No primeiro emprego, salários variam até 300 euros conforme a

Transcrição

No primeiro emprego, salários variam até 300 euros conforme a
EDIÇÃO LISBOA SEX 16 AGO 2013 Revolução tranquila no FC Porto, continuidade turbulenta no Benfica p2 a 5
ípsilon
A SOLIDÃO DO
ENCENADOR DEDICADO
AO GRANDE PÚBLICO
RENTRÉE: QUARTEIRA
RECEIA CARGA
DE ESGOTOS DO PSD
FILIPE LA FÉRIA
O INIMIGO PÚBLICO
PAULO PIMENTA
PAREDES DE COURA
CALOR INTENSO DÁ UM
NOVO RITMO AO FESTIVAL
Cultura, 24/25
Obama ameaça pôr
fim à cooperação
militar com o Egipto
Presidente dos Estados
Unidos diz que não pode
haver ajuda enquanto
houver mortos na rua p20/21
HOJE Caderneta
de Cromos
SMURFS 2
Inclui
8 cromos
GRÁTIS
Combate a fogos
matou 104 bombeiros
nos últimos 33 anos
Pedro Rodrigues, 41 anos,
da corporação da Covilhã,
morreu ontem a combater
um incêndio florestal p9
Agricultura perto de esgotar
fundos para o investimento
PUBLICIDADE
ESTA SEXTA-FEIRA
JACKPOT
QUE TIPO DE EXCÊNTRICO ÉS TU?
Os compromissos do programa que gere os fundos europeus para a modernização da
agricultura (Proder) chegou aos 3,9 mil milhões de euros. Até ao final do ano, sobram
apenas 400 milhões para apoiar projectos de investimento Economia, 16
PUBLICIDADE
ISNN: 0872-1548
Ano XXIV | n.º 8528 | 1,60€ | Directora: Bárbara Reis | Directores adjuntos: Nuno Pacheco, Manuel Carvalho, Miguel Gaspar, Pedro Sousa Carvalho | Directora executiva Online: Simone Duarte | Directora de Arte: Sónia Matos
2 | DESTAQUE | PÚBLICO, SEX 16 AGO 2013
FUTEBOL
Revolução
tranquila e
continuidade
turbulenta
FC Porto e Benfica são os principais
candidatos ao título num campeonato
que arranca hoje, em Felgueiras, com um
Paços de Ferreira-Sporting de Braga
Marco Vaza
N
a transição da última para a
presente época, FC Porto e
Benfica seguiram caminhos
diferentes. Depois de mais
um título, os portistas
deixaram partir Vítor
Pereira e apostaram em fazer crescer
um treinador com potencial, Paulo
Fonseca, como já antes haviam feito,
por exemplo, com José Mourinho e
André Villas-Boas. Pelo contrário,
os “encarnados” seguraram Jorge
Jesus no banco, apesar de nada
terem ganho quando tinham três
títulos à sua mercê. E, pelo que esta
pré-temporada nos tem mostrado,
o FC Porto acertou ao operar mais
uma revolução e está a fazê-la
tranquilamente, enquanto o Benfica
parece estar a conviver mal com a
continuidade da sua equipa técnica
e com a indefinição do plantel.
Assim estão os dois grandes candidatos ao título de uma Liga portuguesa que começa hoje, em Felgueiras, com um Paços de FerreiraSporting de Braga. E não foi apenas
no banco que os portistas, que vão
em busca do quarto título consecu-
tivo, fizeram a sua revolução. Dois
dos seus jogadores mais influentes
nos últimos anos, João Moutinho
e James Rodríguez, saíram por 70
milhões de euros para o milionário
Mónaco e, mesmo com o risco de
perderem mais gente até ao final do
mercado (Mangala, Fernando, Atsu
ou até mesmo Jackson), a SAD portista já mostrou, em várias ocasiões,
agilidade suficiente para manter a
competitividade da equipa em várias frentes em simultâneo.
Mais uma vez, os “dragões” investiram forte no mercado (22 milhões
de euros até agora) e contrataram
11 jogadores, sendo que apenas um
deles tem, para já, entrada directa
no “onze”, o ex-estorilista Licá, que
se estreou da melhor maneira na Supertaça, com um golo. Os mais caros
do defeso, os mexicanos Herrera (8
milhões) e Reyes (7) e o colombiano
Quintero (5), vão ter de esperar por
uma oportunidade para ganhar espaço nas opções iniciais.
Com a necessidade orçamentada de fazer receitas com vendas de
jogadores, o Benfica vai-se preparando e criando rotinas com os seus
melhores elementos e aqueles que
têm mais mercado, como Gaitán,
Garay, Salvio e Matic, ao mesmo
tempo que ainda estão por resolver alguns problemas evidentes.
A verdade é que Luís Filipe Vieira,
apesar dos resultados que fecharam
a época, apostou na continuidade de
um treinador que lhe deu um título
logo na primeira temporada em que
chegou à Luz e que tem ajudado a
valorizar o plantel.
Mas a margem de manobra de Jesus para esta época é mínima. Está
definitivamente obrigado a ser campeão, depois de uma temporada em
que podia ter vencido campeonato,
Taça e Liga Europa e em que falhou
todos os objectivos.
Sempre com um olho no mercado
sul-americano, o Benfica virou-se
mais, desta vez, para o Leste europeu e contratou vários sérvios, na
esperança de repetir o êxito alcançado com Matic, o melhor jogador da
equipa em 2012-13. No total, desembolsou 31,7 milhões de euros em seis
reforços, assegurando outros quatro
por empréstimo e a custo zero.
Dos seis sérvios contratados (dois
dos quais integram a equipa B), são
Lazar Markovic (10 milhões) e Filip
Djuricic (6) os que têm dado melhores indicações, mas a pré-época, a
CALENDÁRIO
1.ª jornada
Paços Ferreira-Sp. Braga
Estoril-Nacional
hoje, 20h15 (SP-TV)
amanhã, 18h
cil — o seu pedido de desculpas na
televisão do clube soou mais a operação de cosmética. O paraguaio,
que “explodiu” com o treinador na
final da Taça, está mais perto de sair
do que de continuar.
V. Guimarães-Olhanense amanhã, 20h15 (SP-TV)
Sporting-Arouca
domingo, 15h45 (SP-TV)
Belenenses-Rio Ave
domingo, 16h
Gil Vicente-Académica
domingo, 16h
Marítimo-Benfica
V. Setúbal-FC Porto
domingo, 17h45 (SP-TV)
domingo, 20h (SP-TV)
PALMARÉS
32 títulos
Benfica
27 títulos
FC Porto
18 títulos
Sporting
1 título
Belenenses
1 título
Boavista
pior desde que Jesus chegou à Luz,
tem gerado mais interrogações do
que propriamente certezas.
O lado esquerdo da defesa continua a ser um problema crónico e
o “sai/não sai” de Óscar Cardozo,
o melhor marcador estrangeiro da
história das águias, é de gestão difí-
Estreantes e sensações
Numa época marcada pela estreia
do Arouca e pelo regresso de um
“histórico”, o Belenenses, ao primeiro escalão, duas das equipas que
mais se destacaram na última época
são obrigadas a reinventar-se.
O Paços de Ferreira, brilhante e
surpreendente terceiro classificado, perdeu Paulo Fonseca para o
FC Porto e apostou num treinador
de pouco currículo, Costinha, cuja
única experiência de banco foram 11
jornadas no Beira-Mar (que desceu
de divisão). Quanto ao Estoril, perdeu metade da equipa, mas manteve
Marco Silva e, pelo que já mostrou
(venceu o primeiro duelo na Liga
Europa), os sinais são animadores.
O Sporting de Braga também procura alguma continuidade e, desta
vez, António Salvador apostou na
experiência de Jesualdo Ferreira
para reconstruir uma equipa que
perdeu alguns dos seus melhores
PÚBLICO, SEX 16 AGO 2013 | DESTAQUE | 3
NFACTOS/FERNANDO VELUDO
FC Porto
e Benfica
voltam a partir
na linha da
frente para a
época 2013-14
Prós e contras das 16 equipas do campeonato
FC Porto
Com a chegada de Paulo
Fonseca e meia dúzia de
reforços de valor, o FC Porto
parece mais forte. Os jogos da
pré-época e a partida da
Supertaça mostraram uma
equipa com futebol atractivo,
com Lucho em destaque em
terrenos mais adiantados.
As saídas de James
Rodríguez e de João Moutinho
ainda não se fizeram sentir, mas
nenhuma equipa consegue ficar
incólume à perda de um jogador
como o internacional português.
A transferência de Jackson
Martínez, possibilidade que
continua em cima da mesa,
constituiria um enorme revés.
elementos dos últimos anos, como
Hugo Viana e Mossoró.
E depois vem o Sporting, com
Bruno de Carvalho a iniciar a sua
primeira época como presidente. As
dificuldades financeiras obrigaram
a um novo paradigma no futebol
profissional: menos dinheiro e mais
aposta na formação. O presidente
“leonino” rompeu com aquela que
seria, talvez, a herança mais credível
do seu antecessor, Jesualdo Ferreira,
e foi buscar Leonardo Jardim para
orientar a reconstrução.
O desafio do Sporting é não se
entusiasmar demasiado com a matéria-prima que, de facto, tem no
plantel, manter as expectativas no
optimismo moderado e não pensar
em títulos. Até ver, gastou apenas
1,2 milhões de euros, com o avançado argelino Islam Slimani a surgir
como o reforço mais caro (500 mil
euros).
A novela Bruma não tem ajudado
a um clima de total tranquilidade —
o jovem extremo de origem guineense teria um papel importante na
equipa —, mas, ao contrário do que
aconteceu num passado recente,
parece haver um plano. Os frutos é
que não deverão ser para já.
Benfica
Com a viragem da política de
contratações para Leste, o
Benfica garantiu um reforço de
inegável qualidade: Lazar
Markovic. O jovem avançado
sérvio, de 19 anos, promete ser
uma das figuras do campeonato.
Djuricic será outra mais-valia
para o plantel de Jorge Jesus.
O folhetim Óscar Cardozo e
o “sai/não sai” das principais
figuras da equipa provocaram
uma enorme instabilidade
durante a pré-época. Bruno
Cortez ainda não convenceu e o
lado esquerdo da defesa
continua a ser um problema.
Apesar da chegada de quase
uma dezena de reforços, Matic
não tem um substituto à altura.
Paços de Ferreira
A permanência de André
Leão é uma excelente notícia
para os adeptos pacenses. Entre
os reforços, destaque para o
regresso de Rui Miguel e para a
chegada de Carlão. O ponta-delança brasileiro é um bom
substituto de Cícero.
Paulo Fonseca deixou a
fasquia muito elevada em Paços
e a pré-época esteve longe de
ser brilhante. O guarda-redes
argentino Matias Degra ainda
não convenceu e dois dos
reforços já foram dispensados.
Sp. Braga
Sem qualquer derrota na préépoca, apesar de ter defrontado
adversários de valor, o Sp. Braga
de Jesualdo Ferreira está a criar
grandes expectativas. Jogadores
como Eduardo, Miljkovic,
Joãozinho, Luiz Carlos, Rafa,
Pardo e Agra garantem qualidade.
As saídas de Hugo Viana,
Rúben Amorim e Mossoró
obrigam a redesenhar o meiocampo. O regresso de Éder em
boas condições físicas será vital
para Jesualdo não ter dores de
cabeça no ataque.
Estoril
A permanência de Marco Silva
no comando dos estorilistas é a
garantia da prática de bom
futebol, enquanto Vagner é
sinónimo de segurança na baliza.
Sem Steven Vitória, Jefferson,
Licá e Carlos Eduardo, repetir a
excelente temporada passada é
missão quase impossível. A
participação na Liga Europa pode
pesar no desenrolar da época.
Rio Ave
Na segunda época em Vila do
Conde, Nuno Espírito Santo viu a
equipa reforçada com jogadores
de qualidade. Depois de prometer
muito no ano passado, o jovem
avançado egípcio Hassan pode
ser uma das figuras da prova.
Apesar de o francês Salin, exMarítimo, ser um guarda-redes de
valor, será difícil substituir o
esloveno Jan Oblak, um dos
melhores do último campeonato.
Sporting
Viver na ressaca da pior época
da história dos “leões” é um ponto
a favor de Leonardo Jardim. Com
as expectativas em baixo, a
exigência será menor e o
treinador terá mais tempo para
trabalhar a equipa e os jovens que
começam a despontar.
Na ausência de Eric Dier, a
zona central da defesa “leonina”
revelou-se muito insegura nos
jogos da pré-época: Maurício não
parece ser uma mais-valia e Rojo
errou em demasia. O excesso de
juventude pode ser um problema
nos momentos decisivos.
Nacional
A permanência de Manuel
Machado e das principais figuras
do plantel da última época
garante estabilidade à equipa. Os
jogos de pré-temporada deixaram
indicadores positivos.
Sem reforços sonantes, os
madeirenses estarão sob forte
pressão para garantirem o
objectivo falhado na temporada
passada: um lugar nas
competições europeias.
V. Guimarães
O treinador Rui Vitória é o
grande reforço da equipa
vimaranense, mas o avançado
Moussa Maazou, capitão da
selecção do Níger, promete golos
e qualidade no ataque minhoto.
A saída de uma mão-cheia de
jogadores importantes na última
época deixou a equipa com
muitas fragilidades e falta de
“mão-de-obra qualificada”. Rui
Vitória terá de recomeçar
praticamente do zero.
Marítimo
O médio brasileiro Rodrigo
Lindoso, contratado ao
Madureira, esteve em destaque
na pré-época e, tudo indica, será
um reforço precioso para Pedro
Martins. Os jovens portugueses
José Sá e Danilo Pereira têm muito
potencial.
As saídas de jogadores
importantes como Roberge, João
Guilherme, Rúben Ferreira e Suk
não foram devidamente
colmatadas.
Académica
Oito vitórias e uma derrota na
pré-época deixaram os adeptos
dos “estudantes” entusiasmados.
Diogo Valente, Buval e Abdi são
contratações de qualidade para a
equipa de Sérgio Conceição.
Flávio Ferreira, Hélder Cabral,
Wilson Eduardo e Salim Cissé são
baixas de peso no plantel.
V. Setúbal
O médio Dani e os paraguaios
Javier Cohene (defesa, ex-Paços
de Ferreira) e Ramón Cardozo
(avançado, ex-Nacional de
Assunção) acrescentam
qualidade a um plantel que não
sofreu baixas importantes.
A empatia entre os sócios
sadinos e o treinador José Mota
não é a melhor. A época promete
ser sofrida novamente para os
setubalenses.
Gil Vicente
Com a chegada do treinador
João de Deus, assistiu-se a uma
revolução no plantel. As exibições
da pré-época deixam antever que
a aposta em reforços das divisões
secundárias foi bem-sucedida.
O elevado número de entradas
e de saídas de jogadores pode
originar alguma instabilidade.
Olhanense
Após os graves problemas
financeiros da última época, a
inscrição na I Liga já é uma vitória
para a equipa de Olhão.
Um treinador (Abel Xavier)
debutante e um “camião” de
contratações de jovens
desconhecidos dos quatro cantos
do mundo fazem do Olhanense a
maior incógnita do campeonato.
Belenenses
A manutenção do treinador e
do núcleo duro da última época e
a chegada de alguns reforços de
qualidade, como Miguel Rosa, são
trunfos importantes.
Falta experiência de I Liga no
plantel. Os resultados na préépoca causam preocupação.
Arouca
Reforçou-se bem. Pedro
Emanuel terá à sua disposição um
plantel equilibrado, com
jogadores experientes. O
brasileiro Romário promete golos.
É o ano de estreia entre os
“grandes” e isso pode pesar numa
equipa que nos últimos anos teve
uma ascensão meteórica. D.A.
4 | DESTAQUE | PÚBLICO, SEX 16 AGO 2013
FUTEBOL
13
Número de troféus nacionais
conquistados pelos 16 técnicos
da I Liga. Jesualdo Ferreira é
o que soma mais triunfos (6),
seguido por Jorge Jesus (4)
131
Total de reforços contratados
até à data pelos clubes da I Liga.
O que mais jogadores integrou
no plantel foi o Sp. Braga (16),
seguido de Paços e Rio Ave (13)
Todos os treinadores da I Liga 2013-14
FC Porto
Paulo Fonseca
Temporada no
clube Estreia
Temporada na
I Liga 2.ª
Idade 40 anos (5-3-1973)
Nacionalidade Portuguesa
(nascido em Moçambique)
Estreia na I Liga 2012-13.
Clubes anteriores na I Liga
Paços de Ferreira (2012-13:
alcançou o terceiro lugar na Liga
e apuramento para o play-off da
Liga dos Campeões).
Títulos 1 (Supertaça 2013-14)
Experiência internacional Não
Ex-jogador Sim (Defesa:
Barreirense, Leça, Belenenses,
Marítimo, V. Guimarães, Estrela
da Amadora)
Benfica
Jorge Jesus
Temporada no clube 5.ª
Temporada na I Liga 15.ª
Idade 59 anos (24-7-1954)
Nacionalidade Portuguesa
Estreia na I Liga 1995-96
(Felgueiras)
Clubes anteriores na I Liga
Felgueiras (1995-96); Estrela da
Amadora (1998-99 e 1999-00);
Vitória de Setúbal (2001-02);
Vitória de Guimarães (2003-04);
Moreirense (2004-05); União
de Leiria (2005-06); Belenenses
(2006-07 e 2007-08) e Sporting
de Braga (2008-09).
Títulos 5 (1 Liga: 2009-10; 3
Taças da Liga: 2009-10; 2010-11 e
2011-12; 1 Taça Intertoto: 2008)
Experiência internacional Não
Ex-jogador Sim (Médio: Est.
Amadora, Sporting, Peniche,
Olhanense, Belenenses, Riopele,
Juventude Évora, U. Leiria,
V. Setúbal, Farense, Atlético CP,
Benf. Cast. Branco, Almancilense)
Sporting
Leonardo Jardim
Temporada no clube Estreia
Temporada na I Liga 3.ª
Idade 39 anos (1-8-1974)
Nacionalidade Portuguesa/
Venezuelana
Estreia na I Liga 2010-11
(Beira-Mar)
Clubes anteriores na I Liga BeiraMar (2010-11); Sp. Braga (2011-12)
Títulos 0
Experiência internacional
Olympiacos (2012-13)
Títulos internacionais 1 Liga grega
(2012-13); 1 Taça da Grécia (201213)
Ex-jogador Não
Sp. Braga
Jesualdo Ferreira
Temporada no clube Regresso (5.ª)
Temporada na I Liga 15.ª
Idade 67 anos (24-5-1946)
Nacionalidade Portuguesa
Estreia na I Liga 1984-85
(Académica)
Clubes anteriores na I Liga
Académica (1984-85); Estrela
da Amadora (1990-91); Alverca
(2000-01); Benfica (2001-02 e
2002-03); Sporting de Braga
(2002-03 a 2005-06); Boavista
(2006-07); FC Porto (2006-07 a
2009-10) e Sporting (2012-13).
Títulos 6 (3 Ligas: 2006-07, 200708 e 2008-09; 2 Taças de Portugal
(2008-09 e 2009-10); 1 Supertaça
(2009)).
Experiência internacional FAR
Rabat (1995-96); Málaga (2010-11) e
Panathinaikos (2010-11 a 2012-13).
Títulos internacionais 0
Ex-jogador Não
Vitória de Guimarães
Rui Vitória
Temporada no
clube 3.ª
Temporada na I
Liga 4.ª
Idade 43 anos
(16-4-1970)
Nacionalidade Portuguesa
Estreia na I Liga 2010-11 (Paços de
Ferreira)
Clubes anteriores na I Liga Paços
de Ferreira (2010-11 a 2011-12) e
V. Guimarães (2011-12 a 2013-14)
Títulos 1 (1 Taça de Portugal: 201213).
Experiência internacional Não
Ex-jogador Sim (Médio: Fanhões,
Vilafranquense, Seixal, Casa Pia e
Alcochetense)
Paços de Ferreira
Costinha
Temporada no clube Estreia
Temporada na I Liga 2ª
Idade 38 anos (1-12-1974)
Nacionalidade Portuguesa
Estreia na I Liga 2012-13
(Beira-Mar)
Clubes anteriores na I Liga
Beira-Mar (2012-13)
Títulos 0
Experiência internacional Não
Ex-jogador: Sim (Médio: Oriental,
Machico, Nacional, Mónaco,
FC Porto, Dínamo de Moscovo,
Atlético Madrid e Atalanta)
Rio Ave
Nuno Espírito Santo
Temporada no
clube 2.ª
Temporada na I
Liga 2.ª
Idade 39 anos (25-1-1974)
Nacionalidade Portuguesa
(nascido em São Tomé)
Estreia na I Liga 2012-13 (Rio Ave)
Clubes anteriores na I Liga Títulos 0
Experiência internacional Não
Ex-jogador Sim (Guarda-redes:
Vitória de Guimarães, Vila Real,
Deportivo da Corunha, Mérida,
Osasuna, FC Porto, Dínamo de
Moscovo e Desportivo das Aves)
Estoril
Marco Silva
Temporada no clube 3.ª
Temporada na I Liga 2.ª
Idade 36 anos (12-7-1977)
Nacionalidade Portuguesa
Estreia na I Liga 2012-13 (Estoril)
Clubes anteriores na I Liga Títulos 0
Experiência internacional Não
Ex-jogador Sim (Defesa: Cova da
Piedade, Belenenses, Atlético,
Trofense, Campomaiorense,
Rio Ave, Sporting de Braga B,
Salgueiros, Odivelas e Estoril)
Marítimo
Pedro Martins
Temporada no clube 4.ª
Temporadas na I Liga 4.ª
Idade 43 anos (17-7-1970)
Nacionalidade Portuguesa
Estreia na I Liga 2010-11 (Marítimo)
Clubes anteriores na I Liga Títulos 0
Experiência internacional Não
Ex-jogador Sim (Médio: Feirense,
Vitória de Guimarães, Sporting,
Boavista, Santa Clara e Alverca)
Nacional
Manuel Machado
Temporada no clube 5.ª no total
Temporada na I Liga 12.ª
Idade 57 anos (4-12-1955)
Nacionalidade Portuguesa
Estreia na I Liga 2002-03
(Moreirense)
Clubes anteriores na I Liga
Moreirense (2002-03 e 2003-04);
V. Guimarães (2004-05 e 2010-11
a 2011-12); Nacional (2005-06 e
2008-09 a 2009-10); Académica
(2006-07 a 2007-08); Sp. Braga
(2007-08)
Títulos 0
Experiência internacional
Aris (2011-12)
Ex-jogador Não
Vitória de Setúbal
José Mota
Temporada no
clube 3.ª
Temporada na I
Liga 12.ª
Idade 49 anos (25-2-1964)
Nacionalidade Portuguesa
Estreia na I Liga 2000-01 (Paços
de Ferreira)
Clubes anteriores na I Liga Paços
de Ferreira (2000-01 a 2007-08)
e Leixões (2008-09 e 2009-10)
Títulos 0
Experiência internacional Não
Ex-jogador Sim (Defesa: Aliados
do Lordelo e Paços de Ferreira)
Académica
Sérgio Conceição
Temporada no clube 2.ª
Temporada na I Liga 3.ª
Idade 38 anos (15-11-1974)
Nacionalidade Portuguesa
Estreia na I Liga 2011-12
(Olhanense)
Clubes anteriores na I Liga
Olhanense (2011-12 e 2012-13)
Títulos 0
Experiência internacional Não
Ex-jogador Sim (Médio:
Académica, Penafiel, Leça,
Felgueiras, FC Porto, Lazio, Parma,
Inter de Milão, Standard de Liège,
Qadsia e PAOK)
Gil Vicente
João de Deus
Temporada no
clube Estreia
Temporada na I
Liga 1.ª
Idade 36 anos (6-11-1976)
Nacionalidade Portuguesa
Estreia na I Liga Esta temporada
Clubes anteriores na I Liga Títulos 0
Experiência internacional
Seleccionador de Cabo Verde
(2008 a 2010) e AD Ceuta (2010-11).
Ex-jogador Sim (Defesa: Vitória
de Setúbal, Desportivo de Beja,
Seixal, Estoril, Lusitano de Évora e
Barreirense)
Olhanense
Abel Xavier
Temporada no
clube Estreia
Temporadas na I
Liga 1.ª
Idade 40 anos (30-11-1972)
Nacionalidade Portuguesa
(nascido em Moçambique)
Estreia na I Liga Esta temporada
Clubes anteriores na I Liga Títulos 0
Experiência internacional Não
Títulos internacionais 0
Ex-jogador Sim (Defesa:
Sporting, Estrela da Amadora,
Benfica, Bari, Real Oviedo,
PSV, Everton, Liverpool,
Galatasaray, Hannovr 96, Roma,
Middlesbrough e LA Galaxy).
Belenenses
Van Der Gaag
Temporada no
clube 2ª
Temporada na I
Liga 4ª
Idade 41 anos (22-10-1971)
Nacionalidade Holandesa
Estreia na I Liga 2009-10
(Marítimo)
Clubes anteriores na I Liga
Marítimo (2009-10 e 2010-11)
Títulos 0
Experiência internacional Não
Ex-jogador Sim (Defesa:
PSV, NEC, Sparta Roterdão,
Motherwell, FC Ultrecht,
Marítimo e Al Nassr)
Arouca
Pedro Emanuel
Temporada no clube Estreia
Temporada na I Liga 3.ª
Idade 38 anos (11 Fevereiro
1975)
Nacionalidade Portuguesa
(nascido em Angola)
Estreia na I Liga 2011-12
(Académica)
Clubes anteriores na I Liga
Académica (2011-12)
Títulos 1 (1 Taça de Portugal:
2011-12)
Experiência internacional Não
Ex-jogador Sim (Defesa:
FC Marco, Ovarense, Penafiel,
Boavista e FC Porto). P.C.
PÚBLICO, SEX 16 AGO 2013 | DESTAQUE | 5
Um lote de técnicos cada vez mais jovem
ço do FC Porto, entre 2007 e 2010.
Mas a longevidade de Jesualdo Ferreira é um fenómeno raro em Portugal, pelo menos no principal camEsta temporada, 12 dos 16
peonato nacional. Os outros grandes
técnicos que vão arrancar
“sobreviventes” são Jorge Jesus (59
o campeonato somam
anos), Manuel Machado (57) e José
menos de quatro épocas
Mota (49). Os quatro juntos acumulam uma experiência de 52 tempono escalão principal
radas na I Liga, contra apenas 18 dos
experiência deixou de ser restantes 12 colegas.
uma condição fundamental
Marco Silva (36 anos), João de
para treinar em Portugal. Deus (36), Pedro Emanuel (38), CosEsta temporada, 12 dos tinha (38), Sérgio Conceição (38), Le16 técnicos da I Liga têm onardo Jardim (38), Nuno Espírito
menos de quatro épocas Santo (39), Abel Xavier (40), Paulo
acumuladas no escalão principal e Fonseca (40), Van der Gaag (41), Pemetade irá cumprir o segundo ano dro Martins (43) e Rui Vitória (43)
ou estrear-se na competição. Apenas constituem a mais nova geração de
quatro clubes apostaram na vete- técnicos portugueses, sem que nerania. As excelentes prestações de nhum some mais de três temporadas
Vítor Pereira, no FC Porto, Paulo no currículo da I Liga. A expectativa
Fonseca, no Paços de Ferreira, ou dos dirigentes em descobrir os novos
Marco Silva, no Estoril, na última “Mourinhos” ou “Villas-Boas” com
temporada, contribuíram para re- um investimento reduzido tem conforçar esta tendência cada vez mais tribuído para consolidar este novo
generalizada na juventude.
paradigma.
Com 31 anos de diferença, Marco
A prova deste ano vai apadrinhar
Silva e Jesualdo Ferreira são, respec- as estreias de Abel Xavier (Olhanentivamente, o mais jovem e o deca- se) e João de Deus (Gil Vicente) no esno dos treinadores deste campeo- calão máximo, depois de ter lançado
nato. Aos 67 anos, o novo técnico na última temporada Paulo Fonseca,
do Sp. Braga vai iniciar a sua 15.ª Marco Silva, Costinha (Beira-Mar) e
época na I Liga e parte para a com- Nuno Espírito Santo (Rio Ave).
petição como o mais experiente e
A média de idades dos treinadobem-sucedido treinador no activo res será este ano de 46 anos, mas,
na I Liga portuguesa. No total, soma se excluirmos os quatro técnicos
seis títulos nacionais: três campeo- mais veteranos na prova, ela baixa
natos, duas Taças de Portugal e uma drasticamente para os 40,5. Sendo
8453_Pub_257x74_App_P_14_08_af1c.ai
1
8/2/13
2:24 PM (8) ainda
Supertaça.
Todos ganhos ao servi- que metade
dos técnicos
ENRIC VIVES-RUBIO
Paulo Curado
A
Jesualdo Ferreira é o mais experiente dos técnicos do campeonato
ENRIC VIVES-RUBIO
Marco Silva é o mais jovem treinador da temporada 2013-14
não chegou ao patamar dos 40 anos.
Os êxitos internacionais dos treinadores portugueses têm reforçado
também a aposta em técnicos nacionais na Liga. Este ano, o holandês
Van Der Gaag será a excepção. E
mesmo o treinador do Belenenses
já é praticamente um homem da
“casa”, tendo chegado ao futebol
português há 12 anos, para jogar no
Marítimo, clube onde também iniciou a sua carreira de treinador, em
2007-08, inicialmente como adjunto,
mas assumindo o comando da equipa insular a partir de 2009-10.
Esta tendência para apostar na
“prata da casa” tem-se consolidado
nos últimos anos. Nas duas épocas
anteriores, a breve incursão do belga
Vercauteren no Sporting (2012-13)
foi a única excepção à regra. Para
encontrar mais do que um treinador estrangeiro a trabalhar na Liga principal, será preciso recuar à
temporada 2010-11, com o sérvio
Jokanovic (Nacional), Van Der Gaag
(Marítimo) e Victor Zvunka (Naval).
Nenhum dos três chegou ao fim do
campeonato.
A esta lógica não fogem os denominados “grandes”. No FC Porto, o
último técnico não-português foi o
holandês Co Adriaanse, em 2005-06,
enquanto no Benfica o espanhol Quique Flores (2008-09) abriu as portas
à era Jorge Jesus. No Sporting, excluindo a passagem efémera de Vercauteren, o romeno Laszlo Boloni foi
a última experiência estrangeira no
banco (2002-03).
PUBLICIDADE
6 | PORTUGAL | PÚBLICO, SEX 16 AGO 2013
No primeiro emprego, salários variam
até 300 euros conforme a licenciatura
Estudo aponta disparidades nos salários
médios dos licenciados. Diplomados da
área da saúde são os que mais ganham
no primeiro emprego. Curso superior
ainde protege do desemprego
Educação
Samuel Silva
A diferença de salários no primeiro
emprego de dois jovens licenciados
pode chegar aos 300 euros por mês.
Tudo depende do curso superior
que se tirou.
É este o valor apurado a partir
do rendimento médio de um diplomado na área mais bem paga, a da
saúde, e o observado entre os que
se formaram na área da agricultura,
onde se encontram os vencimentos
mais baixos no primeiro emprego.
Os dados dizem respeito a 2009 e
constam de um estudo lançado pela
Agência de Avaliação e Acreditação
do Ensino Superior (A3ES).
O relatório Empregabilidade e Ensino Superior em Portugal demonstra ainda que os jovens que frequentaram uma universidade ou politécnico ganham mais do que aqueles
que não têm formação superior.
Das oito áreas em que o estudo
dividiu os licenciados, a da saúde é
aquela onde estão os salários mais
elevados para o primeiro emprego,
ascendendo a 1252,57 euros mensais
(média).
Seguem-se as áreas das ciências,
matemática e informática (1237,92
euros por mês, em média) e engenharia, indústria e construção
(1172,47 euros).
Trabalhos do sector das artes
e humanidades são pior remunerados: a A3ES fala de um salário
médio no primeiro emprego de
1010,35 euros por mês. Mas os salários são ainda menores para quem
tirou licenciaturas que dão acesso
a empregos nos serviços (986,88),
atingindo o valor mais baixo para
os diplomados em cursos ligados à
agricultura.
Estes últimos recebem, em média, 947,13 euros mensais, o que
resulta numa diferença de 305,44
face aos colegas mais bem pagos no
mercado.
O estudo da A3ES recolheu dados
ao longo de seis anos, tentando avaliar o impacto da entrada em vigor
do Processo de Bolonha. E regista
uma variação positiva: o salário mé-
dio no primeiro emprego de um jovem com formação superior passou
de 1070,38 euros, em 2003, para
1128,96, em 2009, um crescimento
de quase 60 euros.
Ao mesmo tempo, houve um
crescimento superior (102 euros)
do salário médio dos não-diplomados. Mas os licenciados continuam
a ganhar mais: o vencimento dos
não-diplomados no seu primeiro
emprego não ultrapassa os 678,92
euros por mês.
Ter um curso superior continua,
de resto, a ser garantia de acesso
mais facilitado ao mercado de trabalho e de obtenção de rendimentos superiores. Os diplomados do
ensino superior presentes pela primeira vez no mercado de trabalho
em 2009 auferiam, em média, uma
remuneração superior em 40% à do
conjunto dos portugueses que, nesse ano, também estavam a trabalhar
pela primeira vez.
Menos desemprego
O relatório Empregabilidade e Ensino Superior em Portugal foi encomendado pela A3ES e realizado por
uma equipa de investigadores do
Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa e do Centro de
Investigações Regionais e Urbanas
do Instituto Superior de Economia
e Gestão da Universidade Técnica
de Lisboa.
Os autores analisaram diversos
dados, para além do valor dos salários. E concluem que os licenciados
estão a ser menos afectados pelo
desemprego nos últimos anos do
que os indivíduos sem formação
superior.
Apesar de pôr em causa a fiabilidade da informação (ver caixa),
observaram, por exemplo, os dados relativos a desempregados registados nos centros de emprego,
confirmando que há mais pessoas
nessa situação com um diploma de
ensino superior.
No entanto, nota-se no relatório, não há um incremento equivalente do seu peso no total de desempregados inscritos, pelo que o
aumento do total de diplomados
inscritos não é mais do que o re-
O mercado valoriza quem, tendo o ensino superior, tem graus académicos mais elevados
Números do MEC colocados em causa
A3ES propõe construção de um novo indicador de empregabilidade dos cursos
O
relatório da A3ES volta a pôr
em causa a fiabilidade dos
indicadores de emprego
usados pelo Ministério da
Educação e Ciência (MEC) como
orientação para a definição de
vagas das licenciaturas nos
últimos dois anos. Depois das
críticas dos responsáveis do
sector, os autores do estudo vêm
agora dizer que a informação
fornecida por estes dados
deve ser “cuidadosamente
ponderada”. Por isso, propõem a
construção de um indicador de
empregabilidade harmonizado
entre todas as instituições de
ensino superior.
Nas recomendações do estudo
sobre a empregabilidade, a
A3ES aponta a subsistência
de “alguns problemas” com o
indicador usado pelo MEC, pelo
que aconselha que este seja
“analisado com cautela”. “A sua
utilização para efeitos de decisão
sobre a organização da oferta
de ciclos de estudos deverá ser
cuidadosamente ponderada”,
sublinha, acrescentando que
o número de desempregados
inscritos nos centros de emprego
é uma informação administrativa
que resulta de uma acção
de quem decide inscreverse, não sendo uma amostra
necessariamente representativa
da população desempregada.
Além disso, a informação
nada diz sobre se os que estão
empregados o estão em áreas
relacionadas com a sua área de
educação ou formação.
Nos últimos dois anos, o
MEC enviou às universidades
e politécnicos um ficheiro
contendo os indicadores
de emprego de cada curso,
determinando a redução da
oferta nas formações com taxas
mais elevadas de desemprego, o
que veio a verificar-se sobretudo
este ano. Os responsáveis das
instituições têm posto em
causa a fiabilidade dos dados
existentes, criticando a opção
da tutela. Para contrariar esse
problema, a A3ES considera
que “faz sentido desenvolver
um esforço mais global de
construção de um indicador de
empregabilidade”. Este seria
harmonizado entre todas as
PÚBLICO, SEX 16 AGO 2013 | PORTUGAL | 7
Coimbra entra no ranking
das 500 melhores
universidades do mundo
NELSON GARRIDO
ENRIC VIVES-RUBIO
Das oito áreas
em que o estudo
dividiu os
licenciados, a da
saúde é aquela
onde estão os
salários mais
elevados para
o primeiro
emprego:
1252,57 euros
mensais em
média
Seguem-se
as ciências, a
matemática e
a informática
(1237,92 euros)
Nos recémlicenciados em
agricultura, o
salário médio é
de 947,13 euros
instituições de ensino superior,
para que possa constituir “uma
base credível para decisão de
políticas públicas”.
Recomenda-se ainda que as
instituições de ensino criem
rotinas internas que permitam
monitorizar a empregabilidade
dos seus cursos tendo em
vista a racionalização da sua
oferta, “para que ela possa,
de facto, corresponder a
necessidades do mercado de
trabalho”, colaborando com
as associações de estudantes,
antigos alunos e serviços de
apoio à empregabilidade e
empreendedorismo. A A3ES
recomenda, por fim, uma
atenção à componente do
autoemprego.
flexo do aumento do desemprego.
Além disso, a análise do desemprego dos diplomados do ensino
superior efectuada com base nos
dados do Inquérito ao Emprego do
Instituto Nacional de Estatística revelou um perfil de evolução da taxa de desemprego dos diplomados
e não-diplomados “relativamente
distinta”.
A taxa de desemprego entre os
diplomados foi sempre inferior à
dos não-diplomados, tendo essa
diferença aumentado no período
mais recente. Ou seja, “a taxa de
desemprego dos diplomados não
aumentou tanto quanto a dos nãodiplomados no contexto da actual
crise”.
Mais: entre os diplomados com
ensino superior, verifica-se que
aqueles que possuem graus mais
elevados (mestrados, doutoramentos...) tendem a registar taxas de
desemprego inferiores, sugerindo
que há uma valorização por parte
do mercado dessas qualificações
adicionais.
Ensino Superior
Andreia Sanches
Ranking de Xangai já integra
quatro universidades
portuguesas. A do Porto e a
“Clássica” de Lisboa são as
mais bem classificadas
A Universidade de Coimbra entra
pela primeira vez num dos mais conhecidos rankings de universidades
do mundo. A Universidade de Lisboa
(antiga “Clássica” que, recentemente, se fundiu com a Técnica) sobe na
classificação. A Universidade do Porto e a Técnica de Lisboa mantêm as
suas posições. O Ranking de Xangai
2013 foi ontem divulgado.
Como lhe chama António Nóvoa, o
ex-reitor da Universidade de Lisboa,
este “é, de longe, o mais influente e
badalado” ranking de universidades,
apesar de todas a críticas que lhe são
feitas. A edição de 2013 pode ser consultada no site http://www.shanghairanking.com/ARWU2013.html. O topo é, como sempre, dominado pelas
universidades norte-americanas de
Harvard, de Stanford e da Califórnia.
O Massachusetts Institute of Technology (MIT) desceu uma posição em
relação a 2012 e é agora quarto. A
Universidade de Cambridge é a primeira europeia a aparecer — em 5.º
lugar.
Até à edição de 2011, havia neste
ranking das 500 melhores do mundo
apenas duas universidades portuguesas: Porto e Lisboa. Em 2012, entrou
também a Técnica de Lisboa. Para
este ano, António Nóvoa resume assim os dados mais significativos para
Portugal: “A entrada, pela primeira
vez, de Coimbra, e a subida, muito
significativa, de Lisboa.”
António Cruz Serra, recém-eleito
reitor da Universidade de Lisboa, que
agora integra a Técnica, congratulase com a melhoria do desempenho
da instituição lisboeta e espera que
“o Orçamento do Estado acompanhe
esta melhoria”.
Cruz Serra diz também que acredita que a universidade que resulta
da fusão da “Clássica” e da Técnica
vai subir, na próxima edição, mais de
cem lugares na tabela e que “deverá
ficar acima da melhor universidade
espanhola”. Isto porque “o ranking
contabiliza o conjunto dos investigadores” das duas instituições. “São
boas notícias para o país.”
A tabela publicada só discrimina
as posições das instituições até ao
lugar 100. A partir daí, coloca-as em
Coimbra sofreu corte de 30% no orçamento nos últimos anos
grandes intervalos. A Universidade
do Porto (onde ninguém esteve disponível para comentar o ranking) e
a Universidade de Lisboa aparecem
ambas no intervalo 301-400 (no ano
passado, o Porto já ocupava essa posição mas a “Clássica” estava no patamar abaixo, no 401-500).
A Universidade de Coimbra e a
Universidade Técnica de Lisboa estão ambas nos lugares que compreendem o intervalo 401-500. Dentro
de cada intervalo, as universidades
de um mesmo país aparecem por
ordem alfabética.
Ranking não reflecte cortes
O reitor da Universidade de Coimbra,
João Gabriel Silva, diz que a entrada
no ranking era esperada, mais dia,
menos dia, e que esta é uma óptima
notícia. “Era o único grande ranking
internacional em que não estávamos
presentes.”
Aproveita também para dar os
parabéns à “Clássica” de Lisboa,
pela melhoria do desempenho. E
diz que estes dois factos — a entrada
de Coimbra na lista e a melhoria de
Lisboa — são ainda mais significativos quando o país atravessa “tantas
dificuldades”.
Deixa, contudo, um alerta: estes
rankings resultam do trabalho feito
pelas instituições há alguns anos. “Os
efeitos dos cortes orçamentais impostos às universidades ainda não
se reflectem aqui.” Dá um exemplo:
um dos indicadores do Ranking de
Xangai é o número de citações de artigos científicos de investigadores das
universidades. O que significa que
os artigos são publicados e só ao fim
de alguns anos reúnem um número
significativo de citações. Quanto mais
artigos publicados, maior a probabilidade de haver um número relevante
de citações. Ora, com a redução de
financiamento que se tem imposto ao
ensino superior, há o sério risco de se
fazer menos investigação e publicarse menos.
Em Coimbra, nos últimos três
anos, o corte no financiamento público foi de cerca de 30%, diz João
Gabriel Silva. “E todas as instituições
são tratadas por igual, independentemente dos resultados que têm. Se
toda a administração pública tivesse
sofrido cortes desta ordem, já estávamos a pagar a dívida pública e não
a aumentá-la.”
Lembra, de resto, que os cortes
começaram ainda em 2005, só que
não só não eram tão “violentos”, como nessa altura ainda era possível
encontrar fontes de receita nos contratos com empresas. Hoje, muitas
empresas estão mais preocupadas
em sobreviver, diz, do que em financiar projectos.
O Ranking de Xangai começou a ser
publicado em 2003 pela Universidade Jiao Tong, de Xanhai, China (que
está no intervalo 151-200). Os avaliadores baseiam-se na análise de seis
indicadores: número de ex-alunos
com Prémio Nobel ou Fields Medals;
número de professores distinguidos
com os mesmos prémios; número de
pesquisadores citados em 21 áreas
de investigação das Ciências da Vida,
da Medicina, Física, Engenharia e Ciências Sociais; artigos publicados na
Nature e na Science; artigos internacionalmente referenciados; desempenho académico per capita.
Muitos têm questionado a forma
como os dados são recolhidos e convertidos em pontuação. Certo é que
todos os anos mais de mil universidades são analisadas. E no ranking
publicado só entram as 500 que melhor se saem.
8 | PORTUGAL | PÚBLICO, SEX 16 AGO 2013
PSD volta hoje ao calçadão de
Quarteira com a festa do Pontal
Na última semana do mês, PSD, PS e BE fazem universidades de Verão e o CDS opta por uma convenção
autárquica para marcar a rentrée. PCP começa Setembro com a tradicional Festa do Avante!
VASCO CÉLIO
Partidos
Maria Lopes e
Nuno Sá Lourenço
Este ano, não há medo nem estio
que voltem a fechar os sociais-democratas num hotel de quatro estrelas de um parque aquático, como
em 2012. Mas, sobretudo, há eleições a breve prazo. Por isso, o jantar em mangas de camisa e os discursos voltam hoje ao calçadão, um
termo abrasileirado para a marginal
de Quarteira, junto à praia, que há
anos recebe a Festa do Pontal, vista como a rentrée política do PSD.
Festa popular na rua, num local de
férias também popular.
No ano passado, Pedro Passos
Coelho prometeu o fim da recessão para 2013, mas, mês após mês,
todos os indicadores o contrariaram sucessivamente; falou num
“alívio” para as famílias e desde
então várias vezes anunciou mais
medidas de austeridade. Esperase que, mesmo depois do crescimento de 1,1% do PIB no segundo
trimestre anunciado anteontem, o
primeiro-ministro tenha aprendido a ser cauteloso. Até Olli Rehn, o
comissário europeu para os Assuntos Económicos, disse esperar que
“não haja prematuras declarações
de auto-elogios a sugerir que a crise acabou”, depois de conhecido o
aumento do PIB da União Europeia
em 0,3%.
“Prudência” é a palavra de ordem. E a ideia de que os sacrifícios
estão a ser compensados mas terão
que continuar quando a troika for
embora tem sido enfatizada pelo
executivo. A que se soma o discurso do novo ciclo com enfoque no
crescimento económico e no diálogo para a segunda fase da legislatura. E, claro, as incontornáveis
eleições autárquicas, para as quais
Passos já não está a “lixar-se”, como dizia em Julho do ano passado — pode ser que hoje se perceba
qual o seu real nível de preocupação com esse primeiro escrutínio
ao principal partido do Governo.
Para além da festa que marca
também o fim das férias de Passos
Coelho no Algarve, o PSD organiza,
daqui a dez dias (de 26 de Agosto a
1 de Setembro), a sua Universidade
de Verão, 340 quilómetros mais acima, em Castelo de Vide. Além dos
Depois da experiência do Pontal dentro de portas, a festa do PSD volta hoje ao calçadão da Quarteira
membros do Governo, há no programa nomes fora da esfera socialdemocrata. Como o eurodeputado
socialista Correia de Campos, que
falará sobre a sustentabilidade da
Segurança Social, ou o sociólogo
António Barreto, para fazer “um
retrato de Portugal”.
Está previsto um jantar-conferência com o proprietário da Multiwave, empresa de tecnologia sediada
na Maia e instalada também em San
Jose, na Califórnia. O mesmo formato servirá para os participantes ouvirem o empresário Alexandre Relvas, vice-presidente da Logoplaste,
que dirigiu a campanha presidencial de Cavaco Silva. Realce para o
facto de não haver nomes ligados
ao CDS-PP, parceiro de coligação.
Fim-de-semana escaldante
Do Governo, seguirá para Castelo
de Vide uma mão-cheia de oradores
com intervenções sobre as suas áreas
de eleição, além de Pedro Passos Coelho, que encerra os trabalhos, no dia
1 de Setembro, a fechar um fim-desemana escaldante, com as rentrées
também de PS, CDS e BE. Moreira
da Silva, agora com a pasta do Ambiente, Ordenamento do Território e
Energia, discursará sobre ambiente
e energia. O ministro adjunto e do
Desenvolvimento Regional, Poiares
Maduro, vai debater a Europa. Carlos
Moedas, secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, vai dar Dez
Respostas Sobre o Programa de Ajustamento em Portugal. O programa, de
uma semana, conta ainda com Pedro
Reis, presidente da AICEP, o eurodeputado Paulo Rangel e Pedro Santana
Lopes, provedor da Santa Casa da
Misericórdia de Lisboa, antigo líder
do PSD e antigo primeiro-ministro,
que vai falar da sua experiência sobre
Intervir no Social em Tempos de Crise.
O parceiro de coligação terá um
regresso aos holofotes mais discreto, preferindo celebrar a rentrée com
uma convenção autárquica — o PS fez
a sua em Junho, o PSD preferiu pôr a
ideia de lado — para assinalar o facto
de ter aumentado o número de municípios e de freguesias a que se candidata. O CDS-PP escolheu como base
para essa convenção Matosinhos,
concelho onde o partido concorre
sozinho, com Manuel Maio à cabeça.
Este ano, o BE também aderiu à
moda das universidades de Verão.
Para o Fórum Socialismo 2013, nos
dias 30 e 31, os bloquistas convidaram dois socialistas — Pedro Delgado
Alves, para um painel sobre adopção por casais com o mesmo sexo,
e Paulo Pedroso, para discutir Um
Ano a Querer Que Se Lixe a Troika —
e um comunista, Carvalho da Silva,
para intervir na sessão de abertura,
denominada As Lutas Que Aí Vêm.
Catarina Martins abre os trabalhos,
João Semedo encerra.
PS volta a Évora
Os socialistas voltam a instalar-se em
Évora, a 100 quilómetros do PSD,
entre os dias 28 e 31, sob o lema Um
Novo Rumo para Portugal. No PS, o
lote de oradores não está ainda fe-
chado, mas inclui já Edite Estrela,
Ana Gomes, Capoulas Santos, Vital
Moreira e Elisa Ferreira, Maria João
Rodrigues e Gustavo Cardoso. Estão
também dados como certos o economista da Universidade do Minho
Manuel Caldeira Cabral e António
Covas, um dos economistas convidados pelo Presidente da República
para discutir o período pós-troika e
as perspectivas de crescimento económico. Sobre Municípios Amigos
das Pessoas e das Empresas, o PS convidou Anabela Pedroso, presidente
do conselho directivo da Agência para Modernização Administrativa.
No fim-de-semana seguinte, entre
6 e 8 de Setembro, os comunistas
juntam-se na tradicional Festa do
Avante!, com música, desporto, debates, uma homenagem especial a
Álvaro Cunhal pelo centenário do
seu nascimento e as intervenções
políticas do secretário-geral Jerónimo de Sousa na abertura e no
encerramento. com Rita Brandão
Guerra
PÚBLICO, SEX 16 AGO 2013 | PORTUGAL | 9
Mais um bombeiro morre no
combate aos fogos florestais.
É o 104.º desde 1980
Incêndios
Ricardo Garcia
Pedro Rodrigues combatia
um incêndio florestal em
Coutada, Covilhã. Foi traído
pelo vento e ficou isolado
dos colegas
Mais um bombeiro morreu ontem a
combater um incêndio florestal em
Portugal. Pedro Miguel Jesus Rodrigues, 41 anos, foi a segunda vítima
mortal entre bombeiros nos fogos
deste ano e a 104.ª desde 1980.
Estava a lutar contra um incêndio
que deflagrara às 12h35 na freguesia
da Coutada, concelho da Covilhã, e
que até ao princípio da noite de ontem ainda não estava controlado.
Entre um momento e outro, Pedro Rodrigues foi apanhado pelas
chamas. Segundo alguns relatos,
o bombeiro estava a tentar evitar
que o fogo atingisse uma habitação — no combate a um incêndio,
a prioridade é proteger pessoas
e bens. Estava acompanhado por
mais três bombeiros. Mas o vento
traiu-o, deixando-o isolado. Não
pôde fazer mais do que se enrolarsobre si próprio, no chão.
“O bombeiro estava devidamente
enquadrado por uma equipa, havia
uma estratégia bem definida, mas
houve uma alteração do vento que
o separou dos colegas, que ainda
lhe gritaram. Não conseguiu. São
anormalidades que acontecem aos
mais bem formados”, disse ao PÚBLICO Jaime Marta Soares, presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses.
“É com profundo pesar que sentimos a perda de um companheiro,
um bombeiro, um operacional de
protecção e socorro”, lamentou a
Autoridade Nacional de Protecção
Breves
Civil, num curto comunicado que
não esclarece o que se passou em
concreto.
Desde 1980, morreram 217 bombeiros em Portugal enquanto estavam em serviço. Destes, 104 perderam a vida em incêndios florestais,
segundo Duarte Caldeira, ex-presidente da Liga dos Bombeiros PorDesde 1980
morreram
217 bombeiros
em serviço, dos
quais 104 vítimas
de incêndios
florestais
tugueses, que está a elaborar um
estudo sobre o assunto.
“O combate a um incêndio urbano é feito num espaço confinado.
Um fogo florestal arrasta-se por várias frentes”, acrescenta. “Há alguma dose de imprevisibilidade.”
Este ano, já são dois os bombeiros que morrem no combate a fogos. O primeiro morreu há cerca de
duas semanas, depois de ter sofrido
graves queimaduras num incêndio
a 1 de Agosto.
Jaime Marta Soares diz que um
incêndio florestal “é um adversário terrível, que tem armas que um
ser humano não tem”, mesmo se os
bombeiros possuem, como os portugueses possuem, sublinha, todas
as técnicas e conhecimentos para
combater as chamas. Se atinge “zonas difíceis, uma alteração brusca
de vento pode ser suficiente para
um bombeiro ficar rodeado pelo
fogo”, continua. Terá sido isso, diz,
que aconteceu ontem na Covilhã.
Também foi o que aconteceu no
domingo, quando quatro bombeiros estiveram mais de uma hora
cercados pelas chamas, em situação crítica, até serem resgatados.
com Andreia Sanches
Golegã
Candidatura de Veiga
Maltez recusada
por tribunal
O Tribunal Judicial da Golegã
considerou inelegível
a candidatura de José
Veiga Maltez à assembleia
municipal por um movimento
independente, tendo o actual
presidente da autarquia
reclamado da decisão. “O
tribunal deve ter feito alguma
confusão entre o que é o
poder executivo e o poder
deliberativo”, disse à Lusa
Veiga Maltez (PS). O tribunal
justificou a decisão com o
facto de se pretender “impedir
que os políticos se perpetuem
no poder executivo”.
PUBLICIDADE
Tenha o Sistema de Comunicações
Mais Avançado da Atualidade!
Aumenta a produtividade e elimina elevados custos mensais
Seja operador de si próprio. Tenha os
telemóveis e os telefones a fazerem
gratuitamente as chamadas para as redes
fixas e móveis nacionais e internacionais
através da sua central telefónica. Não
pague chamadas nem aluguer de linhas.
Tenha mais qualidade nas comunicações
e economize muito dinheiro mensalmente.
Estamos em todo o país, informe-se já:
A BELTR8NICA
DIVISÃO DE SISTEMAS TELEFÓNICOS DIGITAIS
AVEIRO BEJA BRAGA BRAGANÇA COIMBRA ÉVORA FUNCHAL
FUNDÃO GUARDA LEIRIA LISBOA LOULÉ P. DELGADA PORTALEGRE
PORTO SANTARÉM SETÚBAL V. CASTELO VILA REAL VISEU
Serviço Nacional de Atendimento
308 802 470
Número Nacional/Chamada Local
Compatível também com as tecnologias anteriores IP (VoIP, SIP/H.323), RDIS (BRI/PRI) e tradicional.
10 | PORTUGAL | PÚBLICO, SEX 16 AGO 2013
Cascais Eleições marcadas por guerra
aberta entre Carreiras e Cordeiro
O autarca do PSD, a quem dois independentes ex-vereadores do CDS ameaçam roubar votos,
acusa Cordeiro de não conhecer o concelho. Este critica o trabalho “tipo jardinista” do presidente
Autárquicas à lupa (10)
Inês Boaventura (texto)
e Miguel Manso (fotos)
São sete os candidatos à Câmara de
Cascais, incluindo dois ex-vereadores
do CDS que agora se apresentam como independentes, mas é na disputa
entre Carlos Carreiras e João Cordeiro que todos os olhos estão postos.
A troca de acusações entre o actual
presidente da autarquia, que vai pela
primeira vez a votos como cabeça de
lista, e o antigo presidente da Associação Nacional de Farmácias começou
cedo e promete manter-se acesa até
ao fim da campanha eleitoral.
Carreiras acusa Cordeiro de “falta de propostas, falta de estratégia e
um completo desconhecimento do
concelho”, enquanto o candidato
socialista diz que o autarca socialdemocrata pouco mais fez do que
promover “festas, foguetes e reuniões sociais”, num trabalho “tipo jardinista”. A guerra entre ambos já levou,
aliás, à intervenção da Comissão Nacional de Eleições, que, na sequência de uma queixa da coligação Viva
Cascais (PSD/CDS-PP), instaurou um
processo de contra-ordenação contra
o PS e três jornais pela publicação
de um comunicado, por indícios de
violação da lei eleitoral. Nesse comunicado, Cordeiro acusava a Câmara
de Cascais e as suas empresas municipais de “assumirem dívidas violando
flagrantemente, de forma reiterada,
a legislação sobre compromissos de
despesa pública”.
E não se ficam por aí as críticas do
candidato socialista, que já acusou
o seu mais directo opositor de ser “a
bengala autárquica do Governo” e de
ter transformado a autarquia, a que
preside desde que António Capucho
suspendeu funções no início de 2011,
na “maior empregadora de boys do
PSD”. Questionado pelo PÚBLICO sobre os resultados do levantamento
que tinha prometido fazer em torno
dessa questão, João Cordeiro apontou de novo o dedo a Carlos Carrei-
ras: “Infelizmente, e apesar das insistentes solicitações dirigidas ao presidente da câmara, temos ainda muito
pouca informação sobre a política de
emprego da Câmara de Cascais, bem
como das empresas municipais”.
Já o social-democrata até admite
que o homem que foi presidente da
Associação Nacional de Farmácias durante mais de três décadas “é um candidato forte”, mas logo depois acrescenta que “é um político experiente,
embora sem grande sucesso e que se
distinguiu na defesa dos seus próprios
interesses”. Sendo públicas as divergências que houve no passado entre
João Cordeiro e ilustres dirigentes e
ministros socialistas (entre os quais
Num concelho de fortes assimetrias, a corrida autárquica conta com três candidaturas à direita, o que pode dificultar a vida a Carlos Carreiras
Ferro Rodrigues, que já criticou, aliás,
a escolha feita pelo seu partido para a
Câmara de Cascais), Carlos Carreiras
aproveita para lançar uma farpa: “A
candidatura assenta numa incoerência política e ideológica inultrapassável e que não faz justiça ao espírito e
identidade do Partido Socialista”.
Polémicas à parte, tanto Carreiras
como Cordeiro elegem o emprego
como prioridade número um. O primeiro diz que quer “continuar a criar
cadeias de valor que gerem riqueza e
postos de trabalho e que permitem
que as pessoas fiquem em Cascais e
que vivam em Cascais”, apostando ao
mesmo tempo em “proteger os cidadãos em situações de maior dificul-
PÚBLICO, SEX 16 AGO 2013 | PORTUGAL | 11
Autárquicas 2013
Acompanhe em
www.publico.pt/autarquicas2013
dade”. O segundo, que se apresenta
nos cartazes como “o líder que falta
a Cascais”, garante que se focará no
“apoio à internacionalização das empresas”, no “apoio no acesso aos fundos comunitários” e na “criação de
uma estrutura dirigida para a fixação
de novas empresas”, propósito para
o qual “é fundamental e prioritária a
construção do primeiro parque empresarial do concelho”.
À presidência da autarquia concorrem ainda Clemente Alves (CDU),
Cecília Honório (BE), Nuno Duarte
(Partido Trabalhista Português) e dois
ex-vereadores do CDS que agora se
apresentam como independentes.
Um é o dirigente centrista João Sande
e Castro, que diz que entra na corrida
porque Carlos Carreiras imprimiu no
município “uma mudança de orientação com a qual não concorda”, e a
outra é a advogada Isabel Magalhães,
que conta com o apoio de peso de
António Capucho.
Carlos Carreiras, cujo resultado
eleitoral não deixará de ser prejudicado por essa profusão de candidaturas, é particularmente crítico
do fenómeno: “Não vejo nenhuma
candidatura independente. Vejo, isso
sim, políticos profissionais que usam
a etiqueta ‘independente’ de forma
higiénica, como purificador dos pecados de uma vida passada”, afirma,
acrescentando lamentar que o seu
antecessor na câmara “se tenha associado a este embuste democrático”.
Já João Cordeiro, quando questionado sobre se uma eventual dispersão
de votos à direita o poderá favorecer,
garante que não olha a situação sob
esse prisma, preferindo referir que,
“neste período de dificuldades e de
crise profunda, é importante que todos estejam disponíveis para servir o
bem comum”.
A Câmara de Cascais é governada
desde 2001 por uma coligação PSD/
CDS, que alcançou resultados que oscilaram entre os 49,49% (em 2005) e
os 53,04% (em 2001). Já o PS nunca
conseguiu, nesse período, votações
além dos 29,78%. A CDU tem eleito
sempre um vereador, feito que o BE
nunca alcançou. O Partido Trabalhista Português apresenta-se pela primeira vez a votos no concelho, tendo
como cabeça de lista Nuno Duarte,
mais conhecido como “Jel”, do grupo Homens da Luta. Numa entrevista recente, quando lhe perguntaram
se ficaria como vereador caso fosse
eleito, o humorista respondeu: “Sim,
porque não? Não sei bem o que faz
um vereador, se calhar vou ter de
descobrir, mas se tiver os votos talvez sim”.
Entre a baía de Cascais e o interior
continua a haver dois mundos
Reportagem
Maria João Lopes
Plano de Desenvolvimento
Social identifica as
assimetrias: o interior
tem mais gente, mas no
litoral concentram-se os
equipamentos, transportes
e poder de compra
Vários jovens estão ao
computador, alguns jogam
damas com tampas de garrafas.
É em São Domingos de Rana,
a freguesia mais populosa do
concelho de Cascais, que a Tese –
Organização Não-Governamental
para o Desenvolvimento tem
a sede do projecto Orienta-te
SDR-E5G. O objectivo é, entre
outros, promover a inclusão
socioprofissional de jovens entre
os 14 e os 24 anos. Apesar de
Cascais ser sobretudo conhecido
pelo litoral, com os turistas, o
forte poder de compra e os bons
indicadores sociais, existe outro
lado do concelho, o interior.
Sara Almeida, coordenadora do
projecto Orienta-te, conhece como
a palma da mão essa realidade:
“Há duas grandes freguesias no
concelho de Cascais onde existe
uma grande vulnerabilidade
económica e social, São Domingos
de Rana e Alcabideche. São as
duas freguesias do Norte, onde
existe maior concentração de
habitação camarária e social”.
E descreve: “São Domingos de
Rana destaca-se, com o maior
número de famílias apoiadas pelo
Rendimento Social de Inserção
e com um número crescente de
famílias que recorre ao banco
alimentar”, diz a socióloga, que
trabalha no concelho de Cascais
desde 2007.
O diagnóstico está exposto
no Plano de Desenvolvimento
Social (PDS) de Cascais 2012-2015,
elaborado pela Rede Social. No
documento, são identificadas
como ameaças as “assimetrias
entre o litoral e o interior ao
nível dos equipamentos, das
acessibilidades e do ordenamento
do território, com maior
concentração de infra-estruturas
nas freguesias do litoral, apesar
do maior peso demográfico no
interior”.
O texto refere ainda a “grande
assimetria espacial na distribuição
socioeconómica da população
concelhia” e a existência de
“poucos pólos geradores de
receita e emprego no interior”.
Também é mencionada a
“dificuldade na mobilidade de e
para o interior”.
Por oposição, no capítulo das
oportunidades, o documento
identifica, por exemplo, a
“existência de um grupo
significativo da população com
capacidade económica elevada”
e ainda a elevada qualificação da
população. De acordo com dados
do Instituto Nacional de Estatística
e da base de dados Pordata,
25,6% da população de Cascais
têm ensino superior, mas este
número não tem uma distribuição
homogénea pelas freguesias.
Jovens dinamizadores
Basta fazer uma viagem de carro
pelo interior do concelho até ao
litoral para perceber a realidade
descrita no documento: “Elevados
graus de desigualdades sociais”
no território, com precariedade
DADOS ESTATÍSTICOS
Cascais
População
206.479 habitantes
Desemprego
12,1%
População com ensino superior
25,4%
Pensionistas da Segurança Social
26,1%
Fonte: Censos 2011
mais acentuada nas freguesias
de Alcabideche e São Domingos
de Rana. “Vê-se bem pelo tipo
de construção e ocupação do
espaço ao longo dos tempos
que o litoral e o interior são
muito diferentes. Havia muitas
ocupações consideradas
clandestinas, de populações
que foram construindo casas e
que entretanto as conseguiram
regularizar”, conta Sara Almeida.
Giorgia Consoli trabalha
na Fundação Agakhan e vai
coordenar um projecto, no
âmbito dos Contratos Locais de
Desenvolvimento Social, com
financiamento da Segurança
Social, que tem como objectivos
a inclusão social, o combate às
situações críticas de pobreza,
sobretudo infantil, e à exclusão
social em territórios vulneráveis.
No caso, a zona seleccionada
inclui os bairros das Faceiras e de
Além das Vinhas.
No Bairro das Faceiras, em São
Domingos de Rana, já há projectos
que estão a ser desenvolvidos pela
própria população. A Associação
Juvenil Kutuca, que funciona
como atelier de tempos livres, é
um exemplo. Lá dentro, a música
sai bem alto das colunas de uma
aparelhagem. Parece agradar
sobretudo aos mais velhos, uma
vez que os mais novos estão em
correrias no pequeno espaço ao ar
livre, em frente ao prefabricado.
Ali são os jovens adultos, entre
os 20 e os 35 anos, que tomam
conta das crianças, entre os 5
e os 14, e que dinamizam, em
regime de ATL e de voluntariado,
actividades de teatro, dança,
jogos e “mangueiradas de fato de
banho”.
Esta associação fez um inquérito
aos moradores do Bairro das
Faceiras e concluiu que o conjunto
de pessoas nascidas em Angola,
Cabo Verde e Moçambique
tem “um peso importante”,
que há um grande número de
desempregados há mais de um
ano e que muitas casas precisam
de reparações. Verificou também
que apenas “uma minoria” dos
residentes tem estudos superiores,
o que “contrasta” com outras
zonas do concelho; e que há uma
“grande insatisfação” no que
toca a recursos de lazer, aspecto
urbanístico e serviços de apoio a
idosos.
Entre São Domingos de Rana
e em Alcabideche, passámos
por vários bairros: Alcoitão,
Brejos, Bairro 7 Castelos, Cruz
Vermelha… Aos poucos, à
medida que nos aproximamos
do litoral de Cascais, o cenário
começa a mudar: vivendas com
jardim, condomínios de fachadas
cuidadas e flores nas varandas.
No centro histórico, o retrato
é o habitual num dia de Verão:
turistas a passear, malabaristas,
uma ou outra cara conhecida da
televisão nas esplanadas. Diogo
Salgado, de 28 anos, está à porta
do restaurante onde trabalha, no
centro histórico. Agora vive no
bairro de Matarraque, Parede,
mas já viveu cinco anos em São
Domingos de Rana: “As coisas aqui
são muito diferentes”, garante.
12 | PORTUGAL | PÚBLICO, SEX 16 AGO 2013
“Se as pessoas forem autênticas,
as coisas podem mudar de direcção”
Dez adolescentes, um por dia, falam da escola, dos amigos,
da relação com os pais e das coisas de que mais gostam —
os videojogos, o surf, a música, as festas. E também dos seus
quartos. E do significado que esse local tem para eles. Gonçalo
Ferreira tem 17 anos, consome toda a cultura que pode
e quer fazer teatro
Adolescentes (5)
Ana Cristina Pereira
Quem o vê, todo encolhido, sobre o
tapete, entre a cama e os livros, não o
imagina a falar sobre liberdade, mas
é nisso que fala primeiro. “Nunca
tinha querido ser actor. Queria ser
mais livre.”
Está calor. Gonçalo Ferreira acabou de defender a prova de aptidão
profissional e ainda tem o debate inteiro na cabeça. “Não sei exactamente por que fui [estudar interpretação
na Academia Contemporânea do Espectáculo], mas agora percebo que
não podia ter ido para outra coisa.
Permitiu-me arranjar ferramentas
que me ajudam a compreender-me,
a compreender o mundo, a compreender a minha relação com [ele]. E
que me dão inúmeras possibilidades
de poder ser no futuro.”
Quando era pequeno, gostava muito de fazer números para os avós.
Punha-se a dançar, a imitar cantores, personagens que ia vendo na
televisão. Há um vídeo de família
algures neste apartamento, em cuja
varanda antes se espreitavam jogos
do Futebol Clube do Porto no Estádio
das Antas e agora o olhar se perde
num terreno descuidado e nalguns
prédios descasados.
Estava perdido num labirinto de
possibilidades. Falaram-lhe naquele
curso, que dá equivalência ao 12.º
ano. “Andamos sem equilíbrio, quase. Assumimos papéis. Contigo sou
uma coisa, com outra pessoa sou outra coisa. Na academia, essa fragmentação passou a fazer sentido. Agora,
consigo encontrar uma unidade.”
Na parede, por cima da escrivaninha, há um verso de Álvaro de
Campos: “Sentir tudo de todas as
maneiras.” Ele identifica-se com
esse poema, que prossegue assim:
“Quanto mais personalidade eu tiver,
/Quanto mais intensamente, estridentemente as tiver, /Quanto mais
simultaneamente sentir com todas
elas, /Quanto mais unificadamente
diverso, dispersadamente atento, /
Estiver, sentir, viver, for, /Mais pos-
suirei a existência total do universo,
/Mais completo serei pelo espaço
inteiro fora.”
Vê-se como alguém capaz de sentir
tudo. E vê-se como alguém que se
deixa abater pelo cansaço e que fica
tristíssimo. Talvez ser adolescente
seja isso. Talvez essa inconstância
seja, afinal, constância.
Os pais nunca se esquecem de que
ele só tem 17 anos. Impõe-lhe regras
e horários. Não dormem se não estiver dentro de casa, de preferência no
quarto que divide com a irmã, de 11.
“Aceitam que saia de vez em quando,
mas ficam demasiado tensos ou preocupados e pensam que sou egoísta
por chegar à 1h.”
Adora os pais — secretária, ela, trabalhador por conta própria no ramo
do mobiliário, ele. Está convencido
de que tudo fazem para o ver feliz, e
talvez o gosto pelas histórias lhe venha dela, da mãe. Até as fantásticas
aventuras de Harry Potter, escritas
pela britânica J. K. Rowling, lia por
ele. “Ela lia os livros e contava-me as
histórias e eu ia ver os filmes. Chegou
a uma altura que eu disse: ‘Não! Eu
tenho de ler!’ E li os livros todos de
uma vez.”
Não lhe chamem hipster
Talvez nenhum livro lhe agrade tanto
como Memorial do Convento, de José
Saramago. “É mesmo o livro que mais
me diz, que mais me toca.” Delicia-se
com a dimensão social e política que
a obra encerra, com o modo como o
divino entra no quotidiano das personagens, com a sensibilidade, a beleza
de tudo aquilo: Blimunda Sete-Luas,
Baltazar Sete-Sóis. Haverá algo maior
do que o desejo de viver um amor
que não cede aos cansaços do tempo? “Ela ver a vontade de Baltazar e
a dizer: vem. É muito bonito. É cheio.
Não sei. Eu gosto muito.”
Há muitos livros nesta metade de
quarto — a fronteira com a metade
destinada à irmã marca-se com um
biombo, ao qual tantas vezes se encosta, de livro na mão. Lia apenas
literatura juvenil antes de entrar na
academia. Foi por influência de professores e colegas que começou a ler
literatura sem mais. E não vale procurar uma unidade nos títulos sobrepostos que não a que Gonçalo resume numa frase: “Gosto de livros que
me fazem pensar tocando-me.”
Também gosta de música. Gosta
de vozes fortes, como Amália Rodrigues, Edith Piaf, Jacques Brel. E gosta
de teatro, de cinema, de artes plásticas. Vê tudo o que pode. “Vou mais
ao teatro. Ao cinema vou menos do
que aos museus. Gosto de museus.
O cinema é caro. Quando não tenho
dinheiro, não vou. Fico a ler ou a ver
um filme em casa.”
Nas paredes, imagens, artesanato,
texto. E frases escritas a caneta, com
uma letra muito direitinha. “Tendo a
memória um impacte tão grande na
minha vida, o que está nas paredes
tem que ver com isso. Tenho uma
necessidade grande de me agarrar
às memórias, de não as deixar ir, de
as querer comigo.”
Não lhe chamem hipster (subcultura que tende a marcar a diferença
através do vestuário vintage, as combinações cromáticas controversas,
a aversão à cultura mais comercial),
que ele não gosta. Diz logo que não lê
para citar. Nem se veste de modo diferente para afirmar a sua diferença.
Fá-lo pelo apego às memórias — gosta
de usar roupas e calçado dos pais e
dos avós — e pela sensação de que é
só um miúdo, um miúdo demasiado
pequeno para as roupas que usa.
Entre os tesouros guardados no
quarto, duas bonecas. Uma está nova: “É muito parecida com a minha
melhor amiga — loura, cabelo supercomprido, olhos verdes gigantes. Tenho-a pela piada. É como se
ela estivesse sempre aqui.” A outra é
antiga. A mãe deu-lha às escondidas,
era ele pequenino. “A boneca parecia uma pessoa. Tinha a boneca e o
Action Man. Talvez isso tenha feito
de mim um rapaz mais sensível. Na
idade da minha irmã, lia Sophia de
Mello Breyner Andresen.”
Às vezes, há briga neste lugar de
intimidade limitada pela partilha.
“É o típico conflito de irmãos.” Uma
protesta: “Se o Gonçalo faz, por que
não posso fazer?!” O outro protesta:
Gonçalo divide o quarto com a irmã de 11 anos. A fronteira é traçada por
25,4%
dos adolescentes vêem
quatro ou mais horas
de televisão por dia
60,7%
vêem entre uma hora
e três horas de TV por dia
Fonte: Health Behaviour in SchoolAged Children/Portugal, OMS
“Ah! Quando tinha a idade dela não
me deixavas fazer isto!”
São muito diferentes, ao que diz
Gonçalo. “A minha irmã vê muita televisão. Passa muito tempo no computador. Eu sinto que alguém devia
ir lá desligar o televisor e dizer: ‘Já
chega! Há outras coisas na vida. Olha
o sol, que bonito!’ Irrita-me profundamente, nas festas de anos, vê-los
sentados a ver um filme ou a tirar
fotografias com a webcam. A sério! A
sério! Depois percebo que também
tive essa fase. Mas acho que tenho
personalidade, duvido, questiono,
e que ela não.”
Não, não sabia o que fazer da vida
naquela idade. Agora sabe — ou acha
que sabe. Na academia, descobriu
o gosto pela performance, pelo teatro. “Saio com vontade de marcar o
meu território, de afirmar as minhas
ideias, os meus ideais. Interessa-me
fazer um teatro que parta de mim
e de colegas meus, do nosso viver,
PÚBLICO, SEX 16 AGO 2013 | PORTUGAL | 13
“O espaço de consumo
é, sobretudo, um
espaço da construção
das comunidades
de gosto”
Claudino Ferreira
professor
DATO DARASELIA
Publicidade influencia menos do que recomendações dos amigos
O que dizem os estudos e os especialistas sobre temas que marcam
a adolescência? Hoje fala-se de consumos culturais
A
um biombo. Do seu lado, abudam os livros
da nossa experiência. Sinto que a
geração dos meus professores faz
um teatro que já não cumpre as necessidades da minha geração. Toca
em coisas completamente universais, mas falta qualquer coisa que
é muito de agora.” O quê? “É uma
subtileza.”
Muitos, na idade dele, estão a tentar entrar no ensino superior. Ele
não. Pelo menos por enquanto, não
vai por aí. Não fala em ser um rosto
conhecido, fala em ter lugar. “Interessa-me ter lugar, ter oportunidade
de fazer. Não é fácil começar a fazer
teatro aos 17, 18, 19, 20 anos. Temos
de ter alguém mais velho a dirigir. Se
eu disser ao António Capelo [actor,
encenador e director da ACE] que
quero fazer teatro sozinho, com os
meus amigos, ele vai dizer-me: ‘Estás todo tolo?!’ Vou errar muito, eu
sei, mas sinto que tem de ser. Para
chegar a algum lado, tem de ser.”
Chegar a algum lado nessa busca por
uma forma de expressão própria.
O estado da nação assusta-o, apesar desta vontade de desbravar.
“Isto está mesmo mal. Recebi uma
proposta para um festival em Lisboa.
Pagavam-me as despesas. Fui investigar. Era um festival apoiado por
partidos políticos. Não vou. Não me
interessa. Não quero mostrar o meu
trabalho com bandeirinhas atrás. Alguns colegas meus vão. Dizem que
temos de mostrar trabalho. Tenho
outros que vão a outro sítio e que não
vão ser pagos. A cultura é paga. Nós
também precisamos de viver. Não
podemos trabalhar só para mostrar
trabalho. Não nos podemos deixar
levar pelos abusos.” Tem esperança,
apesar de tudo. E esperança é combustível. “Acho que, se as pessoas
forem autênticas, se se afirmarem,
se forem fiéis aos valores que defendem, ainda por cima neste momento
particular, as coisas podem mudar
de direcção.”
oferta cultural é
heterogénea. Aquilo
de que usufruem os
adolescentes está
muito associado ao convívio.
“O espaço de consumo é,
sobretudo, um espaço da
construção das comunidades
de gosto”, diz Claudino Ferreira,
professor auxiliar da Faculdade
de Economia da Universidade
de Coimbra.
Ao longo das últimas décadas,
por todo o país, aumentou o
consumo de bens culturais e
recreativos. A idade, o género
e o orçamento disponível
condicionam os hábitos de cada
um. Na adolescência, o acesso
à cultura é também muito
determinado pelo que está
mais próximo. “A publicidade
é menos influente do que as
recomendações dos amigos”,
explica o investigador do Centro
de Estudos Sociais, dedicado às
práticas e políticas culturais.
A música marca a passagem
da infância para a adolescência.
As crianças tendem a ouvir
pouca música, os adolescentes
muita. E a identidade que se
forma não tem só que ver com o
que cada um ouve, mas também
com o que vem com isso — a
indumentária, a atitude, a forma
de estar no mundo.
Nos anos 1980, elucida o
sociólogo Pedro Quintela, “a
dificuldade de acesso gerava
uma ligação mais forte e
mais duradoura”. A indústria
discográfica decidia o que era
editado; e rádios, televisões,
revistas e jornais o que chegava
ao grande público. Havia toda
uma espera. “O consumo
era mais dilatado. Na era da
Internet, os ciclos são muito
curtos. E isso tem grande
impacte nas culturas juvenis.”
Não existe, explica a
socióloga Paula Guerra,
grandes condições para
fortes vinculações. Reina a
“fast music”, traduzível por
música rápida. Quer isto dizer
que vai faltando tempo para
a “idolatração comum na
adolescência”, que tende a
invadir as paredes dos quartos.
Reveladora parece-lhe ser “a
reacção das gerações mais
jovens a determinados hypes”.
Hype deriva de hipérbole,
significa promoção desmedida
— de uma pessoa, de uma
banda, de um estilo qualquer.
De repente, exemplifica
Pedro Quintela, da consultora
Quaternaire Portugal, há uma
série de sítios na Internet a falar
na mesma coisa. “Em seis meses,
pode haver um boom. O estilo
seca. Tem necessidade de se
renovar, porque deixou de ser
underground ou fresco.”
Os dois investigadores,
que fazem parte do projecto
Keep it simple, make it fast!
Prolegómenos e cenas
punk, um caminho para a
contemporaneidade portuguesa
(1977-2012), identificam a
mesma tendência para uma
relação supérflua com a música.
Hoje, um adolescente ouve
um estilo, veste-se de uma
maneira. Daqui a uns meses,
ouve outro estilo, veste-se de
outra maneira. A velocidade
com que tudo pode mudar
ajuda as famílias a aceitarem
os estilos mais extravagantes.
“Há 30 anos, era complicado
aparecer com um moicano, com
alfinetes”, torna Paula Guerra.
“Hoje, [um estilo destes] já não
gera uma reacção tão grande, já
é normal ser diferente.”
Não foi só o mundo que se
tornou mais diverso. As relações
familiares também se alteraram,
aponta Luís Fernandes,
professor auxiliar da Faculdade
de Psicologia e Ciências da
Educação da Universidade
do Porto. Tornaram-se menos
hierarquizadas, mais igualitárias.
O tempo da velocidade é
também, de certo modo, o da
desmaterialização. Ao estudálo, Paula Guerra percebe uma
espécie de resistência. Assistese “a um regresso ritual do
objecto físico” — do vinil, da
cassete, do cartucho. Encontrou
até indícios, num grupo muito
restrito, de “desacelaração do
consumo de música”.
“Há sempre uma visão
nostálgica”, corrobora Luís
Fernandes. E isso, diz Pedro
Quintela, nota-se de várias
formas. Um exemplo: até ao
início de 2000, havia muitas
fanzines editadas em suporte
de papel; a partir dessa data,
apareceram as e-fanzine.
Desde 2009, ressurge o papel.
Quando tudo parece escorrer
entre os dedos, as pessoas
querem “algo que seja único,
que possam agarrar”.
Ana Cristina Pereira
REUTERS/VIVEK PRAKASH
14 | LOCAL | PÚBLICO, SEX 16 AGO 2013
Visita a fábricas gera grande interesse
no município mais pequeno do país
Já se perspectiva a criação de uma rede nacional de turismo industrial a partir dos bons resultados de São
João da Madeira. Circuitos pelo Património Industrial no concelho já têm três mil clientes/mês e dão lucro
ADRIANO MIRANDA
Turismo
Sara Dias Oliveira
É a última visita deste Agosto. Teresa
Cardoso, educadora de infância de
Gondomar, sai da fábrica da Viarco,
em São João da Madeira. E sai satisfeita. “Muito surpreendida, não fazia
a mínima ideia de como se faziam
os lápis. Acompanhámos o processo
nesta fábrica-museu.” Ficou a pensar
nas palavras que ouviu ao gerente
da única fábrica que produz lápis no
país. “Lembrou-nos que por detrás
de um produto estão funcionários
com nomes, sublinhou o valor do trabalho, e mostrou-nos como visitar a
Viarco é regressar à nossa infância.”
Quem é que nunca teve um lápis feito aqui?
Em Fevereiro do ano passado, São
João da Madeira arrancou com um
roteiro turístico para mostrar o que
tem de melhor nos modestos oito quilómetros quadrados do concelho. Os
Circuitos pelo Património Industrial
nasceram para mostrar seis fábricas
em laboração e três instituições em
actividade. A Fepsa, líder mundial na
produção de feltros para chapéus,
a Cortadoria Nacional de Pêlo, que
transforma pêlos de animais em
matéria-prima para a chapelaria e o
vestuário, a Helsar, que faz sapatos
de senhora de alta qualidade, são
outras fábricas que abrem as portas
aos turistas. Tal como a Evereste, a
fábrica que produz os sapatos para
homem concebidos pelo estilista Miguel Vieira, ou a Heliotêxtil, que é
especialista em etiquetas de tecido.
Destes circuitos fazem ainda parte
o Museu da Chapelaria, o Centro de
Formação da Indústria do Calçado e
o Centro Tecnológico do Calçado de
Portugal. É o primeiro roteiro nacional organizado que propõe visitas a
empresas em plena laboração.
Conceição Silva também é educadora de infância, mas em Santa
Maria da Feira. Visitou a Viarco e
prepara-se para conhecer o Museu
da Chapelaria. “É uma óptima iniciativa, uma oportunidade única de
conhecermos processos industriais.
Penso que ninguém imagina que o lápis passa por tantas fases e que pode
demorar três meses até ficar pronto”,
comenta. Ficou com vontade de regressar com a sua escola. “A visita
sensibiliza-nos para a utilização que
damos ao lápis e para a importância
MANUEL ROBERTO
de usarmos produtos nacionais.”
Os Circuitos pelo Património Industrial chegaram a Junho com 17.475
visitas, quando no ano anterior, de
Fevereiro a Dezembro, esse número
rondou os 14 mil. Em meio ano, mais
visitas do que em 11 meses e uma média de 3000 visitas por mês. Além
disso, o projecto atingiu o equilíbrio
financeiro e o fiel da balança até pende ligeiramente para o lado dos proveitos: 15.392 euros de receita contra
15.108 euros de despesa.
“Desde o início do ano que os proveitos suplantam ligeiramente os custos e, portanto, o projecto não custa
dinheiro aos contribuintes”, nota o
presidente da Câmara de São João
da Madeira, Ricardo Figueiredo. Mas
não é esse o principal objectivo do
roteiro, que também foi criado para
colocar São João da Madeira no mapa
turístico nacional e melhorar a motivação e auto-estima de trabalhadores
e de empresas. Para Ricardo Figueiredo, este projecto vive por si só por
ADRIANO MIRANDA
Os lápis da
Viarco, os
sapatos da
Helsar e os
chapéus da
Fepsa são
algumas das
estrelas do
Património
Industrial
de São João
da Madeira
uma razão simples: tudo faz sentido.
“É a indústria que temos para mostrar em São João da Madeira. É um
produto realmente genuíno e mostrá-lo é prestar um serviço público.”
Se as receitas superam as despesas, a tabela de preços poderá ser reajustada, ou seja, os preços das visitas podem descer. Neste momento,
e conforme o número de visitantes
e escolha de sítios a ver, os valores
variam entre os dois e os dez euros
por pessoa.
Os maiores custos operacionais
prendem-se com os guias que receberam formação específica. Há uma
bolsa de 12 guias para as visitas às empresas em laboração, que rondam os
45 minutos, por entre trabalhadores
e maquinaria. Os guias fazem visitas
guiadas em várias línguas. Português,
inglês, francês, espanhol, italiano e
alemão são as possibilidades. A maioria dos clientes dos Circuitos chega
do Norte de Portugal, mas também
há turistas da Bélgica, Coreia do Sul,
França, Inglaterra, Suíça, e vários países da América do Sul. Mais de 80%
das visitas são de escolas, do 1.º ciclo
ao ensino superior. “Este projecto
tem uma vocação educativa e formativa muito interessante”, realça
o autarca.
A Viarco é a empresa mais procurada, com 6447 visitas no primeiro
semestre do ano, seguida do Museu
da Chapelaria, com 3459. Este roteiro turístico representou um investimento de 600 mil euros, comparticipados a 80% pelo programa ON.2
Novo Norte.
PÚBLICO, SEX 16 AGO 2013 | LOCAL | 15
Ex-Scut entraram no Verão
a perder em média mais
de 6700 viaturas por dia
17.475
pessoas visitaram de Janeiro
a Junho de 2013 os Circuitos
pelo Património Industrial
de São João da Madeira
Breves
Um roteiro prestes a abarcar
o Norte e Sul do país
São João da Madeira quer alargar a
oferta até ao final do ano e já está a
tratar disso. A lógica temática será
mantida. O circuito das etiquetas será reforçado com a entrada da Bulhosas, empresa especializada em
etiquetas de papel e autocolantes.
O roteiro terá ainda um circuito dedicado ao fabrico do colchão, com
as empresas Flexipol que produz
as espumas, Flexitex que fabrica os
tecidos e Molaflex que faz o produto final. E o Núcleo Museológico do
Calçado, que está em obra na cave
da torre da Oliva (reconvertida em
Oliva Creative Factory), também entrará em cena. “Não será um núcleo
museológico cristalizado no tempo.
Irá lembrar o passado, mas também
apresentar o presente e perspectivar
o futuro do calçado”, adianta Ricardo Figueiredo.
O projecto são-joanense não está
a passar despercebido no país. No
final do ano passado, foi criado um
grupo de trabalho, coordenado por
São João da Madeira, que prepara a
criação de uma rede de turismo industrial a nível nacional. A rota do
mármore está debaixo de olho, em
Vila Viçosa. O Museu Vista Alegre e
a Cencal – Centro de Formação Profissional para a Indústria Cerâmica,
com pólos nas Caldas da Rainha, Marinha Grande e Alcobaça, também
estão dentro do projecto.
Para já, São João da Madeira gos-
taria de ver o roteiro alargado a
concelhos vizinhos, para abranger
a indústria da cortiça de Santa Maria
da Feira e o sector dos moldes de Oliveira de Azeméis – municípios que,
aliás, fazem parte do grupo de trabalho. Hermínio Loureiro, presidente
da Câmara de Oliveira de Azeméis,
considera que faz todo o sentido “dar
escala ao projecto de uma forma concertada”. “A região do Entre Douro e
Vouga tem enormes potencialidades
nessa matéria”, garante. Só no seu
território, há muito para mostrar. O
autarca destaca o sector dos moldes,
a indústria alimentar do arroz, do
leite, manteiga e iogurtes, bem como a produção de panelas e tachos,
passando pelo berço vidreiro que já
ensina a fazer peças de vidro.
Teresa Vieira, vereadora do Turismo da Câmara da Feira, também está
atenta e já há contactos para incluir
fábricas de cortiça no roteiro industrial – até mesmo numa perspectiva
de potenciar o enoturismo. Mas não
só. A indústria do papel, com fábricas
em laboração, e o Museu do Papel
Terras Santa Maria estão já à porta do
projecto. Assim como a metalurgia,
com tradição na Feira. “Gostaríamos
de acrescentar a indústria de puericultura, algo pioneiro no concelho
e até mesmo no país”, revela Teresa
Vieira. Mas tudo “dependerá do interesse das próprias indústrias e das
características da produção”, diz.
Fiscalização
GNR vai estar atenta
a motos e não só
A GNR vai estar na estrada
entre hoje e domingo
para fiscalizar motociclos,
ciclomotores, triciclos e
quadriciclos, com 2223
militares a controlar
velocidade, nível de álcool
no sangue, uso de capacete,
entre outros aspectos.
Segundo a GNR, a operação,
que decorrerá em todo o
território nacional, vai centrarse sobretudo nas vias mais
utilizadas por este tipo de
veículos “e onde existe um
risco acrescido de acidente”.
Acidente
Despiste fez um
morto e um ferido
O despiste de um motociclo
na Estrada Municipal 607,
ocorrido ontem na freguesia
de Souro Pires, concelho
de Pinhel, causou a morte
do condutor do veículo e
ferimentos graves noutra
pessoa que seguia no lugar
do “pendura”, informou o
Comando-Geral da Guarda
Nacional Republicana. O
acidente ocorreu pelas 15h45,
numa recta, precisou a mesma
fonte, sem adiantar mais
informações.
Auto-estradas
As concessões Beira
Interior (A23), Interior
Norte (A24) e Beiras Litoral
e Alta (A25) foram aquelas
que mais utentes perderam
As ex-Scut entraram no Verão a perder mais de 6700 viaturas por dia,
indica o relatório do Instituto da
Mobilidade e dos Transportes (IMT)
sobre o movimento do segundo trimestre de 2013.
As sete antigas concessões sem
custos para o utilizador (Scut), portajadas entre Outubro de 2010 e Dezembro de 2011, registaram no total
uma quebra superior a 6700 viaturas
no tráfego médio diário (TMD) entre
Abril, Maio e Junho deste ano.
No primeiro trimestre, comparando com igual período de 2012, essas
quebras tinham rondado, contudo,
as dez mil viaturas por dia.
Em termos médios, nas sete exScut e nos três meses agora analisados, a quebra no TMD rondou os
8%, segundo cálculos com base no
relatório de tráfego na Rede Nacional
de Auto-Estradas (RNA). É que há um
ano, no total e neste mesmo período, estas vias foram utilizadas todos
os dias por 87.806 viaturas, número
que entre Abril e Junho de 2013 caiu
para 81.030.
As quebras diárias deste ano, face
ao segundo trimestre de 2012, foram
lideradas pelas concessões Beira Interior (A23), Interior Norte (A24) e
Beiras Litoral e Alta (A25), respectivamente com menos 1040 (-16,7%),
501 (-12,1%) e 1010 (-11,3%) viaturas
Via do Infante e A28 foram as
que perderam menos clientes
por dia, em média.
Já as concessões Costa de Prata
(Aveiro) e Grande Porto registaram
uma diminuição de tráfego de 7,8%
(menos 1581 viaturas por dia) e de
7% (menos 1480 viaturas por dia),
respectivamente.
Na Via do Infante (A22) e na A28,
entre Viana do Castelo e Porto (Norte Litoral), a quebra foi mais reduzida, respectivamente de 4,6% e 4,2%,
correspondente a menos 336 e 828
viaturas por dia, quando comparado
com o segundo trimestre de 2012.
Na globalidade das 15 concessões
nacionais (entre as quais as sete antigas Scut) avaliadas neste relatório,
os dados do IMT apontam para uma
quebra média, ponderada, de 4,4%
no TMD do segundo trimestre de
2013. As auto-estradas da rede Brisa registaram quebras de 3,3%, no
mesmo período. Lusa
PUBLICIDADE
Condicionamentos de Tráfego
CONCESSÃO DA GRANDE LISBOA | A16
Helder Guerra da
Veiga Pinto Camelo
Faleceu
A família participa o seu falecimento e que o funeral com missa de corpo presente se realiza hoje, sexta-feira, pelas 14,30 horas na Igreja de Cristo Rei,
onde se encontra depositado, seguindo depois para o cemitério de Agramonte. A missa de 7º dia, será rezada na próxima quinta-feira, dia 22, pelas
19 horas, na mesma Igreja.
Agência Funerária da Boavista– Servilusa
A Ascendi informa que serão implementados, no âmbito de trabalhos de manutenção e beneficiação, os seguintes
condicionamentos de tráfego:
NÓ DA CREL
19 de Agosto a 15 de Setembro - Serão efetuados, de modo faseado, cortes de via, mantendo-se todos os ramos,
entrada e saída, em funcionamento.
SUBLANÇO NÓ DO CACÉM-NÓ MIRA SINTRA
19 de Agosto a 30 de Outubro - Será efetuado um corte de via direita sentido Cacém-Mira Sintra, junto à área de
serviço.
A realização destas obras é da responsabilidade da Ascendi, que se encontra disponível para esclarecimentos
adicionais através da Linha de Assistência e Informação - 707 221 221.
Ciente de estar a trabalhar para a melhoria da qualidade de circulação, a Ascendi agradece desde já a compreensão
de todos os condutores para os incómodos que estes condicionamentos venham a causar.
www.ascendi.pt
16 | ECONOMIA | PÚBLICO, SEX 16 AGO 2013
Apoios do Proder ao sector agrícola
já somam 3900 milhões de euros
Programa de apoio ao desenvolvimento rural já assumiu compromissos com projectos que, no total,
representam um investimento de cerca de 6,7 mil milhões de euros para modernizar o sector
RUI GAUDÊNCIO
Agricultura
José Manuel Rocha
Depois de um ciclo de dificuldades que fez atrasar ou suspender
mesmo os pagamentos aos agricultores por causa das dificuldades financeiras do Estado, o plano
de apoio ao desenvolvimento rural
(Proder) regressou a um padrão de
normalidade e terminou o primeiro semestre deste ano com 32 mil
projectos aprovados que totalizam
um apoio público de 3,9 mil milhões
de euros.
Ao contrário das ajudas directas
às explorações, que chegam directamente dos cofres de Bruxelas e
que visam suportar o nível de rendimento dos agricultores, os apoios
do Proder têm como objectivo promover o investimento no sector e
manter a sustentabilidade do mundo rural, e vigoram num plano plurianual — neste caso, 2007/2013.
Mas enquanto as ajudas directas
não têm qualquer comparticipação
pública — o que chega de Bruxelas
é entregue por inteiro ao agricultor
—, no caso do Proder é, primeiro,
exigido que o candidato ao apoio
suporte uma parte do investimento e, depois, que o Estado assuma
também uma comparticipação percentual no projecto.
Por isso é que os 3,9 mil milhões
de euros de apoios públicos já contratados correspondem, globalmente, a um investimento total de 6,7
mil milhões de euros no quadro de
acções que estão previstas no programa.
Despesa quase esgotada
O último balanço divulgado pela
autoridade que gere o Proder mostra, aliás, que a despesa pública
programada para o período que
arrancou em 2007 e termina este
ano está praticamente esgotada. A
programação financeira do plano
apontava para um gasto público de
4,3 mil milhões de euros (verbas
europeias mais a comparticipação
do Estado), estando já assumidos
compromissos de 3,9 mil milhões
de euros.
Apesar da elevada taxa de celebração de compromissos, o nível de
pagamentos do Estado aos agricultores (a chamada taxa de execução)
é ainda de 66%. Ou seja, foram liqui-
dados cerca de 2,8 mil milhões de
euros, dos quais 2,3 mil milhões são
provenientes do fundo europeu de
apoio ao desenvolvimento rural.
Este relativo desfasamento entre a assunção de compromissos e
o seu pagamento é natural porque
as regras do plano implicam que
a libertação do apoio aconteça à
medida que o investimento é feito,
para evitar situações de fraude e garantir que o dinheiro é concedido
a um projecto que, de facto, está
a andar.
O Proder funciona na base de cinco eixos fundamentais de actuação.
O primeiro, e mais importante, é o
66%
Os valores pagos aos
agricultores estão perto
dos 3000 milhões de euros,
o que significa uma taxa
de execução de 66%
O regadio tem apoios específicos do programa de desenvolvimento rural
Proder
Níveis de execução trimestral, em %
Repartição dos apoios, em milhares euros
80
4.484.783
70
66
Promoção da competitividade
60
654.220
50
Dinamização
das zonas rurais
40
1.404.062
Total
6.767.265
30
20
Gestão sustentável
do espaço rural
145.285
Promoção do
conhecimento
10
0
78.915
DM J S DM J S DM J S DM J S DM J S DM J
2007
2008
Fonte: Proder
2009
2010
2011
2012
2013
Assistência
técnica
da promoção da competitividade do
sector e já tem comprometidos projectos que representam um investimento total (privado e público) de
cerca de 4,5 mil milhões de euros.
Neste eixo incluem-se investimentos na modernização e capacitação
das empresas, instalação de jovens
agricultores (quase 800 milhões de
euros), desenvolvimento do regadio, apoio à silvicultura e outros.
O segundo eixo em termos de importância é o da gestão sustentável
do espaço rural, em que se incluem
acções como a conservação e o melhoramento dos recursos genéticos,
a valorização ambiental dos espaços
florestais e o ordenamento e recuperação dos povoamentos rurais.
A dinamização das zonas rurais
é outro dos enfoques do Proder,
entrando aqui as acções que visam
a diversificação de actividades nas
explorações agrícolas, o desenvolvimento de actividades turísticas e de
lazer, serviços básicos para a população rural e implantação de redes
de banda larga no espaço agrícola.
Há ainda apoios para acções na
área da formação especializada,
cooperação para a inovação sectorial, serviços de apoio às explorações agrícolas e para a criação e
funcionamento de redes temáticas
de informação e divulgação.
PÚBLICO, SEX 16 AGO 2013 | ECONOMIA | 17
Breves
Redução nos dividendos
leva a corte no rating
da Portugal Telecom
Dados do PIB
fazem descer
juros
da dívida
ANTONIO BORGES
Mobiliário
Ikea alerta para
problema em camas
para crianças
A Ikea alertou ontem os
clientes de vários países, entre
eles Portugal, para um defeito
existente em dois modelos de
camas para crianças e pediu
para contactarem a empresa
para levantarem um kit de
reparação. A Ikea precisa
que os modelos se chamam
Kritter e Sniglar. Citada pela
AFP, Anna Pikrona Godden,
uma porta-voz do grupo, disse
que foram vendidas cerca
de 10.000 camas nos países
escandinavos, mas não há
ainda números relativamente a
outros países, como Portugal.
Informática
Cisco vai extinguir
quatro mil postos
de trabalho
A Cisco Systems, o maior
fabricante de tecnologia
de redes informáticas do
mundo, vai cortar 4000
postos de trabalho, cerca
de 5% da sua força laboral,
devido à incerteza do
ambiente económico
global, que pode afectar as
vendas dos seus produtos.
A recuperação depois da
crise “é mais contraditória e
inconsistente do que outras
que vi”, afirmou ontem o
presidente e conselheiro
delegado da empresa norteamericana, John Chambres,
em conferência telefónica
para análise de resultados
financeiros.
Mercado
Financiamento
Agência norte-americana
Fitch cortou a notação
de risco da operadora
portuguesa e manteve
o outlook negativo
Taxas no mercado
secundário estiveram
ontem em queda em todas
as maturidades, mas ainda
acima dos valores de Julho
A agência de notação financeira Fitch anunciou ontem que baixou o
rating da Portugal Telecom de BBB
para BBB- depois de a operadora
de telecomunicações ter anunciado corte dos dividendos para 2013
e 2014 e manteve o outlook negativo
para a companhia.
A PT, que apresentou resultados
semestrais na quarta-feira, anunciou
que no dia 13 de Agosto o conselho
de administração, liderado por Henrique Granadeiro, aprovou a alteração da sua política de remuneração
accionista para 2013 e 2014, cortando o dividendo de 32,5 cêntimos para dez cêntimos.
Em comunicado, ontem divulgado na sua página electrónica, a Fitch
adianta que a redução da notação
financeira tem em conta “as expectativas associadas aos dividendos da
PT, à evolução da Oi no Brasil, que
está actualmente em mudança, bem
como o tempo longo para repatriar
os dividendos da Unitel”.
A Fitch considera que o corte dos
dividendos em quase 70% “fornece
alguma compensação” e o “respeito
da administração” pelos interesses
de que quem detém obrigações, mas
isso é “insuficiente para travar a alavancagem da empresa.
A agência de rating aponta ainda
que o resultado doméstico antes de
impostos, juros, amortizações e depreciações (EBITDA) pode vir a cair
este ano, dado o contexto económico, embora acrescente que a PT tem
“uma forte liquidez”.
O lucro da PT subiu 130,7% no
primeiro semestre deste ano, face
a igual período de 2012, para 284
Os juros da dívida soberana de Portugal continuavam ontem a descer,
seguindo a tendência de terça-feira,
um dia depois do anúncio de que a
economia portuguesa cresceu 1,1%
no segundo trimestre face aos três
primeiro meses do ano.
Os juros da dívida soberana a dois
anos estavam a ser negociados nos
3,624%, abaixo dos 3,682% registados na terça-feira, embora ainda se
mantivessem acima dos valores registados antes da crise política (3,436%
a 1 de Julho).
Na maturidade a cinco anos, os
juros seguiam nos 5,816%, também
abaixo dos 5,854% da sessão anterior, mas a níveis superiores ao valor
prévio da crise do início de julho, de
5,211%. No período de turbulência
política criada pelo pedido de demissão de Paulo Portas, os juros a cinco
anos dispararam para 7,324% a 12 de
Julho, um máximo que não ocorria
desde Novembro de 2012.
Os juros da dívida a dez anos estavam também a aliviar dos valores de
terça-feira, nos 6,495%. Há dois dias,
a maturidade a dez anos estava a ser
negociada a 6,529%.
Os juros da dívida de Itália, Espanha e Grécia seguiam ontem a recuar
também face à sessão anterior.
Apesar de ter crescido 1,1% em cadeia, o PIB português manteve no segundo semestre um recuo de 2% face
ao mesmo período do ano passado. O
bom resultado do trimestre deve-se
a um aumento das exportações, das
vendas a retalho, a um crescimento
da actividade na indústria e agricultura e a uma queda menor no investimento. Lusa
A Fitch reconhece que a PT continua a ter “uma forte liquidez”
milhões de euros, com o resultado
líquido no segundo trimestre a avançar 280% para 257,3 milhões, acima
das expectativas dos analistas contactados pela Lusa.
Queda em bolsa
Ontem, os títulos da operadora caíram cerca de 2,5% na bolsa de Lisboa, após um recuo de 7% no dia em
que a Portugal Telecom divulgou os
resultados semestrais.
Apesar de também ter anunciado
um corte de dividendos, a brasileira
Oi, que é controlada pela PT, não
verá o seu rating ser mexido pela
Standard & Poor’s. Numa nota ontem divulgada, a agência de notação
de risco norte-americana sublinha
que, apesar de os resultados da operadora terem ficado abaixo das suas
expectativas, a Oi “está a implementar medidas que vão permitir o aumento da geração de cash-flow operacional nos próximos trimestres”.
A S&P considera a redução dos dividendos como “positiva” e acrescenta que esta medida vai melhorar
a flexibilidade financeira da empresa, permitindo resolver as necessidades de investimento e refinanciamento. PÚBLICO/Lusa
PUBLICIDADE
18 | ECONOMIA | PÚBLICO, SEX 16 AGO 2013
Centrais eléctricas a carvão em risco
devido à falta de financiamento
As grandes potências mundiais decidiram reduzir o apoio a este tipo de projectos em nome do combate
ao aquecimento global e o capital privado não irá compensar este abandono
Energia
Mark Drajem
Para combater o aquecimento global,
os países mais ricos do mundo estão
a cortar no apoio governamental à
construção de novas centrais eléctricas a carvão nos países em desenvolvimento, desferindo um duro golpe
na principal fonte de electricidade
mundial.
Primeiro foi o Presidente Obama
a garantir, em Junho, que o Governo norte-americano iria deixar de
financiar centrais a carvão noutros
países através do Banco de Exportação e Importação (Exim) dos Estados
Unidos. Seguiu-se o Banco Mundial
e, depois, o Banco de Investimento
Europeu, instituições que injectaram
mais de 10 mil milhões de dólares
em iniciativas do género nos últimos
cinco anos.
“Este recuo significa menos capital
para estes projectos”, disse numa entrevista Richard Caperton, director
executivo para a Energia do Centro
para o Progresso Americano, em
Washington. “E não prevejo que o
capital privado avance e preencha
este vazio, porque o risco de estas
unidades virem a ser desactivadas
dentro de pouco tempo é grande.”
A procura de carvão nos países em
desenvolvimento adquiriu maior importância quando factores como a
regulamentação ambiental mais rígida nos EUA, a utilização crescente de
energias renováveis e uma redução
no preço do gás natural se conjugaram para levar empresas públicas a
fechar centrais a carvão.
Dos três financiadores com apoios
governamentais, o Banco Mundial
emprestou 6,26 mil milhões de dólares para projectos relacionados
com carvão nos últimos cinco anos,
segundo dados da organização Oil
Change International. O Banco Exim
aplicou mais de 1,4 mil milhões de
dólares em dois destes projectos, um
na África do Sul e outro na Índia.
Embora seja pouco provável que
tenha impacto directo na China, o
maior utilizador mundial de carvão,
este recuo poderá travar a construção de novas unidades em países
como a África do Sul e o Vietname
e fazer contrair novos mercados de
exportação para o carvão minerado nos Estados Unidos, Indonésia
e Austrália por empresas como a
Peabody Energy ou a Alpha Natural
Resources.
“A ideia de que o carvão não é
aceitável nunca foi tão forte como
agora”, comentou numa entrevista
Justin Guay, responsável pelo programa climático internacional Sierra
Club. “É como uma bola de neve a
rebolar montanha abaixo.”
Grupos ambientais como o Sierra
Club combatem as centrais e as minas de carvão porque, entre os principais combustíveis, este é o que liberta
mais dióxido de carbono por unidade
de energia. Os cientistas afirmam que
as emissões de carbono são responsáveis pela elevação das temperaturas
no planeta, fazendo aumentar o número e a intensidade das tempestades e derreter o gelo polar.
Por seu lado, os defensores desta
fonte de combustível dizem que se
trata de um processo barato de os
países pobres fornecerem luz, refrigeração e ar condicionado aos seus
povos.
Esta inflexão anticarvão por parte dos financiadores “faz-nos virar
as costas a milhões de pessoas que
não têm electricidade e opta por
não as ajudar a conseguir uma vida
melhor”, afirmou Nancy Gravatt,
porta-voz da National Mining Association, de Washington, que representa produtores como a Alpha e a
Arch Coal Inc.
Os analistas estão divididos quanto
à procura global de carvão a longo
prazo. Num relatório datado de 25
de Julho, a US Energy Information
Administration (EIA) previu que
o consumo mundial de carvão sofrerá em 2040 um aumento de um
terço, para mais de 200 mil biliões
de unidades termais britânicas por
ano, em resultado da sua utilização
crescente por parte dos países em
desenvolvimento.
O corte no financiamento não está a provocar uma reavaliação dessa
previsão, disse Greg Adams, chefe
da equipa do carvão da EIA. “A capacidade que vai ser afectada será
limitada”, acrescentou.
Gregory Boyce, CEO da Peabody,
a maior produtora de carvão norteamericana, notou que o consumo do
minério pela Alemanha e pelo Japão
está a aumentar, devido à redução na
utilização da energia nuclear.
“As importações da China e da Índia aumentaram desde Janeiro e deverão crescer 15 por cento este ano,
DAVID GRAY/REUTERS
produtor mundial, depois da China,
seguindo-se-lhe a Índia, a Austrália
e a Indonésia. A China é simultaneamente o maior importador e o Japão
é o segundo, de acordo com a Associação Mundial do Carvão.
Segundo um estudo do Instituto
de Recursos Mundiais (IRM), estão
projectadas 1200 unidades alimentadas a carvão a nível global, mais
de três quartos das quais localizadas
na Índia e na China. Se todas forem
construídas, o que o IRM considera
improvável, a capacidade existente
aumentará em mais de 80%.
A China pode financiar sozinha os
seus projectos e a Índia só recorreu
a financiamento externo nalguns casos. Consequentemente, as alterações recentes deverão afectar outros
países de África e da Ásia que não
têm o mesmo acesso ao crédito. Cada grupo disse que, nalguns casos,
10
Os Estados Unidos, a Europa
e o Banco Mundial injectaram no
sector de geração de energia a
carvão 10 mil milhões de dólares
nos últimos cinco anos
Consequências vão sentir-se especialmente nos países mais pobres
para novos níveis-recorde, pois a tendência para urbanizar, industrializar
e electrificar mantém-se”, afirmou
Boyce numa video-conferência com
analistas a 23 de Julho.
Já a Goldman Sachs Group Inc. tem
uma perspectiva menos optimista.
“Julgamos que a actual posição dominante do carvão térmico na combinação de combustíveis sofrerá uma
erosão gradual”, escreveu Christian
Lelong, analista da Goldman Sachs
na Austrália, num relatório datado
de 24 de Julho. “A maior parte dos
projectos de crescimento baseados
em carvão térmico terão dificuldades em obter um retorno positivo.”
Segundo a EIA, o carvão gera
actualmente 40% da electricidade
mundial e a sua utilização cresceu
mais de 50% na última década. Os
Estados Unidos são o segundo maior
irá continuar a financiar o carvão, e
os activistas estão preocupados com
essas excepções.
“Essas três iniciativas ainda têm
de ser concretizadas”, disse numa
entrevista Doug Norlen, o director de
estratégia da organização Pacific Environment, que luta contra este tipo
de projectos baseados em combustíveis fósseis. “Serão passos enormes,
se devidamente implementados.”
Contudo, essa implementação
continua a ser uma questão em
aberto. Por exemplo, como parte
do plano de acção climático de Obama, divulgado em 25 de Junho, os
Estados Unidos comprometeram-se
a deixar de financiar centrais eléctricas a carvão, excepto se estas se
localizassem nos países mais pobres
ou possuíssem tecnologia de captura de carbono, que é dispendiosa.
O Banco de Exportação e Importação dos Estados Unidos está agora a
desenvolver os procedimentos com
vista à execução dessa política, e a
sua administração irá decidir essas
alterações nas próximas semanas,
tendo rejeitado um pedido de finan-
PÚBLICO, SEX 16 AGO 2013 | ECONOMIA | 19
WIN MCNAMEE/AFP
Bolsas
ciamento de uma central a carvão
no Vietname, o único do género que
estava pendente, apenas três semanas depois do anúncio de Obama.
Na semana passada, o grupo de
Norlen e outros ambientalistas interpuseram uma acção judicial contra o Exim, para tentar bloquear os
seus financiamentos à exportação
de carvão, apoios que são distintos
da mudança de política anunciada
por Obama.
O Banco de Investimento Europeu
definiu um padrão de desempenho
de emissões destinado a evitar que
sejam feitos empréstimos para novas unidades alimentadas a carvão a
menos que estas também queimem
biomassa. E o Banco Europeu de Reconstrução e Desenvolvimento está
igualmente a ser pressionado para
limitar os seus apoios.
Mas, mesmo depois de o Banco
Mundial ter dito que iria ajudar os
países a fazer a transição do carvão
para gás natural ou renováveis, está
ainda a analisar o apoio a um projecto a carvão no Kosovo.
Existe também a possibilidade de
outros financiadores, em particular
agências de crédito à exportação japonesas ou chinesas, entrarem em
cena e substituírem o Banco Mundial, os Estados Unidos e a Europa.
O Banco para a Cooperação Internacional japonês, a instituição do país
para o financiamento à exportação,
já disponibilizou mais de 10 mil
milhões de dólares para projectos
de outros países baseados no carvão — mais do que qualquer outro
país, segundo o relatório do IRM.
E, agora, a China, que quer exportar tecnologia para centrais a carvão,
também pode reforçar o seu apoio,
informou Ailun Yang, autora do referido relatório.
“Preocupa-nos realmente” que
“uma parte do vazio de financiamento para centrais a carvão seja
simplesmente preenchido pelos bancos chineses”, disse. Com Sandrine
Rastello/Bloomberg News
O DIA NOS MERCADOS
Dinheiro, activos e dívida
Diário de bolsa
Divisas Valor por euro
Portugal PSI20
Euro/Dólar
1,3263
6400
Euro/Libra
0,8511
6050
Aguardam-se novidades de Ben Bernanke já em Setembro
Euro/Iene
129,73
5700
Pedidos de subsídio
de desemprego
em queda nos EUA
Euro/Real
3,1005
5350
1,2381
5000
Trabalho
José Manuel Rocha
O registo caiu para o mais
baixo nível em seis anos,
abrindo as portas a uma
redução do programa de
estímulo económico da Fed
As bolsas norte-americanas e europeias voltaram ontem a fechar em
baixa com o acentuar dos receios
de que, já em Setembro, a Reserva
Federal (Fed) dos Estados Unidos
poderá começar a meter o travão no
chamado programa de quantitative
easing, que todos os meses injecta
na economia 85 mil milhões de dólares através da compra de títulos
de dívida.
O acentuar os receios dos investidores resulta da divulgação de dados que evidenciam uma evolução
mais favorável do mercado laboral
da maior economia do mundo.
Segundo o Departamento do Trabalho norte-americano, na última
semana, o número de pessoas que
requisitaram subsídio de desemprego caiu para o mais baixo nível em
seis anos. Também o índice de preços no consumidor ganhou algum
alento, afastando os receios de um
recuo para níveis que geram preocupação.
Os responsáveis da Reserva Federal e, em especial, o seu presidente,
Ben Bernanke, têm passado a mensagem de que o programa quantitative easing só seria abandonado ou,
pelo menos, reduzido quando houvesse dados que garantissem uma
recuperação sustentável do mercado de trabalho sem prejudicar um
nível confortável de inflação.
Ora, parece que esse quadro começa a ganhar forma, levando os
analistas a cada vez acreditarem
mais que, já no próximo mês, o comité de política monetária da Fed
poderá avançar novidades substanciais.
Os dados divulgados ontem pelo
Departamento do Trabalho não deixam lugar a dúvidas. O número de
pedidos de subsídio de desemprego
na semana passada caiu 15.000, para 320.000, o que constitui o nível
mais baixo desde Outubro de 2007.
Economistas ouvidos pela agência
Bloomberg apontavam para um registo de 335.000.
Euro/Franco Suíço
Últimos 3 meses
Acções
Taxas de juro
Euribor 3 meses
0,226%
PSI20
-0,17%
Euribor 6 meses
0,342%
Euro Stoxx 50
-0,57%
Dow Jones
-1,42%
Euribor 6 meses
Variação dos índices face à sessão anterior
Melhores
Variação
0,3325
Banif
0,3150
Semapa
2,37%
0,2975
EDP Renováveis
1,85%
0,2800
9,091%
Últimos 3 meses
Piores
Variação
Mercadorias
Sonae
-2,94%
Mota Engil
-2,18%
PT
-1,81%
113,62
Petróleo
1349,91
Ouro
Preço do barril de petróleo e da onça, em dólares
PSI-20
Nome da Empresa
Var%
Última Sessão
Volume
Abertura
Máximo
Mínimo
6051,17 219722885 6024,80
Fecho
PSI 20
-0,17
ALTRI SGPS
-0,31
1,91
BANIF
Performance (%)
5 dias
2013
6116,41
5992,52
111083
1,90
1,93
1,90
-0,21 20,21
5,96
7,00
-8,33 -91,78
9,091
0,01
16191112
0,01
0,01
0,01
BANCO BPI
-1,15
1,03
2068928
1,04
1,07
1,02
8,06
BCP
0,93
0,11 152208666
0,11
0,11
0,11
12,63 44,00
BES
0,56
0,90
28833667
0,88
0,92
0,86 18,93
COFINA SGPS
0,22
0,46
52369
0,45
0,46
0,45
EDP
9,65
0,22
2,01 -22,24
0,15
2,72
4423334
2,70
2,72
2,70
EDP RENOVÁVEIS 1,85
3,92
448689
3,82
3,92
3,82
0,89
1,76 18,65
ES FINANCIAL
-0,06
5,24
11214
5,21
5,24
5,21
-0,21 -0,83
GALP ENERGIA
-0,71
12,63
1015897
12,73
12,78
12,60
2,33
7,40
J MARTINS SGPS 0,26
15,60
956049
15,57
15,87
15,51
9,19
6,85
-1,95
MOTA ENGIL
-2,18
2,74
217100
2,80
2,80
2,70
3,90 74,60
PT
-1,81
2,88
9740264
2,93
2,95
2,85
1,88 -23,26
-1,1
2,61
100463
2,61
2,65
2,61
1,27
14,47
REN
-0,5
2,19
49630
2,19
2,20
2,18
1,80
6,57
SEMAPA
2,37
6,86
52578
6,65
6,89
6,64
3,55 20,54
PORTUCEL
SONAECOM SGPS -0,45
1,76
341671
1,77
1,78
1,76
1,37
18,97
SONAE INDÚSTRIA0,81
0,50
190592
0,50
0,51
0,50
7,83
2,25
SONAE
-2,94
0,86
2115534
0,87
0,88
0,85
12,76 24,89
ZON MULTIMÉDIA -1,06
4,47
594045
4,50
4,55
4,43
4,65 50,57
PUBLICIDADE
20 | MUNDO | PÚBLICO, SEX 16 AGO 2013
Obama avisa que cooperação não pode
continuar com civis mortos na rua
Islamistas retomaram ontem os
protestos, apesar do recolher obrigatório
e da garantia do Governo de que não
serão toleradas mais concentrações
“em lado nenhum do país”
Egipto
Rita Siza
O Presidente dos Estados Unidos,
Barack Obama, respondeu ontem à
escalada da violência no Egipto com
o cancelamento dos exercícios militares conjuntos marcados para Setembro na região do Sinai, e o anúncio da
revisão da cooperação militar com o
país, que ascende aos 1,3 mil milhões
de dólares anuais. “Queremos manter o relacionamento com o Egipto,
mas a nossa cooperação não pode
continuar como de costume quando
civis estão a ser mortos na rua”, justificou Obama, referindo-se à sangrenta operação militar para o desmantelamento de dois acampamentos de
apoiantes do Presidente deposto,
Mohamed Morsi, no Cairo, que terá
feito cerca de 700 mortos.
Pelo seu lado, os apoiantes da Irmandade Muçulmana reagiram ao
“massacre” da véspera com um novo
desafio ao governo: apesar de a sua
liderança ter ficado desfeita — dois
dirigentes foram atingidos a tiro e
outros poderão ter sido detidos no
assalto à mesquita de Rabaa al-Adawiya, em Nasr City —, os islamistas
convocaram a sua gente para a rua.
Centenas marcharam nos bairros de
Maadi e Mohandiseen, Mada Masr,
indiferentes ao aviso do ministro do
Interior de que “o Egipto não permitirá mais acampamentos e concentrações” e à autorização para o uso de
munições verdadeiras pela polícia.
“Vamos continuar até pôr fim ao golpe militar e restaurar a legitimidade
constitucional”, prometeu o portavoz Gehad El-Haddad.
Mas apesar de o apelo à mobilização reforçar a necessidade de
manter os protestos pacíficos, a
violência irrompeu no Cairo e em
Alexandria, com o incêndio de edifícios governamentais. Na limpeza
dos acampamentos arrasados pelo
Exército, nos hospitais e morgues
onde acorreram centenas de famílias, e nos muitos funerais de vítimas da já chamada “Quarta-feira
Negra”, era palpável o descontrolo
das multidões, com alguns islamistas a defenderem o recurso a “méto-
dos mais agressivos” de resistência.
“Depois de todas as mortes, todos
os golpes e prisões que tivemos de
enfrentar, está a ser difícil persuadir
os nossos membros a manterem a
calma. As emoções estão à flor da pele. É um problema quando as pessoas, enfurecidas pela morte dos seus
familiares, começam a fazer as suas
próprias mobilizações”, admitiu Haddad, contactado pela Reuters. “O
que aconteceu nestes dias já ultrapassa Morsi: agora o que temos de
decidir nas ruas é se estamos ou não
dispostos a aceitar uma nova tirania
militar no Egipto”, explicou.
Ponto de viragem
Os desenvolvimentos de ontem aumentaram a pressão sobre o governo
interino, que na iminência de perder
o controlo da situação na quarta-feira
recorreu às medidas extraordinárias
do antigo regime de Hosni Mubarak,
instaurando o estado de emergência
e decretando o recolher obrigatório
em 11 províncias, incluindo o Cairo.
Horas depois, eram anunciadas as
detenções de 83 indivíduos, acusados de terrorismo e homicídio — o
regime excepcional atribui à polícia
e ao Exército o poder de determinar
a prisão por tempo indeterminado
de qualquer pessoa que seja considerada uma ameaça à segurança do
Estado.
Para Juan Cole, professor de História da Universidade do Michigan e
reconhecido especialista em questões do Médio Oriente, a ordem para
arrasar os dois redutos islamistas do
Cairo e a rápida sucessão de medidas
autocráticas marcam um ponto de
viragem no processo político pósrevolucionário do Egipto: os acontecimentos determinam o regresso
do poder às mãos dos militares, mesmo se existe um Presidente interino
civil, Adly Mansour, e um governo de
transição a gerir o país até à realização de eleições legislativas.
Na sua conta de Twitter, o jornalista da BBC Paul Danahar, autor do
livro O Novo Médio Oriente, exprimia
a mesma ideia, argumentando que,
com “o estado de emergência em vigor, o Estado a atacar civis impunemente e um general à frente do país”,
Na mesquita de Al-Eyman, um quartel-general da Irmandade Muçulmana, havia cerca de 200 corpos
ONU reúne-se de emergência
Pedido inquérito à actuação da polícia no Cairo
O Conselho de Segurança da
Organização das Nações Unidas
reuniu-se ontem de emergência
para discutir a situação no
Egipto. O encontro, que foi
pedido pela França, Reino Unido
e Austrália, foi agendado para as
17h30 em Nova Iorque (22h30
hora portuguesa) e decorreu à
porta fechada.
A alta-comissária para os
Direitos Humanos da ONU,
Navi Pillay, pediu ontem a
abertura de uma investigação
“independente, imparcial e
credível” à conduta das forças
de segurança do Egipto durante
a operação para o despejo dos
manifestantes concentrados
nas imediações da mesquita de
Ranaa al-Adawiya, no subúrbio
de Nasr City. “As forças de
segurança do Egipto estão
enquadradas pela lei, e têm de
agir no estrito respeito pelos
direitos humanos, que incluem o
direito à liberdade de expressão
e assembleia”, observou.
o Egipto viajou no tempo para o dia
24 de Janeiro de 2011, a véspera da
revolução na Praça Tahrir”.
“O poder pertence efectivamente
a Abdul-Fattah al-Sissi e à junta militar”, afirma Juan Cole, que especula
que a operação de quarta-feira poderá ter sido planeada para “acabar definitivamente com a participação da
Irmandade Muçulmana no processo
político”. Talvez até “com a expectativa de que os irmãos se virem para
o terrorismo, dando aos generais o
pretexto para a sua destruição”.
Robert Fisk, o premiado correspondente britânico sediado em Beirute, escreveu que os erros dos islamistas no governo os atiraram outra
vez para o caminho da “clandestinidade, das detenções à meia-noite, da
tortura e do martírio”.“Esse tem sido
PÚBLICO, SEX 16 AGO 2013 | MUNDO | 21
MAHMOUD KHALED/AFP
O QUE ELES DIZEM
“O Governo português
condena com firmeza
a violência, lamenta
profundamente a perda
de vidas humanas e
apresenta condolências
às famílias enlutadas”
MNE de Portugal
Comunicado oficial
“Algo morreu no Egipto.
O que expirou foi a ideia
de que o Egipto era a mãe
da nação árabe, o ideal
nacionalista, a pureza
da história na qual o
Egipto via todos os seus
povos como seus filhos.
Porque as vítimas que
eram da Irmandade, tal
como os polícias e os
apoiantes do governo
interino, são filhos do
Egipto. Mas ninguém o
disse. Tornaram-se os
terroristas, os inimigos
do povo. Essa é a nova
herança do Egipto”
Robert Fisk
Jornalista
o papel histórico da Irmandade, e o
retorno a essa condição sugere dois
desfechos possíveis: será extinta com
violência, ou num futuro distante
conseguirá instalar uma autocracia
islamista”, estima.
ElBaradei sozinho
O governo interino remeteu-se ao
silêncio após uma curta declaração
ao país do primeiro-ministro, Hazem el-Beblawi, que lamentou as
fatalidades das operações militares no Cairo e repetiu que as forças
de segurança não tolerariam mais
provocações à autoridade do Estado. O líder do executivo de transição recordou que os manifestantes
receberam vários avisos e estavam
conscientes de que as autoridades
avançariam se não desmobilizassem
voluntariamente. Lembrou ainda
que a Irmandade Muçulmana recusara participar num diálogo para
pôr fim à crise política.
Os restantes actores políticos do
país mantêm o apoio ao governo e ao
Exército. A Frente de Salvação Nacional, coligação liberal de oposição a
Morsi liderada pelo antigo diplomata
da ONU e prémio Nobel da Paz Mohamed ElBaradei, demarcou-se da sua
demissão do cargo de vice-presidente
com responsabilidade pelas relações
internacionais. Também os jovens
do movimento Tamarod, impulsionadores dos protestos que levaram
à deposição do Presidente islamista,
censuraram a atitude de ElBaradei,
que saiu por não suportar “arcar com
a responsabilidade de mais uma gota
de sangue derramado”.
“Todos subestimámos
os problemas e os riscos
inerentes do que foi
libertado há dois anos
e meio [com a revolução
que derrubou Hosni
Mubarak]”
É difícil aumentar a pressão
sobre os militares
Rita Siza
“A América não pode determinar o
futuro do Egipto, só os egípcios podem fazer isso”, insistiu ontem o Presidente dos Estados Unidos, Barack
Obama, que, como muitos dos seus
aliados ocidentais, ficou constrangido
pelas circunstâncias nas suas declarações sobre os acontecimentos no
Cairo. “Não tomamos partido”, justificou Obama, que foi muito criticado
pela recusa em censurar a deposição
do Presidente Mohamed Morsi ou denunciar a tomada do poder pelos militares como um golpe de Estado.
Ontem, Obama ainda manteve um
q.b. de ambiguidade no seu discurso,
mas já deixou o poderoso Exército
egípcio de sobreaviso: a sua decisão
de suspender os exercícios militares
conjuntos, que se desenrolam desde
1981, não tem qualquer impacto na
capacidade militar do país, mas não
deixa de ser um sinal de que os EUA
estão dispostos a ir além da condenação retórica e a tomar medidas concretas se, como exigiu o Presidente,
o “perigoso caminho” que está a ser
seguido não for invertido.
A Casa Branca não falou em cortar
e muito menos em acabar com o seu
programa de apoio ao Egipto, que
por ano vale mais de 1,3 mil milhões
de dólares em assistência económica e militar (sobretudo armamento).
O Egipto tem sido um cliente e um
aliado nos EUA, um garante da ma-
nutenção de paz. Para além de Israel,
o Egipto é o segundo maior beneficiário de ajuda militar norte-americana
(68 mil milhões de dólares anuais).
No entanto, se não comprar armas
aos EUA, a Rússia ou a China poderão
eventualmente substituí-los.
Mas Obama disse com todas as letras que, depois do que se passou no
Cairo, “a cooperação não pode continuar como de costume” — espera-se
que a mera perspectiva de revisão
dos termos do acordo seja suficiente
para refrear as chefias militares e dos
governantes do Cairo.
A dificuldade, e até mesmo a impotência da comunidade internacional
para influenciar os acontecimentos
no Egipto ou sequer pressionar o novo governo nomeado pelo Exército,
foi assinalada por diversos analistas e
comentadores. Nesse sentido, a intervenção de ontem de Obama poderá
“desbloquear” a tomada de decisões
semelhantes por outros governos: o
Governo do Reino Unido admitiu ontem que estava a equacionar suspender a ajuda ao Egipto.
“O Ocidente tem de encontrar uma
forma calibrada de suspender a ajuda
financeira e os benefícios económicos que torne óbvio para a classe não
política do Egipto, como a comunidade empresarial, que o país pagará
um preço muito elevado se aceitar o
actual estado de coisas”, considerou
Daniel Levy, do Conselho Europeu
de Relações Internacionais, um think
tank europeu.
ASMAA WAGUIH/REUTERS
Carl Bildtt
MNE da Suécia
O Egipto é o segundo maior beneficiário de ajuda militar dos EUA
22 | MUNDO | PÚBLICO, SEX 16 AGO 2013
Coronel Ibis é retirado da Academia da
Polícia Militar, mas vê bem nova missão
Até fim do ano, haverá uma mudança na polícia que está nas ruas do Rio de Janeiro, garante o coronel Ibis.
O comando acaba de o tirar da direcção da Academia. Ele encara com optimismo a mudança para o QG
O Brasil na rua (5)
Alexandra Lucas Coelho,
Rio de Janeiro
O coronel Ibis Silva Pereira tem
uma visão positiva dos próximos
tempos no Rio de Janeiro: “Eu
ousaria dizer que, até ao ano que
vem, vamos assistir a uma grande
transformação na polícia, te
garanto, pode me cobrar.” Soube
há 48 horas que, a 23 de Agosto,
deixará a direcção da Academia de
Polícia Militar (PM), onde liderava
uma formação inovadora, e irá
coordenar a Direcção de Ensino da
PM, no Quartel-General (QG), como
subdirector. Uma surpresa, para ele
e para os alunos, mas que Ibis está
a encarar como “promoção”.
Esta conversa ao telefone
aconteceu ontem à tarde. De
manhã, saíra no PÚBLICO o
texto sobre a visão de Ibis como
formador da nova polícia do Rio.
Logo depois, a repórter recebia a
informação de que o coronel fora
retirado do cargo na terça-feira,
dia em que estreava na academia
um inédito ciclo de palestras com
12 pensadores convidados pelo
curador Adauto Novaes, e proposto
pela FLUPP (festa literária nas
favelas com UPP, Unidades de
Polícia Pacificadora).
A notícia de que Ibis fora
chamado ao QG correu entre os
oficiais e praças que ouviam o
filósofo francês Francis Wolff, na
primeira palestra. O ambiente era
de apreensão, conta ao PÚBLICO
Júlio Ludemir, da FLUPP. “Percebi
que a resposta à palestra não
fora tão participada. Quando
perguntei porquê ao coronel Ibis,
ele respondeu que todos estavam
sabendo que ele iria ao QG,
que quando se vai ao QG é para
subir ou descer, e que todos os
cargos acima dele já tinham sido
preenchidos pelo novo comando.”
Há 10 dias, no meio de múltiplas
críticas à acção da polícia, foi
nomeado um novo comandantegeral da PM no Rio de Janeiro, o
coronel José Luís Castro Menezes.
Quarta à noite, quando Ludemir
conseguiu falar com Ibis para saber
o que acontecera no QG, ele estava
“abatido” com o afastamento da
academia: “Mas o tempo inteiro
preocupado em garantir o ciclo
de palestras, garantindo que o
sucessor era um seu amigo de
escola e que iria trabalhar [na
Direcção de Ensino] com uma
pessoa por quem tem imenso
respeito.”
Ontem, quando o PÚBLICO falou
com o coronel, Ibis confirmou
que lhe custará o afastamento.
“Confesso que demorou a cair a
ficha [tomar consciência]. Tenho
uma ligação muito afectuosa
com os meus alunos. Acredito
numa pedagogia do amor. Cuido
daqueles meninos como se fossem
meus filhos, então o meu coração
ficou estremecido. Senti como um
pai que se vai separar dos filhos.”
Mas quando a ficha caiu, a sua
conclusão foi: “É uma chance
que o comando está dando de a
gente transformar a polícia militar,
implementar esse processo de
pacificação [nas favelas].”
O que ouviu no QG?: “Que o meu
trabalho era muito reconhecido e
me convidavam para a Direcção
de Ensino. Como é a cúpula nessa
área, eu não estava preparado,
não esperava um convite tão
honroso.” Será subdirector do
coronel Antonio Carballo, oficial
com quem tem “uma afinidade
há 30 anos”. Em suma, crê que a
sua visão para uma nova polícia
será reforçada? “Sem dúvida.
E a sociedade vai verificar isso
concretamente nas ruas. Pensamos
ampliar a formação actuando na
cultura policial: os símbolos, o
ideário, repensar o próprio papel
da instituição.”
Não teme que estar no QG o
afaste do terreno? “Não. Nunca
me afasto da sala de aula. Serei
um subdirector muito presente na
academia.” Onde o novo director
será outro parceiro seu, o coronel
Cristiano Gaspar. “É um dos oficiais
mais brilhantes que conheço, há
28 anos, um dos grandes amigos
que tenho, formado em Direito,
espírito democrático, brilhante
orador, um intelectual. Na quartafeira, vou apresentá-lo ao Adauto,
ao pessoal da FLUPP. A escola não
vai perder com a minha saída. É só
a questão dos afectos.”
O ciclo de pensadores “é um
compromisso da instituição”, o
próprio comando o encarregou de
continuar à frente desse projecto,
até Outubro. “A intelectualidade
AFP/CHRISTOPHE SIMON
Agente do BOPE, a tropa de elite da Polícia Militar, que está em ascenção naquela força
PÚBLICO, SEX 16 AGO 2013 | MUNDO | 23
YUYA SHINO/REUTERS
dentro da polícia é uma coisa que
a gente precisa de espalhar.” E no
novo cargo terá outra amplitude:
“Dialogamos com as direcções de
ensino de outros estados.” Em
Dezembro sai para a rua a primeira
leva de 167 oficiais formados
por ele, “com um currículo que
já dialoga com uma filosofia de
polícia de proximidade”.
Entretanto, Ibis continuará a ser
o presidente do inquérito sobre as
nove pessoas mortas pelo BOPE
(tropa de elite da PM) na favela da
Maré durante as manifestações de
Junho.
A ascensão do BOPE
Nas movimentações que neste
momento acontecem dentro da
PM, o antropólogo Luiz Eduardo
Soares, grande conhecedor de
segurança pública, alerta para
o “deslocamento de oficiais do
BOPE para posições-chave na nova
estrutura”. Esse é um dos factores
que o levam a ter “cepticismo”.
Outro é “o deslocamento de um
ex-porta-voz, o coronel Frederico
Caldas, para uma posição central,
a de comandante das UPP”.
Este antropólogo vê-o como
“uma figura identificada com a
instituição, incapaz de palavras
contrárias à orientação oficial”,
uma espécie de “político da PM”,
que traduzirá uma visão das
UPP como “marketing e relações
públicas”.
Ou seja, há sinais contrários
à visão de Ibis. Entretanto, Ibis
declara-se optimista. “Vamos ver
se o optimismo vai se justificar”,
acautela Luiz Eduardo. “Se há
um respaldo político suficiente.
Tomara que sim. Ibis e o Carballo
são as duas estrelas do pensamento
crítico na PM. Mas eu conheço a
marca conservadora da instituição,
que é muito forte. É prudente
mantermos uma reserva de
cepticismo. E a gente não deve
iludir-se quanto a isto: os avanços
no Rio não substituem uma
profunda transformação da polícia
em todo o Brasil, o que implica
mudanças na Constituição.”
Amanhã, última reportagem:
O futuro em rede
As reportagens
no Brasil são
financiadas
no âmbito
do projecto
Público Mais
publico.pt/
publicomais
Breves
Manning
desculpa-se
por danos
aos EUA
Aniversário
WikiLeaks
Fidel Castro não
esperava ter chegado
aos 87 anos
O ex-Presidente cubano
Fidel Castro reconheceu
no jornal Granma que não
esperava viver até aos 87
anos, que completou terçafeira. Renunciou em 2008,
com uma doença grave nos
intestinos. “Assim que percebi
que seria definitivo, não
hesitei em cessar funções
como Presidente… e propus
que a pessoa designada
para a tarefa a assumisse
imediatamente.” No caso, o
irmão mais novo, Raúl Castro.
Balanço
24 mil imigrantes
desembarcaram
em Itália num ano
Nos últimos doze meses,
24.277 imigrantes
desembarcaram na costa
italiana, anunciou o
Ministério do Interior do país.
Um terço dos migrantes,
8932, chegou ao país nos
últimos 40 dias do período
contabilizado, ou seja, entre
1 de Julho e 10 de Agosto. O
mar calmo tem favorecido
as viagens de barco, que
têm aumentado no Sul,
em especial na Sicília e na
Calábria.
Líbano
Vinte mortos em
explosão em zona do
Hezbollah em Beirute
Pelo menos vinte pessoas
morreram numa forte
explosão que abalou ontem a
zona sul de Beirute, bastião do
movimento xiita Hezbollah.
A explosão, provocada por um
carro-bomba, ocorreu num
local densamente povoado,
com muitos danos em carros
e edifícios. A razão mais
apontada é o envolvimento do
Hezbollah no conflito armado
na vizinha Síria, a favor das
forças de Assad.
Parada no santuário Yasukuni, com fardas do tempo da II Guerra
Mesmo sem ir a
santuário polémico,
Abe irritou a China
Japão
Maria João Guimarães
O primeiro-ministro não
foi a Yasukuni, onde são
glorificados criminosos de
guerra, mas três ministros
e 89 deputados fizeram-no
O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, lançou-se num exercício de
equilibrismo no dia em que se assinala o aniversário da derrota do Japão na II Guerra Mundial. Tentando
agradar à sua base conservadora,
enviou um colaborador com uma
oferta ao santuário de Yasukuni,
mas não o visitou. No entanto, não
conseguiu evitar a reacção da Coreia
do Sul e da China.
Alguns líderes japoneses compararam o santuário de Yasukuni ao
cemitério de Arlington, Virginia,
onde os EUA têm os seus heróis de
guerra. O local desperta oposição
por glorificar, entre 2,5 milhões de
mortos japoneses em guerras, 14
condenados por crimes de guerra
na II Guerra Mundial. “Yasukuni é a
montra para uma visão sem remorsos da agressão japonesa na guerra”,
comenta Jeffrey Kingston, professor da Temple University Japan, em
Tóquio.
Estes criminosos, dos quais sete
foram executados por enforcamento após a guerra, foram honrados no
templo numa cerimónia secreta em
1978 — o templo é gerido por uma
fundação privada, e desde a década
de 1970 que nenhum imperador visita o local, justamente pela presença
destes criminosos de guerra.
Ontem, para além do enviado de
Abe, foram rezar a Yasukuni três
ministros — a título pessoal e não
oficial, sublinhou o chefe de gabinete Yoshihide Suga. Também um
grupo de 89 deputados, incluindo
o responsável político do partido de
Abe, estiveram em Yasukuni.
Abe não tinha visitado o local no
seu curto anterior mandato como
primeiro-ministro, ao contrário do
seu antecessor, Junichiro Koizumi,
que entre 2011 e 1006 fez questão
de visitar o local — e com isso contribuiu muito para o afastamento entre o Japão e a China, por um lado,
e a Coreia do Sul, por outro. Mas
tinha declarado que se arrependia
da decisão e na campanha prometeu uma visita. Mas ao querer evitar
alienar Pequim e Seul, nem que seja
porque precisa deles para o crescimento económico que quer para o
Japão, acabou por não ir, enviando
apenas um representante.
Mas a sua tentativa de ambiguidade de ontem não foi suficiente.
A China chamou o embaixador japonês em Pequim para protestar.
“Não interessa de que forma ou
usando que identidade é que os líderes japoneses visitam Yasukuni,. É
uma tentativa intrínseca de negar e
embelezar a história de invasão dos
militaristas japoneses”, disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros
chinês em comunicado. Um general
chinês na reserva, Luo Yuan, fez outra comparação: “Imaginem o que
o mundo pensaria da Alemanha se
prestassem homenagem ao chefe
dos nazis, Hitler?”
Tudo isto se junta a outras promessas fortemente nacionalistas:
Abe quer rebaptizar as Forças de
Autodefesa em Exército de Defesa
Nacional e alterar a Constituição
pacifista redigida, e imposta, pelos
EUA em 1947.
Soldado americano que
passou informação a site
anti-secretismo diz não ter
tido consciência dos efeitos
da sua acção
O soldado norte-americano Bradley Manning, condenado no mês
passado por ter dado uma enorme
quantidade de documentos à WikiLeaks, disse lamentar as suas acções
e ter prejudicado os Estados Unidos,
quando está prestes a conhecer a
sentença.
A declaração de quarta-feira foi a
primeira em que Manning lamentou
publicamente a acção, que levou à
maior fuga de informação classificada da história dos EUA, e pela qual
foi preso em 2010.
Manning, de 25 anos, foi condenado na semana passada por vários
crimes no âmbito da Lei da Espionagem, mas foi declarado inocente do crime de “ajuda ao inimigo”
— porque a informação divulgada
pela WikiLeaks poderia ser usada
pela Al-Qaeda, alegava a acusação
—, que lhe teria valido prisão perpétua sem possibilidade de liberdade
condicional. A pena será anunciada
na próxima semana e será, no máximo, de 90 anos de prisão.
“Percebo que tenho de pagar”,
disse. “Lamento as consequências
não intencionais das minhas acções.
Quando as tomei, acreditei que estava
a ajudar pessoas, não a prejudicá-las.”
A declaração seguiu-se a três dias
em que a defesa de Manning chamou
testemunhas abonatórias. Os advogados dizem que Manning mostrava
claros sinais de problemas de saúde
mental e que o Exército não o deveria ter enviado para uma zona de
guerra nem o ter deixado ter acesso
a informação confidencial.
O psicólogo clínico Michael Worsley tinha recebido um email de Manning com uma foto do soldado de
baton e peruca loura, com o título
“o meu problema”. Manning dizia
pensar que este “problema” iria
“desaparecer” com uma carreira
militar.
Até agora, Manning sempre tentou
justificar as suas acções, dizendo que
pretendera provocar um debate global sobre as guerras no Iraque e no
Afeganistão. Agora pensa de outro
modo: “Quando olho para as minhas
decisões, pergunto-me como é que
pude pensar que poderia mudar o
mundo. Era um simples analista.”
24 | CULTURA | PÚBLICO, SEX 16 AGO 2013
O vozeirão de Brittany Howard
neste tão quente Paredes de Coura
Brittany Howard conquistou o público,
Bombino pô-lo em transe furioso, os
Unknown Mortal Orchestra deliciaram-se
e deliciaram. Paredes de Coura, quartafeira, um dia antes do arranque em pleno
Festival
Mário Lopes
Já começou? Claro que sim. Ainda
não tínhamos ouvido concertos mas
Paredes de Coura, ou melhor, a praia
fluvial do Taboão, vivia uma alegre
azáfama na tarde de quarta-feira, o
segundo dia do festival.
Os membros da organização atarefavam-se ainda a arranjar os últimos
pormenores para que tudo estivesse operacional ontem, quinta-feira,
dia em que a 21.ª edição do Paredes
de Coura arrancava em pleno, com
o já clássico Jazz na Relva durante a
tarde, com concertos de The Knife,
Hot Chip, Jagwar Ma, Toy ou Vaccines
divididos entre os palcos Vodafone e
Vodafone FM. Antes, porém, a noite
de quarta-feira teve muito para mostrar: os aguardadíssimos Alabama
Shakes, os óptimos Unknown Mortal
Orchestra, o contagiante Bombino.
Horas antes dos concertos, olhávamos em volta e víamos: muita, tanta gente na relva, uma multidão de
colchões e barcos insufláveis no rio e
campismo já repleto (Welcome to the
jungle, escrevera alguém à entrada,
mas era selva sem perigos e com todo
o prazer que a sombra oferece quando o calor é tão acima dos 30ºC).
A noite não caíra ainda, mas a música que ouvíamos pedia-a. Era música para pista de dança: a Discotexas
Band, o combo da Discotexas que reproduz as canções da editora e que,
com Xiboni ou Moullinex dividindose entre baixos e guitarras, teclados e
sintetizadores e demais parafernália
sonora, oferecia a Da Chick, meio rapper, meio punk, sempre a carregar
na estridência, a base disco e funk e
house mesclado de rockabilly que
faria as delícias de uma madrugada e
daqueles que nela dançassem. Ainda
que, como os próprios cantaram, via
Moullinex, “24 hours a day, take my
pain away”, e ainda que a muito lúdica versão de Maniac (sim, a da banda sonora de Flashdance), pedaço de
elegância, muito lúdica e efusiva, ou
não estivesse em palco Da Chick, tenha sido recebida como prazer para
acabar com estrondo com as sunset
parties deste mundo.
Começou então com a Discotexas
Band o segundo dia de Paredes de
Coura, o último antes do arranque
em pleno, ontem. Aquele em que o
Palco Vodafone FM, o da tenda, não
do famoso anfiteatro natural, transbordou para cantar o soul-rock de
Hold on com os Alabama Shakes e
que entrou em histeria de crowd-surf
e bamboleio furioso com o concerto feito rave tuaregue do magnífico
Bombino — e onde vimos também
uma banda admirável, Unknown
Mortal Orchestra, acrescentar ao
psicadelismo solar, introspectivo,
dos seus dois álbuns, uma explosão
rock’n’roll que terá feito a Jimi Hendrix Experience, onde quer que estejam Hendrix, Mitch Mitchell e Noel
Redding, aplaudir em aprovação.
O melhor público
Horas depois no concerto, a banda de
Ruban Nielson publicava uma foto na
sua conta de Instagram e escrevia que
em Paredes de Coura tinha encontrado “provavelmente o melhor público” da sua carreira. E, sim, o público
foi generoso com a banda, ao vivo um
power trio portentoso em que as canções, pérolas pop de psicadelismo
em suspensão, quais reflexos dos
Beatles (os de Revolver) transformados em veículo para Nielson cantar,
estranhamente dolente, neurose e
fragilidade: “Isolation, it can put a gun
in your head”, ouvimo-lo em From
the sun. Mas ali, no palco de Paredes de Coura, tudo isso é sublimado. Quer So good at being in trouble,
quer a última canção do concerto,
essa Ffunny ffrends com melodia entoada pelo público, quer, no limite,
todas as canções, são prolongadas
em sequências de rock cósmico, em
êxtase “Hawkwindeano”, “Hendrixiano”, “Ruban Nielsoniano”.
Vemos o vocalista largar o microfone e trocar a voz andrógina pela
expressividade da guitarra que zumbe, que levita, que explode em mil direcções. Vemo-lo mover-se como que
respondendo à descarga eléctrica do
instrumento, ouvimos o extraordinário baterista (Riley Geare) entregarse algures a um solo que é mais um
elemento para prazer sónico e não
desnecessária demonstração de ego
Com uma voz poderosa e a guitarra a tiracolo, Brittany Howard (em cima) é a alma dos Alabama Shakes,
a banda que atraiu mais público no segundo dia do festival
PÚBLICO, SEX 16 AGO 2013 | CULTURA | 25
Museu Victoria & Albert
comprou o arquivo de
Vivien Leigh e vai mostrá-lo
FOTOS: PAULO PIMENTA
sentar essa Hang loose que ouvimos
como vívida homenagem a um dos
pais do rock’n’roll, Chuck Berry.
Os Alabama Shakes “são” Brittany
Howard. A banda acompanha-a com
competência, mas é nela que, literal
e metaforicamente, se concentram
todos os focos de luz. Tem vozeirão
e espírito soul (curiosamente, apesar de nos recordarmos de Big Mama
Thornton ao longo do concerto, as
suas referências parecem ser masculinas: Otis Redding, Sam Cooke,
Marvin Gaye). O público adora-a e,
através dela, adora estas canções soul
que encontramos em Boys & Girls.
Quando se tornar cantora de corpo
inteiro, de alma preenchida, será um
caso sério. E falando de caso sério…
Transe tuaregue
e devolvemos o elogio aos autores
de um dos melhores álbuns de 2013,
II: um grande concerto perante uma
plateia que, pouco depois, cresceria
como em nenhum outro momento
da noite. Responsáveis: os Alabama
Shakes. Ou melhor, essa mulher de
voz poderosa e guitarra a tiracolo
chamada Brittany Howard.
A banda de Athens, no Sul dos
EUA, fenómeno recente da música
de raiz americana, tem um amor declarado pelo soul clássica, o gospel e
o rock’n’roll dos primórdios. Começaram como banda de versões e isso
nota-se, para o bem e para o mal. Ou
seja, conhecem intimamente as expressões musicais que idolatram, e
isso é bom, mas agem como se estivessem ofuscados por esse brilho, e isso
não é necessariamente bom, já que os
torna demasiado conservadores.
Felizmente têm Brittany Howard,
discípula sábia dos seus mestres: canta com a alma na garganta (e todos
com ela na canção que os revelou,
Hold on), mostra sageza soul ao falar
de Heartbreaker (“não é uma canção
triste, é uma canção sobre aprender lições”) e revela-se um furacão ao apre-
À tarde, víramos um guitarrista tuaregue tocar na aldeia das Porreiras para
50 privilegiados (um dos “concertos
surpresa” que a Vodafone FM tem
promovido nas redondezas). À noite
o mesmo guitarrista, acompanhado
pelos mesmos três músicos, mas agora em versão eléctrica, ateou fogo sob
a multidão e foi ver como Bombino,
homem do Níger que absorveu a música do seu povo e a complementou
com vídeos de Jimi Hendrix, suscitou
este cenário surpreendente: público
em crowd-surfing como em concerto
punk, acompanhando a furiosa cadência rítmica da música como em
ritual transe de que toda a gente sai viva, mas necessariamente diferente.
O autor do celebrado Nomad, produzido pelo Black Keys Dan Auerbach, é um músico sábio. Tacteia o público e experimenta o que será mais
indicado para quem o vê. Começou
dolente, com a guitarra serpenteando e o ritmo quebrado da bateria a
apalpar terreno. Vinte minutos depois do início, estava decidido: as
canções seriam uma torrente interminável, com a bateria a fazer corar
de vergonha a caixa de ritmos mais
eficiente (a sabem-se lá quantas centenas de batidas por minuto), com
o baixo e a guitarra ritmo presos
num loop encantatório e Bombino,
à uma, a conduzir e a ser conduzido
pela banda. No palco do Paredes de
Coura, este tuaregue foi como que
uns Tinariwen com uma injecção de
adrenalina, foi os contratempos dos
Skatalites atirados ao espaço sideral,
foi festa tão festa e tão intensa que,
pela primeira vez nesta edição do festival, houve direito a encore.
Hoje, quinta-feira, o calor continua. O festival prosseguirá. Venham
os Jagawar Ma, os Hot Chip, os The
Knife, os Vaccines ou os Toy.
HARVARD THEATRE COLLECTION, HOUGHTON LIBRARY, HARVARD UNIVERSITY
Cinema
Catarina Moura
Museu londrino festeja os
100 anos da actriz de E Tudo
o Vento Levou com uma
exposição da sua colecção
de documentos pessoais
Da juventude ao momento da sua
morte. Toda a vida de Vivien Leigh, a
protagonista de E Tudo o Vento Levou
(1939), está documentada no arquivo
da actriz que o Victoria & Albert (V&A)
acaba de comprar. No Outono, fotografias, cartas e outros documentos
desta estrela do teatro e do cinema
nunca antes mostrados ao público estarão expostos neste museu de Londres, a cidade onde estudou.
Foi também em Londres que conheceu Laurence Olivier, com quem
esteve casada entre 1940 e 1960, relação especialmente bem documentada
neste arquivo. As mais de 200 cartas
que trocaram — além de postais, telegramas e fotografias, desde 1938
a 1967 — não são apenas provas de
amor. Nelas os dois actores falam também da profissão e do meio em que se
movem, chegando mesmo a discutir a
fundação do National Theatre.
Para além da correspondência com
Olivier, nas mais de 7500 cartas que
guardou há remetentes e destinatários como Marilyn Monroe, Arthur
Miller, T. S. Elliot, Winston Churchill
ou mesmo a rainha Isabel, que agradece ao casal britânico que também
faria carreira em Hollywood por se
lembrar sempre dela (são conhecidas
as visitas à família real).
Na colecção de cartas há ainda as
profissionais. Entre elas aquela em
que o dramaturgo Tennessee Williams elogia Leigh por ver nela a Blanche Dubois que sempre imaginou: “É
inútil repetir aqui a minha verdadeira
felicidade com o filme [a adaptação
da sua peça Um Eléctrico Chamado
Desejo para o cinema, em que ela
contracena com Marlon Brando] e
particularmente com o seu papel. É
a Blanche com que sempre sonhei e
agradeço-lhe por
A actriz fotografada por Angus McBean (data desconhecida)
lhe dar vida de forma tão bela no
ecrã”, escreve Williams em 1950.
Muito antes deste elogio, Leigh
mostrava-se nervosa na preparação
para o filme, quando escrevia ao realizador Elia Kazan: “Quando lhe digo ao telefone que estou preocupada
com a forma como vou ficar no filme,
não quero dizer que quero estar bem,
quero estar óptima.”
Leigh troca cartas
com Churchill,
Marilyn Monroe
e até com a rainha
de Inglaterra
Para além da correspondência de
uma vida, o V&A tem agora todos os
diários que a actriz escreveu, desde o
primeiro, de 1929, aos 16 anos, até ao
fim da sua vida, em 1967, bem como o
livro de visitas de Notley Abbey, a casa
que tinha com Laurence Olivier em
Buckinghamshire. Desde 1943, este
livro coleccionou as assinaturas de
Humphrey Bogart e Lauren Bacall,
Orson Welles e Judy Garland, entre
tantas outras figuras do século XX.
Das fotografias que a actriz guardou, o museu destaca as imagens
nunca antes exibidas do filme E Tudo o Vento Levou
e da peça Romeu e Julieta,
o clássico de Shakespeare
produzido por Laurence
Olivier em 1940. Há ainda
fotografias que a própria
actriz tirou das suas viagens
aos Estados Unidos, Austrália, Nova Zelândia e Reino
Unido e que, segundo o comunicado
do museu, “revelam a sociedade que
a rodeava e os bastidores das peças
em que entrava”.
Este espólio foi comprado aos
netos da actriz pelo V&A para o seu
departamento de teatro e artes de
palco e é uma forma de celebrar o
centenário do nascimento de Vivien
Leigh, em 1913, na Índia britânica.
Aos seis anos, Vivien chegou a Londres para ser educada à boa maneira
britânica, primeiro num convento,
depois pela Europa, para acompanhar o pai (França, Alemanha e Itália). Com apenas sete anos, já dizia às
amigas que um dia ia ser famosa e,
de facto, tornou-se uma das actrizes
de teatro e cinema mais aclamadas.
Ganhou dois Óscares para Melhor Actriz com E Tudo o Vento Levou e Um
Eléctrico Chamado Desejo (1951), este
último valendo-lhe também um prémio no Festival de Veneza.
“Vivien Leigh é sem dúvida um
dos grandes talentos dos palcos e
dos ecrãs e, ao lado de Laurence
Olivier, permanece como a grande
estrela do seu tempo”, diz Martin
Roth, director do V&A no comunicado de imprensa, onde acrescenta
que esta é uma oportunidade única
para “ter uma fascinante perspectiva
sobre o mundo social que a rodeava”.
Para o museu, esta é “a casa natural” do arquivo, uma vez que a sua
colecção já inclui os figurinos para
ela desenhados por Christian Dior
para a peça Duel of Angels (1958) e o
guarda-roupa de Oliver Messel para César e Cleópatra (1945), em que
Leigh e Olivier trocavam a sala lá de
casa pelo grande ecrã.
AGOSTO
SÉRIE ESPECIAL
A História vivida e contada pelos portugueses.
O Público traz até si uma série especial,
neste mês de Agosto, com doze testemunhos
sobre o último século da História de Portugal
recolhidos por todo o país. É a História contada
por quem a viveu na primeira pessoa e que narra
as mudanças por que passámos.
É a nossa memória do passado mais recente
e a influência de vários acontecimentos.
Convidamos os nossos leitores
para uma viagem que recorda
a História de todos nós.
VERÃO COM O PÚBLICO
Edif. Diogo Cão, Doca de Alcântara Norte, Tel. 21 011 10 10/20 Fax 21 011 10 30
1350-352 Lisboa
De seg a sex das 09H às 19H
[email protected]
Sábado 11H às 17H
Mensagens
ANGELICAL
MASSAGENS Para si q anda stressado
refugie-se num espaço
tranquilo e requintado.
P/ um bem estar físico e
emocional.
Telm: 96 879 39 87
MASSAGISTA DIPLOMADA PORT. Novidade, 38A.
Arte da massagem
aliada à sensualidade.
Telm.: 911 788 114
TERNURA DOS 40 Massagista prof.,Port.,
meiga, mass. relaxamento c/ descomp.
Telm.: 960427057
ELEIÇÕES GERAIS PARA OS ÓRGÃOS DAS
AUTARQUIAS LOCAIS - 2013
O Grupo de Cidadãos Eleitores, candidatos à Assembleia da
Freguesia do Norte Pequeno, Concelho da Calheta, São Jorge, Independentes Unidos pelo Norte Pequeno, vem, nos
termos e para os efeitos do n.º 4 do artigo 21.º da Lei n.º
19/2003, de 20 de junho, alterado pelo artigo 1.º da Lei n.º
55/2010, de 24 de dezembro, comunicar que constitui Mandatário Financeiro Ana Margarida Borba Pires Bettencourt.
A ALZHEIMER PORTUGAL é uma Instituição
Particular de Solidariedade Social fundada em 1988. É a
única organização em Portugal especificamente constituída
para promover a qualidade de vida das pessoas com
demência e dos seus familiares e cuidadores.
A ALZHEIMER PORTUGAL apoia as Pessoas com
Demência e as suas Famílias através de uma equipa
multidisciplinar de profissionais, com experiência na
Doença de Alzheimer.
Os serviços prestados pela ALZHEIMER PORTUGAL
incluem Informação sobre a doença, Formação para
cuidadores formais e informais, Apoio Domiciliário,
Centros de Dia, Apoio Social e Psicológico e Consultas
Médicas de Especialidade.
www.alzheimerportugal.org
Contactos
Sede: Av. de Ceuta Norte, Lote 15, Piso 3, Quinta do Loureiro, 1300-125 Lisboa
- Tel.: 21 361 04 60/8 - E-mail: [email protected]
Centro de Dia Prof. Dr. Carlos Garcia: Av. de Ceuta Norte, Lote 1, Loja 1 e 2
- Quinta do Loureiro, 1350-410 Lisboa - Tel.: 21 360 93 00
Lar e Centro de Dia “Casa do Alecrim”: Rua Joaquim Miguel Serra Moura,
n.º 256 - Alapraia, 2765-029 Estoril
Tel. 214 525 145 - E-mail: [email protected]
Delegação Norte: Centro de Dia “Memória de Mim” - Rua do Farol Nascente
n.º 47A R/C, 4455-301 Lavra
Tel. 229 260 912 | 226 066 863 - E-mail: [email protected]
Delegação Centro: Urb. Casal Galego - Rua Raul Testa Fortunato n.º 17,
3100-523 Pombal Tel. 236 219 469 - E-mail: [email protected]
Delegação da Madeira: Avenida do Colégio Militar, Complexo Habitacional da
Nazaré, Cave do Bloco 21 - Sala E, 9000-135 FUNCHAL
Tel. 291 772 021 - E-mail: [email protected]
Núcleo do Ribatejo: R. Dom Gonçalo da Silveira n.º 31-A, 2080-114 Almeirim
Tel. 24 300 00 87 - E-mail: [email protected]
Núcleo de Aveiro: Santa Casa da Misericórdia de Aveiro - Complexo Social da
Quinta da Moita - Oliveirinha, 3810 Aveiro
Tel. 23 494 04 80 - E-mail: [email protected]
PÚBLICO, SEX 16 AGO 2013 CLASSIFICADOS 27
ENTRONCAMENTO - TRIBUNAL JUDICIAL
CARLOS PAZ
Agente de Execução
Cédula 2186
Secção Única
N.º do Processo: 62/07.0TBENT
Exequente: Caixa Económica Montepio Geral
Executada: Lúcia Maria Gonçalves Bernardino
Santos Bica
Valor: 241.133,94 €
Referência Interna: PE/429/2007
CITAÇÃO/EDITAL
Nos termos e para os efeitos do disposto no artigo 248.º do Código Processo Civil (CPC), correm éditos de 30 (trinta) dias, contados a partir da data de publicação do presente anúncio, citando
o(a) ausente Lúcia Maria Gonçalves Bernardino Santos Bica, com
última residência conhecida Rua D. Afonso Henriques, n.º 175,
2330-137 Entroncamento, para no prazo de vinte dias, decorrido
que seja o dos éditos, pagar ou deduzir oposição à execução
acima identificada nos termos do artigo 813.º do CPC.
Nos termos do n.º 1 do artigo 818.º do CPC, o recebimento da
oposição só suspende o processo de execução quando o oponente preste caução ou quando, tendo o oponente impugnado
a assinatura do documento particular e apresentado documento
que constitua princípio de prova, o juiz, ouvido o exequente, entenda que se justifica a suspensão.
O duplicado do requerimento executivo e a cópia dos documentos encontram-se à disposição do citando na secretaria do Tribunal ou escritório do agente de execução.
MEIOS DE OPOSIÇÃO:
Nos termos do disposto no artigo 60.º do C.P.C. e tendo em consideração o valor do processo, para se opor à execução (que terá
de ser apresentada no Tribunal supra-identificado) é obrigatória a
constituição de advogado quando o valor da execução é superior
à alçada do tribunal de primeira instância (3.740,98 euros).
A apresentação de oposição implica o pagamento de taxa de
justiça autoliquidada.
COMINAÇÃO EM CASO DE REVELIA:
Caso não se oponha à execução no prazo supra-indicado e não
pague ou caucione a quantia exequenda, segue-se a PENHORA
dos bens necessários para garantir o pagamento da quantia
exequenda, juros e acréscimo das despesas previsíveis a que se
refere o n.º 3 do art.º 821.º do CPC.
DO PAGAMENTO, E DAS DESPESAS E HONORÁRIOS DO
AGENTE DE EXECUÇÃO:
Poderá efectuar o pagamento da quantia exequenda, juros e
despesas de acordo com as instruções constantes da primeira
página.
Os honorários e despesas do agente de execução nesta data estimam-se em 12.056,70 euros, sem prejuízo de posterior revisão
de acordo com o n.º 2 do artigo 12.º da Portaria n.º 331-B/2009,
de 30/03.
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES:
Sendo requerido benefício de apoio judiciário na modalidade de
nomeação de patrono, deverá o citando juntar aos presentes autos, no prazo da contestação, documento comprovativo da apresentação do referido requerimento, para que o prazo em curso se
interrompa até notificação do apoio judiciário.
O prazo processual, estabelecido por lei ou fixado por despacho
do juiz, é contínuo, suspendendo-se, no entanto, durante as férias
judiciais (que decorrem de 22 de Dezembro a 3 de Janeiro, do
domingo de Ramos à segunda-feira de Páscoa e de 16 de Julho
a 31 de Agosto), salvo se a sua duração for igual ou superior a
seis meses ou se tratar de actos a praticar em processos que a
lei considere urgentes. Quando o prazo para a prática do acto
processual terminar em dia em que os tribunais estiverem encerrados, transfere-se o seu termo para o primeiro dia útil seguinte.
Os tribunais consideram-se encerrados quando for concedida
tolerância de ponto (conferir artigos 143.º e 144.º do Código Processo Civil e o artigo 12.º da Lei n.º 3/99, de 13 de Janeiro, com a
redacção dada pela Lei n.º 43/2010 de 3 de Setembro).
O Agente de Execução - Carlos Paz
Rua Actor Isidoro, n.º 28, r/c dt.º, 1900-019 Lisboa
Tel. 218422640 - 218481353 - Fax. 218475095 - e-mail: [email protected]
EUGÉNIA MARIA
CALDAS TEIXEIRA REIS
DE BIVAR WEINHOLTZ
MISSA DE 1.º ANIVERSÁRIO
ANTÓNIO NUNES
DO CARMO PEDRO
MISSA DE 7.º DIA
E AGRADECIMENTO
Seus Filhos, Nora, Genro, Netos e Bisnetos participam
que será celebrada Missa de 1.º Aniversário amanhã,
sábado, às 19 horas na Igreja da Encarnação, ao Chiado,
agradecendo desde já a todas as pessoas que se dignarem
assistir a este acto.
Sua Família participa que será celebrada
Missa de 7.º Dia amanhã, dia 17, às
19.00 horas na Basílica da Estrela.
Agradecem desde já a todos os que
se dignarem assistir a este acto, bem
como aos que de qualquer forma lhes
manifestaram o seu pesar.
Agência Funerária Barata
Servilusa - Número Verde Grátis 800 204 222
Serviço Funerário Permanente 24 Horas
Agência Funerária Restelo
Servilusa - Número Verde Grátis 800 204 222
Serviço Funerário Permanente 24 Horas
Aqui encontra produtos exclusivos
Público e Classificados
Porto
M. Cunha Consultores
R. João de Barros,
n.º 361 - Lj. 12,
4150-416
Tel. 226 182 021
Porto
Tab. Fonte da Moura, Lda
Av. Antunes Guimarães, 61, 4100-079
Tel. 226 181 442
Gaia
Infortítulos Unipessoal, Lda.
Av. da República
El Corte Inglés - 4430-999
Tel. 222 407 833
Braga
Bracara - Rui Magalhães, Lda.
R. Gen. Humberto Delgado,
47 - Lj. 63, 4715-115
Tel. 253 271 789
Público, 16/08/2013 - 2.ª Pub.
Procura a porta de entrada
para o mercado de trabalho?
Inscreva-se em
emprego.publico.pt
EM PARCERIA COM
Candidate-se às ofertas da maior comunidade de trabalho.
28 | PÚBLICO, SEX 16 AGO 2013
FICAR
Os mais vistos da TV
Quarta-feira, 14
% Aud. Share
A Seleção - Preparação RTP1 14,6
Avenida Brasil
SIC 11,5
Dancin' Days
SIC 11,0
Destinos Cruzados
TVI 9,6
SIC 8,7
Jornal da Noite
34,8
30,2
25,2
22,8
21,8
FONTE: CAEM
RTP1
2:
SIC
TVI
Cabo
18,9%
%
2,4
19,3
21,1
27,6
CINEMA
O Perfume - História
de um Assassino
Título Original: Perfume: The
Story of a Murderer
De: Tom Tykwer
Com: Ben Whishaw, Francesc
Albiol, Dustin Hoffman, David
Calder
ESP/ALE/FRA, 2006, 147 min
Hollywood, 23h30
Adaptação do romance de
Patrick Süskind, é a história
de Grenouille, que nasceu
diferente e em circunstâncias
pouco dignas, em 1738, em Paris.
No entanto, é dotado de um
olfacto extraordinário. Depois
de trabalhar numa tinturaria,
consegue um lugar de aprendiz
na perfumaria de Baldini (Dustin
Hoffman). As essências e os
cheiros tornam-se a sua obsessão,
que o leva a querer capturar os
magníficos perfumes de algumas
jovens mulheres que assassina
sem escrúpulos.
O Capitão Corelli
[Captain Corelli’s Mandolin]
FOX Movies, 18h29
A bela ilha grega de Cefalónia
permanecia esquecida no tempo,
entre o azul-turquesa do mar
Jónico, até que a Segunda Guerra
Mundial veio alterar essa paz
idílica. Com a ocupação dos
italianos, chega o jovial capitão
Antonio Corelli, um homem
apaixonado pelo bandolim, que
prefere o amor à guerra. Corelli
deixa-se conquistar por uma
beldade local, Pelagia. A jovem,
apesar de se mostrar no início
hostil, muda de atitude quando
convive com mais frequência
com o tocador de bandolim.
Quando o noivo de Pelagia parte
para a guerra, a relação entre os
dois adensa-se. Realizado por
John Madden, com Nicolas Cage
e Penélope Cruz nos principais
papéis.
Patrulha de Bairro [The Watch]
TVC1, 21h30
Evan, Bob, Franklin e Jamarcus
(Ben Stiller, Vince Vaughn,
Jonah Hill e Richard Ayoade)
são quatro amigos que vivem
no mesmo bairro. Mais para
fugirem ao tédio do que por
acreditarem verdadeiramente
na necessidade de tal missão,
decidem criar um esquadrão para
proteger a vizinhança de todo o
O Perfume - História de um Assassino
tipo de perigos. Assim, uma vez
por semana, fazem a sua ronda
pelo bairro, verificando se tudo
está em ordem ou se alguém
está metido em apuros. O que
eles não poderiam imaginar é
que, de facto, a zona está a ser
alvo de uma invasão alienígena.
De repente, os quatro amigos
tornam-se a última esperança de
salvação da Humanidade.
Os Anjos de Charlie
[Charlie’s Angels]
AXN White, 21h50
A popular série televisiva dos
anos 70 — que contava com as
interpretações de Farrah Fawcett,
Jaclyn Smith e Kate Jackson — foi
adaptada para o grande ecrã
em 2000 com um novo trio
feminino. São lindas, inteligentes
e trabalham como detectives para
Charlie, um milionário invisível,
que, tal como na série, não passa
de uma voz misteriosa a ditar
ordens às suas belas meninas.
Elas, Natalie (Cameron Diaz),
Dylan (Drew Barrymore) e Alex
(Lucy Liu), são peritas em artes
marciais que dispensam as armas
na altura de fazer frente ao
inimigo.
O Mistério da Estrada de Sintra
TVC2, 22h00
Uma adaptação do policial escrito
a quatro mãos, para o Diário de
Notícias, por Eça de Queirós e
Ramalho Ortigão. Ivo Canelas e
António Pedro Cerdeira dão corpo
aos dois escritores, que criam a
história de um rapto ao qual se
sucedem histórias de traições,
a morte de um inglês, ameaças,
duelos e intrigas. O filme foi
realizado por Jorge Paixão da
Costa.
O Último Grande Herói
[Last Action Hero]
AXN Black, 22h24
O jovem Danny Madigan é o
maior fã de Jack Slater, um actor
de filmes de acção tipicamente
americanos. Quando o último
filme de Slater estreia, o melhor
amigo de Danny oferece-lhe um
bilhete de cinema. Mas, sem o
saber, Danny recebe um bilhete
com poderes mágicos e acaba por
ser transportado para o interior
da tela e conhece o seu herói.
Porém, uma das personagens do
filme, Benedict, o mau da fita,
apodera-se do bilhete e consegue
passar para o mundo real, onde
se torna uma grande ameaça
para todos. Cabe a Danny e Slater
impedirem que Benedict acabe
por vencer. De John McTiernan.
Cecil B. DeMente
[Cecil B. Demented]
FOX Movies, 2h10
A superestrela Honey Whitlock
(interpretada por Melanie
Griffith) é raptada por um
bando de lunáticos chamado
Sprocket Holes. O chefe é Cecil
B. Demente (Stephen Dorff ), um
jovem realizador carismático,
tresloucado e purista, que rejeita
as regras comerciais e morais
impostas por Hollywood. Para
acabar de vez com a indústria
cinematográfica convencional,
os cineastas guerrilheiros,
fervorosos adeptos da produção
underground, decidem aterrorizar
a população, filmar as suas
reacções e utilizá-las na primeira
longa-metragem do realizador. A
actriz raptada vai ter de participar
nesta cruzada em nome do
cinema de autor.
DOCUMENTÁRIOS
Armagedão Animal: A Grande
Extinção
Odisseia, 16h29
O que causou a extinção de
espécies na Pré-história?
Recuando no tempo, é feita uma
análise às causas e consequências
do desaparecimento de espécies
animais e vegetais. Com a ajuda
de cientistas, especialistas e
artistas, é também oferecido um
vislumbre de como era o nosso
planeta há milhões de anos,
dando a conhecer os habitantes
que outrora vaguearam pela
Terra.
Caçadores de Furacões
Odisseia, 22h29
O risco é enorme para estes
profissionais, mas as vidas de
inúmeras pessoas dependem
da sua coragem e habilidade.
Com acesso a uma equipa de
PÚBLICO, SEX 16 AGO 2013 | 29
Televisão
4.51
FOX, 14.51
mpsons
Os Simpsons
[email protected]
[email protected]
reconhecimento meteorológico,
pertencente à Força Aérea dos
EUA, revelam-se os segredos do
árduo trabalho dos caçadores
de furacões em algumas das
tempestades mais devastadoras
dos últimos anos. A sua missão
é recolher o maior número de
dados possível sobre tempestades
tropicais. No entanto, só há uma
forma de recolher esses dados:
entrar com o avião no olho do
furacão.
O Preço da História
História, 00h55
A família Harrison depara-se
com um colar de ouro de meio
quilo que pertenceu ao rei
do rock’n’roll, Elvis Presley.
Conseguirá Rick perceber se
é uma relíquia ou uma boa
imitação? Uma colecção de mais
de 200 miniaturas antigas de
carros Matchbox, dos anos 50 e
70 também irá dar que falar. Mais
tarde, um homem traz um par
de capacetes pickelhaube, com o
seu pico característico no topo.
Irá Rick resistir a um pedaço da
História russa?
Colisão ao Volante
Odisseia, 19h11
RTP1
6.30 Bom Dia Portugal 10.00 Verão
Total 13.00 Jornal da Tarde 14.00
Windeck - O Preço da Ambição 14.30
Há Volta - Torre 16.00 Ciclismo: 75.ª
Volta a Portugal em Bicicleta - 8.ª
etapa (Oliveira do Hospital - alto da
Torre) 18.00 Portugal em Directo
19.00 O Preço Certo 19.45 Direito
de Antena 20.00 Telejornal 21.00
Bem-vindos a Beirais 21.30 Hotel 5
Estrelas - O que faz falta é motivar a
malta 22.15 Portugueses Pelo Mundo
- Zurique 23.00 Filme: As Pragas 1.00
Sob Suspeita - 2.ª temporada 2.00
Ciclismo: 75.ª Volta a Portugal em
Bicicleta 2.30 Vidas em Jogo
RTP2
7.00 Zig Zag 14.56 Duas Miúdas
nas Lonas 15.18 Iniciativa 15.22
Sociedade Civil - Como escolher
uma creche? 16.57 A Fé dos Homens
17.30 Atletismo: Campeonato do
Mundo - Moscovo 2013 20.11 Ler +,
Ler Melhor 20.15 Zig Zag 20.51 Ler
+, Ler Melhor 21.00 Sonhar Era Fácil
22.00 Síntese 24 horas - Directo 22.22
Agora (Diários) 22.27 Clínica Privada
- 5.ª temporada 23.13 Lado B 00.07
Conexão 1.33 Agora (Diários) 1.40
Euronews
13.00 Doze 14.35 Operação Outono
16.05 Dark Tide - Águas Profundas
17.55 Puncture - A Verdade Escondida
19.35 O Rancho do Amor 21.30
Patrulha de Bairro 23.15 Uma Bela
Orgia à Moda Antiga 00.50 Doze
Ordem: Unidade Especial 21.30 Hawai
Força Especial 23.08 Investigação
Criminal: Los Angeles 00.04 Filme:
Rambo - A Fúria do Herói 1.41 The
Bridge
FOX LIFE
FOX MOVIES
12.12 A Caserna dos Calões 13.44 Kung
Pow - Punhos de Aço 15.04 A Mosca
16.38 Confissões de Uma Mente
Perigosa 18.29 O Capitão Corelli
20.34 O Mentiroso Compulsivo 22.00
Regresso ao Futuro III 23.56 Aliens - O
Recontro Final 2.10 Cecil B. DeMente
14.04 Glee 14.49 Anatomia de Grey
15.33 Tudo Acaba Bem 16.19 No
Meio do Nada 16.42 Revenge 17.25
Alienados 18.07 Glee 18.52 Revenge
19.37 Anatomia de Grey 20.18 O Sexo
e a Cidade 21.25 Filme: Virgem aos 40
Anos 23.25 O Sexo e a Cidade 1.32
Anatomia de Grey
HOLLYWOOD
DISNEY
12.00 Intruder: Missão de Alto Risco
13.55 Superhero Movie - Um Estrondo
de Filme! 15.20 Os Goonies 17.20
Harry Potter e a Câmara dos Segredos
20.00 Academia de Polícia 3: De Volta
aos Treinos 21.30 Escola de Rock
23.30 O Perfume - História de um
Assassino 2.00 Os Estranhos
15.24 Kim Possible 15.48 Timon
e Pumba 16.35 Quack Pack 17.00
Phineas e Ferb 17.23 Monster High
17.26 Phineas e Ferb 17.50 Par De Reis
eis
19.55 Filme: Os Ténis Mágicos 2 21.29
29
Toy Story Toons
muitos pais se interrogam: como
escolher uma creche? Numa
conversa moderada por Eduarda
Maio, diversos especialistas
procuram responder a questões
tão diferentes como acessos
e localização, o lugar onde as
crianças dormem a sesta, o
número de educadores por sala
ou as condições nos refeitórios e
outros espaços comuns.
INFANTIL
Par de Reis
Disney, 17h50
DISCOVERY
14.28 O Mentalista 16.00 Castle 17.32
Investigação Criminal 19.04 C.S.I.
Nova Iorque 20.38 A Teoria do Big
Bang 21.30 Investigação Criminal 1.36
A Teoria do Big Bang
18.20 O Segredo das Coisas 18.45
O Segredo das Coisas 19.10 Mestress
de Engenharia 20.05 Caçadores de
Leilões 20.30 Caçadores de Leilões
21.00 A Febre do Ouro 22.00 À Pesca
ca
de Ouro 22.55 República Réptil 23.45
45
Miami SWAT 00.35 Jóias sobre Rodas
as
AXN BLACK
HISTÓRIA
14.48 Filme: Segurança Nacional 16.16
Torchwood 17.08 Sobrenatural 17.54
Jornalistas 18.51 Torchwood 19.43 A
Rainha das Sombras 20.31 The Killing:
Crónica de um Assassinato 21.35 A
Rainha das Sombras 22.24 Filme: O
Último Grande Herói 00.36 A Rainha
das Sombras
18.35 Caçadores do Pântano: Pressão
ão
a Aumentar 19.25 O Preço da História:
ia:
Silencioso e Mortal 19.50 O Preço da
a
História: O Cachimbo do Riso 20.15 O
Preço da História: Au Ralenti 20.40 O
Preço da História: A Jóia do Rei 21.05
Universo Submarino: Marés Mortais
22.00 O Terceiro Reich: A Queda Ep.1 e
2 23.40 A Humanidade: As Revoluções
00.30 O Preço da História: Au Ralenti
AXN
SIC
Especialistas afirmam que, “por
cada novo carro fabricado este
ano, outro sofrerá um acidente” e
que quase metade dos acidentes
é causada por erros do condutor.
Com recurso às inovações na
Medicina, na Engenharia e
até na tecnologia militar, são
reveladas formas de aumentar as
possibilidades de sobreviver a um
acidente, bem como novidades
que estão a chegar ao mundo da
viação.
MAGAZINE
Sociedade Civil
RTP2, 15h22
É um assunto muitas vezes
pouco esclarecido e sobre o qual
6.00 LOL@SIC 7.00 Edição da Manhã
8.45 A Vida nas Cartas - O Dilema
10.15 Querida Júlia - Sextas Mágicas
13.00 Primeiro Jornal 14.25 Querida
Júlia - Sextas Mágicas 19.15 Cheias
de Charme 20.00 Jornal da Noite
21.50 Dancin´ Days 22.55 Avenida
Brasil 23.50 Páginas da Vida 00.55
Investigação Criminal: Los Angeles
- 3.ª temporada 1.35 Donas de Casa
Desesperadas - 7.ª temporada 2.45
Volante 3.10 Podia Acabar o Mundo
AXN WHITE
TVI
6.30 Diário da Manhã 10.11 Você na
TV! - Directo 13.00 Jornal da Uma
14.30 Ninguém Como Tu 16.20 A
Tarde é Sua - Directo 19.00 Doida
Por Ti 20.00 Jornal das 8 21.22
Euromilhões 21.40 Gang dos Cotas
22.08 Destinos Cruzados 23.20
Mundo ao Contrário 00.30 Casos
da Vida 2.23 Castle 3.14 O Código
de Chicago 4.07 É a Vida Alvim 5.08
Deixa-me Amar
TVC1
11.20 Puncture - A Verdade Escondida
14.35 Era uma vez 15.22 Regras do
Jogo 16.10 Filme: Amar-Te-Ei Até Te
Matar 17.48 As Ginastas 18.36 Era
uma vez 19.24 A Vida Secreta de uma
Teenager Americana 20.12 Regras do
Jogo 21.00 Descobrindo Nina 21.50
Filme: Os Anjos de Charlie 23.30
Descobrindo Nina 00.17 Medium 1.04
Regras do Jogo 1.28 Regras do Jogo
FOX
14.05 Family Guy 14.51 Os Simpson
16.17 Foi Assim Que Aconteceu 17.05
Investigação Criminal: Los Angeles
17.48 C.S.I. Nova Iorque 19.13 Agente
Dupla 19.57 Agente Dupla 20.41 Lei &
ODISSEIA
18.12 Camionistas do Mundo II:
Canadá 19.11 Colisão ao Volante
20.05 Combates Corpo a Corpo: O
Resgate da Prisão do Panamá 20.32
Combates Corpo a Corpo: Atiradores
Furtivos e Batedores 21.00 1000
Formas de Morrer 22.04 Caçadores
de Furacões: Um Piloto Principiante
à Beira do Desastre 22.29 Caçadores
de Furacões: Como Transformar-se
num Caçador de Furações? 22.53
Natureza, Força Destrutiva 23.40 1000
Formas de Morrer 00.48 Caçadores
de Furacões: Um Piloto Principiante à
Beira do Desastre
Especial We Love Sextas. Em
Chicago, os gémeos Brady e
Boomer têm uma vida normal
de adolescentes, mas tudo muda
quando Mason, o secretário
e conselheiro real da ilha de
Kinkou, chega à sua escola e
informa os irmãos que eles são
herdeiros do trono. Os irmãos
deslocam-se à ilha e descobrem
um local cheio de superstições e
estranhos hábitos.
Os Ténis Mágicos 2
Disney, 19h55
Jerome e os amigos adoram
jogar basquetebol de rua, mas
sabem que nunca vão conseguir
vencer os rapazes mais velhos
da vizinhança. Até que, um dia,
Jerome encontra uns ténis velhos
de Michael Jordan e descobre que,
miraculosamente, consegue jogar
basquetebol como a estrela.
30 | PÚBLICO, SEX 16 AGO 2013
SAIR
Em estreia
[email protected]
[email protected]
CINEMA
Lisboa
CinemaCity Campo Pequeno
C. Lazer do Campo Pequeno. T. 217981420
Percy Jackson e o Mar dos Monstros M12.
Sala 1 - 13h25, 18h50, 21h50 (3D),
16h, 00h05 (2D); Elysium M12. VIP
2 - 13h20, 15h30, 17h40, 19h50, 22h,
00h10; Aviões M6. Sala 3 - 15h25, 19h30
(V.Port./3D), 13h20, 17h30, 21h35, 23h40
(V.Port./2D); Depois da Terra M12. VIP 4 00h30; Turbo M6. VIP 4 - 13h25 (V.Port.); O
Mascarilha M12. VIP 4 - 15h35, 18h30,
21h30; WWZ: Guerra Mundial M16. Sala
5 - 22h05; Gru - O Maldisposto 2 M6.
Sala 5 - 15h45, 19h55 (V.Port.); Batalha do
Pacífico M12. Sala 5 - 00h20; Turbo M6.
Sala 5 - 17h50 (V.Port.); Os Smurfs 2 M6. Sala
5 - 13h30 (V.Port./3D); Miúdos e Graúdos
2 M12. Sala 6 - 19h40; Wolverine M12. Sala
6 - 21h40, 00h15; A Gaiola Dourada M12.
Sala 6 - 13h45, 17h50; Os Smurfs 2 M6.
Sala 6 - 15h35 (V.Port.); O Mascarilha M12.
Sala 7 - 13h30, 23h55; RED 2 - Ainda Mais
Perigosos M12. Sala 7 - 16h30, 18h45,
21h35; Monstros: A Universidade M6. Sala
8 - 13h35 (V.Port.); A Gaiola Dourada M12.
Sala 8 - 15h50, 19h55, 21h45, 24h; Os Smurfs
2 M6. Sala 8 - 17h40 (V.Port.);
CinemaCity Classic Alvalade
Avª de Roma, nº 100, Lisboa . T. 218413045
Aviões M6. Sala 1 - 13h30, 15h30,
17h30, 19h30, 21h30, 23h50 (V.Port.); O
Mascarilha M12. Sala 2 - 13h, 16h, 18h55,
21h50; A Gaiola Dourada M12. Sala
3 - 13h40, 15h40, 17h40, 19h40, 21h40,
23h45; Quarteto M12. Sala 4 - 20h; Antes
da Meia-Noite M12. Sala 4 - 21h55; Paixões
Proibidas M16. Sala 4 - 13h25, 17h50; Os
Smurfs 2 M6. Sala 4 - 15h35 (V.Port.); O
Mascarilha M12. Sala 4 - 24h
Medeia Fonte Nova
Est. Benfica, 503. T. 217145088
Elysium M12. Sala 1 - 14h20, 16h45, 19h15,
21h45; A Gaiola Dourada M12. Sala 2 14h30, 17h, 19h30, 22h; Os Smurfs 2 M6.
Sala 3 - 14h10 (V.Port.); O Mascarilha M12.
Sala 3 - 18h30; RED 2 - Ainda Mais
Perigosos M12. Sala 3 - 16h15, 21h30
Medeia King
Av. Frei Miguel Contreiras, 52A. T. 218480808
A Rapariga do 14 de Julho M12. Sala 1 13h45, 15h45, 17h45, 19h45, 21h45, 00h15;
Dentro de Casa M12. Sala 2 - 13h10, 15h15,
17h20, 19h25, 21h30, 24h; O Gangue de
Hollywood M12. Sala 3 - 14h, 16h, 18h, 20h,
22h, 00h30
Medeia Monumental
Av. Praia da Vitória, 72. T. 213142223
A Gaiola Dourada M12. Sala 4 - Cine Teatro 14h, 16h, 18h, 20h, 22h, 00h30; Elysium M12.
Sala 1 - 14h15, 16h45, 19h15, 21h45, 00h15; O
Gangue de Hollywood M12. Sala 2 - 13h30,
15h30, 17h30, 19h30, 21h30, 24h; O
Mascarilha M12. Sala 3 - 18h30; A Rapariga
do 14 de Julho M12. Sala 3 - 13h, 14h50,
16h40, 21h30, 24h
Nimas
Av. 5 Outubro, 42B. T. 213574362
Uma Família Respeitável M12. Sala 1 - 15h30,
18h30, 21h30
UCI Cinemas - El Corte Inglés
Av. Ant. Aug. Aguiar, 31. T. 707232221
Mestres da Ilusão M12. Sala 1 - 14h, 16h35,
19h10, 21h45, 00h25; RED 2 - Ainda Mais
Perigosos M12. Sala 2 - 14h05, 16h45, 19h15,
21h50, 00h30; Dentro de Casa M12. Sala 3
- 19h10, 21h35, 24h; Turbo M6. Sala 3 - 14h15
(V.Port./2D), 16h40 (V.Port./3D); Gru - O
Maldisposto 2 M6. Sala 4 - 14h20 (V.Port./
3D), 16h25 (V.Port./2D); Um Homem de
Família M16. Sala 4 - 18h45, 21h45, 00h25;
Percy Jackson e o Mar dos Monstros M12.
Sala 5 - 14h10, 16h40, 19h05 (2D), 21h35,
00h05 (3D); Aviões M6. Sala 6 - 14h10,
18h45, 23h30 (V.Port./2D), 16h30, 21h15
(V.Port./3D); Paixões Proibidas M16. Sala 7
14h05, 16h45, 19h15, 21h55, 00h30; Antes
da Meia-Noite M12. Sala 8 - 19h15; Wolverine
M12. Sala 8 - 14h, 16h35, 21h40, 00h25; A
Gaiola Dourada M12. Sala 9 - 14h10, 16h30,
19h, 21h30, 23h45; Möbius - Laço Mortal
M12. Sala 10 - 14h10, 16h40, 19h10, 21h40,
00h10; Só Deus Perdoa M16. Sala 11 - 22h,
00h15; Os Smurfs 2 M6. Sala 11 - 14h, 18h40
(V.Port./3D), 16h20 (V.Port./2D); Elysium
M12. Sala 12 - 14h15, 16h50, 19h15, 21h50,
00h20; O Mascarilha M12. S. 13 - 15h, 18h15,
21h20, 00h20; O Gangue de Hollywood
M12. Sala 14 - 14h, 16h, 18h, 20h, 22h, 00h20
ZON Lusomundo Alvaláxia
Estádio José Alvalade. T. 16996
Mestres da Ilusão M12. 13h45, 16h25, 21h15,
23h50; Miúdas a Abrir 19h10; Elysium M12.
13h30, 16h20, 18h50, 21h30, 24h; O
Mascarilha M12. 13h25, 16h50, 21h, 00h10; A
Gaiola Dourada M12. 13h10, 15h20, 17h30,
19h40, 21h50, 00h20; Aviões M6. 13h20,
15h40, 18h, 21h10, 23h30 (V.Port.); RED 2 Ainda Mais Perigosos M12. 13h35, 16h15,
18h30, 21h25, 23h40; Percy Jackson e o Mar
dos Monstros M12. 13h55, 16h40, 19h10 (2D),
21h40, 00h30 (3D); Batalha do Pacífico M12.
21h20, 00h30; Os Smurfs 2 M6. 13h40,
16h10, 18h40 (V.Port.); Wolverine M12. 13h15,
16h, 18h45, 21h30, 00h15; Bairro M12. 21h45,
00h10; Turbo M6. 3h30, 15h50, 18h20
(V.Port.); Gru - O Maldisposto 2 M6.
13h15, 15h30, 17h50 (V.Port.); Um Homem de
Família M16. 21h35, 23h55; Os Prodígios
M16. 13h50, 16h30, 18h35, 21h35, 00h05
ZON Lusomundo Amoreiras
Av. Eng. Duarte Pacheco. T. 16996
A Gaiola Dourada M12. 13h, 15h10, 17h20,
19h30, 21h40, 24h; Aviões M6. 13h20,
15h30 (V.Port./2D), 18h20, 21h20, 23h30
(V.Port./3D; Elysium M12. 13h40, 15h50, 18h,
21h, 23h50; Bowling - Amigas em Jogo M12.
14h, 16h10, 18h20, 21h30, 23h40 ; O Gangue
de Hollywood M12. 13h30, 15h40, 18h40,
21h10, 23h20; Os Smurfs 2 M6. 13h, 15h20,
17h50 (V.Port.); O Mascarilha M12. 20h50,
24h; Viramundo M12. 13h40, 16h20, 18h50,
21h30, 23h55
ZON Lusomundo Colombo
Av. Lusíada. T. 16996
Percy Jackson e o Mar dos Monstros M12.
12h45, 15h55, 18h35 (2D), 21h15, 23h50
(3D); Turbo M6. 13h10, 15h30, 17h55
(V.Port.); Miúdos e Graúdos 2 M12. 21h40,
00h15; Os Smurfs 2 M6. 13h20, 15h40, 18h10
(V.Port.); O Gangue de Hollywood M12.
21h35, 23h55; A Gaiola Dourada M12. 13h15,
15h35, 18h, 21h30, 23h45; Aviões M6.
13h05, 15h25, 17h50 (V.Port./2D), ), 21h05,
23h30 (V.Port./3D); RED 2 - Ainda Mais
Perigosos M12. 12h50, 15h50, 18h30, 21h10,
24h; Gru - O Maldisposto 2 M6. 13h25,
16h, 18h25 (V.Port.); Wolverine M12. 21h25,
00h25; O Mascarilha M12. 13h30, 17h, 21h,
00h20; Elysium M12. 13h, 15h45, 18h20,
21h20, 00h05
ZON Lusomundo Vasco da Gama
Parque das Nações. T. 16996
Elysium M12. 13h, 15h30, 18h20, 21h30,
00h10; Gru - O Maldisposto 2 M6. 13h20,
15h40 (V.Port.); O Mascarilha M12.
18h, 21h10, 00h20; Wolverine M12.
21h, 24h; Os Smurfs 2 M6. 13h30, 16h,
18h30 (V.Port.); RED 2 - Ainda Mais
Perigosos M12. 21h50, 00h30; Aviões M6.
13h10 (V.Port./2D), 15h20, 17h30, 19h40
(V.Port./3D); A Gaiola Dourada M12.
12h50, 15h10, 17h20, 19h30, 21h40,
A Rapariga do 14 de Julho
De Antonin Peretjatko. Com
Marie-Lorna Vaconsin, Vincent
Macaigne, Grégoire Tachnakian,
Vimala Pons. FRA. 2013. 88m.
Comédia. M12.
Hector vive obcecado por
Truquette desde o dia em que a
viu pela primeira vez. Decidido
a impressioná-la, convida-a para
umas férias junto ao mar. Pator,
amigo de Hector, acha a ideia
tão boa que decide acompanhálos, uma vez que ela vai levar
Charlotte, a melhor amiga.
Assim, os quatro partem rumo a
umas merecidas férias, seguindo
por estradas secundárias que
cruzam um país mergulhado
em dificuldades económicas.
É então que, a meio caminho,
eles descobrem que o Governo
decidiu encurtar o período de
descanso nacional...
Aviões
Aviões
De Klay Hall. Com Val Kilmer
(Voz), Julia Louis-Dreyfus (Voz),
Teri Hatcher (Voz). EUA. 2013.
92m. Animação. M6.
Dusty é um simpático avião
fumigador que dedicou toda
a sua vida à agricultura.
Porém, o seu maior sonho é
participar em corridas de aviões,
competindo com os mais velozes
e habilidosos pilotos do mundo.
Mas, além de não ter sido
construído para tais proezas, ele
tem um problema que sempre
lhe condicionou os movimentos:
um absoluto e paralisante pavor
das alturas...
Elysium
De Neill Blomkamp. Com Matt
Damon, Jodie Foster, Sharlto
Copley. EUA. 2013. 109m.
Drama, Acção, Ficção Científica.
M12.
Em 2159, as diferenças
económicas entre os seres
humanos traduzem-se numa
total diferenciação entre classes.
Os ricos vivem numa estação
espacial chamada Elysium, que
lhes dá acesso a todas as formas
de prazer; os restantes vivem
miseravelmente num planeta
Terra sobrepovoado e à beira do
colapso. Porém, à medida que
a situação se agudiza, os seus
habitantes mostram-se cada vez
mais desesperados por encontrar
formas de sair do planeta.
Deste modo, não tardará que
alguns rebeldes se associem e
se insurjam contra o governo de
Elysium.
Bowling - Amigas em Jogo
De Marie-Castille MentionSchaar. Com Catherine Frot,
Mathilde Seigner, Firmine
Richard. FRA. 2012. 90m.
Comédia. M12.
Catherine é enviada para
Carhaix, na Bretanha (França),
para reestruturar o hospital
local, que tem sido alvo de uma
gestão duvidosa. Apesar de
bem-intencionada, a verdade é
que ela, como quase todos os
seus compatriotas, vem cheia
de preconceitos em relação aos
locais. Mas, quando conhece
Mathilde, Firmine e Louise, três
aficionadas do “bowling” com
quem pouco ou nada tem em
comum, encontrará uma amizade
profunda e verdadeira que a vai
fazer ver a vida de uma outra
maneira.
Os Prodígios
De Antoine Charreyron. Com
Jeffrey Evan Thomas, Lauren
Ashley Carter, Moon Dailly.
CAN/LUX/Índia/GB/BEL/FRA.
2011. 87m. Animação. M16.
Jimbo Farrar tem 30 anos e
capacidades sobre-humanas.
Devido a um passado
conturbado, o grande objectivo
da sua vida é encontrar pessoas
iguais a si e ajudá-las. Para
isso, cria um jogo online cujos
desafios apenas poderão
ser resolvidos por mentes
verdadeiramente prodigiosas. E
é assim que vai conhecer cinco
adolescentes que, apesar de
totalmente diferentes, vivem
os mesmos problemas de
adaptação. Porém, depois de
um assalto que deixa um deles
às portas da morte, os jovens
decidem unir as suas forças e
vingar-se de uma comunidade
que sempre os olhou com
desdém. Agora, Jimbo tem de
encontrar uma forma de os
impedir.
Percy Jackson e o Mar
dos Monstros
De Thor Freudenthal. Com
Logan Lerman, Alexandra
Daddario, Nathan Fillion. EUA.
2013. 106m. Aventura, Fantasia.
M12.
Percy Jackson sempre se sentiu
estranho e diferente. Isto até
compreender que, afinal,
ele é um semideus, filho de
Poséidon, o soberano dos
mares e das tempestades, e de
uma humana por quem o deus
grego se apaixonou. Depois das
aventuras do passado, ele vêse a braços com uma enorme
responsabilidade: a salvação dos
da sua raça. Mas, para que isso
seja possível, terá de embarcar
numa perigosa aventura pelas
águas do Mar dos Monstros e
enfrentar criaturas sedentas de
morte e destruição.
Viramundo
De Pierre-Yves Borgeaud. SUI/
FRA. 2013. 95m. Documentário.
M12.
Músico e filantropo de
reconhecimento internacional,
Gilberto Gil segue uma longa
viagem pelo hemisfério sul.
Do Brasil à Austrália, passando
pela África do Sul, ele dá
seguimento ao trabalho que
iniciou no Ministério da Cultura
- quando, em 2003, se tornou
no primeiro ministro negro do
Brasil - promovendo o poder da
diversidade cultural num mundo
globalizado e cheio de injustiças.
PÚBLICO, SEX 16 AGO 2013 | 31
DR
Festas do Mar
A Baía de Cascais é novamente animada pelas
festividades em honra de Nossa Senhora dos
Navegantes, a protectora dos pescadores. Até dia
25, há espectáculos diários com grandes nomes
da música nacional. A excepção é o britânico Craig
David (na foto), que abre hoje as portas da festa.
Depois, tocam Miguel Gameiro (17), João Pedro Pais
23h50; Turbo M6. 13h40 (V.Port.); Percy
Jackson e o Mar dos Monstros M12. 16h10,
18h40 (2D), 21h20, 23h40 (3D)
Amadora
CinemaCity Alegro Alfragide
C.C. Alegro Alfragide. T. 214221030
A Gaiola Dourada M12. VIP Light - 17h55,
19h45, 21h35, 23h50; Os Smurfs 2 M6. VIP
Light - 13h25, 15h40 (V.Port.); Elysium M12.
VIP 1 - 13h20, 15h30, 17h40, 19h50, 22h,
00h10; WWZ: Guerra Mundial M16. Sala
3 - 19h40, 00h05; Gru - O Maldisposto
2 M6. Sala 3 - 21h55 (V.Port.); A
Gaiola Dourada M12. Sala 3 - 13h45,
15h35; Os Smurfs 2 M6. Sala 3 - 17h25
(V.Port.); Monstros: A Universidade M6.
Sala 4 - 16h05 (V.Port.); Homem de Aço M12.
Sala 4 - 23h55; Gru - O Maldisposto 2 M6.
Sala 4 - 18h25 (V.Port.); RED 2 - Ainda
Mais Perigosos M12. Sala 4 - 13h50,
21h30; Miúdos e Graúdos 2 M12. Sala
5 - 16h25; Wolverine M12. Sala 5 - 19h,
21h40, 00h15; O Mascarilha M12. Sala 5
- 13h25; Aviões M6. Sala 6 - 15h35, 19h35
(V.Port./3D), 13h35, 17h35, 21h35, 23h40
(V.Port./2D); Gru - O Maldisposto 2 M6.
Sala 7 - 13h45 (V.Port.); O Mascarilha M12.
Sala 7 - 15h50, 18h50, 21h50; Percy
Jackson e o Mar dos Monstros M12. Sala
8 - 13h50, 18h30, 21h45 (2D), 15h55, 00h05
(3D); Miúdos e Graúdos 2 M12. Sala 9 21h55; Os Smurfs 2 M6. Sala 9 - 14h, 16h15,
18h40 (V.Port./3D); O Mascarilha M12. Sala
9 - 24h; Monstros: A Universidade M6. Sala
10 - 13h30 (V.Port.); Mestres da Ilusão M12.
Sala 10 - 19h55, 22h10; Turbo M6. Sala 10 15h45, 17h50 (V.Port.); RED 2 - Ainda Mais
Perigosos M12. Sala 10 - 00h25
UCI Dolce Vita Tejo
C.C. da Amadora, EN 249/1. T. 707232221
Mestres da Ilusão M12. Sala 1 - 21h40,
00h10; Turbo M6. Sala 1 - 13h45, 18h40
(V.Port./2D), 16h35 (V.Port.); Aviões M6. Sala
2 - 14h10, 18h20, 23h40 (V.Port./2D), 16h15,
21h20 (V.Port./3D); Elysium M12. Sala 3 14h15, 16h35, 19h05, 21h35, 00h10;
Monstros: A Universidade M6. Sala 4
- 13h55 (V.Port.); Wolverine M12. Sala 4 16h30, 19h05, 21h40, 00h20; O Gangue de
Hollywood M12. Sala 5 - 14h15, 16h40, 19h,
21h20, 23h40; Gru - O Maldisposto 2 M6.
Sala 6 - 13h55 (V.Port./3D), 16h25, 18h50
(V.Port./2D); Miúdos e Graúdos 2 M12.
Sala 6 - 21h50, 00h20; O Mascarilha M12.
Sala 7 - 14h, 17h30, 21h15, 00h15; A Gaiola
Dourada M12. Sala 8 - 14h10, 16h45, 19h15,
21h30, 23h45; Percy Jackson e o Mar dos
Monstros M12. Sala 9 - 14h20, 16h40, 19h (2D),
21h45, 00h15 (3D); Depois da Terra M12.
Sala 10 - 00h20; Os Smurfs 2 M6. Sala 10 14h20, 19h20 (V.Port./3D), 16h35, 21h35
(V.Port./2D); RED 2 - Ainda Mais Perigosos
M12. Sala 11 - 14h, 16h30, 19h05, 21h35, 00h10
Barreiro
Castello Lopes - Fórum Barreiro
Campo das Cordoarias. T. 760789789
O Mascarilha M12. Sala 1 - 23h40; Aviões
M6. Sala 1 - 12h50, 15h10, 17h20 (V.Port./2D),
19h30, 21h40 (V.Port./3D); Elysium M12. Sala
2 - 12h40, 15h20, 18h20, 21h20, 23h50; O
Mascarilha M12. Sala 3 - 12h35, 15h30, 18h30,
21h30; A Gaiola Dourada M12. Sala 4 19h30, 21h25, 23h55; Os Smurfs 2 M6. Sala
4 - 12h45, 15h, 17h15 (V.Port.)
Cascais
ZON Lusomundo CascaiShopping
EN 9, Alcabideche. T. 16996
Percy Jackson e o Mar dos Monstros
M12. 12h40, 15h10, 17h50, 21h20, 23h50
(3D); Turbo M6. 13h10 (V.Port.); O
Mascarilha M12. 16h30, 21h, 00h10; Elysium
M12. 13h, 16h,18h30, 21h10, 23h40; A
Gaiola Dourada M12. 12h50, 15h, 17h10,
19h20, 21h30, 23h45; Aviões M6. 13h20,
15h40, 18h (V.Port./2D), 21h05, 23h30
(V.Port./3D); Wolverine M12. 21h15, 24h; Os
Smurfs 2 M6. 13h30, 15h50, 18h20 (V.Port.);
Gru - O Maldisposto 2 M6. 13h15 (V.Port.);
RED 2 - Ainda Mais Perigosos M12. 15h30,
18h10, 21h40, 00h15
Caldas da Rainha
Vivacine - Caldas da Rainha
C.C. Vivaci. T. 262840197
RED 2 - Ainda Mais Perigosos M12. Sala
1 - 21h15, 23h50; Aviões M6. Sala 1 - 15h25,
17h55 (V.Port.); Wolverine M12. Sala 2 21h20, 24h; Os Smurfs 2 M6. Sala 2 - 15h35,
18h05 (V.Port.); A Gaiola Dourada M12.
Sala 3 - 15h40, 18h10, 21h20, 23h35; Percy
Jackson e o Mar dos Monstros M12.
Sala 4 - 15h30, 18h15, 21h30, 23h55; O
Mascarilha M12. Sala 5 - 15h15, 18h20, 21h45
Sintra
CinemaCity Beloura Shopping
Est. Nac. nº 9 - Quinta Beloura. T. 219247643
Elysium M12. Cinemax - 15h30, 17h40,
19h50, 22h, 00h10; A Gaiola Dourada M12.
Sala 1 - 15h45, 19h50, 21h40, 23h50; O
Mascarilha M12. Sala 2 - 24h; Aviões M6.
Sala 2 - 15h30, 19h30 (V.Port./3D), 17h30,
21h30 (V.Port./2D); O Mascarilha M12.
Sala 3 - 15h55, 18h50, 21h45; Percy
Jackson e o Mar dos Monstros M12.
Sala 4 - 15h35, 17h40, 19h45, 21h50,
23h55; Gru - O Maldisposto 2 M6. Sala 5 15h40 (V.Port.); Batalha do Pacífico M12.
Sala 5 - 21h50; A Gaiola Dourada M12.
Sala 5 - 17h45; Os Smurfs 2 M6. Sala
5 - 19h35 (V.Port.); Aviões M6. Sala 5 00h30 (V.Port.); Turbo M6. Sala 6 - 15h50
(V.Port.), 17h55 (V.Port./3D); Miúdos e
Graúdos 2 M12. Sala 6 - 20h; RED 2 - Ainda
Mais Perigosos M12. Sala 6 - 22h05,
00h20; Wolverine M12. Sala 7 - 21h30,
00h05; Os Smurfs 2 M6. Sala 7 - 16h, 18h20
(V.Port./3D);
Castello Lopes - Fórum Sintra
Loja 2.21 - Alto do Forte. T. 760789789
Wolverine M12. Sala 1 - 21h, 23h50; Os
Smurfs 2 M6. Sala 1 - 18h (V.Port./3D), 13h10,
15h40 (V.Port./2D); A Gaiola Dourada M12.
Sala 2 - 13h, 15h10, 17h20, 19h25, 21h30,
00h05; Percy Jackson e o Mar dos
Monstros M12. Sala 3 - 13h30, 16h, 18h50
(2D), 21h45, 00h15 (3D); O Mascarilha M12.
Sala 4 - 23h40; Aviões M6. Sala 4 - 15h15,
17h30, 19h30 (V.Port./2D), 13h, 21h35
(V.Port./3D); O Mascarilha M12. Sala 5 12h40, 15h40, 18h40, 21h40; Turbo M6. Sala
6 - 13h05, 15h30 (V.Port.); RED 2 - Ainda
Mais Perigosos M12. Sala 6 - 18h20, 21h10,
00h10; Elysium M12. Sala 7 - 13h20, 15h50,
18h30, 21h20, 24h
Leiria
CinemaCity Leiria
R. Dr. Virgílio Vieira da Cunha. T. 244845071
A Gaiola Dourada M12. Sala 1 - 17h55, 19h55,
21h55, 23h55; Os Smurfs 2 M6. Sala 1 15h40 (V.Port.); A Gaiola Dourada M12. Sala
2 - 15h30; Os Smurfs 2 M6. Sala 2 - 17h20,
21h50 (V.Port.); O Mascarilha M12. Sala 2 00h05; RED 2 - Ainda Mais Perigosos M12.
Sala 2 - 19h35; Aviões M6. Sala 3 - 15h35,
19h35 (V.Port./3D), 17h35, 21h35, 23h50
(V.Port./2D); Elysium M12. Sala 4 - 15h50,
18h50, 21h40, 24h; Gru - O Maldisposto
2 M6. Sala 5 - 17h25 (V.Port.); Turbo M6.
Sala 5 - 15h20 (V.Port.); Wolverine M12. Sala
5 - 21h45, 00h20; Os Smurfs 2 M6. Sala
5 - 19h30 (V.Port./3D); O Mascarilha M12.
Sala 6 - 15h45, 18h40, 21h35; RED 2 - Ainda
Mais Perigosos M12. Sala 6 - 00h30; Percy
Jackson e o Mar dos Monstros M12. Sala 6 16h10 (2D), 18h30, 21h30, 00h10 (3D)
Montijo
ZON Lusomundo Fórum Montijo
C. C. Fórum Montijo. T. 16996
Aviões M6. 13h10, 15h40, 18h10 (V.Port./2D),
21h, 23h30 (V.Port./3D); A Gaiola
Dourada M12. 13h40, 15h50, 18h, 21h20,
23h40; Turbo M6. 13h50 (V.Port.); Percy
Jackson e o Mar dos Monstros M12.
16h10, 18h40, 21h40, 00h10; Os Smurfs
2 M6. 13h30, 16h, 18h30 (V.Port.); RED
2 - Ainda Mais Perigosos M12. 21h10,
23h50; Elysium M12. 13h, 15h45, 18h20,
21h30, 00h15; Gru - O Maldisposto 2 M6.
13h20 (V.Port.); O Mascarilha M12. 16h30,
20h50, 24h
Odivelas
ZON Lusomundo Odivelas Parque
C. C. Odivelasparque. T. 16996
Percy Jackson e o Mar dos Monstros M12.
13h20, 15h50, 18h20 (2D), 21h10,
23h40 (3D); O Mascarilha M12. 21h,
00h10; Aviões M6. 13h15, 15h30, 18h
(V.Port.); A Gaiola Dourada M12. 13h10,
15h20, 18h15, 21h30, 23h40; Elysium M12.
13h, 15h40, 18h30, 21h15, 23h50; Os Smurfs
2 M6. 13h10, 15h50, 18h10 (V.Port.); RED 2 Ainda Mais Perigosos M12. 21h20, 24h
Oeiras
ZON Lusomundo Oeiras Parque
C. C. Oeirashopping. T. 16996
Gru - O Maldisposto 2 M6. 13h25
(V.Port.); RED 2 - Ainda Mais
Perigosos M12. 15h45, 18h40, 21h40,
00h25; Elysium M12. 13h15, 15h50, 18h30,
21h30, 00h10 ; Turbo M6. 13h20 (V.Port.); O
Mascarilha M12. 16h, 21h, 00h15; Percy
Jackson e o Mar dos Monstros M12. 13h10,
15h40, 18h20 (2D), 21h20, 24h (3D); A
Gaiola Dourada M12. 12h50, 15h10, 17h20,
19h30, 21h45, 00h05; Aviões M6. 10h45,
13h05, 15h20, 18h (V.Port./2D), 21h10,
23h50 (V.Port./3D); Os Smurfs 2 M6.
13h, 15h30, 18h10 (V.Port.); O Gangue de
Hollywood M12. 21h50, 00h20
(18), Resistência (19), António Zambujo (20), João
Gil (21), Mónica Ferraz (22), Tiago Bettencourt (23),
Expensive Soul (24) e Xutos & Pontapés (25), entre
muitos outros. Os concertos começam às 20h30,
sempre com entrada livre. O cartaz conta ainda
com os catraios, canoas e varinos do Encontro de
Embarcações Tradicionais e com fogo-de-artifício.
17h30, 19h30, 21h40, 00h10; Elysium M12.
Sala 6 - 13h10, 15h40, 18h10, 21h30, 23h50
Miraflores
ZON Lusomundo Dolce Vita Miraflores
Av. das Túlipas. T. 707 CINEMA
Percy Jackson e o Mar dos Monstros M12.
15h30, 18h30 (2D), 21h30, 00h30 (3D); Os
Smurfs 2 M6. 15h20, 18h20 (V.Port.); O
Mascarilha M12. 21h20, 00h20; A Gaiola
Dourada M12. 15h10, 17h20, 19h30, 21h40,
24h; Aviões M6. 15h, 17h30, 19h50, 22h,
00h10 (V.Port.)
Pombal
Pombalcine
Pombal Shopping, R. St Luzia. T. 236218801
Homem de Aço M12. Sala 1 - 16h, 21h30
Torres Novas
Castello Lopes - TorreShopping
Bairro Nicho - Ponte Nova. T. 707220220
Elysium M12. Sala 1 - 12h50, 15h20, 18h10,
21h30, 24h; A Gaiola Dourada M12.
Sala 2 - 17h30, 19h30, 21h40, 00h10; Os
Smurfs 2 M6. Sala 2 - 13h, 15h30
(V.Port.); O Mascarilha M12. Sala 3 - 21h20,
00h05; Aviões M6. Sala 3 - 12h40, 17h20
(V.Port./3D), 15h10, 19h20 (V.Port./2D)
Torres Vedras
ZON Lusomundo Torres Vedras
C.C. Arena Shopping. T. 16996
RED 2 - Ainda Mais Perigosos M12. 21h50,
00h25; Aviões M6. 16h15 (V.Port./3D),
13h45, 18h45 (V.Port./2D); Elysium M12.
13h15, 16h, 18h30, 21h10, 23h40; Os
Smurfs 2 M6. 13h, 15h30, 18h (V.Port.); O
Mascarilha M12. 21h, 00h05; Percy Jackson
e o Mar dos Monstros M12. 14h, 16h30,
19h, 21h40, 00h15; A Gaiola Dourada M12.
13h30, 15h45, 18h15, 21h25, 23h50
Santarém
Castello Lopes - Santarém
Largo Cândido dos Reis. T. 760789789
Gru - O Maldisposto 2 M6. Sala 1 - 13h, 15h,
17h10, 19h20 (V.Port.); Wolverine M12. Sala
1 - 21h20, 24h; O Mascarilha M12. Sala 2 12h40, 15h35, 18h30, 21h25; Aviões M6. Sala
3 - 12h50, 14h50, 17h (V.Port./2D), 19h, 21h10,
23h30 (V.Port./3D); Os Smurfs 2 M6. Sala
4 - 13h20, 16h (V.Port.); RED 2 - Ainda Mais
Perigosos M12. Sala 4 - 18h20, 21h, 23h40; A
Gaiola Dourada M12. Sala 5 - 13h30, 15h30,
AS ESTRELAS
DO PÚBLICO
Jorge
Mourinha
Luís M.
Oliveira
A Gaiola Dourada
mmmmm
mmmmm
–
–
mmmmm
mmmmm
Dentro da Casa
Vasco
Câmara
Elysium
mmmmm
–
–
Uma Família Respeitável
mmmmm
mmmmm
mmmmm
–
mmmmm
mmmmm
Um Homem de Família
mmmmm
–
mmmmm
O Mascarilha
mmmmm
mmmmm
–
–
mmmmm
–
Só Deus Perdoa
mmmmm
A
mmmmm
Viramundo
mmmmm
–
–
O Gangue de Hollywood
A rapariga de 14 de Julho
a Mau mmmmm Medíocre mmmmm Razoável mmmmm Bom mmmmm Muito Bom mmmmm Excelente
Setúbal
ZON Lusomundo Almada Fórum
Estr. Caminho Municipal. T. 16996
Aviões M6. 13h20, 16h, 18h30, 21h05, 23h25
(V.Port.); A Gaiola Dourada M12. 12h45,
15h05, 17h20, 19h35, 21h50, 00h10; O
Mascarilha M12. 12h50, 16h10, 21h,
00h15; Elysium M12. 13h05, 15h40, 18h35,
21h30, 00h20; Percy Jackson e o Mar dos
Monstros M12. 13h15, 15h50, 18h25 (2D),
21h20, 24h (3D); Miúdos e Graúdos 2 M12.
15h20, 17h55, 21h40, 00h05; Macacos
no Espaço - Zartog Contra-ataca M6.
13h10 (V.Port.); Depois da Terra M12.
21h45, 00h10; Aviões M6. 13h, 15h40, 18h
(V.Port./3D); Mestres da Ilusão M12. 12h55,
15h35, 18h20, 21h35, 00h20; Wolverine M12.
12h40, 15h30, 18h25, 21h20, 00h15; Os
Smurfs 2 M6. 13h30, 16h05, 18h45, 21h15,
23h50 (V.Port.); Os Prodígios M16. 13h40,
15h55, 18h40, 21h25, 23h40; WWZ: Guerra
Mundial M16. 21h10, 23h50; Turbo M6. 13h25,
15h45, 18h10 (V.Port.); Gru - O Maldisposto
2 M6. 13h35, 16h15, 18h40 (V.Port.); O
Gangue de Hollywood M12. 21h35,
23h55; RED 2 - Ainda Mais Perigosos M12.
12h40, 15h25, 18h15, 21h15, 24h
Tomar
Cine-Teatro Paraíso - Tomar
Rua Infantaria, 15. T. 249329190
A Gaiola Dourada M12. Sala 1 - 21h30
Faro
SBC-International Cinemas
C. C. Fórum Algarve. T. 289887212
A Gaiola Dourada M12. Sala 1 - 14h45, 17h,
19h15, 21h35, 23h55; Os Smurfs 2 M6. Sala
1 - 12h30; O Mascarilha M12. Sala 2 - 15h50,
18h55, 22h; Elysium M12. Sala 3 - 14h20,
15h45, 19h15, 21h40, 00h10; Batalha do
Pacífico M12. Sala 4 - 00h20; Wolverine M12.
Sala 4 - 21h50 (3D); Os Smurfs 2 M6.
Sala 4 - 12h30, 17h10 (V.Port./2D), 14h50,
19h30 (V.Port./3D); Turbo M6. Sala 5 12h50, 15h, 17h10, 19h20 (V.Port.); Percy
Jackson e o Mar dos Monstros M12. Sala
5 - 2130, 23h50 (3D); Gru - O Maldisposto
2 M6. Sala 6 - 13h45 (V.Port.); RED 2 Ainda Mais Perigosos M12. Sala 6 - 16h,
18h30, 21h, 23h30; Aviões M6. Sala 7 12h45, 14h50, 16h55, 19h, 21h05, 23h10
(V.Port.); WWZ: Guerra Mundial M16. Sala
8 - 23h20; Turbo M6. Sala 8 - 14h35, 16h45
(V.Port.); Miúdos e Graúdos 2 M12. Sala
8 - 18h55, 21h10; Mestres da Ilusão M12.
Sala 9 - 23h55; Percy Jackson e o Mar dos
Monstros M12. Sala 9 - 14h15, 16h35, 18h55
Lagos
Algarcine - Cinema de Lagos
R. Cândido dos Reis. T. 282799138
O Mascarilha M12. Sala 1 - 21h45,
00h15; Aviões M6. Sala 1 - 15h15, 17h, 19h
(V.Port.); Elysium M12. Sala 2 - 15h15, 21h30,
24h
Olhão
Algarcine - Cinemas de Olhão
C.C. Ria Shopping. T. 289703332
Os Smurfs 2 M6. Sala 1 - 14h15, 16h30, 18h30
(V.Port.); RED 2 - Ainda Mais Perigosos M12.
Sala 1 - 21h30, 23h45; O Mascarilha M12. Sala
2 - 21h30; Aviões M6. Sala 2 - 14h, 16h30,
18h45 (V.Port.); A Gaiola Dourada M12. Sala
3 - 15h30, 18h30, 21h30, 23h30
32 | PÚBLICO, SEX 16 AGO 2013
SAIR
Portimão
Algarcine - Cinemas de Portimão
Av. Miguel Bombarda. T. 282411888
O Mascarilha M12. Sala 1 - 21h45, 00h15;
Aviões M6. Sala 1 - 13h50, 15h45, 17h50,
19h50 (V.Port.); A Gaiola Dourada M12. Sala
2 - 19h30, 21h30, 24h; Os Smurfs 2 M6. Sala
2 - 13h50, 15h30, 17h30 (V.Port.)
Tavira
Zon Lusomundo Tavira
R. Almirante Cândido dos Reis. T. 16996
O Mascarilha M12. 21h, 00h05; Aviões M6.
13h25, 15h50 (V.Port./3D), 18h20 (V.Port./2D);
A Gaiola Dourada M12. 13h30, 16h, 18h30,
21h20, 23h30; Elysium M12. 13h, 15h30,
18h10, 21h30, 24h; Percy Jackson e o Mar
dos Monstros M12. 13h20, 15h40, 18h,
21h10, 23h40 (3D); Os Smurfs 2 M6. 13h10,
15h35, 18h05 (V.Port.); RED 2 - Ainda Mais
Perigosos M12. 21h05, 23h45
TEATRO
Lisboa
Casa do Artista - Teatro Armando Cortez
Estrada da Pontinha, 7. T. 217110890
Broadway Baby - A História do Musical
Americano Enc. Henrique Feist. De 2/8 a
14/9. 6ª e Sáb às 22h. Musical. M/12.
Casino Lisboa
Parque das Nações. T. 218929000
A Verdadeira História de Barbi Enc.
Alexandre de Sousa. De 3/7 a 17/8. 4ª a Sáb
às 21h30. Dom às 17h. M/12. Duração: 80m.
Cinema São Jorge
Avenida da Liberdade, 175. T. 213103400
Preocupo-me, Logo Existo! Com Diogo
Infante. De 11/7 a 8/9. 5ª a Sáb às 22h. Dom
às 17h. M/12. Duração: 80m.
Teatro Politeama
R. Portas de Santo Antão, 109. T. 213405700
Grande Revista à Portuguesa Enc. Filipe La
Féria. A partir de 27/6. 4ª, 5ª e 6ª às 21h30.
Sáb às 17h e 21h30. Dom às 17h.
Teatro Rápido
Rua Serpa Pinto, 14. T. 213479138
Barbona Enc. Anna Carvalho, Marta Prieto.
Com Anna Carvalho, Marta Prieto. De 1/8 a
31/8. 2ª, 5ª, 6ª, Sáb e Dom às 18h15, 18h45,
19h15, 19h45 e 20h15 (na Sala 3). Duração:
15m. M/16. Belo, Feio e Assim Assim Enc.
José Carlos Garcia. De 1/8 a 31/8. 2ª, 5ª,
6ª, Sáb e Dom às 18h05, 18h35, 19h05,
19h35 e 20h05 (na Sala 2). Duração: 15m.
M/12. Cigano de Lisboa Enc. Alexandre
Tavares. De 1/8 a 31/8. 2ª, 5ª, 6ª, Sáb e Dom
às 18h, 18h30, 19h, 19h30 e 20h (na Sala
1). Duração: 15m. M/12. Sol-Ida-Mente...
Juntos! Enc. Fernando Gomes. De 1/8 a
31/8. 2ª, 5ª, 6ª, Sáb e Dom às 18h20, 18h50,
19h20, 19h50 e 20h25 (Sala 4). 15m. M/12.
Teatro Villaret
Av. Fontes Pereira Melo, 30A. T. 213538586
Loucura dos 50 Enc. Adriano Luz. De 8/8 a
15/9. 5ª a Sáb às 21h45. Dom às 17h. M/12.
Portimão
Teatro Municipal de Portimão
Largo 1.º de Dezembro. T. 282402470
Isto É Que Me Dói! Enc. Francisco
Nicholson. De 1/8 a 31/8. 5ª a Sáb às 22h.
Sintra
Quinta da Regaleira
Rua Barbosa du Bocage. T. 219106650
DR
As Aventuras de Pinóquio Byfurcação
Teatro. Enc. Sérgio Moura Afonso. De 28/6 a
30/8. 6ª e Sáb às 17h. Dom às 11h e 17h. M/6.
Duração: 65m. Ou Quixote De Cervantes (a
partir). De 30/5 a 6/10. 5ª a Dom às 22h.
EXPOSIÇÕES
Lisboa
Arquivo Fotográfico
Rua da Palma, 246. T. 218844060
Eduardo Portugal De 2/7 a 31/8. 2ª a Sáb
das 10h às 19h. Fotografia.
Atelier-Museu Júlio Pomar
Rua do Vale, 7. T. 218172111
Em torno do Acervo De Júlio Pomar. De 5/4
a 29/9. 3ª a Dom das 10h às 18h.
BES Arte & Finança
Pç. Marquês de Pombal, 3-B. T. 213508975
Territórios de Transição #11 De Helena
Almeida, Daniel Blaufuks, Rui Calçada
Bastos, Cindy Sherman, entre outros. De 6/6
a 19/9. 2ª a 6ª das 09h às 19h.
Biblioteca Nacional de Portugal
Campo Grande, 83. T. 217982000
Dous Gigantes Pintados Cõ Hus Bastões
nas Mãos: Gravuras Chinesas de Porta De
30/7 a 26/10. 2ª a 6ª das 09h30 às 17h30.
Luís António Verney (1713-1792) De 23/5 a
16/8. 2ª a 6ª das 09h30 às 19h30. Sáb das
09h30 às 17h30. Documental.
Carpe Diem Arte e Pesquisa
R. de O Século, 79. T. 211924175
Colectiva De Ana Léon + José Pedro Croft,
Catarina Branco, Cristina Lamas, Raúl Hevia
+ Antonio Díaz Grande, Catarina Botelho
+ João Grama + José Pedro Cortes, Akram
Zaatari, Alex Gabassi, Heleno Bernardi. De
8/6 a 17/8. 4ª a Sáb das 13h às 19h.
Casa Museu Dr. Anastácio Gonçalves
Avenida 5 de Outubro, 6/8. T. 213540823
A Sesta de Um Fauno De André Gomes. De
18/5 a 18/9. 4ª a Dom das 10h às 18h. 3ª das
14h às 18h. Fotografia.
Casa-Museu da Fundação António
Medeiros e Almeida
Rua Rosa Araújo, 41. T. 213547892
Peças com História... A partir de 25/3. 2ª a
6ª das 13h às 17h30. Sáb das 10h às 17h30.
Centro de Arte Moderna - José de Azeredo
Perdigão
R. Doutor Nicolau Bettencourt. T. 217823474
Sob o Signo de Amadeo. Um Século de
Arte De Amadeo Souza-Cardoso, entre
outros. De 26/7 a 19/1. 3ª a Dom das 10h às 18h.
Cristina Guerra - Contemporary Art
R. Santo António à Estrela, 33. T. 213959559
O Que Pode Um Corpo De Adriana Barreto.
De 16/8 a 4/9. 3ª a 6ª das 12h às 20h. Sáb das
15h às 20h. Fotografia, Vídeo.
Culturgest
R. Arco do Cego - CGD. T. 217905155
Tell It To My Heart. Reunido por Julie Ault.
De 21/6 a 8/9. 2ª, 4ª, 5ª e 6ª das 11h às 19h.
Sáb, Dom e feriados das 14h às 20h. Walter
Swennen De 21/6 a 8/9. 2ª, 4ª, 5ª e 6ª das 11h
às 19h. Sáb, Dom e feriados das 14h às 20h.
Ermida de Nossa Senhora da Conceição
Travessa do Marta Pinto, 12. T. 213637700
Fado (com Carminho) De Julião Sarmento.
De 15/6 a 18/8. 3ª a 6ª das 11h às 13h e das
14h às 17h. Sáb e Dom das 14h às 18h.
Espaço Cultural da AXA
Av. Mediterrâneo, Lote 1.01.1.2. T. 213506207
De Olhos Bem Fechados De Ana Calheiros
Soalheiro. De 18/7 a 20/9. 2ª a 6ª das 12h às
17h. Pintura.
Fundação Arpad Szenes - Vieira da Silva
Praça das Amoreiras, 56. T. 213880044
Aparências Privadas, Auto-Retratos de
Artistas Contemporâneos De Vieira da
Silva, Arpad Szenes, Pedro Cabrita Reis,
entre outros. De 18/7 a 10/11. 4ª a Dom das
10h às 18h. Jorge de Oliveira (1924-2010). A
Invenção Contínua De 18/5 a 1/9. 4ª a Dom
das 10h às 18h (grátis Dom das 10h às 14h).
Fundação e Museu Calouste Gulbenkian
Avenida de Berna, 45A. T. 217823000
9.ª Edição dos Encontros de Fotografia
de Bamako De 22/6 a 1/9. 3ª a Dom das 10h
às 18h. Arte Pública De Fátima Mendonça,
Luís Nobre, Catarina Branco, Catarina Pinto,
Nicholas Hlobo. De 21/6 a 29/9. 3ª a Dom das
10h às 18h. Present Tense De Délio Jasse,
Filipe Branquinho, Guy Tillim, Paul Samuels,
Pieter Hugo, Sabelo Mlangeni, Sammy
Baloji, Tsvangirayi Mukwazhi, entre outros.
De 22/6 a 1/9. 3ª a Dom das 10h às 18h.
Galeria de Arte Urbana
Calçada da Glória. T. 213227000
Almada por Se7e De Fidel Évora, João
Samina, Mário Belém, Miguel Januário,
Pantónio, Pedro Batista, Tamara Alves. De
7/4 a 30/9. Todos os dias (24h).
Galeria do Museu da Carris
R. 1º Maio, 101-103 - Santo Amaro.
João Ferro Martins e Miguel Palma:
Contínuo De 18/7 a 27/9. 2ª a Sáb das 10h às 17h.
Galeria Millennium
Rua Augusta.
A Sardinha É de Todos! De vários autores.
De 7/6 a 24/8. 2ª a Sáb das 10h às 17h.
Galeria Zé dos Bois
Rua da Barroca, 59. T. 213430205
Jaz aqui, na pequena praia extrema De
Alexandre Rendeiro, Ana Baliza, Carlos
Gaspar, David Guéniot, Eugénia Mussa,
Filipe Felizardo, Gustavo Sumpta,
Gwendolyn Van Der Velden, entre outros.
De 25/7 a 28/9. 4ª, 5ª e 6ª das 18h às 23h.
Sáb das 15h às 23h. Escultura, Outros.
Kunsthalle Lissabon
Av. da Liberdade, 211 - 1º. T. 912045650
Cartazes para o Museu do Homem do
Nordeste De Jonathas de Andrade. De 20/6
a 17/8. 5ª a Sáb das 15h às 19h. Outros.
Lisboa Story Centre
Terreiro do Paço. T. 916440827
Memórias da Cidade Todos os dias das 10h
às 20h (última admissão às 19h).
MNAC - Museu do Chiado
Rua Serpa Pinto, 4. T. 213432148
Almada no Chiado De Almada Negreiros.
De 10/7 a 1/9. 3ª a Dom das 10h às 18h. Arte
Portuguesa 1850-1975 De João Cristino da
Silva, Columbano Bordalo Pinheiro, João
Marques de Oliveira, Eduardo Viana, Mário
Eloy, entre outros. De 20/2 a 31/12. 3ª a Dom
das 10h às 18h. Jorge de Oliveira (19242010). A Invenção Contínua De 18/5 a 1/9.
4ª a Dom das 10h às 18h.
MUDE - Museu do Design e da Moda
Rua Augusta, 24. T. 218886117
21st Century Rural Museum De Ana Luísa,
Ana Mena, entre outros. De 16/5 a 1/9. 3ª a
Dom das 10h às 18h. Miguel Arruda De 20/6
a 25/8. 3ª a Dom das 10h às 18h. EPercursos.
Barro Negro/ Castanho/Ferro/ Granito De
Linde Burkhardt. De 11/4 a 18/8. 3ª a Dom
às 10h (última admissão às 17h45). Schiap
Shock De Elsa Schiaparelli. De 2/7 a 31/10.
3ª a Dom das 10h às 18h (última entrada
às 17h45). Único e Múltiplo. 2 Séculos de
Design 3ª a Dom das 10h às 20h.
Museu Colecção Berardo
Praça do Império - CCB. T. 213612878
Entre Memória e Arquivo De Helena
Almeida, Daniel Blaufuks, Christian
Boltanski, Marcel Duchamp, Tracy Moffatt,
Umrao Singh Sher-Gil, Hiroshi Sugimoto,
Vivan Sundaram, Jemima Stehli, Robert
Wilson, Francesca Woodman. De 3/7 a 29/9.
3ª a Dom das 10h às 19h (última entrada
às 18h30). Exposição Permanente do
Museu Colecção Berardo (1960-2010) De
Vito Acconci, Carl Andre, Alan Charlton,
Louise Bourgeois, José Pedro Croft, Antony
Gormley, Jeff Koons, Allan McCollum,
Gerhard Richter, Cindy Sherman, William
Wegman, entre outros. A partir de 9/11. 3ª
a Dom das 10h às 19h. O Consumo Feliz.
Publicidade e Sociedade no Século XX De
17/5 a 27/10. 3ª a Dom das 10h às 19h.
Museu da Cerveja
Terreiro do Paço. T. 210987656
Contos Murais De Júlio Pomar. A partir de
3/4. Todos os dias das 12h às 23h.
Museu da Cidade de Lisboa
Campo Grande, 245. T. 217513200
Devoções Populares. Registos em
Azulejos De 8/6 a 1/9. 3ª a Dom das 10h às
13h e das 14h às 18h. Lisboa 1755. A Cidade
à Beira do Terramoto - Reconstituição
virtual da Lisboa pré-pombalina A partir de
25/11. 3ª a Dom das 10h às 13h e das 14h às
18h. R9F6BRANCO De Fernanda Fragateiro,
Rui Mendes. De 22/6 a 1/9. 3ª a Dom das 10h
às 13h e das 14h às 18h.
Museu da Electricidade
Avenida Brasília. T. 210028190
Estranhos Jardins de Papel De Maria
Lusitano, Paula Roush. De 7/6 a 8/9. 3ª a
Dom das 10h às 18h. Pátria Querida De
Alberto García-Alix. De 26/6 a 18/8. 3ª a Dom
das 10h às 18h. Fotografia.
Museu da Marioneta
Rua da Esperança, 146 - Convento das
Bernardas. T. 213942810
Khon. O Teatro da Corte da Tailândia.
Colecção Francisco Capelo De 5/7 a
22/9. 3ª a Dom das 10h às 13h e das 14h às
18h. Marionetas - Exposição Permanente A
partir de 7/11. 3ª a Dom das 10h às 13h e das
14h às 18h.
Museu das Comunicações
Rua do Instituto Industrial, 16. T. 213935000
Casa do Futuro A partir de 1/3. 2ª a 6ª das
10h às 18h. Sáb às 16h. Mala Posta A partir
de 1/12. 2ª a 6ª das 10h às 18h. Sáb das 14h às
18h. Vencer a Distância - Cinco Séculos de
Comunicações em Portugal A partir de 2/5.
2ª a 6ª das 10h às 18h. Sáb das 14h às 18h.
Museu de São Roque
Largo Trindade Coelho (antiga Casa
Professa da Companhia de Jesus).
T. 213235065
A Encomenda Prodigiosa. Da Patriarcal à
Capela Real de São João Batista De 18/5
a 29/9. 4ª a Dom das 10h às 18h. 3ª das 14h
às 18h (grátis Dom e feriados até às 14h).
Exposição Permanente - Museu de São
Roque A partir de 20/12. 3ª, 4ª, 6ª, Sáb e
Dom das 10h às 18h. 5ª das 14h às 21h.
Museu do Combatente
Forte do Bom Sucesso. T. 213017225
A História da Aviação Militar A partir
de 16/10. Todos os dias das 10h às 17h.
Engenharia e Tecnologia Militar na
Antiguidade: Catapultas e Máquinas de
Cerco De 1/3 a 30/1. Todos os dias das
10h às 18h. Guerra do Ultramar - 50 anos
O Que Pode
Um Corpo,
exposição
de Adriana
Barreto
depois A partir de 11/2. 2ª, 3ª, 4ª, 5ª, 6ª,
Sáb, Dom e feriados das 10h às 17h. O
Combatente Português do Século XX A
partir de 10/12. Todos os dias das 10h às 17h.
Museu do Fado
Largo do Chafariz de Dentro, 1. T. 218823470
Museu do Fado (1998-2008) De
José Malhoa, Rafael Bordalo Pinheiro,
Constantino Fernandes, Cândido da Costa
Pinto, Arnaldo Louro de Almeida, João
Vieira, Júlio Pomar, entre outros. A partir de
2/10. 3ª a Dom das 10h às 18h. O Fado e o
Teatro De 30/6 a 31/12. 3ª a Dom das 10h às
18h (última admissão 17h30).
Museu do Oriente
Av. Brasília - Edifício Pedro Álvares Cabral Doca de Alcântara Norte. T. 213585200
Biombos De Catarina Castel-Branco. De 11/7
a 1/12. 3ª, 4ª, 5ª, Sáb e Dom das 10h às 18h.
6ª das 10h às 22h. Cartazes de Propaganda
Chinesa - A Arte ao Serviço da Política De
25/1 a 27/10. 2ª, 3ª, 4ª, 5ª, Sáb e Dom das 10h
às 18h. 6ª das 10h às 22h (entrada gratuita
a partir das 18h). Memórias de Viagens do
Olhar De Júlio de Matos. De 20/6 a 20/10.
3ª, 4ª, 5ª, Sáb e Dom das 10h às 18h. 6ª das
10h às 22h. Sombras da Ásia A partir de
28/6. 3ª, 4ª, 5ª, Sáb e Dom das 10h às 18h. 6ª
das 10h às 22h (gratuito das 18h às 22h).
Museu Nacional de Arte Antiga
Rua das Janelas Verdes, 1249 (Palácio Alvor).
T. 213912800
A Encomenda Prodigiosa. Da Patriarcal à
Capela Real de São João Batista De 18/5
a 29/9. 4ª a Dom das 10h às 18h. 3ª das 14h
às 18h (grátis Dom e feriados até às 14h).
Árvores. Desenho Estrangeiro e Português
(Séculos XVI a XIX) De vários autores. De
28/6 a 27/10. 4ª a Dom das 10h às 18h. 3ª das
14h às 18h. Jan van Eyck e Oficina De 24/5
a 1/9. 4ª a Dom das 10h às 18h. 3ª das 14h
às 18h. MNAA Olhares Contemporâneos.
A Arca Invisível De André Cepeda, José
Pedro Fortes, Vasco Barata. De 18/5 a 29/9.
4ª a Dom das 10h às 18h. 3ª das 14h às 18h
(grátis Dom e feriados até às 14h). Nas
Rotas do Mundo. Faiança Portuguesa dos
Séculos XVI a XVIII De 22/5 a 1/9. 4ª a Dom
das 10h às 18h. 3ª das 14h às 18h (grátis
Dom e feriados até às 14h). O Frei Carlos da
América - Investigação e Crítica De 28/6 a
15/9. 4ª a Dom das 10h às 18h. 3ª das 14h às
18h. Pintura e Artes Decorativas do Século
XII ao XIX A partir de 16/12. 3ª das 14h às
18h. 4ª a Dom das 10h às 18h.
Museu Nacional de História Natural
e da Ciência
Rua Escola Politécnica, 58/60. T. 213921800
A Aventura da Terra: um Planeta em
Evolução A partir de 19/11. 3ª a 6ª das 10h
às 17h (última admissão às 16h). Sáb e
Dom das 11h às 18h (última admissão às
17h). Allosaurus: Um Dinossáurio, Dois
Continentes? De 6/2 a 31/12. 3ª a 6ª das
10h às 17h. Sáb e Dom das 11h às 18h.
Biodiversidade no Mar Portugal De 30/5
a 16/11. 3ª a 6ª das 10h às 17h. Sáb e Dom
das 11h às 18h. Formas & Fórmulas De 1/6
a 29/9. 3ª a 6ª das 10h às 17h. Sáb e Dom
das 11h às 18h. Jóias da Terra - O Minério
da Panasqueira A partir de 1/8. 3ª a 6ª
das 10h às 17h. Sáb e Dom das 11h às 18h.
Memórias da Politécnica - Quatro séculos
de Educação, Ciência e Cultura De 16/2 a
31/12. 3ª a 6ª das 10h às 17h. Sáb e Dom das
11h às 18h. Summer Calling De Catarina
Mil-Homens, Igor Jesus, Rita Ferreira. De
2/8 a 1/9. 3ª a 6ª das 09h às 17h. Sáb e Dom
das 11h às 18h. Zoom - Uma Planta, Três
Olhares De 18/4 a 20/10. 3ª a 6ª das 10h às
17h. Sáb e Dom das 11h às 18h.
Museu Nacional do Teatro
Estrada do Lumiar, 10/12. T. 217567410
Era Uma Vez Qualquer Coisa... De Alberto
PÚBLICO, SEX 16 AGO 2013 | 33
SAIR
Simões de Almeida, Ana Cassiano, Catarina
Alves, Paula Rousseau, entre outros. De 19/7
a 29/9. 3ª a Dom das 10h às 18h. O Fado e o
Teatro De 30/6 a 31/12. 3ª a Dom das 10h às 18h.
Museu Nacional dos Coches
Pça Afonso Albuquerque. T. 213610850
Exposição Permanente de Coches Reais A
partir de 1/1. 3ª a Dom das 10h às 18h.
Museu Rafael Bordalo Pinheiro
Campo Grande, 382. T. 218170667
Através do Traço - Manuel Gustavo Bordalo
Pinheiro De 19/4 a 20/9. 3ª a Sáb das 10h às
18h. Desenho, Outros.
Oceanário de Lisboa
Doca dos Olivais. T. 218917002
Tartarugas Marinhas. A Viagem A partir de
7/4. Todos os dias das 10h às 20h.
Paços do Concelho
Praça do Município.
Freguesias de Lisboa - Passado e Futuro De
Daniel Rodrigues. De 13/5 a 30/9. 2ª a Sáb
das 10h às 20h. Fotografia.
Padrão dos Descobrimentos
Av. Brasília . T. 213031950
Infante D. Henrique. Talant de Bien Faire De
8/6 a 30/9. Todos os dias das 10h às 19h.
Palácio Nacional da Ajuda
Largo da Ajuda. T. 213637095
Joana Vasconcelos - Palácio Nacional da
Ajuda De 22/3 a 25/8. 2ª, 3ª, 5ª, 6ª e Dom
das 10h às 19h. Sáb das 10h às 21h.
Praça do Comércio (Terreiro do Paço)
A Última Fronteira - Lisboa em Tempo de
Guerra De 19/7 a 15/12. Todos os dias das
10h às 20h. Documental. No Torreão Poente.
Albufeira
Palácio de Congressos do Algarve
São Rafael Atlantic Hotel. T. 289598331
Animais Exóticos De 29/6 a 30/8. Todos os
dias das 15h às 23h (interacção com animais
das 18h às 21h30).
Algés
Centro de Arte Manuel de Brito
Alameda Hermano Patrone - Palácio dos
Anjos. T. 214111400
Colecção Manuel de Brito. Aquisições
Recentes De Carla Cerejo, Gil Heitor
Cortesão, Rui Ferreira, David Oliveira,
Pedro A.H. Paixão, João Queiroz, Pedro Vaz,
Gabriel Abrantes, Ricardo Angélico, Paula
DR
Rego, entre outros. De 20/6 a 22/9. 3ª a 6ª
das 10h às 18h. Sáb e Dom das 12h às 18h.
Lagos
Centro Cultural de Lagos
R. Lançarote de Freitas, 7. T. 282770450
Tudo Gira Dia 16/8 às 18h30. M/4.
Almada
Casa da Cerca - Centro de Arte
Contemporânea
Rua da Cerca. T. 212724950
Casa Ocupada De João Pedro Vale, Luisa
Cunha, Isabel Ribeiro, Sofia Leitão, José
Bechara, Ângela Ferreira, Ana PérezQuiroga, Ana Vieira, Manuel Caeiro, Rodrigo
Oliveira. De 6/4 a 19/1. 3ª a 6ª das 10h às 18h.
Sáb e Dom das 13h às 18h. Dodecaedro De
Adriana Molder. De 14/6 a 15/9. 3ª a 6ª das
10h às 18h. Sáb e Dom das 13h às 18h. Victor
Mestre: ao (Per)correr (d)a Vida De 25/5 a
15/9. 3ª a 6ª das 10h às 18h. Sáb e Dom das
13h às 18h. Arquitectura, Documental.
Parque da Paz
Fotografias de Luís Quinta De 2/7 a 12/10.
Todos os dias 24h. Fotografia.
Barcarena
Fábrica da Pólvora de Barcarena
Estrada das Fontaínhas. T. 214387460
Exposição Permanente de Arqueologia do
Concelho de Oeiras A partir de 16/6. 2ª a 6ª
das 14h às 17h.
Beja
Museu Regional de Beja - Rainha D. Leonor
Largo da Conceição / Igreja de Santo Amaro.
T. 284323351
Marcas do Território - Testemunhos do
Património do Baixo Alentejo 3ª a Dom das
09h30 às 12h30 e das 14h às 17h15.
Cascais
Casa das Histórias - Paula Rego
Avenida da República, 300. T. 214826970
As Óperas e a Colecção da Casa das
Histórias Paula Rego De 17/5 a 29/9. Todos
os dias das 10h às 19h. Pintura, Desenho.
Centro Cultural de Cascais
Av. Rei Humberto II de Itália. T. 214848900
Francisco de Goya - Gravuras De 29/6
a 8/9. 3ª a Dom das 10h às 18h. Made in
Hollywood De 7/6 a 1/9. 3ª a Dom das 10h
às 18h. Nuno Monteiro De 26/7 a 15/9. 3ª a
Dom das 10h às 18h. The Sky Begins at Your
Dentro
das Palavras
com
Rui Catalão
Monte Gordo
Feet De Karen Aarre. De 26/7 a 15/9. 3ª a
Dom das 10h às 18h. Tributo a José Viana Evocação da obra do Pintor De 11/7 a 22/9.
3ª a Dom das 10h às 18h. Window Talks De
Rui Paiva. De 20/7 a 22/9. 3ª a Dom das 10h
às 18h. Pintura.
Fortaleza de Cascais
Av. D. Carlos I. T. 214826730
De Propósito, Maria Keil - Obra Artística De
11/7 a 27/10. 4ª, 5ª e 6ª das 14h às 20h. Sáb e
Dom das 11h às 20h.
Largo do Martim Moniz
I Festival Xamanita Dia 16/8 às 13h. Com
Baltazar Molina, Tradballs, Magmell, Like
The Man Said, Nação Vira Lata.
MNAC - Museu do Chiado
Rua Serpa Pinto, 4. T. 213432148
Tó Trips Dia 16/8 às 19h30 (Noites de Verão).
Praça do Comércio (Terreiro do Paço)
Meo Out Jazz 2013 Dia 16/8 às 18h.
Tavira
Palácio de Congressos do Algarve
São Rafael Atlantic Hotel. T. 289598331
Xana Toc Toc De 16/8 a 17/8. 6ª às 21h. Sáb
às 18h30. Musical. M/3. Duração: 90m.
Casa das Artes de Tavira
R. João Vaz Corte Real, 96. T. 213463426
New York/Tavira #3 De Patrícia Proença,
Tod Tarhan, Robert Wong + Justin Windle. De
3/8 a 16/8. Todos os dias 21h30 às 00h30.
Museu Municipal de Tavira
Cç. Galeria - Palácio Galeria. T. 281320568
Copacabana - Panoramas do Rio De Marc
Ferrez, José Medeiros, entre outros. De 18/5
a 15/9. 3ª a Sáb das 10h às 12h30 e das 15h
às 18h30. Dieta Mediterrânica, Património
Cultural Milenar De 23/2 a 31/12. 3ª a Sáb
das 10h às 12h30 e das 15h às 18h30.
Núcleo Museológico Islâmico
Travessa da Fonte. T. 281320568
Tavira Islâmica 3ª a Sáb das 10h às 13h e
das 15h às 18h30.
Quartel da Atalaia
Insectos em Ordem De 5/7 a 1/9. Todos os
dias das 15h às 23h. Ciência.
Albufeira
Casino de Monte Gordo
Av. Infante D. Henrique. T. 281530800
Ana Laíns Dia 16/8 às 20h30.
Setúbal
Fórum Municipal Luísa Todi
Av. Luísa Todi, 65. T. 265522127
Rui Teixeira Group Dia 16/8 às 22h (I Festival
de Jazz de Verão de Setúbal).
Tavira
Museu Municipal de Tavira
Cç. Galeria - Palácio Galeria. T. 281320568
Hélder Moutinho Dia 16/8 às 22h.
Barcarena
Tomar
Fábrica da Pólvora de Barcarena
Estrada das Fontaínhas. T. 214387460
Carlo Faiello & Tammurriata Remix Às 22h.
Convento de Cristo
Convento de Cristo. T. 249313481
Recital Dia 16/8 às 15h (Zezere Arts - Festival
de Ópera e Canto Lírico 2013).
Cascais
Baía de Cascais
Craig David + Mia Rose Dia 16/8 às 20h30.
DANÇA
Estoril
Lagos
FIARTIL - Feira de Artesanato do Estoril
Pç. José Teodoro dos Santos. T. 214661743
Camané Dia 16/8 às 21h (Fiartil 2013).
Centro Cultural de Lagos
R. Lançarote de Freitas, 7. T. 282770450
Dentro das Palavras De Rui Catalão. Dia
16/8 às 21h30 (Festival Verão Azul). M/12.
Ferreira do Zêzere
MÚSICA
Lisboa
Hot Clube de Portugal
Praça da Alegria, 48. T. 213619740
Sara Serpa & Fragmentz Vocal Ensemble
De 16/8 a 17/8. 6ª e Sáb às 22h30.
Cine-Teatro Municipal Ivone Silva
Ferreira do Zêzere. T. 249360160
Così Fan Tutte Dia 16/8 às 18h e 21h30.
Lagoa
Parque Municipal de Feiras e Exposições
Lagoa (Algarve). T. 282353453
Entre Aspas Dia 16/8 às 22h30 (Fatacil).
FESTASEFEIRAS
Lagoa
Parque Municipal de Feiras e Exposições
de Lagoa
Lagoa (Algarve). T. 282353453
Fatacil 2013 De 16/8 a 25/8. Todos os dias.
FARMÁCIAS
Lisboa
Serviço Permanente
Barros Gouveia (Vale Formoso - Poço do
Bispo) - Rua do Vale Formoso de Cima,
79 - B - Tel. 218595180 Benfica (Benfica
- Portas de Benfica) - Estrada de Benfica,
678-E - Tel. 217602532 Dalton (Alto de S.
João - Paiva Couceiro) - Av. Mouzinho de
Albuquerque, 7 - A - Tel. 218143571 Galénica
(Tivoli - Restauradores) - Rua das Pretas, 12 Tel. 213477052 Padre Cruz (Carnide - Bº Pe.
Cruz(Junto à Igreja)) - Rua A - Lt. 138 R/C - Bº
Padre Cruz - Tel. 217121520 Soares (Rato) Av. Alvares Cabral, 1 - Tel. 213884282
Outras Localidades
Serviço Permanente
Abrantes - Silva Alandroal - Santiago
Maior , Alandroalense Albufeira - Santos
Pinto Alcácer do Sal - Misericórdia
Alcanena - Correia Pinto Alcobaça - Belo
Marques , Alves (Benedita), Nova (Benedita)
Alcochete - Nunes , Póvoas (Samouco)
Alenquer - Cuco , Matos Coelho Aljustrel
- Dias Almada - Reis , Vale Fetal, Braz da
Silva (Laranjeiro), Central - Trafaria (Trafaria)
Almeirim - Correia de Oliveira Almodôvar
- Aurea Alpiarça - Leitão Alter do Chão
- Alter , Portugal (Chança) Alvaiázere
- Ferreira da Gama , Castro Machado
(Alvorge), Pacheco Pereira (Cabaços),
Anubis (Maçãs D. Maria) Alvito - Nobre
Sobrinho Amadora - Nova , Soares Correia,
Clabel (Ermesinde) Ansião - Teixeira
Botelho , Medeiros (Avelar), Rego (Chão
de Couce), Pires (Santiago da Guarda)
Arraiolos - Misericórdia Arronches - Batista
, Esperança (Esperança/Arronches) Arruda
dos Vinhos - Da Misericórdia Avis - Nova
de Aviz Azambuja - Central , Miranda
Barrancos - Barranquense Barreiro Parreira Batalha - Moreira Padrão , Silva
Fernandes (Golpilheira) Beja - Fonseca
Belmonte - Costa , Central (Caria)
Benavente - Batista , Central (Samora
Correia) Bombarral - Miguel Borba - Central
Cadaval - Misericórdia , Figueiros (Figueiros
Cadaval (Jan,Mar,Maio)), Luso (Fev,Abr,Jun)
(Vilar Cadaval (Fev,Abr,Jun)) Caldas da
Rainha - Central Campo Maior - Central
Cartaxo - Correia dos Santos Cascais D’Aldeia , São João (Estoril), São Domingos
de Rana (S. Domingos de Rana) Castanheira
de Pera - Dinis Carvalho (Castanheira)
Castelo Branco - Salavessa (Cebolas de
Cima) Castelo de Vide - Freixedas Castro
Verde - Alentejana Chamusca - S. José
Constância - Baptista Coruche - Higiene
Covilhã - São João Crato - Saramago Pais
Cuba - Da Misericórdia Elvas - Moutta
Entroncamento - António Lucas Estremoz
- Costa Évora - Central Faro - Alexandre
Ferreira do Alentejo - Salgado Ferreira
do Zêzere - Moderna (Frazoeira/Ferreira
do Zezere) Figueiró dos Vinhos - Campos
(Aguda) , Vidigal Fronteira - Costa Coelho
Fundão - Taborda Gavião - Gavionense ,
Pimentel Golegã - Oliveira Freire Grândola
- Costa Idanha-a-Nova - Andrade (Idanha
A Nova) , Serrasqueiro Cabral (Ladoeiro),
Freitas (Zebreira) Lagoa - José Maceta
Lagos - Neves Leiria - Godinho Tomaz
Loulé - Nobre Passos (Almancil) , Chagas,
Algarve (Quarteira) Loures - Alto da Eira
, Das Olaias, Cortes (Sacavém) Lourinhã
- Correia Mendes (Moita dos Ferreiros) ,
Leal (Rio Tinto) Mação - Saldanha Mafra
- Popular (Encarnação) , Rolim (S. Cosme)
Marinha Grande - Sta. Isabel Marvão Roque Pinto Mértola - Nova de Mértola
Moita - Teixeira (Baixa da Banheira)
Monchique - Higya Monforte - Jardim
Montemor-o-Novo - Novalentejo Montijo
- Giraldes Mora - Canelas Pais (Cabeção) ,
Falcão, Central (Pavia) Moura - Rodrigues
Mourão - Central Nazaré - Silvério , Maria
Orlanda (Sitio da Nazaré) Nisa - Seabra
Odemira - Confiança Odivelas - Codivel ,
Cruz Correia Oeiras - Miraflores , S. Nunes
Simões, Seixas Martins Oleiros - Martins
Gonçalves (Estreito - Oleiros) , Garcia
Guerra, Xavier Gomes (Orvalho-Oleiros)
Olhão - Brito Ourém - Fonseca (Atouguia)
, Moderna Ourique - Nova (Garvão) ,
Ouriquense Palmela - de Palmela Pedrógão
Grande - Baeta Rebelo Penamacor - Cunha
Gil Peniche - Proença Pombal - Torres e
Correia Lda. Ponte de Sor - Cruz Bucho
Portalegre - Nova Portel - Fialho Portimão
- Moderna Porto de Mós - Lopes Proençaa-Nova - Roda , Daniel de Matos (Sobreira
Formosa) Redondo - Casa do Povo de
Redondo Reguengos de Monsaraz Moderna Rio Maior - Central Salvaterra
de Magos - Carvalho Santarém - Francisco
Viegas Sucrs Santiago do Cacém - Corte
Real São Brás de Alportel - São Brás
Sardoal - Passarinho Seixal - Fogueteiro
Serpa - Central Sertã - Patricio , Farinha
(Cernache do Bonjardim), Confiança
(Pedrogão Pequeno) Sesimbra - Bio-Latina
, da Cotovia, Lopes Setúbal - Rodrigues
Ferreira , Sália Silves - Sequeira Correia
Sines - Atlântico , Monteiro Telhada (Porto
Covo) Sintra - Domus Massamá , Ouressa,
São Francisco Xavier, Azeredo (Queluz), do
Forum Sintra (Rio de Mouro), da Terrugem
(Terrugem) Sobral Monte Agraço Moderna Sousel - Mendes Dordio (Cano)
, Andrade Tavira - Maria Aboim Tomar Misericórdia Torres Novas - Central Torres
Vedras - Torreense Vendas Novas - Ribeiro
Viana do Alentejo - Viana Vidigueira Costa Vila de Rei - Silva Domingos Vila
Franca de Xira - Botto e Sousa , Raposo,
Higiénica (Póvoa de Santa Iria), Moderna
Vila Nova da Barquinha - Carvalho (Praia
do Ribatejo) Vila Real de Santo António Carrilho Vila Velha de Rodão - Pinto Vila
Viçosa - Torrinha
34 | PÚBLICO, SEX 16 AGO 2013
JOGOS
Meteorologia
Ver mais em
www.publico.pt/tempo
CRUZADAS 8528
TEMPO PARA HOJE
Horizontais 1. Tem conhecimento de.
Impudico, devasso. 2. De baixa temperatura. Espaço de sete dias seguidos. 3.
Um, entre dois ou mais. Nome da letra
grega correspondente ao X. 4. Símbolo
de libra (unidade de massa). O tio dos
americanos. Transpirar. 5. Humano.
6. Patrão. Apertas com nó. 7. Hífen.
Autores (abrev.). 8. Pessoa amada. Nem
um. 9. Segundo. Composição poética
de assunto elevado e destinada ao canto. Substância filamentosa segregada
pela larva do sirgo. 10. Dar forma de fatia a. Madeira (abrev.). 11. Pequeno melão arredondado. Neste momento.
Solução do
problema anterior:
Horizontais: 1. Roaz.
Regata. 2. Escocês.
COM. 3. AO. Ti.
Parma. 4. Decaída. 5.
Ma. Larota. 6. VENTO.
Iroso. 7. Alça. Ata. AM.
8. Anáfora. 9. Asno.
Is. TIR. 10. Dedada.
Ouro. 11. Amora.
Asma.
Verticais: 1. Real.
Valada. 2. Oso.
Mel. Sem. 3. AC.
DANÇANDO. 4. Zote.
Tanoar. 5. Ciclo. Da.
6. Rê. Aa. Afia. 7.
ESPÍRITOS. 8. Adorar.
OS. 9. Acrato. Atum.
10. Tom. Asa. Ira. 11.
Amar. Ombro.
Título da Obra:
Dançando ao Vento
com os Espíritos.
Verticais: 1. Não acertar. Avançavam.
2. Senhor (abrev.). Interjeição imitativa do som de tiro ou pancada. Fatia de
carne frita ou passada pela grelha. 3.
Criada de quarto. Legenda de brasão.
Outra coisa (ant.). 4. Saquinho onde se
traz o dinheiro. Imóvel. 5. Latir dolorosamente. Espaço de 24 horas. 6. Resumo.
Elemento de formação de palavras que
exprime a ideia de nove. 7. Preposição
designativa de falta. Engenho com que
se tira água dos poços (cegonha). Rádio
(s.q.). 8. Antes do meio-dia (abrev.).
Possuis. 9. Falta. Elemento de formação
de palavras que exprime a ideia de sangue. 10. Ensejo (fig.). Cumprimentar. 11.
Antigo nome da República Democrática
do Congo. Querida.
Depois do problema resolvido encontre o provérbio nele inscrito (5 palavras).
Bragança
Viana do
Castelo
15º 23º
Braga
16º 32º
14º 28º
Vila Real
15º 29º
Porto
17º
17º 23º
Viseu
1-1,5m
18º
Guarda
15º 29º
Aveiro
14º 27º
Penha
Douradas
16º 23º
22º
Coimbra
16º 26º
Castelo
Branco
Leiria
18º 34º
17º 25º
Santarém
Portalegre
17º 31º
18º 33º
Lisboa
BRIDGE
SUDOKU
Dador: Norte
Vul: NS
NORTE
♠ K64
♥ QJ7
♦ Q96
♣ A943
ESTE
♠ 975
♥ 952
♦ K532
♣ KJ7
OESTE
♠2
♥ 10643
♦ J10874
♣ Q86
SUL
♠ AQJ1083
♥ AK8
♦A
♣ 1052
Oeste
18º 27º
Norte
1♣
passo
1ST
passo
2♠
passo
5♥ (2)
Todos passam
Este
passo
passo
passo
passo
Sul
1♠
2♦ (1)
4ST
6♠
Leilão: Equipas ou partida livre. (1) Novo
menor forcing – promete cinco cartas de
espadas e procura saber se o abridor tem
3 cartas de espadas (2) Duas cartas chave,
sem a Dama de trunfo
Carteio: Saída: J♦. Qual o seu plano para
cumprir este cheleme?
Solução: À partida, o cheleme parece estar
condenado ao fracasso. A duplicação de
valores a copas e a espadas, a juntar a uma
Dama de ouros inútil, fazem com que de vez
em quando apareça este tipo de anormalidade estatística. Apesar de tudo isso, este
cheleme pode ainda ser cumprido. Como?
A saída de Oeste não deixa dúvidas quanto
à colocação do 10 e do Rei de ouros, o 10
deverá estar em Oeste e o Rei em Este. Isso
significa que qualquer um dos defensores
terá de ficar a segurar essas cartas, ou será simples vir a apurar uma segunda vaza
a ouros, a 12ª neste caso. Como existe um
segundo naipe ameaçador – paus – a defesa pode vir a ficar apertada para conseguir
segurar tudo: os paus e os ouros. Se conseguirmos jogar as cartas pela ordem certa, e
se tivermos o dom de adivinhar a posição
final, o cheleme será cumprido.
A boa ordem: pequeno ouro do morto e Ás
da mão, cinco voltas de trunfo onde baldamos dois paus do morto. De seguida, Ás e
Rei de copas e copa para a Dama. Estamos a
quatro cartas do fim e temos: na nossa mão
– o último trunfo, e três paus de 10; no morto
– a Dama e o 9 de ouros e o Ás e o 9 de paus.
O que ficaram a segurar cada um dos defensores? Se ficaram com dois paus e dois
cada um, basta agora jogar o Ás de paus e
outro pau que os paus irão cair e o 10 da nossa mão irá ficar bom. Se um dos defensores
ficar a segurar três cartas de paus terá então
a sua figura de ouros seca, nesse caso teremos de acertar qual o adversário que ficou
com a sua figura de ouros seca: se for Oeste
a ter ficado com o 10 de ouros seco, avançamos agora com a Dama de ouros. Se Este
cobrir com o seu Rei cortamos, capturando
o 10 de Oeste, voltamos ao morto no Ás de
paus e apresentamos o 9 de ouros firme, a
12ª vaza; se Oeste não cobrir, então é mais
simples ainda – deixamos correr a Dama de
ouros baldando um pau da nossa mão. Se
tiver sido Este a ficar com o Rei de ouros seco, resta-nos apenas jogar o 9 de ouros do
morto e cortar o Rei de Este. No regresso ao
morto teremos a Dama de ouros firme! De
notar que o que aqui afirmamos é que o cheleme é possível de se cumprir, mas para tal é
importante jogar desta forma e adivinhar a
posição final.
Oeste
Norte
Este
1♣
Setúbal
Problema
5040
Dificuldade:
fácil
Évora
17º 30º
15º 35º
19º
Beja
Sines
16º
17º 35º
26º
1-1,5m
Sagres
18º 27º
Solução do
problema 5038
Faro
22º 35º
24º
0,5-1m
Açores
Corvo
Flores
Graciosa
23º
19º 25º
24º
Problema
5041
Dificuldade:
muito difícil
1m
S. Jorge
Faial
Terceira
20º 26º Pico
20º 26º
1-2m
S. Miguel
Ponta
Delgada
Sta Maria
Madeira
Porto Santo
Sul
1♦
22º
20º 26º
1m
21º 28º
?
Sol
21º
Nascente 06h36
Poente 20h50
1,5-2m
O que marca com a seguinte mão?
♠J65 ♥983 ♦KJ92 ♣Q95
Lua Nova
Solução do
problema 5039
Resposta: Uma mão regular e uma boa defesa a ouros, não será evidente a voz de 1ST?
Nem por isso. A voz de 1ST, sobre uma intervenção, para além de prometer uma paragem no naipe de intervenção, promete também 8 a 10 pontos de honra. Com apenas 7
pontos (e sem nada de extraordinário para
valorizar – cartas intermédias) o mais sensato é começar por passar, provavelmente iremos ter direito a voltar a falar e, nessa
altura, marcamos 1ST – 5 a 7 pontos. A boa
voz: passe.
João Fanha/Luís A.Teixeira
([email protected])
AMANHÃ
Funchal
º
0,5-1m 24
06 Ago. 22h51
22º 28º
Marés
Leixões
Faro
Preia-mar 11h11
23h53
2,8 10h49
2,9 10h54
2,8
2,8 23h31
2,8 23h34
2,8
Baixa-mar 04h46
1,2 04h23
1,3 04h15
1,2
1,2 17h12
1,3 17h06
1,2
17h32
© Alastair Chisholm 2008 and www.indigopuzzles.com
Cascais
Fonte: www.AccuWeather.com
PÚBLICO, SEX 16 AGO 2013 | DESPORTO | 35
Bondarenko ganha arriscada aposta
na altura e ameaça recorde do mundo
Ucraniano bateu o recorde dos campeonatos mundiais, com 2,41m, e esteve perto de ultrapassar o mítico
máximo de Javier Sotomayor. Jehue Gordon triunfou nos 400m barreiras com um final dramático
ADRIAN DENNIS/AFP
Atletismo
Luís Lopes
A final do salto em altura foi, como
se esperava, a prova mais espectacular do sexto dia dos Mundiais de
atletismo de Moscovo. E, ganhando
o favorito, não deixou de ter o adequado suspense relativo aos grandes
momentos. O ucraniano Bohdan
Bondarenko, de 23 anos, venceu e
convenceu, mas mostrou uma confiança além do habitual, ao apostar
tudo numa altura da competição em
que não precisava de correr riscos.
Se falhasse, não teria recuo. Porém, tudo acabou bem e, sozinho em
pista, o gigante eslavo (1,97m, filho
de um bom decatlonista e treinado
por ele) tentou bater o velho recorde
do cubano Javier Sotomayor, estabelecido, com 2,45m, em Salamanca, a
27 de Julho de 1993. Uma marca que
já fez 20 anos e que significa que um
homem pode saltar mais que uma baliza de futebol, que mede 2,44m.
Bondarenko não conseguiu esse
objectivo, mas o segundo ensaio a
2,46m foi muito bom e parece finalmente que há quem tenha tirado convenientemente as medidas a
uma marca que, durante anos a fio,
pareceu eterna.
Para trás ficava o mais importante,
e não foi pouco. Bondarenko iniciou
o concurso só a 2,29m e passou com
tanta margem sobre a barra que logo se viu que o dia não ia acabar de
forma indiferente. Depois dispensou
saltar os 2,32m e foi directamente a
2,35m, fasquia tantas vezes decisiva, que voltou a transpor com grande margem. A tal questão do risco
explica-se pelo facto de o ucraniano
ter dispensado, a priori, os 2,38m,
marca que serviu para assegurar o
título mundial em 11 das 13 edições
até agora disputadas. E, a essa altura,
o qatari Mutasz Barshim, detentor do
recorde asiático (2,40m), conseguiria
sucesso ao primeiro ensaio, tal como
o canadiano Derek Drouin passaria
à segunda tentativa, para um novo
recorde nacional.
Portanto, sem absoluta necessidade, Bondarenko tinha de passar os
mesmos 2,41m que, de forma sensacional, o projectaram para a fama
desde o meeting de Lausana, a 4 de
Julho. E abordava essa fasquia com
a incrível soma de dois saltos realizados… Um primeiro falhanço deixou
MEDALHEIRO
Ouro Prata
EUA
4
8
Quénia
3
3
Rússia
3
3
Alemanha
2
2
Etiópia
2
1
Jamaica
2
0
Ucrânia
2
0
Grã-Bretanha
2
0
Polónia
1
1
Rep. Checa
1
0
Colômbia
1
0
Croácia
1
0
Irlanda
1
0
Nova Zelândia
1
0
Suécia
1
0
Trind. e Tobago 1
0
França
0
2
Canadá
0
1
China
0
1
Botswana
0
1
Costa do Marfim 0
1
Hungria
0
1
Itália
0
1
Nigéria
0
1
Qatar
0
1
Cuba
0
0
Sérvia
0
0
Austrália
0
0
Djibuti
0
0
R. Dominicana 0
0
Espanha
0
0
Estónia
0
0
Japão
0
0
Holanda
0
0
Bronze
2
2
2
1
2
1
1
0
0
1
0
0
0
0
0
0
1
2
2
0
0
0
0
0
0
2
2
1
1
1
1
1
1
1
Total
14
8
8
5
5
3
3
2
2
2
1
1
1
1
1
1
3
3
3
1
1
1
1
1
1
2
2
1
1
1
1
1
1
1
Bondarenko comprovou todo o favoritismo que carregava no salto em altura
Colossos em final
sem Marco Fortes
U
ma das grandes finais
do dia de hoje é a do
lançamento de peso
masculino. Marco Fortes
tentou ontem chegar à final,
procurando um lugar próximo
do quinto de há dois anos, e,
para isso, teria de ficar entre
os 12 primeiros no caso de
repescagem, ou fazer 20,65m.
Ficou longe de ambas as
metas. Lançou 19,38m ao
primeiro ensaio, 19,19m no
seguinte e fez nulo no terceiro,
e assim ficou em 16.º lugar da
geral. Para hoje, o americano
Ryan Whiting parte como
grande favorito, com a melhor
marca do ano (22,28m). O
checo Ladislav Prasil (fez
ontem 20,90m) também está
em bom plano e há que contar
também com o polaco Tomasz
Majewski, o alemão David
Storl e o americano Reese
Hoffa. L.L.
os outros a acreditar que poderia haver surpresa, mas o segundo salto
arrumou a questão. Nunca se vira
antes tal confiança numa disciplina
como o salto em altura, em que por
vezes surgem grandes reviravoltas.
O ucraniano ficou com o recorde
dos campeonatos, que era pertença, desde a quarta edição, de 1993,
do próprio recordista mundial Javier
Sotomayor (2,40m).
O sucesso de Drouin, a 2,38m, teve
o condão de deixar os russos fora das
medalhas. Aleksandr Shustov fez o
seu melhor do ano, 2,32m, e foi sétimo, enquanto o campeão olímpico
Ivan Ukhov também obteve a sua
marca mais alta de 2013, com 2,35m,
mas, ao falhar os 2,38m, teve de se
contentar com o quarto lugar.
Melhor marca para Hejnová
Na final dos 400m barreiras femininos, colocava-se a questão de saber se a checa Zuzana Hejnová iria
manter a invencibilidade alardeada
em toda a temporada. A resposta foi
sim. À entrada da recta final, a checa
foi-se destacando largamente das rivais e ainda saiu em força da última
barreira para acabar com a melhor
marca do ano, a 52,83s, entrando no
exclusivo clube das que têm menos
de 53 segundos e com um margem de
avanço sobre a segunda, a americana
Dalilah Muhammad (54,09s), que é
de longe a maior da história dos campeonatos, superando os 93 centésimos dos campeonatos de 2001.
A mesma prova masculina foi dramática, com o campeão americano
Michael Tinsley a aguentar uma curta liderança que Jehue Gordon, de
Trindade e Tobago, lhe arrebatou de
forma a ser apenas o photo finish a
decidir, mesmo em cima da meta,
com um grande recorde nacional de
47,69s, e com o seu rival a um centésimo. Gordon consumou o que deixara antever nos Mundiais de Berlim, em 2009, onde foi quarto aos 17
anos. E a Europa descobriu um novo
grande especialista da disciplina, o
sérvio Emir Bekric, que na pista oito
concluiu em terceiro com 48,05s.
Nos 3000m obstáculos, os quenianos dominaram e o francês Mahiedine Mekhissi-Benabbad voltou a estar
no pódio, em terceiro. Ezekiel Kemboi usou a sua velocidade terminal
para se impor ao ainda júnior Conselsus Kipruto (8m06,37s) e, assim,
obteve, com 8m06,01s, o terceiro
título mundial seguido.
RESULTADOS E PROGRAMA
FINAIS DE ONTEM
400m barreiras (M)
1. Jehue Gordon (Trindade e Tobago)
2. Michael Tinsley (EUA)
3. Emir Bekric (Sérvia)
3000m obstáculos (M)
1. Ezekiel Kemboi (Quénia)
2. Conseslus Kipruto (Quénia)
3. M. Mekhissi-Benabbad (França)
Salto em altura (M)
1. Bohdan Bondarenko (Ucrânia)
2. Mutaz Essa Barshim (Qatar)
3. Derek Drouin (Canadá)
1500m (F)
1. Abeba Aregawi (Suécia)
2. Jennifer Simpson (EUA)
3. Hellen Onsando Obiri (Quénia)
47,69s
47,70s
48,05s
8m06,01s
8m06,37s
8m07,86s
2,41m
2,38m
2,38m
4m02,67s
4m02,99s
4m03,86s
Triplo salto (F)
1. Caterine Ibargüen (Colômbia)
2. Ekaterina Koneva (Rússia)
3. Olha Saladuha (Ucrãnia)
14,85m
14,81m
14,65m
400m barreiras (F)
1. Zuzana Hejnová (Rep. Checa)
2. Dalilah Muhammad (EUA)
3. Lashinda Demus (EUA)
52,83s
54,09s
54,27s
FINAIS DE HOJE
16h00 Dardo (F)
16h30 Comprimento (M)
17h10 Peso (M)
17h45 5000m (M)
18h15 200m (F)
18h30 4x400m (M)
PROGRAMA DOS PORTUGUESES
Nenhum português competirá hoje
36 | DESPORTO | PÚBLICO, SEX 16 AGO 2013
RAFAEL MARCHANTE/REUTERS
Alex Sandro quer
vitória e boa
exibição na estreia
do FC Porto na Liga
Futebol
Paulo Curado
A tradição diz que o FC Porto é feliz no Estádio do Bonfim, onde não
perde há 30 anos, mas os “dragões”
não querem descansar à sombra das
estatísticas e estão empenhados em
vencer o Vitória de Setúbal na estreia da equipa no campeonato, no
domingo. Ontem, Alex Sandro garantiu que este será um jogo complicado para a sua equipa, mas está confiante que os “dragões” farão
uma boa exibição.
“Jogar contra o Vitória de Setúbal, e fora de casa, é sempre complicado. É uma equipa agressiva,
que se fecha muito bem, e vai ser
um jogo complicado, mas estamos
a trabalhar em cima disso para que
não fique tão difícil”, revelou o defesa brasileiro, considerando que
um resultado positivo em Setúbal
PUBLICIDADE
será importante para motivar a sua
equipa para a temporada.
Já com um título conquistado esta
época, após o triunfo frente ao Vitória de Guimarães (3-0) na Supertaça, Alex Sandro está confiante
na qualidade do trabalho da nova
equipa técnica, mas não quis assumir o favoritismo para a conquista
do campeonato. “Faz muito tempo
que está posto de lado falar de favoritismo. O FC Porto faz sim, todos os
anos, prevalecer que continua forte
e atrás de títulos”, justificou.
O jogador elogiou ainda a qualidade dos reforços que chegaram
esta temporada, manifestando o
desejo de continuidade do avançado colombiano Jackson Martínez:
“Todos os grandes clubes querem
ter Jackson Martínez no seu plantel.
Para nós, obviamente, seria muito
bom se ele ficasse. Para o clube e
para os jogadores seria óptimo que
ele ficasse.”
Breves
Ténis
Aos 28 anos, Marion
Bartoli anuncia
fim da carreira
Ronaldo apresenta uma média de 0,38 golos por jogo na selecção
Cristiano Ronaldo a
um golo de Eusébio
e a oito da história
Futebol
Tiago Pimentel
Faltam apenas oito golos
para Cristiano Ronaldo se
tornar o melhor marcador,
em termos absolutos,
da selecção portuguesa
Com o golo marcado aos 87’ do jogo
particular frente à Holanda (1-1), que
evitou a derrota da equipa de Paulo
Bento na quarta-feira, Cristiano Ronaldo atingiu a marca dos 40 golos
ao serviço da selecção portuguesa.
Só falta um para o futebolista do
Real Madrid igualar Eusébio, o segundo melhor marcador da história
da equipa nacional. A liderança da
classificação continua a pertencer a
Pauleta, que apontou 47 golos por
Portugal. Aos 28 anos de idade, são
apenas oito golos aqueles que separam Cristiano Ronaldo de um lugar
na história como o melhor marcador
de sempre da selecção.
Maiores goleadores
Ali Daei (Irão)
109 golos
Ferenc Puskas (Hungria)
84
Godfrey Chitalu (Zâmbia)
78
Pelé (Brasil)
77
Sandor Kocsis (Hungria)
75
Bashar Abdullah (Koweit)
75
Senamuang (Tailândia)
71
Stern John (T. Tobago)
70
Hossam Hassan (Egipto)
69
Gerd Müller (RFA)
68
Se a liderança absoluta da lista
de melhores marcadores está ao
alcance de Cristiano Ronaldo, há
um aspecto em que o madeirense
perde para Eusébio e Pauleta: a
média de golos por jogo. Cristiano
Ronaldo marcou o 40.º golo à 105.ª
internacionalização, o que dá 0,38
golos/jogo. A título de comparação,
Hélder Postiga, que tem sido a primeira opção de Paulo Bento para
o eixo do ataque da equipa nacional, tem uma média de 0,42 golos/
jogo (26 marcados em 62 partidas).
Pauleta fez 47 golos em 88 jogos, à
média de 0,53 golos/jogo. E Eusébio, ao ter obtido 41 golos em 64
partidas, ostenta uma média de
0,64 golos/jogo.
Olhe-se por onde se olhar, o número de golos dos melhores marcadores da equipa nacional fica,
porém, aquém dos registos dos
avançados mais concretizadores ao
serviço das respectivas selecções. O
rei absoluto dos goleadores internacionais continua a ser, com larga
vantagem, Ali Daei — fez um total
de 109 golos com a camisola da selecção iraniana, entre 1993 e 2006.
Ferenc Puskas, com 84 golos em 89
jogos internacionais (85 pela Hungria e quatro por Espanha, embora
não tenha marcado golos ao serviço
da roja), é quem mais se aproxima
do registo goleador de Ali Daei.
Claro que a fragilidade dos adversários também ajuda. Daí figurarem
no top 10 dos maiores goleadores
nomes como Godfrey Chitalu, que
terá feito um total de 78 golos pela
selecção zambiana. Um a mais em
relação aos que Pelé celebrou com a
camisola canarinha do Brasil.
Seis semanas depois de
ter conquistado o torneio
de Wimbledon, a tenista
francesa Marion Bartoli
anunciou ontem o fim da
carreira. “O meu corpo não
aguenta mais”, confessou
aos 28 anos, 13 deles no ténis.
A 6 de Julho, Bartoli, 15.ª do
ranking mundial, ganhou em
Wimbledon após derrotar, na
final, a alemã Sabine Lisicki,
por 6-1, 6-4. Era a primeira
francesa a vencer o torneio
desde 2006. Ontem chegou a
notícia, logo após uma derrota
frente à romena Simona Halep
(3-6, 6-4, 6-1) no torneio WTA
de Cincinnati, nos Estados
Unidos. “É a altura de pôr fim
à minha carreira”, anunciou
em conferência de imprensa,
citada pela AFP. A razão:
cansaço físico. “O meu corpo
não consegue suportar mais”,
acrescentou, em lágrimas.
Futebol
Palestinianos
pedem à FIFA cartão
vermelho a Israel
A Federação Palestiniana de
Futebol apelou ontem à FIFA
para que “mostre um cartão
vermelho a Israel”, alegando
que o Estado hebreu impediu
várias equipas árabes de
entrarem nos territórios
palestinianos. “Exigimos
que a FIFA mostre o cartão
vermelho, porque há muito
tempo que já foi mostrado
o amarelo”, afirmou Jibril
al-Rujub, presidente da
federação palestiniana,
exigindo a expulsão de Israel
do organismo que rege o
futebol mundial. Segundo AlRujub, Israel não autorizou a
entrada nos territórios a vários
representantes da Federação
de Futebol do Oeste Asiático
(WAFF), à qual pertencem 12
federações árabes. As equipas
deveriam começar, desde
ontem, a sua participação num
campeonato regional sub-17.
PÚBLICO, SEX 16 AGO 2013 | DESPORTO | 37
Antes da Torre, mudou
o palmarés do espanhol
Raúl Alarcón e pouco mais
Santos é
favorito no
Nacional de
profissionais
NUNO VEIGA
Volta a Portugal
Manuel Assunção
CLASSIFICAÇÕES
TERMAS DE MONFORTINHO-GOUVEIA
(176,3 KM)
Apesar da montanha, a 7.ª
etapa da Volta a Portugal
não alterou a classificação
nem as diferenças entre
os seis primeiros
Raúl Alarcón começou o primeiro dia
de serra da Estrela da 75.ª edição da
Volta a Portugal num anónimo 100.º
lugar da geral. Mas o espanhol, à falta
de mudanças significativas no topo
da classificação, foi o homem do dia,
ao vencer isolado em Gouveia, depois de andar quase 60 quilómetros
sozinho na frente.
Apesar das subidas às Penhas da
Saúde (1.ª categoria) e às Penhas Douradas (2.ª), a 7.ª etapa, iniciada nas
Termas de Monfortinho, não mudou
nada — nem as classificações nem as
diferenças — entre os seis primeiros.
Um cenário que mudará — ou deverá
mudar — hoje, com a realização da
etapa-rainha da prova, com chegada
marcada para a Torre (em Seia), após
28 quilómetros de subida, e passagens anteriores por duas contagens
de 1.ª categoria.
As Penhas da Saúde fizeram diferença para Alarcón, o espanhol
que deu o primeiro triunfo à equipa
Louletano-Dunas Douradas. Foi no
início dessa subida que se livrou dos
últimos colegas de uma fuga de 17
elementos e nunca mais olhou para trás.
“Estava difícil vencer este ano.
Consegui na Volta a Portugal uma das
melhores corridas do mundo. Tinha
esta etapa marcada desde o princípio”, afirmou o ciclista de 27 anos.
Alarcón estreou-se como profissional
em 2007, na Saunier Duval, mas em
2009 e 2010 competiu como amador
antes de a actual Efapel-Glassdrive
lhe dar uma oportunidade em 2011,
provavelmente convencida pelos
seus sete triunfos no ano anterior.
7.ª etapa
1. Raúl Alarcón (Louletano-D. Dour.) 4h45m45s
2. Edgar Pinto (LA-Antarte)
a 1m30s
3. Célio Sousa (Rádio Popular-Onda)
m.t.
4. Marcel Wyss (IAM Cycling)
m.t.
5. Gustavo Veloso (OFM-Quinta da Lixa)
m.t.
6. Rui Sousa (Efapel-Glassdrive)
m.t.
7. Sergio Pardilla (MTN-Qhubeka)
m.t.
8. Hernâni Broco (Efapel-Glassdrive)
m.t.
9. Vladislav Gorbunov (Astana Continental) m.t.
10. Daniel Silva (Rádio Popular-Onda)
m.t.
Geral
1. Sergio Pardilla (MTN-Qhubeka)
34h08m31s
2. Rui Sousa (Efapel-Glassdrive)
m.t.
3. Gustavo Veloso (OFM-Quinta da Lixa)
a 7s
4. Hernâni Broco (Efapel-Glassdrive)
a 17s
5. Vladislav Gorbunov (Astana Continental) a 20s
6. Alejandro Marque (OFM-Quinta da Lixa) a 24s
7. Daniel Silva (Rádio Popular-Onda)
a 46s
8. Edgar Pinto (LA-Antarte)
a 47s
9. Marcel Wyss (IAM Cycling)
a 50s
10. Rui Vinhas (Louletano-Dunas Douradas) a 59s
Alarcón à chegada a Gouveia, no final da etapa
7.ª etapa: Oliveira do Hospital - Alto da Torre
Prémios de montanha
1-2-3-4
E (especial)
Portela
do Arão
2000
1600
1200
800
Ervedal
da Beira
Lagoa
Comprida
1
Alto da Torre
E
Sabugueiro
1
102h13m43s
a 2m41s
a 3m41s
Pontos
1. Manuel Cardoso (Caja Rural)
2. Edgar Pinto (LA-Antarte)
3. Delio Fernández (OFM-Quinta da Lixa)
Meta-volante V
166,3 km
2400
Geral por equipas
1. Efapel-Glassdrive
2. OFM-Quinta da Lixa
3. Rádio Popular-Onda
Seia
73 pts
66
52
Montanha
1. Márcio Barbosa (LA-Antarte)
72 pts
2. Joni Brandão (Efapel-Glassdrive)
37
3. Raúl Alarcón (Louletano-Dunas Douradas) 28
Juventude
1. Vladislav Gorbunov (Astana Cont.) 34h08m55s
2. Rafael Silva (LA-Antarte)
a 4m27s
3. Jan Hirt (Leopard-Trek)
a 4m31s
400
0
Km
20,3
77,7 88,6 98,5
138,1
Fonte: www.volta-portugal.com
No primeiro ano ganhou uma etapa
(ao sprint) do troféu Liberty Seguros
e outra do Troféu Joaquim Agostinho
(isolado), curiosamente ambas disputadas num sistema de circuito de
dez voltas, às quais juntou a vitória
na classificação de montanha da Volta a Castela e Leão.
Agora, voltou aos triunfos num dia
em que montanhas não geraram diferenças para os principais candidatos
à vitória final, apesar de algumas tentativas dos homens da Efapel-Glass-
drive — que chegaram a “perseguir”
os próprios colegas de equipa Nuno
Ribeiro e Filipe Cardoso, gerando a
irritação destes — e de Edgar Pinto
(LA-Antarte). Alarcón, um rolador
possante, acabou com um minuto
e meio de vantagem sobre o grupo
de perseguidores, no qual estavam
incluídos quase todos os homens do
top 10, incluindo o camisola amarela Sergio Pardilla (MTN-Qhubeka),
que se defendeu bem, e Rui Sousa
(Efapel-Glassdrive), segundo da geral
com o mesmo tempo do líder. Mas
o espanhol Delio Fernández (OFMQuinta da Lixa) e César Fonte (EfapelGlassdrive), respectivamente 7.º e 8.º
à partida para a etapa, perderam
2m34s para os adversários e caíram
para os 14.º e 15.º postos.
“Nestas fases finais, noto que Pardilla me marca a roda. É natural,
porque eu faria o mesmo no lugar
dele. Sexta-feira é, para mim, o dia
decisivo desta Volta. Hoje [ontem]
foi bastante duro, as montanhas foram atacadas, mas era difícil fazer
alguma diferença”, referiu Rui Sousa,
que já terminou três vezes a Volta no
3.º lugar.
Golfe
Rodrigo Cordoeiro
Ricardo Santos é o principal favorito à vitória no Campeonato Nacional de Profissionais, que se realiza
entre hoje e domingo no campo
algarvio do Pestana Vila Sol, em
Vilamoura. O melhor golfista português da actualidade, que este ano
já facturou mais de 400 mil euros
em prémios no European Tour, procura recuperar um ceptro que lhe
pertenceu em 2011 e, assim, suceder ao seu irmão mais velho, Hugo,
na lista dos campeões.
Na edição passada, por motivos
de calendário, Ricardo não pôde
participar e o primeiro lugar pertenceu ao amador Gonçalo Pinto,
mas foi Hugo que ficou com o troféu. Desta vez não haverá amadores em prova, o que se explica pelo facto de o Vila Sol ter cedido o
campo à PGA de Portugal. Explica
o presidente deste organismo, José
Correia: “Ter mais dez ou 15 amadores representa muito valor em
termos de tee times. Não quisemos
sobrecarregar o campo.”
Um dos aliciantes do torneio é
a estreia de Pedro Figueiredo — o
melhor amador português de sempre — como profissional em Portugal, depois de três cuts falhados no
Challenge Tour. Os grandes ausentes são Filipe Lima e Nuno Henriques.
A nível amador, Ricardo Melo
Gouveia (88.º no ranking mundial
amador) foi eliminado na primeira
ronda do match play do US Amateur, no The Country Club, em
Brookline, Massachusetts. Depois
de ter sido 20.º na fase de stroke
play (entre 312 jogadores), que
serviu para apurar os 64 primeiros para o match play, o português
perdeu para americano Brandon
Hagy (26.º no ranking) no primeiro
buraco do play-off. Em 2012, tinha
atingido os quartos-de-final.
PUBLICIDADE
38 | PÚBLICO, SEX 16 AGO 2013
ESPAÇOPÚBLICO
Os artigos publicados nesta secção respeitam a norma ortográfica escolhida pelos autores
EDITORIAL
A derrota do Ocidente
nas ruas do Cairo
Os actos e as omissões de Bruxelas
e de Washington na era pós-Morsi
vão ser associados à morte de civis
N
ão foi só o sonho da democracia
liberal aberto pela Primavera Árabe
que se esfumou no terrível banho
de sangue nas ruas do Cairo. Nessa
agressão aos mais elementares direitos
humanos ruíram também os esforços do
Ocidente para suster o islamismo radical.
Quando um exército irrompe pelas ruas
e dispara de forma indiscriminada contra
a população civil, não basta a retórica
tradicional da condenação da violência nem
a apologia das liberdades individuais. É
preciso recorrer às mesmas palavras e actos
que quer os Estados Unidos quer a União
Europeia usam para atacar a brutalidade
de Al-Assad na Síria. O Ocidente, porém,
não o faz porque está amarrado à
condescendência com que assistiu ao golpe
que afastou Mohamed Morsi, ou, pior
ainda, pela ausência de qualquer esforço
efectivo para envolver a cidadania egípcia
que o apoiou no regresso à normalidade
democrática. Mesmo que se compreenda a
recusa cínica de condenar o golpe de Estado
que afastou manu militari um governo eleito
(os erros de Morsi e o estado paralelo em
construção pela Irmandade Muçulmana
podem justificar essa atitude), Washington
ou Bruxelas jamais deveriam ter tolerado
a repressão exercida sobre a Irmandade
Muçulmana. Não o fazendo, acabaram
por alimentar a resistência dos seus fiéis
e a inimputabilidade do regime que se
exprimiu nos assassínios de anteontem.
Agora que se desfez a hipótese de qualquer
solução negociada para o regresso ao
processo democrático, o Ocidente perdeu
o pé. No Egipto e, por arrastamento, no
Médio Oriente. Para todos os efeitos, a sua
conivência com a era pós-Morsi não deixará
de estar associada a uma brutal vaga de
repressão e de violência. Para quem como a
Europa defende uma diplomacia suave, para
quem como Obama aposta na conquista dos
corações e da inteligência do mundo árabe
para suster o radicalismo islâmico, não
podia haver pior cenário.
O rural que funciona
A
agricultura tem sido nos últimos
trimestres o mais dinâmico dos
sectores da economia. Nos últimos
tempos, o sector primário teve um
forte contributo na redução da taxa
de desemprego, é, logo a seguir à área dos
combustíveis, a actividade produtiva que
mais cresceu nas exportações e, como
hoje se noticia, foi capaz de absorver a
quase totalidade de fundos estruturais
dedicados à modernização. Ainda assim,
o reconhecimento que o país continua a
dar aos agricultores está longe de traduzir
a sua importância. Os licenciados em
ciências agrárias são os mais mal pagos,
os cursos superiores de agronomia são
cada vez menos procurados e no espaço
público ainda abundam as ideias feitas de
uma classe profissional ociosa e subsídiodependente. No Portugal novo-rico do euro
e do endividamento não havia lugar para
agricultores – nem para industriais. Esse
tempo acabou. Ninguém tem saudades do
Portugal rural, pobrezinho e frugal, mas a
agricultura hoje é o exemplo de que há no
país riquezas que não se podem dispensar.
CARTAS À DIRECTORA
Sem parti pris
As cartas destinadas a esta secção
devem indicar o nome e a morada
do autor, bem como um número
telefónico de contacto. O PÚBLICO
reserva-se o direito de seleccionar
e eventualmente reduzir os textos
não solicitados e não prestará
informação postal sobre eles.
Email: [email protected]
Também sabe bem escrever
assim: sem parti pris. E são três
as personagens (e ainda um livro)
que me levam ao teclado para ir
dizendo o que sinto. A primeira
é João Miguel Tavares ( JMT), que
mais uma vez não me desiludiu
na crónica de 13/8 – “Nadar
sem calções” – em que diz dos
senhores que vão pululando por
aí (Rui Machete, Cavaco Silva,
etc.) aquilo que merecem, isto
sendo um liberal assumido mas a
quem a doutrina não tolhe para se
horripilar com os actores que são
protagonistas da mesma. Aliás,
em contraste com o socialista
António Correia de Campos (ACC),
a segunda personagem, que em
12/8 – “A miopia” – faz o inverso
com Rui Machete, não vendo nada
de mal com o que este fez com
o BPN, sendo nós... os míopes.
A terceira personagem é o ex-
secretário de Estado Franquelim
Alves. Então não foi ele (ex-BPN
auto-ocultado no curriculum), que
todos nós atacámos, que “salvou”
o país do swap vigarista proposto
pelo Citigroup, quando presidia à
DGCI?!!
O livro é Introdução ao
Neoliberalismo de Manred B.
Steger e Ravik Roy (Ed. Actual),
que nos surpreende com a
existência de duas vagas daquela
doutrina, sendo a segunda...
a Nova Democracia (de Bill
Clinton) e a Terceira Via (de
Tony Blair)!! Quando lemos o
texto, até percebemos as (boas...)
intenções, só que... os actores,
meus caros, os actores!
Resumindo: um liberal puro
e honesto a malhar nos semcalções já na maré alta, que têm
por defensor um socialista de
PPP! Um BPN envergonhado a
salvar o Estado dos financeiros
predadores! E, finalmente, um
livro que, no fundo, nos diz que,
mais que as ideologias, são os
intérpretes das mesmas que as
adulteram. Como bem vemos nos
dias de hoje!
Fernando Cardoso Rodrigues,
Porto
Mentiras e promessas
nas eleições autárquicas
No contexto de pré-campanha
eleitoral, em representação de
partidos, muitos são aqueles cuja
ambição é chegarem ao poder,
dirigindo autarquias como ponto
de partida para a projecção da
sua imagem, sem que sejam
clarificados os seus reais
interesses.
Quando ao longo dos anos
a promiscuidade política tem
vindo a ser notícia nos mais
variados órgãos de comunicação
social, não são muitos os
políticos que estão isentos de
irregularidades, passando essa
imagem generalizada de que os
políticos são todos iguais, o que
em muitos casos não corresponde
à realidade.
Uma candidatura a uma
autarquia local é, antes de mais,
uma candidatura a servir os
cidadãos, pelo que o erro político
do candidato é prometer o que
não sabe se terá condições para
cumprir, sendo esta uma das
razões porque muitas vezes os
cidadãos se sentem defraudados.
Ainda que custe votos, mentir e
fazer promessas para conquistar
o poder a qualquer preço não é
uma forma séria de fazer política,
nem de serviço aos cidadãos,
porquanto é importante que as
nossas palavras possam reflectir
não os interesses de grupos
instalados, mas o interesse e o
bem-estar de todos.
Américo Lourenço, Sines
PÚBLICO, SEX 16 AGO 2013 | 39
A Máfia, o tribunal e o multiplicador
da despesa orçamental
Debate Fim da recessão
Luís Aguiar-Conraria
É cedo para se estimar
com exactidão o impacto
económico das decisões do
TC, mas hoje há uma ténue
luz ao fundo do túnel
J
á todos os leitores deste jornal
ouviram falar no multiplicador
orçamental. O valor do multiplicador diz-nos qual o impacto
que uma variação da despesa
pública tem no rendimento
nacional. De acordo com o exministro das Finanças Vítor
Gaspar, em 2012, a troika e o
Governo trabalharam no pressuposto de que o multiplicador era de 0,8.
Quer isto dizer que, se o Estado reduzisse
a despesa em 100 euros, seria de esperar
que o PIB caísse 80 euros. A recessão em
que mergulhámos torna evidente que os
efeitos recessivos da austeridade foram
severamente subestimados.
Na verdade, o cálculo do multiplicador
é uma tarefa particularmente complicada
do ponto de vista estatístico. Para o fazer,
temos de identificar a variação do PIB
causada por uma alteração da despesa
pública. Mas a própria despesa pública
reage a mudanças do PIB. Por exemplo, se
a actividade económica cair, o desemprego
aumenta e as despesas com subsídios de
desemprego também. Separar a causa
do efeito é uma tarefa delicada. Como
identificar com segurança uma variação da
despesa pública que seja independente do
estado da economia?
Graças a uma lei anti-Máfia nos anos 90,
três economistas italianos conseguiram
encontrar uma resposta. De acordo
com essa lei, mal a polícia tivesse
evidências de que as decisões das câmaras
municipais eram controladas, ainda que
BARTOON LUÍS AFONSO
indirectamente, pela Máfia, o Governo
central nomeava comissários externos
que ficavam encarregados da gestão
municipal. Uma das primeiras medidas
era, invariavelmente, o de suspender
os fluxos financeiros dedicados a obras
e investimentos municipais. Assim, os
economistas Giancarlo Corsetti, Saverio
Simonelli e Antonio Acconcia identificaram
reduções exógenas na despesa municipal,
observaram o seu impacto na economia
local e, com isso, puderam calcular o valor
do multiplicador orçamental. Os valores
que encontraram
para as províncias
italianas situam-se
na casa de 1,8, ou
seja, mais do dobro
do considerado
por Gaspar e
pela troika para
Portugal.
É evidente
que não se pode
afirmar, sem mais,
que o multiplicador
português é
semelhante
ao italiano.
No entanto,
recorrendo a
modelos matemáticos teóricos para a
economia portuguesa, economistas
do Banco de Portugal estimaram que o
multiplicador português andaria perto do
italiano (2, para ser preciso). Um modelo
matemático mais não é do que uma
economia artificial, criada em computador,
na qual se podem fazer experiências, como
alterar despesas públicas, e observar os
resultados. O principal problema é que não
há consenso sobre qual o modelo artificial
que melhor mimetiza o comportamento
da economia real. Pressupostos diferentes
conduzem a resultados radicalmente
diferentes.
O ideal seria mesmo termos um
instrumento como o italiano: uma
decisão de um tribunal que alterasse
Vai-se a ver, o
chumbo, pelo
Constitucional,
de parte do OE
eram as decisões economicamente mais
ajuizadas
O tempo
contra nós
O
Miguel Esteves Cardoso
Ainda ontem
exogenamente os planos de despesa
pública do Governo e, depois, pudéssemos
observar os efeitos. Na verdade, graças
ao Tribunal Constitucional, já temos
esse instrumento. Em 2013, partes do
Orçamento do Estado de 2013 foram
consideradas inconstitucionais. Essa
decisão foi tomada a 5 de Abril, ou seja,
logo no início do 2.º trimestre, e com
efeitos imediatos. Assim, e ao contrário do
que decidiu em 2012, obrigou o Governo a
não cortar tanto na despesa pública como
o que estava previsto no Orçamento.
É evidente que ainda é demasiado cedo
para se estimar com exactidão o impacto
económico das decisões do Tribunal
Constitucional. Mas tudo aponta no
mesmo sentido, hoje pela primeira vez em
bastante tempo, podemos discernir uma
ténue luz ao fundo do túnel. Finalmente,
alguns indicadores sugerem uma retoma
da actividade económica e o nosso
principal drama, o desemprego, caiu
substancialmente no último trimestre.
Tantos economistas que tanto
condenaram os juízes do Tribunal
Constitucional e, vai-se a ver, as
declarações de inconstitucionalidade dos
Orçamentos do Estado eram as decisões
economicamente mais ajuizadas.
PS: O artigo em causa tem como título Mafia
and Public Spending: Evidence on the
Fiscal Multiplier from a Quasi-experiment e
pode ser encontrado em http://www.csef.it/
WP/wp281.pdf.
Professor de Economia na Universidade
do Minho
raio do tempo cada vez passa
mais depressa. A meio de Agosto, cada vez se chega mais cedo
ao fim do dia.
Mal uma pessoa se distrai — a
ser feliz e estar bem —, passam
três horas escondidas dentro
de uma só. Eram 5 da tarde e,
depois de ler um bocadinho,
são, de repente, 8 da noite.
“Já?!” é a pergunta que mais se faz cá
em casa. Se calhar, a velocidade é o preço
da alegria. A vida são dois dias mas só o
primeiro tem 24 horas. O segundo não
tem mais de 5 ou 6. Fica-se apenas com a
sensação desagradável de ter sido roubado.
As dores e as mágoas são as únicas coisas
que devolvem o tempo à vida. Nos casos
extremos — que são muito maiores do que
se pensa —, fazem desejar que o tempo
acabe e leve a vida com ele. Coisa que ele
acabará por fazer mesmo com as pessoas
mais saudáveis, a que o tempo e a velhice
roubarão a saúde até lhes dar a morte,
desejada ou não, mas sempre previsível,
mais tarde ou mais cedo.
Por que começa o tempo a acelerar
quando finalmente começamos a dar-lhe
valor e a até amá-lo? Quando se é novo,
gosta-se do tempo para isto ou aquilo.
Quando se ganha juízo, aprecia-se o tempo
só por si. O “para” deixa de interessar. Mais:
é a ausência de um “para” premeditado que
o torna valioso.
As pessoas que dizem que gostavam de
ter tempo “para” ainda não perceberam o
tempo: têm sorte. O tempo não é apenas
um recurso finito. É a nossa aproximação ao
momento em que voltaremos a não existir. É
a única coisa que ainda temos. É a vida.
QUEM ASSINA,
TEM MAIS PÚBLICO.
EM AGOSTO, AO FAZER A ASSINATURA DIGITAL ANUAL,
RECEBE DUAS NOITES PARA DUAS PESSOAS,
NO ALENTEJO MARMORIS HOTEL & SPA.
Ao aderir à assinatura digital do Público, para além de ter acesso a todos os conteúdos do Público todos
os dias da semana, ainda ganha um fim-de-semana para duas pessoas, num hotel 5 estrelas, único no mundo,
o Alentejo Marmoris Hotel & SPA, em Vila Viçosa. Esta campanha, com o apoio da GeoStar, é válida para novas
subscrições e renovações de assinatura para a modalidade digital anual.
Oferta limitada ao stock existente. Não acumulável com outras promoções.
Saiba mais em http://static.publico.pt/geostar/
PÚBLICO, SEX 16 AGO 2013 | 41
A instabilidade
como certeza
N
Debate Classe política
Patrícia Vieira
um dos mais glosados sonetos
de Camões, o poeta contempla
desapaixonadamente um universo em permanente mutação. Se “todo o mundo é composto de mudança”, em geral
para pior na visão pessimista
do escritor, o que o preocupa
acima de tudo é que “não se
muda já como soía.” Em linguagem coloquial, a própria mudança já
não é o que era.
Este poderia ser o mote das recentes
convulsões por que tem passado a
política portuguesa. Da remodelação do
Governo no mês passado que pôs um
ponto final provisório no melodrama
protagonizado pelos líderes dos dois
partidos no poder, à demissão do
secretário de Estado do Tesouro, Joaquim
Pais Jorge, a “dança de cadeiras” a que
temos assistido ultimamente, com alguns
dos intervenientes a ficarem sem assento,
revela que as circunstâncias já não mudam
como costumavam. Ou seja, tudo muda,
mas não muda nada: plus ça change...,
como dizem os franceses.
As contínuas alterações ao nosso
panorama governamental, por
superficiais que sejam, não deixam de
ter consequências para o país. Geram,
por um lado, um excesso de estímulos
políticos que convive com uma profunda
apatia. Constantemente bombardeada por
intrigas e desentendimentos partidários,
que resvalam por vezes em despudoradas
“lavagens de roupa suja” em público, a
população está cada vez mais saturada da
política nacional.
A esta alergia à política soma-se o
hábito de viver num permanente estado
de exceção. Nos dias que correm, a única
certeza é a instabilidade, que se apresenta
como o correlativo da precariedade
no domínio económico. Marcos que
norteavam a vida dos portugueses, tais
como a segurança na reforma, o apoio
em caso de doença, a própria confiança
na viabilidade económica do país, têm
vindo a ser progressivamente postos em
causa nos últimos anos. Sob pretexto
de atravessarmos tempos de exceção, o
contrato implícito entre cidadãos e o Estado
está suspenso até notícia em contrário.
Como as regras que determinam o xadrez
político e económico se encontram numa
mutação incessante, não nos admiramos
já com quase nada e, concomitantemente,
nada esperamos dos vários governos. É
bom lembrar que a expressão “estado
de exceção” é sinónima de “estado de
sítio.” Não é só Portugal que está sitiado
pelos seus credores e pelas condições
draconianas impostas pela troika. Aliados
a estes fatores externos, os políticos
nacionais têm contribuído para sitiar os
portugueses, acossados por medidas que
contribuem para um cada vez mais rápido
empobrecimento da população.
Tendo-se a volatilidade e a exceção
tornado normas numa situação de estado
de sítio, como operar uma verdadeira
transformação? Como ultrapassar a
constante irritação da nossa sensibilidade
política, que não logra penetrar nas
camadas mais profundas da vida nacional,
e realizar uma mudança radical?
Uma modificação real da paisagem
política nacional só será possível
reunindo-se pelo menos duas condições.
É imperativo levantar o véu por detrás
do qual se escondem as verdadeiras
questões que temos que considerar como
comunidade política. Como utilizar a
riqueza do país de forma a beneficiar
os cidadãos e a estimular crescimento
económico? De que modo criar emprego
sem procurar
tornar Portugal
na sweatshop da
Europa? Como
pagar a dívida
externa evitando
uma redução
generalizada do
nível de vida?
Por outro lado, é
necessário restaurar
a confiança dos
portugueses no
Estado. A situação
de exceção em que
nos encontramos
mina a credibilidade
da classe política.
Para inverter esta
conjuntura, o
Governo deverá
assumir o seu
papel de mediador,
que transforma
a vontade dos
cidadãos em medidas concretas.
Voltando ao soneto camoniano,
verificamos que a opinião final do poeta
sobre a mudança é ambígua. Quando
Camões afirma “que não se muda já como
soía”, não sabemos se o escritor se refere
a uma mudança superficial e, como tal,
desprovida de significado, ou se, pelo
contrário, alude a uma transformação mais
profunda do que “este mudar-se cada dia”
a que estamos habituados.
Se interpretarmos a mudança camoniana
como uma alteração tectónica na nossa
forma de ver o mundo, vemos cair por
terra as recentes alterações no Governo
como as politiquices que são. Da verdadeira
mudança, continuamos ainda à espera.
A situação
de exceção
em que nos
encontramos
mina a
credibilidade
da classe
política
Professora na Universidade
de Georgetown, EUA
Para redefinir
a classe média
T
Debate Conceito de classe média
Elísio Estanque
alvez por ser uma categoria social
que anda na boca de tanta gente — uns porque antevêem a sua
queda iminente, outros porque
aplaudem o seu apogeu —, a “classe média” é cada vez mais difícil
de definir. Durante muito tempo, e
em especial no Ocidente, perante
a terciarização das economias e
o crescimento do funcionalismo
público, criou-se a ideia de que a classe média
(assalariada) era sinónimo de trabalho “limpo” (os célebres colarinhos brancos), familiaridade com as chefias, estabilidade de emprego e programação de carreiras. Sobretudo
as correntes de pensamento influenciadas
pela vulgata marxista e a sua grande narrativa da classe operária, ao mesmo tempo que
construíram o mito do proletariado redentor,
criaram a ideia de uma (igualmente mítica)
classe média “instalada” e monolítica, ou seja, caracterizada pelo individualismo, o consumismo e a adesão incondicional ao statu
quo capitalista.
Não sendo este o lugar para uma análise
rigorosa do tema — cf. Renato Carmo (org.),
Portugal, Uma Sociedade de Classes; e Elísio
Estanque, Classe Média. Ascensão e Declínio
—, é importante notar que se trata de terreno
movediço. No mundo atual, com a profissão
e o emprego a perderem centralidade e a
própria crise estrutural a indiciar ruturas
iminentes no sistema capitalista, assiste-se a
uma rápida recomposição da estrutura das
classes, o que requer um outro olhar sobre o
conceito de classe média. Não só o trabalho
assalariado se tornou mais fragmentado
como a sua crescente precarização, fluidez
e instabilidade lhe retiram significado
enquanto estatuto ou condição de classe.
Para além disso, a massa dos desempregados
atinge hoje muitos milhões, desde os nãoqualificados aos qualificados, dos jovens
aos adultos, dos que se encontram a meio
ou no final da “carreira profissional” aos
que lutam sem êxito até à idade adulta por
um trabalho precário (esquecida que está
a noção de “carreira profissional”). Deste
modo, mais do que pensar nos impactos da
renovação das profissões, da tecnologia ou
do processo de massificação de credenciais
académicas, importa pensar quais os
recursos que devem ser considerados para
identificar os distintos segmentos que
compõem a classe média na atualidade (ou
no futuro próximo). Um estudo recente de
sociólogos ingleses (Devine, Savage e outros,
A new model of social class) propõe uma
nova tipologia de classes sociais (inspirada
em P. Bourdieu e J. Goldthorpe) que inclui
um leque de sete categorias: (1) elite – 6% da
população do Reino Unido; (2) classe média
estabelecida – 25%; (3) classe média técnica –
6%; (4) novos trabalhadores afluentes – 15%;
(5) classe trabalhadora tradicional – 14%;
(6) trabalhadores de serviços emergentes
– 19%; e (7) o precariado – 15%. Em termos
meramente quantitativos, pode dizer-se
que a classe média inglesa possui um peso
significativo (entre 45% a 55% da população,
consoante os indicadores sejam usados num
sentido mais apertado ou mais amplo), mas
o que não se deve é tomar por igual o que é
fortemente desigual ou por homogéneo o que
é heterogéneo.
O posicionamento dos grupos sociais no
espaço — social ou territorial — processase segundo lógicas de aproximação e
afastamento, de identificação e demarcação
e, assim, os diferentes segmentos, as suas
práticas e subjetividades, orientam-se
segundo critérios que dependem não só
do volume de recursos que controlam mas
do tipo de recursos e do modo como eles
se conjugam. Exemplo: elevado capital
educacional e cultural conjugado com escasso
capital económico tende a proporcionar
atitudes e
comportamentos
contrários à situação
inversa, isto é,
quando a riqueza e
o dinheiro abundam
em setores com
fracos recursos
culturais: uma
família de “classe
média estabelecida”
(por exemplo,
negociantes recémenriquecidos)
demarca-se no seu
modo de vida de uma
outra que perdeu o emprego (por exemplo,
professores à beira do empobrecimento)
e que, com toda a probabilidade, tende a
revoltar-se contra a sociedade, o mercado e o
poder político.
Ao contrário da retórica dominante, as
estruturas do capitalismo e as dinâmicas
concorrenciais do mercado desenrolam-se
sob o signo do poder e dos jogos de soma nula
(os ganhos de uns são as perdas de outros) e
não tanto na base de uma partilha ética de
valores meritocráticos. Quer isto dizer que a
distribuição desigual do poder (económico,
social, político, simbólico, etc.) é um fator
que não apenas define os antagonismos entre
pobres e ricos ou entre capital e trabalho,
mas também entre camadas sociais que, sem
se posicionarem nos extremos, disputam
entre si um lugar na estrutura da sociedade,
seja no quadro da ordem vigente (é o caso dos
segmentos “instalados”) seja na sequência de
uma nova ordem que possa emergir após um
sobressalto cívico, uma rutura estrutural ou
uma revolução, em que esses mesmos setores
sejam protagonistas.
No mundo
atual, assistese a uma rápida
recomposição
da estrutura
das classes
Investigador do Centro de Estudos Sociais
da Universidade de Coimbra; professor
visitante da Unicamp - Brasil
42 | INICIATIVAS | PÚBLICO, SEX 16 AGO 2013
As aventuras dos Smurfs no espaço
no primeiro volume da colecção Smurfs
lembrou de criar os Smurfs.
E foi mesmo nas aventuras de
Johan e Pirlouit que aparecem
pela primeira vez os anões
azuis com chapéu branco
dos quais toda a gente passou a gostar. O editor-chefe
Yvan Delport viu nos Smurfs
uma oportunidade e convenceu Peyo a dedicar-lhes
uma história. Os leitores pediram mais aventuras das criaturas que gostam de se divertir,
viver em casas em forma de cogumelo e falar numa língua estranha,
obrigando o artista a abandonar as
outras personagens para se dedicar
exclusivamente a estas. Seguiram-se
séries de televisão e depois filmes, o
Animação
Smurfs 1
Sexta-feira, 23 de Agosto
1.º DVD
Por apenas + 4,90€
AGENDA
Terça, 20
15.º vol., Sammy Davis Jr.
Colecção Grandes Vozes
Americanas
Grandes vozes da música dos EUA
numa colecção de 16 livros+CD
Quarta, 21
13.º vol., O Monstro Verde
Colecção Marsupilami
As aventuras do Marsupilami em
14 álbuns inéditos em Portugal
Quinta, 22
Universo DC: Crise nas Terras
Infinitas Vol 1
7º. vol Colecção Super-Heróis
DC Comics
História clássicas e mais recentes
dos grandes super-heróis da BD
Sexta, 23
Smurfs 1
As aventuras dos Smurfs em oito
DVD
PONTOS DE VENDA
Lojas PÚBLICO
Lisboa
Edifício Diogo Cão – Doca de
Alcântara-Norte
(junto ao Museu do Oriente)
Horário: seg. a sex., das 9h às
19h, sáb., das 11h às 17h
Tel: 210 111 010
Centro Comercial Colombo
Piso zero. Horário: seg. a
dom., das 10h às 24h
Avenida das Índias, junto à
Praça Central
José Manuel Rebocho Rico
Rua do Raimundo 4
7000-508 Évora
Tlf: 266705629
Loja online http://loja.Publico.Pt/
Reza a lenda que foi durante um almoço com o seu amigo Franquin – o
criador de Marsupilami – que o belga
Paul Coulliford ou Peyo, como ficou
conhecido no mundo da ilustração
e banda desenhada (BD), teve a
ideia de criar os Smurfs, aliás, os Schtroumpfs, pois a
palavra na versão anglosaxónica só surgiria mais
tarde.
Durante a refeição, Peyo
queria que o seu amigo lhe
passasse o sal, mas como não
se lembrava da palavra, disse: “Passe-me o... hummm...
o smurf!. Franquin achou a
designação engraçada e brincou: “Aqui está o smurf! Uma
vez que tenhas smurfado
com ele, podes smurfar
de volta para mim.” A
brincadeira ter-se-á prolongado pelo resto da tarde, de
tal forma que Peyo, que na altura precisava de um conjunto
de novas personagens para
integrarem uma das aventuras de Johan e Peewit, se
último dos quais estreado este mês
em Portugal.
Para celebrar o regresso das figurinhas azuis ao grande ecrã, o PÚBLICO lança a colecção Smurfs, que
reúne, em oito DVD, 24 aventuras das
personagens criadas por Peyo. Dois
destes DVD, que foram remasterizados em som e imagem, são inéditos.
Todos os episódios são dobrados em
português pelo que são a forma ideal
de ver ou rever todas as aventuras e
desventuras dos pequenos Smurfs.
Neste primeiro DVD vai poder
acompanhar as aventuras d’O Smurf
Astronauta, que tem um grande desejo: o de voar e conhecer novos
mundos. Para isso vai contar com a
ajuda do sempre incansável Grande
Smurf… Será
S
que irá conseguir?
O segun
segundo episódio é Santo Smurf
e o Dragão no qual Gargamel arranja um novo plano para encontrar a aldeia
n
dos Smurfs. Entretanto, os
d
pequenos seres azuis enconp
tram um bebé dragão muito
tr
doente e resolvem levá-lo pado
ra a aldeia.
Em Os Smurfs e o Pássaro
E
Uivador
Uiva
existe um estranho
páss
pássaro gigante que aparece
misteriosamente, rouba toda a
miste
comida e começa a destruir a alcomi
deia. Todos
T
os Smurfs irão correr
grande perigo, como é que vão
grand
conseguir sair desta alhada?
conseg
O “Mr. Entertainment”, nas Grandes Vozes Americanas
Música
O VOLUME
Sammy Davis Jr.
Volume 15
Terça-feira, 20 de Agosto
Por + 6,90€
C
Com
textos do jornalista e escritor
brasileiro, Tom Cardoso, o décimob
quinto volume da colecção Grandes
q
Vozes Americanas reúne alguns
V
dos maiores êxitos de Sammy Davis
d
JJr., nomeadamente: Something’s
Gotta Give; Hey There; Birth of
G
tthe Blues; All of You; Easy To Love;
Love Me Or leave Me; Stan’ Up’ An’
L
Fight; Because of you; Too Close
F
For Comfort; That Old Black Magic;
F
New York’s My Home; There’s A Small
N
Hotel;
Six B
Bridges
to C
Cross; F
Frankie and Johnnie; My Funny Valentine;
H
l Si
id
e Change Partners.
São poucos os artistas que conseguiram fazer tamanha proeza: conseguir irritar e provocar ao mesmo
tempo o protesto de negros, brancos e judeus. Depois de perder um
olho num acidente de viação que
quase lhe roubou a vida em 1954,
Sammy Davis Jr. decidiu converterse ao judaísmo e pouco tempo depois pediu em casamento a actriz
May Britt, uma alta loira sueca de
olhos azuis que em tudo contrastava com a sua pequena e franzina
figura. No início dos anos 1960, o
comportamento do artista provocava simultaneamente três manifestações em Nova Iorque. Os racistas brancos empunhavam cartazes
que diziam “Volta para o Congo, seu
porco judeu”. Os judeus ortodoxos
questionavam “Quem disse que tu
és judeu, Sammy?”. Já a comunidade negra, sentindo-se traída, perguntava “O que se passa, Sammy?
Não podes arranjar uma namorada
negra?”.
Como sempre, e mesmo apesar
das pressões do Partido Democrata,
com que tinha ligações, para desistir da ideia excêntrica de se casar
com a actriz sueca, Sammy fez o
que quis e, em 1961, tornou-se marido de May Britt.
O percurso de Sammy Davis Jr.,
talvez como grande parte dos ar-
tistas cujo talento parece ser maior
que a vida, está longe de ser consensual. Mesmo na fase da velhice
ficaram conhecidos os seus excessos e abusos e, quando faleceu, em
1990, estava completamente falido
e atolado em dívidas.
Consensual e inegável foi, no entanto, o seu inquestionável talento
e coragem de se impor como artista numa América profundamente
racista. Estreou-se em palco com
apenas 3 anos no Will Mastin Trio,
que formava com o seu pai e um tio.
Sammy era sem dúvida o mais talentoso dos três e nem o facto de ter
de cumprir o serviço militar o afastou da vida artística. Notabilizouse como cantor e dançarino mas
também pelas imitações cómicas
que fazia. Amigo de Frank Sinatra,
integrou o famoso “Rat Pack” e foi
apelidado de “Mr. Entertainment”.
Abriu as portas para a afirmação de
muitos artistas negros e, segundo
Michael Jackson, foi o seu grande
ídolo enquanto criança.
PÚBLICO, SEX 16 AGO 2013 | INICIATIVAS | 43
A crise que transformou o universo da DC chega às bancas
Banda desenhada
João Miguel Lameiras
Super-Heróis DC Comics –
Volume 7
Universo DC: Crise nas Terras
Infinitas Vol 1
Argumento – Marv Wolfman
Desenho – George Perez, Dick
Giordano, Mike de Carlo e Jerry
Ordway
Quinta, 22 de Agosto, por +8,90€
Para os fãs dos super-heróis em geral e da DC Comics em particular, a
história divide-se em A.C. e D. C.,
ou seja, Antes da Crise e Depois da
Crise. Essa Crise, que afectou todos
os personagens da DC e abalou profundamente os seus leitores, foi a
Crise nas Terras Infinitas, uma história escrita por Marv Wolfman e
ilustrada por George Perez, com o
apoio de vários arte-finalistas, e foi
publicada em 12 edições em 1985,
por ocasião do 50º aniversário
da editora. É essa história, mítica para os fãs dos super-heróis,
que vai ocupar os volumes 7 e 8
da Colecção DC Comics.
Um dos mais importantes eventos de sempre do Universo DC, cujas
consequências transformaram profundamente esse mesmo universo,
a Crise nas Terras Infinitas, resulta
de dois factores diversos, mas complementares. Por um lado, o grande sucesso comercial das Guerras
Secretas, da Marvel, que os leitores
do PÚBLICO puderam ler o ano pas-
sado, na
primeira
colecção dedicada aos Heróis
Marvel; por outro, a necessidada
de de organizar
ar
e simplificar a
complexa contiinuidade do univerrso ficcional da Editoora, em que diferentes versõess
dos mesmos personagens, co-mo o Flash ou o Lanterna Verde coexistiam, nem sempre de
forma consistente, em universos paralelos.
Com efeito, ao longo das décadas, diversos heróis foram
sendo actualizados e trans-
TM&© 2013 DC COMICS
ALL RIGTHS RESERVED.
fo
formados,
de
uma forma
u
contraditória
c
com
co a sua origem,
o que lege
vou
vo a editora
a criar dimensões
sõ paralelas,
como a Terra 2,
com
ou a Terra 3, em
que as versões
originais
orig
desses
heróis
her
continuavam a existir. A
ideia foi pela
primeira vez
posta em prática em 1961, na
história Flash of
Two Worlds, em
que, Barry Alen,
a versão actual
do Flash encontra Jay Garrick o
Flash original, dos
anos 1940, na Terra
2, seguindo-se diversos encontros
entre os heróis das duas Terras, alargados posteriormente à Terra 3, que
os leitores puderam conhecer no
volume 1 desta colecção, onde
os heróis que conhecemos eram
os vilões.
Face ao crescimento exponencial destes diferentes universos num
complexo multiverso,
difícil de acompanhar
pelos novos leitores,
era necessária a mudança. Uma mudança que chegou de
forma dramática
com a Crise nas
Terras Infinitas,
uma história
épica centrada
no combate entre o
Monitor e o Antimonitor. Um combate que ameaça destruir os diferentes universos, obrigando alguns dos
principais heróis a sacrificar as suas
vidas para evitar o fim eminente dos
seus mundos.
PÚBLICO OFERECE
BICICLETA
Francisco Gonçalves, de
Oeiras, ganhou uma bicicleta
e a camisola amarela no
concurso do PÚBLICO da Volta
à França. O desafio foi lançado
no arranque da corrida, sendo
proposto aos leitores que se
registassem no site específico,
criado para esta prova, e que
dessem o seu palpite sobre
quem seria o vencedor de cada
uma das vinte e uma etapas.
O leitor acertou o vencedor
de sete das etapas. A entrega
do prémio foi realizada nas
instalações do PÚBLICO, em
Lisboa, a 10 de Agosto.
A par deste concurso, os
leitores também participaram
com frases sobre a Volta à
França. As mais criativas foram
destacadas no site da prova.
O jornal agradece a
participação de todos os
leitores, que nos ajudaram a
marcar o centenário do Tour.
Reveja os melhores momentos
da prova em www.publico.pt/
volta-a-franca
Misteriosa criatura da selva faz frente ao Marsupilami
Banda desenhada
O Monstro Verde
13.º álbum da colecção
Marsupilami
Quarta-feira, 21 de Agosto
Por apenas + 4,95€
O jovem Hector Forrest escreve no
seu diário íntimo que está prestes
a deixar Londres. Parte na companhia da sua tia Diana, uma botânica míope, para viver uma aventura
única na floresta palombiana. Sonha
descobrir ali o seu ídolo animal, o
raríssimo Marsupilami, e para que a
iniciativa seja um sucesso faz todos
os preparativos até ao mais ínfimo
detalhe.
Uma vez chegados aos trópicos,
penetram os dois na selva na companhia de um grupo de guias locais.
O alvoroço instala-se no dia em que
Diana encontra uma espécie misteriosa de uma flor selvagem.
Decidem instalar o acampamen-
to junto a uma enorme árvore, mas
depressa descobrem que as suas infra-estruturas são demasiado frágeis
para lidar com os animais selvagens
e um ambiente globalmente hostil.
Perdem todas as provisões e são
mesmo atacados por uma árvore
kibuftu.
A partir daí, a situação começa a
ficar desesperada e só a intervenção
providencial do Marsupilami lhes
dá uma ajuda decisiva. Seguem-se
dias maravilhosos
os
mas que não duraarão muito...
O Monstro Verde,
e,
13.º e penúltimo
o
álbum da colecção
o
Marsupilami, con-ta uma história em
m
que o herói evolui
no já habitual ambiente luxuriante
da floresta palombiana. Tem
pela frente uma
espécie de plan-
© MARSU PROD 2013
ta carnívora gigante, a meio caminho entre um espécime que não se
sabe dizer se pertence à fauna ou
à flora – de facto, desloca-se, cava
buracos, elabora raciocínios lógicos... –, colocando-lhe desafios inteiramente novos.
Parte da crítica recebeu relativamente mal esta história, apontando-lhe em particular a sua menor
fluidez narrativa e presença de soluções pouco eficazes em termos
de planificação. Outros, porém,
realçam o respeito pelo ambiente
gráfico da série, em grande medida
obtido graças ao desenho muito dinâmico de Batem, que nesta altura
já evidenciava um bom domínio dos
mecanismos desta obra popular e
de grande público.
Feitas as contas, O Monstro Verde
é uma aventura do Marsupilami que
se lê com agrado, sobretudo devido
à presença sempre forte e carismática do temperamental herói amarelo e preto criado em boa hora pelo
génio de André Franquin.
SEX 16 AGO 2013
ESCRITO “Nunca se é tão feliz nem tão infeliz como se imagina”
NA PEDRA François de Le Rochefaud, (1613-1680), escritor e moralista
Coimbra no ranking
das 500 melhores
universidades
Passos regressa
hoje ao activo
na festa do Pontal
Dados do PIB fazem
recuar os juros
da dívida pública
Victoria & Albert
mostra arquivo
de Vivien Leigh
Ranking de Xangai já tinha
acolhido Lisboa, Porto
e a Técnica de Lisboa p7
Ao contrário de 2012, o PSD
não celebra a rentrée num
espaço fechado p8
Juros a dois anos negociados
a 3,624% e a dez anos tinham
recuado para 6,495% p17
Museu londrino comprou
legado da protagonista
de E Tudo o Vento Levou p25
OPINIÃO
SOBE E DESCE
O “guião” e os portugueses
José Diogo Albuquerque
Vasco Pulido Valente
O
governo prometeu e
tornou a prometer um
“guião” para a “reforma”
do Estado. Em vez do
“guião”, o governo, na
linguagem obscena que
por aí prolifera, faz “cortes”, para
cumprir como um bom menino o
que a troika lhe reclama. Ora um
“guião”, a supor que existe, por
muito pormenorizado que seja,
não indica, nem compromete; não
passa de um projecto provisório
– abstracto e geral – que Passos
Coelho e Paulo Portas poderão
seguir ou não, conforme as
circunstâncias políticas. De resto,
é isso que eles precisamente
pretendem: deixar a populaça na
dúvida e afirmar o seu arbítrio.
O que virá, virá; e nós devemos
esperar com paciência o que vier.
Entretanto, os sábios da Gomes
Teixeira, com o apoio tácito do
Presidente da República, decidirão
em todo o sossego a nossa vida.
Não há exemplo desta espécie
de segredo numa democracia.
Em princípio parecia que os
portugueses estavam no seu
pleníssimo direito de saber que
espécie de Estado se prepara e
de se pronunciar na Assembleia
da República (ou num referendo)
DANIEL ROCHA
sobre a forma e as funções
da autoridade que manda e
continuará a mandar neles. Mas,
como se vê, o governo só se
lembra deles para pedir dinheiro.
Sobre a organização colectiva
da sociedade não diz palavra. O
segredo traz grandes vantagens:
impede protestos, não permite
discussões sobre alternativas,
retira de cima da mesa interesses
legítimos. O sr. Passos Coelho e o
sr. Paulo Portas ficam com inteira
liberdade para estabelecer um
regime que os contente e orgulhe,
à revelia do país.
Não se percebe também a
oposição e, nomeadamente, o
PS. Mais tarde ou mais cedo, o
PS acabará por governar com o
Estado que herdar do sr. Coelho
e do sr. Portas. Descobrirá, nessa
altura, o sarilho em que se meteu
ou para que foi empurrado.
Infelizmente não ocorre à cabeça
de nenhum privilegiado cacique
daquela tribo que o chamado
“guião” desça do Conselho de
Ministros (que hoje, aliás, mostra
um especial amor ao briefing)
à discussão na Assembleia da
República. Falando muito sobre
irrelevâncias, nunca o PS se
digna ir direito ao ponto. Espera
com certeza afastar com um
gesto majestático o Estado que
eventualmente lhe cair nas mãos,
no mesmo segredo que se usa
agora. Também ele não gosta, nem
pratica a tal democracia em cujo
nome discursa na televisão e nos
comícios.
Se há um mérito na
actual equipa da
Agricultura é o de fazer
esquecer o pesadelo em que
se tinha transformado a gestão
do Proder nos tempos do exministro Jaime Silva. Com a
chegada à gestão dos fundos
estruturais para o fomento
agrícola do secretário de Estado
José Diogo Albuquerque, o
processo entrou
na normalidade,
e de 4,3 mil
milhões
de euros
de fundos
disponíveis,
3,9 mil milhões já
foram consignados. (Pág. 16)
Bohdan Bondarenko
É a grande figura
mundial do salto em
altura e ontem voltou
a prová-lo, em Moscovo. Com
uma confiança inabalável,
Bondarenko desde cedo elevou
a fasquia
e arriscou
os 2,41m,
estabelecendo
um novo
recorde dos
campeonatos
mundiais e
arrebatando a medalha de ouro.
Depois, ainda fez uma tentativa
de superar o máximo da
disciplina (2,45m), que pertence
a Javier Sotomayor, e deixou no
ar a sensação de que pode fazer
cair um recorde mítico. (Pág. 35)
Shinzo Abe
O santuário de Yasukuni,
onde estão sepultados
14 condenados por
crimes de guerra na II Guerra
Mundial, é um permanente foco
de tensões entre o Japão e a
China. Ontem, no dia em que
se assinalou o aniversário da
derrota do Japão, o primeiroministro não fez como o seu
antecessor, Junichiro Koizumi,
que num acto provocatório se
deslocava ao santuário. Mas
mandou uma oferta e deixou os
seus ministros substituí-lo, o que
suscitou a habitual ira de Pequim
(e de Seul). (Pág. 23)
Henrique Granadeiro
A Fitch baixou o rating da
PT para BBB-. O que mais
pesou nesta decisão
foi a revisão da política de
remuneração dos accionistas,
que receberão dez cêntimos de
dividendos por acção quando
esperavam 32,5 cêntimos. Más
notícias para o CEO da PT. Não
lhe basta aumentar os lucros
face a 2012. Nem melhorar
as condições de
financiamento da PT.
Para a Fitch, mexer
nas “expectativas”
dos accionistas não
merece perdão.
(Pág. 17)
Contribuinte n.º 502265094 | Depósito legal n.º 45458/91 | Registo ERC n.º 114410 | Conselho de Administração - Presidente: Ângelo Paupério Vogais: António Lobo Xavier, Cláudia Azevedo, Cristina Soares, Miguel Almeida, Pedro Nunes Pedro E-mail [email protected] Lisboa Edifício Diogo Cão, Doca de Alcântara
Norte, 1350-352 Lisboa; Telef.:210111000 (PPCA); Fax: Dir. Empresa 210111015; Dir. Editorial 210111006; Agenda 210111007; Redacção 210111008; Publicidade 210111013/210111014 Porto Praça do Coronel Pacheco, nº 2, 4050-453 Porto; Telef: 226151000 (PPCA) / 226103214; Fax: Redacção 226151099 / 226102213; Publicidade,
Distribuição 226151011 Madeira Telef.: 934250100; Fax: 707100049 Proprietário PÚBLICO, Comunicação Social, SA. Sede: Lugar do Espido, Via Norte, Maia. Capital Social €50.000,00. Detentor de mais de 10% do capital: Sonae Telecom, BV Impressão Unipress, Travessa de Anselmo Braancamp,
220, 4410-350 Arcozelo, Valadares; Telef.: 227537030; Lisgráfica - Impressão e Artes Gráficas, SA, Estrada Consiglieri Pedroso, 90, Queluz de Baixo, 2730-053 Barcarena. Telf.: 214345400 Distribuição Logista Portugal – Distribuição de Publicações, SA; Lisboa: Telef.: 219267800, Fax: 219267866;
Porto: Telef.: 227169600/1; Fax: 227162123; Algarve: Telef.: 289363380; Fax: 289363388; Coimbra: Telef.: 239980350; Fax: 239983605. Assinaturas 808200095 Tiragem média total de Julho 45.640 exemplares Membro da APCT – Associação Portuguesa do Controlo de Tiragem
PUBLICIDADE
Colecção Grandes Vozes Americanas
Dia 20 de Agosto, Terça-feira, Livro+CD.
15.º Volume - Sammy Davis, Jr. - por +6,90€.
Dançarino e cantor, Sammy Davis Jr. passou a infância no vaudeville e acabou por conquistar a popularidade nos palcos da Broadway e de Las Vegas. Foi o único membro não branco do grupo de amigos
Rat Pack, liderado por Frank Sinatra. Ao longo da carreira conquistou diversos prémios, entre os quais um Grammy especial pelo conjunto da sua obra.
Colecção de 16 volumes. Periodicidade semanal, 14 de Maio a 27 de Agosto, às terças-feiras. PVP: primeiro volume 3,90€, restantes 6,90€. Preço total da colecção, Portugal Continental, 107,40€. Edição limitada ao stock existente. A compra do produto implica a compra do jornal.