Iveco Ecodaily Electric

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Iveco Ecodaily Electric
www.cargoedicoes.pt
FROTA
ANO XIV NÚMEROS 87 BIMESTRAL DEZEMBRO 2009
Veículos Utilitários
Iveco Ecodaily Electric
Experiência única
Este suplemento faz parte integrante da revista CARGO - Transportes & Logística e não pode ser vendido separadamente
FROTA
Editorial
O desequilíbrio
dos lobbies
Sumário
Breves ........................................................... 4
Entrevista
Jorge Carrilho, presidente da INOSAT ........... 12
Teste de Estrada
Scania P 230: Ágil e dinâmico ........................ 16
Autocarros híbridos MAN ................................... 18
Reportagem
Um retrato da crise ......................................... 20
Contacto
Hyundai Starex ............................................... 24
Actualidade
TRW Portugal alarga programa Proequip .......... 26
Diversificação de fontes de energia
para veículos analisadas em Lisboa .............. 28
Ecodriverchallenge: o prazer de conduzir
a baixo custo .................................................. 31
Lançamento
Nova Ford Transit Connect ............................ 32
Competição
33
Elizabete Jacinto fez segundo
no Rali Shamrock 2009 .................................
Notícias UE ................................................... 34
Os nossos parceiros de península assumirão, a 1 de Janeiro, a presidência da
União Europeia, e começaram já a revelar
as suas intenções no que à agenda diz respeito.
O titular da nossa pasta, José Blanco,
tem vindo a reunir-se com representantes
de outros países – a Portugal veio tratar
de assuntos relacionados com as ligações
ferroviárias – e de todos os grupos políticos
do Parlamento Europeu. Do seu discurso
ressalta que a expressão mais em voga
será a da sustentabilidade e da segurança,
naturalmente transversal a todos os modos
de transporte. Depois, sectorialmente, Blanco avança, no sector marítimo, com a aprovação da directiva que permitirá aos navios
fazer a respectiva entrada em porto por via
electrónica, enquanto ainda estão ao largo;
no aéreo, tentará preparar as bases para
que entre em vigor em 2012 o Céu Único
europeu; no ferrroviário, vai bater-se pela
inclusão do Corredor Mediterrânico também
apelidado “Ferrmed”, como projecto prioritário dentro das redes transeuropeias de
transporte, depois de estabelecida a metodologia e os critérios de revisão da planificação actual.
Dirá o leitor que falta saber as linhas de
actuação que a presidência espanhola dedicará ao transporte rodoviário. Certamente
que sim, havê-las-á, mas não chegaram
ainda ao nosso conhecimento. A não ser
que, uma vez mais, se diabolize o transporte por estrada, o culpado do costume de
todos os males ambientais…
O director
DIRECTOR Luís Filipe Duarte * CHEFE DE REDACÇÃO Raquel Sales * REDACÇÃO António Gumerzindo, João Cerqueira, Joaquim Fonseca, Romeu Barroca
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Dezembro 2009
Dezembro 2009
3
Breves
Extra
FROTA
SEEP:
Um veículo, um
contrato, uma
unidade
de bordo
Iveco marcou presença
na Fenatran 2009…
A Iveco esteve presente na Fenatran 2009, Feira Internacional dos Transportes,
realizada em São Paulo, Brasil. A marca apresentou um protótipo do Daily Electric, o
primeiro comercial ligeiro com zero emissões produzido na América Latina e o Iveco
Vertis, um novo concorrente na classe entre as 8 e as 13 toneladas, completando
assim a gama de produtos Iveco que passa a ter opções das 3,5 às 74 toneladas. O
lançamento dos dois veículos contou com a presença e apoio do piloto Filipe Massa e
de Miguel Jorge, ministro brasileiro para o desenvolvimento, indústria e comércio.
Além destas duas estreias, a Iveco esteve presente na Fenatran 2009 com novos
produtos desenvolvidos e produzidos no Brasil, especificamente para o mercado
latino-americano com o objectivo de reforçar a presença da marca com produtos
desenvolvidos para responderem de forma célere e eficaz às necessidades do
transporte regional.
… e assinalou 40 anos de presença
na Argentina
A Iveco celebrou o 40º aniversário de presença na Argentina. Para assinalar a
ocasião, Cristina Fernandez de Kirchner, presidente da República Argentina, visitou
recentemente a unidade produtiva de Córdoba. Para receber a presidente Kirchner
esteve presente o CEO da Iveco Spa, Paolo Monferino, que assistiu à cerimónia ao
lado do director geral da Iveco Argentina, Natale Rigano, juntamente com mais de mil
convidados, incluindo governadores nacionais e provinciais, altas individualidades
da cidade de Córdoba, jornalistas, clientes, fornecedores e 700 colaboradores. “Com
uma produção superior a 70 mil camiões pesados, esta fábrica” começou por referir
Paolo Monferino, “representa o centro industrial da Iveco na Argentina e uma parte
importante da nossa plataforma industrial na América Latina, que inclui unidades no
Brasil e Venezuela, contribuindo de forma construtiva para o crescimento económico
desta importante região do globo.”
O CEO da Iveco referiu também que apesar da difícil situação económica, a Iveco
continuou a investir na sua gama de produtos na Argentina, aproveitando tecnologia
europeia para construir produtos ajustados a este mercado e capazes de cumprir com
os últimos requisitos em termos de protecção do ambiente e segurança. “Porém, é
necessário”, concluiu Monferino, “que o Governo faça a sua parte, com políticas de
impostos que encorajem a renovação de frotas para estimular o mercado e simultaneamente optimizarem a logística dos transportes no país.”
A celebração dos 40 anos da Iveco na Argentina serviu também para o lançamento do Iveco Cursor 330, o novo produto da gama pesada para a América Latina
e que se vem juntar ao consagrado “Cavallino”. O novo camião está disponível nas
versões tractor 4x2 e 6x2 e 4x2 chassis cabina. n
4
A entrada em funcionamento
do Serviço Electrónico Europeu
de Portagem (SEEP) deverá
ocorrer dentro de três anos para
os veículos com mais de 3,5
toneladas ou autorizados a transportar mais de nove passageiros,
incluindo o condutor. Para os restantes veículos, estará disponível
dentro de cinco anos.
A Comissão Europeia adoptou
no passado mês de Outubro uma
decisão que estabelece as especificações para o lançamento
do SEEP. Este serviço permitirá
uma circulação mais simples na
Europa, uma vez que os condutores podem pagar portagens
facilmente em todo o espaço da
União Europeia (UE), graças a
um contrato de adesão com um
prestador de serviços e uma única unidade de bordo.
Estará disponível em todas
as infra-estruturas com portagem
electrónica, tais como auto-estradas, túneis, pontes, ferries, etc
e garantirá a interoperabilidade
dos sistemas de portagem rodoviária em toda a rede rodoviária
comunitária. Além disso, o sistema limitará as transacções em
dinheiro em portagens e eliminar
procedimentos complexos para
os utilizadores ocasionais. Tudo
isto melhorará o tráfego e reduzirá o congestionamento. n
Dezembro 2009
Miguel Reis & Guedes escolhe Renault Trucks
A empresa Miguel Reis & Guedes, Lda, de
Penafiel, adquiriu em Novembro um veículo
Renault Magnum 500.19 T.
A empresa optou pela Renault Trucks
Portugal como parceiro devido ao relacionamento comercial célere e eficaz, fruto das
necessidades dos tempos modernos.
Miguel Reis, sócio-gerente da Miguel Reis
& Guedes, destacou a sua satisfação com o
serviço após-venda, peça fundamental para
a gestão do seu negócio. Aliado a estes dois
factores a produtividade e o consumo dos
veículos Renault Trucks, foram requisitos
essenciais na sua escolha.
A Miguel Reis & Guedes labora desde
2002 no transporte exclusivo Carga Aérea
(Gama Internacional / TAP Portugal). n
MAN promoveu
encontro Internacional
de Formação MAN
ProfiDrive em Munique
A MAN realizou recentemente o Encontro Internacional do novo MAN Fórum, em Munique, o
qual juntou mais de 40 formadores de condução
de 16 países da MAN ProfiDrive.
Além do conceito e conteúdo da oferta de
formação da MAN ProfiDrive, os formadores discutiram também em particular o principal tema do
sector: a designada Lei de Certificado de Aptidão
profissional de Motorista (CAM).
Em comunicado, pode ler-se que “a mais moderna tecnologia de veículos utilitários de pouco
serve se os condutores dos camiões e autocarros
não a controlarem correctamente”, por isso, a
formação e o aperfeiçoamento “são o Alfa e o
Ómega para uma melhor segurança e eficiência
em estrada”. n
Dezembro 2009
Volvo FE com transmissão
manual de comando
automático
A Volvo acaba de anunciar que agora todos os modelos
da Volvo Trucks para a distribuição regional e urbana podem
ser especificados com transmissão manual de comando automático, uma vez que a marca introduziu a transmissão Volvo
I-Sync no Volvo FE.
A I-Sync é uma caixa de velocidades manual complementada com software que permite o engrenamento automático.
Combina a fiabilidade de funcionamento de uma caixa manual
com o conforto da transmissão automática.
"Até agora, mais de um terço de todos os camiões Volvo
FL foram entregues com a ISync. Operações de distribuição
que envolvem um ritmo rápido de pára-arranca constante
levam muitos clientes a querer uma transmissão automática,
que oferece um conforto superior e menor consumo de combustível. Agora, estamos a reforçar a nossa oferta também
com a introdução da I-Sync no modelo FE", diz Anders Bellini,
Business Area Manager para os modelos FL e FE da Volvo
Trucks. n
5
Breves
Extra
FROTA
FROTA
Nissan apresenta
esboço de
comercial eléctrico
Iveco participou
no 4º Congresso ATA
Paolo Monferino, CEO da Iveco, marcou presença no 4º Congresso da
ATA (Associazione Tecnica dell’Automobile), discursando na conferência
“Cavalgando o futuro” e analisando os novos aspectos da globalização, com
particular atenção ao impacto da actual crise, o ressurgimento do proteccionismo e a competitividade do mercado Europeu num cenário global.
Paolo Monferino, depois de ter explicado como o peso das actividades
na América-Latina, e particularmente na China, aumentou nos últimos anos,
anotou o facto de ainda hoje existirem barreiras à globalização dos produtos,
com diferenciação nos custos, especificações técnicas e qualidade. Para
Monferino, é provável que as barreiras técnicas acabem por ser progressivamente anuladas, com um alinhamento de processos nas unidades de
produção em diferentes áreas do Globo, apesar deste processo necessitar
ainda de muito anos para se completar. Ainda mais lento é o processo de
relaxamento das barreiras à actividade comercial e a protecção da indústria
local.
“A verdadeira razão para não acreditarmos na desglobalização no nosso
sector”, referiu Monferino, “é que ela beneficia as economias de escala ao
aproveitar plataformas comuns para os mesmos produtos em diferentes regiões do Mundo, sendo um factor chave para a competitividade no futuro.”
Este congresso é tido como um observatório qualificado que fornece ajuda
para a compreensão do que se está a passar no universo automóvel. n
A Nissan revelou um esboço para
um novo veículo comercial eléctrico,
baseado no recém lançado NV200.
Trata-se de uma viatura versátil e de
custos reduzidos que, segundo a Nissan, permitiria ao seu condutor, se por
exemplo se tratasse de uma ambulância, conduzir directamente até dentro
de um hospital, ou se fosse um táxi ou
veículo de distribuição, aceder a zonas
dos centros de cidades com restrições
às emissões de CO2.
Este é um dos quatro veículos
eléctricos que a Nissan anunciou para
o futuro. No recente Salão Automóvel
de Tóquio, Carlos Ghosn, presidente
e CEO da Nissan, disse que o Leaf
- o primeiro EV acessível do mundo
- será lançado no Japão, nos EUA e
na Europa no final de 2010, com uma
distribuição global em larga escala a
partir de 2012. n
PACCAR anuncia receitas e ganhos no terceiro trimestre
A PACCAR melhorou as receitas no terceiro trimestre, em relação
ao segundo trimestre de 2009. A notícia foi avançada por Mark Pigott,
presidente e director executivo da companhia. "A empresa gerou um
lucro líquido de 13 milhões de dólares no terceiro trimestre. Os resultados financeiros continuam a reflectir o impacto de uma economia
em recessão, relativo a transferências de mercadorias e compras de
camiões. Estou muito orgulhoso dos nossos 15.000 empregados que
nas difíceis condições de negócio de hoje em dia entregaram bons
resultados aos nossos accionistas”, afirmou.
A empresa alcançou um lucro líquido de 13 milhões de dólares
(0,04 dólares por acção diluída) no terceiro trimestre de 2009, comparado com 299,0 milhões de dólares (0,82 dólares
por acção) obtidos no terceiro trimestre do ano passado. Os resultados deste período incluem um benefício líquido de
9,0 milhões de dólares (14,1 milhões de dólares antes de impostos) relacionado com o encerramento definitivo das suas
instalações da Peterbilt em Madison, no Tennessee.
"A solidez financeira da PACCAR, a diversificação global, produtos de alta qualidade e uma forte rede de distribuição são
importantes para os resultados rentáveis como líder da indústria", disse Tom Plimpton, vice-presidente da PACCAR. n
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Dezembro
Julho2007
2008
2009
Junho
Empresa Transportes
Bizarro Duarte
distinguida em Bruxelas
Aveiro vai acolher
fábrica de baterias
da Renault-Nissan
A Transportes Bizarro Duarte foi distinguida em Bruxelas com o
“Prémio de Excelência de Segurança Rodoviária”, na categoria das
pequenas e médias empresas (PME). A distinção foi atribuída pelo
comissário europeu dos Transportes, António Tajani. Os prémios
de excelência distinguem anualmente as iniciativas mais originais e
bem sucedidas levadas a cabo pelos signatários da Carta Europeia
da Segurança Rodoviária, uma plataforma composta por cerca
de 1450 empresas, associações, instituições de investigação e
entidades públicas, cujo objectivo é ajudar a reduzir as mortes nas
estradas.
A Transportes Bizarro Duarte, LDA, que tem como actividade
principal o transporte rodoviário de mercadorias por toda a Europa,
assumiu, enquanto signatária da carta, o compromisso de, entre
2009 e 2011, promover iniciativas para assegurar a segurança
da sua frota, tais como acções de formação na área de condução
defensiva e racional para os seus motoristas, cujo desempenho é
avaliado mensalmente. n
A Aliança Renault Nissan anunciou a
localização para a sua fábrica de produção
de baterias em Portugal. Será em Aveiro,
mais precisamente no complexo industrial
Renault CACIA (Companhia Aveirense de
Componentes para a Indústria Automóvel),
que irão ser produzidas as baterias avançadas de iões de lítio.
O anúncio foi feito em Lisboa, pelo
Primeiro-Ministro José Sócrates e Carlos
Ghosn, Presidente e CEO da Aliança Renault-Nissan.
A construção da fábrica iniciar-se-á em
2010, estando o início de produção agendado para 2012. A capacidade anual projectada
situa-se nas 50.000 unidades. n
Convenção ANECRA conclui que
futuro do automóvel passa pela
sustentabilidade do sector e pela
preocupação com o consumidor
A 20ª Convenção da Anecra teve lugar em Lisboa, nos dias 20 e 21 de
Novembro e debruçou-se sobre “o Novo Paradigma Automóvel”. Concluiu-se
que o futuro do sector automóvel passa pela sua sustentabilidade e pela cada
vez maior preocupação com as necessidades do consumidor.
Durante a Convenção, a direcção da ANECRA reiterou a sua convicção de
que todos os instrumentos e todos os objectivos macroeconómicos e sociais
terão de ser redefinidos, por forma a contrariar os efeitos nefastos da crise, que
se fizeram e fazem sentir ao nível da produção, da distribuição, do comércio
e do após venda, assistindo-se ao encerramento maciço de empresas, ao
despedimento de milhares de empregados. A Associação lamentou que as
prementes necessidades sentidas pelo retalho automóvel tenham sido relegadas para 2º plano, considerando ser absolutamente indispensável e urgente,
alargar esses apoios às micro e PME´s, retalhistas da área do Comércio e da
Reparação e da Manutenção Automóvel, considerando-se de forma idêntica,
a necessária e desejada inclusão dessas empresas no âmbito dos apoios do
QREN. Nesse sentido a ANECRA defendeu que o Orçamento de Estado para
2010 assegure, tanto quanto possível, os vectores económicos absolutamente
necessários para a recuperação do sector automóvel.
Além disso, concluiu-se que a escolha de veículos ecológicos e a renovação do parque automóvel para veículos amigos do Ambiente dependerá
de um equilíbrio ao nível dos preços praticados, incluindo os impostos, da
criação de infra-estruturas de acessibilidade, da comodidade e da segurança
no carregamento do “novo automóvel” e, simultaneamente, as condições de
Reparação e Manutenção qualificada por parte dos profissionais do Sector.
O evento serviu também para assinalar o início das Comemorações do
Centenário ANECRA que terá como lema "ANECRA - 100 anos a fazer rolar
Portugal". n
Dezembro 2009
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Goodyear
Dunlop Iberia
com novo
director
no sector
de pesados
Juan Luís González foi nomeado director da Unidade de Negócio
de Pesados, Máquinas Agrícolas e
Escavadoras da Goodyear Dunlop
Ibéria, em substituição de Paulo
Sérgio que passa a ocupar um cargo europeu na central da Goodyear
Dunlop em Bruxelas.
Em 2006, Juan Luis González
foi responsável pelo lançamento e
estruturação do departamento de
Novos canais e Frotas e, em 2007
tornou-se director desse mesmo departamento e dos Concessionários
a nível ibérico.
Deixa estes três canais para
aceitar este novo desafio no qual vai
aplicar toda a experiência adquirida
para o desenvolvimento correcto da
Unidade de Negócio de Pesados,
Máquinas Agrícolas e Escavadoras. n
Breves
Extra
FROTA
FROTA
TomTom GO LIVE
e TomTom XL LIVE já
disponíveis em Portugal
Hyundai inaugurou novo centro de pesquisa
e desenvolvimento na Índia
A Hyundai Motor Company inaugurou um centro de
pesquisa e desenvolvimento (R&D) na cidade de Hyderabad, na Índia. Esta unidade de 25 milhões de dólares
tem como objectivo ser o centro de excelência global
para a investigação e desenvolvimento de automóveis
compactos. O novo complexo, denominado Hyundai Motor
Índia Engeneering Pvt. Ltd (HMIE), irá acelerar o desenvolvimento local e permitir à Hyundai responder de forma
ainda mais rápida às necessidades dos consumidores em
todo o mundo.
Este é o quarto centro construído pela marca fora da
Coreia do Sul e emprega 300 engenheiros. n
A TomTom anunciou que os TomTom GO 950
LIVE, GO 750 LIVE e XL LIVE já se encontram à
venda em Portugal.
Os novos sistemas de navegação da TomTom
incluem os Serviços TomTom LIVE que se destacam
pela tecnologia revolucionária de informação de trânsito em tempo real, HD Traffic, que inclui informação
actualizada a cada 3 minutos, sugestão automática
de percursos alternativos e ainda as causas dos
atrasos para que o condutor planeie o seu percurso
da melhor forma. n
ALD Automotive Portugal
tem novo Director Geral
Civiparts com campanha
para aumento da
segurança rodoviária
A Civiparts está a desenvolver uma campanha para
a diminuição da sinistralidade e aumento da segurança
rodoviária.
Sendo o bom estado dos amortecedores uma causa
importante para a melhoria da condução e aumento da
segurança, a Civiparts decidiu premiar os mais preocupados, habilitando os clientes que adquiram Amortecedores Monroe a ganharem um fim-de-semana, com
tudo incluído, para duas pessoas na Madeira. Os quinze
clientes que realizarem o maior volume de compras de
Amortecedores Monroe, entre 2 de Novembro de 2009
e 1 de Março de 2010 recebem automaticamente o
prémio. n
A ALD Automotive Portugal, empresa do Grupo Société Générale especializada em Aluguer Operacional e
Gestão de Frotas, nomeou Guillaume de Leobardy como
o novo director-geral da empresa.
Leobardy, de nacionalidade francesa, é licenciado em
Engenharia de Gestão Industrial pela ENSIA (École Nationale Supérieure des Industries Alimentaires) e mestre
em Sistemas de Logística e Transportes Industriais pela
École Centrale Paris. Conta já com uma forte experiência
em gestão e direcção. Criou e liderou durante cinco anos
a subsidiária da ALD Automotive na Rússia, posição
que ocupou até aceitar o desafio de dirigir a sucursal
em Portugal.
Para o mercado nacional afirma “trazer a ambição
de tornar a ALD Automotive ainda mais eficiente e inovadora de forma a beneficiar os clientes com melhores
soluções”. Para tal, aproveitará a “experiência muito
importante e enriquecedora da direcção na Rússia, que
juntamente com os «alicerces» construídos ao longo da
minha carreira, me ajudará a assumir a Direcção da ALD
Automotive em Portugal”, acrescenta o responsável.
Antes de ingressar num dos maiores grupos financeiros europeus em 2004, o profissional de 37 anos
desempenhou funções de gestão na área de activos
tecnológicos na francesa Parsys, primeiro como Consultor IT de Gestão de Activos, depois como Responsável
pela Equipa de Consultores e mais tarde como Director
de Projecto. n
Versão eléctrica
do Kangoo será
produzida em França
A fábrica de Maubeuge, situada no norte de França, irá produzir o Kangoo Express eléctrico, a partir
do primeiro semestre de 2011. Esta unidade fabril é
especializada na fabricação de utilitários e de comerciais ligeiros e produz o Kangoo, o Kangoo Express e o
Kangoo be bop.
A Renault decidiu produzir esta nova versão do
Kangoo na mesma linha de produção da versão térmica,
beneficiando do know-how, da estrutura dos fornecedores e da rede logística do actual Kangoo. n
8
Dezembro
Junho2007
2009
Junho
Carlos Ghosn quer apoio
norte-americano para os
veículos eléctricos
Carlos Ghosn, CEO da Renault-Nissan, quer que
o governo americano adopte políticas que ajudariam
a colocar milhões de veículos total ou parcialmente
eléctricos nas ruas. Até 2040, 75% do uso de carros
nos EUA deveria ser feito usando energia eléctrica
em vez de combustão de petróleo, afirmou o grupo.
Ghosn defendeu este apoio em Washington, ao
juntar-se com vários parceiros na iniciativa “Electrification Coaliton”, revelou o Wall Street Journal.
Na Europa Ocidental, no Japão e nos EUA,
líderes políticos preocupados com os efeitos das
emissões de automóveis no clima mundial, e inquietos com a volatilidade do preço do petróleo, estão a
ajudar financeiramente a procura de eléctricos, tanto
por parte dos consumidores, como dos fabricantes. A
Nissan e a Renault estão determinadas a aproveitar
isso, já que a política governamental é crucial para
os investimentos nestes veículos.
"Não vamos colocar carros eléctricos em mercados onde não há incentivo para os consumidores" os
comprarem, afirmou Ghosn. n
Dezembro 2009
Luanda promove
operação contra
automobilistas faltosos
A administração municipal do Rangel, em Luanda, está a
levar a cabo uma operação sem tréguas aos camionistas que
têm estacionado em locais proibidos. A notícia foi avançada
pela agência de notícias Angop e baseia-se em declarações
do administrador Manuel Maciel Neto.
O gestor referiu que da iniciativa de combate ao estacionamento anárquico resultou já a apreensão de sete camiões
que vão ser devolvidos aos seus proprietários após o pagamento da multa correspondente à transgressão.
A operação está a ser levada a cabo em todo o município,
entre as 20h e as 2h. Para além da apreensão de viaturas em
locais proibidos, estão também a ser recolhidas as sucatas
e outros obstáculos existentes na via pública. n
MAN revela TGX de 5 eixos
A MAN revelou que, em colaboração com um parceiro
qualificado de conversão da MAN Nutzfahrzeuge surgiu o
MAN TGX 41.540 10x4-6 BLS. Trata-se de um veículo de
cinco eixos aplicado nos transportes especiais que permite
uma carga do semi-reboque de 30,3 toneladas.
Em comunicado, a marca revela que “o ponto de partida
para a conversão foi o tractor de semi-reboque de quatro
eixos com chassis para transportes especiais que recebeu
um 5º eixo MAN direccional e elevável com suspensão pneumática, da empresa ESTEPE na Holanda. A distribuição de
carga sobre os cinco eixos aumenta a carga admissível do
semi-reboque para 30.305 quilos. Isto significa que o tractor
com semi-reboque pode ser registado na Alemanha com
44 toneladas de peso bruto admissível: 9 toneladas no eixo
dianteiro, 7,5 toneladas no 2º eixo direccional, no máximo
13 toneladas em cada um dos eixos traseiros motrizes (tecnicamente admissível) e 9 toneladas no 5º eixo de pneus
simples”.
O primeiro veículo foi mandado construir pela empresa
belga Faymonville, um fabricante de semi-reboques e veículos de plataforma rebaixada para transportes especiais. n
9
Breves
Extra
FROTA
FROTA
Mercado automóvel do Algarve já dá sinais de retoma
Grupo Roques distribui
marca Fliegl em Portugal
No Algarve, a venda de automóveis novos já regista
algumas melhorias, parecendo querer sair da crise. Pelo
menos é esta a opinião de Francisco Veríssimo, CEO do
Grupo Entreposto no Algarve, em declarações ao site
Observatório do Algarve. Em Outubro, já notámos mais
tráfego no stand. Houve também um aumento das vendas
dos carros usados”, afirma ao Observatório do Algarve
Francisco Veríssimo, director-geral do Entreposto Algarve
e da Almotor, à margem da inauguração das novas instalações da Mitsubishi, no Sítio dos Salgados, em Faro.
Francisco Veríssimo considera que a crise levou a um
forte decréscimo das vendas do grupo, em especial nas
marcas nipónicas (o Entreposto representa a Nissan, Mit-
O Grupo Roques acaba de assinar um acordo de
distribuição da marca alemã Fliegl para o território nacional. Com esta representação, o Grupo garante não
só a comercialização de reboques e semi-reboques
da Fliegl como também toda a assistência técnica da
marca no nosso país, nos centros de manutenção de
Santarém, Vila Franca de Xira e Maia.
“Estamos muito satisfeitos com esta excelente
oportunidade para reforçar a nossa gama de produtos com uma marca alemã, com os elevadíssimos
padrões de qualidade que são normalmente associados aos produtos germânicos ”, afirma José Manuel
Roque, director-geral do Grupo Roques.
A Fliegl detém duas fábricas em Triptis, Alemanha,
e produz reboques e semi-reboques construídos em
aço. n
Carristur promoveu
workshop sobre
formação de
motoristas
A Carristur realizou, em Lisboa,
um workshop sobre a temática das
novas Exigências legais para a
obtenção “Certificado de Aptidão
para Motorista”. Da iniciativa fizeram
parte questões como a prevenção de
acidentes ou condução defensiva e
económica. Na formação estiveram
presentes mais de quatro dezenas de
participantes ligados a empresas de
transporte de passageiros e mercadorias, associações e autarquias.
A Carristur tem vários produtos
formativos que incidem em três áreas
de intervenção principais: técnica,
oficinal e comportamental. n
subishi e a Hyundai, sul-coreana), que assentam grande
parte do negócio nas vendas de comerciais.
“Os comerciais têm sempre procura porque há empresas que têm necessidade de veículos deste tipo por causa
da capacidade de carga, em especial dos modelos de caixa aberta”, diz Manuel Serra Campos, director comercial.
“As pickups, como a Mitsubishi Strakar, já são hoje em dia
quase carros de luxo e têm inúmeros opcionais, como os
bancos em pele, pelo que às vezes parecem longe de ser
um carro de trabalho”, garante. Nesse mercado, a baixa
das vendas fez-se sentir não tanto pela crise financeira,
mas mais pelo corte aos benefícios em sede de imposto
automóvel de que estes veículos beneficiavam. n
Ford e ACAP procuram
eco-condutor nacional…
No âmbito do “Projecto Eco-condução Portugal”, a Ford e a Associação
Automóvel de Portugal (ACAP) continuam à procura daquele que será o
eco-condutor nacional por excelência. A iniciativa surgiu durante o ”Salão
Internacional do Automóvel 2008”, local da apresentação formal da primeira
fase do projecto, com as primeiras actividades de sensibilização e acções
de comunicação. Neste momento, são 20 os condutores cuja condução e
boas práticas nas estradas estão a ser alvo de atenta observação e análise
por parte da OCCAM, conceituada empresa de consultoria e formação nas
áreas dos transportes, da energia e do ambiente. Ao mesmo tempo, tenta
promover-se a melhoria dos seus desempenhos na estrada, em termos
energéticos e ambientais. O processo terminará em Maio de 2010, com
a realização da "1ª Conferência Nacional em Eco-condução", onde serão
apresentados os principais resultados da campanha e será lançado um
manual de eco-condução.
"Através do 'Projecto Eco-condução Portugal' promovem-se hábitos
de condução mais saudáveis e eficientes, com vista a reduções nos consumos de combustível e na emissão de poluentes e gases com efeito de
estufa e, em simultâneo, contribuir para maximizar a segurança rodoviária,
objectivos que reiteramos na íntegra, refere Anabela Correia, directora de
Comunicação e Relações Públicas, da Ford Lusitana. n
… e dão dicas para ser um bom
eco-condutor
Em comunicado, a Ford aponta algumas dicas da OCCAM que possibilitam a adopção de hábitos de condução que permitem tirar o maior
partido dos veículos, tendo em atenção as características dos sistemas
de propulsão e transmissão, optimizando os consumos, numa óptica de
eficiência energética. São elas: conduzir por antecipação, conduzir a baixas
rotações, fazer acelerações e desacelerações suaves, evitar situações ao
ralenti, manter uma mudança engrenada nas descidas e travagens e saber
analisar os consumos.
O projecto “Eco-Condução Portugal” conta ainda com o apoio da BP
Ultimate, do IMTT-Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres, do
Instituto Superior Técnico e da CarChip. A sua implementação em termos
práticos e de gestão de resultados está a cargo da OCCAM. n
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Dezembro 2009
Empresas de transporte
encomendam 100 camiões
MAN para o Brasil
Já foram vendidos os
primeiros 100 camiões
MAN das séries TGS e
TGX montados pela MAN
Latin America na fábrica
de Resende. Júlio Simões,
Arcom e Binotto, três das
maiores empresas de
transporte do Brasil são
as empresas que passarão a contar com camiões da MAN
na sua frota. O anúncio foi feito por Roberto Cortes, CEO da
MAN Latin America, e Håkan Samuelsson, CEO da MAN SE,
durante a apresentação da marca alemã na feira internacional de transportes Fenatran, em São Paulo. n
Daimler apresenta resultados
positivos em testes
com combustível sustentável
A Daimler AG, a Deutsche Post DHL, o Grupo energético OMV, a Transportadora Pública Straßenbahnen AG e a empresa petrolífera dinamarquesa Neste
Oil reuniram-se recentemente em Berlim, para discutir a temática “Combustível
a partir de energias renováveis — Um passo a caminho das emissões zero?”.
Durante o evento, as empresas apresentaram os resultados iniciais do seu projecto de teste piloto com foco no combustível de uma produção sustentável.
Desde meados de 2008, 14 séries de autocarros e camiões MercedesBenz operam nas condições adversas do dia a dia na Alemanha apenas
com o combustível sustentável NExBTL, percorrendo até à data um milhão
de quilómetros.
Segundo a marca, “os testes de campo revelam que a combustão desta
energia alternativa criada a partir de óleo vegetal hidrogenado (HVO) reduz a
emissão de gases poluentes, por exemplo, diminui a emissão de óxidos de nitrogénio até 15%. O balanço geral da emissão de CO2 é positivo: com o cultivo
da palmeira e a sua transformação em combustível, as emissões de CO2 do
combustível utilizado em teste piloto foram reduzidas até 60% em comparação
com as emissões do combustível fóssil”.
O projecto decorre durante três anos e tem como objectivo verificar o grau
de eficiência do novo combustível, determinando a redução de CO2 que poderá
ocorrer através da utilização dos veículos criados para o efeito.
Recorde-se que os países da UE terão que aumentar o uso de energias
renováveis em 10% no sector dos transportes até 2020. n
Dezembro 2009
11
Suzuki celebra
o centenário
No mês de Outubro, a Suzuki
assinalou 100 anos de de existência.
Em 1909, recorda a marca, “Michio Suzuki fundou a Companhia
de Teares Suzuki em Hamamatsu,
no Sul do Japão e foi enquanto
construía teares para fabricar tecido
branco liso que se apercebeu que
os tecelões suspiravam por um tear
que lhes permitisse produzir tecidos
com listas verticais e horizontais.
Então, dedicou-se a desenvolver
um tear exclusivo capaz de fabricar
tecidos estampados a partir de fios
tingidos. Esta inovação da Suzuki
representou o começo de um foco
permanente na criação de produtos
que satisfaçam as necessidades
das pessoas e compreendam as
possibilidades de novos estilos de
vida”. Depois, expandiu a sua produção para os motociclos em 1952
com a “Power Free” e apenas um
ano depois fabricava já 6 mil motociclos por mês. A produção automóvel
na Suzuki iniciou-se em 1955 com
o Suzulight, um modelo compacto
com um motor a dois tempos de 360
c.c.. Para celebrar os 100 anos de
inovação, a Suzuki está a mostrar
a sua história no Suzuki Plaza, um
edifício localizado mesmo em frente
à sede da marca no Japão. n
FROTA
Entrevista
Jorge Carrilho, presidente da INOSAT
Inosat ajuda gestores
a optimizarem a frota
Por: Luís Filipe Duarte
A Inosat emprega hoje mais de 100 pessoas, é líder do mercado de gestão de frotas
no espaço ibérico e está em fase de expansão para outros países, como Marrocos,
Angola, Moçambique, Brasil, Grécia e França.
A
empresa nasceu no ano 2000, mas a história
inicia-se cinco anos antes, quando dois “miúdos”
recém-licenciados do Instituto Superior Técnico
resolveram, a exemplo de tantos outros nesses primeiros
anos do novo mundo que se abria com a internet, “fazer
alguma coisa na área de localização remota, seja de
veículos ou do que for”.
Jorge Carrilho, um dos fundadores, preside hoje a uma
empresa que ocupa mais de uma centena de pessoas. O
início foi, novamente, igual a tantas outras: “Na altura pensámos em localização de veículos e assim começámos.
Fizemos uma empresa numa cave, mas cedo chegámos
à conclusão que o mercado não queria isto. Depois
fomos contratados para fazer outros softwares (coisas
na área de telecomunicações), nada que tivesse a ver
com a localização do que quer que fosse. Andámos pela
telemetria, por softwares de despacho para rádio. Ao fim
de dois anos, ainda sem nenhum cliente, lá conseguimos,
às nossas custas, fazer o primeiro sistema de localização
em Portugal. Não havia mapas nessa altura, e socorremonos de um mapa do Instituto Hidrográfico do Exército,
um mapa dos rios, que por acaso tinha lá estradas. Mas
quem fez os mapas estava preocupado com os rios, pelo
que as estradas tinham um erro que variava entre 2 a 10
quilómetros”.
Isso foi o princípio. Daí para cá a empresa, em 1999
vendida à Reditus, encontra os meios que necessita para
desenvolver produtos que o mercado absorvesse. É assim
que em 2000 arranca a Inosat, que tinha como objectivos fazer os sistemas de gestão de frotas: “Tivemos um
grande apoio por parte do grupo HLC, que na altura tinha
60% da empresa. Demorámos um ano, praticamente, a
fazer e desenvolver o produto. Não vendemos um tostão
durante os primeiros dez meses. No primeiro ano facturámos 80.000 contos, o que não era nada para a estrutura
que tínhamos. Era ridículo”.
12
Salvou o projecto o facto de se ter focado na qualidade do produto, refere Jorge Carrilho: “Sempre foi uma
premissa que quisemos manter. Ainda a mantemos hoje,
que é vender uma coisa boa. Foi assim que arrancou a
empresa”.
A história da Inosat continua com a evolução do
produto, que “hoje em dia está no top 10 mundial, quer a
nível de características técnicas, quer de características
funcionais, ou seja, a nível de qualidade. Usamos os
melhores GPS e os melhores modems, que depois dão
poucos problemas”.
FROTA: Estando a Inosat num mercado fortemente
concorrencial, que características a fazem ter a supremacia que permite tão grande quota de mercado?
Jorge Carrilho: A nível do sistema em si, é o mais
completo do mercado. Tem, desde logo, um conjunto de
interfaces que o tornam único: com o cartão Galp Frota,
com a Brisa, com os novos tacógrafos digitais, com sensores de frio, sensores de porta, sensores de motorista,
com contacto, sem contacto. O nosso produto faz tudo o
que os outros fazem a nível de tecnologia, mas com uma
característica exclusiva, que é a de nenhum dos concorrentes ser tão completo – o A faz um segmento, o concorrente B faz outro segmento. O nosso sistema é o que tem
a maior abrangência a nível de soluções. Podemos não
fazer uma ou outra coisa como um sistema em particular,
mas o nosso cliente tem ali tudo o que há de tecnologias
no sector.
Qual é a implantação da Inosat?
A nível físico a Inosat tem escritórios em Lisboa, Porto
e Covilhã, ocupando cerca de 100 pessoas, e a nível de
representações temos parceiros em todo o mundo. Já
estivemos em Espanha com estrutura própria, e ainda ali
mantemos um parceiro, pois temos uma carteira numerosa
Dezembro 2009
A história da Inosat continua
com a evolução do produto,
que “hoje em dia está no
top 10 mundial, quer a nível
de características técnicas,
quer de características
funcionais, ou seja, a nível
de qualidade. Usamos os
melhores GPS e os melhores
modems, que depois dão
poucos problemas”.
de clientes naquele país. À parte os dois países ibéricos,
temos parceiros em Marrocos, Angola, Moçambique e Brasil. Esses serão os maiores neste momento, mas temos
muitos novos parceiros, com imenso potencial: no Dubai,
estamos a arrancar agora, estamos na Argélia, temos
imensos pedidos da América Latina, o que se nos afigura
impressionante. Na Venezuela só não arrancámos porque
na altura não havia divisa, não havia dólares para se poder
comprar produtos cá fora. Agora já é possível, pelo que
arrancaremos em breve. Já temos o primeiro cliente no
Peru e pedidos de outros países sul-americanos.
A Inosat é mais que a simples gestão de frotas.
Que características distinguem as vossas diferentes
ofertas?
Neste momento temos quatro produtos destinados a
gestão de frotas - O Inofrota Start, como o nome indica é
para quem quer começar sem ter um grande investimento
e com uma mensalidade baixa de 17,99 euros por mês
por veículo. Tem um sistema de localização. É básico,
consegue localizar, visualizar a rota efectuada, consegue
tirar um ou dois relatórios simples. O investimento varia
consoante o prazo de fidelização do contrato de serviço,
quantidade, etc, mas andará à volta dos 300 euros por
unidade, mais 99 euros da instalação. Depois consoante
o período de fidelização pode ter uma subsidiação da
nossa parte, bem como desconto de quantidade. Pode
cair para valores na ordem dos 100 ou 200 euros por
veículo, o que é, manifestamente, um investimento baixo
tendo em conta as características e a mensalidade mais
baixa que é esta.
O nosso produto seguinte é o InoFrota Trace, o qual,
também como o nome indica, inclui relatórios com um nível
mais elevado (viagens, km, horas, velocidades etc) e que
permitem uma gestão simples mas eficaz da frota.
Vem depois o InoFrota Pro, que é o produto profissional, de elevadas prestações, que debita mais de 30
relatórios, dotado de um módulo de Gestão Técnica de
Frotas que permite, por exemplo, fazer interligação com
o cartão Galp Frota, BP ou Repsol (faz um interface com
esses ficheiros e pode importá-los para calcular as médias
de custo por quilómetro ou anomalias nos abastecimen-
Dezembro 2009
tos; se tem um renting, alerta para o ritmo de consumo de
quilómetros percorridos e estimados no fim do contrato
de forma a evitar penalizações). O InoFrota Pro permite
também ter um número quase ilimitado de periféricos:
identificador de condutor, sensores de temperatura, sensores de abertura de portas, módulo InoFrota Expert, que
é um periférico que permite saber o estilo de condução,
as vezes que travou, se travou a fundo ou não, regime de
rotações do motor ao longo de todo o percurso, etc. - essencialmente para pesados, para a área dos transportes -,
consumos, quantos litros estão no depósito, detecção de
roubos, etc.. É um produto que interage com a centralina
da viatura, indo lá buscar mais de trezentas informações,
das quais depois só tratamos 20 ou 30.
O quarto produto é o InoFrota Navigator, que como
o nome indica inclui um navegador. É o topo de gama,
integra todos os relatórios que falámos, mais o navegador
e tem um modo de Gestão de Serviços. Aqui é que as
empresas podem ganhar muito dinheiro, não só pelo que
poupam mas pelo que ganham extra, e curiosamente o
que se consegue ganhar extra é dez vezes maior do que
se poupa (temos vários estudos de caso que o atestam).
Este produto é muito usado para poupar, reduzir custos, o
que é importante, embora na minha opinião a sua principal
utilização deva ser para aumentar os proveitos.
Para segmentos de mercado com necessidades especiais temos produtos específicos como são o InoEmergência para a área de prestação de serviços de urgência e o
InoMáquinas para máquinas e equipamentos.
Como é que um cliente se pode aperceber disso,
de forma a dar o dinheiro do investimento por bem
empregue?
13
Entrevista
FROTA
Estamos a preparar
um conceito novo, a
Universidade Inosat,
que vai ser lançada em
Dezembro ou em Janeiro.
Está a ser acabada, o
objectivo é formar os
nossos clientes no uso
do sistema.
Este produto tem duas grandes vertentes. Uma
delas é o aumento da qualidade do serviço prestado. Por
exemplo, se eu conseguir enviar um SMS ao cliente a
cinco minutos de lá chegar, isto vai aumentar a sua satisfação, vai fazer uma coisa muito importante em gestão e em
marketing que é exceder as expectativas do cliente. Assim
que ele começa a receber do transportador “A” um alerta,
pensa: “este fulano está muito evoluído”, o que lhe causa
satisfação. Isto vai ter dois impactos: o cliente vai comprar
mais, desde logo porque na hora de decidir em situações
iguais ou semelhantes vai optar por aquele que o satisfaz
mais, e simultaneamente vai referenciá-lo aos amigos. O
cliente satisfeito automaticamente, sem eu pedir nada,
está a arranjar-me mais clientes. O outro impacto é que
num itinerário (como o canal HORECA com 80 mil pontos
de distribuição), a criação das rotas só por si é uma ciência
e aí está muito dinheiro, (por exemplo, há um canal de
distribuição de revistas com 12 mil pontos de distribuição).
Fazer uma rota ligeiramente mais optimizada que outra
vai permitir, naquele tempo útil de circulação diária de
um carro, fazer mais ou menos clientes. Se eu tenho uma
rota diária Lisboa-Porto e o software me diz que é possível
optimizar e ganhar ali uma hora, então isso permite-me
lutar por um cliente naquela rota, a quem posso fazer uma
oferta mais baixa em termos de preço.
Esse é um ponto interessante, tendo em conta que
o difícil nos transportes não é detectar potenciais
clientes, mas conseguir preços competitivos. Qual
o auxílio de um sistema destes na composição de
preços?
O cliente quer pagar o mínimo possível, é uma regra
aqui como em todas as actividades. Como transportador,
só consigo ter o preço que o cliente quer se tiver muitos
mais, daí haver a grupagem de carga. Ao ter estas ferramentas de optimização, eu passo a ter mais um trunfo
para poder levar mais uma carga ali e levar mais aquela
carga, se calhar, são mais 200 ou 300 euros que eu cobro,
e são mais 3 ou 4 mil euros por mês que eu facturo com
aquele camião.
É aqui que está o grande impacto desses sistemas passo a medir coisas que hoje não meço. Um gestor de
frota sem um sistema GPS é como um condutor que está a
conduzir com os olhos tapados: ele sabe o que lhe contam
14
– tipicamente mentira -, e não está lá para ver.
Recorda-se de um caso concreto em que a tecnologia Inosat tenha alertado o gestor para padrões desviantes de comportamento dos seus distribuidores?
De tantas situações de clientes que tivemos, uma
delas parece-nos exemplificativa - criámos um alerta para
situações de muitos carros no mesmo sítio ao mesmo
tempo num determinado período horário. É uma situação
muito mais frequente do que o que se imagina – decorre
de haver amizades em muitas empresas, criando-se
um grupo de amigos que depois vão almoçar juntos. A
determinada altura, um deles diz: “o meu compadre tem
ali um restaurante em Santarém, vamos lá almoçar”, e há
um ou mais motoristas que fazem 80km para ir almoçar a
Santarém com os amigos. Isto destrói o serviço todo da
empresa, porque eles lá arranjam maneira, mesmo que
não façam uma entrega, de ir almoçar com os amigos, e o
gestor de frota não faz ideia que isto aconteceu e o director de vendas ou marketing também não faz ideia, e se
calhar vão descobrir quando houver duas reclamações de
clientes, porque duas vezes na mesma semana falharam
a entrega da manhã e entregaram à tarde. Tivemos tantas
queixas deste teor que criámos um relatório para tentar
detectar estas situações, que é haver mais de “x” carros
no mesmo sítio ao mesmo tempo.
Generalizando, há “n” situações que fazem com que
eu pense que a minha capacidade de produção está no
máximo, mas se calhar não está, e a optimização da frota
permite transportar mais 20%, ou aumentar 20% as vendas com os mesmo custos, ou gastando um bocadinho
mais de combustível.
Que mais novidades tem a Inosat para apresentar
ao mercado?
Estamos a preparar um conceito novo, a Universidade
Inosat, que vai ser lançada em Dezembro ou em Janeiro.
Está a ser acabada, o objectivo é formar os nossos clientes no uso do sistema. O nosso sistema não é mais
caro nem mais barato que o usado pelos nossos clientes,
depende do uso que o cliente lhe dá. Se o cliente não o
usar, é muito caro, porque é dinheiro que está a queimar,
mas se o usar bem, o sistema é dado. Nós temos casos de
Dezembro 2009
clientes que pagaram o sistema no primeiro mês. Fazem
um crédito de, por exemplo, quatro anos, mas o dinheiro
que ganharam, deixaram de gastar ou recuperaram no
primeiro mês, é superior aos quatro anos.
Em que moldes vai funcionar a Universidade
Inosat?
A Universidade Inosat é um site, é 100% digital, é
composta por documentos e por filmes que vão explicar
como se usa o sistema para estes fins. A nossa ideia foi,
em vez de fazermos um manual do sistema, dar ideias de
gestão e sugestões de como poupar. Se os clientes as
seguirem, vão poupar. Temos estudos que o demonstram.
Aqui dentro da empresa adoptámos essas medidas e
poupámos 26%, isto é, gastamos menos 26% por mês do
que gastávamos há seis meses atrás.
Que contas rápidas tem que fazer o gestor de frotas
para optar por um sistema de gestão de frotas?
Se pensarmos que um pesado em serviço internacional
custa, no mínimo, 10 mil euros por mês (salário do motorista, custo do camião, manutenção e combustível), o que
é que são 20 euros ou 34 euros, que é o custo do nosso
melhor produto (o Navigator)? Não é nada. Há pessoas
que não vêem o sistema como investimento, e outras que
o instalam e que não tiram o devido benefício porque não
tem ninguém para gerir a frota. É sobretudo a pensar nisso
que estamos a lançar a Universidade Inosat, para formarmos os nossos clientes, para os ajudar a usar o sistema e
dessa forma ganharem mais dinheiro.
As vossas viaturas dotadas de sistemas de gestão
de frotas também estavam a ser “mal aproveitadas”?
Temos o sistema instalado em todos os nossos carros,
mas reconhecemos que até há cerca de um ano não estávamos a utilizar todas as suas capacidades. No princípio
do ano implementamos mais coisas. Por exemplo, temos
um alarme de atraso se as pessoas não saem de casa de
manhã. O carro de uma pessoa que às 9 horas da manhã
ainda não arrancou, faz disparar um e-mail para o Director
Comercial e outro para o chefe de vendas. A pessoa chega
à empresa e já tem o chefe a questionar. Isto, parecendo
que não, é relevante, porque se eu conseguir que as pes-
Dezembro 2009
soas trabalhem mais 20 minutos por dia, ganho mais um
negócio, faço mais uma entrega. E é por aí, é por usar uma
série de características do produto que uma empresa, no
máximo em 6 meses, pode passar de uma situação de prejuízo para uma situação de lucro, usando menos viaturas
num mesmo serviço. São estes aspectos que fazem prosperar quem adquire estes produtos. Fizemos um estudo
em 2003 em que vendemos 30% em aumento de quota, ou
seja, foram clientes que já tinham o sistema e compraram
mais. E, numa altura de crise em particular, para quem
está a crescer é gratificante ver que os nossos clientes
também cresceram um pouco. Se 30% das nossas vendas foram para clientes que cresceram, isso permite-nos
concluir que um cliente INOSAT tem mais probabilidades
de crescer do que um cliente que não tem INOSAT. Outro
estudo que fizemos demonstra que nos clientes INOSAT
a taxa de falência é muito inferior à do sector.
Como será a Inosat daqui a uma década?
Daqui a 10 anos vamos ter 80% das vendas lá fora,
contra os cerca de 20% actuais. Será uma empresa que
estará na vanguarda da tecnologia. Estamos neste momento a trabalhar em sistemas que ainda ninguém sequer
acordou para eles e nós já temos o produto no mercado
e, ao nível dos transportes não seremos o first mover mas
estamos já a trabalhar com vários players. Por exemplo,
com o cliente PT para incorporar o tacógrafo digital junto
do nosso sistema; com várias entidades para a certificação
dos termógrafos; estamos a trabalhar sistemas inteligentes para trabalhar itinerários, e com algumas empresas
que têm bolsas de cargas na internet para se ligarem ao
nosso sistema. Imaginemos que determinada empresa
tem 30 camiões ligados ao nosso sistema, tem um camião
que está praticamente a acabar o serviço em Pombal, e
há um cliente em Coimbra que coloca uma mensagem
na internet a dizer que tem uma carga para entregar em
Lisboa no mesmo dia: cruza essa informação com a sua
frota e em 10 minutos consegue ganhar um serviço que
de outra maneira não conseguia. O cliente fica hipersatisfeito, pois em 10 minutos resolveu o problema dele e a um
bom preço. Isto é uma integração que vai ajudar imenso
os nossos clientes. E o futuro passa por essa integração,
para facilitar os negócios. n
15
Teste Estrada
FROTA
Scania P 230
Por: João Cerqueira
Ágil e dinâmico
Nesta versão de
cabina destaca-se o
tablier redesenhado,
que cria um acesso
largo e confortável,
permitindo a
fácil entrada e
movimentação do
motorista
cruise, pretendendo a marca sueca incorporar de futuro
na Série P o Opticruise de última geração recentemente
lançado no novo Série R, cuja versão totalmente automatizada utiliza um comando electro-hidráulico de máxima
precisão, sistema hill-hold, possibilidade de manutenção
de velocidade nas subidas sem penalizar o consumo
combustível, adaptação electrónica da caixa ao estilo de
condução de cada motorista, mantendo, no entanto, o
mesmo interface com o condutor.
Assinala-se que também nas aplicações relacionadas
com a distribuição e a construção, os operadores rodoviários optam cada vez mais pela aquisição de veículos com
transmissão automatizada, beneficiando de economias
ao nível do equipamento e do consumo, isto para além do
aumento dos níveis de conforto do motorista, que vê assim
facilitada as suas tarefas diárias de condução. n
A
FROTA testou o novo Scania P 230 Euro5, um
camião especialmente desenhado para as tarefas
de distribuição urbana e suburbana, sector da
construção, serviços camarários, tendo ainda um conjunto
muito amplo de aplicações complementares, graças à sua
enorme versatilidade de carroçamento.
Em Portugal, disponível para ensaios com a imprensa especializada, esteve a versão de chassis P 230
DB4x2MLB, de 19,5 toneladas de PMA, equipada com a
cabina curta CP16, concebida para o condutor que não
tem necessidades de equipamentos de descanso nem de
compartimentos de arrumações.
Nesta versão de cabina destaca-se o tablier redesenhado, que cria um acesso largo e confortável, permitindo
a fácil entrada e movimentação do motorista na cabina, um
factor de conforto acrescido num veículo onde a enorme
multiplicidade de paragens operacionais é uma constante no dia a dia de trabalho. As versões de cabina curta,
diurna, e compridas de tecto baixo da série P, estão todas
equipadas com prateleiras de tecto, preparadas para a
16
instalação de tacógrafo, equipamento áudio e sensor de
movimentos para sistema de alarme. Destaque ainda para
o volante totalmente ajustável.
A alma do Série P
O motor DC9 35 230 integra o bloco de 9,29 litros de
cilindrada, com cinco cilindros em linha, quatro válvulas
por cilindro, sistema de injecção Scania XPI, Turbo de
Geometria Variável (VGT), recorre ao sistema EGR de
recirculação exaustiva dos gases de escape (não precisa
de AdBlue), filtro de partículas PMFC, intercooler, e uma
unidade electrónica de comando do motor EMS, que controla os sistemas EGR e XPI. Debita 230 cv de potência
máxima, enquanto os intervalos de manutenção são de
90.000 km para a substituição do óleo do motor.
O DC9 disponibiliza também na Série P versões de 280
e 320cv, com níveis de emissões conformes às normas
Euro 5 e EEV.
Ainda ao nível da cadeia cinemática, a versão testada
integrava uma caixa de velocidades automatizada Opti-
Dezembro 2009
O motor DC9 35 230
integra o bloco de 9,29
litros de cilindrada,
recorre ao sistema EGR
de recirculação exaustiva
dos gases de escape
(não precisa de AdBlue),
filtro de partículas PMFC,
intercooler, e uma unidade
electrónica de comando do
motor EMS, que controla
os sistemas EGR e XPI.
Comportamento
digno
Sobretudo devido a este modelo vir equipado com
o motor menos potente da família DC9, optámos por
um circuito 100% urbano, onde as dificuldades acrescidas relacionadas com as complicações de tráfego,
a necessidade dum número acrescido de manobras e
uma grande multiplicidade de operações de descarga,
permitiram perceber qual o seu real potencial.
Testado em situação de carga completa (19 t), o
bloco teve um comportamento muito digno, sem nunca
comprometer mesmo nas situações mais complicadas,
que não são tão poucas quanto isso na cidade das sete
colinas. Este Série P passou também com distinção o
teste da manobrabilidade, mostrou-se ágil como poucos na sua classe, e mostrou também bons níveis de
conforto.
Dezembro 2009
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Teste Estrada
FROTA
Autocarros híbridos MAN
Por: João Cerqueira
Lançamento em Portugal
previsto para 2010
Este autocarro urbano, apesar do seu
“pequeno” motor
diesel, tem tanta eficiência como um bloco
diesel convencional
de 10 litros de cilindrada da série MAN
D20 Common Rail.
sempre que o veículo se imobiliza.
O Lion´s City recorre ao chamado sistema híbrido de
série SHS, e não obstante ser cerca de 700 kg mais pesado do que o seu “irmão” convencional, consegue reduções
de consumo combustível até 30% em circuitos urbanos e
até 15% nos suburbanos.
O MAN Lion´s City híbrido também pode ser adaptado
para utilizar biocombustíveis de segunda geração, melhorando ainda mais as suas prestações em termos de
protecção do meio ambiente. Se fizer uma quilometragem
média anual de 60.000 km, emitirá para a atmosfera menos 10 toneladas de gases com efeitos de estufa.
A
MAN Portugal apresentou à imprensa especializada, no Centro de Formação de Fátima, o novo
autocarro urbano MAN Lion’s City Hibrid, cuja
produção de série está prevista ter início já no próximo
ano, devendo chegar a Portugal no segundo semestre. Os
responsáveis da marca garantem que numa primeira fase
fornecerão apenas veículos completos, mas a posteriori
prevêem o fornecimento de chassis para carroçamento,
referindo ainda que irá ser colocado um autocarro híbrido
à disposição dos operadores nacionais, para ser testado
ainda no decurso de 2010. Quanto a preços, Luís Paradinha, administrador da MANPorto, arrisca apenas um
valor estimativo, que “não deverá nunca ser superior a
um acréscimo de 20% em relação ao custo de um Lion´s
City convencional”.
Ao nível do pós-venda, a MAN Portugal sublinha
que vai dar todo o acompanhamento técnico na oficina,
sobretudo ao nível da formação de electrotécnicos e de
electricistas, para que estes possam intervir duma forma
adequada num autocarro cujo sistema misto de propulsão
tem muito mais componentes eléctricos e electrónicos
do que o modelo convencional, “e naturalmente muitas
especificidades próprias”.
18
Sistema de propulsão inovador
O modelo híbrido do Lion´s City incorpora o motor
convencional diesel MAN D08 Common Rail EEV de 254
cv, com filtro de partículas CRTec de regulação electrónica, a par de dois motores eléctricos assíncronos de 75
Kw, que utilizam uma caixa somatória para transferir a
energia ao eixo motriz. Esta eficaz combinação faz com
que este autocarro urbano, apesar do seu “pequeno”
motor diesel, tenha tanta eficiência como um bloco diesel
convencional de 10 litros de cilindrada da série MAN D20
Common Rail.
Toda a energia produzida nas operações de travagem e de desaceleração é recuperada e transferida para
os Ultracap (acumuladores localizados no tejadilho),
transformando a energia cinética em eléctrica, sendo a
mesma reutilizada no arranque e no desenvolvimento até
uma velocidade de 30 Km/h, altura em que o motor diesel
reentra em funcionamento, controlado por um mecanismo
de gestão electrónica denominado i-MEM (intelligent MAN
Energy Management). Os motores eléctricos alimentam
também o sistema de ar condicionado e a bomba servodireccional. Este autocarro vem igualmente equipado com
o sistema automático Start & Stop, que desliga o motor
Dezembro 2009
Desenvolvido ao abrigo do projecto IDEAS
Desde 2005 que a MAN está a testar a tecnologia híbrida (diesel-eléctrica) em autocarros urbanos, financiada
pelo ministério alemão da Economia e Tecnologia, no
âmbito do programa Innovative Diesel-Electric Drive for
City Buses (IDEAS), o qual conta também com a parceria
Dezembro 2009
da Siemens. Desde o lançamento deste programa a MAN
obteve já uma enorme evolução no desenvolvimento da
tecnologia híbrida da cadeia cinemática, tendo o actual
modelo do Lion´s City Hybrid sido lançado em 2008. Testado em cidades como Nuremberga e Paris nos serviços
regulares de passageiros, este autocarro já efectuou mais
de 70.000 km, com registos significativos em matéria
de poupança combustível, com reduções até 25% em
condições normais de operação. Refira-se ainda que o
anterior modelo, em fase experimental entre 2005 e 2007,
ultrapassou 30.000 km de testes.
A cidade de Barcelona efectuou uma encomenda de 60
unidades que começarão a ser entregues no próximo ano,
altura em que terão início testes com o Lion City Hybrid,
tanto nesta cidade catalã como na de Valência.
A MAN prevê que a médio prazo, cerca de 50% dos
autocarros urbanos serão encomendados com propulsões
híbridas. n
19
Reportagem
FROTA
Um retrato da crise
Por: João Cerqueira
Com um enorme volume de falências em grandes países como a Espanha, Itália e
Alemanha, o sector do transporte rodoviário de mercadorias vive uma das suas mais
dramáticas crises de sempre na velha Europa. Portugal não é excepção, e embora
haja alguns segmentos de actividade que estão a resistir melhor, o cenário geral continua no “vermelho”, e as perspectivas para 2010 estão muito longe de ser optimistas.
E
m Portugal, foram profundamente
afectados pela crise segmentos
de actividade como o transporte
ligado ao sector automóvel, com quebras muito substantivas nos primeiros
meses do ano e também as actividades
de grupagem - que continuam em queda.
Tem sobrevivido melhor a carga geral, o
transporte ligado à distribuição alimentar,
sobretudo o de frio, e as mercadorias perigosas. Continuam a apresentar níveis
interessantes de crescimento os transportes excepcionais, sobretudo devido
à instalação de novos parques eólicos, e
o rent-a-cargo, este último em boa parte
porque muitas empresas já estavam a
fazer um esforço financeiro muito grande para pagar os
tractores, optando por alugar os semi-reboques, sobretudo frigoríficos, visto tratar-se dum equipamento muito
caro que tem uma manutenção igualmente dispendiosa,
para além duma sazonalidade com picos de utilização na
Primavera e no Verão que prejudica a sua rentabilização.
Dum modo geral, as empresas de maior dimensão ligadas sobretudo a grandes clientes têm conseguido resistir
melhor do que aquelas que trabalhavam com um número
muito grande de pequenas empresas.
Depois dum pico muito grande de quebra de actividade
nos primeiros meses do ano, o mercado melhorou mas
continua a apresentar uma grande instabilidade, com
curtos períodos de grande produtividade a alternarem com
outros de quebra acentuada. Este tem sido o cenário dos
últimos meses, o que faz com a que crise de confiança
nos empresários transportadores pareça estar para durar.
Para além disso, agravaram-se problemas como a pressão
sobre os preços dos fretes e os atrasos nos pagamentos,
não obstante a legislação em vigor já obrigar as empresas
clientes a pagar a 30 dias.
20
Uma das consequências mais visíveis dessa crise
de confiança e da instabilidade na produção de serviços
de transporte, associada às dificuldades crescentes na
obtenção de crédito, reflecte-se na aquisição de novos
equipamentos de transporte. Segundo dados estatísticos
da ACAP, nos primeiros 11 meses do ano a venda de pesados de mercadorias caiu 42,7%, a de comerciais ligeiros
30,9%, e a de reboques e semi-reboques quase 60%. Até
Outubro, a produção industrial de pesados de mercadorias diminuiu em Portugal 63% e a de comerciais ligeiros
41,6%. A estrutura das marcas ligada ao após-venda tem
resistido melhor, depois de um primeiro trimestre bastante
negativo, onde alguns transportadores chegaram a retirar
peças de uns camiões para pôr outros a funcionar e adiaram manutenções de rotina e reparações, as oficinas têm
vindo a recuperar serviço e clientes.
Com base em dados recentemente divulgados pelo
INE, no segundo trimestre de 2009 o total de mercadorias
transportadas pelo modo rodoviário totalizou 9.906 milhões de toneladas-quilómetro, menos 6,4% em relação
ao período homólogo de 2008, com o do tráfego nacional a
Dezembro 2009
Depois dum pico
muito grande
de quebra de
actividade nos
primeiros meses
do ano, o mercado
melhorou mas
continua a
apresentar uma
grande instabilidade
apresentar uma quebra de 3,4% e o internacional de 7,1%.
Registe-se, no entanto, que o transporte profissional teve
uma evolução positiva homóloga de 8,6% no nacional, o
que faz aguardar com alguma expectativa os resultados
do terceiro trimestre, e um registo negativo de -5,9% no
internacional. Os transportes e a armazenagem, tiveram
uma variação homóloga negativa em Outubro de -11,6%
(-9,9% em Setembro).
Dados mais gerais do mesmo instituto, apontam para
uma quebra do PIB de 2,5% no terceiro trimestre de 2009
em relação ao período homólogo de 2008, com as exportações a caírem 9,7% e as importações mais de 8%, a
procura interna 2,5% e o consumo 1,1% (-11,4% no caso
da aquisição de bens duradouros), números que apesar
de serem melhores do que os dois trimestres precedentes
são todos negativos, não deixando ainda antever uma
retoma sólida na actividade transportadora.
Um dado positivo que conseguimos apurar é que não
tem havido um número “anormal” de empresas transportadoras a abrir processos de falência no nosso país, mas
também aqui não há razões para grandes aplausos, uma
vez que existe um número muito significativo de empresas que neste momento se encontram numa situação de
extrema fragilidade, a operar autenticamente na “corda
bamba” como se costuma dizer na gíria, que em face da
mais pequena contrariedade de mercado, do foro fiscal
ou legislativo, a qualquer momento podem começar a cair
como um castelo de cartas.
Espanha esteve às portas do abismo
A Espanha tem sido de longe o país mais afectado
pela crise económica, traduzindo-se no desaparecimento
de cerca de 20.000 empresas transportadoras, e isto
apenas desde o mês de Novembro do ano passado, num
universo composto por perto de 130.000 empresas. O
país vizinho tem também a particularidade de possuir um
tecido empresarial no sector extremamente atomizado,
com um número muito elevado de empresas com apenas
um, dois ou três veículos, precisamente aquelas que revelaram maior fragilidade para fazer face a uma crise tão
vertiginosa e avassaladora.
Dezembro 2009
Outra particularidade negativa do mercado espanhol foi
o facto de nenhum segmento da actividade de transporte
ter conseguido escapar às garras da crise. Para além do
sector automóvel, o mais afectado na esmagadora maioria dos países, foram também penalizadas fortemente as
actividades de transporte ligadas à construção, e não nos
podemos esquecer que em parte o modelo de desenvolvimento económico espanhol assentava no imobiliário e no
crédito a este. O sector da distribuição alimentar também
foi penalizado com o disparo do desemprego e a perda
de confiança dos trabalhadores que começaram a sentir
os postos de trabalho ameaçados. Nem o segmento do
transporte de frio saiu ileso, curiosamente um daqueles
que melhor resistiu na maioria dos países da Europa. Isto
para não falar das enormes quebras de actividades nos
portos, com reflexos no transporte de contentores, e da
forte diminuição verificada nas operações logísticas.
A consequência mais visível no mercado espanhol foi
uma rápida degradação dos preços dos fretes, de tal forma
que muitos operadores do sul de França que alimentavam
as trocas comerciais, sobretudo para a Catalunha e o País
Basco, abandonaram as rotas transpirinéus. Os prazos
de pagamento descambaram para uma média superior
a 90 dias. Houve também quebras reais nos salários de
muitos motoristas.
As associações sectoriais chegaram mesmo a projectar o desaparecimento de cerca de metade das empresas
transportadoras, cenário que neste momento, felizmente,
já está fora de questão.
O governo de Zapatero tentou, tardiamente, estancar
tão grande hemorragia empresarial. Em Maio aprovou
medidas como a diminuição de 5% do imposto sobre os
lucros das empresas com menos de 25 trabalhadores por
um período de 3 anos, suprimiu as deduções fiscais para
as instalações empresariais cujos montantes das prestações de pagamento aos bancos ultrapassem os 24.000
euros anuais e reforçou as ajudas directas na aquisição
de carros novos até um máximo de 2.000 euros.
Apesar disso, neste final de ano ninguém acredita
ainda numa retoma visível do sector transportador em
Espanha no decurso de 2010.
21
Reportagem
FROTA
Em França, as principais
associações patronais
(FNTR, UNOSTRA e TLF)
estão em guerra aberta
com o governo e com os
trabalhadores
As associações
italianas apontam
como principal
reflexo da crise a
política do transporte “low-cost”, com
recuos nos preços
que já variam entre
os 20% e os 50% em
relação a 2007
Em França sector vive momento
de convulsão social
Em França vive-se um dos períodos mais negros
de conflitualidade no sector do transporte rodoviário de
mercadorias. As principais associações patronais (FNTR,
UNOSTRA e TLF) estão em guerra aberta com o governo
e com os trabalhadores.
Com o governo, por aquilo a que chamam “pandemia
fiscal orquestrada pelos poderes públicos”, face à aprovação este ano duma eco-taxa que irá gerar encargos fiscais totais suplementares nas empresas transportadoras
estimados em 1,2 biliões de euros já a partir de 2012, da
aprovação da taxa sobre o carbono, com repercussões de
cerca de 400 milhões de euros já em 2010, e da aprovação
dos chamados “certificados de economia de energia”, que
irão gerar um sobrecusto de 150 milhões de euros a partir
de 2010.
Com os trabalhadores, que abandonaram a mesa de
negociações salariais para 2010, o que levou já cinco
sindicatos de transportes (CFDT, CGT, CGC, CFTC e FO)
a agendar uma greve estratégica que visa paralisar as
plataformas logísticas e os entrepostos comerciais, numa
acção concertada entre organizações sindicais que já não
se via em França desde 1997. As associações patronais
consideram irrealistas as propostas dos sindicatos: as
reivindicações de aumentos salariais podem chegar quase
aos 10% num ano de inflação negativa em França (-0,4%),
gerando um agravamento da massa salarial de 1,1 biliões
de euros, isto depois dos aumentos de 3,5% acordados
em 2007, e de 4,1% em 2008.
Face a este cenário, as falências nem sequer são
o principal problema do sector em França. Segundo a
FNTR, o número de falências ascendeu às 1.263 empresas transportadoras nos 3 primeiros trimestres do ano, um
número muito idêntico ao do período homólogo do ano
transacto (1.253), mas superior em 55,93% em relação
àqueles que se verificaram em 2007. Esta federação prevê
que sejam abertos cerca de 2.000 processos de falência
em 2009.
Ainda segundo a mesma organização patronal, as
empresas mais frágeis foram eliminadas durante o “choque petrolífero” de 2008, vindo estes números confirmar o
agudizar da crise para as empresas que resistiram melhor
22
a essa fase, mas que foram especialmente afectadas pela
crise dos mercados financeiros, encontrando-se no primeiro caso as empresas transportadoras até 10 trabalhadores
e, no segundo, as empresas com mais de 50 trabalhadores, concluindo a FNTR que as falências de 2009 têm por
isso mesmo um impacto maior no desemprego.
Alemanha perde 5.000 empresas num só ano
Os transportadores alemães foram dos mais afectados
pela crise, estimando-se até ao final de 2009 o fecho de
cerca de 5.000 empresas e a perda de 40.000 postos de
trabalho no sector, face às previsões avançadas pela BGL,
a principal federação alemã de transportadores rodoviários
de mercadorias e da logística.
Dados da DG TREN revelam que o transporte rodoviário de mercadorias alemão é composto por cerca de
34.000 empresas profissionais e emprega 309.500 pessoas. Aproximadamente 86% destas empresas operam com
menos de 10 veículos. Perante estes números, conclui-se
que perto de 10% das transportadoras alemãs vão desaparecer como consequência directa da crise, agravada
também por medidas governamentais que tornam os
custos operacionais mais onerosos. E este nem sequer é
o sector mais afectado, pelo menos para a União Federal
de Logística (BVL) e o instituto alemão de pesquisa económica (DIW), que estimam uma percentagem de falências
no ano em curso na casa dos 30%.
Uma das medidas mais contestadas pelos transportadores foi o aumento brutal da LKW-Maut no início do ano,
que teve um agravamento médio de quase 50%, sendo
actualmente das taxas quilométricas mais caras de todo
o continente europeu.
O plano de relançamento económico aprovado pelo
governo no início do ano, com uma injecção de cerca de
80 biliões de euros na economia, só agora começa a dar
os primeiros resultados num sector que recebeu este
ano cerca de 650 milhões de ajudas financeiras para a
montagem de filtros de partículas e modernização dos
sistemas de segurança, mas que mesmo assim viu regredir os volumes de actividade em quase 20%. O governo
prometeu mais 24 milhões de euros de ajudas suplementares até ao final do ano, e mais 12 milhões em 2010,
mas os transportadores continuam muito pessimistas,
Dezembro 2009
garantindo a BGL que vão continuar a reivindicar, agora
junto do novo governo, uma diminuição dos valores da
LKW-Maut para 2010, em linha com aqueles que eram
praticados em 2008.
Em Itália esmagamento dos preços
pode chegar aos 50%
A crise petrolífera e a actual acabaram com a actividade de cerca de 8.000 transportadores italianos, num sector
onde existem 97.800 empresas e 339.400 trabalhadores.
Segundo a Conftasporto, uma das principais associações
sectoriais italianas, o tráfego de pesados nas auto-estradas daquele país baixou perto de 22% em 2009. Já no
início do ano, a Confederação Italiana dos Transportes e
da Logística (Confetra) dava conta que o tráfego nacional
de pesados tinha recuado 5% no segundo semestre de
2008, e 11% nos tráfegos internacionais nas passagens
transfronteiriças da Suíça e da Áustria.
As associações italianas apontam como principal
reflexo da crise a política do transporte “low-cost”, com
recuos nos preços que já variam entre os 20% e os 50%
em relação a 2007. Outro problema prende-se com os
atrasos nos pagamentos que já oscilam entre os 90 e os
180 dias e têm um prazo médio de 100 dias. Propuseram
ao governo de Belusconi a criação de um observatório de
custos, a suspensão por um período de seis meses das
contribuições para a segurança social, a imposição do
pagamento dos serviços de frete a 30 dias e a revisão do
calendário de interdições à circulação (em Itália existem
88 dias por ano onde é interdito circular).
Incapacitados de pagar as prestações da aquisição
recente de novos veículos e de se endividarem ainda mais,
muitos transportadores têm vindo a devolver os veículos
aos construtores.
Transportadores suíços ganham acção
contra o Estado
Num pequeno país onde cerca de 90% do transporte
Dezembro 2009
interno de mercadorias é assegurado pelo modo rodoviário, os transportadores suíços têm concentrado a sua luta
contra a crise sobretudo no combate às pesadas políticas
fiscais do governo federal. Desde finais de 2007 que se
encontram em litígio com o governo devido aos aumentos
da taxa RPLP (utilização das infra-estruturas rodoviárias),
tendo a associação suíça dos transportes rodoviários
(ASTAG) interposto uma acção no Tribunal Administrativo
Federal, cuja decisão final foi tomada agora em Novembro
a favor dos transportadores, que conseguiram provar em
tribunal que o transporte rodoviário interno já cobre todos
os custos de infra-estruturas e os custos externos, e que
o governo Helvético alterou as regras do jogo ao integrar
novos custos totalmente inventados nos métodos de cálculo da RPLP.
O tribunal federal condenou o Estado a devolver os
montantes de aumento cobrados ilegalmente desde 1 de
Janeiro de 2008. O governo federal já anunciou que vai
recorrer da decisão do tribunal, o que a ASTAG considera
uma verdadeira afronta, aconselhando os transportadores
a partir de agora a devolverem as facturas da RPLP até o
governo acatar a decisão judicial.
Belgas com acentuada quebra de actividade
Dados do Instituto belga Transporte Rodoviário e da
Logística (ITLB) revelam que a actividade de transporte
nacional caiu 44,4% no primeiro semestre de 2009, em
relação ao segundo de 2008, e 49,4% no internacional.
Em média 73,1% dos percursos totais foram feitos em
carga total contra 75,1% no segundo semestre de 2008.
O número de motoristas profissionais no activo recuou
14,1% e cerca de 24% das empresas reconheceram
sentir dificuldades de tesouraria.
Também os prazos médios de pagamento ascenderam aos 53 dias contra 41 dias no anterior semestre.
Apenas cerca de 15,2% das empresas do sector efectuaram investimentos (27,8% no segundo semestre de
2008 e 33,3% no primeiro). n
23
FROTA
Contacto
Hyundai Starex
Por: Daniela Rodrigues
Comercial versátil para
carga e passageiros
Espaço e flexibilidade
no interior
A Starex foi concebida para
facilitar a vida do condutor e
dos passageiros ao propor mais
espaço, ergonomia, melhor
equipamento e conforto, condições essenciais num veículo de
trabalho.
O design interior respeita os
gostos europeus, com destaque
para a consola central onde está
a alavanca da caixa de velocidades colocada numa posição ideal em termos ergonómicos,
libertando ao mesmo tempo mais espaço. Um duplo portaluvas e múltiplos espaços de arrumação destacam-se num
interior pensado para quem trabalha, mas não descurando
a função de transporte de passageiros, nomeadamente,
na versão de 6 lugares.
A entrada para os lugares posteriores é feita através
da porta lateral de correr, o que facilita a entrada e saída
em qualquer lugar.
No compartimento de carga, as versões de 3 lugares
possuem capacidade para transportar objectos com 2,37
metros, enquanto na versão de 6 lugares fica-se por 1,58
metros. A largura e altura do compartimento de carga são
iguais nas duas variantes: 1620 e 1350 mm, respectivamente.
Em termos de capacidade de carga, a versão de 3
lugares vai até aos 4308 litros, enquanto na versão de 6
lugares é de 2500 litros.
A
FROTA testou a mais recente aposta da marca
sul coreana no mercado dos comerciais, a nova
Hyundai Starex, um comercial que surpreende
pelo desempenho, potência e maneabilidade.
Este modelo oferece características inovadoras, grande versatilidade e propõe versões de três e seis lugares
com grande conforto para os passageiros, mas sempre
com grande capacidade de carga.
Com um comprimento de 5,125 metros, uma largura de
1,920 metros e uma distância entre eixos de 3,2 metros, a
Starex iguala ou supera a concorrência no segmento em
termos de espaço no habitáculo.
A Starex foi desenhada a pensar naqueles que exigem
mais de um furgão do que simplesmente transportar carga.
Querem mais espaço, flexibilidade, qualidade e valor, além
de um nível de equipamento superior.
Desempenho e comportamento
A nova Hyundai Starex está equipada com o novo motor 2.5 litros turbo-intercooler com permutador de calor e
injecção directa “common rail” de segunda geração. Estas
características permitem-lhe debitar 136 CV às 3800 rpm
24
e um binário de 343 Nm entre as 1750 e as 2500 rpm, cifras que revelam uma grande capacidade de mobilidade,
mesmo em situações de carga plena. A nova Starex permite alcançar os 167 km/h de velocidade máxima dando o
motor mostras de grande suavidade e refinamento.
A tracção é feita nas rodas traseiras para optimizar a
distribuição do peso e o equilíbrio dinâmico. Apesar do
poder demonstrado pelo novo motor 2.5 litros turbo-diesel,
a verdade é que o seu desempenho não prejudica a sua
capacidade de economizar combustível. Com um consumo médio (em ciclo combinado) de apenas 8,3 litros por
cada 100 quilómetros, a Starex permite uma autonomia
superior a 900 quilómetros.
O comercial oferece um excelente comportamento em
estrada, mesmo com carga máxima, devido ao chassis
totalmente novo que incorpora à frente uma suspensão do
tipo McPherson de rodas independentes e um eixo rígido
com molas de lâminas progressivas. Esta configuração
permite à Starex exibir um excelente comportamento com
ou sem carga, mantendo níveis de conforto elevados e
óptima maneabilidade em qualquer situação.
Dezembro 2009
Dimensões generosas, mas compactas
A Starex reforça o aspecto robusto característico dos
últimos modelos da Hyundai, mas foi desenhada tendo em
vista uma grande eficácia aerodinâmica.
Pormenor central da personalidade deste furgão é a
grelha dianteira e os grandes faróis que fluem de forma a
integrarem-se no desenho global e no desenho poderoso
dos guarda-lamas dianteiros. Este aspecto musculado
estende-se às cavas das rodas e ao desenho das janelas
laterais (que podem ser em chapa ou vidro em opção,
mas sempre com barras de protecção interior no compartimento de carga). A colocação dos farolins traseiros numa
posição elevada, não só reforça o aspecto robusto, como
fornece maior protecção nos pequenos embates.
As dimensões generosas, mas compactas do veículo
podem ser intimidatórias numa primeira abordagem, mas
é surpreendente perceber como é fácil de conduzir e manobrar graças ao raio mínimo de viragem de 5,6 metros e
uma grande visibilidade desde o banco do condutor.
O furgão tem ainda a possibilidade de contar com duas
portas traseiras de abertura lateral, a 90º e a 180º, ao invés
da única porta traseira basculante para cima.
Dezembro 2009
Equipamento
No segmento dos comerciais e, particularmente, entre
os furgões, a mais-valia acrescentada pela Starex no
momento de compra é o equipamento muito completo e a
um preço competitivo.
Num ambiente semelhante ao de um veículo de passageiros encontramos a regulação do volante em altura,
vidros eléctricos com função automática para a janela do
condutor, espelhos exteriores com regulação eléctrica,
painel de instrumentos com conta-rotações, separação
da zona de carga e de passageiros em metal (sólida) com
janela para o interior, piso de carga protegido com vinil, ar
condicionado, fecho central de portas com imobilizador e
faróis de nevoeiro. O sistema de som comporta um rádio
CD e MP3, com sistema “bluetooth” mãos livres para o
telemóvel.
Segurança
No que respeita à segurança, a nova Starex está
equipada com cintos de segurança de três apoios e prétensores. Em caso de acidente, a carroçaria está protegida
por quatro anéis colocados na estrutura do veículo além
de zonas de deformação programada, barras laterais antiintrusão e pára-choques com absorvedores de impacto.
Para assegurar total segurança, a Starex está equipada com um sistema de travagem que contempla discos de
travão em todas as rodas (ventilados à frente), ajudados
por um ABS com distribuidor automático da força de travagem (EBD).
Garantia e assistência em viagem
Aliando tecnologia de ponta e soluções à medida das
necessidades dos clientes, a Hyundai Starex vai disponibilizar no mercado nacional cinco anos de garantia e
um programa de assistência em viagem, que constituem
uma verdadeira mais valia deste modelo comercial para
os seus clientes profissionais.
Desta forma, a Hyundai estabelece novos padrões de
imagem e qualidade, colocando o maior construtor coreano de automóveis na linha da frente no que toca aos dois
pressupostos acima mencionados. n
25
Actualidade
FROTA
TRW Portugal alarga
programa Proequip
Por: João Cerqueira
A TRW Automotive Portugal lançou este ano o programa Proequip para o aftermarket de veículos pesados, o qual inclui gamas de pastilhas de travão, peças de
suspensão e direcção, caixas de direcção reconstruídas e amortecedores.
N
o TRW Proequip, a gama de caixas
de direcção reconstruídas integra 33
referências originais TRW, dirige-se a
um mercado cujo valor estimativo se situa entre
os 18 e os 20 milhões de euros, fornecendo
soluções a um parque potencial de 5,4 milhões
de veículos pesados, abrangendo oferta para
as marcas DAF, Scania, Iveco, Renault, Volvo
e Dennis.
Fabrica também os principais componentes dos
sistemas de direcção e suspensão, incluindo colunas de
direcção, caixas e bombas de direcção, terminais de direcção, barras longitudinais, barras radiais, tensores, kits
de reparação, articulações em V e barras estabilizadoras,
num total de cerca de 800 referências. A TRW Automotive
está no negócio da direcção e suspensão para veículos
comerciais desde 1906 e é líder mundial na concepção,
desenvolvimento e fabrico de sistemas integrados.
A gama de amortecedores é constituída por 575
referências, cobrindo aproximadamente 94% do parque
europeu e abrangendo os principais tipos de veículos
pesados, incluindo camiões rígidos, camiões articulados,
reboques e semi-reboques e ainda autocarros, das marcas BPW, DAF, Evobus, Fruehauf, Hendrickson, Iveco,
Kassbohrer, MAN, Mercedes, Neoplan, ROR, RVI, SAF,
Scania, Schmitz, Van Hool e Volvo.
A gama de pastilhas de travão é constituída por cerca
de 60 referências de pastilhas e 25 cabos avisadores,
oferecendo uma cobertura de 93% do parque europeu de
veículos pesados.
Estes equipamentos são produzidos em cinco fábricas
europeias desta prestigiada marca americana, que produz
peças e equipamentos originais à escala global.
26
Armazém ibérico da TRW Portugal
Para 2010, a TRW está a estudar a possibilidade de
adicionar mais duas novas gamas à família Proequip,
nomeadamente as pinças de travão reconstruídas e os
discos de travão.
A TRW Automotive Aftermarket é a divisão da TRW
Automotive responsável pelo fornecimento de peças de
substituição, diagnóstico, serviço e apoio técnico, tanto
para o mercado independente de pós-venda como para
os concessionários das marcas.
À margem do programa
Proequip, a TRW
comercializa também para
veículos comerciais ligeiros
uma gama completa de
travagem e direcção e
suspensão, amortecedores,
embraiagens equipamento
de diagnóstico TRW
easycheck
Dezembro 2009
Os equipamentos
da TRW são
produzidos em cinco
fábricas europeias
desta prestigiada
marca americana
que produz peças
e equipamentos
originais à escala
global
Gama de produtos para veículos comerciais ligeiros
TRW tem armazém central Ibérico em Lisboa
À margem do programa Proequip, a TRW comercializa
também para veículos comerciais ligeiros uma gama
completa de travagem e direcção e suspensão, amortecedores, embraiagens equipamento de diagnóstico TRW
easycheck. Através da marca Lucas, detida pela TRW, comercializa baterias, motores de arranque e alternadores,
compressores de ar condicionado, ignição, iluminação,
sinalização de emergência, e gestão de motor. Isto para
além de toda a gama diesel em exclusivo para Portugal
da Delphi, bombas de água da Dolz, kits de rolamento de
roda, rolamentos de tensor e kits de distribuição da SKF,
e motores de arranque e alternadores da Prestolite.
A TRW dispõe de um armazém central Ibérico em
Lisboa com cerca de 5.000 m2, que tem a seu cargo a
distribuição para toda a península ibérica. Em termos de
funcionamento da empresa, subsistem duas estruturas
independentes, uma para o mercado português e outra
para o mercado espanhol, sendo, na realidade, duas
companhias distintas, uma vez que se tratam de mercados
que requerem soluções diferenciadas.
Como fabricante detém as marcas TRW e Lucas.
Como importador representa as marcas Delphi Diesel,
Prestolite, Holset, Dolz, SKF e, futuramente, a Goodyear
e a Mecafilter. n
Quinta extensão da gama
de direcção e suspensão
A TRW Automotive Aftermarket acaba de lançar
a quinta extensão deste ano na gama de direcção e
suspensão para veículos pesados, com a marca TRW
Proequip.
A extensão abrange um total de 78 peças e inclui:
20 barras longitudinais, seis tensores, três terminais de
direcção, uma articulação em V, uma rótula, uma porca
de alinhamento, 38 barras longitudinais XCAP e oito
terminais de direcção XCAP.
Desenvolvido no centro de investigação e desenvolvimento da TRW, em Dusseldorf, e patenteado por
20 anos, o XCAP é uma das inovações mais recentes
no design de componentes de direcção e suspensão.
O modelo XCAP tem entre outras qualidades o facto de
ser de menores dimensões do que os seus antecessores. Pode ser aplicado na maioria veículos comerciais
fabricados este ano, tendo, inclusivamente, 27 peças
Dezembro 2009
novas que foram lançadas para veículos pesados da
Mercedes.
A marca tem por ambição tornar-se um fornecedor
exclusivo de “módulos de eixo”. O conceito de “módulo
de eixo” da TRW Proequip abrange a travagem, a direcção e suspensão e os amortecedores, sendo proposta
como uma solução global de componentes de chassis
para todas as marcas de veículos pesados.
27
Actualidade
FROTA
Diversificação de fontes
de energia para veículos
analisadas em Lisboa
Por: Raquel Sales
No dia 26 de Novembro teve lugar em Lisboa o workshop “Diversificação de fontes de energia para veículos”, uma iniciativa conjunta da Iveco e da Lisboa e-nova
- Agência Municipal de Energia e Ambiente. No evento percebeu-se que sobre o futuro energético há ainda muitas incógnitas, mas dúvidas a parte, é preciso promover
fontes alternativas ao petróleo.
Iveco Daily Natural Power e EcoDaily Electric:
soluções reais
“N
o futuro próximo não me parece
que tenhamos uma única energia
como hoje temos o petróleo”. É esta
a opinião de Carlos Marques, especialista em
transportes e energia, que interveio por ocasião
do workshop “Diversificação de fontes de energia para veículos”, uma iniciativa promovida pela
Lisboa e-nova - Agência Municipal de Energia e
Ambiente e pela Iveco, que decorreu no passado
mês de Novembro, em Lisboa. “Pressente-se a
urgência de uma mudança profunda e radical,
quer do lado da oferta de energia e tecnologia,
quer do lado da procura”, sintetizou Carlos
Marques.
Eléctricos e GNC de costas voltadas?
Aliados aos híbridos, os veículos eléctricos e os veículos movidos a gás natural surgem como grande aposta
energética de mobilidade.
Jorge Figueiredo, da Associação Portuguesa do
Veículo a Gás Natural, defendeu que “o século XXI será o
século do gás natural (metano de origem fóssil ou não)”,
acrescentando que “deveríamos estar já a preparar esta
mudança para que a era pós petróleo seja suave”.
Para Figueiredo, deve-se avançar já para a solução
do gás natural graças a questões como a ecologia, a
redução de custos de exploração das frotas, os custos de
investimento tanto nas frotas como nos postos serem comportáveis. Além disso, quando se trata de veículos ligeiros,
pode-se aproveitar as renovações normais da frota,
substituindo as viaturas convencionais. Já os pesados,
podem ver os seus motores transformados. Actualmente,
os veículos a gás natural têm ainda pouco peso no nosso
país. Apenas 400 viaturas portuguesas usam gás natural.
Segundo José Figueiredo, são sobretudo autocarros e apenas 40 camiões (muitos dos quais de recolha de resídu-
28
os sólidos urbanos). O problema principal prende-se com
a falta de postos de abastecimento: só há 5 em operação
(Porto, Lisboa, Braga, Aveiro e Loures). Ainda assim, caso
haja interesse, a Associação Portuguesa do Veículo a Gás
Natural pode avaliar projectos com entidades que tenham
frotas de dimensão suficiente para justificar o desenvolvimento de postos de abastecimento ou com entidades que
tenham espaço para instalação desses mesmos postos. A
solução GNC é adequada para empresas cuja frota opere
num raio até 180km da sede da empresa.
Já Robert Stussi, da Associação Portuguesa do
Veículos Eléctrico, apontou os veículos eléctricos como
“resposta ecológica para a poluição”, constatando ainda
assim que é importante que as autarquias invistam na
formação de quadros nesta área. “As cidades precisam
de conhecer os veículos eléctricos”, concluiu. O papel da
educação também é importante, sendo extremamente útil
“ir às escolas ensinar as crianças a diferença entre um
automóvel amigo do ambiente e outro”.
No entanto, Carlos Marques lembrou que mesmo com
ganhos de eficiência energética, o carro eléctrico “não tem
emissão zero. Há que considerar de onde vem a energia
usada”.
Dezembro 2009
Se hoje existe uma clara dependência do petróleo, que
continuará a subir, e se as metas ambientais são casa vez
mais rígidas, torna-se então imperioso encontrar soluções.
Nesse âmbito, as próprias construtoras de automóveis
têm vindo a criar veículos alimentados a fontes de energia alternativas. O Daily Natural Power EEV e o EcoDaily
Electric são a nova oferta da Iveco. João Almeida e Rui
Alexandre, ambos da Iveco Portugal, e Fábio Nicora, responsável pelo projecto Daily, participaram no workshop e
falaram sobre os dois veículos. “A Iveco apresenta já uma
solução que é real”, afirmou João Almeida, director-geral
da Iveco Portugal.
O veículo a gás natural destaca-se, segundo Rui Alexandre, responsável pela área de vendas e marketing
da Iveco, pela “performance semelhante” a um diesel,
pelo “baixo nível de ruído e consumo, reduzido desgaste
do motor e pela homologação EEV”. Além disso, existe
facilidade de carroçamento e os depósitos de gás estão
exclusivamente aplicados sob o chassis. ”Sem dúvida é
uma garantia de futuro”. Já o eléctrico tem como grandes
vantagens, nas palavras de Fábio Nicora, a robustez, a
fiabilidade e o conforte de condução. A grande incógnita
surge quando se fala de custos com a electricidade. Nicora
deu o exemplo italiano, onde o custo do abastecimento é
de 3 euros por 100 km caso se faça o carregamento de
noite ou o dobro se for durante o dia. Mas não se podem
fazer paralelismos. Resta portanto esperar pela definição
de preços no nosso país.
Apoio do Governo precisa-se!
Os vários oradores reiteraram a importância do apoio
governamental, não só ao nível da procura, como também
da oferta. “É muito importante uma política de Estado”,
defendeu José Figueiredo.
Atendendo a que, como lembrou João Almeida, os
Dezembro 2009
custos operacionais dos combustíveis representam actualmente 30% dos custos operacionais dos veículos comerciais, todas estas questões são bastantes pertinentes.
No workshop ficou claro que marcas, empresas e
sector público estão preocupadas com toda esta problemática.
Iveco Ecodaily Electric: ecologia na cidade
O Iveco Ecodaily Electric é um veículo totalmente
eléctrico que utiliza baterias Zebra 25, as quais usam
a comprovada tecnologia NaNiCl2, baseada em sal e
níquel, são seladas e não produzem emissões gasosas.
A potência do motor é de 30 kW contínuos (60kW de pico)
para os modelos 35S e 40kW contínuos (80kW de pico)
para as versões 50C. A motorização é controlada por um
inversor DC/AC, que oferece uma condução sem esforço e
aumenta o raio de acção graças à recuperação da energia
da travagem. Quanto ao carregamento, este é feito através
de uma ficha normalizada trifásica 380V/32A que necessita de 8 horas para carregar na totalidade as baterias. A
autonomia oscila entre os 90 e os 130 km, dependendo do
número de baterias e da missão do veículo.
A caixa de velocidades é automática. O controlo do
veículo é assegurado pelo inversor de tracção cuja acção
está baseada na informação dada por sensores colocados
nos pedais de acelerador e travão, indicando quais as necessidades do condutor. O Daily Electric está preparado
para ultrapassar inclinações de 18 graus e possui uma
velocidade máxima de 70 km/h, podendo a mesma ser
calibrada para um valor mais baixo de forma a aumentar
a autonomia.
A capacidade de carga não é prejudicada pelas baterias que estão alojadas no compartimento do motor ou
entre as longarinas do chassis.
As preocupações ambientais não se resumem ao
uso de electricidade como forma de combustível, já que
mesmo no final de vida útil do veículo, a reciclagem
29
FROTA
Prova da ACMAN
O Iveco Ecodaily
Electric é um veículo
totalmente eléctrico
que utiliza baterias
Zebra 25, as quais
usam a comprovada
tecnologia NaNiCl2,
baseada em sal e
níquel, são seladas
e não produzem
emissões gasosas
não fica comprometida, já que as baterias Zebra são
totalmente reaproveitáveis.
Trata-se de um veículo desenhado, construído e vendido pela Iveco, o que traz vantagens no que concerne à
assistência. Está especialmente indicado para missões
urbanas, nomeadamente a distribuição porta-a-porta e o
transporte de passageiros, sendo a solução ideal sempre
que se exija emissões zero.
Iveco 3.0 Natural Power:
solução profissional para profissionais
O Ecodaily 3.0 Natural Power é alimentado a gás natural comprimido e o seu motor é tão silencioso como um
a gasolina. Com o motor GNC, o 3.0 Natural Power EEV
que debita 136 cavalos de potência, a emissão de NOx,
particularmente danoso para a vida humana, foi reduzido
para 0,5 gr/KWh, um quarto daquilo que é requerido pela
Directiva 2005/55 EC que estipula o máximo de 2,0 gr/
KWh. O sistema de combustível é duplo (o veículo incorpora um depósito de emergência de15 litros de gasolina),
tem injecção multiponto, a qual muda automaticamente
para a gasolina quando o metano acaba, evitando assim
o corte no motor.
É o veículo ideal para as cidades e para a distribuição
nocturna. Em Portugal, a Iveco vendeu já 52 unidades a
gás natural. n
Ecodaily: O desejo eléctrico
Conduzir um Iveco Ecodaily Electric é uma sensação
única. É como se, de um momento para o outro, entrássemos noutra dimensão sensorial, pelo silêncio da marcha do
veículo, apesar da ausência de ruído não ser total, porque
é sempre notório o som das engrenagens de transmissão
do motor eléctrico ao eixo tractor. Mas tudo se resume a
um leve zumbido, quase como o de um zangão em busca
da sua rainha.
Quanto às sensações de condução propriamente ditas, o resultado volta a ser surpreendente. A velocidade
desta primeira versão do Daily eléctrico está limitada a 70
km/hora, por uma questão de optimização das distâncias
percorridas entre ciclos de cargas das baterias. Mas o
que nós denominamos “binário”, esse está lá todo (faltou
conhecê-lo com a carga completa, é certo), para o habitual
prazer de condução, apenas perdendo uns “pozinhos” em
relação ao que nos habituou o “common rail” da versão
“normal” do furgão mais vendido do mundo.
Deve dizer-se que esta estranha sensação (que depois se entranha, como dizia o Pessoa publicitário) ainda
permanece pouco mais que… uma bandeira da marca.
Não que ela não seja apetecível, pelo contrário, é até ma-
30
ravilhosamente desejável, pelo que ela nos transmite de
futurologia, se não mesmo de ficção científica antecipada.
Já está à venda, mas o seu preço… “atira” para valores
impensáveis, de difícil, se não impossível amortização.
É que nem o melhor espírito romântico de Copenhaga
consegue convencer a razão dos números do balancete:
o custo de aquisição é o triplo da unidade equipada com
motor Diesel; cada bateria (estas são as norte-americanas
Zebra, mas isso é irrelevante, porque todas elas sofrem do
mesmo "mal"), que custa cerca de 12 mil euros, tem uma
duração de pouco mais de mil ciclos, isto é, a cada três
a quatro anos o Daily eléctrico necessitaráde três novas
baterias; acrescente-se à factura final a quase ausência
de incentivos fiscais, ao arrepio do que os governantes
não se cansam de anunciar.
Infelizmente para todos nós, que alegremente engolimos todos os dias vários quilos de partículas venenosas
provenientes dos motores de combustão interna, o Daily
eléctrico ainda vai ter que esperar, até ser vendido ao nível
do seu irmão Diesel. E isso é o que mais dói, depois de ser
ter conduzido um eléctrico.
Luís Filipe Duarte
Dezembro 2009
Ecodriverchallenge: o prazer
de conduzir a baixo custo
Por: Raquel Sales
N
o passado mês de Novembro
a ACMAN realizou a primeira
edição do “Ecodriverchallenge”,
uma prova que incide sobre o prazer de
conduzir a baixo custo. Dividida em duas
fases, a iniciativa começou por apurar
os três melhores condutores de cada
região. Segue-se uma fase que conta
apenas com os três melhores das provas
anteriores.
A acção decorreu nas instalações da ACMAN em
Viseu, Aveiro e Leiria. Participaram 72 condutores, representantes de 40 Empresas de transportes, que colocaram
em prática todos os seus conhecimentos profissionais na
condução de 2 veículos MAN, modelos TGX 18.400 4x2
BLS, equipados com caixas de velocidades automáticas e
restante equipamento de TIR, os quais tinham atrelados 2
semi-reboques da marca Montenegro com uma carga de
36 toneladas de peso bruto.
As condições das provas foram iguais para todos os
concorrentes e houve um acompanhamento constante
por parte de um elemento da MAN Portugal, que validou
os resultados.
Em comunicado, a ACMAN refere que se verificou uma
diferença de consumo entre os primeiros classificados
e os últimos, de cada local, em cerca de 10 litros, o que
mostra “a importância que o condutor apresenta numa
empresa de transportes, nomeadamente na redução de
combustível, para não falar nos restantes benefícios, como
por exemplo, o desgaste da viatura, uma condução mais
segura e melhoria do meio ambiente”.
Paralelamente, decorreram outras provas, onde os participantes puderam testar algumas das suas habilidades,
nomeadamente em jogos de matraquilhos, jogos tradicionais, braço de ferro, entre outros que proporcionaram
Dezembro 2009
momentos de lazer e diversão a todos os intervenientes.
Pode saber mais sobre esta prova em www.acmandriver.com. A segunda fase, onde se irão encontrar os
melhores classificados de cada local decorre nas instalações de Aveiro da ACMAN no próximo dia 23 de Janeiro
de 2010.
A A.C.MANutenção e Comércio de Veículos foi fundada em Maio de 2003 e é distribuidora oficial de veículos
da marca MAN. n
Nome
31
Empresa
Carlos Jorge Lopes dos Santos
Tp. Vila da Igreja
João Manuel Rodrigues Freitas
Cespa
Rui Figueiredo
TGF
Luis Paulo Martins Teixeira
MOM
Hugo José Tavares Coelho
TJA
Luis Ventura
TJA
António Manuel Lopes Lucas
Coop. Da Benedita
Fernando Pereira
Tp. Eleutério
José Comendinha
Tp. Coelho Mariano
Lançamento
Contacto
Por: Raquel Sales
A Ford Transit Connect
está mais atractiva!
Por: Raquel Sales
Rali Shamrock 2009
Por: Raquel Sales
MAN TGS de Elisabete Jacinto
termina em segundo lugar
A
Ford acaba de lançar no mercado português a nova Transit
Connect, um veículo desenvolvido de raiz para o segmento dos comerciais de pequena dimensão.
Pedro Paula Pinto, director de Veículos Comerciais da Ford Lusitana, destaca
o interior da nova Connect. "É no interior
que, efectivamente, se registam as evoluções mais significativas da nova Transit
Connect, completando um quadro virado para o utilizador
e que se aproxima, em muito, do dos nossos automóveis
de passageiros", afirma. "Destacam-se na nova geração
o conjunto composto pelo tablier, consola central e painel
de instrumentos que, combinado com inúmeros pequenos
detalhes, tornam o dia-a-dia de trabalho bastante mais
fácil aos condutores profissionais, garantindo-lhes ainda
elevados níveis de conforto, referenciais no segmento”.
Mas, no exterior também há novidades. A marca aliou
o design identificativo, através das alterações implementadas ao nível da grelha dianteira, capot, pára-choques e
faróis, aos padrões de durabilidade, funcionalidade e força
incomparáveis presentes no modelo.
A Rede de Concessionários Ford irá continuar a propor
o modelo em dois chassis – curto de tecto normal ou longo
de tecto alto. No capítulo das motorizações a aposta da
marca assenta no conceituado bloco Duratorq 1.8TDCi
com três níveis de potência: 75 cv com turbo de geometria
fixa e binário de 175 Nm às 1800 rpm; 90 cv com turbo
de geometria variável e binário de 220 Nm às 1750 rpm
(240 Nm em 'overboost'); e 110 cv com turbo de geometria
variável e binário de 250 Nm entre as 1500 e as 3200 rpm
(280 Nm em 'overboost').
O tamanho do compartimento de carga é outra das
mais valias desta viatura. Em comunicado, a marca esclarece que “o versátil compartimento de carga de ambas as
propostas – de 2,8 e 3,7 m3 respectivamente (método VDA)
– permite-lhes, em cada caso, o transporte de 625 ou 900
quilos de carga bruta. Importante é também o comprimento
de carga máximo, de 1.670 mm na variante curta e 1.830
mm na longa, e a largura de 1226 mm entre as cavas das
rodas, permitindo o transporte de Europaletes”. n
Ford evolui Tourneo Connect
Também a Tourneo foi alvo de melhorias. A Ford disponibiliza esta viatura em duas soluções distintas em termos
de lotação, ambas assentes apenas no nível de equipamento mais elevado, o Trend. A nova Tourneo Connect
apresenta-se, assim, numa proposta de chassis curto, com
capacidade para 5 ocupantes, equipada com a versão de
90 cv do motor Duratorq 1.8TDCi. Já a variante de chassis
longo permite uma maior lotação (8 passageiros, condutor
incluído) e está equipada com o mesmo bloco mas de
potência superior, o de 110 cv.
32
Ao nível de conteúdos, a Tourneo Connect conta com
as soluções empregues no correspondente furgão.
Este derivativo destina-se essencialmente ao transporte de passageiros, nomeadamente pequenos operadores turísticos e clientes particulares que com ela se
identifiquem. Apenas a área reservada aos passageiros
da Tourneo Connect é, naturalmente, diferente, apresentando também uma evolução nas soluções de conforto
face à anterior geração, permitindo ainda o transporte de
pequenos volumes na área reservada para a carga.
Dezembro 2009
E
lisabete Jacinto, aos comandos de um MAN TGS,
terminou o rali Shamrock 2009 em 2º lugar da
classificação geral dos camiões.
A piloto do Team Oleoban/MAN Portugal manteve ao
longo da prova uma animada luta com o checo Tomas
Tomecek, que conduzia um Tatra. Em terceiro lugar, ficou
3º Kovacs/Czegledi/Toth (Scania).
“Esta era uma prova de enorme importância para o
nosso projecto desportivo. Depois do acidente no Dakar,
que nos obrigou a refazer todos os planos que estavam
programados, tivemos a enorme felicidade de, em tão
pouco tempo, ter conseguido partir para um novo desfio e
este nosso MAN TGS teve aqui a sua estreia competitiva.
Não se podia por isso esperar que tudo estivesse perfeito,
mas saímos daqui com indicações muito precisas do que
há a fazer e com a certeza absoluta que a equipa está
substancialmente mais forte, que eu fiz bastantes progressos na condução e que o nosso camião tem um fabuloso
potencial”, afirmou a piloto.
Esta foi a primeira vez que a piloto esteve com o novo
camião nas dunas. Por ocasião da etapa inicial do rali de
Marrocos, Elisabete Jacinto não se mostrava ainda confiante, mas o resultado final acabou por mostrar a boa preparação da equipa e o excelente desempenho do camião.
“Foi a nossa estreia nas dunas com este novo MAN TGS e
de facto sinto que ainda tenho muito que aprender. Requer
Dezembro 2009
uma abordagem bastante diferente da exigida pelo M2000,
mas aprendi muito nestes quilómetros e alguns erros já
não voltarei a cometer”, declarou nessa altura.
O rali Shamrock, competição africana de todo o terreno,
realizou-se em Marrocos entre os dias 25 e 30 de Outubro.
Aberto a motos, quads, SSV, 4x4 e camiões, disputou-se
em torno da cidade marroquina de Zagora, tendo sido as
seis etapas realizadas em forma de “boucle”, um formato
já utilizado, com sucesso, em anos anteriores.
Para além do plano desportivo, Elisabete Jacinto considera que a participação nesta prova se assumiu como
a preparação mais indicada para o Africa Race, prova na
qual vai participar e que começa em território nacional.
“É excelente ter a prova a sair Portimão. Por um lado, em
termos logísticos, é muito mais fácil e podemos passar o
Natal tranquilamente em casa com as nossas famílias. Por
outro lado, sei que os portugueses são grandes entusiastas
dos desportos motorizados em geral e do todo-o-terreno
em particular. Será assim um grande prazer poder rodar
com meu camião no percurso que vai ser desenhado junto
à Marina de Portimão. Faço votos que esteja muita gente
a assistir pois, ter uma grande maratona a sair de Portugal
é sempre uma oportunidade muito exclusiva”, afirmou por
ocasião da cerimónia de apresentação. O Africa Eco Race
2010 terá início a 27 de Dezembro terminando no dia 10
de Janeiro no Lac Rose, em Dakar. n
33
33
Competição
FROTA
Notícias
FROTA
IRU distingue
motoristas exemplares
Comissão move acção
contra Portugal por infracções
na tarifação rodoviária
A IRU concedeu o seu prestigiado Diploma de Honra
a 1373 motoristas de 27 países (entre os quais 36 portugueses) graças à sua condução excelente e registos de
segurança. A distinção é atribuída a condutores internacionais que exerçam a condução de veículos comerciais
profissionalmente e de forma segura durante pelo menos
20 anos e com um mínimo de 1 milhão de quilómetros sem
ter causado algum acidente sério envolvendo danos corporais nos últimos 15 anos. Também não podem ter cometido
nenhuma infracção grave de trânsito, dos regulamentos
aduaneiros ou administrativos durante os últimos cinco
anos em qualquer dos países em que conduziu. n
A Comissão Europeia vai levar Portugal ao Tribunal de
Justiça por não-transposição para a legislação nacional
de regras comuns em matéria de imposição dos veículos
pesados de mercadorias.
Trata-se da Directiva “Eurovinheta”, que estabelece
regras comuns em matéria de portagens baseadas na
distância e de direitos baseados no tempo de utilização,
aplicáveis aos veículos de transporte de mercadorias (mais
de 3,5 toneladas) pela utilização de certas infra-estruturas.
A directiva deveria ter sido transporta para a legislação
nacional até 10 de Junho de 2008. n
CE apoia transportes públicos
mais “verdes”
em Inglaterra e Alemanha
IRU e WCO
promovem pacote
conjunto de e-Learning
A Comissão Europeia está a apoiar transportes públicos
mais verdes em Inglaterra e Alemanha. O objectivo principal
do sistema é reduzir as emissões de CO2 produzidas por
autocarros públicos, através da introdução do fundo "Green
Bus”. Autocarros capazes de atingir, pelo menos, uma redução de 30% nas emissões de CO2 em relação ao padrão,
podem candidatar-se para o regime de ajudas. O regime
não prevê qualquer tecnologia específica. Já no caso da
Alemanha, a Comissão aprovou auxílio para promover o
uso de autocarros híbridos, tendo em vista reduzir o impacto
ambiental do tráfego rodoviário. As ajudas directas serão
concedidas às empresas de transportes locais fornecendo
serviços de transporte público para a compra de autocarros
híbridos. n
A IRU - International Road Transport Union - e a
WCO - World Customs Organization - liberaram um pacote
global de aprendizagem à distância destinado a todos os
usuários TIR para harmonizar o conhecimento e a aplicação do regime TIR e melhorar o comércio internacional.
Este pacote de eLearning interactivo irá ajudar as autoridades aduaneiras e as associações TIR para se familiarizarem com os aspectos fundamentais do regime TIR.
Deverá contribuir para o bom funcionamento do regime melhorar os procedimentos de gestão de risco, bem
como facilitar a passagem das fronteiras e do comércio
internacional.
A língua escolhida foi o inglês e o francês, estando previsto para um futuro próximo a opção da língua russa. n
Segurança rodoviária é prioridade europeia
para os próximos dez anos
A Comissão Europeia realizou uma conferência sobre os resultados da consulta pública preparatória do programa de acção
europeu no domínio da segurança rodoviária para o período 2011 2020, onde mais de 400 participantes de origens diversas
debateram os problemas e o panorama actual da segurança rodoviária na União Europeia. Paralelamente, foi inaugurada
uma nova página do portal Europa consagrada à segurança
rodoviária, onde são apresentadas informações exaustivas
destinadas às várias categorias de utentes da estrada, e.g.
automobilistas, motociclistas, peões e ciclistas, recorrendo a
pictogramas e outros meios de leitura fácil da informação.
“A Europa não pode desleixar a segurança rodoviária: são
dezenas de milhar de vidas que estão em jogo todos os anos.
O programa de acção ajudar-nos-á a ser exigentes e determinados no combate aos acidentes de viação. Entre as suas
prioridades, figuram em lugar de destaque os acidentes nas
estradas rurais (60% do total de vítimas mortais) e os utentes
vulneráveis, como os peões, os ciclistas, os motociclistas e
os idosos”, declarou Antonio Tajani, responsável pela pasta
dos transportes, ao abrir a conferência. n
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Para não danificar a revista, pode fotocopiar este cupão
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