste ensaio.
A bibliografia sobre plágio - muito restrita. No entanto, Michael E. Adelstein e Jean G.
Pival (1976) apud Carmo Neto (1998) recomendam para evitar o plágio, que todo trabalho
acadêmico, escrito ou de alguma maneira submetido pelo estudante ao seu instrutor ou
supervisor acadêmico, seja o resultado de seu próprio pensamento, pesquisa, ou expressão e
interior. Em qualquer caso em que o estudante se sinta inseguro sobre a questão do plágio
(plagiarism) envolvendo risco, ele é obrigado a consultar seu instrutor sobre a questão, antes de
submeter seu - trabalho.
Quando um estudante submete um trabalho afirmando ter sido unicamente seu, mas em
que ele toma emprestado ideias, organização, estrutura, expressões, ilustrações, exemplos,
citações, dados, modelos ou outra parte qualquer de urna outra fonte, sem o reconhecimento
apropriado do fato, o estudante é culpado por plagiar.
Plagiarismo inclui reprodução do trabalho de alguém, não importa se de um artigo,
capítulo de um livro, paper manuscrito, artigo de jornal, ou arquivo qualquer em que se omita a
fonte. Inclui também a prática de empregar ou permitir uma outra pessoa alterar ou revisar um
trabalho submetido por um estudante e admiti-lo como sendo seu. Ou seja, o revisor deve ser
explicitamente citado nos agradecimentos.
Na classe os estudantes podem e devem discutir sobre as tarefas a serem desenvolvidas
em seu trabalho - com seu instrutor, professor, tutor, supervisor... - mas a tarefa de desenvolver o
trabalho é exclusivamente sua, deve ser feita pelo e somente pelo estudante. Quando a pesquisa
envolve pesquisa externa ou busca secundária de informações ele deve reconhecer, cuidadosa e
apropriadamente o que, onde, e como as conseguiu e empregou. Se o estudante usa palavras de
alguém, ele deve citá-las com aspas e indicar a origem adequada. Fazer pequenas mudanças,
enquanto deixa a organização, conteúdo e fraseologia intactos é plagiarismo. Entretanto,
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nenhuma destas regras se aplica Aquelas ideias que circulam geral e livremente, e são conhecidas
como de domínio público.
Carmo Neto (1998) argumenta que, de forma bem simplista o plágio restringe-se ao uso de
palavras ou ideias de alguém sem reconhecimento do crédito. Na verdade, plágio significa furto - ou
seja, retirar sorrateiramente de alguém uma propriedade, seus escritos. De fato, isto é bastante
comum acontecer numa pesquisa porque, em geral, o pesquisador confia no trabalho informativo
que outros escreveram. Consequentemente, ele pode chegar a pensar que tudo que está ali poderia
ter sido dito por ele mesmo e, portanto, tudo que está ali é plágio; noutro extremo, ele pode achar
que é o único sabedor de tudo aquilo, uma vez que todos os resumos foram feitos por ele.
Entretanto, as coisas não são assim.
Numa leitura, o pesquisador está autorizado a absorver o conhecimento comum sem
documentação (ou seja, sem a citação explicita de sua fonte). Se algumas informações ou
conhecimentos são muito divulgados como de domínio público, em várias fontes ou em urna
enciclopédia, então é necessário se documentar a origem, a menos que, você use as mesmas
palavras do autor (i.e. caso seja ipsis literis). Informações, por exemplo, sobre como teve inicio a II
Grande Guerra são de um conhecimento comum e não precisam citar a fonte. Todavia, opiniões
sobre a guerra, relatos sobre ataques ou estratégias militares específicas devem ser citadas.
Como é fácil de compreender este principio de "conhecimento comum" significa que você
terá que exercitar seu próprio julgamento, até o ponto em que você consiga julgar de forma
imparcial. Uma regra recomendável é você citar a documentação de tudo que possa ser controverso
ou questionável, tal como a opinião de que um país X ou Y deveria ou não ter entrado na Guerra. A
informação, por exemplo, de que Sodoma e Gomorra foram alagadas pelo mar, ou que a biblioteca
de Alexandria foi incendiada, não são fatos controversos dispensando assim a fonte.
Esteja atento, no entanto, para citar as informações, porém evitando as mesmas palavras.
Mas é aí onde a dificuldade maior aparece. Quando alguém se senta para pesquisar, c começa a
desvendar um assunto tão profundamente em revistas, jornais e outros documentos, ele se sente tão
seduzido pelos escritos c pelos conhecimentos que vai adquirindo, que acha não ser necessário
relatar as origens de tais ideias.
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REFERÊNCIAS
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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6027: Informação e
documentação — Sumário — Apresentação. Rio de Janeiro, 2005.
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GALLIANO, A. G. (Org.). O método científico: teoria e prática. São Paulo: Harper & Row do
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KOCHE, José Carlos. Fundamento de metodologia científica. 3. ed. Caxias do Sul:UCS; Porto
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RUIZ, João Álvaro. Metodologia científica: guia para eficiência nos estudos. 3.ed. São Paulo:
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RUMMEL, J. Francis. Introdução aos procedimentos de pesquisa em educação. 3.ed. Porto
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SAMARA, Beatriz Santos; BARROS, José Carlos. Pesquisa de Marketing; conceitos e
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TRUJILLO, Alfonso. Metodologia da ciência. 2 e 3.ed. Rio de Janeiro: Kennedy, 1994.
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