No primeiro emprego, salários variam até 300 euros conforme a
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No primeiro emprego, salários variam até 300 euros conforme a
EDIÇÃO LISBOA SEX 16 AGO 2013 Revolução tranquila no FC Porto, continuidade turbulenta no Benfica p2 a 5 ípsilon A SOLIDÃO DO ENCENADOR DEDICADO AO GRANDE PÚBLICO RENTRÉE: QUARTEIRA RECEIA CARGA DE ESGOTOS DO PSD FILIPE LA FÉRIA O INIMIGO PÚBLICO PAULO PIMENTA PAREDES DE COURA CALOR INTENSO DÁ UM NOVO RITMO AO FESTIVAL Cultura, 24/25 Obama ameaça pôr fim à cooperação militar com o Egipto Presidente dos Estados Unidos diz que não pode haver ajuda enquanto houver mortos na rua p20/21 HOJE Caderneta de Cromos SMURFS 2 Inclui 8 cromos GRÁTIS Combate a fogos matou 104 bombeiros nos últimos 33 anos Pedro Rodrigues, 41 anos, da corporação da Covilhã, morreu ontem a combater um incêndio florestal p9 Agricultura perto de esgotar fundos para o investimento PUBLICIDADE ESTA SEXTA-FEIRA JACKPOT QUE TIPO DE EXCÊNTRICO ÉS TU? Os compromissos do programa que gere os fundos europeus para a modernização da agricultura (Proder) chegou aos 3,9 mil milhões de euros. Até ao final do ano, sobram apenas 400 milhões para apoiar projectos de investimento Economia, 16 PUBLICIDADE ISNN: 0872-1548 Ano XXIV | n.º 8528 | 1,60€ | Directora: Bárbara Reis | Directores adjuntos: Nuno Pacheco, Manuel Carvalho, Miguel Gaspar, Pedro Sousa Carvalho | Directora executiva Online: Simone Duarte | Directora de Arte: Sónia Matos 2 | DESTAQUE | PÚBLICO, SEX 16 AGO 2013 FUTEBOL Revolução tranquila e continuidade turbulenta FC Porto e Benfica são os principais candidatos ao título num campeonato que arranca hoje, em Felgueiras, com um Paços de Ferreira-Sporting de Braga Marco Vaza N a transição da última para a presente época, FC Porto e Benfica seguiram caminhos diferentes. Depois de mais um título, os portistas deixaram partir Vítor Pereira e apostaram em fazer crescer um treinador com potencial, Paulo Fonseca, como já antes haviam feito, por exemplo, com José Mourinho e André Villas-Boas. Pelo contrário, os “encarnados” seguraram Jorge Jesus no banco, apesar de nada terem ganho quando tinham três títulos à sua mercê. E, pelo que esta pré-temporada nos tem mostrado, o FC Porto acertou ao operar mais uma revolução e está a fazê-la tranquilamente, enquanto o Benfica parece estar a conviver mal com a continuidade da sua equipa técnica e com a indefinição do plantel. Assim estão os dois grandes candidatos ao título de uma Liga portuguesa que começa hoje, em Felgueiras, com um Paços de FerreiraSporting de Braga. E não foi apenas no banco que os portistas, que vão em busca do quarto título consecu- tivo, fizeram a sua revolução. Dois dos seus jogadores mais influentes nos últimos anos, João Moutinho e James Rodríguez, saíram por 70 milhões de euros para o milionário Mónaco e, mesmo com o risco de perderem mais gente até ao final do mercado (Mangala, Fernando, Atsu ou até mesmo Jackson), a SAD portista já mostrou, em várias ocasiões, agilidade suficiente para manter a competitividade da equipa em várias frentes em simultâneo. Mais uma vez, os “dragões” investiram forte no mercado (22 milhões de euros até agora) e contrataram 11 jogadores, sendo que apenas um deles tem, para já, entrada directa no “onze”, o ex-estorilista Licá, que se estreou da melhor maneira na Supertaça, com um golo. Os mais caros do defeso, os mexicanos Herrera (8 milhões) e Reyes (7) e o colombiano Quintero (5), vão ter de esperar por uma oportunidade para ganhar espaço nas opções iniciais. Com a necessidade orçamentada de fazer receitas com vendas de jogadores, o Benfica vai-se preparando e criando rotinas com os seus melhores elementos e aqueles que têm mais mercado, como Gaitán, Garay, Salvio e Matic, ao mesmo tempo que ainda estão por resolver alguns problemas evidentes. A verdade é que Luís Filipe Vieira, apesar dos resultados que fecharam a época, apostou na continuidade de um treinador que lhe deu um título logo na primeira temporada em que chegou à Luz e que tem ajudado a valorizar o plantel. Mas a margem de manobra de Jesus para esta época é mínima. Está definitivamente obrigado a ser campeão, depois de uma temporada em que podia ter vencido campeonato, Taça e Liga Europa e em que falhou todos os objectivos. Sempre com um olho no mercado sul-americano, o Benfica virou-se mais, desta vez, para o Leste europeu e contratou vários sérvios, na esperança de repetir o êxito alcançado com Matic, o melhor jogador da equipa em 2012-13. No total, desembolsou 31,7 milhões de euros em seis reforços, assegurando outros quatro por empréstimo e a custo zero. Dos seis sérvios contratados (dois dos quais integram a equipa B), são Lazar Markovic (10 milhões) e Filip Djuricic (6) os que têm dado melhores indicações, mas a pré-época, a CALENDÁRIO 1.ª jornada Paços Ferreira-Sp. Braga Estoril-Nacional hoje, 20h15 (SP-TV) amanhã, 18h cil — o seu pedido de desculpas na televisão do clube soou mais a operação de cosmética. O paraguaio, que “explodiu” com o treinador na final da Taça, está mais perto de sair do que de continuar. V. Guimarães-Olhanense amanhã, 20h15 (SP-TV) Sporting-Arouca domingo, 15h45 (SP-TV) Belenenses-Rio Ave domingo, 16h Gil Vicente-Académica domingo, 16h Marítimo-Benfica V. Setúbal-FC Porto domingo, 17h45 (SP-TV) domingo, 20h (SP-TV) PALMARÉS 32 títulos Benfica 27 títulos FC Porto 18 títulos Sporting 1 título Belenenses 1 título Boavista pior desde que Jesus chegou à Luz, tem gerado mais interrogações do que propriamente certezas. O lado esquerdo da defesa continua a ser um problema crónico e o “sai/não sai” de Óscar Cardozo, o melhor marcador estrangeiro da história das águias, é de gestão difí- Estreantes e sensações Numa época marcada pela estreia do Arouca e pelo regresso de um “histórico”, o Belenenses, ao primeiro escalão, duas das equipas que mais se destacaram na última época são obrigadas a reinventar-se. O Paços de Ferreira, brilhante e surpreendente terceiro classificado, perdeu Paulo Fonseca para o FC Porto e apostou num treinador de pouco currículo, Costinha, cuja única experiência de banco foram 11 jornadas no Beira-Mar (que desceu de divisão). Quanto ao Estoril, perdeu metade da equipa, mas manteve Marco Silva e, pelo que já mostrou (venceu o primeiro duelo na Liga Europa), os sinais são animadores. O Sporting de Braga também procura alguma continuidade e, desta vez, António Salvador apostou na experiência de Jesualdo Ferreira para reconstruir uma equipa que perdeu alguns dos seus melhores PÚBLICO, SEX 16 AGO 2013 | DESTAQUE | 3 NFACTOS/FERNANDO VELUDO FC Porto e Benfica voltam a partir na linha da frente para a época 2013-14 Prós e contras das 16 equipas do campeonato FC Porto Com a chegada de Paulo Fonseca e meia dúzia de reforços de valor, o FC Porto parece mais forte. Os jogos da pré-época e a partida da Supertaça mostraram uma equipa com futebol atractivo, com Lucho em destaque em terrenos mais adiantados. As saídas de James Rodríguez e de João Moutinho ainda não se fizeram sentir, mas nenhuma equipa consegue ficar incólume à perda de um jogador como o internacional português. A transferência de Jackson Martínez, possibilidade que continua em cima da mesa, constituiria um enorme revés. elementos dos últimos anos, como Hugo Viana e Mossoró. E depois vem o Sporting, com Bruno de Carvalho a iniciar a sua primeira época como presidente. As dificuldades financeiras obrigaram a um novo paradigma no futebol profissional: menos dinheiro e mais aposta na formação. O presidente “leonino” rompeu com aquela que seria, talvez, a herança mais credível do seu antecessor, Jesualdo Ferreira, e foi buscar Leonardo Jardim para orientar a reconstrução. O desafio do Sporting é não se entusiasmar demasiado com a matéria-prima que, de facto, tem no plantel, manter as expectativas no optimismo moderado e não pensar em títulos. Até ver, gastou apenas 1,2 milhões de euros, com o avançado argelino Islam Slimani a surgir como o reforço mais caro (500 mil euros). A novela Bruma não tem ajudado a um clima de total tranquilidade — o jovem extremo de origem guineense teria um papel importante na equipa —, mas, ao contrário do que aconteceu num passado recente, parece haver um plano. Os frutos é que não deverão ser para já. Benfica Com a viragem da política de contratações para Leste, o Benfica garantiu um reforço de inegável qualidade: Lazar Markovic. O jovem avançado sérvio, de 19 anos, promete ser uma das figuras do campeonato. Djuricic será outra mais-valia para o plantel de Jorge Jesus. O folhetim Óscar Cardozo e o “sai/não sai” das principais figuras da equipa provocaram uma enorme instabilidade durante a pré-época. Bruno Cortez ainda não convenceu e o lado esquerdo da defesa continua a ser um problema. Apesar da chegada de quase uma dezena de reforços, Matic não tem um substituto à altura. Paços de Ferreira A permanência de André Leão é uma excelente notícia para os adeptos pacenses. Entre os reforços, destaque para o regresso de Rui Miguel e para a chegada de Carlão. O ponta-delança brasileiro é um bom substituto de Cícero. Paulo Fonseca deixou a fasquia muito elevada em Paços e a pré-época esteve longe de ser brilhante. O guarda-redes argentino Matias Degra ainda não convenceu e dois dos reforços já foram dispensados. Sp. Braga Sem qualquer derrota na préépoca, apesar de ter defrontado adversários de valor, o Sp. Braga de Jesualdo Ferreira está a criar grandes expectativas. Jogadores como Eduardo, Miljkovic, Joãozinho, Luiz Carlos, Rafa, Pardo e Agra garantem qualidade. As saídas de Hugo Viana, Rúben Amorim e Mossoró obrigam a redesenhar o meiocampo. O regresso de Éder em boas condições físicas será vital para Jesualdo não ter dores de cabeça no ataque. Estoril A permanência de Marco Silva no comando dos estorilistas é a garantia da prática de bom futebol, enquanto Vagner é sinónimo de segurança na baliza. Sem Steven Vitória, Jefferson, Licá e Carlos Eduardo, repetir a excelente temporada passada é missão quase impossível. A participação na Liga Europa pode pesar no desenrolar da época. Rio Ave Na segunda época em Vila do Conde, Nuno Espírito Santo viu a equipa reforçada com jogadores de qualidade. Depois de prometer muito no ano passado, o jovem avançado egípcio Hassan pode ser uma das figuras da prova. Apesar de o francês Salin, exMarítimo, ser um guarda-redes de valor, será difícil substituir o esloveno Jan Oblak, um dos melhores do último campeonato. Sporting Viver na ressaca da pior época da história dos “leões” é um ponto a favor de Leonardo Jardim. Com as expectativas em baixo, a exigência será menor e o treinador terá mais tempo para trabalhar a equipa e os jovens que começam a despontar. Na ausência de Eric Dier, a zona central da defesa “leonina” revelou-se muito insegura nos jogos da pré-época: Maurício não parece ser uma mais-valia e Rojo errou em demasia. O excesso de juventude pode ser um problema nos momentos decisivos. Nacional A permanência de Manuel Machado e das principais figuras do plantel da última época garante estabilidade à equipa. Os jogos de pré-temporada deixaram indicadores positivos. Sem reforços sonantes, os madeirenses estarão sob forte pressão para garantirem o objectivo falhado na temporada passada: um lugar nas competições europeias. V. Guimarães O treinador Rui Vitória é o grande reforço da equipa vimaranense, mas o avançado Moussa Maazou, capitão da selecção do Níger, promete golos e qualidade no ataque minhoto. A saída de uma mão-cheia de jogadores importantes na última época deixou a equipa com muitas fragilidades e falta de “mão-de-obra qualificada”. Rui Vitória terá de recomeçar praticamente do zero. Marítimo O médio brasileiro Rodrigo Lindoso, contratado ao Madureira, esteve em destaque na pré-época e, tudo indica, será um reforço precioso para Pedro Martins. Os jovens portugueses José Sá e Danilo Pereira têm muito potencial. As saídas de jogadores importantes como Roberge, João Guilherme, Rúben Ferreira e Suk não foram devidamente colmatadas. Académica Oito vitórias e uma derrota na pré-época deixaram os adeptos dos “estudantes” entusiasmados. Diogo Valente, Buval e Abdi são contratações de qualidade para a equipa de Sérgio Conceição. Flávio Ferreira, Hélder Cabral, Wilson Eduardo e Salim Cissé são baixas de peso no plantel. V. Setúbal O médio Dani e os paraguaios Javier Cohene (defesa, ex-Paços de Ferreira) e Ramón Cardozo (avançado, ex-Nacional de Assunção) acrescentam qualidade a um plantel que não sofreu baixas importantes. A empatia entre os sócios sadinos e o treinador José Mota não é a melhor. A época promete ser sofrida novamente para os setubalenses. Gil Vicente Com a chegada do treinador João de Deus, assistiu-se a uma revolução no plantel. As exibições da pré-época deixam antever que a aposta em reforços das divisões secundárias foi bem-sucedida. O elevado número de entradas e de saídas de jogadores pode originar alguma instabilidade. Olhanense Após os graves problemas financeiros da última época, a inscrição na I Liga já é uma vitória para a equipa de Olhão. Um treinador (Abel Xavier) debutante e um “camião” de contratações de jovens desconhecidos dos quatro cantos do mundo fazem do Olhanense a maior incógnita do campeonato. Belenenses A manutenção do treinador e do núcleo duro da última época e a chegada de alguns reforços de qualidade, como Miguel Rosa, são trunfos importantes. Falta experiência de I Liga no plantel. Os resultados na préépoca causam preocupação. Arouca Reforçou-se bem. Pedro Emanuel terá à sua disposição um plantel equilibrado, com jogadores experientes. O brasileiro Romário promete golos. É o ano de estreia entre os “grandes” e isso pode pesar numa equipa que nos últimos anos teve uma ascensão meteórica. D.A. 4 | DESTAQUE | PÚBLICO, SEX 16 AGO 2013 FUTEBOL 13 Número de troféus nacionais conquistados pelos 16 técnicos da I Liga. Jesualdo Ferreira é o que soma mais triunfos (6), seguido por Jorge Jesus (4) 131 Total de reforços contratados até à data pelos clubes da I Liga. O que mais jogadores integrou no plantel foi o Sp. Braga (16), seguido de Paços e Rio Ave (13) Todos os treinadores da I Liga 2013-14 FC Porto Paulo Fonseca Temporada no clube Estreia Temporada na I Liga 2.ª Idade 40 anos (5-3-1973) Nacionalidade Portuguesa (nascido em Moçambique) Estreia na I Liga 2012-13. Clubes anteriores na I Liga Paços de Ferreira (2012-13: alcançou o terceiro lugar na Liga e apuramento para o play-off da Liga dos Campeões). Títulos 1 (Supertaça 2013-14) Experiência internacional Não Ex-jogador Sim (Defesa: Barreirense, Leça, Belenenses, Marítimo, V. Guimarães, Estrela da Amadora) Benfica Jorge Jesus Temporada no clube 5.ª Temporada na I Liga 15.ª Idade 59 anos (24-7-1954) Nacionalidade Portuguesa Estreia na I Liga 1995-96 (Felgueiras) Clubes anteriores na I Liga Felgueiras (1995-96); Estrela da Amadora (1998-99 e 1999-00); Vitória de Setúbal (2001-02); Vitória de Guimarães (2003-04); Moreirense (2004-05); União de Leiria (2005-06); Belenenses (2006-07 e 2007-08) e Sporting de Braga (2008-09). Títulos 5 (1 Liga: 2009-10; 3 Taças da Liga: 2009-10; 2010-11 e 2011-12; 1 Taça Intertoto: 2008) Experiência internacional Não Ex-jogador Sim (Médio: Est. Amadora, Sporting, Peniche, Olhanense, Belenenses, Riopele, Juventude Évora, U. Leiria, V. Setúbal, Farense, Atlético CP, Benf. Cast. Branco, Almancilense) Sporting Leonardo Jardim Temporada no clube Estreia Temporada na I Liga 3.ª Idade 39 anos (1-8-1974) Nacionalidade Portuguesa/ Venezuelana Estreia na I Liga 2010-11 (Beira-Mar) Clubes anteriores na I Liga BeiraMar (2010-11); Sp. Braga (2011-12) Títulos 0 Experiência internacional Olympiacos (2012-13) Títulos internacionais 1 Liga grega (2012-13); 1 Taça da Grécia (201213) Ex-jogador Não Sp. Braga Jesualdo Ferreira Temporada no clube Regresso (5.ª) Temporada na I Liga 15.ª Idade 67 anos (24-5-1946) Nacionalidade Portuguesa Estreia na I Liga 1984-85 (Académica) Clubes anteriores na I Liga Académica (1984-85); Estrela da Amadora (1990-91); Alverca (2000-01); Benfica (2001-02 e 2002-03); Sporting de Braga (2002-03 a 2005-06); Boavista (2006-07); FC Porto (2006-07 a 2009-10) e Sporting (2012-13). Títulos 6 (3 Ligas: 2006-07, 200708 e 2008-09; 2 Taças de Portugal (2008-09 e 2009-10); 1 Supertaça (2009)). Experiência internacional FAR Rabat (1995-96); Málaga (2010-11) e Panathinaikos (2010-11 a 2012-13). Títulos internacionais 0 Ex-jogador Não Vitória de Guimarães Rui Vitória Temporada no clube 3.ª Temporada na I Liga 4.ª Idade 43 anos (16-4-1970) Nacionalidade Portuguesa Estreia na I Liga 2010-11 (Paços de Ferreira) Clubes anteriores na I Liga Paços de Ferreira (2010-11 a 2011-12) e V. Guimarães (2011-12 a 2013-14) Títulos 1 (1 Taça de Portugal: 201213). Experiência internacional Não Ex-jogador Sim (Médio: Fanhões, Vilafranquense, Seixal, Casa Pia e Alcochetense) Paços de Ferreira Costinha Temporada no clube Estreia Temporada na I Liga 2ª Idade 38 anos (1-12-1974) Nacionalidade Portuguesa Estreia na I Liga 2012-13 (Beira-Mar) Clubes anteriores na I Liga Beira-Mar (2012-13) Títulos 0 Experiência internacional Não Ex-jogador: Sim (Médio: Oriental, Machico, Nacional, Mónaco, FC Porto, Dínamo de Moscovo, Atlético Madrid e Atalanta) Rio Ave Nuno Espírito Santo Temporada no clube 2.ª Temporada na I Liga 2.ª Idade 39 anos (25-1-1974) Nacionalidade Portuguesa (nascido em São Tomé) Estreia na I Liga 2012-13 (Rio Ave) Clubes anteriores na I Liga Títulos 0 Experiência internacional Não Ex-jogador Sim (Guarda-redes: Vitória de Guimarães, Vila Real, Deportivo da Corunha, Mérida, Osasuna, FC Porto, Dínamo de Moscovo e Desportivo das Aves) Estoril Marco Silva Temporada no clube 3.ª Temporada na I Liga 2.ª Idade 36 anos (12-7-1977) Nacionalidade Portuguesa Estreia na I Liga 2012-13 (Estoril) Clubes anteriores na I Liga Títulos 0 Experiência internacional Não Ex-jogador Sim (Defesa: Cova da Piedade, Belenenses, Atlético, Trofense, Campomaiorense, Rio Ave, Sporting de Braga B, Salgueiros, Odivelas e Estoril) Marítimo Pedro Martins Temporada no clube 4.ª Temporadas na I Liga 4.ª Idade 43 anos (17-7-1970) Nacionalidade Portuguesa Estreia na I Liga 2010-11 (Marítimo) Clubes anteriores na I Liga Títulos 0 Experiência internacional Não Ex-jogador Sim (Médio: Feirense, Vitória de Guimarães, Sporting, Boavista, Santa Clara e Alverca) Nacional Manuel Machado Temporada no clube 5.ª no total Temporada na I Liga 12.ª Idade 57 anos (4-12-1955) Nacionalidade Portuguesa Estreia na I Liga 2002-03 (Moreirense) Clubes anteriores na I Liga Moreirense (2002-03 e 2003-04); V. Guimarães (2004-05 e 2010-11 a 2011-12); Nacional (2005-06 e 2008-09 a 2009-10); Académica (2006-07 a 2007-08); Sp. Braga (2007-08) Títulos 0 Experiência internacional Aris (2011-12) Ex-jogador Não Vitória de Setúbal José Mota Temporada no clube 3.ª Temporada na I Liga 12.ª Idade 49 anos (25-2-1964) Nacionalidade Portuguesa Estreia na I Liga 2000-01 (Paços de Ferreira) Clubes anteriores na I Liga Paços de Ferreira (2000-01 a 2007-08) e Leixões (2008-09 e 2009-10) Títulos 0 Experiência internacional Não Ex-jogador Sim (Defesa: Aliados do Lordelo e Paços de Ferreira) Académica Sérgio Conceição Temporada no clube 2.ª Temporada na I Liga 3.ª Idade 38 anos (15-11-1974) Nacionalidade Portuguesa Estreia na I Liga 2011-12 (Olhanense) Clubes anteriores na I Liga Olhanense (2011-12 e 2012-13) Títulos 0 Experiência internacional Não Ex-jogador Sim (Médio: Académica, Penafiel, Leça, Felgueiras, FC Porto, Lazio, Parma, Inter de Milão, Standard de Liège, Qadsia e PAOK) Gil Vicente João de Deus Temporada no clube Estreia Temporada na I Liga 1.ª Idade 36 anos (6-11-1976) Nacionalidade Portuguesa Estreia na I Liga Esta temporada Clubes anteriores na I Liga Títulos 0 Experiência internacional Seleccionador de Cabo Verde (2008 a 2010) e AD Ceuta (2010-11). Ex-jogador Sim (Defesa: Vitória de Setúbal, Desportivo de Beja, Seixal, Estoril, Lusitano de Évora e Barreirense) Olhanense Abel Xavier Temporada no clube Estreia Temporadas na I Liga 1.ª Idade 40 anos (30-11-1972) Nacionalidade Portuguesa (nascido em Moçambique) Estreia na I Liga Esta temporada Clubes anteriores na I Liga Títulos 0 Experiência internacional Não Títulos internacionais 0 Ex-jogador Sim (Defesa: Sporting, Estrela da Amadora, Benfica, Bari, Real Oviedo, PSV, Everton, Liverpool, Galatasaray, Hannovr 96, Roma, Middlesbrough e LA Galaxy). Belenenses Van Der Gaag Temporada no clube 2ª Temporada na I Liga 4ª Idade 41 anos (22-10-1971) Nacionalidade Holandesa Estreia na I Liga 2009-10 (Marítimo) Clubes anteriores na I Liga Marítimo (2009-10 e 2010-11) Títulos 0 Experiência internacional Não Ex-jogador Sim (Defesa: PSV, NEC, Sparta Roterdão, Motherwell, FC Ultrecht, Marítimo e Al Nassr) Arouca Pedro Emanuel Temporada no clube Estreia Temporada na I Liga 3.ª Idade 38 anos (11 Fevereiro 1975) Nacionalidade Portuguesa (nascido em Angola) Estreia na I Liga 2011-12 (Académica) Clubes anteriores na I Liga Académica (2011-12) Títulos 1 (1 Taça de Portugal: 2011-12) Experiência internacional Não Ex-jogador Sim (Defesa: FC Marco, Ovarense, Penafiel, Boavista e FC Porto). P.C. PÚBLICO, SEX 16 AGO 2013 | DESTAQUE | 5 Um lote de técnicos cada vez mais jovem ço do FC Porto, entre 2007 e 2010. Mas a longevidade de Jesualdo Ferreira é um fenómeno raro em Portugal, pelo menos no principal camEsta temporada, 12 dos 16 peonato nacional. Os outros grandes técnicos que vão arrancar “sobreviventes” são Jorge Jesus (59 o campeonato somam anos), Manuel Machado (57) e José menos de quatro épocas Mota (49). Os quatro juntos acumulam uma experiência de 52 tempono escalão principal radas na I Liga, contra apenas 18 dos experiência deixou de ser restantes 12 colegas. uma condição fundamental Marco Silva (36 anos), João de para treinar em Portugal. Deus (36), Pedro Emanuel (38), CosEsta temporada, 12 dos tinha (38), Sérgio Conceição (38), Le16 técnicos da I Liga têm onardo Jardim (38), Nuno Espírito menos de quatro épocas Santo (39), Abel Xavier (40), Paulo acumuladas no escalão principal e Fonseca (40), Van der Gaag (41), Pemetade irá cumprir o segundo ano dro Martins (43) e Rui Vitória (43) ou estrear-se na competição. Apenas constituem a mais nova geração de quatro clubes apostaram na vete- técnicos portugueses, sem que nerania. As excelentes prestações de nhum some mais de três temporadas Vítor Pereira, no FC Porto, Paulo no currículo da I Liga. A expectativa Fonseca, no Paços de Ferreira, ou dos dirigentes em descobrir os novos Marco Silva, no Estoril, na última “Mourinhos” ou “Villas-Boas” com temporada, contribuíram para re- um investimento reduzido tem conforçar esta tendência cada vez mais tribuído para consolidar este novo generalizada na juventude. paradigma. Com 31 anos de diferença, Marco A prova deste ano vai apadrinhar Silva e Jesualdo Ferreira são, respec- as estreias de Abel Xavier (Olhanentivamente, o mais jovem e o deca- se) e João de Deus (Gil Vicente) no esno dos treinadores deste campeo- calão máximo, depois de ter lançado nato. Aos 67 anos, o novo técnico na última temporada Paulo Fonseca, do Sp. Braga vai iniciar a sua 15.ª Marco Silva, Costinha (Beira-Mar) e época na I Liga e parte para a com- Nuno Espírito Santo (Rio Ave). petição como o mais experiente e A média de idades dos treinadobem-sucedido treinador no activo res será este ano de 46 anos, mas, na I Liga portuguesa. No total, soma se excluirmos os quatro técnicos seis títulos nacionais: três campeo- mais veteranos na prova, ela baixa natos, duas Taças de Portugal e uma drasticamente para os 40,5. Sendo 8453_Pub_257x74_App_P_14_08_af1c.ai 1 8/2/13 2:24 PM (8) ainda Supertaça. Todos ganhos ao servi- que metade dos técnicos ENRIC VIVES-RUBIO Paulo Curado A Jesualdo Ferreira é o mais experiente dos técnicos do campeonato ENRIC VIVES-RUBIO Marco Silva é o mais jovem treinador da temporada 2013-14 não chegou ao patamar dos 40 anos. Os êxitos internacionais dos treinadores portugueses têm reforçado também a aposta em técnicos nacionais na Liga. Este ano, o holandês Van Der Gaag será a excepção. E mesmo o treinador do Belenenses já é praticamente um homem da “casa”, tendo chegado ao futebol português há 12 anos, para jogar no Marítimo, clube onde também iniciou a sua carreira de treinador, em 2007-08, inicialmente como adjunto, mas assumindo o comando da equipa insular a partir de 2009-10. Esta tendência para apostar na “prata da casa” tem-se consolidado nos últimos anos. Nas duas épocas anteriores, a breve incursão do belga Vercauteren no Sporting (2012-13) foi a única excepção à regra. Para encontrar mais do que um treinador estrangeiro a trabalhar na Liga principal, será preciso recuar à temporada 2010-11, com o sérvio Jokanovic (Nacional), Van Der Gaag (Marítimo) e Victor Zvunka (Naval). Nenhum dos três chegou ao fim do campeonato. A esta lógica não fogem os denominados “grandes”. No FC Porto, o último técnico não-português foi o holandês Co Adriaanse, em 2005-06, enquanto no Benfica o espanhol Quique Flores (2008-09) abriu as portas à era Jorge Jesus. No Sporting, excluindo a passagem efémera de Vercauteren, o romeno Laszlo Boloni foi a última experiência estrangeira no banco (2002-03). PUBLICIDADE 6 | PORTUGAL | PÚBLICO, SEX 16 AGO 2013 No primeiro emprego, salários variam até 300 euros conforme a licenciatura Estudo aponta disparidades nos salários médios dos licenciados. Diplomados da área da saúde são os que mais ganham no primeiro emprego. Curso superior ainde protege do desemprego Educação Samuel Silva A diferença de salários no primeiro emprego de dois jovens licenciados pode chegar aos 300 euros por mês. Tudo depende do curso superior que se tirou. É este o valor apurado a partir do rendimento médio de um diplomado na área mais bem paga, a da saúde, e o observado entre os que se formaram na área da agricultura, onde se encontram os vencimentos mais baixos no primeiro emprego. Os dados dizem respeito a 2009 e constam de um estudo lançado pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES). O relatório Empregabilidade e Ensino Superior em Portugal demonstra ainda que os jovens que frequentaram uma universidade ou politécnico ganham mais do que aqueles que não têm formação superior. Das oito áreas em que o estudo dividiu os licenciados, a da saúde é aquela onde estão os salários mais elevados para o primeiro emprego, ascendendo a 1252,57 euros mensais (média). Seguem-se as áreas das ciências, matemática e informática (1237,92 euros por mês, em média) e engenharia, indústria e construção (1172,47 euros). Trabalhos do sector das artes e humanidades são pior remunerados: a A3ES fala de um salário médio no primeiro emprego de 1010,35 euros por mês. Mas os salários são ainda menores para quem tirou licenciaturas que dão acesso a empregos nos serviços (986,88), atingindo o valor mais baixo para os diplomados em cursos ligados à agricultura. Estes últimos recebem, em média, 947,13 euros mensais, o que resulta numa diferença de 305,44 face aos colegas mais bem pagos no mercado. O estudo da A3ES recolheu dados ao longo de seis anos, tentando avaliar o impacto da entrada em vigor do Processo de Bolonha. E regista uma variação positiva: o salário mé- dio no primeiro emprego de um jovem com formação superior passou de 1070,38 euros, em 2003, para 1128,96, em 2009, um crescimento de quase 60 euros. Ao mesmo tempo, houve um crescimento superior (102 euros) do salário médio dos não-diplomados. Mas os licenciados continuam a ganhar mais: o vencimento dos não-diplomados no seu primeiro emprego não ultrapassa os 678,92 euros por mês. Ter um curso superior continua, de resto, a ser garantia de acesso mais facilitado ao mercado de trabalho e de obtenção de rendimentos superiores. Os diplomados do ensino superior presentes pela primeira vez no mercado de trabalho em 2009 auferiam, em média, uma remuneração superior em 40% à do conjunto dos portugueses que, nesse ano, também estavam a trabalhar pela primeira vez. Menos desemprego O relatório Empregabilidade e Ensino Superior em Portugal foi encomendado pela A3ES e realizado por uma equipa de investigadores do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa e do Centro de Investigações Regionais e Urbanas do Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade Técnica de Lisboa. Os autores analisaram diversos dados, para além do valor dos salários. E concluem que os licenciados estão a ser menos afectados pelo desemprego nos últimos anos do que os indivíduos sem formação superior. Apesar de pôr em causa a fiabilidade da informação (ver caixa), observaram, por exemplo, os dados relativos a desempregados registados nos centros de emprego, confirmando que há mais pessoas nessa situação com um diploma de ensino superior. No entanto, nota-se no relatório, não há um incremento equivalente do seu peso no total de desempregados inscritos, pelo que o aumento do total de diplomados inscritos não é mais do que o re- O mercado valoriza quem, tendo o ensino superior, tem graus académicos mais elevados Números do MEC colocados em causa A3ES propõe construção de um novo indicador de empregabilidade dos cursos O relatório da A3ES volta a pôr em causa a fiabilidade dos indicadores de emprego usados pelo Ministério da Educação e Ciência (MEC) como orientação para a definição de vagas das licenciaturas nos últimos dois anos. Depois das críticas dos responsáveis do sector, os autores do estudo vêm agora dizer que a informação fornecida por estes dados deve ser “cuidadosamente ponderada”. Por isso, propõem a construção de um indicador de empregabilidade harmonizado entre todas as instituições de ensino superior. Nas recomendações do estudo sobre a empregabilidade, a A3ES aponta a subsistência de “alguns problemas” com o indicador usado pelo MEC, pelo que aconselha que este seja “analisado com cautela”. “A sua utilização para efeitos de decisão sobre a organização da oferta de ciclos de estudos deverá ser cuidadosamente ponderada”, sublinha, acrescentando que o número de desempregados inscritos nos centros de emprego é uma informação administrativa que resulta de uma acção de quem decide inscreverse, não sendo uma amostra necessariamente representativa da população desempregada. Além disso, a informação nada diz sobre se os que estão empregados o estão em áreas relacionadas com a sua área de educação ou formação. Nos últimos dois anos, o MEC enviou às universidades e politécnicos um ficheiro contendo os indicadores de emprego de cada curso, determinando a redução da oferta nas formações com taxas mais elevadas de desemprego, o que veio a verificar-se sobretudo este ano. Os responsáveis das instituições têm posto em causa a fiabilidade dos dados existentes, criticando a opção da tutela. Para contrariar esse problema, a A3ES considera que “faz sentido desenvolver um esforço mais global de construção de um indicador de empregabilidade”. Este seria harmonizado entre todas as PÚBLICO, SEX 16 AGO 2013 | PORTUGAL | 7 Coimbra entra no ranking das 500 melhores universidades do mundo NELSON GARRIDO ENRIC VIVES-RUBIO Das oito áreas em que o estudo dividiu os licenciados, a da saúde é aquela onde estão os salários mais elevados para o primeiro emprego: 1252,57 euros mensais em média Seguem-se as ciências, a matemática e a informática (1237,92 euros) Nos recémlicenciados em agricultura, o salário médio é de 947,13 euros instituições de ensino superior, para que possa constituir “uma base credível para decisão de políticas públicas”. Recomenda-se ainda que as instituições de ensino criem rotinas internas que permitam monitorizar a empregabilidade dos seus cursos tendo em vista a racionalização da sua oferta, “para que ela possa, de facto, corresponder a necessidades do mercado de trabalho”, colaborando com as associações de estudantes, antigos alunos e serviços de apoio à empregabilidade e empreendedorismo. A A3ES recomenda, por fim, uma atenção à componente do autoemprego. flexo do aumento do desemprego. Além disso, a análise do desemprego dos diplomados do ensino superior efectuada com base nos dados do Inquérito ao Emprego do Instituto Nacional de Estatística revelou um perfil de evolução da taxa de desemprego dos diplomados e não-diplomados “relativamente distinta”. A taxa de desemprego entre os diplomados foi sempre inferior à dos não-diplomados, tendo essa diferença aumentado no período mais recente. Ou seja, “a taxa de desemprego dos diplomados não aumentou tanto quanto a dos nãodiplomados no contexto da actual crise”. Mais: entre os diplomados com ensino superior, verifica-se que aqueles que possuem graus mais elevados (mestrados, doutoramentos...) tendem a registar taxas de desemprego inferiores, sugerindo que há uma valorização por parte do mercado dessas qualificações adicionais. Ensino Superior Andreia Sanches Ranking de Xangai já integra quatro universidades portuguesas. A do Porto e a “Clássica” de Lisboa são as mais bem classificadas A Universidade de Coimbra entra pela primeira vez num dos mais conhecidos rankings de universidades do mundo. A Universidade de Lisboa (antiga “Clássica” que, recentemente, se fundiu com a Técnica) sobe na classificação. A Universidade do Porto e a Técnica de Lisboa mantêm as suas posições. O Ranking de Xangai 2013 foi ontem divulgado. Como lhe chama António Nóvoa, o ex-reitor da Universidade de Lisboa, este “é, de longe, o mais influente e badalado” ranking de universidades, apesar de todas a críticas que lhe são feitas. A edição de 2013 pode ser consultada no site http://www.shanghairanking.com/ARWU2013.html. O topo é, como sempre, dominado pelas universidades norte-americanas de Harvard, de Stanford e da Califórnia. O Massachusetts Institute of Technology (MIT) desceu uma posição em relação a 2012 e é agora quarto. A Universidade de Cambridge é a primeira europeia a aparecer — em 5.º lugar. Até à edição de 2011, havia neste ranking das 500 melhores do mundo apenas duas universidades portuguesas: Porto e Lisboa. Em 2012, entrou também a Técnica de Lisboa. Para este ano, António Nóvoa resume assim os dados mais significativos para Portugal: “A entrada, pela primeira vez, de Coimbra, e a subida, muito significativa, de Lisboa.” António Cruz Serra, recém-eleito reitor da Universidade de Lisboa, que agora integra a Técnica, congratulase com a melhoria do desempenho da instituição lisboeta e espera que “o Orçamento do Estado acompanhe esta melhoria”. Cruz Serra diz também que acredita que a universidade que resulta da fusão da “Clássica” e da Técnica vai subir, na próxima edição, mais de cem lugares na tabela e que “deverá ficar acima da melhor universidade espanhola”. Isto porque “o ranking contabiliza o conjunto dos investigadores” das duas instituições. “São boas notícias para o país.” A tabela publicada só discrimina as posições das instituições até ao lugar 100. A partir daí, coloca-as em Coimbra sofreu corte de 30% no orçamento nos últimos anos grandes intervalos. A Universidade do Porto (onde ninguém esteve disponível para comentar o ranking) e a Universidade de Lisboa aparecem ambas no intervalo 301-400 (no ano passado, o Porto já ocupava essa posição mas a “Clássica” estava no patamar abaixo, no 401-500). A Universidade de Coimbra e a Universidade Técnica de Lisboa estão ambas nos lugares que compreendem o intervalo 401-500. Dentro de cada intervalo, as universidades de um mesmo país aparecem por ordem alfabética. Ranking não reflecte cortes O reitor da Universidade de Coimbra, João Gabriel Silva, diz que a entrada no ranking era esperada, mais dia, menos dia, e que esta é uma óptima notícia. “Era o único grande ranking internacional em que não estávamos presentes.” Aproveita também para dar os parabéns à “Clássica” de Lisboa, pela melhoria do desempenho. E diz que estes dois factos — a entrada de Coimbra na lista e a melhoria de Lisboa — são ainda mais significativos quando o país atravessa “tantas dificuldades”. Deixa, contudo, um alerta: estes rankings resultam do trabalho feito pelas instituições há alguns anos. “Os efeitos dos cortes orçamentais impostos às universidades ainda não se reflectem aqui.” Dá um exemplo: um dos indicadores do Ranking de Xangai é o número de citações de artigos científicos de investigadores das universidades. O que significa que os artigos são publicados e só ao fim de alguns anos reúnem um número significativo de citações. Quanto mais artigos publicados, maior a probabilidade de haver um número relevante de citações. Ora, com a redução de financiamento que se tem imposto ao ensino superior, há o sério risco de se fazer menos investigação e publicarse menos. Em Coimbra, nos últimos três anos, o corte no financiamento público foi de cerca de 30%, diz João Gabriel Silva. “E todas as instituições são tratadas por igual, independentemente dos resultados que têm. Se toda a administração pública tivesse sofrido cortes desta ordem, já estávamos a pagar a dívida pública e não a aumentá-la.” Lembra, de resto, que os cortes começaram ainda em 2005, só que não só não eram tão “violentos”, como nessa altura ainda era possível encontrar fontes de receita nos contratos com empresas. Hoje, muitas empresas estão mais preocupadas em sobreviver, diz, do que em financiar projectos. O Ranking de Xangai começou a ser publicado em 2003 pela Universidade Jiao Tong, de Xanhai, China (que está no intervalo 151-200). Os avaliadores baseiam-se na análise de seis indicadores: número de ex-alunos com Prémio Nobel ou Fields Medals; número de professores distinguidos com os mesmos prémios; número de pesquisadores citados em 21 áreas de investigação das Ciências da Vida, da Medicina, Física, Engenharia e Ciências Sociais; artigos publicados na Nature e na Science; artigos internacionalmente referenciados; desempenho académico per capita. Muitos têm questionado a forma como os dados são recolhidos e convertidos em pontuação. Certo é que todos os anos mais de mil universidades são analisadas. E no ranking publicado só entram as 500 que melhor se saem. 8 | PORTUGAL | PÚBLICO, SEX 16 AGO 2013 PSD volta hoje ao calçadão de Quarteira com a festa do Pontal Na última semana do mês, PSD, PS e BE fazem universidades de Verão e o CDS opta por uma convenção autárquica para marcar a rentrée. PCP começa Setembro com a tradicional Festa do Avante! VASCO CÉLIO Partidos Maria Lopes e Nuno Sá Lourenço Este ano, não há medo nem estio que voltem a fechar os sociais-democratas num hotel de quatro estrelas de um parque aquático, como em 2012. Mas, sobretudo, há eleições a breve prazo. Por isso, o jantar em mangas de camisa e os discursos voltam hoje ao calçadão, um termo abrasileirado para a marginal de Quarteira, junto à praia, que há anos recebe a Festa do Pontal, vista como a rentrée política do PSD. Festa popular na rua, num local de férias também popular. No ano passado, Pedro Passos Coelho prometeu o fim da recessão para 2013, mas, mês após mês, todos os indicadores o contrariaram sucessivamente; falou num “alívio” para as famílias e desde então várias vezes anunciou mais medidas de austeridade. Esperase que, mesmo depois do crescimento de 1,1% do PIB no segundo trimestre anunciado anteontem, o primeiro-ministro tenha aprendido a ser cauteloso. Até Olli Rehn, o comissário europeu para os Assuntos Económicos, disse esperar que “não haja prematuras declarações de auto-elogios a sugerir que a crise acabou”, depois de conhecido o aumento do PIB da União Europeia em 0,3%. “Prudência” é a palavra de ordem. E a ideia de que os sacrifícios estão a ser compensados mas terão que continuar quando a troika for embora tem sido enfatizada pelo executivo. A que se soma o discurso do novo ciclo com enfoque no crescimento económico e no diálogo para a segunda fase da legislatura. E, claro, as incontornáveis eleições autárquicas, para as quais Passos já não está a “lixar-se”, como dizia em Julho do ano passado — pode ser que hoje se perceba qual o seu real nível de preocupação com esse primeiro escrutínio ao principal partido do Governo. Para além da festa que marca também o fim das férias de Passos Coelho no Algarve, o PSD organiza, daqui a dez dias (de 26 de Agosto a 1 de Setembro), a sua Universidade de Verão, 340 quilómetros mais acima, em Castelo de Vide. Além dos Depois da experiência do Pontal dentro de portas, a festa do PSD volta hoje ao calçadão da Quarteira membros do Governo, há no programa nomes fora da esfera socialdemocrata. Como o eurodeputado socialista Correia de Campos, que falará sobre a sustentabilidade da Segurança Social, ou o sociólogo António Barreto, para fazer “um retrato de Portugal”. Está previsto um jantar-conferência com o proprietário da Multiwave, empresa de tecnologia sediada na Maia e instalada também em San Jose, na Califórnia. O mesmo formato servirá para os participantes ouvirem o empresário Alexandre Relvas, vice-presidente da Logoplaste, que dirigiu a campanha presidencial de Cavaco Silva. Realce para o facto de não haver nomes ligados ao CDS-PP, parceiro de coligação. Fim-de-semana escaldante Do Governo, seguirá para Castelo de Vide uma mão-cheia de oradores com intervenções sobre as suas áreas de eleição, além de Pedro Passos Coelho, que encerra os trabalhos, no dia 1 de Setembro, a fechar um fim-desemana escaldante, com as rentrées também de PS, CDS e BE. Moreira da Silva, agora com a pasta do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, discursará sobre ambiente e energia. O ministro adjunto e do Desenvolvimento Regional, Poiares Maduro, vai debater a Europa. Carlos Moedas, secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, vai dar Dez Respostas Sobre o Programa de Ajustamento em Portugal. O programa, de uma semana, conta ainda com Pedro Reis, presidente da AICEP, o eurodeputado Paulo Rangel e Pedro Santana Lopes, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, antigo líder do PSD e antigo primeiro-ministro, que vai falar da sua experiência sobre Intervir no Social em Tempos de Crise. O parceiro de coligação terá um regresso aos holofotes mais discreto, preferindo celebrar a rentrée com uma convenção autárquica — o PS fez a sua em Junho, o PSD preferiu pôr a ideia de lado — para assinalar o facto de ter aumentado o número de municípios e de freguesias a que se candidata. O CDS-PP escolheu como base para essa convenção Matosinhos, concelho onde o partido concorre sozinho, com Manuel Maio à cabeça. Este ano, o BE também aderiu à moda das universidades de Verão. Para o Fórum Socialismo 2013, nos dias 30 e 31, os bloquistas convidaram dois socialistas — Pedro Delgado Alves, para um painel sobre adopção por casais com o mesmo sexo, e Paulo Pedroso, para discutir Um Ano a Querer Que Se Lixe a Troika — e um comunista, Carvalho da Silva, para intervir na sessão de abertura, denominada As Lutas Que Aí Vêm. Catarina Martins abre os trabalhos, João Semedo encerra. PS volta a Évora Os socialistas voltam a instalar-se em Évora, a 100 quilómetros do PSD, entre os dias 28 e 31, sob o lema Um Novo Rumo para Portugal. No PS, o lote de oradores não está ainda fe- chado, mas inclui já Edite Estrela, Ana Gomes, Capoulas Santos, Vital Moreira e Elisa Ferreira, Maria João Rodrigues e Gustavo Cardoso. Estão também dados como certos o economista da Universidade do Minho Manuel Caldeira Cabral e António Covas, um dos economistas convidados pelo Presidente da República para discutir o período pós-troika e as perspectivas de crescimento económico. Sobre Municípios Amigos das Pessoas e das Empresas, o PS convidou Anabela Pedroso, presidente do conselho directivo da Agência para Modernização Administrativa. No fim-de-semana seguinte, entre 6 e 8 de Setembro, os comunistas juntam-se na tradicional Festa do Avante!, com música, desporto, debates, uma homenagem especial a Álvaro Cunhal pelo centenário do seu nascimento e as intervenções políticas do secretário-geral Jerónimo de Sousa na abertura e no encerramento. com Rita Brandão Guerra PÚBLICO, SEX 16 AGO 2013 | PORTUGAL | 9 Mais um bombeiro morre no combate aos fogos florestais. É o 104.º desde 1980 Incêndios Ricardo Garcia Pedro Rodrigues combatia um incêndio florestal em Coutada, Covilhã. Foi traído pelo vento e ficou isolado dos colegas Mais um bombeiro morreu ontem a combater um incêndio florestal em Portugal. Pedro Miguel Jesus Rodrigues, 41 anos, foi a segunda vítima mortal entre bombeiros nos fogos deste ano e a 104.ª desde 1980. Estava a lutar contra um incêndio que deflagrara às 12h35 na freguesia da Coutada, concelho da Covilhã, e que até ao princípio da noite de ontem ainda não estava controlado. Entre um momento e outro, Pedro Rodrigues foi apanhado pelas chamas. Segundo alguns relatos, o bombeiro estava a tentar evitar que o fogo atingisse uma habitação — no combate a um incêndio, a prioridade é proteger pessoas e bens. Estava acompanhado por mais três bombeiros. Mas o vento traiu-o, deixando-o isolado. Não pôde fazer mais do que se enrolarsobre si próprio, no chão. “O bombeiro estava devidamente enquadrado por uma equipa, havia uma estratégia bem definida, mas houve uma alteração do vento que o separou dos colegas, que ainda lhe gritaram. Não conseguiu. São anormalidades que acontecem aos mais bem formados”, disse ao PÚBLICO Jaime Marta Soares, presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses. “É com profundo pesar que sentimos a perda de um companheiro, um bombeiro, um operacional de protecção e socorro”, lamentou a Autoridade Nacional de Protecção Breves Civil, num curto comunicado que não esclarece o que se passou em concreto. Desde 1980, morreram 217 bombeiros em Portugal enquanto estavam em serviço. Destes, 104 perderam a vida em incêndios florestais, segundo Duarte Caldeira, ex-presidente da Liga dos Bombeiros PorDesde 1980 morreram 217 bombeiros em serviço, dos quais 104 vítimas de incêndios florestais tugueses, que está a elaborar um estudo sobre o assunto. “O combate a um incêndio urbano é feito num espaço confinado. Um fogo florestal arrasta-se por várias frentes”, acrescenta. “Há alguma dose de imprevisibilidade.” Este ano, já são dois os bombeiros que morrem no combate a fogos. O primeiro morreu há cerca de duas semanas, depois de ter sofrido graves queimaduras num incêndio a 1 de Agosto. Jaime Marta Soares diz que um incêndio florestal “é um adversário terrível, que tem armas que um ser humano não tem”, mesmo se os bombeiros possuem, como os portugueses possuem, sublinha, todas as técnicas e conhecimentos para combater as chamas. Se atinge “zonas difíceis, uma alteração brusca de vento pode ser suficiente para um bombeiro ficar rodeado pelo fogo”, continua. Terá sido isso, diz, que aconteceu ontem na Covilhã. Também foi o que aconteceu no domingo, quando quatro bombeiros estiveram mais de uma hora cercados pelas chamas, em situação crítica, até serem resgatados. com Andreia Sanches Golegã Candidatura de Veiga Maltez recusada por tribunal O Tribunal Judicial da Golegã considerou inelegível a candidatura de José Veiga Maltez à assembleia municipal por um movimento independente, tendo o actual presidente da autarquia reclamado da decisão. “O tribunal deve ter feito alguma confusão entre o que é o poder executivo e o poder deliberativo”, disse à Lusa Veiga Maltez (PS). O tribunal justificou a decisão com o facto de se pretender “impedir que os políticos se perpetuem no poder executivo”. PUBLICIDADE Tenha o Sistema de Comunicações Mais Avançado da Atualidade! Aumenta a produtividade e elimina elevados custos mensais Seja operador de si próprio. 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Este critica o trabalho “tipo jardinista” do presidente Autárquicas à lupa (10) Inês Boaventura (texto) e Miguel Manso (fotos) São sete os candidatos à Câmara de Cascais, incluindo dois ex-vereadores do CDS que agora se apresentam como independentes, mas é na disputa entre Carlos Carreiras e João Cordeiro que todos os olhos estão postos. A troca de acusações entre o actual presidente da autarquia, que vai pela primeira vez a votos como cabeça de lista, e o antigo presidente da Associação Nacional de Farmácias começou cedo e promete manter-se acesa até ao fim da campanha eleitoral. Carreiras acusa Cordeiro de “falta de propostas, falta de estratégia e um completo desconhecimento do concelho”, enquanto o candidato socialista diz que o autarca socialdemocrata pouco mais fez do que promover “festas, foguetes e reuniões sociais”, num trabalho “tipo jardinista”. A guerra entre ambos já levou, aliás, à intervenção da Comissão Nacional de Eleições, que, na sequência de uma queixa da coligação Viva Cascais (PSD/CDS-PP), instaurou um processo de contra-ordenação contra o PS e três jornais pela publicação de um comunicado, por indícios de violação da lei eleitoral. Nesse comunicado, Cordeiro acusava a Câmara de Cascais e as suas empresas municipais de “assumirem dívidas violando flagrantemente, de forma reiterada, a legislação sobre compromissos de despesa pública”. E não se ficam por aí as críticas do candidato socialista, que já acusou o seu mais directo opositor de ser “a bengala autárquica do Governo” e de ter transformado a autarquia, a que preside desde que António Capucho suspendeu funções no início de 2011, na “maior empregadora de boys do PSD”. Questionado pelo PÚBLICO sobre os resultados do levantamento que tinha prometido fazer em torno dessa questão, João Cordeiro apontou de novo o dedo a Carlos Carrei- ras: “Infelizmente, e apesar das insistentes solicitações dirigidas ao presidente da câmara, temos ainda muito pouca informação sobre a política de emprego da Câmara de Cascais, bem como das empresas municipais”. Já o social-democrata até admite que o homem que foi presidente da Associação Nacional de Farmácias durante mais de três décadas “é um candidato forte”, mas logo depois acrescenta que “é um político experiente, embora sem grande sucesso e que se distinguiu na defesa dos seus próprios interesses”. Sendo públicas as divergências que houve no passado entre João Cordeiro e ilustres dirigentes e ministros socialistas (entre os quais Num concelho de fortes assimetrias, a corrida autárquica conta com três candidaturas à direita, o que pode dificultar a vida a Carlos Carreiras Ferro Rodrigues, que já criticou, aliás, a escolha feita pelo seu partido para a Câmara de Cascais), Carlos Carreiras aproveita para lançar uma farpa: “A candidatura assenta numa incoerência política e ideológica inultrapassável e que não faz justiça ao espírito e identidade do Partido Socialista”. Polémicas à parte, tanto Carreiras como Cordeiro elegem o emprego como prioridade número um. O primeiro diz que quer “continuar a criar cadeias de valor que gerem riqueza e postos de trabalho e que permitem que as pessoas fiquem em Cascais e que vivam em Cascais”, apostando ao mesmo tempo em “proteger os cidadãos em situações de maior dificul- PÚBLICO, SEX 16 AGO 2013 | PORTUGAL | 11 Autárquicas 2013 Acompanhe em www.publico.pt/autarquicas2013 dade”. O segundo, que se apresenta nos cartazes como “o líder que falta a Cascais”, garante que se focará no “apoio à internacionalização das empresas”, no “apoio no acesso aos fundos comunitários” e na “criação de uma estrutura dirigida para a fixação de novas empresas”, propósito para o qual “é fundamental e prioritária a construção do primeiro parque empresarial do concelho”. À presidência da autarquia concorrem ainda Clemente Alves (CDU), Cecília Honório (BE), Nuno Duarte (Partido Trabalhista Português) e dois ex-vereadores do CDS que agora se apresentam como independentes. Um é o dirigente centrista João Sande e Castro, que diz que entra na corrida porque Carlos Carreiras imprimiu no município “uma mudança de orientação com a qual não concorda”, e a outra é a advogada Isabel Magalhães, que conta com o apoio de peso de António Capucho. Carlos Carreiras, cujo resultado eleitoral não deixará de ser prejudicado por essa profusão de candidaturas, é particularmente crítico do fenómeno: “Não vejo nenhuma candidatura independente. Vejo, isso sim, políticos profissionais que usam a etiqueta ‘independente’ de forma higiénica, como purificador dos pecados de uma vida passada”, afirma, acrescentando lamentar que o seu antecessor na câmara “se tenha associado a este embuste democrático”. Já João Cordeiro, quando questionado sobre se uma eventual dispersão de votos à direita o poderá favorecer, garante que não olha a situação sob esse prisma, preferindo referir que, “neste período de dificuldades e de crise profunda, é importante que todos estejam disponíveis para servir o bem comum”. A Câmara de Cascais é governada desde 2001 por uma coligação PSD/ CDS, que alcançou resultados que oscilaram entre os 49,49% (em 2005) e os 53,04% (em 2001). Já o PS nunca conseguiu, nesse período, votações além dos 29,78%. A CDU tem eleito sempre um vereador, feito que o BE nunca alcançou. O Partido Trabalhista Português apresenta-se pela primeira vez a votos no concelho, tendo como cabeça de lista Nuno Duarte, mais conhecido como “Jel”, do grupo Homens da Luta. Numa entrevista recente, quando lhe perguntaram se ficaria como vereador caso fosse eleito, o humorista respondeu: “Sim, porque não? Não sei bem o que faz um vereador, se calhar vou ter de descobrir, mas se tiver os votos talvez sim”. Entre a baía de Cascais e o interior continua a haver dois mundos Reportagem Maria João Lopes Plano de Desenvolvimento Social identifica as assimetrias: o interior tem mais gente, mas no litoral concentram-se os equipamentos, transportes e poder de compra Vários jovens estão ao computador, alguns jogam damas com tampas de garrafas. É em São Domingos de Rana, a freguesia mais populosa do concelho de Cascais, que a Tese – Organização Não-Governamental para o Desenvolvimento tem a sede do projecto Orienta-te SDR-E5G. O objectivo é, entre outros, promover a inclusão socioprofissional de jovens entre os 14 e os 24 anos. Apesar de Cascais ser sobretudo conhecido pelo litoral, com os turistas, o forte poder de compra e os bons indicadores sociais, existe outro lado do concelho, o interior. Sara Almeida, coordenadora do projecto Orienta-te, conhece como a palma da mão essa realidade: “Há duas grandes freguesias no concelho de Cascais onde existe uma grande vulnerabilidade económica e social, São Domingos de Rana e Alcabideche. São as duas freguesias do Norte, onde existe maior concentração de habitação camarária e social”. E descreve: “São Domingos de Rana destaca-se, com o maior número de famílias apoiadas pelo Rendimento Social de Inserção e com um número crescente de famílias que recorre ao banco alimentar”, diz a socióloga, que trabalha no concelho de Cascais desde 2007. O diagnóstico está exposto no Plano de Desenvolvimento Social (PDS) de Cascais 2012-2015, elaborado pela Rede Social. No documento, são identificadas como ameaças as “assimetrias entre o litoral e o interior ao nível dos equipamentos, das acessibilidades e do ordenamento do território, com maior concentração de infra-estruturas nas freguesias do litoral, apesar do maior peso demográfico no interior”. O texto refere ainda a “grande assimetria espacial na distribuição socioeconómica da população concelhia” e a existência de “poucos pólos geradores de receita e emprego no interior”. Também é mencionada a “dificuldade na mobilidade de e para o interior”. Por oposição, no capítulo das oportunidades, o documento identifica, por exemplo, a “existência de um grupo significativo da população com capacidade económica elevada” e ainda a elevada qualificação da população. De acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística e da base de dados Pordata, 25,6% da população de Cascais têm ensino superior, mas este número não tem uma distribuição homogénea pelas freguesias. Jovens dinamizadores Basta fazer uma viagem de carro pelo interior do concelho até ao litoral para perceber a realidade descrita no documento: “Elevados graus de desigualdades sociais” no território, com precariedade DADOS ESTATÍSTICOS Cascais População 206.479 habitantes Desemprego 12,1% População com ensino superior 25,4% Pensionistas da Segurança Social 26,1% Fonte: Censos 2011 mais acentuada nas freguesias de Alcabideche e São Domingos de Rana. “Vê-se bem pelo tipo de construção e ocupação do espaço ao longo dos tempos que o litoral e o interior são muito diferentes. Havia muitas ocupações consideradas clandestinas, de populações que foram construindo casas e que entretanto as conseguiram regularizar”, conta Sara Almeida. Giorgia Consoli trabalha na Fundação Agakhan e vai coordenar um projecto, no âmbito dos Contratos Locais de Desenvolvimento Social, com financiamento da Segurança Social, que tem como objectivos a inclusão social, o combate às situações críticas de pobreza, sobretudo infantil, e à exclusão social em territórios vulneráveis. No caso, a zona seleccionada inclui os bairros das Faceiras e de Além das Vinhas. No Bairro das Faceiras, em São Domingos de Rana, já há projectos que estão a ser desenvolvidos pela própria população. A Associação Juvenil Kutuca, que funciona como atelier de tempos livres, é um exemplo. Lá dentro, a música sai bem alto das colunas de uma aparelhagem. Parece agradar sobretudo aos mais velhos, uma vez que os mais novos estão em correrias no pequeno espaço ao ar livre, em frente ao prefabricado. Ali são os jovens adultos, entre os 20 e os 35 anos, que tomam conta das crianças, entre os 5 e os 14, e que dinamizam, em regime de ATL e de voluntariado, actividades de teatro, dança, jogos e “mangueiradas de fato de banho”. Esta associação fez um inquérito aos moradores do Bairro das Faceiras e concluiu que o conjunto de pessoas nascidas em Angola, Cabo Verde e Moçambique tem “um peso importante”, que há um grande número de desempregados há mais de um ano e que muitas casas precisam de reparações. Verificou também que apenas “uma minoria” dos residentes tem estudos superiores, o que “contrasta” com outras zonas do concelho; e que há uma “grande insatisfação” no que toca a recursos de lazer, aspecto urbanístico e serviços de apoio a idosos. Entre São Domingos de Rana e em Alcabideche, passámos por vários bairros: Alcoitão, Brejos, Bairro 7 Castelos, Cruz Vermelha… Aos poucos, à medida que nos aproximamos do litoral de Cascais, o cenário começa a mudar: vivendas com jardim, condomínios de fachadas cuidadas e flores nas varandas. No centro histórico, o retrato é o habitual num dia de Verão: turistas a passear, malabaristas, uma ou outra cara conhecida da televisão nas esplanadas. Diogo Salgado, de 28 anos, está à porta do restaurante onde trabalha, no centro histórico. Agora vive no bairro de Matarraque, Parede, mas já viveu cinco anos em São Domingos de Rana: “As coisas aqui são muito diferentes”, garante. 12 | PORTUGAL | PÚBLICO, SEX 16 AGO 2013 “Se as pessoas forem autênticas, as coisas podem mudar de direcção” Dez adolescentes, um por dia, falam da escola, dos amigos, da relação com os pais e das coisas de que mais gostam — os videojogos, o surf, a música, as festas. E também dos seus quartos. E do significado que esse local tem para eles. Gonçalo Ferreira tem 17 anos, consome toda a cultura que pode e quer fazer teatro Adolescentes (5) Ana Cristina Pereira Quem o vê, todo encolhido, sobre o tapete, entre a cama e os livros, não o imagina a falar sobre liberdade, mas é nisso que fala primeiro. “Nunca tinha querido ser actor. Queria ser mais livre.” Está calor. Gonçalo Ferreira acabou de defender a prova de aptidão profissional e ainda tem o debate inteiro na cabeça. “Não sei exactamente por que fui [estudar interpretação na Academia Contemporânea do Espectáculo], mas agora percebo que não podia ter ido para outra coisa. Permitiu-me arranjar ferramentas que me ajudam a compreender-me, a compreender o mundo, a compreender a minha relação com [ele]. E que me dão inúmeras possibilidades de poder ser no futuro.” Quando era pequeno, gostava muito de fazer números para os avós. Punha-se a dançar, a imitar cantores, personagens que ia vendo na televisão. Há um vídeo de família algures neste apartamento, em cuja varanda antes se espreitavam jogos do Futebol Clube do Porto no Estádio das Antas e agora o olhar se perde num terreno descuidado e nalguns prédios descasados. Estava perdido num labirinto de possibilidades. Falaram-lhe naquele curso, que dá equivalência ao 12.º ano. “Andamos sem equilíbrio, quase. Assumimos papéis. Contigo sou uma coisa, com outra pessoa sou outra coisa. Na academia, essa fragmentação passou a fazer sentido. Agora, consigo encontrar uma unidade.” Na parede, por cima da escrivaninha, há um verso de Álvaro de Campos: “Sentir tudo de todas as maneiras.” Ele identifica-se com esse poema, que prossegue assim: “Quanto mais personalidade eu tiver, /Quanto mais intensamente, estridentemente as tiver, /Quanto mais simultaneamente sentir com todas elas, /Quanto mais unificadamente diverso, dispersadamente atento, / Estiver, sentir, viver, for, /Mais pos- suirei a existência total do universo, /Mais completo serei pelo espaço inteiro fora.” Vê-se como alguém capaz de sentir tudo. E vê-se como alguém que se deixa abater pelo cansaço e que fica tristíssimo. Talvez ser adolescente seja isso. Talvez essa inconstância seja, afinal, constância. Os pais nunca se esquecem de que ele só tem 17 anos. Impõe-lhe regras e horários. Não dormem se não estiver dentro de casa, de preferência no quarto que divide com a irmã, de 11. “Aceitam que saia de vez em quando, mas ficam demasiado tensos ou preocupados e pensam que sou egoísta por chegar à 1h.” Adora os pais — secretária, ela, trabalhador por conta própria no ramo do mobiliário, ele. Está convencido de que tudo fazem para o ver feliz, e talvez o gosto pelas histórias lhe venha dela, da mãe. Até as fantásticas aventuras de Harry Potter, escritas pela britânica J. K. Rowling, lia por ele. “Ela lia os livros e contava-me as histórias e eu ia ver os filmes. Chegou a uma altura que eu disse: ‘Não! Eu tenho de ler!’ E li os livros todos de uma vez.” Não lhe chamem hipster Talvez nenhum livro lhe agrade tanto como Memorial do Convento, de José Saramago. “É mesmo o livro que mais me diz, que mais me toca.” Delicia-se com a dimensão social e política que a obra encerra, com o modo como o divino entra no quotidiano das personagens, com a sensibilidade, a beleza de tudo aquilo: Blimunda Sete-Luas, Baltazar Sete-Sóis. Haverá algo maior do que o desejo de viver um amor que não cede aos cansaços do tempo? “Ela ver a vontade de Baltazar e a dizer: vem. É muito bonito. É cheio. Não sei. Eu gosto muito.” Há muitos livros nesta metade de quarto — a fronteira com a metade destinada à irmã marca-se com um biombo, ao qual tantas vezes se encosta, de livro na mão. Lia apenas literatura juvenil antes de entrar na academia. Foi por influência de professores e colegas que começou a ler literatura sem mais. E não vale procurar uma unidade nos títulos sobrepostos que não a que Gonçalo resume numa frase: “Gosto de livros que me fazem pensar tocando-me.” Também gosta de música. Gosta de vozes fortes, como Amália Rodrigues, Edith Piaf, Jacques Brel. E gosta de teatro, de cinema, de artes plásticas. Vê tudo o que pode. “Vou mais ao teatro. Ao cinema vou menos do que aos museus. Gosto de museus. O cinema é caro. Quando não tenho dinheiro, não vou. Fico a ler ou a ver um filme em casa.” Nas paredes, imagens, artesanato, texto. E frases escritas a caneta, com uma letra muito direitinha. “Tendo a memória um impacte tão grande na minha vida, o que está nas paredes tem que ver com isso. Tenho uma necessidade grande de me agarrar às memórias, de não as deixar ir, de as querer comigo.” Não lhe chamem hipster (subcultura que tende a marcar a diferença através do vestuário vintage, as combinações cromáticas controversas, a aversão à cultura mais comercial), que ele não gosta. Diz logo que não lê para citar. Nem se veste de modo diferente para afirmar a sua diferença. Fá-lo pelo apego às memórias — gosta de usar roupas e calçado dos pais e dos avós — e pela sensação de que é só um miúdo, um miúdo demasiado pequeno para as roupas que usa. Entre os tesouros guardados no quarto, duas bonecas. Uma está nova: “É muito parecida com a minha melhor amiga — loura, cabelo supercomprido, olhos verdes gigantes. Tenho-a pela piada. É como se ela estivesse sempre aqui.” A outra é antiga. A mãe deu-lha às escondidas, era ele pequenino. “A boneca parecia uma pessoa. Tinha a boneca e o Action Man. Talvez isso tenha feito de mim um rapaz mais sensível. Na idade da minha irmã, lia Sophia de Mello Breyner Andresen.” Às vezes, há briga neste lugar de intimidade limitada pela partilha. “É o típico conflito de irmãos.” Uma protesta: “Se o Gonçalo faz, por que não posso fazer?!” O outro protesta: Gonçalo divide o quarto com a irmã de 11 anos. A fronteira é traçada por 25,4% dos adolescentes vêem quatro ou mais horas de televisão por dia 60,7% vêem entre uma hora e três horas de TV por dia Fonte: Health Behaviour in SchoolAged Children/Portugal, OMS “Ah! Quando tinha a idade dela não me deixavas fazer isto!” São muito diferentes, ao que diz Gonçalo. “A minha irmã vê muita televisão. Passa muito tempo no computador. Eu sinto que alguém devia ir lá desligar o televisor e dizer: ‘Já chega! Há outras coisas na vida. Olha o sol, que bonito!’ Irrita-me profundamente, nas festas de anos, vê-los sentados a ver um filme ou a tirar fotografias com a webcam. A sério! A sério! Depois percebo que também tive essa fase. Mas acho que tenho personalidade, duvido, questiono, e que ela não.” Não, não sabia o que fazer da vida naquela idade. Agora sabe — ou acha que sabe. Na academia, descobriu o gosto pela performance, pelo teatro. “Saio com vontade de marcar o meu território, de afirmar as minhas ideias, os meus ideais. Interessa-me fazer um teatro que parta de mim e de colegas meus, do nosso viver, PÚBLICO, SEX 16 AGO 2013 | PORTUGAL | 13 “O espaço de consumo é, sobretudo, um espaço da construção das comunidades de gosto” Claudino Ferreira professor DATO DARASELIA Publicidade influencia menos do que recomendações dos amigos O que dizem os estudos e os especialistas sobre temas que marcam a adolescência? Hoje fala-se de consumos culturais A um biombo. Do seu lado, abudam os livros da nossa experiência. Sinto que a geração dos meus professores faz um teatro que já não cumpre as necessidades da minha geração. Toca em coisas completamente universais, mas falta qualquer coisa que é muito de agora.” O quê? “É uma subtileza.” Muitos, na idade dele, estão a tentar entrar no ensino superior. Ele não. Pelo menos por enquanto, não vai por aí. Não fala em ser um rosto conhecido, fala em ter lugar. “Interessa-me ter lugar, ter oportunidade de fazer. Não é fácil começar a fazer teatro aos 17, 18, 19, 20 anos. Temos de ter alguém mais velho a dirigir. Se eu disser ao António Capelo [actor, encenador e director da ACE] que quero fazer teatro sozinho, com os meus amigos, ele vai dizer-me: ‘Estás todo tolo?!’ Vou errar muito, eu sei, mas sinto que tem de ser. Para chegar a algum lado, tem de ser.” Chegar a algum lado nessa busca por uma forma de expressão própria. O estado da nação assusta-o, apesar desta vontade de desbravar. “Isto está mesmo mal. Recebi uma proposta para um festival em Lisboa. Pagavam-me as despesas. Fui investigar. Era um festival apoiado por partidos políticos. Não vou. Não me interessa. Não quero mostrar o meu trabalho com bandeirinhas atrás. Alguns colegas meus vão. Dizem que temos de mostrar trabalho. Tenho outros que vão a outro sítio e que não vão ser pagos. A cultura é paga. Nós também precisamos de viver. Não podemos trabalhar só para mostrar trabalho. Não nos podemos deixar levar pelos abusos.” Tem esperança, apesar de tudo. E esperança é combustível. “Acho que, se as pessoas forem autênticas, se se afirmarem, se forem fiéis aos valores que defendem, ainda por cima neste momento particular, as coisas podem mudar de direcção.” oferta cultural é heterogénea. Aquilo de que usufruem os adolescentes está muito associado ao convívio. “O espaço de consumo é, sobretudo, um espaço da construção das comunidades de gosto”, diz Claudino Ferreira, professor auxiliar da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra. Ao longo das últimas décadas, por todo o país, aumentou o consumo de bens culturais e recreativos. A idade, o género e o orçamento disponível condicionam os hábitos de cada um. Na adolescência, o acesso à cultura é também muito determinado pelo que está mais próximo. “A publicidade é menos influente do que as recomendações dos amigos”, explica o investigador do Centro de Estudos Sociais, dedicado às práticas e políticas culturais. A música marca a passagem da infância para a adolescência. As crianças tendem a ouvir pouca música, os adolescentes muita. E a identidade que se forma não tem só que ver com o que cada um ouve, mas também com o que vem com isso — a indumentária, a atitude, a forma de estar no mundo. Nos anos 1980, elucida o sociólogo Pedro Quintela, “a dificuldade de acesso gerava uma ligação mais forte e mais duradoura”. A indústria discográfica decidia o que era editado; e rádios, televisões, revistas e jornais o que chegava ao grande público. Havia toda uma espera. “O consumo era mais dilatado. Na era da Internet, os ciclos são muito curtos. E isso tem grande impacte nas culturas juvenis.” Não existe, explica a socióloga Paula Guerra, grandes condições para fortes vinculações. Reina a “fast music”, traduzível por música rápida. Quer isto dizer que vai faltando tempo para a “idolatração comum na adolescência”, que tende a invadir as paredes dos quartos. Reveladora parece-lhe ser “a reacção das gerações mais jovens a determinados hypes”. Hype deriva de hipérbole, significa promoção desmedida — de uma pessoa, de uma banda, de um estilo qualquer. De repente, exemplifica Pedro Quintela, da consultora Quaternaire Portugal, há uma série de sítios na Internet a falar na mesma coisa. “Em seis meses, pode haver um boom. O estilo seca. Tem necessidade de se renovar, porque deixou de ser underground ou fresco.” Os dois investigadores, que fazem parte do projecto Keep it simple, make it fast! Prolegómenos e cenas punk, um caminho para a contemporaneidade portuguesa (1977-2012), identificam a mesma tendência para uma relação supérflua com a música. Hoje, um adolescente ouve um estilo, veste-se de uma maneira. Daqui a uns meses, ouve outro estilo, veste-se de outra maneira. A velocidade com que tudo pode mudar ajuda as famílias a aceitarem os estilos mais extravagantes. “Há 30 anos, era complicado aparecer com um moicano, com alfinetes”, torna Paula Guerra. “Hoje, [um estilo destes] já não gera uma reacção tão grande, já é normal ser diferente.” Não foi só o mundo que se tornou mais diverso. As relações familiares também se alteraram, aponta Luís Fernandes, professor auxiliar da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto. Tornaram-se menos hierarquizadas, mais igualitárias. O tempo da velocidade é também, de certo modo, o da desmaterialização. Ao estudálo, Paula Guerra percebe uma espécie de resistência. Assistese “a um regresso ritual do objecto físico” — do vinil, da cassete, do cartucho. Encontrou até indícios, num grupo muito restrito, de “desacelaração do consumo de música”. “Há sempre uma visão nostálgica”, corrobora Luís Fernandes. E isso, diz Pedro Quintela, nota-se de várias formas. Um exemplo: até ao início de 2000, havia muitas fanzines editadas em suporte de papel; a partir dessa data, apareceram as e-fanzine. Desde 2009, ressurge o papel. Quando tudo parece escorrer entre os dedos, as pessoas querem “algo que seja único, que possam agarrar”. Ana Cristina Pereira REUTERS/VIVEK PRAKASH 14 | LOCAL | PÚBLICO, SEX 16 AGO 2013 Visita a fábricas gera grande interesse no município mais pequeno do país Já se perspectiva a criação de uma rede nacional de turismo industrial a partir dos bons resultados de São João da Madeira. Circuitos pelo Património Industrial no concelho já têm três mil clientes/mês e dão lucro ADRIANO MIRANDA Turismo Sara Dias Oliveira É a última visita deste Agosto. Teresa Cardoso, educadora de infância de Gondomar, sai da fábrica da Viarco, em São João da Madeira. E sai satisfeita. “Muito surpreendida, não fazia a mínima ideia de como se faziam os lápis. Acompanhámos o processo nesta fábrica-museu.” Ficou a pensar nas palavras que ouviu ao gerente da única fábrica que produz lápis no país. “Lembrou-nos que por detrás de um produto estão funcionários com nomes, sublinhou o valor do trabalho, e mostrou-nos como visitar a Viarco é regressar à nossa infância.” Quem é que nunca teve um lápis feito aqui? Em Fevereiro do ano passado, São João da Madeira arrancou com um roteiro turístico para mostrar o que tem de melhor nos modestos oito quilómetros quadrados do concelho. Os Circuitos pelo Património Industrial nasceram para mostrar seis fábricas em laboração e três instituições em actividade. A Fepsa, líder mundial na produção de feltros para chapéus, a Cortadoria Nacional de Pêlo, que transforma pêlos de animais em matéria-prima para a chapelaria e o vestuário, a Helsar, que faz sapatos de senhora de alta qualidade, são outras fábricas que abrem as portas aos turistas. Tal como a Evereste, a fábrica que produz os sapatos para homem concebidos pelo estilista Miguel Vieira, ou a Heliotêxtil, que é especialista em etiquetas de tecido. Destes circuitos fazem ainda parte o Museu da Chapelaria, o Centro de Formação da Indústria do Calçado e o Centro Tecnológico do Calçado de Portugal. É o primeiro roteiro nacional organizado que propõe visitas a empresas em plena laboração. Conceição Silva também é educadora de infância, mas em Santa Maria da Feira. Visitou a Viarco e prepara-se para conhecer o Museu da Chapelaria. “É uma óptima iniciativa, uma oportunidade única de conhecermos processos industriais. Penso que ninguém imagina que o lápis passa por tantas fases e que pode demorar três meses até ficar pronto”, comenta. Ficou com vontade de regressar com a sua escola. “A visita sensibiliza-nos para a utilização que damos ao lápis e para a importância MANUEL ROBERTO de usarmos produtos nacionais.” Os Circuitos pelo Património Industrial chegaram a Junho com 17.475 visitas, quando no ano anterior, de Fevereiro a Dezembro, esse número rondou os 14 mil. Em meio ano, mais visitas do que em 11 meses e uma média de 3000 visitas por mês. Além disso, o projecto atingiu o equilíbrio financeiro e o fiel da balança até pende ligeiramente para o lado dos proveitos: 15.392 euros de receita contra 15.108 euros de despesa. “Desde o início do ano que os proveitos suplantam ligeiramente os custos e, portanto, o projecto não custa dinheiro aos contribuintes”, nota o presidente da Câmara de São João da Madeira, Ricardo Figueiredo. Mas não é esse o principal objectivo do roteiro, que também foi criado para colocar São João da Madeira no mapa turístico nacional e melhorar a motivação e auto-estima de trabalhadores e de empresas. Para Ricardo Figueiredo, este projecto vive por si só por ADRIANO MIRANDA Os lápis da Viarco, os sapatos da Helsar e os chapéus da Fepsa são algumas das estrelas do Património Industrial de São João da Madeira uma razão simples: tudo faz sentido. “É a indústria que temos para mostrar em São João da Madeira. É um produto realmente genuíno e mostrá-lo é prestar um serviço público.” Se as receitas superam as despesas, a tabela de preços poderá ser reajustada, ou seja, os preços das visitas podem descer. Neste momento, e conforme o número de visitantes e escolha de sítios a ver, os valores variam entre os dois e os dez euros por pessoa. Os maiores custos operacionais prendem-se com os guias que receberam formação específica. Há uma bolsa de 12 guias para as visitas às empresas em laboração, que rondam os 45 minutos, por entre trabalhadores e maquinaria. Os guias fazem visitas guiadas em várias línguas. Português, inglês, francês, espanhol, italiano e alemão são as possibilidades. A maioria dos clientes dos Circuitos chega do Norte de Portugal, mas também há turistas da Bélgica, Coreia do Sul, França, Inglaterra, Suíça, e vários países da América do Sul. Mais de 80% das visitas são de escolas, do 1.º ciclo ao ensino superior. “Este projecto tem uma vocação educativa e formativa muito interessante”, realça o autarca. A Viarco é a empresa mais procurada, com 6447 visitas no primeiro semestre do ano, seguida do Museu da Chapelaria, com 3459. Este roteiro turístico representou um investimento de 600 mil euros, comparticipados a 80% pelo programa ON.2 Novo Norte. PÚBLICO, SEX 16 AGO 2013 | LOCAL | 15 Ex-Scut entraram no Verão a perder em média mais de 6700 viaturas por dia 17.475 pessoas visitaram de Janeiro a Junho de 2013 os Circuitos pelo Património Industrial de São João da Madeira Breves Um roteiro prestes a abarcar o Norte e Sul do país São João da Madeira quer alargar a oferta até ao final do ano e já está a tratar disso. A lógica temática será mantida. O circuito das etiquetas será reforçado com a entrada da Bulhosas, empresa especializada em etiquetas de papel e autocolantes. O roteiro terá ainda um circuito dedicado ao fabrico do colchão, com as empresas Flexipol que produz as espumas, Flexitex que fabrica os tecidos e Molaflex que faz o produto final. E o Núcleo Museológico do Calçado, que está em obra na cave da torre da Oliva (reconvertida em Oliva Creative Factory), também entrará em cena. “Não será um núcleo museológico cristalizado no tempo. Irá lembrar o passado, mas também apresentar o presente e perspectivar o futuro do calçado”, adianta Ricardo Figueiredo. O projecto são-joanense não está a passar despercebido no país. No final do ano passado, foi criado um grupo de trabalho, coordenado por São João da Madeira, que prepara a criação de uma rede de turismo industrial a nível nacional. A rota do mármore está debaixo de olho, em Vila Viçosa. O Museu Vista Alegre e a Cencal – Centro de Formação Profissional para a Indústria Cerâmica, com pólos nas Caldas da Rainha, Marinha Grande e Alcobaça, também estão dentro do projecto. Para já, São João da Madeira gos- taria de ver o roteiro alargado a concelhos vizinhos, para abranger a indústria da cortiça de Santa Maria da Feira e o sector dos moldes de Oliveira de Azeméis – municípios que, aliás, fazem parte do grupo de trabalho. Hermínio Loureiro, presidente da Câmara de Oliveira de Azeméis, considera que faz todo o sentido “dar escala ao projecto de uma forma concertada”. “A região do Entre Douro e Vouga tem enormes potencialidades nessa matéria”, garante. Só no seu território, há muito para mostrar. O autarca destaca o sector dos moldes, a indústria alimentar do arroz, do leite, manteiga e iogurtes, bem como a produção de panelas e tachos, passando pelo berço vidreiro que já ensina a fazer peças de vidro. Teresa Vieira, vereadora do Turismo da Câmara da Feira, também está atenta e já há contactos para incluir fábricas de cortiça no roteiro industrial – até mesmo numa perspectiva de potenciar o enoturismo. Mas não só. A indústria do papel, com fábricas em laboração, e o Museu do Papel Terras Santa Maria estão já à porta do projecto. Assim como a metalurgia, com tradição na Feira. “Gostaríamos de acrescentar a indústria de puericultura, algo pioneiro no concelho e até mesmo no país”, revela Teresa Vieira. Mas tudo “dependerá do interesse das próprias indústrias e das características da produção”, diz. Fiscalização GNR vai estar atenta a motos e não só A GNR vai estar na estrada entre hoje e domingo para fiscalizar motociclos, ciclomotores, triciclos e quadriciclos, com 2223 militares a controlar velocidade, nível de álcool no sangue, uso de capacete, entre outros aspectos. Segundo a GNR, a operação, que decorrerá em todo o território nacional, vai centrarse sobretudo nas vias mais utilizadas por este tipo de veículos “e onde existe um risco acrescido de acidente”. Acidente Despiste fez um morto e um ferido O despiste de um motociclo na Estrada Municipal 607, ocorrido ontem na freguesia de Souro Pires, concelho de Pinhel, causou a morte do condutor do veículo e ferimentos graves noutra pessoa que seguia no lugar do “pendura”, informou o Comando-Geral da Guarda Nacional Republicana. O acidente ocorreu pelas 15h45, numa recta, precisou a mesma fonte, sem adiantar mais informações. Auto-estradas As concessões Beira Interior (A23), Interior Norte (A24) e Beiras Litoral e Alta (A25) foram aquelas que mais utentes perderam As ex-Scut entraram no Verão a perder mais de 6700 viaturas por dia, indica o relatório do Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT) sobre o movimento do segundo trimestre de 2013. As sete antigas concessões sem custos para o utilizador (Scut), portajadas entre Outubro de 2010 e Dezembro de 2011, registaram no total uma quebra superior a 6700 viaturas no tráfego médio diário (TMD) entre Abril, Maio e Junho deste ano. No primeiro trimestre, comparando com igual período de 2012, essas quebras tinham rondado, contudo, as dez mil viaturas por dia. Em termos médios, nas sete exScut e nos três meses agora analisados, a quebra no TMD rondou os 8%, segundo cálculos com base no relatório de tráfego na Rede Nacional de Auto-Estradas (RNA). É que há um ano, no total e neste mesmo período, estas vias foram utilizadas todos os dias por 87.806 viaturas, número que entre Abril e Junho de 2013 caiu para 81.030. As quebras diárias deste ano, face ao segundo trimestre de 2012, foram lideradas pelas concessões Beira Interior (A23), Interior Norte (A24) e Beiras Litoral e Alta (A25), respectivamente com menos 1040 (-16,7%), 501 (-12,1%) e 1010 (-11,3%) viaturas Via do Infante e A28 foram as que perderam menos clientes por dia, em média. Já as concessões Costa de Prata (Aveiro) e Grande Porto registaram uma diminuição de tráfego de 7,8% (menos 1581 viaturas por dia) e de 7% (menos 1480 viaturas por dia), respectivamente. Na Via do Infante (A22) e na A28, entre Viana do Castelo e Porto (Norte Litoral), a quebra foi mais reduzida, respectivamente de 4,6% e 4,2%, correspondente a menos 336 e 828 viaturas por dia, quando comparado com o segundo trimestre de 2012. Na globalidade das 15 concessões nacionais (entre as quais as sete antigas Scut) avaliadas neste relatório, os dados do IMT apontam para uma quebra média, ponderada, de 4,4% no TMD do segundo trimestre de 2013. As auto-estradas da rede Brisa registaram quebras de 3,3%, no mesmo período. Lusa PUBLICIDADE Condicionamentos de Tráfego CONCESSÃO DA GRANDE LISBOA | A16 Helder Guerra da Veiga Pinto Camelo Faleceu A família participa o seu falecimento e que o funeral com missa de corpo presente se realiza hoje, sexta-feira, pelas 14,30 horas na Igreja de Cristo Rei, onde se encontra depositado, seguindo depois para o cemitério de Agramonte. A missa de 7º dia, será rezada na próxima quinta-feira, dia 22, pelas 19 horas, na mesma Igreja. Agência Funerária da Boavista– Servilusa A Ascendi informa que serão implementados, no âmbito de trabalhos de manutenção e beneficiação, os seguintes condicionamentos de tráfego: NÓ DA CREL 19 de Agosto a 15 de Setembro - Serão efetuados, de modo faseado, cortes de via, mantendo-se todos os ramos, entrada e saída, em funcionamento. SUBLANÇO NÓ DO CACÉM-NÓ MIRA SINTRA 19 de Agosto a 30 de Outubro - Será efetuado um corte de via direita sentido Cacém-Mira Sintra, junto à área de serviço. A realização destas obras é da responsabilidade da Ascendi, que se encontra disponível para esclarecimentos adicionais através da Linha de Assistência e Informação - 707 221 221. Ciente de estar a trabalhar para a melhoria da qualidade de circulação, a Ascendi agradece desde já a compreensão de todos os condutores para os incómodos que estes condicionamentos venham a causar. www.ascendi.pt 16 | ECONOMIA | PÚBLICO, SEX 16 AGO 2013 Apoios do Proder ao sector agrícola já somam 3900 milhões de euros Programa de apoio ao desenvolvimento rural já assumiu compromissos com projectos que, no total, representam um investimento de cerca de 6,7 mil milhões de euros para modernizar o sector RUI GAUDÊNCIO Agricultura José Manuel Rocha Depois de um ciclo de dificuldades que fez atrasar ou suspender mesmo os pagamentos aos agricultores por causa das dificuldades financeiras do Estado, o plano de apoio ao desenvolvimento rural (Proder) regressou a um padrão de normalidade e terminou o primeiro semestre deste ano com 32 mil projectos aprovados que totalizam um apoio público de 3,9 mil milhões de euros. Ao contrário das ajudas directas às explorações, que chegam directamente dos cofres de Bruxelas e que visam suportar o nível de rendimento dos agricultores, os apoios do Proder têm como objectivo promover o investimento no sector e manter a sustentabilidade do mundo rural, e vigoram num plano plurianual — neste caso, 2007/2013. Mas enquanto as ajudas directas não têm qualquer comparticipação pública — o que chega de Bruxelas é entregue por inteiro ao agricultor —, no caso do Proder é, primeiro, exigido que o candidato ao apoio suporte uma parte do investimento e, depois, que o Estado assuma também uma comparticipação percentual no projecto. Por isso é que os 3,9 mil milhões de euros de apoios públicos já contratados correspondem, globalmente, a um investimento total de 6,7 mil milhões de euros no quadro de acções que estão previstas no programa. Despesa quase esgotada O último balanço divulgado pela autoridade que gere o Proder mostra, aliás, que a despesa pública programada para o período que arrancou em 2007 e termina este ano está praticamente esgotada. A programação financeira do plano apontava para um gasto público de 4,3 mil milhões de euros (verbas europeias mais a comparticipação do Estado), estando já assumidos compromissos de 3,9 mil milhões de euros. Apesar da elevada taxa de celebração de compromissos, o nível de pagamentos do Estado aos agricultores (a chamada taxa de execução) é ainda de 66%. Ou seja, foram liqui- dados cerca de 2,8 mil milhões de euros, dos quais 2,3 mil milhões são provenientes do fundo europeu de apoio ao desenvolvimento rural. Este relativo desfasamento entre a assunção de compromissos e o seu pagamento é natural porque as regras do plano implicam que a libertação do apoio aconteça à medida que o investimento é feito, para evitar situações de fraude e garantir que o dinheiro é concedido a um projecto que, de facto, está a andar. O Proder funciona na base de cinco eixos fundamentais de actuação. O primeiro, e mais importante, é o 66% Os valores pagos aos agricultores estão perto dos 3000 milhões de euros, o que significa uma taxa de execução de 66% O regadio tem apoios específicos do programa de desenvolvimento rural Proder Níveis de execução trimestral, em % Repartição dos apoios, em milhares euros 80 4.484.783 70 66 Promoção da competitividade 60 654.220 50 Dinamização das zonas rurais 40 1.404.062 Total 6.767.265 30 20 Gestão sustentável do espaço rural 145.285 Promoção do conhecimento 10 0 78.915 DM J S DM J S DM J S DM J S DM J S DM J 2007 2008 Fonte: Proder 2009 2010 2011 2012 2013 Assistência técnica da promoção da competitividade do sector e já tem comprometidos projectos que representam um investimento total (privado e público) de cerca de 4,5 mil milhões de euros. Neste eixo incluem-se investimentos na modernização e capacitação das empresas, instalação de jovens agricultores (quase 800 milhões de euros), desenvolvimento do regadio, apoio à silvicultura e outros. O segundo eixo em termos de importância é o da gestão sustentável do espaço rural, em que se incluem acções como a conservação e o melhoramento dos recursos genéticos, a valorização ambiental dos espaços florestais e o ordenamento e recuperação dos povoamentos rurais. A dinamização das zonas rurais é outro dos enfoques do Proder, entrando aqui as acções que visam a diversificação de actividades nas explorações agrícolas, o desenvolvimento de actividades turísticas e de lazer, serviços básicos para a população rural e implantação de redes de banda larga no espaço agrícola. Há ainda apoios para acções na área da formação especializada, cooperação para a inovação sectorial, serviços de apoio às explorações agrícolas e para a criação e funcionamento de redes temáticas de informação e divulgação. PÚBLICO, SEX 16 AGO 2013 | ECONOMIA | 17 Breves Redução nos dividendos leva a corte no rating da Portugal Telecom Dados do PIB fazem descer juros da dívida ANTONIO BORGES Mobiliário Ikea alerta para problema em camas para crianças A Ikea alertou ontem os clientes de vários países, entre eles Portugal, para um defeito existente em dois modelos de camas para crianças e pediu para contactarem a empresa para levantarem um kit de reparação. A Ikea precisa que os modelos se chamam Kritter e Sniglar. Citada pela AFP, Anna Pikrona Godden, uma porta-voz do grupo, disse que foram vendidas cerca de 10.000 camas nos países escandinavos, mas não há ainda números relativamente a outros países, como Portugal. Informática Cisco vai extinguir quatro mil postos de trabalho A Cisco Systems, o maior fabricante de tecnologia de redes informáticas do mundo, vai cortar 4000 postos de trabalho, cerca de 5% da sua força laboral, devido à incerteza do ambiente económico global, que pode afectar as vendas dos seus produtos. A recuperação depois da crise “é mais contraditória e inconsistente do que outras que vi”, afirmou ontem o presidente e conselheiro delegado da empresa norteamericana, John Chambres, em conferência telefónica para análise de resultados financeiros. Mercado Financiamento Agência norte-americana Fitch cortou a notação de risco da operadora portuguesa e manteve o outlook negativo Taxas no mercado secundário estiveram ontem em queda em todas as maturidades, mas ainda acima dos valores de Julho A agência de notação financeira Fitch anunciou ontem que baixou o rating da Portugal Telecom de BBB para BBB- depois de a operadora de telecomunicações ter anunciado corte dos dividendos para 2013 e 2014 e manteve o outlook negativo para a companhia. A PT, que apresentou resultados semestrais na quarta-feira, anunciou que no dia 13 de Agosto o conselho de administração, liderado por Henrique Granadeiro, aprovou a alteração da sua política de remuneração accionista para 2013 e 2014, cortando o dividendo de 32,5 cêntimos para dez cêntimos. Em comunicado, ontem divulgado na sua página electrónica, a Fitch adianta que a redução da notação financeira tem em conta “as expectativas associadas aos dividendos da PT, à evolução da Oi no Brasil, que está actualmente em mudança, bem como o tempo longo para repatriar os dividendos da Unitel”. A Fitch considera que o corte dos dividendos em quase 70% “fornece alguma compensação” e o “respeito da administração” pelos interesses de que quem detém obrigações, mas isso é “insuficiente para travar a alavancagem da empresa. A agência de rating aponta ainda que o resultado doméstico antes de impostos, juros, amortizações e depreciações (EBITDA) pode vir a cair este ano, dado o contexto económico, embora acrescente que a PT tem “uma forte liquidez”. O lucro da PT subiu 130,7% no primeiro semestre deste ano, face a igual período de 2012, para 284 Os juros da dívida soberana de Portugal continuavam ontem a descer, seguindo a tendência de terça-feira, um dia depois do anúncio de que a economia portuguesa cresceu 1,1% no segundo trimestre face aos três primeiro meses do ano. Os juros da dívida soberana a dois anos estavam a ser negociados nos 3,624%, abaixo dos 3,682% registados na terça-feira, embora ainda se mantivessem acima dos valores registados antes da crise política (3,436% a 1 de Julho). Na maturidade a cinco anos, os juros seguiam nos 5,816%, também abaixo dos 5,854% da sessão anterior, mas a níveis superiores ao valor prévio da crise do início de julho, de 5,211%. No período de turbulência política criada pelo pedido de demissão de Paulo Portas, os juros a cinco anos dispararam para 7,324% a 12 de Julho, um máximo que não ocorria desde Novembro de 2012. Os juros da dívida a dez anos estavam também a aliviar dos valores de terça-feira, nos 6,495%. Há dois dias, a maturidade a dez anos estava a ser negociada a 6,529%. Os juros da dívida de Itália, Espanha e Grécia seguiam ontem a recuar também face à sessão anterior. Apesar de ter crescido 1,1% em cadeia, o PIB português manteve no segundo semestre um recuo de 2% face ao mesmo período do ano passado. O bom resultado do trimestre deve-se a um aumento das exportações, das vendas a retalho, a um crescimento da actividade na indústria e agricultura e a uma queda menor no investimento. Lusa A Fitch reconhece que a PT continua a ter “uma forte liquidez” milhões de euros, com o resultado líquido no segundo trimestre a avançar 280% para 257,3 milhões, acima das expectativas dos analistas contactados pela Lusa. Queda em bolsa Ontem, os títulos da operadora caíram cerca de 2,5% na bolsa de Lisboa, após um recuo de 7% no dia em que a Portugal Telecom divulgou os resultados semestrais. Apesar de também ter anunciado um corte de dividendos, a brasileira Oi, que é controlada pela PT, não verá o seu rating ser mexido pela Standard & Poor’s. Numa nota ontem divulgada, a agência de notação de risco norte-americana sublinha que, apesar de os resultados da operadora terem ficado abaixo das suas expectativas, a Oi “está a implementar medidas que vão permitir o aumento da geração de cash-flow operacional nos próximos trimestres”. A S&P considera a redução dos dividendos como “positiva” e acrescenta que esta medida vai melhorar a flexibilidade financeira da empresa, permitindo resolver as necessidades de investimento e refinanciamento. PÚBLICO/Lusa PUBLICIDADE 18 | ECONOMIA | PÚBLICO, SEX 16 AGO 2013 Centrais eléctricas a carvão em risco devido à falta de financiamento As grandes potências mundiais decidiram reduzir o apoio a este tipo de projectos em nome do combate ao aquecimento global e o capital privado não irá compensar este abandono Energia Mark Drajem Para combater o aquecimento global, os países mais ricos do mundo estão a cortar no apoio governamental à construção de novas centrais eléctricas a carvão nos países em desenvolvimento, desferindo um duro golpe na principal fonte de electricidade mundial. Primeiro foi o Presidente Obama a garantir, em Junho, que o Governo norte-americano iria deixar de financiar centrais a carvão noutros países através do Banco de Exportação e Importação (Exim) dos Estados Unidos. Seguiu-se o Banco Mundial e, depois, o Banco de Investimento Europeu, instituições que injectaram mais de 10 mil milhões de dólares em iniciativas do género nos últimos cinco anos. “Este recuo significa menos capital para estes projectos”, disse numa entrevista Richard Caperton, director executivo para a Energia do Centro para o Progresso Americano, em Washington. “E não prevejo que o capital privado avance e preencha este vazio, porque o risco de estas unidades virem a ser desactivadas dentro de pouco tempo é grande.” A procura de carvão nos países em desenvolvimento adquiriu maior importância quando factores como a regulamentação ambiental mais rígida nos EUA, a utilização crescente de energias renováveis e uma redução no preço do gás natural se conjugaram para levar empresas públicas a fechar centrais a carvão. Dos três financiadores com apoios governamentais, o Banco Mundial emprestou 6,26 mil milhões de dólares para projectos relacionados com carvão nos últimos cinco anos, segundo dados da organização Oil Change International. O Banco Exim aplicou mais de 1,4 mil milhões de dólares em dois destes projectos, um na África do Sul e outro na Índia. Embora seja pouco provável que tenha impacto directo na China, o maior utilizador mundial de carvão, este recuo poderá travar a construção de novas unidades em países como a África do Sul e o Vietname e fazer contrair novos mercados de exportação para o carvão minerado nos Estados Unidos, Indonésia e Austrália por empresas como a Peabody Energy ou a Alpha Natural Resources. “A ideia de que o carvão não é aceitável nunca foi tão forte como agora”, comentou numa entrevista Justin Guay, responsável pelo programa climático internacional Sierra Club. “É como uma bola de neve a rebolar montanha abaixo.” Grupos ambientais como o Sierra Club combatem as centrais e as minas de carvão porque, entre os principais combustíveis, este é o que liberta mais dióxido de carbono por unidade de energia. Os cientistas afirmam que as emissões de carbono são responsáveis pela elevação das temperaturas no planeta, fazendo aumentar o número e a intensidade das tempestades e derreter o gelo polar. Por seu lado, os defensores desta fonte de combustível dizem que se trata de um processo barato de os países pobres fornecerem luz, refrigeração e ar condicionado aos seus povos. Esta inflexão anticarvão por parte dos financiadores “faz-nos virar as costas a milhões de pessoas que não têm electricidade e opta por não as ajudar a conseguir uma vida melhor”, afirmou Nancy Gravatt, porta-voz da National Mining Association, de Washington, que representa produtores como a Alpha e a Arch Coal Inc. Os analistas estão divididos quanto à procura global de carvão a longo prazo. Num relatório datado de 25 de Julho, a US Energy Information Administration (EIA) previu que o consumo mundial de carvão sofrerá em 2040 um aumento de um terço, para mais de 200 mil biliões de unidades termais britânicas por ano, em resultado da sua utilização crescente por parte dos países em desenvolvimento. O corte no financiamento não está a provocar uma reavaliação dessa previsão, disse Greg Adams, chefe da equipa do carvão da EIA. “A capacidade que vai ser afectada será limitada”, acrescentou. Gregory Boyce, CEO da Peabody, a maior produtora de carvão norteamericana, notou que o consumo do minério pela Alemanha e pelo Japão está a aumentar, devido à redução na utilização da energia nuclear. “As importações da China e da Índia aumentaram desde Janeiro e deverão crescer 15 por cento este ano, DAVID GRAY/REUTERS produtor mundial, depois da China, seguindo-se-lhe a Índia, a Austrália e a Indonésia. A China é simultaneamente o maior importador e o Japão é o segundo, de acordo com a Associação Mundial do Carvão. Segundo um estudo do Instituto de Recursos Mundiais (IRM), estão projectadas 1200 unidades alimentadas a carvão a nível global, mais de três quartos das quais localizadas na Índia e na China. Se todas forem construídas, o que o IRM considera improvável, a capacidade existente aumentará em mais de 80%. A China pode financiar sozinha os seus projectos e a Índia só recorreu a financiamento externo nalguns casos. Consequentemente, as alterações recentes deverão afectar outros países de África e da Ásia que não têm o mesmo acesso ao crédito. Cada grupo disse que, nalguns casos, 10 Os Estados Unidos, a Europa e o Banco Mundial injectaram no sector de geração de energia a carvão 10 mil milhões de dólares nos últimos cinco anos Consequências vão sentir-se especialmente nos países mais pobres para novos níveis-recorde, pois a tendência para urbanizar, industrializar e electrificar mantém-se”, afirmou Boyce numa video-conferência com analistas a 23 de Julho. Já a Goldman Sachs Group Inc. tem uma perspectiva menos optimista. “Julgamos que a actual posição dominante do carvão térmico na combinação de combustíveis sofrerá uma erosão gradual”, escreveu Christian Lelong, analista da Goldman Sachs na Austrália, num relatório datado de 24 de Julho. “A maior parte dos projectos de crescimento baseados em carvão térmico terão dificuldades em obter um retorno positivo.” Segundo a EIA, o carvão gera actualmente 40% da electricidade mundial e a sua utilização cresceu mais de 50% na última década. Os Estados Unidos são o segundo maior irá continuar a financiar o carvão, e os activistas estão preocupados com essas excepções. “Essas três iniciativas ainda têm de ser concretizadas”, disse numa entrevista Doug Norlen, o director de estratégia da organização Pacific Environment, que luta contra este tipo de projectos baseados em combustíveis fósseis. “Serão passos enormes, se devidamente implementados.” Contudo, essa implementação continua a ser uma questão em aberto. Por exemplo, como parte do plano de acção climático de Obama, divulgado em 25 de Junho, os Estados Unidos comprometeram-se a deixar de financiar centrais eléctricas a carvão, excepto se estas se localizassem nos países mais pobres ou possuíssem tecnologia de captura de carbono, que é dispendiosa. O Banco de Exportação e Importação dos Estados Unidos está agora a desenvolver os procedimentos com vista à execução dessa política, e a sua administração irá decidir essas alterações nas próximas semanas, tendo rejeitado um pedido de finan- PÚBLICO, SEX 16 AGO 2013 | ECONOMIA | 19 WIN MCNAMEE/AFP Bolsas ciamento de uma central a carvão no Vietname, o único do género que estava pendente, apenas três semanas depois do anúncio de Obama. Na semana passada, o grupo de Norlen e outros ambientalistas interpuseram uma acção judicial contra o Exim, para tentar bloquear os seus financiamentos à exportação de carvão, apoios que são distintos da mudança de política anunciada por Obama. O Banco de Investimento Europeu definiu um padrão de desempenho de emissões destinado a evitar que sejam feitos empréstimos para novas unidades alimentadas a carvão a menos que estas também queimem biomassa. E o Banco Europeu de Reconstrução e Desenvolvimento está igualmente a ser pressionado para limitar os seus apoios. Mas, mesmo depois de o Banco Mundial ter dito que iria ajudar os países a fazer a transição do carvão para gás natural ou renováveis, está ainda a analisar o apoio a um projecto a carvão no Kosovo. Existe também a possibilidade de outros financiadores, em particular agências de crédito à exportação japonesas ou chinesas, entrarem em cena e substituírem o Banco Mundial, os Estados Unidos e a Europa. O Banco para a Cooperação Internacional japonês, a instituição do país para o financiamento à exportação, já disponibilizou mais de 10 mil milhões de dólares para projectos de outros países baseados no carvão — mais do que qualquer outro país, segundo o relatório do IRM. E, agora, a China, que quer exportar tecnologia para centrais a carvão, também pode reforçar o seu apoio, informou Ailun Yang, autora do referido relatório. “Preocupa-nos realmente” que “uma parte do vazio de financiamento para centrais a carvão seja simplesmente preenchido pelos bancos chineses”, disse. Com Sandrine Rastello/Bloomberg News O DIA NOS MERCADOS Dinheiro, activos e dívida Diário de bolsa Divisas Valor por euro Portugal PSI20 Euro/Dólar 1,3263 6400 Euro/Libra 0,8511 6050 Aguardam-se novidades de Ben Bernanke já em Setembro Euro/Iene 129,73 5700 Pedidos de subsídio de desemprego em queda nos EUA Euro/Real 3,1005 5350 1,2381 5000 Trabalho José Manuel Rocha O registo caiu para o mais baixo nível em seis anos, abrindo as portas a uma redução do programa de estímulo económico da Fed As bolsas norte-americanas e europeias voltaram ontem a fechar em baixa com o acentuar dos receios de que, já em Setembro, a Reserva Federal (Fed) dos Estados Unidos poderá começar a meter o travão no chamado programa de quantitative easing, que todos os meses injecta na economia 85 mil milhões de dólares através da compra de títulos de dívida. O acentuar os receios dos investidores resulta da divulgação de dados que evidenciam uma evolução mais favorável do mercado laboral da maior economia do mundo. Segundo o Departamento do Trabalho norte-americano, na última semana, o número de pessoas que requisitaram subsídio de desemprego caiu para o mais baixo nível em seis anos. Também o índice de preços no consumidor ganhou algum alento, afastando os receios de um recuo para níveis que geram preocupação. Os responsáveis da Reserva Federal e, em especial, o seu presidente, Ben Bernanke, têm passado a mensagem de que o programa quantitative easing só seria abandonado ou, pelo menos, reduzido quando houvesse dados que garantissem uma recuperação sustentável do mercado de trabalho sem prejudicar um nível confortável de inflação. Ora, parece que esse quadro começa a ganhar forma, levando os analistas a cada vez acreditarem mais que, já no próximo mês, o comité de política monetária da Fed poderá avançar novidades substanciais. Os dados divulgados ontem pelo Departamento do Trabalho não deixam lugar a dúvidas. O número de pedidos de subsídio de desemprego na semana passada caiu 15.000, para 320.000, o que constitui o nível mais baixo desde Outubro de 2007. Economistas ouvidos pela agência Bloomberg apontavam para um registo de 335.000. Euro/Franco Suíço Últimos 3 meses Acções Taxas de juro Euribor 3 meses 0,226% PSI20 -0,17% Euribor 6 meses 0,342% Euro Stoxx 50 -0,57% Dow Jones -1,42% Euribor 6 meses Variação dos índices face à sessão anterior Melhores Variação 0,3325 Banif 0,3150 Semapa 2,37% 0,2975 EDP Renováveis 1,85% 0,2800 9,091% Últimos 3 meses Piores Variação Mercadorias Sonae -2,94% Mota Engil -2,18% PT -1,81% 113,62 Petróleo 1349,91 Ouro Preço do barril de petróleo e da onça, em dólares PSI-20 Nome da Empresa Var% Última Sessão Volume Abertura Máximo Mínimo 6051,17 219722885 6024,80 Fecho PSI 20 -0,17 ALTRI SGPS -0,31 1,91 BANIF Performance (%) 5 dias 2013 6116,41 5992,52 111083 1,90 1,93 1,90 -0,21 20,21 5,96 7,00 -8,33 -91,78 9,091 0,01 16191112 0,01 0,01 0,01 BANCO BPI -1,15 1,03 2068928 1,04 1,07 1,02 8,06 BCP 0,93 0,11 152208666 0,11 0,11 0,11 12,63 44,00 BES 0,56 0,90 28833667 0,88 0,92 0,86 18,93 COFINA SGPS 0,22 0,46 52369 0,45 0,46 0,45 EDP 9,65 0,22 2,01 -22,24 0,15 2,72 4423334 2,70 2,72 2,70 EDP RENOVÁVEIS 1,85 3,92 448689 3,82 3,92 3,82 0,89 1,76 18,65 ES FINANCIAL -0,06 5,24 11214 5,21 5,24 5,21 -0,21 -0,83 GALP ENERGIA -0,71 12,63 1015897 12,73 12,78 12,60 2,33 7,40 J MARTINS SGPS 0,26 15,60 956049 15,57 15,87 15,51 9,19 6,85 -1,95 MOTA ENGIL -2,18 2,74 217100 2,80 2,80 2,70 3,90 74,60 PT -1,81 2,88 9740264 2,93 2,95 2,85 1,88 -23,26 -1,1 2,61 100463 2,61 2,65 2,61 1,27 14,47 REN -0,5 2,19 49630 2,19 2,20 2,18 1,80 6,57 SEMAPA 2,37 6,86 52578 6,65 6,89 6,64 3,55 20,54 PORTUCEL SONAECOM SGPS -0,45 1,76 341671 1,77 1,78 1,76 1,37 18,97 SONAE INDÚSTRIA0,81 0,50 190592 0,50 0,51 0,50 7,83 2,25 SONAE -2,94 0,86 2115534 0,87 0,88 0,85 12,76 24,89 ZON MULTIMÉDIA -1,06 4,47 594045 4,50 4,55 4,43 4,65 50,57 PUBLICIDADE 20 | MUNDO | PÚBLICO, SEX 16 AGO 2013 Obama avisa que cooperação não pode continuar com civis mortos na rua Islamistas retomaram ontem os protestos, apesar do recolher obrigatório e da garantia do Governo de que não serão toleradas mais concentrações “em lado nenhum do país” Egipto Rita Siza O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, respondeu ontem à escalada da violência no Egipto com o cancelamento dos exercícios militares conjuntos marcados para Setembro na região do Sinai, e o anúncio da revisão da cooperação militar com o país, que ascende aos 1,3 mil milhões de dólares anuais. “Queremos manter o relacionamento com o Egipto, mas a nossa cooperação não pode continuar como de costume quando civis estão a ser mortos na rua”, justificou Obama, referindo-se à sangrenta operação militar para o desmantelamento de dois acampamentos de apoiantes do Presidente deposto, Mohamed Morsi, no Cairo, que terá feito cerca de 700 mortos. Pelo seu lado, os apoiantes da Irmandade Muçulmana reagiram ao “massacre” da véspera com um novo desafio ao governo: apesar de a sua liderança ter ficado desfeita — dois dirigentes foram atingidos a tiro e outros poderão ter sido detidos no assalto à mesquita de Rabaa al-Adawiya, em Nasr City —, os islamistas convocaram a sua gente para a rua. Centenas marcharam nos bairros de Maadi e Mohandiseen, Mada Masr, indiferentes ao aviso do ministro do Interior de que “o Egipto não permitirá mais acampamentos e concentrações” e à autorização para o uso de munições verdadeiras pela polícia. “Vamos continuar até pôr fim ao golpe militar e restaurar a legitimidade constitucional”, prometeu o portavoz Gehad El-Haddad. Mas apesar de o apelo à mobilização reforçar a necessidade de manter os protestos pacíficos, a violência irrompeu no Cairo e em Alexandria, com o incêndio de edifícios governamentais. Na limpeza dos acampamentos arrasados pelo Exército, nos hospitais e morgues onde acorreram centenas de famílias, e nos muitos funerais de vítimas da já chamada “Quarta-feira Negra”, era palpável o descontrolo das multidões, com alguns islamistas a defenderem o recurso a “méto- dos mais agressivos” de resistência. “Depois de todas as mortes, todos os golpes e prisões que tivemos de enfrentar, está a ser difícil persuadir os nossos membros a manterem a calma. As emoções estão à flor da pele. É um problema quando as pessoas, enfurecidas pela morte dos seus familiares, começam a fazer as suas próprias mobilizações”, admitiu Haddad, contactado pela Reuters. “O que aconteceu nestes dias já ultrapassa Morsi: agora o que temos de decidir nas ruas é se estamos ou não dispostos a aceitar uma nova tirania militar no Egipto”, explicou. Ponto de viragem Os desenvolvimentos de ontem aumentaram a pressão sobre o governo interino, que na iminência de perder o controlo da situação na quarta-feira recorreu às medidas extraordinárias do antigo regime de Hosni Mubarak, instaurando o estado de emergência e decretando o recolher obrigatório em 11 províncias, incluindo o Cairo. Horas depois, eram anunciadas as detenções de 83 indivíduos, acusados de terrorismo e homicídio — o regime excepcional atribui à polícia e ao Exército o poder de determinar a prisão por tempo indeterminado de qualquer pessoa que seja considerada uma ameaça à segurança do Estado. Para Juan Cole, professor de História da Universidade do Michigan e reconhecido especialista em questões do Médio Oriente, a ordem para arrasar os dois redutos islamistas do Cairo e a rápida sucessão de medidas autocráticas marcam um ponto de viragem no processo político pósrevolucionário do Egipto: os acontecimentos determinam o regresso do poder às mãos dos militares, mesmo se existe um Presidente interino civil, Adly Mansour, e um governo de transição a gerir o país até à realização de eleições legislativas. Na sua conta de Twitter, o jornalista da BBC Paul Danahar, autor do livro O Novo Médio Oriente, exprimia a mesma ideia, argumentando que, com “o estado de emergência em vigor, o Estado a atacar civis impunemente e um general à frente do país”, Na mesquita de Al-Eyman, um quartel-general da Irmandade Muçulmana, havia cerca de 200 corpos ONU reúne-se de emergência Pedido inquérito à actuação da polícia no Cairo O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas reuniu-se ontem de emergência para discutir a situação no Egipto. O encontro, que foi pedido pela França, Reino Unido e Austrália, foi agendado para as 17h30 em Nova Iorque (22h30 hora portuguesa) e decorreu à porta fechada. A alta-comissária para os Direitos Humanos da ONU, Navi Pillay, pediu ontem a abertura de uma investigação “independente, imparcial e credível” à conduta das forças de segurança do Egipto durante a operação para o despejo dos manifestantes concentrados nas imediações da mesquita de Ranaa al-Adawiya, no subúrbio de Nasr City. “As forças de segurança do Egipto estão enquadradas pela lei, e têm de agir no estrito respeito pelos direitos humanos, que incluem o direito à liberdade de expressão e assembleia”, observou. o Egipto viajou no tempo para o dia 24 de Janeiro de 2011, a véspera da revolução na Praça Tahrir”. “O poder pertence efectivamente a Abdul-Fattah al-Sissi e à junta militar”, afirma Juan Cole, que especula que a operação de quarta-feira poderá ter sido planeada para “acabar definitivamente com a participação da Irmandade Muçulmana no processo político”. Talvez até “com a expectativa de que os irmãos se virem para o terrorismo, dando aos generais o pretexto para a sua destruição”. Robert Fisk, o premiado correspondente britânico sediado em Beirute, escreveu que os erros dos islamistas no governo os atiraram outra vez para o caminho da “clandestinidade, das detenções à meia-noite, da tortura e do martírio”.“Esse tem sido PÚBLICO, SEX 16 AGO 2013 | MUNDO | 21 MAHMOUD KHALED/AFP O QUE ELES DIZEM “O Governo português condena com firmeza a violência, lamenta profundamente a perda de vidas humanas e apresenta condolências às famílias enlutadas” MNE de Portugal Comunicado oficial “Algo morreu no Egipto. O que expirou foi a ideia de que o Egipto era a mãe da nação árabe, o ideal nacionalista, a pureza da história na qual o Egipto via todos os seus povos como seus filhos. Porque as vítimas que eram da Irmandade, tal como os polícias e os apoiantes do governo interino, são filhos do Egipto. Mas ninguém o disse. Tornaram-se os terroristas, os inimigos do povo. Essa é a nova herança do Egipto” Robert Fisk Jornalista o papel histórico da Irmandade, e o retorno a essa condição sugere dois desfechos possíveis: será extinta com violência, ou num futuro distante conseguirá instalar uma autocracia islamista”, estima. ElBaradei sozinho O governo interino remeteu-se ao silêncio após uma curta declaração ao país do primeiro-ministro, Hazem el-Beblawi, que lamentou as fatalidades das operações militares no Cairo e repetiu que as forças de segurança não tolerariam mais provocações à autoridade do Estado. O líder do executivo de transição recordou que os manifestantes receberam vários avisos e estavam conscientes de que as autoridades avançariam se não desmobilizassem voluntariamente. Lembrou ainda que a Irmandade Muçulmana recusara participar num diálogo para pôr fim à crise política. Os restantes actores políticos do país mantêm o apoio ao governo e ao Exército. A Frente de Salvação Nacional, coligação liberal de oposição a Morsi liderada pelo antigo diplomata da ONU e prémio Nobel da Paz Mohamed ElBaradei, demarcou-se da sua demissão do cargo de vice-presidente com responsabilidade pelas relações internacionais. Também os jovens do movimento Tamarod, impulsionadores dos protestos que levaram à deposição do Presidente islamista, censuraram a atitude de ElBaradei, que saiu por não suportar “arcar com a responsabilidade de mais uma gota de sangue derramado”. “Todos subestimámos os problemas e os riscos inerentes do que foi libertado há dois anos e meio [com a revolução que derrubou Hosni Mubarak]” É difícil aumentar a pressão sobre os militares Rita Siza “A América não pode determinar o futuro do Egipto, só os egípcios podem fazer isso”, insistiu ontem o Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que, como muitos dos seus aliados ocidentais, ficou constrangido pelas circunstâncias nas suas declarações sobre os acontecimentos no Cairo. “Não tomamos partido”, justificou Obama, que foi muito criticado pela recusa em censurar a deposição do Presidente Mohamed Morsi ou denunciar a tomada do poder pelos militares como um golpe de Estado. Ontem, Obama ainda manteve um q.b. de ambiguidade no seu discurso, mas já deixou o poderoso Exército egípcio de sobreaviso: a sua decisão de suspender os exercícios militares conjuntos, que se desenrolam desde 1981, não tem qualquer impacto na capacidade militar do país, mas não deixa de ser um sinal de que os EUA estão dispostos a ir além da condenação retórica e a tomar medidas concretas se, como exigiu o Presidente, o “perigoso caminho” que está a ser seguido não for invertido. A Casa Branca não falou em cortar e muito menos em acabar com o seu programa de apoio ao Egipto, que por ano vale mais de 1,3 mil milhões de dólares em assistência económica e militar (sobretudo armamento). O Egipto tem sido um cliente e um aliado nos EUA, um garante da ma- nutenção de paz. Para além de Israel, o Egipto é o segundo maior beneficiário de ajuda militar norte-americana (68 mil milhões de dólares anuais). No entanto, se não comprar armas aos EUA, a Rússia ou a China poderão eventualmente substituí-los. Mas Obama disse com todas as letras que, depois do que se passou no Cairo, “a cooperação não pode continuar como de costume” — espera-se que a mera perspectiva de revisão dos termos do acordo seja suficiente para refrear as chefias militares e dos governantes do Cairo. A dificuldade, e até mesmo a impotência da comunidade internacional para influenciar os acontecimentos no Egipto ou sequer pressionar o novo governo nomeado pelo Exército, foi assinalada por diversos analistas e comentadores. Nesse sentido, a intervenção de ontem de Obama poderá “desbloquear” a tomada de decisões semelhantes por outros governos: o Governo do Reino Unido admitiu ontem que estava a equacionar suspender a ajuda ao Egipto. “O Ocidente tem de encontrar uma forma calibrada de suspender a ajuda financeira e os benefícios económicos que torne óbvio para a classe não política do Egipto, como a comunidade empresarial, que o país pagará um preço muito elevado se aceitar o actual estado de coisas”, considerou Daniel Levy, do Conselho Europeu de Relações Internacionais, um think tank europeu. ASMAA WAGUIH/REUTERS Carl Bildtt MNE da Suécia O Egipto é o segundo maior beneficiário de ajuda militar dos EUA 22 | MUNDO | PÚBLICO, SEX 16 AGO 2013 Coronel Ibis é retirado da Academia da Polícia Militar, mas vê bem nova missão Até fim do ano, haverá uma mudança na polícia que está nas ruas do Rio de Janeiro, garante o coronel Ibis. O comando acaba de o tirar da direcção da Academia. Ele encara com optimismo a mudança para o QG O Brasil na rua (5) Alexandra Lucas Coelho, Rio de Janeiro O coronel Ibis Silva Pereira tem uma visão positiva dos próximos tempos no Rio de Janeiro: “Eu ousaria dizer que, até ao ano que vem, vamos assistir a uma grande transformação na polícia, te garanto, pode me cobrar.” Soube há 48 horas que, a 23 de Agosto, deixará a direcção da Academia de Polícia Militar (PM), onde liderava uma formação inovadora, e irá coordenar a Direcção de Ensino da PM, no Quartel-General (QG), como subdirector. Uma surpresa, para ele e para os alunos, mas que Ibis está a encarar como “promoção”. Esta conversa ao telefone aconteceu ontem à tarde. De manhã, saíra no PÚBLICO o texto sobre a visão de Ibis como formador da nova polícia do Rio. Logo depois, a repórter recebia a informação de que o coronel fora retirado do cargo na terça-feira, dia em que estreava na academia um inédito ciclo de palestras com 12 pensadores convidados pelo curador Adauto Novaes, e proposto pela FLUPP (festa literária nas favelas com UPP, Unidades de Polícia Pacificadora). A notícia de que Ibis fora chamado ao QG correu entre os oficiais e praças que ouviam o filósofo francês Francis Wolff, na primeira palestra. O ambiente era de apreensão, conta ao PÚBLICO Júlio Ludemir, da FLUPP. “Percebi que a resposta à palestra não fora tão participada. Quando perguntei porquê ao coronel Ibis, ele respondeu que todos estavam sabendo que ele iria ao QG, que quando se vai ao QG é para subir ou descer, e que todos os cargos acima dele já tinham sido preenchidos pelo novo comando.” Há 10 dias, no meio de múltiplas críticas à acção da polícia, foi nomeado um novo comandantegeral da PM no Rio de Janeiro, o coronel José Luís Castro Menezes. Quarta à noite, quando Ludemir conseguiu falar com Ibis para saber o que acontecera no QG, ele estava “abatido” com o afastamento da academia: “Mas o tempo inteiro preocupado em garantir o ciclo de palestras, garantindo que o sucessor era um seu amigo de escola e que iria trabalhar [na Direcção de Ensino] com uma pessoa por quem tem imenso respeito.” Ontem, quando o PÚBLICO falou com o coronel, Ibis confirmou que lhe custará o afastamento. “Confesso que demorou a cair a ficha [tomar consciência]. Tenho uma ligação muito afectuosa com os meus alunos. Acredito numa pedagogia do amor. Cuido daqueles meninos como se fossem meus filhos, então o meu coração ficou estremecido. Senti como um pai que se vai separar dos filhos.” Mas quando a ficha caiu, a sua conclusão foi: “É uma chance que o comando está dando de a gente transformar a polícia militar, implementar esse processo de pacificação [nas favelas].” O que ouviu no QG?: “Que o meu trabalho era muito reconhecido e me convidavam para a Direcção de Ensino. Como é a cúpula nessa área, eu não estava preparado, não esperava um convite tão honroso.” Será subdirector do coronel Antonio Carballo, oficial com quem tem “uma afinidade há 30 anos”. Em suma, crê que a sua visão para uma nova polícia será reforçada? “Sem dúvida. E a sociedade vai verificar isso concretamente nas ruas. Pensamos ampliar a formação actuando na cultura policial: os símbolos, o ideário, repensar o próprio papel da instituição.” Não teme que estar no QG o afaste do terreno? “Não. Nunca me afasto da sala de aula. Serei um subdirector muito presente na academia.” Onde o novo director será outro parceiro seu, o coronel Cristiano Gaspar. “É um dos oficiais mais brilhantes que conheço, há 28 anos, um dos grandes amigos que tenho, formado em Direito, espírito democrático, brilhante orador, um intelectual. Na quartafeira, vou apresentá-lo ao Adauto, ao pessoal da FLUPP. A escola não vai perder com a minha saída. É só a questão dos afectos.” O ciclo de pensadores “é um compromisso da instituição”, o próprio comando o encarregou de continuar à frente desse projecto, até Outubro. “A intelectualidade AFP/CHRISTOPHE SIMON Agente do BOPE, a tropa de elite da Polícia Militar, que está em ascenção naquela força PÚBLICO, SEX 16 AGO 2013 | MUNDO | 23 YUYA SHINO/REUTERS dentro da polícia é uma coisa que a gente precisa de espalhar.” E no novo cargo terá outra amplitude: “Dialogamos com as direcções de ensino de outros estados.” Em Dezembro sai para a rua a primeira leva de 167 oficiais formados por ele, “com um currículo que já dialoga com uma filosofia de polícia de proximidade”. Entretanto, Ibis continuará a ser o presidente do inquérito sobre as nove pessoas mortas pelo BOPE (tropa de elite da PM) na favela da Maré durante as manifestações de Junho. A ascensão do BOPE Nas movimentações que neste momento acontecem dentro da PM, o antropólogo Luiz Eduardo Soares, grande conhecedor de segurança pública, alerta para o “deslocamento de oficiais do BOPE para posições-chave na nova estrutura”. Esse é um dos factores que o levam a ter “cepticismo”. Outro é “o deslocamento de um ex-porta-voz, o coronel Frederico Caldas, para uma posição central, a de comandante das UPP”. Este antropólogo vê-o como “uma figura identificada com a instituição, incapaz de palavras contrárias à orientação oficial”, uma espécie de “político da PM”, que traduzirá uma visão das UPP como “marketing e relações públicas”. Ou seja, há sinais contrários à visão de Ibis. Entretanto, Ibis declara-se optimista. “Vamos ver se o optimismo vai se justificar”, acautela Luiz Eduardo. “Se há um respaldo político suficiente. Tomara que sim. Ibis e o Carballo são as duas estrelas do pensamento crítico na PM. Mas eu conheço a marca conservadora da instituição, que é muito forte. É prudente mantermos uma reserva de cepticismo. E a gente não deve iludir-se quanto a isto: os avanços no Rio não substituem uma profunda transformação da polícia em todo o Brasil, o que implica mudanças na Constituição.” Amanhã, última reportagem: O futuro em rede As reportagens no Brasil são financiadas no âmbito do projecto Público Mais publico.pt/ publicomais Breves Manning desculpa-se por danos aos EUA Aniversário WikiLeaks Fidel Castro não esperava ter chegado aos 87 anos O ex-Presidente cubano Fidel Castro reconheceu no jornal Granma que não esperava viver até aos 87 anos, que completou terçafeira. Renunciou em 2008, com uma doença grave nos intestinos. “Assim que percebi que seria definitivo, não hesitei em cessar funções como Presidente… e propus que a pessoa designada para a tarefa a assumisse imediatamente.” No caso, o irmão mais novo, Raúl Castro. Balanço 24 mil imigrantes desembarcaram em Itália num ano Nos últimos doze meses, 24.277 imigrantes desembarcaram na costa italiana, anunciou o Ministério do Interior do país. Um terço dos migrantes, 8932, chegou ao país nos últimos 40 dias do período contabilizado, ou seja, entre 1 de Julho e 10 de Agosto. O mar calmo tem favorecido as viagens de barco, que têm aumentado no Sul, em especial na Sicília e na Calábria. Líbano Vinte mortos em explosão em zona do Hezbollah em Beirute Pelo menos vinte pessoas morreram numa forte explosão que abalou ontem a zona sul de Beirute, bastião do movimento xiita Hezbollah. A explosão, provocada por um carro-bomba, ocorreu num local densamente povoado, com muitos danos em carros e edifícios. A razão mais apontada é o envolvimento do Hezbollah no conflito armado na vizinha Síria, a favor das forças de Assad. Parada no santuário Yasukuni, com fardas do tempo da II Guerra Mesmo sem ir a santuário polémico, Abe irritou a China Japão Maria João Guimarães O primeiro-ministro não foi a Yasukuni, onde são glorificados criminosos de guerra, mas três ministros e 89 deputados fizeram-no O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, lançou-se num exercício de equilibrismo no dia em que se assinala o aniversário da derrota do Japão na II Guerra Mundial. Tentando agradar à sua base conservadora, enviou um colaborador com uma oferta ao santuário de Yasukuni, mas não o visitou. No entanto, não conseguiu evitar a reacção da Coreia do Sul e da China. Alguns líderes japoneses compararam o santuário de Yasukuni ao cemitério de Arlington, Virginia, onde os EUA têm os seus heróis de guerra. O local desperta oposição por glorificar, entre 2,5 milhões de mortos japoneses em guerras, 14 condenados por crimes de guerra na II Guerra Mundial. “Yasukuni é a montra para uma visão sem remorsos da agressão japonesa na guerra”, comenta Jeffrey Kingston, professor da Temple University Japan, em Tóquio. Estes criminosos, dos quais sete foram executados por enforcamento após a guerra, foram honrados no templo numa cerimónia secreta em 1978 — o templo é gerido por uma fundação privada, e desde a década de 1970 que nenhum imperador visita o local, justamente pela presença destes criminosos de guerra. Ontem, para além do enviado de Abe, foram rezar a Yasukuni três ministros — a título pessoal e não oficial, sublinhou o chefe de gabinete Yoshihide Suga. Também um grupo de 89 deputados, incluindo o responsável político do partido de Abe, estiveram em Yasukuni. Abe não tinha visitado o local no seu curto anterior mandato como primeiro-ministro, ao contrário do seu antecessor, Junichiro Koizumi, que entre 2011 e 1006 fez questão de visitar o local — e com isso contribuiu muito para o afastamento entre o Japão e a China, por um lado, e a Coreia do Sul, por outro. Mas tinha declarado que se arrependia da decisão e na campanha prometeu uma visita. Mas ao querer evitar alienar Pequim e Seul, nem que seja porque precisa deles para o crescimento económico que quer para o Japão, acabou por não ir, enviando apenas um representante. Mas a sua tentativa de ambiguidade de ontem não foi suficiente. A China chamou o embaixador japonês em Pequim para protestar. “Não interessa de que forma ou usando que identidade é que os líderes japoneses visitam Yasukuni,. É uma tentativa intrínseca de negar e embelezar a história de invasão dos militaristas japoneses”, disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês em comunicado. Um general chinês na reserva, Luo Yuan, fez outra comparação: “Imaginem o que o mundo pensaria da Alemanha se prestassem homenagem ao chefe dos nazis, Hitler?” Tudo isto se junta a outras promessas fortemente nacionalistas: Abe quer rebaptizar as Forças de Autodefesa em Exército de Defesa Nacional e alterar a Constituição pacifista redigida, e imposta, pelos EUA em 1947. Soldado americano que passou informação a site anti-secretismo diz não ter tido consciência dos efeitos da sua acção O soldado norte-americano Bradley Manning, condenado no mês passado por ter dado uma enorme quantidade de documentos à WikiLeaks, disse lamentar as suas acções e ter prejudicado os Estados Unidos, quando está prestes a conhecer a sentença. A declaração de quarta-feira foi a primeira em que Manning lamentou publicamente a acção, que levou à maior fuga de informação classificada da história dos EUA, e pela qual foi preso em 2010. Manning, de 25 anos, foi condenado na semana passada por vários crimes no âmbito da Lei da Espionagem, mas foi declarado inocente do crime de “ajuda ao inimigo” — porque a informação divulgada pela WikiLeaks poderia ser usada pela Al-Qaeda, alegava a acusação —, que lhe teria valido prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional. A pena será anunciada na próxima semana e será, no máximo, de 90 anos de prisão. “Percebo que tenho de pagar”, disse. “Lamento as consequências não intencionais das minhas acções. Quando as tomei, acreditei que estava a ajudar pessoas, não a prejudicá-las.” A declaração seguiu-se a três dias em que a defesa de Manning chamou testemunhas abonatórias. Os advogados dizem que Manning mostrava claros sinais de problemas de saúde mental e que o Exército não o deveria ter enviado para uma zona de guerra nem o ter deixado ter acesso a informação confidencial. O psicólogo clínico Michael Worsley tinha recebido um email de Manning com uma foto do soldado de baton e peruca loura, com o título “o meu problema”. Manning dizia pensar que este “problema” iria “desaparecer” com uma carreira militar. Até agora, Manning sempre tentou justificar as suas acções, dizendo que pretendera provocar um debate global sobre as guerras no Iraque e no Afeganistão. Agora pensa de outro modo: “Quando olho para as minhas decisões, pergunto-me como é que pude pensar que poderia mudar o mundo. Era um simples analista.” 24 | CULTURA | PÚBLICO, SEX 16 AGO 2013 O vozeirão de Brittany Howard neste tão quente Paredes de Coura Brittany Howard conquistou o público, Bombino pô-lo em transe furioso, os Unknown Mortal Orchestra deliciaram-se e deliciaram. Paredes de Coura, quartafeira, um dia antes do arranque em pleno Festival Mário Lopes Já começou? Claro que sim. Ainda não tínhamos ouvido concertos mas Paredes de Coura, ou melhor, a praia fluvial do Taboão, vivia uma alegre azáfama na tarde de quarta-feira, o segundo dia do festival. Os membros da organização atarefavam-se ainda a arranjar os últimos pormenores para que tudo estivesse operacional ontem, quinta-feira, dia em que a 21.ª edição do Paredes de Coura arrancava em pleno, com o já clássico Jazz na Relva durante a tarde, com concertos de The Knife, Hot Chip, Jagwar Ma, Toy ou Vaccines divididos entre os palcos Vodafone e Vodafone FM. Antes, porém, a noite de quarta-feira teve muito para mostrar: os aguardadíssimos Alabama Shakes, os óptimos Unknown Mortal Orchestra, o contagiante Bombino. Horas antes dos concertos, olhávamos em volta e víamos: muita, tanta gente na relva, uma multidão de colchões e barcos insufláveis no rio e campismo já repleto (Welcome to the jungle, escrevera alguém à entrada, mas era selva sem perigos e com todo o prazer que a sombra oferece quando o calor é tão acima dos 30ºC). A noite não caíra ainda, mas a música que ouvíamos pedia-a. Era música para pista de dança: a Discotexas Band, o combo da Discotexas que reproduz as canções da editora e que, com Xiboni ou Moullinex dividindose entre baixos e guitarras, teclados e sintetizadores e demais parafernália sonora, oferecia a Da Chick, meio rapper, meio punk, sempre a carregar na estridência, a base disco e funk e house mesclado de rockabilly que faria as delícias de uma madrugada e daqueles que nela dançassem. Ainda que, como os próprios cantaram, via Moullinex, “24 hours a day, take my pain away”, e ainda que a muito lúdica versão de Maniac (sim, a da banda sonora de Flashdance), pedaço de elegância, muito lúdica e efusiva, ou não estivesse em palco Da Chick, tenha sido recebida como prazer para acabar com estrondo com as sunset parties deste mundo. Começou então com a Discotexas Band o segundo dia de Paredes de Coura, o último antes do arranque em pleno, ontem. Aquele em que o Palco Vodafone FM, o da tenda, não do famoso anfiteatro natural, transbordou para cantar o soul-rock de Hold on com os Alabama Shakes e que entrou em histeria de crowd-surf e bamboleio furioso com o concerto feito rave tuaregue do magnífico Bombino — e onde vimos também uma banda admirável, Unknown Mortal Orchestra, acrescentar ao psicadelismo solar, introspectivo, dos seus dois álbuns, uma explosão rock’n’roll que terá feito a Jimi Hendrix Experience, onde quer que estejam Hendrix, Mitch Mitchell e Noel Redding, aplaudir em aprovação. O melhor público Horas depois no concerto, a banda de Ruban Nielson publicava uma foto na sua conta de Instagram e escrevia que em Paredes de Coura tinha encontrado “provavelmente o melhor público” da sua carreira. E, sim, o público foi generoso com a banda, ao vivo um power trio portentoso em que as canções, pérolas pop de psicadelismo em suspensão, quais reflexos dos Beatles (os de Revolver) transformados em veículo para Nielson cantar, estranhamente dolente, neurose e fragilidade: “Isolation, it can put a gun in your head”, ouvimo-lo em From the sun. Mas ali, no palco de Paredes de Coura, tudo isso é sublimado. Quer So good at being in trouble, quer a última canção do concerto, essa Ffunny ffrends com melodia entoada pelo público, quer, no limite, todas as canções, são prolongadas em sequências de rock cósmico, em êxtase “Hawkwindeano”, “Hendrixiano”, “Ruban Nielsoniano”. Vemos o vocalista largar o microfone e trocar a voz andrógina pela expressividade da guitarra que zumbe, que levita, que explode em mil direcções. Vemo-lo mover-se como que respondendo à descarga eléctrica do instrumento, ouvimos o extraordinário baterista (Riley Geare) entregarse algures a um solo que é mais um elemento para prazer sónico e não desnecessária demonstração de ego Com uma voz poderosa e a guitarra a tiracolo, Brittany Howard (em cima) é a alma dos Alabama Shakes, a banda que atraiu mais público no segundo dia do festival PÚBLICO, SEX 16 AGO 2013 | CULTURA | 25 Museu Victoria & Albert comprou o arquivo de Vivien Leigh e vai mostrá-lo FOTOS: PAULO PIMENTA sentar essa Hang loose que ouvimos como vívida homenagem a um dos pais do rock’n’roll, Chuck Berry. Os Alabama Shakes “são” Brittany Howard. A banda acompanha-a com competência, mas é nela que, literal e metaforicamente, se concentram todos os focos de luz. Tem vozeirão e espírito soul (curiosamente, apesar de nos recordarmos de Big Mama Thornton ao longo do concerto, as suas referências parecem ser masculinas: Otis Redding, Sam Cooke, Marvin Gaye). O público adora-a e, através dela, adora estas canções soul que encontramos em Boys & Girls. Quando se tornar cantora de corpo inteiro, de alma preenchida, será um caso sério. E falando de caso sério… Transe tuaregue e devolvemos o elogio aos autores de um dos melhores álbuns de 2013, II: um grande concerto perante uma plateia que, pouco depois, cresceria como em nenhum outro momento da noite. Responsáveis: os Alabama Shakes. Ou melhor, essa mulher de voz poderosa e guitarra a tiracolo chamada Brittany Howard. A banda de Athens, no Sul dos EUA, fenómeno recente da música de raiz americana, tem um amor declarado pelo soul clássica, o gospel e o rock’n’roll dos primórdios. Começaram como banda de versões e isso nota-se, para o bem e para o mal. Ou seja, conhecem intimamente as expressões musicais que idolatram, e isso é bom, mas agem como se estivessem ofuscados por esse brilho, e isso não é necessariamente bom, já que os torna demasiado conservadores. Felizmente têm Brittany Howard, discípula sábia dos seus mestres: canta com a alma na garganta (e todos com ela na canção que os revelou, Hold on), mostra sageza soul ao falar de Heartbreaker (“não é uma canção triste, é uma canção sobre aprender lições”) e revela-se um furacão ao apre- À tarde, víramos um guitarrista tuaregue tocar na aldeia das Porreiras para 50 privilegiados (um dos “concertos surpresa” que a Vodafone FM tem promovido nas redondezas). À noite o mesmo guitarrista, acompanhado pelos mesmos três músicos, mas agora em versão eléctrica, ateou fogo sob a multidão e foi ver como Bombino, homem do Níger que absorveu a música do seu povo e a complementou com vídeos de Jimi Hendrix, suscitou este cenário surpreendente: público em crowd-surfing como em concerto punk, acompanhando a furiosa cadência rítmica da música como em ritual transe de que toda a gente sai viva, mas necessariamente diferente. O autor do celebrado Nomad, produzido pelo Black Keys Dan Auerbach, é um músico sábio. Tacteia o público e experimenta o que será mais indicado para quem o vê. Começou dolente, com a guitarra serpenteando e o ritmo quebrado da bateria a apalpar terreno. Vinte minutos depois do início, estava decidido: as canções seriam uma torrente interminável, com a bateria a fazer corar de vergonha a caixa de ritmos mais eficiente (a sabem-se lá quantas centenas de batidas por minuto), com o baixo e a guitarra ritmo presos num loop encantatório e Bombino, à uma, a conduzir e a ser conduzido pela banda. No palco do Paredes de Coura, este tuaregue foi como que uns Tinariwen com uma injecção de adrenalina, foi os contratempos dos Skatalites atirados ao espaço sideral, foi festa tão festa e tão intensa que, pela primeira vez nesta edição do festival, houve direito a encore. Hoje, quinta-feira, o calor continua. O festival prosseguirá. Venham os Jagawar Ma, os Hot Chip, os The Knife, os Vaccines ou os Toy. HARVARD THEATRE COLLECTION, HOUGHTON LIBRARY, HARVARD UNIVERSITY Cinema Catarina Moura Museu londrino festeja os 100 anos da actriz de E Tudo o Vento Levou com uma exposição da sua colecção de documentos pessoais Da juventude ao momento da sua morte. Toda a vida de Vivien Leigh, a protagonista de E Tudo o Vento Levou (1939), está documentada no arquivo da actriz que o Victoria & Albert (V&A) acaba de comprar. No Outono, fotografias, cartas e outros documentos desta estrela do teatro e do cinema nunca antes mostrados ao público estarão expostos neste museu de Londres, a cidade onde estudou. Foi também em Londres que conheceu Laurence Olivier, com quem esteve casada entre 1940 e 1960, relação especialmente bem documentada neste arquivo. As mais de 200 cartas que trocaram — além de postais, telegramas e fotografias, desde 1938 a 1967 — não são apenas provas de amor. Nelas os dois actores falam também da profissão e do meio em que se movem, chegando mesmo a discutir a fundação do National Theatre. Para além da correspondência com Olivier, nas mais de 7500 cartas que guardou há remetentes e destinatários como Marilyn Monroe, Arthur Miller, T. S. Elliot, Winston Churchill ou mesmo a rainha Isabel, que agradece ao casal britânico que também faria carreira em Hollywood por se lembrar sempre dela (são conhecidas as visitas à família real). Na colecção de cartas há ainda as profissionais. Entre elas aquela em que o dramaturgo Tennessee Williams elogia Leigh por ver nela a Blanche Dubois que sempre imaginou: “É inútil repetir aqui a minha verdadeira felicidade com o filme [a adaptação da sua peça Um Eléctrico Chamado Desejo para o cinema, em que ela contracena com Marlon Brando] e particularmente com o seu papel. É a Blanche com que sempre sonhei e agradeço-lhe por A actriz fotografada por Angus McBean (data desconhecida) lhe dar vida de forma tão bela no ecrã”, escreve Williams em 1950. Muito antes deste elogio, Leigh mostrava-se nervosa na preparação para o filme, quando escrevia ao realizador Elia Kazan: “Quando lhe digo ao telefone que estou preocupada com a forma como vou ficar no filme, não quero dizer que quero estar bem, quero estar óptima.” Leigh troca cartas com Churchill, Marilyn Monroe e até com a rainha de Inglaterra Para além da correspondência de uma vida, o V&A tem agora todos os diários que a actriz escreveu, desde o primeiro, de 1929, aos 16 anos, até ao fim da sua vida, em 1967, bem como o livro de visitas de Notley Abbey, a casa que tinha com Laurence Olivier em Buckinghamshire. Desde 1943, este livro coleccionou as assinaturas de Humphrey Bogart e Lauren Bacall, Orson Welles e Judy Garland, entre tantas outras figuras do século XX. Das fotografias que a actriz guardou, o museu destaca as imagens nunca antes exibidas do filme E Tudo o Vento Levou e da peça Romeu e Julieta, o clássico de Shakespeare produzido por Laurence Olivier em 1940. Há ainda fotografias que a própria actriz tirou das suas viagens aos Estados Unidos, Austrália, Nova Zelândia e Reino Unido e que, segundo o comunicado do museu, “revelam a sociedade que a rodeava e os bastidores das peças em que entrava”. Este espólio foi comprado aos netos da actriz pelo V&A para o seu departamento de teatro e artes de palco e é uma forma de celebrar o centenário do nascimento de Vivien Leigh, em 1913, na Índia britânica. Aos seis anos, Vivien chegou a Londres para ser educada à boa maneira britânica, primeiro num convento, depois pela Europa, para acompanhar o pai (França, Alemanha e Itália). Com apenas sete anos, já dizia às amigas que um dia ia ser famosa e, de facto, tornou-se uma das actrizes de teatro e cinema mais aclamadas. Ganhou dois Óscares para Melhor Actriz com E Tudo o Vento Levou e Um Eléctrico Chamado Desejo (1951), este último valendo-lhe também um prémio no Festival de Veneza. “Vivien Leigh é sem dúvida um dos grandes talentos dos palcos e dos ecrãs e, ao lado de Laurence Olivier, permanece como a grande estrela do seu tempo”, diz Martin Roth, director do V&A no comunicado de imprensa, onde acrescenta que esta é uma oportunidade única para “ter uma fascinante perspectiva sobre o mundo social que a rodeava”. Para o museu, esta é “a casa natural” do arquivo, uma vez que a sua colecção já inclui os figurinos para ela desenhados por Christian Dior para a peça Duel of Angels (1958) e o guarda-roupa de Oliver Messel para César e Cleópatra (1945), em que Leigh e Olivier trocavam a sala lá de casa pelo grande ecrã. AGOSTO SÉRIE ESPECIAL A História vivida e contada pelos portugueses. O Público traz até si uma série especial, neste mês de Agosto, com doze testemunhos sobre o último século da História de Portugal recolhidos por todo o país. É a História contada por quem a viveu na primeira pessoa e que narra as mudanças por que passámos. É a nossa memória do passado mais recente e a influência de vários acontecimentos. Convidamos os nossos leitores para uma viagem que recorda a História de todos nós. VERÃO COM O PÚBLICO Edif. Diogo Cão, Doca de Alcântara Norte, Tel. 21 011 10 10/20 Fax 21 011 10 30 1350-352 Lisboa De seg a sex das 09H às 19H [email protected] Sábado 11H às 17H Mensagens ANGELICAL MASSAGENS Para si q anda stressado refugie-se num espaço tranquilo e requintado. P/ um bem estar físico e emocional. Telm: 96 879 39 87 MASSAGISTA DIPLOMADA PORT. Novidade, 38A. Arte da massagem aliada à sensualidade. Telm.: 911 788 114 TERNURA DOS 40 Massagista prof.,Port., meiga, mass. relaxamento c/ descomp. Telm.: 960427057 ELEIÇÕES GERAIS PARA OS ÓRGÃOS DAS AUTARQUIAS LOCAIS - 2013 O Grupo de Cidadãos Eleitores, candidatos à Assembleia da Freguesia do Norte Pequeno, Concelho da Calheta, São Jorge, Independentes Unidos pelo Norte Pequeno, vem, nos termos e para os efeitos do n.º 4 do artigo 21.º da Lei n.º 19/2003, de 20 de junho, alterado pelo artigo 1.º da Lei n.º 55/2010, de 24 de dezembro, comunicar que constitui Mandatário Financeiro Ana Margarida Borba Pires Bettencourt. A ALZHEIMER PORTUGAL é uma Instituição Particular de Solidariedade Social fundada em 1988. É a única organização em Portugal especificamente constituída para promover a qualidade de vida das pessoas com demência e dos seus familiares e cuidadores. A ALZHEIMER PORTUGAL apoia as Pessoas com Demência e as suas Famílias através de uma equipa multidisciplinar de profissionais, com experiência na Doença de Alzheimer. Os serviços prestados pela ALZHEIMER PORTUGAL incluem Informação sobre a doença, Formação para cuidadores formais e informais, Apoio Domiciliário, Centros de Dia, Apoio Social e Psicológico e Consultas Médicas de Especialidade. www.alzheimerportugal.org Contactos Sede: Av. de Ceuta Norte, Lote 15, Piso 3, Quinta do Loureiro, 1300-125 Lisboa - Tel.: 21 361 04 60/8 - E-mail: [email protected] Centro de Dia Prof. Dr. Carlos Garcia: Av. de Ceuta Norte, Lote 1, Loja 1 e 2 - Quinta do Loureiro, 1350-410 Lisboa - Tel.: 21 360 93 00 Lar e Centro de Dia “Casa do Alecrim”: Rua Joaquim Miguel Serra Moura, n.º 256 - Alapraia, 2765-029 Estoril Tel. 214 525 145 - E-mail: [email protected] Delegação Norte: Centro de Dia “Memória de Mim” - Rua do Farol Nascente n.º 47A R/C, 4455-301 Lavra Tel. 229 260 912 | 226 066 863 - E-mail: [email protected] Delegação Centro: Urb. Casal Galego - Rua Raul Testa Fortunato n.º 17, 3100-523 Pombal Tel. 236 219 469 - E-mail: [email protected] Delegação da Madeira: Avenida do Colégio Militar, Complexo Habitacional da Nazaré, Cave do Bloco 21 - Sala E, 9000-135 FUNCHAL Tel. 291 772 021 - E-mail: [email protected] Núcleo do Ribatejo: R. Dom Gonçalo da Silveira n.º 31-A, 2080-114 Almeirim Tel. 24 300 00 87 - E-mail: [email protected] Núcleo de Aveiro: Santa Casa da Misericórdia de Aveiro - Complexo Social da Quinta da Moita - Oliveirinha, 3810 Aveiro Tel. 23 494 04 80 - E-mail: [email protected] PÚBLICO, SEX 16 AGO 2013 CLASSIFICADOS 27 ENTRONCAMENTO - TRIBUNAL JUDICIAL CARLOS PAZ Agente de Execução Cédula 2186 Secção Única N.º do Processo: 62/07.0TBENT Exequente: Caixa Económica Montepio Geral Executada: Lúcia Maria Gonçalves Bernardino Santos Bica Valor: 241.133,94 € Referência Interna: PE/429/2007 CITAÇÃO/EDITAL Nos termos e para os efeitos do disposto no artigo 248.º do Código Processo Civil (CPC), correm éditos de 30 (trinta) dias, contados a partir da data de publicação do presente anúncio, citando o(a) ausente Lúcia Maria Gonçalves Bernardino Santos Bica, com última residência conhecida Rua D. Afonso Henriques, n.º 175, 2330-137 Entroncamento, para no prazo de vinte dias, decorrido que seja o dos éditos, pagar ou deduzir oposição à execução acima identificada nos termos do artigo 813.º do CPC. Nos termos do n.º 1 do artigo 818.º do CPC, o recebimento da oposição só suspende o processo de execução quando o oponente preste caução ou quando, tendo o oponente impugnado a assinatura do documento particular e apresentado documento que constitua princípio de prova, o juiz, ouvido o exequente, entenda que se justifica a suspensão. O duplicado do requerimento executivo e a cópia dos documentos encontram-se à disposição do citando na secretaria do Tribunal ou escritório do agente de execução. MEIOS DE OPOSIÇÃO: Nos termos do disposto no artigo 60.º do C.P.C. e tendo em consideração o valor do processo, para se opor à execução (que terá de ser apresentada no Tribunal supra-identificado) é obrigatória a constituição de advogado quando o valor da execução é superior à alçada do tribunal de primeira instância (3.740,98 euros). A apresentação de oposição implica o pagamento de taxa de justiça autoliquidada. COMINAÇÃO EM CASO DE REVELIA: Caso não se oponha à execução no prazo supra-indicado e não pague ou caucione a quantia exequenda, segue-se a PENHORA dos bens necessários para garantir o pagamento da quantia exequenda, juros e acréscimo das despesas previsíveis a que se refere o n.º 3 do art.º 821.º do CPC. DO PAGAMENTO, E DAS DESPESAS E HONORÁRIOS DO AGENTE DE EXECUÇÃO: Poderá efectuar o pagamento da quantia exequenda, juros e despesas de acordo com as instruções constantes da primeira página. Os honorários e despesas do agente de execução nesta data estimam-se em 12.056,70 euros, sem prejuízo de posterior revisão de acordo com o n.º 2 do artigo 12.º da Portaria n.º 331-B/2009, de 30/03. INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES: Sendo requerido benefício de apoio judiciário na modalidade de nomeação de patrono, deverá o citando juntar aos presentes autos, no prazo da contestação, documento comprovativo da apresentação do referido requerimento, para que o prazo em curso se interrompa até notificação do apoio judiciário. O prazo processual, estabelecido por lei ou fixado por despacho do juiz, é contínuo, suspendendo-se, no entanto, durante as férias judiciais (que decorrem de 22 de Dezembro a 3 de Janeiro, do domingo de Ramos à segunda-feira de Páscoa e de 16 de Julho a 31 de Agosto), salvo se a sua duração for igual ou superior a seis meses ou se tratar de actos a praticar em processos que a lei considere urgentes. Quando o prazo para a prática do acto processual terminar em dia em que os tribunais estiverem encerrados, transfere-se o seu termo para o primeiro dia útil seguinte. Os tribunais consideram-se encerrados quando for concedida tolerância de ponto (conferir artigos 143.º e 144.º do Código Processo Civil e o artigo 12.º da Lei n.º 3/99, de 13 de Janeiro, com a redacção dada pela Lei n.º 43/2010 de 3 de Setembro). O Agente de Execução - Carlos Paz Rua Actor Isidoro, n.º 28, r/c dt.º, 1900-019 Lisboa Tel. 218422640 - 218481353 - Fax. 218475095 - e-mail: [email protected] EUGÉNIA MARIA CALDAS TEIXEIRA REIS DE BIVAR WEINHOLTZ MISSA DE 1.º ANIVERSÁRIO ANTÓNIO NUNES DO CARMO PEDRO MISSA DE 7.º DIA E AGRADECIMENTO Seus Filhos, Nora, Genro, Netos e Bisnetos participam que será celebrada Missa de 1.º Aniversário amanhã, sábado, às 19 horas na Igreja da Encarnação, ao Chiado, agradecendo desde já a todas as pessoas que se dignarem assistir a este acto. Sua Família participa que será celebrada Missa de 7.º Dia amanhã, dia 17, às 19.00 horas na Basílica da Estrela. Agradecem desde já a todos os que se dignarem assistir a este acto, bem como aos que de qualquer forma lhes manifestaram o seu pesar. Agência Funerária Barata Servilusa - Número Verde Grátis 800 204 222 Serviço Funerário Permanente 24 Horas Agência Funerária Restelo Servilusa - Número Verde Grátis 800 204 222 Serviço Funerário Permanente 24 Horas Aqui encontra produtos exclusivos Público e Classificados Porto M. Cunha Consultores R. João de Barros, n.º 361 - Lj. 12, 4150-416 Tel. 226 182 021 Porto Tab. Fonte da Moura, Lda Av. Antunes Guimarães, 61, 4100-079 Tel. 226 181 442 Gaia Infortítulos Unipessoal, Lda. Av. da República El Corte Inglés - 4430-999 Tel. 222 407 833 Braga Bracara - Rui Magalhães, Lda. R. Gen. Humberto Delgado, 47 - Lj. 63, 4715-115 Tel. 253 271 789 Público, 16/08/2013 - 2.ª Pub. Procura a porta de entrada para o mercado de trabalho? Inscreva-se em emprego.publico.pt EM PARCERIA COM Candidate-se às ofertas da maior comunidade de trabalho. 28 | PÚBLICO, SEX 16 AGO 2013 FICAR Os mais vistos da TV Quarta-feira, 14 % Aud. Share A Seleção - Preparação RTP1 14,6 Avenida Brasil SIC 11,5 Dancin' Days SIC 11,0 Destinos Cruzados TVI 9,6 SIC 8,7 Jornal da Noite 34,8 30,2 25,2 22,8 21,8 FONTE: CAEM RTP1 2: SIC TVI Cabo 18,9% % 2,4 19,3 21,1 27,6 CINEMA O Perfume - História de um Assassino Título Original: Perfume: The Story of a Murderer De: Tom Tykwer Com: Ben Whishaw, Francesc Albiol, Dustin Hoffman, David Calder ESP/ALE/FRA, 2006, 147 min Hollywood, 23h30 Adaptação do romance de Patrick Süskind, é a história de Grenouille, que nasceu diferente e em circunstâncias pouco dignas, em 1738, em Paris. No entanto, é dotado de um olfacto extraordinário. Depois de trabalhar numa tinturaria, consegue um lugar de aprendiz na perfumaria de Baldini (Dustin Hoffman). As essências e os cheiros tornam-se a sua obsessão, que o leva a querer capturar os magníficos perfumes de algumas jovens mulheres que assassina sem escrúpulos. O Capitão Corelli [Captain Corelli’s Mandolin] FOX Movies, 18h29 A bela ilha grega de Cefalónia permanecia esquecida no tempo, entre o azul-turquesa do mar Jónico, até que a Segunda Guerra Mundial veio alterar essa paz idílica. Com a ocupação dos italianos, chega o jovial capitão Antonio Corelli, um homem apaixonado pelo bandolim, que prefere o amor à guerra. Corelli deixa-se conquistar por uma beldade local, Pelagia. A jovem, apesar de se mostrar no início hostil, muda de atitude quando convive com mais frequência com o tocador de bandolim. Quando o noivo de Pelagia parte para a guerra, a relação entre os dois adensa-se. Realizado por John Madden, com Nicolas Cage e Penélope Cruz nos principais papéis. Patrulha de Bairro [The Watch] TVC1, 21h30 Evan, Bob, Franklin e Jamarcus (Ben Stiller, Vince Vaughn, Jonah Hill e Richard Ayoade) são quatro amigos que vivem no mesmo bairro. Mais para fugirem ao tédio do que por acreditarem verdadeiramente na necessidade de tal missão, decidem criar um esquadrão para proteger a vizinhança de todo o O Perfume - História de um Assassino tipo de perigos. Assim, uma vez por semana, fazem a sua ronda pelo bairro, verificando se tudo está em ordem ou se alguém está metido em apuros. O que eles não poderiam imaginar é que, de facto, a zona está a ser alvo de uma invasão alienígena. De repente, os quatro amigos tornam-se a última esperança de salvação da Humanidade. Os Anjos de Charlie [Charlie’s Angels] AXN White, 21h50 A popular série televisiva dos anos 70 — que contava com as interpretações de Farrah Fawcett, Jaclyn Smith e Kate Jackson — foi adaptada para o grande ecrã em 2000 com um novo trio feminino. São lindas, inteligentes e trabalham como detectives para Charlie, um milionário invisível, que, tal como na série, não passa de uma voz misteriosa a ditar ordens às suas belas meninas. Elas, Natalie (Cameron Diaz), Dylan (Drew Barrymore) e Alex (Lucy Liu), são peritas em artes marciais que dispensam as armas na altura de fazer frente ao inimigo. O Mistério da Estrada de Sintra TVC2, 22h00 Uma adaptação do policial escrito a quatro mãos, para o Diário de Notícias, por Eça de Queirós e Ramalho Ortigão. Ivo Canelas e António Pedro Cerdeira dão corpo aos dois escritores, que criam a história de um rapto ao qual se sucedem histórias de traições, a morte de um inglês, ameaças, duelos e intrigas. O filme foi realizado por Jorge Paixão da Costa. O Último Grande Herói [Last Action Hero] AXN Black, 22h24 O jovem Danny Madigan é o maior fã de Jack Slater, um actor de filmes de acção tipicamente americanos. Quando o último filme de Slater estreia, o melhor amigo de Danny oferece-lhe um bilhete de cinema. Mas, sem o saber, Danny recebe um bilhete com poderes mágicos e acaba por ser transportado para o interior da tela e conhece o seu herói. Porém, uma das personagens do filme, Benedict, o mau da fita, apodera-se do bilhete e consegue passar para o mundo real, onde se torna uma grande ameaça para todos. Cabe a Danny e Slater impedirem que Benedict acabe por vencer. De John McTiernan. Cecil B. DeMente [Cecil B. Demented] FOX Movies, 2h10 A superestrela Honey Whitlock (interpretada por Melanie Griffith) é raptada por um bando de lunáticos chamado Sprocket Holes. O chefe é Cecil B. Demente (Stephen Dorff ), um jovem realizador carismático, tresloucado e purista, que rejeita as regras comerciais e morais impostas por Hollywood. Para acabar de vez com a indústria cinematográfica convencional, os cineastas guerrilheiros, fervorosos adeptos da produção underground, decidem aterrorizar a população, filmar as suas reacções e utilizá-las na primeira longa-metragem do realizador. A actriz raptada vai ter de participar nesta cruzada em nome do cinema de autor. DOCUMENTÁRIOS Armagedão Animal: A Grande Extinção Odisseia, 16h29 O que causou a extinção de espécies na Pré-história? Recuando no tempo, é feita uma análise às causas e consequências do desaparecimento de espécies animais e vegetais. Com a ajuda de cientistas, especialistas e artistas, é também oferecido um vislumbre de como era o nosso planeta há milhões de anos, dando a conhecer os habitantes que outrora vaguearam pela Terra. Caçadores de Furacões Odisseia, 22h29 O risco é enorme para estes profissionais, mas as vidas de inúmeras pessoas dependem da sua coragem e habilidade. Com acesso a uma equipa de PÚBLICO, SEX 16 AGO 2013 | 29 Televisão 4.51 FOX, 14.51 mpsons Os Simpsons [email protected] [email protected] reconhecimento meteorológico, pertencente à Força Aérea dos EUA, revelam-se os segredos do árduo trabalho dos caçadores de furacões em algumas das tempestades mais devastadoras dos últimos anos. A sua missão é recolher o maior número de dados possível sobre tempestades tropicais. No entanto, só há uma forma de recolher esses dados: entrar com o avião no olho do furacão. O Preço da História História, 00h55 A família Harrison depara-se com um colar de ouro de meio quilo que pertenceu ao rei do rock’n’roll, Elvis Presley. Conseguirá Rick perceber se é uma relíquia ou uma boa imitação? Uma colecção de mais de 200 miniaturas antigas de carros Matchbox, dos anos 50 e 70 também irá dar que falar. Mais tarde, um homem traz um par de capacetes pickelhaube, com o seu pico característico no topo. Irá Rick resistir a um pedaço da História russa? Colisão ao Volante Odisseia, 19h11 RTP1 6.30 Bom Dia Portugal 10.00 Verão Total 13.00 Jornal da Tarde 14.00 Windeck - O Preço da Ambição 14.30 Há Volta - Torre 16.00 Ciclismo: 75.ª Volta a Portugal em Bicicleta - 8.ª etapa (Oliveira do Hospital - alto da Torre) 18.00 Portugal em Directo 19.00 O Preço Certo 19.45 Direito de Antena 20.00 Telejornal 21.00 Bem-vindos a Beirais 21.30 Hotel 5 Estrelas - O que faz falta é motivar a malta 22.15 Portugueses Pelo Mundo - Zurique 23.00 Filme: As Pragas 1.00 Sob Suspeita - 2.ª temporada 2.00 Ciclismo: 75.ª Volta a Portugal em Bicicleta 2.30 Vidas em Jogo RTP2 7.00 Zig Zag 14.56 Duas Miúdas nas Lonas 15.18 Iniciativa 15.22 Sociedade Civil - Como escolher uma creche? 16.57 A Fé dos Homens 17.30 Atletismo: Campeonato do Mundo - Moscovo 2013 20.11 Ler +, Ler Melhor 20.15 Zig Zag 20.51 Ler +, Ler Melhor 21.00 Sonhar Era Fácil 22.00 Síntese 24 horas - Directo 22.22 Agora (Diários) 22.27 Clínica Privada - 5.ª temporada 23.13 Lado B 00.07 Conexão 1.33 Agora (Diários) 1.40 Euronews 13.00 Doze 14.35 Operação Outono 16.05 Dark Tide - Águas Profundas 17.55 Puncture - A Verdade Escondida 19.35 O Rancho do Amor 21.30 Patrulha de Bairro 23.15 Uma Bela Orgia à Moda Antiga 00.50 Doze Ordem: Unidade Especial 21.30 Hawai Força Especial 23.08 Investigação Criminal: Los Angeles 00.04 Filme: Rambo - A Fúria do Herói 1.41 The Bridge FOX LIFE FOX MOVIES 12.12 A Caserna dos Calões 13.44 Kung Pow - Punhos de Aço 15.04 A Mosca 16.38 Confissões de Uma Mente Perigosa 18.29 O Capitão Corelli 20.34 O Mentiroso Compulsivo 22.00 Regresso ao Futuro III 23.56 Aliens - O Recontro Final 2.10 Cecil B. DeMente 14.04 Glee 14.49 Anatomia de Grey 15.33 Tudo Acaba Bem 16.19 No Meio do Nada 16.42 Revenge 17.25 Alienados 18.07 Glee 18.52 Revenge 19.37 Anatomia de Grey 20.18 O Sexo e a Cidade 21.25 Filme: Virgem aos 40 Anos 23.25 O Sexo e a Cidade 1.32 Anatomia de Grey HOLLYWOOD DISNEY 12.00 Intruder: Missão de Alto Risco 13.55 Superhero Movie - Um Estrondo de Filme! 15.20 Os Goonies 17.20 Harry Potter e a Câmara dos Segredos 20.00 Academia de Polícia 3: De Volta aos Treinos 21.30 Escola de Rock 23.30 O Perfume - História de um Assassino 2.00 Os Estranhos 15.24 Kim Possible 15.48 Timon e Pumba 16.35 Quack Pack 17.00 Phineas e Ferb 17.23 Monster High 17.26 Phineas e Ferb 17.50 Par De Reis eis 19.55 Filme: Os Ténis Mágicos 2 21.29 29 Toy Story Toons muitos pais se interrogam: como escolher uma creche? Numa conversa moderada por Eduarda Maio, diversos especialistas procuram responder a questões tão diferentes como acessos e localização, o lugar onde as crianças dormem a sesta, o número de educadores por sala ou as condições nos refeitórios e outros espaços comuns. INFANTIL Par de Reis Disney, 17h50 DISCOVERY 14.28 O Mentalista 16.00 Castle 17.32 Investigação Criminal 19.04 C.S.I. Nova Iorque 20.38 A Teoria do Big Bang 21.30 Investigação Criminal 1.36 A Teoria do Big Bang 18.20 O Segredo das Coisas 18.45 O Segredo das Coisas 19.10 Mestress de Engenharia 20.05 Caçadores de Leilões 20.30 Caçadores de Leilões 21.00 A Febre do Ouro 22.00 À Pesca ca de Ouro 22.55 República Réptil 23.45 45 Miami SWAT 00.35 Jóias sobre Rodas as AXN BLACK HISTÓRIA 14.48 Filme: Segurança Nacional 16.16 Torchwood 17.08 Sobrenatural 17.54 Jornalistas 18.51 Torchwood 19.43 A Rainha das Sombras 20.31 The Killing: Crónica de um Assassinato 21.35 A Rainha das Sombras 22.24 Filme: O Último Grande Herói 00.36 A Rainha das Sombras 18.35 Caçadores do Pântano: Pressão ão a Aumentar 19.25 O Preço da História: ia: Silencioso e Mortal 19.50 O Preço da a História: O Cachimbo do Riso 20.15 O Preço da História: Au Ralenti 20.40 O Preço da História: A Jóia do Rei 21.05 Universo Submarino: Marés Mortais 22.00 O Terceiro Reich: A Queda Ep.1 e 2 23.40 A Humanidade: As Revoluções 00.30 O Preço da História: Au Ralenti AXN SIC Especialistas afirmam que, “por cada novo carro fabricado este ano, outro sofrerá um acidente” e que quase metade dos acidentes é causada por erros do condutor. Com recurso às inovações na Medicina, na Engenharia e até na tecnologia militar, são reveladas formas de aumentar as possibilidades de sobreviver a um acidente, bem como novidades que estão a chegar ao mundo da viação. MAGAZINE Sociedade Civil RTP2, 15h22 É um assunto muitas vezes pouco esclarecido e sobre o qual 6.00 LOL@SIC 7.00 Edição da Manhã 8.45 A Vida nas Cartas - O Dilema 10.15 Querida Júlia - Sextas Mágicas 13.00 Primeiro Jornal 14.25 Querida Júlia - Sextas Mágicas 19.15 Cheias de Charme 20.00 Jornal da Noite 21.50 Dancin´ Days 22.55 Avenida Brasil 23.50 Páginas da Vida 00.55 Investigação Criminal: Los Angeles - 3.ª temporada 1.35 Donas de Casa Desesperadas - 7.ª temporada 2.45 Volante 3.10 Podia Acabar o Mundo AXN WHITE TVI 6.30 Diário da Manhã 10.11 Você na TV! - Directo 13.00 Jornal da Uma 14.30 Ninguém Como Tu 16.20 A Tarde é Sua - Directo 19.00 Doida Por Ti 20.00 Jornal das 8 21.22 Euromilhões 21.40 Gang dos Cotas 22.08 Destinos Cruzados 23.20 Mundo ao Contrário 00.30 Casos da Vida 2.23 Castle 3.14 O Código de Chicago 4.07 É a Vida Alvim 5.08 Deixa-me Amar TVC1 11.20 Puncture - A Verdade Escondida 14.35 Era uma vez 15.22 Regras do Jogo 16.10 Filme: Amar-Te-Ei Até Te Matar 17.48 As Ginastas 18.36 Era uma vez 19.24 A Vida Secreta de uma Teenager Americana 20.12 Regras do Jogo 21.00 Descobrindo Nina 21.50 Filme: Os Anjos de Charlie 23.30 Descobrindo Nina 00.17 Medium 1.04 Regras do Jogo 1.28 Regras do Jogo FOX 14.05 Family Guy 14.51 Os Simpson 16.17 Foi Assim Que Aconteceu 17.05 Investigação Criminal: Los Angeles 17.48 C.S.I. Nova Iorque 19.13 Agente Dupla 19.57 Agente Dupla 20.41 Lei & ODISSEIA 18.12 Camionistas do Mundo II: Canadá 19.11 Colisão ao Volante 20.05 Combates Corpo a Corpo: O Resgate da Prisão do Panamá 20.32 Combates Corpo a Corpo: Atiradores Furtivos e Batedores 21.00 1000 Formas de Morrer 22.04 Caçadores de Furacões: Um Piloto Principiante à Beira do Desastre 22.29 Caçadores de Furacões: Como Transformar-se num Caçador de Furações? 22.53 Natureza, Força Destrutiva 23.40 1000 Formas de Morrer 00.48 Caçadores de Furacões: Um Piloto Principiante à Beira do Desastre Especial We Love Sextas. Em Chicago, os gémeos Brady e Boomer têm uma vida normal de adolescentes, mas tudo muda quando Mason, o secretário e conselheiro real da ilha de Kinkou, chega à sua escola e informa os irmãos que eles são herdeiros do trono. Os irmãos deslocam-se à ilha e descobrem um local cheio de superstições e estranhos hábitos. Os Ténis Mágicos 2 Disney, 19h55 Jerome e os amigos adoram jogar basquetebol de rua, mas sabem que nunca vão conseguir vencer os rapazes mais velhos da vizinhança. Até que, um dia, Jerome encontra uns ténis velhos de Michael Jordan e descobre que, miraculosamente, consegue jogar basquetebol como a estrela. 30 | PÚBLICO, SEX 16 AGO 2013 SAIR Em estreia [email protected] [email protected] CINEMA Lisboa CinemaCity Campo Pequeno C. Lazer do Campo Pequeno. T. 217981420 Percy Jackson e o Mar dos Monstros M12. Sala 1 - 13h25, 18h50, 21h50 (3D), 16h, 00h05 (2D); Elysium M12. VIP 2 - 13h20, 15h30, 17h40, 19h50, 22h, 00h10; Aviões M6. Sala 3 - 15h25, 19h30 (V.Port./3D), 13h20, 17h30, 21h35, 23h40 (V.Port./2D); Depois da Terra M12. VIP 4 00h30; Turbo M6. VIP 4 - 13h25 (V.Port.); O Mascarilha M12. VIP 4 - 15h35, 18h30, 21h30; WWZ: Guerra Mundial M16. Sala 5 - 22h05; Gru - O Maldisposto 2 M6. Sala 5 - 15h45, 19h55 (V.Port.); Batalha do Pacífico M12. Sala 5 - 00h20; Turbo M6. Sala 5 - 17h50 (V.Port.); Os Smurfs 2 M6. Sala 5 - 13h30 (V.Port./3D); Miúdos e Graúdos 2 M12. Sala 6 - 19h40; Wolverine M12. Sala 6 - 21h40, 00h15; A Gaiola Dourada M12. Sala 6 - 13h45, 17h50; Os Smurfs 2 M6. Sala 6 - 15h35 (V.Port.); O Mascarilha M12. Sala 7 - 13h30, 23h55; RED 2 - Ainda Mais Perigosos M12. Sala 7 - 16h30, 18h45, 21h35; Monstros: A Universidade M6. Sala 8 - 13h35 (V.Port.); A Gaiola Dourada M12. Sala 8 - 15h50, 19h55, 21h45, 24h; Os Smurfs 2 M6. Sala 8 - 17h40 (V.Port.); CinemaCity Classic Alvalade Avª de Roma, nº 100, Lisboa . T. 218413045 Aviões M6. Sala 1 - 13h30, 15h30, 17h30, 19h30, 21h30, 23h50 (V.Port.); O Mascarilha M12. Sala 2 - 13h, 16h, 18h55, 21h50; A Gaiola Dourada M12. Sala 3 - 13h40, 15h40, 17h40, 19h40, 21h40, 23h45; Quarteto M12. Sala 4 - 20h; Antes da Meia-Noite M12. Sala 4 - 21h55; Paixões Proibidas M16. Sala 4 - 13h25, 17h50; Os Smurfs 2 M6. Sala 4 - 15h35 (V.Port.); O Mascarilha M12. Sala 4 - 24h Medeia Fonte Nova Est. Benfica, 503. T. 217145088 Elysium M12. Sala 1 - 14h20, 16h45, 19h15, 21h45; A Gaiola Dourada M12. Sala 2 14h30, 17h, 19h30, 22h; Os Smurfs 2 M6. Sala 3 - 14h10 (V.Port.); O Mascarilha M12. Sala 3 - 18h30; RED 2 - Ainda Mais Perigosos M12. Sala 3 - 16h15, 21h30 Medeia King Av. Frei Miguel Contreiras, 52A. T. 218480808 A Rapariga do 14 de Julho M12. Sala 1 13h45, 15h45, 17h45, 19h45, 21h45, 00h15; Dentro de Casa M12. Sala 2 - 13h10, 15h15, 17h20, 19h25, 21h30, 24h; O Gangue de Hollywood M12. Sala 3 - 14h, 16h, 18h, 20h, 22h, 00h30 Medeia Monumental Av. Praia da Vitória, 72. T. 213142223 A Gaiola Dourada M12. Sala 4 - Cine Teatro 14h, 16h, 18h, 20h, 22h, 00h30; Elysium M12. Sala 1 - 14h15, 16h45, 19h15, 21h45, 00h15; O Gangue de Hollywood M12. Sala 2 - 13h30, 15h30, 17h30, 19h30, 21h30, 24h; O Mascarilha M12. Sala 3 - 18h30; A Rapariga do 14 de Julho M12. Sala 3 - 13h, 14h50, 16h40, 21h30, 24h Nimas Av. 5 Outubro, 42B. T. 213574362 Uma Família Respeitável M12. Sala 1 - 15h30, 18h30, 21h30 UCI Cinemas - El Corte Inglés Av. Ant. Aug. Aguiar, 31. T. 707232221 Mestres da Ilusão M12. Sala 1 - 14h, 16h35, 19h10, 21h45, 00h25; RED 2 - Ainda Mais Perigosos M12. Sala 2 - 14h05, 16h45, 19h15, 21h50, 00h30; Dentro de Casa M12. Sala 3 - 19h10, 21h35, 24h; Turbo M6. Sala 3 - 14h15 (V.Port./2D), 16h40 (V.Port./3D); Gru - O Maldisposto 2 M6. Sala 4 - 14h20 (V.Port./ 3D), 16h25 (V.Port./2D); Um Homem de Família M16. Sala 4 - 18h45, 21h45, 00h25; Percy Jackson e o Mar dos Monstros M12. Sala 5 - 14h10, 16h40, 19h05 (2D), 21h35, 00h05 (3D); Aviões M6. Sala 6 - 14h10, 18h45, 23h30 (V.Port./2D), 16h30, 21h15 (V.Port./3D); Paixões Proibidas M16. Sala 7 14h05, 16h45, 19h15, 21h55, 00h30; Antes da Meia-Noite M12. Sala 8 - 19h15; Wolverine M12. Sala 8 - 14h, 16h35, 21h40, 00h25; A Gaiola Dourada M12. Sala 9 - 14h10, 16h30, 19h, 21h30, 23h45; Möbius - Laço Mortal M12. Sala 10 - 14h10, 16h40, 19h10, 21h40, 00h10; Só Deus Perdoa M16. Sala 11 - 22h, 00h15; Os Smurfs 2 M6. Sala 11 - 14h, 18h40 (V.Port./3D), 16h20 (V.Port./2D); Elysium M12. Sala 12 - 14h15, 16h50, 19h15, 21h50, 00h20; O Mascarilha M12. S. 13 - 15h, 18h15, 21h20, 00h20; O Gangue de Hollywood M12. Sala 14 - 14h, 16h, 18h, 20h, 22h, 00h20 ZON Lusomundo Alvaláxia Estádio José Alvalade. T. 16996 Mestres da Ilusão M12. 13h45, 16h25, 21h15, 23h50; Miúdas a Abrir 19h10; Elysium M12. 13h30, 16h20, 18h50, 21h30, 24h; O Mascarilha M12. 13h25, 16h50, 21h, 00h10; A Gaiola Dourada M12. 13h10, 15h20, 17h30, 19h40, 21h50, 00h20; Aviões M6. 13h20, 15h40, 18h, 21h10, 23h30 (V.Port.); RED 2 Ainda Mais Perigosos M12. 13h35, 16h15, 18h30, 21h25, 23h40; Percy Jackson e o Mar dos Monstros M12. 13h55, 16h40, 19h10 (2D), 21h40, 00h30 (3D); Batalha do Pacífico M12. 21h20, 00h30; Os Smurfs 2 M6. 13h40, 16h10, 18h40 (V.Port.); Wolverine M12. 13h15, 16h, 18h45, 21h30, 00h15; Bairro M12. 21h45, 00h10; Turbo M6. 3h30, 15h50, 18h20 (V.Port.); Gru - O Maldisposto 2 M6. 13h15, 15h30, 17h50 (V.Port.); Um Homem de Família M16. 21h35, 23h55; Os Prodígios M16. 13h50, 16h30, 18h35, 21h35, 00h05 ZON Lusomundo Amoreiras Av. Eng. Duarte Pacheco. T. 16996 A Gaiola Dourada M12. 13h, 15h10, 17h20, 19h30, 21h40, 24h; Aviões M6. 13h20, 15h30 (V.Port./2D), 18h20, 21h20, 23h30 (V.Port./3D; Elysium M12. 13h40, 15h50, 18h, 21h, 23h50; Bowling - Amigas em Jogo M12. 14h, 16h10, 18h20, 21h30, 23h40 ; O Gangue de Hollywood M12. 13h30, 15h40, 18h40, 21h10, 23h20; Os Smurfs 2 M6. 13h, 15h20, 17h50 (V.Port.); O Mascarilha M12. 20h50, 24h; Viramundo M12. 13h40, 16h20, 18h50, 21h30, 23h55 ZON Lusomundo Colombo Av. Lusíada. T. 16996 Percy Jackson e o Mar dos Monstros M12. 12h45, 15h55, 18h35 (2D), 21h15, 23h50 (3D); Turbo M6. 13h10, 15h30, 17h55 (V.Port.); Miúdos e Graúdos 2 M12. 21h40, 00h15; Os Smurfs 2 M6. 13h20, 15h40, 18h10 (V.Port.); O Gangue de Hollywood M12. 21h35, 23h55; A Gaiola Dourada M12. 13h15, 15h35, 18h, 21h30, 23h45; Aviões M6. 13h05, 15h25, 17h50 (V.Port./2D), ), 21h05, 23h30 (V.Port./3D); RED 2 - Ainda Mais Perigosos M12. 12h50, 15h50, 18h30, 21h10, 24h; Gru - O Maldisposto 2 M6. 13h25, 16h, 18h25 (V.Port.); Wolverine M12. 21h25, 00h25; O Mascarilha M12. 13h30, 17h, 21h, 00h20; Elysium M12. 13h, 15h45, 18h20, 21h20, 00h05 ZON Lusomundo Vasco da Gama Parque das Nações. T. 16996 Elysium M12. 13h, 15h30, 18h20, 21h30, 00h10; Gru - O Maldisposto 2 M6. 13h20, 15h40 (V.Port.); O Mascarilha M12. 18h, 21h10, 00h20; Wolverine M12. 21h, 24h; Os Smurfs 2 M6. 13h30, 16h, 18h30 (V.Port.); RED 2 - Ainda Mais Perigosos M12. 21h50, 00h30; Aviões M6. 13h10 (V.Port./2D), 15h20, 17h30, 19h40 (V.Port./3D); A Gaiola Dourada M12. 12h50, 15h10, 17h20, 19h30, 21h40, A Rapariga do 14 de Julho De Antonin Peretjatko. Com Marie-Lorna Vaconsin, Vincent Macaigne, Grégoire Tachnakian, Vimala Pons. FRA. 2013. 88m. Comédia. M12. Hector vive obcecado por Truquette desde o dia em que a viu pela primeira vez. Decidido a impressioná-la, convida-a para umas férias junto ao mar. Pator, amigo de Hector, acha a ideia tão boa que decide acompanhálos, uma vez que ela vai levar Charlotte, a melhor amiga. Assim, os quatro partem rumo a umas merecidas férias, seguindo por estradas secundárias que cruzam um país mergulhado em dificuldades económicas. É então que, a meio caminho, eles descobrem que o Governo decidiu encurtar o período de descanso nacional... Aviões Aviões De Klay Hall. Com Val Kilmer (Voz), Julia Louis-Dreyfus (Voz), Teri Hatcher (Voz). EUA. 2013. 92m. Animação. M6. Dusty é um simpático avião fumigador que dedicou toda a sua vida à agricultura. Porém, o seu maior sonho é participar em corridas de aviões, competindo com os mais velozes e habilidosos pilotos do mundo. Mas, além de não ter sido construído para tais proezas, ele tem um problema que sempre lhe condicionou os movimentos: um absoluto e paralisante pavor das alturas... Elysium De Neill Blomkamp. Com Matt Damon, Jodie Foster, Sharlto Copley. EUA. 2013. 109m. Drama, Acção, Ficção Científica. M12. Em 2159, as diferenças económicas entre os seres humanos traduzem-se numa total diferenciação entre classes. Os ricos vivem numa estação espacial chamada Elysium, que lhes dá acesso a todas as formas de prazer; os restantes vivem miseravelmente num planeta Terra sobrepovoado e à beira do colapso. Porém, à medida que a situação se agudiza, os seus habitantes mostram-se cada vez mais desesperados por encontrar formas de sair do planeta. Deste modo, não tardará que alguns rebeldes se associem e se insurjam contra o governo de Elysium. Bowling - Amigas em Jogo De Marie-Castille MentionSchaar. Com Catherine Frot, Mathilde Seigner, Firmine Richard. FRA. 2012. 90m. Comédia. M12. Catherine é enviada para Carhaix, na Bretanha (França), para reestruturar o hospital local, que tem sido alvo de uma gestão duvidosa. Apesar de bem-intencionada, a verdade é que ela, como quase todos os seus compatriotas, vem cheia de preconceitos em relação aos locais. Mas, quando conhece Mathilde, Firmine e Louise, três aficionadas do “bowling” com quem pouco ou nada tem em comum, encontrará uma amizade profunda e verdadeira que a vai fazer ver a vida de uma outra maneira. Os Prodígios De Antoine Charreyron. Com Jeffrey Evan Thomas, Lauren Ashley Carter, Moon Dailly. CAN/LUX/Índia/GB/BEL/FRA. 2011. 87m. Animação. M16. Jimbo Farrar tem 30 anos e capacidades sobre-humanas. Devido a um passado conturbado, o grande objectivo da sua vida é encontrar pessoas iguais a si e ajudá-las. Para isso, cria um jogo online cujos desafios apenas poderão ser resolvidos por mentes verdadeiramente prodigiosas. E é assim que vai conhecer cinco adolescentes que, apesar de totalmente diferentes, vivem os mesmos problemas de adaptação. Porém, depois de um assalto que deixa um deles às portas da morte, os jovens decidem unir as suas forças e vingar-se de uma comunidade que sempre os olhou com desdém. Agora, Jimbo tem de encontrar uma forma de os impedir. Percy Jackson e o Mar dos Monstros De Thor Freudenthal. Com Logan Lerman, Alexandra Daddario, Nathan Fillion. EUA. 2013. 106m. Aventura, Fantasia. M12. Percy Jackson sempre se sentiu estranho e diferente. Isto até compreender que, afinal, ele é um semideus, filho de Poséidon, o soberano dos mares e das tempestades, e de uma humana por quem o deus grego se apaixonou. Depois das aventuras do passado, ele vêse a braços com uma enorme responsabilidade: a salvação dos da sua raça. Mas, para que isso seja possível, terá de embarcar numa perigosa aventura pelas águas do Mar dos Monstros e enfrentar criaturas sedentas de morte e destruição. Viramundo De Pierre-Yves Borgeaud. SUI/ FRA. 2013. 95m. Documentário. M12. Músico e filantropo de reconhecimento internacional, Gilberto Gil segue uma longa viagem pelo hemisfério sul. Do Brasil à Austrália, passando pela África do Sul, ele dá seguimento ao trabalho que iniciou no Ministério da Cultura - quando, em 2003, se tornou no primeiro ministro negro do Brasil - promovendo o poder da diversidade cultural num mundo globalizado e cheio de injustiças. PÚBLICO, SEX 16 AGO 2013 | 31 DR Festas do Mar A Baía de Cascais é novamente animada pelas festividades em honra de Nossa Senhora dos Navegantes, a protectora dos pescadores. Até dia 25, há espectáculos diários com grandes nomes da música nacional. A excepção é o britânico Craig David (na foto), que abre hoje as portas da festa. Depois, tocam Miguel Gameiro (17), João Pedro Pais 23h50; Turbo M6. 13h40 (V.Port.); Percy Jackson e o Mar dos Monstros M12. 16h10, 18h40 (2D), 21h20, 23h40 (3D) Amadora CinemaCity Alegro Alfragide C.C. Alegro Alfragide. T. 214221030 A Gaiola Dourada M12. VIP Light - 17h55, 19h45, 21h35, 23h50; Os Smurfs 2 M6. VIP Light - 13h25, 15h40 (V.Port.); Elysium M12. VIP 1 - 13h20, 15h30, 17h40, 19h50, 22h, 00h10; WWZ: Guerra Mundial M16. Sala 3 - 19h40, 00h05; Gru - O Maldisposto 2 M6. Sala 3 - 21h55 (V.Port.); A Gaiola Dourada M12. Sala 3 - 13h45, 15h35; Os Smurfs 2 M6. Sala 3 - 17h25 (V.Port.); Monstros: A Universidade M6. Sala 4 - 16h05 (V.Port.); Homem de Aço M12. Sala 4 - 23h55; Gru - O Maldisposto 2 M6. Sala 4 - 18h25 (V.Port.); RED 2 - Ainda Mais Perigosos M12. Sala 4 - 13h50, 21h30; Miúdos e Graúdos 2 M12. Sala 5 - 16h25; Wolverine M12. Sala 5 - 19h, 21h40, 00h15; O Mascarilha M12. Sala 5 - 13h25; Aviões M6. Sala 6 - 15h35, 19h35 (V.Port./3D), 13h35, 17h35, 21h35, 23h40 (V.Port./2D); Gru - O Maldisposto 2 M6. Sala 7 - 13h45 (V.Port.); O Mascarilha M12. Sala 7 - 15h50, 18h50, 21h50; Percy Jackson e o Mar dos Monstros M12. Sala 8 - 13h50, 18h30, 21h45 (2D), 15h55, 00h05 (3D); Miúdos e Graúdos 2 M12. Sala 9 21h55; Os Smurfs 2 M6. Sala 9 - 14h, 16h15, 18h40 (V.Port./3D); O Mascarilha M12. Sala 9 - 24h; Monstros: A Universidade M6. Sala 10 - 13h30 (V.Port.); Mestres da Ilusão M12. Sala 10 - 19h55, 22h10; Turbo M6. Sala 10 15h45, 17h50 (V.Port.); RED 2 - Ainda Mais Perigosos M12. Sala 10 - 00h25 UCI Dolce Vita Tejo C.C. da Amadora, EN 249/1. T. 707232221 Mestres da Ilusão M12. Sala 1 - 21h40, 00h10; Turbo M6. Sala 1 - 13h45, 18h40 (V.Port./2D), 16h35 (V.Port.); Aviões M6. Sala 2 - 14h10, 18h20, 23h40 (V.Port./2D), 16h15, 21h20 (V.Port./3D); Elysium M12. Sala 3 14h15, 16h35, 19h05, 21h35, 00h10; Monstros: A Universidade M6. Sala 4 - 13h55 (V.Port.); Wolverine M12. Sala 4 16h30, 19h05, 21h40, 00h20; O Gangue de Hollywood M12. Sala 5 - 14h15, 16h40, 19h, 21h20, 23h40; Gru - O Maldisposto 2 M6. Sala 6 - 13h55 (V.Port./3D), 16h25, 18h50 (V.Port./2D); Miúdos e Graúdos 2 M12. Sala 6 - 21h50, 00h20; O Mascarilha M12. Sala 7 - 14h, 17h30, 21h15, 00h15; A Gaiola Dourada M12. Sala 8 - 14h10, 16h45, 19h15, 21h30, 23h45; Percy Jackson e o Mar dos Monstros M12. Sala 9 - 14h20, 16h40, 19h (2D), 21h45, 00h15 (3D); Depois da Terra M12. Sala 10 - 00h20; Os Smurfs 2 M6. Sala 10 14h20, 19h20 (V.Port./3D), 16h35, 21h35 (V.Port./2D); RED 2 - Ainda Mais Perigosos M12. Sala 11 - 14h, 16h30, 19h05, 21h35, 00h10 Barreiro Castello Lopes - Fórum Barreiro Campo das Cordoarias. T. 760789789 O Mascarilha M12. Sala 1 - 23h40; Aviões M6. Sala 1 - 12h50, 15h10, 17h20 (V.Port./2D), 19h30, 21h40 (V.Port./3D); Elysium M12. Sala 2 - 12h40, 15h20, 18h20, 21h20, 23h50; O Mascarilha M12. Sala 3 - 12h35, 15h30, 18h30, 21h30; A Gaiola Dourada M12. Sala 4 19h30, 21h25, 23h55; Os Smurfs 2 M6. Sala 4 - 12h45, 15h, 17h15 (V.Port.) Cascais ZON Lusomundo CascaiShopping EN 9, Alcabideche. T. 16996 Percy Jackson e o Mar dos Monstros M12. 12h40, 15h10, 17h50, 21h20, 23h50 (3D); Turbo M6. 13h10 (V.Port.); O Mascarilha M12. 16h30, 21h, 00h10; Elysium M12. 13h, 16h,18h30, 21h10, 23h40; A Gaiola Dourada M12. 12h50, 15h, 17h10, 19h20, 21h30, 23h45; Aviões M6. 13h20, 15h40, 18h (V.Port./2D), 21h05, 23h30 (V.Port./3D); Wolverine M12. 21h15, 24h; Os Smurfs 2 M6. 13h30, 15h50, 18h20 (V.Port.); Gru - O Maldisposto 2 M6. 13h15 (V.Port.); RED 2 - Ainda Mais Perigosos M12. 15h30, 18h10, 21h40, 00h15 Caldas da Rainha Vivacine - Caldas da Rainha C.C. Vivaci. T. 262840197 RED 2 - Ainda Mais Perigosos M12. Sala 1 - 21h15, 23h50; Aviões M6. Sala 1 - 15h25, 17h55 (V.Port.); Wolverine M12. Sala 2 21h20, 24h; Os Smurfs 2 M6. Sala 2 - 15h35, 18h05 (V.Port.); A Gaiola Dourada M12. Sala 3 - 15h40, 18h10, 21h20, 23h35; Percy Jackson e o Mar dos Monstros M12. Sala 4 - 15h30, 18h15, 21h30, 23h55; O Mascarilha M12. Sala 5 - 15h15, 18h20, 21h45 Sintra CinemaCity Beloura Shopping Est. Nac. nº 9 - Quinta Beloura. T. 219247643 Elysium M12. Cinemax - 15h30, 17h40, 19h50, 22h, 00h10; A Gaiola Dourada M12. Sala 1 - 15h45, 19h50, 21h40, 23h50; O Mascarilha M12. Sala 2 - 24h; Aviões M6. Sala 2 - 15h30, 19h30 (V.Port./3D), 17h30, 21h30 (V.Port./2D); O Mascarilha M12. Sala 3 - 15h55, 18h50, 21h45; Percy Jackson e o Mar dos Monstros M12. Sala 4 - 15h35, 17h40, 19h45, 21h50, 23h55; Gru - O Maldisposto 2 M6. Sala 5 15h40 (V.Port.); Batalha do Pacífico M12. Sala 5 - 21h50; A Gaiola Dourada M12. Sala 5 - 17h45; Os Smurfs 2 M6. Sala 5 - 19h35 (V.Port.); Aviões M6. Sala 5 00h30 (V.Port.); Turbo M6. Sala 6 - 15h50 (V.Port.), 17h55 (V.Port./3D); Miúdos e Graúdos 2 M12. Sala 6 - 20h; RED 2 - Ainda Mais Perigosos M12. Sala 6 - 22h05, 00h20; Wolverine M12. Sala 7 - 21h30, 00h05; Os Smurfs 2 M6. Sala 7 - 16h, 18h20 (V.Port./3D); Castello Lopes - Fórum Sintra Loja 2.21 - Alto do Forte. T. 760789789 Wolverine M12. Sala 1 - 21h, 23h50; Os Smurfs 2 M6. Sala 1 - 18h (V.Port./3D), 13h10, 15h40 (V.Port./2D); A Gaiola Dourada M12. Sala 2 - 13h, 15h10, 17h20, 19h25, 21h30, 00h05; Percy Jackson e o Mar dos Monstros M12. Sala 3 - 13h30, 16h, 18h50 (2D), 21h45, 00h15 (3D); O Mascarilha M12. Sala 4 - 23h40; Aviões M6. Sala 4 - 15h15, 17h30, 19h30 (V.Port./2D), 13h, 21h35 (V.Port./3D); O Mascarilha M12. Sala 5 12h40, 15h40, 18h40, 21h40; Turbo M6. Sala 6 - 13h05, 15h30 (V.Port.); RED 2 - Ainda Mais Perigosos M12. Sala 6 - 18h20, 21h10, 00h10; Elysium M12. Sala 7 - 13h20, 15h50, 18h30, 21h20, 24h Leiria CinemaCity Leiria R. Dr. Virgílio Vieira da Cunha. T. 244845071 A Gaiola Dourada M12. Sala 1 - 17h55, 19h55, 21h55, 23h55; Os Smurfs 2 M6. Sala 1 15h40 (V.Port.); A Gaiola Dourada M12. Sala 2 - 15h30; Os Smurfs 2 M6. Sala 2 - 17h20, 21h50 (V.Port.); O Mascarilha M12. Sala 2 00h05; RED 2 - Ainda Mais Perigosos M12. Sala 2 - 19h35; Aviões M6. Sala 3 - 15h35, 19h35 (V.Port./3D), 17h35, 21h35, 23h50 (V.Port./2D); Elysium M12. Sala 4 - 15h50, 18h50, 21h40, 24h; Gru - O Maldisposto 2 M6. Sala 5 - 17h25 (V.Port.); Turbo M6. Sala 5 - 15h20 (V.Port.); Wolverine M12. Sala 5 - 21h45, 00h20; Os Smurfs 2 M6. Sala 5 - 19h30 (V.Port./3D); O Mascarilha M12. Sala 6 - 15h45, 18h40, 21h35; RED 2 - Ainda Mais Perigosos M12. Sala 6 - 00h30; Percy Jackson e o Mar dos Monstros M12. Sala 6 16h10 (2D), 18h30, 21h30, 00h10 (3D) Montijo ZON Lusomundo Fórum Montijo C. C. Fórum Montijo. T. 16996 Aviões M6. 13h10, 15h40, 18h10 (V.Port./2D), 21h, 23h30 (V.Port./3D); A Gaiola Dourada M12. 13h40, 15h50, 18h, 21h20, 23h40; Turbo M6. 13h50 (V.Port.); Percy Jackson e o Mar dos Monstros M12. 16h10, 18h40, 21h40, 00h10; Os Smurfs 2 M6. 13h30, 16h, 18h30 (V.Port.); RED 2 - Ainda Mais Perigosos M12. 21h10, 23h50; Elysium M12. 13h, 15h45, 18h20, 21h30, 00h15; Gru - O Maldisposto 2 M6. 13h20 (V.Port.); O Mascarilha M12. 16h30, 20h50, 24h Odivelas ZON Lusomundo Odivelas Parque C. C. Odivelasparque. T. 16996 Percy Jackson e o Mar dos Monstros M12. 13h20, 15h50, 18h20 (2D), 21h10, 23h40 (3D); O Mascarilha M12. 21h, 00h10; Aviões M6. 13h15, 15h30, 18h (V.Port.); A Gaiola Dourada M12. 13h10, 15h20, 18h15, 21h30, 23h40; Elysium M12. 13h, 15h40, 18h30, 21h15, 23h50; Os Smurfs 2 M6. 13h10, 15h50, 18h10 (V.Port.); RED 2 Ainda Mais Perigosos M12. 21h20, 24h Oeiras ZON Lusomundo Oeiras Parque C. C. Oeirashopping. T. 16996 Gru - O Maldisposto 2 M6. 13h25 (V.Port.); RED 2 - Ainda Mais Perigosos M12. 15h45, 18h40, 21h40, 00h25; Elysium M12. 13h15, 15h50, 18h30, 21h30, 00h10 ; Turbo M6. 13h20 (V.Port.); O Mascarilha M12. 16h, 21h, 00h15; Percy Jackson e o Mar dos Monstros M12. 13h10, 15h40, 18h20 (2D), 21h20, 24h (3D); A Gaiola Dourada M12. 12h50, 15h10, 17h20, 19h30, 21h45, 00h05; Aviões M6. 10h45, 13h05, 15h20, 18h (V.Port./2D), 21h10, 23h50 (V.Port./3D); Os Smurfs 2 M6. 13h, 15h30, 18h10 (V.Port.); O Gangue de Hollywood M12. 21h50, 00h20 (18), Resistência (19), António Zambujo (20), João Gil (21), Mónica Ferraz (22), Tiago Bettencourt (23), Expensive Soul (24) e Xutos & Pontapés (25), entre muitos outros. Os concertos começam às 20h30, sempre com entrada livre. O cartaz conta ainda com os catraios, canoas e varinos do Encontro de Embarcações Tradicionais e com fogo-de-artifício. 17h30, 19h30, 21h40, 00h10; Elysium M12. Sala 6 - 13h10, 15h40, 18h10, 21h30, 23h50 Miraflores ZON Lusomundo Dolce Vita Miraflores Av. das Túlipas. T. 707 CINEMA Percy Jackson e o Mar dos Monstros M12. 15h30, 18h30 (2D), 21h30, 00h30 (3D); Os Smurfs 2 M6. 15h20, 18h20 (V.Port.); O Mascarilha M12. 21h20, 00h20; A Gaiola Dourada M12. 15h10, 17h20, 19h30, 21h40, 24h; Aviões M6. 15h, 17h30, 19h50, 22h, 00h10 (V.Port.) Pombal Pombalcine Pombal Shopping, R. St Luzia. T. 236218801 Homem de Aço M12. Sala 1 - 16h, 21h30 Torres Novas Castello Lopes - TorreShopping Bairro Nicho - Ponte Nova. T. 707220220 Elysium M12. Sala 1 - 12h50, 15h20, 18h10, 21h30, 24h; A Gaiola Dourada M12. Sala 2 - 17h30, 19h30, 21h40, 00h10; Os Smurfs 2 M6. Sala 2 - 13h, 15h30 (V.Port.); O Mascarilha M12. Sala 3 - 21h20, 00h05; Aviões M6. Sala 3 - 12h40, 17h20 (V.Port./3D), 15h10, 19h20 (V.Port./2D) Torres Vedras ZON Lusomundo Torres Vedras C.C. Arena Shopping. T. 16996 RED 2 - Ainda Mais Perigosos M12. 21h50, 00h25; Aviões M6. 16h15 (V.Port./3D), 13h45, 18h45 (V.Port./2D); Elysium M12. 13h15, 16h, 18h30, 21h10, 23h40; Os Smurfs 2 M6. 13h, 15h30, 18h (V.Port.); O Mascarilha M12. 21h, 00h05; Percy Jackson e o Mar dos Monstros M12. 14h, 16h30, 19h, 21h40, 00h15; A Gaiola Dourada M12. 13h30, 15h45, 18h15, 21h25, 23h50 Santarém Castello Lopes - Santarém Largo Cândido dos Reis. T. 760789789 Gru - O Maldisposto 2 M6. Sala 1 - 13h, 15h, 17h10, 19h20 (V.Port.); Wolverine M12. Sala 1 - 21h20, 24h; O Mascarilha M12. Sala 2 12h40, 15h35, 18h30, 21h25; Aviões M6. Sala 3 - 12h50, 14h50, 17h (V.Port./2D), 19h, 21h10, 23h30 (V.Port./3D); Os Smurfs 2 M6. Sala 4 - 13h20, 16h (V.Port.); RED 2 - Ainda Mais Perigosos M12. Sala 4 - 18h20, 21h, 23h40; A Gaiola Dourada M12. Sala 5 - 13h30, 15h30, AS ESTRELAS DO PÚBLICO Jorge Mourinha Luís M. Oliveira A Gaiola Dourada mmmmm mmmmm – – mmmmm mmmmm Dentro da Casa Vasco Câmara Elysium mmmmm – – Uma Família Respeitável mmmmm mmmmm mmmmm – mmmmm mmmmm Um Homem de Família mmmmm – mmmmm O Mascarilha mmmmm mmmmm – – mmmmm – Só Deus Perdoa mmmmm A mmmmm Viramundo mmmmm – – O Gangue de Hollywood A rapariga de 14 de Julho a Mau mmmmm Medíocre mmmmm Razoável mmmmm Bom mmmmm Muito Bom mmmmm Excelente Setúbal ZON Lusomundo Almada Fórum Estr. Caminho Municipal. T. 16996 Aviões M6. 13h20, 16h, 18h30, 21h05, 23h25 (V.Port.); A Gaiola Dourada M12. 12h45, 15h05, 17h20, 19h35, 21h50, 00h10; O Mascarilha M12. 12h50, 16h10, 21h, 00h15; Elysium M12. 13h05, 15h40, 18h35, 21h30, 00h20; Percy Jackson e o Mar dos Monstros M12. 13h15, 15h50, 18h25 (2D), 21h20, 24h (3D); Miúdos e Graúdos 2 M12. 15h20, 17h55, 21h40, 00h05; Macacos no Espaço - Zartog Contra-ataca M6. 13h10 (V.Port.); Depois da Terra M12. 21h45, 00h10; Aviões M6. 13h, 15h40, 18h (V.Port./3D); Mestres da Ilusão M12. 12h55, 15h35, 18h20, 21h35, 00h20; Wolverine M12. 12h40, 15h30, 18h25, 21h20, 00h15; Os Smurfs 2 M6. 13h30, 16h05, 18h45, 21h15, 23h50 (V.Port.); Os Prodígios M16. 13h40, 15h55, 18h40, 21h25, 23h40; WWZ: Guerra Mundial M16. 21h10, 23h50; Turbo M6. 13h25, 15h45, 18h10 (V.Port.); Gru - O Maldisposto 2 M6. 13h35, 16h15, 18h40 (V.Port.); O Gangue de Hollywood M12. 21h35, 23h55; RED 2 - Ainda Mais Perigosos M12. 12h40, 15h25, 18h15, 21h15, 24h Tomar Cine-Teatro Paraíso - Tomar Rua Infantaria, 15. T. 249329190 A Gaiola Dourada M12. Sala 1 - 21h30 Faro SBC-International Cinemas C. C. Fórum Algarve. T. 289887212 A Gaiola Dourada M12. Sala 1 - 14h45, 17h, 19h15, 21h35, 23h55; Os Smurfs 2 M6. Sala 1 - 12h30; O Mascarilha M12. Sala 2 - 15h50, 18h55, 22h; Elysium M12. Sala 3 - 14h20, 15h45, 19h15, 21h40, 00h10; Batalha do Pacífico M12. Sala 4 - 00h20; Wolverine M12. Sala 4 - 21h50 (3D); Os Smurfs 2 M6. Sala 4 - 12h30, 17h10 (V.Port./2D), 14h50, 19h30 (V.Port./3D); Turbo M6. Sala 5 12h50, 15h, 17h10, 19h20 (V.Port.); Percy Jackson e o Mar dos Monstros M12. Sala 5 - 2130, 23h50 (3D); Gru - O Maldisposto 2 M6. Sala 6 - 13h45 (V.Port.); RED 2 Ainda Mais Perigosos M12. Sala 6 - 16h, 18h30, 21h, 23h30; Aviões M6. Sala 7 12h45, 14h50, 16h55, 19h, 21h05, 23h10 (V.Port.); WWZ: Guerra Mundial M16. Sala 8 - 23h20; Turbo M6. Sala 8 - 14h35, 16h45 (V.Port.); Miúdos e Graúdos 2 M12. Sala 8 - 18h55, 21h10; Mestres da Ilusão M12. Sala 9 - 23h55; Percy Jackson e o Mar dos Monstros M12. Sala 9 - 14h15, 16h35, 18h55 Lagos Algarcine - Cinema de Lagos R. Cândido dos Reis. T. 282799138 O Mascarilha M12. Sala 1 - 21h45, 00h15; Aviões M6. Sala 1 - 15h15, 17h, 19h (V.Port.); Elysium M12. Sala 2 - 15h15, 21h30, 24h Olhão Algarcine - Cinemas de Olhão C.C. Ria Shopping. T. 289703332 Os Smurfs 2 M6. Sala 1 - 14h15, 16h30, 18h30 (V.Port.); RED 2 - Ainda Mais Perigosos M12. Sala 1 - 21h30, 23h45; O Mascarilha M12. Sala 2 - 21h30; Aviões M6. Sala 2 - 14h, 16h30, 18h45 (V.Port.); A Gaiola Dourada M12. Sala 3 - 15h30, 18h30, 21h30, 23h30 32 | PÚBLICO, SEX 16 AGO 2013 SAIR Portimão Algarcine - Cinemas de Portimão Av. Miguel Bombarda. T. 282411888 O Mascarilha M12. Sala 1 - 21h45, 00h15; Aviões M6. Sala 1 - 13h50, 15h45, 17h50, 19h50 (V.Port.); A Gaiola Dourada M12. Sala 2 - 19h30, 21h30, 24h; Os Smurfs 2 M6. Sala 2 - 13h50, 15h30, 17h30 (V.Port.) Tavira Zon Lusomundo Tavira R. Almirante Cândido dos Reis. T. 16996 O Mascarilha M12. 21h, 00h05; Aviões M6. 13h25, 15h50 (V.Port./3D), 18h20 (V.Port./2D); A Gaiola Dourada M12. 13h30, 16h, 18h30, 21h20, 23h30; Elysium M12. 13h, 15h30, 18h10, 21h30, 24h; Percy Jackson e o Mar dos Monstros M12. 13h20, 15h40, 18h, 21h10, 23h40 (3D); Os Smurfs 2 M6. 13h10, 15h35, 18h05 (V.Port.); RED 2 - Ainda Mais Perigosos M12. 21h05, 23h45 TEATRO Lisboa Casa do Artista - Teatro Armando Cortez Estrada da Pontinha, 7. T. 217110890 Broadway Baby - A História do Musical Americano Enc. Henrique Feist. De 2/8 a 14/9. 6ª e Sáb às 22h. Musical. M/12. Casino Lisboa Parque das Nações. T. 218929000 A Verdadeira História de Barbi Enc. Alexandre de Sousa. De 3/7 a 17/8. 4ª a Sáb às 21h30. Dom às 17h. M/12. Duração: 80m. Cinema São Jorge Avenida da Liberdade, 175. T. 213103400 Preocupo-me, Logo Existo! Com Diogo Infante. De 11/7 a 8/9. 5ª a Sáb às 22h. Dom às 17h. M/12. Duração: 80m. Teatro Politeama R. Portas de Santo Antão, 109. T. 213405700 Grande Revista à Portuguesa Enc. Filipe La Féria. A partir de 27/6. 4ª, 5ª e 6ª às 21h30. Sáb às 17h e 21h30. Dom às 17h. Teatro Rápido Rua Serpa Pinto, 14. T. 213479138 Barbona Enc. Anna Carvalho, Marta Prieto. Com Anna Carvalho, Marta Prieto. De 1/8 a 31/8. 2ª, 5ª, 6ª, Sáb e Dom às 18h15, 18h45, 19h15, 19h45 e 20h15 (na Sala 3). Duração: 15m. M/16. Belo, Feio e Assim Assim Enc. José Carlos Garcia. De 1/8 a 31/8. 2ª, 5ª, 6ª, Sáb e Dom às 18h05, 18h35, 19h05, 19h35 e 20h05 (na Sala 2). Duração: 15m. M/12. Cigano de Lisboa Enc. Alexandre Tavares. De 1/8 a 31/8. 2ª, 5ª, 6ª, Sáb e Dom às 18h, 18h30, 19h, 19h30 e 20h (na Sala 1). Duração: 15m. M/12. Sol-Ida-Mente... Juntos! Enc. Fernando Gomes. De 1/8 a 31/8. 2ª, 5ª, 6ª, Sáb e Dom às 18h20, 18h50, 19h20, 19h50 e 20h25 (Sala 4). 15m. M/12. Teatro Villaret Av. Fontes Pereira Melo, 30A. T. 213538586 Loucura dos 50 Enc. Adriano Luz. De 8/8 a 15/9. 5ª a Sáb às 21h45. Dom às 17h. M/12. Portimão Teatro Municipal de Portimão Largo 1.º de Dezembro. T. 282402470 Isto É Que Me Dói! Enc. Francisco Nicholson. De 1/8 a 31/8. 5ª a Sáb às 22h. Sintra Quinta da Regaleira Rua Barbosa du Bocage. T. 219106650 DR As Aventuras de Pinóquio Byfurcação Teatro. Enc. Sérgio Moura Afonso. De 28/6 a 30/8. 6ª e Sáb às 17h. Dom às 11h e 17h. M/6. Duração: 65m. Ou Quixote De Cervantes (a partir). De 30/5 a 6/10. 5ª a Dom às 22h. EXPOSIÇÕES Lisboa Arquivo Fotográfico Rua da Palma, 246. T. 218844060 Eduardo Portugal De 2/7 a 31/8. 2ª a Sáb das 10h às 19h. Fotografia. Atelier-Museu Júlio Pomar Rua do Vale, 7. T. 218172111 Em torno do Acervo De Júlio Pomar. De 5/4 a 29/9. 3ª a Dom das 10h às 18h. BES Arte & Finança Pç. Marquês de Pombal, 3-B. T. 213508975 Territórios de Transição #11 De Helena Almeida, Daniel Blaufuks, Rui Calçada Bastos, Cindy Sherman, entre outros. De 6/6 a 19/9. 2ª a 6ª das 09h às 19h. Biblioteca Nacional de Portugal Campo Grande, 83. T. 217982000 Dous Gigantes Pintados Cõ Hus Bastões nas Mãos: Gravuras Chinesas de Porta De 30/7 a 26/10. 2ª a 6ª das 09h30 às 17h30. Luís António Verney (1713-1792) De 23/5 a 16/8. 2ª a 6ª das 09h30 às 19h30. Sáb das 09h30 às 17h30. Documental. Carpe Diem Arte e Pesquisa R. de O Século, 79. T. 211924175 Colectiva De Ana Léon + José Pedro Croft, Catarina Branco, Cristina Lamas, Raúl Hevia + Antonio Díaz Grande, Catarina Botelho + João Grama + José Pedro Cortes, Akram Zaatari, Alex Gabassi, Heleno Bernardi. De 8/6 a 17/8. 4ª a Sáb das 13h às 19h. Casa Museu Dr. Anastácio Gonçalves Avenida 5 de Outubro, 6/8. T. 213540823 A Sesta de Um Fauno De André Gomes. De 18/5 a 18/9. 4ª a Dom das 10h às 18h. 3ª das 14h às 18h. Fotografia. Casa-Museu da Fundação António Medeiros e Almeida Rua Rosa Araújo, 41. T. 213547892 Peças com História... A partir de 25/3. 2ª a 6ª das 13h às 17h30. Sáb das 10h às 17h30. Centro de Arte Moderna - José de Azeredo Perdigão R. Doutor Nicolau Bettencourt. T. 217823474 Sob o Signo de Amadeo. Um Século de Arte De Amadeo Souza-Cardoso, entre outros. De 26/7 a 19/1. 3ª a Dom das 10h às 18h. Cristina Guerra - Contemporary Art R. Santo António à Estrela, 33. T. 213959559 O Que Pode Um Corpo De Adriana Barreto. De 16/8 a 4/9. 3ª a 6ª das 12h às 20h. Sáb das 15h às 20h. Fotografia, Vídeo. Culturgest R. Arco do Cego - CGD. T. 217905155 Tell It To My Heart. Reunido por Julie Ault. De 21/6 a 8/9. 2ª, 4ª, 5ª e 6ª das 11h às 19h. Sáb, Dom e feriados das 14h às 20h. Walter Swennen De 21/6 a 8/9. 2ª, 4ª, 5ª e 6ª das 11h às 19h. Sáb, Dom e feriados das 14h às 20h. Ermida de Nossa Senhora da Conceição Travessa do Marta Pinto, 12. T. 213637700 Fado (com Carminho) De Julião Sarmento. De 15/6 a 18/8. 3ª a 6ª das 11h às 13h e das 14h às 17h. Sáb e Dom das 14h às 18h. Espaço Cultural da AXA Av. Mediterrâneo, Lote 1.01.1.2. T. 213506207 De Olhos Bem Fechados De Ana Calheiros Soalheiro. De 18/7 a 20/9. 2ª a 6ª das 12h às 17h. Pintura. Fundação Arpad Szenes - Vieira da Silva Praça das Amoreiras, 56. T. 213880044 Aparências Privadas, Auto-Retratos de Artistas Contemporâneos De Vieira da Silva, Arpad Szenes, Pedro Cabrita Reis, entre outros. De 18/7 a 10/11. 4ª a Dom das 10h às 18h. Jorge de Oliveira (1924-2010). A Invenção Contínua De 18/5 a 1/9. 4ª a Dom das 10h às 18h (grátis Dom das 10h às 14h). Fundação e Museu Calouste Gulbenkian Avenida de Berna, 45A. T. 217823000 9.ª Edição dos Encontros de Fotografia de Bamako De 22/6 a 1/9. 3ª a Dom das 10h às 18h. Arte Pública De Fátima Mendonça, Luís Nobre, Catarina Branco, Catarina Pinto, Nicholas Hlobo. De 21/6 a 29/9. 3ª a Dom das 10h às 18h. Present Tense De Délio Jasse, Filipe Branquinho, Guy Tillim, Paul Samuels, Pieter Hugo, Sabelo Mlangeni, Sammy Baloji, Tsvangirayi Mukwazhi, entre outros. De 22/6 a 1/9. 3ª a Dom das 10h às 18h. Galeria de Arte Urbana Calçada da Glória. T. 213227000 Almada por Se7e De Fidel Évora, João Samina, Mário Belém, Miguel Januário, Pantónio, Pedro Batista, Tamara Alves. De 7/4 a 30/9. Todos os dias (24h). Galeria do Museu da Carris R. 1º Maio, 101-103 - Santo Amaro. João Ferro Martins e Miguel Palma: Contínuo De 18/7 a 27/9. 2ª a Sáb das 10h às 17h. Galeria Millennium Rua Augusta. A Sardinha É de Todos! De vários autores. De 7/6 a 24/8. 2ª a Sáb das 10h às 17h. Galeria Zé dos Bois Rua da Barroca, 59. T. 213430205 Jaz aqui, na pequena praia extrema De Alexandre Rendeiro, Ana Baliza, Carlos Gaspar, David Guéniot, Eugénia Mussa, Filipe Felizardo, Gustavo Sumpta, Gwendolyn Van Der Velden, entre outros. De 25/7 a 28/9. 4ª, 5ª e 6ª das 18h às 23h. Sáb das 15h às 23h. Escultura, Outros. Kunsthalle Lissabon Av. da Liberdade, 211 - 1º. T. 912045650 Cartazes para o Museu do Homem do Nordeste De Jonathas de Andrade. De 20/6 a 17/8. 5ª a Sáb das 15h às 19h. Outros. Lisboa Story Centre Terreiro do Paço. T. 916440827 Memórias da Cidade Todos os dias das 10h às 20h (última admissão às 19h). MNAC - Museu do Chiado Rua Serpa Pinto, 4. T. 213432148 Almada no Chiado De Almada Negreiros. De 10/7 a 1/9. 3ª a Dom das 10h às 18h. Arte Portuguesa 1850-1975 De João Cristino da Silva, Columbano Bordalo Pinheiro, João Marques de Oliveira, Eduardo Viana, Mário Eloy, entre outros. De 20/2 a 31/12. 3ª a Dom das 10h às 18h. Jorge de Oliveira (19242010). A Invenção Contínua De 18/5 a 1/9. 4ª a Dom das 10h às 18h. MUDE - Museu do Design e da Moda Rua Augusta, 24. T. 218886117 21st Century Rural Museum De Ana Luísa, Ana Mena, entre outros. De 16/5 a 1/9. 3ª a Dom das 10h às 18h. Miguel Arruda De 20/6 a 25/8. 3ª a Dom das 10h às 18h. EPercursos. Barro Negro/ Castanho/Ferro/ Granito De Linde Burkhardt. De 11/4 a 18/8. 3ª a Dom às 10h (última admissão às 17h45). Schiap Shock De Elsa Schiaparelli. De 2/7 a 31/10. 3ª a Dom das 10h às 18h (última entrada às 17h45). Único e Múltiplo. 2 Séculos de Design 3ª a Dom das 10h às 20h. Museu Colecção Berardo Praça do Império - CCB. T. 213612878 Entre Memória e Arquivo De Helena Almeida, Daniel Blaufuks, Christian Boltanski, Marcel Duchamp, Tracy Moffatt, Umrao Singh Sher-Gil, Hiroshi Sugimoto, Vivan Sundaram, Jemima Stehli, Robert Wilson, Francesca Woodman. De 3/7 a 29/9. 3ª a Dom das 10h às 19h (última entrada às 18h30). Exposição Permanente do Museu Colecção Berardo (1960-2010) De Vito Acconci, Carl Andre, Alan Charlton, Louise Bourgeois, José Pedro Croft, Antony Gormley, Jeff Koons, Allan McCollum, Gerhard Richter, Cindy Sherman, William Wegman, entre outros. A partir de 9/11. 3ª a Dom das 10h às 19h. O Consumo Feliz. Publicidade e Sociedade no Século XX De 17/5 a 27/10. 3ª a Dom das 10h às 19h. Museu da Cerveja Terreiro do Paço. T. 210987656 Contos Murais De Júlio Pomar. A partir de 3/4. Todos os dias das 12h às 23h. Museu da Cidade de Lisboa Campo Grande, 245. T. 217513200 Devoções Populares. Registos em Azulejos De 8/6 a 1/9. 3ª a Dom das 10h às 13h e das 14h às 18h. Lisboa 1755. A Cidade à Beira do Terramoto - Reconstituição virtual da Lisboa pré-pombalina A partir de 25/11. 3ª a Dom das 10h às 13h e das 14h às 18h. R9F6BRANCO De Fernanda Fragateiro, Rui Mendes. De 22/6 a 1/9. 3ª a Dom das 10h às 13h e das 14h às 18h. Museu da Electricidade Avenida Brasília. T. 210028190 Estranhos Jardins de Papel De Maria Lusitano, Paula Roush. De 7/6 a 8/9. 3ª a Dom das 10h às 18h. Pátria Querida De Alberto García-Alix. De 26/6 a 18/8. 3ª a Dom das 10h às 18h. Fotografia. Museu da Marioneta Rua da Esperança, 146 - Convento das Bernardas. T. 213942810 Khon. O Teatro da Corte da Tailândia. Colecção Francisco Capelo De 5/7 a 22/9. 3ª a Dom das 10h às 13h e das 14h às 18h. Marionetas - Exposição Permanente A partir de 7/11. 3ª a Dom das 10h às 13h e das 14h às 18h. Museu das Comunicações Rua do Instituto Industrial, 16. T. 213935000 Casa do Futuro A partir de 1/3. 2ª a 6ª das 10h às 18h. Sáb às 16h. Mala Posta A partir de 1/12. 2ª a 6ª das 10h às 18h. Sáb das 14h às 18h. Vencer a Distância - Cinco Séculos de Comunicações em Portugal A partir de 2/5. 2ª a 6ª das 10h às 18h. Sáb das 14h às 18h. Museu de São Roque Largo Trindade Coelho (antiga Casa Professa da Companhia de Jesus). T. 213235065 A Encomenda Prodigiosa. Da Patriarcal à Capela Real de São João Batista De 18/5 a 29/9. 4ª a Dom das 10h às 18h. 3ª das 14h às 18h (grátis Dom e feriados até às 14h). Exposição Permanente - Museu de São Roque A partir de 20/12. 3ª, 4ª, 6ª, Sáb e Dom das 10h às 18h. 5ª das 14h às 21h. Museu do Combatente Forte do Bom Sucesso. T. 213017225 A História da Aviação Militar A partir de 16/10. Todos os dias das 10h às 17h. Engenharia e Tecnologia Militar na Antiguidade: Catapultas e Máquinas de Cerco De 1/3 a 30/1. Todos os dias das 10h às 18h. Guerra do Ultramar - 50 anos O Que Pode Um Corpo, exposição de Adriana Barreto depois A partir de 11/2. 2ª, 3ª, 4ª, 5ª, 6ª, Sáb, Dom e feriados das 10h às 17h. O Combatente Português do Século XX A partir de 10/12. Todos os dias das 10h às 17h. Museu do Fado Largo do Chafariz de Dentro, 1. T. 218823470 Museu do Fado (1998-2008) De José Malhoa, Rafael Bordalo Pinheiro, Constantino Fernandes, Cândido da Costa Pinto, Arnaldo Louro de Almeida, João Vieira, Júlio Pomar, entre outros. A partir de 2/10. 3ª a Dom das 10h às 18h. O Fado e o Teatro De 30/6 a 31/12. 3ª a Dom das 10h às 18h (última admissão 17h30). Museu do Oriente Av. Brasília - Edifício Pedro Álvares Cabral Doca de Alcântara Norte. T. 213585200 Biombos De Catarina Castel-Branco. De 11/7 a 1/12. 3ª, 4ª, 5ª, Sáb e Dom das 10h às 18h. 6ª das 10h às 22h. Cartazes de Propaganda Chinesa - A Arte ao Serviço da Política De 25/1 a 27/10. 2ª, 3ª, 4ª, 5ª, Sáb e Dom das 10h às 18h. 6ª das 10h às 22h (entrada gratuita a partir das 18h). Memórias de Viagens do Olhar De Júlio de Matos. De 20/6 a 20/10. 3ª, 4ª, 5ª, Sáb e Dom das 10h às 18h. 6ª das 10h às 22h. Sombras da Ásia A partir de 28/6. 3ª, 4ª, 5ª, Sáb e Dom das 10h às 18h. 6ª das 10h às 22h (gratuito das 18h às 22h). Museu Nacional de Arte Antiga Rua das Janelas Verdes, 1249 (Palácio Alvor). T. 213912800 A Encomenda Prodigiosa. Da Patriarcal à Capela Real de São João Batista De 18/5 a 29/9. 4ª a Dom das 10h às 18h. 3ª das 14h às 18h (grátis Dom e feriados até às 14h). Árvores. Desenho Estrangeiro e Português (Séculos XVI a XIX) De vários autores. De 28/6 a 27/10. 4ª a Dom das 10h às 18h. 3ª das 14h às 18h. Jan van Eyck e Oficina De 24/5 a 1/9. 4ª a Dom das 10h às 18h. 3ª das 14h às 18h. MNAA Olhares Contemporâneos. A Arca Invisível De André Cepeda, José Pedro Fortes, Vasco Barata. De 18/5 a 29/9. 4ª a Dom das 10h às 18h. 3ª das 14h às 18h (grátis Dom e feriados até às 14h). Nas Rotas do Mundo. Faiança Portuguesa dos Séculos XVI a XVIII De 22/5 a 1/9. 4ª a Dom das 10h às 18h. 3ª das 14h às 18h (grátis Dom e feriados até às 14h). O Frei Carlos da América - Investigação e Crítica De 28/6 a 15/9. 4ª a Dom das 10h às 18h. 3ª das 14h às 18h. Pintura e Artes Decorativas do Século XII ao XIX A partir de 16/12. 3ª das 14h às 18h. 4ª a Dom das 10h às 18h. Museu Nacional de História Natural e da Ciência Rua Escola Politécnica, 58/60. T. 213921800 A Aventura da Terra: um Planeta em Evolução A partir de 19/11. 3ª a 6ª das 10h às 17h (última admissão às 16h). Sáb e Dom das 11h às 18h (última admissão às 17h). Allosaurus: Um Dinossáurio, Dois Continentes? De 6/2 a 31/12. 3ª a 6ª das 10h às 17h. Sáb e Dom das 11h às 18h. Biodiversidade no Mar Portugal De 30/5 a 16/11. 3ª a 6ª das 10h às 17h. Sáb e Dom das 11h às 18h. Formas & Fórmulas De 1/6 a 29/9. 3ª a 6ª das 10h às 17h. Sáb e Dom das 11h às 18h. Jóias da Terra - O Minério da Panasqueira A partir de 1/8. 3ª a 6ª das 10h às 17h. Sáb e Dom das 11h às 18h. Memórias da Politécnica - Quatro séculos de Educação, Ciência e Cultura De 16/2 a 31/12. 3ª a 6ª das 10h às 17h. Sáb e Dom das 11h às 18h. Summer Calling De Catarina Mil-Homens, Igor Jesus, Rita Ferreira. De 2/8 a 1/9. 3ª a 6ª das 09h às 17h. Sáb e Dom das 11h às 18h. Zoom - Uma Planta, Três Olhares De 18/4 a 20/10. 3ª a 6ª das 10h às 17h. Sáb e Dom das 11h às 18h. Museu Nacional do Teatro Estrada do Lumiar, 10/12. T. 217567410 Era Uma Vez Qualquer Coisa... De Alberto PÚBLICO, SEX 16 AGO 2013 | 33 SAIR Simões de Almeida, Ana Cassiano, Catarina Alves, Paula Rousseau, entre outros. De 19/7 a 29/9. 3ª a Dom das 10h às 18h. O Fado e o Teatro De 30/6 a 31/12. 3ª a Dom das 10h às 18h. Museu Nacional dos Coches Pça Afonso Albuquerque. T. 213610850 Exposição Permanente de Coches Reais A partir de 1/1. 3ª a Dom das 10h às 18h. Museu Rafael Bordalo Pinheiro Campo Grande, 382. T. 218170667 Através do Traço - Manuel Gustavo Bordalo Pinheiro De 19/4 a 20/9. 3ª a Sáb das 10h às 18h. Desenho, Outros. Oceanário de Lisboa Doca dos Olivais. T. 218917002 Tartarugas Marinhas. A Viagem A partir de 7/4. Todos os dias das 10h às 20h. Paços do Concelho Praça do Município. Freguesias de Lisboa - Passado e Futuro De Daniel Rodrigues. De 13/5 a 30/9. 2ª a Sáb das 10h às 20h. Fotografia. Padrão dos Descobrimentos Av. Brasília . T. 213031950 Infante D. Henrique. Talant de Bien Faire De 8/6 a 30/9. Todos os dias das 10h às 19h. Palácio Nacional da Ajuda Largo da Ajuda. T. 213637095 Joana Vasconcelos - Palácio Nacional da Ajuda De 22/3 a 25/8. 2ª, 3ª, 5ª, 6ª e Dom das 10h às 19h. Sáb das 10h às 21h. Praça do Comércio (Terreiro do Paço) A Última Fronteira - Lisboa em Tempo de Guerra De 19/7 a 15/12. Todos os dias das 10h às 20h. Documental. No Torreão Poente. Albufeira Palácio de Congressos do Algarve São Rafael Atlantic Hotel. T. 289598331 Animais Exóticos De 29/6 a 30/8. Todos os dias das 15h às 23h (interacção com animais das 18h às 21h30). Algés Centro de Arte Manuel de Brito Alameda Hermano Patrone - Palácio dos Anjos. T. 214111400 Colecção Manuel de Brito. Aquisições Recentes De Carla Cerejo, Gil Heitor Cortesão, Rui Ferreira, David Oliveira, Pedro A.H. Paixão, João Queiroz, Pedro Vaz, Gabriel Abrantes, Ricardo Angélico, Paula DR Rego, entre outros. De 20/6 a 22/9. 3ª a 6ª das 10h às 18h. Sáb e Dom das 12h às 18h. Lagos Centro Cultural de Lagos R. Lançarote de Freitas, 7. T. 282770450 Tudo Gira Dia 16/8 às 18h30. M/4. Almada Casa da Cerca - Centro de Arte Contemporânea Rua da Cerca. T. 212724950 Casa Ocupada De João Pedro Vale, Luisa Cunha, Isabel Ribeiro, Sofia Leitão, José Bechara, Ângela Ferreira, Ana PérezQuiroga, Ana Vieira, Manuel Caeiro, Rodrigo Oliveira. De 6/4 a 19/1. 3ª a 6ª das 10h às 18h. Sáb e Dom das 13h às 18h. Dodecaedro De Adriana Molder. De 14/6 a 15/9. 3ª a 6ª das 10h às 18h. Sáb e Dom das 13h às 18h. Victor Mestre: ao (Per)correr (d)a Vida De 25/5 a 15/9. 3ª a 6ª das 10h às 18h. Sáb e Dom das 13h às 18h. Arquitectura, Documental. Parque da Paz Fotografias de Luís Quinta De 2/7 a 12/10. Todos os dias 24h. Fotografia. Barcarena Fábrica da Pólvora de Barcarena Estrada das Fontaínhas. T. 214387460 Exposição Permanente de Arqueologia do Concelho de Oeiras A partir de 16/6. 2ª a 6ª das 14h às 17h. Beja Museu Regional de Beja - Rainha D. Leonor Largo da Conceição / Igreja de Santo Amaro. T. 284323351 Marcas do Território - Testemunhos do Património do Baixo Alentejo 3ª a Dom das 09h30 às 12h30 e das 14h às 17h15. Cascais Casa das Histórias - Paula Rego Avenida da República, 300. T. 214826970 As Óperas e a Colecção da Casa das Histórias Paula Rego De 17/5 a 29/9. Todos os dias das 10h às 19h. Pintura, Desenho. Centro Cultural de Cascais Av. Rei Humberto II de Itália. T. 214848900 Francisco de Goya - Gravuras De 29/6 a 8/9. 3ª a Dom das 10h às 18h. Made in Hollywood De 7/6 a 1/9. 3ª a Dom das 10h às 18h. Nuno Monteiro De 26/7 a 15/9. 3ª a Dom das 10h às 18h. The Sky Begins at Your Dentro das Palavras com Rui Catalão Monte Gordo Feet De Karen Aarre. De 26/7 a 15/9. 3ª a Dom das 10h às 18h. Tributo a José Viana Evocação da obra do Pintor De 11/7 a 22/9. 3ª a Dom das 10h às 18h. Window Talks De Rui Paiva. De 20/7 a 22/9. 3ª a Dom das 10h às 18h. Pintura. Fortaleza de Cascais Av. D. Carlos I. T. 214826730 De Propósito, Maria Keil - Obra Artística De 11/7 a 27/10. 4ª, 5ª e 6ª das 14h às 20h. Sáb e Dom das 11h às 20h. Largo do Martim Moniz I Festival Xamanita Dia 16/8 às 13h. Com Baltazar Molina, Tradballs, Magmell, Like The Man Said, Nação Vira Lata. MNAC - Museu do Chiado Rua Serpa Pinto, 4. T. 213432148 Tó Trips Dia 16/8 às 19h30 (Noites de Verão). Praça do Comércio (Terreiro do Paço) Meo Out Jazz 2013 Dia 16/8 às 18h. Tavira Palácio de Congressos do Algarve São Rafael Atlantic Hotel. T. 289598331 Xana Toc Toc De 16/8 a 17/8. 6ª às 21h. Sáb às 18h30. Musical. M/3. Duração: 90m. Casa das Artes de Tavira R. João Vaz Corte Real, 96. T. 213463426 New York/Tavira #3 De Patrícia Proença, Tod Tarhan, Robert Wong + Justin Windle. De 3/8 a 16/8. Todos os dias 21h30 às 00h30. Museu Municipal de Tavira Cç. Galeria - Palácio Galeria. T. 281320568 Copacabana - Panoramas do Rio De Marc Ferrez, José Medeiros, entre outros. De 18/5 a 15/9. 3ª a Sáb das 10h às 12h30 e das 15h às 18h30. Dieta Mediterrânica, Património Cultural Milenar De 23/2 a 31/12. 3ª a Sáb das 10h às 12h30 e das 15h às 18h30. Núcleo Museológico Islâmico Travessa da Fonte. T. 281320568 Tavira Islâmica 3ª a Sáb das 10h às 13h e das 15h às 18h30. Quartel da Atalaia Insectos em Ordem De 5/7 a 1/9. Todos os dias das 15h às 23h. Ciência. Albufeira Casino de Monte Gordo Av. Infante D. Henrique. T. 281530800 Ana Laíns Dia 16/8 às 20h30. Setúbal Fórum Municipal Luísa Todi Av. Luísa Todi, 65. T. 265522127 Rui Teixeira Group Dia 16/8 às 22h (I Festival de Jazz de Verão de Setúbal). Tavira Museu Municipal de Tavira Cç. Galeria - Palácio Galeria. T. 281320568 Hélder Moutinho Dia 16/8 às 22h. Barcarena Tomar Fábrica da Pólvora de Barcarena Estrada das Fontaínhas. T. 214387460 Carlo Faiello & Tammurriata Remix Às 22h. Convento de Cristo Convento de Cristo. T. 249313481 Recital Dia 16/8 às 15h (Zezere Arts - Festival de Ópera e Canto Lírico 2013). Cascais Baía de Cascais Craig David + Mia Rose Dia 16/8 às 20h30. DANÇA Estoril Lagos FIARTIL - Feira de Artesanato do Estoril Pç. José Teodoro dos Santos. T. 214661743 Camané Dia 16/8 às 21h (Fiartil 2013). Centro Cultural de Lagos R. Lançarote de Freitas, 7. T. 282770450 Dentro das Palavras De Rui Catalão. Dia 16/8 às 21h30 (Festival Verão Azul). M/12. Ferreira do Zêzere MÚSICA Lisboa Hot Clube de Portugal Praça da Alegria, 48. T. 213619740 Sara Serpa & Fragmentz Vocal Ensemble De 16/8 a 17/8. 6ª e Sáb às 22h30. Cine-Teatro Municipal Ivone Silva Ferreira do Zêzere. T. 249360160 Così Fan Tutte Dia 16/8 às 18h e 21h30. Lagoa Parque Municipal de Feiras e Exposições Lagoa (Algarve). T. 282353453 Entre Aspas Dia 16/8 às 22h30 (Fatacil). FESTASEFEIRAS Lagoa Parque Municipal de Feiras e Exposições de Lagoa Lagoa (Algarve). T. 282353453 Fatacil 2013 De 16/8 a 25/8. Todos os dias. FARMÁCIAS Lisboa Serviço Permanente Barros Gouveia (Vale Formoso - Poço do Bispo) - Rua do Vale Formoso de Cima, 79 - B - Tel. 218595180 Benfica (Benfica - Portas de Benfica) - Estrada de Benfica, 678-E - Tel. 217602532 Dalton (Alto de S. João - Paiva Couceiro) - Av. Mouzinho de Albuquerque, 7 - A - Tel. 218143571 Galénica (Tivoli - Restauradores) - Rua das Pretas, 12 Tel. 213477052 Padre Cruz (Carnide - Bº Pe. Cruz(Junto à Igreja)) - Rua A - Lt. 138 R/C - Bº Padre Cruz - Tel. 217121520 Soares (Rato) Av. Alvares Cabral, 1 - Tel. 213884282 Outras Localidades Serviço Permanente Abrantes - Silva Alandroal - Santiago Maior , Alandroalense Albufeira - Santos Pinto Alcácer do Sal - Misericórdia Alcanena - Correia Pinto Alcobaça - Belo Marques , Alves (Benedita), Nova (Benedita) Alcochete - Nunes , Póvoas (Samouco) Alenquer - Cuco , Matos Coelho Aljustrel - Dias Almada - Reis , Vale Fetal, Braz da Silva (Laranjeiro), Central - Trafaria (Trafaria) Almeirim - Correia de Oliveira Almodôvar - Aurea Alpiarça - Leitão Alter do Chão - Alter , Portugal (Chança) Alvaiázere - Ferreira da Gama , Castro Machado (Alvorge), Pacheco Pereira (Cabaços), Anubis (Maçãs D. Maria) Alvito - Nobre Sobrinho Amadora - Nova , Soares Correia, Clabel (Ermesinde) Ansião - Teixeira Botelho , Medeiros (Avelar), Rego (Chão de Couce), Pires (Santiago da Guarda) Arraiolos - Misericórdia Arronches - Batista , Esperança (Esperança/Arronches) Arruda dos Vinhos - Da Misericórdia Avis - Nova de Aviz Azambuja - Central , Miranda Barrancos - Barranquense Barreiro Parreira Batalha - Moreira Padrão , Silva Fernandes (Golpilheira) Beja - Fonseca Belmonte - Costa , Central (Caria) Benavente - Batista , Central (Samora Correia) Bombarral - Miguel Borba - Central Cadaval - Misericórdia , Figueiros (Figueiros Cadaval (Jan,Mar,Maio)), Luso (Fev,Abr,Jun) (Vilar Cadaval (Fev,Abr,Jun)) Caldas da Rainha - Central Campo Maior - Central Cartaxo - Correia dos Santos Cascais D’Aldeia , São João (Estoril), São Domingos de Rana (S. Domingos de Rana) Castanheira de Pera - Dinis Carvalho (Castanheira) Castelo Branco - Salavessa (Cebolas de Cima) Castelo de Vide - Freixedas Castro Verde - Alentejana Chamusca - S. José Constância - Baptista Coruche - Higiene Covilhã - São João Crato - Saramago Pais Cuba - Da Misericórdia Elvas - Moutta Entroncamento - António Lucas Estremoz - Costa Évora - Central Faro - Alexandre Ferreira do Alentejo - Salgado Ferreira do Zêzere - Moderna (Frazoeira/Ferreira do Zezere) Figueiró dos Vinhos - Campos (Aguda) , Vidigal Fronteira - Costa Coelho Fundão - Taborda Gavião - Gavionense , Pimentel Golegã - Oliveira Freire Grândola - Costa Idanha-a-Nova - Andrade (Idanha A Nova) , Serrasqueiro Cabral (Ladoeiro), Freitas (Zebreira) Lagoa - José Maceta Lagos - Neves Leiria - Godinho Tomaz Loulé - Nobre Passos (Almancil) , Chagas, Algarve (Quarteira) Loures - Alto da Eira , Das Olaias, Cortes (Sacavém) Lourinhã - Correia Mendes (Moita dos Ferreiros) , Leal (Rio Tinto) Mação - Saldanha Mafra - Popular (Encarnação) , Rolim (S. Cosme) Marinha Grande - Sta. Isabel Marvão Roque Pinto Mértola - Nova de Mértola Moita - Teixeira (Baixa da Banheira) Monchique - Higya Monforte - Jardim Montemor-o-Novo - Novalentejo Montijo - Giraldes Mora - Canelas Pais (Cabeção) , Falcão, Central (Pavia) Moura - Rodrigues Mourão - Central Nazaré - Silvério , Maria Orlanda (Sitio da Nazaré) Nisa - Seabra Odemira - Confiança Odivelas - Codivel , Cruz Correia Oeiras - Miraflores , S. Nunes Simões, Seixas Martins Oleiros - Martins Gonçalves (Estreito - Oleiros) , Garcia Guerra, Xavier Gomes (Orvalho-Oleiros) Olhão - Brito Ourém - Fonseca (Atouguia) , Moderna Ourique - Nova (Garvão) , Ouriquense Palmela - de Palmela Pedrógão Grande - Baeta Rebelo Penamacor - Cunha Gil Peniche - Proença Pombal - Torres e Correia Lda. Ponte de Sor - Cruz Bucho Portalegre - Nova Portel - Fialho Portimão - Moderna Porto de Mós - Lopes Proençaa-Nova - Roda , Daniel de Matos (Sobreira Formosa) Redondo - Casa do Povo de Redondo Reguengos de Monsaraz Moderna Rio Maior - Central Salvaterra de Magos - Carvalho Santarém - Francisco Viegas Sucrs Santiago do Cacém - Corte Real São Brás de Alportel - São Brás Sardoal - Passarinho Seixal - Fogueteiro Serpa - Central Sertã - Patricio , Farinha (Cernache do Bonjardim), Confiança (Pedrogão Pequeno) Sesimbra - Bio-Latina , da Cotovia, Lopes Setúbal - Rodrigues Ferreira , Sália Silves - Sequeira Correia Sines - Atlântico , Monteiro Telhada (Porto Covo) Sintra - Domus Massamá , Ouressa, São Francisco Xavier, Azeredo (Queluz), do Forum Sintra (Rio de Mouro), da Terrugem (Terrugem) Sobral Monte Agraço Moderna Sousel - Mendes Dordio (Cano) , Andrade Tavira - Maria Aboim Tomar Misericórdia Torres Novas - Central Torres Vedras - Torreense Vendas Novas - Ribeiro Viana do Alentejo - Viana Vidigueira Costa Vila de Rei - Silva Domingos Vila Franca de Xira - Botto e Sousa , Raposo, Higiénica (Póvoa de Santa Iria), Moderna Vila Nova da Barquinha - Carvalho (Praia do Ribatejo) Vila Real de Santo António Carrilho Vila Velha de Rodão - Pinto Vila Viçosa - Torrinha 34 | PÚBLICO, SEX 16 AGO 2013 JOGOS Meteorologia Ver mais em www.publico.pt/tempo CRUZADAS 8528 TEMPO PARA HOJE Horizontais 1. Tem conhecimento de. Impudico, devasso. 2. De baixa temperatura. Espaço de sete dias seguidos. 3. Um, entre dois ou mais. Nome da letra grega correspondente ao X. 4. Símbolo de libra (unidade de massa). O tio dos americanos. Transpirar. 5. Humano. 6. Patrão. Apertas com nó. 7. Hífen. Autores (abrev.). 8. Pessoa amada. Nem um. 9. Segundo. Composição poética de assunto elevado e destinada ao canto. Substância filamentosa segregada pela larva do sirgo. 10. Dar forma de fatia a. Madeira (abrev.). 11. Pequeno melão arredondado. Neste momento. Solução do problema anterior: Horizontais: 1. Roaz. Regata. 2. Escocês. COM. 3. AO. Ti. Parma. 4. Decaída. 5. Ma. Larota. 6. VENTO. Iroso. 7. Alça. Ata. AM. 8. Anáfora. 9. Asno. Is. TIR. 10. Dedada. Ouro. 11. Amora. Asma. Verticais: 1. Real. Valada. 2. Oso. Mel. Sem. 3. AC. DANÇANDO. 4. Zote. Tanoar. 5. Ciclo. Da. 6. Rê. Aa. Afia. 7. ESPÍRITOS. 8. Adorar. OS. 9. Acrato. Atum. 10. Tom. Asa. Ira. 11. Amar. Ombro. Título da Obra: Dançando ao Vento com os Espíritos. Verticais: 1. Não acertar. Avançavam. 2. Senhor (abrev.). Interjeição imitativa do som de tiro ou pancada. Fatia de carne frita ou passada pela grelha. 3. Criada de quarto. Legenda de brasão. Outra coisa (ant.). 4. Saquinho onde se traz o dinheiro. Imóvel. 5. Latir dolorosamente. Espaço de 24 horas. 6. Resumo. Elemento de formação de palavras que exprime a ideia de nove. 7. Preposição designativa de falta. Engenho com que se tira água dos poços (cegonha). Rádio (s.q.). 8. Antes do meio-dia (abrev.). Possuis. 9. Falta. Elemento de formação de palavras que exprime a ideia de sangue. 10. Ensejo (fig.). Cumprimentar. 11. Antigo nome da República Democrática do Congo. Querida. Depois do problema resolvido encontre o provérbio nele inscrito (5 palavras). Bragança Viana do Castelo 15º 23º Braga 16º 32º 14º 28º Vila Real 15º 29º Porto 17º 17º 23º Viseu 1-1,5m 18º Guarda 15º 29º Aveiro 14º 27º Penha Douradas 16º 23º 22º Coimbra 16º 26º Castelo Branco Leiria 18º 34º 17º 25º Santarém Portalegre 17º 31º 18º 33º Lisboa BRIDGE SUDOKU Dador: Norte Vul: NS NORTE ♠ K64 ♥ QJ7 ♦ Q96 ♣ A943 ESTE ♠ 975 ♥ 952 ♦ K532 ♣ KJ7 OESTE ♠2 ♥ 10643 ♦ J10874 ♣ Q86 SUL ♠ AQJ1083 ♥ AK8 ♦A ♣ 1052 Oeste 18º 27º Norte 1♣ passo 1ST passo 2♠ passo 5♥ (2) Todos passam Este passo passo passo passo Sul 1♠ 2♦ (1) 4ST 6♠ Leilão: Equipas ou partida livre. (1) Novo menor forcing – promete cinco cartas de espadas e procura saber se o abridor tem 3 cartas de espadas (2) Duas cartas chave, sem a Dama de trunfo Carteio: Saída: J♦. Qual o seu plano para cumprir este cheleme? Solução: À partida, o cheleme parece estar condenado ao fracasso. A duplicação de valores a copas e a espadas, a juntar a uma Dama de ouros inútil, fazem com que de vez em quando apareça este tipo de anormalidade estatística. Apesar de tudo isso, este cheleme pode ainda ser cumprido. Como? A saída de Oeste não deixa dúvidas quanto à colocação do 10 e do Rei de ouros, o 10 deverá estar em Oeste e o Rei em Este. Isso significa que qualquer um dos defensores terá de ficar a segurar essas cartas, ou será simples vir a apurar uma segunda vaza a ouros, a 12ª neste caso. Como existe um segundo naipe ameaçador – paus – a defesa pode vir a ficar apertada para conseguir segurar tudo: os paus e os ouros. Se conseguirmos jogar as cartas pela ordem certa, e se tivermos o dom de adivinhar a posição final, o cheleme será cumprido. A boa ordem: pequeno ouro do morto e Ás da mão, cinco voltas de trunfo onde baldamos dois paus do morto. De seguida, Ás e Rei de copas e copa para a Dama. Estamos a quatro cartas do fim e temos: na nossa mão – o último trunfo, e três paus de 10; no morto – a Dama e o 9 de ouros e o Ás e o 9 de paus. O que ficaram a segurar cada um dos defensores? Se ficaram com dois paus e dois cada um, basta agora jogar o Ás de paus e outro pau que os paus irão cair e o 10 da nossa mão irá ficar bom. Se um dos defensores ficar a segurar três cartas de paus terá então a sua figura de ouros seca, nesse caso teremos de acertar qual o adversário que ficou com a sua figura de ouros seca: se for Oeste a ter ficado com o 10 de ouros seco, avançamos agora com a Dama de ouros. Se Este cobrir com o seu Rei cortamos, capturando o 10 de Oeste, voltamos ao morto no Ás de paus e apresentamos o 9 de ouros firme, a 12ª vaza; se Oeste não cobrir, então é mais simples ainda – deixamos correr a Dama de ouros baldando um pau da nossa mão. Se tiver sido Este a ficar com o Rei de ouros seco, resta-nos apenas jogar o 9 de ouros do morto e cortar o Rei de Este. No regresso ao morto teremos a Dama de ouros firme! De notar que o que aqui afirmamos é que o cheleme é possível de se cumprir, mas para tal é importante jogar desta forma e adivinhar a posição final. Oeste Norte Este 1♣ Setúbal Problema 5040 Dificuldade: fácil Évora 17º 30º 15º 35º 19º Beja Sines 16º 17º 35º 26º 1-1,5m Sagres 18º 27º Solução do problema 5038 Faro 22º 35º 24º 0,5-1m Açores Corvo Flores Graciosa 23º 19º 25º 24º Problema 5041 Dificuldade: muito difícil 1m S. Jorge Faial Terceira 20º 26º Pico 20º 26º 1-2m S. Miguel Ponta Delgada Sta Maria Madeira Porto Santo Sul 1♦ 22º 20º 26º 1m 21º 28º ? Sol 21º Nascente 06h36 Poente 20h50 1,5-2m O que marca com a seguinte mão? ♠J65 ♥983 ♦KJ92 ♣Q95 Lua Nova Solução do problema 5039 Resposta: Uma mão regular e uma boa defesa a ouros, não será evidente a voz de 1ST? Nem por isso. A voz de 1ST, sobre uma intervenção, para além de prometer uma paragem no naipe de intervenção, promete também 8 a 10 pontos de honra. Com apenas 7 pontos (e sem nada de extraordinário para valorizar – cartas intermédias) o mais sensato é começar por passar, provavelmente iremos ter direito a voltar a falar e, nessa altura, marcamos 1ST – 5 a 7 pontos. A boa voz: passe. João Fanha/Luís A.Teixeira ([email protected]) AMANHÃ Funchal º 0,5-1m 24 06 Ago. 22h51 22º 28º Marés Leixões Faro Preia-mar 11h11 23h53 2,8 10h49 2,9 10h54 2,8 2,8 23h31 2,8 23h34 2,8 Baixa-mar 04h46 1,2 04h23 1,3 04h15 1,2 1,2 17h12 1,3 17h06 1,2 17h32 © Alastair Chisholm 2008 and www.indigopuzzles.com Cascais Fonte: www.AccuWeather.com PÚBLICO, SEX 16 AGO 2013 | DESPORTO | 35 Bondarenko ganha arriscada aposta na altura e ameaça recorde do mundo Ucraniano bateu o recorde dos campeonatos mundiais, com 2,41m, e esteve perto de ultrapassar o mítico máximo de Javier Sotomayor. Jehue Gordon triunfou nos 400m barreiras com um final dramático ADRIAN DENNIS/AFP Atletismo Luís Lopes A final do salto em altura foi, como se esperava, a prova mais espectacular do sexto dia dos Mundiais de atletismo de Moscovo. E, ganhando o favorito, não deixou de ter o adequado suspense relativo aos grandes momentos. O ucraniano Bohdan Bondarenko, de 23 anos, venceu e convenceu, mas mostrou uma confiança além do habitual, ao apostar tudo numa altura da competição em que não precisava de correr riscos. Se falhasse, não teria recuo. Porém, tudo acabou bem e, sozinho em pista, o gigante eslavo (1,97m, filho de um bom decatlonista e treinado por ele) tentou bater o velho recorde do cubano Javier Sotomayor, estabelecido, com 2,45m, em Salamanca, a 27 de Julho de 1993. Uma marca que já fez 20 anos e que significa que um homem pode saltar mais que uma baliza de futebol, que mede 2,44m. Bondarenko não conseguiu esse objectivo, mas o segundo ensaio a 2,46m foi muito bom e parece finalmente que há quem tenha tirado convenientemente as medidas a uma marca que, durante anos a fio, pareceu eterna. Para trás ficava o mais importante, e não foi pouco. Bondarenko iniciou o concurso só a 2,29m e passou com tanta margem sobre a barra que logo se viu que o dia não ia acabar de forma indiferente. Depois dispensou saltar os 2,32m e foi directamente a 2,35m, fasquia tantas vezes decisiva, que voltou a transpor com grande margem. A tal questão do risco explica-se pelo facto de o ucraniano ter dispensado, a priori, os 2,38m, marca que serviu para assegurar o título mundial em 11 das 13 edições até agora disputadas. E, a essa altura, o qatari Mutasz Barshim, detentor do recorde asiático (2,40m), conseguiria sucesso ao primeiro ensaio, tal como o canadiano Derek Drouin passaria à segunda tentativa, para um novo recorde nacional. Portanto, sem absoluta necessidade, Bondarenko tinha de passar os mesmos 2,41m que, de forma sensacional, o projectaram para a fama desde o meeting de Lausana, a 4 de Julho. E abordava essa fasquia com a incrível soma de dois saltos realizados… Um primeiro falhanço deixou MEDALHEIRO Ouro Prata EUA 4 8 Quénia 3 3 Rússia 3 3 Alemanha 2 2 Etiópia 2 1 Jamaica 2 0 Ucrânia 2 0 Grã-Bretanha 2 0 Polónia 1 1 Rep. Checa 1 0 Colômbia 1 0 Croácia 1 0 Irlanda 1 0 Nova Zelândia 1 0 Suécia 1 0 Trind. e Tobago 1 0 França 0 2 Canadá 0 1 China 0 1 Botswana 0 1 Costa do Marfim 0 1 Hungria 0 1 Itália 0 1 Nigéria 0 1 Qatar 0 1 Cuba 0 0 Sérvia 0 0 Austrália 0 0 Djibuti 0 0 R. Dominicana 0 0 Espanha 0 0 Estónia 0 0 Japão 0 0 Holanda 0 0 Bronze 2 2 2 1 2 1 1 0 0 1 0 0 0 0 0 0 1 2 2 0 0 0 0 0 0 2 2 1 1 1 1 1 1 1 Total 14 8 8 5 5 3 3 2 2 2 1 1 1 1 1 1 3 3 3 1 1 1 1 1 1 2 2 1 1 1 1 1 1 1 Bondarenko comprovou todo o favoritismo que carregava no salto em altura Colossos em final sem Marco Fortes U ma das grandes finais do dia de hoje é a do lançamento de peso masculino. Marco Fortes tentou ontem chegar à final, procurando um lugar próximo do quinto de há dois anos, e, para isso, teria de ficar entre os 12 primeiros no caso de repescagem, ou fazer 20,65m. Ficou longe de ambas as metas. Lançou 19,38m ao primeiro ensaio, 19,19m no seguinte e fez nulo no terceiro, e assim ficou em 16.º lugar da geral. Para hoje, o americano Ryan Whiting parte como grande favorito, com a melhor marca do ano (22,28m). O checo Ladislav Prasil (fez ontem 20,90m) também está em bom plano e há que contar também com o polaco Tomasz Majewski, o alemão David Storl e o americano Reese Hoffa. L.L. os outros a acreditar que poderia haver surpresa, mas o segundo salto arrumou a questão. Nunca se vira antes tal confiança numa disciplina como o salto em altura, em que por vezes surgem grandes reviravoltas. O ucraniano ficou com o recorde dos campeonatos, que era pertença, desde a quarta edição, de 1993, do próprio recordista mundial Javier Sotomayor (2,40m). O sucesso de Drouin, a 2,38m, teve o condão de deixar os russos fora das medalhas. Aleksandr Shustov fez o seu melhor do ano, 2,32m, e foi sétimo, enquanto o campeão olímpico Ivan Ukhov também obteve a sua marca mais alta de 2013, com 2,35m, mas, ao falhar os 2,38m, teve de se contentar com o quarto lugar. Melhor marca para Hejnová Na final dos 400m barreiras femininos, colocava-se a questão de saber se a checa Zuzana Hejnová iria manter a invencibilidade alardeada em toda a temporada. A resposta foi sim. À entrada da recta final, a checa foi-se destacando largamente das rivais e ainda saiu em força da última barreira para acabar com a melhor marca do ano, a 52,83s, entrando no exclusivo clube das que têm menos de 53 segundos e com um margem de avanço sobre a segunda, a americana Dalilah Muhammad (54,09s), que é de longe a maior da história dos campeonatos, superando os 93 centésimos dos campeonatos de 2001. A mesma prova masculina foi dramática, com o campeão americano Michael Tinsley a aguentar uma curta liderança que Jehue Gordon, de Trindade e Tobago, lhe arrebatou de forma a ser apenas o photo finish a decidir, mesmo em cima da meta, com um grande recorde nacional de 47,69s, e com o seu rival a um centésimo. Gordon consumou o que deixara antever nos Mundiais de Berlim, em 2009, onde foi quarto aos 17 anos. E a Europa descobriu um novo grande especialista da disciplina, o sérvio Emir Bekric, que na pista oito concluiu em terceiro com 48,05s. Nos 3000m obstáculos, os quenianos dominaram e o francês Mahiedine Mekhissi-Benabbad voltou a estar no pódio, em terceiro. Ezekiel Kemboi usou a sua velocidade terminal para se impor ao ainda júnior Conselsus Kipruto (8m06,37s) e, assim, obteve, com 8m06,01s, o terceiro título mundial seguido. RESULTADOS E PROGRAMA FINAIS DE ONTEM 400m barreiras (M) 1. Jehue Gordon (Trindade e Tobago) 2. Michael Tinsley (EUA) 3. Emir Bekric (Sérvia) 3000m obstáculos (M) 1. Ezekiel Kemboi (Quénia) 2. Conseslus Kipruto (Quénia) 3. M. Mekhissi-Benabbad (França) Salto em altura (M) 1. Bohdan Bondarenko (Ucrânia) 2. Mutaz Essa Barshim (Qatar) 3. Derek Drouin (Canadá) 1500m (F) 1. Abeba Aregawi (Suécia) 2. Jennifer Simpson (EUA) 3. Hellen Onsando Obiri (Quénia) 47,69s 47,70s 48,05s 8m06,01s 8m06,37s 8m07,86s 2,41m 2,38m 2,38m 4m02,67s 4m02,99s 4m03,86s Triplo salto (F) 1. Caterine Ibargüen (Colômbia) 2. Ekaterina Koneva (Rússia) 3. Olha Saladuha (Ucrãnia) 14,85m 14,81m 14,65m 400m barreiras (F) 1. Zuzana Hejnová (Rep. Checa) 2. Dalilah Muhammad (EUA) 3. Lashinda Demus (EUA) 52,83s 54,09s 54,27s FINAIS DE HOJE 16h00 Dardo (F) 16h30 Comprimento (M) 17h10 Peso (M) 17h45 5000m (M) 18h15 200m (F) 18h30 4x400m (M) PROGRAMA DOS PORTUGUESES Nenhum português competirá hoje 36 | DESPORTO | PÚBLICO, SEX 16 AGO 2013 RAFAEL MARCHANTE/REUTERS Alex Sandro quer vitória e boa exibição na estreia do FC Porto na Liga Futebol Paulo Curado A tradição diz que o FC Porto é feliz no Estádio do Bonfim, onde não perde há 30 anos, mas os “dragões” não querem descansar à sombra das estatísticas e estão empenhados em vencer o Vitória de Setúbal na estreia da equipa no campeonato, no domingo. Ontem, Alex Sandro garantiu que este será um jogo complicado para a sua equipa, mas está confiante que os “dragões” farão uma boa exibição. “Jogar contra o Vitória de Setúbal, e fora de casa, é sempre complicado. É uma equipa agressiva, que se fecha muito bem, e vai ser um jogo complicado, mas estamos a trabalhar em cima disso para que não fique tão difícil”, revelou o defesa brasileiro, considerando que um resultado positivo em Setúbal PUBLICIDADE será importante para motivar a sua equipa para a temporada. Já com um título conquistado esta época, após o triunfo frente ao Vitória de Guimarães (3-0) na Supertaça, Alex Sandro está confiante na qualidade do trabalho da nova equipa técnica, mas não quis assumir o favoritismo para a conquista do campeonato. “Faz muito tempo que está posto de lado falar de favoritismo. O FC Porto faz sim, todos os anos, prevalecer que continua forte e atrás de títulos”, justificou. O jogador elogiou ainda a qualidade dos reforços que chegaram esta temporada, manifestando o desejo de continuidade do avançado colombiano Jackson Martínez: “Todos os grandes clubes querem ter Jackson Martínez no seu plantel. Para nós, obviamente, seria muito bom se ele ficasse. Para o clube e para os jogadores seria óptimo que ele ficasse.” Breves Ténis Aos 28 anos, Marion Bartoli anuncia fim da carreira Ronaldo apresenta uma média de 0,38 golos por jogo na selecção Cristiano Ronaldo a um golo de Eusébio e a oito da história Futebol Tiago Pimentel Faltam apenas oito golos para Cristiano Ronaldo se tornar o melhor marcador, em termos absolutos, da selecção portuguesa Com o golo marcado aos 87’ do jogo particular frente à Holanda (1-1), que evitou a derrota da equipa de Paulo Bento na quarta-feira, Cristiano Ronaldo atingiu a marca dos 40 golos ao serviço da selecção portuguesa. Só falta um para o futebolista do Real Madrid igualar Eusébio, o segundo melhor marcador da história da equipa nacional. A liderança da classificação continua a pertencer a Pauleta, que apontou 47 golos por Portugal. Aos 28 anos de idade, são apenas oito golos aqueles que separam Cristiano Ronaldo de um lugar na história como o melhor marcador de sempre da selecção. Maiores goleadores Ali Daei (Irão) 109 golos Ferenc Puskas (Hungria) 84 Godfrey Chitalu (Zâmbia) 78 Pelé (Brasil) 77 Sandor Kocsis (Hungria) 75 Bashar Abdullah (Koweit) 75 Senamuang (Tailândia) 71 Stern John (T. Tobago) 70 Hossam Hassan (Egipto) 69 Gerd Müller (RFA) 68 Se a liderança absoluta da lista de melhores marcadores está ao alcance de Cristiano Ronaldo, há um aspecto em que o madeirense perde para Eusébio e Pauleta: a média de golos por jogo. Cristiano Ronaldo marcou o 40.º golo à 105.ª internacionalização, o que dá 0,38 golos/jogo. A título de comparação, Hélder Postiga, que tem sido a primeira opção de Paulo Bento para o eixo do ataque da equipa nacional, tem uma média de 0,42 golos/ jogo (26 marcados em 62 partidas). Pauleta fez 47 golos em 88 jogos, à média de 0,53 golos/jogo. E Eusébio, ao ter obtido 41 golos em 64 partidas, ostenta uma média de 0,64 golos/jogo. Olhe-se por onde se olhar, o número de golos dos melhores marcadores da equipa nacional fica, porém, aquém dos registos dos avançados mais concretizadores ao serviço das respectivas selecções. O rei absoluto dos goleadores internacionais continua a ser, com larga vantagem, Ali Daei — fez um total de 109 golos com a camisola da selecção iraniana, entre 1993 e 2006. Ferenc Puskas, com 84 golos em 89 jogos internacionais (85 pela Hungria e quatro por Espanha, embora não tenha marcado golos ao serviço da roja), é quem mais se aproxima do registo goleador de Ali Daei. Claro que a fragilidade dos adversários também ajuda. Daí figurarem no top 10 dos maiores goleadores nomes como Godfrey Chitalu, que terá feito um total de 78 golos pela selecção zambiana. Um a mais em relação aos que Pelé celebrou com a camisola canarinha do Brasil. Seis semanas depois de ter conquistado o torneio de Wimbledon, a tenista francesa Marion Bartoli anunciou ontem o fim da carreira. “O meu corpo não aguenta mais”, confessou aos 28 anos, 13 deles no ténis. A 6 de Julho, Bartoli, 15.ª do ranking mundial, ganhou em Wimbledon após derrotar, na final, a alemã Sabine Lisicki, por 6-1, 6-4. Era a primeira francesa a vencer o torneio desde 2006. Ontem chegou a notícia, logo após uma derrota frente à romena Simona Halep (3-6, 6-4, 6-1) no torneio WTA de Cincinnati, nos Estados Unidos. “É a altura de pôr fim à minha carreira”, anunciou em conferência de imprensa, citada pela AFP. A razão: cansaço físico. “O meu corpo não consegue suportar mais”, acrescentou, em lágrimas. Futebol Palestinianos pedem à FIFA cartão vermelho a Israel A Federação Palestiniana de Futebol apelou ontem à FIFA para que “mostre um cartão vermelho a Israel”, alegando que o Estado hebreu impediu várias equipas árabes de entrarem nos territórios palestinianos. “Exigimos que a FIFA mostre o cartão vermelho, porque há muito tempo que já foi mostrado o amarelo”, afirmou Jibril al-Rujub, presidente da federação palestiniana, exigindo a expulsão de Israel do organismo que rege o futebol mundial. Segundo AlRujub, Israel não autorizou a entrada nos territórios a vários representantes da Federação de Futebol do Oeste Asiático (WAFF), à qual pertencem 12 federações árabes. As equipas deveriam começar, desde ontem, a sua participação num campeonato regional sub-17. PÚBLICO, SEX 16 AGO 2013 | DESPORTO | 37 Antes da Torre, mudou o palmarés do espanhol Raúl Alarcón e pouco mais Santos é favorito no Nacional de profissionais NUNO VEIGA Volta a Portugal Manuel Assunção CLASSIFICAÇÕES TERMAS DE MONFORTINHO-GOUVEIA (176,3 KM) Apesar da montanha, a 7.ª etapa da Volta a Portugal não alterou a classificação nem as diferenças entre os seis primeiros Raúl Alarcón começou o primeiro dia de serra da Estrela da 75.ª edição da Volta a Portugal num anónimo 100.º lugar da geral. Mas o espanhol, à falta de mudanças significativas no topo da classificação, foi o homem do dia, ao vencer isolado em Gouveia, depois de andar quase 60 quilómetros sozinho na frente. Apesar das subidas às Penhas da Saúde (1.ª categoria) e às Penhas Douradas (2.ª), a 7.ª etapa, iniciada nas Termas de Monfortinho, não mudou nada — nem as classificações nem as diferenças — entre os seis primeiros. Um cenário que mudará — ou deverá mudar — hoje, com a realização da etapa-rainha da prova, com chegada marcada para a Torre (em Seia), após 28 quilómetros de subida, e passagens anteriores por duas contagens de 1.ª categoria. As Penhas da Saúde fizeram diferença para Alarcón, o espanhol que deu o primeiro triunfo à equipa Louletano-Dunas Douradas. Foi no início dessa subida que se livrou dos últimos colegas de uma fuga de 17 elementos e nunca mais olhou para trás. “Estava difícil vencer este ano. Consegui na Volta a Portugal uma das melhores corridas do mundo. Tinha esta etapa marcada desde o princípio”, afirmou o ciclista de 27 anos. Alarcón estreou-se como profissional em 2007, na Saunier Duval, mas em 2009 e 2010 competiu como amador antes de a actual Efapel-Glassdrive lhe dar uma oportunidade em 2011, provavelmente convencida pelos seus sete triunfos no ano anterior. 7.ª etapa 1. Raúl Alarcón (Louletano-D. Dour.) 4h45m45s 2. Edgar Pinto (LA-Antarte) a 1m30s 3. Célio Sousa (Rádio Popular-Onda) m.t. 4. Marcel Wyss (IAM Cycling) m.t. 5. Gustavo Veloso (OFM-Quinta da Lixa) m.t. 6. Rui Sousa (Efapel-Glassdrive) m.t. 7. Sergio Pardilla (MTN-Qhubeka) m.t. 8. Hernâni Broco (Efapel-Glassdrive) m.t. 9. Vladislav Gorbunov (Astana Continental) m.t. 10. Daniel Silva (Rádio Popular-Onda) m.t. Geral 1. Sergio Pardilla (MTN-Qhubeka) 34h08m31s 2. Rui Sousa (Efapel-Glassdrive) m.t. 3. Gustavo Veloso (OFM-Quinta da Lixa) a 7s 4. Hernâni Broco (Efapel-Glassdrive) a 17s 5. Vladislav Gorbunov (Astana Continental) a 20s 6. Alejandro Marque (OFM-Quinta da Lixa) a 24s 7. Daniel Silva (Rádio Popular-Onda) a 46s 8. Edgar Pinto (LA-Antarte) a 47s 9. Marcel Wyss (IAM Cycling) a 50s 10. Rui Vinhas (Louletano-Dunas Douradas) a 59s Alarcón à chegada a Gouveia, no final da etapa 7.ª etapa: Oliveira do Hospital - Alto da Torre Prémios de montanha 1-2-3-4 E (especial) Portela do Arão 2000 1600 1200 800 Ervedal da Beira Lagoa Comprida 1 Alto da Torre E Sabugueiro 1 102h13m43s a 2m41s a 3m41s Pontos 1. Manuel Cardoso (Caja Rural) 2. Edgar Pinto (LA-Antarte) 3. Delio Fernández (OFM-Quinta da Lixa) Meta-volante V 166,3 km 2400 Geral por equipas 1. Efapel-Glassdrive 2. OFM-Quinta da Lixa 3. Rádio Popular-Onda Seia 73 pts 66 52 Montanha 1. Márcio Barbosa (LA-Antarte) 72 pts 2. Joni Brandão (Efapel-Glassdrive) 37 3. Raúl Alarcón (Louletano-Dunas Douradas) 28 Juventude 1. Vladislav Gorbunov (Astana Cont.) 34h08m55s 2. Rafael Silva (LA-Antarte) a 4m27s 3. Jan Hirt (Leopard-Trek) a 4m31s 400 0 Km 20,3 77,7 88,6 98,5 138,1 Fonte: www.volta-portugal.com No primeiro ano ganhou uma etapa (ao sprint) do troféu Liberty Seguros e outra do Troféu Joaquim Agostinho (isolado), curiosamente ambas disputadas num sistema de circuito de dez voltas, às quais juntou a vitória na classificação de montanha da Volta a Castela e Leão. Agora, voltou aos triunfos num dia em que montanhas não geraram diferenças para os principais candidatos à vitória final, apesar de algumas tentativas dos homens da Efapel-Glass- drive — que chegaram a “perseguir” os próprios colegas de equipa Nuno Ribeiro e Filipe Cardoso, gerando a irritação destes — e de Edgar Pinto (LA-Antarte). Alarcón, um rolador possante, acabou com um minuto e meio de vantagem sobre o grupo de perseguidores, no qual estavam incluídos quase todos os homens do top 10, incluindo o camisola amarela Sergio Pardilla (MTN-Qhubeka), que se defendeu bem, e Rui Sousa (Efapel-Glassdrive), segundo da geral com o mesmo tempo do líder. Mas o espanhol Delio Fernández (OFMQuinta da Lixa) e César Fonte (EfapelGlassdrive), respectivamente 7.º e 8.º à partida para a etapa, perderam 2m34s para os adversários e caíram para os 14.º e 15.º postos. “Nestas fases finais, noto que Pardilla me marca a roda. É natural, porque eu faria o mesmo no lugar dele. Sexta-feira é, para mim, o dia decisivo desta Volta. Hoje [ontem] foi bastante duro, as montanhas foram atacadas, mas era difícil fazer alguma diferença”, referiu Rui Sousa, que já terminou três vezes a Volta no 3.º lugar. Golfe Rodrigo Cordoeiro Ricardo Santos é o principal favorito à vitória no Campeonato Nacional de Profissionais, que se realiza entre hoje e domingo no campo algarvio do Pestana Vila Sol, em Vilamoura. O melhor golfista português da actualidade, que este ano já facturou mais de 400 mil euros em prémios no European Tour, procura recuperar um ceptro que lhe pertenceu em 2011 e, assim, suceder ao seu irmão mais velho, Hugo, na lista dos campeões. Na edição passada, por motivos de calendário, Ricardo não pôde participar e o primeiro lugar pertenceu ao amador Gonçalo Pinto, mas foi Hugo que ficou com o troféu. Desta vez não haverá amadores em prova, o que se explica pelo facto de o Vila Sol ter cedido o campo à PGA de Portugal. Explica o presidente deste organismo, José Correia: “Ter mais dez ou 15 amadores representa muito valor em termos de tee times. Não quisemos sobrecarregar o campo.” Um dos aliciantes do torneio é a estreia de Pedro Figueiredo — o melhor amador português de sempre — como profissional em Portugal, depois de três cuts falhados no Challenge Tour. Os grandes ausentes são Filipe Lima e Nuno Henriques. A nível amador, Ricardo Melo Gouveia (88.º no ranking mundial amador) foi eliminado na primeira ronda do match play do US Amateur, no The Country Club, em Brookline, Massachusetts. Depois de ter sido 20.º na fase de stroke play (entre 312 jogadores), que serviu para apurar os 64 primeiros para o match play, o português perdeu para americano Brandon Hagy (26.º no ranking) no primeiro buraco do play-off. Em 2012, tinha atingido os quartos-de-final. PUBLICIDADE 38 | PÚBLICO, SEX 16 AGO 2013 ESPAÇOPÚBLICO Os artigos publicados nesta secção respeitam a norma ortográfica escolhida pelos autores EDITORIAL A derrota do Ocidente nas ruas do Cairo Os actos e as omissões de Bruxelas e de Washington na era pós-Morsi vão ser associados à morte de civis N ão foi só o sonho da democracia liberal aberto pela Primavera Árabe que se esfumou no terrível banho de sangue nas ruas do Cairo. Nessa agressão aos mais elementares direitos humanos ruíram também os esforços do Ocidente para suster o islamismo radical. Quando um exército irrompe pelas ruas e dispara de forma indiscriminada contra a população civil, não basta a retórica tradicional da condenação da violência nem a apologia das liberdades individuais. É preciso recorrer às mesmas palavras e actos que quer os Estados Unidos quer a União Europeia usam para atacar a brutalidade de Al-Assad na Síria. O Ocidente, porém, não o faz porque está amarrado à condescendência com que assistiu ao golpe que afastou Mohamed Morsi, ou, pior ainda, pela ausência de qualquer esforço efectivo para envolver a cidadania egípcia que o apoiou no regresso à normalidade democrática. Mesmo que se compreenda a recusa cínica de condenar o golpe de Estado que afastou manu militari um governo eleito (os erros de Morsi e o estado paralelo em construção pela Irmandade Muçulmana podem justificar essa atitude), Washington ou Bruxelas jamais deveriam ter tolerado a repressão exercida sobre a Irmandade Muçulmana. Não o fazendo, acabaram por alimentar a resistência dos seus fiéis e a inimputabilidade do regime que se exprimiu nos assassínios de anteontem. Agora que se desfez a hipótese de qualquer solução negociada para o regresso ao processo democrático, o Ocidente perdeu o pé. No Egipto e, por arrastamento, no Médio Oriente. Para todos os efeitos, a sua conivência com a era pós-Morsi não deixará de estar associada a uma brutal vaga de repressão e de violência. Para quem como a Europa defende uma diplomacia suave, para quem como Obama aposta na conquista dos corações e da inteligência do mundo árabe para suster o radicalismo islâmico, não podia haver pior cenário. O rural que funciona A agricultura tem sido nos últimos trimestres o mais dinâmico dos sectores da economia. Nos últimos tempos, o sector primário teve um forte contributo na redução da taxa de desemprego, é, logo a seguir à área dos combustíveis, a actividade produtiva que mais cresceu nas exportações e, como hoje se noticia, foi capaz de absorver a quase totalidade de fundos estruturais dedicados à modernização. Ainda assim, o reconhecimento que o país continua a dar aos agricultores está longe de traduzir a sua importância. Os licenciados em ciências agrárias são os mais mal pagos, os cursos superiores de agronomia são cada vez menos procurados e no espaço público ainda abundam as ideias feitas de uma classe profissional ociosa e subsídiodependente. No Portugal novo-rico do euro e do endividamento não havia lugar para agricultores – nem para industriais. Esse tempo acabou. Ninguém tem saudades do Portugal rural, pobrezinho e frugal, mas a agricultura hoje é o exemplo de que há no país riquezas que não se podem dispensar. CARTAS À DIRECTORA Sem parti pris As cartas destinadas a esta secção devem indicar o nome e a morada do autor, bem como um número telefónico de contacto. O PÚBLICO reserva-se o direito de seleccionar e eventualmente reduzir os textos não solicitados e não prestará informação postal sobre eles. Email: [email protected] Também sabe bem escrever assim: sem parti pris. E são três as personagens (e ainda um livro) que me levam ao teclado para ir dizendo o que sinto. A primeira é João Miguel Tavares ( JMT), que mais uma vez não me desiludiu na crónica de 13/8 – “Nadar sem calções” – em que diz dos senhores que vão pululando por aí (Rui Machete, Cavaco Silva, etc.) aquilo que merecem, isto sendo um liberal assumido mas a quem a doutrina não tolhe para se horripilar com os actores que são protagonistas da mesma. Aliás, em contraste com o socialista António Correia de Campos (ACC), a segunda personagem, que em 12/8 – “A miopia” – faz o inverso com Rui Machete, não vendo nada de mal com o que este fez com o BPN, sendo nós... os míopes. A terceira personagem é o ex- secretário de Estado Franquelim Alves. Então não foi ele (ex-BPN auto-ocultado no curriculum), que todos nós atacámos, que “salvou” o país do swap vigarista proposto pelo Citigroup, quando presidia à DGCI?!! O livro é Introdução ao Neoliberalismo de Manred B. Steger e Ravik Roy (Ed. Actual), que nos surpreende com a existência de duas vagas daquela doutrina, sendo a segunda... a Nova Democracia (de Bill Clinton) e a Terceira Via (de Tony Blair)!! Quando lemos o texto, até percebemos as (boas...) intenções, só que... os actores, meus caros, os actores! Resumindo: um liberal puro e honesto a malhar nos semcalções já na maré alta, que têm por defensor um socialista de PPP! Um BPN envergonhado a salvar o Estado dos financeiros predadores! E, finalmente, um livro que, no fundo, nos diz que, mais que as ideologias, são os intérpretes das mesmas que as adulteram. Como bem vemos nos dias de hoje! Fernando Cardoso Rodrigues, Porto Mentiras e promessas nas eleições autárquicas No contexto de pré-campanha eleitoral, em representação de partidos, muitos são aqueles cuja ambição é chegarem ao poder, dirigindo autarquias como ponto de partida para a projecção da sua imagem, sem que sejam clarificados os seus reais interesses. Quando ao longo dos anos a promiscuidade política tem vindo a ser notícia nos mais variados órgãos de comunicação social, não são muitos os políticos que estão isentos de irregularidades, passando essa imagem generalizada de que os políticos são todos iguais, o que em muitos casos não corresponde à realidade. Uma candidatura a uma autarquia local é, antes de mais, uma candidatura a servir os cidadãos, pelo que o erro político do candidato é prometer o que não sabe se terá condições para cumprir, sendo esta uma das razões porque muitas vezes os cidadãos se sentem defraudados. Ainda que custe votos, mentir e fazer promessas para conquistar o poder a qualquer preço não é uma forma séria de fazer política, nem de serviço aos cidadãos, porquanto é importante que as nossas palavras possam reflectir não os interesses de grupos instalados, mas o interesse e o bem-estar de todos. Américo Lourenço, Sines PÚBLICO, SEX 16 AGO 2013 | 39 A Máfia, o tribunal e o multiplicador da despesa orçamental Debate Fim da recessão Luís Aguiar-Conraria É cedo para se estimar com exactidão o impacto económico das decisões do TC, mas hoje há uma ténue luz ao fundo do túnel J á todos os leitores deste jornal ouviram falar no multiplicador orçamental. O valor do multiplicador diz-nos qual o impacto que uma variação da despesa pública tem no rendimento nacional. De acordo com o exministro das Finanças Vítor Gaspar, em 2012, a troika e o Governo trabalharam no pressuposto de que o multiplicador era de 0,8. Quer isto dizer que, se o Estado reduzisse a despesa em 100 euros, seria de esperar que o PIB caísse 80 euros. A recessão em que mergulhámos torna evidente que os efeitos recessivos da austeridade foram severamente subestimados. Na verdade, o cálculo do multiplicador é uma tarefa particularmente complicada do ponto de vista estatístico. Para o fazer, temos de identificar a variação do PIB causada por uma alteração da despesa pública. Mas a própria despesa pública reage a mudanças do PIB. Por exemplo, se a actividade económica cair, o desemprego aumenta e as despesas com subsídios de desemprego também. Separar a causa do efeito é uma tarefa delicada. Como identificar com segurança uma variação da despesa pública que seja independente do estado da economia? Graças a uma lei anti-Máfia nos anos 90, três economistas italianos conseguiram encontrar uma resposta. De acordo com essa lei, mal a polícia tivesse evidências de que as decisões das câmaras municipais eram controladas, ainda que BARTOON LUÍS AFONSO indirectamente, pela Máfia, o Governo central nomeava comissários externos que ficavam encarregados da gestão municipal. Uma das primeiras medidas era, invariavelmente, o de suspender os fluxos financeiros dedicados a obras e investimentos municipais. Assim, os economistas Giancarlo Corsetti, Saverio Simonelli e Antonio Acconcia identificaram reduções exógenas na despesa municipal, observaram o seu impacto na economia local e, com isso, puderam calcular o valor do multiplicador orçamental. Os valores que encontraram para as províncias italianas situam-se na casa de 1,8, ou seja, mais do dobro do considerado por Gaspar e pela troika para Portugal. É evidente que não se pode afirmar, sem mais, que o multiplicador português é semelhante ao italiano. No entanto, recorrendo a modelos matemáticos teóricos para a economia portuguesa, economistas do Banco de Portugal estimaram que o multiplicador português andaria perto do italiano (2, para ser preciso). Um modelo matemático mais não é do que uma economia artificial, criada em computador, na qual se podem fazer experiências, como alterar despesas públicas, e observar os resultados. O principal problema é que não há consenso sobre qual o modelo artificial que melhor mimetiza o comportamento da economia real. Pressupostos diferentes conduzem a resultados radicalmente diferentes. O ideal seria mesmo termos um instrumento como o italiano: uma decisão de um tribunal que alterasse Vai-se a ver, o chumbo, pelo Constitucional, de parte do OE eram as decisões economicamente mais ajuizadas O tempo contra nós O Miguel Esteves Cardoso Ainda ontem exogenamente os planos de despesa pública do Governo e, depois, pudéssemos observar os efeitos. Na verdade, graças ao Tribunal Constitucional, já temos esse instrumento. Em 2013, partes do Orçamento do Estado de 2013 foram consideradas inconstitucionais. Essa decisão foi tomada a 5 de Abril, ou seja, logo no início do 2.º trimestre, e com efeitos imediatos. Assim, e ao contrário do que decidiu em 2012, obrigou o Governo a não cortar tanto na despesa pública como o que estava previsto no Orçamento. É evidente que ainda é demasiado cedo para se estimar com exactidão o impacto económico das decisões do Tribunal Constitucional. Mas tudo aponta no mesmo sentido, hoje pela primeira vez em bastante tempo, podemos discernir uma ténue luz ao fundo do túnel. Finalmente, alguns indicadores sugerem uma retoma da actividade económica e o nosso principal drama, o desemprego, caiu substancialmente no último trimestre. Tantos economistas que tanto condenaram os juízes do Tribunal Constitucional e, vai-se a ver, as declarações de inconstitucionalidade dos Orçamentos do Estado eram as decisões economicamente mais ajuizadas. PS: O artigo em causa tem como título Mafia and Public Spending: Evidence on the Fiscal Multiplier from a Quasi-experiment e pode ser encontrado em http://www.csef.it/ WP/wp281.pdf. Professor de Economia na Universidade do Minho raio do tempo cada vez passa mais depressa. A meio de Agosto, cada vez se chega mais cedo ao fim do dia. Mal uma pessoa se distrai — a ser feliz e estar bem —, passam três horas escondidas dentro de uma só. Eram 5 da tarde e, depois de ler um bocadinho, são, de repente, 8 da noite. “Já?!” é a pergunta que mais se faz cá em casa. Se calhar, a velocidade é o preço da alegria. A vida são dois dias mas só o primeiro tem 24 horas. O segundo não tem mais de 5 ou 6. Fica-se apenas com a sensação desagradável de ter sido roubado. As dores e as mágoas são as únicas coisas que devolvem o tempo à vida. Nos casos extremos — que são muito maiores do que se pensa —, fazem desejar que o tempo acabe e leve a vida com ele. Coisa que ele acabará por fazer mesmo com as pessoas mais saudáveis, a que o tempo e a velhice roubarão a saúde até lhes dar a morte, desejada ou não, mas sempre previsível, mais tarde ou mais cedo. Por que começa o tempo a acelerar quando finalmente começamos a dar-lhe valor e a até amá-lo? Quando se é novo, gosta-se do tempo para isto ou aquilo. Quando se ganha juízo, aprecia-se o tempo só por si. O “para” deixa de interessar. Mais: é a ausência de um “para” premeditado que o torna valioso. As pessoas que dizem que gostavam de ter tempo “para” ainda não perceberam o tempo: têm sorte. O tempo não é apenas um recurso finito. É a nossa aproximação ao momento em que voltaremos a não existir. É a única coisa que ainda temos. É a vida. QUEM ASSINA, TEM MAIS PÚBLICO. EM AGOSTO, AO FAZER A ASSINATURA DIGITAL ANUAL, RECEBE DUAS NOITES PARA DUAS PESSOAS, NO ALENTEJO MARMORIS HOTEL & SPA. Ao aderir à assinatura digital do Público, para além de ter acesso a todos os conteúdos do Público todos os dias da semana, ainda ganha um fim-de-semana para duas pessoas, num hotel 5 estrelas, único no mundo, o Alentejo Marmoris Hotel & SPA, em Vila Viçosa. Esta campanha, com o apoio da GeoStar, é válida para novas subscrições e renovações de assinatura para a modalidade digital anual. Oferta limitada ao stock existente. Não acumulável com outras promoções. Saiba mais em http://static.publico.pt/geostar/ PÚBLICO, SEX 16 AGO 2013 | 41 A instabilidade como certeza N Debate Classe política Patrícia Vieira um dos mais glosados sonetos de Camões, o poeta contempla desapaixonadamente um universo em permanente mutação. Se “todo o mundo é composto de mudança”, em geral para pior na visão pessimista do escritor, o que o preocupa acima de tudo é que “não se muda já como soía.” Em linguagem coloquial, a própria mudança já não é o que era. Este poderia ser o mote das recentes convulsões por que tem passado a política portuguesa. Da remodelação do Governo no mês passado que pôs um ponto final provisório no melodrama protagonizado pelos líderes dos dois partidos no poder, à demissão do secretário de Estado do Tesouro, Joaquim Pais Jorge, a “dança de cadeiras” a que temos assistido ultimamente, com alguns dos intervenientes a ficarem sem assento, revela que as circunstâncias já não mudam como costumavam. Ou seja, tudo muda, mas não muda nada: plus ça change..., como dizem os franceses. As contínuas alterações ao nosso panorama governamental, por superficiais que sejam, não deixam de ter consequências para o país. Geram, por um lado, um excesso de estímulos políticos que convive com uma profunda apatia. Constantemente bombardeada por intrigas e desentendimentos partidários, que resvalam por vezes em despudoradas “lavagens de roupa suja” em público, a população está cada vez mais saturada da política nacional. A esta alergia à política soma-se o hábito de viver num permanente estado de exceção. Nos dias que correm, a única certeza é a instabilidade, que se apresenta como o correlativo da precariedade no domínio económico. Marcos que norteavam a vida dos portugueses, tais como a segurança na reforma, o apoio em caso de doença, a própria confiança na viabilidade económica do país, têm vindo a ser progressivamente postos em causa nos últimos anos. Sob pretexto de atravessarmos tempos de exceção, o contrato implícito entre cidadãos e o Estado está suspenso até notícia em contrário. Como as regras que determinam o xadrez político e económico se encontram numa mutação incessante, não nos admiramos já com quase nada e, concomitantemente, nada esperamos dos vários governos. É bom lembrar que a expressão “estado de exceção” é sinónima de “estado de sítio.” Não é só Portugal que está sitiado pelos seus credores e pelas condições draconianas impostas pela troika. Aliados a estes fatores externos, os políticos nacionais têm contribuído para sitiar os portugueses, acossados por medidas que contribuem para um cada vez mais rápido empobrecimento da população. Tendo-se a volatilidade e a exceção tornado normas numa situação de estado de sítio, como operar uma verdadeira transformação? Como ultrapassar a constante irritação da nossa sensibilidade política, que não logra penetrar nas camadas mais profundas da vida nacional, e realizar uma mudança radical? Uma modificação real da paisagem política nacional só será possível reunindo-se pelo menos duas condições. É imperativo levantar o véu por detrás do qual se escondem as verdadeiras questões que temos que considerar como comunidade política. Como utilizar a riqueza do país de forma a beneficiar os cidadãos e a estimular crescimento económico? De que modo criar emprego sem procurar tornar Portugal na sweatshop da Europa? Como pagar a dívida externa evitando uma redução generalizada do nível de vida? Por outro lado, é necessário restaurar a confiança dos portugueses no Estado. A situação de exceção em que nos encontramos mina a credibilidade da classe política. Para inverter esta conjuntura, o Governo deverá assumir o seu papel de mediador, que transforma a vontade dos cidadãos em medidas concretas. Voltando ao soneto camoniano, verificamos que a opinião final do poeta sobre a mudança é ambígua. Quando Camões afirma “que não se muda já como soía”, não sabemos se o escritor se refere a uma mudança superficial e, como tal, desprovida de significado, ou se, pelo contrário, alude a uma transformação mais profunda do que “este mudar-se cada dia” a que estamos habituados. Se interpretarmos a mudança camoniana como uma alteração tectónica na nossa forma de ver o mundo, vemos cair por terra as recentes alterações no Governo como as politiquices que são. Da verdadeira mudança, continuamos ainda à espera. A situação de exceção em que nos encontramos mina a credibilidade da classe política Professora na Universidade de Georgetown, EUA Para redefinir a classe média T Debate Conceito de classe média Elísio Estanque alvez por ser uma categoria social que anda na boca de tanta gente — uns porque antevêem a sua queda iminente, outros porque aplaudem o seu apogeu —, a “classe média” é cada vez mais difícil de definir. Durante muito tempo, e em especial no Ocidente, perante a terciarização das economias e o crescimento do funcionalismo público, criou-se a ideia de que a classe média (assalariada) era sinónimo de trabalho “limpo” (os célebres colarinhos brancos), familiaridade com as chefias, estabilidade de emprego e programação de carreiras. Sobretudo as correntes de pensamento influenciadas pela vulgata marxista e a sua grande narrativa da classe operária, ao mesmo tempo que construíram o mito do proletariado redentor, criaram a ideia de uma (igualmente mítica) classe média “instalada” e monolítica, ou seja, caracterizada pelo individualismo, o consumismo e a adesão incondicional ao statu quo capitalista. Não sendo este o lugar para uma análise rigorosa do tema — cf. Renato Carmo (org.), Portugal, Uma Sociedade de Classes; e Elísio Estanque, Classe Média. Ascensão e Declínio —, é importante notar que se trata de terreno movediço. No mundo atual, com a profissão e o emprego a perderem centralidade e a própria crise estrutural a indiciar ruturas iminentes no sistema capitalista, assiste-se a uma rápida recomposição da estrutura das classes, o que requer um outro olhar sobre o conceito de classe média. Não só o trabalho assalariado se tornou mais fragmentado como a sua crescente precarização, fluidez e instabilidade lhe retiram significado enquanto estatuto ou condição de classe. Para além disso, a massa dos desempregados atinge hoje muitos milhões, desde os nãoqualificados aos qualificados, dos jovens aos adultos, dos que se encontram a meio ou no final da “carreira profissional” aos que lutam sem êxito até à idade adulta por um trabalho precário (esquecida que está a noção de “carreira profissional”). Deste modo, mais do que pensar nos impactos da renovação das profissões, da tecnologia ou do processo de massificação de credenciais académicas, importa pensar quais os recursos que devem ser considerados para identificar os distintos segmentos que compõem a classe média na atualidade (ou no futuro próximo). Um estudo recente de sociólogos ingleses (Devine, Savage e outros, A new model of social class) propõe uma nova tipologia de classes sociais (inspirada em P. Bourdieu e J. Goldthorpe) que inclui um leque de sete categorias: (1) elite – 6% da população do Reino Unido; (2) classe média estabelecida – 25%; (3) classe média técnica – 6%; (4) novos trabalhadores afluentes – 15%; (5) classe trabalhadora tradicional – 14%; (6) trabalhadores de serviços emergentes – 19%; e (7) o precariado – 15%. Em termos meramente quantitativos, pode dizer-se que a classe média inglesa possui um peso significativo (entre 45% a 55% da população, consoante os indicadores sejam usados num sentido mais apertado ou mais amplo), mas o que não se deve é tomar por igual o que é fortemente desigual ou por homogéneo o que é heterogéneo. O posicionamento dos grupos sociais no espaço — social ou territorial — processase segundo lógicas de aproximação e afastamento, de identificação e demarcação e, assim, os diferentes segmentos, as suas práticas e subjetividades, orientam-se segundo critérios que dependem não só do volume de recursos que controlam mas do tipo de recursos e do modo como eles se conjugam. Exemplo: elevado capital educacional e cultural conjugado com escasso capital económico tende a proporcionar atitudes e comportamentos contrários à situação inversa, isto é, quando a riqueza e o dinheiro abundam em setores com fracos recursos culturais: uma família de “classe média estabelecida” (por exemplo, negociantes recémenriquecidos) demarca-se no seu modo de vida de uma outra que perdeu o emprego (por exemplo, professores à beira do empobrecimento) e que, com toda a probabilidade, tende a revoltar-se contra a sociedade, o mercado e o poder político. Ao contrário da retórica dominante, as estruturas do capitalismo e as dinâmicas concorrenciais do mercado desenrolam-se sob o signo do poder e dos jogos de soma nula (os ganhos de uns são as perdas de outros) e não tanto na base de uma partilha ética de valores meritocráticos. Quer isto dizer que a distribuição desigual do poder (económico, social, político, simbólico, etc.) é um fator que não apenas define os antagonismos entre pobres e ricos ou entre capital e trabalho, mas também entre camadas sociais que, sem se posicionarem nos extremos, disputam entre si um lugar na estrutura da sociedade, seja no quadro da ordem vigente (é o caso dos segmentos “instalados”) seja na sequência de uma nova ordem que possa emergir após um sobressalto cívico, uma rutura estrutural ou uma revolução, em que esses mesmos setores sejam protagonistas. No mundo atual, assistese a uma rápida recomposição da estrutura das classes Investigador do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra; professor visitante da Unicamp - Brasil 42 | INICIATIVAS | PÚBLICO, SEX 16 AGO 2013 As aventuras dos Smurfs no espaço no primeiro volume da colecção Smurfs lembrou de criar os Smurfs. E foi mesmo nas aventuras de Johan e Pirlouit que aparecem pela primeira vez os anões azuis com chapéu branco dos quais toda a gente passou a gostar. O editor-chefe Yvan Delport viu nos Smurfs uma oportunidade e convenceu Peyo a dedicar-lhes uma história. Os leitores pediram mais aventuras das criaturas que gostam de se divertir, viver em casas em forma de cogumelo e falar numa língua estranha, obrigando o artista a abandonar as outras personagens para se dedicar exclusivamente a estas. Seguiram-se séries de televisão e depois filmes, o Animação Smurfs 1 Sexta-feira, 23 de Agosto 1.º DVD Por apenas + 4,90€ AGENDA Terça, 20 15.º vol., Sammy Davis Jr. Colecção Grandes Vozes Americanas Grandes vozes da música dos EUA numa colecção de 16 livros+CD Quarta, 21 13.º vol., O Monstro Verde Colecção Marsupilami As aventuras do Marsupilami em 14 álbuns inéditos em Portugal Quinta, 22 Universo DC: Crise nas Terras Infinitas Vol 1 7º. vol Colecção Super-Heróis DC Comics História clássicas e mais recentes dos grandes super-heróis da BD Sexta, 23 Smurfs 1 As aventuras dos Smurfs em oito DVD PONTOS DE VENDA Lojas PÚBLICO Lisboa Edifício Diogo Cão – Doca de Alcântara-Norte (junto ao Museu do Oriente) Horário: seg. a sex., das 9h às 19h, sáb., das 11h às 17h Tel: 210 111 010 Centro Comercial Colombo Piso zero. Horário: seg. a dom., das 10h às 24h Avenida das Índias, junto à Praça Central José Manuel Rebocho Rico Rua do Raimundo 4 7000-508 Évora Tlf: 266705629 Loja online http://loja.Publico.Pt/ Reza a lenda que foi durante um almoço com o seu amigo Franquin – o criador de Marsupilami – que o belga Paul Coulliford ou Peyo, como ficou conhecido no mundo da ilustração e banda desenhada (BD), teve a ideia de criar os Smurfs, aliás, os Schtroumpfs, pois a palavra na versão anglosaxónica só surgiria mais tarde. Durante a refeição, Peyo queria que o seu amigo lhe passasse o sal, mas como não se lembrava da palavra, disse: “Passe-me o... hummm... o smurf!. Franquin achou a designação engraçada e brincou: “Aqui está o smurf! Uma vez que tenhas smurfado com ele, podes smurfar de volta para mim.” A brincadeira ter-se-á prolongado pelo resto da tarde, de tal forma que Peyo, que na altura precisava de um conjunto de novas personagens para integrarem uma das aventuras de Johan e Peewit, se último dos quais estreado este mês em Portugal. Para celebrar o regresso das figurinhas azuis ao grande ecrã, o PÚBLICO lança a colecção Smurfs, que reúne, em oito DVD, 24 aventuras das personagens criadas por Peyo. Dois destes DVD, que foram remasterizados em som e imagem, são inéditos. Todos os episódios são dobrados em português pelo que são a forma ideal de ver ou rever todas as aventuras e desventuras dos pequenos Smurfs. Neste primeiro DVD vai poder acompanhar as aventuras d’O Smurf Astronauta, que tem um grande desejo: o de voar e conhecer novos mundos. Para isso vai contar com a ajuda do sempre incansável Grande Smurf… Será S que irá conseguir? O segun segundo episódio é Santo Smurf e o Dragão no qual Gargamel arranja um novo plano para encontrar a aldeia n dos Smurfs. Entretanto, os d pequenos seres azuis enconp tram um bebé dragão muito tr doente e resolvem levá-lo pado ra a aldeia. Em Os Smurfs e o Pássaro E Uivador Uiva existe um estranho páss pássaro gigante que aparece misteriosamente, rouba toda a miste comida e começa a destruir a alcomi deia. Todos T os Smurfs irão correr grande perigo, como é que vão grand conseguir sair desta alhada? conseg O “Mr. Entertainment”, nas Grandes Vozes Americanas Música O VOLUME Sammy Davis Jr. Volume 15 Terça-feira, 20 de Agosto Por + 6,90€ C Com textos do jornalista e escritor brasileiro, Tom Cardoso, o décimob quinto volume da colecção Grandes q Vozes Americanas reúne alguns V dos maiores êxitos de Sammy Davis d JJr., nomeadamente: Something’s Gotta Give; Hey There; Birth of G tthe Blues; All of You; Easy To Love; Love Me Or leave Me; Stan’ Up’ An’ L Fight; Because of you; Too Close F For Comfort; That Old Black Magic; F New York’s My Home; There’s A Small N Hotel; Six B Bridges to C Cross; F Frankie and Johnnie; My Funny Valentine; H l Si id e Change Partners. São poucos os artistas que conseguiram fazer tamanha proeza: conseguir irritar e provocar ao mesmo tempo o protesto de negros, brancos e judeus. Depois de perder um olho num acidente de viação que quase lhe roubou a vida em 1954, Sammy Davis Jr. decidiu converterse ao judaísmo e pouco tempo depois pediu em casamento a actriz May Britt, uma alta loira sueca de olhos azuis que em tudo contrastava com a sua pequena e franzina figura. No início dos anos 1960, o comportamento do artista provocava simultaneamente três manifestações em Nova Iorque. Os racistas brancos empunhavam cartazes que diziam “Volta para o Congo, seu porco judeu”. Os judeus ortodoxos questionavam “Quem disse que tu és judeu, Sammy?”. Já a comunidade negra, sentindo-se traída, perguntava “O que se passa, Sammy? Não podes arranjar uma namorada negra?”. Como sempre, e mesmo apesar das pressões do Partido Democrata, com que tinha ligações, para desistir da ideia excêntrica de se casar com a actriz sueca, Sammy fez o que quis e, em 1961, tornou-se marido de May Britt. O percurso de Sammy Davis Jr., talvez como grande parte dos ar- tistas cujo talento parece ser maior que a vida, está longe de ser consensual. Mesmo na fase da velhice ficaram conhecidos os seus excessos e abusos e, quando faleceu, em 1990, estava completamente falido e atolado em dívidas. Consensual e inegável foi, no entanto, o seu inquestionável talento e coragem de se impor como artista numa América profundamente racista. Estreou-se em palco com apenas 3 anos no Will Mastin Trio, que formava com o seu pai e um tio. Sammy era sem dúvida o mais talentoso dos três e nem o facto de ter de cumprir o serviço militar o afastou da vida artística. Notabilizouse como cantor e dançarino mas também pelas imitações cómicas que fazia. Amigo de Frank Sinatra, integrou o famoso “Rat Pack” e foi apelidado de “Mr. Entertainment”. Abriu as portas para a afirmação de muitos artistas negros e, segundo Michael Jackson, foi o seu grande ídolo enquanto criança. PÚBLICO, SEX 16 AGO 2013 | INICIATIVAS | 43 A crise que transformou o universo da DC chega às bancas Banda desenhada João Miguel Lameiras Super-Heróis DC Comics – Volume 7 Universo DC: Crise nas Terras Infinitas Vol 1 Argumento – Marv Wolfman Desenho – George Perez, Dick Giordano, Mike de Carlo e Jerry Ordway Quinta, 22 de Agosto, por +8,90€ Para os fãs dos super-heróis em geral e da DC Comics em particular, a história divide-se em A.C. e D. C., ou seja, Antes da Crise e Depois da Crise. Essa Crise, que afectou todos os personagens da DC e abalou profundamente os seus leitores, foi a Crise nas Terras Infinitas, uma história escrita por Marv Wolfman e ilustrada por George Perez, com o apoio de vários arte-finalistas, e foi publicada em 12 edições em 1985, por ocasião do 50º aniversário da editora. É essa história, mítica para os fãs dos super-heróis, que vai ocupar os volumes 7 e 8 da Colecção DC Comics. Um dos mais importantes eventos de sempre do Universo DC, cujas consequências transformaram profundamente esse mesmo universo, a Crise nas Terras Infinitas, resulta de dois factores diversos, mas complementares. Por um lado, o grande sucesso comercial das Guerras Secretas, da Marvel, que os leitores do PÚBLICO puderam ler o ano pas- sado, na primeira colecção dedicada aos Heróis Marvel; por outro, a necessidada de de organizar ar e simplificar a complexa contiinuidade do univerrso ficcional da Editoora, em que diferentes versõess dos mesmos personagens, co-mo o Flash ou o Lanterna Verde coexistiam, nem sempre de forma consistente, em universos paralelos. Com efeito, ao longo das décadas, diversos heróis foram sendo actualizados e trans- TM&© 2013 DC COMICS ALL RIGTHS RESERVED. fo formados, de uma forma u contraditória c com co a sua origem, o que lege vou vo a editora a criar dimensões sõ paralelas, como a Terra 2, com ou a Terra 3, em que as versões originais orig desses heróis her continuavam a existir. A ideia foi pela primeira vez posta em prática em 1961, na história Flash of Two Worlds, em que, Barry Alen, a versão actual do Flash encontra Jay Garrick o Flash original, dos anos 1940, na Terra 2, seguindo-se diversos encontros entre os heróis das duas Terras, alargados posteriormente à Terra 3, que os leitores puderam conhecer no volume 1 desta colecção, onde os heróis que conhecemos eram os vilões. Face ao crescimento exponencial destes diferentes universos num complexo multiverso, difícil de acompanhar pelos novos leitores, era necessária a mudança. Uma mudança que chegou de forma dramática com a Crise nas Terras Infinitas, uma história épica centrada no combate entre o Monitor e o Antimonitor. Um combate que ameaça destruir os diferentes universos, obrigando alguns dos principais heróis a sacrificar as suas vidas para evitar o fim eminente dos seus mundos. PÚBLICO OFERECE BICICLETA Francisco Gonçalves, de Oeiras, ganhou uma bicicleta e a camisola amarela no concurso do PÚBLICO da Volta à França. O desafio foi lançado no arranque da corrida, sendo proposto aos leitores que se registassem no site específico, criado para esta prova, e que dessem o seu palpite sobre quem seria o vencedor de cada uma das vinte e uma etapas. O leitor acertou o vencedor de sete das etapas. A entrega do prémio foi realizada nas instalações do PÚBLICO, em Lisboa, a 10 de Agosto. A par deste concurso, os leitores também participaram com frases sobre a Volta à França. As mais criativas foram destacadas no site da prova. O jornal agradece a participação de todos os leitores, que nos ajudaram a marcar o centenário do Tour. Reveja os melhores momentos da prova em www.publico.pt/ volta-a-franca Misteriosa criatura da selva faz frente ao Marsupilami Banda desenhada O Monstro Verde 13.º álbum da colecção Marsupilami Quarta-feira, 21 de Agosto Por apenas + 4,95€ O jovem Hector Forrest escreve no seu diário íntimo que está prestes a deixar Londres. Parte na companhia da sua tia Diana, uma botânica míope, para viver uma aventura única na floresta palombiana. Sonha descobrir ali o seu ídolo animal, o raríssimo Marsupilami, e para que a iniciativa seja um sucesso faz todos os preparativos até ao mais ínfimo detalhe. Uma vez chegados aos trópicos, penetram os dois na selva na companhia de um grupo de guias locais. O alvoroço instala-se no dia em que Diana encontra uma espécie misteriosa de uma flor selvagem. Decidem instalar o acampamen- to junto a uma enorme árvore, mas depressa descobrem que as suas infra-estruturas são demasiado frágeis para lidar com os animais selvagens e um ambiente globalmente hostil. Perdem todas as provisões e são mesmo atacados por uma árvore kibuftu. A partir daí, a situação começa a ficar desesperada e só a intervenção providencial do Marsupilami lhes dá uma ajuda decisiva. Seguem-se dias maravilhosos os mas que não duraarão muito... O Monstro Verde, e, 13.º e penúltimo o álbum da colecção o Marsupilami, con-ta uma história em m que o herói evolui no já habitual ambiente luxuriante da floresta palombiana. Tem pela frente uma espécie de plan- © MARSU PROD 2013 ta carnívora gigante, a meio caminho entre um espécime que não se sabe dizer se pertence à fauna ou à flora – de facto, desloca-se, cava buracos, elabora raciocínios lógicos... –, colocando-lhe desafios inteiramente novos. Parte da crítica recebeu relativamente mal esta história, apontando-lhe em particular a sua menor fluidez narrativa e presença de soluções pouco eficazes em termos de planificação. Outros, porém, realçam o respeito pelo ambiente gráfico da série, em grande medida obtido graças ao desenho muito dinâmico de Batem, que nesta altura já evidenciava um bom domínio dos mecanismos desta obra popular e de grande público. Feitas as contas, O Monstro Verde é uma aventura do Marsupilami que se lê com agrado, sobretudo devido à presença sempre forte e carismática do temperamental herói amarelo e preto criado em boa hora pelo génio de André Franquin. SEX 16 AGO 2013 ESCRITO “Nunca se é tão feliz nem tão infeliz como se imagina” NA PEDRA François de Le Rochefaud, (1613-1680), escritor e moralista Coimbra no ranking das 500 melhores universidades Passos regressa hoje ao activo na festa do Pontal Dados do PIB fazem recuar os juros da dívida pública Victoria & Albert mostra arquivo de Vivien Leigh Ranking de Xangai já tinha acolhido Lisboa, Porto e a Técnica de Lisboa p7 Ao contrário de 2012, o PSD não celebra a rentrée num espaço fechado p8 Juros a dois anos negociados a 3,624% e a dez anos tinham recuado para 6,495% p17 Museu londrino comprou legado da protagonista de E Tudo o Vento Levou p25 OPINIÃO SOBE E DESCE O “guião” e os portugueses José Diogo Albuquerque Vasco Pulido Valente O governo prometeu e tornou a prometer um “guião” para a “reforma” do Estado. Em vez do “guião”, o governo, na linguagem obscena que por aí prolifera, faz “cortes”, para cumprir como um bom menino o que a troika lhe reclama. Ora um “guião”, a supor que existe, por muito pormenorizado que seja, não indica, nem compromete; não passa de um projecto provisório – abstracto e geral – que Passos Coelho e Paulo Portas poderão seguir ou não, conforme as circunstâncias políticas. De resto, é isso que eles precisamente pretendem: deixar a populaça na dúvida e afirmar o seu arbítrio. O que virá, virá; e nós devemos esperar com paciência o que vier. Entretanto, os sábios da Gomes Teixeira, com o apoio tácito do Presidente da República, decidirão em todo o sossego a nossa vida. Não há exemplo desta espécie de segredo numa democracia. Em princípio parecia que os portugueses estavam no seu pleníssimo direito de saber que espécie de Estado se prepara e de se pronunciar na Assembleia da República (ou num referendo) DANIEL ROCHA sobre a forma e as funções da autoridade que manda e continuará a mandar neles. Mas, como se vê, o governo só se lembra deles para pedir dinheiro. Sobre a organização colectiva da sociedade não diz palavra. O segredo traz grandes vantagens: impede protestos, não permite discussões sobre alternativas, retira de cima da mesa interesses legítimos. O sr. Passos Coelho e o sr. Paulo Portas ficam com inteira liberdade para estabelecer um regime que os contente e orgulhe, à revelia do país. Não se percebe também a oposição e, nomeadamente, o PS. Mais tarde ou mais cedo, o PS acabará por governar com o Estado que herdar do sr. Coelho e do sr. Portas. Descobrirá, nessa altura, o sarilho em que se meteu ou para que foi empurrado. Infelizmente não ocorre à cabeça de nenhum privilegiado cacique daquela tribo que o chamado “guião” desça do Conselho de Ministros (que hoje, aliás, mostra um especial amor ao briefing) à discussão na Assembleia da República. Falando muito sobre irrelevâncias, nunca o PS se digna ir direito ao ponto. Espera com certeza afastar com um gesto majestático o Estado que eventualmente lhe cair nas mãos, no mesmo segredo que se usa agora. Também ele não gosta, nem pratica a tal democracia em cujo nome discursa na televisão e nos comícios. Se há um mérito na actual equipa da Agricultura é o de fazer esquecer o pesadelo em que se tinha transformado a gestão do Proder nos tempos do exministro Jaime Silva. Com a chegada à gestão dos fundos estruturais para o fomento agrícola do secretário de Estado José Diogo Albuquerque, o processo entrou na normalidade, e de 4,3 mil milhões de euros de fundos disponíveis, 3,9 mil milhões já foram consignados. (Pág. 16) Bohdan Bondarenko É a grande figura mundial do salto em altura e ontem voltou a prová-lo, em Moscovo. Com uma confiança inabalável, Bondarenko desde cedo elevou a fasquia e arriscou os 2,41m, estabelecendo um novo recorde dos campeonatos mundiais e arrebatando a medalha de ouro. Depois, ainda fez uma tentativa de superar o máximo da disciplina (2,45m), que pertence a Javier Sotomayor, e deixou no ar a sensação de que pode fazer cair um recorde mítico. (Pág. 35) Shinzo Abe O santuário de Yasukuni, onde estão sepultados 14 condenados por crimes de guerra na II Guerra Mundial, é um permanente foco de tensões entre o Japão e a China. Ontem, no dia em que se assinalou o aniversário da derrota do Japão, o primeiroministro não fez como o seu antecessor, Junichiro Koizumi, que num acto provocatório se deslocava ao santuário. Mas mandou uma oferta e deixou os seus ministros substituí-lo, o que suscitou a habitual ira de Pequim (e de Seul). (Pág. 23) Henrique Granadeiro A Fitch baixou o rating da PT para BBB-. O que mais pesou nesta decisão foi a revisão da política de remuneração dos accionistas, que receberão dez cêntimos de dividendos por acção quando esperavam 32,5 cêntimos. Más notícias para o CEO da PT. Não lhe basta aumentar os lucros face a 2012. Nem melhorar as condições de financiamento da PT. Para a Fitch, mexer nas “expectativas” dos accionistas não merece perdão. (Pág. 17) Contribuinte n.º 502265094 | Depósito legal n.º 45458/91 | Registo ERC n.º 114410 | Conselho de Administração - Presidente: Ângelo Paupério Vogais: António Lobo Xavier, Cláudia Azevedo, Cristina Soares, Miguel Almeida, Pedro Nunes Pedro E-mail [email protected] Lisboa Edifício Diogo Cão, Doca de Alcântara Norte, 1350-352 Lisboa; Telef.:210111000 (PPCA); Fax: Dir. Empresa 210111015; Dir. Editorial 210111006; Agenda 210111007; Redacção 210111008; Publicidade 210111013/210111014 Porto Praça do Coronel Pacheco, nº 2, 4050-453 Porto; Telef: 226151000 (PPCA) / 226103214; Fax: Redacção 226151099 / 226102213; Publicidade, Distribuição 226151011 Madeira Telef.: 934250100; Fax: 707100049 Proprietário PÚBLICO, Comunicação Social, SA. Sede: Lugar do Espido, Via Norte, Maia. Capital Social €50.000,00. 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Foi o único membro não branco do grupo de amigos Rat Pack, liderado por Frank Sinatra. Ao longo da carreira conquistou diversos prémios, entre os quais um Grammy especial pelo conjunto da sua obra. Colecção de 16 volumes. Periodicidade semanal, 14 de Maio a 27 de Agosto, às terças-feiras. PVP: primeiro volume 3,90€, restantes 6,90€. Preço total da colecção, Portugal Continental, 107,40€. Edição limitada ao stock existente. A compra do produto implica a compra do jornal.