TGD NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

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TGD NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
Queila Medeiros Veiga
TGD NA PERSPECTIVA DA
EDUCAÇÃO INCLUSIVA
Queila Medeiros Veiga
Queila Medeiros Veiga
Marcos Legais
• 1988 – Constituição Federal (art. 208, III) – direito das pessoas com
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necessidades especiais de receberem educação, preferencialmente
na rede regular de ensino.
1990 – ECA – (Lei 8069, art. 53) direito à igualdade de condições
para o acesso e permanência na escola e atendimento especializado,
preferencialmente na rede regular de ensino.
1996 – LDB ( Lei 9394/96) assegura aos alunos com necessidades
educacionais especiais, currículos, métodos, recursos educativos e
organização específicos para atender às suas necessidades
específicas.
2001 – Plano Nacional de Educação – é responsabilidade da União,
dos Estados e Distrito Federal e Municípios implementem sistemas
educacionais que assegurem o acesso e aprendizagem significativa
a todos os alunos.
2001 – Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação
Básica – Endossa a necessidade de que todos os alunos possam
aprender juntos, em uma escola de qualidade.
Queila Medeiros Veiga
“Um trabalho pedagógico integrador que exige uma
postura de “confiança” na capacidade do outro, inclusive
na capacidade de fortalecer-se e reagir diante de um
confronto que, certas vezes, é veículo de hostilidade e de
agressividade. A confiança que decorre de sabedoria
estrutura-se a partir de careza de que o educador dispõe
de instrumentos para a interação de modo a tratar as
diferenças com respeito e não de modo destrutivo.”
Baptista (2002)
Queila Medeiros Veiga
Primeiros passos para a educação
inclusiva
• Matricular simplesmente uma criança com deficiência
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•
numa escola regular já é Educação Inclusiva?
Educação inclusiva pressupõe que todas as crianças
tenham oportunidades iguais de acesso, permanência e
aproveitamento na escola independente de suas
peculiaridades.
Apoio
Acesso
Equipamentos
Locomoção
Comunicação e outros.
Queila Medeiros Veiga
Acabou o preconceito?
• Preconceito é normal.
• Faz parte da natureza humana.
• A partir do momento que reconhecemos que temos
preconceito fica mais fácil mudar o comportamento.
• E como são as pessoas com deficiência?
• Por que as pessoas com deficiência ainda não são vistas
na rua com certa frequência?
Queila Medeiros Veiga
QUEM É A PESSOA COM TGD?
• TGD – TRANSTORNO GLOBAL DO DESENVOLVIMENTO
Segundo o DSM-IV-TR, os Transtornos Globais do
Desenvolvimento (TGD) tem como característica um
comprometimento grave e global em diversas áreas do
desenvolvimento: habilidades de interação social recíproca,
habilidades de comunicação ou presença de estereotipias de
comportamento, interesses e atividades. Os prejuízos
qualitativos que definem estas condições representam um
desvio acentuado em relação ao nível de desenvolvimento ou
idade mental do indivíduo.
Queila Medeiros Veiga
Coll e Palácios – critérios de
escolarização de autistas
O autismo requer do sistema educacional:
1) Diversidade – uma escola onde acolha o maior número
de especificidades e particularidades de alunos com ou
sem deficiência, autistas ou não.
2) Personalização – a escola tem de criar uma
característica própria e saber desempenhar brilhantemente
seu papel.
Queila Medeiros Veiga
Fatores
Criança
Escola
• Capacidade
intelectual
• Comunicação
• Conduta
• Flexibilidade cognitiva
• Desenvolvimento
social
• Preferência por
escolas menores, não
ruidosas, baixa
complexidade social
• Escola estruturadas
• Compromisso de
todos
• Recursos
• Interação com os
pares
Queila Medeiros Veiga
SAÚDE E EDUCAÇÃO
Para o trabalho de inclusão dessas pessoas é preciso de
diagnóstico transdisciplinar.
É preciso transpor modelos de diagnóstico da área da
saúde para área da educação, essa é a base para a
inclusão ocorrer de fato na rede regular de ensino.
Queila Medeiros Veiga
Como ensinar alunos com TGD na
escola?
• A resposta educativa deve ser nos aspectos curriculares,
inclusive em comunicação, na linguagem e habilidades
sociais.
• Incluir sinais manuais à linguagem é um facilitador,
segundo Hernandéz Rodrigues.
• Métodos– desenvolve habilidades comunicativas em
contextos
naturais
da
criança.
Facilitador
da
aprendizagem.
Queila Medeiros Veiga
Como devem ser os métodos
1. Estruturados, conhecendo as condutas que se
2.
3.
4.
5.
modificam.
Evolutivo de acordo com as características de cada
aluno.
Ser funcional.
Envolver a família e a comunidade.
Ser intensivo e precoce.
Queila Medeiros Veiga
Qual o espaço educativo apropriado?
• Espaço educativo e professores devem receber apoio
externo e orientações de variados especialistas.
• Não se esquecer que as frustrações, ansiedade e
sensação de impotência aparecerão , é preciso saber
lidar com isso.
• Colaboração da família – o envolvimento é um dos
fatores mais importantes para o êxito da tarefa
educacional e terapêutica de crianças autistas.
Queila Medeiros Veiga
A escola regular pode ser esse
espaço?
• Sem dúvida alguma a escola regular ainda é um espaço
privilegiado de ensino para todos os alunos, desde que
sejam respeitadas as especificidades e peculiaridades de
cada pessoa.
• Não deixar de levar em conta os quadros graves e os
alunos de baixo funcionamento se beneficiarão de um
processo sem erros possível para serem mais eficazes.
Queila Medeiros Veiga
Aprendizagem sem erros
1. Assegurar a motivação( o mais difícil – dar sentido à
2.
3.
4.
5.
atividade)
Tarefas apresentadas quando a criança já entendeu.
Tarefas com requisitos já adquiridos.
Procedimentos de ajuda
Reforçadores contingentes, imediatos e potentes.
Queila Medeiros Veiga
Quais profissionais e serviços?
Fonoaudiólogos
Psicólogos
Psicopedagogos
T.O
Fisioterapeutas
outros
Queila Medeiros Veiga
Escolas especiais: sim ou não?
• Só se justificam se cumprirem as 3 condições:
1. Colegiado de especialistas
2. Numero reduzido de alunos por sala (3 a 5)
3. Especialistas
em
audição
e
linguagem,
psicomotricidade, fisioterapeuta e equipe complementar
de apoio.
Queila Medeiros Veiga
Tipos de Intervenções
INCLUSÃO – sua eficácia está ligada ao comprometimento
cognitivo e aos comportamentos apresentados pela criança, e
para que ocorra de forma efetiva e responsável são necessárias:
preparação e orientação de professores, realização de
adaptações curriculares e atenção mais próxima de uma
professora auxiliar.
ABA – Análise Aplicada ao comportamento;
1- avaliação inicial, 2- definição de objetivos a serem alcançados, 3elaboração de programas/procedimentos, 4- ensino intensivo, 5avaliação do progresso.
O tratamento comportamental caracteriza-se, pela experimentação,
registro e constante mudança. A lista de objetivos a serem
alcançados é definida pelo profissional, juntamente com a família
com base nas habilidades iniciais do indivíduo. Assim, o
envolvimento dos pais e de todas as pessoas que participam da vida
da criança é fundamental durante todo o processo.
Queila Medeiros Veiga
TEACCH (não é um método)
Treatment and Education of Autistic and
related communication Handicapped Children.
Programa – Sistema Educacional do Estado da
Carolina do Norte – EUA.
Pais assumem papel de co-terapeutas;
É um programa institucional individualizado, além
de participarem também de programas regulares
adaptados a NEE.
Queila Medeiros Veiga
Os professores que participam são treinados para
sensibilizar, motivar e envolver as demais crianças da
classe;
Essas crianças têm o papel de tutores –
estabelecer contato de comunicação, a qual é
condição indispensável para que o programa tenha
êxito;
Dentro dessa perspectiva, o professor estrutura
atividades na classe de integração – CLASSES.
Resultados excelentes, que em outros Estados
americanos e países importaram o modelo.
Queila Medeiros Veiga
PECS
Sistema de Comunicação por trocas de
Figuras. PCS (Johnson, 1998). 3000 palavras.
Comunicação alternativa: é uma abordagem
clínica que propõe compensações, temporárias ou
permanentes, em indivíduos com problemas severos
de comunicação devido a sua dificuldade.
Queila Medeiros Veiga
PECS
• No Brasil o PECS foi adaptado por Walter
(2000) aplicado em contexto do currículo
funcional natural.
• Redução do número de fases e arranjo no
ambiental;
• Espontaneidade para solicitar o objeto
desejado;
Queila Medeiros Veiga
DICAS AO PROFESSOR
• promova o relacionamento pleno entre os alunos com TGD e
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seus colegas sem deficiência. Essa será a melhor maneira de
propiciar a todos uma convivência produtiva e natural. O
professor é peça fundamental nesse processo;
seja bastante flexível com relação às suas estratégias
didáticas. O aluno com TGD pode te ensinar novas formas de
lidar com assuntos e conteúdos cristalizados;
invista em aprimorar sua comunicação com o aluno com TGD.
Eles possuem dificuldades na comunicação e precisam que
você encontre formas de estabelecer uma comunicação plena
com ele;
não se apegue às possíveis estereotipias do aluno.
Não permita a estigmatização desse aluno”. Invista nas
relações baseadas no respeito e na valorização dos talentos e
competências de todos.
Queila Medeiros Veiga
BIBLIOGRAFIA
• BAPTISTA, Claudio. Integração e autismo: análise de um
percurso integrado. In: Baptista, Claudio Roberto e Bosa,
Cleonice. Autismo e Educação: reflexões e propostas
de intervenção. Porto Alegre: Artmed, 2002.
• Marchesi, Alvaro; Palacios, Jesús; Coll, Cesar .
Desenvolvimento Psicológico e Educação Vol 3 - 2
Edição 2004 .
Queila Medeiros Veiga
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