estudo do uso de sistemas de informação no

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estudo do uso de sistemas de informação no
XXIII ENANGRAD
Gestão de Informações e Tecnologia (GIT)
ESTUDO DO USO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO NO SEGMENTO
INDUSTRIAL TÊXTIL
Ana Célia Bohn
Sidnei Grígolo
Oscar Dalfovo
Maurício Capobianco Lopes
Bento Gonçalves, 2012
ESTUDO DO USO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO NO SEGMENTO INDUSTRIAL TÊXTIL
Área Temática: Gestão de Informações e Tecnologia
Código: GIT
Resumo
O presente estudo foi realizado em três indústrias do segmento têxtil, localizadas na região norte de
Santa Catarina. Os respondentes da pesquisa foram os gestores do departamento de tecnologia da
informação e o princípio basilar do estudo permeou a análise do uso de sistemas de informação em
empresas têxteis. O delineamento metodológico utilizado para a obtenção do propósito da pesquisa
foi do tipo “levantamento de dados”, em caráter quantitativo, envolvendo um questionário estruturado
que os entrevistados responderam e que é utilizado para elucidar informações específicas. As
respostas foram obtidas por meio de um questionário estruturado e com análises descritivas. Na
análise dos dados e resultados verificou o uso, a aplicabilidade e as prioridades quanto ao uso dos
Sistemas de Informação pelas empresas, no que tange ao processo de gestão dessas informações
em consonância com a dinâmica do mercado, a concorrência acirrada, as mudanças organizacionais
e a adaptabilidade à evolução contínua das tecnologias. O resultado obtido após o término deste
estudo permitiu o conhecimento acerca do uso dos sistemas de informação, em que, a percepção
sobre o tema é que as indústrias ainda não se utilizam de todas as disponibilidades oferecidas pelos
sistemas para apoiar o seu gerenciamento de informações e da prospecção dos negócios.
Palavras-chave: Sistemas de Informação; Tecnologia da Informação e Comunicação; Segmento
Industrial Têxtil.
Abstract
This study was made in three textile industries, located in the northern region of Santa Catarina. The
survey respondents were managers of the information technology department and the basic principle
of the study permeated the analysis the use of information systems in textile companies. The
methodological design used to achieve the purpose of this research was of type "data collection" in a
quantitative, involving a structured questionnaire that the respondents and is used to elicit specific
information. Responses were obtained through a structured questionnaire and descriptive analyzes. In
the data analysis and results showed the use, applicability and priorities for the use of information
systems by companies, in relation to the management of this information in line with market dynamics,
fierce competition, organizational changes and adaptability to on-going evolution of technology. In the
result obtained after completion of this study allowed to know about the use of information systems, in
which the perception of the matter is that industries are still not used all the cash offered by the
systems to support their information management and the exploration business.
Keywords: Information Systems; Information Technology and Communications; Textile Industry.
INTRODUÇÃO
A partir dos anos 80 e 90, um novo modelo organizacional emergiu: empresas que
trabalham a partir do uso das tecnologias e dos sistemas de informação. As notáveis mudanças nas
organizações, trouxeram uma revolução nas empresas, sejam elas, com ou sem fins lucrativos,
públicas ou privadas, grandes ou pequenas, dos segmentos industrial, comercial ou prestação de
serviços. As empresas têm a necessidade de manter em sua estrutura um sistema capaz de gerir
todas as informações que permeiam seu ensejo de sucesso e êxito nos negócios, contando com
pessoas diferenciadas, e sistemas altamente sofisticados, capazes de solucionar problemas e auxiliar
na tomada de decisões. Os sistemas repetem, renovam, revigoram a organização em um processo
pró-ativo e nunca reativo, com objetivo de lucro e atendimento as necessidades sociais (OLIVEIRA,
2000).
Ainda para Oliveira (2000), este caráter sistêmico influencia na concepção de uma empresa
sistêmica, que enfoca basicamente uma visão administrativa onde a administração da empresa não
depende de indivíduos isolados e centralizadores. Da mesma forma que as todas as empresas têm
buscado sistemas eficientes para se destacar no mercado, como um diferencial competitivo e
apresentando inovações tecnológicas, as indústrias do segmento têxtil também primam por esta
propositura. Esta observação é bem pontual sob o aspecto do dinamismo que este ramo do mercado
se apresenta, a globalização dos mercados, a entrada dos produtos da China no país, os incentivos
fiscais que abriram as portas para outros países.
As Indústrias Têxteis são organizações complexas, compostas por diversos setores, dentre
eles, o seu destaque para o setor produtivo que, frente a vários desafios, necessita do uso dos
sistemas de informação, no intuito de permitir que o processo produtivo ocorra de forma eficiente e
controlada, com a maximização dos recursos e o mínimo de erros para não impactar na
competitividade e consequentemente na lucratividade. Dentre os desafios, destaca-se a aplicação e o
uso dos sistemas de informação que visam a apoiar o processo decisório da gestão. Conforme Stair e
Reynolds, (2002, p. 5) “a transformação de dados em informação é um processo, ou seja, um
conjunto de tarefas logicamente relacionadas e executadas para atingir um resultado definido”.
A expansão do uso dos sistemas de informação permite o planejamento, o controle e a
programação da produção de forma que, se realizados de maneira adequada, pode oferecer à
empresa uma vantagem competitiva em produção, alcançando eficácia e eficiência do setor
produtivo, cujo propósito é atender e até superar as expectativas dos clientes e utilizar da melhor
forma possível seus recursos disponíveis. Para tanto, buscou-se informações junto aos gestores do
departamento de Gestão de Tecnologia da Informação, gestores estes, que fazem frente ao processo
de otimização dos recursos como forma de tomada de decisão junto da cúpula diretiva das
organizações.
Não obstante, este trabalho apresenta os resultados obtidos por meio da pesquisa realizada
em três indústrias localizadas no litoral norte de Santa Catarina, para entender o uso dos sistemas de
informação. A pesquisa executada foi de caráter descritivo, quantitativa, do tipo levantamento de
dados, que conforme Malhotra (2006) trata-se de um método de coleta de dados estruturado, em que
se elabora um questionário formal e as perguntas são feitas em uma ordem predeterminada em que o
processo é direto. Como instrumento de coleta de dados, foi utilizado um questionário estruturado
adaptado de Dalfovo (2004).
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Neste capitulo apresenta-se a fundamentação teórica que dá base a este trabalho, com os
principais temas abordados para a elaboração do mesmo. Além dos trabalhos correlatos, que
possuem alguma característica semelhante a este.
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
As organizações necessitam de um contexto organizacional composto por pessoas e
tecnologias em interação com o ambiente interno e externo. Os sistemas de informação (SI) são
qualquer sistema utilizado para fornecer informações, incluindo seu processamento, para qualquer
uso que se possa fazer dela. De acordo com Landon (1999), é definido como um conjunto de
componentes inter-relacionados trabalhando juntos para coletar, recuperar, processar, armazenar e
distribuir informação com a finalidade de facilitar o planejamento, o controle, a coordenação, a análise
e o processo decisório em empresas e outras organizações.
Evolução dos sistemas MRP e MRP II
Os sistemas de planejamento nas empresas estão em constante evolução, os primeiros
desenvolvidos, eram simples e sua operação era limitada. Os novos avanços na produção fizeram
emergir sistemas eficazes a fim de atender a demanda de mercado. Por volta das décadas de 1970 e
1980, com o avanço nas tendências de produção surgiu o MRP (Material Requirements Planning),
sistema de gestão industrial. Por meio deste sistema, as organizações de grande porte passaram a
dispor da possibilidade de obter um planejamento futuro sobre estoque de matéria-prima e seus
processos produtivos, podendo assim planejar a sua produção e tendo ótimos resultados
(CARVALHO, 2009).
As propostas principais de um sistema MRP são controlar o nível de estoque, planejar as
prioridades de operação para os itens e a abastecer o sistema de produção, tendo como finalidade
principal, a disponibilidade de materiais empregados na hora certa. Com isso, propiciou-se na
diminuição de estoques desnecessários em toda a cadeia produtiva, desde a implantação de pedidos
de compra, passando pelo estoque de matéria-prima, produtos em processo e produtos acabados
(HEIDRICH , 2005).
Contudo, o MRP foi aperfeiçoado para uma solução de escopo ampliado, se atualizando
para uma nova versão o MRP II (Manufacturing Resources Plannnig) o qual, consiste em um sistema
hierárquico de administração da produção, em que os planos de longo prazo de produção e os planos
agregados (que contemplam níveis globais de produção e setores produtivos), são sucessivamente
detalhados até ao nível do planejamento de componentes e máquinas específicas (ALVES, 2001).
Enterprise Resource Planning (ERP)
Para Carneiro e Dias (2004) os sistemas integrados de gestão são desenvolvidos de forma
padronizada que têm como objetivo integrar totalmente as informações em um único banco de dados,
compartilhado por todos os usuários. O Enterprise Resource Planning (ERP) é um sistema único que
liga todas as operações da empresa, incluindo planejamento, manufatura, vendas, controle de
estoques, recursos humanos, contabilidade e finanças.
Atualmente, existem diversas tecnologias disponíveis e aplicadas à geração de
informações, essas tecnologias contribuem para atender aos objetivos empresariais, uma vez que
oferecem suporte aos diferentes níveis de gerentes, produzindo informações mais ágeis e precisas
das operações; bem como o respectivo desempenho de cada setor ou departamento da empresa.
Além disso, exerce um papel fundamental nas decisões estratégicas da empresa, auxiliando os
gestores com informações de planejamento, investimento, prospecção de novos negócios, análise do
mercado concorrente e necessidades dos clientes (OLIVEIRA, 2006).
Segundo Corrêa (1998) no início da década de 1990, os sistemas integrados de gestão
empresarial ou ERP passaram a ser largamente utilizado pelas empresas. Embora, custavam valores
elevados, sendo viável somente para empresas de grande porte. No transcorrer desses anos, as
grandes corporações fizeram suas escolhas sobre os sistemas a serem adquiridos e implantados,
saturando assim o mercado das grandes empresas e reduzindo as possibilidades de negócio para os
fornecedores de ERP nesse segmento empresarial. Para Souza (2006) os sistemas ERP podem ser
definidos como sistemas de informações integrados adquiridos na forma de pacotes comerciais de
software, com o princípio de dar suporte à maioria das operações dentro de uma organização.
Durante a segunda metade do século passado os ERP foram um dos principais focos de atenção
relacionados com tecnologia da informação nas empresas.
O ERP controla a empresa, através da manipulação e processamento das informações.
Depois dos processos serem documentados e contabilizados são geradas análises de negócios
definidas as quais permitem maior controle nos pontos que apresentam maior vulnerabilidade do
negócio. Desta forma, possibilita a estrutura dos custos, o controle fiscal e de estoques. Esse sistema
de gestão integrada substitui os sistemas que funcionavam individualmente em cada setor dentro na
empresa, com informações pouco confiáveis (MILTELLO, 1999).
Conforme Souza e Zwicher (2000), a definição para ERP são sistemas de informações
integrados, adquiridos em pacotes comerciais, com objetivo de suportar a maioria das operações de
uma determinada empresa. Assim, atendem condições genéricas de um maior número de empresas,
agrupando modelos de processos de negócios adquiridos com a experiência acumulada de
fornecedores, consultorias e pesquisa em processos de benchmarking. Também possibilitam a
integração pelo compartilhamento de informações entre os módulos, sendo armazenadas em um
único banco de dados central.
Aspectos na implementação de sistemas ERP
Durante um projeto de implementação de sistemas ERP, existem inúmeras atividades e
variáveis que devem ser gerenciadas, a fim de não comprometer o sucesso do projeto. Como não é
possível controlar todos os fatores presentes na implementação, alguns devem ser considerados
mais importantes e acompanhados mais de perto, caracterizando uma gestão por fatores críticos de
sucesso (GAMBÔA, CAPUTO e BRESCIANI FILHO; 2004).
O sistema ERP tem extrema importância dentro de uma empresa ou organização, pois,
gerencia todo o processo, desde início até o término. Laudon e Laudon (2001) definem
implementação como "todas as atividades organizacionais realizadas em direção à adoção,
gerenciamento e rotinização de uma inovação". O ERP pode ser considerado, então, um sistema de
informação inovador que afeta as dimensões tecnológicas e organizacionais ao longo do processo de
implementação.
Para Tamae et al. (2005), na etapa de implantação é determinante levantar os objetivos a
serem alcançados, verificando assim os processos atuais e as possibilidades de mudança. Existe a
necessidade de todos os usuários conhecerem o sistema e os processos de negócio da empresa.
Subentende-se que eles devem compreender a mudança organizacional conduzida por funcionários
que terão treinamento conceitual, operacional, exploração do sistema, parametrização e revisão dos
processos. Gerenciar uma mudança em um ambiente organizacional implica na mudança dos
hábitos, modelos de comportamento e, às vezes, as atitudes das pessoas em relação ao modo de
execução, tanto em atividade de manufatura quanto em serviços.
Por outro lado Buckhout, Frey e Nemec (1999), abordam duas dificuldades na implantação
do ERP: as organizações não fazem escolhas estratégicas necessárias para configurar os sistemas e
os processos, e o processo de implantação escapa do controle da empresa. Tornando-se esta etapa
mal sucedida, dessa forma para realizar as escolhas estratégicas é fundamental o conhecimento nos
processos de negócios, todavia, o foco deve ser mantido nos objetivos da organização e não
somente no sistema.
Na fase de implantação, envolve a adaptação dos processos de negócio ao sistema, a
parametrização e eventual customização do sistema, a conversão e carga dos dados iniciais, a
configuração do hardware e do software de suporte, o treinamento de usuários e gestores e a
disponibilização de suporte e auxílio. Complementando as tarefas que vão desde o término da
elaboração do plano de implementação até o início da operação, quando o sistema ERP passa a ser
o sistema de informação definitivo da empresa (SOUZA e ZWICKER, 2003).
Entretanto, nas implantações de sistemas integrados de gestão empresarial, há uma
preocupação intensa com a tecnologia e quase nenhuma preocupação com os demais aspectos que
norteiam as modificações nas dinâmicas organizacionais causadas pela mesma. Os dirigentes se
esquecem de que as modificações causadas pela mudança tecnológica vão além de uma simples
troca de sistema informacional impactando dessa forma a estrutura e os aspectos sóciocomportamentais (JESUS e OLIVEIRA, 2007).
Oliveira (2006) em seu estudo observou que a fase de projeto é crucial na implantação de
um sistema ERP, pois é o momento em que se decide a escolha do software apropriado à empresa,
bem como a estratégia adotada na implantação. Optar pela implantação por módulos e iniciar com
pequenos projetos é uma alternativa viável e considerada segura, pois se avaliam os resultados à
medida que estes vão ocorrendo, se podendo rever as estratégias e os rumos do projeto.
Resultados na adoção do ERP
Os fatores críticos de sucesso que devem ser analisados num projeto do tipo ERP,
sugeridos por Albertin (1996) são, principalmente:
Envolvimento da gestão de topo;
A estratégia, visão de longo prazo, alinhamento de fatores de negócios e tecnológicos;
A cultura organizacional, e a receptividade a mudanças ao nível de alterações provocadas;
Processos, a adaptação necessária ao novo sistema;
Utilizadores, definição de papéis, envolvimento e formação;
Equipa de consultores, qualificação e comunicação com utilizadores;
Seleção do sistema, motivos para iniciar uma seleção e forma de condução;
A implementação, definição de prazos e forma de condução;
O software, adequação ao contexto da empresa e ligação com sistemas existentes.
Após a implantação do sistema de ERP se espera que a empresa tenha maior comando e
controle sobre as informações e processos de negócios na organização, havendo assim a
universalização dados que são dispostos ao grupo empresarial, aferindo credibilidade e certeza
desde que seja interpretado os resultados coerentemente.
Conforme Pinheiro (2009) o sistema ERP condiciona várias vantagens tais como: redução
de custos, com o monitoramento em toda a organização rapidamente se detecta os processos mais
dispendiosos os quais podem causar impactos no processo financeiro; otimização do fluxo de
informações, determina-se quais setores empresariais estão apresentando deficiência dessa forma se
adotando medidas para que as informações fluam satisfatoriamente; otimização no processo de
decisão, com as informações interligadas fica relativamente simples a tomada de decisão e suas
consequências.
Os benefícios obtidos pela empresa podem ser divididos em tangíveis e intangíveis, os
quais, de acordo com Hypolito e Pamplona (1999):
a) Tangíveis: são mensurados como ganho de capital com a redução de estoques,
redução de atividades sem valor, redução de horas extras ou ate mesmo de
funcionários.
b) Intangíveis: benefícios de maior dificuldade como satisfação dos clientes internos e
externos, velocidade de funcionamento, confiabilidade na tomada de decisões, redução
de riscos em decisões gerenciais.
Na pesquisa realizada por Souza e Zwicker (2000) as vantagens do ERP são: integralização
dos departamentos, atualização da base tecnológica, redução de custos de informática decorrentes
implantação do sistema. Para otimização completa do sistema de gestão integrada é preciso
evolução contínua, adotando medidas operacionais necessárias. Jesus e Oliveira (2007) afirmam
que, na busca por uma organização integrada, os gestores se esquecem de adotar um sistema
integrado de gestão, pois as mudanças necessárias para tornar uma organização tradicional em uma
empresa integrada são voltadas para processos que implicam em transformações complexas que
abrangem aspectos estruturais e comportamentais.
O acesso às informações integradas, propiciadas pelos sistemas integrados de gestão,
propiciam subsídios para os executivos tomarem decisões com maior agilidade e, com isso,
asseguram uma vantagem competitiva às empresas que dirigem. A solução ERP visa integrar as
informações dentro de uma empresa, tendo como função principal criar um único fluxo de informação
(ROCHA e BROCHADO, 2004). Conforme Tamae et al. (2005), comparando o investimento realizado
com as melhorias alcançadas, pode-se dizer que existe muito ganho a ser obtido com a implantação
do ERP. Os benefícios podem ser maiores se forem realizadas análises prévias dos processos e da
forma de funcionamento atual da empresa. A urgência na aquisição do sistema atrasa uma fase
importante que é a verificação da sua real necessidade, devido ao seu alto custo, alto grau de
complexidade e exigência por mudanças.
Os ganhos com a adoção de um sistema de gestão integrada conforme Wood Jr. (1999):
realinhamento e racionalização de processos, melhoria do nível de controle, maior agilidade nos
processos decisórios, redução de ciclos operacionais, maior integração de informações, redução de
custos internos e redução de estoques. Para Nogueira, Pessoa e Abe (2004) utilização de sistemas
ERP otimizam o fluxo de informações e facilita o acesso aos dados operacionais, favorecendo a
adoção de estruturas organizacionais mais achatadas e flexíveis. Dessa forma, tornam as
informações mais consistentes, possibilitam a tomada de decisão com base em dados que refletem a
realidade da empresa. Outro benefício é a adoção de melhores práticas de negócio, suportadas pelas
funcionalidades dos sistemas, que resultam em ganhos de produtividade e em maior velocidade de
resposta da organização.
Alguns dos resultados esperados com a adoção de sistemas ERP, são os que se seguem:
disponibilizem informação exata e de qualidade na hora precisa, de suporte às tomadas de decisão
ao nível da gestão, ao longo de todo o empreendimento, principalmente em termos do fluxo logístico;
que forneçam os meios para uma perfeita integração entre os setores da organização através do
compartilhamento de bases de dados únicas; que forneçam os meios para que se reduza o esforço
ao nível da gestão e operacional nas interfaces entre Sistemas de Informação não integrados; que
tornem o processo de planejamento operacional mais transparente, estruturado e com
responsabilidades mais definidas e, que apoie a empresa nos seus esforços para a melhoria de
desempenho operacional para fazer face à concorrência, no atendimento aos clientes (CASTRO,
2009).
Outras vantagens citadas por Barker e Frolick (2003) trazidas às organizações, do ponto de
vista do sucesso do negócio, consistem nas vantagens percebidas pelos funcionários. Através do uso
de sistemas integrados, as pessoas envolvidas comprovam benefícios como eliminação de excessos
nas rotinas, mais tempo para destinar a atividades que acrescentam valores e até mesmo mais
autonomia para tomada de decisões.
Dificuldades e desvantagens com o ERP
Para Souza e Zwicker (2000), as atualizações constantes no sistema e gerenciamento são
uma das principais dificuldades. Após a implantação, o mesmo precisa manter-se em atualizações
contínuas, refletindo nos processos da empresa. São incorporados recursos inovadores para
executar os processos e corrigir falhas, para isso o ERP é um processo de mudanças organizacional
envolvendo alterações nas tarefas e responsabilidades de indivíduos, departamentos e relações entre
os departamentos.
Segundo Wood Jr. (1999) há inúmeras desvantagens referente ao sistema de gestão
integrada tais como: não atendimento das necessidades específicas dos negócios, perda de algumas
funções essenciais dos negócios, visão superficial dos processos, dependência de um único
fornecedor e excesso de controles. Ou seja, a escolha de um sistema que atenda as necessidades da
organização é de extrema importância.
Conforme Militello (1999) a adoção de um software de ERP força a empresa a repensar em
sua estrutura, todavia necessita da ajuda de uma consultoria ou de profissionais especializados, o
que faz aumentar os custos significavelmente. Para cada real investido no ERP gastam-se outros
dois no processo de instalação. Apesar de serem sistemas muito complexos, as organizações optam
por que eles funcionem, abolindo com programas que mal se conversam, tornando a relação dos
dados demorada e ineficiente.
Outra dificuldade contextualizada por Mendes e Escrivão Filho (2000) se refere ao
despreparo e desconhecimento das empresas em relação ao tamanho das mudanças que vão
ocorrer com a implantação do sistema. Para conseguir resultados são necessários rever o modelo de
operação utilizado e propor modificações que maximizem o potencial da tecnologia que será
instalada, se integrando com a visão estratégica.
De acordo com Padilha e Marins (2005) sistemas ERP apresentam dificuldades no
cumprimento de prazos de instalação e orçamento, devido principalmente a: resistência por parte dos
funcionários, rotatividade das pessoas que foram treinadas ou que dominam o negócio da empresa,
qualidade dos recursos humanos da empresa e da consultoria contratada, dificuldades de interagir
com o ERP e outros sistemas existentes na corporação. Os fatores apresentados não podem ser
corretamente previstos, na elaboração dos cronogramas e orçamentos. Mesmo inseridos na margem
de segurança podem comprometer a credibilidade do projeto. Os sistemas ERP são ferramentas que
detém alto valor e de difícil implantação comparada aos sistemas antigos. Dessa maneira, as
justificativas de retornos de investimentos são difíceis de serem defendidas.
Gomes e Vanalle (2001) salientam que o ERP pode ser uma poderosa opção para a
empresa obter maior controle de seu negócio. As transformações sofridas pela empresa são a
alteração dos processos produtivos e administrativos que tendem a se adaptar às funcionalidades
oferecidas pelo sistema, que muitas vezes podem criar resistência devido à necessidade de mudança
de paradigmas para a utilização de um sistema compartilhado. Para Oliveira e Ramos (2002) os
fatores que dificultam o processo, são: a resistência dos funcionários; a falta de comunicação sobre
os possíveis problemas que ocorreriam durante o processo; a falta de um membro da alta
administração na equipe de coordenação do projeto; a pouca experiência dos fornecedores do
sistema no processo de implantação.
As empresas têm grandes expectativas em relação aos sistemas ERP, se esperando que
eles melhorem todo o funcionamento rapidamente. No entanto, esta é uma percepção errada, e uma
das razões é o fato de que o ERP não resolve problemas relacionados a procedimentos, ou seja, um
sistema não é capaz de solucionar problemas decorrentes da falta ou do não cumprimento de
procedimentos internos, assim como da presença de controles fracos dentro de uma empresa
(HYPOLITO E PAMPLONA, 1999). Segundo Dempsey (1999), as empresas perdem de vista as
motivações originais e naufragam diante das dificuldades encontradas. Muitos sistemas têm uma
interface ruim com o usuário, a solução para esse problema seria adotar outro sistema com a
interface gráfica mais atraente, que facilite o uso pelo usuário.
Krasner (2000) explicita que os ERP causam alguns problemas, dentre eles os problemas
de gerenciamento e controle de recursos, tornando-se propensos a falhas. Portanto maioria das
empresas que tentam implantá-los geralmente ocorre erros devido à grande complexidade que esses
sistemas apresentam.
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO
A informação, basicamente, tem duas finalidades: para conhecimento dos ambientes interno
e externo de uma organização e para atuação nestes ambientes (Chaumier, 1986). Reconhecendo a
importância da informação, muitas organizações não são sensíveis a alguns excessos na busca e na
manutenção da informação.
As TIC’s (tecnologias da informação e comunicação) evoluíram em forma bottom up nas
organizações, pois, primeiro automatizaram processos operacionais; depois, apoiaram atividades
gerenciais, passando a dar suporte estratégico e apoio a soluções de conhecimento mais
recentemente. Esta evolução centra os projetos de TI em uma sequencia de ciclo: dado, informação e
conhecimento (PACHECO, 2006).
Fonte: Pacheco (2006)
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
O presente estudo tem uma abordagem de pesquisa quantitativa, do tipo “levantamento de
dados”, descritivo, sendo utilizado como método de pesquisa um questionário estruturado adaptado
de Dalfovo (2004). Na concepção de Malhotra (2006), quando da coleta de dados estruturada,
elabora-se um questionário formal e as perguntas são feitas em uma ordem predeterminada, de
forma que o processo é direto. Gil (2009), complementa que, as pesquisas descritivas são,
juntamente com as exploratórias, as que habitualmente realizam os pesquisadores sociais
preocupados com a atuação prática. Aplicável para o estudo em questão, no segmento industrial.
Este método também é relevante para quando as questões de pesquisa pretendem explicitar uma
descrição das características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de
relações entre as variáveis (GIL, 2009).
Para a coleta de dados utilizou-se um questionário estruturado, aplicado junto aos
respondentes, aqui descritos como “gestores de TI”. As respectivas respostas foram tabuladas,
analisadas e interpretadas de forma a tratar os dados, os quais perfazem o conteúdo da referida
pesquisa. Os dados tornam-se conhecimento somente depois de a análise ter identificado um
conjunto de descrição de relações (HAIR JR. et al. 2005). Quanto à escolha dos entrevistados, levouse em consideração que, segundo a abordagem a que se propôs o estudo, a pessoa mais indicada
como respondente ao propósito da pesquisa seria o Gestor de TI, tendo em vista o seu conhecimento
empírico e conceitual acerca da abordagem.
Ressalta-se o fato de que se manteve a preservação do nome das Indústrias participantes,
por solicitação das mesmas, tendo em vista um procedimento de ordem interna, o qual não permite a
divulgação do nome da Organização, porém com a possibilidade de utilização dos dados obtidos por
meio dos questionários, desde que, descaracterizados também os seus respondentes.
ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS
A apresentação dos dados oriundos das pesquisas efetuadas estão dispostos em cinco
partes, distribuídas em tabelas. A primeira parte refere-se às funções rotineiras utilizadas pelas
empresas, tecnologias dos sistemas de informações e as características dos sistemas destas
empresas. A segunda parte diz respeito ao atendido ao público, informação disponibilizada e
informação externa processada. Na terceira parte têm-se as ameaças dos novos entrantes e poder
de negociação. Com relação à quarta parte, verifica-se os principais pontos chaves de sucesso e a
avaliação para o sucesso no negócio. Já a quinta e última parte refere-se às estratégias com relação
as forças organizacionais.
O PERFIL DAS ORGANIZAÇÕES E A UTILIZAÇÃO DOS SISTEMAS
Neste item, apresentam-se os dados de uso do sistema de informação na organização. Foi
identificado que da amostra analisada, três indústrias, 100,0% delas utilizam sistemas de informações
computadorizados. No Quadro 1, apresentam-se as funções que são rotineiras utilizadas pelas
empresas, às tecnologias dos sistemas de informações e as características dos sistemas destas
empresas
Quadro 1 - Funções rotineiras utilizadas pelas empresas, tecnologias dos sistemas de
informações e as características dos sistemas destas empresas
Sim
Não
Quais funções (dos sistemas) que são rotineiramente utilizadas?
DatawareHouse (armazenamento de dados).
2
1
Datamining (é um minerador de informação. Ex: Google).
2
1
Redes Neurais (sistemas inteligentes de solução de problemas).
Raciocínio baseado em casos (software que enxerga casos ocorridos no passado e
sugere soluções).
Aplicativos Comerciais (CRM, ex).
0
3
Não possui sistemas.
0
3
Software especial.
3
0
3
0
3
0
O Sistema de Informação de sua empresa utiliza quais destas tecnologias:
DatawareHouse (armazenamento de dados)
2
1
Datamining (é um minerador de informação, ex: Google)
2
1
Redes Neurais (sistemas inteligentes de solução de problemas)
0
Raciocínio baseado em casos (software que enxerga casos) ocorridos no passado e
sugere soluções.
0
Aplicativos Comerciais (ex: CRM)
3
3
Não possui sistemas
Software especial
3
0
3
0
3
0
Quais as características do Sistema de Informações desta empresa?
Informação de nível estratégico – indicadores de desempenho
3
0
Projeto para atender executivos
3
Facilidade de utilização com mínimo treinamento
2
0
1
Fazem uso intensivo de dados do macroambiente empresarial
2
1
Utilizam recursos gráficos
3
0
São usados principalmente para acompanhamento e controle
3
0
Programação da produção
3
0
Fonte: dados da pesquisa
O Quadro 1 apresenta as informações referentes às funções do sistema que são
rotineiramente utilizadas e suas tecnologias, destacando-se os aplicativos comerciais através de
softwares especiais. As principais características do sistema de informação apresentadas são:
informações de nível estratégico (indicador de desempenho), projetos para atender os executivos,
programação da produção, controle e acompanhamento. No Quadro 2 apresentam-se as
informações referentes ao que público que utiliza o software, qual o tipo de informações
disponibilizadas e quais as informações externas processadas.
Quadro 2 - Atendido ao público, informação disponibilizada, informação externa processada
Qual o público de nível gerencial que serve?
Nº de citações
Diretoria
3
Gerente Departamentos
3
Gerentes Setoriais
2
Outros
1
Que tipo de informação é disponibilizada?
De origem exclusiva interna
0
De origem exclusiva externa
0
De origem interna e externa
3
Quais os tipos de informações externas processadas?
Concorrentes
2
Fornecedores
3
Dados econômicos
2
Clientes
Fonte: dados da pesquisa
No Quadro 2 é passível de observação que o público que utiliza estes sistemas são os
níveis gerenciais e a cúpula diretiva. A informação disponibilizada é de origem interna e externa,
sendo que e as informações externas processadas são inerentes aos fornecedores. Na tabela 03
expõe-se as ameaças dos novos entrantes e as considerações de fatores ambientais externos para a
tomada de decisão com vistas ao poder de negociação com fornecedores e clientes. Ameaças de
produtos e serviços substitutos, rivalidade entre os atuais concorrentes, barganha de clientes e
práticas de planejamento financeiro.
Quadro 3 - Ameaça dos novos entrantes e poder de negociação
Quando falamos sobre ameaças de novos entrantes: Consideração na tomada
de Decisões Estratégicas referentes ao ambiente / externo.
Nº de
citações
Ações tomadas pelos novos concorrentes
3
Participação novos concorrentes no mercado
3
Mercado oferece opções novos concorrentes
1
Tendência de ter novos concorrentes
2
Consideração de fatores ambientais externos para a tomada de decisão estratégica. Poder de
negociação com os fornecedores:
Negociação/Fornecedores
2
Ações tomadas pelos novos concorrentes
3
Participação novos concorrentes no mercado
2
Mercado oferece opções novos fornecedores
1
Tendência de ter novos fornecedores
1
Consideração nas tomadas de Decisão Estratégicas referentes ao ambiente / externo. Poder de
negociação com os Clientes
Negociação/clientes
2
Ações tomadas pelos novos concorrentes
3
Participação de novos concorrentes no mercado
1
Situação do mercado oferece opções
2
Tendência de mercado oferece opções
1
Consideração nas tomadas de Decisão Estratégicas referentes ao ambiente externo - Ameaça
de produtos e serviços substitutos:
Produtos Substitutos
2
Expectativa de participação de mercado de novos produtos
1
Participação novos produtos no mercado
2
Mercado pode oferecer opções a novos produtos
1
Tendência de mercado a produtos substitutos
3
Consideração na tomada de decisões estratégicas referentes ao ambiente externo. Rivalidade
entre os atuais concorrentes:
Atuais concorrentes
2
A rivalidade é predatória
0
A rivalidade permite a entrada de novos concorrentes
0
A rivalidade é sadia
1
Ações entre os concorrentes
3
Existe muita rivalidade entre os concorrentes
1
Segmentos mercados oferecem opções
2
Consideração nas tomadas de Decisão Estratégica referentes ao ambiente / externo: poder de
barganha de clientes.
Poder de Barganha
1
Classe de consumidor
3
Forma de aquisição do consumidor
0
Perfil do Consumidor
3
Preferência do consumidor
2
Consideração nas tomadas de Decisão Estratégica referentes ao ambiente / externo: Sua
empresa exerce práticas de planejamento financeiro?
Planejamento Financeiro
1
Planejamento Formal
3
Planejamento Informal
1
Não Faz
0
Fonte: dados da pesquisa
No Quadro 3 apresentam-se as ameaças dos novos entrantes e as considerações de
fatores ambientais externos para a tomada de decisão com vistas ao poder de negociação com
fornecedores e clientes. Ameaças de produtos e serviços substitutos, rivalidade entre os atuais
concorrentes, barganha de clientes e práticas de planejamento financeiro. Para tanto foi solicitado
que cada empresa pesquisada identificasse como reage a cada tópico. Destes tópicos, os mais
relevantes, pontuados pelas empresas são as ações tomadas pelos novos concorrentes, a
participação dos novos concorrentes no mercado, as tendências do mercado a produtos substitutos, o
poder de barganha da classe de consumidores assim como o seu perfil. Outro aspecto acentuado
infere-se ao planejamento financeiro formal. No Quadro 4 são explicitados os principais pontos
chaves que tangem ao sucesso do negócio e as avaliações.
Quadro 4 - Principais pontos chaves de sucesso e a avaliação para o sucesso no negócio.
Destaque quais os principais Fatores Chave de Sucesso de sua empresa
Nº de citações
Fatores Chave
0
A qualidade dos produtos/Serviços
3
A adoção de Estratégias
2
O projeto organizacional
0
A aprendizagem organizacional da empresa
0
Preço do Produto
3
Assinale 3 itens abaixo que são os mais importantes, na sua avaliação, para o sucesso de seu
negócio.
Sucesso do Negócio
0
Investimento na Qualidade do Produto
3
Investimento em nome ou prestígio dos Empresários
0
Investimento na marca da empresa
3
Cumprimento das propostas de negociação dos fornecedores/clientes
3
Fonte: dados da pesquisa
O Quadro 4 demonstra que o fator de destaque no quesito “sucesso” identificado na
pesquisa é a qualidade dos produtos e serviços e os preços dos produtos. Na avaliação dos gestores
o investimento na qualidade do produto, na marca da empresa e no cumprimento das propostas de
negociação dos fornecedores e clientes, é entendido como sucesso nos negócios. No Quadro 5
abordam-se as estratégias que são adotadas na empresa com relação às estratégias de: forças
competitivas, cadeia de valores e diversificação de empreendimento. Também é demonstrado como a
empresa efetua o monitoramento dos clientes e concorrentes.
Quadro 5 - Estratégias com relação às forças organizacionais
Qual(is) estratégias são adotadas em sua empresa com respeito a forças
competitivas:
Liderança pelo Custo
Sim
Não
3
0
Parceria formal entre fornecedores e clientes
3
Nicho pela diferenciação de produto
2
0
1
Foco em nicho
1
2
Atualização Tecnológica
2
1
Marketing e Vendas
3
Estratégia Financeira – Custo/investimento
2
0
1
Pós Venda e atendimento
3
0
0
3
3
Diversificação
3
Integração
1
0
2
Aquisição
1
2
Parcerias/Alianças Estratégicas
0
2
Automação da Força de Vendas
3
0
E-mail
3
0
Gerência de Relacionamento de Clientes – CRM
3
0
Call Center
3
Sites Internet
2
0
1
Resposta Eficiente de Cliente
3
Telemarketing
2
0
1
Mala direta
2
1
Base de Conhecimento
2
1
Database Marketing
2
1
Serviço de Atendimento ao Consumidor – SAC
3
Serviço de Atendimento Automático – Help Desk
0
0
3
Qual(is) estratégias são adotadas nas estratégias da cadeia de valor:
Qual(is) estratégias são adotadas em estratégias corporativas:
Empreendimento único
Diversificação do Empreendimento
0
Qual(is) estratégias são adotadas em diversificação de empreendimento:
Como você monitora seus clientes:
Como você monitora seus concorrentes:
Benchmarking
3
0
Feiras
3
0
Informativos
3
0
Material de Divulgação: folders, panfletos
3
Associações de classe
2
0
1
Fonte: dados da pesquisa
Na tabela 05 verificam-se os dados referentes às estratégias adotadas pela empresa em
relação às forças competitivas que compreendem liderança pelo custo e parceria formal entre
fornecedores e clientes. A estratégia da cadeia de valores está focada em marketing e vendas, pós
venda e atendimento. Ressalta-se inclusive que, quanto à estratégia corporativa, o foco é a
diversificação do empreendimento, por unanimidade.
Quando a abordagem refere-se ao monitoramento de sua carteira de clientes, a mesma é
realizada por meio de automação da força de vendas, e-mail, gerência de relacionamento de clientes,
call-center, resposta eficiente de cliente e SAC (Serviço de atendimento ao cliente). O monitoramento
dos concorrentes ocorre por meio de benchmarking, feiras, informativos, material de divulgação,
folder, panfletos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Observa-se que na atualidade, o crescimento e a expansão da informação bem como a
necessidade de prospectar o conhecimento no intuito de se atingir bons resultados empresariais,
emergem de maneira dinâmica nas organizações. Algumas facilidades neste contexto da era do
conhecimento apoiaram as organizações, dentre elas, os sistemas de informação.
O segmento têxtil apresenta-se como um ícone representativo da economia brasileira e
mundial, e mais ainda, no ambiente estudado que foi a região do Litoral Norte de Santa Catarina, em
que, grandes indústrias têxteis estão instaladas e consolidadas no mercado. Indústrias estas que
foram o objeto de estudos e análises. Estas análises, por sua vez, trouxeram consenso de que um
sistema de informação deve ser estratégico, tático e operacional para que a organização possa atingir
seus objetivos.
Os sistemas de informação para estas empresas representam, de acordo com a pesquisa
efetuada e com a literatura consultada, que se torna uma vantagem competitiva, agregando valor ao
processo e ao produto final. Tendo em vista esta propositura, observou-se na pesquisa que, em
resumo, os fatores fundamentais na percepção de valor da informação e de um sistema de
informação foram: análise de classe e perfil de clientes, gestão formal da organização, investimento
na qualidade, nos produtos e nos serviços e também na marca.
Neste sentido, os sistemas de informação foram desenvolvidos no intento de melhorar o
fluxo de informações dentro das organizações. Permeando o contexto, vislumbra-se um braço
apoiador na tomada de decisão, quanto ao desempenho perante o mercado, clientes, fornecedores,
novos entrantes e os demais componentes dos stakeholders.
Ainda enquanto considerações, percebe-se o quanto este segmento necessita de
implementação do uso das ferramentas a que se dispõem através dos sistemas de informação, e
mais que isso, torná-los operacionáveis, buscando treinar as pessoas, capacitar os líderes, e, mais
que isso, efetivamente utilizar os sistemas, como o ERP, para as tomadas de decisão e
planejamentos futuros e na gestão organizacional.
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