Edição especial – wydanie nadzwyczajne: VIII – 2015
Transcrição
Edição especial – wydanie nadzwyczajne: VIII – 2015 dico Voz de Monte Claro se transformará numa das manifestações da nossa atividade religiosa, servirá ao aprofundamento da nossa fé católica e se tornará ainda uma ferramenta no aprofundamento dos nossos vínculos católico-polônicos na capital do estado do Rio Grande do Sul. Quando a Capelania Polonesa novamente pulsar com a vida religiosa regular, introduziremos aqui na igreja polonesa a devoção regular à Virgem de Monte Claro, para diante da Sua imagem alcançarmos para nós, para as nossas famílias, para toda a coletividade polônica que vive na metrópole de Porto Alegre, e também para os nossos países amigos ─ o Brasil e a Polônia, a Sua maternal proteção. Escolhi com plena consciência esse título para o novo periódico a ser publicado na comunidade polônica porto-alegrense. Trata-se de fazer com que a voz de Maria, Mãe do Salvador, nos desperte a um amor mais profundo a Seu Filho Jesus, e nosso Senhor e Salvador, e que nos estimule a uma coragem maior na profissão da nossa fé católica. Que a Virgem de Monte Claro, que há séculos envolve com a Sua maternal proteção a nação que vive nas margens do Odra e do Vístula, bem como Seus filhos dispersos pelo mundo inteiro, proteja toda a família polônica que vive na área metropolitana de Porto Alegre e que expressa a Ela o seu amor e a sua confiança filial. Por intermédio deste periódico, encaminho a todos os poloneses, às pessoas de origem polonesa e aos nossos amigos brasileiros a minha cordial saudação e o desejo de que sejamos capazes de preservar o patrimônio da fé, da cultura e dos costumes que recebemos como herança dos nossos ancestrais. Que o bom Deus os abençoe, e que a Virgem de Monte Claro os envolva com a Sua proteção todos os dias. Com a dádiva da minha oração fraterna, Caros irmãos e irmãs! Meus caros compatriotas! Por ocasião da solenidade da Santíssima Virgem de Monte Claro, principal Padroeira da Polônia, e também Padroeira da Capelania Polonesa em Porto Alegre, encaminho a cada um e a cada uma de vocês, meus caros, a saudação cristã e polonesa: “Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo”! A solenidade da Padroeira da Capelania Polonesa é uma ocasião especial para lhes repassar o primeiro número do boletim intitulado Voz de Monte Claro. O meu propósito é que este periódico, que vocês estão recebendo ─ neste solene momento da festa da nossa Padroeira, a Virgem de Monte Claro ─ seja publicado em duas línguas ─ português e polonês, e que tenha uma periodicidade regular. Tenho a profunda fé e esperança de que durante a audiência com o Pastor da Arquidiocese, o arcebispo metropolitano Dom Jaime Spengler, para a qual irei com representantes da comunidade polônica católica de vocês no dia 31 de agosto do ano corrente, obteremos dele a concordância para a reativação da Capelania Polonesa. Contando com a aprovação e a bênção do arcebispo metropolitano para a atividade pastoral polônica na comunidade da arquidiocese de Porto Alegre, poderemos expressar a nossa fé no mesmo espírito com que a exteriorizávamos na nossa distante Pátria, na Polônia, da forma como a transmitiram os nossos ancestrais, que em anos passados vieram ao Brasil, ou ainda pelas sucessivas décadas aqui, junto à igreja polonesa, quando ainda havia à disposição de vocês um capelão polonês permanente para a assistência na atividade religiosa, espiritual e patriótica. Tenho a profunda esperança de que, quando a Capelania Polonesa, após vários anos de interrupção, começar novamente a pulsar com a vida polônica, religiosa, o perió- pe. dr. Zdzislaw MALCZEWSKI SChr reitor da Missão Católica Polonesa no Brasil Drodzy Bracia i Siostry! Moi Drodzy Rodacy! Nossa Senhora do Monte Claro. Padroeira da Polônia e da comunidade polônica no Brasil Z okazji uroczystości Najświętszej Pani Jasnogórskiej, Patronki Kapelanii Polskiej w Porto Alegre kieruję do każdego i każdej z Was, moi Drodzy, chrześcijańskie i polskie pozdrowienie: „niech będzie pochwalony Jezus Chrystus”! Uroczystość Patronki Kapelanii Polskiej jest szczególną okazją, aby przekazać do Waszych Rąk pierwszy numer biuletynu noszącego tytuł „Głos Jasnej Góry”. Zamierzeniem moim jest, aby ten periodyk, który otrzymujecie – w tej uroczystej chwili święta naszej Patronki: Pani Jasnogórskiej - ukazywał w dwu językach: portugalskim i polskim, oraz by był wydawany regularnie! Mam głęboką wiarę i nadzieję, że podczas audiencji u Pasterza Archidiecezji arcybiskupa metropolity Jaime Spenglera, na którą udam się z przedstawicielami Waszej polonijnej wspólnoty katolickiej 31 sierpnia br., uzyskamy od Niego zgodę na reaktywowanie Kapelanii Polskiej! Mając zgodę i błogosławieństwo arcybiskupa metropolity na polonijną działalność duszpasterską we wspólnocie Archidiecezji Porto Alegre będziemy mogli wyrażać naszą wiarę w tym samym duchu, w jakim ją uzewnętrznialiśmy w dalekiej Ojczyźnie naszej, w Polsce, albo tak jak nam ją przekazali nasi ojcowie, którzy przed laty przybyli do Brazylii. Czy też przez dziesiątki kolejnych lat tu przy Polskim Kościele, kiedy mieliście stałego kapłana polskiego do Waszej dyspozycji! Mam głęboką nadzieję, że kiedy Kapelania Polska, po kilkuletniej przerwie, zacznie na nowo tętnić polonijnym życiem religijnym, periodyk „Głos Jasnej Góry” stanie się jednym z przejawów naszej religijnej aktywności, będzie służył w pogłębianiu naszej wiary katolickiej, a także stanie się narzędziem pogłębiającym naszą więź katolicko-polonijną w stolicy stanu Rio Grande do Sul! Wybrałem ten tytuł bardzo świadomie dla nowego periodyku ukazującego się w portoalegreńskiej społeczności polonijnej! Chodzi o to, aby głos Maryi, Matki Zbawiciela pobudzał nas do większej miłości do Jej Syna Jezusa, a naszego Pana i Zbawiciela, oraz zachęcał nas do większej odwagi w wyznawaniu naszej katolickiej wiary! Niech Pani Jasnogórska, która od wieków otacza swoją Matczyną opieką swój Naród żyjący nad Odra i Wisłą oraz rozproszone jego dzieci po całym świecie, ochrania każdą polonijną rodzinę żyjącą na terenie metropolii Porto Alegre i wyrażającą do Niej swoją dziecięcą miłość i ufność! Za pośrednictwem tego periodyku kieruję do wszystkich Polaków, osób polskiego pochodzenia, oraz naszych brazylijskich przyjaciół, serdeczne pozdrowienie oraz życzenie, abyśmy potrafili zachować dziedzictwo wiary, kultury i zwyczajów, jakie otrzymaliśmy w spadku od naszych ojców! Niech Dobry Bóg Wam błogosławi, a Pani Jasnogórska otacza Was swoją opieką na każdy dzień! Z darem braterskiej modlitwy: ks. dr Zdzisław MALCZEWSKI SChr - rektor Polskiej Misji Katolickiej w Brazylii O quadro de Nossa Senhora de Monte Claro não é somente venerado em Częstochowa, mas em toda a Polônia e em diversos lugares do mundo. Os poloneses que por tantos motivos eram obrigados a deixar a pátria e migraram levavam consigo o quadro de Nossa Senhora de Monte Claro. Os imigrantes construíram igrejas, capelas que dedicaram a Nossa Senhora de Monte Claro. No Brasil temos também alguns templos, paróquias que levam o nome de Nossa Senhora de Monte Claro ou Częstochowa. Poderíamos apresentar o número exato das famílias de descendentes de poloneses que guardam com muita veneração e devoção em suas casas o quadro de Nossa Senhora de Monte Claro? O centro espiritual da Polônia é a cidade de Częstochowa. Caminhando pela Avenida de Nossa Senhora (Aleje Najświętszej Maryi Panny) em Częstochowa, o peregrino avista uma colina chamada JASNA GÓRA (Monte Claro). Em cima dela ergue-se um complexo de edificações: a igreja-basílica e o convento dos padres paulinos. No centro desse complexo encontra-se um tesouro todo especial que possui Jasna Góra (Monte Claro), tesouro que influi decisivamente na vida e caráter da colina: o quadro da Mãe de Deus, Maria Santíssima, chamada NOSSA SENHORA DE MONTE CLARO (ou: Nossa Senhora de Częstochowa). O quadro é conhecido também como VIRGEM NEGRA. Ele mede 112x82 cm. Na segunda metade do século XV, o eminente historiador polonês Jan Długosz escreveu em “Liber beneficiorum dioecesis cracoviensis”, que em Częstochowa “mostram a imagem de Maria preclara, Virgem muito venerável, soberana do mundo e nossa, imagem feita com uma rara e maravilhosa arte. A expressão do seu rosto é muito doce, independente do lado que se olha. Dizem que foi São Lucas Evangelista que pintou esta imagem (...). Aqueles que contemplam esta imagem sentem-se invadidos por uma particular devoção: sentem-se como se olhassem para uma pessoa viva”. Essa descrição poética de Długosz não corresponde exatamente à verdadeira história do quadro. Nem a análise artística nem a análise histórica chegam a conclusões definitivas. Pode-se constatar que o original do quadro era um ícone bizantino inspirado numa imagem venerada 2 em Constantinopla a partir do século V, num bairro de pilotos e guias do porto. Esse tipo representação da Virgem com o Menino no braço esquerdo, que nas suas versões mais antigas tinha numa das mãos um rolo de pergaminho, mais tarde um livro, chamava-se “Hedegedria”. O original de Constantinopla foi destruído durante a invasão da cidade pelos turcos no ano de 1453. Na época já existiam várias cópias e versões, famosas no mundo cristão. Uma delas é a chamada Virgem de Neves, ou Salus Populi Romani, que se encontra na capela paulina da basílica romana Santa Maria Maggiore, e a outra é justamente a Virgem de Częstochowa. É difícil determinar a data de origem desta última. Pode ter sido pintada no período de V até XIV século. Quando ao lugar, também não se chegou a uma definição. O que se sabe é que o quadro chegou a Jasna Góra (Monte Claro) no dia 31 de agosto de 1382, trazido por Ladislau de Opole (Władysław Opolczyk), Governador de Rutênia, que residiu na cidade de Bałz nos anos de 1372 até 1387. A imagem então deve ter sido trazida a Jasna Góra da Rutênia. Encontramos a descrição de seu translado num manuscrito do século XV. Este manuscrito confirma também o culto ao quadro. Refere-se também aos donativos e às valiosas oferendas trazidas pelos peregrinos não só da Polônia, mas também do estrangeiro. “... de toda a Polônia e dos países vizinhos como Silésia, Morávia, Hungria, Prússia”. Długosz relata na sua obra fundamental “História polonesa” um acontecimento ocorrido no ano de 1430, que terá uma influência decisiva na forma posterior do quadro. Um grupo de saqueadores ligados ao movimento hussita, composto de poloneses, checos, alemães e rutenos, convencidos de que o “mosteiro de Jasna Góra possui grandes tesouros e dinheiro (...), na Páscoa da Ressurreição assaltou o convento dos paulinos. Não encontrando nenhum tesouro, alguns levantaram as mãos sacrílegas contra os objetos sagrados, cálices, cruzes, adornos. Inclusive despojaram o quadro de Nossa Senhora do ouro e das joias com os quais foi ornado pela gente devota. Mas não se limitaram a saquear e atravessaram com uma espada o rosto da Virgem, quebrando a tábua de madeira (...). Depois de cometerem esse atentado, fugiram com pouca coisa, mais manchados pelo crime do que enriquecidos”. Os paulinos levaram o quadro ultrajado a Cracóvia para mostrá-lo ao rei Ladislau Jagiełło. O rei mandou restaurar o quadro. Primeiro a restauração foi confiada aos artistas da corte, que favoreciam a pintura bizantino-russa. Não conseguindo a restauração desejada, o rei entregou o quadro aos artistas da Europa Ocidental. Foram estes artistas que deram o toque final ao quadro. Os monges e os fiéis haviam se acostumado às cicatrizes no rosto da Virgem. Seguindo os cortes nas tábuas do quadro, os artistas pintores, ao restaurá-lo, colocaram dois raios vermelhos na face direita de Nossa Senhora. Dessa maneira, nasceu uma imagem sacra mais característica da cultura polonesa: bizantinooriental no seu conteúdo e europeia-ocidental na sua forma. Um dos fatos que marcou a história do mosteiro e do santuário do Monte Claro foi a invasão dos sue- cos. Quando em 1655 toda a nação parecia sucumbir, o rei João Casimiro havia se refugiado no estrangeiro e somente 300 homens refugiados em Monte Claro, qual uma ilha, resistiam ao combate com mais ou menos dez mil soldados. O prior do convento na época era o frei Agostinho Kordecki, homem de grande fé e coragem, que soube lidar e entregar-se à proteção da Virgem Mãe. O cerco durou seis longas semanas. Enquanto os canhões dos invasores disparavam em direção ao muro, passava a procissão com o quadro milagroso ou com o Santíssimo Sacramento, e o prior com a cruz na mão abençoava os defensores. Depois de muita luta sem sucesso, os soldados suecos, desanimados, sobrigaramse a recuar. Toda a Polônia se rendeu; somente este mosteiro resistiu e essa defesa milagrosa mobilizou os poloneses, que, chefiados por Estevão Czarnecki, expulsaram os invasores da Polônia. Após esta vitória, em 1656 o rei João Casimiro reuniu sua corte e solenemente consagrou o seu reino a Nossa Senhora. Mais tarde, instituiu-se o dia 3 de Maio como a festa da Rainha da Polônia. A festa de Nossa Senhora de Monte Claro é celebrada no dia 26 de agosto. Desde o século XV, o fundo do quadro foi coberto de placas de prata que representam cenas da vida de Jesus e Maria e de Santa Bárbara. As coroas de ouro da Virgem e do Menino foram doadas pelo Papa Pio X por ocasião da nova coroação. A imagem de Nossa Senhora de Częstochowa, contada nos poemas, bordada nas bandeiras das tropas polonesas, gravada nos medalhões dos hussardos, a partir do século XVII estava também coberta pelos mantos de grande valor. Atualmente possui cinco mantos. Os reis, os marechais poloneses rezavam diante deste quadro antes de sair com as suas tropas para os campos de batalha, e ao regressar se ajoelhavam diante dela para agradecer a vitória e oferecer seus presentes, muitas vezes conquistados dos inimigos vencidos. Aos reis e marechais se juntava a nobreza, os artesãos e os camponeses. Os colares, que são adornos mais vistos nos vestidos da mulher camponesa polonesa, formam o principal elemento de um dos mantos mencionados do quadro da Virgem. Outro manto, confeccionado em 1966 (quando a Polônia celebrou mil anos de cristianismo), foi ornado com joias de rubis, procedentes principalmente do século XVII e com centenas de alianças que ofereceram a Virgem muitos casais. Esse manto se chama “manto de fidelidade”. Joias esmaltadas, pequenas obras-primas de arte, com incrustações de diamantes, esmeraldas, pérolas e rubis oferecidos a Jasna Góra (Monte Claro) como donativos, foram incorporados no manto mais rico, chamado “manto de diamantes”. Nessas joias se reflete toda a história dos ourives da Europa e do Ocidente, desde os fins do Renascimento até a Arte Moderna. Nos últimos tempos, expõe-se o quadro com mais frequência sem os mencionados adornos. Por isso, o colorido autêntico do quadro aparece mais expressivo. A severidade bizantina do modelo com a suavidade e lirismo da pintura europeia da primeira metade do século XV determinam o encanto único do gênero com que a Virgem de Częstochowa subjuga os peregrinos e os visitantes. É o maior tesouro de Jasna Góra (Monte 3 Claro), não só do ponto de vista do culto, mas também do ponto de vista artístico, sem falar do seu incomparável valor histórico. confeccionadas de ouro, prata, liga de prata e paládio e âmbar, com a utilização de numerosas pedras preciosas ─ especialmente brilhantes, rubis e pérolas, bem como de materiais tão singulares como meteoritos planetários. Na coroa e nos nimbos laterais foram introduzidas no total doze estrelas hexagonais, confeccionadas de liga de prata e de paládio. Elas cintilam com centenas de brilhantes incrustados, que ─ como diz o seu criador ─ juntamente com os engastes provêm dos votos transmitidos como oração materializada dos peregrinos que vêm a Monte Claro. Três estrelas ─ a central no alto da coroa e as duas inferiores laterais ─ contêm meteoritos planetários. Na central, ao lado do brilhante maior, encontra-se um meteorito da Lua, e nas estrelas restantes, à esquerda ─ de Mercúrio e à direita ─ de Marte. Na coroa, entre as estrelas encontram-se três lírios de âmbar ─ o símbolo tradicional de Maria, expressando a inocência e a virgindade, bem como, desde a antiguidade, um símbolo do poder real. A nova coroa que adorna as têmporas da Mãe de Deus não tem os traços de uma coroa imperial fechada ─ é uma coroa real aberta. Já no decorrer da realização da obra, atendendo a pedidos gerais dos fiéis que ofereciam os donativos, o artista completou a coroa com um fino detalhe. Trata-se de uma estreita faixa nas cores nacionais branca e vermelha livremente entrelaçada entre as saliências do coroamento, porquanto ─ repetindo as palavras do historiador polonês Jan Długosz ─ sabemos que se trata da coroa “de Maria, a Rainha do mundo e nossa”, da Rainha da Polônia. Quase todas as joias que adornam os novos trajes de Maria e do Menino provém ─ como mencionei acima ─ das ofertas votivas diretas dos peregrinos, mas nem todas puderam ser localizadas na composição exterior. O artista encontrou então uma solução incomum ─ uma parte dos votos restantes foi localizada no espaço entre as folhas metálicas de ouro ou prata que modelam os trajes e a armação de titânio, como expressão simbólica da participação universal dos peregrinos nessa fundação coletiva. As placas metálicas de ouro e de prata da base dos trajes possibilitaram igualmente a utilização do reverso do Código do Evangelho, que o Menino segura na mão direita e que forma uma espécie de caixinha na qual foram depositadas as orações dos padres paulinos registradas por toda a nação e entregue à proteção de Nossa Senhora. Assinadas, datadas e lacradas, a exemplo dos antigos registros colocados nos pináculos das torres das igrejas, serão para os pósteros um testemunho desse voto coletivo da nação. A orla do manto de Maria é adornada por uma tríplice barra prateada transparente, inspirada no original da Efígie, coroada com uma folha de trevo ─ o símbolo da Santíssima Trindade, sobre um fundo de âmbar. Abaixo, na parte inferior, estende-se uma legenda contínua: na aba direita do manto o texto do cântico “Desde antigamente, Maria, Tu és Rainha da Polônia”, e na esquerda ─ a oração: “À Vossa proteção...”. Inteiramente incomum é o motivo das três faixas ornamentais na manga direita do manto de Maria, confeccionadas de ouro maciço, representando o eletrocardiograma de um coração humano pulsando. Na intenção do artista, trata-se do símbolo do coração pal- Ornamentação da Imagem de Monte Claro Historicamente, os mais conhecidos têm sido os quatro vestidos preparados para a Imagem de Monte Claro, que foram definidos de acordo com o tipo predominante dos adornos: de diamante, de rubi, de pérolas e em corrente. No século XIX eles têm sido diversas vezes reformados, dotados de fundos diferentes e posteriormente complementados com novas joias. Preservaram-se dois vestidos: o de diamantes e o de rubis. O vestido de pérolas foi furtado em 1909, juntamente com as coroas de Clemente XI, de 1717. O vestido em corrente já não foi refeito. No século XX surgiram alguns novos vestidos, que repetiam o estilo dos antigos, barrocos. O mais individual é o vestido confeccionado para o Milênio do Batismo da Polônia, que repete toda a composição e os ornamentos dos trajes góticos da Imagem Milagrosa de Nossa Senhora. Os dois últimos são de autoria de Mariusz Drapikowski (um ourives e joalheiro em âmbar de Gdansk): o famoso de âmbar, de 2005 ─ oferecido como voto pelos 25 anos do Sindicato Solidariedade; e o atual de 2010 ─ um voto especial da Nação. Durante as solenidades do dia 4 de setembro de 2010 a Imagem de Nossa Senhora de Monte Claro recebeu um novo traje, na comemoração do centenário das coroas oferecidas a Nossa Senhora de Monte Claro (em 1910) pelo papa Pio X. As atuais coroas e vestidos são, como mencionamos, um voto da Nação, confeccionado de donativos oferecidos por peregrinos, famílias e comunidades da Polônia e do exterior. A atual ornamentação da Imagem distingue-se pela forma monumental e pela solenidade majestática. Exige isso o traje cerimonial, visto que se trata na realidade de novos trajes da coroação de Maria ─ Rainha da Polônia, juntamente com as insígnias do Seu poder. O artista subordinou a composição e o colorido da sua obra à versão gótica da Imagem de Nossa Senhora dos anos 1430-34, enfatizando com isso o estilo plano com que se distingue a própria pintura. Em contraste com a utilização, pelo autor, de um grande número de elementos plásticos, isso conferiu a toda a composição um incomum acento de arcaísmo. As coroas da Virgem Maria e do Menino, que constituem uma parte integral com os trajes, foram 4 pitante da nação, repleta de amor a Maria ─ Rainha da Polônia. Nas sequências do gráfico, em espaços rítmicos, repetem-se as gravações das divisas devocionais adotadas pelo cardeal Estêvão Wyszyński ─ Primaz da Polônia: “Soli Deo per Mariam” e de João Paulo II, o Papa Polonês: “Totus Tuus”. A túnica do Menino Jesus, confeccionada exclusivamente de corais de diversos matizes, desde o profundo carmim até o cinabre, extremamente plástica, debruada de galões dourados transparentes, é o grande símbolo da Redenção. Lembra a purificação da humanidade do pecado no sangue do Cordeiro Expiatório, que é Cristo. Com efeito, a cor vermelha na iconografia cristã representa não somente a majestade do poder real, mas sobretudo o amor ardente e a infinita misericórdia. É por isso que aos pés do Menino, embaixo, nas pregas da túnica, o artista confiou à proteção de Jesus dois votos especiais: uma aliança jogada para fora do vagão por um prisioneiro levado pelos nazistas para o extermínio em Auschwitz e um pedaço dos destroços do avião da catástrofe em Smoleńsk, na qual no dia 10 de abril de 2010 pereceram o presidente da República da Polônia Lech Kaczyński com sua esposa Maria e as 94 pessoas que os acompanhavam (generais do exército polonês, políticos, membros do governo). Dos fragmentos o artista compôs um tabuleiro de xadrez nas cores nacionais da força aérea polonesa. Esses dois votos, ocultos nas pregas das vestes do Menino, falam da inclusão em Sua misericórdia e glória. A mencionada veste, confeccionada de ouro e de pedras preciosas, pesa 17 quilos. ecesis cracoviensis”, że w Częstochowie „pokazują obraz Marii znamienitej, Panny nader czcigodnej, władczyni świata i naszej, obraz wykonany rzadkim i wspaniałym kunsztem. Wyraz Jej twarzy jest bardzo słodki, niezależnie od strony, z której się patrzy. Mówią, że to św. Łukasz Ewangelista wymalował ten obraz (...). Ci, którzy oglądają ten obraz czują się natchnieni specjalną czcią: czują się, jakby oglądali osobę żywą”. Ten poetyczny opis Długosza nie odpowiada dokładnie prawdziwej historii obrazu. Ani analiza artystyczna, ani analiza historyczna dochodzą do wniosków ostatecznych. Można stwierdzić, że oryginał był ikoną bizantyjską inspirowaną na obrazie czczonym w Konstantynopolu począwszy od V wieku, w dzielnicy pilotów i przewodników portowych. Ten rodzaj reprezentacji Dziewicy z Dzieciątkiem na lewym ramieniu, która w swoich najstarszych wersjach miała w jednej ręce rulon pergaminowy, później książkę, nazywa się „Hedegedria”. Oryginał w Częstochowie został zniszczony, kiedy Turcy napadli na miasto w 1453 r. W tamtym czasie już istniało kilka kopii i wersji, sławnych w świecie chrześcijańskim. Jedna z nich jest Dziewica Śnieżna, lub Salus Populi Romani, która się znajduje w kaplicy Paulinów w rzymskiej bazylice Santa Maria Maggiore, a druga to właśnie Dziewica Częstochowska. Trudno ustalić datę pochodzenia tej ostatniej. Mogła być wymalowana w okresie od V do XIX wieku. Co do miejsca, także nie doszło do jego ustalenia. Wiadomo, że obraz przywędrował na Jasną Górę dn. 31 sierpnia 1882 r., przywieziony przez Władysława Opolczyka, gubernatora Rusi, który mieszkał w mieście Bałzach w latach od 1372 do 1387. Obraz więc miał być przywieziony na Jasną Górę z Rusi. Znajdujemy opis jego przewozu w rękopisie z XV w. Ten rękopis potwierdza także kult obrazu. Odnosi się też do ofiar i cennych darów przywożonych przez pielgrzymów nie tylko z Polski, lecz także z zagranicy: „... z całej Polski i z krajów sąsiednich jak Śląsk, Morawy, Czechy, Prusy”. Długosz opowiada w swoim podstawowym dziele „Historia Polski” o wydarzeniu z roku 1430, które będzie miało decydujący wpływ na późniejszą formę obrazu. Grupa rabusiów związana z ruchem husyckim, złożona z Polaków, Czechów, Niemców i Rusinów, przekonanych, że „klasztor jasnogórski posiada wielkie skarby i pieniądze (...), w święto Zmartwychwstania napadła na klasztor Paulinów. Nie znajdując żadnego skarbu, niektórzy podnieśli świętokradzkie ręce przeciw przedmiotom sakralnym, kielichom, krzyżom, ozdobom. Także ogołocili obraz Matki Boskiej ze złota i klejnotów, którymi został przyozdobiony przez nabożny lud. Lecz nie ograniczyli się do ograbienia i przeszyli mieczem oblicze Dziewicy, łamiąc deskę z drzewa (...). Po popełnieniu tego zamachu, uciekli zabierając mało rzeczy, więcej splamieni zbrodnią niż wzbogaceni”. Paulini zawieźli zbeszczeszczony obraz do Krakowa, by go pokazać królowi Władysławowi Jagielle. Król kazał odrestaurować obraz. Początkowo restaurację powierzono artystom dworskim, którzy faworyzowały malarstwo bizantyjsko-rosyjskie. Nie Pe. Zdzislaw MALCZEWSKI SChr Matka Boska Jasnogórska. Patronka Polski i wspólnoty polskiej w Brazylii Obraz Matki Boskiej Jasnogórskiej nie jest czczony tylko w Częstochowie, lecz w całej Polsce i w różnych miejscowościach świata. Polacy, którzy z tylu powodów zmuszeni byli do opuszczenia ojczyzny i do emigrowania, zabierali z sobą obraz Matki Boskiej Jasnogórskiej. Imigranci zbudowali kościoły, kaplice, które poświęcali Matki Boskiej Jasnogórskiej lub Częstochowskiej. Także w Brazylii mamy świątynie, parafie, które noszą nazwę Matki Boskiej Jasnogórskiej lub Częstochowskiej. Czy moglibyśmy przedstawić dokładny numer rodzin i potomków Polaków, którzy przechowują z wielką czcią i nabożeństwem obraz Matki Boskiej Jasnogórskiej? Duchowy ośrodek Polski to Częstochowa. Spacerując przez Aleje Najświętszej Marii Panny w Częstochowie, pielgrzym dostrzega wzgórze zwane JASNA GÓRA. Na nim wznosi się kompleks zabudowań: kościół-bazylika oraz klasztor księży Paulinów. W centrum tego kompleksu znajduje się bardzo specjalny skarb, który się mieści na Jasnej Górze, skarb, który miał decydujący wpływ na życie i charakter tego wzgórza: obraz Matki Bożej, Marii Najświętszej, zwanej MATKĄ BOSKĄ JASNOGORSKĄ (lub: Matką Boską Częstochowską). Obraz znany jest również jako CZARNA MADONNA. Mierzy 112x82 cm. W drugiej połowie XV w. znakomity historyk polski Jan Długosz napisał w „Liber beneficiorum dio- 5 osiągając pożądanego wyniku, król oddał obraz artystom Europy Zachodniej. To ci artyści nadali ostateczną formę obrazowi. Mnisi i wierni przyzwyczaili się do blizn na obliczu Dziewicy. Naśladując cięcia na deskach obrazu, artyści-malarze, naprawiając go, umieścili dwa czerwone promienie na prawej stronie oblicza Matki Boskiej. W ten sposób powstał obraz sakralny bardziej charakterystyczny dla kultury polskiej: wschodniobizantyjski w swojej treści i zachodnio-europejski w swojej formie. Jeden z faktów, który naznaczył historię klasztoru i świątyni jasnogórskiej był napad szwedzki. Kiedy w 1655 r. cały naród zdawał się załamany, król Jan Kazimierz schronił się za granicą. I tylko 300 osób schronionych na Jasnej Górze, niby na wyspie, opierało się w bitwie przeciwko około dziesięciu tysięcy żołnierzy. Przeorem klasztoru był wtenczas ojciec Augustyn Kordecki, mąż wielkiej wiary i odwagi, który w tej sytuacji umiał się zachować i oddać się opiece Matki Dziewicy. Oblężenie trwało sześć długich tygodni. Podczas gdy działa najeźdźców wystrzeliwały przeciw murom, przechodziła procesja z cudownym obrazem lub z Najświętszym Sakramentem i przeor, z krzyżem w ręku, błogosławił obrońcom. Po długiej walce bez sukcesu, żołnierze szwedzcy, zniechęceni, zmuszeni byli do cofnięcia się. Cała Polska się poddała; tylko ten klasztor wytrzymał i ta cudowna obrona zmobilizowała Polaków, którzy pod dowództwem Stefana Czarneckiego wypędzili najeźdźców z kraju. Po tym zwycięstwie, w 1656 r. król Jan Kazimierz zebrał swój dwór i uroczyście poświęcił swoje królestwo Matce Bożej. Później ustanowiono dzień 3 Maja jako święto Królowej Polski. Święto Matki Boskiej Jasnogórskiej jest obchodzone dn. 26 sierpnia. Począwszy od XV w., tło obrazu zostało pokryte płytami srebra przedstawiającymi sceny z życia Jezusa i Marii oraz św. Barbary. Korony ze złota Dziewicy i Dzieciątka były ofiarowane przez papieża Piusa X podczas nowej koronacji. Obraz Matki Boskiej Częstochowskiej, śpiewany w wierszach, haftowany na sztandarach wojsk polskich, rytowany na medalionach husarskich, począwszy od XVII wieku, byl także pokryty cennymi szatami. Obecnie posiada pięć szat. Królowie, marszałkowie polscy modlili się przed tym obrazem przed wyjazdem z wojskami na pola bitwy, i po powrocie uklękali przed nim, by podziękować za zwycięstwo i zostawić swoje ofiary, często zdobyte na zwyciężonych wrogach. Do królów i marszałków dołączała się szlachta, rzemieślnicy i chłopi. Naszyjniki, które są najwidoczniejszymi ozdobami na sukniach polskiej kobiety chłopskiej, stanowią najważniejszy element jednej z wymienionych szat na obrazie Dziewicy. Inna szata, sporządzona w 1966 r. (kiedy Polska obchodziła tysiąc lat chrześcijaństwa), została ozdobiona klejnotami z rubinu, pochodzącymi przeważnie z XVII wieku, i setkami obrączek ofiarowanych Dziewicy przez wiele małżeństw. Ta szata znana jest jako „szata wierności”. Klejnoty emaliowane, małe arcydzieła artystyczne, inkrustowane diamentami, szmaragdami, perłami i rubinami ofiarowanymi Jasnej Górze jako ofiary, zostały wcielone do szaty bogatszej, zwanej „szatą diamentów”. W tych klejnotach odzwierciedla się cała historia złotników Europy i Zachodu, od Odrodzenia do Sztuki Nowoczesnej. Ostatnio wystawia się obraz częściej bez wymienionych ozdób. W ten sposób koloryt obrazu wyraża się bardziej ekspresywnie. Bizantyjska surowość modelu z delikatnością i liryzmem malarstwa europejskiego z pierwszej połowy wieku XV określają urok jedyny rodzaju, którym Dziewica z Częstochowy podbija pielgrzymów i zwiedzających. Jest to największy skarb Jasnej Góry, nie tylko z punktu widzenia kultu, lecz także z punktu widzenia artystycznego, nie mówiąc już o swojej niezrównanej wartości historycznej. Ozdoby Obrazu Matki Boskiej Jasnogórskiej W historii najbardziej były znane cztery sukienki przygotowane na Obraz Jasnogórski, którym nadano określenia według dominującego typu ozdób: diamentowa, rubinowa, perłowa i łańcuszkowa. W XX wieku były one kilkakrotnie przerabiane, przeszywane na nowe tła i uzupełniane dodatkowymi, późniejszymi klejnotami. Zachowały się dwie sukienki: diamentowa i rubinowa. Sukienka perłowa została skradziona w 1909 r. wraz z koronami Klemensa XI z 1717 r. Sukienki łańcuszkowej już nie odtwarzano. W XIX wieku powstało kilka nowych sukienek, powtarzających charakter dawnych, barokowych. Najbardziej indywidualna jest sukienka sprawiona na Tysiąclecie Chrztu Polski, powtarzająca cały układ i ornamenty szat gotyckich z Cudownego Obrazu Matki Bożej. Dwie ostatnie, autorstwa Mariusza Drapikowskiego (bursztynnika i złotnika gdańskiego): słynna bursztynowa z 2005 r. –ofiarowana jako wotum na 25lecie Związku „Solidarność”. Obecna z 2010 r. – to szczególne wotum Narodu. Podczas uroczystości 4 września 2010 r. na Obraz Matki Bożej Jasnogórskiej został nałożony nowy strój. Odbyło się to w stulecie ofiarowania Maryi Jasnogórskiej (1910 r.) koron przez papieża Piusa X. Obecne korony i sukienka są, jak wspomnieliśmy, wotum Narodu, wykonanym z darów bardzo licznie składanych przez pielgrzymów, rodziny i wspólnoty z kraju i z zagranicy. Obecne przystrojenie Obrazu odznacza się monumentalną formą i majestatyczną powagą. Wymaga tego strój ceremonialny, gdyż są to w istocie nowe szaty koronacyjne Maryi – Królowej Polski wraz z insygniami Jej władzy. Artysta podporządkował kompozycję i koloryt swego dzieła gotyckiej wersji Obrazu Matki Bożej z lat 1430-34, podkreślając przy tym płaszczyznowość, jaką odznacza się samo malowidło. W kontraście z użyciem przez twórcę ogromnej liczby elementów plastycznych, nadało to całej kompozycji niezwykły akcent archaizmu. Korony Maryi Panny i Dzieciątka, stanowiące integralną część z szatami, zostały wykonane ze złota, srebra, stopu srebra i palladu oraz bursztynu z użyciem licznych kamieni szlachetnych – głównie brylantów, rubinów i pereł, a także tak unikatowej materii, jak meteoryty planetarne. W koronę i przechodzące na boki nimby wkomponowano łącznie dwanaście sześcioramiennych gwiazd, wykonanych ze stopu srebra i pal- 6 ladu. Lśnią one setkami wprawionych brylantów, które – jak mówi twórca – wraz z oprawami pochodzą z wotów przekazanych jako zmaterializowana modlitwa przybywających na Jasną Górę pielgrzymów. Trzy gwiazdy: środkowa u góry korony i dwie niżej po bokach zawierają meteoryty planetarne. W centralnej, obok największego brylantu, znajduje się meteoryt z Księżyca, a w pozostałych gwiazdach po lewej z Merkurego, po prawej z Marsa. W koronie między gwiazdami znajdują się trzy bursztynowe lilie – tradycyjny symbol Maryi, wyrażający niewinność i dziewictwo, a także od starożytności symbol władzy królewskiej. Nowa korona, która zdobi skronie Bogurodzicy, nie ma cech zamkniętej korony cesarskiej – jest otwartą koroną królewską. Już w trakcie realizacji dzieła, na powszechne prośby wiernych składających dary, artysta uzupełnił koronę o jeden delikatny szczegół. Jest to wąska, swobodnie przepleciona między sterczynami zwieńczenia wstęga o biało-czerwonych barwach narodowych, gdyż – powtarzając słowa Jana Długosza – wiemy, że jest to korona „Królowej świata i naszej Maryi” – Królowej Polski. Prawie wszystkie klejnoty zdobiące nowe szaty Maryi i Dzieciątka pochodzą – jak wspomniałem powyżej - z bezpośrednich wotywnych darów pielgrzymich, ale nie wszystkie można było zmieścić w kompozycji zewnętrznej. Artysta znalazł więc niezwykłe rozwiązanie – część pozostałych wotów została umieszczona w przestrzeni między blachami złotymi lub srebrnymi, modelującymi szaty, a tytanowym stelażem, jako symboliczny wyraz powszechnego uczestnictwa pielgrzymów w tej zbiorowej fundacji. Srebrne i złote blachy podłoża szat umożliwiły również wykorzystanie od odwrocia Kodeksu Ewangelii, trzymanego w lewej rączce Dzieciątka. Tworzy on rodzaj kasetki, w której zostały złożone zapisane modlitwy ojców paulinów za cały naród oddany w opiekę Matce Bożej. Podpisane i datowane, zaplombowane, na wzór dawnych zapisów wkładanych do hełmów wież kościelnych, będą świadectwem dla potomnych o tym zbiorowym wotum narodu. Obrzeże płaszcza Maryi zdobi ażurowa potrójna srebrzysta lamówka, przejęta z oryginału Wizerunku, zwieńczona treflowo – symbolem Trójcy Świętej, na bursztynowym tle. Poniżej, dołem, biegnie ciągły napis: na prawej pole płaszcza tekst pieśni: „Z dawna Polski Tyś Królową, Maryjo”, na lewej – modlitwa: „Pod Twoją obronę...”. Zupełnie niezwykły jest motyw trzech pasów ornamentalnych na płaszczu prawego ramienia Maryi, wykonanych z litego złota, przedstawiających elektrokardiogram bijącego serca ludzkiego. W intencji artysty jest to symbol bijącego serca narodu, przepełnionego miłością do Maryi – Królowej Polski. Na sekwencjach wykresu, w rytmicznych odstępach, powtarzają się wyryte dewizy dewocyjne przyjęte przez kard. Stefana Wyszyńskiego – Prymasa Polski: „Soli Deo per Mariam” oraz Jana Pawła II, Papieża Polaka: „Totus Tuus”. Tunika Dzieciątka Jezus, wykonana wyłącznie z koralu o różnych odcieniach, od głębokiego karminu do cynobru, niezwykle plastyczna, lamowana ażuro- wymi złotymi galonami, to wielki symbol Odkupienia. Jest to przypomnienie obmycia ludzkości z grzechu we krwi Baranka Ofiarnego, którym jest Chrystus. Czerwień w ikonografii chrześcijańskiej to bowiem nie tylko majestat władzy królewskiej, lecz przede wszystkim miłość gorejąca i nieskończone miłosierdzie. Stąd też u stópki Dzieciątka, w fałdach tuniki na dole, powierzył artysta opiece Jezusa dwa szczególne wota: obrączkę wyrzuconą z wagonu przez więźnia wiezionego przez hitlerowców do Oświęcimia na zagładę oraz szczątek samolotu z katastrofy w Smoleńsku, w której 10 kwietnia 2010 r. zginął prezydent Rzeczypospolitej Polskiej Lech Kaczyński z małżonką Marią i 94 towarzyszącymi osobami (generałowie Wojska Polskiego, politycy, członkowie rządu). Z ułamków artysta ułożył szachownicę z barwami narodowymi polskich sił powietrznych. Te dwa wota, ukryte w fałdach szat Dzieciątka, mówią o włączeniu w Jego miłosierdzie i chwałę. Wspomniana szata wykonana ze złota i szlachetnych kamieni waży 17 kilogramów. Ks. ZM. Uma visita especial Neste domingo da festa da Gloriosa Nossa Senhora do Monte Claro - Padroeira da Capelania Polonesa (30 de agosto) teremos na hora da celebração da solene Eucaristia a relíquia do Grande Papa São João Paulo II para nossa veneração e oração. Logo após a Santa Missa a relíquia permanecerá na Igreja para que possamos ter os momentos especiais de oração! Recebi esta relíquia como reitor da Missão Católica Polonesa no Brasil, no dia 27 de junho de 2012, na residência dos Arcebispos de Cracóvia, das mãos do Eminentíssimo Cardeal Stanislaw Dziwisz. Antes enviei uma carta ao Card. Dziwisz, solicitando esta relíquia para ela peregrinar nas comunidades polônicas do Brasil. Nos últimos três anos a relíquia do Papa polonês, tão querido no Brasil, visitou as paróquias, comunidades polonesas e brasileiras, conventos, escolas nos estados de Paraná, São Paulo, Espírito Santo, Rio Grande do Sul. Pe. Zdzislaw Specjalne odwiedziny W dniu święta Pani Jasnogórskiej (30 sierpnia br) – Patronki Kapelanii będziemy mieli zaszczy gościć relikwię św. Jana Pawła II podczas Mszy św. w naszym kościele. Po uroczystej Eucharystii relikwia pozostanie przez pewien czas, abyśmy mieli możliwość 7 do osobistej modlitwy. Relikwię otrzymałem – jako rektor Polskiej Misji Katolickiej w Brazylii – 27 czerwca 2012 r. z rąk Jego Eminencji Kard. Stanisława Dziwisza w Domu Arcybiskupów Krakowskich. Uprzednio wysłałem prośbę do kard. Dziwisza z prośbą o dar relikwii, aby ona mogła pielgrzymować po wspólnotach polonijnych w Brazylii. Przez trzy lata relikwia nawiedzała parafie, wspólnoty polonijne, brazylijskie, kaplice, szkoły w stanach: Paraná, São Paulo, Espírito Santo, Rio Grande do Sul. Ks. Zdzisław não há nenhuma sala para que a comunidade possa promover algum tipo de encontros sociais. Daí o belo gesto da diretoria da Sociedade Polônia: essa organização cedeu uma sala para que ali se realizasse o encontro amigo dos polônicos. O primeiro encontro desse tipo foi um grande sucesso, como escreveu o dr. Vitoldo Królikowski ao abaixo assinado ─ reitor da Missão Católica Polonesa no Brasil. Do encontro participaram 252 pessoas! Para esse encontro foram preparados pratos da culinária polonesa: linguiça polonesa, raiz-forte e sonhos. A sra. Wanda Arusiewicz, cuja mãe faleceu dez dias antes do encontro, apesar do luto envolveu-se nos preparativos e preparou 440 sonhos. Como nos informa o dr. Vitoldo Królikowski, esses sonhos foram consumidos em poucos instantes... Não tenho condições de mencionar todas as pessoas envolvidas na organização desse encontro. Alguns empresários proporcionaram o seu apoio real. Houve muitos donativos em forma de produtos alimentares, chás, flores. Não se pode esquecer a apresentação musical, ou o desfile de moda. Além disso, Ágata Grochot dos Santos (de Santo Antônio da Palma, perto de Passo Fundo) e Kariane Modelski (de Nova Prata), que se dedicam ao artesanato polônico, viajaram uns 200 quilômetros e vieram especialmente a Porto Alegre para apresentar o seu belíssimo artesanato polonês. Evidentemente, encontrava-se também entre os artesãos presentes o sr. Ademir Grzeszczak ─ diretor do Centro de Estudos Polônicos Karol Wojtyła (CEKAW) e ao mesmo tempo proprietário da Wawel Art., que se dedica a importar da Polônia e a vender produtos da arte polonesa. Os participantes pediram que tal encontro fosse repetido num futuro próximo. Trata-se de um ótimo sinal, porque atesta que a coletividade polônica que vive dispersa na metrópole de Porto Alegre sente a necessidade de tais encontros de congraçamento. A renda desse encontro festivo com certeza será bem investida nos necessários consertos, bem como na pintura da igreja polonesa. Oxalá tivéssemos mais desses exemplos de cooperação mútua! Alegra-se o coração polonês quando percebe como as organizações polônicas são capazes de abrir as suas sedes e de cooperar com outros grupos da nossa etnia polonesa. No caso de Porto Alegre, a Sociedade Polônia colabora harmonicamente com a capelania polonesa. E quem lucra com isso é a própria coletividade polônica. Diante da diretoria da Sociedade Polônia, em Porto Alegre, bem como das pessoas envolvidas na organização do mencionado evento, bem como daqueles que participaram a colaboraram para que esse encontro fosse um sucesso, expresso a sincera gratidão, o reconhecimento, o respeito e o tradicional “Bóg zapłać” (Deus lhes pague) polonês. Um exemplo de união polônica No dia 27 de junho do ano corrente, na Sociedade Polônia, em Porto Alegre, um grupo de ativos polônicos organizou um encontro de amigos. O objetivo desse encontro polônico era a obtenção de recursos para a necessária reforma da igreja polonesa da Virgem de Monte Claro nessa cidade. Um esclarecimento para os leitores desavisados do nosso novo periódico. Eis que na capital do estado do Rio Grande do Sul, há mais de cem anos, existe a muito ativa Sociedade Polônia. E há algumas décadas, a comunidade polônica tem à sua disposição a igreja polonesa e a capelania polonesa. Infelizmente, após algumas décadas de devotado ministério na capelania polonesa, os padres vicentinos decidiram afastarse dessa pastoral. Por essa razão, já há alguns anos, a comunidade polônica local ficou sem a assistência permanente de um sacerdote polonês. Por algum tempo, sacerdotes de origem polonesa têm celebrado esporadicamente santas Missas para a comunidade polônica nessa cidade. Nesse período, por diversas vezes, tive a possibilidade de viajar de Curitiba a Porto Alegre para nas festas mais importantes celebrar para a comunidade polônica a festiva Eucaristia. Surgiu a possibilidade de assegurar à animada e ativa comunidade polônica em Porto Alegre a assistência permanente de um sacerdote polonês. Essa realidade influenciou alguns líderes polônicos, que deram início a empenhos pela reforma e pela pintura da igreja polonesa. Como resulta de informações que chegam ao reitor da Missão Católica Polonesa, a comunidade polônica animou-se muito ao ficar sabendo da possibilidade da reativação da capelania polonesa. Um novo ânimo tomou conta da comunidade, atingida por certa inércia provocada pela falta de um padre polonês. O sr. Paulo Ratkiewicz ─ presidente da Sociedade Polônia, juntamente com a administração dessa organização polônica, saiu ao encontro dessa louvável mobilização polônica. Junto à igreja polonesa Foto de: Facebook/Sociedade Polonia Pe. Zdzislaw MALCZEWSKI SChr Przykład jedności polonijnej 27 czerwca br. w Towarzystwie Polonia w Porto Alegre grupa aktywnych Polonusów zorganizo- 8 wała spotkanie przy herbatce. Celem tego polonijnego spotkania było zdobycie funduszy na konieczny remont kościoła polskiego pod wezwaniem Pani Jasnogórskiej w tym mieście. Wyjaśnienie dla niezorientowanych Czytelników naszego, nowego, periodyku. Otóż, w stolicy stanu Rio Grand do Sul, od ponad 100 lat istnieje bardzo aktywne Towarzystwo Polonia. Zaś od kilkudziesięciu lat wspólnota polonijna ma do swojej dyspozycji kościół polski oraz kapelanię polską. Niestety, po kilkudziesięcioletniej, ofiarnej posłudze w kapelanii polskiej, księża wincentyni zadecydowali o wyłączeniu się z tego duszpasterstwa. Z tego powodu, od kilku już lat, miejscowa wspólnota polonijna pozostała bez stałej opieki duszpasterza polskiego. Przez pewien czas kapłani polskiego pochodzenia sprawowali sporadycznie Msze św. dla Polonii w tym mieście. W tym okresie, kilka razy, miałem możność udania się z Kurytyby do Porto Alegre, aby w ważniejsze święta sprawować dla Polonii świąteczną Eucharystię. Pojawiła się możliwość zapewnienia żywotnej i aktywnej Polonii w Porto Alegre stałej opieki przez polskiego duszpasterza. Rzeczywistość ta wpłynęła na kilku liderów polonijnych, którzy rozpoczęli starania o remont i malowanie kościoła polskiego. Jak wynika z informacji nadchodzących do rektora Polskiej Misji Katolickiej wspólnota polonijna ożywiła się bardzo dowiadując się o możliwości reaktywowania kapelanii polskiej. Nowy duch wstąpił we wspólnotę dotkniętą pewną inercją spowodowaną brakiem polskiego księdza. Paulo Ratkiewicz – prezes Towarzystwa Polonia wraz z zarządem tej szacownej organizacji polonijnej wyszedł naprzeciw tej chwalebnej polonijnej mobilizacji. Przy kościele polskim nie ma żadnej sali, aby wspólnota mogła organizować jakieś spotkania towarzyskie. Stąd spotkaniu wzięło udział 252 osoby! Na to spotkanie przygotowano między innymi: polską kiełbasę, chrzan, pączki. Wanda Arusiewicz, której mama zmarła na 10 dni przed spotkaniem przy herbatce, pomimo żałoby zaangażowała się i przygotowała aż 440 paczków. Ponoć, jak wspomina dr Vitoldo Królikowski, pączki rozeszły się, jak woda… Nie jestem w stanie wymieniać wszystkich zaangażowanych osób w organizację tego spotkania. Kilku przedsiębiorców udzieliło swojego realnego poparcia. Wiele donacji w postaci: produktów żywnościowych, herbat, kwiatów. Nie można zapomnieć o występujących muzykach, czy pokazie mody! Ponadto Agata Grochot dos Santos (z Santo Antônio do Palma, koło Passo Fundo), Kariane Modelski (z Nova Prata) zajmujące się rzemiosłem polonijnym (przejechały jakieś 200 km) i przybyły specjalnie do Porto Alegre, aby zaprezentować swoje przepiękne polskie rękodzielnictwo. Oczywiście był także obecny wśród polonijnych rękodzielniczek Ademir Grzesczak – dyrektor Centrum studiów polonijnych im. Karola Wojtyły piękny gest zarządu Towarzystwa Polonia: udostępnienie sali przez tę organizację, aby odbyło się polonijne spotkanie przy herbatce. Pierwsze tego rodzaju spotkanie było wielkim sukcesem, jak napisał dr Vitoldo Królikowski do niżej podpisanego - rektora Polskiej Misji Katolickiej w Brazylii. W (CEKAW) i zarazem właściciel „Wawel Art.”, zajmujący się sprowadzaniem z Polski i sprzedażą wyrobów sztuki ludowej. Uczestniczący w spotkaniu Polonusi prosili o powtórkę w niedalekiej przyszłości! To bardzo dobry znak, bowiem świadczy, że społeczność polonijna żyjąca w rozproszeniu na terenie metropolii Porto Alegre potrzebuje takich, wspólnych spotkań! Dochód ze spotkana harbatkowego z pewnością zostanie dobrze zainwestowany w konieczne naprawy, jak też malowanie kościoła polskiego! Obyśmy takich przykładów wzajemnej współpracy mieli więcej! Raduje się serce polskie, kiedy dostrzega, jak organizacje polonijne potrafią otwierać swoje siedziby i współpracować z innymi grupami naszej polskiej etnii. W przypadku Porto Alegre Towarzystwo Polonia harmonijnie współpracuje z kapelanią polską! Uważam, że organizacja polonijna i duszpasterstwo polskie stanowią w danym mieście dwa płuca, które wzajemnie się uzupełniają i potrzebują dla dobra całej społeczności polonijnej! Kto na tym wychodzi z dużym pożytkiem to, sama społeczność polonijna! Wobec zarządu Towarzystwa Polonia w Porto Alegre, oraz osób zaangażowanych w organizację wspomnianego spotkania, a także tych, którzy uczestniczyli i współpracowali, by to spotkanie było sukcesem, składam szczerą wdzięczność, uznanie, uszanowanie i po staropolsku „Bóg zapłać”! Zdjęcie z: Facebook/Sociedade Polonia Ks. ZM, SChr A tradição polonesa da partilha da obreia na vigília do Natal Na Igreja católica a vigília do Natal é comemorada no dia 24 de dezembro. Nas Igrejas grecocatólica e ortodoxa, que se utilizam do calendário juliano, isso ocorre no dia 6 de janeiro, e na Igreja católica do rito armênio ─ no dia 5 de janeiro. Na tradição polonesa, a noite de Natal é a noite mais solene e mais comovente do ano. O ponto culminante das vivências do Advento nas famílias cristãs é a vigília do Natal, que possui uma liturgia familiar muito rica. A gênese dessa liturgia remonta aos primeiros séculos do cristianismo, de maneira que esses ritos e costumes possuem uma tradição antiga. As vigílias em geral já eram conhecidas no Antigo Testamento. Eram comemoradas antes de cada solenidade, e até antes de cada sábado. Era uma forma de preparação para o descanso festivo, que os israelitas chamavam “noite”. 9 A palavra “vigília” provém da língua latina e significa vigilância. Antigamente havia na Igreja o costume de que no dia anterior às principais solenidades obrigava o jejum, e os fiéis aguardavam a noite toda essa solenidade, rezando e velando conjuntamente. Na Polônia, esse costume entrou definitivamente na tradição somente no século XVIII. Sua parte principal é a solene ceia, que consta de alimento sem gordura. Essa ceia tem um caráter estritamente familiar. Além dos parentes próximos, convidam-se às vezes para ela as pessoas que vivem sós. Atualmente é conhecido e generalizado na Polônia o costume de deixar um lugar vazio na mesa da vigília. Torna-se difícil estabelecer exatamente a sua origem. Certamente se trata de um costume posterior, visto que não o menciona nenhum dos historiadores dos costumes poloneses. Esse lugar é destinado, sobretudo, a um hóspede imprevisto. Zbigniew Kossak escreve: “Quem quer que entre numa casa polonesa na santa noite da vigília, ocupará esse lugar e será recebido como um irmão”. Deixando um lugar vazio à mesa, expressamos também a lembrança dos nossos semelhantes que não podem passar o Natal conosco. Num período em que muitos poloneses emigram e deixam o seu país, a família, o lugar vazio à mesa deve lembrar à família o vínculo com essa pessoa que se encontra fora do ambiente familiar. O lugar vazio junto à mesa da vigília pode igualmente trazer-nos à memória um membro falecido da família. Na Polônia, a ceia natalina se iniciava quando aparecia no céu a primeira estrela. Fazia-se isso certamente para recordar a estrela de Belém, que, segundo o Evangelista S. Mateus, foi vista pelos Magos, também chamados Santos Reis. Esse costume tem sido e continua sendo profundamente arraigado na cultura polonesa. Falam dele, por exemplo, os escritores Ladislau Estanislau Reymont, nos Camponeses, e Maria Dąbrowska, em Sorriso da infância. Oskar Kolberg afirma que se trata de um costume muito antigo observado nas famílias cristãs polonesas. Essa tradição, como mencionei acima, estabeleceu-se na Polônia no século XVIII. Tornou-se ainda mais generalizada no século XX. Assumiu os traços de algo sagrado, sacro, que não se encontra em nenhum outro lugar. Com alguns dias de antecedência, as donas de casa fazem uma ordem geral, lavam e limpam tudo. No dia da vigília, a mesa é coberta com uma toalha branca, que lembra o altar e as fraldas do Senhor. Sobre ela é colocado o feno, como recordação do feno sobre o qual descansou o Menino Deus. E sobre o feno são colocadas as obreias que são partilhadas pelos membros da família. Era um costume na Polônia, que até hoje é preservado, observar durante o dia todo o jejum e a abstinência de alimentos à base de carne. Também durante a vigília são servidos somente pratos sem gordura, mas diversificados a ponto de haver todos os pratos que costumam ser servidos durante o ano. O ponto mais importante e culminante da ceia natalina na Polônia, bem como entre os poloneses dispersos pelo mundo, é o costume de partilhar a obreia. Essa atividade ocorre após a leitura do Evangelho (S. Lucas 2,1-7) sobre o Nascimento do Senhor e a formu- lação dos votos. Essa tradição provém do antiquíssimo costume denominado eulógia, que se preservou nos primeiros séculos do cristianismo. A palavra eulógia significava os pães oferecidos pelos fiéis para a celebração da Eucaristia. Visto que nem todos os pães eram consagrados, os que sobravam eram distribuídos aos fiéis após o encerramento da Eucaristia. Os doentes pediam muitas vezes que lhes fosse trazida a eulógia. Muitas vezes as pessoas a levavam consigo quando viajavam. A ceia da vigília polonesa faz referência aos banquetes dos primeiros cristãos, organizados em memória da Última Ceia. A ceia da vigília do Natal é para o cristão, sobretudo, uma referência à necessidade de consumir o Pão bíblico, com o qual se identificou Cristo, ou seja, de alimentar-se com o pão Eucarístico. O costume de partilhar a obreia significa igualmente a dedicação mútua de uns aos outros e ensina que é preciso partilhar até o último pedaço de pão. Partilhando a obreia, com efeito, formulamos os votos de todo bem, tanto espiritual como material. Perdoamo-nos os ressentimentos mútuos. O bem material é simbolizado pela matéria da obreia ─ pelo pão. Oxalá ele nunca falte a nós e aos nossos semelhantes, oxalá saibamos partilhá-lo com os necessitados! O Santo Irmão Alberto, um grande esmoler, heroico protetor das pessoas sem teto, sugere-nos aqui que é preciso ser “bom como o pão” e divisível como o pão. Ao consumirmos a obreia, abrimos os nossos corações. A sua partilha no decorrer da ceia natalina possui um profundo significado. A obreia, como símbolo de comunidade, congrega a todos que a partilham. Nesse importante momento, entre as pessoas próximas surge a reconciliação, a concórdia, o perdão, o amor e a paz. Partilhando a obreia, as pessoas próximas asseguram que querem estar juntas, em harmonia, e partilhar conjuntamente as alegrias e as tristezas. É também a confirmação de que querem sentar-se para o jantar natalino e alegrar-se mutuamente com a sua presença. Na cultura polonesa, durante a partilha da obreia as pessoas também formulam votos de prosperidade e amor. A obreia, como o símbolo do bem, deve assegurar a realização desses votos. Após a partilha da obreia e a formulação dos votos, inicia-se o solene jantar. Dependendo da região e das tradições familiares na Polônia, o conjunto dos pratos da ceia é diversificado, mas costumeiramente devem encontrar-se na mesa da vigília todos os produtos da terra, e os pratos devem ser doze. É preciso experimentar cada um deles. Entre os mais típicos estão: o “barszcz z uszkami” (sopa de beterraba com uma espécie de ravióli), em algumas regiões da Polônia o “biały żur” (sopa branca de farinha azedada), a “zupa grzybowa” (sopa de cogumelos), a “zupa owocowa” (sopa de frutas) ou a “zupa rybna” (sopa de peixe), peixe preparado de diversas maneiras, sendo o mais tradicional a carpa frita em geleia, o repolho com ervilhas, o repolho com cogumelos, os “pierogi” (pastéis) com repolho, a “kasza” (cevadinha) com cogumelos secos, o feijão com ameixas secas, as empadas com cogumelos, a torta com cogumelos, as postas de arroz com molho de cogumelos, os “kluski” (nhoque) com papoula, açúcar e mel, a compota de frutas secas, a sopa de amêndoas ou o “kulebiak” (torta de carne, peixe ou repolho) 10 ou na tradição oriental os charutos, a “kutia” (trigo cozido com sementes de papoula e mel), as sementes de papoula. De acordo com o costume polonês, os pratos da ceia da vigília não podem ser de carne nem conter gordura animal. O jejum da vigília é um costume bastante observado, apesar de em algumas confissões cristãs não ser obrigatório. Os bispos latinos estimulam à observância desse costume “em razão da natureza excepcional desse dia na Polônia”. De acordo com a tradição, a quantidade dos pratos da ceia natalina deve ser ímpar. Aleksander Bruckner, em seu dicionário etimológico da língua polonesa, informa que a ceia camponesa compunha-se de cinco ou sete pratos, a da nobreza ─ de nove, e a dos aristocratas ─ de onze. As explicações dessa exigência eram diversas: 7 ─ como os sete dias da semana; 9 ─ em hora dos nove coros angelicais, etc. Não podiam ser deixados de lado os bolos, especialmente o natalino bolo de papoula. Em algumas regiões da Polônia, a obreia é dada aos animais domésticos, considerando-se que uma festa tão grande deve ser acessível a todas as criaturas. Para os animais, a obreia assada é colorida: amarela, vermelha. A obreia era também simbolicamente partilhada com as almas dos falecidos, sendo depositada no prato adicional colocado na mesa da ceia natalina. Esse costume é preservado ainda hoje em muitas casas, mas a partilha da obreia hoje é um costume exclusivamente polonês, como nos lembra o grande poeta polonês Cyprian Kamil Norwid: żego Narodzenia. Posiada ona bardzo bogatą liturgię rodzinną. Geneza tej liturgii sięga pierwszych wieków chrześcijaństwa. Obrzędy te i zwyczaje maja więc starą tradycję. Wigilie w ogóle znane były już w Starym Testamencie. Obchodzono je przed każda uroczystością, a nawet przed każdym szabatem. Było to przygotowanie do odpoczynku świątecznego. Izraelici zwali je "wieczorem". Słowo "wigilia" pochodzi z języka łacińskiego i oznacza czuwanie. Taki był dawniej zwyczaj w Kościele, że poprzedniego dnia przed większymi uroczystościami obowiązywał post i wierni przez całą noc oczekiwali na tę uroczystość, modląc się i czuwając wspólnie. W Polsce wigilia weszła na stale do tradycji dopiero w XVIII wieku, Główną jej częścią jest uroczysta wieczerza, złożona z postnych potraw. Wieczerza ta ma charakter ściśle rodzinny. Zaprasza się czasami na nią, oprócz bliskich krewnych, osoby mieszkające samotnie. Znany i powszechny jest obecnie w Polsce zwyczaj pozostawiania wolnego miejsca przy stole wigilijnym. Trudno dokładnie ustalić jego pochodzenie. Zapewne jest to zwyczaj późniejszy, gdyż nie wspomina o nim żaden z historyków obyczajów polskich. Miejsce to przeznaczone bywa przede wszystkim dla przygodnego gościa. Zbigniew Kossak pisze, że "ktokolwiek zajdzie w dom polski w święty wieczór wigilijny, zajmie to miejsce i będzie przyjęty jak brat". Pozostawiając wolne miejsce przy stole wyrażamy również pamięć o naszych bliskich, którzy nie mogą świąt spędzić z nami. W okresie, kiedy wielu Polaków emigruje i opuszcza kraj, rodzinę, puste miejsce przy stole ma przypomnieć rodzinie więź z tą osobą przebywającą poza domem rodzinnym. Miejsce puste przy stole wigilijnym może również przywodzić nam na pamięć zmarłego członka rodziny. W Polsce wieczerze wigilijna rozpoczynało się, gdy na niebie ukazała się pierwsza gwiazda. Czyniono tak zapewne na pamiątkę gwiazdy betlejemskiej, która według św. Mateusza Ewangelisty, ujrzeli Mędrcy, zwani też Trzema Królami. Zwyczaj ten był i nadal jest głęboko zakorzeniony w polskiej kulturze. Wspomina o nim między innymi Władysław S. Reymont w "Chłopach" oraz Maria Dąbrowska w "Uśmiechu dzieciństwa". Oskar Kolberg stwierdza, że jest to bardzo stary zwyczaj przestrzegany w polskich rodzinach katolickich. Tradycja jak wspomniałem wyżej, przyjęła się w Polsce w wieku XVIII. Stała się jeszcze bardziej powszechna w wieku XX. Nabrała cech czegoś świętego, sakralnego, czego się nigdzie nie spotyka. Wcześniej gospodynie urządzają generalne sprzątanie, mycie, czyszczenie. W dzień wigilijny stół przykryty jest białym obrusem, przypominającym ołtarz i pieluszki Pana, na nim układa się siano dla przypomnienia sianka, na którym spoczywało Boże Dziecię. Na sianie zaś kładzie się opłatki, którymi członkowie rodziny będą się łamać. Zwyczajem było w Polsce i również nadal się go podtrzymuje, że cały dzień obowiązywał post i abstynencja od pokarmów mięsnych. Także w czasie wigilii Existe no meu País o costume de que no dia da vigília, Quando surge a primeira estrela noturna no céu, As pessoas do ninho comum partilham o pão bíblico, Transmitindo nesse pão os seus mais ternos sentimentos. Um importante costume que acompanha a vigília do Natal é o cântico comum, familiar das cantigas natalinas. Muitas vezes, também, sob a árvore de Natal são colocados presentes que, segundo a tradição, são trazidos por São Nicolau. Após a ceia, as canções natalinas e a distribuição dos presentes, na Polônia os fiéis dirigem-se à igreja para a solene Missa, chamada “Pasterka” (Missa do galo), que é celebrada à meia-noite. Na Polônia, tradicionalmente seguem-se os dois dias dos festejos do Natal. pe. ZM. Polska tradycja dzielenia się opłatkiem w wigilię Bożego Narodzenia W Kościele katolickim wigilia Bożego Narodzenia jest obchodzona 24 grudnia. Natomiast w kościele greckokatolickim i prawosławnym – 6 stycznia (w związku z posługiwaniem się kalendarzem juliańskim), a w kościele katolickim obrządku ormiańskiego – 5 stycznia. Wieczór wigilijny w tradycji polskiej jest najbardziej uroczystym i najbardziej wzruszającym wieczorem roku. Punktem kulminacyjnym przeżyć adwentowych w rodzinach chrześcijańskich jest wigilia Bo- 11 podaje się tylko potrawy postne, ale tak różnorodne, by były wszystkie potrawy, jakie się zwykło podawać w ciągu roku. Najważniejszym i kulminacyjnym momentem wieczerzy wigilijnej w Polsce, jak też Polaków rozproszonych po świecie, jest zwyczaj łamania się opłatkiem. Czynność ta następuje po przeczytaniu Ewangelii (św. Łukasza 2,1-7) o Narodzeniu Pańskim i złożeniu życzeń. Tradycja ta pochodzi od prastarego zwyczaju tzw. eulogia, jaki zachował się z pierwszych wieków chrześcijaństwa. Słowo eulogia oznaczało chleby ofiarowane przez wiernych do sprawowania Eucharystii. Ponieważ nie wszystkie chleby były konsekrowane, pozostałe rozdawano wiernym po zakończeniu Eucharystii. Chorzy prosili niejednokrotnie o przyniesienie eulogii. Często zabierano je ze sobą w podróż. Polska wieczerza wigilijna nawiązuje do uczt pierwszych chrześcijan, organizowanych na pamiątkę Ostatniej Wieczerzy. Opłatek wigilijny jest dla chrześcijanina przede wszystkim nawiązaniem do potrzeby spożywania Chleba biblijnego, z którym utożsamił się sam Chrystus, czyli do odżywiania się Eucharystycznym chlebem. Zwyczaj dzielenia się opłatkiem oznacza również wzajemne poświecenie się jednych dla drugich i uczy, że należy podzielić się nawet ostatnim kawałkiem chleba. Dzieląc się opłatkiem składamy przecież sobie życzenia dobra wszelakiego, zarówno duchowego, jak też materialnego. Wybaczamy sobie wzajemne urazy. Dobro materialne symbolizuje materia opłatka - chleb. Oby go nam i naszym bliźnim nigdy nie zabrakło, obyśmy umieli dzielić go z potrzebującymi! Święty Brat Albert, wielki jałmużnik, heroiczny opiekun bezdomnych, podpowie nam tutaj, że należy być "dobrym jak chleb" i podzielnym jak chleb. Zjadając opłatek, swoje serca. Dzielenie się nim w trakcie wigilii ma głębokie znaczenie. Opłatek, jako symbol wspólnoty, jednoczy wszystkich, którzy się nim dzielą. W tej ważnej chwili między bliskimi pojawiają się pojednanie, zgoda, przebaczenie, miłość i pokój. Łamiąc się nim, bliscy zapewniają, że chcą być razem ze sobą w zgodzie i wspólnie dzielić radości i smutki. To również potwierdzenie tego, że chcą zasiąść do wigilijnej kolacji i wspólnie cieszyć się swoją obecnością. W naszej kulturze podczas dzielenia się opłatkiem, ludzie składają sobie życzenia wszelkiej pomyślności i miłości. Opłatek, jako symbol dobra, ma zapewnić spełnienie się tych życzeń. Po łamaniu opłatkiem i złożeniu sobie życzeń, rozpoczyna się uroczysta kolacja. W zależności od regionu i tradycji rodzinnych w Polsce zestaw wigilijnych potraw jest różny, ale zwyczajowo na wigilijnym stole powinny znaleźć się wszystkie płody ziemi, a potraw powinno być dwanaście. Każdej należy spróbować. Do najbardziej typowych należą: barszcz z uszkami (wymiennie w niektórych regionach Polski z białym żurem, zupą grzybową, zupą owocową lub zupą rybną), ryby, przyrządzane na różne sposoby, z najbardziej tradycyjnym karpiem smażonym i w galarecie, kapusta z grochem, kapusta z grzybami, pierogi z kapustą, kasza z suszonymi grzybami, fasola z suszonymi śliwami, paszteciki z grzybami, kotleciki z ryżu z sosem grzybowym, kluski z makiem, cukrem i miodem, makiełki, kompot z suszonych owoców, zupa migdałowa czy z tradycji wschodniej kulebiak, gołąbki, kutia, makówki. Zgodnie z polskim zwyczajem potrawy wigilijne powinny być postne, czyli bezmięsne i bez użycia tłuszczów zwierzęcych. Post wigilijny jest zwyczajem dość powszechnie przestrzeganym, mimo że w wielu wyznaniach chrześcijańskich nie jest nakazany. Biskupi łacińscy zachęcają do zachowania tego zwyczaju "ze względu na wyjątkowy charakter tego dnia w Polsce” . Według tradycji, ilość potraw wigilijnych powinna być nieparzysta. Aleksander Bruckner w słowniku etymologicznym języka polskiego podaje, ze wieczerza chłopska składała się z pięciu lub siedmiu potraw, szlachecka z dziewięciu, a u arystokracji z jedenastu. Wyjaśnienia tego wymogu były różne: 7 - jako siedem dni tygodnia, 9 - na cześć dziewięciu chórów anielskich itp. Dopuszczalna była ilość 12 potraw - na cześć dwunastu apostołów. Nie można zapomnieć o ciastach, a zwłaszcza świątecznym makowcu. W niektórych regionach Polski opłatkiem obdziela się gospodarskie zwierzęta, uważając, że tak wielkiego święta powinny dostąpić wszystkie stworzenia. Dla zwierząt wypiekany opłatek jest kolorowy: zielony, czerwony. Opłatkiem dzielono się także symbolicznie z duszami zmarłych, składając opłatek na dodatkowym talerzu stawianym na wigilijnym stole. Zwyczaj ten zachowuje się do dziś w wielu jeszcze domach, ale dzielenie opłatkiem dzisiaj jest już wyłącznie polskim zwyczajem, jak przypomina nam wielki nasz poeta Cyprian Kamil Norwid: „Jest w moim Kraju zwyczaj, że w dzień wigilijny, Przy wzejściu pierwszej gwiazdy wieczornej na niebie, Ludzie gniazda wspólnego łamią chleb biblijny, Najtkliwsze przekazując uczucia w tym chlebie”. Ważnym zwyczajem towarzyszącym wigilii Bożego Narodzenia jest wspólne, rodzinne śpiewanie kolęd. Często też pod choinką umieszczane są prezenty, które według tradycji przynosić ma św. Mikołaj. Po wieczerzy, śpiewie kolęd, obdarowaniu się prezentami, wierni w Polsce udają się do kościoła na uroczystą Mszę św., zwaną Pasterką i sprawowaną o północy. W Polsce tradycyjnie, następuje dwudniowe świętowanie Bożego Narodzenia. Ks. ZM. Informativo “Voz do Monte Claro” é uma edição especial (agosto de 2015) da Capelania Polonesa em Porto Alegre – RS. Periódico publicado pela Missão Católica Polonesa no Brasil. Tiragem: 500 exemplares. Projeto da vinheta: Eluta Stańko-Smierzchalska da editora „Hlondianum” em Poznań, Polônia. Portal da Missão Católica Polonesa no Brasil: www.polska-misja.com.br; [email protected] Periodyk „Voz do Monte Claro” jest wydaniem nadzwyczajnym (sierpień 2015 r.) Kapelanii Polskiej w Porto Alegre - RS. Pismo zostało wydane przez Polską Misję Katolicką w Brazylii. Nakład 500 egz. Projekt winiety: Eluta Stańko-Smierzchalska z wydawnictwa „Hlondianum” w Poznaniu. Portal PMK: www.polska-misja.com.br; [email protected] 12
Documentos relacionados
Número 3 – Numer 3 Caros Irmãos e Irmãs!
da solene entrada de Jesus Cristo em Jerusalém. Na Polônia, os ramos são preparados pelas famílias. Na maioria das vezes são ramos de salgueiro, muitas vezes enfeitados de flores ou folhas. O sal...
Leia maisPOLSKA
e historiadores, celebridades da mídia e comedores comuns, não só de pão. Uma posição especial é ocupada por uma nova espécie de gourmet. É alguém que não só tem um sentido do gosto particularmente...
Leia maisNúmero 2 – Numer 2 - Missão Católica Polonesa no Brasil
Pezzol, Wawel Art., restauracji „Polska” za sfinansowanie kosztów druku niniejszego czasopisma. Niech Pani Jasnogórska - Patronka naszej wspólnoty, otacza swoją macierzyńską opieką wszystkie osoby ...
Leia maisPesquisa histórica e redação
2007 - Acesso à área de Schengen (livre acesso aos países da comunidade europeia).
Leia mais