NB-474 - A Outravoz

Transcrição

NB-474 - A Outravoz
Director: Carvalho de Moura
Ano XXXI, Nº 474
Montalegre, 30.06.2015
Quinzenário
E-mail:[email protected]
0,90 € (IVA incluído)
Barroso
A nobreza barrosã e o que representa na vida
social
Barroso da Fonte sempre na descoberta de
personalidades ilustres das terras de Barroso e, a cada
passo, confrontado com novas e fascinantes histórias.
P3
Noticias de
Visita da Imagem de Nossa
Senhora de Fátima a Montalegre
‘Ouro branco’ a 20 cêntimos o quilo
O Dr. Manuel Ramos volta-se agora para o “ouro
branco”, assim dito em referência à batata. Mas ele
prova que a propaganda municipal não corresponde
à realidade.
P4
A Floresta fonte geradora de emprego
Um trabalho de Bento Monteiro acerca duma
das potencialidades de Barroso. É das crónicas mais
esperadas pelos leitores deste periódico que, por
razões profissionais ou outras, nem sempre surge no
nosso jornal. Do facto se pede a melhor compreensão
dos nossos leitores.
P5
Uma Incursão da PIDE no Norte
Inicia-se hoje a publicação dum trabalho de
pesquisa de Enes Gonçalves sobre a PIDE no norte do
país. O que poderá parecer algo ultrapassado, em nosso
entender, servirá para conhecer um pouco esta polícia
do Estado Novo e, sobretudo, apreciar as convicções
inabaláveis de muitos servidores do comunismo.
P4
OS VENDILHÕES DO TEMPLO!... O que
ganhou afinal o país com as privatizações?!...
No POLITICAMENTE FALANDO desta edição,
Domingos Chaves aborda o caso das privatizações
que o Governo, mesmo em cima das eleições, tem em
curso. Ele contesta no seu estilo inconfundível.
P7
20.º Aniversário da Vila de Salto
A Junta de Freguesia, em boa hora, decidiu
comemorar a data da elevação de Salto a vila. A Câmara
esteve presente e as comemorações, ensombradas
pela morte recente dum saltense, estiveram à altura da
efeméride. Parabéns!
P8
Repensar as Festas Cristãs
«Vem aí o tempo do Verão, estação pródiga em
festas. Este mesmo mês de Junho, que chegou ao fim,
foi um fartote de patuscadas e de pândega com os
denominados santos populares. Será que as nossas
festas cristãs são verdadeira expressão da fé cristã?» É a
reflexão que nos coloca hoje o Pe Victor Pereira.
P11
Na data de fecho da edição deste
jornal, a imagem de Nossa Senhora
de Fátima corria pelo concelho de
Montalegre.
Vinda de Ribeira de Pena deu
entrada no concelho por Cervos daí
seguiu para Sarraquinhos, Pedrário,
Meixide e o Santuário de Nossa
Senhora da Saúde de Vilar de Perdizes
onde o povo presente assistiu às
primeiras celebrações litúrgicas.
Dali seguiu em cortejo até à
entrada da vila de Montalegre com
paragem na Rotunda dos Bois até
à Praça do Município. No palco
instalado pela Câmara Municipal
foi celebrada a Missa campal finda
a qual teve lugar uma procissão de
velas até à Igreja Matriz concluindo
com a adoração ao Santíssimo.
No dia 1 de Julho, nova
celebração na Praça do Município
dedicada aos idosos e doentes dali
seguindo para S. Vicente da Chã,
Viade de Baixo, Vila da Ponte,
Borralha na consagração à Igreja ali
construida a si dedicada, concluindose a visita, a meados da tarde, em
Salto para rumar ao vizinho concelho
de Boticas.
Plataforma “Montalegre Alert”
A partir de agora contactar com o
município de Montalegre passa a ser
mais fácil. No sítio do município existe
o «Montalegre Alert», um sistema
de alertas pioneiro que permite ao
cidadão reportar, de forma fácil,
no dia-a-dia, pequenos problemas,
desde a rede viária à rede de águas,
iluminação pública, recolha de
resíduos, limpeza urbana, etc., sendo
os respetivos alertas reencaminhados
para as áreas municipais responsáveis
pela resolução dos problemas
reportados. P2
CÂMARA DE MONTALEGRE
Em Gralhas obras é só p’ra amigos
Melhoramento de uma valeta pública a meio da Rua Central, mas só frente a uma casa que até nem está
habitada. Tudo muito estranho! Ver escrito assinado por um vizinho idoso de 90 anos. P4
2
Barroso
Noticias de
MONTALEGRE
Plataforma “Montalegre Alert”
Reportar um buraco na rua, um poste sem iluminação,
ou fazer uma outra reclamação é agora mais fácil para os
munícipes do concelho de Montalegre. Acessível tanto no
sítio da autarquia como em aplicação para telemóveis e
tablets, o “Montalegre Alert” permite a qualquer pessoa
reportar, de forma fácil no dia-a-dia, pequenos problemas,
sendo os respetivos alertas reencaminhados para as áreas
municipais responsáveis pela resolução dos problemas
reportados. Trata-se de uma plataforma objetiva, intuitiva e
rápida, que exige a identificação do autor da reclamação
para ajudar na resolução da mesma. Este sistema de alertas
pioneiro foi apresentado publicamente na comemoração
do feriado municipal.
A partir de agora contactar com o município de
Montalegre passa a ser mais fácil. No sítio do município
existe o Montalegre Alert, um sistema de alertas pioneiro
que permite ao cidadão reportar, de forma fácil no diaa-dia, pequenos problemas, desde a rede viária, na rede
de águas, iluminação pública, na recolha de resíduos,
na limpeza urbana, etc., sendo os respetivos alertas
reencaminhados para as áreas municipais responsáveis
pela resolução dos problemas reportados. Trata-se de
uma plataforma objetiva, intuitiva e rápida, que exige
a identificação do autor da reclamação para ajudar na
resolução da mesma. Isto é possível graças ao sistema
Infracontrol onde essas comunicações, para além do
sítio da câmara, podem ser efetuadas facilmente através
de telemóvel ou tablet, bastando para isso descarregar
as aplicações gratuítas, tanto para dispositivos Android
(disponível na loja Google Play) e Apple iOS (disponível na
App Store). Esta aplicação móvel, além de permitir juntar
instantaneamente fotos tiradas ao local da ocorrência com
o telemóvel, nos dispositivos equipados com GPS permite
a comunicação imediata da localização do mesmo. Caso o
dispositivo não possua esta funcionalidade, existe sempre
a opção de identificarmos e marcarmos manualmente no
mapa o ponto em questão.
Apresentado publicamente na comemoração do
feriado municipal - onde foram inaugurados o Balcão
Único e o Espaço do Cidadão - o Montalegre Alert foi
explicado aos presentes pelo técnico da Câmara de
Montalegre, José Alves, que destacou a importância desta
nova ferramenta no acesso à «comunicação de ocorrências
e anomalias públicas». Entre as inúmeras vantagens, está o
acompanhamento de todo o processo: «além de podermos
indicar no mapa onde está a ocorrência, podemos seguir
todo o processo ao sermos alertados tanto por sms como
por email e também podemos interagir». Uma nova forma
de diagnóstico municipal que irá desvendar os «pontos
críticos» que obrigam a intervenção ao mesmo tempo que
pode servir de «pressão a entidades externas» para que a
celeridade na resolução dos problemas seja mais efetiva.
Refira-se que a Infracontrol AB é uma empresa sueca,
líder de mercado nos países nórdicos, sendo fornecedor
da aplicação de comunicação digital de reclamações de
praticamente 100% dos municípios da Suécia, Noruega e
Finlândia. Montalegre encontra-se entre os seis municípios
pioneiros da implementação desta plataforma em Portugal.
Texto e foto: cm-montalegre.pt
SIDRÓS + 474Festa da Ponte da Misarela (Cartaz)
Festa da Ponte da Misarela
Nos dias 3 e 4 de Julho, realiza-se a já tradicional
festa da Ponte da Misarela em Sidrós, freguesia de Ferral,
concelho de Montalegre. É um evento com um programa
variado de atividades como pode ser comprovado no
30 de Junho de 2015
cartaz anexo.
A Ponte de Mizarela divide dois lugares, dois
concelhos, Sidrós, freguesia de Ferral concelho de
Montalegre (Vila Real) e Frades, freguesia de Ruivães,
concelho de Vieira do Minho (Braga). Atravessa o Rio
Rabagão que
divide estes dois
Municípios e
consecutivamente
os Distritos.
É conhecida
pelas suas crenças,
lendas e também
pela fama de que
foi palco, como
serviu de passagem
em 1809 às tropas
de francesas
comandadas por
Soult, fugindo
à perseguição
dos soldados de
Wellesley.
A Ponte
da Misarela é
conhecida também
por Ponte do Diabo, e, em sentido contrário, há nela a
crença da fertilidade... «Se fores menina terás o nome de
Senhorinha, se fores rapaz vais-te chamar Gervaz».
Está classificada como Imóvel de Interesse Público
(Coordenadas GPS: N 41 41.520’ W 008 01.170’)
OUTEIRO
Viagem pelas Freguesias
O projeto da Câmara Municipal de Montalegre,
“Viagem pelas Freguesias”, passou pela bela freguesia
de Outeiro. Cheia de encantos naturais, este pedaço do
concelho foi muito elogiado pelo presidente da edilidade:
«Outeiro é uma lindíssima freguesia onde dá gosto viver
aqui». O aplauso foi estendido ao jovem presidente da
Junta de Freguesia, Paulo Pereira: «estamos perante um
jovem presidente de junta que tem a energia necessária
para enfrentar os problemas que vão surgindo e que não
são de fácil resolução». Orlando Alves destaca o bom
trabalho que vem sendo realizado na freguesia: «quero
felicitá-lo por ser o primeiro presidente de junta a levar a
cabo a limpeza de ruas este ano». Trata-se, sublinha o líder
do executivo, de «um belíssimo exemplo de um autarca
jovem, empenhado e com sentido de oportunidade. É bom
ver que a limpeza das ruas é uma preocupação a ter em
conta».
Com uma área considerável, Outeiro tem quatro
lugares (Cela, Outeiro, Parada e Sirvoselo) que exigem
intervenção. Orlando Alves ouviu e anotou. No final
CORTEJO CELESTIAL
MANUEL DIAS, de 92 anos, viúvo
de Eufrásio das Dores, natural da
freguesia de Santa Cruz do Bispo,
Matosinhos e residente em Covelo
do Gerês, faleceu no passado
dia 21 de Junho no Hospital de
Chaves.
MARIA LUISA PIRES PEREIRA,
de 56 anos, viúva de Luís Alberto
Machado da Cunha, natural e
residente em Codeçoso, freguesia
de Meixedo, faleceu no Hospital
de Vila Real, no passado dia 20 de
Junho.
ALBINO FONSECA DE
OLIVEIRA, de 56 anos, casado
com MariaJosé Barros Ferreira
Oliveira, natural da freguesia de
Ferral e residente em Encosta do
Pinhal Miudo, Vila Nova de Gaia,
faleceu no passado dia 20 de
Junho.
FELISMINA AZEVEDO
MARTINS, de 80 anos, solteira,
natural e residente em Fiães do Rio,
faleceu no dia 22 de Junho.
ARTUR CARVALHO, de 94 anos,
viúvo de Maria Rosa Lopes Pereira,
natural e residente em Currais,
freguesia de Reigoso, faleceu no
dia 24 de Junho.
ISMAEL FLORES PORTELA, de
59 anos, casado com Jacinta Maria
Paulo Portela, natural da freguesia
de Sarraquinhos e residente em
Bridgeport, USA, faleceu no dia
27 de Fevereiro sendo enterrado
no cemitério desta cidade de
Connericut, EUA.
MARIA PEREIRA AFONSO, de 62
anos, casada com Bento Pires Alves
Pereira, natural da freguesia da
Chã e residente em Lyon, França,
faleceu no passado dia 10 de
Janeiro, sendo enterrada em Lyon,
França.
CARLOS DE JESUS FERNANDES
PEREIRA DA MOTA, de 60 anos,
casado com Maria Leonilde de
Carvalho Oliveira Mota, natural
e residente em Salto, faleceu no
Centro de Saúde de Montalegre,
no passado dia 15 de Junho.
JOÃO AFONSO, de 93 anos,
viúvo de Maria Joaquina Gonçalves
Videira, natural e residente em
Antigo da freguesia de Viade
de Baixo, faleceu no Hospital de
Chaves, no dia 17 de Junho.
MARIA JÚLIA DIAS TEIXEIRA,
de 68 anos, viúva de Abílio da
Silva Martins de Almeida, natural
de Montalegre e ultimamente
residente em Crevecouer-Le-Grand
(Oise), França, faleceu nesta cidade,
no dia 17 de Outubro de 2014.
ABÍLIO DA SILVA MARTINS DE
ALMEIDA, de 71 anos, casado
com Maria Júlia Dias Teixeira,
natural de Lousado, Vila Nova de
Famalicão e residente em Beauvais,
França, faleceu nesta cidade donde
foi sepultado, no dia 25 de Julho
de 2008.
MANUEL AUGUSTO DE
OLIVEIRA RODRIGUES, de 49
anos, divorciado de Ana Belén
Otero Calles, natural de Vilar de
Perdizes e residente em Elgoibar,
Guipuscoa, Espanha, faleceu
no dia 1 de Junho de 2015,
sendo sepultado em Mendaro,
Guipuscoa, Espanha.
JOSÉ ALBINO PIRES
MACHADO, de 85 anos, viúvo,
natural e residente em Cambezes
do Rio, faleceu no dia 29 de Junho.
PAZ ÀS SUAS ALMAS!
Barroso
Noticias de
30 de Junho de 2015
3
A nobreza Barrosã e
a Casa do Cerrado
Barroso da Fonte
A
humanidade,
na
evolução própria da espécie,
ao longo dos milhões de anos,
não se contentou com o grau
da normalidade. A razão que
distingue os humanos dos
restantes animais, foi sempre
atrevida. E, desse atrevimento
ou insatisfação de não ser igual
aos outros, brotaram sortilégios
para uns, vícios para outros,
com consequências para o bem
ou para o mal. Uns primaram
pelo sucesso, evoluindo e
progredindo à escala local,
nacional ou mundial. Outros
regrediram, animalizaram-se no
corpo e no espírito, destruindo
tudo à sua passagem. Sempre
as forças contraditórias do
bem e do mal, do saber e da
ignorância, da riqueza e da
pobreza, do luxo e do lixo.
Essa
insatisfação
que
sempre acompanhou o ser
humano hierarquizou uns e
outros. Ao nível da família, da
comunidade local, nacional e
internacional.
A esse escalonamento
chamou títulos da nobreza.
Vêm de longe esses graus
hierárquicos. Essa classificação
generalizou-se e estendeu-se a
todas as civilizações. Já ao tempo
da Fundação da nacionalidade
Portuguesa existiam estatutos
convencionais
que
se
transfeririam para a sociedade
portuguesa e, mais tarde, para
a Brasileira. Na monarquia
o grau máximo eram o rei
ou a rainha. Estes titulares
institucionalizaram-se e, mais
tarde, esses graus, sujeitos
a regras, deram origem a
constituições e a regimes
eleitorais. Platão, cerca de
500 anos antes de Cristo, já
elaborara a sua República, obra
que ainda hoje serve de base às
mais modernas constituições
para os mais diversos regimes.
Com a transferência da
Corte real Portuguesa para o
Brasil, entre 1808 e 1820, o
rei D. João VI originou naquele
país irmão a nobreza brasileira.
Em 1821 já tinha agraciado
28 marqueses, 8 condes, 16
viscondes e 21 barões. A cada
título nobre correspondia uma
determinada verba pecuniária.
confessou que «há aqui muitas e pequenas coisas
a fazer que vão ser calendarizadas a seu tempo».
Um conjunto de intervenções que pedem paciência
e algum “jogo de cintura” isto porque, conclui o
presidente, estamos perante «um povoamento muito
concentrado» com «ruas estreitas» o que, só por
si, exige um rigor acrescentado na resolução dos
problemas.
Paulo Pereira, presidente da Junta de Freguesia
de Outeiro, ficou muito agradado com a visita
do executivo. Considera que «estas visitas são
muito importantes» porque aproxima a Câmara
das freguesias: «isto é uma excelente ideia e
uma boa forma de trabalho porque eles (Câmara)
estão próximos de nós e nós (Freguesia) deles».
Acrescentou ainda: «penso que foram bem recebidos
e eu fui bem atendido e esperamos que nos ajudem
no que precisarmos». Nesta ótica referiu: «temos
muita obra! Algumas já são antigas e outras em
perigo eminente. Gostava de ultrapassar estes
problemas no meu mandato...». Interrogado para
explicar melhor o teor das dificuldades, o jovem
autarca disse: «temos alguns caminhos com muros
Esses títulos nobiliárquicos
não
eram
hereditários.
A árvore genealógica de
cada cidadão não poderia
apresentar qualquer motivo
adverso à nobreza: bastardia,
desobediência à coroa real ou
sangue estranho à pureza dos
graus nobiliárquicos.
A perenidade nos cargos
por parte dos filhos obrigava
ao pagamento de verbas
previstas em tabela afixada
superiormente. Em 2 de Abril
de 1860, por exemplo, o grau
de Duque custava 2:450$000,
o de Marquês, custava:
2:020$000, o de Conde
valia: 1:575$000, Visconde
correspondia a 1: 025$000 e o
Barão tinha que pagar 750$000.
A wikipédia fornece esta
informação e esclarece ainda
que as custas para a obtenção
destes títulos tinha também
valores acrescidos: 366$000
para os papéis da petição e
170$000 para custear o brasão
correspondente
ao
grau.
Esses graus eram registados
no Cartório de Nobreza e
Fidalguia. Mas, segundo se
lê naquela mesma fonte,
em 1848, «desapareceram
misteriosamente
todos
os
documentos do Cartório de
Nobreza e Fidalguia» de que
era responsável Possidónio da
Fonseca Costa, ao tempo, rei
de Armas Principal.
O signatário desta nota,
confessa ser mero aprendiz
desta temática, faltando-lhe
a linguagem técnica que os
genealogistas manobram com
a maior destreza. Quando já
tinha a reedição de dois/três
volumes em fase de paginação,
para vir a público em meados de
2015, do Dicionário dos mais
ilustres Transmontanos e Alto
Duriensese, resvalei eu, para
este ramo das ciências sociais,
deparando-me com alguns
autores barrosões e outros de
barrosões descendentes, que
seria uma tremenda lacuna
não selecionar. Nas pesquisas
que fiz às famílias mais
conhecidas de Montalegre e
de Trás-os-Montes, encontrei
personalidades inimagináveis.
Eu que nasci numa aldeia
que raramente aparece nos
mapas, apenas me alegrando
a existência de um naco de
calceta romana da via XVII
e aí nascer o Rio Rabagão,
acabei de saber que nesse chão
etéreo nasceu Josefa Álvares de
Moura (1790-1863) que casou,
em primeiras núpcias, com
prestes a cair e uma casa em perigo de derrocada
e queremos proceder à renovação de caminhos e
calcetas».
Texto e fotos: cm-montalegre.pt
VENDA NOVA
Quartel da GNR poderá mudar para Salto
que o Destacamento ocupasse uma casa situada
no centro da aldeia para provisoriamente servir de
Quartel mas também a Junta de Freguesia da Vila de
Salto tomou idêntica medida.
Não se sabe ao certo como é que o processo
poderá evoluir, no entanto, esta medida, a
concretizar-se, terá consequências políticas nada
favoráveis à administração do concelho.
------- ------
O Quartel da GNR da Venda Nova, instalado
nesta localidade há 20 anos atrás, sob a influência
da Cãmara de então de Carvalho de Moura que teve
em seu apoio a posição do Cor. Dias Vieira, à altura
Comandate distrital da corporação, poderá, ao que
consta, mudar-se para Salto.
A Junta de Freguesia da Venda Nova já fez saber
que não concorda com tal medida pois que, segundo
diz, lhe assiste o direito de continuar com o Quartel
na sede da freguesia já que se mantêm as condições
que levaram à sua criação: estar numa posição
central em relação a todo o Baixo Barroso, os seus
agentes terem facilidades de deslocação para os
lugares mais afastados e situar-se à beira da EN 103
que é um corredor importante da região de pessoas e
mercadorias.
O presidente da Câmara de Montalegre a quem
os da Venda Nova acusam de querer levar tudo para
Salto desculpa-se com uma carta do Comandante
Geral da GNR que entretanto abandonou o cargo,
carta essa que autoriza a que o novo Quartel da GNR
da Venda Nova se localize em Salto.
Certo é que o Quartel da Venda Nova, depois
de construido, nunca teve verbas para obras de
renovação e beneficiação e passou a um estado de
degradação tal que não houve outro remédio senão
encerrar e retirar dali os agentes para outros Postos
vizinhos.
A Junta da Venda Nova já propôs ao Comando
João Gomes da Silva. Ficando
viúva voltou a casar com José
Joaquim Ferreira Caldas. Este
nasceu em Lisboa em 17810
e faleceu, em Montalegre, em
1849, com «um coro de corpo
presente com 50 clérigos».
Uma biografia riquíssima.
Tiveram uma única filha: Maria
Isabel Ferreira Caldas que casou
com Sebastião José de Miranda
Ataíde de Melo e Castro.
Tiveram duas filhas: Maria
Isabel e Maria da Assunção.
Estas duas senhoras foram
donas da Casa do Cerrado
e estiveram ligadas às casas
nobres da Região: Bragado
(Vila Pouca), Carrazedo da
Cabugueira, Morgados de
Casas Novas, etc.
A Casa do Cerrado que
hoje é pertença do simpático
casal: Sebastião/Isabel Caldas
Afonso, foi berço de muita e
nobre Gente de Barroso. Luís
Miguel de Castro Filipe Osório
Mora e o Diogo de Paiva e
Pona, genealogistas de grande
curso, nos seus muitos estudos
sobre Famílias notáveis de Trásos-Montes, ensinam-nos muito
e neles iremos beber elementos
para novas crónicas.
Há
muitas estórias neste Histórico
concelho da Terra Fria.
------
GRÉCIA
Como a crise grega ameaça Portugal
Os verdadeiros riscos para a economia
portuguesa não se ficam pela dívida pública ou pelas
bolsas, que, dia 29, afundaram - e de que maneira - e
com Lisboa a bater recordes negativos.
A lista de potenciais estilhaços na economia
portuguesa é imensa, a começar pelas taxas de
juro que podem afetar seriamente o financiamento
externo dos nossos bancos e empresas. De forma
indireta, isso também terá tradução nas taxas
cobradas nos créditos bancários. Tudo isto quando o
crédito malparado está atualmente no valor mais alto
de sempre.
Além disto tudo, ainda temos que contar com
inevitáveis efeitos psicológicos, a contração da
economia europeia e o consequente efeito nas nossas
exportações e variação na taxa de câmbio euro, que
favorece as exportações (o que é bom), mas afeta
negativamente as importações, nomeadamente o
petróleo.
Até domingo, dia do referendo, a incerteza é
imensa. E depois disso continuam a existir muitas
dúvidas.
In Expresso
4
Barroso
Noticias de
30 de Junho de 2015
POLÍTICA MUNICIPAL VISTA DE FORA
‘Ouro branco’ a 20 cêntimos o quilo
Foi numa tarde de muito
calor, e eu vinha passar o fimde-semana à aldeola. Ao chegar
perto de Ruivães, sintonizei
por acaso a Rádio Montalegre
no aparelho do meu carro,
mas apenas ouvi três palavras:
“Montalegre” e “ouro branco”,
já que naquele lugar cavado é
difícil captar o sinal radiofónico.
Pouco depois, numa curva e
contracurva da sinuosa estrada
EN 103, ouvi de novo o sintagma
“ouro branco”.
Foi muito pouco o que ouvi,
mas o suficiente para aguçar a
minha curiosidade. Quis saber
que filão era aquele.
Ao subir em direção a
Ruivães, depois de passar a
ponte de um regato onde no
inverno as águas correm céleres,
pus-me a imaginar que, por
certo, tinha sido descoberto
em Montalegre um rico filhão
aurífero e que, como nos tempos
do velho Oeste Americano (ou
como na corrida ao volfrâmio
das minas da Borralha), iria agora
acorrer à região grande número
de
aventureiros,
munidos
de carripanas e picaretas.
Montalegre iria de novo encherse de gente!
No entanto, depois de
cruzar aquela aldeia que já foi
vila, eu tomei conhecimento
da verdadeira realidade. O
“ouro branco” era o epíteto
por que a Rádio e a Câmara
designavam a batata ágria que
está a ser semeada na Quinta
da Veiga, fruto de um protocolo
estabelecido entre os outorgantes
Cooperativa / Câmara e um
empresário da batata pelo qual
o primeiro deles se compromete
a produzir algumas toneladas
deste tubérculo e o segundo
compromete-se a comprá-la
para a transformar em batata
frita. Também os lavradores de
Montalegre poderão associarse e vender a batata ao mesmo
empresário. A fábrica ficará
sediada em Ribeira de Pena.
Segundo a reportagem, este
protocolo era apresentado como
um caso de sucesso, uma mina de
ouro, uma genialidade operada
pela Câmara e Cooperativa…
a resposta no sítio da Câmara,
no final de uma notícia: são 20
cêntimos o quilo, isto é, “o ouro
branco do Barroso” será vendido
a 20 cêntimos. Não vamos agora
discutir o “do Barroso” (porque
não é assim que se diz, é “de
Barroso”, porque “do Barroso”
significa outra coisa) e vamos
concentrar-nos no protocolo
e na notícia, tal como ela foi
apresentada pela RM.
Andar a produzir batata a 20
cêntimos o quilo não vai tornar
os lavradores ricos, mas pobres;
a 20 cêntimos o quilo só vai
“Andar a semear batatas para vender a 20 cêntimos o
quilo é andar a trabalhar para aquecer e a enriquecer o
empresário que as vai comprar; a 20 cêntimos o quilo
significa que o dinheiro não dá para pagar os custos
da produção e, por isso, os lavradores vão ter prejuízo;
apresentar este protocolo como um caso de sucesso e
de riqueza é andar a gozar com as pessoas!”
Parece que tinham descoberto o
algoritmo para ser rico! Só faltava
uma coisa: na longa reportagem
nunca era referido o preço a que
o “ouro branco” era vendido ao
Sr. Batata Frita, como ele é agora
conhecido. Por vezes parecia
que iam falar em preços, mas
depois a conversa sofria uma
cabriola e já não diziam.
Mas eu quis saber e não
descansei enquanto não soube
qual o preço a que a batata iria
ser vendida, a qual iria fazer dos
lavradores, quer quisessem quer
não, uns ricalhaços. Encontrei
tornar uma pessoa rica: é quem
a vai comprar, o tal Sr. Bata Frita,
que depois de a transformar vai
vendê-la a 3 euros o quilo, isto
é, 15 vezes mais; apresentar o
protocolo como um caso de
sucesso e de riqueza é andar a
gozar com os produtores; por
20 cêntimos o quilo as pessoas
pedem é que a Câmara produza
batatas e as venda a si, que são
conterrâneos, e que não ande
a fazer favores aos de fora com
dinheiro público; a 20 cêntimos
o quilo significa que o dinheiro
não dá para pagar os custos
da produção e, por isso, quem
enveredar pela aventura de
produzir batata para vender vai
ter prejuízo.
Efetivamente,
em
Montalegre, onde a propriedade
é minúscula e, por isso, os custos
de produção são elevados, andar
a semear batatas para depois as
vender a 20 cêntimos o quilo é
andar a trabalhar para aquecer
ou querer ser generoso para com
o dito empresário. Sim, porque
os custos de produção são, na
maioria dos casos, superiores
aos 20 cêntimos. Primeiro é
preciso comprar a semente (que
é cara), depois comprar o adubo
(que é caro), depois lavrar,
depois semear e engradar, depois
aplicar o herbicida (que é caro e
tem grande impacto ambiental),
depois aplicar o inseticida,
depois regar, depois arrancar e
ensacar e só depois as vender;
e, com a venda, o dinheiro não
chega imediatamente mas só
passado alguns meses, quando o
lavrador já nem se lembra dele!
E mais ainda: se vier o míldio ou
outra calamidade, os riscos são
por conta do lavrador, porque o
tal capitalista não corre nenhum
risco!
Isto não é nada; elaborar
um protocolo nestas condições
é andar a gozar com as pessoas,
que merecem respeito. Não
ponho em causa a boa vontade
da Cooperativa e da Câmara em
querer ajudar as pessoas e querer
revitalizar a batata que já foi um
produto que trouxe dinheiro e
urge revitalizar, mas não é assim,
nem é a qualquer custo que se
faz. Não vou agora explanar o
que eu acho que devia ser feito
(porque sobre isso tenho uma
opinião que neste momento
reservo para mim), apenas digo
uma coisa: ou o preço de venda
é justo e os lavradores ficam
salvaguardados, ou é melhor não
assinar protocolo nenhum, nem
andar com espalhafates. Ai que
saudades eu tenho do tempo em
que os presidentes da Câmara e
os presidentes das cooperativas
eram filhos de lavradores e
percebiam de lavoura!
O mesmo é válido para a
Rádio Montalegre: não fica bem
induzir as pessoas em erro com
a tal associação entre batata e
ouro; não fica bem ser obscuro
e pouco rigoroso, só porque
agrada muito à Câmara; não fica
bem, é espalhafate e denuncia
a promiscuidade entre Câmara
e Rádio Montalegre. No meu
ponto de vista, a reportagem
devia ter em conta pelo menos
os seguintes tópicos: não fazer
a associação entre batata e
ouro porque induz em erro
e é incorreto; apresentar o
preço de venda desse “ouro
branco”, que é 20 cêntimos, e
não ter receio de o apresentar;
falar nos custos de produção
e,
finalmente,
entrevistar
lavradores e perguntar-lhes se
estão dispostos a vender batata
de qualidade a 20 cêntimos o
quilo. Ai que saudades eu tenho
de uma imprensa livre, isenta e
profissional!
MANUEL RAMOS
FERRAL
EDP Distribuição renova a rede de Baixa Tensão nas localidades de Viveiro e Pardieiros, na Freguesia de
Ferral, Concelho de Montalegre, melhorando a qualidade de serviço disponibilizada aos seus clientes.
A EDP Distribuição, no âmbito das
ações de melhoria contínua que vem
efetuando nas suas redes energéticas,
procedeu à renovação da rede de Baixa
Tensão que serve as localidades de Viveiro
e Pardieiros, freguesia de Ferral, concelho
de Montalegre.
Este
investimento
significativo,
compreendeu a renovação da rede elétrica
em cerca de 834 metros, possibilitando
a substituição por cabo troçada isolado,
de um extenso troço de rede aérea de
cobre nu que já apresentava fragilidades
Antes
Depois
mecânicas, originando avarias em presença
de condições atmosféricas adversas.
A nova rede em condutores isolados
é mais robusta e de secção adequada,
perspectivando melhor qualidade de serviço
e permitindo uma maior flexibilidade
na exploração da rede de baixa tensão,
possibilitando reconfigurações alternativas
de alimentação aos clientes, garantindo
sempre, a observância dos níveis de tensão
regulamentares, ficando também garantida
reserva de potência para fazer face a futuros
aumentos de consumos.
Barroso
Noticias de
30 de Junho de 2015
5
A Floresta: fonte geradora de emprego
Os números não mentem:
cerca de 35% do território rural
do Norte de Portugal continua por
aproveitar, ao mesmo tempo que a
população ativa no setor primário,
no pós 25 de abril, reduziu para
perto de metade, recuando o
emprego florestal para os 15%.
A floresta, riqueza natural,
cobre 39% do Continente,
pertencendo 92% a pequenos
proprietários, 6% às autarquias
e comunidades e apenas 2% ao
Estado. Por outro lado, a floresta
representa mais de 9% das
exportações, empregando perto
de 135 000 funcionários.
visão estratégica associada a
eleitoralismo fácil. E isso, a história
não nos perdoará. Montalegre
não tem restauração, muito
menos hotelaria, que justifique
investimento avultado no turismo.
Aliás, quantos empregos criam o
turismo no nosso concelho?
Mas mais importante do que
a percentagem com que contribui
para o PIB é o seu enorme
contributo para a proteção
do meio ambiente, devido ao
sequestro do carbono, podendo
vir a contribuir ainda mais para a
diminuição de gases com efeito
estufa se soubermos aproveitar
convenientemente os vários
milhares de terrenos incultos
ou em regime de set-aside que
aguardam reconversão.
Vem aí mais uma “época
de incêndios” e com ela mais
encargos para o erário público,
no desleal combate aos fogos,
na sua esmagadora maioria com
origem em mão criminosa ou
em queimadas mal planeadas.
Montalegre, aliás, tem sido
bastante fustigada pelos incêndios.
Urge, deste modo, encontrar
soluções nacionais, centradas
em dinâmicas locais, capazes
de assumir a gestão destas áreas
evitando a destruição desta reserva
natural da nação, fonte de enorme
riqueza, potencial criadora de
muitos postos de trabalho. Há
concelhos competitivos, como por
exemplo o de Leiria, que sempre
viram a floresta como um fator de
desenvolvimento local. Eu, olho
para o concelho de Montalegre, e
vejo a floresta, a par da agricultura,
como a sua salvação.
Investir quantias avultadas
no turismo em Montalegre, só
se justifica se houver falta de
Assinalou-se no dia 15 de
junho o Dia Mundial de Luta
contra a Violência sobra a Pessoa
Idosa. Esta foi uma data instituída
em 2006, pelas Nações Unidas
e pela Rede Internacional de
Prevenção da Violência à Pessoa
Idosa.
Com
esta
celebração,
pretende-se motivar a consciência
mundial, política e social da
existência da violência contra a
pessoa idosa e disseminar a ideia
de não a aceitar como normal.
A violência contra idosos
deve ser encarada como uma
grave violação dos Direitos
Humanos. A sociedade deve
encarar o envelhecimento da
população como um desafio para
a melhoria da qualidade de vida
dos mais velhos e uma vida com
mais dignidade.
Neste sentido, o secretáriogeral das Nações Unidas alerta
que “infelizmente demasiados
idosos podem estar em risco.”
Deve a sociedade em
geral promover a luta contra a
discriminação baseada na idade
e lutar pelo respeito dos direitos
das pessoas idosas.
Todo este trabalho de
consciencialização deve ser
promovido
desde
sempre,
começando por ensinar aos mais
novos o respeito pelos cidadãos
mais velhos, respeitando a sua
sabedoria, condição e contributo
que deram à sociedade.
Quando
falamos
na
violência contra idosos, os dados
são preocupantes e, de acordo
com a Federação das Instituições
da Terceira Idade, 39,4% dos
idosos em Portugal são vítimas de
violência doméstica.
O ano de 2014 foi, sem
dúvida, um ano dramático no
que diz respeito a este tipo
de violência. De acordo com
APAV, foram registados 852
casos de violência contra idosos,
traduzindo-se num aumento de
10,1% em relação a 2013.
De acordo com o relatório
anual da APAV, em média, todas
as semanas 16 idosos são vítimas
de violência doméstica em
Portugal.
Segundo a OMS, 32,9% dos
idosos são vítimas de abusos
psicológicos, 16,5% são vítimas
de extorsão, 12,8% vêm os seus
direitos desrespeitados, 9,9% são
vítimas de negligência, 3,6% são
vítimas de abusos sexuais e 2,8%
são vítimas de abusos físicos.
A par destes dados, segundo
o INE, 21% destes idosos
encontram-se em risco de
pobreza.
Perante estes dados, a
Federação das Instituições da
Terceira Idade defende que é
É necessário desenvolver
políticas capazes de fixar pessoas.
E só se fixam pessoas, se houver
emprego. Ora, a floresta pode-nos
proporcionar este condimento.
Floresta
significa
gente,
que dantes tudo fazia à custa
do seu próprio suor. Gente que
plantou, que moldou a paisagem,
antecipando em décadas, embora
sem o saber, os esforços da
humanidade em suster o aumento
do aquecimento global, devido
à emissão de gases com efeito
estufa, que tanto nos preocupa,
devido à ameaça de destruição do
planeta.
Hoje, a floresta necessita
de investimento em formação
profissional e na aquisição
de máquinas e equipamentos
para a preparação dos terrenos.
Precisa também de técnicos, de
gestores e trabalhadores capazes
de aumentar a produtividade
florestal, diminuindo os custos
de exploração e transporte de
madeira e biomassa.
É sabido que uma floresta
bem gerida pode render, a longo
prazo, quatro vezes mais que um
bosque sem gestão, sendo a gestão
Silvopastoril uma boa maneira
de o alcançar, aproveitando as
suas várias valências, incluindo
os subsídios. Melhor ainda
será fazer emparcelamentos de
terras, evitando o seu abando, e
aumentando a produtividade.
Ao Estado cabe-lhe assumir
o papel organizador, criando
instrumentos que estimulem o
investimento florestal bem como
rever o código do IMI rústico,
impondo que quem gere a terra
não paga, pois contribui para
a economia, e quem não gere
paga pela produção potencial
que aquela terra podia dar, sem
fazer perigar a dos outros. Aos
Municípios, em particular ao
nosso, cabe a tarefa de apoiar e
incentivar as dinâmicas locais
favorecendo a proteção dos riscos
ou apoiando a identificação
fundiária, que tanto as limita e
desincentiva.
A propósito: há uns meses
atrás foram muitos os camiões que
vimos sair, carregados de madeira,
das nossas florestas. Alguém
apresentou contas públicas? E
quando é que foram divulgados os
concursos para a aquisição dessa
mesma madeira?
O futuro da nossa floresta
constrói-se no presente, com a
vantagem de ajudar a salvar o
planeta, ao mesmo tempo que
permite criar os tão desejados
empregos, capazes de fixar as
nossas gentes. Deitemos mãos à
obra!
Bento Monteiro
Portugal e a violência contra os idosos
necessário chamar atenção da
sociedade para esta realidade
e promover um maior convívio
entre gerações. Para a FITI,
existem exemplos que explicam
que a sociedade “ não está
configurada com a população
idosa.”
Assim, a FITI prepara-se para
criar uma parceria com a Guarda
Nacional Republicana no sentido
de criar o Observatório para as
Pessoas Idosas, a qual será uma
estrutura idêntica as Comissões
de Proteção de Crianças e Jovens,
com o objetivo de “ sinalizar
as situações de isolamento” e
promover o contacto dos idosos
com as diferentes entidades
envolvidas.
Todos estes dados colocam
o nosso país numa situação
delicada no que toca à violência
contra idosos.
A OMS analisou mais de
50 países e Portugal surge entre
os 6 países com a situação mais
delicada. No nosso país, os idosos
correm 10 vezes mais o risco de
sofrerem violência em relação
aos restantes parceiros europeus.
Por outro lado, o relatório da
OMS conclui que os principais
abusadores tendem a ser da
própria família, por norma, filhos
e netos das vítimas.
Na Europa, 4 milhões de
idosos são vítimas de humilhações
físicas e psicológicas.
Perante toda esta realidade, é
urgente agir no sentido de acabar
com esta estatística e por fim à
violência contra idosos, usando
todos os meios necessários e
envolvendo toda a sociedade
nesta luta.
Paulo Delgado, Cap.
cont. P7
Barroso
Noticias de
6
30 de Junho de 2015
De Padroso, p’ró Mundo
UM PARÁGRAFO
Um Parágrafo # 53 – Luz
Hoje, o Sol Chorou!
O Sol é a vida! Aquece as nossas almas, os nossos corpos e a terra onde cultivamos os
alimentos e as plantas que nos permitem manter o equilíbrio físico e emocional.
Quando o Sol chora faz germinar todas as plantas incluindo as fruteiras.
Hoje, 21 de Maio, o Sol chorou. Maio é o mês da exuberância das flores nos jardins
(orquídeas, gladíolos, e rosas) e nas encostas dos montes (giestas amarelas e brancas e urzes
de cor lilás). É também o mês das cerejas.
A cereja, como fruta saborosa e bonita que é, tem o direito a ser caprichosa. Assim, escolhe
os planaltos para viver e poder dar-nos um sabor açucarado com uma ligeira pitada de acidez.
Não é por capricho ou mania de superioridade que a cerejeira faz esta opção.
Não, é porque tem a ilusão de que viverá mais tempo e que será mais independente sem
ter que se submeter a elementos estranhos à sua identidade.
A única Troica que aceita é formada por: chuvas abundantes em épocas adequadas,
terrenos ácidos e um Sol que brilhe bem lá no alto.
Tem sido assim desde que Portugal nasceu, é assim ainda hoje e será assim por muitos e
longos anos. Para que as cerejas continuem a ser um fruto colorido, bonito e apetitoso para
todos aqueles que desfrutarem do seu maravilhoso sabor.
Deixas-me na penumbra, quando olhas para mim. Cegas-me
com esse brilho de um sorriso matreiro mas sincero. Sufocas-me os
sentidos com a alvura de gestos naturais e sem preparação. O teu
luzir ofusca-me e transporta-me para noites perdidas no turbilhão
dos tempos, onde só a tua luz reinava e tudo à volta era um manto
cinzento de mágoas passadas. Noites em claro e dias em branco,
aspirando somente sorver um pouco dessa tua claridade que me
alimenta. Um sonho de claridade, por entre os raios difusos de uma
luz de sonho. Pensamentos de uma realidade onírica que procura a
atenção do teu brilho. Suspiros dispersos que remetem sempre para
um luzeiro terno e doce. Vontade de sentir a luz derramada sobre a
pele e deixar correr o murmúrio de um orvalho que sempre tardou
em vir. Um orvalho de mel que se esconde nas sombras do teu brilho
e escorre por entre os anseios de noites futuras. Um saciar da sede há
muito anunciada e perpetuamente adiada. Um percorrer de sonhos
em noites múltiplas e quimeras de um azul absurdo. Um mar de
doçura e um suspiro, enfim, quando me brindas com um sorriso e o
meu corpo se enche com o teu luar...
Algés, 21 de Maio de 2014
João Nuno Gusmão
Gusto, neto do Paulino
[email protected]
Uma Incursão da PIDE no Norte de Portugal
O ano de 1952 teve um
ou mesmo milhares, de folhas
início azarado, consequência
e documentos. A sua consulta
da PIDE lançar uma incursão
é complicada sobretudo por
em Trás-os-Montes e Minho
uma pessoa que desconhece
para prender cerca de 30
os
pessoas acusadas de conjurar
judiciais. Por essa razão e para
contra a segurança do Estado
abreviar,
por meio de associação secreta
incidiu principalmente sobre as
e uso de falsos nomes.
pessoas que nos dizem respeito,
trâmites
dos
a
minha
processos
atenção
O facto da PIDE aparecer
as de Montalegre, Boticas e
assim de supetão e fectuar
Chaves. Mas para suprir este
prisões simultâneas em várias
inconveniente publica-se uma
localidades, sugere que terá
lista com os nomes dos presos,
havido
profissões
da
delação.
consulta
Porém,
do
processo
e
naturalidade.
Fiz duas excepções para os
judicial não se pode tirar essa
dois
conclusão,
responsáveis pelo recrutamento
nem
encontrar
qualquer outra explicação.
funcionãrios
do
PCP
de militantes.
dessa
Com este trabalho também
polícia, mas quer-me parecer
pretendo dar a conhecer que a
que não foi a sua competência,
repressão da ditadura do Estado
que era pouca, que a levou
Novo também se abateu sobre
a executar esta acção bem
a nossa terra.
Pouco
conheço
coordenada.
Esta acção policial deu
Veja-se
a
Relação
das
origem a um processo enorme
pessoas presas pela PIDE em
composto de muitas centenas,
Janeiro de 1952
NOMEPROFISSÃONATURALIDADE
Carlos Augusto Gaspar
Carpinteiro
Samora Correia (Benavente)
Salvador Pereira Amália
Industrial fundidor
Anunciada (Setúbal)
M.ª Odete Gonçalves Lopes
Doméstica
Setúbal
Albertino Mendes
Sapateiro
Vilas Boas (Chaves)
Albino da SilvaComercianteBoticas
António Monteiro
Sapateiro
Eiró (Boticas)
Arnaldo Marques Mateus
Alfaiate
Codeçoso (Boticas)
Germinal Alves VieiraPadeiroVidago
João António Landeiro Borges Médico
Aldeia do Bispo (Idanha a Nova)
João José Canavarro
Médico
Bornes (Vila Pouca de Aguiar)
Júlio Pereira Mesquita
Comerciante
Chaves
Elísio Pereira Brites““
Florêncio Pinto TeixeiraFafe
Ilídio Alves Gomes
Electricista
Silvares, S. Martinho (Fafe)
Armando da Silva
“
S. Sebastião (Guimarães)
Adelino de CastroAlfaiateFafe
Joaquim da Silva Sequeira
Chapeleiro
S. Victor (Braga)
Manuel Fernandes“S. Victor (Braga)
Hirondino dos Santos Isaias
Factor caminho ferro
Vimioso
Alexandre Vieira Soares
Padeiro
Azurara (Vila do Conde)
António dos Santos Almeida
Médico
Lamego
Francisco Ribeiroda Fonseca
Madeireiro
Penafiel
Abílio Olímpio Pinto Salgado Professor primário
Meirinhos (Mogadouro)
Raul dos Santos
Prof. Primário
Lisboa
Arnaldo Augusto Pereira
Chefe da Estação da CP Duas Igrejas (Miranda do Douro)
Francisco Augusto Neves–Moncorvo
José Mendes dos Santos Ferreira –
Viseu
MAPC
Barroso
Noticias de
30 de Junho de 2015
7
POLITICAMENTE FALANDO!...
OS VENDILHÕES DO TEMPLO!... O que
ganhou afinal o país com as privatizações?!...
Domingos Chaves
O episódio é bíblico
e ocorreu no Templo de
Heródes!... A ganância dos
cambistas pela venda e troca
da pecúnia grega e romana,
era a clara profanação de um
lugar sagrado, governado e
protegido pelos fariseus em
benefício dos saduceus.
Transposto
para
os
“templos”
modernos,
a
parábola assenta que nem uma
luva no solo pátrio. Esta terra
sagrada que nos pertence, é
hoje objecto de cobiça da
alta finança internacional.
Como os fariseus de hoje
não diferem dos fariseus de
há milénios, eis que vários
quinhões de riqueza pátria
vai sendo vendida a retalho.
Agora porém, com a agravante
de sabermos que os acólitos
destes fariseus, partem e
repartem entre si o óbolo da
profanação.
“Ontem” foi a GALP, a
CIMPOR, a EDP, a REN, a PT, a
Fidelidade e a Tranquilidade a
chineses e angolanos; a ANA a
franceses; o Pavilhão Atlântico
ao genro do professor Cavaco;
os hospitais da Caixa Geral
de Depósitos a brasileiros; os
CTT`s a fundos e financeiros
suiços, americanos, alemães,
franceses e até irlandeses;
“hoje”, segue-se-lhes a TAP,
sem se saber ainda muito bem
a “quem”; a concessão do
Oceanário de Lisboa ao Grupo
Jerónimo Martins; e à porta
ficam para já, os transportes
de Lisboa – Carris e Metro, os
STCP do Porto, a CP e até a
RTP e as Águas de Portugal.
Dito isto, aquilo que
efectivamente ressalta aos
olhos do cidadão comum,
é que em boa verdade as
preocupações com a soberania
nacional e a defesa de um
património que é nosso, ficam
para planos secundários, e
pelo que se tem visto, não
têm eco nos partidos que
têm passado pelo Governo.
Entre os ideólogos que
estão a preparar o programa
económico da actual maioria,
há mesmo a convicção, de
que “desde que o centro de
decisão nacional, em relação
aos
sectores
estratégicos
se mantenha em Portugal,
e desde que se assegure a
concorrência e a regulação
forte do Estado, é possível
privatizar quase tudo”. Mau
de mais para ser verdade...
Mas voltando ao tema
que hoje aqui cabe abordar,
e sabendo-se que a totalidade
das privatizações renderam
ao Estado cerca de 9,2 mil
milhões de euros - que para
pouco mais serviram do que
para pagar juros à tróika
durante um ano -, há duas
questões que se impõe serem
desde já equacionadas.
PRIMEIRA: o Programa
de Ajustamento com a tróika,
impunha como meta privatizar
activos até 5,5 mil milhões
de euros. O Governo porém,
resolveu ir “além da tróika”
e optou não só por vender
o dobro, como continuar
tal saga até ao final do seu
mandato!... Perante os factos,
como vai então ser, quando se
acabarem os “anéis”?!...
SEGUNDA:
sabendo-se
que ainda assim, o Estado
Português criou em nosso
nome a astronómica dívida de
cerca de 225.000.000.000€
(duzentos e vinte e cinco
mil milhões de Euros), que
ninguém consegue explicar
em concreto aos bolsos de
quem foi parar tanto dinheiro;
que tal valor significa 130,3%
do Produto Interno Bruto
(PIB), ou seja, toda a produção
de bens e serviços de Portugal
durante 1 ano e 3 meses; que
cada português vivo, qualquer
que seja a sua idade, tem uma
dívida de 22.630,00 € que não
sabe a quem deve, nem porque
deve, mas que deve; que só
de juros desta dívida, o Estado
paga por ano 8.000.000.000€
(oito mil milhões de Euros)
a quem pediu e continua a
pedir emprestado, dinheiro
que alguém gastou, mas
ninguém sabe explicar quem,
nem onde; que diariamente
cada português vivo tem um
encargo só com juros de 2,19
€ relativos a essa dívida que
não sabe que deve, e que nos
últimos quatro anos, a mesma
está a aumentar à média de
9 mil milhões por cada ano,
como fazer-lhe então frente
e aos respectivos juros, que
alguns vêm classificando
como sustentável, partindo
do pressuposto de que as
privatizações atingiram o seu
limite e num futuro próximo,
já nem dinheiro para juros
conseguem gerar?!...
Será que o país, como
alguns vêm afirmando “está
melhor” e já não precisa de
almofadas provenientes de
tais receitas?!...
É evidente que tal não
é verdade!... E tanto assim
é, que não estando ainda
satisfeitos com a chamada
reforma estrutural dos anos do
ajustamento, as novas/velhas
fórmulas ditadas do exterior,
foram
já
recentemente
lembradas
como
ainda
necessárias, pelo chefe da
missão do FMI, senhor Subir
Lall que assiduamente visita
Portugal, as quais pese embora
não tenham sido do agrado do
Governo – alegadamente pelo
facto de estarmos em periodo
pré-eleitoral – nem por isso
deixaram de as inscrever no
Programa de Estabilidade para
o quadriénio 2015-2019 e no
DEO recentemente enviado a
Bruxelas.
Nada de estranhar, tendo
em conta a qualidade de
“bons alunos” dos nossos
governantes, a subserviência
sempre demonstrada que aliás
não é novidade para ninguém,
e até o profundo afastamento
dos partidos da coligação à
matriz social-democrata e
democrata-cristã, que marcou
os últimos anos de governação,
em benefício claro de uma
visão ultra-conservadora e
revanchista, para quem as
pessoas não representam mais
que números.
Não tenhamos por isso
ilusões!... Com a tutela
da tróika que continua
bem presente por cá, e
a continuidade no poder
de figuras menores que
esquecendo Sá Carneiro e
Freitas do Amaral, resolveram
optar por politicas neoliberais, aquilo que espera os
portugueses é mais do mesmo,
isto é: austeridade sobre a
austeridade.
Com esta gente, os cortes
nos salários dos funcionários
públicos são para continuar; a
reversão da sobretaxa do IRS
prometida por Paulo Portas à
custa do orçamento de 2016
(quem não se lembra da sua
promessa e das informações
trimestrais aos contribuinte
que serviram de alibi para
aprovar o aumento da carga
fiscal no OE2015?!...), não
passou de um “mito urbano”;
a intenção de introdução de
uma “medida para a chamada
sustentabilidade da Segurança
Social, que se traduz num
corte de 600 milhões de euros
já no próximo ano, é uma
ameaça que paira sobre os
reformados e pensionistas;
e para compôr o ramalhete
face ao estrondoso falhanço
que foi o famoso Guião de
Paulo Portas, avança-se com
uma nova versão da “Reforma
do Estado”, o que significa
que depois de quatro anos
de nada, afinal em 20152019 é que vai ser. Números
ou medidas concretas neste
particular, ficam no “segredo
dos deuses”.
O que espanta, é que
depois
de
conhecidas
todas
estas
“promessas”,
ainda há gente por aí,
que descaradamente quer
convencer os portugueses de
que o país “vai de vento em
popa” e de que esta dívida ao contrário da existente hà
quatro anos atrás, inferior
em 36% do PIB nacional - é
sustentável.
No meio de todo este
“emaranhado”,
a
grande
verdade é que os problemas
nacionais não se resolvem
com “almofadas transitórias”,
hipotecando o património
do país ou apostando em
politicas de empobrecimento.
Temos de facto, um problema
grave de sustentabilidade
de toda a sociedade, mas tal
não é resolúvel com receitas
e “remendos” decorrentes da
alienação de património!...
Obriga pelo contrário, a uma
transformação
radical
da
sociedade ao nível político, ao
nível social e da participação
política, que imponha que os
recursos públicos servem para
o enriquecimento do país,
para o bem comum e nunca
para o capital financeiro,
que em versão chinesa até já
se dão ao luxo de classificar
Portugal, como uma “loja dos
trezentos”.
Dito isto, ninguém tem
pois o direito de concorrer
para a falência de um Estado,
alienando as suas principais
empresas, tornando a vida
dos cidadãos mais difícil,
reduzir os seus rendimentos,
dificultar-lhes o acesso a
bens e serviços essenciais,
“empurrar”
milhares
de
jovens qualificados país fora,
e descurar soluções que
permitam recolocar parte
substancial dos 1,2 milhões
de pessoas no mercado de
trabalho, como forma de
tornar a economia nacional
mais forte. Privatizar apenas
por razões ideológicas, é
“crime lesa-pátria”...
É por tudo isto e sem
prejuízo de me enganar muito,
que não me canso de afirmar,
que na vida existem duas
espécies de “homens”: os que
sim e os que não!... Uns são
corajosos e determinados, os
outros não passam de “mitos
urbanos”.
Infelizmente
e
para nossa desgraça, estes
últimos, sempre foram em
maior número, o que explica
o mundo “miserável” que
criámos.
Há por isso que “expulsálos do Templo de Salomão”,
com
urgência
e
sem
contemplações, para que
não fiquemos à míngua do
que é nosso e que vai sendo
devorado pelos sacrílegas que
usurpam bens colectivos em
benefício de interesses que
certamente não são os dos
portugueses em geral.
(Texto escrito segundo o
antigo acordo ortográfico)
8
Barroso
Noticias de
30 de Junho de 2015
Salto
Junta de Freguesia assinalou o
20.º aniversário de elevação a vila
A Junta de Freguesia de Salto
assinalou o 20.º aniversário de
elevação de Salto a vila.
A sessão ficou marcada pela
atuação do grupo de cantares, em
homenagem a Carlos Mota, um filho
da terra recentemente falecido, e pela
apresentação dos dois primeiros livros
“Espelho” e “Memórias de Salto do
século XX”,de José Carril.
Foi no auditório da Casa do
Capitão, pólo do Ecomuseu de Barroso
em Salto, que encheu para assinalar
os 20 anos de ascensão da freguesia à
categoria de vila.
A primeira publicação dos referidos
livros narra as vivências pessoais do
autor e na segunda apresenta tradições
e informações sobre a freguesia.
O presidente do município de
Montalegre referiu que continua, deste
modo, a «perpetuar-se a importância
desta grande terra», uma localidade
antiquíssima que no século VI
pertencia à diocese de Braga «com
usos e costumes muito característicos
que vêm expressos num destes
livros» explicou Orlando Alves. O
autarca afirmou ainda que se trata de
informação que vem da «tradição oral
e deste saber de experiência feito».
Uma data de destaque para Salto
que Alberto Fernandes, presidente da
Junta de Freguesia, não deixou passar
em branco definindo-a como «um dos
dias mais importantes ao longo destes
anos à frente desta maravilhosa terra».
No seguimento do desafio que lançou
às suas gentes, para que escrevessem
sobre Salto, resultou «o lançamento
destes livros maravilhosos». Nesta
sessão «também não quisemos deixar
de lembrar o Carlos Mota, um saltense
de gema, que sempre esteve envolvido
nas nossas organizações» rematou
Alberto Fernandes.
Por fim, José Carril que aos 86
anos lança, de uma só vez, dois
volumes. O autor revelou surpresa
com «o interesse de tanta gente pelas
minhas obras». Depois de agradecer a
presença de familiares e amigos, este
saltense prometeu continuar a escrita,
tendo já alguns temas em mente.
Fonte: cm-montalegre.pt
XIII Circuito Inter Clubes de Tiro
Desportivo
Realizou-se em Salto, a 10.ª
prova do circuito Inter Clubes de Tiro
Desportivo. Reuniu durante dois dias
cerca de 100 participantes. Para Fátima
Fernandes, vereadora da educação da
Câmara Municipal de Montalegre, isso
mostra «o profissionalismo, empenho
e dedicação encontrados neste espaço
desportivo barrosão».
O campo de tiro desportivo
de Salto é já uma referência da
modalidade na região. Voltou a receber
uma prova da maratona de 12 torneios
de tiro aos pratos, nas modalidades
de fosso universal e trap, que mexe
com os clubes da região e potencia
o tiro desportivo. Durante um fim de
semana, a vila barrosã acolheu cerca
de uma centena de atiradores que, para
além da competitividade, mostraram,
sobretudo, camaradagem, amizade e
boa disposição.
Fátima
Fernandes,
vereadora
da educação do município de
Montalegre, testemunhou «a satisfação
dos participantes que se mostraram
agradados com as nossas instalações e
com a nossa gastronomia».
In cm-montalegre
Carlos Mota
Faleceu no dia 15 de Junho Carlos
de Jesus Fernandes Pereira da Mota com
a idade de 60 anos. O povo de Salto e o
de todas as localidades em redor ficaram
em estado de choque por se tratar de
pessoa muito conhecida, porque tinha
sido funcionário municipal, bombeiro
e sobretudo um saltense sempre pronto
a ajudar no que fosse necessário para o
bem da freguesia.
Carlos Mota era casado e pai
do jornalista Sérgio Mota que segue
as pisadas do pai como profissional
empenhado, bairrista e solidário.
O Notícias de Barroso cumpre
o dever de apresentar sentidas
condolências a toda a família MOTA e
em particular ao amigo Sérgio.
Que o Carlos descanse em paz!
Vivendas BEIRA CÁVADO
De frente do Rio Cávado
e do Parque de Lazer de
Montalegre,
Situa-se o melhor conjunto
de VIVENDAS em banda,
Cada em T4, com amplos
espaços nos três pisos
Os mais modernos
equipamentos de cozinha e
do mobiliário
Construção e Acabamentos
de requinte.
Contacte-nos: 276 512 260
e 964 053 004
Barroso

Noticias de
30 de Junho de 2015

9
O Super
de Montalegre
com promoções
todas
as semanas
Rua da Portela, nº 3 5470-229 Montalegre
,
Sede:
Lugar do Barreiro rua 1
4730-450 Vila do Prado
Portugal
Quality Inn
AGENCIAS FUNERARIAS Fernando ALVES
E.F.G INTERNACIONAL
Construção Civil e Obras Públicas
Carpintaria
Construção Civil
Lavandaria
e Obras Públicas
Funerária
Carpintaria
Lavandaria
Funerária
Rua Central, 32
5470-430 SALTO
- Casamentos; Baptizados; Aniversários; Congressos e todos os Eventos
- Quartos com promoções durante todo o ano
AGÊNCIA FUNERÁRIA
INTERNACIONAL LDa
POMPES FUNEBRES E.F.G
Restaurante:
Além dos pratos (nacionais e estrangeiros) constantes
Av. João-XXI,
n°477, 4715-035 BRAGA
18 Rue Belgrand 75020 Paris
da Carta
também
tudo incluído por 6 
Telefone
253 061 149
- Fax 253serve
060 916 refeições económicas com
Tél : 00331 46 36 39 31 – Fax : 00331 46 36 97 46
Telemóvel
927 054
000 Banho turco; Hidromassagens e Massagens
- Piscina;
Sauna;
Portable : 00336 07 78 72 78
[email protected]
[email protected]
O Hotel ainda tem à disposição do cliente uma variada gama de percursos
TRASLADAÇÕES
RECONSTITUIÇÃO CORPORAL
TANATOPRAXIA
EMBALSAMENTO DO CORPO
Rua do Avelar, TANATOESTÉTICA
2 5470 Montalegre- Tel: (351)
276 510 220 - Tlm: 91 707 91
CREMAÇÃO
pedestres, de bicicleta ou motorizados para dar a conhecer os valores
culturais das terras de Barroso.
Projectos,
Fiscalização e
Direcção Técnica
Tel. 253 659897
Fax: 253 659927 e
Telem: 96 657 2973
Paula Cunha, Lda.Paula Cunha, Lda
A
Empresa
doLda
concelho de Montalegre que
Paula
Cunha,
procura
servir os seus clientes com eficiência e
A empresa do concelho de Montalegre que procura servir os seus
clientes com eficiência e qualidade
qualidade.
10

Barroso
Noticias de

Tito CruzGomorra
Gonçalves de Freitas
24.05.1948 - 25.02.2008
Se alguma situação na minha vida causou um momento hilariante forte, essa situação foi a do
visionamento de um desembarque de droga numa praia espanhola repleta de gente. E, como teria de
“Bom filho, bom marido, doença que o obrigou a deixar e coração, ao seu marido Tito.
dar-se, para lá do vídeo, ninguém fez o que quer que fosse. Uma atitude que tem de compreender-se
Asua
esposa
Mariana
e as
o emprego
com bem
54 anos
de estado
excelente
pai,
amigo
e colega”de pessoas
por parte
debom
muitas
centenas
que sabem
o terrível
a que
chegou
hoje o poder
noVítima
seio da União
de Europeia.
doença idade, passou a viver na sua casa filhas Alexandra e Ana Maria e
Sem
preocupações,
conjunto
de bandidos
trouxesob
um daqueles
botes família
de borracha
vêm com
por mais
este
de Vila
da Ponte
os restante
prolongada desde o diaum
5 de
de dez metros de comprimento, ali desembarcando, nas calmas, os maços de droga que tinham de
Junho
de 2002 faleceu no cuidados da extremosa esposa, meio agradecera todos quantos
vir a entregar aos recetadores. Até um vídeo pôde ser realizado, sem que daí adviesse qualquer risco
se dignaram
assistir ao funeral
Mariana,
funcionária
da Nem
Zona vê-la!
passado
dia 25
de ou
Fevereiro
para o seu
autor
para osobandidos.
Polícia
Marítima?
Nadadores-salvadores?
Não
surgiram.
Ora, ora...
GentededoBarroso
Combate
Droga
pitada!
missa–,denem
sétimo
dia ou que de
Agrária
que,à por
sua– o equê?!
Tito.
Tina Guardia
59 anosCivil?
de idade.
A verdade é que lá acabou por surgir a explicação da Associação Espanhola de Guardas Civis:
outra forma lhe manifestaram
Funcionário das Finanças de
é preocupante falta de efetivos e meios naquela zona. Bom, caro leitor foi o momento da minha
pesar
e solidariedad.
Montalegre,
por isso conhecido
primeira gargalhada.
Se por lá não existem meios humanos, por cá,onoseu
dizer
das palavras
de Maria
Agradecem
de modo especial
em
todo
o concelho,
Tito era
José
Morgado,
faltamo toner
e impressoras a cores... O momento da segunda
gargalhada.
E
então,
os
homens
–
e
as
mulheres,
claro
–
da
Associação
Espanhola
de
Guardas
Civis logo
aos seus dois médicos
de
natural de Sabuzedo. Casou
explicaram que estão preocupados com a segurança dos cidadãos. Deve ser esta a realidade, embora
família, Drs António Sousa e
com Mariana Francisca Anjo
convenha, a este respeito, ler a obra de Arturo Pérez-Reverte, A RAINHA DO SUL, por onde se
Carlos
Reis, pessoas
muito
Afonso
daserVila
percebe Freitas,
facilmente
esta da
a realidade no Sul de Espanha. E se a esta
obra juntarmos
GOMORRA,
do jornalista
Saviano,
noites dos
dias úteis,
ficamos
dedicadas
e sempre
Ponte,
de quemRoberto
teve duas
filhas, que está agora a passar na RTP 2, nashumanas,
com
uma
ideia
precisa
do
valor
daquelas
palavras.
disponíveis, bem como aos
a Alexandra e a Ana Margarida
Como é evidente e também aqueles guardas referem, hoje é esta a objetiva e visível realidade,
senhores enfermeiros e pessoal
que
ajudou a criar e educou
por lá, por cá e por tantos outros lugares da União Europeia: o contrabando de algumas drogas
do Centro
de Saúde
com
muitazona
dedicação,
não mas
se converteu-se, nos últimos tempos, auxiliar
naquela
não é novo,
numa das
principais
formasque
de
subsistência
de muitaspara
famílias,
socialmente
e apoiado
por
com carinho
o trataram
durante
poupando
a sacrifícios
que pelo que o fenómeno passou a ser aceite
uma grande parte dos cidadãos. É caso para que se diga: onde é que nós já vimos tudo isto?...
os últimos 5 dias da sua vida.
nada lhes faltasse. Conseguiu
Por fim, formulo votos para que a TVI 24 volte a passar o excelente documentário, A CIA E OS
Oda
Tito
foi bomAndreas
filho, bom
dar
a cada
delas
um Ministro da Defesa da República Federal
NAZIS,
onde uma
nos surge
o antigo
Alemanha,
von
marido,
excelente
pai,é como
bom
estatuto
para enfrentarem
Bülow, social
a explicar
que o combate à droga é um modo de enganar os
cidadãos
e que nada
sempre
se
disse.
Pois,
este
caso
ora
surgido
em
Espanha
mostra
isto
mesmo...
amigo e colega.
a vida com mais facilidade, uma
enfermeira e a outra analista.
Devido às fragilidades com
que vivia em consequência da
vez, se viu obrigada a pedir a
reforma antecipada para se
dedicar a tempo inteiro, de alma


Hélio Bernardo Lopes
30 de Junho de 2015

Conservatória dos Registos Civil, Predial e Cartório
Notarial de Montalegre
    
      


EXTRATO



      
Para efeitos de publicação certifico que, por escritura lavrada em 22 de junho de 2015, na

    
Conservatória dos Registos Civil, Predial e Cartório Notarial de Montalegre, a cargo da Lic.
   

Maria Carla de Morais Barros Fernandes, exarada a folhas 73 e seguintes do livro 981-A, Rui da

    
Cruz Coimbra, solteiro, maior, natural da freguesia de Vilar de Perdizes (São Miguel), concelho

de Montalegre, residente na Rua Cruz do Muro, nº. 2, 
lugar de Vilar de Perdizes, freguesia de

Vilar de Perdizes e Meixide, concelho de Montalegre,
na qualidade de procurador de MANOEL


ALVAR DE BARROS, NIF: 188 173 277 e mulher,
RICARDINA BERNARDES GOMES,

 

NIF: 224 008 889, casados no regime da Comunhão
geral, naturais
da
dita freguesia
de Vilar 
de

Miguel),
residentes

 do Muro,

Perdizes(São
na Travessa
nº. 16, dito lugar de Vilar de Perdizes,


declararou:
Que os seus representados são donos, com exclusão
de outrém, do

seguinte bem imóvel, situado na freguesia de 
Vilar de Perdizes e Meixide, concelho de

Montalegre:


Prédio urbano situado em Muro, lugar de Vilar de
Perdizes, composto de terreno, com a área
de 
quinhentos e três, virgula, setenta e nove metros
quadrados, a confrontar do norte e poente
com caminho
público,
do sul e nascente
com João Barros
Pinto Pires, inscrito na respetiva matriz


 


sob o artigo 910.


Que o prédio está inscrito na matriz em nome do justificante marido, estava inscrito na


matriz sob o artigo 780, da freguesia de Vilar de Perdizes (S. Miguel) (Extinta), nunca esteve








inscrito na matriz rústica e encontra-se ainda por descrever na Conservatória do Registo Predial

      
de Montalegre.


Que não têm qualquer título de onde resulte pertencer-lhes
o direito de propriedade do prédio,

mas iniciaram a sua posse em mil novecentos e oitenta e um, ano em que o adquiriram por


partilha meramente de seus pais e sogros, José de Barros
e Maria do Alvar Couteiro, residentes


 Vilar
de


que foram
na dita
freguesia de
Perdizes
(São Miguel).

Que desde essa data, por si ou por intermédio
de alguém, sempre têm usado e fruído o
indicado 
prédio,
cultivando-o,
colhendo os seus frutos, pagando todas as contribuições por ele

 
 
devidas e 
fazendo essa
exploração com
a consciência de
serem os seus únicos donos, à vista de

 

todo e qualquer interessado, sem qualquer tipo de oposição,
há mais de vinte anos, o que confere à


posse a natureza de pública, pacífica, contínua e de boa
fé, razão pela qual adquiriram o direito de
propriedade
o prédio
por USUCAPIÃO,
invocam para efeito de ingresso
  sob


  que expressamente

do mesmo no registo
predial.  

 


Montalegre, 22 de junho de 2015 .

A Ajudante, (Maria José Fernandes Carapenha)

    
Conta:


Artº 20º 4.5.------ 23,00 € Conta Registada sob o nº 359/
Notícias de Barroso, 30 de Junho de 2015
VENDE – SE EM TOURÉM

Em Tourém, situada na Rua Principal,
vende-se CASA DE HABITAÇÃO, toda em pedra,
para reconstruir.
GABINETE DE APOIO AO EMIGRANTE
Contactos: 276 512 180 e/ou 93 937 7290
Vendem-se
Apartamentos T3 e Lojas Comerciais


Barroso
Noticias de






1-Assinaturas

Pede-se aos nossos amigos assinantes que procurem ter os pagamentos da assinatura do jornal actualizados.
Os valores das assinaturas são os seguintes:
Nacionais Estrangeiras:
Espanha
Resto da Europa
Resto do Mundo
= 20,00 
€uros
= 30,00 €uros

= 35,00 €uros
= 35,00 €uros
As assinaturas podem ser liquidadas através do envio de cheque ou vale postal em €UROS passados à ordem
do Notícias de Barroso ou por transferência Bancária para a CO em nome de Maria Lurdes Afonso Fernandes Moura,
usando as referências seguintes:
Nacionais Estrangeiras:
- NIB: 0079 0000 5555 1489101 27
- IBAN: PT50 0079 0000 5555 148910127
- SWIFT/BIC: BPNPPTPL
Na etiqueta da sua direcção pode ver a data de pagamento (PAGO ATÉ…) do jornal. Se entender que não está certo,
contacte-nos (+351 91 452 1740).
Rua do Salgado, s/n 5470-239 Montalegre
2. Prestação de serviços

Atenção aos srs. Assinantes que optarem por fazer transferências bancárias dos valores das assinaturas ou

outros.
Do pagamento efectuado devem avisar a administração do jornal ou através do próprio Banco ou por mail
[email protected]
ou por telefone.

Isto porque o Banco que transfere o dinheiro e até o próprio talão comprovativo da transferência que dá o Banco

não indicam dados do assinante pagador. Como consequência, não se registam os pagamentos desses assinantes.

Ajude-nos a fazer um jornal ainda melhor.





Contactos:
0034 – 988 460 425
0034 – 66 416 6214
Barroso
Noticias de
30 de Junho de 2015
11
Repensar as Festas Cristãs
Pe Vítor Pereira
Já aqui escrevi sobre as festas
cristãs e volto de novo a abordar
o tema porque há alguns aspetos
que devem ser repensados.
Faço-o,
aproveitando
uma
nota pastoral que o Bispo de
Bragança-Miranda, D. José
Cordeiro, dirigiu à sua Diocese,
nota que me parece oportuna.
Vem aí o tempo do Verão,
estação pródiga em festas. Este
mesmo mês de Junho, que
chegou ao fim, foi um fartote de
patuscadas e de pândega com os
denominados santos populares. Será que as nossas festas cristãs
são verdadeira expressão da fé
cristã?
As festas são momentos
importantes da vida. O ser
humano sente necessidade
da festa. Quebram a rotina,
retiram a vida da vulgaridade,
favorecem a alegria, o encontro
e a fraternidade entre as pessoas.
Enfim, são momentos de
celebração da vida, que ajudam
BOTICAS
XVII Encontro do Idoso
juntou cerca de 2000
pessoas
O Pavilhão Multiusos
acolheu, no passado domingo,
dia 21 de junho, mais uma
edição do Encontro do Idoso
do Concelho de Boticas,
organizado pela Câmara
Municipal com o apoio da
Santa Casa da Misericórdia,
Agrupamento de Escuteiros de
Boticas e Núcleo de Boticas da
Cruz Vermelha.
A iniciativa, que já vai
na 17ª edição, contou com
a presença de cerca de 2000
participantes, entre idosos
das freguesias do concelho
botiquense, utentes da Santa
Casa da Misericórdia e do
CADAT.
O encontro, que teve
início às 10H00, começou
com a receção dos idosos no
Pavilhão Multiusos, seguindose a habitual celebração da
Santa Missa, presidida pelo
Padre Domingos Teixeira e pelo
Monsenhor Silvério Guimarães.
O Presidente da Câmara
Municipal de Boticas, Fernando
Queiroga, confirmou que
o Encontro do Idoso é para
manter até porque é uma das
iniciativas mais importantes do
Município e que, felizmente,
graças à boa gestão financeira
da autarquia, estão reunidas
todas as condições para que este
convívio se repita nos próximos
anos.
Durante o almoço o
Presidente do Município
botiquense, Fernando Queiroga,
entregou a cada um dos idosos
a crescer em humanidade e
alegria de viver e ser com os
outros. Na nossa memória, não
podemos deixar de conservar
a vibração, ou até mesmo a
comoção, e as ressonâncias
agradáveis das festas que
nos vão passando pela vida,
como eu tenho por exemplo
da grandiosidade da Senhora
da Livração de Boticas ou do
Senhor do Monte de Pinho, ou
até da festa da minha terra e das
festas que já vou celebrando
como pároco.
É importante que a festa
seja mesmo festa, momentos de
verdadeiro encontro com Deus e
com os outros, que acrescentam
força, vida, alegria e esperança
autênticas à vida, momentos
que ajudam a fazer da vida
uma experiência admirável.
Isto é que é o essencial de uma
festa digna desse nome. Como
diz D. José Cordeiro, «falamos
da festa cristã e não apenas de
um mero passatempo festivo
e que hoje, como é frequente,
faz parte do circuito comercial.
A festa traz em si mesma a
afirmação do valor da vida e da
criação, tornando o nosso viver
mais humano e mais digno».
A motivação mais profunda
da festa cristã é o amor de
Deus. «Festejar é próprio de
quem sente que é amado por
Deus. Deus ama e chama, no
quotidiano, no trabalho e na
uma pequena lembrança alusiva
ao dia, fazendo questão de
cumprimentar individualmente
todos os participantes.
A animação da 17ª edição
do Encontro do Idoso do
Concelho de Boticas ficou a
cargo do Grupo de Cantares da
Associação Cultural, Recreativa
e Desportiva da Serra do
Leiranco – Sapiãos e do Rancho
Folclórico do Centro Cultural e
Recreativo de Beça.
Troféu Downhill Boticas
2015
Boticas recebe no próximo
fim-de-semana, 4 e 5 de julho,
a primeira edição do Trofeu
Downhill Boticas 2015, uma
organização do Município
que conta com o apoio da
UVP/Federação Portuguesa
de Ciclismo e da Associação
Regional de Ciclismo de Vila
Real.
Os atletas terão à sua
espera uma pista, criada
propositadamente para a
prova, com 1600 metros de
comprimento e um desnível
de 300 metros. A prova
será marcada por grande
exigência técnica e física dos
participantes, mas está garantida
a adrenalina característica do
Downhill.
A pista tem ponto de partida
no Miradouro de Seirrãos sendo
a meta junto aos armazéns do
município.
O público tem, ao longo de
todo o percurso, vários pontos
para poder ver os atletas em
competição sendo que o melhor
local para o efeito é junto à
festa, a participar do Seu Amor.»
Nas festas cristãs, tudo deve
ser organizado para se agradecer,
celebrar e fortalecer o valor da
fé, dom de Deus, com toda a sua
riqueza e exigência. Estamos ali
porque somos cristãos, porque
somos Igreja, que deseja
celebrar e cantar a obra de Jesus
Cristo e as maravilhas que Ele
faz naqueles que o seguem (os
santos) e o papel e exemplo
de Nossa Senhora na História
da Salvação. Não estamos ali
apenas como meros amigos que
se juntam para comer e beber,
como, infelizmente, sobressai
demasiadas vezes, com muito
ruído e barafunda.
Sacrosanctum Concilium , no
seu número 111. A Eucaristia
deve ser participada por todos,
preparada com todo o esmero
e solenidade e celebrada com
piedade e não com desordem,
desinteresse, displicência e
aridez, como impacientemente
se vai vendo em algumas festas.
A procissão não é o momento
mais importante da festa. É
um cortejo solene, onde se
manifesta publicamente a fé e
onde deve imperar o canto e
o louvor a Deus. É inaceitável
que em muitas festas cristãs se
secundarize a importância e a
celebração da missa ou que se
deseje a sua celebração rápida,
para se realizar a procissão.
O momento central de
uma festa cristã, dentro da
configuração habitual, é a
celebração da Eucaristia, em que
celebramos o acontecimento
central da vida de Jesus Cristo,
e por isso mesmo, também de
todos os cristãos, a sua Morte
e a sua Ressurreição, fonte de
toda a festa cristã. Nas festas,
tudo parte de Cristo e tudo é
para chegar a Cristo. Mesmo
nas festas dos santos, o objetivo
não é fixarmo-nos no santo, mas
celebrarmos momentos solenes
que «proclamam as grandes
obras de Cristo nos seus servos
e oferecem aos fiéis os bons
exemplos a imitar», como diz
o Documento do Vaticano II,
É preciso repensar o espírito
meramente comercial e lúdico
com que se fazem muitas festas
cristãs. Como afirma D. José
Cordeiro, «verificamos que
alguns mordomos e comissões
de festas se movem mais nas
vertentes económica e lúdica
das festas do que na sua
dimensão cristã fundamental.
É um enorme desafio para
nós, superar o aspeto pagão,
comercial, utilitarista e laicista
da festa. Algumas organizações
ou comissões de festas chegam
até a contradizer o Evangelho
e a fé da comunidade cristã,
devido ao desequilíbrio, às
vezes escandaloso, nos seus
gastos com os elementos
Não
podemos
deixar
de sentir o incómodo pelos
objetivos balofos de algumas
comissões de festas: buscar
pura e simplesmente diversão,
disputa com outras comissões
anteriores, realização da festa
para se fazer ver a não sei quem,
recolha de receita a todo o custo
(seria bom que se começasse a
retirar o dinheiro dos andores,
é um triste espetáculo) para
ser gasta em atos e ações de
duvidoso valor e importância.
Não é esta a motivação para a
realização de uma festa cristã.
As comissões de festas fazem
parte da Igreja e as prioridades
e as necessidades desta, como
Igreja universal, devem estar
sempre em primeiro lugar.
Por isso, como afirma D. José
Cordeiro,
«precisamos
de
recuperar ou não deixar perder
o sentido cristão da festa. Temos
de ter o maior cuidado com a
gestão das esmolas, salientando
bem que as colectas (ofertórios)
e as promessas levadas ao altar
da Eucaristia devem reverter
exclusivamente para o culto, a
evangelização e a caridade. O
Papa Francisco diz claramente:
«o dinheiro faz adoecer o
pensamento e a fé e faz-nos ir
por outros caminhos». meta.
Ao longo dos dois dias
de prova, a estrada de acesso
ao miradouro estará bastante
condicionada pelo que se pede
a compreensão de todos os
utilizadores da via.
As inscrições para o Trofeu
Downhill Boticas 2015 podem
ser feitas até 30 minutos
antes do início da prova, no
secretariado.
O Programa do evento
pode ser consultado no website
do Município de Boticas
(http://www.cm-boticas.pt/) e/
ou na página do facebook da
prova (www.facebook.com/
DownhillBoticas).
possibilitando variadíssimas
formas de utilizações e usos.
Hoje em dia, apesar da
presença dos “medicamentos
convencionais”, em
praticamente todo o mundo, as
plantas medicinais continuam a
ocupar um espaço importante
na vida de milhares de pessoas.
Neste sentido, é necessário
que se tomem como referência
dois elementos fundamentais –
conhecer e utilizar.
As plantas aromáticas
também continuam a ser
bastante utilizadas sendo
a base de muitos perfumes
como de uma forma mais
caseira através dos sacos de
cheiro “poutpourris”. Assim,
é necessário que se conheçam
estas espécies para que seja
possível a sua utilização por
todos.
O PAVT integra uma
variedade significativa deste
tipo de plantas já inventariadas
no “Atlas da Flora do PAVT”
e os participantes tiveram a
oportunidade de conhecer
um pouco mais desta grande
diversidade e puderam recolher
alguns exemplares existentes na
natureza.
E depois de uma saída de
campo com um calor abrasador,
foi uma agradável surpresa para
os participantes, chegarem ao CI
PAVT e encontrarem um lanche
e bebidas à sua espera!
Workshop Plantas
Aromáticas e Medicinais no
Vale do Terva
A Casa do Conhecimento
de Boticas – Município de
Boticas em parceria com a
Associação Ambiental e Cultural
Celtiberus organizou mais uma
atividade, desta vez dedicada às
Plantas Aromáticas e Medicinais
do PAVT - Parque Arqueológico
do Vale do Terva, e que teve
lugar no passado dia 20 de
junho. Tratou-se do Workshop
Plantas Aromáticas e Medicinais
no Vale do Terva, onde o
Biólogo Duarte Silva fez uma
apresentação das variedades de
plantas aromáticas e medicinais
do PAVT, seguida de uma visita
de campo para recolha de
alguns exemplares.
A utilização de plantas
aromáticas, medicinais e
condimentares é parte integrante
da cultura portuguesa,
exteriores, entre eles a excessiva
quantidade de foguetes ou as
somas avultadas para conjuntos
musicais.»
12
Barroso
Noticias de
30 de Junho de 2015
CÂMARA DE MONTALEGRE
Em Gralhas obras só p’ra amigos
Em meados do mês de junho,
num dia de manhã, dois senhores,
funcionários
da
autarquia,
apresentaram-se em Gralhas
e, pouco depois de chegarem,
deram início ao trabalho que
ali os trouxera. Consistia esse
trabalha no melhoramento de
uma valeta pública a meio da
Rua Central, mas só frente a uma
casa que até nem está habitada.
Tudo muito estranho!
Aquele insólito trabalho
não passou despercebido aos
membros da actual Junta, e na
aldeia não se fala agora de outra
coisa. Tendo sido pedido que a
valeta miserável da Rua Central
(que também é estrada municipal)
fosse toda arranjada, acharam
estranho que só fosse arranjada
frente a uma casa (com um
pouco mais de um lado), que até
está desabitada! Diga-se desde já
que essa casa é propriedade do
Sr. José Garcia, ex-presidente da
Junta pelo Partido Socialista.
Então os membros do
executivo da Junta tiveram a
ousadia de se lhes dirigir para
indagar o propósito da obra.
Depois de se apresentarem e de
mostrarem a idoneidade para
os questionar, perguntaram-lhes
quem eram eles? Disseram que
eram trabalhadores da Câmara.
Quem os tinha enviado?
Disseram que foi o Sr. Presidente
da Câmara.
Que trabalho estavam ali a
fazer? Disseram que estavam a
arranjar a valeta, concretamente
a colocação de manilhas e
arranjos gerais, mas que só o
iriam fazer frente a uma casa (um
pouco mais de um lado) e não
em toda a rua.
Porque o faziam sem
autorização da Junta de freguesia?
Disseram que o faziam com
autorização do Sr. Presidente da
Câmara.
Por fim, porque o faziam para
gozo de uma única casa, que até
está desabitada, e não em toda a
rua como tinha sido pedido? Eles
disseram que não sabiam e que
cumpriam ordens.
Postos ao corrente da
situação, o executivo da Junta foi
nesse dia a Montalegre falar com
o Sr. Presidente. Já no gabinete
dele perguntaram-lhes porque
estava a renovar a valeta só frente
à casa do ex-presidente da Junta
de Gralhas, companheiro de
partido, e não em toda a extensão
da rua, principalmente frente
às casas das pessoas doentes
e idosas, onde a ambulância e
bombeiros não podem manobrar.
Deu a seguinte resposta:
“- Só faço obras frente à casa
dele porque só ele me pediu”.
O executivo da Junta respondeu
que não era verdade, pois tinha
sido feito o pedido para toda a
rua e não exclusivamente para
um único freguês que, por acaso,
nem habita na casa. Além disso
há pessoas mais necessitadas,
como é o meu caso (José David,
de 90 anos), tanto por velhice
como por doença.
Depois, o executivo da Junta
convidou o Sr. Presidente para
ver o estado da tal Rua Central,
mas ele até hoje não apareceu. As
obras também foram suspensas e
permanecem no estado em que a
foto anexa documenta.
Este facto merece o seguinte
comentário dos moradores da
Rua Central e em particular a
mim, José David, de 90 anos, que
o subscrevo:
1) É censurável, no nosso
ponto de vista, o comportamento
do Sr. Presidente Orlando Alves
por ter violado o princípio da
igualdade ao favorecer um amigo
socialista em detrimento da
colectividade, especialmente das
pessoas idosas e doentes; violou
ainda o princípio da justiça, o
princípio da imparcialidade e o
princípio da boa-fé.
2) É censurável, no nosso
ponto de vista, o comportamento
do Sr. José Garcia, por se valer do
seu antigo posto de presidente
da Junta pelo Partido Socialista
para agora colher um benefício
particular da Câmara socialista e
para ver valorizado o seu imóvel
que, por acaso, nem é habitado.
3) Pela resposta que o Sr.
Presidente Orlando Alves deu
“Só ele é que me pediu”, dá
a entender que a política da
Câmara é fazer obras somente
a quem lhe entra pela porta do
gabinete. É de novo censurável,
porque não é assim que se
faz política em nenhum país
civilizado e não queremos que se
faça em Montalegre.
4) Por este facto percebemos
agora como se faz política em
Montalegre e porque certa
gente anda na política: ou é
para fazer favores aos amigos,
ou é para governar os interesses
particulares. Em ambas as
situações é, no nosso ponto de
vista, censurável.
5) Este facto leva ainda as
pessoas, segundo o nosso ponto
de vista, a não terem confiança
nos políticos e a pensar deste
modo: se é assim que acontece
numa situação pública e patente,
o que não fará nas particulares e
reservadas?
6) Os moradores da Rua
Central querem tornar este
facto público, tanto para que as
pessoas vejam como é a política
em Montalegre, como para que
não volte a acontecer e ainda
para as pessoas não tenham
medo de denunciar os abusos
que vêem à sua volta.
Assina: José David (90
anos), Gralhas
Vou falar do antigamente
Vou falar no antigamente
Porque ainda não esqueci
Só vou falar simplesmente
Da aldeia onde nasci.
Havia um casal de forretas
Que eu muito bem conhecia
Por morar lá perto dele
Sei bem como ele vivia.
O Manel deu-lhe razão
Ele voltou à Feira à pressa
Foi comprar-lhe uma socas
Um cochiné(1) e a travessa.
O Manel resmunga e diz:
Meio quartilho não é nada
Ou se compra uma remeia
Ou então meia canada.
Havia ricos com dinheiro
E remediados com algum
A maior parte eram pobres
Estes não tinham nenhum.
Quando passava à porta dele
Ia sempre muito atento
Gostava imenso de os ouvir
A fazer o orçamento.
Estavam ambos vendo as compras
Que eram bonitas e boas
Foram contar o dinheiro
Já só tinham 5 c’roas.
À Miquelina deu-lhe uma coisa:
Manel, pede aí ao vizinho
Os odres e aparelha o burro
Vais por uma carga de vinho.
Também não tinham tristeza
E sabem qual a razão?
Tinham boas ferramentas
P’ra na serra fazer carvão.
Diz o Manuel p’ra a Miquelina
Nada de passos em falso
Compro cabedal p’ra uns socos
É que não posso andar descalço.
Manel no dia seguinte
Pôs-se a pé de madrugada
Botou o sacholo às costas
Foi fazer uma carvoada
- Tu sabes bem quanto trazes
Traz dois almudes e meio
É quanto leva o barril
E é para ficar bem cheio.
Cada qual tinha vaidade
Em ser o melhor carvoeiro
Uns mais outros menos
Todos faziam dinheiro.
Comprou na Feira cabedal
Mas comprou do mais ruim
P’ra comprar um metro de riscado
E metro e meio de cotim.
Miquelina sorridente:
Agora já temos dinheiro
P’ra o petróleo e o azeite
Quando vier o azeiteiro.
Assim os pobres empipavam
Incluindo o amigo Manel
Os médios era uma pipa
E os ricos um tonel.
Todos o guardavam bem
Ou os pais que lho guardassem
P’ra ir à Xironda às compras
Se os Guardas não lhas tirassem.
Foi p’ra casa mui contente
A Miquelina ficou zangada
Compraste tudo p’ra ti
P’ra mim não compraste nada.
Um quartilho de petróleo
De azeite um quarteirão
Meio quartilho de vinho
P’ra beber à refeição.
Havia ricos e pobres
Esse tempo não volta mais
Agora nos supermercados
Parecem todos iguais.
José A. Lopes dos Santos (Gralhas)
Cachené – manta ou lenço com que se agasalha
o pescoço
Barroso
Noticias de
30 de Junho de 2015
13
Medicina alternativa
na Região de Barroso
Lita Moniz
A medicina alternativa
na região de Barroso sempre
esteve presente na vida da
nossa gente. O clima, a vida
tipicamente rural favorecia
vida longa e saudável para seus
habitantes.
Claro
que
doenças
surgiam, o frio castigava o
corpo e lá vinham as gripes, as
doenças que afetavam as vias
respiratórias e até os pulmões.
Trabalhar a terra exigia esforços
muitas vezes além do que o
corpo podia aguentar. Partos
difíceis e tantas outras coisas
a pedir médicos, especialistas,
um posto de urgências.
Mas nada disso existia. Um
ou dois médicos particulares,
e um povo sem dinheiro
para se consultar com eles,
triste realidade daquela gente
sofrida. Era a medicina popular
o remédio que havia para
aliviar o sofrimento de quem
por ali nasceu.
Hoje muita coisa mudou:
há um hospital que se esforça
para atender da melhor forma
possível os utentes que a
ele recorrem. A medicina
alternativa não desapareceu,
continua a caminhar junto. Não
faltam chás para todo o mal,
xaropes, licores, enfim, uma
infinidade de ervas medicinais
que a sabedoria popular foi
armazenando ao longo da vida
daquela região.
Padre Fontes, um padre
que acompanhou bem de perto
o sofrimento daquela gente.
Até para não deixar cair no
esquecimento tanta dor, tanta
agonia. Ou para transformar
sofrimento em alegria, teve a
feliz ideia de criar a Sexta-Feira
13, um culto que nos transporta
para o mundo medieval. Uma
festa popular que já ultrapassou
as fronteiras de Portugal,
ganhou caráter internacional,
um dia em que as ruas de
Montalegre se enchem de
gente vinda do Portugal inteiro,
Espanha, França e outros países
da Europa.
Uma festa tipicamente
medieval: toda a vila se veste
com trajes medievais, bruxos,
bruxas, toda a magia medieval
a desfilar pelas principais ruas
da vila. As praças são palco
de
apresentações
teatrais
e musicais, a música Celta
a entoar por toda a vila de
Montalegre.
O ponto alto da festa é
em volta do Castelo, outro
mais medieval não há: Bruxas
descem pelas paredes do
Castelo e saem voando em
suas vassouras sobre a vila.
Um teatro ao ar livre. As
peças ali apresentadas sempre
remetendo à vida medieval,
seja do povo, ou das Cortes ou
de ambos.
O Padre Fontes vestido a
caráter, quase sempre de bruxo,
esconjura, enquanto, prepara
a queimada, todo o mal que
ainda insiste em assombrar a
vila.
A festa termina quando
a queimada é servida de
graça, uma mistura de ervas
esconjuradas
pelo
padre
exorcista.
A
par
deste
evento
acontece em Vilar Perdizes
uma feira onde são vendidas
ervas medicinais: os chás mais
tradicionais da região, licores,
xaropes, toda a tradição da
medicina alternativa é ali
colocada à venda.
Oradores de qualidade,
famosos, alguns mundialmente
conhecidos, dão palestras,
colocam temas relacionados
ao bem-estar da saúde física e
mental, em debate. Este evento
já ganhou status de Congresso.
Como o Padre Fontes disse
no último congresso, espera
que o Congresso de Medicina
Popular de Vilar de Perdizes
continue. Que haja um
empenho crescente da parte
da autarquia, da Junta da
freguesia, das associações e da
população de Vilar de Perdizes.
Segundo Padre Fontes,
um momento favorável para
vender produtos da terra, bem
no momento da colheita dos
mesmos.
Para além da medicina
popular, o mel sempre esteve
presente nas mesas do nosso
povo. Produzido nas encostas
das serras onde as florações
da urze, sargaço, sangorinho,
carvalho, amoreiras e outras
espécies vegetais de Barroso
oferecem um mel de excelente
qualidade
com
várias
propriedades medicinais. O Mel
do Larouco, assim chamado por
ser produzido nas encostas da
serra do Larouco, está presente
nas feiras gastronômicas e
da medicina alternativa de
Barroso, além de ser um
alimento de alto valor nutritivo,
são por demais conhecidas as
propriedades terapêuticas deste
santo remédio.
Graças ao Sr. Carvalho
de Moura, que entre outras
atividades, uma delas é o
diretor do Notícias de Barroso.
Um homem de visão, que
percebeu que não se podia
deixar de lado a apicultura.
Uma atividade, que também
tem lá seus espinhos, e muitas
recompensas. O mel foi por
muito anos o rebuçado das
crianças, o doce que a mãe
tinha para oferecer aos seus
filhos, o mel misturado ao leite
ia adoçando a vida daquela
gente sofrida.
Dos Estados Unidos
Faleceu a Sra Sara
Adão com 101 anos
2015, em Pompano, Florida.
de
Antes
Montalegre.
Sara Silva Adão, de 101
anos, faleceu a 11 de Junho,
sido
residente
concelho
de
Alice Pinheiro, de Bridgeport, e
nove sobrinhos e sobrinhas.
Connecticut,
Deixou de luto o seu filho
O funeral realizou-se a 27
durante a maior parte da sua
John Adão, com quem viveu
de Junho da agência funerária
vida. Enquanto jovem, residiu
quase sempre, e a sua filha Rose
Parente-Lauro para a Igreja
em Ludlow, Massachusetts. Era
Adão, três netos , três bisnetos,
Nossa Senhora de Fátima, de
natural de Lisboa, filha de João
duas irmãs, Tina da Silva, de
Bridgeport.
da Silva Pinheiro e de Rosa
Bridgeport, e Ethel Hall, de
Foi sepultada no jazigo da
de Jesus Ribas, descendente
Atlanta, Georgia, a cunhada
família no cemitério Mountain
em
Domingos Dias
tinha
Padroso,
Bridgeport,
MEL DO LAROUCO
O mel do Larouco é produzido nas encostas da serra com o mesmo
nome e resulta das florações
da urze, sargaço, sangorinho,
carvalho e outras espécies vegetais da região de Barroso
Apicultor nº 110796
J. A. Carvalho de Moura
Rua Miguel Torga, nº 492
5470-211MONTALEGRE
Tels: +351 91 452 1740 e 276
412 285
Fax: +351 276 512 281
Mail:
carvalhodemoura@
sapo.pt
Grove, desta cidade.
Apresentamos
os
nossos
sentidos pêsames a toda a
família enlutada e, de modo
particular, ao seu filho John
Adão um carinhoso abraço
de pesar e solidariedade nesta
altura tão dura da sua vida.
14
Barroso
Noticias de
O ZÉ DO BALDE
30 de Junho de 2015
ATÃO BÁ!
- “vigia bem esse gajo, tá fugindo
aos poucos!
Um velho senhor tinha um bonito
lago na sua enorme propriedade
Depois de algum tempo sem ir ao
local, decidiu naquele dia dar uma
olhada geral para ver se estava tudo em
ordem.
Pegou um balde para aproveitar
o passeio e trazer umas frutas das
árvores pelo caminho, e ao aproximarse do lago, escutou vozes femininas,
animadas, divertidas....
Então viu um grupo de jovens
mulheres a tomar banho no lago,
completamente nuas.
Chegou mais perto e, com isso,
todas elas fugiram para a parte mais
funda do lago, deixando apenas a
cabeça fora de água.
Uma das mulheres gritou:
- Não saímos daqui enquanto o
senhor não for embora !
O velho respondeu:
- Calma moças, eu não vim até
aqui para vê-las nadar ou para vê-las
sair nuas do lago!
Levantando o balde, ele disse:
Eu só vim dar comida ao jacaré...
As moças, espavoridas e aos gritos,
ah, pernas, p’ra que vos quero!...
NOTÍCIAS TODOS OS MESES
A mulher despede-se do marido
que vai trabalhar noutro país e diz-lhe,
carinhosa:
- quero notícia tuas todos os meses,
prometes?
Ele: - Por carta ou por e-mail?
Ela: - Por cheque.
CÃO DA POLÍCIA SECRETA
Um homem comprou um cão, mas
com o tempo foi reparando que ele
nunca ladrava nem às pessoas nem a
outros animais. Surpreendido com caso
tão insólito, foi ter com a pessoa que
lho vendeu
- Olhe lá, o cão que me vendeste
não ladra nada, e disseste-me que era
cão-polícia.
O vendedor na maior calma dizlhe:
O cão é da polícia secreta.
AS PRÓXIMAS LEGISLATIVAS
Moral da História: Idade,
experiência e esperteza, sempre
triunfarão sobre a juventude e o
entusiasmo.
ALTA SEGURANÇA
Na prisão de máxima segurança em
Robert Island um prisioneiro perde um
dedo, depois uma orelha depois um
dente.
Então, um policia diz ao colega:
O barco navegava há meses no alto
mar, e os marinheiros, sujos, há muito
que não tomavam banho nem trocavam
de roupa. O navio cheirava muito mal.
Então o capitão chamou o imediato e
ordenou-lhe:
- “O navio cheira mal, mande os
seus homens trocar de roupa!”
O imediato obedeceu, gritando aos
marinheiros:
- “O capitão queixa-se de que o
navio cheira muito mal e manda que
todos troquem de roupa. David, troca a
tua camisa com a do João, João troca a
tua com a do Pedro, Pedro troca a tua
com a do Alfredo, Alfredo troca a tua
com a do Luís…”, e assim prosseguiu
até ao último marujo do navio.
Quando todos haviam cumprido
as suas ordens, o impedido voltou ao
Capitão e garantiu-lhe:
- “Meu capitão, já todos trocaram
de roupa.”
O Capitão, visivelmente aliviado,
mandou seguir viagem.
Conclusão: Vai ser isto que
acontecerá em Portugal nas próximas
eleições legislativas?
JOÃOZINHO E OS CUBANOS
A turma de alfabetização da escola
recebe a visita de um representante
de Cuba junto com os puxas do
Partidão, PCs, etc..., e a professora está
preocupadíssima com o Joãozinho, que
é sempre desbocado.
- Joãozinho, atenção, não vai me
envergonhar na presença do político
estrangeiro, hein?
É melhor ficar de boca fechada.
- Tá bem, professora!
O Político chega e conversa com
os alunos, pergunta se já sabem ler,
se gostam da professora e toda aquela
balela de sempre...
Dirigindo-se ao Joãozinho, fala:
- E você, já lê bem?
- Leio sim senhor.
- E qual a palavra mais bonita que
você aprendeu?
A professora gela...
E, Joãozinho responde:
- Cubanos.
Ela respira aliviada. O Secretário
insiste:
- E porquê?
- Porque começa com CU, acaba
com ANUS, e ninguém me tira da
cabeça que esse B do meio
não seja de BOSTA.
NOTA: Esta secção ATÃO BÁ! Foi
criada com o fim de publicar ditos,
anedotas, histórias e historietas das
nossas terras de Barroso. Colabore
conosco e envie-nos as passagens que
fizeram história nas vossas terras.
AGRADECIMENTO
JOSÉ ALBINO PIRES MACHADO
(Cambezes do Rio, 85 Anos)
A família FONTES, de Cambezes do Rio, agradece a todas
as pessoas que lhe manifestou pesar pelo falecimento em
29.06.2015 do seu ente querido, José Albino.
Agradece em especial a todo o quadro do pessoal e à
Direcção da Irmandade da Santa Casa da Misericórdia de
Montalegre pelo excelente carinho, amizade e dedicação que lhe prestaram
em todo o tempo que ali se encontrou internado.
BEM HAJA a Todos!
MUITO OBRIGADO!
Informações úteis
SOS – Número nacional 112
Protecção à Floresta117
Protecção Civil118
Câmara Municipal de Boticas
276 410 200
Câmara Municipal de Montalegre
276 510 200
Junta de Freguesia de Boticas
276 410 200
Junta de Freguesia de Montalegre
276 512 831
Junta de Freguesia de Salto
253 750 082
Bombeiros Voluntários de Boticas
276 415 291
Bombeiros Voluntários de Montalegre
276 512 301
Bombeiros Voluntários de Salto
253 659 444
GNR de Boticas
276 510 540
GNR de Montalegre
276 510 300
GNR de Venda Nova
253 659 490
Centro de Saúde de Boticas
276 410 140
Centro de Saúde de Montalegre
276 510 160
Extensão de Saúde de Cabril
253 652 152
Extensão de Saúde de Covelães
276 536 164
Extensão de saúde de Ferral
253 659 419
Extensão de Saúde de Salto
253 659 283
Extensão de Saúde de Solveira
276 536 183
Extensão de Saúde de Tourém
276 579 163
Extensão de Saúde de Venda Nova
253 659 243
Extensão de saúde de Viade de Baixo
276 556 130
Extensão de saúde de Vilar de Perdizes
276 536 169
Hospital Distrital de Chaves
276 300 900
Agrupamento de Escolas G. M. de Boticas
276 415 245
Agrupamento de Escolas de Montalegre
276 510 240
Agrupamento de Escolas do Baixo Barroso
253 659 000
Escola Profissional de Chaves
276 340 420
Centro de Formação Profissional de Chaves
276 340 290
Tribunal Judicial de Boticas
276 510 520
Tribunal Judicial de Montalegre
276 090 000
Instituto de Emprego de Chaves
276 340 330
Região de Turismo do Alto Tâmega e Barroso
276 340 660
ADRAT (Chaves)276 340 920
ACISAT (Chaves) 276 332 579
Direcção Regional de Agricultura (Chaves)
276 334 359
EDP – Electricidade de Portugal
276 333 225
Cruz Vermelha Portuguesa Boticas
276 410 200
Cruz Vermelha Portuguesa Montalegre
276 518 050
APAV – Apoio à Vítima
707 200 077
SOS – Criança
800 202 651
SOS – Grávidas
800 201 139
SOS – Deixe de Fumar 808 208 888
SOS – Voz Amiga800 202 669
Linha SIDA800 266 666
Intoxicações808 250 143
NOTÍCIAS DE BARROSO 91 4521 740
NOTÍCIAS DE BARROSO
276 512 285
Conservatória dos Registos Civil, Predial e
Cartório Notarial de Montalegre
276 512 442
Barroso
Noticias de
30 de Junho de 2015
15
Campeonato Nacional de Parapente
Taça do Mundo de Parapente (PWC)
A serra do Larouco volta
a ser o palco escolhido para
a realização duma prova do
Campeonato Nacional de
Parapente. As provas terão início
já na próxima semana, dia 5,
e, até ao dia 11, Montalegre e
Baltar terão oportunidade de
ver os melhores pilotos não só
de Portugal como de todo o
mundo. Isto porque, na semana
seguinte haverá uma etapa da
Taça do Mundo de Parapente
(PWC).
Será interessante estar
atento aos céus das terras de
Barroso que, nas próximas duas
semanas, vão proporcionar a
possibilidade de ver e apreciar
pilotos em voo com asas das
mais diferentes cores. Como
também a sempre agradável
agitação e dinâmica da gente
jovem que faz parte deste tipo
de realizações.
O Campeonato Nacional
de Parapente é uma prova
Open Categoria FAI 2 na qual
são apurados os campeões
nacionais e do Open de
Portugal. Prova esta que conta
com prémios monetários num
total de 3.150€.
Dada a grande afluência
de interessados, a organização
limitou as inscrições para 130
lugares, dando prioridade aos
pilotos nacionais interessados
em competir.
À organização preside
Samuel Lopes e todos os
detalhes sobre a mesma
poderão ser consultados no
sítio da Fedração Nacinal de
Voo Livre (FNVL).
A organização da prova
conta com os apoios das
Câmaras de Montalegre e
Baltar e com a participação e
apoio do Clube Papaventos.
Barroso
Noticias de
Sede: Rua Miguel Torga, nº 492 5470-211 Montalegre Tel: +351 276 512 285 e 91 452 1740 email: [email protected] http://omontalegrense.blogspot.com
Propriedade: José António Carvalho de Moura, Contribuinte nº 131 503 324, Rua Miguel Torga, nº 492 5470-211 Montalegre Tels: +351 276 512 285 e 91 452 1740 FAX: +351 276 512 281 Email: [email protected]
Editor: Nuno Moura, Rua Miguel Torga, nº 492 5470-211 Montalegre, email: [email protected]
Administradora: Maria de Lourdes Afonso Fernandes Moura
Paginação e composição: [email protected], Rua Miguel Torga, 492 5470-211 Montalegre
Registo no ICS: 108495
Impressão: Empresa Diário do Minho, Lda Rua de Santa Margarida, 4 A, 4710-306 Braga email: [email protected] http://www.diariodominho.pt
Colaboradores: António Chaves, António Pereira Alves, Barroso da Fonte, Carlos Branco, Custódio Montes, Dias Vieira, Domingos Cabeças (Inglaterra), Domingos Dias (USA), Duarte Gonçalves, Fernando Moura,
Fernando Rosa (USA), Francisco Laranjeira, João Soares Tavares, José dos Reis Moura, José Manuel Vaz, José João Moura, Hélder Alvar, Lita Moniz (Brasil), João Adegas, José Duarte (França), José Rodrigues (USA), Lobo
Sentado, Manuel Machado, Maria José Afonso, Norberto Moura, Nuno Carvalho, Ricardo Moura, Sérgio Mota e Victor Pereira
Assinaturas: Nacionais: 20,00 € Estrangeiros: 35,00 €
Tiragem: 2.000 exemplares por edição
(Os artigos assinados são da inteira responsabilidade dos seus autores não vinculando necessariamente a orientação do jornal ou da sua direcção)
Jose Antonio Feijoo Alonso, Zantónio
para os amigos, foi um dos autarcas eleitos
nos sufrágios que tiveram lugar no passado
dia 24 de Maio, em Espanha. Eleições,
como se sabe, marcadas pelo aparecimento
de partidos emergentes saidos dos
“Indignados” que, durante os anos de
2010-2014, ocuparam as ruas e praças de
Espanha a contestar as medidas do governo
e a corrupção reinante nos governantes do
país. Partidos que alcançaram nalgumas
Comunidades autonómicas votações que
surpreenderam os espanhóis e o mundo.
Após o apuramento dos votos, viuse que o grande objectivo desses Grupos
emergentes e do próprio PSOE era retirar o
poder ao Partido Popular, partido maioritário
em Espanha que governava grande parte
das Comunidades autonómicas e grandes
ENTREVISTA
Como político, tenho um percurso
que em termos de cargos se iniciou em
Xinzo onde primeiro fui um dos membros
da Coaligação Galega que depois das
eleições em 2003 fez pactos com o PSOE
conseguindo assim representação na
Câmara como “concejal” das Obras e, mais
tarde, presidente daquela Câmara limiana.
Em Baltar, a minha terra ou concelho de
que muito gosto, fui agora eleito para o 3.º
mandato, o que me deixa muito honrado
porque sinto que o povo do concelho está
satisfeito com o meu trabalho.
Qual a razão ou razões porque a Galiza
passou ao lado do terramoto verificado
noutras Comunidades Autonómicas?
Mas, é de relevar ainda que se reduziu
a dívida em mais de 60% e que hoje os
pagamentos da Câmara se fazem num
prazo de 15 dias.
E com que planos se apresentou aos
eleitores para os próximos tempos?
Os nossos objectivos principais são
travar a saida da nossa população com
medidas que contribuam para tal, tais como
gerar postos de trabalho, dar facilidades
e todo o tipo de apoios às empresas que
pretendam cá investir, tentar fazer de
Baltar uma “porta” importante de entrada
e saída da Galiza, dar atenção especial
aos Maiores nos Centros de Dia e outras
medidas afins, construir parques públicos
concelho de Portugal e, em particular,
entre Montalegre e Baltar, as duas vilas
raianas tão cercanas uma da outra.
Eu entendo que nós somos a mesma
gente com usos e costumes iguais e que
temos uma vida em comum secular por
isso não podemos estar de costas voltadas.
Eu gostaria de entrar em projectos comuns
com a Câmara de Montalegre. Será preciso
encontrar fórmulas de colaboração estreita
nas áreas do turismo, da cultura e do
desporto
Quer deixar uma mesagem aos leitores
do Notícias de Barroso?
Eu que me habituei a admirar os
José António Feijoó Alonso
Naturalidade: San Payo (BALTAR)
Residência: Xinzo de Lima
Profissão: Prejubilado da Banca,
empresário
Actual Presidente do Concelho
de Baltar e Deputado Provincial
na Diputacion de Ourense
cidades como Madrid, Leon, Corunha,
Valencia e Múrcia.
Porque a lei eleitoral de Espanha assim
o permite, os pactos estabelecidos entre os
partidos levou a que esse objectivo fosse
alcançado em muitos lugares, apesar do PP
ter sido o partido mais votado.
Na Galiza, o PP tremeu mas o
panorama político-partidário pouco ou
nada se alterou, manteve a grande maioria
dos seus redutos e nalguns concelhos até
aumentou a votação. Foi o caso de Baltar
onde a equipa liderada por José António
reforçou o poder com a eleição de mais um
“concejal” que no mandato anterior. De
7 – 2 passou para 8 – 1, sendo este único
opositor do PSOE.
José António é ainda Deputado
Provincial de Ourense tal como no anterior
mandato. O presidente da Diputation,
José Manuel Baltar, fez neste orgão uma
renovação quase total mas, José António
foi um dos cinco resistentes que continua
neste honroso cargo composto por 15
Deputados de toda a província de Ourense.
Tal feito, levou-nos a ouvir José
António, reeleito Alcalde de Baltar pelo PP
por uma avantajada maioria absoluta.
Zantónio (ZA) para os amigos, também
conhecido por “Coisa”. Porque esta
alcunha familiar? Dê também a conhecer
aos leitores do Notícias de Barroo o que
tem sido o percurso da sua vida como
cidadão e político.
O nome de «Coisa» vem do meu avô
que depois de estar a trabalhar em Lisboa
montou uma loja em San Payo onde as
pessoas iam procurar uma “Coisa”. Era, à
época, uma espécie de “Corte Inglês” onde
realmente se podia encontrar de tudo. O
meu pai continuou com esse comércio e eu
ainda tenho essa Loja bem cuidada que, do
meu ponto de vista, é um autêntico museu.
E também prezo a alcunha familiar de que
me sinto muito orgulhoso.
Penso que sou um cidadão normal,
profissionalmente fiz vida na Banca em
diversos cargos até chegar a gerente e
director e também tenho feito vida de
empresário de algumas empresas do
imobiliário, seguros e construção civil que
acumulo com cargos políticos.
A razão, segundo eu penso, é que na
Galiza os governantes estiveram mais perto
do povo. Talvez também porque Galiza tem
um presidente da Junta, Sr. Alberto Nuñez
Feijoó, que é um presidente exemplar,
trabalhador, sério, bom companheiro e
referente para todos. Na Diputacion de
Ourense também o seu presidente é outro
referente, igualmente trabalhador, bom
amigo, e que é o responsável por eu estar
hoje no PP.
Que pensa o ZA destes grupos
políticos emergentes que marcaram a
agenda política em Espanha?
Penso que esses Grupos (Podemos,
Ciudadanos, etc.) estão no seu direito de
defender as suas ideias, mas o que a mim
me parece é que se nota neles muita falta
de experiência e que as suas propostas
ou a maior parte delas são utópicas e
irrealizáveis.
Como foi possível o ZA ganhar de forma
tão categórica em Baltar contrariando
o que se passou na generalidade dos
concelhos de Espanha e da própria Galiza?
Eu tenho tido o cuidado de tratar os
cidadãos com muito respeito e humildade
e tentar que sejam eles os protagonistas
em apresentar-nos propostas, em dialogar
conosco pois que assim nos podem ajudar
a fazer as coisas melhor e mais bem feitas.
Devo dizer que no mandato anterior fui
denunciado por prática lesiva. Nessa altura
pedi a suspensão do partido a que voltei
depois do Tribunal me ter absolvido.
Pode enunciar-nos as obras que
conseguiu concretizar no concelho
durante o mandato que findou e destacar
alguma delas pelo seu interesse social ou
económico?
Apesar da crise, em Baltar trabalhouse muito, trabalho que foi valorado pelos
cidadãos. Vejam-se algumas das obras mais
importantes:
As Piscinas, o Centro de Interpretação
do Couto Mixto, a Remodulação da Casa
do Cocelho, Velatório ou Casa Mortuária,
Pavilhão dos Desportos, Parques de
Lazer em algumas aldeias, a Beneficiação
da Estrada Baltar – Calvos de Randín,
pavimentação de ruas, e beneficiação de
caminhos vicinais, depósitos nas aldeias,
locais públicos adaptados para reuniões, a
Banda de Gaitas, o Grupo de Pandareteiros
e outros grupos culturais.
na paróquias onde não existam, aquisição
dum prédio situado ao lado da Casa da
Cultura destinado a armazém Municipal
entre outras. Dar uma partiular atenção ao
Parapente já que a nossa serra do Larouco
é das preferidas da Europa para esta prática
desportiva.
Que relações tem mantido com a
Câmara de Montalegre e que projectos
gostaria de implementar com este
barrosões na casa dos meus pais, gosto
das gentes de Montalegre porque
compartilham conosco a mesma cultura,
e por isso aproveito para saudar todos de
forma especial. Portugal é para mim como
que a minha própria casa e gostaria que
os de Barroso se sentissem de igual modo
em Baltar e arredores. As nossa raizes são
as mesmas por isso temos de viver como
irmãos.
Texto e fotos de Carvalho de Moura

Documentos relacionados

Barroso - A Outravoz

Barroso - A Outravoz casado com Luisa Lopes Tomé, natural da freguesia de Reigoso e residente em Ladrugães, desta freguesia, faleceu no dia 21 de Agosto 2015. JOSÉ AFONSO, de 74 anos, solteiro, natural de Padroso e res...

Leia mais

Barroso - A Outravoz

Barroso - A Outravoz no dia 3 de Junho. 87 – JOSÉ LAGE RODRIGUES, de 79 anos, casado com Maria de Fátima Magno Pereira, natural de Fervidelas e residente em Reigoso, faleceu no Hospital de Chaves, no dia 5 de Junho, se...

Leia mais

Barroso - A Outravoz

Barroso - A Outravoz MOISÉS BARROSO, de 82 anos, casado com Fátima Valente Pereira Barroso, natural e residente em Salto, faleceu no dia 15 de Março no Hospital de S. João, do Porto, sendo enterrado no cemitério de Sal...

Leia mais

Barroso - A Outravoz

Barroso - A Outravoz viúva de Lino Justo, natural e residente em Vilar de Perdizes, faleceu no Hospital de Chaves, no dia 13 de Julho. MARIA DA CONCEIÇÃO COSTA PINTO, de 68 anos, viuva de José dos Anjos Pinto, natural ...

Leia mais