Mario Kanno – Manual de Infografia

Transcrição

Mario Kanno – Manual de Infografia
Manual de infografia
AB
Por Mário Kanno e Renato Brandão
1998
INFOGR AFIA
DEFINIÇÃO E UTILIZ AÇÃO
O QUE É INFOGRAFIA
¬ É o recurso gráfico que se utiliza de elementos
visuais para explicar algum assunto ao leitor. Esses
elementos visuais podem ser tipográficos, gráficos,
mapas, ilustrações ou fotos.
¬ A função básica da infografia é enriquecer o texto,
permitindo que o leitor visualize o assunto em pauta.
Sua função secundária é “embelezar” a pauta,
tornando-a mais atrativa.
QUANDO USAR
¬ Algumas informações são obviamente mais fáceis
de se representar infograficamente –por exemplo,
onde fica a Mongólia–, mas, qualquer matéria pode
ser acompanhada de um infográfico, seja ele um
mapa, uma tabela ou um gráfico.
¬ No entanto, o uso generalizado de infográficos
numa mesma edição pode se tornar cansativo ao
leitor. E, com o leitor cansado, os infográficos podem
perder seu poder de “sedução visual’. Para evitar este
risco, cheque sempre as matérias anteriores e
posteriores no espelho e faça apenas um ou dois
infográficos grandes por edição. Isto vai garantir que a
atenção se volte para eles.
¬ Para saber quando e como utilizar corretamente
um infográfico é preciso conhecer melhor suas formas
de apresentação. Para facilitar, vamos dividi-lo em
categorias:
2
INFOGR AFIA
DEFINIÇÃO E UTILIZ AÇÃO
ARTE-TEXTO
• Ficha
• Fac-símile
• Resumo
• Perguntas e respostas
• Glossário/Cronologia
• Testes
• Sobe-desce
• Escore
• Frases
• Lista
• Tabela
• Organograma/Fluxograma
GRÁFICOS
• Gráfico de linha
• Gráfico de barras
• Queijo
• Digitando gráficos
MAPA
• Mapa de localização
• Mapa de movimentação
• Mapa de dados
VISUAIS
• Selo
• Passo a passo
• “Storyboard”
• Arte-foto
• Pôster Visual
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31
Estas categorias serão agora
explicadas e detalhadas
3
ARTE-TEX TO
DEFINIÇÃO
O QUE É ARTE-TEXTO
¬ Arte-texto tem este nome porque, na maioria das
vezes, o texto ocupa a maior parte do espaço.
Desprezadas pelos infografistas e sem formato
definido na diagramação, as “Artes-texto” têm
salvação e são muitos úteis para destacar informações
na edição.
QUANDO USAR
¬ Use para ressaltar pontos importantes da matéria.
Artes-texto são ótimo material de apoio para
reportagens e, em especial, serviços. Por exemplo: Veja
o que mudou com a CPMF.
Para obter uma “Arte-texto” agradável e
eficiente siga a seguinte receita:
1º Escreva o mínimo necessário
2º Divida as informações em tópicos
3º Forneça informação visual
(foto, logo, mapa, etc.)
4º Sempre que a matéria merecer investimento,
converse com a Editoria de Arte e use títulos que
sugiram imagens que possam ser exploradas como
ilustração.
4
ARTE-TEX TO
FICHA
¬ Concentra as principais características do “personagem”
da matéria.
Logotipos
valorizam a ficha
¬ Este “personagem” pode ser uma pessoa, um carro, um
animal, um clube, uma empresa ou um evento.
¬ Com sua linguagem ágil, as fichas localizam rapidamente
o foco da matéria e destacam informações que poderiam
ficar perdidas no texto.
O clube
¬ Nome: Associação
Esportiva Araçatuba
¬ Fichas não devem simplesmente repetir o que já está no
texto. Elas precisam acrescentar e sempre que possível
destacar a principal informação. Devem ser pequenas e não
precisam contar toda a vida do “personagem”
¬ Fundação:
15.dez.1972
¬ Sócios: não tem
¬ Presidente: Antonio Edvaldo
Costa, o ‘‘Dunga’’, vereador (PSDB)
¬ Vice-presidente: Helio Correia,
vereador (PFL)
Test drive
¬ Divisão: Série A-1, grupo 2
¬ Sede: Araçatuba,
172.467 habitantes
Honda Valkyrie
Dívida julgada no TJD-SP
¬ Total rodado: 100 km
R$ 226 mil
¬ Tipo de trajeto: urbano
O quadradinho (¬) é
colocado na Editoria de
Arte. Não precisa digitar.
¬ Tipo de piso: asfalto em boas
condições de conservação
¬ Resumo: moto fabricada pelos
japoneses visando conquistar uma
fatia do rico mercado norte-americano,
que por isso traz todas as
características de estilo e desempenho
a que esses consumidores estão
acostumados
Não use hífem (-),
digite dois pontos (:)
para separar as
informações
para 22 atletas credores
A favor
Informações em
destaque podem
ser usadas para
“ilustrar” a ficha
¬ Estilo
¬ Desempenho
¬ Conforto
Contra
¬ Pequena capacidade do
tanque
¬ Excesso de cromados
Corinthians
Classificação nos últimos campeonatos
3º
2º
3º
2º
1º
3º
¬ Fundação: 1º.set.1910
¬ Endereço: r. São Jorge,
1º 777, São Paulo
¬ Estádio: Alfredo
4º 5º Schürig
¬ Medidas do campo:
10º 105 m x 75 m
¬ Presidente: Alberto Dualib
15º ¬ Técnico: Nelsinho
¬ Patrocinador:
Excel Econômico
20º
Campanha em 96
14 vitórias
25º 6 derrotas
30º
90 91 92 93 94 95 96
10 empates
Médias por
jogo em 96
Gols
contra
1,93
1,03
Público
10.021
Gols a
favor
Uma ficha de
apresentação pode
ser bem completa e
incluir escores e
gráficos
5
ARTE-TEX TO
FAC-SÍMILE
¬ Reprodução de um ou mais documentos que sejam
relevantes para matéria. Serve para provar que a
reportagem teve realmente acesso à informação.
¬ Sempre deve ter legenda informando do que se trata e,
quando possível, a informação mais importante deve estar
em destaque.
¬ Atenção. A legenda deve ser colocada na paginadora.
Destacar o dado
relevante para
a compreensão
da reportagem
Reprodução de página de caderno de campanha da Paubrasil;
em destaque, doações em nome de Sylvia Maluf
Fac-símile do contrato assinado em 10 de julho de 1995 entre a
corretora Perfil e Wagner Baptista Ramos, ex-coordenador da Dívida
Pública do município de São Paulo. No documento, Ramos se
compromete a prestar serviços para a empresa, sem fornecer o knowhow para o cálculo do valor das dívidas judiciais
6
ARTE-TEX TO
RESUMO
Para entender o caso
¬ Poucas pessoas lêem jornal todo dia, e ainda menos,
acompanham o cotidiano das grandes reportagens.
presidentes e relatores das
comissões, excluindo do
rateio os demais partidos
governistas
cena para evitar o racha e
articulou um acordo para
impedir a formação de
blocos: os cargos seriam
ocupados por integrantes
de todos os partidos
¬ No final de 96, o PTB
rompeu o bloco com o PFL governistas
e passou a negociar com o
PSDB. Petebistas acusaram ¬ Na terça, Inocêncio disse
¬ PSDB e PTB ensaiaram a o líder do PFL, Inocêncio
que FHC havia vetado a
formação de um bloco para Oliveira, de ter
formação de blocos. A
obter a maior bancada na descumprido o acordo para informação foi desmentida
Câmara (unidos, teriam 116 dividir os cargos
pelo líder do PSDB, José
deputados). Com isso,
Aníbal, que insistia no
¬ A aproximação entre
teriam prioridade na
bloco com o PTB
indicação de presidentes e PSDB e PTB irritou o PFL,
que, com a perda da maior ¬ Anteontem, em um
relatores das comissões
bancada, perderia os
especiais
jantar na casa do ministro
SSIM
privilégios na divisão de
Sérgio Motta, a idéia do
¬ Nos últimos dois anos,
cargos nas comissões
bloco foi sepultada. Aníbal
PMDB e PFL se revezaram
recuou e aceitou a
na indicação de
¬ O governo entrou em
determinação de FHC
¬ A tentativa de formação
de blocos parlamentares
deflagrou uma guerra na
base governista porque o
que está em jogo é o poder
de influência dos partidos
na Câmara e junto ao
presidente
¬ A função do resumo é reunir em um pequeno espaço
“quem, o que, quando, onde e por que”.
¬ Caracterizando o fato, o infográfico em forma de resumo
coloca o leitor em dia com a reportagem.
A
¬ Na Folha as artes “Para entender o caso” são típicos
resumos (mas deveriam ter menos texto).
NÃO
¬ Escrever pouco é obrigação neste tipo de infográfico.
Não tente explicar tudo. Use os resumos para atrair o leitor
e não para afastá-lo com excesso de informação.
Evite texto longos sem
intertítulos. Seja didático:
divida os passos do
resumo para facilitar
Valorizando os resumos
¬ Destaque personagens e revele o que ainda deve
acontecer.
Para entender o caso
¬ Dividida o resumo em tópicos editorializados (ex: os
laranjas, os fantasmas, os senadores..etc..), assim, ele pode
ser feito em forma de fluxograma.
Intertítulos e datas
ajudam a leitura
O precedente
O ex-presidente Itamar
reajusta os soldos dos
oficiais militares em 28,86% . O índice
é incorporado aos salários dos
servidores do Legislativo e Judiciário
jan
1993
O julgamento no STF
O STF reconhece, por 6
votos a 4, o direito de 11
servidores civis do Executivo à
incorporação do percentual.
fev
1997
¬ Destaque as datas e use fotos nos momentos mais
importantes.
As instâncias inferiores do Judiciário
federal seguem o exemplo do STF e
determinam o pagamento imediato
do reajuste a servidores civis do
Executivo
Estados e prefeituras
Corretoras
Emitiram títulos para o pagamento de dívidas
judiciais (precatórios). Para conseguir vender os
papéis no mercado, os governos ofereciam deságio
sobre o seu valor. Ou seja, um título que valia R$
100, era vendido por R$ 80.
Compravam os papéis que valiam R$ 100 por R$ 80 e os
revendiam por R$ 90, por exemplo.Nessa operação,
ganharam R$ 10.
Isso se repetia algumas vezes, dando lucros sucessivos às
empresas que participavam do negócio. É a chamada ‘‘cadeia
da felicidade’’.
Bancos
Faziam parte da ‘‘cadeia da
felicidade’’ ou eram sua ponta final.
No primeiro caso, por exemplo,
compravam um título por R$ 90 e
vendiam a outra instituição por
R$ 93, com lucro de R$ 3.
Quando estavam na ponta final da
cadeia, compravam os títulos e
ficavam com eles até a data de
resgate pelos governos. Nesse prazo,
o papel servia de lastro para fundos
de investimento dos bancos.
A resposta de FHC
O presidente FHC assina a
medida provisória que
restringe o poder da Justiça de
determinar pagamentos imediatos
que impliquem risco de prejuízos
aos cofres públicos
26.
mar
Como foram feitos os negócios com títulos públicos
No caso do Bradesco, o que o senador
Roberto Requião quer saber com a
auditoria é se o banco fez um bom
negócio para seus clientes ao lastrear
seus investimentos com os títulos
públicos.
Bradesco
Grupo Banestado
Multiplic
Permitiu lucro de R$ 50,378
milhões para intermediárias
do esquema dos títulos,
como a IBF Factoring, ao
comprar 331.849 títulos de
Pernambuco, Rio de Janeiro,
Santa Catarina e Osasco (SP)
Permitiu lucro de R$ 30,324
milhões para intermediárias
do esquema ao comprar
196.970 títulos de Alagoas,
Pernambuco, Paraná, Santa
Catarina, Campinas,
Guarulhos e Osasco
Permitiu lucro de R$
9,272 milhões a
intermediárias do
esquema ao comprar 65
mil títulos de Santa
Catarina
Caixa Econômica
Federal
Comprou títulos de
Pernambuco em operações
que se renovavam
diariamente. A CPI ainda não
calculou o volume dos
lucros ou prejuízos gerados
Próximos passos
¬ O presidente do STF diz que vai
julgar inconstitucional a MP
¬ O Ministro da Justiça tenta
contornar o caso alegando que o
reajuste pode prejudicar o Plano Real
Próximos passos
coloca o leitor em
dia com a notícia
O resumo dos fatos
foi usado na forma
de fluxograma, com
um bom resultado
(arte-resumo de apoio ao
noticiário do dia)
7
ARTE-TEX TO
PERGUNTAS E RESPOSTAS
¬ Se aproveita do estilo de entrevista para esclarecer
dúvidas, resumir acontecimentos ou discursar sobre um
assunto.
¬ Um infográfico com perguntas e respostas sobre temas
difíceis – Direito Penal, por exemplo– tornam o assunto
menos árido e mais agradável.
PERGUNTAS SEM RESPOSTAS
¬ Uma variação do perguntas e respostas onde são
apresentadas apenas as perguntas.
¬ Serve para fazer o leitor interagir com a reportagem,
lançando dúvidas sobre um fato ou um personagem.
¬ Valorizando o perguntas e respostas
Ilustre ou dê fotos que mostrem algumas perguntas e/ou
respostas
O mínimo: trabalhar esteticamente o
número das perguntas e diferenciar
com “bold” as perguntas das respostas
18
1
perguntas sobre o calendário
O que é o
calendário?
É a disposição dos torneios
e das partidas de futebol ao longo
do ano
Quais são os
principais torneios
disputados por
clubes brasileiros?
2
No primeiro semestre, os
campeonatos estaduais, a Copa do
Brasil e a Taça Libertadores da
América. No segundo semestre, o
Campeonato Brasileiro e a Copa
Conmebol.
3
Quem organiza e
faz o calendário
desses torneios?
Os estaduais são organizados
pelas federações de cada Estado.
A Copa do Brasil e o Brasileiro,
pela Confederação Brasileira de
Futebol (CBF). A Taça
Libertadores e a Conmebol, pela
Confederação Sul-americana de
Futebol
4
O que são esses
torneios?
O estadual reúne, em várias
divisões, as equipes profissionais de
cada Estado. Em São Paulo, há 16
times na primeira divisão.
A Copa do Brasil reúne campeões e
vice-campeões dos principais
Estados. Contrariando promessa
anterior, a CBF convidou 13 clubes
para o torneio.
O Brasileiro reúne as principais
equipes do país. Há 24 times na
primeira divisão, 7 deles paulistas.
A Libertadores reúne dois
representantes de dez países sulamericanos mais o campeão do ano
anterior. Pelo Brasil, jogam os
vencedores do Brasileiro e da Copa
do Brasil.
A Conmebol reúne os times mais
bem colocados dos campeonatos
nacionais dos dez países que não
estão na Libertadores.
5
Os clubes
disputam outros
torneios?
Sim, como o Rio-São Paulo, a
Supercopa da Libertadores. Além
disso, fazem amistosos, no Brasil e
no exterior, para arrecadar
dinheiro.
6
Quantos jogos um
time brasileiro faz
por ano?
As grandes equipes, caso
cheguem às finais das
competições, fazem até 90
partidas por ano. O São Paulo
chegou a fazer cerca de cem
jogos por ano.
7
Isso é muito?
Sim. Na Europa e na
Argentina, a média é por
volta de 50. Além disso, os
jogos no Brasil são mal
distribuídos ao longo do ano.
Há equipes que fazem até
quatro jogos numa semana.
8
Esse acúmulo de
jogos é frequente?
Sim. Agora mesmo, há times
paulistas fazendo quatro jogos em
oito dias. Na semana passada, o
Cruzeiro jogou duas vezes no
mesmo dia, pelo Estadual e pela
Libertadores. O Grêmio já fez três
jogos num único dia.
9
Porque os times
jogam tanto?
Porque há muitas
competições e cada uma tem jogos
demais. As entidades que as
organizam não se entendem. Como
a maior parte dos jogos de
campeonato é deficitária, os clubes
fazem amistosos para arrecadar
dinheiro e fazer frente aos seus
gastos.
10
Por que as
entidades que
organizam os
torneios não se entendem?
Por divergências políticas e nos
negócios. Ricardo Teixeira, da CBF, e
Eduardo José Farah, da FPF, são
adversários. Além disso, há empresas
que disputam a comercialização dos
torneios.
Qual o prejuízo
12 com
o excesso de
jogos?
Entre outras coisas, há grande
desgaste físico dos jogadores, o que
piora o espetáculo. Os torcedores
acabam ainda rejeitando os jogos
menos importantes, o que resulta
em prejuízo financeiro para o clube.
os times
13 Porque
aceitam isso?
Normalmente por receio de
retaliação das entidades que
organizam os torneios.
tipo de
14 Que
retaliação?
Isolamento político, prejuízo
econômico nos contratos de TV,
perseguição burocrática, nas
arbitragens etc.
são essas
propostas?
16 Quais
As principais são redução ou
até mesmo o fim dos campeonatos
estaduais, redução do número de
equipes nos principais torneios,
estaduais e nacionais, fim de
torneios sem expressão, elaboração
de um calendário sul-americano
unificado.
O que é um
calendário
17 unificado?
É o que existe na Europa, por
exemplo. Existem dias reservados
para jogos dos campeonatos
nacionais, dias para jogos das Copa,
dias para jogos das competições
continentais e dias para jogos da
seleção. No Brasil, essa coordenação
não existe nem entre a CBF e as
federações.
Os jogadores têm
11
Os times não podem
se recusar a jogar
tanto?
Sim. Pelas Normas Orgânicas da CBF,
nenhum jogador pode ser obrigado
a jogar duas vezes em menos de 66
horas. Mas, na prática, as equipes
nunca protestam.
15
É possível diminuir o
número de jogos?
Há várias propostas nesse
sentido, mas nada vem sendo feito nos
últimos anos. Pelo contrário, tem
aumentado o número de torneios caçaníqueis.
18 férias?
Como são regidos pela CLT,
deveriam ter um mês de férias por ano.
Mas alguns clubes, por problemas de
calendário, cassam parte das férias dos
jogadores. Além disso, a lei que proíbe
jogos nos dez primeiros dias após o fim
das férias não é respeitada.
8
ARTE-TEX TO
GLOSSÁRIO/CRONOLOGIA
¬ Glossário e cronologia têm formatos
definidos na paginadora (pg. 94 do Manual de
Paginadora).
¬ Passe para a Editoria de Arte apenas quando
for imprescindível um investimento estético
para valorizar a edição da matéria.
CRONOLOGIA
¬ Mostra a evolução de um tema ao longo do
tempo.
Os tropeços do
prefeito
1º.jan.97
Pitta, eleito com
57% dos votos no
segundo turno,
recebe o cargo de
prefeito de São
Paulo de seu
padrinho político,
Paulo Maluf
4
O amigo
5
Os subordinados
(27.fev.97)
Começa a suspeita de que a Secretaria das Finanças abrigaria
funcionários que coordenavam as emissões fraudulentas de títulos.
Pedro Neiva Filho, ex-assessor de Ramos que havia sido levado à
prefeitura por Pitta, pede demissão da Secretaria das Finanças. Ele
foi apontado pela CPI como envolvido no escândalo dos precatórios
(28.fev.97)
Ramos é afastado da Coordenadoria da Dívida Pública de São Paulo
(13.mar.97)
Outros dois ex-subordinados a Pitta na Secretaria das Finanças
(Nivaldo Furtado de Almeida e Maria Helena Cella) são incluídos
pela CPI na lista de participantes do esquema
1
A denúncia
(31.jan.97)
A Folha divulga relatório reservado do
BC em que é sugerido que houve ‘‘máfé’’ em operações de compra e venda
de títulos municipais feitas entre 94 e
96 pela prefeitura, quando Pitta era
secretário das Finanças, e que teriam
causado prejuízo de R$ 10,39 milhões
aos cofres públicos municipais
2
A resposta
(fev.97)
Pitta nega que a
operação tenha sido
desvantajosa para a
prefeitura. Diz que a
operação foi necessária
para manter a
credibilidade dos títulos
da prefeitura no mercado
3
Valorizando a cronologia
¬ Edite apenas os fatos que forem importantes
para compreensão do assunto. Pesquise fotos e
imagens sobre os mais importantes.
2. Apresenta vocábulos exdrúxulos, ou gírias,
que ajudam a caracterizar os personagens –
surfistas, boys, tribos.
A mulher e o carro
7
O desvio
8
As contradições
9
A carta
Ilustrações: Osvaldo Pavanelli; Arte: Mário Kanno/Editoria de Arte/Folha Imagem
(18.mar.97)
O Tribunal de Contas do Município entrega à CPI
relatório em que o ex-prefeito Paulo Maluf é acusado
de ter usado, em 96, para outras finalidades, R$
607,076 milhões arrecadados por meio da emissão
de títulos para pagar precatórios
(18.mar.97)
Ronaldo Ganon, um dos sócios do Banco Vetor, diz à CPI
ter encontrado Pitta em 1995; o prefeito havia dito, na
véspera, que jamais tivera contatos com o banco
¬ Se for possível, ancore as datas em uma
imagem central. Por exemplo: os problemas de
saúde que o Papa já teve pode estar localizado
em seu próprio corpo.
GLOSSÁRIO
¬ O glossário duas versões clássicas:
1. Traz o significado de alguns termos “difíceis”,
mas imprescindíveis para entender a
reportagem.
6
(17.mar.97)
É revelado que o Banco Vetor pagou despesa no valor
de R$ 6,1 mil em nome de Nicéa Pitta, primeira-dama
de São Paulo, junto a uma locadora de automóveis, em
março de 96
(18.mar.97)
Pitta diz que carro foi usado por um primo e sua filha,
que teriam vindo para São Paulo por motivos de saúde,
e que seu auxiliar Pedro Neiva Filho lhe havia dito que
o carro fora cedido como ‘‘cortesia’’ pela locadora
Os precatórios
(20.fev.97)
Após depoimento à CPI dos Precatórios,
Wagner Baptista Ramos é apontado como
o mentor das fraudes envolvendo a emissão
de títulos; quando Pitta era secretário das
Finanças, Ramos era seu subordinado
(coordenador da Dívida Pública de SP); ele
confessou à CPI ter recebido, nessa época,
dinheiro da corretora Perfil
(20.mar.97)
A CPI divulga ter encontrado um ofício de
setembro de 95 em que Pitta determina ao
Banco do Brasil que venda R$ 70 milhões
em títulos ao Banco Vetor
10 Novos títulos
(22.mar.97)
A Folha revela que a prefeitura emitiu títulos para
pagar precatórios posteriores a 1988 –o que a
Constituição não permite
Cronologia bem
aproveitada
misturando charge
e texto
A Prefeitura de SP emitiu
R$ 947 mi
para pagar precatórios em 1995 e 1996
Valorize o glossário
¬ Ilustre o personagem da tribo. Use balões,
como os de HQ, para diagramar os textos.
Exemplo de glossário
com “personagens”
As novas gírias
”O cara é um
Jorge, fácil de ser
crocodilado.’’
Glossário integrado
ao mapa ficou
esteticamente bem
resolvido
Alguns quilombos do Vale do Ribeira
Localização dos quilombos
SP
Iporanga
holiday:
grande festa
suada: coisa
vagabunda,
sem valor
São Paulo
Eldorado
Registro
Miracatu
Pilões
Maria Rosa
São Pedro
Ivaporunduva
PR
Rio Ribeira
de Iguape
Curitiba
8.189
3.912
3.442
2.775
¬ Abuto: Tipo de cipó
grosso, de uso medicinal
(apressa a cicatrização)
¬ Conto: A palavra antiga
para 1 milhão de réis
designa hoje R$ 1,00
Maria Rosa
Jorge: bobo,
idiota
Crocodilar:
trapacear,
enganar
“Pensei que ia ser
holiday, mas só
tinha comida suada
Pilões
Galvão
Audiá
Nhumguara
Praia Grande
João Surrá
¬ Cortadura: Um corte
São Pedro
Iporanga
Bombas
Termos e expressões
¬ A troco de bóia:
Trabalhar gratuitamente,
em troca de comida
Maiores áreas
Em hectares
Pedro Cubas
Eldorado
¬ Cozinhada: O mesmo
que cozido, ensopado
Ivaporunduva
André Lopes
Sapatu
Rio Ribeira de Iguape
acidental na pele
Poça
¬ Desmatação:
Desmatamento
¬ De fora: Pessoa branca
ou de outra região
¬ Mono: Macaco branco
¬ Florestal: Guarda
florestal, que aplica multas
por desmantar
¬ Remédio amargoso:
¬ Folha de batata: Usada
para aliviar a dor de dente
¬ Garrar a doer: Sentir
uma dor muito aguda
Remédio forte, amargo
¬ Remédio mateiro: Ervas
medicinais encontradas na
mata
¬ Trepeca: Pedaço sólido
¬ Jataí: O mesmo que
de madeira que serve de
banco par sentar
jatobá; dissolvido em água
fervente, cura verme do
intestino
¬ Tutuca: Profusão de tiros
de arma de fogo
¬ Matão: Mata Atlântica
¬ Varação: Transporte de
¬ Meia quarta: Medida
tradicional, que equivale a
cinco quilos
algum objeto pesado pelo
mato
¬ Vivente: Pessoa, bicho
Fontes: Procuradoria da República em São Paulo, Instituto de Terras (Secretaria da Justiça)
9
ARTE-TEX TO
TESTES
¬ Genuína forma de interatividade entre o leitor e a
matéria. Os testes são uma forma divertida de transmitir
informações.
¬ Suas formas mais frequentes são múltipla escolha e
verdadeiro ou falso
¬ Apesar de não transmitir seriedade, um teste sobre os
envolvidos no “Collorgate”, por exemplo, seria uma forma
agradável de redigir um resumo.
O uso de ilustrações como
elemento de integração
para um teste
Você tem perfil
para trabalhar por
conta própria?
Quanto à sua
reserva financeira,
você diria que:
1
a) tem dinheiro suficiente para se
manter durante seis meses;
b) recebeu uma polpuda indenização
trabalhista, três vezes superior a
seu último salário;
c) tem dinheiro na poupança para
despesas de emergência;
d) não tem quase nenhum recurso
aplicado em bancos;
e) não poderia se manter com o que
tem nem por um mês
Teste seus conhecimentos sobre ”As Panteras”
2 Qual era o título original de
‘‘Charlie’s Angels’’ (‘‘As Panteras’’)?
a. The Towsend Girls
b. The Alley Cats
c. Threesome
d. Blond, Brunette & Smart
3 Relacione a pantera com seu
filme
a. Cheryl Ladd
b. Kate Jackson
c. Farrah Fawcett
d. Shelley Hack
e. Tanya Roberts
7 Relacione a pantera com a cor de
seu carro
a. Kelly Garret
b. Jill Munroe
c. Sabrina Duncan
x. Branca
y. Laranja
z. Amarela
8 Quem interpretou o namorado
de Kelly na primeira fase do
seriado?
SSIM
a. Ryan O’Neal
b. Tom Selleck
c. Kevin Costner
d. Burt Reynolds
A
1 Quais panteras posaram nuas na
‘‘Playboy’’?
a. Shelley Hack
b. Tanya Roberts
c. Bo Derek
d. Farrah Fawcett
e. Cheryl Ladd
2
Sem fotos ou
ilustrações o
teste fica sem
graça. Não
atrai o leitor
NÃO
9 Antes de substituir Farrah
Fawcett, Cheryl Ladd cantava em
qual seriado?
v. O Homem da Casa
w. 007 na Mira dos Assassinos
x. Sem Regras para Amar
y. Noivo Neurótico, Noiva Nervosa
z. Férias Muito Loucas
4 Qual pantera quase perdeu seu
papel no programa piloto?
a. Farrah Fawcett
b. Jaclyn Smith
c. David Doyle
d. Kate Jackson
a. The Archies
b. The Flintstones
c. Josie and the
Pussycats
d. Scooby-Doo
10 Qual pantera era
divorciada?
a. Tiffany Welles
b. Kris Munroe
c. Sabrina Duncan
d. Kelly Garrett
11 Relacione a pantera e a razão
5 Quem nunca apareceu num
episódio de ‘‘As Panteras’’?
a. Kim Bassinger
b. Michelle Pfeiffer
c. Jamie Lee Curtis
d. Tommy Lee Jones
6 Relacione a pantera com o local
onde fez treinamento
a. Kris Munroe
b. Jill, Sabrina e Kelly
c. Julie Rogers
d. Tiffany Welles
w. Boston
x. San Francisco
y. Los Angeles
z. Uma escola de modelos
por ter deixado a série
a. Jill Munroe
b. Sabrina Duncan
c. Tiffany Welles
x. Voltou para casa
y. Casou e ficou grávida
z. Foi participar de corridas
de carro
12 Em uma cena clássica de
‘‘As Panteras’’, qual animal Kris
Munroe teve de enfrentar para
salvar sua vida?
a. Jacaré
b. Urso
c. Canguru
d. Tarântula
Você é o tipo
de pessoa que:
a) adora estar cercado de gente;
b) gosta de ficar sozinho;
c) prefere ficar longe de multidões;
d) sente falta de alguém com quem
conversar quando passa o dia
sozinho;
e) telefona todo dia para um amigo
qualquer
3
No trabalho,
você:
a) não suporta quando o telefone
não pára de tocar;
b) não gosta de ir a reuniões e de
apresentar trabalhos
c) tem medo da crítica dos chefes;
d) conhece poucos colegas
intimamente;
e) gosta de ter alguém com quem
trocar idéias
você
4 Como
classificaria seu
salário:
Quantas
pessoas você
conhece, no seu
campo de trabalho,
que são autônomas?
7
a) nenhuma;
b) mais de duas;
c) mais de dez;
d) menos de três;
e) menos de duas
Quantas empresas
poderiam lhe
oferecer trabalho
autônomo?
8
a) mais de cinco;
b) por enquanto, só uma;
c) nenhuma;
d) mais de dez;
e) duas ou três
Como autônomo,
9 poderia ganhar,
depois de seis meses
de trabalho:
tipo de trabalho
12 Que
você poderia
oferecer a empresas?
a) o dobro do salário atual;
b) provavelmente menos do que
ganho agora;
c) as possibilidades de ganho são
ínfimas;
d) não sei;
e) um pouco mais do que ganho agora
termos de
10 Em
crescimento
relação a
13 Com
chefes, você:
a) de ser promovido na empresa;
b) de passar a fazer um trabalho na
empresa que julgo interessante;
c) de crescer mais como autônomo;
d) nunca pensei nisso;
e) de ser demitido até o fim do ano
a) frequentemente discorda do
que dizem, mas não demonstra;
b) não entende por que pessoas tão
incapazes ocupam esses cargos;
c) tem um bom relacionamento;
d) prefere agradá-los a externar suas
idéias e entrar em choque com
eles;
e) acha que eles o prendem em seu
crescimento profissional
pudesse:
14 Se
a) largaria tudo hoje e
passaria a trabalhar em casa;
b) pediria transferência para outro
departamento ou para outra
função na empresa;
c) conversaria com seu chefe sobre
suas chances reais de crescimento
na empresa;
d) estudaria o mercado por uns dois
meses e, aí, se tornaria autônomo;
e) decidiria o que você gostaria de
fazer em termos profissionais
Se você trabalhasse
por conta própria,
seu escritório estaria
localizado:
5
a) em casa;
b) na casa de um parente ou amigo;
c) não sei;
d) em um escritório alugado;
e) aqui e ali, conforme as
necessidades
6
a) participou, por sua iniciativa, de
mais de quatro curtos ou palestras;
b) fez alguns cursos porque a
empresa o obrigou;
c) não participou de nenhum curso
ou palestra;
d) fez um curso, fundamental para
seu aprimoramento profissional;
e) preferiu ficar longe de atividades
educacionais e quer continuar
assim
a) na minha área, não tenho como
fazer isso;
b) ainda não pensei nisso;
c) projetos por mim sugeridos em
áreas de relevância nas empresas;
d) conhecimento técnico que não se
encontra com facilidade no
mercado;
e) nada muito diferente do que
outros autônomos já oferecem
profissional, há mais
possibilidades:
a) é ruim, comparado com a média
do mercado;
b) melhor, impossível;
c) é vergonhoso, muito abaixo do que
o mercado paga;
d) é suficiente para cobrir as despesas
da casa;
e) não é suficiente para cobrir gastos
fixos, como aluguel e contas
último
11 No
ano, você:
Você possui:
a) computador, impressora,
telefone, fax e carro;
b) só telefone;
c) telefone e fax;
d) nenhum dos itens da
alternativa a;
e) computador, impressora,
telefone, fax, telefone celular
e carro
Respostas: 1 - b e c; 2 - b; 3 - ev, cw, ax, dy, bz; 4 - b; 5 - d; 6 - bw, cx, dy, az; 7 - az, bx, cy; 8 - b; 9 - c; 10 - c; 11 - az, by, cx; 12 - a
Resultados e gabaritos devem ser
fáceis de ler no infográfico
Perguntas
Pontuação
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
a
5
1
5
5
5
4
0
4
5
0
4
0
2
3
Respostas
b c d
3 1 0
5 3 2
3 2 4
0 4 2
3 0 2
2 3 0
4 5 3
1 0 5
1 4 0
1 5 0
1 0 5
1 5 4
5 3 1
0 2 5
Resultados
e
0
0
0
3
1
5
1
3
3
4
0
2
4
1
Mais de 50 pontos
O que você está esperando para se tornar autônomo? Você tem
características, recursos e um campo de trabalho para isso
Entre 35 e 49 pontos
Reflita muito antes de fazer com que o endereço do escritório seja o de sua
casa
Entre 25 e 35 pontos
Você precisa amadurecer mais profissionalmente antes de decidir trabalhar
por conta própria
Menos de 25 pontos
Essa não é para você. Mais importante do que pensar em ser um autônomo,
no seu caso é fundamental refletir sobre os rumos da carreira e o que deseja
em termos de crescimento profissional
Fonte: Simon Franco Consultoria em Recursos Humanos
10
ARTE-TEX TO
SOBE-DESCE
¬ Infográfico onde é associado um determinado valor
–ganhou, perdeu, ficou na mesma– a cada um de seus
itens. Esses itens podem ser pessoas, partidos políticos,
aplicações, etc.
¬ Em geral, cada ítem tem uma vinheta e um pequeno
texto detalhando a razão da ascensão ou queda
¬ Um sobe-desce sobre uma mudança ministerial, por
exemplo, pode mostrar os partidos que foram mais
beneficiados.
¬ A vantagem de usar o sobe-desce em grandes mudanças
é que ele dá uma visão mais ampla. Ele não mostra apenas
os envolvidos nas mudanças, mas todos os afetados por
elas.
11
ARTE-TEX TO
ESCORE
¬ Usado quando um número é a principal informação e
merece ser destacado em seu tamanho (corpo).
¬ A Folha tem formatos na paginadora para escores, mas,
como as frases, os escores podem integrar outros
infográficos ou terem formatos infográficos para cadernos
especiais.
¬ Tenha certeza de que o número que quer incluir no
infográfico é expressivo e merece ser destacado.
Na história do Oscar,
2
atrizes negras foram premiadas
(Hattie McDaniel, por “... E o Vento
Levou”, eWhoopi Goldberg, por
“Ghost”)
Exemplo de escore
diferenciado para a
cobertura do Oscar
Exemplos de escores
diferenciado para o
caderno do aniversário
de São Paulo
“Os outros
brasileiros têm
inveja dos
paulistanos”
50%
Fonte: Datafolha
concorda
45%
dos negros citaram a violência e a falta
de segurança como a principal
desvantagem de morar em SP
71%
dos entrevistados soube responder
corretamente a data de aniversário
de São Paulo
12
ARTE-TEX TO
FR ASES
¬ Usadas para transmitir opiniões sobre um tema
qualquer. Quando tratar de temas polêmicos é importante
citar quando e onde a frase foi pronunciada.
¬ A Folha tem formatos na paginadora para frases, mas
elas podem integrar outros infográficos ou terem formatos
infográficos para cadernos especiais.
Celebridades captam a
atenção do leitor. Bom
uso de frases
O que os craques pensam sobre investir em imóveis
‘‘Minha primeira opção de
investimento sempre
foram os imóveis.
Atualmente alugo salas
comerciais.’’
Túlio, 26, Corinthians, mora em
casa alugada no Morumbi
(zona oeste de SP)
¬ É vital que sejam frases curtas e, se for mais de uma,
todas com tamanho igual. Fotos dos personagens são
muito importantes nestes casos.
‘‘Investir em imóveis é mais
seguro. Principalmente para
mim, que não posso tomar a
frente dos meus negócios.’’
Neto, 30, Corinthians, mora em
apartamento próprio em
Campinas (SP)
¬ Os infográficos de frases podem ser aproveitados para
conflitar opiniões sobre temas polêmicos
‘A procura por locação de
imóveis já foi melhor, mas
investir no setor ainda é mais
seguro do que em outros
negócios.’’
Paulo Nunes, 25, Grêmio, mora
em apartamento próprio em
Porto Alegre (RS)
‘‘Eu tinha dois
apartamentos alugados em
Campinas, mas vendi para
montar uma franquia.’’
Zetti, 32, Santos, mora em
apartamento alugado em
Santos (SP)
‘‘Os imóveis são minha
aposentadoria. É difícil se
aventurar em outros
negócios, principalmente
quando se está jogando.’’
Careca, 36, jogador sem clube,
mora em um apartamento dúplex
próprio em Campinas (SP)
Os alvos do ministro das Comunicações
Malan
Lula
d. Luciano
Moreira Franco
(relator da reforma
administrativa)
O PT é o cúmulo do
reacionarismo. O PT não
é democrático. Eles
deveriam ler um pouco,
só lêem livros socialistas
Eu sou feliz porque
não dependo do Kandir
e do Malan
(comentando a liberação
de verbas pela equipe
econômica)
Covas
Precisa manter a Vale por quê? Para dar
dinheiro para alguns municípios? Para a CNBB
e o d. Luciano(Mendes de Almeida, ex-presidente da
entidade) receberem a sua graninha?
Maluf
(O teto de) R$ 10,8
mil é um escândalo.
Um escárnio para a
população brasileira.
Isso é uma vergonha
Eu tenho vergonha
quando vejo um caso
desse na televisão
(...)Eu, por mim,
tinha demitido todo
mundo. Aliás, minha
atitude seria outra
PT e PDT
É surrealista dizer
que a Telesp não tem
concessão (de
telefonia). Isso só
entra na cabeça de
jerico. Mas o que eu
vou fazer? Alguns
partidos têm jericos
Motta tinha razão.
Disse que a prefeitura
estava quebrada e
estava quebrada. Que
o Cingapura era uma
ficção, fechou. Que o
PAS ia parar, parou.
Que as obras iam
parar, pararam.
Agora, eu não
esperava que a
capacidade criativa
desses caras fosse tão
grande
Sempre é bom dar um
sentido editorial
ao infográfico. No caso,
“alvos de Motta” foi bem
aproveitado
misturando ilustração,
texto e foto
Jacques Chirac
A France Telecom é mais
ineficiente que a Telebrás. É
um paquiderme burocrático,
produto daquele Estado
francês, que é um Estado
absolutamente
burocratizado
(referência a ação movida
pelos partidos)
13
ARTE-TEX TO
LISTA
¬ Pode ser o ranking das 10 maiores empresas, os
ganhadores do Oscar, os namorados de Madonna ou a
programação do festival de cinema. Um infográfico em
forma de lista alivia o texto e facilita a vida do leitor.
Discografia de Baby
Com os Novos Baianos
Folha Imagem
¬ Quanto maior for o número de itens na lista, menor deve
ser o seu detalhamento. É bom que cada item fique
separado pelo menos uma linha do outro.
¬ Em alguns casos a lista pode ser dada em forma de
tabela. Na dúvida converse com a Editoria de Arte.
“É Ferro na Boneca!”, 70
“Acabou Chorare”, 72
“Novos Baianos F.C.”, 73
“Novos Baianos”, 74
“Vamos pro Mundo”, 74
“Caia na Estrada e Perigas Ver”, 76
“Praga de Baiano”, 77
“Farol da Barra”, 78
Valorizindo as listas
¬ Use destaques fotográficos ou integre a lista à uma
imagem principal.
¬ Se a lista for muito extensa, agrupe os itens e utilize
vinhetas e intertítulos.
Solo
¬ No caso de rankings, não esqueça de colocar na ordem e
indicar 1º, 2º, 3º…
Programação
¬ Hoje
‘‘Segredos e Mentiras’’, às
14h30, 16h50, 19h10 e
21h30
¬ Amanhã
‘‘Como Nascem os Anjos’’,
desde 15h30
¬ Sexta
‘‘Kansas City’’, desde 15h30
¬ Sábado
‘‘Os 12 Macacos’’, às 14h30,
16h50, 19h10 e 21h30
¬ Domingo
‘‘Razão e Sensibilidade’’, às
14h, 16h30, 19h e 21h30
¬ Dia 17
‘‘O Judeu’’, desde 15h30
¬ Dia 18
‘‘O Corpo’’, desde 15h30
¬ Dia 19
‘‘A Comédia de Deus’’, às
15h, 18h e 21h
¬ Dia 20
‘‘A Excêntrica Família de
Antônia’’, desde 15h30
¬ Dia 21
‘‘Poderosa Afrodite’’, desde
15h30
¬ Dia 22
‘‘Os Suspeitos’’, desde 15h30
¬ Dia 23
‘‘Guantanamera’’, desde
15h30
¬ Dia 24
‘‘Jerusalém’’, às 15h, 18h e
21h
¬ Dia 25
‘‘Quem Matou Pixote?’’,
desde 15h30
¬ Dia 26
‘‘Leni Riefenstahl - A Deusa
Imperfeita’’, às 14h, 17h20 e
20h40
¬ Dia 27
‘‘O Monge e a Filha do
Carrasco’’, desde 15h30
¬ Dia 28
‘‘Jenipapo’’, desde 15h30
¬ Dia 29
‘‘Terra e Liberdade’’, desde
15h30
¬ Dia 30
‘‘Os Últimos Passos de um
Homem’’, às 14h30, 16h50,
19h10 e 21h30
¬ Dia 31
‘‘Além das Nuvens’’, às 15h,
17h10, 19h20 e 21h30
¬ Dia 1º/4
‘‘Fargo’’, desde 15h30
¬ Dia 2
‘‘Underground - Mentiras de
Guerra’’, às 15h, 18h e 21h
¬ Dia 3
‘‘Trainspotting - Sem
Limites’’, desde 15h30
¬ Dia 4
‘‘Páginas da Revolução’’,
desde 15h30
¬ Dia 5
‘‘Crumb’’, às 15h, 17h10,
19h20 e 21h30
¬ Dia 6
‘‘O Livro de Cabeceira’’, às
14h30, 16h50, 19h10 e
21h30
Votação da
Crítica
¬ Melhor filme brasileiro
‘‘Como Nascem os Anjos’’
¬ Melhor diretor
Murilo Salles (‘‘Como
Nascem os Anjos’’)
¬ Melhor ator
Cassiano Carneiro (‘‘Quem
Matou Pixote?’’)
¬ Melhor atriz
Marília Pêra (‘‘Tieta do
Agreste’’)
¬ Melhor filme
estrangeiro
‘‘Segredos e Mentiras’’
¬ Melhor diretor
Mike Leigh (‘‘Segredos e
Mentiras’’)
¬ Melhor ator
Jonathan Pryce (‘‘Carrington
- Dias de Paixão’’) e Kevin
Spacey (‘‘Os Suspeitos’’)
¬ Melhor atriz
Brenda Blethyn (‘‘Segredos
e Mentiras’’)
Votação do
Público
Mike Leigh (‘‘Segredos e
Mentiras’’)
¬ Melhor ator
Nicolas Cage (‘‘Despedida
em Las Vegas’’)
¬ Melhor atriz
Brenda Blethyn (‘‘Segredos
e Mentiras’’)
“O Que Vier Eu Traço”, 78
“Pra Enlouquecer”, 79
“Ao Vivo - 14th Montreux Jazz
Festival”, 80
“Canceriana Telúrica”, 81
“Cósmica”, 83
“Krishna Baby”, 84
“Sem Pecado e sem Juízo”, 85
“Ora pro Nobis”, 91
“Um”, 97
Com Pepeu Gomes
“Baby e Pepeu”, 82
Os Imperdíveis
‘‘Segredos e Mentiras’’
‘‘Os 12 Macacos’’
‘‘Guantanamera’’
‘‘Leni Riefenstahl - A Deusa
Imperfeita’’
‘‘Além das Nuvens’’
‘‘Fargo’’
‘‘Trainspotting - Sem
Limites’’
‘‘Crumb’’
‘‘Terra e Liberdade’’
‘‘Como Nascem os Anjos’’
¬ Melhor filme brasileiro
‘‘Como Nascem os Anjos’’
¬ Melhor diretor
Murilo Salles (‘‘Como
Nascem os Anjos’’)
¬ Melhor ator
Cassiano Carneiro (‘‘Quem
Matou Pixote?)’’
¬ Melhor atriz
Marília Pêra (‘‘Tieta do
Agreste’’)
¬ Melhor filme
estrangeiro
‘‘Segredos e Mentiras’’
¬ Melhor diretor
Cena do filme “Fargo”
14
ARTE-TEX TO
TABEL A
O que Maluf ainda não esclareceu
¬ Montagem de texto em colunas paralelas associando
uma coluna à outra.
O que o ex-prefeito diz
O que o ex-prefeito não diz
Dinheiro
O dinheiro chegou aqui de maneira sadia, ao menor
custo financeiro, sem comissão a ninguém e sem nenhum
deságio pornográfico como aconteceu em outras
operações estaduais e municipais.(...) Houve o deságio
do dia, do custo financeiro do dia
Relatório do BC cita uma série de operações do
município em que houve deságios considerados
muito altos, inclusive um de 85,35% avaliado como
“absurdo’’. Ao todo, o BC aponta prejuízo de R$ 10,39
milhões à prefeitura entre dezembro de 94 e abril de
96 devido a deságios em operações com títulos
Deságio
Todas as operações com títulos do município sob
suspeita de deságio excessivo foram determinadas,
por escrito, pela Secretaria das Finanças
¬ Uma tabela pode ser feita só com texto, ou com textos e
números.
Nós não demos para nenhuma corretora vender os
deságios que a Folha anunciou. Os títulos foram todos
custodiados, todos, no Banespa e, posteriormente, com
a intervenção do BC no Banespa, uma parte deles foi
para o Banco do Brasil
Consultoria
A prefeitura, como fizeram Santa Catarina, Alagoas e
Pernambuco, usou uma empresa de consultoria ou
consultoria entre aspas para ganhar dinheiro, para
conseguir a aprovação dos precatórios no Banco Central?
A prefeitura, não
As pessoas que deram consultoria aos outros Estados
trabalhavam na Prefeitura de São Paulo
TABELA DE TEXTO
Senado
¬ É difícil, mas cada coluna vertical deve ter o mesmo
volume de texto para cada um dos itens horizontais. Isto
evita que a tabela crie espaços em branco.
O Banco Central entregou um estudo (sobre a emissão
de títulos para o Senado, e o Senado aprovou (...) A
aprovação de São Paulo foi absolutamente diversa da
dos outros Estados
Todas as emissões de títulos passam pelo BC e pelo
Senado. No caso da Prefeitura de São Paulo, o primeiro
parecer do BC foi contrário à operação
Precatórios
A Prefeitura de São Paulo é a única, é o único dos
grandes poderes, e nisso eu incluo o governo federal e
o governo do Estado de São Paulo, que está em dia com
o pagamento dos precatórios
A Prefeitura de São Paulo recorreu à Justiça para
tentar baixar o valor dos precatórios do ano passado.
Com isso, suspendeu os pagamentos. Até ontem, a
prefeitura estava acertando precatórios cujos
pagamentos estavam previstos no Orçamento de 96
TCM
Então, sobre o Tribunal de Contas (do Município, que
apontou desvio do dinheiro.(...) Quando você emite um
título, o título está em carteira, ou no Banco do Brasil ou
no Banespa. É muito provável que, num determinado
dia, entrou dinheiro do IPTU e naquele dia se precisou
pagar um precatório porque a Justiça mandou. E é bem
possível que, no outro dia, o dinheiro que estava no
precatório, que não é carimbado, pagou algum outro
tipo de conta
Segundo o TCM, em 95 a prefeitura arrecadou R$
947,470 milhões com a venda de títulos, mas pagou
apenas R$ 147,181 milhões em precatórios. Sobraram,
portanto, cerca de R$ 800 milhões no caixa. Em 96,
foram pagos R$ 120 milhões em precatórios, mas no
final do ano havia apenas R$ 73,4 milhões em caixa.
Ou seja, em 12 meses, mais de R$ 600 milhões foram
utilizados para finalidades que não o pagamento de
precatórios. Na CPI, o secretário das Finanças de São
Paulo, José Antônio de Freitas, disse que o dinheiro
não havia deixado o caixa
Constituição
Quem julga isso (se a prefeitura poderia emitir títulos
para pagar precatórios posteriores a 88, contrariando a
Constituição) é o Senado, que aprova ou não aprova
Por esse argumento, os Estados mencionados por
Maluf também seriam inocentes, uma vez que todas
as emissões de títulos foram aprovadas pelo Senado
Financiamento
Não há nenhuma prova, nenhum processo judicial
de
que diga que houve financiamento de campanha eleitoral
campanha
pela Paubrasil. Isto é mera repetição da imprensa
A PF e o Ministério Público fizeram inquéritos para
investigar suspeitas de ilegalidades no financiamento
das campanhas de Maluf em 90 e 92. As investigações
resultaram em denúncia à Justiça Federal em São
Paulo. Mas o Supremo Tribunal Federal acatou a tese
da defesa de Maluf de que se tratava de questão
eleitoral e não de crime comum. O caso foi remetido
à Justiça Eleitoral
Federalização
Não há relação entre as supostas irregularidades na
negociação de títulos e a intenção de federalizar os
papéis. Os governadores também quiseram
federalizar seus títulos para reduzir custos. No caso
da prefeitura, nem todos os títulos seriam
federalizados
¬ Tabelas são listas mais sofisticadas, onde é permitido
fazer comparações detalhadas entre os itens.
¬ Às vezes é melhor montar várias fichas e usar uma
imagem, gráfico ou mapa que possa uni-las em um só
tema.
TABELA DE NÚMEROS
¬ Normalmente, alguns dados comparativos de uma tabela
são mais relevantes para a reportagem. Indicar estes dados
é importante para a sua devida valorização na elaboração
do infográfico.
¬ O número de colunas verticais não deve ser maior que o
número de linhas. Colunas em excesso dificultam a leitura,
os itens acabam ficando muito longe um do outro.
Foi março, abril, quando foi assumido compromisso
de federalizar os títulos de São Paulo. Se o prefeito quis
federalizar os títulos, quis justamente reduzir o custo
financeiro
IMPORTANTE: o texto da tabela deve
ser digitado por coluna vertical.
Cada item horizontal deve ter o
mesmo volume de texto para evitar
desalinhamentos
¬ Quando usar números, cada coluna deve estar reduzida à
mesma grandeza –mil km/h, por exemplo.
¬ Evite colunas cheias de zeros ou números
muito longos, diminua a ordem de grandeza.
Grau de satisfação de morar em SP
Em %
49
Um pouco
41
Muito
satisfeito
10
Nada
satisfeito
Muito
satisfeito
satisfeito
Região
Centro
Zona norte
Zona sul
Zona leste
Zona norte
Não sabe
Um pouco
satisfeito
Nada
satisfeito
36
45
54
47
56
37
11
6
11
11
8
13
48
48
49
49
9
11
55
55
53
53
40
10
9
12
52
52
48
48
42
36
35
50
50
É possível destacar os
números mais importantes
da tabela tornando-a
menos monótona
Homens gostam mais da cidade
Homens
Mulheres
43
40
Quarentões aprovam SP
36
De 16 a 25 anos
38
De 26 a 40 anos
49
41 anos ou mais
49
Fonte: Datafolha
15
ARTE-TEX TO
ORGANOGRAMA/FLUXOGRAMA
¬ Definem posições hierárquicas ou de relacionamento
entre personagens.
O encolhimento do PAS em São Paulo
Postos fechados, corte de programas e atendimento reduzido
¬ Pode mostrar a hierarquia da Secretaria de Segurança
ou os relacionamentos pessoais dos envolvidos no assinato
de PC, por exemplo.
¬ Extremamente útil para apresentar vários personagens
que estão envolvidos em um mesmo caso.
¬ Deve ser acompanhado de fotos, quando tratar de
personagens, ou de logotipos, quando tratar de empresas,
instituições e clubes.
Unidade
Pronto Atendimento Médico (PAM) São Jorge
PAM Juscelino Kubitschek
PAM São Carlos
BONI 4 - Cohab José Bonifácio
UBS Cidade Ipava
UBS Liberdade
Distrito de Saúde da Vila Prudente
Centro de Convivência de Vila Prudente
Hospital-Dia e Saúde Mental para Crianças
de Vila Prudente
Hospital Dia e Saúde Mental para Adultos
de Vila Prudente
Unidade de Atendimento Domiciliar
Jd. Sapopemba
UBS Teotonio Vilela
UBS Jardim Grimaldi
UBS Parque Santa Madalena
Módulo
2 (Butantã)
5 (Itaquera)
5 (Itaquera)
5 (Itaquera)
10 (C. Limpo)
1 (Centro)
3 (Saúde)
3 (Saúde)
3 (Saúde)
3 (Saúde)
3 (Saúde)
3 (Saúde)
3 (Saúde)
3 (Saúde)
Raio X do sistema
O que era
Unidade Básica de Saúde (UBS)
Atendimento ambulatorial 24 horas
Ambulatório de especialidades
Ambulatório de especialidades
Unidade Básica de Saúde
Unidade Básica de Saúde
Unidade Básica de Saúde
Unidade de Saúde Mental
Hospital-Dia e Unidade de
Saúde Mental
Hospital Dia e Unidade de
Saúde Mental
Atendimento domiciliar para
idosos e inválidos
Unidade Básica de Saúde
Unidade Básica de Saúde
Unidade Básica de Saúde
desativado
semidesativada
semidesativada
semidesativada
Políticas e estratégias
Grupo Inter-secretarial
Ações políticas
Secretaria Municipal da Saúde
Controle de Recursos Diretrizes
Conselho de Gestão
RH
Cooperpas
Quando usar apenas o organograma, destaque
os elementos envolvidos na reportagem
desativado
Prefeitura
Secretaria
Municipal
das Finanças
Recursos
O que virou
fechado
passou a atender 12 horas
virou posto 12 horas
só faz vasectomia
desativada
desativada
semidesativado
desativado
desativado
Auditorias
Controles qualitativo e quantitativo
Infra-estrutura física e equipamentos
RH
Módulo de
Atendimento
Hospitais-dia
Centros de
Convivência
Coopermed
Operacionalização
Postos
de Saúde
Hospitais
Fontes: Sindicatos de servidores, médicos, Câmara e prefeitura
Ambulatórios
População
Organizar os textos através de setas e ligações
hierárquicas permite visualizar onde ocorreu a
participação dos personagens envolvidos.
Como funcionou o esquema dos precatórios
Quem emitiu os títulos
Valor das
emissões
Celso Pitta
¬ Na prefeitura: era secretário das
Finanças; hoje, é o prefeito de São
Paulo
¬ No esquema: a CPI dos
Precatórios quer descobrir se Pitta
tinha conhecimento do esquema,
no qual estavam envolvidos
funcionários a ele subordinados;
Pitta nega qualquer envolvimento
São Paulo (SP)
¬ Emissões de títulos da prefeitura
paulistana, inclusive para pagar
precatórios, teriam causado prejuízo
de cerca de R$ 10,39 milhões
¬ O ex-coordenador da Dívida
Pública do município, Wagner
Baptista Ramos, afirmou que parte
do dinheiro teria sido usado para
outras finalidades
R$ 947,48
milhões
entre 95 e 96
Pernambuco
O esquema dentro
da Prefeitura de SP
¬ O governo estadual usou pouco
mais de 5% do dinheiro obtido com
a emissão para o seu fim legal
–pagar precatórios
¬ O restante teria sido usado para
outras finalidades, conforme o
secretário estadual da Fazenda,
Eduardo Campos, neto do
governador Miguel Arraes (PSB)
R$ 502
milhões
em junho de 96
Alagoas
¬ A lista de precatórios
apresentada pelo governo
estadual para justificar a
emissão teria sido forjada
¬ Parte do dinheiro arrecadado
teria sido usada para pagar
dívidas com empreiteiras e
bancos, e não precatórios, sua
utilização legal
Santa Catarina
O governo estadual é
suspeito de ter falsificado
documentos com o objetivo
de justificar uma emissão
maior
¬ O governador Paulo Afonso
Vieira (PMDB) já admitiu ter
usado parte do dinheiro para
outros fins
Wagner Baptista Ramos
¬ Na prefeitura: era coordenador da
Dívida Pública
¬ No esquema: assessorou as emissões
de diversos governos estaduais e
prefeituras. Já admitiu ter US$ 1,396
milhão depositado no exterior como
comissões recebidas por meio da
corretora Perfil
Bancos e corretoras
Banco Vetor
¬ Comandou o lançamento dos
títulos para o pagamento de
precatórios de SC e PE. Com as
duas operações, lucrou R$ 55,4
milhões a título de comissão.
Repassou R$ 34,4 milhões à
corretora Perfil. Um de seus
sócios, Ronaldo Ganon, disse à
CPI já ter encontrado Pitta.
Banco pagou locação de
automóvel em nome de Nicéa,
mulher de Celso Pitta
Banco Maxi-Divisa
¬ Foi o responsável
pela emissão do
governo de Alagoas,
pela qual recebeu R$
14 milhões como
comissão. É suspeito
de ter desenvolvido a
“tecnologia do
esquema”
Corretora Perfil
Distribuidoras
Negocial e Split
¬ Recebeu R$ 41,023 milhões
dos bancos Vetor e MaxiDivisa. Seus donos, Gérson
Martins, Luis Calabria e
Rubens Sensi da Silva,
disseram à CPI que
repassaram o dinheiro
seguindo orientações de
Wagner Baptista Ramos
¬ São suspeitas de, com a
Perfil, serem as responsáveis
pela ‘‘lavagem’’ do dinheiro
desviado pelo esquema; R$ 2
bilhões teriam sido ‘‘lavados’’
por meio da agência
paulistana do Beron (Banco
do Estado de Rondônia)
R$ 301
milhões
em novembro de 95
¬
R$ 301,2
milhões
em julho de 96
Nivaldo Furtado de Almeida
¬ Na prefeitura: exfuncionário da Prodam,
trabalhava com Ramos na
Coordenadoria da Dívida
Pública. Também trabalhou
com Pitta na Eucatex
¬ No esquema: especialista
em informática, era o
responsável pelas planilhas
de cálculos dos precatórios
a serem emitidos
Maria Helena Cella
¬ Na prefeitura: era
diretora de contabilidade
da Secretaria das Finanças
¬ No esquema: junto
com Nivaldo de Almeida,
era responsável pelos
cálculos dos precatórios.
Fez viagens a Alagoas e
Pernambuco custeadas
pelo Banco Vetor
Pedro Neiva Filho
¬ Na prefeitura: era o
principal assessor de Ramos
na Coordenadoria da Dívida
Pública. Foi trazido à
prefeitura por Pitta
¬ No esquema: participou
de reuniões com governos
que fizeram emissões;
‘‘entregou’’ seus colegas
Maria Helena Cella e Nivaldo
de Almeida à CPI
Os “Laranjas”
¬ Empresas, cuja maioria só existia no
papel, agenciadas pela Perfil, Negocial
e Split para ‘‘lavar’’ o dinheiro
desviado. As principais são: IBF
Factoring (de Ibraim Borges Filho),
SMJT (de Sérgio Derneka), Tradetronic
(de Alexandre e Marcelo Desimoni
Mota), Boa Safra (de Fausto Solano
Pereira), Ianes, Hannover e outras
16
GRÁFICOS
DEFINIÇÃO
QUANDO USAR GRÁFICOS
¬ Se a intenção é mostrar um monte de números use
uma tabela, mas, para dar um verdadeiro valor
comparativo entre os números, os gráficos são a
solução mais adequada.
¬ Através de um gráfico o leitor pode ter a imagem
visual de maior ou menor, de subida ou descida, e
comparar imediatamente as grandezas em questão.
Para obter um gráfico eficiente siga a
seguinte receita:
1º Passe apenas os dados necessários para a
compreensão da matéria. Números e evoluções em
excesso confundem.
2º Edite os títulos, use verbos. Por exemplo, ao invés
de “A evolução da balança comercial” use
“Aumenta o déficit na balança”.
3º Para gráficos mais importantes, converse com a
Editoria de Arte e use figuras de imagem que
possam expressar a tendência do gráfico; use esta
imagem no título da arte. Por exemplo: “O
naufrágio da balança comercial” pode ser usado
num gráfico casando a imagem de um navio
afundando.
4º Destaque informações do gráfico que sejam
momentos citados na matéria. Por exemplo: uma
evolução da balança comercial pode ter
destacados os momentos em que ocorreram
mudanças nas alíquotas.
5º Forneça informação visual (logotipos, fotos)
17
GRÁFICOS
GRÁFICO DE LINHA
¬ É a melhor maneira de visualizar evoluções ao longo de
um espaço de tempo.
¬ Por convenção, a variação do tempo fica sinalizada na
parte horizontal e a variação do índice na escala vertical.
¬ O gráfico de linha pode ser feito com uma ou mais linhas
variando num mesmo período. Quando usar mais de uma
linha, tenha certeza de que a legenda está bem clara.
A evolução do PIB* nos anos 90
Em %
6,00
0,35
2,91
4,28
4,20
-0,83
-4,35
1990
1991
* Produto Interno Bruto
1992
1993
1994
1995
1996
Fonte: IBGE
Gráficos de linha transmitem
imediatamente a imagem de
queda ou ascenção.
¬ É importante que pelo menos o número final da linha do
gráfico seja dado em destaque para facilitar a compreensão
da escala. Em alguns casos é bom informar ao leitor o valor
e o porquê de eventuais “picos” na linha do gráfico.
¬ Para se destacar alguns pontos do gráfico, fotos e um
pequeno histórico são elementos importantes.
Avaliação de FHC na cidade de São Paulo
Resposta estimulada e única, em %
68
dos entrevistados
60
50 (expectativa
40 antes da
30
83%
consideram o
Plano Real bom
posse)
20 20
10
5
dez/94
Ótimo/bom
56
33
Regular
fev/95
dez/95
mar/96
Ruim/péssimo
mai/96 dez/96 fev/97
Não tente comparar muitas coisas
ao mesmo tempo. Três ou quatro
linhas de evolução ficam mais
fáceis de serem acompanhadas
10
O calote do consumidor
187.426
Número de registros recebidos pelo SCPC*
200
Escalas são produzidas
na Editoria de Arte, mas
devem ser lembradas na
hora da revisão
150
100
50
0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun
Jul Ago Set Out Nov Dez Jan
96
*Serviço Central de Proteção ao Crédito
97
Fonte: Associação Comercial de São Paulo
18
GRÁFICOS
GRÁFICO DE BARR AS
¬ É a melhor maneira de visualizar comparações, e pode
ser usado também para representar evoluções. Nos
formatos vertical, horizontal ou inclinado (desde que esteja
na escala).
Aumento de mortes violentas
Variação de homicídios e mortes por lesões corporais, entre 80 e 94, em %
282
267
206
¬ Barras ajudam a comparar países, investimentos, gols,
vagas, etc. Servem para qualquer editoria e são fáceis de
ilustrar.Você pode “cortar” a escala para valorizar as
diferenças desde que sinalize a escala correta à esquerda
do gráfico.
188
178
182
177
155
Campinas Sorocaba São Paulo S. J. dos Araraquara Ribeirão S. J. do Estado
Campos
Preto Rio Preto (16 cidades)
¬ Barras horizontais podem ser usadas para valorizar
tabelas, destacando a informação mais importante.
Fontes: NEV-USP
Barras verticais permitem uma
comparação visual imediata das
grandezas
Morar em SP
Em %
Vantagens
Oportunidade de trabalho
Opções de comércio e serviço
Custo de vida
Opções de cultura e lazer
Sistema de saúde
Sistema de transporte
Sistema educacional
Relações sociais
Sistema habitacional
Não há vantagem
Outras respostas
51
Barras horizontais são ideais
para comparações entre muitos
itens não cronológicos
15
6
5
4
3
3
2
1
5
4
Desvantagens
Violência/falta de segurança
Trânsito
Falta de oportunidade de trabalho
Má qualidade do meio ambiente
Sistema habitacional
Superpopulação
Sistema de Transporte
Falta de tempo das pessoas
População carente
Sistema de saúde precário
Custo de vida
Clima/chuva/frio
Falta solidariedade/individualismo
Enchentes/alagamentos
Cidade é muito grande
Nenhuma desvantagem
Outras respostas
39
10
8
8
5
5
4
3
2
1
1
1
1
1
1
6
5
A avaliação de SP
Ótimo/bom
Regular
Ruim/péssimo
Em %
Condições
de moradia
Sistema
educacional
29
Iluminação de
ruas e avenidas
34
39
37
26
33
53
34
12
Lazer e
cultura
Fonte: Datafolha
50
29
18
Limpeza de ruas
e avenidas
Segurança
pessoal
26
Exemplo de como se pode
apresentar vários gráficos
em uma mesma arte sem ser
cansativo
18
76
59
50
25
Preservação
ambiental
20
Sistema
de saúde
23
24
Regular
Ruim/péssimo
6
29
Custo
de vida
Ótimo/bom
Trânsito
11
37
37
33
39
42
38
Conservação
de asfalto
18
Qualidade do
meio ambiente
14
30
39
51
45
Fonte: Datafolha
19
GRÁFICOS
GRÁFICO DE QUEIJO
¬ É a melhor maneira de visualizar divisões dentro de um
universo num momento. Por exemplo: quantos são a favor
da reeleição - 50% a favor, 45% contra e 5% não sabem.
Maioria se mudaria de SP
Em %
¬ Use para mostrar até 5 divisões. Um queijo dos partidos
no Congresso, por exemplo, teria mais de 10 divisões, e
ficaria difícil visualizar as menores diferenças. Quando for o
caso junte os menores em “outros” e anexe uma tabela
mostrando as porcentagens exatas.
¬ Raramente são úteis para mostrar evoluções. Prefira
gráficos de linha ou barras
Mudaria
59%
41%
Não mudaria
Quem se mudaria
Entre os que disseram que se
mudariam de SP, em %
Bairro
Centro
Zona norte
Zona sul
Zona leste
Zona norte
Não sabe
52
51
65
61
54
52
Cor
Brancos
Pardos
Negros
60
59
47
Sexo
Homens
Mulheres
61
58
Fonte: Datafolha
20
GRÁFICOS
COMO PASAR OS TEX TOS
TÍTULO
¬ Uma linha curta e direta sobre o assunto, de preferência
com verbo (aumenta, diminui)
LINHA FINA
¬ Uma linha especificando os índices (variação
quadrissemanal) e a ordem de grandeza usada (em %, US$
milhões, etc.)
PERÍODO
¬ Um período por parágrafo; exemplo:
MAI/95
JUN
JUL
NÚMEROS DO GRÁFICO
¬ Reduza os números à mesma grandeza e coloque um
número por parágrafo; exemplo:
415
324
234
Quando for usar mais de um comparativo,
coloque a legenda logo no início da coluna:
Importações
415
324
234
Exportações
324
234
415
ASTERISCOS, OBSERVAÇÕES E FONTE
¬ Texto corrido separado por ponto e espaço, nesta ordem
21
MAPA
DEFINIÇÃO
QUANDO USAR MAPAS
¬ Mapas são elementos de forte impacto visual e de
grande importância para a valorização de uma
reportagem.
¬ Sua função básica é responder: onde? Um bom
mapa, no entanto, pode ser acompanhado de outros
tipos de infografia para responder quem, quando e
por quê.
¬ Na maioria dos casos, as informações para produzir
o mapa podem ser fornecidas com antecedência para
a Editoria de Arte, que ficaria aguardando apenas as
informações mais quentes para finalizar o infográfico.
22
MAPA
MAPA DE LOC ALIZ AÇÃO
¬ Funciona como uma ficha, só que o destaque é o mapa.
Útil quando se quer valorizar geograficamente o local de
uma reportagem.
Onde fica o garimpo
Raio X
¬ Produção de cassiterita
do garimpo: 14.400
toneladas
¬ Deve ser usado principalmente para locais
desconhecidos. Pode ou não ser acompanhado de texto
dando o raio X do local. Deve ter o local principal em
destaque.
AM
¬ Produção brasileira:
¬ Área da jazida: 35 km2
ira
40.000 toneladas
de
Rio Ma
Porto Velho
ou 5.000 campos de futebol
MT
Ariquemes
¬ População no
garimpo: 3.000
¬ Quando usar raio X do local, deve apresentar dados
geográficos e sociais. Para facilitar a compreensão destes
dados, pode fazer comparações. Por exemplo: população
de Londres comparada com a de São Paulo
garimpo Bom
Futuro
RO
¬ Crianças
trabalhadoras com
menos de 14 anos: 300
Bolívia
¬ Adolescentes
trabalhadores de
14 a 18 anos: 400
Fontes: Comissão de Combate ao
Trabalho Infantil de Rondônia
Exemplo de mapa de
localização com ficha
Onde fica
MONGÓLIA
CORÉIA
DO NORTE
Pequim
CORÉIA
DO SUL
RÚSSIA
CHINA
TIBETE
NEP
AL
ÍNDIA
Sem ficha, o mapa
mantém sua eficiência
para assunto de
menor destaque
TAIWAN
Hong Kong
Myanma
Onde ficam os radares fotográficos
Pte. Freguesia do Ó
Pte. do Limão
Anhanguera
Dutra
Pte. da Casa Verde
Pte. da Vila Guilherme
Pte. Anhanguera
Pte. do Tatuapé
Castelo
Branco
Marginal Tietê
Estádio do
Canindé
Pte. do Piqueri
Raposo
Tavares
rgin
São Paulo
al P
inh
eiro
s
Pte. Eusébio Matoso (pista local)
Pte. Eusébio Matoso (pista expressa)
Régis
Bittencourt
Pte. Morumbi
(pista expressa)
A
Ba v. do
nd s
eir
an
te
s
R. G
i
R. A l Ean
es
ntô
nio
Go
mi
Vd. Santo Amaro
de
Ma
Radar móvel
Radar fixo
Vd. Jabaquara
Próximas vias a
receber os radares
¬ Av. Raimundo Pereira de
Magalhães
¬ Estrada do M’Boi Mirim
¬ Ligação Leste-Oeste
¬ Av. Washington Luís
¬ Av. 23 de Maio
¬ Av. Aricanduva
¬ Av. Alcântara Machado
¬ Av. Professor Luís Inácio de
Anhaia Melo
¬ Av. Braz Leme
¬ Av. Radial Leste
¬ Av. Rubem Berta
¬ Av. Sumaré
Pontos de referência devem ser
colocados no mapa para facilitar
a leitura geográfica do mapa
Observação: Os três radares da Marginal Pinheiros são fixos. Os três da Marginal Tietê e os dois da avenida dos Bandeirantes são móveis e funcionam em esquema de rodízio, pelos pontos marcados
Como funcionam
Móveis
Detectores de raio laser
colocados sobre tripés
acionam a câmera, que
registra o veículo que
estiver acima
da velocidade
permitida
Fonte: CET
Qual o valor da multa
Fixos
O veículo passa
por sensores
instalados sob
o asfalto
Caso a velocidade
seja maior do que
a permitida, os
sensores acionam
as câmeras
fotográficas
R$ 72,86
Velocidade máxima
permitida
¬ 80km/h nas pistas expressas das
marginais
¬ 60km/h nas pistas locais das
marginais e na avenida
Bandeirantes
23
MAPA
MAPAS DE MOVIMENTAÇÃO
¬ Explicam mudanças ou movimentações que podem ou
não estar acontecendo em determinada região.
¬ Setas, destaques e referências de imagem e fotografia
enriquecem o material visual. Se você quer explicar uma
movimentação, explique de onde está saindo, para onde
vai, quantos vão, etc.
A ação na Albânia
Romênia
400 homens
A partir de Tirana, Durrës, Vlorë e Sarandë, os soldados
devem acompanhar comboios por todo o país
¬ Explicando conflitos
São os mapas que ajudar entender uma reportagem. Pode
tratar dos bósnios ou dos morros do Rio de Janeiro.
Informações que devem ser fornecidas para a Editoria de
Arte.
• Composição de forças.
• Quem são os líderes.
• Armas envolvidas com fichas técnicas e fotos. Destaque
para as mais potentes.
• Movimentação de tropas.
• Objetivos a serem alcançados.
• Comparação com outros conflitos ajuda a facilitar a
grandeza do conflito.
• Cronologia dos acontecimentos bem sintética.
Turquia
500 homens
França
1.000 homens em
unidades mecanizadas
navais, mais helicópteros,
blindados e outros
veículos. Os franceses
devem garantir o envio
de suprimentos do porto
de Durrës a Tirana
Grécia
700 homens,
provavelmente agindo no
sul, onde há uma grande
minoria grega
Tirana
Durrës
ALBÂNIA
Dinamarca
Diz que considera uma
possível participação
Vlorë
Itália
2.000 a 2.500 homens,
incluindo infantaria
mecanizada, páraquedistas, blindados leves,
unidades da Marinha e
Exército e apoio aéreo
Sarandë
Áustria
Se compromete a enviar
soldados e policiais, mas só
vai definir detalhes após
uma decisão final sobre a
participação italiana
Espanha
300 homens, que devem
agir na região de Durrës
e incluem um unidade de
infantaria leve
Ícones identificando os tipos
de movimentação colaboram
para compreensão do mapa
¬ Explicando o trânsito
Um mapa de trânsito deve conter as seguintes
informações:
• Sentido de tráfego
• Horários de pico de trânsito (quando o enfoque for em
desvios)
• Mãos dos desvios.
• Referências conhecidas do local ou próximas do local.
• Posicionamento com relação ao centro da cidade
Serviço eficiente de trânsito
precisa ter o sentido de
tráfego em questão
Veja como fugir dos congestionamentos
Escola Morumbi 1
Al. Casa Branca
Av. Nova
Faria Lima
R. da Consolação
R. Bela Cintra
R. Haddock Lobo
Al. Jaú
Av. Luiz Anhaia Melo X R.
Sebastião Melo (EEPG Prof. Luiza M.
C. Souza)
Passar pelo semáforo vermelho
Transitar na contra mão
Transitar em velocidade superior a
permitida no local
¬
R. Peruíbe
R. Venezuela
¬
¬
gua
¬ R. do Oratório, 2.651 (Externato
Nossa Senhora Menino)
im
Jard
¬
Av. Nov
e
de Julh
o
icara
R. Peixoto Gomide
e
idad
Av. C
R$
72,86
Estacionar em fila dupla
R. Guadalupe
R. N
¬ Av. Heitor Penteado X Cristiano
Viana (EESG Prof. Antônio Alves
Cruz)
R. Luís Coelho
R. Augusta
Av. Conceição, 860 (EEPG Prof.
Narbal Fontes)
Quanto custa desobedecer
Av. Brasil
Av. Paulista
¬
Escola Morumbi 2
Av. Brigadeiro
Faria Lima
Colégio São Luís
Colégio Dante Alighieri
Al. Itú
Os novos radares
Registradores fotográficos de
infração ao semáforo vermelho
instalados próximos a escolas
R. Tabapuã
¬
¬ Estacionar junto ao ponto de
embarque de ônibus
¬ Estacionar sobre o canteiro divisor das
pistas
rdim
ro Ca
Av. Eusébio Matoso X R. Bento
Frias (Colégio Pentágono)
R. Taquari, 459 (EMPG Dr. Fábio
da Silva Prado e Universidade São
Judas)
¬
A partir de hoje, há
250mil
carros a mais nas ruas da cidade
Av. Paulista
¬
R. do Paraíso
Av.
de Berna
Cam rd
pos ino
Colégio Maria Imaculada
Colégio
Entrada de Colégio
às 7h e 8h
R. Maranhão
1
Av. Higienópolis
R. Rio de Janeiro
aest
Av. Anchieta X R. Salvador Pires
de Lima (Colégio Modelo)
Av. 23 de Maio
R. M
Piores horários
R. Albuquerque Lins
¬
¬
R$
54,64
Estacionar veículo sobre a calçada
2
às 12 e 13h (*)
às 16h30 e 18h
* considerado o horário mais crítico
R. Dr. Veiga Filho
1 - Colégio Rio Branco
2 - Colégio Nossa Senhora do Sion
R$ 43,71
¬ Transitar em local ou horário não
permitido
¬ Estacionar sem o cartão de Zona Azul
¬ Desobedecer a faixa de pedestre
¬ Fazer conversão proibida em esquinas
ou em canteiros de vias
R$ 217, 04
¬ Levar criança menor de 10 anos no
banco dianteiro
¬ Falta do uso do cinto de segurança
Fonte: Secretaria Municipal dos Transportes
24
MAPA
MAPA DE DADOS
Indústria leva mais empregos para Minas
¬ Cruza informações em forma de texto ou gráficos com
localizações geográficas.
Saldo de empregos com carteira assinada em 1996
Mais de
41 mil
De 40 mil
a 41mil
De zero
a 10 mil
MA
PA
CE
RN
PB
PE
AL
SE
PI
AC
TO
RO
BA
MT
GO
DF
R$ 269
MG
foi o salário médio de
contratados e demitidos
pela indústria no Estado
de Minas Gerais em 96
Menos empregos
Negativo
¬ Um mapa de dados com muitos locais em destaque
pode ter cores-legenda diferenciando os dados estudados
de cada local; por exemplo, amarelo para os locais com
renda até R$200 e vermelho para os acima de R$ 201.
Cores-legenda facilitam a visualização geográfica das
diferenças.
AP
AM
De 10 mil
a 25mil
¬ Quando usado com fichas, destaque uma informação
numérica importante na pauta para ser destacada em
forma de gráfico; por exemplo, o PIB dos países do
Mercosul
Mais empregos
RR
¬ Pode servir para juntar, por exemplo, fichas dos países do
Mercosul.
ES
MS
SP
RJ
PR
R$ 504
61.788
empregos foram criados
SC
foi o salário médio de
contratados e demitidos
pela indústria no Estado
de São Paulo em 96
RS
em Minas. Vinte mil a
mais que os 40.885
criados em SP
A evolução do emprego formal em São Paulo e Minas
Saldo = contratações - demissões (ao longo de 1996)
100.000
Minas Gerais
50.000
Marcas brasileiras que são exportadas
Legendas coloridas
localizam visualmente
-19.856
a distribuição dos
dados
São Paulo
4.504
0
-2.849
EUA
Europa
¬ Grendene
¬ Grendene
(Grendha, Rider
e Melissa)
¬ Lacta
¬ Garoto
¬ Hering
-50.000
-100.000
¬ Natura
-150.000
¬ Café do Ponto
JAN
Japão
FEV
MAR
ABR
MAI
JUN
JUL
AGO
SET
OUT
NOV
-124.974
DEZ
Fonte: Elaboração própria a partir de dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho (módulo 2)
México
Oriente Médio
¬ Lacta
¬ Lacta
¬ Café do Ponto
¬ Bandeirante
¬ Grendene
¬ Garoto
Mercosul
¬ Grendene
Austrália
Marcas que se preparam
para entrar no exterior
Marca
Mercado
Perdigão
Mercosul
Forum
EUA
Zoomp
Argentina e Uruguai
Omino
América Latina
Mafisa
América Latina
¬ Hering
¬ Natura
¬ Café do Ponto
¬ Bandeirante
¬ Garoto
¬ Todeschini
¬ Lacta
¬ Café do Ponto
Quanto as empresas vendem para o exterior*
Empresa
Grendha
Rider
Melissa
Hering
Natura
Café do Ponto
Bandeirante
Garoto
Lacta
Todeschini
Setor
Volume por ano
Movimentações
de 2 milhões a 3 milhões de pares
calçados
calçados ficam de 2 milhões a 3 milhões de pares
econômicas
500 mil pares
calçados
mais claras
–
confecçãosobre
em malhas uma
de 1,5 milhão a 1,6 milhão de unidades
cosméticos
base geográfica
café
brinquedos
chocolates
chocolates
biscoitos
(*) números de 1996. Fonte: empresas
–
–
–
–
–
Valor anual (US$ milhões)
–
–
–
Evolução da dengue no Brasil
–
1995
4
0,95
Gráfico de barras
ganha movimento e
permitecomparação
instantânea entre as
regiões
58.505
1996
25
4,1
0,1
103.127
Nº de casos da doença em sua forma clássica
20
3.221 1.923
Norte
24.934
Nordeste
14.509
35.111
Centro-Oeste
Sudeste
Bahia teve aumento de
40,23%
no número de casos notificados
30.913
3.116 4.635
Sul
25
VISUAIS
DEFINIÇÃO
O QUE SÃO INFOGRÁFICOS VISUAIS
¬ Neste tipo de infográfico, a imagem é a informação
mais importante.
¬ A parte difícil de fazer um infográfico visual é que
nem sempre a imagem visual está clara, pronta. Exige
maior investimento e envolvimento do infografista e
da reportagem. Precisa de uma pauta bem objetiva e
de mais tempo para pesquisa e acabamento.
¬ Normalmente ele vai usar vários outros tipos de
infográficos (tabelas, fichas, gráficos) para
acompanhar a imagem principal. Mas a chave de seu
sucesso vai ser a escolha da imagem principal, que
deve representar o foco da reportagem.
QUANDO USAR
¬ Todas as grandes pautas merecem um infográfico
visual bem elaborado. Ele vai dar o espírito de
“conhecer por dentro” à reportagem.
¬ Planejamento, uma imagem principal bem
escolhida, informações de apoio e espaço de sobra
para o infografista diagramar com liberdade são os
ingredientes de um bom infográfico visual
26
VISUAIS
SELO
¬ O selo serve para destacar uma série de reportagens ou
uma sequência de páginas de um mesmo assunto.
¬ Para cobertura de eventos o selo é um recurso muito
aconselhável. (ex- Eco92, Copas, Olimpíadas e outras
coberturas que permanecem no noticiário por um longo
período).
¬ Quando um selo vai companhar uma cobertura extensa,
logos ou referências fotográficas são importantes.
Olho no
Congresso
¬ É importante que a decisão de se usar ou não um selo
seja tomada no começo da cobertura ou série de
reportagens.
Folha
Rio 2004
Fenasoft
27
VISUAIS
PASSO A PASSO
Passo-a-passo de como fazer as unhas
¬ Definem posições hierárquicas ou de relacionamento
entre personagens.
¬ Pode mostrar a hierarquia da Secretaria de Segurança
ou os relacionamentos pessoais dos envolvidos no assinato
de PC, por exemplo.
¬ Extremamente útil para apresentar vários personagens
que estão envolvidos em um mesmo caso.
¬ Deve ser acompanhado de fotos, quando tratar de
personagens, ou de logotipos, quando tratar de empresas,
instituições e clubes.
Referências são fundamentais
para qualquer tipo de passo a
passo. O infografista não consegue advinhar exatamente
como são os oabjetos citados.
1 Corte as
unhas
2 Lixe
como quiser:
arredondada
ou quadrada
3 Empurre
a cutícula
com uma
espátula
4 Tire a
cutícula com
um alicate
5 Passe o
esmalte
6 Passe o
palito com
algodão nas
bordas da
unha para
retirar o
excesso de
esmalte
MAC 7 - kanno
hemoglobina vegetal. mais • ciencia • back up
Como são feitos plantas e animais transgênicos
Conheça a técnica do DNA recombinante
Gene
célula
É um trecho do DNA, uma fita dupla em espiral que fica nos cromossomos, os quais
estão no núcleo da célula. Cada trecho do DNA dá as instruções para o corpo fabricar
substâncias –chamadas proteínas– para seu funcionamento
DNA
cromossomo
Como é a técnica básica
Os cientistas
recortam os
pedaços do DNA
humano que contêm o genes
que dizem como fabricar a
substância desejada em cada
caso –como a hemoglobina,
proteína do sangue que
conduz o oxigênio pelo
organismo, que pode ser
usada em ‘‘sangue artificial’’
1
O pedaço de DNA
humano é colado a
pedaços de DNA de
outros organismos (plantas,
animais, microorganismos):
esses pedaços de DNA contêm
instruções para regular a
produção do DNA humano e
‘‘ensiná-lo’’ a se orientar no
organismo para onde será
transferido
2
Esse gene
fundido é
colado no DNA
de uma bactéria. Esse
DNA é chamado
plasmídio
3
plasmídio
DNA
humano
¬ ‘‘Tesoura’’
Uma substância
chamada enzima
é usada como
tesoura biológica.
Cada uma dessas
enzimas,
chamadas
endonucleases de
restrição, cortam
um pedaço
específico dos
genes
DNA
"auxiliar"
plasmídio
cortado
Os genes fundidos e
colados no plasmídio
precisam chegar
dentro da planta, do animal ou
do microorganismo que
passará a produzir as proteínas
humanas. Para que isso ocorra,
os cientistas chamam um
‘‘táxi’’. Esse ‘‘táxi’’ pode ser uma
bactéria que possa infectar a
planta ou animal, mas sem
causar dano. Essa bactéria-táxi,
com genes e plasmídio dentro
dela, é injetada numa planta,
por exemplo
4
Dentro da planta, o
plasmídio, que
carrega o gene
humano fundido aos genes
‘‘sinalizadores’’, sai da bactéria
e se mistura ao DNA da planta
ou animal que passará a
produzir a proteína humana.
Isto é, os genes desse ser
transgênico agora têm as
instruções para fazer a proteína
humana
5
Passo a passo fica mais fácil
explicar e entender o assunto
em pauta. Use o mínimo de
passos necessários.Í
plasmído
recombinante
bactéria
DNA
recombinante
plasmídio
recombinante
(com pedaço do
DNA recombinante)
bactéria-táxi
28
VISUAIS
“STORYBOARDS”
¬ Quando se pretende mostrar a ação de um fato, um
bom recurso é o “storyboard”.
A morte de Daniella Perez segundo Guilherme
1 A convite de Daniella, Pádua
vai à rua Cândido Portinari (Barra
da Tijuca, zona sul do Rio)
conversar sobre o fim do caso
amoroso que vinham mantendo.
Pádua leva ao encontro a mulher,
Paula Thomaz _abaixada no banco
traseiro do carro_, para mostrar
que o romance estava encerrado.
¬ Quanto mais preciso, mais atraente ele será. Referências
como retrato dos personagens, tipos de carros usados,
armas usadas, percursos seguidos, horário da ação, número
de pessoas em cena são de fundamental importância.
¬ Mapas, fotos e fichas dos personagens podem servir para
melhor ilustrar um “storyboard”.
2 Daniella chega ao local
em seu Escort. Ela e Pádua
descem para conversar.
Paula fica ouvindo
escondida. A conversa é
interrompida por Paula,
que desce do Santana e
passa a ofender a atriz.
Como as quadrilhas de piratas agem
BA
DF
Local onde a
quadrilha age
Belo Horizonte
1
Ladrões abordam motorista do
caminhão na saída do terminal de
cargas e o ‘‘seduz’’ a participar do roubo
2
Caminhão é levado para um local
onde um especialista abre o
contêiner sem romper o lacre
3
Quadrilha retira parte da carga
para não dar diferença no peso do
caminhão e motorista segue viagem
SP
Fonte: DIG (Delegacia de Investigações Gerais) e Delegacia Seccional da Baixada Santista
Mapa de localização integrado
ao “story-board” enriquece as
informações visuais
Referências fotográficas permitem um
“story-board” mais próximo aos fatos,
dando maior credibilidade.
Se o personagem ilustrado fosse loiro,
por exemplo, todas as outras informações
ficariam desacreditadas.
3 Daniella reage e as
duas iniciam uma briga.
Pádua tenta separá-las.
Segura Daniella pelo
pescoço e empurra Paula
com a mão esquerda.
4 Daniella
desmaia e cai. Pádua
perde o equilíbrio e
cai sobre ela. Paula
pula sobre os dois
para agredir a atriz.
5 Pádua afasta Paula
e tenta reanimar
Daniella, que não
apresenta sinais de
respiração ou
batimentos cardíacos.
3 Pádua acha que
Daniella morreu e decide
adulterar as placas do
carro com fita isolante.
Enquanto ele mexe nas
placas, Paula se aproxima
de Daniella e a agride com
golpes de uma tesoura
que estava no carro.
29
VISUAIS
ARTE-FOTO
¬ A informação principal está na imagem fotográfica. A
infografia vai destacar e traduzir em texto esta informação.
Simulador de torcida
Para simular
o impacto da
torcida na arquibancada,
a USP usou um equipamento
que faz a estrutura de concreto
balançar
1
¬ Pode partir de fotos já existentes ou fotos pautadas para
a montagem da arte.
2
O equipamento consistia num
motor que fazia vibrar um
bloco de concreto por meio de um
braço hidráulico
¬ Pode usar escores, frases, fichas, gráficos e ilustrações
que se misturem organicamente com a imagem
fotográfica.
3
A vibração do
bloco fazia a
arquibancada balançar
e os movimentos eram
registrados em
computador
5,7 toneladas
era o peso do bloco
A foto precisa ser parte integrante do
infográfico. Fundos fotográficos sem
ligação direta com a informação não
caracterizam uma arte-foto
Fonte: Péricles Brasiliense Fusco/USP
Entenda o erro de projeto
nas bases do Morumbi
Falha foi detectada pela Escola Politécnica da USP
Arquibancadas
Editoria de Arte/Folha Imagem
Numeradas superiores
Numeradas inferiores
Local do
problema
Bloco
Tubulões
Gigantes
Fotomontagens
eletrônicas misturando
ilustração e fotografia
são um ótimo recurso
de informação visual.
Bloco
cargas
1
2
Origem
Fissuras
O que foi feito
O projeto original do
Morumbi não previa
barras de aço
horizontais na
estrutura que
sustenta as
arquibancadas
Por causa desse
problema, os pulos
da torcida na
arquibanca, durante
anos, provocaram
fissuras nos blocos
da fundação
No ano passado, o
São Paulo corrigiu o
erro de projeto
colocando barras
de aço horizontais
nos blocos
Bloco
3
Fissuras
Cintas de
amarração
30
VISUAIS
PÔSTER VISUAL
¬ Combina vários tipos de infografia para
traduzir visualmente a matéria. Normalmente
tem uma grande imagem principal, e as
informações de apoio gravitam em torno dela.
¬ A imagem principal pode ser uma foto ou
uma ilustração. É importante que seja ancorada
com textos explicativos
Conheça o Hale-Bopp
¬ Perfil
¬ Descoberta
¬ Cauda
23 de julho de 1995 pelo
diretor do Southwest
Institute for Space Research,
Alan Hale, e pelo astrônomo
amador Thomas Bopp (EUA)
Cerca de 137 milhões de km
de comprimento, embora
pareça pequena, vista da
Terra. O Hale-Bopp tem duas
caudas: uma de gás e outra
de poeira
Conheça o cometa Hale-Bopp
¬ Anatomia do cometa
Cauda de gás
Núcleo
¬ Última visita à Terra
Possivelmente, há 4.200 anos, ou seja,
em 2.203 a.C., quando os primeiros povos
começaram a povoar a Mesopotâmia e
fundar as chamadas cidades-Estado
¬ Núcleo
Cabeleira
Cerca de 40 km de diâmetro
(aproximadamente a
extensão do rio Tietê dentro
de São Paulo, que é de 45 km)
¬ Idade
Como todos os cometas, tem a mesma idade do
Sistema Solar, cerca de 4,5 bilhões de anos
HaleBopp
¬ Cor
Cauda de poeira
Uma das caudas é amarelada. A outra, azulada
¬ Depois de uma primeira montagem:
1. Cheque se os textos estão didáticos e bem
ancorados com a imagem principal
1º.abr.97
(ponto mais próximo do Sol,
onde ganha seu brilho máximo)
2.dez.96
2.nov.96
1.jan.97
2. Se não há informações em excesso. Isto pode
desviar a atenção do assunto central. Em
alguns casos, é mais eficiente dividir a arte em
duas ou três.
31.jan.97
¬ Maior que o Halley
Hale-Bopp
SOL
2.mar.97
Mercúrio
4.200 anos
8km
76 anos
Menor distância
à Terra
196 milhões
de km
63 milhões
de km
Vênus
Terra
31.mai.97
1º.mai.97
1º.abr.97
(posição da Terra)
¬ A órbita do Hale-Bopp
Elíptica (lembra o formato de um ovo),
é a trajetória do cometa ao redor do Sol; o HaleBopp deverá levar cerca de 4.200 anos para
completar toda a órbita; ou seja, ele só retornará
à Terra daqui a 4.200 anos, se ele ainda existir
¬ Estimativa da
luminosidade
Perigeu
Marte
Periélio
SOL
Terá o brilho aproximado
do planeta Vênus,
também chamado de
estrela-d’alva, visível no
céu como um ponto
azulado
Terra
¬ A menor
distância do Sol
O periélio ou a menor distância do
Hale-Bopp em relação ao Sol
ocorrerá em 1º de abril, quando ele
passará a 137 milhões de km da
estrela; nesse ponto, a velocidade
do cometa, que é variável, alcançará
o seu máximo: 44km/s
¬ A menor distância da Terra
O perigeu ou a menor distância que o
cometa teve em relação à Terra ocorreu
ontem, quando ele passou a 196 milhões
de km do planeta; ou seja, ele passou mais
perto do Sol do que da Terra
¬ Como fotografar o cometa
Cidade
Melhor dia
para ver
A partir de
que horário*
Fortaleza
29/4
19h15
Não
11,8
Belém
3/5
18h26
Não
10,5
Recife
4/5
18h23
Não
10,2
Lua no
horizonte***
1. Use uma câmera de 50 mm que tenha um
diafragma que possa ficar aberto por vários
minutos e um tripé, para a foto não sair
tremida
2. Ajuste o foco para o infinito
3. Escolha um filme asa 400 ou maior, mais
sensível à luz
¬ Como ver
¬ A passagem do Hale-Bopp no Brasil
Altura**
(em graus)
Noroeste
altura
Salvador
9/5
18h31
Não
8,9
Brasília
10/5
19h04
Sim
8,4
Vitória
6 a 16/5
18h32
Não
7,3
Rio de Janeiro
10/5
18h39
Sim
7,0
São Paulo
10/5
18h53
Sim
6,8
Curitiba
12/5
19h
Sim
6,5
Florianópolis
16/5
18h53
Sim
6,2
Porto Alegre
18/5
19h01
Sim
5,7
* Momento em que o céu estará completamente escuro, e as previsões indicam que ele vai aparecer
*** Se o satélite estiver acima do horizonte, a visão do cometa será prejudicada
Fonte: Ronaldo Rogério de Freitas Mourão, do Museu de Astronomia do Rio de Janeiro
Célula humana
Órbita
30.jun.97
3. Se a ordem de leitura está óbvia. É melhor
definir claramente (com vinhetas ou caixas)
cada passagem de leitura para o leitor não se
perder na arte.
Saiba o que é cromossomo
40 km
30.jul.97
Lua
A imagem principal serve
como elemento de integração
do infográfico e aumenta seu
impacto visual
Halley
Núcleo (diâmetro)
** Em relação à linha do horizonte
Linha do
horizonte
Oeste
Norte
Sul
Leste
¬ Dicas
1. Ao contrário do eclipse solar, a visão a olho nu não causa
danos aos olhos
2. Você terá uma melhor visão com binóculo ou luneta
3. Só é possível observá-lo fora da cidade, pois é preciso
localizar a linha do horizonte
4. Os melhores Estados para ver o cometa estão no norte e
nordeste, pois o cometa estará mais alto no céu. A expectativa
é que o melhor local seja Fortaleza
5. O cometa não parece uma estrela. Parece uma mancha
branca. Em São Paulo ele estará praticamente perpendicular
ao horizonte
membrana
O que é
citoplasma
Contêm as instruções para o
funcionamento, a reprodução
e a produção de proteínas na
maioria dos seres vivos.
As células humanas contêm 46
cromossomos (50% é herdado
núcleo
da mãe, 50%, do pai). As
únicas células que contêm
23 cromossomos são as
células sexuais:
espermatozóide (no homem)
e óvulo (na mulher)
Do que é formado
¬ Cromossomos
Formados basicamente
pela molécula de DNA
super-retorcida e
condensada e por
proteínas
Informações secundárias
podem ser dispostas em
forma de tabela, gráfico,
ficha, etc.
Genes
Trecho do cromossomo
com instrução para
fabricar uma proteína
O DNA (ácido desoxirribonucléico)
Lembra uma “escada retorcida“. O
‘‘corrimão’’ é formado por um
açúcar chamado desoxirribose e
por um fosfato.
Os ‘‘degraus’’ são formados pelas
bases nitrogenadas, cujas siglas
são A, T, C e G. Elas se ligam duas a
duas (A com T e C com G) através
de uma ligacão química chamada
ponte de hidrogênio
‘‘degraus’’
G
‘‘corrimão’’
C
A
C
G
T
31
PAUTA E EDIÇÃO INFOGRÁFIC A
1
PAUTA Qualquer assunto pode render um infográfico. A questão é saber quando investir e qual a
melhor abordagem. Para fortalecer a pauta é preciso
responder as seguintes perguntas:
1º A matéria é realmente importante?
2º A edição tem espaço para o infográfico?
3º Existe tempo hábil para produção do infográfico?
2
CRIAÇÃO/EDIÇÃO Checadas estas primeiras
questões, deve-se escolher qual tipo de infografia
será usado como tema central, e qual deve ser a imagem
central do infográfico. Nesta parte do processo é fundamental que a Arte já esteja participando em dupla com a
reportagem para definir as primeiras providências a serem
tomadas:
• O que vai ser tratado como tema principal e o que vai ser
dado como material de apoio no infográfico
• Existe alguma “imagem” editorial que fortaleça a pauta?
• Acionar o Banco de Dados e Reportagem para conseguir
informações e referências.
• Ver se existe a possibilidade/necessidade de mandar um
infografista ao local (este procedimento se mostra mais
importante quando é preciso mostrar o cenário geral, que
uma foto apenas não consegue captar)
3
PRODUÇÃO Iniciar a construção do infográfico
para saber qual o volume de texto será possível
usar, se a ordem de leitura do infográfico está clara, e se
podemos acrescentar ou suprimir alguma informação.
¬ Reportagem e Arte podem trabalhar paralelamente na
apuração, checagem e acabamento até a montagem com
os dados, textos e imagens finais.
Banco de Dados
1
PAUTA
2
3
CRIAÇÃO/EDIÇÃO
(Reportagem/arte)
PRODUÇÃO
(Repórter/infografista)
FINAL
Reportagem
Fotografia
NÃO ESQUEÇA
• É muito mais eficiente dividir a responsabilidade da pauta infográfica com
a Arte do que passar um monte de dados e esperar que a Arte descubra o
que você quer dizer com isto.
• Antes de começar a digitar um monte de tabelas, converse com a Arte
sobre a pauta, os dados e referências disponíveis. Algumas coisas que você
vê como tabela ficam melhor em um gráfico, ou um mapa.
32
GR ANDES COBERTUR AS
¬ São grandes eventos (Copa, por exemplo), normalmente,
pré-pautados, com datas, horários e participantes
envolvidos já defindidos. Não espere começar acontecer,
antecipe.
¬ Elaborore um projeto gráfico para a cobertura. Não conte
com uma “página gráfica” sem um projeto gráfico e
editorial definidos.
¬ Defina que tipo de artes será necessário para
acompanhar o dia-a-dia da cobertura (artes-fixas). Por
exemplo: agenda, tabela de resultados, destaques do dia.
Defina quem vai cuidar destas artes.
¬ Elabore artes frias sobre os temas do evento.Você vai ter
bastante antecedência. Enriqueça sua cobertura com
infográficos bem elaborados e deixe-os prontos. Além do
mais, estas artes podem ser úteis para ilustrar as artes
quentes.
¬ Com o cronograma do evento na mão, você pode
produzir artes que dependam apenas de um resultado,
uma frase ou uma foto para esquentar o material.
¬ Além das artes planejadas, é importante ter infográficos
quentes sobre os acontecimentos do dia.
¬ Não espere o evento terminar para começar a elaborar o
grande infográfico de balanço do evento.Você já sabe com
que tipo de informação vai poder contar. Reserve espaço e
prepare um chassi com antecedência.
33
ARTE-TEX TO
ORGANOGR AMA/FLUXOGR AMA
34
A IMPORTÂNCIA DO PL ANEJAMENTO
ARTE-TEX TO
ORGANOGR AMA/FLUXOGR AMA
• Planejamento é fundamental para conseguir bons
infográficos.
• Infografia de verdade é um processo mais demorado que
ilustração e diagramação.
• Isto não quer dizer que sirva apenas para notícias frias.
Desde a pauta matutina até o fechamento é possível fazer
muita coisa.
• Definida a pauta, converse com a Arte, ela também
precisa se planejar para o investimento.
• O responsável pela passagem e recebimento da arte tem
que saber do que estão falando. Qual a finalidade da Arte.
Caso contrário, não vai ser o infografista ou o leitor que irão
desvendar o mistério
• Simplicidade é didatismo. Uma grande arte não é uma
arte grande. Use apenas os dados e referências necessários.
Não complique.
• Defina quais profissionais (reportagem, foto e arte) serão
responsáveis.
• É importante que os processo de produção iniciados pela
manhã tenham respaldo da edição final. Pauta e edição
precisam funcionar em extrema sintonia.
• Dê um feed-back.Veja como ficou, converse com os
envolvidos. Os assuntos se repetem. Na próxima cobertura
o resultado vai ser melhor.
35
DESIGN, ESTILO E ARTE-TEX
EDIÇÃO TO
ORGANOGR AMA/FLUXOGR AMA
Não confunda infografia com uma ilustração cercada de
textinhos por todos os lados. Ilustração e design são
ferramentas para transmitir visualmente as informações do
infográfico.
Cada elemento usado deve ter uma função definida para
ajudar a cumprir este objetivo.
ATRAPALHAM
• Fundos rebaixados e/ou confusos: podem atrapalhar a
leitura. Deixe o texto livre de interferências.
• Cores carnavalescas: excesso de cores contrastantes pode
distrair a ordem de leitura desejada. prefira cores sóbrias.
Use cores carnavalescas apenas quando o assunto da
matéria permitir.
• Ilustrações calhaus: evite usar ilustrações só para
completar eventuais sobras de espaço. Faça com que a
ilutração se misture com o texto. Se preciso, peça um
destaque para “ancorar” uma informação na ilustração.
• Destaque com fotos recortadas: dão sempre um desenho
diferente no infográfico, principalmente se estão bem
casados com o resto da arte.
• Perspectivas inusitadas: a mídia impressa é acostumada a
representar todas as figuras de lado, como os egípcios.
Perspectivas criam um certo estranhamento e captam a
atenção.
• Diagramação diferenciada: fotos e arte são quadradas ou
retangulares. Aproveite a modulação e faça diagramações
diferentes ”invadindo” os módulos de texto.
POSIÇÃO NA PÁGINA
Sempre que possível cheque a posição do infográfico na
página.Veja também as fotos que serão usadas. É útil para
saber a importância do infográfico para a matéria e se as
cores estão de acordo.
• Destaques em excesso: podem confundir a ordem de
leitura. Dê hierarquia aos destaques. Use apenas um dois
grandes destaques e deixe o resto em segundo plano.
• Desalinhamento horizontal: denota falta de acabamento.
Corte os textos e padronize as vinhetas deixando todas em
uma linha.
• Má qualidade fotográfica: fotos de vídeo com movimento,
por exemplo, são de péssima qualidade e nunca devem ser
usadas em tamanho grande. Fotos PB em artes coloridas
também tem resultado ruim. Se a foto for antiga, use-a em
tom sépia.
AJUDAM
• Efeito 3D: não é preciso usar um programa de três
dimensões para gerar uma imagem deste tipo. O jornal é
2D, qualquer imagem que simule uma terceira dimensão
prende o leitor
• Ilustração ancorada: uma ilustração bem feita, com estilo
e presa nas informações principais deve ser explorada no
maior tamanho possível na edição. É agradável e
informativa.
36