Anais do II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã

Transcrição

Anais do II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã
1
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO
Câmpus de Tupã
Anais do II Encontro de Pesquisa e
Extensão do Câmpus de Tupã
Tupã
Câmpus Experimental de Tupã
2013
II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã
2
Comissão Organizadora do EPECT
Sandra Cristina de Oliveira
Presidente
Danilo Florentino Pereira
Vice-Presidente
Clodoaldo Isao Yazawa
Roberto Correa Scienza
Sérgio Silva Braga Junior
Editoração
Clodoaldo Isao Yazawa
Eliana Kátia Pupim
Thiago Carvalho Cambaúva
ENCONTRO DE PESQUISA E EXTENSÃO DO CÂMPUS DE TUPÃ (2., Tupã- SP, 2013)
Anais do II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã-SP, 8
de novembro de 2013 / Organizado pela Comissão Organizadora do EPECT. –
Tupã-SP: EPECT, 2013.
49 f.
ISBN: 978-85-6773-00-8
1. Pesquisa Acadêmica – Comunicação. 2. Extensão Universitária Comunicação. 3. Divulgação Científica. I. Comissão Organizadora do EPECT.
II. Anais do II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã.
II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã
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SUMÁRIO
VoluntárioS.A.: fatores motivacionais que levam os discentes de cursos superiores a se envolverem em
ações voluntárias. ............................................................................................................................................ 7
Marilia Paschoalotti Martinelli, Beatriz Vieira de Brito, Cristiane Hengler Corrêa Bernardo, Ana Elisa Bressan
Smith Lourenzani. Universidade Estadual Paulista, Campus de Tupã, Administração.
[email protected]
Análise da variação do custo da cesta-básica no município de Tupã-SP, entre 2010-2013. ......................... 8
Jéssica Bruvers, Wagner Luiz Lourenzani, João Guilherme de Camargo Ferraz Machado, Universidade Estadual
Paulista, Campus de Tupã, Administração, e-mail: [email protected], Bolsa BAAE II.
Contribuições ao bem estar na Terceira idade por meio do projeto de extensão UNATI/ Campus de Tupã.
........................................................................................................................................................................... 9
Lais de Magistris Martins Andrade, Giuliana Aparecida Santini Pigatto (O), Pedro Fernando Cataneo (C), Ariella
Lopes Amaral Costa (C), Felipe Grassi Umberto (C), Universidade Estadual Paulista, Campus de Tupã,
Administração, [email protected], BAAI I.
Cine Empreendedor: articulando teoria e prática. ......................................................................................... 10
Letícia Flore Junqueira, aluna-autora, Cristiane Hengler Corrêa Bernardo, orientadora. Universidade Estadual
Paulista, Campus de Tupã, Administração, [email protected] PIBIC S/B
Parceria educacional entre Escola Estadual Índia Vanuíre, CRAS e Cursinho 180º com o Programa de
Educação Tutorial (PET) da UNESP Campus de Tupã. ..................................................................................... 11
Liria Yukari Yamada, Timóteo Ramos de Queiroz, Amanda Di Paula Rodrigues,Talita Nardi, Thábata Carrion
Mendes de Oliveira, Universidade Estadual Paulista, Campus de Tupã, Administração,
[email protected] (Bolsista PET).
Atuação “180 graus”. ....................................................................................................................................... 12
Lucas Aranha Fialho ([email protected]), Daniel Hideo Kawasaki ([email protected]). Gessuir
Pigatto ([email protected]). Universidade Estadual Paulista, Campus de Tupã, Administração.
VoluntárioS.A.: fatores motivacionais que levam os discentes de cursos superiores a se envolverem em
ações voluntárias. ............................................................................................................................................ 13
Marilia Paschoalotti Martinelli, Beatriz Vieira de Brito, Cristiane Hengler Corrêa Bernardo, Ana Elisa Bressan
Smith Lourenzani. Câmpus da Unesp de Tupã. Curso de Administração. [email protected]
Projeto CoDAF – Criando opções para o desenvolvimento de competências digitais em agricultores
familiares. ......................................................................................................................................................... 14
Thiago Talon de Oliveira Carreira, Pedro Henrique dos Santos Bisi, Fábio Mosso Moreira e Fernando de Assis
Rodrigues (autores), Ricardo Cesar Gonçalves Santana (orientador), Campus de Tupã, Administração,
[email protected]. PROEX.
O perfil recente da terceira idade no Brasil. ................................................................................................... 15
Carla Regina Baptista Castelan, Giuliana Aparecida Santini Pigatto (O), Pedro Fernando Cataneo (C), Vinícius
Cainelli (C), Universidade Estadual Paulista, Campus de Tupã, Administração, [email protected],
BAAE II.
REAP: os caminhos iniciais percorridos e suas ações no extremo oeste do Estado de São Paulo. ............... 16
Larissa Albuquerque de Castro, Angélica Góis Morales, Kimberli Terumy Sato, Guilherme de Andrade Ussuna,
Evilin Nataly Orestes Magalhães, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Campus de Tupã,
Administração, [email protected], bolsista da PROEX-BAAE II
II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã
4
Comunicação e Meio Ambiente: Relatos de Experiência do Programa Olhar Ambiental. ........................... 17
Luana Ferreira Pires, Lucas Balthazar Etruri, Laiz Eritiemi de Moura Hiraga , Angélica Góis Morales, Cristiane
Hengler Corrêa Bernardo, Universidade Estadual Paulista, Campus de Tupã, Administração, lua na
f.p@hotma il.com Bolsa: PROEX (BAAE I e II).
UNATI – Empreendedorismo. .......................................................................................................................... 18
Lucas Aranha Fialho ([email protected]), Amanda Di Paula Rodrigues
([email protected]), Lucas Aparecido Martins Frühling ([email protected]), Charles
Angelo de Oliveira ([email protected]). Timóteo Ramos Queiroz ([email protected]).
Universidade Estadual Paulista, Campus de Tupã, Administração. Bolsistas de extensão.
A internacionalização sob o contexto da Distância Psíquica. ........................................................................ 19
Andrei Golfeto do Santos (A), Giuliana Aparecida Santini Pigatto (O), Universidade Estadual Paulista,
Campus de Tupã, Administração,
Administração, [email protected], PIBIC/reitoria.
Aplicação do método VSM em um processo produtivo de estamparia automotiva. ................................... 20
Bruno Henrique Rodrigues ([email protected]), Filipe Bueno Teixeira ([email protected]),
Wilson Levi Palma ([email protected]), Faculdade de Jaguariúna, Engenharia de Produção. Eduardo
Guilherme Satolo ([email protected]), Universidade Estadual Paulista, Campus de Tupã, Administração.
Estratégias de internacionalização de empresas brasileiras: contribuições teóricas. ................................... 21
Fernanda Bergamo Calderari, Giuliana Aparecida Santini Pigatto (O), Universidade Estadual
Paulista, Campus de Tupã, Administração, nanda_bergamo@hotmail.
Inovação ambiental no setor de serviços: a redução no consumo de água e o seu impacto no desempenho
econômico. ....................................................................................................................................................... 22
Gustavo Antiqueira Goes, UNESP, Campus de Tupã-SP, [email protected], Karoline Ferreira
Kinoshita, REGES, Universidade Estadual Paulista, Campus de Dracena, [email protected], Angélica Góis
Morales, UNESP, Universidade Estadual Paulista, Campus de Tupã, Administração, [email protected]
Canal de Distribuição no Setor de Serviço de Alimentação: análise do relacionamento comercial das
empresas de food service (restaurantes) e seus fornecedores de hortaliças. .............................................. 23
Gustavo Oliveira Lemos (A), Gessuir Pigatto (O), Campus Experimental de Tupã, Curso de Administração,
[email protected]. PIBIC/Reitoria
Consumo de produtos verdes no varejo supermercadista: a intenção de compra versus a compra declarada.
........................................................................................................................................................................... 24
Jaqueline Caleiras Magalhães, Sergio Silva Braga Junior (orientador), Universidade Estadual Paulista,
Campus de Tupã, Administração, [email protected].
Caracterização da certificação orgânica no Brasil. ......................................................................................... 25
Jéssica de Fátima Coltro, Andréa Rossi Scalco , Universidade Estadual Paulista, Campus de Tupã,
Administração. Email: [email protected]. Bolsa FAPESP.
Os meios de comunicação como instrumentos para a escolha da Instituição de Ensino Superior. ........... 26
Jéssica dos Santos Leite Gonella; Cristiane Hengler Corrêa Bernardo; Diego Cassiano Silveira Costa,
Universidade Estadual Paulista, Campus de Tupã, Administração, [email protected] PIBIC, S/B.
Análise descritiva comparativa do perfil socioeconômico dos produtores rurais dos assentamentos do
município de Rancharia-SP. ............................................................................................................................. 27
Luana Possari Maziero, Sandra Cristina de Oliveira, Leonardo de Barros Pinto, Universidade Estadual
Paulista, Campus de Tupã, Administração, [email protected], FAPESP.
II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã
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Software de avaliação da massa corporal de quaisquer rebanhos bovinos utilizando sistemas fuzzy. ....... 28
Luana Possari Maziero, Luís Roberto Almeida Gabriel Filho, Fernando Ferrari Putti, Camila Pires Cremasco.
Universidade Estadual Paulista, Campus de Tupã, Administração o, [email protected]. FAPESP.
Comercialização de produtos pela agricultura familiar no município de Tupã/SP ............................ 29
Mara Elena Bereta de Godoi Pereira (autora), Ana Elisa Bressan Smith Lourenzani (orientadora),
Universidade Estadual Paulista, Campus de Tupã, Administração, [email protected].
Análise das vantagens econômicas e ambientais através da logística reversa para varejo supermercadista.
........................................................................................................................................................................... 30
Renata Borini Marcondes e Santos, Sergio Silva Braga Junior (orientador), Universidade Estadual Paulista,
Campus de Tupã, Administração, [email protected].
Estudo sobre o uso adequado dos computadores por educadores em sala de aula. .............................. 31
Rodrigo da Silva Costa, Eliane Vendramini de Oliveira, Presidente Prudente – SP, Faculdade de Tecnologia
(FATEC), [email protected].
Ajuste de valores de corrente e potência geradas por sistemas solares fotovoltaicos utilizando curvas com
diferentes graus de pertinência de conjuntos fuzzy. ...................................................................................... 32
Anderson Magalhães Freitas, Luís Roberto Almeida Gabriel Filho, Camila Pires Cremasco, Daniel Vias Neto,
Fernando Putti– Universidade Estadual Paulista, Campus de Tupã, Administração – [email protected]
Serviços de alimentação de rua: estrutura de custos na street food. ........................................................... 33
Andrei Golfeto dos Santos, Gessuir Pigatto, Câmpus de Tupã, Universidade Estadual Paulista, Campus de Tupã,
Administração; e-mail: [email protected], bolsa PIBIC/Reitoria.
Bem estar e comportamento de poedeiras em função de diferentes fontes de iluminação monocromáticas.
........................................................................................................................................................................... 34
Bartira de Oliveira Tavares, Danilo Florentino Pereira, Gabriela Fagundes da Silva, Leda Gobbo Freitas Bueno,
Universidade Estadual Paulista, Campus de Tupã, Administração, [email protected], Bolsista de Iniciação
Científica CNPq.
Análise da confiabilidade de uma rede social fictícia com enfoque nas arestas. .......................................... 35
Beatriz Barbero Brigantini ([email protected]). Sandra Cristina de Oliveira ([email protected]),
Universidade Estadual Paulista, Campus de Tupã, Administração. Bolsista da FAPESP.
As relações entre a cultura organizacional e a cultura local: um estudo sobre a unidade da Petrobras na
Bolívia. .............................................................................................................................................................. 37
Bruna Ferrarezi de Oliveira Brito, Renato Dias Baptista, Daiane Bueno Lyra, Universidade Estadual Paulista,
Câmpus de Tupã, Administração, [email protected]
Processo de internacionalização produtiva e as interfaces com a cultura: um estudo sobre a Votorantim na
Bolívia. .............................................................................................................................................................. 38
Daiane Bueno Lyra. Renato Dias Baptista, Bruna Ferrarezi de Oliveira Brito, Universidade Estadual Paulista,
Câmpus de Tupã, Administração, [email protected], Bolsista PROPe/Unesp
Análise geométrica e diferencial de sistemas fotovoltaicos para aplicações na irrigação. .......................... 39
Daniel dos Santos Viais Neto, Luís Roberto Almeida Gabriel Filho, Camila Pires Cremasco Gabriel, Deyver
Bordin. Universidade Estadual Paulista, Campus de Botucatu, Faculdade de Ciências Agronômicas, Programa
de Pós Graduação em Agronomia: Irrigação e Drenagem, [email protected].
Fuzzy Energy - Sistema de avaliação da eficiência do consumo de energia elétrica. .................................... 40
Deyver Bordin, Camila Pires Cremasco Gabriel, Helenice de Oliveira Florentino Silva, Luís Roberto Almeida
Gabriel Filho, Daniel Viais Neto. Universidade Estadual Paulista, Campus de Presidente Prudente, Tupã e
Botucatu, e Faculdade de Tecnologia de Presidente Prudente, [email protected].
II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã
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Estimativa da volatilidade estatística do Dow Jones Industrial Average Index sob a Modelagem ARMAARCH. ................................................................................................................................................................ 41
Diego Garcia Angelico ([email protected]). Eduardo Yuji Nakazawa
([email protected]). Sandra Cristina de Oliveira ([email protected]). Universidade Estadual
Paulista, Campus de Tupã, Administração. Bolsistas do PIBIC-Reitoria
Influência da iluminação monocromática na preferência de poedeiras criadas em ambiente enriquecido.
........................................................................................................................................................................... 42
Gabriela Fagundes da Silva, Danilo Florentino Pereira, Bartira de Oliveira Tavares, Leda Gobbo de Freitas
Bueno. UNESP, Campus de Dracena, zootecnia, gabriela,[email protected]. Bolsista PIBIC.
Utilização do Facebook e Twitter pelas 50 maiores empresas do agronegócio brasileiro: uma análise
comparativa dos anos 2012 e 2013. ................................................................................................................ 43
Karen Gimenez Garzon, João Guilherme de Camargo Ferraz Machado, Universidade Estadual Paulista, Campus
de Tupã, Administração, [email protected], bolsista PIBIC/RT
Levantamento das redes de educação ambiental no Estado de São Paulo. .................................................. 44
Lais Regagnan Dias, Angélica Góis Morales, Universidade Estadual Paulista, Campus de Tupã, Administração,
[email protected], PIBIC - Reitoria
Análise da educação ambiental nas empresas do setor agronegócio com certificação 14001 nos municípios
de Tupã e Marília-SP. ....................................................................................................................................... 45
Matheus Prevelato Gantus, Angélica Góis Morales, Universidade Estadual Paulista, Campus de Tupã,
Administração, [email protected], PIBIC/RT.
As estratégias de gestão de pessoas utilizadas por empresas de pequeno porte pertencentes ao setor
varejista do município de Tupã/SP. ................................................................................................................ 46
Rodrigo Kiyoshi Okamura Ferro, Renato Dias Baptista, Amanda Di Paula Rodrigues, Líria Yukari Yahamada,
Talita de Souza Nardi, Universidade Estadual Paulista, Campus de Tupã, Administração,
[email protected] e bolsa PET-Empreendedorismo.
Medidas de centralidade na avaliação da confiabilidade de uma rede social fictícia. ................................. 47
Taiane de Paula Ferreira ([email protected]), Sandra Cristina de Oliveira ([email protected]).
Universidade Estadual Paulista, Campus de Tupã, Administração. Bolsista do PIBIC/CNPq.
Análise da confiabilidade de uma rede social fictícia com enfoque nos atores ou vértices. ........................ 48
Taiane de Paula Ferreira ([email protected]), Jessica Katty Uehara. Sandra Cristina de Oliveira
([email protected]). Universidade Estadual Paulista, Campus de Tupã, Administração. Bolsistas do
PIBIC/CNPq e da FAPESP.
Análise do perfil empreendedor em negócios independentes e franquias, utilizando a teoria de David
McClelland. ....................................................................................................................................................... 49
Thábata Carrion Mendes de Oliveira¹, Charles Angelo de Oliveira, Lucas Aparecido Martins Fruhling, Lucas
Aranha Fialho. Orientador: Prof. Dr. Gessuir Pigatto² Universidade Estadual Paulista, Campus de Tupã,
Administração, ¹UNESP, Tupã-SP, Administração [email protected] (Bolsista PET) ²UNESP, Tupã-SP,
Administração [email protected]
II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã
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VoluntárioS.A.: fatores motivacionais que levam os discentes de cursos
superiores a se envolverem em ações voluntárias.
Marilia Paschoalotti Martinelli, Beatriz Vieira de Brito, Cristiane Hengler Corrêa Bernardo, Ana Elisa
Bressan Smith Lourenzani. Câmpus da Unesp de Tupã. Curso de Administração.
[email protected]
Palavras Chave: motivação, voluntariado, trabalho voluntário.
Introdução
A resolução 56⁄38, aprovada durante Assembleia
Geral da Organização das Nações Unidas, ONU, de
2002, ressalta a importância do voluntariado como
um meio para a implementação de estratégias de
redução de pobreza, desenvolvimento sustentável,
saúde, gestão de prevenção de catástrofes e
integração social. Nesse sentido, as universidades
representam um organismo de grande importância
para o trabalho voluntário no Brasil, pois por meio
dos projetos de extensão identificam
novas
possibilidades e ações que propiciem para a
sociedade uma força extra para a construção de
uma sociedade mais justa. Foi acreditando nisso
que o Projeto de Extensão VoluntárioS.A. da
UNESP, Câmpus de Tupã, ganhou forma e foi
institucionalizado pela UNESP, via Pró-Reitoria de
Extensão Universitária (PROEX), sendo reconhecido
institucionalmente em 2011. Durante o recrutamento
de integrantes para o projeto, as docentes
coordenadoras sentiram a necessidade de
compreender o motivo que leva as pessoas a
aderirem ao projeto. Essa necessidade motivou a
problematização que teve como resultado o
presente artigo: qual a motivação que leva o
estudante de graduação em administração ao
trabalho voluntário?
Objetivos
Analisar os fatores que influenciam a motivação dos
estudantes de graduação em administração a
aderirem ao VoluntárioS.A.
Material e Métodos
Para realização deste projeto, utilizou-se de
pesquisa bibliográfica e questionário estruturado
composto por oito questões fechadas, referentes à
motivação dos entrevistados em fazer parte do
Projeto VoluntárioS.A. Foram ouvidos 32 integrantes
do projeto. Para estruturar o questionário a pesquisa
baseou-se na concepção do conceito funcionalista
proposto por Clary et al. (1998) de que a motivação
que leva ao trabalho voluntário pode ser encontrada
no altruísmo do voluntário, na oportunidade de
II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã
aprender e/ou desenvolver conhecimentos e
habilidades, na ampliação ou manutenção de um
círculo social, nos benefícios para a carreira e, por
fim, na própria autoestima e valorização do ego.
Resultados e Discussão
Observou-se que 99,9% dos respondentes
participam de trabalhos voluntários como desejo da
construção de uma sociedade melhor, que, segundo
Garay (2001), é a vontade de ser útil, de sentir-se
importante, de fazer o bem. Sendo assim, o trabalho
voluntário está quase sempre ligado a valores
religiosos, à caridade e ao assistencialismo.
Figura 1. Fatores motivacionais para a realização de trabalho voluntário.
Conclusões
Conhecer a motivação que leva o voluntariado a
aderir ao projeto foi fundamental para a sua gestão
considerando ainda as estratégias de atração de
novos voluntários. A resposta escolhida demostra
que o perfil do voluntário do projeto de extensão
VoluntárioS.A. tem sua motivação voltada para o
altruísmo, mas também para a valorização do ego
ao passo que estará colaborando com uma
sociedade melhor. Essa afirmação reflete o
interesse de estar envolvido em uma parcela da
sociedade capaz de promover mudanças.
Agradecimentos
Agradecemos às nossas orientadoras e à Unesp,
Câmpus de Tupã.
GARAY, A. B. S. Voluntariado empresarial: modismo ou elemento
estratégico para as organizações. Revista de Administração, São
Paulo, v. 36, n. 3, p. 06-14, 2001.
CLARY, E.G. et al. Understanding and assessing the motivations of
volunteers: A functional approach. Journal of Personality and Social
Psychology,74(6), 1516-1530. 1998.
8
Análise da variação do custo da cesta-básica no município de Tupã-SP, entre
2010-2013.
Jéssica Bruvers, Wagner Luiz Lourenzani, João Guilherme de Camargo Ferraz Machado, Campus
Experimental de Tupã, Curso de Administração, e-mail: [email protected], Bolsa BAAE II.
Palavras Chave: cesta básica, índice de preço.
Introdução
O projeto de pesquisa e extensão “Cesta Básica”
analisa e divulga, semanalmente, a evolução dos
custos da cesta básica no município de Tupã-SP, de
acordo com a metodologia DIEESE/PROCON,
buscando construir índices de preços. Com o
conhecimento destes preços, os consumidores
podem rever suas estratégias de compras nos
supermercados, podendo ter vantagens do ponto de
vista econômico.
É possível verificar que o ICBT apresentou taxas
menores do que os outros índices de inflação (IPCA
e IGPM) até out/ 2012. Entre out/2012 e jul/2013 o
ICBT superou os demais índices. A partir de jul/2013
o ICBT voutou a ficar a baixo dos outros índices.
O Gráfico 2 revela os dados obtidos pela análise de
regressão realizadas para os índices em estudo.
Objetivos
O objetivo foi avaliar a variação mensal do Índice da
Cesta Básica de Tupã (ICBT), entre 2010 e 2013, e
compará-la com os principais índices de preços
adotados pela economia nacional: Índice Nacional
de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e Índice
Geral de Preços do Mercado (IGPM).
Material e Métodos
Os dados utilizados foram aqueles obtidos nos
registros semanais dos custos da cesta básica de
Tupã-SP, entre os meses de Outubro/2010 e
Setembro/2013. O ICBT foi calculado tomando
como base o mês Outubro/2010. Tal índice foi
comparado com o IPCA e o IGPM. As tendências
desses índices foram obtidas e analisadas, a partir
1
de uma análise de regressão do tipo linear .
Resultados e Discussão
O Gráfico 1 mostra a evolução das variações
mensais dos índices ICBT, IPCA e IGPM.
25,00%
20,00%
Gráfico 2: Regressão Linear do ICBT, IPCA e
IGPM.
2
A partir dos coeficientes de determinação (R )
verifica-se que o modelo linear utilizado é de boa
qualidade para o estudo. No cálculo realizado para a
Taxa Média de Crescimento Mensal, tem-se que o
ICBT obteve um valor de 0,69%, revelando uma
taxa de crescimento maior em relação aos demais
índices. O IPCA e o ICPM obtiveram 0,48% e
0,49%, respectivamente.
Conclusões
O ICBT é um índice de preços que acompanha a
evolução do preço de uma cesta de produtos. Nos
últimos 3 anos o IBCT apresentou uma tendência de
crescimento mais acentuada que os índices IPCA e
IGPM, tornando-o um indicador com maior pressão
inflacionária.
15,00%
Agradecimentos
10,00%
Agradecemos à Pró-Reitoria de Extensão da
UNESP, pela bolsa BAAE II.
5,00%
0,00%
1
MENDES, Judas T.G.; JUNIOR, João B. P. Agronegócio: uma
abordagem econômica. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.
-5,00%
Cesta Básica
IPCA (%)
IGPM (%)
Gráfico 1: Variação dos Índices Cesta Básica, IPCA
e IGPM, entre Out/2010 e Set/2013.
II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã
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Contribuições ao bem estar na Terceira idade por meio do projeto de
extensão UNATI/ Campus de Tupã.
Lais de Magistris Martins Andrade, Giuliana Aparecida Santini Pigatto (O), Pedro Fernando Cataneo
(C), Ariella Lopes Amaral Costa (C), Felipe Grassi Umberto (C), Campus de Tupã, Administração,
[email protected], BAAI I.
Palavras Chave: Unati, terceira idade, bem estar subjetivo.
Introdução
A Universidade Aberta à Terceira Idade (UNATI)
iniciou-se no Campus de Tupã no ano de 2010, com
uma
primeira
turma
de
45
alunos.
O
desenvolvimento de um projeto de extensão da
UNATI em um Campus instalado em 2003 veio
firmar ainda mais o compromisso social da
1
Universidade com a sociedade local . As atividades
da UNATI possibilitam o estreitamento da relação
Universidade e Sociedade, tão bem como a melhora
do bem estar subjetivo das pessoas da terceira
idade. O Bem-Estar Subjetivo (BES) traz relação
com a satisfação de vida das pessoas, tanto em
termos de satisfação cognitiva quanto em termos
2
afetivos .
Objetivos
Descrever as atividades da UNATI realizadas no
Campus de Tupã, por meio de uma abordagem
qualitativa e descritiva, relacionando-se com uma
revisão bibliográfica (sucinta) acerca do bem estar
na terceira idade.
Material e Métodos
A pesquisa utilizada é a qualitativa, onde a fonte
direta de coleta de dados é o ambiente natural e o
instrumento chave é o pesquisador. Também é
descritiva que observa, registra, analisa, classifica e
interpreta os fatos. A pesquisa descritiva é
constituída da pesquisa bibliográfica que explica
temas a partir de referências publicadas, a fim de
obter conhecimento sobre assuntos que se procura
3
resposta .
Resultados e Discussão
Dentre as variáveis que interferem no BES
4
destacam-se a atividade diária e o apoio social . Há
grande evidência de que os idosos que realizam
atividades físicas obtêm uma variedade de
benefícios, como menos enfermidade e aumento da
5
capacidade de encarar o estresse do dia-a-dia .
Conhecer a realidade do projeto nos diferentes
Campus da Unesp torna-se crucial como forma de
aumentar a sinergia das atividades realizadas entre
os grupos, e de ampliação de atividades que
venham favorecer ao BES dos alunos. As atividades
ofertadas no âmbito do projeto, neste ano de 2013
(como exemplificação) são variadas, podendo-se
citar:
II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã
Tabela 1. Atividades realizadas na UNATI
Palestras
Cursos
Cultural
Comunicação; Psicologia e saúde mental;
Cuidados com a saúde; Meio Ambiente.
Informática; Como administrar seu
dinheiro/ a aposentadoria; Xadrez.
Sarau; Teatro; Cine Pipoca; Culinária;
Coral;
Confecção
de
Artesanatos,
Pinturas em tecido, madeira, Dança e
outros.
Línguas
Inglês, Espanhol (nível básico).
Externas
Visita ao Museu “Índia Vanuíre” e
Comunidade Varpa de Tupã; Museu
histórico e bosque do município de
Marília; Apresentação do coral em
entidades do município etc.
Físicas
Vôlei e gincana.
Festiva
Encerramento dos semestres.
Fonte: elaborado pelos autores.
Essas atividades possuem periodicidade semanal
(ofertadas em 3 dias). Para a sua execução há
voluntários docentes, discentes do curso de
Administração, servidores técnicos e profissionais
do município, com o qual temos parceria.
Conclusões
Desde o ano de 2010 a UNATI vem ampliando o
número de vagas ao projeto, tendo sido realizada
uma média de 55 inscrições/ ano no período 20102013, incluindo alunos novos e rematrículas. Desta
forma, as atividades oferecidas vêm favorecer ao
aumento do bem-estar da comunidade.
Agradecimentos
À Pró-reitoria de Extensão Universitária (PROEX) e
Fundunesp.
1.Santini, G. A.; Lourenzani, A. E. B. S.; Scalco, A. R.; Obregon, S. R.
G. P. A Diversidade na Terceira Idade - UNATI Campus de Tupã. In:
UNATI: espaço aberto ao ensino e à criatividade.1a ed.São Paulo :
Cultura Acadêmica, 2012, p. 195-208.
2. Diener, E.. Assessing subjective well-being: progress and
opportunities. Social Indicators Research, v. 31 , p. 103-157, 1994.
3. Cervo, A.L., Bervian, P.A.. Metodologia científica. São Paulo:
Makron Books, 2002.
4. OLIVEIRA, S. F.; QUEIROZ, M. I. N.; COSTA, M. L. A. Bem Estar
Subjetivo na Terceira Idade. Motricidade, v. 8(S2), p.SS1038(10),
2012.
5.Santana, M. S.; Maia, E. M. C. Atividade física e bem-estar na
velhice. Revista de Salud Publica, v.11, n. 2, p.225 (12), Abril, 2009.
10
Cine Empreendedor: articulando teoria e prática
Letícia Flore Junqueira, aluna-autora, Cristiane Hengler Corrêa Bernardo, orientadora. Campus de
Tupã, UNESP, curso de Administração, [email protected] PIBIC S/B
Palavras-Chave: Empreendedorismo, comunicação, cinema.
Introdução
O Cine Empreendedor, projeto de Extensão da
Unesp – Campus de Tupã – coordenado pela Profa.
Dra. Cristiane Hengler Corrêa Bernardo, promove
mensalmente a exibição e debate de filmes que
abordam temáticas do curso de Administração,
desenvolvendo atividades de caráter educativo ao
relacionar teoria e prática. O projeto é aberto a todos
os discentes e docentes da unidade, e, também, à
comunidade externa, propiciando conhecimentos
profissionais e culturais a todos os envolvidos. O
presente projeto de extensão, para sua concepção,
partiu do princípio de que o estímulo visual
proporcionado pelas novas tecnologias de
comunicação e de informação (TICs) deve ser
potencializado para favorecer o processo de ensino
aprendizagem. Essa concepção se ampara em
reflexões feitas sobre o uso das TICs nas salas de
aula. A cultura contemporânea é a cultura visual. A
força retórica reside na imagem e só depois vem o
texto escrito, que de acordo com Pellegrine (2003)
funciona como um complemento muitas vezes
desnecessário, tamanha a força da imagem.
Objetivos
Objetivo geral: articular os conhecimentos teóricos e
práticos, por meio do cinema enquanto veículo de
comunicação. Objetivos específicos: Propiciar a
formação de um network importante para a área;
Oferecer um momento de reflexão e debate sobre
as questões atuais que envolvem as práticas
administrativas; Colaborar com a formação
complementar do estudante de administração e com
empreendedores da região.
Material e Métodos
A metodologia utilizada pelo projeto prevê que os
conhecimentos abordados pela temática do filme
possam
ter
entre
os
seus
debatedores
representantes da área em questão. Essa premissa
facilita que os conhecimentos teóricos que são
discutidos em sala possam ser articulados após o
filme em uma situação exposta pelo cinema,
geralmente de maneira prática, favorecendo ao
discente a possibilidade de uma articulação maior
entre a teoria e a prática. Essa articulação é ainda
estimulada pela presença de um profissional do
mercado de trabalho.
Resultados e Discussão
II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã
O projeto Cine Empreendedor é uma importante
ferramenta na formação do discente uma vez que
propicia a este ir além dos conteúdos teóricos vistos
em sala, permitindo o desenvolvimento de uma
visão crítica acerca da realidade retratada. Favorece
também um enriquecimento cultural trazido pelo
cinema, enquanto veículo de comunicação e
importante divulgador de cultura, configurando-se
ainda como um momento de integração, importante
para o desenvolvimento das relações interpessoais.
Os
filmes
escolhidos
priorizam
questões
contemporâneas colaborando, desta forma, com a
atualização do currículo do curso, assim como com
a necessidade de atualização dos profissionais que
já estão no mercado ou com aqueles que nele
pretendem ingressar. Pelo fato de trazer
profissionais e docentes de diferentes áreas do
conhecimento,
o
projeto
favorece
a
interdisciplinaridade, o que permite ao discente uma
visão mais ampla em relação ao mercado de
trabalho e todas as suas interfaces.
Conclusões
Entende-se que o projeto tem cumprido os seus
objetivos ao articular a teoria e a prática por meio
dos conteúdos retratados nos filmes, estabelecendo
um debate acerca da temática tratada, envolvendo
docentes, profissionais do mercado e discentes. Tal
ação, indubitavelmente tem resultado em diálogos
interdisciplinares que vêm reforçar ainda mais a
predisposição à interdisciplinaridade presente no
corpo docente que compõe o Campus da Unesp em
Tupã. Não se pode negar que o cinema tem
influenciado a leitura do mundo e auxiliado na
interpretação da realidade, dessa forma, a inserção
do mesmo como instrumento de ensino
aprendizagem agrega valor ao curso que faz uso
dessa metodologia.
Agradecimentos
Agradeço a Unesp, a minha orientadora, ao CANN e
a Locadora Sato, apoiadores do projeto. Estendo
ainda os agradecimentos aos docentes e discentes
da Unesp, Câmpus de Tupã, sem os quais este
projeto não seria possível.
Pellegrini, T. et. al. Literatura, Cinema e Televisão. São
Paulo: Senac, 2003.
11
Parceria educacional entre Escola Estadual Índia Vanuíre, CRAS e Cursinho 180º
com o Programa de Educação Tutorial (PET) da UNESP Campus de Tupã.
Liria Yukari Yamada, Timóteo Ramos de Queiroz, Amanda Di Paula Rodrigues,Talita Nardi, Thábata
Carrion Mendes de Oliveira, Câmpus de Tupã, Administração, [email protected]
(Bolsista PET).
Palavrs Chave: Empreendedorismo
Introdução
O Peteens surgiu através da reformulação das
atividades realizadas em parceria com Programa de
Educação Tutorial (PET-Empreendedorismo) da
Universidade Estadual Paulista do Câmpus de Tupã
juntamente com o Centro de Referência de
Assistência Social (CRAS) vinculado à Prefeitura
Municipal de Tupã/SP, que desenvolve o programa
Ação Jovem, que incentiva os jovens e
adolescentes
a
participar
de
atividades
complementares à formação, como cursos,
palestras e treinamentos. Com a mudança, o
programa PET passou a atender também alunos do
2º e 3º ano do Ensino Médio de escolas públicas e
alunos do cursinho 180º. A atividade tem a intenção
de aproximar os estudantes da universidade, bem
como trabalhar o tema empreendedorismo e suas
vertentes.
Objetivos
A atividade tem o objetivo de propiciar aos
participantes o contato com temas do eixo
empreendedorismo, bem como a oportunidade de
se relacionar com a universidade na tentativa de
motivá-los a buscar a formação superior. A atividade
proporciona ao PET exercer a vertente de ensino do
programa e maior participação nos programas da
sociedade local.
Esse projeto permitiu ao PET um desenvolvimento
em conhecimento e comunicação; e para os
integrantes do curso, possibilitou uma grande troca
de experiências, permitindo a transmissão de
informações que foram elaboradas através de
pesquisas e experiências dos Petianos. Todos os
assuntos apresentados se baseavam no tema
empreendedorismo e foram abordados os seguintes
temas:
exemplos
sobre
empreendedorismo;
exemplos práticos de empresas; apresentação do
processo seletivo, currículo e vestibular; carreiras e
empreendimentos; finanças e realização da
dinâmica de como montar o seu negócio.
Conclusões
Ao executar esse projeto, o grupo teve uma
percepção positiva quanto ao grupo. Foi possível
notar um grande interesse dos integrantes do curso
por temas abordados, consequentemente, a
interação entre as duas partes foi produtiva.
Permitiu-se aos membros do PET uma maior visão
sobre o contexto social dos alunos, além na
necessidade de adaptação dos meios de
comunicação para atingir o público-alvo.
Figura1.
Material e Métodos
Para a realização desta atividade, o PET entrou em
o
contato com os alunos do CRAS, com cursinho 180
e com três escolas públicas de Tupã; Das três
escolas, somente os alunos da Escola Estadual
Índia Vanuíre se inscreveram. As atividades foram
realizadas semanalmente, sendo dividido em cinco
módulos de 4horas, completando 20 horas. Os
temas das aulas foram definidos pelos membros do
PET, a qual possui como foco o tema
empreendedorismo, e as atividades foram dirigidas
pelos todos os 12 membros do PET, divididos em 5
grupos com 4 integrantes cada.
Resultados e Discussão
II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã
Agradecimentos
PET Empreendedorismo – Câmpus Tupã.
12
Atuação “180 graus”
Alunos-autores: Lucas Aranha Fialho ([email protected]), Daniel Hideo Kawasaki
([email protected]). Orientador: Gessuir Pigatto ([email protected]). Campus de Tupã,
Curso de Administração.
Palavras Chave: pré-vestibular, interação, inovação.
Introdução
Uma das características visíveis dos cursinhos PréVestibulares gratuitos é a elevada evasão dos
alunos. Assim, a partir do histórico dos últimos anos
do Cursinho 180 graus, verificou-se a necessidade
de mudança na estrutura do programa, através de
uma atuação diferenciada com ênfase na inovação e
maior integração professor-aluno.
Objetivos
Apresentar as ações realizadas pelo Cursinho, que
buscam estreitar o vínculo com os alunos em uma
dimensão não apenas presencial, mas que
possibilitem o acesso fora da área física do projeto.
Material e Métodos
As atividades programadas para o Projeto foram
elaboradas em reuniões quinzenais dos professores
do Cursinho. As ideias eram apresentadas e
discutidas pelos alunos, e após a aprovação da ideia
era feito o planejamento da sua execução: período,
forma de apresentação e execução, forma de
participação, divulgação.
Os eventos foram criados para atender demandas
especificas do programa, levantada nos dois últimos
anos e nos encontros com os alunos em
modalidades de acompanhamento individualizadas
(tutoria e preceptoria).
As ações foram planejadas de modo a preencher
todos os meses do ano letivo, dentre as quais podese destacar: “Circuito 180 graus”, “Encontro com os
pais”, Confraternizações, “Semana do Oxê”, “Os
veteranos voltaram”, “De cara com o fera”, Feira de
Profissões, “Aulão de véspera” e “Mega Revisão”.
Resultados e Discussão
Desde o começo do ano letivo de 2013, os alunos
passaram a ser acompanhamentos individualmente
pelos professores em atividades de tutoria e
preceptoria. Nesses encontros, são trabalhadas
concomitantemente questões de ordem motivacional
e relativas à produtividade e constância no estudo
do aluno fora da sala de aula.
O “Circuito 180 graus” e as confraternizações
buscaram maior integração professor-aluno. No
circuito, realizado no primeiro dia de aula, as
matérias lecionadas foram apresentadas de forma
interativa, via cases, que precisavam ser resolvidos
II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã
no menor tempo possível, para pontuar na
competição.
O “Encontro com os pais”, realizado em duas
etapas, buscou explicar o programa sob uma ótica
diferente e intrigante, onde além da apresentação
das ações, fez-se o fechamento na temática dos
encontros “Um investimento com retorno anual de
R$15.000,00 a R$70.000,00. No primeiro mês você
só precisa colocar
”.
Na “Feira de profissões”, o cursinho foi até a UNESP
de Presidente Prudente, conhecer quase 30
profissões, de modo que fosse possível um
direcionamento em relação à carreira a ser
escolhida.
“Os veteranos voltaram” e “De cara com o fera”
foram eventos realizados online e/ou gravados. No
primeiro caso, os ex-professores do Cursinho,
disponibilizam aulas em vídeo (disponíveis na
internet), de matérias chaves para o vestibular. Já
no segundo caso, são convidados graduandos de
Universidades concorridas, para ao vivo (via
internet), conversarem com os alunos sobre suas
trajetórias e métodos de estudo para aprovação no
vestibular.
O “aulão de véspera” e a “Mega Revisão” são
eventos abertos à comunidade de Tupã e região,
com o objetivo de capacitar os alunos por meio da
revisão de conteúdos que são tendências para os
vestibulares de 2013. Essas atividades também
serão disponibilizadas on line ao vivo.
Conclusões
Entende-se como necessária uma atuação do
programa que seja condizente com o nome do
cursinho, “180 graus”, ou seja, mudança de sentido.
A atuação se manifestou por meio das ações,
conduzindo à construção de uma identidade,
vivenciada internamente e repassada a região.
Agradecimentos
Agradecimentos especiais a coordenador docente
Gessuir Pigatto e a todos os professores da equipe
pela dedicação e disposição que lidaram com os
desafios ao longo do ano.
13
VoluntárioS.A.: fatores motivacionais que levam os discentes de cursos
superiores a se envolverem em ações voluntárias.
Marilia Paschoalotti Martinelli, Beatriz Vieira de Brito, Cristiane Hengler Corrêa Bernardo, Ana Elisa
Bressan Smith Lourenzani. Câmpus da Unesp de Tupã. Curso de Administração.
[email protected]
Palavras Chave: motivação, voluntariado, trabalho voluntário.
Introdução
A resolução 56⁄38, aprovada durante Assembleia
Geral da Organização das Nações Unidas, ONU, de
2002, ressalta a importância do voluntariado como
um meio para a implementação de estratégias de
redução de pobreza, desenvolvimento sustentável,
saúde, gestão de prevenção de catástrofes e
integração social. Nesse sentido, as universidades
representam um organismo de grande importância
para o trabalho voluntário no Brasil, pois por meio
dos projetos de extensão identificam
novas
possibilidades e ações que propiciem para a
sociedade uma força extra para a construção de
uma sociedade mais justa. Foi acreditando nisso
que o Projeto de Extensão VoluntárioS.A. da
UNESP, Câmpus de Tupã, ganhou forma e foi
institucionalizado pela UNESP, via Pró-Reitoria de
Extensão Universitária (PROEX), sendo reconhecido
institucionalmente em 2011. Durante o recrutamento
de integrantes para o projeto, as docentes
coordenadoras sentiram a necessidade de
compreender o motivo que leva as pessoas a
aderirem ao projeto. Essa necessidade motivou a
problematização que teve como resultado o
presente artigo: qual a motivação que leva o
estudante de graduação em administração ao
trabalho voluntário?
Objetivos
Analisar os fatores que influenciam a motivação dos
estudantes de graduação em administração a
aderirem ao VoluntárioS.A.
Material e Métodos
Para realização deste projeto, utilizou-se de
pesquisa bibliográfica e questionário estruturado
composto por oito questões fechadas, referentes à
motivação dos entrevistados em fazer parte do
Projeto VoluntárioS.A. Foram ouvidos 32 integrantes
do projeto. Para estruturar o questionário a pesquisa
baseou-se na concepção do conceito funcionalista
proposto por Clary et al. (1998) de que a motivação
que leva ao trabalho voluntário pode ser encontrada
no altruísmo do voluntário, na oportunidade de
II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã
aprender e/ou desenvolver conhecimentos e
habilidades, na ampliação ou manutenção de um
círculo social, nos benefícios para a carreira e, por
fim, na própria autoestima e valorização do ego.
Resultados e Discussão
Observou-se que 99,9% dos respondentes
participam de trabalhos voluntários como desejo da
construção de uma sociedade melhor, que, segundo
Garay (2001), é a vontade de ser útil, de sentir-se
importante, de fazer o bem. Sendo assim, o trabalho
voluntário está quase sempre ligado a valores
religiosos, à caridade e ao assistencialismo.
Figura 1. Fatores motivacionais para a realização de trabalho voluntário.
Conclusões
Conhecer a motivação que leva o voluntariado a
aderir ao projeto foi fundamental para a sua gestão
considerando ainda as estratégias de atração de
novos voluntários. A resposta escolhida demostra
que o perfil do voluntário do projeto de extensão
VoluntárioS.A. tem sua motivação voltada para o
altruísmo, mas também para a valorização do ego
ao passo que estará colaborando com uma
sociedade melhor. Essa afirmação reflete o
interesse de estar envolvido em uma parcela da
sociedade capaz de promover mudanças.
Agradecimentos
Agradecemos às nossas orientadoras e à Unesp,
Câmpus de Tupã.
GARAY, A. B. S. Voluntariado empresarial: modismo ou elemento
estratégico para as organizações. Revista de Administração, São
Paulo, v. 36, n. 3, p. 06-14, 2001.
CLARY, E.G. et al. Understanding and assessing the motivations of
volunteers: A functional approach. Journal of Personality and Social
Psychology,74(6), 1516-1530. 1998.
14
PROJETO CoDAF – CRIANDO OPÇÕES PARA O DESENVOLVIMENTO
DE COMPETÊNCIAS DIGITAIS EM AGRICULTORES FAMILIARES
Thiago Talon de Oliveira Carreira, Pedro Henrique dos Santos Bisi, Fábio Mosso Moreira e Fernando
de Assis Rodrigues (autores), Ricardo Cesar Gonçalves Santana (orientador), Campus de Tupã,
Administração, [email protected]. PROEX.
Palavras-Chave: Projeto CoDAF, Agricultura Familiar, Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC).
Introdução
A carência informacional encontrada em comunidades de agricultores familiares é resultado de fatores
econômicos, sociais e tecnológicos enfrentados por estes produtores ao longo de um processo de
desenvolvimento apoiado em um modelo que privilegiava latifúndios e culturas voltadas à exportação. Com
a consolidação de um novo paradigma técnico-econômico, a ampliação do acesso à informação tornou-se
um requisito para o desenvolvimento social e econômico também em pequenas comunidades rurais. Em
função do crescente volume de recursos e possibilidades de utilização de Tecnologias da Informação e
Comunicação (TIC), ampliou-se a necessidade de reduzir a assimetria informacional nas relações
comerciais, com destaque especial para a perceptível posição desfavorável dos agricultores familiares.
Atualmente, cresce o interesse de governos, ONGs e instituições privadas na introdução de conhecimentos
e práticas no uso de TIC para agricultores familiares. Os esforços são direcionados na formulação de
programas e oficinas de conscientização sobre o uso de TIC, criação de centros de acesso público à
Internet e no desenvolvimento de portais e aplicações web. Neste cenário, também são encontradas
iniciativas acadêmicas como o Competências Digitais para Agricultura Familiar (CoDAF), projeto de
extensão da UNESP - Tupã, que por meio da integração de ações geradas no ensino e na pesquisa busca
contribuir para a identificação de necessidades e desenvolvimento de competências digitais para
agricultores familiares.
Objetivos
Os objetivos estão coordenados em dois eixos orientadores do Projeto CoDAF: o primeiro relacionado à
formatação e aplicação de cursos para o desenvolvimento de competências digitais para agricultores
familiares e o segundo vinculado a criação e manutenção de um portal web com informações gerais sobre a
Agricultura Familiar e também sobre os produtores, buscando diminuir a distância entre as propriedades e
o mercado consumidor.
Material e Métodos
A principal diretriz no desenvolvimento deste projeto está baseada nos conceitos da Informática
Comunitária, e em sua principal característica que é a adoção do ponto de vista da comunidade e de suas
necessidades na construção de soluções baseadas em TIC.
Resultados e Discussão
O CoDAF atua em dois eixos: o primeiro baseado na elaboração de cursos e material de apoio que
buscam desenvolver competências para que agricultores familiares possam utilizar-se de TIC como meio de
acesso a informações sobre mercado, inovações, tecnologias de produção, ações do governo e tudo que
possa ampliar a eficiência e competitividade. Entre os cursos já desenvolvidos destacam-se quatro
módulos, que abrangem temas como aspectos básicos de informática, noções básicas para acesso à
Internet e utilização de buscadores, opções de fontes de acesso a informações agrícolas e sobre a
utilização de planilhas eletrônicas para controle de custos de produção. O segundo eixo, está baseado na
elaboração de um portal web, que é desenvolvido a partir do contato direto com produtores e busca traduzir
suas necessidades de divulgação de informações tais como dados de sua propriedade, localização, cultivos
e eventuais diferenciais. Este portal busca, ainda, divulgar informações sobre os produtos, conteúdos sobre
agricultura familiar, como programas governamentais, notícias, eventos, aspectos legislativos e divulgação
das atividades realizadas pelo projeto.
Conclusões
A divulgação de informações através do Portal CoDAF não gera custos ao produtor, e por se propor como
fonte de informações específicas do setor, pode se tornar alternativa importante no fornecimento de
informações e fomento ao desenvolvimento de competências digitais para agricultores familiares. Estas
competências também podem são desenvolvidas através dos cursos ofertados pelo projeto, que ao
proporcionar conhecimento e habilidades na utilização de TIC, gera condições que tornam possível o
acesso e utilização das TIC no acesso a informações relevantes a este público específico.
II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã
15
O perfil recente da terceira idade no Brasil
Carla Regina Baptista Castelan, Giuliana Aparecida Santini Pigatto (O), Pedro Fernando Cataneo (C),
Vinícius Cainelli (C), Campus de Tupã, Administração, [email protected], BAAE II.
Palavras Chave: Terceira idade, perfil, população.
Introdução
Com uma população de 190 milhões de habitantes,
o Brasil possui 20,5 milhões de pessoas na terceira
1
idade, ou cerca de 10% de sua população . Desses,
4% são homens e 6% mulheres, concentrando
principalmente a faixa etária de até 79 anos.
2
Segundo estudo do IBGE , desenvolvido a partir de
resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios (PNAD), no período de 1999 a 2009, o
peso relativo dos idosos no conjunto da população
passou de 9,1% para 11,3%. Nesse contexto, a
Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita
Filho” (UNESP) vem desenvolvendo um projeto de
extensão universitária nas últimas duas décadas,
voltada para a terceira idade. O desenvolvimento de
um projeto de extensão da UNATI em um Campus
instalado em 2003 veio firmar ainda mais o
compromisso social da Universidade com a
sociedade local, na medida em que mais um grupo da terceira idade - teve a oportunidade de vivenciar
as vantagens obtidas a partir da instalação de uma
universidade pública na região.
Objetivos
Caracterizar a terceira idade no Brasil, em termos de
distribuição geográfica, gênero, escolaridade e
rendimento financeiros. A justificativa é a
importância que a terceira idade possui sobre os
novos padrões de vida do brasileiro.
Material e Métodos
Os conteúdos trabalhados aqui são resultantes de
uma abordagem de pesquisa qualitativa, juntamente
com os dados obtidos pelo IBGE e nos relatórios da
Instituição.
Resultados e Discussão
Em termos de resultados, pode-se afirmar que a
população da terceira idade não se encontra
distribuída uniformemente no território nacional,
concentrando-se em algumas regiões. As regiões
sudeste e nordeste concentram, respectivamente:
42% e 27,8% da população nacional; e 46,4% e
3
26,5% da população idosa do país . As mulheres
são a maioria (55,8%), assim como os indivíduos da
4
raça branca (55,4%), no grupo da terceira idade .
Apesar de a maior parte dos idosos no Brasil serem
aposentados (57,9%), os mesmos recebem
reduzido rendimento salarial (até 72,2% do grupo
recebem até dois salários mínimos) e representam a
pessoa de referência no domicílio. Outra informação
II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã
que chama a atenção é o de escolaridade, pois a
grande maioria (82,5%) realizaram somente até 8
anos de estudo, o que indica somente o ensino
fundamental. Mais uma vez, nesse quesito, há uma
diversidade entre as regiões do país, pois a média
mais alta se aplica à região sudeste (5 anos) e à
região sul (4,6), sendo para as demais, abaixo de
quatro anos. Em relação à utilização de recursos
financeiros na terceira idade, no Brasil, 77,4% dos
idosos encontra-se na condição de aposentadoria
(57,9%), de pensionistas (11,4%) ou de
aposentados e pensionistas (8,1%), o que tem
aumentado
significativamente
suas
1
responsabilidades pelo rendimento familiar . Para o
município de Tupã (estado SP), estima-se uma
população de 62.819 habitantes, com um percentual
de 18% referente à terceira idade. As mulheres
acima de 60 anos representam 57% desse total,
5
enquanto os homens, aproximadamente 43%.
Conclusões
Conclui-se, portanto, que a terceira idade é um
estrato da população de significativa importância
para o Brasil, em termos absolutos e também em
termos educacional e financeiro; conhecer esta
realidade permite ao projeto UNATI da UNESP de
Tupã, oferecer atividades mais específicas às suas
necessidades.
Agradecimentos
À PROEX e Fundunesp.
1.INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA
(IBGE). Censo demográfico 2010. 2010. Disponível em:<
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2010/calendari
o.shtm>. Acesso em out. 2013.
2.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA
(IBGE). Síntese de Indicadores Sociais: uma análise das condições de
vida da população brasileira. Rio de Janeiro, 2010a. Disponível
em:<http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/condicaodevida
/indicadoresminimos/sinteseindicsociais2010/SIS_2010.pdf>. Acesso
em out. 2013.
3.INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA
(IBGE). Primeiros dados do Censo 2010. Rio de Janeiro, 2010b.
Disponível em:
<http://www.censo2010.ibge.gov.br/primeiros_dados_divulgados/index.
php?uf=35>. Acesso em out. 2013.
4.INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA E APLICADA (IPEA).
Brasil está a um passo de se tornar supervelho. Notícias. 29. Nov.
2010. Disponível em:
<http://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=
article&id=6361:o-dia-online-rj-brasil-esta-a-um-passo-de-se-tornarsupervelho&catid=159:clipping&Itemid=75>. Acesso em jun.2012.
5.INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA
(IBGE). Cidades. Disponível em:<
http://www.cidades.ibge.gov.br/painel/populacao.php?lang=&codmun=
355500&search=sao-paulo|tupa|infograficos:-evolucao-populacional-epiramide-etaria>.Acesso em out. 2013.
16
REAP: OS CAMINHOS INICIAIS PERCORRIDOS E SUAS AÇÕES NO
EXTREMO OESTE DO ESTADO DE SÃO PAULO
Larissa Albuquerque de Castro, Angélica Góis Morales, Kimberli Terumy Sato, Guilherme de Andrade
Ussuna, Evilin Nataly Orestes Magalhães, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho,
Campus de Tupã, Administração, [email protected], bolsista da PROEX-BAAE II
Palavras Chave: Rede, Educação Ambiental, dinâmicas interativas.
Com a finalidade de reunir esforços para o
desenvolvimento de programas e projetos de EA,
esse trabalho tem como objetivo descrever os
caminhos iniciais já percorridos pela REAP e suas
ações no extremo oeste paulista.
definições de rede, além da intenção da organização
da REAP para região, bem como a socialização dos
trabalhos educativos na área socioambiental que
cada um realiza em sua cidade. Dessa participação,
18 pessoas concordaram em se cadastrar na REAP;
2ª) 05/07/2013 no qual foi acordada coletivamente a
carta de princípios, os objetivos e o acordo de
convivência. Atualmente, contamos com 50
participantes cadastrados na REAP e observamos
que alguns participantes da mesma cidade não
tinham conhecimento dos outros educadores
ambientais e suas ações, o que revelou um impacto
positivo. As demais ações estão ocorrendo, mas
ainda estão em desenvolvimento. Conforme
Martinho (2003), as redes possuem uma das
características marcantes que é a dinâmica da
conectividade, que são as ligações estabelecidas
entre os participantes e a forma que eles constituem
essas relações. Nesse quesito, a REAP conta hoje
com quatro meios de socialização: o e-mail, o blog,
a fanpage e a lista de discussão e esses meios de
comunicação contribuem para a socialização de
conhecimentos e discussões sobre EA.
Material e Métodos
Conclusões
A partir dessa primeira etapa da organização da
REAP, elaborou-se um plano de ação para 2013
com as seguintes metas: 1) definição de princípios,
objetivos e termo de convivência da REAP de forma
coletiva; 2) potencialização dos meios de discussão
e de comunicação da REAP, moderação da lista de
discussão, atualização do blog e socialização das
ações em educação ambiental que está ocorrendo
na região; 3) Ações de sensibilização do Campus da
UNESP Tupã; 4) Tecendo ideais com a REAP; 5)
Requisição de materiais para a biblioteca da REAP;
6) Parceria com a Associação Amigos da Natureza
da Alta Paulista (ANAP) na organização do evento
científico intitulado “Fórum Ambiental da Alta
Paulista” e 7) Curso de Aquecedor solar.
Considera-se que a REAP, por meio da organização
em rede, busca por um ambiente horizontal que
promova a parceria entre pessoas que possuem um
objetivo em comum: a difusão e o fortalecimento da
Educação Ambiental na região da Nova e Alta
Paulista. As ferramentas de discussão utilizadas
pela rede possibilitam a facilidade na comunicação
entre os membros, mas, ainda é um desafio para
rede, pois muitas pessoas estão em fase de
aprendizagem. Por fim, espera se que a REAP, por
meio de dinâmicas interativas, possa contribuir cada
vez cada vez mais na difusão da EA na região.
Introdução
No Brasil, as redes de educação ambiental
ganharam força a partir da década de 1990
Martinho¹ cita como exemplo a Rede Brasileira de
Educação Ambiental (REBEA) e a Rede Paulista de
Educação
Ambiental
(REPEA)
que
foram
organizadas a partir da RIO-92. Nessa dinâmica de
redes, e na busca de vivenciar forma de
organização horizontal e descentralizada por meio
da multiliderança¹, organizou-se a Rede de
Educação Ambiental da Alta Paulista (REAP) no
intuito de somar esforços, articular e promover as
ações em EA na região da Nova e Alta Paulista,
localizada no extremo oeste do estado de São
Paulo.
Objetivos
Resultados e Discussão
A REAP iniciou seu processo de elaboração no
ano de 2012, e até o momento, realizaram-se duas
reuniões presenciais: 1ª) dia 21/08/2012 com a
participação de 29 pessoas, sendo abordadas as
II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã
Agradecimentos
Agradecemos a todas pessoas que fazem parte da
REAP, que contribuíram direta e indiretamente para
a organização da rede.
1
MARTINHO, Cássio; Redes: uma introdução às dinâmicas da
conectividade e da auto-organização. Brasília: WWF-Brasil, 2003.
17
Comunicação e Meio Ambiente: Relatos de Experiência do Programa
Olhar Ambiental
Luana Ferreira Pires, Lucas Balthazar Etruri, Laiz Eritiemi de Moura Hiraga , Angélica Góis Morales,
Cristiane Hengler Corrêa Bernardo, Campus de Tupã, UNESP, Curso de Administração,
lua na f.p@hotma il.com Bolsa: PROEX (BAAE I e II).
Palavras Chave: educação am b iental, comunicação televisiva
Introdução
As questões ambientais, cada vez mais, são temas
recorrentes veiculados pela mídia e, a sociedade, de
forma gradativa, tem reconhecido a relevância dessa
temática, de modo a incentivar a disseminação de
informações socioambientais pelos variados meios de
comunicação. Nesse contexto, foi constituído o
Programa televisivo intitulado “Olhar Ambiental”, fruto
de um projeto de extensão da Universidade Estadual
Paulista (UNESP), Câmpus de Tupã.
Objetivos
O presente trabalho tem como objetivo geral
apresentar e divulgar projetos na área ambiental
desenvolvidos na região do município de Tupã- SP,
promovendo discussão e reflexão dessa temática
com o público da região da Alta e Nova Alta Paulista.
Como objetivos específicos, visa difundir diferentes
opiniões sobre a temática ambiental, valorizando a
pluralidade de ideias e, contribuir na formação do
acadêmico do curso de Administração com o
exercício da redação de roteiros, comunicação e
postura profissional, além do aprendizado na área
ambiental.
Material e Métodos
Os meios de comunicação adotados para o programa
Olhar Ambiental são a mídia televisiva, o blog e a
página em rede social, transmissores informativos de
maior acessibilidade e alcance. A metodologia
empregada é a pesquisa-ação,
intensiva da
participação dos sujeitos envolvidos
(alunos
e
docentes do Câmpus de Tupã e profissionais da TV
Universitária (Canal 30), que trabalham em todas as
etapas de produção desde a seleção do tema
ambiental e elaboração do roteiro de pauta do
programa até a edição e postagens nos canais da
Internet. Para formação técnica da equipe, foram
ministrados cursos na área de comunicação,
realizadas visitas técnicas e contínuas pesquisas
bibliográficas que alicerçam o conteúdo apresentado
sobre a temática ambiental.
Resultados e Discussão
II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã
O projeto de extensão “Programa Olhar Ambiental” já
veiculou seis edições entre agosto de 2012 a
setembro de 2013 e, em todos programas editados,
buscou-se a pluralidade de opiniões e a abrangência
da temática ambiental, por meio de uma visão mais
integradora e sistêmica, privilegiando os fatores
sociais, econômicos, culturais, naturais entre outros,
o que justifica o slogan adotado - “todo ponto de vista
é a vista de um ponto”.¹ Cada programa é exibido
numa periodicidade mensal na TV Universitária (Canal
30), sendo exibido de duas a três vezes por semana
durante um mês. Apresenta duração de 30 minutos e
é dividido em dois blocos temáticos, sendo que o
primeiro divulga projetos da região na área ambiental
e no segundo traz debates acerca de um tema
ambiental atual, buscando conhecer a opinião de
representantes de diferentes segmentos sociais e
instituições, bem como dos cidadãos, por meio do
quadro “Fala Povo”. As experiências do Programa,
por meio da elaboração de pauta e edição, além da
criação do blog e da rede social, pelo seu caráter
educativo, social, científico e técnico, permite a)
alcançar um público variado, b) democratizar os
conhecimentos na área ambiental; c) socializar os
projetos da UNESP, com a comunidade local e, d)
contribuir com a formação constante dos alunos
envolvidos no projeto pelo aprendizado teórico-prático.
Conclusões
O Programa Olhar Ambiental
viabiliza
o
desenvolvimento de competências que
integram
campos
de conhecimento
interligados,
como
comunicação e meio ambiente.
Portanto, esse
trabalho desenvolvido com os alunos do curso de
Administração apresenta um caráter educativo,
social, científico e cultural, na busca constante de
incorporar o conhecimento oriundo do senso comum
ao conhecimento científico por meio da mídia
televisiva.
Agradecimentos
Agradeço a PROEX e a TV Universitária
1
BOFF, L. Saber cuidar: ét ica do humano: compaixão pela T erra.
Pet rópolis: Vozes, 1999.
18
UNATI – Empreendedorismo
Lucas
Aranha
Fialho
([email protected]),
Amanda
Di
Paula
Rodrigues
([email protected]), Lucas Aparecido Martins Frühling ([email protected]),
Charles Angelo de Oliveira ([email protected]). Orientador: Timóteo Ramos Queiroz
([email protected]). Campus de Tupã, Curso de Administração. Bolsistas de extensão.
Palavras Chave: Empreendedorismo, idosos, ensino
Introdução
As atividades junto a UNATI tiveram início
no campus de Tupã com o intuito de inserir o idoso
no contexto acadêmico, sendo compostas por
módulos que envolvem atividades motoras e
cognitivas, como: módulo de informática, história da
arte, oficina de leitura, origami, artesanato e
culinária.
Tendo em vista tais atividades, o Programa
de Educação Tutorial, PET, propôs um curso com o
tema “Empreendedorismo”.
apresentação do grupo PET, aulas teóricas para
ensiná-los sobre as etapas necessárias para iniciar
um negócio com noções básicas de marketing,
contabilidade e planejamento.
O conteúdo ministrado proporcionou aos idosos um
maior conhecimento em relação às finanças
pessoais o qual pode ser aplicado no dia a dia,
tornando possível a utilização de métodos que
podem auxiliar a saúde financeira dos mesmos e,
consequentemente, melhorando a qualidade de
vida.
Objetivos
Conclusões
A atividade tem a intenção de propiciar aos
participantes da UNATI o contato com temas do eixo
empreendedorismo. A atividade proporciona ao PET
exercer a vertente de ensino do programa e maior
participação nos programas da sociedade local.
A
compreensão do
empreendedorismo
é
fundamental para entender a influência dos
conteúdos abordados no cotidiano dos envolvidos
de modo a criar um diferencial e estimular o
processo criativo. Ser empreendedor vai além de
querer criar um empreendimento, sendo que esta é
uma característica que deveser estudada,
aprendida e aplicada para que a pessoa possa ter
as habilidades necessárias para gerir um negócio.
Neste sentido entender as limitações do público alvo
e contornar as dificuldades foram importantes, tanto
para o essas pessoas, como para o processo de
desenvolvimento local, uma vez que explicitou-se
que a comunidade possui potencial para criação e
gestão, possibilitando usufruir dos seus recursos
próprios. Assim, o incentivo as ações conduzem à
visão empreendedora, fator imprescindível para a
melhoria da qualidade de vida dessas pessoas.
Material e Métodos
Para a realização desta parceria, os alunos do PET
entraram em contato com a organização da UNATITupã com o intuito de instruir sobre o
empreendedorismo e suas vertentes aos idosos
participantes desta atividade. As ações se deram em
treinamentos presenciais, por meio de encontros
semanais, distribuídos em quatro módulos de 2
horas, totalizando 8 horas de atividades. As aulas
foram expositivas, com a utilização de recursos
audiovisuais e materiais didáticos.
Os temas foram propostos em parceria
entre a UNATI e o PET-Empreendedorismo. Os
módulos foram conduzidos pelos 12 membros do
PET (alternando em grupos de quatro integrantes).
Resultados e Discussão
Segundo Castro et AL., 2009, quando o idoso está
comprometido em um programa de atividade regular
e bem planejado contribui para a minimização do
sofrimento psíquico do idoso deprimido, oferecendo
oportunidade de envolvimento pessoal, elevação da
autoestima
e
implementação
das
funções
cognitivas, fatores que são considerados muito
importantes para a esta faixa etária da população.
Nos encontros foram realizadas dinâmicas de
integração e autoconhecimento para os idosos,
II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã
Agradecimentos
Agradecimentos aos idosos pela participação ativa
nos encontros e aos coordenadores da UNATI pela
disposição e colaboração ao longo das atividades.
1
CASTRO, J.C. et al. Níveis de qualidade de vida em idosos ativas
praticantes de dança, musculação e meditação. Revista brasileira de
geriatria e gerontologia, v.12, n.2, p.255-265, 2009.
19
A internacionalização sob o contexto da Distância Psíquica
Andrei Golfeto do Santos (A), Giuliana Aparecida Santini Pigatto (O), Campus de Tupã,
Administração, [email protected], PIBIC/reitoria.
Palavras Chave: Internacionalização, América do Norte, Europa.
Introdução
Desde a década de 1990, principalmente,
intensificou-se o processo de internacionalização
das empresas brasileiras, com uma expansão
importante dos investimentos diretos.
O
investimento direto é realizado quando as empresas
investem ou adquirem fábricas, equipamentos ou
1
outros ativos fora de seu país de origem. O volume
de Investimento Brasileiro Direto (IBD) passou de
US$ 1 bilhão (média ano), a partir da segunda
metade da década de 1990, para US$ 6,2 bilhões no
2
período 2001-2011 .
Objetivos
O objetivo geral da pesquisa (base) deste resumo é
o de análise do processo de internacionalização das
empresas brasileiras nas regiões da América do
Norte e Europa, no período recente. Uma vez que a
pesquisa se iniciou em agosto de 2013, este resumo
tem como objetivo apresentar a evolução dos IBDs
para essas regiões e as contrições da Teoria da
Distância Psíquica, que se relaciona com o Modelo
de Uppsala, conhecido como o processo de
internacionalização baseado no aprendizado.
Material e Métodos
Pesquisa de caráter qualitativo, por envolver uma
análise das informações de IBDs (a partir de fontes
secundárias), bem como a realização de
levantamento da teoria que fornece subsídio à
pesquisa, como a importância da “distância
psíquica” na trajetória internacional das empresas.
Resultados e Discussão
Grande parte dos estoques de IBD está localizada
em países considerados paraísos fiscais (que
possuem regimes fiscais privilegiados), como
3
mostra a figura 1. No entanto, do mesmo modo
como foram e têm sido importantes os
investimentos em países da América do Sul, tem
sido crescente o investimento em regiões mais
desenvolvidas, como América do Norte e Europa,
inclusas em demais países (figura 1).
3
Figura 1 - Destino dos IBDs no mundo.
É possível observar que de 2001 para 2006 os IBDs
diminuíram na América do Sul e, em contrapartida,
aumentaram em outras localidades, o que de certa
forma comprova as contribuições do Modelo de
II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã
Uppsala, no tocante à distância psíquica. Os autores
4
expoentes inicialmente
definiram
a
distância
psíquica entre dois países em termos de fatores que
impedem ou restringem o fluxo de informação entre
os agentes fornecedores e os clientes. Para a
avaliação dessa distância, os autores utilizaram de
indicadores, de desenvolvimento econômico e
educação, diferenças na “linguagem dos negócios” e
a existência de canais de comércio. A ideia básica
era de que as firmas primeiramente se
desenvolvessem em mercados domésticos e que a
internacionalização fosse consequência de uma
série de decisões incrementais, assumindo que os
maiores obstáculos para a internacionalização
sejam a falta de conhecimento e de recursos.
Devido ao menor conhecimento à respeito dos
países externos e à uma tendência a reduzir os
riscos, as firmas
iniciariam suas operações
(primeiramente por meio das exportações) com
países que fossem comparativamente bem
conhecidos e similares em termos de práticas de
4
negócios. Contribuições mais recentes para o
entendimento das trajetórias internacionais das
multinacionais brasileiras sinalizam que o termo
distância psíquica pode ser compreendido por um
conjunto amplo de fatores, como o cultural,
estruturais (ou elementos do negócio), que derivam
de diferentes sistemas administrativo, econômico e
legal, tão bem como de diferenças de língua e
5
religião.
Conclusão
Os
volumes
de IBD’s vêm
aumentando
consideravelmente nas regiões em questão deste
resumo. As teorias que surgem pelos teóricos de
Uppsala são comprovadas na prática ao se analisar
os dados e a internacionalização das empresas
recentemente.
Agradecimentos
PIBIC/ Reitoria (bolsa de IC).
¹ KEEGAN, W. J. Marketing global. Tradução Adriano de Jorge,
Maurício de Andrade. 7 ed. São Paulo: Prentice Hall, 2005.
2.BANCO CENTRAL DO BRASIL. Série histórica do balanço de
pagamentos. 2013. <Disponível em:
http://www.bcb.gov.br/?SERIEBALPAG>. Acesso em jan. 2013.
3.SANTINI, G. A. ; PIGATTO, G. . Direct Brazilian Investment: the role
of the countries of South America. In: XV World Economy Meeting,
2013, Santander/ Spain. XV World Economy Meeting, 2013.
4. JOHANSON, J.; VAHLNE, J. E. The internationalization process of
the firm: a model of knowledge development and increasing foreign
market commitments. Journal of International Business Studies, v.8,
n.1, p. 23-32, 1977.
5. CYRINO, A. B.; BARCELLOS, E. P.; TANURE, B. International
trajectories of Brazilian companies: empirical contribution to the debate
on the importance of distance. International Journal of Emerging
Markets, v. 5, n. 3/4, 2010.
20
Aplicação do método VSM em um processo produtivo de estamparia
automotiva.
Aluno-autor: Bruno Henrique Rodrigues ([email protected]), Filipe Bueno Teixeira
([email protected]), Wilson Levi Palma ([email protected]), Faculdade de Jaguariúna,
Engenharia de Produção. Orientador: Eduardo Guilherme Satolo ([email protected]), Campus de
Tupã, UNESP - Univ Estadual Paulista.
Palavras Chave: Administração da produção, gestão da produção, melhoria processo produtivo.
Introdução
O Mapeamento do Fluxo de Valor (da tradução do
inglês Value Stream Mapping - VSM) é uma
ferramenta que permite a compreensão do estado
atual dos processos produtivos em uma organização
ajuda a visualizar todo o fluxo de um processo,
encontrar os desperdícios, ajuda na tomada de
decisões junto com o plano de implementação, e
também se consegue verificar uma relação entre o
2
fluxo de informações e de materiais .
O VSM tem por objetivo agregar valor aos produtos
com ações identificadas por meio dos processos
produtivos e eliminar as atividades que não agregam
valor, ou seja, que geram perdas.
postos de trabalhos, É necessário
também
identificar o fluxo de material e de informações, os
estoques em processo e conhecer demandas de
clientes.
Por meio do estudo do mapa atual realiza-se a
proposição de melhorias no processo de produção,
a ser implantada ao longo do tempo. Esta melhoria é
executada de modo a atender ao Mapa do Estado
Futuro (Figura 1).
Objetivos
O objetivo deste trabalho é apresentar a
implantação do VSM no processo produtivo de uma
empresa de estamparia automotiva, localizada na
cidade de Limeira, Estado de São Paulo e a partir de
seu mapa atual, aplicar métodos para melhoria do
processo produtivo, a partir da identificação dos
pontos críticos da empresa e da melhoria de layout,
na redução do lead time do sistema, da redução do
estoque e a eliminação de desperdícios no
processo.
Material e Métodos
Este trabalho foi realizado por meio de um estudo de
1
caso, conforme etapas sugeridas por Miguel .
Resultados e Discussão
Para a elaboração do VSM deve-se inicialmente
selecionar a família de produtos, ou seja, grupos de
produtos que passam pelos mesmos processos.
Definida esta etapa desenvolve-se o estado atual
por meio de coletas de informações do processo
operacional, como, por exemplo; disponibilidade do
equipamento (tempo disponível da máquina para
produção), tempo de setup (tempo da máquina
parada para ajuste), lead time da peça (tempo de
fabricação desde o inicio da peça até sua
conclusão), takt time da peça (corresponde ao ritmo
necessário da produção para atender a demanda),
II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã
Figura 1. Resultados Mapeamento Estado Futuro
Conclusões
A implantação do plano futuro do VSM no processo
produtivo de estamparia trouxe benefícios, entre os
quais: aumento da produtividade, reduções do
tempo de transporte, de mão de obra, de lead time e
redução de estoques intermediários.
Em termos quantitativos, a empresa obteve
melhoras no layout da linha produtiva, que
proporcionou uma redução de 4,5 dias de estoque,
minimização de 150 metros de movimentação e
uma redução de 6 colaboradores na linha produtiva,
obtendo um ganho de R$ 13.797,27 mensais.
1
Javed, A.; Manarvi, I.A; Rizvi, S.Z.R. Value Stream Mapping and
Process Optimization Strategy: A Case Study of Public Sector
Organization.Concurrent Engineering Approaches for Sustainable
Product Development in a Multi-Disciplinary Environment. 2013, pp
981-992.
2
Miguel, C.A.C. Metodologia de pesquisa em engenharia de
produção e gestão de operações, São Paulo: Elsevier, 2 ed., 2011.
21
Estratégias de internacionalização de empresas brasileiras:
contribuições teóricas
Fernanda Bergamo Calderari, Giuliana Aparecida Santini Pigatto (O), Campus de Tupã,
Administração, nanda_bergamo@hotmail.
Palavras Chave: Internacionalização, empresas brasileiras, estratégias
Introdução
Empresas de países emergentes têm marcado a
‘terceira onda’ de internacionalização no mercado
1
mundial . Dentre as regiões mais receptoras de
investimentos de empresas brasileiras está a
América do Sul (e América Latina de modo mais
amplo), onde há maior concentração nos segmentos
2
de bens industriais processados e de serviços ,
entretanto, a partir de 2004, mercados mais
desenvolvidos e distantes geograficamente, como
Europa e América do Norte, passaram a ser destino
para a expansão de mercado de companhias
brasileiras, apesar de representar maiores riscos às
1
mesmas . Assim, a questão de investigação da
pesquisa (base) deste resumo é de quais foram (ou
quais são) as estratégias utilizadas pelas empresas
brasileiras para o alcance desses mercados?
Objetivos
Uma vez que a pesquisa (base) encontra-se em
estágio inicial (agosto 2013), este resumo objetiva
avaliar
os
tipos
de
estratégias
de
internacionalização de empresas, sob o enfoque
teórico, por meio de um quadro resumo.
Material e Métodos
Este trabalho é fundamentado em uma pesquisa
qualitativa, com o desenvolvimento de uma revisão
bibliográfica em torno do tema de Estratégias de
Internacionalização, com autores da área de
administração estratégica. A pesquisa qualitativa
preocupa-se em analisar e interpretar aspectos mais
profundos, descrevendo a complexidade do
comportamento humano, fornecendo análise mais
detalhada sobre as investigações, hábitos, atitudes,
3
tendências de comportamento etc .
Resultados e Discussão
Internacionalização pode ser compreendida como
movimento de expansão da economia pelo
envolvimento das empresas em atividades além de
seu país de origem, visando vantagem competitiva
através da ampliação do alcance geográfico, que
pode ser atingida por meio de estratégias como
exportação, licenciamento, aberturas de franquias,
Investimento Direto Estrangeiro (IDE), dentre outras.
Essas estratégias são definidas no quadro 1.
II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã
Quadro 1. Estratégias de internacionalização
Estratégias de
internacionalização
Exportações
Licenciamento
Franquias
IDE
Definição
Produção efetuada em um
país e vendida a compradores
2
de outros países .
Acordo para que empresa
estrangeira tenha direito de
fabricar e vender produtos
4
dentro do país anfitrião .
Direito do franqueado em abrir
uma loja no varejo utilizando5
se da marca do franqueador .
Aquisição
de
fábricas,
estabelecimento
de
subsidiárias da matriz fora do
país de origem ou joint6.
venture
Conclusões
Conclui-se que para o alcance de mercados mais
distantes, as empresas podem optar por diferentes
estratégias, que serão escolhidas de acordo com o
perfil e objetivo organizacional de cada companhia.
Agradecimentos
À professora orientadora deste trabalho pelo apoio e
suporte, e à UNESP/Campus de Tupã pelo incentivo
à pesquisa científica (projeto de IC submetido à
Fapesp em set. 2013).
1.Fleury, A.; Leme Fleury, M. A.; Reis, G. G. El camino se haceal
andar: latrayectoria de lasmultinacionalesbrasileñas. Universia Business
Review, n. 25, p. 34-55, 2010.
2. Souza, A. T. L. M. O investimento direto externo de empresas
brasileiras na América do Sul. Marília: UNESP, 2012, 205 p.
Dissertação (mestrado). Programa de Pós-graduação em Ciências
Sociais. Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho.
Faculdade de Filosofia e Ciências, Marília, 2012.
3. Marconi, M. A.; Lakatos, E. M. Metodologia científica. 4ª ed. São
Paulo: Atlas, 2004.
4. Hitt, M. A.; Ireland, R. D.; Hoskisson, R. E. Administração
Estratégica.Trad.Eliane Kanner, Maria EmiliaGuttilla e AllTasks. 2ª ed.
São Paulo: Cengage Learning, 2008.
5. Pham, T. H. N. Strategies for Internationalization: A Comparative
Study of Thai and Vietnamese Companies in Two Industries. 2008. 198
p. Tese (Doutorado em Economia e Ciências Sociais). Faculdade de
Economia e Ciências Sociais da Universidade de Friburgo, Friburgo,
2008
6. Keegan, W. J. Marketing global.Tradução Adriano de Jorge, Maurício
de Andrade. 7 ed. São Paulo: Prentice Hall, 2005.
22
Inovação ambiental no setor de serviços: a redução no consumo de
água e o seu impacto no desempenho econômico
Gustavo Antiqueira Goes, UNESP, Campus de Tupã-SP, [email protected], Karoline
Ferreira Kinoshita, REGES, Campus de Dracena-SP, [email protected], Angélica Góis Morales,
UNESP, Campus de Tupã-SP, [email protected]
Palavras Chave: gestão ambiental, inovação ambiental, prestação de serviços.
Introdução
Cada vez mais, o setor de serviços vem ganhando
destaque na economia. Para sobreviver em um
mercado altamente competitivo, as organizações em
serviços precisam inovar e, nesse contexto, a
questão ambiental torna-se fundamental para o
processo de inovação.
Objetivos
O objetivo desse trabalho é analisar se a inovação
ambiental em serviços no setor hoteleiro, com
relação a ações para redução do consumo de água,
contribui com o desempenho econômico da
empresa.
Material e Métodos
O método de pesquisa escolhido é o estudo de caso
único. A justificativa para a escolha do caso é que
ele deve ser representativo ou típico³. O caso
escolhido para a análise é a Rede de Hotéis ibis,
selecionada pelo fato de ser a primeira rede de
hotéis brasileira a receber uma certificação
ambiental, a ISO 14001. Além disso, a Rede ibis é
líder no mercado europeu e uma das primeiras
redes de categoria econômica do mundo, com mais
de cento e cinco mil apartamentos e 879 hotéis,
estabelecidos em 45 países, incluindo 53 hotéis
somente no Brasil. Atualmente, a ibis é líder
europeia em redes de categoria econômica e a
quarta maior do mundo.
Resultados e Discussão
A ibis é uma marca de hotéis de categoria
econômica, que faz parte do Grupo Accor. Em 2000,
o grupo lançou um projeto com o objetivo de propor
ações que minimizem os impactos ambientais dos
empreendimentos. Em junho de 2004, a rede
recebeu a certificação ISO 14001 que trata do
Sistema de Gestão Ambiental, e controla o impacto
das atividades nas áreas de hotelaria e alimentação
sobre o meio ambiente.
Especificamente no Brasil, os hotéis da rede
possuem um mecanismo de coleta e reutilização da
água de chuveiros, pias de banheiro e água de
chuva para uso, por exemplo, em jardins. Esse
sistema resultou em uma economia de 20% de água
dos hotéis². Além desse mecanismo, o hotel adota a
II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã
prática de troca de roupas de cama ou toalhas
somente com o pedido do hóspede, utiliza redutores
de fluxo em chuveiros e torneiras, e possui sanitário
com baixo volume de descarga.
Mais recentemente, foi implantado no ibis Batel, em
Curitiba, um sistema que conta com o
reaproveitamento da água dos chuveiros e pias¹.
Captadas por uma cisterna, após filtragem e
tratamento visual e olfativo, as águas voltam a ser
utilizadas para as descargas e, estima-se que 27%
das águas utilizadas nos apartamentos sejam
consumidas nas descargas sanitárias.
Foram implantados também economizadores de
água nos chuveiros e pias, com arejadores de ar.
Com esse sistema, o consumo médio do chuveiro e
da pia cai de 720 para 468 litros/dia. A implantação
dos economizadores gerou uma redução de 35% do
consumo de água no hotel. Os dois sistemas
agregados (reuso de água e economizadores)
mensalmente representam uma redução de 50% em
relação aos demais hotéis da rede que não os
possuem. No ibis Centro Cívico, também em
Curitiba, para uma ocupação de 70%, o custo da
água é de R$ 7 mil por mês, enquanto no ibis Batel,
é de aproximadamente R$ 4 mil, apresentando uma
economia de custo de R$ 3 mil reais. O custo do
investimento da Rede Accor, R$ 46 mil para o reuso
e R$ 6.300 para os economizadores, foi inferior a
1% do total da obra e pagou-se em 18 meses¹.
Conclusões
A utilização da inovação ambiental em serviço,
relacionada às ações para redução do consumo de
água, contribui com o desempenho econômico da
empresa. No caso da Rede de Hotéis ibis, ações
como o reaproveitamento da água dos chuveiros e
pias, dentre outras, proporcionaram uma economia
de 35% do consumo de água, diminuindo os custos
da empresa e, ainda, reforçando a imagem
empresarial frente à responsabilidade ambiental.
¹
RIGO,
R.
Papo
de
obra.
Disponível
em:
<http://papodeobra.com.br/2008/12/reuso-de-guas-servidas-agoralei.html>. Acesso em: 20 jan. 2013.
²
SETRI
SUSTENTABILIDADE.
2009.
Disponível
em:<http://setrisustentabilidade.com.br/2009/11/hotel-ibis-no-processoda.html>. Acesso em: 24 jan. 2013.
³ YIN, R. K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 4. ed. Porto
Alegre: Bookman, 2010.
23
Canal de Distribuição no Setor de Serviço de Alimentação: análise do
relacionamento comercial das empresas de food service (restaurantes)
e seus fornecedores de hortaliças
Gustavo Oliveira Lemos (A), Gessuir Pigatto (O), Campus Experimental de Tupã, Curso de
Administração, [email protected]. PIBIC/Reitoria
Palavras Chave: Food Service, Relacionamento Comercial, Canal de distribuição
Introdução
Mudanças da economia e da sociedade levam os
segmentos econômicos a constantes alterações,
conduzindo ao surgimento de novos formatos de
negócios. No Brasil verifica-se um significativo
crescimento dos serviços, como consequência do
processo de reestruturação produtiva, resultado das
transformações tecnológicas. Os segmentos que
oferecem alimento fora do domicílio, classificados
como serviços (PAS/IBGE) desfrutam desse mesmo
crescimento.
Objetivos
Este artigo tem como objetivo analisar o
relacionamento comercial das empresas que atuam
no setor de serviço de alimentação, mais
especificamente pequenos restaurantes comerciais,
localizados no interior do Estado de São Paulo e os
produtores rurais que fornecem hortaliças.
Material e Métodos
Foi realizada uma pesquisa bibliográfica acerca do
serviço de alimentação e dos canais de distribuição
utilizados pelo segmento
de
serviços de
alimentação, além da teoria de Relacionamento
Colaborativo, que serviram de base para o
entendimento das questões investigadas. A técnica
de coleta de dados estabelecida foi o questionário
semi-estruturado, aplicado na forma de entrevista
pessoal, em estabelecimentos selecionados por
conveniência. Após o levantamento e análise dos
dados, foi possível avaliar a fonte de suprimentos
dos restaurantes e o seu relacionamento com os
mesmos fornecedores
Resultados e Discussão
Apesar de estabelecimentos de pequeno porte, a
maioria dos restaurantes tem preocupação com a
qualidade das hortaliças servidas e procuram
adquirir, quando possível, os produtos diretamente
de produtores rurais da região. A estratégia mais
comum é possuir um único fornecedor para o
conjunto de hortaliças adquiridas diretamente do
produtor rural, que é responsável pela entrega do
produto, de acordo com a demanda do restaurante.
Apesar de indicadores como “fornecedor dedicado”,
a relação comercial entre os dois elos da cadeia
II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã
possui características que se posicionam mais
próximas do mercado concorrencial - pagamento a
vista, inexistência de planejamento de demanda,
oportunidade. O surgimento de novos fornecedores
(mesmo que esporádicos) e promoções feitas por
distribuidores supermercadistas ou atacadistas
surgem como uma frequente ameaça ao
relacionamento comercial entre os dois agentes. Da
mesma forma, a queda na produção de determinada
hortaliça pode deslocar parte da produção que o
produtor rural deveria entregar ao parceiro para
outros estabelecimentos (supermercados) que
ofereçam um preço maior. A assinatura de um
contrato, onde ficariam explícitas as atribuições de
cada uma das partes, infelizmente não é a solução
ideal para “travar” este tipo de relacionamento. Além
dos custos atrelados ao contrato, o porte dos
agentes comerciais e as características dos
agentes, leva a conclusão quer relacionamento
possui maiores ganhos quando mantido informal, do
que quando atrelado a um contrato comercial.
Alguns entraves podem ser apontados como
barreiras à construção de um relacionamento mais
colaborativo entre os dois agentes. O porte do
produtor rural - que não tem condições de produzir
uma diversidade grande de produtos para atender
toda a demanda do restaurante por hortaliças; a
sazonalidade na produção das hortaliças; o baixo
custo das hortaliças no custo total dos restaurantes;
a preocupação dos estabelecimentos comerciais em
não ficarem presos a um mesmo fornecedor; a
dificuldade em perceber ganhos em termos de
qualidade e diferenciação que um relacionamento
mais colaborativo pode trazer para o restaurante
Conclusões
Muitos desses entraves podem ser minimizados ou
até mesmo eliminados caso ocorra uma mudança
de postura por parte dos estabelecimentos
comerciais e dos produtores rurais. A percepção dos
ganhos futuros, em substituição aos custos da
proximidade é a principal mudança. A partir do
momento em que os agentes perceberem que
podem obter outros benefícios, que simplesmente
receber o produto na quantidade certa e no dia
certo, é possível criar uma relação mais próxima
entre o produtor rural e o restaurante
24
CONSUMO DE PRODUTOS VERDES NO VAREJO SUPERMERCADISTA:
A INTENÇÃO DE COMPRA versus A COMPRA DECLARADA
Jaqueline Caleiras Magalhães, Sergio Silva Braga Junior (orientador), Universidade Estadual
Paulista, Campus de Tupã, Administração, [email protected].
Palavras Chave: Consumo Verde, Varejo, Comportamento do Consumidor .
Introdução
Material e Métodos
A preocupação com as questões ambientais está
fazendo as atividades empresariais procurarem
alternativas de redução ou eliminação de possíveis
impactos ambientais e sociais, tornando a gestão
ambiental um investimento e não mais um custo
(BARBIERI, 2007).
Tal movimento se deve à emergência da
preocupação que atingiu as empresas e o grande
público a respeito do impacto causado pelo atual
consumismo das sociedades industrializadas. Este
fato viabilizou o lançamento de produtos verdes pela
adesão das empresas a um mote sensível e de
grande empatia para os consumidores (PORTILHO,
2010).
Já é possível verificar um crescente espaço para
produtos denominados verdes que simbolizam ao
mesmo tempo, o empenho do fabricante e do
varejista em seguir as recomendações de melhorar
as questões sociais e ambientais e a necessidade
de atender a nova expectativa dos consumidores.
Baseado no contexto, estudos voltados para o
varejo supermercadista com o propósito de verificar
se o consumidor percebe as práticas ambientais e
sociais tornam-se relevantes, pois, é no consumo do
produto final que está à possibilidade de avaliar se
as práticas ambientais e sociais das empresas são
reconhecidas, por meio
da preocupação
do
consumidor com o meio ambiente que é
transformada em intenção de compra e posterior
declaração de compra.
Será realizado de um estudo exploratório de
natureza quantitativa, por meio de um survey junto a
uma amostra de respondentes coletados em duas
capitais brasileiras: São Paulo/SP e Rio de
Janeiro/RJ. A escolha destes locais deve-se por
questões de facilidade de acesso por parte dos
pesquisadores, pela realização de outras pesquisas
já realizadas nestes locais e pela representatividade
destas cidades no contexto econômico brasileiro.
Os dados coletados permitirão validar e concluir as
relações propostas na pesquisa.
Objetivos
O objetivo geral é avaliar se o consumidor está
reconhecendo e efetivamente declarando que
compra produtos verdes no varejo. Neste sentido,
serão
trabalhados
os
seguintes
objetivos
específicos:
- Analisar a existência de uma relação entre a
Preocupação com o Meio Ambiente, a intenção de
compra e compra declarada de produtos verdes no
varejo.
- Avaliar a relação entre intenção de compra e
compra declarada para produtos verdes no varejo.
II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã
Resultados Esperados
Pretende-se demonstrar a não existência de uma
relação direta entre a preocupação ambiental e a
ação de compra dos consumidores para produtos
verdes no varejo, sendo que, esta relação deve
passar obrigatoriamente pela intenção de compra
conforme Braga Junior et al (2013) que,
demonstraram que o consumidor não está
comprando produtos verdes no varejo na mesma
proporção que se comprometem através das
respondas dados nas pesquisas sobre o assunto,
isto é, as respostas fornecidas apresentam uma
tendência para a desejabilidade social.
Conclusões
Após o desenvolvimento da pesquisa e comprovada
a falta desta relação direta, a contribuição cientifica
está na abertura de novas fronteiras teóricas sobre
o assunto assim como uma nova linha de avaliar e
montar as pesquisas de marketing junto ao
consumidor. Esta contribuição cientifica, tem como
base a comprovação estatística dos dados que se
pretende coletar diretamente nos supermercados
das cidades objeto de pesquisa.
PORTILHO, F. Sustentabilidade Ambiental, Consumo e Cidadania, 2ª
edição. São Paulo: Cortez, 2010.
BARBIERI, J. C. Gestão ambiental empresarial : conceitos, modelos e
instrumentos. 2.ed. São Paulo: Saraiva, 2007.
BRAGA JUNIOR, S. S. ; SILVA, DIRCEU DA ; LOPES, EVANDRO
LUIZ ; GASPAR, M. A. A preocupação ambiental é transformada em
intenção de compra para produtos verdes no varejo?. Revista de Gestão
Ambiental e Sustentabilidade, v. 2, p. 3-27, 2013.
25
Caracterização da certificação orgânica no Brasil
Aluno-autor: Jéssica de Fátima Coltro, Orientadora: Andréa Rossi Scalco
Campus de Tupã, Curso de Administração. Email: [email protected]. Bolsa FAPESP.
Palavras Chave: Perfil, agricultores, orgânicos.
Introdução
A área destinada à produção de orgânicos no Brasil
chega a 1,77 milhões de hectares, o que representa
um dos cinco países com maior extensão de terras
destinada ao manejo orgânico em 2011¹. Porém é
recente o processo de regularização do setor de
orgânicos em que tornou compulsória a certificação
dos produtos que utilizam o sistema orgânico.
Objetivos
Identificar os sistemas de certificação para produtos
orgânicos adotados, bem como relacioná-los com
variáveis tais como estados da federação, tipos de
produtos, composição de renda e perfil do produtor.
Material e Métodos
Trata-se de uma pesquisa do tipo descritiva, de
caráter quantitativo. O instrumento para a coleta de
dados foram questionários constituídos
de
perguntas fechadas e a técnica de amostragem
utilizada foi à probabilística. A amostragem foi
aleatória sistemática conforme o banco de dados
gerado na pesquisa (Cooperativas e Associações
de produtores rurais de orgânicos). Foram enviados
900 questionário, com uma porcentagem de 23,88%
De respostas obtidas. Os dados foram analisados
usando ferramentas de estatística descritiva
(medidas descritivas, tabelas e gráficos) e de
estatística inferencial (estimação intervalar).
Resultados e Discussão
Por meio da amostra da pesquisa verificou-se que a
certificação de terceira parte individual (45,85%)
predominou em maior percentual em relação aos
demais tipos de certificação (Certificação de terceira
parte em grupo 33,02% e a Certificação
Participativa 21,86%). A maioria dos estados
apresenta mais de um tipo de certificação entre os
agricultores, conforme mostra Gráfico 1.
Foi verificado também por meio das Variáveis
“renda” e “tipo de certificação adotada” que a maior
parte da renda proveniente da produção orgânica
está concentrada em propriedades com certificação
de terceira parte individual (37,80%), enquanto que
a menor renda proveniente da produção orgânica é
do tipo participativo (5,26%) Cruzando as variáveis
“Nível de escolaridade” e “tipo de certificação
adotada”, verifica-se que a certificação de terceira
parte é expressiva mais nos níveis de pósII Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã
graduação e ensino superior, enquanto que a
certificação de terceira parte em grupo é mais
representada pelo 2° grau e 1° grau incompleto.
Categorizando por tipo de produtos (frutas, legumes
e verduras), a certificação por terceira parte é
representativa em todos os grupos de produtos,
conforme
mostra
tabela
1.
15,00%
10,00%
5,00%
0,00%
BA CE GO MT MS MG PR PB PA PE
Certificação de terceira parte
Certificação Participativa
PI
RJ
RS RO SC SP
Certificação de terceira parte em grupo
Gráfico 1: Tipo de certificação por estados
Fonte: elaborado pelo próprio autor
Tabela 8: Nível de escolaridade e tipo de certificação adotada
Fonte: elaborado pelo próprio autor
Certificação
Adotada
Certificação
de terceira
parte
Certificação
de terceira
parte em
grupo
Certificação
Participativa
Total geral
Hortaliça
Legumes
Outros
Produtos
17,05%
6,82%
3,41%
26,14%
53,41%
18,18%
6,82%
1,14%
10,23%
36,36%
6,82%
1,14%
1,14%
1,14%
10,23%
42,05%
14,77%
5,68%
37,50%
100,00%
Fruta
Total
geral
Fonte: elaborado pelo próprio autor
Conclusões
O sistema de certificação adotado predominante foi
a Certificação de terceira parte que constitui também a
maior parte da renda proveniente desse tipo de
certificação entre os agricultores. A certificação de terceira
parte também é representada pela maioria com nível de
escolaridade superior e pós-graduação, que constitui um
grupo de produtores que podem arcar com os altos custos
desse sistema de certificação, não importando a categoria
de produtos, uma vez em todas as categorias de FLV, é o
sistema mais representativo..
Agradecimentos
Agradeço a Deus, à minha orientadora e à FAPESP que
juntos foram essenciais para desenvolver essa pesquisa
WILLER, H.; KILCHER L. (Org.): The World of Organic
Agriculture 2011: Graphs and Maps. Disponível em:
<http://www.organic-world.net/yearbook-2011graphs.html>. Data de acesso: 14 jul
2
Curtis, M. D.; Shiu, K.; Butler, W. M. e Huffmann, J. C. J.
Am. Chem. Soc. 1986, 108, 3335.
26
Os meios de comunicação como instrumentos para a escolha da
Instituição de Ensino Superior
Autor: Jéssica dos Santos Leite Gonella; Orientadora: Cristiane Hengler Corrêa Bernardo;
Colaborador: Diego Cassiano Silveira Costa, Campus de Tupã, Curso de Administração,
[email protected] PIBIC, S/B.
Palavras Chave: Instituições de ensino Superior, Escolha, Meios de comunicação.
Introdução
A escolha por uma instituição de ensino superior
(IES) leva em consideração muitos fatores
decisórios, como por exemplo, qualidade e
reputação da instituição, custos, formação dos
docentes, localização do campi e até mesmo
formação educacional dos pais. Para tanto, os
estudantes recebem e buscam informações em
diversas fontes para fortalecer a sua escolha. Os
veículos de comunicação são importantes
instrumentos para a obtenção dessas informações,
uma vez que são, na atualidade, os principais
fomentadores da opinião pública e meios de
divulgação sobre o desempenho das IES nas
avaliações que recaem sobre estas. Dessa forma,
esta pesquisa parte do princípio que se torna de
fundamental importância para as IESs aferirem qual
o meio de comunicação mais utilizado pelos
estudantes para receber informação sobre a
instituição que pretende escolher. Essa escolha
pode apontar para um direcionamento da
comunicação
para
determinados
veículos,
propiciando uma economia para a instituição em
termos publicitários e uma maior eficiência em
atingir o público-alvo.
Objetivos
Objetivo Geral: identificar o veículo de comunicação
mais utilizado pelos estudantes para receber
informações da IES. Objetivos específicos: oferecer
um direcionamento para a comunicação das IESs
de acordo com o interesse do público-alvo; analisar
a necessidade de distribuir a comunicação em mais
de um meio.
Material e Métodos
Pesquisa bibliográfica de caráter quali-quantitativa
com aplicação de questionário estruturado junto aos
Campi Experimentais da Unesp (responderam ao
questionários os Campi de Dracena, Ourinhos,
Registro, São João da Boa Vista e Tupã)
Resultados e Discussão
II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã
Por meio da análise do resultado do questionário
aplicado para os 141 discentes ingressantes no
vestibular do ano de 2012 nos campi da Unesp, foi
possível identificar que o meio de comunicação mais
utilizado para acessar informações referentes as
IESs foi o site da Universidade. Tal constatação
evidencia o interesse do candidato em fontes de
informações de origem confiável que assegure a
veracidade dos dados e deste modo, diminua a
probabilidade de erro na escolha pela Instituição.
Figura 1. Principais meios de comunicação utilizados para
receber informações sobre a IES.
Conclusões
A pesquisa demostra que cerca de 38,30% dos
estudantes priorizam a busca por informações da
IES em meios de comunicação disponibilizados pela
própria Universidade. Essa preferência reflete a
busca pela aproximação do candidato com a
realidade da Instituição, por meio da observação de
dados de natureza segura, bem como a facilidade
de acesso ao ambiente digital. Entretanto, há uma
quantidade significativa de candidatos, cerca de
36,88%, que recorrem a veículos de comunicação
como guia de profissões e propaganda, fato que
corrobora a necessidade da diluição da
comunicação para tais meios.
Agradecimentos
Agradeço a minha orientadora pelo auxílio e suporte
no desenvolvimento da pesquisa e a Universidade
pelas condições para a pesquisa.
27
Análise descritiva comparativa do perfil socioeconômico dos produtores
rurais dos assentamentos do município de Rancharia-SP
Luana Possari Maziero, Sandra Cristina de Oliveira, Leonardo de Barros Pinto, Campus de Tupã,
Curso de Administração, [email protected], FAPESP.
Palavras Chave: assentamentos rurais, agricultura familiar, perfil socioeconômico.
Introdução
A agricultura familiar é representada principalmente
pelos assentamentos rurais, que são responsáveis
por 84,4% dos estabelecimentos rurais do país. O
estado de São Paulo é o maior representante de
assentamentos rurais e a região oeste paulista é a
que mais se sobressai, com destaque para o Pontal
do Paranapanema, onde o município de Rancharia
1
está inserido . Neste município encontram-se os
assentamentos Nova Conquista (NCo) e São Pedro
(SPe), que representam cerca de 3% da área total
2
de assentamentos desta região .
Objetivos
Apresentar uma análise descritiva sobre o perfil
socioeconômico e a infraestrutura produtiva dos
produtores rurais dos assentamentos do município
de Rancharia-SP, indicando ainda a origem de
eventuais restrições à obtenção de crédito rural.
Material e Métodos
A coleta de dados foi feita mediante formulário,
sendo que o tamanho amostral do assentamento
SPe foi de 28 lotes e do NCo de 38 lotes,
considerando uma margem de erro de 10% e um
nível de confiança de 95,5%. A seleção destes lotes
foi feita de forma aleatória, preservando a identidade
dos responsáveis por estes. O perfil dos produtores
rurais foi obtido por meio de variáveis de
caracterização socioeconômica e produtiva e de
variáveis de caracterização de acesso e de restrição
ao crédito. Tais variáveis foram analisadas por meio
de técnicas de estatística descritiva.
Resultados e Discussão
Observou-se que nos dois assentamentos existe a
presença significativa de pessoas na faixa etária de
50 anos ou mais que possuem baixo nível de
escolaridade (no máximo 2º grau completo) e que,
especificamente no SPe, a dependência da renda
obtida com as atividades desenvolvidas dentro do
lote (78%) é maior que no NCo (66%), onde a
incidência de trabalho em atividades fora do lote é
mais frequente, principalmente para pessoas de 30
a 39 anos. A principal atividade geradora de renda
nos dois assentamentos é a pecuária de leite. Tanto
no SPe quanto no NCo destaca-se a pastagem
natural, no entanto, observou-se que no NCo existe
cerca de 3% a mais de pastagem plantada. Para o
manejo das atividades do lote, o principal tipo de
II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã
mão de obra utilizado nos dois assentamentos é a
própria, mas no SPe aparece uma pequena
frequência da permanente. Dos que tiveram acesso
ao crédito rural desde o ingresso no lote, o SPe
possui maior número de produtores que acessaram
este recurso. Na totalidade, os produtores
ingressaram principalmente pela
modalidade
investimento do PRONAF e, o índice de produtores
do SPe que acessaram esta (44%) foi quase duas
vezes maior que o do NCo (29%), uma vez que os
produtores deste último aderiram a uma maior
variedade de financiamentos. Dentre os que
acessaram crédito, observou-se um índice de 4% a
mais de produtores com anotações restritivas no
NCo. No que diz respeito à procedência de tais
anotações, 93% dos produtores do SPe atribuíram o
motivo a não quitação dos recursos acessados
(PRONAF, FEAP ou outro programa) e apenas 60%
dos produtores do Nco relataram que esta foi a
origem das restrições. Dentre os principais motivos
alegados para a não quitação dos recursos obtidos
têm-se o baixo preço de comercialização dos
produtos e a ocorrência de adversidades climáticas
que comprometeram a safra. Quanto à qualidade da
assistência técnica, os produtores do NCo se
mostraram mais satisfeitos do que os do SPe (no
qual mais da metade dos pesquisados a
classificaram como regular ou ruim). Finalmente,
ressalta-se que houve a iniciativa do produtor de
renegociar a sua dívida (nos dois assentamentos),
pois este reconhece que é um importante passo
para permanecer na atividade e no lote e,
principalmente, para melhorar a infraestrutura
produtiva, aumentar a produtividade e a qualidade
do seu produto e, consequentemente, a sua renda.
Conclusões
A análise descritiva proporcionou resultados
importantes sobre os produtores assentados e
apontou, ainda que de forma preliminar, alguns
motivos para anotações que os restringia à
obtenção de crédito.
Agradecimentos
À FAPESP pela bolsa de IC (Proc. 2010/17647-9).
1
BERGAMASCO,S.M.; NORDER,L.A.C. O que são assentamentos
rurais. São Paulo: Brasiliense,1996.
2
INCRA. Área do Projeto, Capacidade de Assentamento, Número de
Famílias Assentadas. São Paulo, 2009.
28
Software de avaliação da massa corporal de quaisquer rebanhos bovinos
utilizando sistemas fuzzy.
Luana Possari Maziero, Luís Roberto Almeida Gabriel Filho, Fernando Ferrari Putti, Camila Pires
Cremasco. Campus de Tupã, Administração, [email protected]. FAPESP.
Palavras Chave: índice de massa corporal, lógica fuzzy, rebanho.
Introdução
A avaliação do rebanho ainda é feita pelo produtor
com base em fatores empíricos, o que envolve
maior risco na tomada de decisão sobre o momento
ideal do abate do animal. Uma das ferramentas que
pode ser utilizada é o IMC que ao medir a razão
entre massa e altura permite a associação sobre a
1
qualidade da carne do animal . A fim de melhorar a
ferramenta propõe-se a utilização da lógica fuzzy,
que diferentemente da teoria clássica dos conjuntos,
permite que um valor assuma respostas em dois
conjuntos distintos com graus de pertinência
diferentes.
Figura 2: Classificação dos animais da Fazenda 2
Objetivos
Obter um sistema fuzzy que classifique cada
rebanho individualmente, por meio do IMC Fuzzy
gerado pelo software desenvolvido.
Material e Métodos
Figura 3: Classificação dos animais da Fazenda 3
Para a elaboração do sistema desenvolvido, a coleta
de dados foi realizada na Fazenda 1 localizada em
Santa Rita do Pardo-MS, com 147 vacas; na
Fazenda 2 situada em Presidente Bernardes-SP,
com 45 bezerros e na Fazenda 3 estabelecida em
Tupã-SP, com 95 bezerros. A análise dos dados foi
realizada utilizando ferramentas de estatística
descritiva e lógica fuzzy.
Ao analisar o coeficiente de correlação de Pearson
os resultados são de 0,92, 0,42 e 0,89,
respectivamente, para as Fazendas 1, 2 e 3,
mostrando forte relação entre o IMC Fuzzy e o IMC
convencional. Além disso, os resultados apresentam
tendência de crescimento, assim a medida que a
altura aumenta a massa também aumenta.
Resultados e Discussão
Conclusões
A análise de estatística descritiva realizada utilizou
tabelas com valores de desvio padrão, mínimos,
máximos e quartis dos dados obtidos. A partir
dessas informações do software desenvolvido e do
MatLab realizaram a classificação dos rebanhos.
O método proposto é adequado ao cálculo
convencional de IMC, pois
ambos estão
correlacionados. Assim, o método é um facilitador
de tomada de decisão e não seu substituto, uma vez
que a medida que o rebanho se torna homogêneo a
classificação se torna inverídica.
Agradecimentos
A FAPESP pela bolsa de iniciação científica e a
Marcelo Chacur e Giovani Bertoni pelos dados
utilizados.
1
Figura 1: Classificação dos animais da Fazenda 1
II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã
CHACUR, M.G.M.; ARAÚJO, M.C.; KRONKA, S.N. Aspectos
seminais e anatômicos do aparelho reprodutor da raça Canchim aos 14 e
aos 48 meses de idade. Congresso Brasileiro de Reprodução Animal, 17,
2007, Curitiba, PR. Anais ... Belo Horizonte, MG: CBRA, 2007.
29
Comercialização de produtos pela agricultura familiar no município de
Tupã/SP
Mara Elena Bereta de Godoi Pereira (autora), Ana Elisa Bressan Smith Lourenzani (orientadora),
Câmpus de Tupã, [email protected].
Palavras Chave: agricultura familiar, comercialização.
Introdução
O município de Tupã possui 1.114 Unidades de
1
Produção Agropecuária (UPA) . Destas, 986 UPAs
são menores ou iguais a 4 módulos ficais, o que
caracteriza o município com um grande número de
pequenos produtores. A agricultura familiar no Brasil
possui papel relevante na produção de alimentos,
principalmente para o mercado interno. Acredita-se
que a tecnologia e a comercialização na agricultura
contribuem para o alívio da pobreza e melhoram a
segurança alimentar uma vez que estimulam o
crescimento, geram oportunidades de emprego e
2
aumentam a oferta de alimentos .
A comercialização na agricultura familiar tende a
ser praticada de forma tradicional, o que consiste
num importante gargalo para o seu crescimento. Por
produzir em escalas menores e muitas vezes não
contar com espaço físico adequado para
armazenamento, o produtor familiar tem dificuldade
em acessar um valor justo. Considera-se ainda a
perecibilidade dos produtos não processados, o que
pode dificultar a comercialização devido à
especificidade temporal.
Visando diminuir os efeitos negativos das falhas de
mercado, o Governo Federal instituiu instrumentos
de políticas públicas que proporcionam à agricultura
familiar acesso ao crédito e aos mercados, proteção
e melhoria da renda e incremento da produtividade
como o Programa Nacional de Fortalecimento da
Agricultura Familiar, o Seguro da Agricultura
Familiar, Programa de Garantia de Preços da
Agricultura Familiar, o Programa Nacional de
Alimentação Escolar (PNAE), o Programa de
3
Aquisição de Alimentos (PAA), entre outros .
Objetivos
Considerando a importância da comercialização
para a agricultura familiar e da participação do
Estado nesse processo, buscou-se verificar a
diversidade de canais utilizados pelos agricultores
apoiados por um programa público, o PAA, no
município de Tupã.
Material e Métodos
O método utilizado consistiu em uma pesquisa de
dados secundários extraídos de fontes oficiais e
II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã
aplicação de um questionário semiestruturado como
ferramenta para coleta de dados primários. Estes
foram aplicados durante as entregas do PAA, no
mês de dezembro de 2013, para um total de 25
agricultores familiares.
Resultados e Discussão
Os
principais
produtos
produzidos
pelos
agricultores entrevistados são alface, maracujá,
tomate, berinjela, cebolinha, mandioca e manga.
Durante as entrevistas, detectou-se que no
município de Tupã os principais canais de
comercialização para os produtores familiares são
os supermercados, as feiras livres e também os
chamados “atravessadores” ou “intermediadores”
que compram os produtos dos pequenos produtores
e revendem para a CEAGESP (Companhia de
Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo). No
caso da mandioca também foi citado as fecularias.
Além
destes,
incluem-se
os
programas
governamentais como PNAE e PAA. A participação
nesses programas pode ser reforçada pelas
características dos produtos, em sua maioria frutas,
legumes e verduras (FLV), cuja especificidade
temporal tráz incertezas ao processo de
comercialização.
Conclusões
Pode-se concluir que os agricultores familiares
utilizam-se necessariamente do mercado local para
o escoamento de seus produtos. Os programas
governamentais, em especial o PAA, são
importantes no escoamento dos excedentes
produzidos. Contudo, a agricultura familiar no
município sofre com o baixo poder de barganha e
com dificuldade de agir através de ações coletivas.
1
SÃO PAULO (Estado). Secretaria de Agricultura e Abastecimento.
Coordenadoria de Assistência Técnica Integral. Levantamento censitário
de unidades de produção agrícola do Estado de São Paulo - LUPA
2007/2008.São Paulo: SAA/CATI/IEA, 2008. Disponível em:
<http://www.cati.sp.gov.br/projetolupa>. Acesso em: 11 fev.2013.
2
Braun, J.V. Improving Food Security of the Poor: Concept, Policy, and
Programs. Washington: Food Policy Research Institute, 1992.
3
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Agrário. Plano Safra da
Agricultura Familiar 2012/2013. Disponível em:
<http://www.mda.gov.br/planosafra/arquivos/view/Cartilha_Plano_Safra.pdf>. Acesso em: 24
fev.2013.
30
ANÁLISE DAS VANTAGENS ECONÔMICAS E AMBIENTAIS ATRAVÉS
DA LOGÍSTICA REVERSA PARA VAREJO SUPERMERCADISTA
Renata Borini Marcondes e Santos, Sergio Silva Braga Junior (orientador), Universidade Estadual
Paulista, Campus de Tupã, Administração, [email protected].
Palavras Chave: Logística Reversa, Varejo, Gestão de Resíduos.
Introdução
O conceito de logística reversa consiste no fluxo de
produtos e embalagens que não são consumidas
nas lojas e retornam aos distribuidores ou
fornecedores, conforme Barbiere e Dias (2002).
Desde estabelecimentos de pequeno porte até
grandes redes de hipermercados, o varejo
supermercadista é um meio de distribuição que
estabelece contato direto com os consumidores
expandindo a capacidade de suprir as necessidades
destes, por meio do fornecimento de produtos de
forma unitária com cada vez mais variedade. Assim
constata-se que quanto mais se consome, maior é o
volume de embalagens a serem descartadas no
meio ambiente. Através desta lógica entende-se que
este setor é responsável em grande parte por reunir
quantidades relevantes de materiais recicláveis, os
quais são descartados pelo consumidor final e pelo
próprio varejista. O descarte incorreto de resíduos
gera um forte impacto ambiental, sendo este, um
dos motivos que fortalece a importância da logística
reversa. Neste sentido, os supermercados separam
os resíduos que serão vendidos para que os
mesmos retornem à indústria como matéria-prima
secundária e, assim, fechando a cadeia logística.
Este método permite ao varejista explorar recursos
indiretos para investir em projetos socioambientais e
garantir o retorno desses materiais ao processo
produtivo. Outros motivos que leva a realização da
logística reversa no varejo é legislação ambiental e
a cobrança por parte dos consumidores que
passaram
a
valorizar
a
responsabilidade
socioambiental das empresas, segundo Figueiredo
et. al. (2009).
Objetivos
Mensurar as vantagens econômicas e ambientais
geradas pela logística reversa para empresas do
varejo supermercadista do interior do Estado de São
Paulo e comparar se o tamanho da cidade onde o
supermercado
está
situado
interfere
nas
oportunidades geradas para o varejista.
Material e Métodos
II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã
Tendo em vista o objetivo do projeto, será realizada
uma pesquisa exploratória de natureza qualitativa
caracterizada por um estudo multicasos junto a
varejistas de médio porte localizados a cidade de
Tupã e Marilia no Estado de São Paulo. Quanto a
natureza quantitativa, procurará mensurar a
vantagem
econômica
e
ambiental
da
implementação
da
logística
reversa
no
supermercado, através do método desenvolvido
pelo Instituto Wuppertal que permite mensurar o
impacto do fluxo de material processado em um
sistema. Para a coleta de dados, serão coletados
entre os meses de setembro/13 e março/14.
Resultados e Discussão
Espera-se demonstrar que as práticas de Logística
Reversa aplicadas no varejo aumentem a
quantidade de produtos reutilizados como matériaprima dentro do processo.
Como também os recursos financeiros levantados
sejam aplicados com o proposito de aumentar a
capacidade de negócio do varejista que passaria a
gerar recursos fora de sua atividade principal.
Conclusões
Espera-se observar os ganhos econômicos e
ambientais gerados pelas empresas objeto de
estudo da presente pesquisa através da logística
reversa. Pretende-se, com o presente estudo gerar
artigos para que outros setores da economia sejam
incentivados a realizar ações em prol da
sustentabilidade, tendo como motivação a
possibilidade de ganhos econômicos e ambientais
na implementação da logística reversa no controle e
destinação correta de resíduos sólidos.
Desta
forma, a logística reversa passa a auxiliar na
redução do acumulo de materiais em aterros
sanitários, lixões ou em até mesmo em áreas
públicas.
FIGUEIREDO, K. F.; FLEURY, P. F.; WANKE, P. Logística e
gerenciamento da cadeia de suprimentos: planejamento do fluxo de
produtos e dos recursos. 1. ed. – 5. reimpr. (Coleção Coppead de
Administração). São Paulo: Atlas, 2009.
BARBIERI, J. C.; DIAS, M. Logística reversa como instrumento de
programas de produção e consumo sustentáveis. Tecnologística, São
Paulo/SP, n. 77, 2002, p. 58-69.
31
Estudo sobre o uso adequado dos computadores por educadores em
sala de aula.
Rodrigo da Silva Costa, Eliane Vendramini de Oliveira, Presidente Prudente – SP, Faculdade de
Tecnologia (FATEC), [email protected].
Palavras Chave: Informática, educação, professores.
Introdução
Atualmente a informática está cada vez mais
presente no cotidiano, como uma ferramenta de
trabalho, pesquisa, laser, comunicação e educação.
Mas o computador é uma máquina que não trabalha
sozinha, é preciso ter professores e funcionários
capacitados e treinado para garantir que todos os
recursos estejam sendo utilizado corretamente.
A ferramenta computacional está para facilitar e
ajudar os alunos, abrindo um campo maior de
pesquisas e ferramentas que irão auxiliar no
aprendizado. Por tanto o uso da informática está
cada vez mais crescente nas escolas de todo o
mundo como também no Brasil, mas nem sempre
dispõe de profissionais capacitados na área, tendo
muitas vezes que o próprio aluno orientar o
professor em determinadas tarefas.
O uso da tecnologia hoje está disponível e estimula
todos os profissionais que querem tirar proveito
dela, como professores e etc. Por tanto é visto que
nas escolas muitas pessoas da área acadêmica
utilizam o computador de forma precária ou muito
básica.
Objetivos
O objetivo geral desse trabalho é mostrar a
utilização dos computadores no meio educacional,
ajudando assim, em um aproveitamento eficaz os
professores menos preparados, orientando os que
costumam utilizar computadores como parte de
suas aulas.
Resultados e Discussão
Como resultado prévio dos questionários aplicados
com alunos e professores das escolas da cidade de
Quatá – SP; nota-se que segundo os professores,
53,85% dos alunos entrevistados mostram interesse
em aulas no laboratório de informática e 46,15%
tem opinião indiferente.
Quando a questão é o resultado esperado dos
professores com aulas no laboratório de
informática, 92,31% ficaram satisfeitos com os
resultados; mas apenas 7,69% dos professores
disseram utilizar o computador como ferramenta
auxiliar em suas aulas, apesar de 46,15% dos
profissionais se considerarem portadores de um
conhecimento intermediário sobre a informática.
De acordo com os questionários, os alunos também
afirmaram que 40,71% utilizam o computador de
forma regular para os estudos e 31,79% utilizam
frequentemente o computador; e 63,93% dizem
utilizar o laboratório da escola para realizar
trabalhos.
Conclusões
Pode concluir-se que a maioria dos professores
concorda que os alunos se interessam mais em
aulas no laboratório de informática, e que suas
experiências no mesmo foram de maneira muito
satisfatória. Mas apesar dos dados e opiniões
mostrarem essa ideia, a prática não está
acontecendo dessa maneira, principalmente por
falta de capacitação profissional e estrutura escolar.
Agradecimentos
Material e Métodos
O método de base investigativa escolhido será o
dedutivo, pois o trabalho está fundamentado em
publicações da área existentes. Para buscar a
solução desse problema será utilizada a pesquisa
pura ou básica.
A forma de abordagem usada será qualitativa e
quantitativa.
Porque
foi
escolhido
utilizar
questionários com perguntas e respostas para
serem respondidos por professores e alunos de 1º a
3º série do ensino médio, tendo caráter exploratório
que estimula os entrevistados pensar livremente
sobre o tema.
II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã
Quero agradecer toda a minha família pelo apoio
dado em toda minha vida acadêmica.
Quero agradecer especialmente minha orientadora
Eliane Vendramini por guiar esse trabalho e por
toda paciência e disponibilidade a essa pesquisa.
1
BRANDÃO, Edemilson Jorge Ramos. Informática e educação, uma
difícil aliança. Passo Fundo, RS: UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO,
1993.
2
COX, Kenia Codel. Informática na educação escolar: Polemica do
nosso tempo. Campinas, SP: AUTORES ASSOCIADOS, 2003.
3
NASCIMENTO, João Kerginaldo Firmino do. Informática aplicada à
educação. Brasília, UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA, 2007.
32
Ajuste de valores de corrente e potência geradas por sistemas solares
fotovoltaicos utilizando curvas com diferentes graus de pertinência de
conjuntos fuzzy.
Anderson Magalhães Freitas, Luís Roberto Almeida Gabriel Filho, Camila Pires Cremasco, Daniel
Vias Neto, Fernando Putti– Campus Experimental de Tupã – Administração – [email protected]
–
Bolsista PIBIC-CNPQ
Palavras Chave: Energia solar, painéis fotovoltaicos, Potencia máxima, Logica fuzzy.
Introdução
A Terra recebe anualmente 1,5.1018 kWh de
energia solar, o que corresponde a 10.000 vezes o
consumo mundial de energia nesse período. Esse
fato vem indicar que, além de ser responsável pela
manutenção da vida na Terra, a radiação solar
constitui-se numa inesgotável fonte energética,
havendo um enorme potencial de utilização por meio
de sistemas de captação e conversão em outra
forma de energia (CRESESB, 1999).
Desta forma, este projeto de pesquisa teve
como objetivos estabelecer estimativas da potência
máxima gerada por sistemas fotovoltaicos através
de modelos matemáticos e derivações de funções,
utilizando medições dos sistemas fotovoltaicos do
Laboratório de Energização Rural do Departamento
de Engenharia Rural (FCA/UNESP), e realizar
simulações no sistema fotovoltaico construído no
Campus de Tupã. Também visou realizar
divulgações do projeto para a comunidade rural.
Material e Métodos
De modo a simular e aplicar o modelo
matemático a qual está sendo desenvolvido,
utilizou-se medições de campo obtidas no
Laboratório de Energização Rural do Departamento
de Engenharia Rural da UNESP, Faculdade
Ciências Agronômicas, Fazenda Experimental
Lageado. Para tanto está sendo utilizado três
módulos fotovoltaicos de silício monocristalino de
100 Wp cada instalados em paralelo e constituindo o
painel fotovoltaico do sistema.
Os estudos numéricos e experimentais que
estão sendo propostos neste projeto estão sendo
desenvolvidos no Laboratório de Conforto Ambiental
(LCA) pertinente ao Campus Experimental de Tupã.
.
Resultados e Discussão
Para um resultado mais real, calculou – se a
potência máxima de acordo com as especificações
dos valores característicos do módulo fotovoltaico
fornecidos pelo fabricante na condição padrão de
operação e do modelo matemático que está sendo
apresentado no trabalho. Para o resultado deste
último utilizou-se a determinação do erro entre os
dados das Condições de Teste em Campo e os
obtidos pelos modelos matemáticos que serão
determinados os pontos de potência máxima da
célula solar fotovoltaica. A tabela 1 apresenta os
resultados obtidos e o erro entre ambas.
Tabela 1:Comparações dos valores característicos
nos pontos de potência máxima da célula
fotovoltaica nas condições STC.
Valores
Caract.
Célula
Tensão
Espec.
pelo
fabricante
0,494
Modelo
Matemático
Erro
0,4862
Corrente
Potência
Máxima
4,8
2,373
4,8915
2,3783
1,58%
1,91%
0,22%
Estes erros são advindos dos procedimentos
analíticos utilizado no modelo descrito, pois as
equações presentes na literatura que foram
utilizadas para o desenvolvimento dos teoremas
demonstrados já possuem hipóteses que não
consideram certos fenômenos elétricos.
Conclusões
A metodologia apresentada até o momento
teve como objetivo demonstrar a determinação de
curvas e pontos de ocorrência da potência máxima.
Os métodos e teoremas dos sistemas fotovoltaicos
apresentados podem servir de auxilio a futuros
estudos e aplicações desses sistemas, uma vez que
a potência máxima calculada garante um limite de
fornecimento da energia gerada. Vale ressaltar que
a aplicação da lógica Fuzzy no presente estudo foi
de extrema
importância para se
chegar a
conclusões com maior exatidão.
Como relatado nos objetivos, foi realizado
exposições do projeto para a comunidade rural. As
mostras foram seguidas de explicações sobre a
instalação de tais aplicações, sempre visando
incentivar a implantação destes sistemas.
Agradecimentos
Os autores agradecem ao CNPQ pela
concessão de Bolsa de iniciação científica
concedida
.
.
1
CENTRO DE REFERÊNCIA PARA ENERGIA SOLAR E EÓLICA
SÉRGIO DE SALVO BRITO. Manual de engenharia para sistemas
fotovoltaicos. Rio de Janeiro, CRESESB, 1999.
2
MACIEL, N. F.; LOPES, J. D. S.; LIMA, F. Z. Energia Solar para o
Meio Rural – Fornecimento de Eletricidade. CPT, Viçosa, 2008.
33
Serviços de alimentação de rua: estrutura de custos na street food
Aluno-Autor: Andrei Golfeto dos Santos, Orientador: Gessuir Pigatto, Câmpus de Tupã, Curso de
Administração; e-mail: [email protected], bolsa PIBIC/Reitoria.
Palavras Chave: Custos, Street Food, Alta Paulista
Introdução
O setor de serviços de alimentação foi impulsionado
pela mudança nos padrões de alimentação da atual
sociedade, relacionadas à demanda por praticidade,
redução do tempo para o preparo e facilidade de
consumo. Tudo isso resultou no crescimento do setor
de alimentação dos tipos fast food, self-service e street
food, voltado principalmente para as classes baixa e
média¹. O ramo alimentício necessita de forma
significativa do fluxo eficiente de informações ao longo
da rede produtiva, para compreender o que o
consumidor demonstra em termos de preferência
alimentar e, consequentemente, como e o que irá
comprar, em virtude de um ambiente externo mais
competitivo. Assim, a partir do estudo dos fatores que
compõem os custos de um microempresário, é
possível adotar a racionalidade econômica e tornar o
negócio mais rentável, o que se torna vital na street
food, pois os microempreendedores lidam com
recursos financeiros limitados 2.
temperos e condimentos, saladas e vegetais, pães,
material de consumo, embalagens, e bebidas, todas
identificadas com base nas informações coletadas
sobre a street food.
Resultados e Discussão
Os insumos que mais se destacaram no
acompanhamento foram às carnes e embutidos, e
os pães. A tabela 1 mostra a comparação entre a
média na vista única e os valores obtidos no
acompanhamento durante quatro semanas.
Tipo de Insumo
Objetivos
Este artigo tem por objetivo desenvolver uma estrutura
de custos para pequenos vendedores de street food
(carrinho de lanches), identificando os custos
existentes para a manutenção do negócio e aquisição
de matéria-prima.
Material e Métodos
Para o desenvolvimento do trabalho foi montada uma
revisão bibliográfica sobre o setor de serviços de
alimentação, alimentação de rua, estratégias de
compra, custos e definição de preços. As etapas de
desenvolvimento foram: 1) criação de uma planilha
envolvendo os custos dos insumos, com base em uma
entrevista com os vendedores de comida de rua; 2)
preenchimento da planilha pelos vendedores em uma
visita única; 3) análise e comparação das informações
objetivando identificar falhas e melhorias para a
planilha; 4) correção e nova aplicação, acompanhando
os gastos de um empreendedor durante 4 semanas,
com o preenchimento semanal da planilha por parte do
bolsista; 5) nova planilha foi analisada e comparada
com as anteriores; 6) definição da estrutura.
Para a construção do modelo teórico de estrutura de
custo, foram levadas algumas variáveis como tipo de
insumo utilizado, unidade de medida, marca e preço
em consideração. A planilha desenvolvida levou em
conta oito tipos de classes, as carnes e embutidos,
1ª visita
2º período
1. Carnes e Embutidos
48,2%
50,95%
2. Temperos e condimentos
7,8%
4,50%
3. Saladas e vegetais
3,8%
5,78%
4. Pães
12,4%
18,07%
5. Material de consumo
3,0%
1,21%
6. Embalagens
3,2%
1,44%
7. Bebidas
20,6%
18,05%
Tabela 1. Comparação entre os custos por tipo de insumo
Não houve grandes diferenças entre os resultados
obtidos, o que demonstra que os vendedores
conseguem ter uma noção dos seus custos com base
na experiência no ramo, apesar de não realizar registro
de controles na maioria dos casos. Custos de
manutenção, depreciação e bens públicos não
puderam ser mensurados em função da dificuldade de
cálculo e característica do setor.
Conclusões
Com base nas entrevistas com os empreendedores da
comida de rua, foi possível identificar tipos de custos
em comum entre esses vendedores e elaborar uma
planilha de controle dos mesmos. Os principais custos
envolvem as compras de carnes e embutidos, que
pode ser justificado pelo fato desse tipo de insumo ser
mais caro que os demais, e os vendedores - na sua
maioria -, optarem por produtos de qualidade e marcas
renomadas, seguidos pelos pães - que são
características essenciais para as confecções dos
lanches e são o principal diferencial entre os
vendedores.
1
NISHIMURA, J. R.; PIGATTO, G. O Perfil do Empreendedor no
Serviço de Alimentação de Rua. In: XXXII Encontro Nacional
de Engenharia de Produção, 2012.
2
FONSECA, M. T. Tecnologias gerenciais de restaurantes. 2.
ed. São Paulo: SENAC, 2002.
34
Bem estar e comportamento de poedeiras em função de diferentes fontes de
iluminação monocromáticas.
Bartira de Oliveira Tavares, Danilo Florentino Pereira, Gabriela Fagundes da Silva, Leda Gobbo
Freitas Bueno. Unidade de Tupã, curso de Administração, [email protected], Bolsista de
Iniciação Científica CNPq.
Palavras Chave: comportamento animal, iluminação Led, zootecnia de precisão.
Introdução
Grande parte das aves de postura é criada
comercialmente em ambientes de luz artificial. O
manejo da iluminação em granjas de postura
compõe grande ferramenta para regulação da
saúde e no comportamento das aves a otimização
da produção (Etches,1996) 1.
Objetivos
O objetivo deste trabalho foi comparar diferenças no
comportamento de poedeiras criadas em ambiente
enriquecido sob quatro diferentes fontes de
iluminação monocromáticas.
Material e Métodos
Experimento realizado no campus da UNESP de
Tupã em um galpão em escala reduzida, dividido
em quatro compartimentos enriquecido com poleiro,
ninho e cama de maravalha. Em cada
compartimento foi instalada iluminação de LED nas
cores azul, verde, vermelho e branco. Ajustou-se
para que todas as fontes de iluminação emitissem
intensidade luminosa entre 25 a 65 lux. O
comportamento das poedeiras foi observado em
vídeos de 1h, duas vezes ao dia, três vezes por
semana, durante quatro semanas consecutivas. Os
fatores compartimento, período do dia e semana
foram considerados secundários e não avaliou-se
as diferenças entre seus níveis.Observou-se a
freqüência e o tempo de duração dos
comportamentos, beber água, comer, e sem
atividade de 32 poedeiras da linhagem Dekalb
White com 80 semanas de idade no início do
experimento. As aves foram distribuídas em pares
aleatórios e permaneceram nas condições
experimentais por uma semana depois foram
substituídas por outras mantidas em galpão de
espera.
Resultados e Discussão
A Tabela 1 mostra as médias e as medianas obtidas
para cada um dos comportamentos
nos
tratamentos.
II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã
Tabela1. Medianas das frequências e tempos de
expressão dos comportamentos em
cada
tratamento de iluminação.
Comportamento
F. Comer
F. beber água
F. sem atividade
F. Ninho
T comer (s)
T.beber água (s)
T. sem atividade
Tratamentos de iluminação
Verde Branca Vermelha Azul
14,42
4,58
16,21
0,5
6,35
16,21
6,31
A
13AB
7
14,92
1,08
6,7
14,92
6,05
11,83
7,08
17,54
1,54
6,69
17,54
6,93
AB
B
9,13
7,42
17,83
0,5
5,62
17,83
6,92
Letras diferentes entre as colunas indicam diferença significativa
pelo teste de kruskal-wallis a 5% de significância.
Apenas o comportamento de frequência de
comer, apresentou distribuição normal e diferenças
significativas entre os tratamentos.
O tempo de duração de beber água não
apresentou distribuição normal e não apresentou
diferença significativa pelo teste de kruskal-wallis.
Os comportamentos de frequência de
beber água e sem atividade e os tempos de duração
de comer e sem atividade, apresentaram
distribuição normal mas não apresentaram diferença
significativa na análise de variância.
Os dados de frequência e tempo de
duração de uso do poleiro e do ninho não
possibilitaram aplicar teste estatístico pela pouca
frequência de ocorrência nas amostras de vídeo
registradas.
Conclusões
A exposição a lâmpadas monocromáticas afetaram
o comportamento “comer” das aves. Expostas a luz
verde, poedeiras apresentaram maior frequência
deste comportamento, quando comparado com a
luz azul.
Agradecimentos
À Granja Yoshikawa de Bastos, a granja Recanto
Alegre de Tupã, à FAPESP pelo financiamento a
pesquisa e ao programa PIBIC pela bolsa de IC
concedida.
1
ETCHES, R. J. 1996. Reproducción Aviar. 3rd ed. Acribia, Zaragoza,
España, 339pp.
35
Análise da confiabilidade de uma rede social fictícia com enfoque nas arestas
Aluno-autor: Beatriz Barbero Brigantini ([email protected]). Orientador: Sandra Cristina de
Oliveira ([email protected]). Campus Experimental de Tupã, Curso de Administração. Bolsista
da FAPESP.
Palavras Chave: Confiabilidade de redes, grupos de pesquisa, coautoria, teoria dos grafos, vértices confiáveis.
Introdução
Confiabilidade é a probabilidade de um item
desempenhar
satisfatoriamente
uma
função
requerida sob condições específicas de operação.
Redes são sistemas físicos, biológicos ou sociais
caracterizados por um conjunto grande de entidades
bem definidas que interagem dinamicamente entre
si. O termo confiabilidade de rede está relacionado
ao cálculo da confiabilidade de qualquer
configuração geral de itens, dada a confiabilidade
dos itens individuais, ou seja, é a probabilidade da
rede continuar funcionando mesmo quando uma
falha acarretar na remoção de um ou mais
componentes (arestas e/ou vértices)1. A proposta do
trabalho consiste na análise da confiabilidade de
uma rede fictícia, a qual representará uma rede
social formada por pesquisadores, ou seja, um
grupo de pesquisa. Os vértices do grafo que modela
a rede serão os pesquisadores e as arestas serão
as ligações entre esses agentes (existência de
trabalhos em coautoria). Serão consideradas ainda
arestas não confiáveis ou propensas a falhas (uma
ou mais ligação(ões) entre pesquisadores pode(m)
deixar de existir) e vértices perfeitamente confiáveis.
Objetivos
Estudar a medida de confiabilidade de uma rede
social fictícia, com enfoque nas arestas, ou seja,
obter a confiabilidade da rede (probabilidade do
grupo de pesquisadores permanecer em atividade),
considerando as arestas com probabilidades de
funcionar iguais e distintas.
Material e Métodos
Uma rede social pode ser modelada por um grafo
simples não orientado G=(V,E), onde V é um
conjunto finito e não vazio cujos elementos são os
vértices (com k elementos); E é um conjunto de
subconjuntos de dois elementos de V chamados
arestas (com m elementos). Para a rede estar em
funcionamento (ou em atividade), em um dado
tempo t, todo par de vértices deve estar conectado
por pelo menos um caminho. Cada aresta i
( i 1,2,...,m ) possui uma probabilidade de funcionar
p i (confiabilidade da aresta i). Se todas as arestas
possuem a mesma probabilidade de funcionar,
denota-se apenas por p. Para arestas com
probabilidades iguais de funcionar p, a confiabilidade
Si pi (1 p) m i onde S i é
G
G
calculada de forma similar, ou seja, obtidos os
subgrafos conexos de G contendo i arestas, deve-se
calcular a probabilidade de cada estado de
funcionamento da rede e somar tais resultados2.
Resultados e Discussão
Dada uma rede de pequisadores fictícia modelada
pelo grafo G da Figura 1 com k = 6 vértices
(pesquisadores) e m = 6 arestas (relações de
coautoria). Primeiramente considera-se que cada
aresta i possui uma probabilidade de funcionar p.
Assim, foi feita uma simulação para diferentes
valores de p, cujos resultados estão na Tabela 1.
G=(V,E)
Figura 1. Rede de pesquisadores fictícia.
Tabela 1. Confiabilidade da rede (arestas com
probabilidades iguais de funcionar).
Valores Confiabilidade Valores Confiabilidade
de p
da rede
de p
da rede
0,9
0,8
0,7
0,6
0,5
i k 1
II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã
0,708588
0,458752
0,268912
0,139968
0,062500
0,4
0,3
0,2
0,1
0,022528
0,005832
0,000832
0,000028
Para arestas com probabilidades distintas de
funcionar
pi , i 1,2,...,6 , tais
p1 0,6 ;
que,
p2 0,8 ; p3 0,9 ; p 4 0,7 ; p5 0,5 e p 6 0,8 , a
confiabilidade da rede é igual a 0,21648.
Conclusões
O estudo da confiabilidade de redes de coautoria
científica permite identificar quais são confiáveis,
sob diferentes enfoques (vértices e/ou arestas), de
acordo com a participação dos pesquisadores e da
intensidade das relações de coautoria existentes.
Agradecimentos
A FAPESP pela bolsa de IC (Proc. 2012/01690-8).
1
m
da rede é dada por pR
o
o n de subgrafos conexos de G contendo i arestas.
Para arestas com probabilidades distintas de
funcionar p i , a confiabilidade da rede p R é
LYRA, T. F.; OLIVEIRA, C. S. Um estudo sobre confiabilidade de
redes e medidas de centralidade em uma rede de coautoria. Rev.
PODES, v. 3, n. 2, p. 160-172, 2011.
36
2
BOAVENTURA NETTO, P. O.; JURKIEWICZ, S. Grafos:
Introdução e Prática. São Paulo: Edgard Blucher, 2009.
II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã
37
As relações entre a cultura organizacional e a cultura local: um estudo
sobre a unidade da Petrobras na Bolívia.
Bruna Ferrarezi de Oliveira Brito, Renato Dias Baptista, Daiane Bueno Lyra, Universidade Estadual
Paulista, Câmpus de Tupã, Administração, [email protected]
Palavras Chave: Internacionalização, Cultura Organizacional, Bolívia.
Introdução
A década de 1990 marcou uma mudança no
processo de internacionalização de empresas
brasileiras. O Boston Consulting Group (2009) apud
Fleury, Fleury e Germano (2010), classificou 14
empresas brasileiras entre as 100 novas
concorrentes globais. Além de essas empresas
destacarem no processo de internacionalização,
elas também ganham força e espaço no mercado. A
Petrobrás, empresa estudada, compõe essa relação
e é uma das líderes do setor de petróleo e gás. Ela
está presente em mais de 25 países das 3
Américas, Europa, África e Ásia, sendo a 7ª maior
empresa de petróleo do mundo. (PETROBRAS,
2013). O conceito de internacionalização é definido
por Welch e Loustarinen (1988) apud Manfio e
Cunha (2012), como um processo de envolvimento
em operações internacionais. Dentre inúmeros
fatores, esse processo influencia os modelos de
gestão de pessoas e, consequentemente, a cultura
organizacional. Para W agner III e Holllenbeck
(1999), a cultura organizacional reflete a percepção
dos colaboradores, as normas e os valores, além de
absorver muitos aspectos da cultura local. Para
enfatizar essa temática o presente estudo apresenta
as interfaces entre cultura local e organizacional da
Petrobras na Bolívia.
Objetivos
Apresentar as interfaces entre a cultura local e a
cultura organizacional da Petrobras/Bolívia.
Material e Métodos
Para realização desse resumo foi realizado uma
pesquisa bibliográfica, que segundo Gil (2002, p.44),
é aquela “desenvolvida a partir de material já
elaborado, constituído principalmente de livros e
artigos científicos”.
Resultados e Discussão
O processo de internacionalização de uma empresa
envolve inúmeros fatores, dentre eles está a cultura.
A instalação da Petrobras na Bolívia levou em conta
inúmeras análises. A Bolívia, país onde há grande
riqueza em recursos naturais, tem sido alvo de
investimentos estrangeiros, mas segundo os dados
da ONU (Organização das Nações Unidas),
apresenta um IDH de 0,675. De acordo com a
II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã
Petrobras realiza investimentos em educação,
cultura, saúde, respeitando a diversidade humana e
cultural, não permitindo o trabalho infantil e escravo,
contribuindo para o desenvolvimento sustentável e a
redução da desigualdade social. Entre os projetos, a
empresa possui projetos que visam o respeito aos
valores dos grupos que entornam suas plantas
produtivas. Dessa forma, além de gerar impactos
positivos para os negócios, os investimentos geram
grandes benefícios para a população local.
Conclusões
A internacionalização da Petrobras na Bolívia está
delineada por inúmeras variáveis culturais. As
plantas produtivas estão localizadas em regiões
ocupadas por povos oriundos do altiplano e por
indígenas da etnia Wenayec. Esses aspectos têm
sido levados em conta pela empresa que, segundo
dados coletados, leva em conta as culturas desses
grupos e integra-as nas estratégias de gestão de
pessoas e, por sua vez, na cultura da organização.
Os dados revelam que o investimento em projetos
sociais e o respeito à cultura local é de grande
importância no processo de internacionalização da
Petrobras. A estratégia da organização é incentivar
as políticas de responsabilidade social e ambiental
que visem diagnosticar as necessidades desses
grupos indígenas e a geração de investimentos que
contribuam na manutenção dos valores locais e na
preservação dos recursos naturais.
Agradecimentos
Agradeço à UNESP, câmpus de Tupã e ao
orientador Renato Dias Baptista.
FLEURY, A.; FLEURY, L.; TEREZA, M; REIS G., GERMANO. El
camino se hace al andar: La trayectoria de las multinacionales brasileñas
Universia Business Review, N. 25, 2010, p. 34-55.
GIL, A. C. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 4 ed. São Paulo: Atlas,
2002. p. 42-44.
INFORME SOCIAL Y AMBIENTAL PETROBRAS BOLÍVIA. 2011.
MANFIO, F; CUNHA, J, C. Internacionalização dos institutos de
pesquisas
tecnológicas.
Disponível
em:
http://www.scielo.br/pdf/read/v18n1/v18n1a09.pdf. Acesso em: 23 de
jul de 2013.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Disponível em:
<http://www.onu.org.bo/>. Acesso em: 02 de jul. 2013.
PETROBRAS.
Quem
somos:
Perfil.
Disponível
em
:
http://www.petrobras.com.br/pt/energia-e-tecnologia/fontes-deenergia/petroleo/?gclid=CIChjZXzwbgCFQsV7AodLUUABw. Acesso
em: 20 de jul. de 2013.
WAGNER III, JHON A.;HOLLLENBECK, JOHN R. “Comportamento
Organizacional criando vantagem competitiva”. Capítulo 13: Cultura,
Mudança e Desenvolvimento Organizacional, p.365-397. Saraiva,
edição 3, 1999, Bauru- SP.
38
O processo de internacionalização produtiva e as interfaces com a
cultura: um estudo sobre a Votorantim na Bolívia.
Daiane Bueno Lyra. Renato Dias Baptista, Bruna Ferrarezi de Oliveira Brito, Universidade Estadual
Paulista, Câmpus de Tupã, Administração, [email protected], Bolsista PROPe/Unesp
Palavras Chave: internacionalização, cultura, Bolívia.
Introdução
A indústria brasileira apresenta um crescente
processo de internacionalização, porém, ainda
enfrenta obstáculos para que isso ocorra, como, por
exemplo, a dificuldade para se obter financiamento
para a unidade no exterior, as diferenças culturais
entre os países, a dificuldade de acesso
ao
mercado financeiro local, entre outros.
Nos anos 90 houve uma mudança no processo de
internacionalização diante das mudanças de
governo, abertura de mercado e o aumento da
entrada de produtos. Nesta época as empresas não
levavam em conta a cultura do país e fabricavam
seus produtos sem considerar os gostos
dos
clientes (Adler, 2002).
No processo de internacionalização, Penrose (2006)
apud Santos (2008) afirma que o crescimento da
empresa é determinado pela aquisição de
conhecimento, sendo este evolutivo baseado nas
experiências acumuladas. Para Johanson; Vahlme,
apud Santos (2008), à medida que a empresa
adquire conhecimentos básicos sobre os mercados
atendidos, ela tende a aumentar seu grau de
envolvimento no exterior, com a instalação de
escritórios comerciais e de unidades produtivas.
Os autores vinculados à Escola de Uppsala apud
Santos (2008) defendem que a incerteza das
empresas com relação ao mercado aumenta na
proporção da distancia psicológica ou psíquica
(diferenças aos níveis de desenvolvimento,
culturais, educacionais, de idioma, sistemas
políticos).
Pode-se considerar que a proximidade cultural tem
disso um fator importante na expansão de
empresas nacionais, pois a maioria tem operações
na América Latina, Europa, Portugal e Espanha,
mostrando assim, que há uma preferencia por
operar em mercados superficialmente semelhantes
ao brasileiro.
No presente trabalho, iremos considerar a
internacionalização da Votorantim na Bolívia. A
Bolívia é um país com menos mão de obra
qualificada e um dos mais pobres da América do
Sul. No entanto, a Bolívia é um país rico em
recursos naturais. Nesse país, a Votorantim iniciou
suas atuações no final da década de 90, atuando
com a unidade de cimentos.
Objetivos
O objetivo do presente resumo foi identificar os
fatores que levam a internacionalização das
II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã
empresas brasileiras. Neste caso, foi estudada a
Votorantim, focando em sua internacionalização na
Bolívia. Junto a isso, houve o objetivo de esclarecer
a relação cultural neste processo.
Material e Métodos
Foi utilizada a pesquisa bibliográfica e dados do
instituto de pesquisa da Votorantim.
Resultados e Discussão
A Votorantim apresenta uma rápida resposta na
internacionalização com avanços mundiais em
ramos oligopolizados. Ela é líder nos vários ramos
em que atua, com exceção apenas dos negócios
voltados à siderurgia. Assim, segundo Santos
(2007), a Votorantim está, atualmente, entre os
maiores grupos do Brasil e da América Latina. A
Votorantim vem expandindo a sua atuação na
América do Sul. Na Bolívia, a empresa possui uma
unidade de cimentos e tem prevista para 2013/2014
a construção de uma nova unidade produtiva para
atender a demanda boliviana. A empresa possui
uma visão global sobre negócios, bem como
direciona esforços para uma leitura da cultura local
no estabelecimento de suas estratégias
de
negócios.
Conclusões
A análise da cultura local está inserida nas
estratégias da Votorantim, visto que é um fator que
influencia nas tomadas de decisões, principalmente
diante em relação às variáveis de um processo de
internacionalização produtiva. Esse fator foi
constatado nos estudos realizados sobre a empresa
e demonstrou estar alinhado às estratégias de
expansão no continente.
Agradecimentos
Meus agradecimentos à PROPe pela concessão de
bolsa de iniciação cientifica.
_________________
ADLER, J. A. International dimensions of organizational behavior.
Toronto: South-Western, 2002
SANTOS, L. B. Reestruturação, internacionalização e novos
territórios de acumulação do grupo Votorantim. Presidente Prudente,
2008. Dissertação (Mestrado em Geografia) - Universidade Estadual
Paulista, Faculdade de Ciências e Tecnologia. Disponível em: <
http://www4.fct.unesp.br/pos/geo/dis_teses/08/leandrobruno.pdf>
Visualizado em 05/07/2013.
VOTORANTIM. Relatório Anual. Disponível em:
<http://www.mzweb.com.br/votorantim/web/arquivos/Votorantim_RA_PT
B_2007.pdf> Acesso em: 04/07/2013
39
Análise geométrica e diferencial de sistemas fotovoltaicos para
aplicações na irrigação
Daniel dos Santos Viais Neto, Luís Roberto Almeida Gabriel Filho, Camila Pires Cremasco Gabriel,
Deyver Bordin. Campus de Botucatu, Faculdade de Ciências Agronômicas, Programa de Pós
Graduação em Agronomia: Irrigação e Drenagem, [email protected].
Palavras Chave: células fotovoltaicas, potência máxima, dimensionamento.
Introdução
A quantidade de energia que o sol fornece à Terra é
considerada muito grande, sendo que, em apenas
uma hora, chega em nosso planeta energia superior
à que é consumida pela humanidade durante um
ano. Além disso, o sol é uma fonte de energia
renovável, gratuita, e que não polui o meio
ambiente. Em zonas rurais, a energia elétrica é
essencial para alimentação de motores para
irrigação, e se gerada por meios alternativos, em
especial, a energia solar, chega a custos
competitivos quando comparadas com a instalação
de linhas de transmissão até o local desejado ou por
motores movidos a combustíveis fósseis. Para a
conversão direta da energia solar em elétrica, são
utilizadas células fotovoltaicas, que associadas
constituem um módulo fotovoltaico, e esses por sua
vez
quando
agrupados,
formam
painéis
fotovoltaicos. Uma das grandes aplicações da
energia fotovoltaica é o bombeamento de água,
representando solução às famílias residentes em
pequenas propriedades em regiões áridas e
semiáridas.
Resultados e Discussão
Para condições quaisquer de operação de uma
célula, é preciso considerar um valor arbitrário g
para a irradiância e T A para a temperatura
ambiente. Utilizando o Método de Newton e TONC
igual a 47 ºC e, pode-se obter a tensão no ponto de
potência máxima Vmp em função de
g e TA :
Vmp  0,0000621.g  0,00184. T A  0 ,526 
7 ,82.g  46. T A 13150 




 
10
. (0,29086.g 8,618. T  2354,1) . ln  5,919.g 175,4. T A  54954  .

A




0 ,29086.g 8,618. T A  2354,1 
5,919.g 175,4. T A  54954 


5,628.g 166,76. T A  57308 
5
Portanto, a potência máxima da célula em condições
quaisquer de operação é dada por:
327.g.
Pmp 
 V mp 2
5
.
0,29086.g 8,618. T A 2354,1 10 .Vmp
Objetivos
O objetivo desse trabalho é realizar uma análise dos
dados elétricos e meteorológicos, desenvolver um
modelo matemático para o cálculo da potência
máxima gerada e criar um índice para determinar o
desempenho do sistema fotovoltaico instalado no
NEAR localizado na FCA/UNESP.
Material e Métodos
Foram analisados dados referentes a um período de
um ano de aferições de dados elétricos e
meteorológicos coletados no NEAR. Para a
determinação da função potência máxima produzida
pelo sistema fotovoltaico instalado, utilizou-se as leis
de formação das potências dada por P V I e
o
Método de Newton no cálculo da tensão e da
corrente que produz tal potência. A partir desta
função, criou-se uma superfície e calculou-se
volumes desta nas regiões estabelecidas por
métodos estatísticos e um índices comparativo foi
desenvolvido a partir destes volumes calculados.
II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã
O quociente dos volumes abaixo fornece o índice de
eficiência do sistema bombeamento fotovoltaico
para irrigação instalado no NEAR.
V  550,59 0,0029.g25,397 Pmp dt dg 1584,24
1
347,59 0,0029.g13,393
659,12 0,0029.g 25,397
V2 

347,59 0,0029.g13,393
Portanto,
i fot V1
V2
Pmp dt dg 2668,11
59,37% .
Conclusões
Na análise foi considerado cerca de 95% dos dados
coletados. A função potência máxima e o índice de
eficiência representam métodos que podem ser
utilizados para avaliar outros sistemas fotovoltaicos
que possuem características semelhantes ao
analisado. Este índice, à medida que se aproxima
de 100%, revela que o sistema se encontra em
locais cuja amplitude de irradiância é pequena.
40
Fuzzy Energy - Sistema de avaliação da eficiência do consumo de
energia elétrica
Deyver Bordin, Camila Pires Cremasco Gabriel, Helenice de Oliveira Florentino Silva, Luís Roberto
Almeida Gabriel Filho, Daniel Viais Neto. Univ. Estadual Paulista, Campus de Presidente Prudente,
Tupã
e
Botucatu,
e
Faculdade
de
Tecnologia
de
Presidente
Prudente,
[email protected].
Palavras Chave: modelagem matemática, agronegócio, energia elétrica.
Introdução
O objetivo deste projeto foi elaborar um software
para auxiliar as empresas a administrar de forma
mais racional e eficiente o uso de energia elétrica
através de comparações mensais.
Material e Métodos
O Sistema denominado Fuzzy Energy em questão
foi
desenvolvido
com
o
ambiente
de
desenvolvimento integrado Delphi e com recursos
visuais orientados a objetos.
O software faz uso de um Sistema gerenciador de
banco de dados de código aberto pelo fato de não
haver necessidade de aquisição de licenças,
facilitando assim sua distribuição.
O Sistema utiliza as variáveis de entrada “fator de
carga” e “fator de potência”, e as variáveis de saída
“Situação da empresa”, a fim de determinar o fator
fuzzy que é a situação do uso de energia elétrica da
empresa, como mostra a Figura 1.
A função de pertinência saída que indica a situação
da empresa, o mapa de contorno e outros gráficos
podem ser gerados pelo Sistema Fuzzy Energy. O
mapa de contorno (Figuras 3) foi gerado em cores
pastel, em que o laranja indica que a situação da
empresa está ruim enquanto a cor azul refere-se a
uma situação muito boa, facilitando assim a
visualização dos usuários.
Figura 3. Mapa de contorno gerado pelo Sistema
Fuzzy Energy.
Figura 1. Modelo do Sistema baseados em regra
fuzzy.
Resultados e Discussão
O software inicialmente atualiza as modalidades
tarifarias de acordo com o estabelecido pela Aneel.
A interface do Sistema está mostrada na Figura 2.
Conclusões
1. O software desenvolvido apresenta de maneira
fácil e clara a situação da empresa em relação à
utilização de energia elétrica.
2. Os resultados testados apresentaram 100% de
precisão de acordo com Cremasco (2008).
3. O principal objetivo que era melhorar a análise da
situação energética em qualquer mês do ano para
facilitar o controle do faturamento foi alcançado.
Agradecimentos
Os autores agradecem o Programa de PósGraduação em Biometria – IBB/UNESP/Botucatu
pelo suporte científico e estrutural disponibilizado.
____________________
Figura 2. Sistema “Fuzzy Energy”
II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã
1. COMPANHIA ENERGÉTICA DE SÃO PAULO – CESP: Estrutura
tarifária horo-sazonal. São Paulo (1990)
2. CREMASCO, C. P.: Aplicação da Lógica Fuzzy para Avaliação do
Faturamento do Consumo de Energia Elétrica e Demanda de uma
Empresa de Avicultura de Postura. Tese de Doutorado, UNESP/FCA
(2008)
41
Estimativa da volatilidade estatística do Dow Jones Industrial Average
Index sob a Modelagem ARMA-ARCH
Aluno-autor: Diego Garcia Angelico ([email protected]). Aluno-autor: Eduardo Yuji
Nakazawa
([email protected]).
Orientador:
Sandra
Cristina
de
Oliveira
([email protected]).
Campus Experimental de Tupã, Curso de Administração. Bolsistas do PIBIC-Reitoria
Palavras Chave: modelos ARMA-ARCH, Dow Jones Industrial Average Index, volatilidade estatística
Introdução
Figura 1. FAC e FACP dos retornos do DJIAI
A análise de séries financeiras revela que estas
apresentam uma elevada taxa de mudança da variância
condicional no tempo. A raiz quadrada desta taxa (desviopadrão) é chamada de volatilidade. Nesse contexto
insere-se o Dow Jones Industrial Average Index (DJIAI),
por ser considerado o principal benchmark acionário do
mundo.
O melhor ajuste encontrado para a série foi ARMA
(4,5).
Objetivos
Realizar as modelagens da média e variância da série em
questão, baseados nos modelos de Box e Jenkins e nos
processos ARCH, respectivamente.
Material e Métodos
Figura 2. Gráfico Q-Q Plot da série residual (à
esquerda) e FAC/FACP dos resíduos ao quadrado
O melhor ajuste de heterocedasticidade condicional
aplicado aos resíduos foi o ARCH (4). A Tabela 2 mostra
os critérios para cada ajuste do trabalho.
Os retornos foram calculados por meio da expressão:
z t ln pt pt 1 P t Pt 1 . Os ajustes ARMA foram
aplicados aos retornos, e são representados por:
B zt
resíduos,
ht
0
B at .
são
2
Os ajustes ARCH, aplicados aos
representados
por:
at
ht t ;
2
2
a
2
1 t 1
at
2
...
q
at
r
A primeira classe de modelos tem como objetivo a
remoção da auto-correlação da série. Já os ajustes
ARCH são responsáveis pela estimação da volatilidade
estatística.
Resultados e Discussão
A Tabela 1 mostra o teste de raiz unitária KPSS para as
séries, demonstrando a presença desse comportamento
apenas para a série em nível.
Tabela 1. Teste KPSS para séries do DJIAI
Série
Estatística
Valor
Valor
do teste
Crítico 5%
Crítico 1%
Em nível
0,807795
0,148
0,218
Retornos
0,103592
0,461
0,743
A Figura 1 mostra a Função de auto-correlação (FAC) e
Função de auto-correlação parcial (FACP) dos retornos
da série, mostrando a presença de auto-correlação.
II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã
Tabela 2. Critérios dos ajustes ARMA-ARCH
Critério
ARMA (4,5)
ARCH (4)
Akaike (AIC)
-13.085,94
-13.917,86
Schwarz (SBC)
-13.023,30
-13.878,00
Log verossim.
6.553,96
6.965,93
Conclusões
Entende-se que volatilidade inerente aos retornos do
DJIAI foram devidamente estimados pelo modelo ARMAARCH, demonstrando a eficácia do mesmo. A série
apresentou
uma
alta
variância
heterogênea,
comportamento típico de índices acionários. Ressalta-se
que tais ajustes são extremamente importantes na
previsão destes retornos.
Agradecimentos
Ao PIBIC/Reitoria, pelo suporte financeiro. À Profª
Sandra, pela transferência de conhecimento.
1
BOX, G. E.; JENKINS, G. M.; REINSEL, G. Time Series Analysis:
Forecasting and Control. Third Edition. Englewood Cliffs: Prentice
Hall, 1994.
2
BUENO, R. L. S. Econometria de Séries Temporais. São Paulo:
Cengage, 2008.
3
DEGIANNAKIS, S., XEKALAKI, E. Autoregressive Conditional
Heteroscedasticity (ARCH) Models: A review. Quality Technology and
Quantitative Management, 1, 271-324, 2004.
4
ENGLE, R. Autoregressive Conditional Heteroscedasticity with
Estimates of the Variance of UK Inflation. Econometrica, 50, 987-1007,
1982.
5
NYSE – New York Securities Exchange. Disponível em:
<nyse.nyx.com>. Acesso em: 15 de abril.2013.
42
Influência da iluminação monocromática na preferência de poedeiras
criadas em ambiente enriquecido
Gabriela Fagundes da Silva, Danilo Florentino Pereira, Bartira de Oliveira Tavares, Leda Gobbo de
Freitas Bueno. UNESP, Campus de Dracena, zootecnia, gabriela,fag@hotmail,com, bolsista pibic.
Palavras Chave: Preferência pela cor de uma lâmpada, zootecnia de precisão.
Introdução
Nos últimos anos, pesquisas sobre a relação entre
a iluminação e o comportamento de aves poedeiras
tem sido exploradas a fim de determinar a luz
ambiente mais adequada para o bem-estar e a
produção comercial das aves (Kristensen, 2006).
Objetivos
Analisar a preferência de poedeiras criadas em
ambientes enriquecidos , em função de quatro
fontes de iluminação monocromática.
Material e Métodos
posteriormente aplicou-se o teste de kruskal-wallis
ao nível de 5 % de significância.
Resultados e Discussão
Os resultados das análises de preferência não
mostraram evidências para rejeitar a hipótese de
que as aves têm preferências iguais para todos os
tratamentos de iluminação. As Figuras 2 e 3 a seguir
apresentam gráficos de distribuição de frequências
do número de visitas e tempo de permanência das
aves em cada cor de lâmpada.
Boxplot of FREQUENCIA
A pesquisa foi realizada em um galpão de escala
reduzida, dividido em quatro compartimentos
idênticos e com uma abertura na parte central
(Figura 1 a, b, c ).
100
FREQUENCIA
80
60
40
20
0
azul
branca
verde
vermelha
COR
c)
Figura 2. Gráfico de distribuição de frequência de
visitas das aves nos ambientes.
a)
Boxplot of TEMPO TOTAL
700
600
TEMPO TOTA L
500
b)
Figura 1. a) fachada do galpão experimental, b)
presença de ninho e de poleiro, c) abertura central.
400
300
200
100
0
azul
branca
verde
vermelha
COR
Quatro repetições com sete dias cada;
Oito aves por repetição;
Compartimentos enriquecidos com ninho e
poleiro;
Uma cor de iluminação LED em cada
compartimento: vermelho, verde, azul e
branco.
O comportamento das aves foi avaliado por
vídeos, com duração de uma hora no período da
manhã e uma hora à tarde, em três dias de cada
semana experimental.
A preferência das aves foi avaliada por número de
visitas e tempo de permanência de cada ave nos
compartimentos
Fez-se uma análise exploratória por meio de
diagramas de caixas (boxplot) e
II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã
Figura 3. Gráfico de distribuição de frequência de
tempo de permanência das aves nos ambientes.
Conclusões
As aves não mostraram preferências pelos
ambientes com iluminação monocromática verde,
vermelho, azul e branco.
Agradecimentos
1
1 Kristensen , H.H. Applied. Animal Behaviour Science. 2006, 103,
7589.
43
Utilização do Facebook e Twitter pelas 50 maiores empresas do
agronegócio brasileiro: uma análise comparativa dos anos 2012 e 2013
Karen Gimenez Garzon, João Guilherme de Camargo Ferraz Machado, UNESP/ Câmpus de Tupã,
curso de Administração, [email protected], bolsista PIBIC/RT
Palavras Chave: Comunicação, Estratégias de Marketing, Mídias Sociais.
Introdução
Segundo Carvalho (2009), com a evolução da
Internet e dos recursos tecnológicos, diversificam-se
as possibilidades de interagir, de relacionar e de
comunicar. Telles (2011) destacou que as empresas
utilizam as mídias sociais para criar um canal de
comunicação direta com o consumidor, criando
assim um vínculo que gera confiabilidade. Para
Objetivos
a informação, com 34% do total de tweets, e a
empresa que mais utilizou esta mídia foi a DuPont,
com 13% dos tweets. A categoria menos frequente
foi a conversação, com 6% das postagens. Já no
Facebook, a categoria mais frequente também foi a
informação, com 37% das postagens, e a Garoto foi
a empresa que mais postou (18% do total
analisado). A Figura 1 illustra o total de postagens
no Twitter e no Facebook em 2013, nas categorias
analisadas.
O objetivo dessa pesquisa foi analisar o uso do
Facebook e do Twitter por empresas do
agronegócio.
Mais
especificamente,
foram
comparados os resultados de 2013 com os obtidos
no ano anterior, verificando a evolução do uso
desses canais pelas empresas do setor e o
conteúdo publicado pelas mesmas.
Material e Métodos
Essa pesquisa utilizou a técnica da análise de
conteúdo, por meio da observação e interpretação
das postagens feitas durante 30 dias seguidos pelas
50 maiores empresas classificadas no Guia Exame
Melhores
e
Maiores
2011, na
categoria
‘Agronegócio’. Para essa análise foram criadas 07
categorias: institucional; informação; conversação;
propaganda; promoção; Serviço de Atendimento ao
Consumidor (SAC); e outras.
Resultados e Discussão
Apenas 24 possuíam perfis oficiais no Facebook
e/ou no Twitter: Souza Cruz, JBS Brasil (Friboi),
BRF, Sadia, Unilever, Nestlé, Basf, Case New
Holland, Kraft Foods, Suzano, Fibria, Pepsico do
Brasil, Heringer, DuPont, Syngenta, Duratex, Seara,
Amaggi, Aurora Alimentos, Sotreq, Itambé, Garoto,
Cooxupé e Monsanto. Alguns perfis representavam
marcas específicas ou a matriz internacional, outros
estavam desatualizados e, por isso, não foram
incluídos na análise, como a Souza Cruz e BRF.
Observou-se um significativo aumento no uso do
Facebook em 2013 (729 posts versus 286 em
2012), enquanto a quantidade de tweets se manteve
praticamente a mesma (802 em 2013 versus 805
em 2012). No Twitter, a categoria mais frequente foi
II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã
Figura 1. Total de postagens em cada categoria.
Conclusões
Conclui-se que as empresas desse setor continuam
utilizando pouco
as mídias
sociais
para
comunicação com seus diversos públicos, uma vez
que apenas 48% delas possui um perfil ativo.
Contudo, houve uma significativa melhora: 118% no
número de empresas que utilizam uma das mídias,
e de 155% no uso do Facebook, quando
comparados os resultados com o ano anterior,
sugerindo a importância do uso desses canais na
comunicação entre empresa e consumidor.
Agradecimentos
Os autores agradecem à Pró-Reitoria de Pesquisa
da Unesp pela concessão da bolsa de iniciação
científica, possibilitando a execução dessa pesquisa.
¹ CARVALHO, J. H. D. de. O blog corporativo e as redes sociais
estabelecem um novo paradigma de comunicação nas organizações no
ciberespaço? In: III Simpósio Nacional ABCiber, 2009, São Paulo.
Anais... Brasília: Universidade Católica de Brasília, 2009.
² TELLES, A. A Revolução das Mídias Sociais. São Paulo: M.Books
do Brasil Editora Ltda., 2011.
44
Levantamento das redes de educação ambiental no Estado de São Paulo
Lais Regagnan Dias, Angélica Góis Morales, Campus de Tupã, Administração, [email protected],
PIBIC - Reitoria
Palavras Chave: Mapeamento, Atividades, Profissionais.
Introdução
A Educação Ambiental (EA) busca por meio de um
saber socioambiental pensar, refletir e agir na
sociedade de maneira a valorizar a relação ser
humano e natureza de modo intrinsecamente
interdependente (MORALES et al., 2010). Nessa
tentativa de pensar e agir dentro de um olhar
sistêmico e complexo, observa-se que a sociedade
contemporânea vem se organizando em redes,
propiciando dessa forma uma maior flexibilidade e
autonomia, potencializando o fluxo dinâmico, as
conexões e permitindo acompanhar a velocidade
acelerada de informações a cada dia, fugindo assim
da
organização
piramidal
e
hierárquica
(MARTINHO, 2004).
pelas vias de projetos de extensão nas
universidades, sempre com alunos participantes.
Embora as redes estejam localizadas em diferentes
espaços, seus objetivos e atividades são muito
semelhantes e variam desde reuniões presenciais
entre os membros das redes, listas de discussão
por meio digital, sensibilização da população até
cursos de formação de educadores.
Figura 1. Localização das Redes de São Paulo
Fonte: Os autores.
No entanto, algumas limitações foram identificadas,
Objetivos
O objetivo é diagnosticar as redes de EA atuantes
no Estado de São Paulo a fim de elaborar um
mapeamento das atividades em para compreender
melhor o trabalho dessas redes. Ainda que tem
como objetivo identificar os sujeitos envolvidos
diretamente com essas redes, considerando a
localização geográfica, a sua formação e atuação.
Material e Métodos
Essa pesquisa é de cunho qualitativo, por ter os
interesses centrais direcionados para o significado
conferido aos atores sociais (MYNAIO, 1996). O
diagnóstico realizado teve como delimitação
espacial a área de abrangência o Estado de São
Paulo, no qual foram mapeadas as redes ativas no
ano. Para a obtenção dos dados foi realizado um
questionário semi-estruturado e para o estudo dos
dados adotou-se o método de análise de conteúdo.
Resultados e Discussão
Por meio da pesquisa e análise dos dados foram
identificadas 8 redes que atuam em EA no Estado
de São Paulo. Estas estão localizadas em diversas
partes do Estado, observando-se uma concentração
maior no litoral paulista como se afere na Figura 1.
Os sujeitos envolvidos nessas redes são em sua
maioria educadores, pesquisadores e universitários,
revelando que a graduação influencia de maneira
positiva no pensamento dos estudantes sobre a
temática em questão. Tal fato é observado ao levar
em conta que, muitas dessas redes de EA surgiram
II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã
como por exemplo, a falta de conhecimento sobre o
funcionamento e o conceito de redes por parte dos
próprios participantes. Esse problema pode ser
resolvido com a formação constante sobre as
dinâmicas da rede e da EA, promovendo o diálogo e
reflexão entre os participantes.
Conclusões
Concluiu-se que as redes, algumas em dormência,
outras em atividades, ainda estão passando por um
momento de expansão e cada vez mais, busca-se
por meio destas, as conexões e integrações entre
pessoas que vêm atuando com essa temática e
querem de forma coletiva pensar e agir em sua
região ou local de atuação.
Agradecimentos
Agradeço a Pró-Reitoria pela bolsa de IC.
1
MARTINHO, C. Redes: uma introdução às dinâmicas da conectividade
e da auto-organização. Brasília: WWF Brasil, 2004.
2
MORALES, A. G. et al. Ação extensionista fortalecendo a Rede de
Educação Ambiental do Paraná. Revista Conexão UEPG, v. 6, p. 4046, 2010.
³MYNAIO, M.C.S. Pesquisa social: teoria, método e criatividade.
Petrópolis,RJ: Vozes, 1996.
45
Análise da educação ambiental nas empresas do setor agronegócio
com certificação 14001 nos municípios de Tupã e Marília-SP
Matheus Prevelato Gantus, Angélica Góis Morales, UNESP Campus de Tupã, Administração,
[email protected], PIBIC/RT.
Palavras Chave: Sistema de Gestão Ambiental, educação ambiental empresarial, política ambiental.
Introdução
O processo de gestão ambiental é considerado uma
prática adotada por muitas organizações. Neste
sentido, a gestão ambiental tende a ser uma das
mediadoras na (re)construção das relações de
(re)apropriação do mundo, o que implica em ações
coletivas acompanhadas de discurso político em
torno das questões socioambientais e de uma
racionalidade produtiva alternativa¹. Frente a isso, é
possível notar que a gestão ambiental tem ganhado
força no meio empresarial, com a criação da
certificação ISO 14000, que é uma série de normas
de gestão ambiental². Neste contexto, a educação
ambiental, aos poucos, também adentra em
diversos setores e, inclusive nas negociações
empresariais.
Objetivos
Investigar a presença de programas e/ou projetos de
educação ambiental nas empresas do setor
agronegócio que possuem certificação ISO
14001:2004, localizadas nos municípios-sede Tupã
e Marília, no extremo oeste paulista. Analisar o
enfoque da politica ambiental que norteia essas
empresas.
Material e Métodos
Essa pesquisa possui abordagem qualitativa.
Elaborada por meio de um estudo exploratório, com
o auxílio da pesquisa bibliográfica e investigação
focalizada, foi possível a realização de um
diagnóstico das empresas do setor agronegócio nos
municípios de Tupã e Marília, Estado de São Paulo.
Numa primeira etapa, realizou-se um levantamento
das empresas com enfoque no agronegócio,
totalizando 27 empresas em Tupã e 87 em Marília.
Com o foco nas empresas que estão nos elos,
principalmente, de produção e processamento, o
número de empresas participantes passou a ser de
13 em Tupã e de 16 em Marília. Para coleta de
dados nessa etapa, adotou-se um questionário para
buscar informações sobre a certificação e atividades
em educação ambiental. Na segunda etapa, após a
constatação da certificação ISO 14001:2004,
realizou-se uma entrevista semiestruturada com os
responsáveis da área ambiental nas empresas que
possuíam a certificação.
Resultados e Discussão
II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã
A cidade de Tupã possui uma economia voltada,
predominantemente, às atividades agropecuárias,
porém, não existem empresas que possuem
certificação ISO 14001 no município atualmente.
Contudo, 48% das empresas participantes da
pesquisa possuem ações de educação ambiental,
sendo este número um dado superior em relação ao
município de Marília, no qual 25% das empresas
estudadas trabalham com educação ambiental.
Nota-se que essa inserção da educação ambiental é
demonstrada em atividades e/ou ações pontuais
decorrentes de datas comemorativas ou produções
de materiais informativos e/ou cartilhas. Já a cidade
de Marília possui duas empresas certificadas pela
ISO 14001:2004, (uma empresa de alimentos e
outra de bebidas), e ambas desenvolvem atividades
em educação ambiental. Observa-se que a
educação ambiental é desenvolvida, principalmente,
por meio da comunicação interna das empresas,
com análise e atividades periódicas. Ainda são
recorrentes os treinamentos para os colaboradores
e, o enfoque da política ambiental nas empresas,
está mais direcionado à preservação dos recursos
naturais e a redução do consumo e dos impactos
relacionados à água e energia.
Conclusões
Conclui-se que as empresas focam suas atividades
de educação ambiental em aspectos ainda
estanques, voltados mais para a ecoeficiência.
Torna-se, desse modo, importante o aprimoramento
da educação ambiental no ambiente empresarial, na
tentativa de assumir um caráter mais permanente de
educação. Considera-se também, que a formação
dos profissionais responsáveis pela gestão e
educação ambiental nas empresas, é uma tentativa
de ir além do treinamento, a fim de contribuir com a
cidadania no ambiente empresarial.
Agradecimentos
Agradeço a minha orientadora pela dedicação,
paciência e oportunidade e a PROPE pelo auxílio e
os participantes que cooperaram com a pesquisa.
¹ MORALES, A.G. O profissional educador ambiental:
reflexões, possibilidades e constatações. Ponta Grossa: UEPG,
2009.
² VALLE, C.E. Como se preparar para as normas da ISO
14000. São Paulo: Pioneira, 2000.
46
As estratégias de gestão de pessoas utilizadas por empresas de pequeno porte
pertencentes ao setor varejista do município de Tupã/SP.
Rodrigo Kiyoshi Okamura Ferro, Renato Dias Baptista, Amanda Di Paula Rodrigues, Líria Yukari
Yahamada,
Talita
de
Souza
Nardi,
UNESP,
Câmpus
de
Tupã,
Administração,
[email protected] e bolsa PET-Empreendedorismo.
Palavras Chave: Liderança, Gestão de Pessoas, Estratégias.
Introdução
A competitividade organizacional tem impulsionado
grandes mudanças
no cenário econômico,
tecnológico, social e cultural. Uma dessas
mudanças está direcionada para a área de gestão
de pessoas que é considerada um sistema que
integra inúmeras estratégias, entre elas as políticas
motivacionais, sistemas de remuneração, carreira,
capacitação, seleção e avaliação. (DUTRA, 2004),
(ROBBINS, 2005), (ARAUJO, 2009), Todos esses
fatores são dependentes de um modelo de gestão
que valorize os colaboradores conforme os estudos
de Lacombe (2008), Spector (2009) e Marras
(2011). A presente pesquisa visa identificar o papel
da gestão de pessoas em empresas de pequeno
porte pertencentes ao setor varejista da cidade de
Tupã/SP. A importância da pesquisa está
relacionada ao papel histórico que empresas desse
porte possuem no município de Tupã/SP (Prefeitura
Municipal de Tupã, 2002), além de representar uma
alternativa de emprego para uma grande parcela da
força de trabalho (IBGE, 2003).
Objetivos
O objetivo da pesquisa foi identificar as estratégias
de gestão de pessoas das empresas de pequeno
porte pertencentes ao setor varejista do município
de Tupã.
Material e Métodos
Este trabalho utilizou pesquisas bibliográficas sobre
gestão de pessoas e uma pesquisa em duas
empresas, selecionadas de modo aleatório,
pertencentes ao setor varejista do município de
Tupã. Os dados foram coletados por meio de um
questionário composto de 15 perguntas de
característica qualitativa direcionadas aos gestores
das empresas.
técnicos, comportamentais e proporcionar um bom
ambiente de trabalho. Contudo, nas questões
direcionadas para o fator salários e benefícios,
foram localizados os maiores entraves. As
empresas pesquisadas reconhecem que possuem
limitações nessas ações e não identificam meios de
curto prazo para solucioná-las.
Conclusões
Ao analisar as empresas pesquisadas, verifica-se a
preocupação em inserir técnicas que permitam um
bom ambiente de trabalho, entretanto essas
inserções ainda estão aquém das efetivas práticas
de gestão de pessoas apresentadas na bibliografia.
Os salários e benefícios são reconhecidos como
entraves que, por sua vez, impactam na efetiva
aplicação de um modelo de gestão de pessoas.
Esse fator, segundo os dados, se deve
principalmente pela escassez de recursos
financeiros para investir num modelo de gestão da
remuneração da equipe e que passam a interferir
nas ações já implementadas. A pesquisa também
proporcionou a compreensão de que as estratégias
de gestão de pessoas em empresas de pequeno
porte devem integrar os estudos dos profissionais de
administração tradicionalmente direcionados para as
médias e grandes corporações. Finalmente, e dentro
das perspectivas futuras da pesquisa, objetiva-se
ampliar a amostra de empresas para consolidar os
dados obtidos.
Agradecimentos
Agradecemos à UNESP, câmpus de Tupã, ao PETEmpreendedorismo e ao orientador Prof. Dr. Renato
Dias Baptista.
ARAÚJO, L. G. Gestão de Pessoas: estratégias e integração organizacional. São Paulo: Atlas, 2009.
DUTRA, J. S. Competências: Conceitos e Instrumentos para a Gestão de Pessoas na Empresa Moderna. Editora
Atlas 2004;
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Coordenação de Serviços e Comércio. As micro e pequenas
Resultados e Discussão
Os dados revelaram
pesquisados buscam, de
desenvolver uma política
gerar a participação de
objetivos da empresa,
que os empresários
forma mais acentuada,
de gestão que permite
seus funcionários nos
realizar treinamentos
II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã
empresas comerciais e de serviços no Brasil. Rio de Janeiro: IBGE, 2003.
LACOMBE, F. Recursos Humanos: princípios e tendências. São Paulo: Saraiva, 2008. PREFEITURA
MUNICIPAL DE TUPÃ. Município de Tupã 1929 – 2002: 74 anos de fundação seu reencontro com o
desenvolvimento. Disponível em: http://www.tupa.sp.gov.br/?:=municipio&tt=atd&c=1. Acesso em: 18 jan. 2013.
ROBBINS, S. P. Comportamento Organizacional. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005.
SPECTOR, P. Psicologia nas organizações. São Paulo: Saraiva, 2009.
MARRAS, J.P. Administração de recursos humanos: do operacional ao estratégico. São Paulo: Futura, 2011.
47
Medidas de centralidade na avaliação da confiabilidade de uma rede social
fictícia.
Aluno-autor: Taiane de Paula Ferreira ([email protected]), Orientador: Sandra Cristina de
Oliveira ([email protected]). Campus Experimental de Tupã, Curso de Administração. Bolsista
do PIBIC/CNPq.
Palavras Chave: Medidas de centralidade, grupos de pesquisa, coautoria, teoria dos grafos, arestas confiáveis.
Introdução
Redes são sistemas físicos, biológicos ou sociais
caracterizados por um conjunto grande de entidades
bem definidas que interagem dinamicamente entre
si. Um grupo de pesquisa pode ser considerado
como uma rede social, a qual pode ser modelada
por um grafo; os pesquisadores que compõem essa
rede podem ser interpretados como seus vértices, e
as ligações entre esses agentes podem ser
consideradas suas arestas. As medidas de
centralidade podem ser utilizadas para verificar o
quanto um vértice de uma rede é mais importante
relativamente em relação aos demais, bem como
para indicar qual(is) nova(s) aresta(s) pode(m) ser
inserida(s) para que haja maior aumento possível da
confiabilidade desta rede.
(pesquisadores)
coautoria).
Material e Métodos
Uma rede social pode ser modelada por um grafo
simples não orientado G=(V,E), onde V é um
conjunto finito e não vazio cujos elementos são os
vértices (com k elementos); E é um conjunto de
subconjuntos de dois elementos de V chamados
arestas (com m elementos). Dentre as medidas de
centralidade existentes, serão consideradas: 1)
medida de proximidade, que relaciona a distância
total de um vértice aos demais vértices da rede; e,
2) medida de grau de informação, que atribui
relevância a um vértice em função do número de
ligações diretas que este estabelece com os demais
vértices da rede. Assim, o vértice que obtiver a
menor medida de proximidade será considerado o
mais central da rede, e o vértice que obtiver a maior
medida de grau de informação será considerado o
que mais tem contato direto com os demais vértices.
Resultados e Discussão
Dada uma rede de pesquisadores fictícia modelada
pelo grafo G da Figura 1 com k=6 vértices
II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã
m=6
arestas
(relações
de
G=(V,E)
Figura 1. Rede de pesquisadores fictícia.
A Tabela 1 mostra as referidas medidas de
centralidade calculadas para os vértices do Grafo G.
Tabela 1. Medidas de centralidade dos vértices do
grafo G da Figura 1.
Vértices do
grafo G
1
2
3
4
5
6
Objetivos
Apresentar duas medidas de centralidade de
vértices que auxiliarão na identificação de situações
onde a inserção de uma aresta (ligação entre dois
ou mais pesquisadores destes grupos) pode
aumentar a confiabilidade de uma rede social de
pesquisadores fictícia (ou seja, um grupo de
pesquisa).
e
Medida de
proximidade
10
6
7
8
11
10
Medida de grau
de informação
1
4
3
2
1
1
Observa-se que o vértice mais central do grafo G é
o “2”, ou seja, com maior velocidade de acesso e
maior efeito de influência nos demais vértices.
Portanto, se o vértice ou pesquisador “2” fosse
retirado do grupo (por algum motivo), a rede ficaria
menos conectada e, consequentemente, com a
confiabilidade sensivelmente diminuída, visto que
alguns caminhos deixariam de existir. Os menos
centrais são os vértices ou pesquisadores “5”, “1” e
“6”, respectivamente. Logo, se o intuito é tornar a
rede mais confiável com a inserção de uma nova
aresta, pode-se pensar na ligação entre os vértices
“1” e “5” ou “5” e “6”.
Conclusões
O cálculo da confiabilidade de uma rede é bastante
desgastante de ser executado, quer seja
manualmente ou computacionalmente. Logo, a
utilização de medidas de centralidade mostra-se
uma alternativa viável, auxiliando na análise do
aumento da confiabilidade de uma rede1.
Agradecimentos
Ao PIBIC/CNPq pela bolsa de IC.
1 1
LYRA, T. F.; OLIVEIRA, C. S. Um estudo sobre confiabilidade de
redes e medidas de centralidade em uma rede de coautoria. Rev.
PODES, v. 3, n. 2, p. 160-172, 2011.
48
Análise da confiabilidade de uma rede social fictícia com enfoque nos atores
ou vértices
Aluno-autor: Taiane de Paula Ferreira ([email protected]), Aluno-autor: Jessica Katty
Uehara. Orientador: Sandra Cristina de Oliveira ([email protected]). Campus Experimental de
Tupã, Curso de Administração. Bolsistas do PIBIC/CNPq e da FAPESP.
Palavras Chave: Confiabilidade de redes, grupos de pesquisa, coautoria, teoria dos grafos, arestas confiáveis.
Introdução
Confiabilidade é a probabilidade de um item
desempenhar
satisfatoriamente
uma
função
requerida sob condições específicas de operação.
Redes são sistemas físicos, biológicos ou sociais
caracterizados por um conjunto grande de entidades
bem definidas que interagem dinamicamente entre
si. Logo, o termo confiabilidade de rede está
relacionado ao cálculo da confiabilidade de qualquer
configuração geral de itens, dada a confiabilidade
dos itens individuais, ou seja, é a probabilidade da
rede continuar funcionando mesmo quando uma
falha acarretar na remoção de um ou mais
componentes (arestas e/ou vértices)1. A proposta
deste trabalho consiste na análise da confiabilidade
de uma rede fictícia, a qual representará uma rede
social formada por pesquisadores, ou seja, um
grupo de pesquisa. Os vértices do grafo que
modela a rede serão os pesquisadores e as arestas
serão as ligações entre esses agentes (existência
de trabalhos em coautoria). Serão considerados
ainda vértices não confiáveis ou propensos a falhas
(um ou mais vértice(s) pode(m) deixar de pertencer
à rede) e arestas perfeitamente confiáveis.
Para vértices com probabilidades distintas de
funcionar p i , a confiabilidade da rede p R é
calculada de forma similar, ou seja, obtidos os
subgrafos conexos de G contendo i vértices, devese calcular a probabilidade de cada estado de
funcionamento da rede e somar tais resultados2.
G
Resultados e Discussão
Dada uma rede de pequisadores fictícia modelada
pelo grafo G da Figura 1 com k = 6 vértices
(pesquisadores) e m = 6 arestas (relações de
coautoria). Primeiramente considera-se que cada
vértice i possui uma probabilidade de funcionar p.
Assim, foi feita uma simulação para diferentes
valores de p, cujos resultados estão na Tabela 1.
G=(V,E)
Figura 1. Rede de pesquisadores fictícia.
Tabela 1. Confiabilidade da rede (vértices com
probabilidades iguais de funcionar).
Valores
de p
0,9
0,8
0,7
0,6
0,5
Objetivos
Estudar a medida de confiabilidade de uma rede
social fictícia, especificamente de pesquisadores,
com enfoque nos vértices, ou seja, obter a
confiabilidade da rede (probabilidade do grupo de
pesquisa permanecer em atividade), considerando
os vértices ou pesquisadores com confiabilidades
iguais e distintas.
Material e Métodos
Uma rede social pode ser modelada por um grafo
simples não orientado G=(V,E), onde V é um
conjunto finito e não vazio cujos elementos são os
vértices (com k elementos); E é um conjunto de
subconjuntos de dois elementos de V chamados
arestas (com m elementos). Para a rede estar em
funcionamento (ou em atividade), em um dado
tempo t, todo par de vértices deve estar conectado
por pelo menos um caminho. Cada vértice i
( i 1,2,...,k ) possui uma probabilidade de funcionar
p i (confiabilidade do vértice i). Se todos os vértices
possuem a mesma probabilidade de funcionar,
denota-se apenas por p. Para vértices com
probabilidades iguais de funcionar p, a confiabilidade
k
da rede é dada por p R
G
i
onde S i é
i 2
o
o n de subgrafos conexos de G contendo i vértices.
II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã
Valores
de p
0,4
0,3
0,2
0,1
Confiabilidade
da rede
0,328192
0,239058
0,139328
0,045802
Para vértices com probabilidades distintas de
funcionar pi , i 1,2,...,6 , tais que, p1 0,6 ;
p 2 0,7 ; p 3 0,8 ; p 4 0,9 ; p 5 0,5 e p 6 0,8 , a
confiabilidade da rede é igual a 0,64768.
Conclusões
O estudo da confiabilidade de redes de coautoria
científica permite identificar quais são confiáveis,
sob diferentes enfoques (vértices e/ou arestas), de
acordo com a participação dos pesquisadores e da
intensidade das relações de coautoria existentes.
Agradecimentos
Ao PIBIC/CNPq e a FAPESP pelas bolsas de IC.
OBS: Trabalho apresentado na 1º Fase e
selecionado para a 2º Fase do XXV CIC da Unesp.
1
S i p i (1 p) k
Confiabilidade
da rede
0,819882
0,677888
0,568498
0,482112
0,40625
LYRA, T. F.; OLIVEIRA, C. S. Um estudo sobre confiabilidade de
redes e medidas de centralidade em uma rede de coautoria. Rev.
PODES, v. 3, n. 2, p. 160-172, 2011.
49
Análise do perfil empreendedor em negócios independentes e franquias,
utilizando a teoria de David McClelland.
Thábata Carrion Mendes de Oliveira¹, Charles Angelo de Oliveira, Lucas Aparecido Martins Fruhling,
Lucas Aranha Fialho.
Orientador: Prof. Dr. Gessuir Pigatto²
Câmpus de Tupã, Administração.
¹UNESP, Tupã-SP, Administração [email protected] (Bolsista PET)
²UNESP, Tupã-SP, Administração [email protected]
Palavras Chave: Empreendedorismo, perfil empreendedor, franquia.
Introdução
Considerando a importância do perfil empreendedor,
avaliou-se o comportamento de proprietários de
negócios independentes e franquias, verificando se
estes possuem as características que compõem o
perfil empreendedor, apresentadas por David C.
McClelland.
Objetivos
Diante disto, o presente trabalho tem como objetivo
testar, segundo as características empreendedoras
de McClelland, se o empreendedor individual e o
franqueado
possuem
perfil
empreendedor
semelhante.
Material e Métodos
Foram
avaliados
os
comportamentos
dos
proprietários de negócios
independentes e
franquias, utilizando uma base teórica, e esses
comportamentos foram relacionados com as
características presentes no perfil empreendedor,
para determinar quais deles melhor se encaixam no
perfil.
Resultados e Discussão
Figura 2. Características do perfil empreendedor em
proprietários de negócio independente e franquia.
Conclusões
Conclui-se que somente os proprietários de
negócios independentes possuem todas as
características do perfil empreendedor, os
franqueados
possuem
apenas
três
delas:
persistência, comprometimento e estabelecimento
de metas.
Agradecimentos
Figura 1. Relação entre as características
elencadas por McClelland e o comportamento dos
proprietários, segundo Hofmann e Alberton (2005).
II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã
[1] Fontenelle, C. J. S. O perfil empreendedor na franquia de
confecção infantil brasileira e sua influência no desempenho do
negócio. 2004.
[2] Filion, L. J. Empreendedorismo: empreendedores e gerentes
empresários de pequenos negócios. Revista de Administração de
Empresas, São Paulo, v. 34, n. 2, p. 5-28, abr./jun. 1999.
[3] Hofmann, J; Alberton, L. Análise custo/benefício entre negócios
independentes e o sistema de franquias. IX Congresso Internacional de
Custos – Florianópolis, SC, Brasil, 2005.
[4] McClelland, David. A sociedade competitiva: realização e
progresso social. Rio de Janeiro: Expressão e Cultura, 1972.
[5] Schumpeter, J. A. Teoria do desenvolvimento econômico: uma
investigação sobre lucros, capital, crédito, juros e o ciclo econômico.
São Paulo: Abril Cultural, 1982.