Descarregar Ficheiro - Ministério da Indústria
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poluição e aumento da capacidade. “Com a má- bonete que já está a comprar as nossas caixas”, quina que esperamos receber brevemente tere- acrescentou. mos capacidade para fazer todo o tipo de óleo Apesar da pouca procura, o mercado de cai- usado em motores e máquinas como o 15W40, xas de cartão canelado apresenta-se promis- 20W40, óleo de valvulina, óleo de travões e ou- sor e por isso mesmo Tanvir Tharadara e a sua tros”, justificou. equipa preparam-se para o futuro. “No próximo ano pretendemos aumentar a capacidade Outros projectos instalada da fábrica de papelão com a instala- A Lobia-aço mantém activas outras duas fábri- ção de uma nova linha de produção. O pólo es- cas no Pólo de Desenvolvimento Industrial da tá a ganhar novas fábricas, como as de bebi- Catumbela. No princípio do corrente ano foi das, cosméticos e detergentes e estes são po- inaugurada a fábrica de oxigénio. “Embora já ha- tenciais clientes. Estamo-nos a posicionar nes- ja fábrica de oxigénio aqui no Lobito, achamos se sentido”, concluiu. que há espaço no mercado e a concorrência é bem-vinda”, explicou o Administrador, dando conta depois que a fábrica tem capacidade para produzir 200 garrafas por hora. O oxigénio é destinado aos hospitais, às empresas de construção civil e oficinas. “Os nossos O rerrefino maiores consumidores são mesmo os da construção e oficinas mecânicas. Há pouca procura O rerrefino de óleo lubrificante usado ou contaminado por parte dos hospitais. As oficinas pequenas (oluc) é um processo industrial que transforma o óleo que fazem trabalhos de bate-chapa são nossos usado em óleo básico novamente, e evita que este clientes”, observou o nosso interlocutor. resíduo perigoso seja descartado no meio ambiente. A segunda fábrica detida pela empresa está Dessa forma, o óleo rerrefinado segue o caminho da vocacionada para a produção de cartão. A uni- sustentabilidade, fechando o ciclo de vida do produto, dade industrial produz caixas de cartão canela- que retorna ao mercado por meio de formuladoras de do, entre 10 e 20 mil por dia. A fábrica de caixas óleo lubrificante. é a segunda a nível de Benguela e fornece as caixas para as empresas de processamento de pes- Com o rerrefino, o país economiza divisas garantindo cado da Baía Farta. A matéria-prima provém dos a reposição do produto no mercado, poupando os Estados Unidos da América. recursos naturais e preservando o meio ambiente. Em Benguela há ainda pouco mercado para O rerrefino é importante para o desenvolvimento este tipo de produto, conforme relatou o nos- sustentável do país, pois devolve nobreza ao óleo so entrevistado. “As poucas indústrias que exis- mineral, que pode ser reutilizado infinitas vezes. tem ainda preferem importar as caixas de Portugal”, lamentou. “Mas nós garantimos a melhor Se descartado incorrectamente, o óleo lubrificante qualidade. Embora tenhamos esse constrangi- usado torna-se um grande poluidor ambiental: mento, temos contacto com algumas empresas de Luanda, nomeadamente uma fábrica de sa- ÁGUA: apenas um litro de óleo lubrificante usado pode contaminar mais de um milhão de litros de água, quantia que uma pessoa leva 14 anos para consumir. “No próximo ano pretendemos aumentar a capacidade instalada da fábrica de papelão com a instalação de uma nova linha de produção” SOLO: o óleo lubrificante usado descartado no solo pode contaminar os mananciais de água, recurso natural tão importante à sobrevivência humana. AR: a queima indiscriminada do óleo lubrificante usado gera gases tóxicos e pode provocar doenças graves e agravar o efeito estufa. Fonte: http://www.lwart.com.br/ Revista da Indústria 25 Grande Entrevista 26 Revista da Indústria José Severino “Neste momento é bem possível acelerar o crescimento industrial em dois dígitos” Líder da Associação Fala-se muito da AIA, mas, na Devemos ter em atenção os factores Industrial de Angola, realidade, as pessoas sabem pouco de correcção que, com certeza, foram José Severino é uma voz sobre ela. Conhecida como uma das sendo introduzidos com a nossa autorizada quando se fala associações mais influente do País, independência. A AIA sofreu uma de indústria no nosso País. há essa curiosidade em saber mais intervenção que levou à suspensão das Dirigiu projectos como a sobre a sua história? suas actividades. Não houve confisco, FATA, a Siderurgia Nacional, A AIA foi fundada em 1930, e ao até porque as associações não são e esteve ligado ao sector contrário de muitas pessoas que têm confiscadas, nem sequer foi confiscada das madeiras. Aliás, foi a percepção de que o passado deve a Filda. Apenas uma intervenção. nesse sector que, sob a sua ser passado, por algumas coisas, Em 1992, com a abertura do País à iniciativa, se experimentaram nós entendemos que não. Porque democracia, a classe empresarial, as primeiras privatizações, conhecíamos o espírito dos líderes sobretudo a do ramo industrial, numa altura em que se vivia da então Associação Industrial. Era entendeu que se devia profissionalizar em economia centralizada. um espírito independentista em o sector e com o beneplácito do Tão elogiador quanto conflito com o poder colonial e daí Executivo, principalmente na pessoa crítico quando necessário, ter havido, sobretudo a partir dos do então primeiro-ministro França sempre para a elevação anos 70, o crescimento de dois dígitos Van-Dúnem, a AIA foi reconstruída. e o engrandecimento de na nossa economia. Claro que não Angola, que diz defender foi só no sector industrial, mas o da Isso em 1992. mais que tudo. Na agricultura e das pescas também Assumimos a liderança com toda a entrevista que se segue, contribuíram para isso. Portanto, dinâmica para relançar a AIA a nível este angolano, natural das independentemente de estar sobre o nacional e tivemos, digamos, uma terras altas do Huambo, regime colonial e alguns problemas de nova percepção de que o País, cada vez comenta vários aspectos do gestão de recursos humanos, foi um mais, precisava das associações, fosse sector industrial, aponta período de crescimento acelerado, de a AIA, fossem as outras. Ajudámos até constrangimentos e sugere 1962 a 1974. a estimular a criação de associações provinciais no sentido de serem os soluções. Por: Celso Malavoloneke e Adriano de Sousa A sede era aqui em Luanda? interlocutores entre o poder local e Sim. Essa memória não deve a AIA. Por fim, estar mais ligada ao ser apagada, tanto é que muito poder central. E depois conseguimos recentemente o próprio Presidente que se criasse esse instrumento da República, Chefe do Executivo, importante que é o Conselho Nacional José Eduardo dos Santos, veio dizer de Concertação Social, uma proposta no Kwanza Norte, que nós temos que nossa. atingir, pelo menos, os níveis de 1974. Portanto, não devemos ter complexo. Não por ser da AIA, mas por outras razões, provavelmente por estar na Revista da Indústria 27 Grande Entrevista defesa do solo pátrio, por ter estado por ser a primeira empresa que O problema cambial, o acesso às divisas em negociações em Moscovo para fez privatização de gestão. Nunca era crítico. Portanto, havia uma série desobstaculizar a compra de materiais alienámos propriedade, fizemos sim a de constrangimentos que logo faziam do nosso lado – uma vez que a UNITA privatização de gestão. Porquê? Porque antever o colapso desta privatização. tinha os seus circuitos –, fui convidado tínhamos atingido um conglomerado pelo Presidente da República para ser tão grande que, na verdade, a direcção Será isso que terá levado a que a membro do Conselho da República. unipessoal (que era a minha) deixou indústria, até a poucos anos (2002- Talvez hoje seja o mais velho. Sua de ser eficiente e começamos a 2005), se tornasse numa sombra Excelência dá-me essa honra e essa descentralizar. Descentralizámos em daquilo que foi o boom da década de oportunidade de, a esse nível, poder Cabinda com uma Direcção Geral local, 60 e um pouco da década de 70? contribuir, o que facilita de certa fizemos contratos de gestão a nível Para além dos constrangimentos, maneira e dá uma certa agilidade ao das florestas, a nível dos transportes guerra e outros factores. Quanto a nós, papel da AIA, embora no Conselho da florestais e depois naquilo que era ainda houve muita pressão ideológica República esteja em nome individual. um processo difícil que vinha de uma sobre a gestão. A questão dos quadros, Portanto, lançámo-nos ao trabalho, falência não só técnica como financeira as pressões partidárias na gestão das fizemos o melhor possível, criando e e comercial, que foi a descentralização empresas não permitiram, mesmo com discutindo propostas. Foi uma dinâmica dos contratos de gestão nas 17 unidades a competência de alguns gestores, que da dialéctica, mas tentando ser sempre da Empromóvel. É evidente que não as coisas andassem no processo de didáctico e construtivo, exercitando foi fácil na altura implementar esses transição. uma política de não fechar portas. conceitos, mas sempre os prossegui. E mostrando a eficiência desta Doze anos depois da paz como é que Senhor presidente, ainda na fase descentralização de gestão foram caracteriza o sector industrial? Quais das memórias. Como foi a transição aparecendo outros contratos de gestão os pontos fortes e os pontos fracos? do sector industrial da economia no País. Mas, não foi fácil, nem política Um dos pontos estruturantes do planificada (1975- 1989) para a nem ideologicamente. relançamento da indústria foi ter a agricultura como base, logo condenamos abertura? Como se processou isso uma vez que foi alguém que esteve Então numa primeira fase o sector uma propensão muito actuante no muito envolvido? industrial prosseguiu um modelo. País que era a “petro-dolarmania”. Na Na minha educação política, apesar A privatização da gestão só vem nossa perspectiva, sempre defendemos de todo o apoio dado ao partido num depois? a produção nacional porque era a período de guerra e sempre solidário Depois houve alienação com a qual única forma de dar sustentabilidade com aquilo que eram as ideias eu não concordei porque não havia ao País, criar emprego, valorizar as nacionalistas de desenvolvimento do condições objectivas para esse nossas matérias-primas, substituir País, sempre fui dizendo que o modelo processo. importações. Este é um dos princípios que a AIA nunca abdicou, até com socialista não era o melhor para Angola, sempre com o devido respeito Estava-se a passar de oito para que o Presidente Agostinho Neto, o oitenta Presidente José Eduardo dos Santos e Sim, estávamos a passar de oito a outros órgãos e estruturas mereciam. oitenta. Houve colapso em Cabinda Dei também a minha colaboração porque se alienou a Panga-Panga, no SEF (Saneamento Económico e que era a “umbrella” que fazia a Financeiro). Curiosamente até era o assistência técnica e a administração. único indivíduo que não era militante Tirou-se esse guarda-chuva da Panga do partido. Panga de Cabinda. Não concordei com a alienação da propriedade sem Como é que o sector da indústria que estivessem criadas as condições migrou? objectivas, porque quem ia ficar Aqui conta um pouco a minha com as unidades não tinha recursos experiência pessoal, a minha financeiros, tinha muitas insuficiências vocação. Reconhecendo que o modelo de gestão e o ambiente económico não socialista não era o melhor para o era favorável. Nós estávamos numa desenvolvimento económico-social, fui economia altamente inflacional, não pondo em prática o meu pensamento havia recursos petrolíferos, o barril de na própria Panga-Panga, começando petróleo na altura estava a sete dólares. 28 Revista da Indústria «Em 1992, com a abertura do País à democracia, a classe empresarial, sobretudo a do ramo industrial, entendeu que se devia profissionalizar o sector» uma certa contundência, se é que isso Ministro José Pedro de Morais, que era – mas ainda não têm as condições se pode dizer. Com o advento da paz, homem da indústria. materiais ou estatutárias para se filiarem. São sete mil. Ao todo somos e havendo capacidades, agarramos nesse desiderato para pô-lo a funcionar Esses princípios eram? um conglomerado de 12 mil. moldando as políticas; tivemos Penalizar as importações onde Mas isso resultou muito da expansão discussões até difíceis em termos de houvesse alguma oferta e potencial dos nossos delegados provinciais. pauta aduaneira. Eu recordo que na de aceleração da produção nacional. Nós sempre tivemos a percepção que primeira reunião, a mais difícil, houve Foi essa pauta que, afinal, relançou a concertação social tinha de chegar uma cisão entre os dirigentes das o sector das bebidas, por exemplo, às províncias. Defendemos isso finanças e da AIA. e também alguns segmentos de de tal forma que hoje esse nosso materiais de construção. Agora, nesta ponto de vista está em discussão Porquê? pauta que entrou em vigor em 2013, na pessoa do titular do Ministério Porque havia conceitos absolutamente enfim, foi possível dar mais vento às da Administração do Território. antagónicos, com o devido respeito pelo nossas velas. Portanto, foi com José Então, temos delegados em todas senhor Ministro, mas pedimos para Pedro de Morais, em 2002, que esta as províncias e delegados interromper a reunião. E essa pauta, mudança começou. municipais em 111 municípios. continuação da deterioração do sector Isto teve algum impacto na estrutura Mas já há industriais a esta escala? industrial, porque fomos tidos como societária da AIA? Ou empresários que aspiram a esse fundamentalistas e os nossos princípios Teve porque galvanizou. Nós saímos estatuto? não aceites. de um agregado de 600/700 sócios para A AIA é transversal. digamos, foi um factor de desgraça e de cerca de cinco mil. Qual é, então, o escopro da AIA? Quais eram os princípios que vocês defendiam? Número que se mantém até agora? É que todas as empresas, no conceito Foram os princípios que depois vieram Sim, mas temos aderentes que são moderno de indústria, devem aplicados na pauta de 1997, com o aqueles que – não digo que hesitem pertencer a AIA. Revista da Indústria 29 Grande Entrevista Incluindo as empresas agrícolas? Estamos a falar em termos de Desde que estejam com vocação capacidade de empregabilidade, industrial, agro-indústria. Temos viabilidade, mobilidade de recursos. empresas, mesmo agrícolas, porque O sector de bebidas é o timoneiro, agricultura moderna empresarial é porque depois da pauta anterior uma indústria. Nós somos transversais ser lançada nós conseguimos, de com cerca de 40 segmentos: as novas três fábricas de cerveja, passar a tecnologias, as pescas, a manutenção, ter oito fábricas. Nos refrigerantes, mas continuamos a dizer sempre temos como referencial a Coca- que o industrial pode pertencer à Cola e a Refriango. Não são só estas AIA. Podem pertencer a associações duas, existem também fábricas de sectoriais, não há nenhuma sumos. Temos a parte da água com 45 conflitualidade porque o direito unidades. O sector de bebidas lidera. associativo é livre; pode pertencer «O País está a mexer-se mas é preciso que os sectores que podem exponenciar esse crescimento actuem com sentido patriota» a uma associação provincial mas se Qual é o sector que se segue? entender útil para a nossa perspectiva, O de materiais de construção, com para o papel que a gente desempenha, grandes input’s neste momento. Com o sobretudo na macroeconomia, também aparecimento das cimenteiras, temos são bem-vindos a sócios da AIA. a fileira de cimento, mas também, possível, utilizar as matérias-primas Temos ainda os aderentes, aqueles digamos, as fileiras do metal, como nacionais. que, tendo o espirito empresarial, não é o caso da siderurgia, os laminados podem ser marginalizados, porque de ferro, tubos e chapas, enfim. Já o Sucatas é que não faltam neste temos que trocar sinergias através terceiro é a agro-indústria, que está a país, com tanto material metálico da nossa base, que é a rede AIA NET. despontar. espalhado por causa da guerra. Até onde chega o seu conhecimento, Aqueles que estão organizados, todos os 14 mil, recebem todas as nossas O fornecimento de matéria- tem havido algum aproveitamento comunicações na rede AIA NET, prima é fundamental para o disso? recebem o Vector, nosso programa desenvolvimento óptimo da Tem e qualquer observador atento radiofónico. Enfim, recebem o nosso indústria. Como é que está Angola aos problemas de saneamento vai anuário e o nosso marketing. nesse capítulo? verificar que na cidade não há sucatas Há uma dependência grave em por causa das siderurgias que foram Se nós lhe pedíssemos para eleger relação às matérias-primas nacionais. montadas, as duas com capitais de os três maiores subsectores da Nós estamos a alertar os nossos indianos e angolanos. Estamos a Indústria quais elegeria? associados de que na próxima pauta, recolher sucatas. Estamos a falar em termos de provavelmente, algumas matérias- contribuição para o PIB? Estamos a primas deixarão de ter benefícios que recolhem e fazem a reciclagem falar de que dimensão? fiscais. Estamos a encorajar o “Angola do vidro e levam às nossas unidades Investe”, que é um bom instrumento de bebidas espirituosas. Por isso é que de promoção do desenvolvimento, a não há garrafas na rua. Se você viajar dar muitos mais benefícios, incluindo pelo País vai encontrar muitos sacos a lei do investimento privado, a quem empilhados. Não é carvão, são sacos de vai ao interior do País porque é lá garrafas. Também já há recolha do papel. «Não podemos continuar a fazer desenvolvimento industrial nas urbes nem em zonas económicas especiais periurbanas». 30 Revista da Indústria Temos também a função das senhoras onde estão os recursos. Temos a terceira maior reserva de Outro pressuposto fundamental terras aráveis de África, a terceira para a indústria é o fornecimento de maior reserva de água de África, as energia e água. Como é que estamos terceiras reservas hidroeléctricas nesta área? de África, um clima equatorial A energia ainda é um mediterrâneo e recursos minerais. constrangimento. O facto de o Portanto, para sermos uma indústria Executivo estar a investir, em base competitiva, em definitivo, com a orçamental, 100 mil barris de petróleo excepção de subsidiária no ramo por dia no sector é um bom sinal. químico, temos que, tanto quanto Recentemente o Chefe de Estado esteve a lançar a barragem do Laúca para ter seguido o exemplo do colono, que É uma questão de soberania. Não dois mil megawatts. elegeu o Kwanza-Norte, Dondo. É ali, é uma mera questão de querermos na verdade, onde deveria estar, pois que seja assim, é uma questão de São 100 mil barris de petróleo por lá encontram-se a energia, a água e as segurança alimentar, de racionalização dia que o Executivo destina ao matérias-primas. Portanto, julgamos e incorporação dos nossos recursos sector industrial, ou também para que neste momento é bem possível naturais. É uma questão de criação de energia e águas? acelerar o crescimento industrial em emprego, melhoria da nossa qualidade Para a energia e águas. No sector da dois dígitos. de vida e de ocupação do território, porque em geopolítica não há territórios água temos o projecto da “Água para Todos”, dirigido ao consumo, que é Num horizonte de quanto tempo? vazios. Repara que a Califórnia, nos EUA, muito importante. Mas o problema Até, pelo menos, 2025. A economia é ocupada pelos mexicanos passando fundamental é o da energia. Nós colonial cresceu dois dígitos de barreiras. observamos o investimento que o 1972 a 1974, não havia petróleo, Estado está a fazer e vê-se as novas novas tecnologias, nem cooperação Nós só somos 19 habitantes por subestações que estão a ser feitas em internacional, nem havia essa nossa quilómetro quadrado... Angola, vê-se a ampliação da Barragem vontade política indomável de fazer E somos 24 milhões de habitantes de Cambambe, a reabilitação da Matala, crescer o País como agora existe. contra os 100 milhões de vizinhos, mas Maú, Luachimo. Há investimentos no Poderá haver contradições mas essa de boa vizinhança (risos). Que, entanto, sector. Agora, não podemos é continuar vontade está espraiada em todos nós. têm a apetência de se apossarem dos a fazer desenvolvimento industrial nossos recursos naturais. Temos que nas urbes nem em zonas económicas Podemos dizer que o senhor ocupar o território e isso faz-se com especiais periurbanas. presidente está optimista quanto o crescimento da classe empresarial. A nossa zona económica especial, que ao futuro da indústria? Ela poderá Sempre dissemos que para combater é um investimento estrutural muito retomar o seu papel, constituindo a pilhagem do diamante é preciso grande, de alta qualidade, já não um contrapeso face à dependência que os angolanos sejam detentores deveria ter sido feita aqui. Devíamos em relação ao petróleo? dessa exploração e não só os grandes Revista da Indústria 31 Grande Entrevista concessionários multinacionais, porque eu defenderei o meu chão diamantífero a todo preço. Acredito que as pessoas que estão mobilizadas nas nossas orgulhosas Forças Armadas, TGFA e Polícia Nacional têm menos propensão a defender da mesma forma aquilo que não é deles directamente, embora sejam recursos naturais. Portanto, precisamos de fazer crescer o empresariado nacional; ainda estamos longe disso. Já agora, sobre os 25% do Orçamento Geral do Estado, também foi muito importante conseguirmos a lei das Micros, Pequenas e Médias empresas; precisamos de pôr este instrumento a avançar. Estamos a pedir que agora seja regulamentado como os 25% devem ser encaminhadas às micros, pequenas e médias empresas, quer no que toca às despesas do Orçamento Geral do Estado quer sobre as obras contratadas. As empresas que estão aí com grandes contratos têm de «A África do Sul cresce mais em riqueza substantiva do que nós a dois dígitos, tenhamos consciência disso. O nosso modus operandi industrial não pode ser o mesmo de economias já estruturadas» 32 Revista da Indústria subcontratar às micros, pequenas e a gente produz, a princípio, pode não porque com um clima equatorial não médias empresas nacionais 25% do ser o melhor mas é bom e nós temos que tem as mesmas condições competitivas valor das obras. gostar. na agricultura. E a agricultura é a A outra questão que se põe é o estruturação da indústria. O Congo tem Não acha que essas duas vertentes sector petrolífero. É preciso ser mais grandes recursos minerais, recursos que mencionou, nomeadamente, persuasivo perante a Sonangol e as florestais, recursos hidroelétricos, mas o deslocamento do eixo industrial multinacionais. Têm de incorporar não pode competir connosco a nível para áreas próximas dos recursos e mais serviços, mais bens de produção da agricultura, da agro-indústria e da das matérias-primas e esta questão nacional. Se todos amamos este País, se indústria transformadora. Por isso, é de também se potenciar as micros, o Estado, na vertente Forças Armadas, um mercado que está aí. Foi criada a pequenas e médias empresas Policia Nacional, Educação e Saúde, se comunidade das empresas exportadoras, industriais estão consubstanciadas esses sectores entenderem actuar com trabalhemos mais para ganharmos o naquilo que o Estado vê como pólos sentido patriótico sem perda das suas Congo e a Zâmbia. industriais? responsabilidades, Angola vai crescer a Afirmativo. Temos os pólos da Caála, dois dígitos e vamos ser um dos países O senhor presidente está a falar para Cabinda, Fútila, Catumbela, Lubango, mais competitivos de África. a revista institucional do Ministério da etc.. Mude-se a lei de investimento Indústria que é distribuída também privado porque os angolanos não têm entre os associados da AIA. Portanto, Já que é um conhecedor do campo, da um milhão de dólares. Nenhuma das não queria terminar esta entrevista cidade e da indústria, como vê esse micros, pequenas e médias empresas sem dar-lhe a oportunidade de triângulo? estrangeiras, que tenham know-how, que mandar uma mensagem para aos Um dos problemas que nós temos é tenha competência, virá para Angola seus colegas, companheiros de luta de a falta de infra-estruturas, o que não porque não têm disponibilidade de um muitos anos. pode pesar como custo directo do milhão de dólares e se o têm não virão O que eu quero dizer à classe empresarial investimento. Então, o Estado cria zonas para aqui. Porque repara: os EUA por 500 angolana de uma forma abrangente, para implantar os pólos, infra-estruturar, mil dólares dão visto de residência. sem sectarismos, é que todos nós temos preparar os terrenos, os solos, preparar A Lei Geral do Trabalho está a ser a responsabilidade de fazer este País o saneamento, a energia, a água e as mudada numa excelente concertação crescer, por ser um País competitivo, telecomunicações. Fundamentalmente com a tutela. Enfim, existem aí outras um País onde todos nos sintamos bem e são estes os custos mais importantes leis que o executivo está a implementar, que apresenta um horizonte promissor quando se quer implantar. Isto feito, o como a lei das cooperativas que é para os nossos filhos e netos. Os jovens, financiamento bancário será mais fácil. um instrumento extraordinário para os industriais, têm que ser aliciados Hoje, a dificuldade prende-se com os 30% fixar a população no campo, melhorar por nós a virem para as empresas que nós não conseguimos pôr. a qualidade de vida e termos mais na sua hora de ócio, em modelos produtos agrícolas. O País está a mexer- organizados. No processo que está agora se mas é preciso que os sectores que em curso encabeçado pelo Ministro da podem exponenciar esse crescimento Administração Pública, é importante, no Além disso tudo que já apontou, actuem com sentido patriótico. De outra caso do trabalhador-estudante, que o seu o que acha que ainda deveria ser forma nós vamos ter dificuldade em comportamento na empresa contribua feito com vista a galvanizar esse ser competitivos. Vamos ter dificuldade para a sua nota na escola. É caso para desenvolvimento que se quer que seja em integrar as ZCL, que é a Zona de dizer: abaixo a ociosidade, abaixo os uma certeza mais segura? Comércio Livre da SADC. Esse é um dos costumes de sociedades que já faliram Uma concertação social imperativa e não objectivos que a AIA defende, temos de e trabalhemos com espírito 24 sobre o rebuço da auscultação. A auscultação entrar na ZCL, mas para isso é preciso 24 horas, porque só assim é que nós é importante mas é preciso que aquilo crescer a dois dígitos pelo menos durante podemos ter um futuro risonho, de modo que seja concertado entre o Estado, o cinco anos. a eliminarmos a diferença abismal em «Temos de entrar na ZCL» termos de competitividade que temos, Executivo e as associações sejam de facto respostas para os problemas, isto a nível Estamos em desvantagem? por exemplo, com a África do Sul. Com central e local. A segunda questão é que Em séria desvantagem competitiva. Mas um índice de 4%, a África do Sul cresce o Estado tem de ser comprador daquilo temos um mercado de 200 milhões de mais em riqueza substantiva do que que nós produzimos e deixarmos de consumidores com uma vizinhança de nós a dois dígitos, tenhamos consciência veleidades de presunções da qualidade 60 milhões que é o Congo, com fronteira disso. O nosso modus operandi industrial, e podermos discutir preços e prazos de marítima, fronteira terreste e vias operativo, não pode ser o mesmo de entrega. A propósito de qualidade, o que fluviais. O Congo está à nossa disposição, economias já estruturadas. Revista da Indústria 33 gala Empenho e dedicação reconhecidos Ministério da Indústria homenageia mulheres do sector Angola está a lançar os alicerces para uma nova fase do desenvolvimento estrutural da indústria que irá permitir a substituição das importações por produtos nacionais. Contribuir para que esse desenvolvimento se efective deve ser uma alegria. E ser reconhecido por isso é um privilégio. 34 Revista da Indústria O Ministério da Indústria acaba de homenagear as mulheres angolanas que, durante décadas, têm dado tudo de si em prol do desenvolvimento do sector industrial nacional. Mais do que momento de confraternização e interacção, o Ministério, em parceria com a Associação Munakazi Mwene, realizou uma Gala denominada “Mulher Rainha”, que serviu de reconhecimento público do empenho e dedicação de cerca de 50 mulheres, todas homenageadas na cerimónia realizada na noite de 26 de Novembro. Na realidade, foi a 36ª edição do evento. Numa mensagem da Ministra da Indústria – lida pelo Secretário de Estado, Kiala Gabriel, sem adaptações nem alterações como o mesmo fez questão de realçar – ficou claro o sentimento de gratidão e a segurança de que o sector continuará a contar com mulheres como as que foram homenageadas. “Este é o reconhecimento da vossa e nossa luta, sobretudo no exemplo que dão. Nós, Ministério da Indústria, continuaremos a promover a elevação do papel da mulher na sociedade”, referiu Bernarda Martins no seu texto. Como já afirmamos, foram homenageadas cerca de 50 mulheres vindas de vários pontos do país. Senhoras que lidam com máquinas nas diferentes unidades fabris e aquelas que auxiliam o executivo no departamento ministerial responsável pelas indústrias. Por exemplo, da Textang II foram homenageadas Maria da Conceição Francisco, Maria da Luz Paixão e Arminda Maria. Vindas da Fabimor estiveram Maria Clotilde Guilherme, Inês Baltazar Manuel, Florencia dos Santos, Isabel Agostinho José Correia e Isabel Manuel Sebastião. A Bolama esteve representada por Amélia António Agostinho, Maria de Fátima Cabusso, Rosa Teresa Delgado, Rita Zeferino, Venância Bento de Oliveira e Ginoveva Ferreira da Costa. Muitas outras se seguiram. Em declarações à imprensa, Maria Filomena dos Santos, da província de Cabinda, uma das homenageadas, manifestou a sua satisfação pela organização do evento e o reconhecimento do seu trabalho durante anos em prol o desenvolvimento do país. “Muita coisa já mudou, antes havia muitas dificuldades para se trabalhar, ao contrário de hoje que existe maior abertura”, disse. Helma Bastos, funcionária do referido sector há 30 anos, agradeceu ao Ministério da Indústria por reconhecer o trabalho das mulheres, que muito se têm dedicado com o seu esforço para o crescimento da indústria angolana. Revista da Indústria 35 Em Foco Produção industrial com olhar na exportação Benguela prepara-se para ser referência regional Benguela pode orgulhar-se de ter um parque industrial nada modesto, em comparação com as demais províncias do país. A província das acácias rubras, com mais de 2,6 milhões de consumidores, é a segunda maior referência em termos de indústrias, perdendo apenas para Luanda. Mas ambiciona muito mais. A estratégia do governo local visa abastecer não só a circunscrição, mas também o mercado regional e internacional, o que, de certa forma, já está a ser feito. 36 Revista da Indústria B enguela localiza-se no litoral Lisboa (Portugal). Por tudo isso, o go- suas acções”, deu conta Abel Máquina centro de Angola e faz frontei- verno posiciona-se já no sentido de ala- Mussalo, Director provincial da Indús- ra com Kwanza Sul, Huambo, vancar a indústria e tornar Benguela um tria, Geologia e Minas. Huíla e Namibe, ocupando uma dos pontos de germinação do desenvol- área de 39 827 quilómetros quadrados. vimento industrial de Angola. Outras prioridades A capital da província situa-se a 530 Os sectores dos alimentos e bebi- quilómetros da capital do país, Luanda. das, agro-indústria e dos materiais de “Ainda a nível do governo local está em Possui infra-estruturas que a tornam construção são os considerados estra- curso um processo de ordenamento de uma espécie de entreposto para a re- tégicos, sendo por isso os que avançam território ou das zonas fundiárias, que gião centro-sul. com maior celeridade. No que se refere contemplam também talhões de 5 a 10 às bebidas, por exemplo, caminha-se já hectares para a implantação das indús- para a internacionalização. trias”, explicou o responsável. Entre as Entre as infra-estruturas conta-se o caminho-de-ferro de Benguela, que tem uma extensão de 1344 quilómetros e dá De acordo com os últimos pronun- zonas contempladas para a implemen- acesso à parte mais interior de Angola. ciamentos do responsável da cervejeira tação de indústrias constam Cubal, Baía Para lá de Luau, será ligado aos sistemas Soba Catumbela, Joaquim Reis Esteves, Farta, Catumbela e Lobito. ferroviários da República Democrática a empresa que dirige trabalha com o ob- O responsável máximo da pasta da do Congo e da Zâmbia. jectivo de estender as suas exportações indústria revelou ainda que no plano A ligação com o mundo pode ser feita para Moçambique e Guiné-Bissau. Ac- provincial de desenvolvimento há ex- por meio dos dois aeroportos (situados tualmente a cervejeira exporta trimes- pectativa de se implantar a indústria de em Benguela e Catumbela) e do Porto tralmente seis mil caixas de Cuca em processamento de massa de tomate, su- do Lobito. lata para São Tomé e Príncipe. mos de ananás e uma gráfica no Lobito. O porto dista em 1410 milhas de Cape Embora ainda não se possa falar em “Na zona económica especial do Lobito Town (África do Sul), 7537 milhas de exportações, outro sector visivelmen- a expectativa é de implantar uma indús- Nova York (EUA), 5127 milhas de Ams- te em ascensão é o da construção civil. tria têxtil, entre outras que fazem parte terdão (Holanda), 5050 milhas de Sou- Neste domínio, Benguela é autosufi- da nossa prioridade, conforme as orien- thampton (Inglaterra) e 4197 milhas de ciente, sobretudo em artigos como o tações do Ministério de tutela”, disse, cimento, blocos, tijolos e indústrias de acrescentando que as prioridades estão transformação de inertes. Províncias viradas para a indústria de materiais de como o Huambo, Huila e Bié também construção. Benguela é autosuficiente, sobretudo em artigos como o cimento, blocos, tijolos e indústrias de transformação de inertes beneficiam dessa produção, servindo Sendo Benguela uma província cos- de mercado preferencial do excedente teira, não quisemos terminar a conver- produzido. sa com Abel Mussalo sem abordarmos Como dissemos, Benguela ambicio- a questão das indústrias de processa- na mais. Pelo menos sete pólos de de- mento de peixe. O nosso interlocutor senvolvimento industrial e uma zona confessou que este sector ainda não económica especial serão erguidos até está tão desenvolvido quanto se deseja. 2017. “O governo provincial local já tem Contudo, salientou que este não está es- algumas iniciativas para o desenvolvi- quecido. “Quanto à indústria pesqueira mento da indústria em Benguela. Elas o Governo tem traçado algumas estraté- passam pela criação de algumas zonas gias para o seu desenvolvimento. Ainda para a implantação das indústrias e a não temos muitos dados para lhe forne- criação de condições favoráveis para o cer mas é um sector que também temos investidor privado desenvolverem as em atenção”, assegurou. Revista da Indústria 37 Em Foco Perfil do titular da pasta da Indústria na província “Às vezes gosto de fazer obras em casa” Em Benguela desde 2004, Abel Maquina Mussale tomou contacto com o sector em 2010 quando foi promovido a chefe de Departamento de Indústria, Geologia e Minas, vindo da Direcção Provincial de Energia e Águas. Não tardou muito para ser promovido para o cargo de Director provincial da Indústria, de Geologia e Minas. Nas linhas que se seguem o nosso interlocutor fala um pouco mais de si. Quem é o engenheiro Máquina? tudos. Fiz o mestrado em geologia na especialida- Fiz a formação em Cuba onde concluí o ensino de de prospecção de recursos minerais sólidos. superior. Frequentei a escola secundária na Em 2004, vim para Angola e fui logo chama- Ilha de Juventude, em Cuba, mais precisamen- do para concorrer em concursos públicos para te na escola nº 49. Depois de terminar os qua- poder ser então efectivo da função pública. tro anos nesta instituição, passei para a escola Cheguei a Benguela em 2004 e fui colocado na nº 24 na mesma ilha, na altura uma escola Direcção Provincial de Energia e Água onde tra- pré-universitária e quando terminei fui para a balhei durante três anos. Universidade de Moa, onde fiz formação em engenharia de minas. Depois de concluído o curso ganhei uma oferta do próprio instituto para poder prosseguir os es- 38 Revista da Indústria É casado? Não sou casado, vivo maritalmente e tenho três filhos. Investir em Benguela Em média dois pedidos de licenciamento B.I. de indústrias são recebidos pela Direcção Abel Máquina Mussalo é o meu nome. Nasci no de Indústria, Geologia e Minas da província. dia 5 de Janeiro de 1975 na comuna de Calunda, Na sua maioria são cidadãos nacionais, que município do Alto Zambeze, província do Moxi- escolhem preferenciamente o sector alimentar co. Ainda sobre o meu perfil como profissional e das bebidas. Nesta edição, apresentamos acrescento que sou professor colaborador na um pequeno guia para auxiliar quem também Universidade de Katyavala Bwila e no Instituto pretender investir em Benguela. Superior de Saúde, aqui em Benguela. Que documentos deve o investidor reunir? O que faz nos tempos livres? Requerimento dirigido ao Director Provincial Dedico-me ao trabalho, quase que não tenho tem- da Indústria, Geologia e Minas; po livre. Mas também arranjo tempo para brincar Número de contribuinte; com as crianças no jardim. Às vezes gosto de fazer Estatuto da sociedade; obras em casa, mexo na electricidade, troco toma- Projecto a ser implementado; das, e, por vezes, faço pintura, entre outros. Gosto Fotocópia do Bilhete de Identidade do responsável; de dar atenção à casa. Declaração da zona; Planta de localização da área a implantar a indústria; Gosta de desporto? Cópia da Certidão do Registo Comercial; Sim. Documento legal que atesta o compromisso de posse das instalações; Título de propriedade, reconhecido pelo notário. Dedico-me ao trabalho, quase que não tenho tempo livre. Mas também arranjo tempo para brincar com as crianças no jardim Onde se dirigir? Dirige-se à Direcção Provincial da Indústria, Geologia e Minas. Quais os prazos? Menos de três dias (recepção do processo, despacho, inserção dos dados no sistema, ordem de pagamento, emissão do Alvará e assinatura). Tramitação O que mais aprecia? Após a entrega de toda a documentação acima O que mais aprecio é o futebol, a modalidade referida, existe um formulário a preencher que mais atrai o mundo. pela entidade coordenadora e pela empresa requerente. Faz-se a inserção de dados no Pratica? sistema de cadastramento informático e depois Já pratiquei, mas quando fui estudante; prati- sai a ordem de pagamento. O requerente quei futebol e aquele carinho ficou. dirige-se aos serviços de Finanças e efectua o respectivo pagamento. Feito isso, segue-se É o tipo de adepto que veste a camisola e a impressão do Alvará provisório em função vai para o campo ou limita-se a ver em casa do valor de investimento. com amigos e umas cervejinhas? Sou adepto que só vê os jogos em casa com amigos. Revista da Indústria 39 Em Foco Samuel Orlando do Amaral, PCA do Pólo de Desenvolvimento Industrial da Catumbela A primeira fase de implementação do Pólo de Desenvolvimento Industrial da Catumbela compreende o eixo LobitoCatumbela com uma dimensão de 272 hectares aproximadamente. Tem já em funcionamento 23 empresas e na segunda fase, na área do Luongo, está reservado um espaço de 1835 hectares. Alí já funcionam as indústrias de tanques plásticos, indústrias de colchões, fraldas e do ramo alimentar. No que diz respeito à construção civil, produzem-se tijolos, blocos e betumes. No total a produção ronda as 1228 toneladas/mês aproximadamente. Todavia, os constrangimentos ainda estão bem patentes no dia-a-dia dos investidores. Samuel Orlando do Amaral, PCA do Polo de Desenvolvimento Industrial da Catumbela, fala-nos um pouco mais da infra-estrutura. “Nós estamos geralmente divididos entre muita alegria e alguma tristeza” Qual o estado actual do Pólo Industrial da e energia para toda a área, que são os factores Catumbela? principais para o desenvolvimento da indústria. Não diria que vai de vento em popa mas tem havido grandes esforços no sentido de se ir me- E quanto ao resto? lhorando, fundamentalmente no que diz respeito O resto vem a reboque. Falo do saneamento, que às infra-estruturas, que são necessárias. Um dos são os “finalmente”. Nós estamos numa área em principais problemas prende-se exactamente que precisamos que as águas escorram à vonta- com as infra-estruturas. Há dificuldades de vária de porque uma parte é montanhosa, e a outra ordem, mas com alguma persistência e alguma alagadiça. Tudo foi identificado e será atacado. paciência vamos ultrapassando os obstáculos. Já 40 Revista da Indústria temos grande parte das vias estruturantes aber- Apesar de todos os constrangimentos, há já in- tas, o que tem facilitado em grande medida a dústrias a funcionarem adequadamente no pólo? implantação dos industriais. Temos ainda grande Para a primeira fase, entre a Catumbela e Lobito, dificuldade em assegurar a distribuição de água onde os constrangimentos não são relevantes, já te- mos algumas indústrias com algum peso na nossa Para além do know how que trazem, os estran- economia. A outra fase é um bocadinho mais com- geiros têm a facilidade de encontrar financia- plicada porque é uma zona montanhosa e o traba- mento. Não estou a dizer que é culpa dos ban- lho de implantação é mais difícil. Neste momento já cos. Talvez porque não temos conseguido dar contamos com cerca de 20 empresas. Pelas nossas aos bancos garantias sólidas. Ouvimos relatos contas, até ao fim do ano mais 10 empresas iniciarão de pessoas que recebem os créditos e não apli- actividade, o que significa que estamos a andar. cam nas áreas destinadas. Fale-nos um pouco das indústrias já estabe- Até onde vai a responsabilidade da direcção lecidas no pólo? do pólo na relação com os empresários? Tem São indústrias do sector da construção civil, fun- a ver apenas com a criação de condições de damentalmente, empresas como a EBM, que implementação das fábricas ou actua até na faz tratamento de betão. Temos também algu- divulgação e marketing das marcas? Temos interagido bem com os empresários, cumprindo ao máximo com as nossas responsabili- “Temos ainda grande dificuldade em assegurar a distribuição de água e energia para toda a área, que são os factores principais para o desenvolvimento da indústria” dades. Por outro lado, tem havido por parte dos órgãos de informação alguma divulgação. Nós, direcção do pólo, à nossa maneira (através do nosso site), temos divulgado as indústrias e agora a Revista do Ministério da Indústria vem reforçar o nosso trabalho como sendo mais um veículo. Benguela tem o segundo maior parque industrial do país e o Pólo de Desenvolvimento Industrial da Catumbela tem preponderância neste domínio. Qual é o seu sentimento ao constatar isso? Nós estamos geralmente divididos entre muita alegria e, às vezes, alguma tristeza. Alegria por- mas indústrias alimentares (bolachas, bolos e que algo está a ser feito em prol do desenvolvi- bebidas espirituosas). Temos ainda indústrias mento do país e da elevação da economia na- ligeiras como as de pequenas empresas de con- cional. Mas, por outro lado, com alguma tristeza fecções de vestuários para bebés. Há ainda in- porque esse avanço não está a ser tão rápido dústrias de plásticos e colchões. como gostaríamos por causa das dificuldades que já apontei. A produção já satisfaz? Consegue cobrir o mercado de Benguela? Perspectivas? Há uma indústria que tem o seu produto em qua- Para a área que já foi determinada e que tem sido se todas as bombas de combustível, não sei como. distribuída aos investidores irão encontrar cada Nessas bombas de combustível encontramos vez melhores condições de exploração. Nós esta- umas bolachas que são fabricadas na Catumbela. É mos um pouco preocupados com a expansão do sinal de que, apesar de tudo, o nosso produto está próprio pólo. Na Catumbela nem chegamos a mil a chegar longe. Sem falar doutros, como por exem- hectares e a procura para Benguela é bastante plo a empresa de betumes, que tem abastecido grande por causa dos grandes investimentos que muitas unidades industriais que produzem asfalto. a província vai receber. Estamos a tratar junto do Governo como encontrarmos soluções para um Em visita ao pólo reparamos a presença sig- pólo industrial maior e onde a forma de actuação nificativa de estrangeiros. Que tipo de incen- não seja idêntica ao do pólo actual. tivos há para o empresariado local? Temos a visão de cerca de três mil hectares O grande problema prende-se, a meu ver, com a para a área do Biopio. Ali sim, poderemos ter possibilidade dos bancos concederem créditos. áreas suficientemente grandes. Revista da Indústria 41 Boas Nossapráticas gente Torrefacção de farinha de mandioca A mandioca é uma das fontes de hidratos de carbono mais cultivadas mundialmente. Para além de se poder melhorar as variedades, para aumentar o rendimento, também se deverá aumentar o rendimento da sua transformação para diminuir o tempo despendido pela população. Produtos Finais Tradicionais • Folhas verdes como acompanhamento Fluxograma da torrefação de farinha de mandioca • Bombó – tubérculo ralado e fermentado • Farinha Rústica – Tubérculo ralado e torrado • Mandioca – Farinha refinada Farinha de mandioca Produtos Finais Não Tradicionais • Extracção de amido • Refeições prontas à base de mandioca • Folhas cozidas em lata Torrefacção • Alimentação Animal Unidades Ruralizadas de pequena dimensão • Unidade de fermentação de bebidas alcoólicas • Produção de farinha/sêmola rústica com embalamento manual Enchimento em sacos Unidades de média dimensão • Unidade conservação em lata das folhas • Unidade de limpeza, farinação e embalamento de farinha refinada • Unidade de fermentação e destilação de bebidas alcoólicas 42 Revista da Indústria Farinha Torrada Nossa gente Paixão João Baptista “Os colegas são a minha família” Por pouco seria quadro da transportadora aérea nacional, TAAG. Na altura em que Paixão Baptista se candidatou a uma vaga no MIND, fez a petição em outras duas empresas, mas foi no Ministério da Indústria que a figura escolhida para “Nossa Gente” desta edição recebeu o primeiro parecer favorável de emprego. “N “Senhor Paixão”, como é carinhosamente tratado, conta que no seu dia-a-dia o trabalho ocupa a maior parte do tempo. E, não deixa dúvidas, desempenha as suas tarefas com responsabilidade, sem grandes constrangimentos. “Há mais agitação quando um carro protocolar avaria. Nessas situações eu entro em contacto com o Ministério dos Transportes que prontamente disponibiliza uma viatura. o passado não havia concur- chefe dos Transportes, cargo que exerce Entrego a nova viatura ao beneficiário sos públicos. As admissões há mais de nove anos. enquanto que a avariada vai para o conserto”, explica. eram na base de recomenda- Dos tempos antigos, sente saudades ções. Depois de um teste de aptidão fui ad- do refeitório e da loja da cooperativa dos Além dos transportes, Paixão Baptista mitido”, lembra o nosso interlocutor, filho trabalhadores, onde se vendiam todos os cuida dos serviços de comunicação, no- das terras do Gulungo Alto, Província do produtos da indústria nacional e não só. meadamente o carregamento de saldo Kwanza Norte. “Para falar a verdade, nós não nos preo- dos telemóveis de alguns funcionários. Paixão João Baptista, de nome com- cupávamos com os salários. Perdemos a A sua secção tem um mecânico e três pleto, é quadro do Ministério da Indús- cooperativa mas ganhamos o cartão Kero. motoristas que tratam do transporte do tria desde 1983, tendo exercido primei- Portanto, não há razões de queixas”, lem- pessoal. ramente o cargo de chefe de Secção de bra nostálgico, mas com sorriso no rosto. Estatística. Liderou ainda a Secção de Conhecedor da “casa”, uma vez que Compras e, de seguida, foi conduzido a passou por várias áreas, Paixão Baptista A figura revela que tem boas relações de traba- Nome: Paixão João Baptista lho com os seus superiores hierárquicos Naturalidade: Kuanza Norte, município Gulungo Alto e colegas, os quais, aliás, considera como Data de Nascimento: 29 de Março de 1958 família. “Sou considerado um bom chefe Estado civil: Casado de família e a relação que tenho com a Filhos: 5 minha família é a mesma que tenho aqui Prato preferido: Arroz com bife e batata frita com os colegas”, expõe. “Ninguém se quei- Desporto: Futebol xa de mim, até porque na função que de- Bebida: Sumo sempenho não dá para me manter fecha- Tempos livre: Ler e ver TV “A relação que tenho com a minha família é a mesma que tenho aqui com os colegas” do ou tímido com os colegas”, diz adiante. Revista da Indústria 43 aniversários Os aniversariantes do trimestre Entre o último número da revista Indústria e a edição que o caro leitor tem em mãos muita coisa aconteceu. Uma delas prende-se com a celebração da vida por parte daqueles que fazem aniversário e de seus entes queridos. A data do nascimento é sempre motivo de registo, tal fazemos nestas páginas em relação a alguns dos aniversariantes do trimestre que abrange esta edição. A ugusto Vladimir Dias dos Santos, candidatos e, felizmente, bem sucedido. natural de Luanda, goza de Exerce a categoria de arquivista principal um privilégio impar entre os no Gabinete da Ministra da Indústria. quadros do Ministério da Indústria: Tramitação documental, arquivo e o estatuto de funcionário mais novo. secretariado são actividades recorrentes Com apenas 25 anos, ele faz parte no seu dia-a-dia. A primeira lição que dessa grande família, há menos de dois aprendeu à luz da convivência com anos, com a qual diz já ter aprendido os colegas é alimentar boas relações muito. Nestas linhas de celebração, humanas. “Uma coisa que encaro, cá no destacamos o jovem, morador do Hoji- Ministério da Indústria, como prioridade ya-Henda, para quem ser o mais novo é respeitar o próximo e ‘beber’ da não acrescenta vantagem nem constitui experiência. As relações humanas são desvantagem. muito importantes, assim como pedir Facto é que todos os seus colegas mais velhos merecem dele todo o carinho e a educação dos pais. Por isso trataria caso a situação fosse oposta. diz ter tido uma infância muito simples. Ser o mais novo também não dá azo “Como era muito gago raramente para se sentir no direito de receber falava. Passava a maior parte do tempo mais mimos e ser o mais acarinhado. brincando sozinho”, revela. No ensino médio fez dois cursos: ou de ser mais novo ou mais velho, Contabilidade e Gestão e Ciências mas sim na base do profissionalismo”, Sociais. Agora, na universidade, está afirma. a seguir o curso de Direito (terceiro Augusto Vladimir entrou para o Revista da Indústria Na infância sempre teve presente o respeito. Trata-os do mesmo jeito que “Não encaro as coisas na visão do mimo 44 conselhos, ser gentil e por aí fora”, diz. ano). Noivo, espera o nascimento do Ministério da Indústria a partir de uma primeiro filho, um rapaz. Augusto solicitação de quadros, há cerca de celebrou os seus 25 anos no dia 1 de um ano e meio. Foi um dos muitos Dezembro. A voz da experiência É tímida, simples e sem reservas. Preza o bom relacionamento com os colegas e é, sobretudo, diligente no trabalho. Olímpia da Silva Almeida, funcionária do Gabinete dos Recursos Humanos, Parabéns (Ministra) Bernarda Martins O dia 19 de Novembro é uma data especial para uma ilustre figura da casa. É o dia de aniversário da Engenheira Bernarda Gonçalves Martins, Ministra da Indústria de Angola. Por coincidir com a véspera da realização da Expoindústria, entrou no Ministério da Indústria a 13 o colectivo de trabalhadores e colaboradores aproveitou a de Junho de 1977. Exerceu as primeiras oportunidade para a felicitar. Até cantaram em uníssono os funções na ex-Direcção Nacional da “Parabéns”, performance perfeita, salvo um pequeno reparo Indústria Alimentar onde trabalhou quando afirmou: “Obrigado, mas quem fez aniversário é a com personalidades como Justino Bernarda e não a Ministra”, corrigiu em tom descontraído. Fernandes. Na altura exercia as funções de escriturária dactilógrafa. Um dos momentos mais marcantes Formada em Engenharia Química pela Universidade Agostinho Neto desde 1981, fez quase toda a sua carreira profissional no Ministério da Indústria até 1992, quando foi da sua presença do Ministério da eleita Deputada à Assembleia Nacional pelo círculo Nacional Indústria foi quando trabalhou com a do partido MPLA. Exerceu o cargo até 1 de Outubro de 2012, actual Ministra no Gabinete Técnico, sendo depois nomeada Ministra da Indústria por decreto área que Bernarda Martins dirigia Presidencial. na altura. “Enquanto trabalhámos Natural de Malanje, Bernarda Martins exerceu as funções directamente sempre tive bom de Directora Nacional da Indústria do Ministério da Indústria, relacionamento com a Srª Ministra e ela Antena do CDI – ACP/CEE –, Directora Nacional do Gabinete até hoje se lembra de mim”, recorda Técnico do Ministério da Indústria, Directora Nacional da Olimpia Almeida, que fez 61 anos no dia Indústria Pesada, assim como de Directora do Gabinete de 23 de Outubro. Engenharia e Projectos Industriais. Revista da Indústria 45 Lazer Receitas Mousse de maracujá Ingredientes • 1 lata de leite condensado • 150 ml de suco de maracujá • 1 lata de creme de leite • 1 envelope de gelatina incolor sem sabor • 5 claras de ovo em neve • 5 colheres (sopa) de água Tagine de Frango com Pera Caramelizada Ingredientes: • 2 cebolas • 7 colheres (sopa) de azeite de oliva • 1 frango cortado em pedaços • 1 colher (chá) de açafrão • 1 colher (chá) de cominho em pó • 1 colher (chá) de coentro em pó • 1 colher (chá) de sal • 2-3 paus de canela • 2 folhas de louro esmagadas • 1 maço de coentro picado • 2 colheres (sopa) de gengibre picado • 1/2 xícara de água • 30 g de manteiga • 2 peras fatiadas, sem casca e sem sementes • 2 colheres (sopa) de mel Preparação: Preaquecer o forno em temperatura média (180˚C). Descascar e fatiar as cebolas e refogar por 2 minutos com 2 colheres de sopa de azeite até ficarem macias. Transferir para o fundo de uma panela de tagine e colocar os pedaços de frango por cima. Misturar o açafrão, o cominho, o coentro em pó e o sal numa tigela e juntar o restante do azeite. Misturar bem e pincelar sobre o frango. Em seguida, colocar a canela e polvilhar o louro esmagado, o coentro fresco picado e o gengibre sobre o frango. Despejar a água por cima, tapar e levar ao forno por 50 minutos. Derreter a manteiga numa panela e juntar a pera e o mel. Cozinhar por 5 minutos ou até caramelizar bem a pera. Retirar o frango do forno, misturar a pera e voltar ao forno por mais 10 minutos antes de servir. 46 Revista da Indústria Preparação: Bata as claras de ovos em neve e separe. Hidrate a gelatina na água e depois dissolva em banho-maria. Bata o leite condensado, o suco e o creme de leite no liquidificador, em seguida ainda batendo coloque a gelatina dissolvida. Junte a mistura batida no liquidificador com as claras em neve. Coloque em taças e leve ao congelador por 10 minutos, depois coloque na geladeira. Decore com sementes de maracujá. Rendimento: 6 porções Palavras cruzadas 29 - Embora seja uma festa em que estas ficam muito felizes com a quantidade de presentes que recebem, é bom que não te esqueças que, infelizmente, existem muitas que não têm a mesma sorte. 31 - Árvore que, habitualmente, se enfeita pela altura do Natal. 33 - Nas férias do Natal as crianças não vão à ... 34 - Indicou aos Reis Magos o caminho para o local onde estava o Menino Jesus. 35 - Estas, estão dentro do saco do Pai Natal. 39 - Rei Mago representante da raça branca (europeia) e que ofereceu ouro ao Menino Jesus. 41 - Personagens da narrativa cristã que visitaram Jesus após seu nascimento (Evangelho de Mateus). 42 - Mãe de Jesus. 43 - Meio de transporte do Pai Natal. 7 8 9 10 11 12 13 14 16 15 17 18 19 20 23 22 21 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 40 39 41 42 43 HORIZONTAIS: 3 - Celebração do nascimento do Jesus Cristo. 6 - Um dos pratos tradicionais da época natalícia. 9 - Está nas palhinhas deitado e o seu nome significa “Javé é salvação”, em hebraico. 11 - Missa do ( ... ), missa celebrada à meia-noite, na passagem do dia 24 para o dia 25 de Dezembro. 12 - Cidade onde nasceu Jesus Cristo. 13 - Cidade de onde partiram Maria e José. 14 - Ceia em família, na noite de Natal. 18 - Rei Mago representante da raça negra (africana) e que ofereceu mirra ao Menino Jesus. 23 - Representação do local do nascimento de Jesus Cristo. 25 - Animal e uma das figuras do Presépio. 26 - O Pai Natal desce por ela e há quem coloque junto dela um sapatinho na Noite de Natal. 27- Calendário do ( ... ), calendário que prepara a chegada do Natal com 24 janelas, numeradas de 1 a 24, as quais escondem no seu interior uma pequena surpresa, vulgarmente, um pequeno chocolate. VERTICAIS: 1 - Dia festivo da Igreja Católica, consagrado à comemoração da adoração dos Reis Magos a Jesus e da Sua aparição aos gentios. 2 - Sinónimo de PRENDAS. 4 - Anunciou aos pastores o nascimento de Jesus Cristo. 5 - Carpinteiro e marido da mãe de Jesus. 7 - É apanhado nas zonas húmidas da floresta e é um dos elementos do presépio tradicional português. 8 - Um dos pratos tradicionais da época natalícia. 10 - O Rei que queria matar o Jesus Cristo. 15 - Mês em que se celebra o Natal. 16 - O Menino Jesus està nelas deitado. 17 - Como diz a canção, a Noite de Natal é uma Noite de ... 19 - Outro nome para Fatias Douradas, um dos doces tradicionais do Natal. 20 - ( ... ) de Natal, manda a tradição que seja montada no dia 1 de Dezembro. 21- Sinónimo de CRENÇA. 22 - Rei Mago representante da raça amarela (asiática) e que ofereceu incenso ao Menino Jesus. 24 - Antigamente, na Noite de Natal, todas as crianças colocavam-no junto à chaminé, no dia seguinte, quando acordavam, tinham os presentes junto dele. 28 - O Natal é uma festa para ser comemorada em ... 30 - Brilham, piscam e enfeitam a Arvore de Natal e as ruas das localidades. 31- Estavam nos campos a cuidar das ovelhas e tiveram a missão de espalhar a notícia do nascimento de Jesus Cristo. 32 - Puxam o trenó do Pai Natal. 36 - O nome do Pai Natal. 37 - Massa de farinha batida com ovos, frita e polvilhada com açúcar, um dos doces tradicionais do Natal. 38 - Animal e uma das figuras do Presépio. 40 - Bolo - ( ... ), confeccionado com frutas secas e cristalizadas, assim chamado por ser típico da quadra do Natal até ao dia de Reis. 41 - Também há quem pendure uma ( ... ) junto da chaminé ou Árvore para que no dia seguinte esteja cheia de presentes. Respostas PRENDAS PRESENTES PRESÉPIO RABANADAS REI RENAS SAPATINHO TRENÓ VACA 6 MUSGO NATAL NAZARÉ NICOLAU PALHINHAS PASTORES PAZ PERU PINHEIRO 5 GASPAR HERODES JESUS JOSÉ LUZES MAGOS MARIA MEIA MELCHIOR ou BELCHIOR 4 3 CRIANÇAS DEZEMBRO EPIFANIA ESCOLA ESTRELA FAMÍLIA FÉ FILHÓ GALO 2 ADVENTO ANJO ÁRVORE BACALHAU BALTASAR ou BALTAZAR BELÉM BURRO CHAMINÉ CONSOADA 1 Revista da Indústria 47 Página final E aqui estamos de novo! O prometido é devido. E é por isso mesmo que o(a) caro(a) colega tem em mãos, e nos prazos devidos, este segundo exemplar da nossa e vossa Revista “INDÚSTRIA”. Se por um lado, as coisas vão, a cada número, ficando mais fáceis – os processos de trabalho vão-se afinando e automatizando – por outro lado, os desafios por uma qualidade cada vez maior avolumam-se. Porque, os elogios e as palavras de incentivo que recebemos aquando do primeiro número fazem com que estejamos conscientes que precisaremos fazer mais, muito mais, para que essa qualidade que todos queremos aumente sempre. “Este é também o último número deste ano, já que o próximo só sairá em Março de 2015. Por isso, aproveitamos para apresentar a todos os colegas, de Luanda e todas as Províncias, votos de Festas Felizes e Próspero Ano Novo, na companhia da família e amigos.” Quero aqui fazer uma menção especial ao aniversário de alguém muito especial para nós, no período coberto por este número. De facto, a Sr.ª Ministra Bernarda Gonçalves completou mais uma risonha primavera em vésperas da ExpoIndústria. Os expositores tiveram a gentileza de cantar-lhe “Os Parabéns” na cerimónia de encerramento, o que deveras a emocionou bastante. Convido também a todos os colegas que estejam a ler estas linhas a juntar-se à direcção e redacção da Revista “INDÚSTRIA” no desejo de muitos e felizes anos de vida. Este é também o último número deste ano, já que o próximo só sairá em Março de 2015. Por isso, aproveitamos para apresentar a todos os colegas, de Luanda e todas as Províncias, votos de Festas Felizes e Próspero Ano Novo, na companhia da família e amigos. Nós aqui estaremos preparando o próximo número que – obrigatoriamente – terá que ser melhor que este que tem em mãos. Não porque este não possua qualidade, longe disso. Mas sim porque assumimos o compromisso permanente de cada número ser melhor que o anterior e, ainda assim, não tão bom como o que se seguirá. Uma espiral de qualidade em que o céu é o limite. Boa leitura a todos e a todas as colegas e não só. O Director da Revista Dr. Ciel Cristóvão (Secretário Geral) 48 Revista da Indústria