catálogo apa 2015 - Associação Portuguesa dos Antiquários

Transcrição

catálogo apa 2015 - Associação Portuguesa dos Antiquários
FEIRA DE ARTE E ANTIGUIDADES DE LISBOA 2015
FEIRA DE ARTE
E ANTIGUIDADES
DE LISBOA
Retrato da Princesa Santa Joana
Mestre desconhecido
Século XV
Museu de Aveiro
Fotografia: Luís Pavão; DGPC/ADF
2015
Patrocínios
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FEIRA DE ARTE
E ANTIGUIDADES
DE LISBOA
2015
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Sob o Alto Patrocínio de Sua Excelência o Presidente da República
Excelentíssimo Senhor Professor Doutor Aníbal Cavaco Silva
FEIRA DE ARTE
E ANTIGUIDADES
DE LISBOA
2015
11 a 18 de Abril, 2015
Cordoaria Nacional
Avenida da Índia, 1300 Lisboa
Associação Portuguesa dos Antiquários
www.apa.pt
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Q U I N TA DA G R I L L A
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E AS SUAS
IDEIAS ACONTECEM
WWW.QUINTADAGRILLA.PT
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T: 917 371 865
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914 650 16
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Índice
Mensagem de Sua Excelência o Presidente da República
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Professor Doutor Aníbal Cavaco Silva
A Real Fábrica da Cordoaria
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Capitão-de-fragata António Costa Canas
Feira de Arte e Antiguidades de Lisboa 2015
15
Manuel Castilho
Bons hábitos
17
António Filipe Pimentel
Comissão de Honra
19
Comissão Organizadora
21
Expositores
23
1/ Manuel Castilho
24
2/ Galeria João Esteves de Oliveira
26
3/ Miguel Arruda Antiguidades
28
4/ D’Orey Azulejos e Antiguidades
30
5/ Porcelana da China
32
6/ Galeria São Mamede
34
7/ Galerie Afrique
36
8/ Ricardo Hogan Antiguidades
38
9/ São Roque, Antiguidades e Galeria de Arte
40
10/ Isabel Lopes da Silva
58
11/ J. M. Baptista – Jóias, Pratas e Antiguidades, Lda
60
12/ Rota do Tempo – João Ramada
62
13/ Ilídio Cruz
64
14/ Manuela Lírio
66
15/ Manuela Gil Antiguidades
68
16/ José Sanina Antiquário
70
17/ Helder Alfaiate Galeria de Arte
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Mensagem de Sua Excelência
o Presidente da República
Na sequência do trabalho que vem desenvolvendo há quase um quarto de século, a Associação
Portuguesa de Antiquários promove, uma vez mais, em Lisboa, a Feira de Artes e Antiguidades.
É uma iniciativa a que me associo com prazer, tendo em conta o prestígio da instituição
promotora e o contributo que tem dado quer para a animação e prestígio do mercado de obras
de arte e peças antigas em Portugal, quer para a vida cultural da cidade e do País.
A Feira de Artes e Antiguidades representa, sem dúvida, um momento singular no roteiro
cultural de Lisboa. Ano após ano, comerciantes, colecionadores e público em geral têm encontro
marcado no edifício da Cordoaria Nacional, onde, por esta altura, se pode adquirir, ou simplesmente admirar, peças de qualidade por vezes rara, seja de mobiliário ou joalharia, cerâmica,
pintura, escultura ou tapeçaria. O número de visitantes, nacionais e internacionais, tem vindo
a crescer. As dezenas de peças transacionadas confirmam a importância desta área de negócio.
A afluência de visitantes, muitos dos quais ali se deslocam pelo simples prazer de contemplar
a beleza dos objetos expostos, consagram a Feira como uma iniciativa cultural, económica e
turística de relevo.
Um sinal inequívoco deste sucesso foi a tranformação, há três anos, do que inicialmente era
apenas a Bienal de Antiguidades num certame que tem agora lugar anualmente e que, além
dos tradicionais antiquários, passou a englobar também galerias de arte contemporânea.
Congratulo-me, pois, com a realização da Feira de Arte e Antiguidades em 2015, e faço votos
para que, uma vez mais, ela seja um sucesso para os promotores e um momento gratificante
para todos os que a visitam.
Aníbal Cavaco Silva
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A Real Fábrica da Cordoaria
Após o terramoto de 1755 a cidade de Lisboa passou por um processo de reconstrução das infraestruturas destruídas pelo mesmo. O estaleiro da Ribeira das Naus
deu lugar ao Arsenal de Marinha.
No Arsenal de Marinha existiam espaços dedicados ao fabrico dos cabos necessários
para aparelhar os grandes veleiros dos séculos XVIII e XIX. No entanto, a capacidade
de produção era insuficiente, recorrendo-se à importação, sendo os materiais muitas
vezes de fraca qualidade.
Por volta de 1770 começa a germinar a ideia de melhorar significativamente a produção
de cordame. Neste processo foi fundamental o papel de António Baptista de Sá, mestre
cordoeiro que tinha aprendido em Inglaterra as mais modernas técnicas desta arte.
Sendo exíguo o espaço existente no Arsenal de Marinha, decidiu-se usar a praia da
Junqueira para esse efeito. Durante alguns anos a cordoaria funcionou na praia, a
céu aberto. Posteriormente construiu-se o edifício da Real Fábrica da Cordoaria, na
proximidade do local onde antes a mesma funcionava ao ar livre.
Ao longo destes séculos de existência este espaço albergou, além da Cordoaria, diversos
outros estabelecimentos, nomeadamente um hospital, uma prisão, um tribunal e o
Instituto Superior Naval de Guerra. Na década de noventa do século passado terminou
a atividade fabril da Fábrica Nacional de Cordoaria, passando o espaço da mesma a
ser usado essencialmente para fins culturais e albergando os arquivos da Marinha.
É com elevado prazer que a Marinha acolhe mais uma vez, neste espaço com uma
história tão rica a Feira de Antiguidades da Associação Portuguesa de Antiquários,
na sua edição de 2015.
Capitão-de-fragata António Costa Canas
Diretor Interino – Museu de Marinha
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Feira de Arte e Antiguidades de Lisboa, 2015
Olhando o Futuro com Confiança
Com a realização este ano da Feira de Arte e Antiguidades de Lisboa de 2015 celebramos os
20 anos deste evento, que se tornou um dos destaques do calendário cultural da cidade.
Celebramos também os 25 anos da nossa Associação Portuguesa dos Antiquários.
Têm sido uns anos cheios de actividade, descobertas, negócios, convívio e aprendizagem entre
antiquários e entre antiquários, coleccionadores e académicos. Nestes anos vieram a lume
obras de grande importância cultural para Portugal, muitas encontradas em Portugal e no
estrangeiro por Associados da APA, conhecedores e incansáveis nas suas pesquisas. Citemos a
título de exemplo muitas das obras da exposição “Encompassing the Globe”– Portugal e o
Mundo nos Séculos XVI e XVII, uma verdadeira embaixada cultural que teve presença destacada
na Europa e nos Estados Unidos, antes dos seus vários meses de enorme sucesso no Museu
Nacional de Arte Antiga em Lisboa.
A profissão de antiquário sofreu nestas últimas décadas grande turbulência: adaptação ao
mundo digital, à era da internet, a um mundo de leiloeiras extremamente agressivas e
competitivas, algumas verdadeiras multinacionais. Assistimos também à emergência de grandes
feiras internacionais que se tornaram o termo de comparação para muitos coleccionadores
que também internacionalizaram os seus horizontes de compra.
A Associação Portuguesa dos Antiquários tem sabido corresponder a estes desafios adaptandose, na medida do possível, à realidade internacional e nacional.
Em 2012 os estatutos da APA foram alterados para abrir a Associação às Artes Contemporâneas.
Nas palavras do então Presidente da Direcção, Dr. Manuel Murteira Martins “O presente e o
futuro interessam-nos, o diálogo entre antiguidades e arte contemporânea é hoje um dado
adquirido...” Temos desenvolvido nos últimos anos um esforço para tornar a Feira que realizamos
na Cordoaria Nacional um evento mais apelativo para um público mais vasto e mais jovem.
É inegável que vivemos, como aliás muitos outros sectores da vida nacional, tempos que são
um desafio à nossa força de vontade e optimismo. Alguns dos nossos associados mais destacados
não estarão presentes nesta Feira, tendo tido a oportunidade de optar por um mercado
internacional neste momento mais recompensador. Estamos seguros de que voltarão a expor
em Lisboa quando o mercado inevitavelmente recuperar.
Olhamos o futuro com confiança. Portugal sempre foi um país de amantes das artes e de
coleccionadores dedicados. A ênfase pode deslocar-se mas estamos seguros de que obras de arte
de qualidade serão sempre desejadas e coleccionadas, apesar das inevitáveis flutuações conjunturais.
Os nossos mais sinceros e reconhecidos agradecimentos vão para sua Excelência o Senhor
Presidente da República, o Professor Doutor Aníbal Cavaco Silva, cujo Alto Patrocínio é um
dos factores do êxito deste empreendimento. Os nossos reconhecidos agradecimentos vão
também, muito em especial, para a Exma. Senhora Dra. Maria Cavaco Silva que há vários anos
se digna, com grande dedicação, inaugurar esta Feira.
Agradecemos nesta ocasião a inestimável colaboração e boa vontade da Marinha Portuguesa,
da Comissão Cultural da Marinha e do Museu de Marinha, na pessoa do seu Director, Capitão-
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-de-fragata António Costa Canas. A cedência do emblemático edifício da Cordoaria Nacional
é certamente um dos factores de êxito da Feira da A.P.A. Agradecemos também a valiosa
colaboração da Câmara Municipal de Lisboa e do Turismo de Lisboa em várias fases da
organização deste evento.
Mantemos desde há alguns anos uma parceria com o Museu Nacional de Arte Antiga a quem
agradecemos na pessoa do seu Director, o Dr. António Filipe Pimentel esta valiosa colaboração.
Os nossos agradecimentos vão também para a Associação dos Amigos do Museu Soares dos
Reis do Porto, com quem temos um convénio de cooperação, na pessoa do seu Director o
Dr. Álvaro Sequeira Pinto.
Agradecemos ainda o precioso patrocínio do BPI, da Hiscox e da H.O.-Horta Osório Wines.
Não poderíamos deixar de mencionar a dedicação e inspiração do Atelier Jorge Dentinho no
desenho e planeamento do espaço da Feira: os resultados estão à vista. Os nossos agradecimentos
também à Quinta da Grilla, em Alenquer, pela cedência de mobiliário para os espaços de lazer
da Feira. Agradecemos ainda ao Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese
de Beja, na pessoa de Sara Fonseca, o empréstimo da escultura de Joana Vasconcelos,
“El Matador”.
Por últimos os meus sinceros agradecimentos aos meus colegas da Direcção da A.P.A., da
Comissão Organizadora da Feira, do Secretariado, em especial à incansável Vera Morbey e a
todos os profissionais que se empenharam nas várias tarefas que tornaram esta feira possível.
Manuel Castilho
Presidente da Direcção da Associação Portuguesa dos Antiquários
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Bons hábitos
Há quatro anos já que, por generosidade e deferência da Associação Portuguesa dos
Antiquários, o MNAA-Museu Nacional de Arte Antiga ocupa um lugar central, à
entrada da respetiva Feira e grande festa anual, retomando um bom hábito, longa e
inexplicavelmente interrompido. Aí se apresenta institucionalmente, na exemplar
missão que lhe incumbe de primeiro museu nacional e, nesse quadro efémero, por seu
turno exibe o que de excecional pode atrair o visitante no horizonte cronológico mais
imediato.
Desta feita em coincidência com os últimos dias da notável exposição “FMR. A Coleção
Franco Maria Ricci” (única apresentação internacional do excecional acervo reunido
por quem foi e continua sendo referência incontornável para amadores e estetas).
Mas também com a prossecução, por pouco mais de um mês, de outro evento irrepetível: “Azul sobre Ouro. A Sala das Porcelanas do Palácio de Santos” (com o privilégio
que consubstancia poder contemplar, museograficamente instaladas, quase seis
dezenas de exemplares ímpares do espólio conservado, há mais de três séculos, no
escrínio dourado da mítica cúpula da que é hoje sede da Embaixada de França em
Portugal); com a apresentação, como obra convidada, de Baco, Venus e Adonis, a
esplêndida tela de Rosso Fiorentino que outrora rematou a Galeria de Francisco I em
Fontainebleau (cedida pelo MNHA do Luxemburgo); com a possibilidade ainda de
rever, no quadro da exposição O Belo Vermelho. Desenhos a sanguínea (séculos XVI-XVIII), obras de Pontormo, Guercino, Morales, Calvaert, Rembrandt, Vieira Lusitano
e vários outros, da coleção própria do Museu, em área por natureza reservada; enfim
com o anúncio da abertura próxima (já em Maio) de mais outro projeto de exceção:
Josefa de Óbidos e a invenção do Barroco português, a exposição há muito esperada.
Cardápio de luxo, certamente, contribuindo, em si mesmo, para elevar, ao melhor
nível, os padrões da própria feira, para a qual cada um reserva o seu melhor.
Bastaria, aliás, um olhar global sobre a oferta expositiva do Museu, para ilustrar a
relevância do mercado de arte na própria atividade de um museu e na constituição
e enriquecimento do respetivo acervo – da coleção reunida por Ricci, peça a peça,
em antiquários e leilões; ao belíssimo Rosso do museu luxemburguês (generosa oferta
de um particular); à possibilidade que o MNAA terá de evocar Josefa de Óbidos,
decerto inviável sem o espólio acumulado por instituições públicas e particulares,
nacionais e estrangeiras e por proprietários e colecionadores privados. Um espólio
reunido, peça a peça, no decurso do tempo, em ampla parte em aquisições de ocasião.
A presença do MNAA no grande certame anual da APA exprime, assim, o público
reconhecimento do Museu ao movimento (não somente comercial, mas crítico) que
o mercado de arte e o colecionismo representam, retomando um bom hábito que, na
verdade, jamais deveria ter-se interrompido. E outros hábitos bons se retomaram em
benefício coletivo. Há um ano atrás adestrava o Museu, no átrio principal, dispositivo
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especial com vista a desvendar as novas obras de arte que, por aquisição, incorporação
ou depósito, vinham enriquecer o seu acervo: e aí se apresentava o notável medalhão
de bronze dourado, obra lusa à maneira de Itália, adquirido em Londres pela Direção-Geral do Património Cultural, em finais de 2013 e destinado a enriquecer a renovada
Galeria de Pintura e Escultura Portuguesas, que se conta inaugurar em breve.
Hoje, o enriquecimento do acervo do Museu, que é de todos, pela generosidade
conjugada do Estado e dos particulares, é já um hábito – tal que houve que adoptar
novo dispositivo digital, de molde a garantir uma visibilidade simultânea. Assim
mesmo, lá se encontra outra grande e recente conquista (Narciso na Fonte, de Vieira
Portuense, adquirido pela DGPC, de novo no mercado, em 2014) e, na oficina de
restauro, entrou já nova e relevante aquisição: Virgem com o Menino e Anjos, raro
primitivo português vindo à praça nestes primeiros meses de 2015.
Bons hábitos, pois, os que unem em vez de dividir, conjugando todos no ponto
geométrico e comum: o do amor à arte. Sem o qual não haveria mercado nem museus.
António Filipe Pimentel
Diretor do Museu Nacional de Arte Antiga
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Comissão de Honra
Sua Excelência O Ministro da Defesa Nacional
Dr. José Pedro Aguiar-Branco
Sua Excelência O Ministro da Economia
Doutor António Pires de Lima
Sua Excelência O Secretário de Estado da Cultura
Dr. Jorge Barreto Xavier
Sua Excelência O Presidente da Câmara Municipal de Lisboa
Dr. António Costa
Sua Excelência O Chefe de Estado Maior da Armada
Almirante Macieira Fragoso
Sua Excelência Reverendíssima
Monsenhor Rino Passigato
Exmo. Senhor Vice-Almirante José António de Oliveira Viegas
Digmo. Diretor da Comissão Cultural da Marinha
Exmo. Senhor Capitão-de-Fragata António José Duarte Costa Canas
Digmo. Diretor do Museu de Marinha
Exmo. Senhor Eng.º José João de Jesus Parrão
Digmo. Diretor do Private Banking BPI
Exmo. Senhor Dr. Gonçalo Baptista
Digmo. Diretor Geral Innovarisk Underwriting
Exma. Senhora Dra. Maria Leonor Couceiro Pizarro Beleza Mendonça de Tavares
Digma. Presidente da Direção Fundação Champaulimaud
Exmo. Senhora Dra. Conceição Amaral
Digma. Presidente do Conselho Diretivo da Fundação Ricardo Espirito Santo Silva
Exmo. Senhor Eng.º Luís Braga Cruz
Digmo. Presidente da Fundação Serralves
Exmo. Senhor Dr. António Filipe Pimentel
Digmo. Diretor do Museu Nacional de Arte Antiga
Exmo. Senhor Dr. Carlos Monjardino
Digmo. Presidente do Conselho de Administração da Fundação Oriente
Exma. Senhora Dra. Marina Bairrão Ruivo
Digma. Diretora do Museu Vieira da Silva
Exma. Senhora Dra. Teresa Vilaça
Digma. Diretora da Casa-Museu Fundação Medeiros e Almeida
Exmo. Senhor Dr. Victor Costa
Digmo. Diretor Geral do Turismo de Lisboa
Exmo. Senhor Dr. Artur Santos Silva
Digmo. Presidente do Conselho de Administração Fundação Calouste Gulbenkian
Exmo. Senhor Dr. Pedro Lapa
Digmo. Director do Museu Berardo
Exmo. Senhor D. José Maria Mascarenhas
Digmo. Presidente da Fundação das Casas de Fronteira, Alorna e Távora
Exmo. Senhor Professor Doutor Marcelo Rebelo de Sousa
Digmo. Presidente do Conselho Administrativo da Fundação Casa de Bragança
Exmo. Senhor Arq.º Jorge Santiago Ponce Dentinho
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Comissão Organizadora
Presidente da Direcção da APA
Presidente da Comissão Organizadora da Feira
Manuel Pires de Lima de Castilho
Vice-Presidente da Direcção da APA
Vice-Presidente da Comissão Organizadora da Feira
José Sanina
Secretário da Direcção da APA
Isabel Lopes da Silva
Tesoureiro da APA
Pedro Froes Cardoso Pinto
Vogal da Direcção da APA
Pedro Baptista
Representante do Associado
“D’Orey Azulejos e Antiguidades”
Manuel D’Orey Capucho
Representante do Associado
“Galeria São Mamede”
Francisco Pereira Coutinho
Secretariado Executivo
Vera Morbey Affonso
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“O segredo está em construir
um ambiente que seja revelador
da personalidade de quem o ocupa
e não de quem o cria.”
Trav. da Conceição n.º 15-27 (à Rua do Século) 1200-116 Lisboa [email protected] www.jorgedentinho.com
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Expositores
1/ Manuel Castilho
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2/ Galeria João Esteves de Oliveira
26
3/ Miguel Arruda Antiguidades
28
4/ D’Orey Azulejos e Antiguidades
30
5/ Porcelana da China
32
6/ Galeria São Mamede
34
7/ Galerie Afrique
36
8/ Ricardo Hogan Antiguidades
38
9/ São Roque, Antiguidades e Galeria de Arte
40
10/ Isabel Lopes da Silva
58
11/ J. M. Baptista – Jóias, Pratas e Antiguidades, Lda
60
12/ Rota do Tempo – João Ramada
62
13/ Ilídio Cruz
64
14/ Manuela Lírio
66
15/ Manuela Gil Antiguidades
68
16/ José Sanina Antiquário
70
17/ Helder Alfaiate Galeria de Arte
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01 MANUEL CASTILHO
Contacto
Manuel Castilho
Rua D. Pedro V, 85
1250-093 Lisboa
Tel. + 351 213 224 292
Tm. +351 934 703 779 / +351 917 219 851
www.manuelcastilho.com
[email protected]
João Vieira
1993
Acrílico sobre cartão
Cabeça de Buda
Século XVI
Bronze
Chiang Saen, Tailândia
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02 GALERIA JOÃO ESTEVES DE OLIVEIRA
Contacto
João Esteves de Oliveira
Rua Ivens, 38
1200-224 Lisboa
Tel.: +351 213 259 940
Tm.: +351 966 405 112/ +351 917 278 706
[email protected]
[email protected]
www.jeogaleria.com
José Pedro Croft
Sem título, 2001
Água tinta
40 x 61 cm
Miguel Branco
S/ título (A Biblioteca) # 2, 2014
15 cm x 14,2 cm
Carvão, grafite, lápis branco, lápis negro e pastel seco, sobre papel Waterford
com base de gesso monocromo
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03 MIGUEL ARRUDA ANTIGUIDADES
Contacto
Miguel Arruda
Rua de São Bento 358 - Loja
1200-822 Lisboa
Tel.: +351 213 961 165
Tm.: +351 917 200 210 | +351 914 650 165
Fax: +351 211 927 974
[email protected]
www.arruda.pt
Mesa Tric-Trac
Período Directório
Francesa, final do século XVIII
Madeira de mogno com aplicações em metal.
Apresenta Jogo de Gamão desenhado com embutidos em marfim e marfim colorido de
verde.
112 x 74 x59 cm
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04 D’OREY AZULEJOS E ANTIGUIDADES
Contacto
Manuel Capucho
Rua do Alecrim, 68
1200-018 Lisboa
Tel.: +351 213 430 232
Tm.: + 351 965 859 259
[email protected]
www.doreytiles.pt
Carlos Botelho. Óleo sobre madeira (Carlos Botelho 1899-1982)
São Sebastião em pedra de ançã, peça portuguesa, século XVI.
Prato recortado redondo decorado a azul com marca Real Fábrica do Rato, período Tomás
Brunetto (1767-1771).
Batalha Naval
Século XVIII. 234 azulejos, 168 cm de altura x 308 cm de comprimento
Painel de azulejos do século XVIII, período rococó, em faiança azul-cobalto sobre
branco, de fabrico de Lisboa. A cercadura é constituida por moldura de concheados
perfurados, limitada lateralmente por duas pilastras. No centro a representação de
uma Batalha Naval entre navios da Grã-Bretanha e do Império Otomano. As cenas
representadas nos painéis de azulejos desta época eram usualmente copiadas de uma
forma livre, de gravuras coevas.
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05 PORCELANA DA CHINA
Contacto
Maria Eduarda Mota
Rua Melo e Sousa, 9 A/B
2765-253 Estoril
Tel.: +351 214 671 760
Tm.: +351 917 207 029
[email protected]
Prato
China
Porcelana
c. 1745-1750
Diâm. 23 cm
Proveniência: Particular
Bibliografia: Maria Antónia Pinto de Matos “Cerâmica da China, Colecção RA”, Vol. II, pág. 307
e Hervouet “La Porcelaine des Compagnies des Indes”, pág. 267, fig. 11.27
Prato em porcelana da China de exportação decorado com esmaltes da “família rosa”,
mostrando ao centro tema da “Ressureição de Cristo”. Na aba cercadura de influência
rocaille.
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06 GALERIA SÃO MAMEDE
Contacto
Francisco Pereira Coutinho
Rua da Escola Politécnica, 167
1250-101 Lisboa
Tel.: +351 213 973 255
Tm.: +351 932 139 732
[email protected]
www.saomamede.com
João Cutileiro
Árvore
Escultura em pedra e ferro
146 x 62 x 50 cm
Paulo Neves
Série anéis, 2015
Escultura em madeira
110 x 130 x 30 cm
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07 GALERIE AFRIQUE
Contacto
Alain Dufour
71 Quai de la Pie
94100 – SAINT MAUR – FRANCE
Tel.: +33 (0) 143972949
Tm.: +33 (0) 680141081
Fax: +33 (0) 148896968
[email protected]
www.aa-galeries.com
Estátua Chokwe /Lunda
Século XIX
Século XIX
Madeira e tachas de latão
Madeira
9 cm
50 cm
Bibliografia: Exemplar semelhante “Angola
Bibliografia: Escultura Angolana; Electa,
Figuras de Poder” Museu Dapper, 2010
Museu Nacional de Etnologia, Lisboa
Proveniência: Colecção privada Paris
Proveniência: Colecção privada Paris
Estátua representando um ancestral.
Caixa para tabaco Chokwe
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Caixa para tabaco representando uma
personagem acocorada ancestral.
Propriedade de um grande chefe, tendo
sido utilizada em cerimónias rituais.
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08 RICARDO HOGAN ANTIGUIDADES
Contacto
Ricardo e Cristina Hogan
Rua São Bento, 281
1250-219 Lisboa
Rua Augusto Rosa, 11/13
1100-058 Lisboa
Tel.: +351 218 875 691 / +351 213 954 102
Tm.: +351 966 007 750
[email protected]
Sagrada Familia
Conjunto escultórico em madeira estofada
e policromada, representando Nossa
Senhora, São José e o Menino Jesus.
Portugal, época D. Maria, século XVIII.
Dimensões: aproximadamente 40 cm
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09 SÃO ROQUE, ANTIGUIDADES
E GALERIA DE ARTE
Contacto
Mário Roque
Rua de São Bento 199-B
1250-219 Lisboa
Tel./Fax: +351 213 960 734
Tm.: +351 962 363 260
[email protected]
www.antiguidadessaoroque.com
Paraíso
Ceilão
Século XVI/XVII
Marfim policromado
23 X 47 X 12cm
Proveniência: Colecção particular
Fantástica peça da imaginaria luso-cingalesa, representando Adão e Eva no Jardim do Éden,
rodeados pelos animais da Criação, a única representação conhecida em três dimensões.
A cena traduz o momento em que a serpente maléfica se desenrola e Eva convence Adão a
repartir o apetitoso fruto.
O tratamento das figuras é feito de maneira muito detalhada, com expressão suave e delicada,
ao jeito cíngalo – português: o cabelo lembra príncipes búdicos, em madeixas de sulcos finos
e justapostos, muito semelhantes aos das Virgens do Ceilão; o fácies é idêntico aos exemplares
desta ilha, com nariz adunco, olhos amendoados, queixo miúdo, boca cerrada e pescoço
ligeiramente alteado; a colocação das mãos e os dedos afuselados, remetem a outras peças
oriundas desta região que retractam o mesmo tema: placas, contadores e ventos. Para além
dos peixes no rio Paraíso estão aqui representados, a vaca, o cavalo, o camelo, o elefante, a
avestruz, a tartaruga, a ovelha, os patos, etc. chamamos a atenção para o leão, Simha em sânscrito,
o símbolo do povo cingalês, como testemunha o selo do Imperador Bhuvanekabahu VII do
Ceilão, aposto na carta que enviou a Catarina da Áustria em 1549.
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SÃO ROQUE, ANTIGUIDADES
E GALERIA DE ARTE
Papeleira-Oratório com Águia Bicéfala
China / Sudeste Asiático
Século XVII/ XVIII
Pinho do Japão, laca e ouro
279 x 107 x 58 cm
Proveniência: Colecção particular
Bibliografia: CARVALHO, P. Moura, O Mundo da Laca – 2000 anos
de Historia, Lisboa, F. C. G. 2001
Cómoda papeleira com alçado-oratório, em madeira lacada
a negro, vermelho e ouro, e constituída por dois corpos,
magistralmente unidos, quer no seu caracter arquitectónico,
quer em termos cromáticos.
O alçado apresenta cimalha em arco recurvo, centrado por
águia bicéfala coroada, rematado por cruz ao centro e
pinázios nos cantos. O contraste barroco é obtido pelo uso
de uma austera superfície, maioritariamente negra, com
ligeiros sublinhados a dourados, face à laca vermelha enriquecida a ouro, que surpreende, quando da abertura das
duas portas do oratório. Neste interior, um arco adossado à
cimalha é suportado por duas colunas salomónicas, com decoração floral de talha
baixa. A ladeá-las dois nichos formados por arcos e colunas análogas. Um resplendor
elíptico a ouro, marca o centro do cenário para o crucifixo, símbolo de adoração e fé
cristã.
No corpo inferior, a comoda papeleira é lacada a preto e decorada a ouro com motivos
chineses. O escritório é ligeiramente recuado e a fábrica apresenta um nicho central,
ladeado por gavetas e escaninhos. Ferragens em prata e pegas laterais em latão prateado.
A sua origem é certamente o sul da china, não só pela qualidade da laca pintada a ouro
e da talha, que nos faz lembrar as arcas e tabuleiros do sudeste asiático, mas também
pelo facto de tanto as gavetas como os pés estarem marcados com caracteres chineses.
Embora saibamos que a aguia bicéfala no oriente, é em muitos casos um mero
elemento decorativo, símbolo erudito de propaganda contra-reformista, neste contexto
e atendendo à sua tipologia, leva-nos a pensar que se trata de uma encomenda
agostinha, podendo tratar-se eventualmente de uma peça que pertenceu a alguém
com um elevado cargo eclesiástico nesta ordem.
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SÃO ROQUE, ANTIGUIDADES
E GALERIA DE ARTE
Comoda Luís XV
França, estampilhada Étienne
Clavel
Cerca de 1760
Madeira, laca, bronze e brecha
89 x 133 x 65 cm
Bibliografia: Guillaume Janneau, Les Meubles – Du Style Régence au Style Louis XV, Paris
Flammarion 1929; Le Mobilier du XVIII Siecle en France et en Europe, Paris, Mengès 1991
Proveniência: Colecção particular
Peça de grande valor artístico, obra de um importante menuisier ébéniste, Charles
Étienne Clavel (c. 1737 e 1776) e certificada através de dupla estampilha.
Esta cómoda bombée com tampo de mármore, estrutura rectangular e pernas galbadas,
apresenta-se delineada por filamentos em bronze dourado, reforçados de ornamentos
rocaille, nos cantos e nos pés. A ondulação da frente, composta por duas gavetas, sem
travessas visíveis, permite que a decoração se expanda livremente. A sua estrutura
simétrica, coberta por chinoiserie em laca de cores quentes sobre fundo negro,
desenhando temas vegetalistas e borboletas, é contrariada pelo desenho de pássaro
exótico, inscrito numa linha oblíqua, com o propósito de alterar o equilíbrio da
composição e reforçar a singularidade desta peça, tão característica do estilo Luís XV.
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SÃO ROQUE, ANTIGUIDADES
E GALERIA DE ARTE
Talha em Faiança Portuguesa
Lisboa, 1660-1680
Faiança
40,0 cm
Bibliografia: Peça idêntica em Sandão, Arthur “Faiança
Portuguesa”, Vol. I, p. 35
Proveniência: Colecção particular
Faiança Portuguesa
Magnífica e invulgar talha de faiança portuguesa,
da segunda metade do século XVII, com pronunciada forma bojuda, duas asas
características e gargalo elevado, de bordo ondulante e divergente, coberta de esmalte
estanífero branco com decoração policroma pouco vulgar. O uso do azul de cobalto
e do amarelo de antimónio, com alguns apontamentos verdes resultantes da mistura
destes dois pigmentos, é complementado pelo desenho acentuado dos contornos
negros, realizados a manganés concentrado, o que permite situar a peça numa fase
avançada do terceiro quartel do século XVII, cerca de 1660-1680.
A decoração desta talha é igualmente muito original, com duas cartelas de enrolamentos maneiristas ao gosto flamengo, uma centrada por graciosa alegoria legendada
AMOR, com cupido alado, armado de arco e flecha, e a outra com figura feminina
segurando cornucópia florida, alegoria à Abundância. Por baixo das asas, evidenciam-se duas corujas que se destacam das ramagens, como o elemento mais original da
decoração da peça, idênticas às que aparecem representadas em frontais de altar dos
meados do século XVII, como um dos colaterais da Igreja de São Pedro, em Almargem
do Bispo, e outro, com Emblema Carmelita, do Museu de Machado de Castro, em
Coimbra, bem como nos azulejos de um dos nichos da casa de fresco dos Jardins do
Palácio dos Marqueses de Fronteira, em Lisboa, de cerca de 1670.
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SÃO ROQUE, ANTIGUIDADES
E GALERIA DE ARTE
Armando aos Pássaros
ou Paisagem na Tapada da Ajuda
Columbano Bordalo Pinheiro
Óleo sobre tela
1879
72,0 x 98,0 cm
Bibliografia: Pessanha “Columbano”, 1897; Diogo
de Macedo “Columbano”, Lisboa Artis 1952, p. 22;
Elias “Columbano Bordalo Pinheiro” 2002 p. 58;
“Columbano Bordalo Pinheiro 1874-1900“, Museu
do Chiado Lisboa, 2007, p. 61.
Proveniência: Antiga colecção Colecção Tomaz
Azevedo e Silva, adquirida directamente ao
pintor.
Exposições: Provas para bolseiro em pintura de paisagem, Lisboa 1879 – ”Columbano Bordalo
Pinheiro 1874-1900“, Museu do Chiado Lisboa, 2007.
Magistral pintura e invulgar obra, já que maioritariamente o artista pintou cenas de
interior, numa composição rectangular dividida fundamentalmente por duas linhas
horizontais.
Uma criança deitada de barriga para baixo, descalça e sem medo, espera que pássaros
caiam em suas armadilhas, num campo de vegetação rasteira pontilhada de algumas
pequenas flores amarelas que brilham como seu cinto de faixa ou atilho vermelho.
Transpondo a primeira linha, erguem-se copas de árvores que recortam o céu e
abanam com o vento, de uma extrema beleza pictórica. Quase ao centro um quente
de cor, este o verdadeiro terceiro plano, de terra lavrada e algum casario. As nuvens
cinzentas sob um sol que quase já se pôs num ambiente de grande poesia e ternura.
Uma paleta sábia da natureza, precisa e exacta de uma hora do dia, com o chegar do
vento e das carregadas nuvens cinzentas, antes da forte chuva. Só o vermelho da faixa
dos calções do rapaz surpreende o olhar do observador, para o alertar e fazer parar
à paz deste grande momento.
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SÃO ROQUE, ANTIGUIDADES
E GALERIA DE ARTE
Pulseira Owo/ Yaruba
Nigéria
Século XVI/XVII?
Marfim
alt. 12,7 cm; diâm. 10,5 cm
Bibliografia: Existe um exemplar muito idêntico no British Museum (cota - Af1898,0623.1.)
Proveniência: Colecção particular
Raríssima bracelete em marfim de Chefe / Oba do reino Owo, povo Yoruba
A pulseira, com grande força visual, em duplo cilindro e com uma decoração de duas
bandas, em espelho. Num dos registos, o OBA, figura central com grande expressividade,
de pescoço comprido, olhos com pupilas proeminentes, chapéu cónico e cintas
cruzadas, elementos de fantasia adoptados pelos governantes de Owo e Benim. Está
rodeado por guerreiros, simbolizando o seu exército. Na outra banda, dois sacerdotes
flanqueiam um Opanifá e, em espelho, dois guerreiros ao lado de um crocodilo que
engole um mudfish, símbolo de Olunkun, deus do reino aquático.
As braceletes em marfim, são de uso exclusivo dos Chefes. A brancura do marfim
sugere a espuma do mar e reflecte a estreita ligação do soberano ao Olukun, deus do
mar.
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SÃO ROQUE, ANTIGUIDADES
E GALERIA DE ARTE
Relicário Namban
Cobre, laca e ouro
Século XVI/XVII
15 cm x 11 cm x 2,5 cm
Bibliografia: Encompassing the Globe, Portugal and the World in the 16 th e 17 th Centuries; Sawasa,
Japonese Export Art in Black and Gold, 1650-1800, Rijksmuseum Amsterdam; Hugo M. Crespo,
Jóias da Carreira da Índia, Lisboa, F. Oriente, 2014.
Proveniência: Colecção particular
Cruz relicário Namban em laca Sawasa, constituída por duas placas cruciformes que
encerram uma caixa compartimentada com relíquias de santos. Uma das faces
apresenta Cristo Crucificado com a cartela INRI e, a seus pés, uma caveira simbolizando
a Ressurreição. No reverso Nossa Senhora em oração com a pomba do Espírito Santo
e ladeada por anjos.
Este relicário é uma masterpiece da produção Namban, ainda quinhentista ou de
inícios do seculo XVI, uma vez que o édito de proibição da religião cristã no Japão
data de 1614.
O termo sawasa ou suassa refere-se a uma liga de cobre com ouro, prata e arsénico,
lacada a negro urushi e dourada a azouge. A avaliar pela sua sumptuosidade dos
materiais utilizados, e tendo em conta que as relíquias eram extremamente dispendiosas na época, esta cruz terá sido seguramente pertença de uma pessoa importante
de uma das cortes feudais japonesas ou de um alto dignitário da igreja.
Peça semelhante no Victoria & Albert Museum e no Museu Nacional de Tokio.
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SÃO ROQUE, ANTIGUIDADES
E GALERIA DE ARTE
Aquamanil
Sul da China ou Sudeste Asiático
Primeira metade do século XVII
Prata
44 x 47 x 21,5 cm.
Bibliografia: Hugo M. Crespo, Jóias da
Carreira da Índia, Lisboa, F. Oriente, 2014,
pp.161 a 169; Reinaldo dos Santos e Irene
Quilhó, “Ourivesaria Portuguesa nas Colecções
Particulares”, Lisboa, 1974; Luis Castelo Lopes
“O Fantástico na Ourivesaria – O Caquesseitão”,
Lisboa 2004
Proveniência: Colecção particular
“Objecto de prata de âmbito civil, usado para lavar as mãos no ritual que antecedia as
refeições da aristocracia portuguesa, este extraordinário aquamanil, de grandes dimensões
e peso, pertence a um grupo de cerca de oito peças dispersas pelo globo. Em forma de
dragão, corpo de serpente coberto de escamas, asas membranosas de morcego e patas de
ave, estes objectos vêm sendo identificados como representação de um exótico e mítico
animal descrito por Fernão Mendes Pinto na sua Peregrinação (1614), o caquesseitão.
Na verdade trata-se tão-só de um dragão como amplamente conhecido na Europa, muito
provavelmente representando o timbre heráldico do reino de Portugal. A sua materialidade,
riqueza e qualidade do trabalho de repuxado e cinzelado, bem como algumas características
iconográficas, remetem para uma produção de âmbito chinês, numa geografia dilatada e
difícil ainda de precisar. Apenas a cabeça trai, estilisticamente, a sua provável origem
chinesa, enquadrando-se esta produção na arte luso-asiática da primeira metade do século
XVII. Esta enigmática e rara produção civil em prata remete para uma provável encomenda
concertada entre famílias abastadas e para o âmbito de Macau, que viu os seus interesses
estratégicos no Mar da China postos em causa pela união dinástica e domínio filipino e
subsequente ameaça holandesa desde os primeiros anos do século XVII.” (Hugo Crespo).
Das oito peças que se conhecem, lembramos a da colecção Rothschild, actualmente
no Museu da Renascença em França, a da colecção de D. Fernando II, vendida no
leilão dos seus objectos pessoais em 1892, de paradeiro desconhecido e a da família
russa Youssoupov, cujas joias foram descobertas pelos sovieticos num esconderijo
em 1925 e desaparecida.
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SÃO ROQUE, ANTIGUIDADES
E GALERIA DE ARTE
Contador de Capela
Guzarate ou Sind
Teca, ébano e marfim
Século XVII
66,5 x 49 x 30 cm
Bibliografia: A. JAFFER, Luxury Goods from India, London, V&A Publications, 2002; J. FLORES,
N. VASSALO E SILVA, Goa e o Grão Mogol, Lisboa, FCG, 2004; P. DIAS, Mobiliário Indo-português,
Coimbra, 2013.
Proveniência: Colecção particular
Excepcional contador de capela em teca, ébano, marfim, de cor natural e tingido de
verde e latão, com uma decoração conhecida por sadeli e formado por sete renques
de gavetas, num total de treze simulando dezasseis. As gavetas são decoradas em
simetria, com composições geométricas de cariz islâmico, marchetadas em micro-mosaico de marfim e de filamentos em metal.
As ilhargas e o tecto de duas águas tiram partido do efeito claro/escuro das duas
madeiras utilizadas e apresentam o mesmo tipo de marcheteado.
A forma é europeia, de cariz verdadeiramente cristão e a decoração mogol, bem
evidente nos contrastes que apresenta, tirando partido das madeiras utilizadas e dos
elementos decorativos de raiz islâmica, com micromosaico sadeli, enfatizando a carga
decorativa e a tendência exagerada para preencher todos os espaços, num horror
vacui, próprio desta estética tão particular.
Contadores de capela, idênticos ao exemplar em estudo, conhecem-se se em número
bastante reduzido sendo o mais fascinante é do Victoria & Albert Museum.
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10 ISABEL LOPES DA SILVA
Contacto
Isabel Lopes da Silva
Rua da Escola Politécnica, 67
1250-099 Lisboa
Tel.: +351 213 425 032
Tm.: +351 919 318 145
[email protected]
Alfinete
Ouro, diamantes e esmalte
Anos 60
Quatro pulseiras e quatro anéis
Ouro, diamantes e esmalte
Anos 60
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11 J. M. BAPTISTA – Jóias, Pratas
e Antiguidades, Lda
Contacto
José Pedro Baptista
Rua Almeida e Sousa, 28 B
1350-012 Lisboa
Tel.: +351 213 859 068
Tm.: +351 924 397 860
[email protected]
www.josebaptista.com
Pregadeira em ouro,
turmalinas e diamantes
Reino Unido, Londres
1966
Andrew Grima
6,4 cm
Peso: 21,8 gr
Vaso Portland em prata
Reino Unido, Londres
1910
Hancocks and Co.
65 cm altura
Peso 9,240 gr
Em forma ânfora, o corpo é cinzelado com duas cenas clássicas representando possivelmente Peleu e Tétis num terreno emaranhado e com pegas com folhas estilizadas
e sátiros.
Este vaso de prata é uma réplica, feita em 1910, de um vaso Romano (c. 5-25 AD)
que se tornou no mais famoso vaso de vidro da antiguidade.
As cenas do Vaso Portland foram interpretados muitas vezes com cunho histórico ou
mitológico. Sendo o tema claramente um de amor e casamento com um tema
mitológico associado, abre-se a hipótese de poder ter sido feito como presente de
casamento.
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12 ROTA DO TEMPO – JOÃO RAMADA
Contacto
João Ramada
Rua José D’Esaguy, Nº.8 A
1700 027 Lisboa
Tel.: +351 218 462 620
Tm.: +351 938 809 696
[email protected]
Santa Ana ensinando Nossa Senhora a ler
Século XVIII
Madeira policromada, resplendor e coroa em prata
Altura 83 cm; Altura total 94 cm
Proveniência: Coleção particular
Rara e excecional Santa Ana ensinando Nossa Senhora a ler, escultura portuguesa do
século XVIII, em madeira policromada, com uma indumentária ricamente estufada
com motivos florais e vegetalistas.
Imagem de grande qualidade escultórica, apresentando resplendor e coroa em prata.
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13 ILÍDIO CRUZ
Contacto
Ilídio Cruz
Alameda 5 de Outubro, 24
4900-515 Viana do Castelo
Tel.: +351 258 822 052
Tm.: +351 935 137 280
[email protected]
Caixa Contador Namban
Kendi
Século XVI
Guzarate, Índia
Madeira lacada a negro e ouro, madre-pérola
Século XVII
e ferragens em prata
Conchas “Turbo Marmoratus” e madrepérola
L. 30 cm x P. 27cm x A. 27 cm
A. 28 cm
Caixa Contador com tampa com decoração
Jarro (Kendi) formado por três conchas
vegetalista representando diversos animais
“turbo marmoratus” com pé, gargalo e bico
(gazelas, gansos, pavões e outros pássaros).
formado por diversas peças de madrepérola
Arte Namban (1543-1639)
fixadas por pinos de metal.
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14 MANUELA LÍRIO
Contacto
Manuela Lírio
Av. Dr. Ramos Pereira, 120 - 3.º frt
4910-547 Vila Praia de Âncora
Tel.: +351 258 911 989
Tm.: +351 967 125 024
[email protected]
Accords
Vieira da Silva
Tempera sobre papel
1972
35,5 x 50,5 cm
Bibliografia: Catalogue Raisonné Vieira da Silva, pág. 521, n.º 2590.
Proveniência: Galerie Jeanne-Bucher, Paris
Tempera sobre papel assinada e datada.
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15 MANUELA GIL ANTIGUIDADES
Contacto
Manuela Gil
Rua Marquesa de Alorna, 38 C
1700-304 Lisboa
Tel.: +351 218 464 313
Tm.: +351 917 604 109
[email protected]
www.manuelagil.pt
Painel de popa de Galeota Real
Portugal
Século XVIII (finais)
Madeira entalhada dourada e policromada
60 cm x 95 cm
Bibliografia: As Galeotas Reais / Alberto Cutileiro / Edições INAPA 1998.
Proveniência: Colecção particular
Painel de popa de uma Galeota Real em madeira entalhada, dourada e policromada,
tendo ao centro as Armas Reais de Portugal, de escudo oval, em uso no reinado de
D. Maria I.
Este tipo de peças situava-se na popa das Galeotas Reais fazendo, logo após o poço
do leme, o seu remate.
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16 JOSÉ SANINA ANTIQUÁRIO
Contacto
José Sanina
Rua de São Bento, 279/279 A
1250-219 Lisboa
Tel.: +351 213 962 483
Tm.: +351 966 344 554
[email protected]
Pendente com cenas da paixão de Cristo
América Espanhola (possivelmente México)
Final século XVI
Ouro, esmalte, vidro, madeira, penas de colibri e
pérola natural
Alt. 5 cm, larg. 2 cm, prof. 1 cm
Proveniência: Antiga colecção G. A. C.
Exemplar semelhante faz parte da colecção do
British Museum, um outro na colecção do Art
Institute de Chicago e três outros na colecção do
Museu do Louvre.
Taça
China
Dinastia Qing, reinado Daoguang (1821-1850) – Marcada
Diâm. 15 cm, alt. 6,5 cm
Taça em porcelana da família rosa com marca em caligrafia “Zhuanshu” a azul sob o
vidrado.
Com esmaltes vibrantes, apresenta a toda a volta um fundo esgrafitado amarelo com
medalhões interrompidos pela representação de jarrões flores frutos e objectos
preciosos. Cada medalhão apresenta diferentes animais entre eles uma cabra, estando
os mesmos inseridos em paisagens com arvores flores e rochedos. O interior apresenta
também uma paisagem com caprídeos, rodeada por ramos florais, cogumelos “lingzhi”
e objectos preciosos, pintados a azul sob o vidrado.
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JOSÉ SANINA ANTIQUÁRIO
Manuscrito
JESUS MARIA. Fr. José de Jesus LIVRO EM QUE SE CONSERVÃO
ESCRIPTOS OS REAES NOMES DOS
SERENISSIMOS PROTECTORES DA
CONGREGAÇÃO DE N. SENHORA DAS
ANGUSTIAS, E SOLEDADE CITTA NO
MOSTEIRO DE S. BENTO DA SAUDE DA
CIDADE DE LISBOA. ANNO DE 1768.
In- fólio peq. (31,5 x 21,5 cm) mss. caligráfico sobre papel de 31 fls., estando 16 mss. na frente
e as restantes 15 em branco.
Encadernação de veludo verde com medalhão central de prata em ambas as pastas
com a divisa da congregação acima mencionada, cantos e fechos de prata lavrada e
cinzelada. Corte das folhas brunido a ouro fino.
Todas as folhas estão decoradas nas suas margens com cercaduras de diferentes
motivos que enquadram as diversas assinaturas, encimadas pelas respectivas representações heráldicas, tudo habilmente desenhado à pena. As assinaturas são respectivamente de: Infante D. Pedro, Infante D. João, de El Rei D. João VI, Infanta D. Isabel
Maria, Infanta D. Maria Assumpção, Princesa D. Maria Tereza, Infante D. Augusto,
Infante de Espanha D. Carlos, Infanta D. Maria Francisca de Assis, Infante de Espanha
Carlos Luís Maria, Infante de Espanha Juan Carlos, Infante de Espanha Fernando
Maria, Infante de Espanha Sebastian e Infanta de Espanha Maria Amália.
Manuscrito de grande interesse histórico, especialmente para a cidade de Lisboa, visto
ser referente a um dos mais antigos e emblemático mosteiro desta cidade – O Palácio
de São Bento, antigo Mosteiro de São Bento da Saúde da Ordem Beneditina.
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JOSÉ SANINA ANTIQUÁRIO
Santo António
China, século XVII
Madeira (Zitan? e Huanghuali?) e
marfim
Alt. 24 cm
Proveniência: Colecção particular
Raríssima escultura Sino-Portuguesa, senão a única conhecida até à data, em que são
utilizados estes dois materiais, madeira e marfim. Em nosso entender parece-nos
curial ter sido feita a partir de modelos Indo-Portugueses, nos quais a utilização em
simultâneo destes materiais foi bastante difundida a partir do século XVII. Na realidade
o tratamento escultórico é todo ele de cariz chinês, tanto no facies, nas mãos e pés,
no ondulado do hábito, com a quase ausência de arestas no seu pregueado, quer em
ultima análise na peanha, cuja parte frontal estilisticamente se baseia em modelos
de mesas de estrado chinesas bastante difundidos no período Kangxi . Relativamente
às madeiras utilizadas estamos na presença de variedades bastante distintas das
utilizadas na manufactura Indo-Portuguesa, na sua maioria em teca. Este exemplar
apresenta duas variedades de madeira, uma no corpo e outra na peanha, ambas de
grão bastante fino e denso e de grande dureza, mas com colorações e vergadas distintas.
Sendo a confirmar, madeira de Zitan e Huanghuali ver-se-ia assim reforçada, para
alem da actual raridade, a importância do encomendante europeu e a preciosidade
da mesma aquando da sua manufactura, visto, relativamente à primeira, ser quase
exclusivamente utilizada desde o século XVII ao século XIX na manufactura de peças
para a família Imperial e altos dignatários da corte.
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JOSÉ SANINA ANTIQUÁRIO
Caixa
China, Dinastia Ming, século XV
Laca
Diâm. 7.6 cm
Proveniência: Colecção Manuel Teixeira Gomes (1860-1941) Londres 1922
Caixa com tampa em laca cor de cinábrio, verde e preta. A tampa abobadada apresenta-se requintadamente esculpida através das espessas camadas de laca vermelha e verde,
representando um pato voando sobre paisagem lacustre onde florescem flores de
lotos e nenúfares com folhagens submersas. É assim conseguida, com os diferentes
escavamentos, espessamentos e colorações da laca, uma visão realista da paisagem.
A base apresenta a toda a volta a continuação do tema lacustre da tampa estando
rematada por zona em laca de cor negra assim como todo o interior da peça.
Exemplar semelhante esteve exposto na “Honolulu Academy of Arts” proveniente da
antiga colecção “Mike Healy”.
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17 HELDER ALFAIATE GALERIA DE ARTE
Contacto
Helder Alfaiate
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Ericeira
2655-285 Ericeira
Tm.: +351 916 537 502
[email protected]
www.helderalfaiategaleria.com
Mesquita em Albayacin – Multiverso da Mente
Mezquita en el Albayacin – Multiverso de la Mente
Mosque in Albayacin – Mind´s Multiverse
Margarida Sardinha
2014
Fotografia digital, papel fotográfico, acrílico
150 x 94 x 35 cm
Trabalho da série “Symmetry´s Portal” baseada no Alhambra em Granada.
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Ficha técnica
CORDOARIA NACIONAL
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