Relatório da Administração /Comentário do

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Relatório da Administração /Comentário do
MENSAGEM DO DIRETOR PRESIDENTE
Este Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras do exercício de 2014 refere-se a um ano
histórico para a Companhia Paranaense de Energia (Copel ou Companhia), quando a empresa completou
60 anos de existência e obteve marcas e conquistas relevantes.
A Copel investiu no ano passado mais de R$ 2,4 bilhões em todas as suas áreas de atuação. O plano de
investimentos, o maior de sua história, teve como premissa uma reestruturação que delimitou as áreas de
negócios em subsidiárias sob controle da Copel Holding. O lucro líquido no exercício foi de R$ 1,3 bilhão.
Em reconhecimento à qualidade do serviço prestado, a Copel recebeu os prêmios de melhor distribuidora
da América Latina pela Cier — principal entidade do setor no continente —, melhor distribuidora do Brasil
na avaliação do cliente segundo a Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica - Abradee, e
melhor empresa dentre as grandes distribuidoras, de acordo com a Agência Nacional de Energia - Aneel.
Também a Fundação Nacional da Qualidade atestou nossa excelência no que se refere ao atendimento aos
clientes.
As conquistas da Copel Distribuição foram alcançadas mesmo durante o cenário crítico vivido pelo setor
elétrico, graças a um audacioso programa de redução de custos que vem tornando a subsidiária cada vez
mais competitiva e eficiente, e que nos deixa confiantes quanto à renovação desta concessão em 2015.
Na distribuição de energia, destacamos as obras de construção e reforma de subestações e modernização
da rede elétrica para a Copa do Mundo, que deram plena confiabilidade ao fornecimento de energia durante
o evento e conferem melhorias perenes para o sistema elétrico da Região Metropolitana de Curitiba.
Em geração, estão em construção atualmente duas hidrelétricas e 28 centrais eólicas, que somarão 1.068
MW a nosso parque gerador até 2019. Quase metade desta capacidade provém de cinco complexos eólicos
instalados no Rio Grande do Norte, três deles com início de operação previsto para o primeiro semestre de
2015. Na transmissão, estão em curso empreendimentos em nove estados que duplicarão nossos ativos
neste segmento nos próximos anos.
A diversificação de nossas atividades também alcança o segmento de hidrocarbonetos. Em setembro, a
Copel liderou a criação da Paraná Gás Exploração e Produção S.A., que atuará na exploração e produção
de gás natural convencional na Bacia do Paraná, na região central do Estado. A prospecção deste insumo
marca a estreia da Companhia num segmento estratégico e promissor para os planos de expansão de
nosso parque gerador.
Nas telecomunicações, a Copel Telecomunicações quase triplicou sua carteira de clientes em apenas um
ano, com serviços de conectividade residencial e corporativa em fibra óptica que já chegaram a 47 cidades
paranaenses. Ao final de 2014, alcançamos 22 mil clientes, com um ainda amplo potencial de expansão a
partir de um backbone com quase 10 mil quilômetros e cobertura a todos os 399 municípios do Paraná.
Em 2015, pretendemos dar continuidade à expansão da Copel em bases sustentáveis, com especial
atenção às fontes renováveis, fundamental para ajudar a suprir com energia limpa o crescimento da
demanda brasileira de 6 mil megawatts médios por ano. Também atuaremos com ênfase na geração
distribuída.
Ancorada na excelência técnica de seu quadro de empregados, a Copel se mostra preparada para os
desafios que atualmente se impõem ao setor elétrico, sendo competitiva, ousada e inovadora sem
descuidar da responsabilidade no uso dos recursos naturais, na eficiência de sua gestão econômica e no
atendimento às demandas sociais sobre suas atividades.
Curitiba, 20 de março de 2015
LUIZ FERNANDO LEONE VIANNA
Diretor Presidente
1. PERFIL ORGANIZACIONAL
Com 60 anos completos em outubro de 2014, a Copel é uma empresa de economia mista, estruturada
como Holding, que atua com tecnologia de ponta nas áreas de geração, transmissão, distribuição de
energia e telecomunicações. Opera um sistema elétrico com parque gerador próprio de usinas, linhas de
transmissão, subestações, linhas e redes de distribuição e um sistema óptico de telecomunicações que
atende todas as cidades do Estado do Paraná. Participa também nos setores de saneamento, gás e
petróleo.
Dentre as principais certificações e prêmios conquistados em 2014, destacam-se:
Prêmios / Certificações
Certificador
Top of Mind 2014 - Marca mais lembrada do Estado, Empresa onde os
paranaenses gostariam de trabalhar e a Empresa pública mais eficiente
Revista Amanhã
Prêmio Top Fornecedores Condor - Top Fornecedor 2014
Rede Condor
Prêmio Sucesu - PR 2014 - Destaque em Telecomunicações no Paraná
Associação de Usuários de Internet e Telecomunicações
Prêmio Procel 2014 - Homenagem na comemoração dos 20 anos do Selo
Procel
Ministério de Minas e Energia e Eletrobras
Prêmio IASC - Melhor índice de Satisfação dos Clientes na Região Sul
(distribuidoras com mais de quatrocentos mil consumidores)
Comissão de Integração Energética Regional - CIER
América Latina
Prêmio CIER Melhor Distribuidora - categoria Ouro
Comissão de Integração Energética Regional - CIER
América Latina
Prêmio CIER Responsabilidade Social
Comissão de Integração Energética Regional - CIER
América Latina
Prêmio PNQ - Destaque em clientes
Fundação Nacional de Qualidade
Grandes Líderes - 500 maiores do Sul - Maior empresa do Paraná
Revista Amanhã
Grandes Líderes - 500 maiores do Sul - Maior receita bruta no setor de energia Revista Amanhã
Anuário Telecom - Infraestrutura de Redes
Fórum Editorial
Prêmio Abradee - Melhor avaliação pelo cliente
Associação Brasileira das Distribuidoras de Energia
Elétrica - Abradee
Empresa Cidadã - Copel - Certificado pelas informações apresentadas em seu
Relatório
Conselho Regional de Contabilidade do Rio de Janeiro,
Sistema Firjan e Fecomércio
A seguir, o organograma de participação societária da Copel em 31.12.2014:
ESTADO DO PARANÁ
58,63%
31,07%
Votante
Total
BNDESPAR
26,41%
23,96%
Votante
Total
CUSTÓDIA EM BOLSA
(Free Float)
13,70%
Votante
44,17%
Total
ELETROBRAS
1,06%
0,56%
Votante
Total
OUTROS ACIONISTAS
0,20%
0,24%
Votante
Total
BM&FBOVESPA
13,14%
Votante
27,13%
Total
NYSE
0,56%
17,02%
0,00%
0,02%
Votante
Total
LATIBEX
Votante
Total
COPEL
(1) COPEL
GERAÇÃO E TRANSMISSÃO
S.A.
100,0%
(4) MARUMBI
TRANSMISSORA DE ENERGIA
S.A.
80,0%
Total
(2) UEG ARAUCÁRIA LTDA.
60,0%
Total
(1) COPEL
PARTICIPAÇÕES S.A.
(1) COPEL
DISTRIBUIÇÃO S.A.
(1) COPEL
TELECOMUNICAÇÕES S.A.
(1) COPEL
RENOVÁVEIS S.A.
100,0%
100,0%
100,0%
100,0%
(4) DOMINÓ
HOLDINGS S.A.
49,0%
Total
(1) NOVA EURUS IV
ENERGIAS RENOVÁVEIS S.A.
100,0%
(4) COSTA OESTE
TRANSMISSORA DE ENERGIA
S.A.
51,0%
Total
(1) NOVA ASA BRANCA I
ENERGIAS RENOVÁVEIS S.A.
100,0%
(5) CONSÓRCIO ENERGÉTICO
CRUZEIRO
DO SUL
51,0%
Total
50,1%
Total
(1) NOVA ASA BRANCA II
ENERGIAS RENOVÁVEIS S.A.
(1) SANTA MARIA ENERGIAS
RENOVÁVEIS S.A.
49,0%
Total
(4) CANTAREIRA
TRANSMISSORA DE ENERGIA
S.A.
49,0%
Total
(5) CONSÓRCIO SÃO
JERÔNIMO
41,2%
Total
SÃO BENTO DO NORTE I
S.A.
Total
(3) SERCOMTEL S.A.
TELECOMUNICAÇÕES
45,0%
SÃO BENTO DO NORTE II S.A.
(3) ESCOELECTRIC LTDA.
40,0%
Total
(3) FOZ DO CHOPIM
ENERGÉTICA LTDA.
35,8%
(1) VENTOS DE SANTO
URIEL S.A.
SÃO BENTO DO NORTE III
S.A.
Total
SÃO MIGUEL I S.A.
100,0%
GE OLHO D'ÁGUA S.A.
100,0%
(3) DONA FRANCISCA
ENERGÉTICA S.A.
Total
100,0%
100,0%
Total
SÃO MIGUEL III S.A.
Total
Total
(3) COMPANHIA DE
SANEAMENTO DO PARANÁ SANEPAR
7,6%
Total
(4) VOLTALIA SÃO MIGUEL
DO GOSTOSO I
PARTICIPAÇÕES S.A.
49,0%
Total
(7) PARANÁ GÁS
EXPLORAÇÃO E PRODUÇÃO
S.A.
30,0%
Total
(4) PARANAÍBA
TRANSMISSORA DE ENERGIA
S.A.
24,5%
Total
(4) TRANSMISSORA SUL
BRASILEIRA DE ENERGIA S.A.
20,0%
Total
(1) Subsidiária Integral
(5) CONSÓRCIO TAPAJÓS
11,1%
Total
(6) CONSÓRCIO BAIXO
IGUAÇU
30,0%
Total
Total
GE SÃO BENTO DO NORTE
S.A.
Total
(2) COMPANHIA
PARANAENSE DE GÁS COMPAGAS
51,0%
Total
Total
GE FAROL S.A.
100,0%
(2) UEG ARAUCÁRIA LTDA.
20,0%
Total
GE BOA VISTA S.A.
SÃO MIGUEL II S.A.
99,9%
(2) ELEJOR - CENTRAIS
ELÉTRICAS DO RIO JORDÃO
S.A.
70,0%
Total
Total
Total
(3) DOIS SALTOS EMPREEND.
DE GERAÇÃO ENERGIA
ELÉTRICA LTDA.
30,0%
Total
23,0%
Total
(1) SÃO BENTO ENERGIA
Total
99,9%
100,0%
(4) CAIUÁ TRANSMISSORA DE
ENERGIA S.A.
48,0%
99,9%
(1) SANTA HELENA ENERGIAS
RENOVÁVEIS S.A.
100,0%
(4) INTEGRAÇÃO
MARANHENSE TRANS. DE
ENERGIA S.A.
49,0%
Total
(3) COPEL AMEC S/C LTDA.
(Em Liquidação)
99,9%
100,0%
(4) MATRINCHÃ
TRANSMISSORA DE ENERGIA
(TP NORTE) S.A.
49,0%
Total
Total
99,9%
(1) NOVA ASA BRANCA III
ENERGIAS RENOVÁVEIS S.A.
100,0%
(4) GUARACIABA
TRANSMISSORA DE ENERGIA
(TP SUL) S.A.
49,0%
Total
49,0%
99,9%
100,0%
(4) MATA DE SANTA
GENEBRA TRANSMISSÃO S.A.
(1) CUTIA
EMPREENDIMENTOS
EÓLICOS SPE S.A.
100,0%
(3) CARBOCAMPEL S.A.
(2) Controladas
(3) Coligadas
(4) Controladas em conjunto
(5) Consórcios
(6) Consórcios para Investimentos
(7) Sem investimentos realizados
Obs.: A Copel também possui 0,82% do Capital Total da Investco S/A (UHE Lajeado).
Total
1.1. Participação no Mercado
Principais produtos (%)
Geração de energia elétrica (1)
Transmissão de energia elétrica (4)
Distribuição de energia elétrica (5)
Distribuição de gás (8)
(1)
(2)
(3)
(4)
(5)
(6)
(7)
(8)
Brasil
Região Sul
(2) (3)
3,7
1,8
(6)
6,1
3,9
Paraná
(2) (3)
22,5
54,1
9,9
(6)
33,8
29,3
(7)
97,1
42,1
100,0
Capacidade Instalada. Não incluídas as participações da Copel e as usinas eólicas
Não incluída a Usina de Itaipu
Não inclui as usinas do Rio Paranapanema
O mercado refere-se à Receita Anual Permitida - RAP
Participação no atendimento ao mercado cativo/livre
Fonte: Empresa de Pesquisa Energética - EPE
Dado estimado
Considerado volume distribuído no Paraná, com térmica
1.2. Copel em Números
Em R$ mil (exceto quando indicado de outra forma)
2014
2013
variação %
Indicadores Contábeis
Receita operacional bruta
Deduções da receita
Receita operacional líquida
Custos e despesas operacionais
Equivalência patrimonial
Resultado das atividades
EBITDA ou LAJIDA
Resultado financeiro
IRPJ/CSLL
Lucro líquido do exercício
Patrimônio líquido
Juros sobre o capital próprio
Dividendos
18.327.840
4.409.323
13.918.517
12.368.558
159.955
1.549.959
2.339.857
147.717
522.016
1.335.615
13.682.780
30.000
592.523
12.669.159
3.488.945
9.180.214
8.067.627
113.606
1.112.587
1.829.396
280.311
405.069
1.101.435
12.928.752
180.000
380.537
44,7
26,4
51,6
53,3
40,8
39,3
27,9
(47,3)
28,9
21,3
5,8
(83,3)
55,7
1,3
1,1
16,8
4,9
50,0
44,2
9,6
1,4
1,2
19,9
4,0
47,2
35,1
12,0
(8,0)
(3,4)
(15,6)
21,3
5,8
26,2
(20,0)
10,3
8,9
15,9
Indicadores Econômico-Financeiros
Liquidez corrente (índice)
Liquidez geral (índice)
Margem do EBITDA ou LAJIDA (%)
Lucro por ação - R$ (lucro líquido/quantidade de ações)
Valor patrimonial por ação - R$ (patrimônio líquido/quantidade de ações)
Dívida sobre o patrimônio líquido (%)
Margem líquida (lucro líquido/receita operacional líquida) (%)
Rentabilidade do patrimônio líquido (%) (1)
(1)
LL ÷ (PL inicial)
2. GOVERNANÇA CORPORATIVA
A Copel busca constantemente aprimorar a aplicação de boas práticas de governança corporativa e utiliza
como parâmetro o modelo proposto pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa - IBGC, nos termos
de seu Código das Melhores Práticas. Os administradores procuram, dessa forma, contribuir para sua
perenidade, com visão de longo prazo na busca de sustentabilidade econômica, social e ambiental;
aprimorar o relacionamento e a comunicação com todas as partes interessadas; minimizar os riscos
estratégicos, operacionais e financeiros; e aumentar o valor da Companhia, viabilizando a estratégia de
captação de recursos.
2.1. Estrutura e Boas Práticas de Governança
O organograma a seguir apresenta a estrutura organizacional da Companhia em 31.12.2014:
Órgão
Descrição
Conselho de Administração CAD
Nove membros, sendo sete considerados independentes, nos termos da Lei Sarbanes-Oxley, com
mandato unificado de dois anos, podendo ser reeleitos.
Conselho Fiscal - CF
Permanente e eleito em Assembleia Geral, composto por cinco membros efetivos e cinco suplentes, com
mandato de um ano.
Comitê de Auditoria
Três membros independentes e integrantes do CAD, nos termos da Lei Sarbanes-Oxley, com mandato de
dois anos.
Auditoria Interna
Avalia, com abordagem independente, a eficácia dos processos de gerenciamento de riscos, de controles
internos e de governança corporativa, emitindo recomendações para o desempenho eficaz e alcance dos
objetivos das diversas unidades administrativas. Avalia, preliminarmente, todas as manifestações
recebidas pelo Canal de Comunicação Confidencial, encaminhadas ao Comitê de Auditoria, opinando
sobre o tratamento a ser dado.
Diretoria Executiva
Eleita pelo CAD, composta por cinco membros com mandato de três anos, remuneração dos executivos
não vinculada ao alcance de metas financeiras e não financeiras.
Conselho de Orientação Ética
Discute e orienta ações da Copel e examina casos que lhe sejam apresentados, fazendo recomendações
no sentido de que a atuação da Companhia seja permanentemente conduzida por princípios moralmente
sãos no desenvolvimento de seus negócios, zelando pela divulgação e pela efetiva aplicação do Código de
Conduta. Onze membros, sendo dez empregados da Companhia coordenados por um representante da
sociedade civil.
Comissão de Análises de
Denúncia de Assédio Moral Cadam
Composta por sete membros, sendo três eleitos pelos empregados e três indicados pela Companhia, é
coordenada por um representante da sociedade civil e estabelece regras para tratamento das denúncias de
assédio moral e para a investigação de sua procedência.
Comitê de Divulgação de Atos
e Fatos Relevantes
Composta por dezessete membros, representantes de todas as diretorias da Holding e de suas
subsidiárias integrais, o Comitê assessora o Diretor de Finanças e de Relações com Investidores na
aplicação da Política de Divulgação da Copel, revisando e aprovando as informações a serem divulgadas
ao mercado de capitais por quaisquer meios.
Comitê de Gestão de Riscos
Corporativos
De caráter consultivo e permanente para questões relativas à Gestão Integrada de Riscos Corporativos, o
Comitê é formado por onze membros e tem como objetivos principais a supervisão e o monitoramento do
gerenciamento de riscos da Companhia e o assessoramento ao Comitê de Auditoria, de forma a assegurar
a boa gestão dos recursos e a proteção e valorização do patrimônio.
 Ética, Transparência e Prestação de Contas
No dia a dia, a Companhia procura assegurar uma conduta ética e uma atuação transparente por parte de
todo o seu corpo funcional por meio de diretrizes como o Código de Conduta e dos diversos canais de
diálogo que mantém com seus stakeholders. Instituído com base em valores empresariais, na cultura
corporativa e no respeito aos princípios internacionais da Lei Sarbanes-Oxley, o Código de Conduta é um
documento que reflete a integridade dos procedimentos da Copel nas relações com seus empregados e
demais partes interessadas. Cada funcionário da Companhia recebe uma via impressa do Código de
Conduta e declara ciência de seu conteúdo.
A Copel disponibiliza o Canal de Comunicação Confidencial, um recurso para o reporte de situações
relacionadas à contabilidade, auditoria, controles internos e ao descumprimento do Código de Conduta,
entre outros. O canal está disponível pelo telefone 0800 643 5665. Para clientes, poderes públicos,
sociedade em geral e também empregados, a Copel possui uma Ouvidoria, cujo acesso é feito por meio do
telefone 0800 647 0606, e-mail [email protected], ou pessoalmente no endereço Rua Professor Brasílio
Ovídio da Costa, 1703 CEP: 80310-130 — Santa Quitéria - Curitiba/PR.
A Companhia está aberta a demandas por informação, críticas ou sugestões de seus públicos de interesse
também por meio dos canais de Diálogo com Partes Interessadas. E, para os clientes, disponibiliza o
Conselho de Consumidores, canal acessível por e-mail ou pessoalmente, na sede da Copel, em Curitiba. O
órgão atua em questões relacionadas ao fornecimento de energia elétrica, tarifas e adequação dos serviços
prestados
 Gestão de Riscos
A Política de Gestão de Riscos Corporativos da Copel abrange as áreas corporativas, suas subsidiárias
integrais e controladas, e estabelece a composição de um Comitê de Gestão de Riscos Corporativos,
hierarquicamente subordinado ao Comitê de Auditoria. As diretrizes adotadas são baseadas em estruturas e
padrões reconhecidos, como Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission - COSO
e ISO 31000, e têm como objetivos maximizar os valores econômico, social e ambiental para todas as
partes interessadas e assegurar a conformidade com as leis e regulamentos vigentes.
Em função da incerteza intrínseca aos riscos e à natureza do setor em que opera, o modelo de gestão de
riscos da Copel adota parâmetros de apetite ao risco; considera sua possibilidade de ocorrência e seus
impactos financeiros, operacionais e de imagem; e prevê ferramentas para seu tratamento e mitigação. A
estratégia de gestão de riscos adotada pela Companhia contempla riscos legais, regulatórios,
socioambientais e reputacionais, entre outros. Sua identificação e análise servem de base ao processo
decisório e às atividades operacionais e é realizada a partir do seguinte perfil:
 Riscos Estratégicos: são associados à tomada de decisão da alta administração e podem gerar
perdas substanciais no valor econômico da Companhia;
 Riscos Operacionais: são aqueles relacionados a eventos originados na própria estrutura da
organização — por meio de seus processos, seu quadro funcional ou seu ambiente de tecnologia — e
a eventos externos associados ao aspecto econômico, político, socioambiental, natural ou setorial em
que a organização atua; e
 Riscos Financeiros: são aqueles relacionados às operações financeiras da Companhia, incluindo
riscos de mercado, crédito e liquidez.
Como forma de dar continuidade ao aprimoramento do modelo de gestão de riscos corporativos, em 2014 a
Copel intensificou a utilização de seu software de gerenciamento de riscos (SAP-GRC), o qual é integrado
ao seu sistema de gestão, e, auxilia no controle dos principais indicadores de risco, alinhando os eventos de
risco com seu potencial impacto, propiciando a tomada de decisão dos gestores de riscos nos diversos
níveis da Companhia.
Como parte da sistemática para avaliação de riscos de corrupção adotada pela Copel, as unidades
operacionais são submetidas anualmente à avaliação de riscos relacionados à corrupção e a erros que
possam interferir nos resultados de suas demonstrações financeiras.
Os controles internos são testados pela Auditoria Interna da Companhia visando avaliar a efetividade
quanto à mitigação dos riscos identificados. Nesse contexto são consideradas as atividades mais
suscetíveis a fraudes, as melhores práticas de auditoria do mercado e a experiência dos auditores. Os
resultados de tais testes são reportados à alta administração da Companhia e, para os casos de não
conformidades, são demandadas ações corretivas.
A Companhia também submete seus processos e controles internos à empresa de auditoria independente,
a qual realiza novos testes de conformidade dos controles internos, inclusive contra riscos de fraude.
Além de tais procedimentos, a Companhia adota como prática a emissão, pelos gestores dos processos, de
Certificados de Controles Internos, semestrais e anuais, pelo qual os gerentes formalizam sua ciência
quanto às não conformidades encontradas pela Auditoria Interna nos processos sob sua gestão, bem como
seu compromisso de regularizá-las.
 Auditoria Externa
Nos termos estabelecidos pela Instrução Comissão de Valores Mobiliários - CVM nº 381/2003, a Companhia
e suas subsidiárias integrais, tem contrato com a KPMG Auditores Independentes, para prestação de
serviços de auditoria das demonstrações financeiras. Desde sua contratação foram prestados somente
serviços relacionados a auditoria independente. A Companhia tem como ponto fundamental não contratar
outros serviços de consultoria que interfiram na independência dos trabalhos de auditoria externa.
 Relacionamento com acionistas e investidores
Ao final de 2014, 25.015 acionistas participavam do capital social da Copel, correspondente a R$ 6.910,0
milhões, representados por 273.655 mil ações, sem valor nominal.
Distribuição de dividendos e juros sobre o capital próprio
A partir da Lei nº 9.249/1995, a Copel adota, como política, a distribuição de juros sobre o capital próprio em
substituição aos dividendos, de forma total ou parcial. Estatutariamente, o montante de dividendos
distribuídos é de, no mínimo, 25% do lucro líquido ajustado, de acordo com o artigo 202 e seus parágrafos
da Lei nº 6.404/1976.
Desde 2013 o payout praticado pela Copel, é de 50% do Lucro Líquido Ajustado do exercício.
Tag Along
A Copel garante direitos de tag along para suas ações ordinárias minoritárias, assegurando a seus
detentores o preço mínimo de 80% do valor pago pelas ações integrantes do bloco de controle.
Acordo de Acionistas
Está em vigor acordo de acionistas firmado entre o Estado do Paraná e o BNDES Participações S.A. BNDESPAR, onde um dos objetivos é assegurar ao BNDESPAR a indicação de dois membros para o
Conselho de Administração - CAD da Copel e ter conhecimento prévio das matérias societárias submetidas
à apreciação do CAD e das Assembleias Gerais de Acionistas.
Mercados em que as ações da Copel são negociadas
A Copel abriu seu capital ao mercado de ações em abril de 1994 na Bolsa de Valores de São Paulo BM&FBovespa e tornou-se em julho de 1997 a primeira empresa do setor elétrico brasileiro listada na Bolsa
de Valores de Nova Iorque - Nyse. Sua marca também está presente, desde junho de 2002, na
Comunidade Econômica Europeia, com seu ingresso na Latibex — o braço latino-americano da Bolsa de
Valores de Madri. A partir do dia 07.05.2008, as ações da Copel passaram a integrar oficialmente o Nível 1
de Governança Corporativa da Bolsa de Valores de São Paulo.
Diálogo com Acionistas, Investidores e Profissionais do Mercado de Capitais
A Copel mantém canal de comunicação efetivo com seus acionistas e investidores por meio dos
departamentos de relações com investidores e de acionistas e custódia, dos e-mails ([email protected] e
[email protected]), da sua central de atendimento telefônico (0800 41 2772), do seu website
(www.copel.com/ri) e dos comunicados e relatórios que são disponibilizados aos profissionais do mercado
de capitais e acionistas, por e-mail e no website da Companhia.
2.2. Política de Sustentabilidade e Cidadania Empresarial
A Política de Sustentabilidade e Cidadania Empresarial, criada em 2006, estabelece as diretrizes de
sustentabilidade e cidadania empresarial norteadoras das decisões e ações da Companhia. A Política está
baseada na missão e valores corporativos, nos Princípios do Pacto Global da Organização das Nações
Unidas, bem como nos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, além de ser complementar ao Código de
Conduta da Copel. Cabe ressaltar que a política passa por revisões e constantes aprimoramentos.
A versão integral da Política de Sustentabilidade e Cidadania Empresarial da Copel está disponível no
website da Companhia: www.copel.com.
2.3. Referencial Estratégico
Visão: Simplesmente a melhor da década.
Missão: Prover energia e soluções para o desenvolvimento com sustentabilidade.
Princípios e Valores:
Ética
Resultado de um pacto coletivo que define comportamentos individuais alinhados a um objetivo comum.
Respeito às pessoas
Consideração com o próximo.
Dedicação
Capacidade de se envolver de forma intensa e completa no trabalho, contribuindo para a realização dos objetivos
da organização.
Transparência
Prestação de contas das decisões e realizações da Companhia para informar seus aspectos positivos ou
negativos a todas as partes interessadas.
Segurança
Ambiente de trabalho saudável em que os empregados e os gestores colaboram para o uso de um processo de
melhoria contínua da proteção e promoção da segurança, saúde e bem-estar de todos.
Responsabilidade
Condução da vida da Companhia de maneira sustentável, respeitando os direitos de todas as partes interessadas,
inclusive das futuras gerações, e o compromisso com a sustentação de todas as formas de vida.
Inovação
Aplicação de ideias em processos, produtos ou serviços de forma a melhorar algo existente ou construir algo
diferente e melhor.
3. DESEMPENHO OPERACIONAL
3.1. Análise macroeconômica
A conjuntura econômica internacional em 2014 foi marcada positivamente pelo maior vigor da economia
americana, que apresentou expansão de 2,4% em relação à registrada em 2013. Paralelamente a esse
quadro de maior prosperidade, a zona do euro encerrou o ano num ambiente de baixo crescimento e
inflação, o Japão entrou em recessão técnica e a China, considerada o motor da pujança global, foi atingida
pelo desaquecimento do setor imobiliário, pelo enfraquecimento da demanda doméstica e pela redução da
produção industrial, fatores que determinaram o crescimento de 7,4% para o Produto Interno Bruto - PIB, o
menor nível dos últimos 24 anos. Em um contexto de riscos cada vez mais presentes, projeta-se que, para
2015, os Estados Unidos deverão crescer a uma taxa de 3,6% motivados pela inovação tecnológica e pelo
comércio exterior com o Canadá, México e China; a zona do euro, com sinais de fragilidade espalhados
pelos países do grupo, terá uma melhora modesta (1,2%) se considerado um cenário otimista e a China,
que se moverá em direção ao segmento de serviços, alcançará um desempenho de 6,8%.
Internamente, com resultados de 2014 inferiores aos de seus pares, o Brasil apresentou variação no PIB
estimada em -0,15%, inflação próxima ao teto da banda de flutuação (6,41%), déficit na balança comercial
de US$ 3,9 bilhões e aumento da dívida pública (déficit primário equivalente a 0,6% do PIB), em um ano
marcado pela queda nos preços das commodities, pela crise da Argentina, um dos seus principais parceiros
comerciais, pelos desdobramentos da Operação Lava-Jato e pela alta na taxa Selic que, em última análise,
deverá ajudar a amortecer os efeitos do ajuste a ser promovido na curva de juros americana. Para 2015,
estima-se retração de 0,7% e inflação de 7,8% pressionada pelos preços administrados. A maneira como a
economia irá reagir às medidas fiscais e monetárias a serem adotadas ao longo do ano será decisiva para
recolocar o país na rota de investimento dos agentes estrangeiros.
No Paraná, dado preliminar do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social - Ipardes
indica que o PIB do estado, em 2014, expandiu 0,8% e, em 2015, expandirá 1,0%. Depois de três anos
ininterruptos de maior crescimento, os vetores do dinamismo da base produtiva local foram atingidos pelos
elementos de perturbação que acompanham a economia brasileira desde 2011.
3.2. Análise Setorial
 Ambiente regulatório
O impacto de eventual escassez de energia e do subsequente racionamento de energia, como em 2001 e
2002, pode ter efeito adverso relevante sobre nosso negócio e nossos resultados operacionais.
Dependemos das condições hidrológicas existentes no Brasil e na região geográfica em que operamos. De
acordo com dados da Aneel, aproximadamente 63,0% da capacidade instalada brasileira atual é
proveniente de usinas de geração hidrelétrica. Nossa região, e o Brasil, de forma geral, estão sujeitos a
condições hidrológicas imprevisíveis devido a desvios não-cíclicos da precipitação média. Atualmente
estamos vivenciando um período de poucas chuvas. O período mais recente de poucas chuvas foi nos anos
anteriores a 2001, quando o governo brasileiro instituiu o Programa de Racionamento para reduzir o
consumo de eletricidade que esteve em vigor de 01.06.2001 a 28.02.2002.
No segmento de geração, as condições hidrológicas desfavoráveis podem resultar no rebaixamento de
Garantia Física (Generation Scaling Factor - GSF). Quando a geração hidrelétrica é inferior à garantia física
das usinas do Sistema Interligado Nacional - SIN somos obrigados a ratear, proporcionalmente, o déficit
entre os participantes do Mecanismo de Realocação de Energia - MRE, o que pode resultar em exposição
ao mercado de energia de curto prazo - MCP e ao Preço de Liquidação das Diferenças - PLD.
Além disso, condições hidrológicas desfavoráveis também podem resultar em baixo fornecimento de
eletricidade ao mercado brasileiro, e causar, entre outras coisas, a implementação de programas
abrangentes de economia de eletricidade (racionalização), incluindo reduções obrigatórias de consumo
(racionamento).
Não podemos garantir que períodos severos ou sustentados de chuvas abaixo da média, como o que
vivenciamos no momento, não afetarão adversamente nossos resultados financeiros futuros.
Além disso, se houvesse escassez de gás natural, isso aumentaria a demanda geral por energia no
mercado e portanto aumentaria o risco de instalação de um programa de racionamento.
 Prorrogação das Concessões
Em 2012, publicou-se a Medida Provisória nº 579/2012, convertida na Lei nº 12.783/2013, dispondo dentre
outras, sobre o tratamento a ser dado às concessões de geração, transmissão e distribuição alcançadas
pelos artigos 17, 19 e 22 da Lei nº 9.074/1995, cujo vencimento se daria entre os anos de 2015 e 2017 e
que já haviam sofrido uma única renovação.
Conforme a legislação, esse elenco de empreendimentos deveria ser licitado após o término do prazo de
concessão. Para atender interesses do Poder Concedente, principalmente relacionados ao princípio da
Modicidade Tarifária, foi definido um novo regramento, que permite mais uma prorrogação das concessões,
desde que o concessionário aceitasse antecipar em até 60 meses o fim da sua concessão e renunciasse
aos direitos daquele contrato.
Cabe salientar que a aplicação desses instrumentos também alcançaram empreendimentos de geração que
ainda detinham o direito a uma prorrogação e que, inclusive, já estavam com processo de Requerimento da
Prorrogação das Concessões em andamento na Agência Nacional de Energia Elétrica - Aneel e também
com processo concluído por aquela Agência com indicação de prorrogação ao Ministério de Minas e
Energia. Como exemplo, pode-se citar o processo da UHE Rio dos Patos, iniciado em 27.01.2011.
Concessões de Geração
Para as concessões de geração, ficou estabelecida uma prorrogação de até 30 anos. A prorrogação foi
facultada ao concessionário e sua adesão dependeu, além da aceitação de antecipação do termo original
de sua concessão, também da aceitação expressa das seguintes condições: i) remuneração por tarifa
calculada pela Aneel para cada usina hidrelétrica; ii) alocação de cotas de garantia física de energia e de
potência da usina hidrelétrica às concessionárias e permissionárias de serviço público de distribuição de
energia elétrica do Sistema Interligado Nacional - SIN, a ser definida pela agência reguladora, conforme
regulamento do poder concedente; iii) submissão aos padrões de qualidade do serviço fixados pela Aneel.
Cabe ressaltar que essa nova condição altera o regime de Concessionário de Serviço Público de Geração
de Energia Elétrica para a posição de titular da concessão com geração realizada como função de utilidade
pública prioritária. Nessa nova condição, o concessionário ficará limitado a exercer somente funções de
operação e manutenção, uma vez que a exploração retornou ao Poder Concedente.
Sendo assim, a tarifa proposta visa cobrir, basicamente, as despesas com encargos, tributos, operação e
manutenção rotineiras, não prevendo, entretanto, os investimentos decorrentes de contingências,
modernizações, atualizações e reformas de estruturas e equipamentos, o que pode comprometer a
manutenção, a qualidade e a continuidade da prestação do serviço pelas usinas hidrelétricas. Pela sua
natureza esses investimentos são, frequentemente, muito onerosos.
A aplicação se efetivará desde que haja reconhecimento pela Aneel, sua autorização e consequente
garantia de ressarcimento em prazo realista (vide as regras aplicadas para o ressarcimento dos
investimentos com mesma característica feitos na transmissão — REN nº 443/2011).
Esse aspecto ainda depende de regulamentação da Aneel e essa lacuna legal causa insegurança
regulatória aos agentes, podendo impactar nas decisões no momento do investimento.
A Copel Geração e Transmissão, após conhecimento das condições de renovação, procedeu às análises
possíveis. Diante da precariedade de informações disponibilizadas pelo Poder Concedente e de posse das
avaliações obtidas, concluiu pela não viabilidade da renovação das concessões de geração de suas quatro
usinas vincendas entre 2014 e 2015: Rio dos Patos com 1,8 MW de capacidade instalada, Usina
Governador Pedro Viriato Parigot de Souza com 260,0 MW, Mourão com 8,2 MW e Chopim I com 1,8 MW.
Concessões de Transmissão
Para as concessões de transmissão, ficou estabelecida uma prorrogação de até 30 anos. A prorrogação foi
facultada ao concessionário e sua adesão dependeu, além da aceitação de antecipação do termo original
de sua concessão, também da aceitação expressa das seguintes condições: i) receita fixada conforme
critérios estabelecidos pela Aneel; e ii) submissão aos padrões de qualidade do serviço fixados pela Aneel.
Foram mantidas as condições para a realização dos investimentos decorrentes de contingências,
modernizações, atualizações e reformas de estruturas e equipamentos que se efetivarão desde que haja
reconhecimento e autorização da Aneel. A garantia de ressarcimento se dá conforme a REN nº 443/2011,
não devendo causar perdas financeiras ao concessionário.
A Copel Geração e Transmissão, após conhecimento das condições de renovação, procedeu às análises e
avaliações, optando pela renovação do contrato de transmissão. Dessa forma, contribui com a redução nas
tarifas e com a modicidade tarifária.
Concessões de Distribuição
Conforme a Lei, as concessões de distribuição poderão ser prorrogadas por até 30 anos. A prorrogação é
facultada ao concessionário e sua adesão depende da aceitação expressa das seguintes condições: receita
fixada conforme critérios estabelecidos pela Aneel; nível dos investimentos a fazer; e submissão aos
padrões de qualidade do serviço fixados pela Aneel.
O pedido de prorrogação das concessões de distribuição da Copel Distribuição foi encaminhado para Aneel
em 31.05.2012, e ratificado nos termos da Lei nº 12.783/2013. No momento, aguarda-se a decisão do Poder
Concedente pela prorrogação. Caso as condições estabelecidas pelo Poder Concedente garantam os níveis
de rentabilidade da empresa, a Companhia assinará o contrato de concessão ou termo aditivo, por um
período de até 30 anos. Apesar do contexto de incertezas no cenário regulatório, a Companhia confia na
possibilidade de prorrogação do referido contrato de concessão, embora não possua informações
suficientes para garantir a prorrogação do contrato de concessão de distribuição em termos favoráveis.
Em 10.12.2014 foi assinado o quarto aditivo contratual que estabelece as condições para eventual reversão
dos bens e instalações vinculados, garantindo a indenização total dos bens reversíveis, bem como de todos
os saldos remanescentes ativos ou passivos decorrentes de eventual insuficiência ou ressarcimento pela
tarifa.
Licitação
As concessões de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica que não foram prorrogadas dentro
desse regulamento, serão licitadas, na modalidade leilão ou concorrência, por até trinta anos.
 Fluxo de Energia (em % e GW/hora)
Fluxo de energia (GWh)
Mercado Cativo
Concessionárias e
Geração própria
24.605 -
24.208
-
44,9%
699
-
1,3%
4.016
-
7,4%
20.829
-
38,6%
-
7,8%
Permissionárias
45,6%
Disponibilidade
Energia recebida
53.950
29.345 -
CCEAR
Itaipu
Consumidores livres
54,4%
16.692
Energia suprida
5.870
Itiquira
452
Contratos bilaterais
7.392
Dona Francisca
612
CCEAR
5.105
CCEE (CCP/MCP)
1.572
CCEE (MCP)
2.135
Angra
1.047
MRE
6.197
CCGF
1.315
Elejor
1.186
Perdas e diferenças
4.198
Perdas rede básica
1.278
Perdas distribuição
2.598
Proinfa
599
Alocação de contratos no CG
322
CCEAR= Contratos de Comercialização de Energia no Ambiente Regulado
CCEE(CCP/MCP) = Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (Compra Curto Prazo/Mercado de Curto Prazo)
CCGF = Contrato de Cotas de Garantias Financeiras
MRE = Mecanismo de Realocação de Energia
CG = Centro de gravidade do Submercado (diferença entre a energia contratada e a recebida no CG - estabelecido em
em Contrato)
3.3. Segmentos de Negócios
3.3.1. Geração e Transmissão
3.3.1.1. Geração
A Copel Geração e Transmissão detém e opera 20 usinas próprias, sendo 18 hidrelétricas, uma termelétrica
e uma eólica, com capacidade instalada total de 4.754,6 MW e Garantia Física de 2.068,1 MW médios. A
Companhia permanece responsável pela prestação dos serviços de operação e manutenção da Usina de
Rio dos Patos, cuja concessão venceu em 14.02.2014. Neste período, receberá uma tarifa predefinida para
prestação do serviço, nos termos da Portaria Ministério de Minas e Energias - MME nº 170/2014.
Em 2014, os ativos da Copel Geração e Transmissão geraram 24.604,9 GWh, 99,7% desse total de fonte
hidrelétrica e eólica.
A Copel Geração e Transmissão também detém concessão para construir e operar as seguintes usinas:
Usina Hidrelétrica Colíder
Em construção no rio Teles Pires, no norte do Mato Grosso e com potência instalada de 300 MW, a usina
teve 80,0% de suas obras concluídas no final de 2014. Em decorrência de atos do poder público e de casos
fortuitos e de força maior, ocorridos ao longo da implantação do empreendimento, o início da geração
comercial da UHE Colíder tem nova previsão de conclusão para abril de 2016. A Copel Geração e
Transmissão já impetrou requerimento junto à Aneel para o reconhecimento de excludente de
responsabilidade na postergação da entrada em operação.
Usina Hidrelétrica Baixo Iguaçu
Com 30,0% de participação para o empreendimento e potência instalada de 350 MW, a UHE Baixo Iguaçu
será construída no rio Iguaçu, entre os municípios de Capanema e Capitão Leônidas Marques, no sudoeste
do Paraná.
As obras iniciaram-se em julho de 2013, porém, foram paralisadas em 2014 devido à suspensão da Licença
de Instalação do empreendimento pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, situação que permanece
até o presente momento.
Usina Hidrelétrica São Jerônimo
Com potência instalada de 331 MW no rio Tibagi, no Paraná, a UHE São Jerônimo será implementada pelo
Consórcio São Jerônimo, no qual a Copel tem 41,2% de participação. Para o início das obras é necessária
autorização do Congresso Nacional, conforme artigo nº 231, parágrafo 3º da Constituição Federal, visto que
o reservatório da usina atinge áreas indígenas.
3.3.1.2. Transmissão
O segmento tem como principal atribuição prover os serviços de transporte e transformação da energia
elétrica, sendo responsável pela construção, operação e manutenção de subestações, bem como pelas
linhas destinadas à transmissão de energia. A Copel Geração e Transmissão detém e opera 2.173,5 km de
linhas de transmissão e 33 subestações da rede básica, com potência de transformação da ordem de
12.352 MVA.
 Obras autorizadas pela Aneel
Em 2014 foram concluídas as obras de ampliação das subestações Guaíra, Maringá e Uberaba. A
subestação - SE Uberaba, localizada em Curitiba, fazia parte do plano de reforços para o atendimento das
cidades-sede da Copa do Mundo. Ainda no rol de obras priorizadas pelo MME para o Mundial, destacam-se
a linha de transmissão com 26,5 km de extensão conectando as subestações Uberaba e Umbará, que
entrou em operação em junho de 2014. Juntos, esses empreendimentos devem render uma receita anual
estimada em cerca de R$ 6,0 milhões.
Em outubro de 2014, a Aneel emitiu a Resolução Autorizativa nº 4890/2014 para Copel Geração e
Transmissão, ordenando investimentos e ampliações nas subestações Bateias e Guaíra, com a instalação
de novos bancos de capacitores, além da instalação de uma linha de transmissão 230 kV com 132 km de
extensão, que irá conectar as subestações Ponta Grossa Norte e Figueira, com seccionamento na nova
subestação Klacel (Klabin Celulose, em Ortigueira no Paraná). Esse empreendimento deve receber R$ 88,0
milhões em investimentos e proporcionar à Copel uma receita anual de aproximadamente R$ 12,3 milhões
quando entrar em operação, em 2016.
 Grandes obras e novas concessões
Em julho de 2014, entrou em operação a subestação Cerquilho III, localizada em São Paulo, com 300 MVA
de potência de transformação. A obra foi um marco histórico para a Companhia no atendimento fora das
fronteiras do Paraná e proporcionará à Copel um incremento de receita anual de aproximadamente R$ 4,2
milhões.
Ainda em São Paulo, avançaram as obras da SE 230 kV Paraguaçu Paulista II e os projetos da LT 500 kV
Araraquara II — Taubaté e da LT Paraguaçu Paulista II — Assis.
No Paraná, foram iniciadas as obras da LT 230 kV Londrina — Figueira e da LT 230 kV Foz do Chopim —
Salto Osório.
Em janeiro de 2014 foi assinado o contrato de concessão nº 005/2014 conquistado pela Copel Geração e
Transmissão em leilão da Aneel, composto pela SE Curitiba Norte, que será construída na região
metropolitana de Curitiba e vai operar na tensão de 230 kV, e por uma linha de transmissão com 33,0 km de
extensão que irá conectá-la a SE Bateias, já existente. Esses empreendimentos devem receber R$ 59,0
milhões em investimentos e proporcionar à Copel uma receita anual de aproximadamente R$ 7,0 milhões
quando entrar em operação — previsto para 2016.
Já em setembro de 2014, foram assinados os contratos de concessão nº 021/2014 e 022/2014 arrematados
pela Copel Geração e Transmissão, que abrangem os empreendimentos:

SE Realeza Sul, que será construída na região sudoeste do Paraná e vai operar na tensão de 230
kV, e uma linha de transmissão com 53,0 km de extensão que irá conectá-la a SE Foz do Chopim,
já existente. Esse empreendimento deve receber R$ 48,0 milhões em investimentos e proporcionar
à Companhia uma receita anual de aproximadamente R$ 5,8 milhões quando entrar em operação –
previsto para 2017.

Linha de transmissão 500 kV com 120,0 km de extensão que irá conectar as SE Londrina, no
Paraná e Assis, em São Paulo. Esse empreendimento deve receber R$ 128,0 milhões em
investimentos e proporcionar à Copel uma receita anual de aproximadamente R$ 15,0 milhões
quando entrar em operação – previsto para 2017.
Com as recentes conquistas da Copel Geração e Transmissão em leilões de transmissão da Aneel, a
configuração das grandes obras para os próximos anos é a seguinte:
Descrição
Estado
Empreendimentos
Km
MVA
LT Araraquara II — Taubaté
São Paulo
Copel Geração e Transmissão S.A.
356 km
-
LTs Londrina — Figueira
LT Foz do Chopim — Salto Osório
Paraná
Copel Geração e Transmissão S.A.
88 km
10 km
-
LT Assis — Paraguaçu Paulista II
SE Paraguaçu Paulista II
São Paulo
Copel Geração e Transmissão S.A.
37 km
150 MVA
LT Bateias — Curitiba Norte
SE Curitiba Norte 230/138 kV
Paraná
Copel Geração e Transmissão S.A.
33 km
300 MVA
LT Foz do Chopim - Realeza Sul
SE Realeza Sul
Paraná
Copel Geração e Transmissão S.A.
53 km
150 MVA
LT Assis - Londrina
Paraná
São Paulo
Copel Geração e Transmissão S.A.
120 km
-
Km
MVA
 Sociedades de Propósito Específico - SPEs
No segmento de transmissão de energia, a Copel integra ainda dez SPEs:
Descrição
Estado
Empreendimentos
LT Umuarama — Cascavel Oeste
SE Umuarama
Paraná
Costa Oeste Transmissora de Energia S.A.
143 km
300 MVA
SE Camaquã III
LT Salto Santiago — Itá
LT Itá — Nova Santa Rita
LT Nova Santa Rita — Camaquã III
LT Camaquã III — Quinta
Paraná
Santa Catarina
Rio Grande do
Sul
Transmissora Sul Brasileira de Energia S.A.
190 km
305 km
140 km
163 km
166 MVA
LT Umuarama — Guaíra
LT Cascavel Oeste — Cascavel Norte
SE Santa Quitéria
SE Cascavel Norte
Paraná
Caiuá Transmissora de Energia S.A.
105 km
31 km
400 MVA
300 MVA
LT Curitiba — Curitiba Leste
SE Curitiba Leste
Paraná
Marumbi Transmissora de Energia S.A.
28 km
672 MVA
LT Ribeirãozinho — Rio Verde Norte
LT Rio Verde Norte — Marimbondo II
Mato Grosso
Goiás
Minas Gerais
Guaraciaba Transmissora de Energia
(TP Sul) S.A.
250 km
350 km
-
LT 500 kV Itatiba — Bateias
LT 500 kV Araraquara 2 — Itatiba
LT 500 kV Araraquara 2 — Fernão Dias
SE Santa Bárbara D´Oeste
SE Itatiba
SE Fernão Dias
Paraná
São Paulo
Mata de Santa Genebra Transmissão S.A.
399 km
207 km
241 km
3.600 MVA
LT Barreiras II — Rio das Éguas
LT Rio das Éguas — Luziânia
LT Luziânia — Pirapora II
Bahia
Goiás
Minas Gerais
Paranaíba Transmissora de Energia S.A.
244 km
373 km
350 km
-
LT Paranaíta — Cláudia
LT Cláudia — Paranatinga
LT Paranatinga — Ribeirãozinho
SE Paranaíta
SE Cláudia
SE Paranatinga
Mato Grosso
Matrinchã Transmissora de Energia
(TP Norte) S.A.
300 km
350 km
355 km
-
LT Estreito - Fernão Dias
Minas Gerais
São Paulo
Cantareira Transmissora de Energia S.A.
328 km
-
LT Açailândia — Miranda II
Maranhão
Integração Maranhense Transmissora de Energia
S.A.
365 km
-
 Receitas de Transmissão
Através da Resolução Homologatória nº 1.756/2014, a Aneel estabeleceu a Receita Anual Permitida - RAP
para o ciclo julho/2014 a junho/2015 pela disponibilização das instalações de transmissão integrantes da
rede básica e das demais instalações de transmissão.
A Copel Geração e Transmissão é detentora de onze contratos de concessão de transmissão, sendo cinco
em operação comercial com direito ao recebimento de receitas e seis em fase de construção. Os reajustes
das receitas foram efetuados conforme estabelecido em cada contrato.
O Contrato de Concessão nº 060/2001, que compreende as instalações de transmissão do sistema
existente e ampliações autorizadas pela Aneel, e o Contrato de Concessão nº 027/2009, da LT Cascavel
Oeste — Foz do Iguaçu foram reajustados pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA, cuja
variação foi de 6,4%.
O Contrato de Concessão nº 015/2010 – SE Cerquilho III, iniciou sua operação comercial em junho de 2014,
com uma RAP atualizada no valor de R$ 4,2 milhões.
O Contrato de Concessão nº 006/2008, referente à LT Bateias — Pilarzinho e o Contrato de Concessão nº
075/2001, referente à LT Bateias — Jaguariaíva, tiveram um reajuste efetuado pelo Índice Geral de Preços
do Mercado - IGP-M acumulado no período, de 7,8%.
3.3.1.3. Distribuição
No âmbito da distribuição de energia elétrica, a Copel Distribuição tem como principais atividades prover,
operar e manter a infraestrutura, bem como prestar serviços correlatos. Essas atividades visam ao
atendimento dos mais de 4,3 milhões de consumidores de energia, em 1.113 localidades pertencentes a
394 municípios do Paraná e um em Santa Catarina, Porto União. Além de operar e manter as instalações
nos níveis de tensão até 34,5 kV, a Copel Distribuição também opera nas instalações de níveis de tensão
69 e 138 kV.
Em 2014, foram conectadas novas subestações e linhas em alta tensão para reforçar o sistema elétrico de
distribuição, melhorando a qualidade e aumentando a disponibilidade de energia aos consumidores. As
obras de novas subestações concluídas são:
Subestação
Potência
Localidade
SE Morretes 138 kV
41,67 MVA
Morretes
SE Capanema 69 kV
41,67 MVA
Curitiba
SE Chopinzinho138 kV
41,67 MVA
Chopinzinho
Novas linhas de alta tensão em 69 kV e 138 kV que foram concluídas:
Local
Santa Terezinha - Paranavaí
Tensão
138 kV
Rosana - Paranavaí
Ibiporã - Igapó
Ibiporã - Palermo
Astorga - Jaguapitã
Santo Antonio da Platina - Siqueira Campos
Londrina - Palermo
Pato Branco - Chopinzinho
Parolin - Xaxim
Santa Quitéria - Parolin
Santa Quitéria - Batel 2
Santa Quitéria - Novo Mundo
Pilarzinho - Bom Retiro
Jardim Bandeirantes 2 - Igapó
Distr. Ind. São José dos Pinhais - Guatupê
Distr. Ind. São José dos Pinhais - Piraquara
Bateias - Almirante Tamandaré/Rio Branco do Sul (1ª fase)
Bateias - Rio Branco do Sul (2ª fase)
Rio Branco do Sul - Tunas
Guatupê - Pinhais
Morretes - Secc (Gov. Parigot de Souza -Posto Fiscal)
Tarumã - Secc (Uberaba - Atuba)
Campo Comprido - Campina do Siqueira
Santa Quitéria - Batel 1
Santa Quitéria - Campina do Siqueira
Umuarama -Umuarama Sul 1
Umuarama -Umuarama Sul 2
Umuarma - Tamoio
Santa Terezinha - Cianorte
Santos Dumont - Cianorte
Cascavel Norte - Secc (Pinheiros - Assis Chateaubriand)
Rio Azul - Sepac
138 kV
138 kV
138 kV
138 kV
138 kV
138 kV
138 kV
138 kV
138 kV
138 kV
138 kV
138 kV
138 kV
69 kV
69 kV
138 kV
138 kV
138 kV
138 kV
138 kV
138 kV
138 kV
138 kV
138 kV
138 kV
138 kV
138 kV
138 kV
138 kV
138 kV
138 kV
Extensão
51,7 km
73,9 km
13,8 km
6,8 km
18,0 km
53,0 km
22,0 km
45,0 km
4,0 km
3,0 km
2,0 km
0,8 km
6,8 km
9,3 km
6,8 km
14,2 km
27,0 km
13,0 km
38,0 km
9,0 km
56,7 km
0,3 km
6,7 km
0,1 km
0,5 km
1,8 km
1,9 km
9,7 km
32,2 km
44,8 km
0,7 km
2,1 km
Ao todo, em 2014 estes empreendimentos adicionaram aproximadamente 166,7 MVA ao sistema de
distribuição e 575,6 km de novas linhas de transmissão de 69 ou 138 kV.
 Linhas de Distribuição
Na tabela a seguir são apresentadas as extensões de linhas de distribuição da Copel Distribuição:
Linhas de Distribuição
Extensão (em km)
13,8 kV
34,5 kV
69 kV
138 kV
230 kV
Total
 Subestações
A tabela a seguir apresenta o parque de subestações da Copel Distribuição, aberto por tensão:
101.688,7
82.232,5
727,2
5.153,5
123,5
189.925,4
Tensão
Subestações automatizadas
MVA
34,5 kV
230
35
-
1.545,0
2.412,5
5,0
96
6.730,2
361
10.692,7
69 kV
88 kV
138 kV
Total
 Qualidade de Fornecimento
O resultado dos indicadores DEC, FEC e do tempo de espera é mostrado no quadro a seguir:
(1)
Jan/Dez
DEC (horas) (1)
FEC (interrupções)
Tempo de espera (horas)
2012
2013
2014
10,25
11,62
14,01
7,84
8,06
9,08
01:51
02:08
01:49
DEC medido em horas e centesimal de horas.
 Mercado de energia
A tabela a seguir apresenta o comportamento do mercado cativo aberto por classe de consumo:
Mercado Cativo - Copel Distribuição
No de consumidores
Residencial
Industrial
Comercial
Rural
Outros
Mercado Cativo
Energia vendida (GWh)
Dez/14
Dez/13
%
2014
2013
%
3.437.030
3.320.098
3,5
7.267
6.888
5,5
91.068
369.205
372.464
57.203
93.491
338.502
372.835
56.567
(2,6)
9,1
(0,1)
1,1
6.838
5.470
2.252
2.381
6.605
5.074
2.081
2.278
3,5
7,8
8,2
4,5
4.326.970
4.181.493
3,5
24.208
22.926
5,6
 Mercado Fio (TUSD)
Mercado Fio de Energia - Copel Distribuição
No de consumidores/contratos
Mercado Cativo
Concessionárias e Permissionárias
Consumidores Livres
Mercado Fio
(1)
Energia distribuída (GWh)
Dez/14
Dez/13
4.326.970
4
4.181.493
4
%
3,5
-
132
128
3,1
4.327.106
4.181.625
3,5
2014
2013
24.208
699
22.926
620
5,6
12,7
%
4.521
4.485
0,8
29.428
28.031
5,0
(1)
Total de consumidores livres atendidos pela Copel Geração e Transmissão e por outros fornecedores dentro da área de concessão da
Copel Distribuição.
 Tarifas
Em junho de 2014, com a Resolução nº 1.740/2014, a Aneel homologou o resultado do reajuste tarifário
anual da Copel Distribuição em 30,78%, sendo 24,78% relativos ao reajuste econômico e 6,00% relativos
aos componentes financeiros pertinentes, o que representaria um efeito médio para o consumidor de
35,05%.
Em junho de 2014, através do Despacho nº 2.037/2014, foi concedido efeito suspensivo ao recurso
interposto pela Copel Distribuição em face da Resolução Homologatória nº 1.740/2014, de forma a
suspender seus efeitos. Em julho de 2014, a Copel Distribuição solicitou diferimento parcial do referido
reajuste, sendo autorizado pela Aneel e homologado, por meio da Resolução nº 1.763/2014, diferindo-se o
valor de R$ 622,4 milhões. Este valor se soma aos R$ 275,9 milhões (a preços de junho de 2014) já
diferidos no reajuste de 2013, resultando em um montante de R$ 898,3 milhões a ser considerado como
componente financeiro nos próximos reajustes tarifários da Companhia, reduzindo, desta forma, o efeito
médio a ser percebido pelos consumidores de 35,05% para 24,86%.
 Revisão Tarifária Extraordinária
Em 2015 a Aneel deliberou sobre a Revisão Tarifária Extraordinária das distribuidoras de energia elétrica.
O reajuste tarifário médio da Copel Distribuição aprovado pela Aneel foi de 36,79% a partir de 02.03.2015.
Desse total, 22,14% está relacionado à quota de Conta de Desenvolvimento Energético - CDE, e 14,65% ao
reposicionamento dos custos com aquisição de energia.
A Revisão Tarifária Extraordinária se dá em decorrência de uma série de eventos que impactaram de
maneira significativa os custos das concessionárias de energia, os quais não foram previstos no
reajuste tarifário de 2014, com destaque para o aumento da quota de CDE, dos custos com compra de
energia em função do reajuste da tarifa de Itaipu (46,14%) e dos elevados preços praticados nos últimos
leilões.
3.3.2.
Telecomunicações
A Copel Telecomunicações presta serviços de telecomunicações e de comunicações em geral, elaborando
estudos e projetos focados no atendimento das necessidades da Companhia e no mercado em geral. A
exploração de tais serviços se dá por prazo indeterminado, sem caráter de exclusividade, em nível nacional.
Em 2014, totalizou 15.817 km de cabos ópticos de acesso urbano, aumentando significativamente a
capilaridade da rede óptica da Copel Telecomunicações. Todos os 399 municípios do Paraná, dois em
Santa Catarina, um no Mato Grosso e quatro em São Paulo são atendidos por meio de 9.608 km de cabos
ópticos interurbanos. Por meio dessa rede, a Companhia propicia velocidade e confiabilidade para 22.574
clientes que contam com serviços de telecomunicações com tecnologias de ponta em fibra óptica.
3.3.3. Participações
A Copel tem participação societária e associação com empresas, consórcios e outras instituições, que
atuam em diversos setores. Na área de energia, a Companhia tem participação em vários
empreendimentos, conforme demonstrado a seguir:
Setor geração:
Potência instalada
total (MW)
Empreendimento
Participação da Copel
Dona Francisca Energética S.A.
125,0
Copel - 23,0%
Foz do Chopim Energética Ltda.
Dois Saltos Empreend. de Geração Energia Elétrica Ltda.
UEG Araucária Ltda.
Elejor - Centrais Elétricas do Rio Jordão S.A.
Consórcio Energético Cruzeiro do Sul
29,1
25,0
484,1
245,9
361,0
902,5
350,2
331,0
108,0
Copel - 35,8%
Copel - 30,0%
Copel - 20,0% / Copel GeT - 60,0%
Copel - 70,0%
Copel GeT - 51,0%
Copel - 0,8%
Copel GeT - 30%
Copel GeT - 11,1%
Copel GeT - 41,2%
Copel - 49,0%
Investco S.A. (UHE Lajeado) (1)
Consórcio Empreendedor Baixo Iguaçu
Consórcio Tapajós
Consórcio São Jerônimo
Voltalia São Miguel do Gostoso I Participações S.A.
(1)
Os ativos da UHE Lajeado estão arrendados às demais concessionárias em frações ideais dos ativos existentes.
Setor transmissão:
Empreendimento
Participação da Copel
Costa Oeste Transmissora de Energia S.A.
Copel GeT - 51%
Caiuá Transmissora de Energia S.A.
Copel GeT - 49%
Guaraciaba Transmissora de Energia (TP Sul) S.A.
Copel GeT - 49%
Integração Maranhense Transmissora de Energia S.A.
Copel GeT - 49%
Marumbi Transmissora de Energia S.A.
Copel GeT - 80%
Matrinchã Transmissora de Energia (TP Norte) S.A.
Copel GeT - 49%
Paranaíba Transmissora de Energia S.A.
Copel GeT - 24,5%
Transmissora Sul Brasileira de Energia S.A.
Copel GeT - 20%
Mata de Santa Genebra Transmissão S.A.
Cantareira Transmissora de Energia S.A.
Copel GeT - 50,1%
Copel GeT - 49%
Outros setores:
Setor
Gás
Telecomunicações
Saneamento
Saneamento
Serviços
Serviços
Exploração de Carvão
Empreendimento
Companhia Paranaense de Gás - Compagás
Sercomtel S.A. Telecomunicações
Dominó Holdings S.A.
Sanepar
Escoelectric Ltda.
Copel Amec S/C Ltda. em liquidação
Carbocampel S.A.
Participação da Copel
51,0%
45,0%
49,0%
7,6%
40,0%
48,0%
49,0%
3.3.4. Renováveis
Para cumprir com importantes diretrizes estratégicas e de sustentabilidade estabelecidas para o negócio de
geração, foi criada em 2013 a Copel Renováveis — que tem como sua principal finalidade aumentar a
participação de fontes alternativas renováveis de energia na matriz energética de forma rentável e
sustentável.
Estão em construção 28 novos parques, que juntos acrescentarão 662,4 MW à potência instalada em
energia eólica até o final de 2017, todos no Rio Grande do Norte. A entrada em operação comercial de
alguns desses parques ocorrerá já no ano de 2015. São eles:
Complexo eólico
Complexo eólico Brisa Potiguar
Complexo eólico São Bento
Complexo eólico Voltalia (1)
Complexo eólico Cutia
(1)
Empreendimento
Capacidade instalada (MW)
Nova Eurus IV
27,0
Nova Asa Branca I
27,0
Nova Asa Branca II
27,0
Nova Asa Branca III
27,0
Santa Maria
29,7
Santa Helena
29,7
Ventos de Santo Uriel
16,2
Boa Vista
14,0
Olho d'Água
30,0
São Bento do Norte
30,0
Farol
20,0
Carnaúbas
27,0
Reduto
27,0
Santo Cristo
27,0
São João
27,0
Dreen Cutia
25,2
Dreen Guajiru
21,6
Esperança do Nordeste
30,0
GE Jangada
30,0
GE Maria Helena
30,0
Paraíso dos Ventos do Nordeste
30,0
Potiguar
28,8
São Bento do Norte I
24,2
São Bento do Norte II
24,2
São Bento do Norte III
22,0
São Miguel I
22,0
São Miguel II
22,0
São Miguel III
22,0
A participação da Copel no empreendimento é de 49%.
3.3.5. Pesquisa & Desenvolvimento - P&D
Em cumprimento à Lei nº 9.991/2000, que dispõe sobre a realização de investimentos em pesquisa e
desenvolvimento por parte das empresas concessionárias, permissionárias e autorizadas do setor de
energia elétrica, a Copel investiu em projetos nos setores:
Geração e Transmissão
Aplicou aproximadamente R$ 8,3 milhões na execução de seu programa de P&D de geração e transmissão,
composto por 26 projetos, sendo que, em 12 deles a Companhia participou de forma cooperada com outras
empresas. Destes, 3 são estratégicos, cujos temas foram estabelecidos pela Aneel, por meio de Chamada
de Projetos.
Distribuição
Em 2014, foram contratados 10 projetos de Pesquisa e Desenvolvimento - P&D, continuam em execução 9
projetos e 43 estão em fase de elaboração para contratação, sendo um estratégico cooperado — Sistema
de Inteligência Analítica do Setor Elétrico - Siase, no qual a Copel participa como cooperada juntamente
com outras empresas do setor elétrico. Foram aplicados em projetos de P&D aproximadamente R$ 8,4
milhões.
4. DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO
4.1. Receita Operacional Líquida
Em 2014, a Receita Operacional Líquida teve acréscimo de R$ 4.738,3 milhões, representando 51,6% de
aumento em relação a 2013. Tal variação decorre principalmente de:
1) Acréscimo de R$ 1.026,5 milhões na Receita de Fornecimento de Energia Elétrica, em virtude
principalmente:
 do reajuste tarifário ocorrido em junho de 2014; e
 ao aumento de 5,6% do mercado cativo;
2)
Aumento de R$ 2.438,5 milhões em Suprimento de Energia Elétrica, devido principalmente à:
 variação do PLD; e
 receita da venda de energia produzida pela UEG Araucária;
3) Acréscimo de R$ 208,5 milhões na Receita de Disponibilidade da Rede Elétrica, devido ao reajuste
tarifário ocorrido em junho de 2014;
4) Acréscimo de R$ 202,9 milhões na Receita de Construção. A Companhia contabiliza receitas relativas
a serviços de construção ou melhoria da infraestrutura utilizada na prestação de serviços de
distribuição, transmissão de energia elétrica e gás, as quais totalizaram R$ 1.279,0 milhões em 2014 e
R$ 1.076,1 milhões em 2013. Os respectivos gastos são reconhecidos na demonstração do resultado
do período, como custo de construção, quando incorridos;
5) Acréscimo de R$ 24,1 milhões na Receita de Telecomunicações, decorrente principalmente do
aumento do número de clientes, de 8.270 em 2013 para 22.574 em 2014 e do aumento do número de
circuitos, de 27.957 em 2013 para 47.279 em 2014, sobretudo no mercado varejo com o produto BEL
Fibra;
6) Acréscimo de R$ 22,7 milhões na Receita de Distribuição do Gás Canalizado, devido ao aumento de
volume de distribuição de gás em 2014 em relação a 2013, justificado pelo reajuste dos contratos e
pelas variações de mercado; e
7) Reconhecimento de R$ 1.033,9 milhões em Resultado de ativos e passivos financeiros setoriais, de
acordo com OCPC nº 08/2014 e Deliberação CMV nº 732/2014, possibilitado pela assinatura em
10.12.2014 do 4º Termo Aditivo do Contrato de Concessão nº 046/99.
4.2. Custos e Despesas Operacionais
Tiveram acréscimo de R$ 4.300,9 milhões em 2014, representando um aumento de 53,3%, influenciados,
principalmente por:
1) Acréscimo de R$ 1.761,4 milhões em Energia Elétrica Comprada para Revenda, devido
principalmente ao maior valor de energia adquirida na CCEE e de CCEAR e ao maior valor do PLD;
compensada pelo recebimento de recursos provenientes da CDE, destinados ao ressarcimento de
custos de energia;
2) Decréscimo de R$ 22,5 milhões em Encargos do Uso da Rede em virtude principalmente da
contabilização dos efeitos dos Encargos dos serviços do sistema - ESS e das restituições aos usuários
de Energia de Reserva dos montantes financeiros excedentes da Conta de Energia de Reserva - Coner,
conforme Despacho Aneel nº 4.786/2014 e Resolução Normativa Aneel nº 613/2014;
3) Acréscimo de R$ 1.174,2 milhões em Gás Natural decorrente da maior aquisição de gás para UEG
Araucária;
4) Decréscimo de R$ 43,5 milhões em Pessoal e Administradores, decorrente principalmente da redução
do quadro de empregados; e
5) Acréscimo de R$ 1.004,2 milhões em Provisões e Reversões devido principalmente ao
reconhecimento de perda por redução ao valor recuperável para os ativos do segmento de geração, de
R$ 807,3 milhões.
4.3. EBITDA ou LAJIDA
Consolidado
Em R$ mil
Lucro líquido atribuído aos acionistas da empresa controladora
Lucro líquido atribuído aos acionistas não controladores
IRPJ e CSLL diferidos
Provisão para IRPJ e CSLL
Despesas (receitas) financeiras, líquidas
Lajir/Ebit
Depreciação e Amortização
Lajida/Ebitda
Receita Operacional Líquida - ROL
Margem do Ebitda% (Ebitda ÷ ROL)
2014
2013
1.205.950
129.665
(225.853)
747.869
(147.717)
1.709.914
1.072.560
28.875
(149.451)
554.520
(280.311)
1.226.193
629.943
603.203
2.339.857
13.918.517
1.829.396
9.180.214
16,8%
19,9%
4.4. Resultado Financeiro
O resultado financeiro apresentou decréscimo de R$ 132,6 milhões devido a:
1) acréscimo de 6,5% em receitas financeiras decorrente do maior valor de acréscimos moratórios sobre
faturas de energia e em renda de aplicações financeiras; e
2) acréscimo de 47,0% em despesas financeiras devido principalmente ao maior valor de encargos de
dívidas decorrente do ingresso de recursos no período.
4.5. Endividamento
As variações da dívida de curto e longo prazo referentes aos empréstimos, financiamentos e debêntures
decorreram principalmente dos seguintes ingressos de recursos:
Ingressos - 2014 (Em R$ milhões)
Financiador
Valor
BNDES PCH Cavernoso/Obras da Copa 2014
BNDES
Banco do Brasil CCB 330.600.773
Banco do Brasil
Debêntures 5ª emissão (Copel Holding)
Debenturistas
104,9
116,7
1.000,0
Os pagamentos ocorridos no ano totalizaram R$ 752,3 milhões, sendo R$ 326,4 milhões de principal e
R$ 425,9 milhões de encargos.
A composição dos empréstimos, financiamentos e debêntures em curto e longo prazo é:
Saldos (Em R$ milhões)
2014
2013
Curto prazo
1.299,1
1.014,6
Longo prazo
4.755,3
3.517,2
Total
6.054,4
4.531,8
4.6. Lucro Líquido
Em 2014, o lucro líquido atribuído aos acionistas da empresa controladora foi de R$ 1.206,0 milhões, sendo
12,4% maior que o obtido no exercício anterior, de R$ 1.072,6 milhões.
Distribuição de dividendos e juros sobre o capital próprio
(em R$ mil)
Aprovação na AGO
Aprovação no CAD
Data de pagamento
2014
Total
23/04/15
18/03/15
a definir
2ª Parcela
23/04/15
18/03/15
a definir
Lucro Líquido Ajustado
1.245.047
Valor para Ações ON
Valor para Ações PNA
315.060
962
483.507
122.335
Valor para Ações PNB
306.501
404
119.014
Total Distribuído
622.523
241.753
2013
1ª Parcela
Total
2ª Parcela
1ª Parcela
2012
24/10/14
21/11/14
24/04/14
12/03/14
28/05/14
24/04/14
12/03/14
28/05/14
13/11/13
16/12/13
25/04/13
19/03/13
23/05/13
761.539
1.121.075
470.996
650.079
767.298
192.725
558
283.640
964
119.122
488
164.518
476
135.643
964
187.487
275.933
115.888
160.045
131.947
380.770
560.537
235.498
325.039
268.554
Obs.: As informações de 1º parcela, refere-se aos resultados do 1º semestre dos respectivos exercícios (art. 41 do Estatuto Social).
Do lucro líquido verificado no exercício de 2014, apurado de acordo com a legislação societária, a
Companhia propõe para pagamento de Dividendos Anuais o montante de R$ 622.523.190,03 da seguinte
forma:
 Juros sobre o Capital Próprio em substituição aos dividendos, no valor bruto de R$ 30.000.000,00,
distribuído em R$ 0,10469 por ação ordinária (ON), R$ 0,11519 por ação preferencial classe A (PNA)
e R$ 0,11519 por ação preferencial classe B (PNB), foram declarados e pagos antecipadamente em
21.11.2014;
 Dividendos no valor de R$ 592.523.190,03, dos quais, R$ 350.769.731,75, distribuído em R$ 1,22416
por ação ordinária (ON); R$ 1,34678 por ação preferencial classe A (PNA), R$ 1,34678 por ação
preferencial classe B (PNB), foram declarados e pagos antecipadamente em 21.11.2014.
A parcela remanescente dos Dividendos, no valor de R$ 241.753.458,28 - cujo pagamento ocorrerá em até
60 dias da realização da Assembleia Geral Ordinária - será assim distribuída: R$ 0,84351 por ação ordinária
(ON), R$ 1,06310 por ação preferencial classe A (PNA) e R$ 0,92803 por ação preferencial classe B (PNB).
4.7. Valor Adicionado
No exercício de 2014, a Copel apurou R$ 7.835,5 milhões de Valor Adicionado Total, 18,6% superior ao
ano anterior. A demonstração, na íntegra, encontra-se nas Demonstrações Financeiras.
Distribuição do Valor Adicionado
Acionistas
Retido
Terceiros
Pessoal
Governo
Estadual e Municipal
Federal
Total
2014
2013
Variação %
9,6%
7,4%
8,9%
15,5%
58,6%
54,4%
5,4%
11,3%
6,5%
18,4%
58,4%
56,4%
77,8
(34,5)
36,9
(15,8)
0,3
(3,5)
45,6%
43,6%
4,6
100,0%
100,0%
-
4.8. Inadimplência de Consumidores
Em dezembro de 2014, a inadimplência de consumidores da Copel Distribuição foi de R$ 132,4 milhões,
que equivale a 1,5% do seu faturamento.
Para o cálculo, considera-se inadimplente o consumidor com débito vencido há mais de 15 dias até 360
dias, em conformidade com o prazo de aviso de vencimento (Resolução Aneel nº 414/2010), e é excluído o
reconhecimento de perdas dos débitos vencidos.
Inadimplência (%) = ∑ Déb itos vencidos > 15 dias ≤ 360 dias
∑ Faturamento no período de 12 meses
4.9. Ações.......
Volume negociado:
Bovespa
Volume negociado
Negócios
Quantidade
Volume (R$ mil)
Total
PNB (CPLE6)
Média diária
Total
218
833.972
3.363
20.569.200
82.940
151.651.000
611.496
460.880
1.858
4.943.379
19.933
248
Presença nos pregões
139
55%
Quantidade
-
-
377.065
Volume (€ mil)
Presença nos pregões
-
-
3.944
248
Desempenho do preço das ações:
610.694
100%
NYSE
248
Quantidade
Volume (US$ mil)
Média diária
54.011
Latibex
Presença nos pregões
ON (CPLE3)
6.411
100%
4.393
148.930.401
590.994
46
2.060.571
8.177
252
100%
1.520
16
98%
Variação %
BM&FBovespa
Ação
2014
2013
ON (CPLE3)
R$ 24,90
R$ 22,30
11,7
média ON
R$ 22,83
R$ 24,19
(5,6)
PNA (CPLE5)
R$ 30,00
R$ 30,00
-
média PNA
R$ 30,00
R$ 33,47
(10,4)
PNB (CPLE6)
R$ 35,90
R$ 30,53
17,6
média PNB
R$ 32,77
R$ 31,22
5,0
50.007
51.507
(2,9)
Ibovespa
Índice de Energia Elétrica
27.161
26.250
3,5
US$ 9,22
US$ 9,31
(1,0)
média ON
US$ 9,67
US$ 11,11
(12,9)
PNB (ELP)
US$ 13,17
US$ 13,14
0,2
média PNB
US$ 14,00
US$ 14,58
(4,0)
Índice Dow Jones
17.823,07
16.576,66
Latibex
NYSE
ON (ELPVY)
€ 11,13
PNB (XCOP)
€ 9,50
€ 10,59
média PNB
Índice Latibex
€ 10,99
1.750,00
2.076,60
7,5
17,2
(3,7)
(15,7)
4.10. Programa de Investimentos
O programa de investimentos para 2015 foi aprovado em 11.12.2014 pela 147ª reunião ordinária do CAD. A
seguir, os investimentos realizados e os previstos para 2015:
Realizado
Empresas
(em R$ milhões)
Geração e Transmissão
Distribuição
Telecomunicações
Holding
Participação em Novos Negócios
Total
2014
Variação %
2013
2014-2013
Previsto
2015
758,4
857,7
107,5
5,9
478,9
816,5
74,1
-
58,4
5,0
45,1
-
1.042,2
784,7
107,7
5,5
739,5
407,1
81,7
536,8
2.469,0
1.776,6
39,0
2.476,9
5. DESEMPENHO SOCIOAMBIENTAL
5.1. Força de trabalho
Considerando
a
Copel
Holding,
Copel
Distribuição,
Copel
Geração
e
Transmissão,
Copel
Telecomunicações, Copel Participações e Copel Renováveis, os 8.592 empregados do quadro próprio estão
distribuídos em quatro carreiras: profissional de nível médio (4.904 empregados), profissional técnico de
nível médio (2.060 empregados), profissional de nível superior (1.488 empregados) e operacional (140
empregados). A Companhia vem redimensionando seu quadro funcional, tendo admitido 211 novos
empregados em 2014, mediante concurso público. Durante o mesmo período, 269 empregados desligaramse da Companhia. A taxa de rotatividade foi de 2,8% em 2014 e 8,4% em 2013.
 Desenvolvimento de Pessoal
O Desenvolvimento de Pessoal se desdobra em programas corporativos, cursos de formação e obrigatórios.
Em 2014, a Copel investiu R$ 6,4 milhões em Treinamento e Desenvolvimento - T&D, em ações voltadas
aos seus empregados e público estratégico. As ações de T&D da Companhia resultaram no registro de
22.170 participações em 1.774 eventos. Considerando o total de 8.592 empregados, estas participações
equivalem a 2,6 participações por empregado da Companhia.
No que se refere à liderança, em 2014 houve a continuidade de duas turmas do MBA Executivo em Gestão
Empresarial, realizado na modalidade in company (iniciado no segundo semestre de 2013). Este MBA foi
fundamentado nos valores e nas competências organizacionais da Copel e conta com a participação de 87
empregados.
Os módulos e os assuntos trabalhados no MBA foram desenvolvidos para capacitar o gerente da Copel
para realizar uma gestão eficaz, desenvolver visão estratégica dos negócios da Companhia e ser um líder
que valoriza e promove o desenvolvimento das pessoas.
Em 2014 a Universidade Copel - UniCOPEL se tornou signatária do Principles for Responsible Management
Education - PRME. Esta iniciativa, desenvolvida pela Organização das Nações Unidas, tem objetivo de
estabelecer um processo de contínuo aprimoramento das escolas de negócio do mundo inteiro, a fim de
que estas sejam capazes de formar uma nova geração de líderes, preparados para enfrentar os desafios
complexos que o século XXI. Além de desenvolver políticas e diretrizes sobre T&D na Copel, a UniCOPEL
busca novas metodologias, tecnologias, parcerias e novas práticas de treinamento e desenvolvimento para
implementação nos programas de treinamento da empresa com base nos direcionamentos estratégicos da
Companhia.
A Copel possui também o programa Babel, custeado parcialmente pela Companhia, que tem por finalidade
propiciar a obtenção de proficiência para os empregados que necessitem do uso de um idioma estrangeiro
para exercer suas atividades na Companhia. Em 2014, 164 empregados participaram do programa.
 Benefícios
Entre os benefícios concedidos diretamente pela Companhia a todos os empregados, além dos previstos
pela legislação, destacam-se: auxílio-educação; adiantamento de férias e pagamento adicional de mais 1/3
da remuneração, além dos valores obrigatórios previstos em Lei; adiantamento da primeira parcela do 13º
salário no mês de janeiro; participação nos lucros e resultados; incentivo à qualidade de vida, com
iniciativas como o Coral da Copel e os Jogos Internos; auxílio-alimentação e refeição; vale lanche; auxíliocreche; auxílio a empregados com deficiência e a empregados com dependentes deficientes;
complementação de auxílio doença; além de outros benefícios proporcionados pelo convênio existente
entre a Copel e o Instituto Nacional do Seguro Social - INSS. Adicionalmente, por meio da Fundação Copel
de Previdência e Assistência Social, da qual a Copel é mantenedora, há concessão de: plano de
previdência privada, adicional ao valor da previdência oficial, e plano de assistência médico-hospitalar e
odontológica. A Fundação Copel disponibiliza, ainda, uma carteira de empréstimos aos seus participantes,
obedecendo às disposições legais que regem as aplicações das reservas do seu fundo previdenciário.
 Política salarial
As práticas de remuneração, reconhecimento e incentivo estão baseadas no modelo de remuneração
estruturado pela Companhia, apoiando-se em dois pilares: remuneração fixa (comparação de mercado e
mérito) e variável (Participação dos Empregados nos Lucros e/ou Resultados - PLR). A PLR dos
empregados da Copel ocorre de acordo com a Lei Federal n° 10.101/2000, o Decreto Estadual n°
1.978/2007 e a Lei Estadual n° 16.560/2010, sendo o montante do lucro distribuído de forma igualitária a
cada empregado. A proporção entre o menor salário praticado pela Companhia em dezembro de 2014 (R$
1.447,60) e o salário mínimo nacional vigente naquela data (R$ 724,00) era de duas vezes, não havendo
diferença significativa no mesmo período relativamente à proporção de salário-base entre homens e
mulheres.
 Relações trabalhistas
Além de cumprir totalmente com suas obrigações trabalhistas, garantindo aos empregados os seus direitos
instituídos pela legislação, a Copel realiza uma série de ações, com o intuito de aprimorar as relações
trabalhistas, dentre as quais destacamos:
 Comissão de Análise de Denúncias de Assédio Moral - Cadam, instituída com o objetivo de
estabelecer regras para investigação e tratamento das denúncias de assédio moral, garantindo a
imparcialidade nas análises dos processos;
 Ouvidoria: por meio deste canal, qualquer pessoa, mesmo que não seja empregado da Copel, pode
solicitar informações, dar sugestões, fazer reclamações, denúncias e questionamentos em relação à
Companhia.
 Canal de Comunicação Confidencial: canal que pode ser utilizado por empregados, gerentes,
diretores, estagiários, contratados e demais partes interessadas.
O objetivo desse recurso é a
comunicação de irregularidades relacionadas à contabilidade, auditoria e controles internos, bem
como sobre o descumprimento de dispositivos legais e regulamentares e de normas internas da
Copel.
 Conselho de Orientação Ética - Coe: este canal é formado por empregados indicados pela Copel e
coordenado por pessoa da sociedade civil com notório conhecimento sobre o assunto. O grupo avalia
denúncias sobre descumprimento do Código de Conduta e tem prazo máximo para resposta final com
as orientações pertinentes.
 a Copel se relaciona com 19 sindicatos representativos das diversas classes de trabalhadores e, ao
longo do ano, promove reuniões para discussão de assuntos de interesse mútuo. Por ocasião da data
base (outubro) esse relacionamento se intensifica quando os sindicatos e Copel discutem as
reivindicações para chegar ao Acordo Coletivo de Trabalho - ACT. O cumprimento das cláusulas dos
ACTs mitiga possíveis problemas com sindicatos e empregados; e
 as dispensas por justa causa são precedidas de processo administrativo sumário, regulado por norma
administrativa interna, que garante ao empregado o direito de defesa.
 Diálogo com o Público Interno
Anualmente a Copel realiza a Pesquisa de Opinião do Empregado - POE, como forma de ouvir seus
profissionais, bem como identificar expectativas e necessidades de melhoria no ambiente de trabalho.
A pesquisa divide-se em 3 Dimensões: Indivíduo, Ambiente de Trabalho e Empresa. Em cada uma das
Dimensões são investigados diferentes fatores, como motivação em relação ao trabalho, satisfação em
relação a salários e benefícios, relacionamento com colegas e gerentes, desempenho da Diretoria, entre
outros desta natureza.
Em 2014 a POE aconteceu no mês de julho, tendo a participação de 56,6% dos empregados e obtendo-se
um grau de satisfação de 67,1. Os resultados da pesquisa foram desdobrados e divulgados a todos os
empregados. Os pontos de atenção estão sendo tratados em parceria pela Holding e subsidiárias integrais.
 Programa Nossa Energia
O Nossa Energia é o programa de gestão de desempenho da Copel, sendo composto por dois eixos:
Competências Organizacionais, relacionado aos comportamentos esperados de cada empregado, e
Resultados, que está associado à produtividade e é formado por metas corporativas.
De acordo com o Nossa Energia, o desempenho de cada empregado associa-se a um dos três grupos de
desempenho definidos pela Companhia. Esses grupos servem como subsídio para a aplicação de
diferentes tratativas em relação à Carreira e Remuneração e ao Desenvolvimento Profissional, tais como
promoções funcionais, meritocracia, adequação funcional, conferências, treinamentos, bolsas para pós
graduação e línguas estrangeiras, entre outros.
O programa foi implantado em 2013 e, no ciclo de 2014 teve melhorias pontuais e assertivas
proporcionadas pela experiência do ciclo de implantação e pelas práticas de gestão de desempenho na
Copel. Neste sentido, o Nossa Energia, a cada ciclo, permitirá aprendizados e, assim, aprimoramentos que
visam o atingimento dos seus objetivos e maior aderência com a cultura e realidade da Companhia.
5.2. Fornecedores
Desde 2005, a Companhia vem estruturando formas de dinamizar o relacionamento com os fornecedores e
melhorar o processo de gestão da cadeia de suprimentos, adotando em seus editais alguns critérios
relacionados a questões socioambientais, como a vedação de trabalho infantil, o respeito ao meio ambiente,
a implantação de requisitos mínimos para destinação de resíduos potencialmente poluidores, dentre outros.
Principais ações em 2014
 Identificação e avaliação de fornecedores críticos, considerando aspectos legais, financeiros,
ambientais, de saúde e segurança no trabalho, segurança da população, de imagem da empresa, da
percepção do cliente e sociedade, e dos processos envolvidos.
 Consulta a Lista Suja do Ministério do Trabalho e Emprego para contratação de fornecedores como
prevenção ao risco de envolvimento da empresa como corresponsável em processos contra
empregadores que utilizaram mão-de-obra escrava.
 Manual do fornecedor
O manual tem a finalidade de orientar os fornecedores quanto a questões cotidianas da Companhia,
aprimorar o relacionamento entre as partes e buscar o alinhamento dos princípios e diretrizes relacionados
ao processo da cadeia de suprimentos. O documento pode ser acessado no website www.copel.com.
5.3. Clientes.......
Alinhada aos valores presentes em seu referencial estratégico de Respeito às pessoas e Inovação, a Copel
investiu na diversificação de canais de atendimento visando facilitar o relacionamento com o cliente e,
consequentemente, sua satisfação com os serviços prestados. Dentro dessa política de ampliação dos
meios de contato com os consumidores destacamos a Agência Virtual e a disponibilização de novas
funcionalidades no Copel Mobile, cujo grande diferencial é oferecer o autoatendimento na palma das mãos,
de forma ágil, segura e eficiente.
A popularização de aparelhos portáteis como celulares, smartphones e tablets impulsionou a adesão
crescente dos consumidores aos serviços online. Adaptando-se a essa nova realidade e antecipando-se às
necessidades e expectativas de seus usuários, a Copel disponibiliza sete canais de atendimento virtuais
dentre as nove formas de contato atualmente existentes: Agência Virtual, Copel Mobile, website, e-mail,
SMS, chat e Redes Sociais — Twitter e Facebook. Estes canais virtuais dinamizam o atendimento ao cliente
e são ferramentas primordiais ao alcance do objetivo de redução da demanda de chamadas no atendimento
telefônico e de visitas no atendimento presencial.
A tabela a seguir ilustra o crescimento na utilização dos canais virtuais em comparação ao atendimento
telefônico e presencial.
Atendimento virtual
Atendimento pessoal
Total
2012
2013
2014
41,0%
59,0%
45,0%
55,0%
52,0%
48,0%
100,0%
100,0%
100,0%
A Copel entende que o cliente é seu maior patrimônio e busca o constante aprimoramento das relações da
Companhia com seus consumidores e com a comunidade em geral. Isso se dá por meio do Conselho de
Consumidores, órgão de caráter consultivo e sem personalidade jurídica instituído em novembro de 1993,
em atendimento à Lei nº 8.631/1993. Suas atribuições são regidas pela Resolução nº 451/2011 da Aneel, e
consistem em examinar questões ligadas ao fornecimento de energia elétrica, tarifas e adequação dos
serviços prestados ao consumidor final.
O Conselho é composto por usuários das classes de clientes residencial, comercial, rural, poder público e
industrial, empregados da Companhia e também por um de representante da Coordenadoria Estadual de
Proteção e Defesa do Consumidor – Procon.
Todas as ações buscando a melhoria do relacionamento com o cliente vêm alcançando bons resultados e
sendo reconhecidas. Entre todas as grandes distribuidoras do Brasil, a Copel obteve o menor índice de
reclamações procedentes na ouvidoria da Aneel: 0,66 enquanto a média nacional foi de 4,47. Este foi um
dos fatores que possibilitaram a conquista do melhor Índice Aneel de Satisfação do Consumidor - IASC
entre as empresas de grande porte. A Copel foi destaque no Prêmio Nacional da Qualidade - PNQ pelo
atendimento prestado a seus consumidores. Além disso, em 2014 a Companhia também obteve a
premiação de melhor distribuidora da América Latina pela Comisión de Integración Energética Regional –
CIER, e foi eleita a melhor distribuidora do Brasil na avaliação do cliente em pesquisa feita pela Associação
Brasileira das Distribuidoras de Energia Elétrica - Abradee.
5.4. Comunidade
Em 2014, vários municípios que abrigaram empreendimentos da Copel contaram com a dedicação de
técnicos enviados com a função de demonstrar a importância das questões sobre o meio ambiente e
desenvolvimento sustentável.
Museu Regional do Iguaçu – MRI
O MRI está situado na Vila Residencial da Usina Hidrelétrica Gov. Ney Braga - UHEGNB, no município de
Mangueirinha, no Paraná e apresenta, de forma integrada, as características sociais, culturais e ambientais
das populações que têm ocupado as margens do rio Iguaçu. Mantém sob guarda valioso acervo oriundo
dos programas de Salvamento Arqueológico, Salvamento da Memória Cultural e de Aproveitamento
Científico de Flora e Fauna desenvolvidos durante a implantação da UHEGNB.
É reconhecido como iniciativa pioneira no setor elétrico e tem servido como espaço de reflexão, debate e
educação socioambiental. A partir das coleções, os educadores do Museu desenvolvem ações que
estimulam a valorização da cultura e da memória local e regional, promovendo reflexões sobre o
desenvolvimento, o crescimento econômico, o bem-estar humano, a preservação dos recursos naturais, a
utilização segura e consciente de energia elétrica.
Em 2014, o Museu atendeu mais de 17.476 visitantes/usuários distribuídos nas modalidades de
agendamento com monitoria guiada, visitantes espontâneos e de Museu Itinerante. Desde sua inauguração,
em dezembro de 2000, o Museu foi responsável por atividades educativas e de monitoria de 278.605
pessoas, que tomaram conhecimento das ações da Copel pelo Meio Ambiente.
Centro de Visitantes de Faxinal do Céu - CVFC
O CVFC, criado em 2007, está situado no Jardim Botânico de Faxinal do Céu, na Vila Residencial da Usina
Hidrelétrica Gov. Bento Munhoz da Rocha Netto - UHEGBM, no município de Pinhão, no Paraná e está
integrado ao Jardim Botânico Faxinal do Céu, o primeiro Jardim vinculado a uma obra hidrelétrica.
Trata-se de uma obra complementar à UHEGBM e ressalta a ação da Copel em preservar o patrimônio
natural e botânico de seus empreendimentos hidrelétricos. É um ambiente propício para pesquisas
científicas tanto de flora quanto de fauna.
No CVFC, os educadores do Centro de Visitantes desenvolvem ações educativas em trilhas e indoor, por
conta de suas coleções botânicas e das possibilidades educacionais que elas proporcionam, estimulando
preservação da biodiversidade, promovendo reflexões sobre a cultura local e regional, o desenvolvimento, o
crescimento econômico, o bem-estar humano, a preservação dos recursos naturais, o uso seguro e
consciente da eletricidade.
Em 2014, o CVFC atendeu a 2.793 visitantes/usuários distribuídos nas modalidades de agendamento com
monitoria guiada, visitantes espontâneos no Centro de Visitantes e em parceria com o MRI nas atividades
de Museu Itinerante.
Programa Cultivar Energia (Sob-linhas)
Tem como objetivo implementar hortas comunitárias nos imóveis sob linhas de energia elétrica da Copel,
em parceria com prefeituras municipais e comunidades.
Através da ocupação social de espaços ociosos, pretende-se promover a inclusão, segurança alimentar e
geração de renda. Além disso, o programa visa também proporcionar segurança à comunidade, pois tem o
potencial de inibir ocupações irregulares e perigosas sob as linhas de energia.
Em 2013 a primeira horta comunitária sob linha da Copel em parceria com a Prefeitura Municipal foi
inaugurada como uma experiência piloto no Município de Maringá. Com os primeiros resultados positivos,
outras hortas foram viabilizadas e estão beneficiando atualmente em torno de 140 famílias de três diferentes
comunidades daquele município.
Visando a normatização e expansão desta iniciativa no contexto de um programa socioambiental
corporativo, a Copel está elaborando normas e procedimentos e tem como estratégia implantar o programa
em outros municípios do Paraná, com o objetivo de ampliá-lo.
Projeto Guardião das Águas
É um convênio firmado com o Instituto Bom Aluno, finalizado no primeiro semestre de 2014, com o objetivo
de promover a cidadania, por meio do apoio e mobilização ao grupo escoteiro Guardião das Águas, visando
à sensibilização dos participantes para temas ambientais e sociais e a contribuição para a preservação das
áreas de mananciais da Bacia do Alto Iguaçu.
Acidente na comunidade (distribuição)
Historicamente, por força de seu estatuto, a Copel tem um forte envolvimento com a sociedade, tendo como
propósito promover o desenvolvimento socioeconômico do Estado. Com sua expansão para outros Estados
esse compromisso está se ampliando.
A prevenção de acidentes com a comunidade é realizada com treinamentos nas escolas, empresas,
canteiros de obras e reuniões nas comunidades, utilizando-se material didático padronizado com instrutores
formados, entrevistas em emissoras de rádio por todo Estado do Paraná em convênio com a Secretaria de
Estado da Saúde, acordos diretos com as emissoras para a divulgação diária de informações sobre o uso
seguro da eletricidade e mensagens mensais na fatura de energia elétrica encaminhada a todos os clientes.
Anualmente é promovida a Semana Nacional de Segurança, em parceria com a Abradee e demais
distribuidoras.
5.5. Educação para sustentabilidade
Rede Copel de Agentes para Sustentabilidade
A Rede Copel de Agentes para a Sustentabilidade atua na mobilização, sensibilização e conscientização do
público interno para questões afetas à sustentabilidade.
Seminário Copel de Boas Práticas Socioambientais
O V Seminário Copel de Boas Práticas Socioambientais, focou na temática da sustentabilidade como
geradora de valor e contou com a apresentação de palestras de renomados profissionais contribuindo para
o processo de compartilhamento e envolvimento de empregados da Copel e publico externo para questões
socioambientais e de sustentabilidade.
Feira Copel de Boas Praticas Socioambientais
Em paralelo ao V Seminário Copel de Boas Praticas Socioambiental, foi realizada a II Feira Copel de Boas
Práticas Socioambientais, que contou com a participação de 26 expositores, assim distribuídos: 3
empresas, 5 instituições de ensino e pesquisa, 5 institutos empresarias, 11 instituições sociais e 3 parceiros
estratégicos. A Feira foi visitada por aproximadamente 400 pessoas
Troféu Susie Pontarolli
O Troféu Susie Pontarolli de Sustentabilidade tem por objetivo reconhecer e apoiar iniciativas que visam
contribuir para a promoção do desenvolvimento sustentável e melhoria de qualidade de vida. A 2ª Edição do
Troféu, oportunizou a participação de empregados e fornecedores e premiou as três melhores práticas nas
Categorias:
 Categoria Empregados - onde os prêmios em dinheiro deverão ser destinados, exclusivamente, para
a manutenção ou ampliação dos projetos vencedores.
 Categoria Fornecedores Consciente - visa destacar projetos em prol da comunidade ou de seus
empregados como forma de valorização da pessoa, de estimulo à igualdade e justiça social.
5.6. Projetos e Programas Corporativos

Incentivos Fiscais
A Copel, através de renúncia fiscal, incentiva diversos projetos de incentivo à cultura (Lei Rouanet), ao
esporte (Lei de Incentivo ao Esporte) ou a projetos sociais atinentes ao estatuto da criança e do adolescente
(FIA - Fundo da Infância e do Adolescente), ao estatuto do idoso (Fundo do Idoso) ou a projetos voltados
ao desenvolvimento da saúde (Pronon e Pronas).
O destaque é o apoio ao TOP 2016, programa que pretende tornar o Paraná referência no Brasil no esporte
olímpico e paralímpico, valorizando os talentos esportivos do Estado, bem como contribuir no
desenvolvimento social, proporcionando esporte, saúde e educação para os jovens.

Voluntariado Corporativo - EletriCidadania
O Programa permite que os empregados utilizem até 4 horas mensais do seu tempo de trabalho para a
execução, de forma voluntária e espontânea, de ações comunitárias que, muito além do simples
assistencialismo, levem ao desenvolvimento sustentável da sociedade em todos os aspectos, sejam eles
culturais, educacionais ou profissionais. Em 2014, participaram do programa 154 empregados, realizando
um total de 1.229 horas de voluntariado.

Programa Corporativo de Acessibilidade
O Programa Corporativo de Acessibilidade tem o objetivo de tornar a Companhia rigorosamente adaptada
no que diz respeito às questões de acessibilidade, por meio de reformas, projetos arquitetônicos e
urbanísticos, implementação de recursos tecnológicos, aplicação de treinamento e campanhas educativas,
para que seus empregados e partes interessadas, com algum tipo de deficiência, tenham pleno acesso às
suas instalações, informações e serviços. Em 2014, a Copel conta com 81,7% das agências e postos de
atendimento adaptados arquitetonicamente.
 Programa Luz para Todos - LPT
Em 2011, o Governo Federal, por meio do Decreto nº 7.520/2011, instituiu novo Programa LPT para o
período de 2011 a 2014, destinado a propiciar atendimento exclusivamente às famílias prioritárias, ou seja:
moradores dos Territórios da Cidadania, assentamentos rurais, comunidades indígenas, quilombolas, como
também a escolas, postos de saúde e poços de água comunitários. Até dezembro de 2014 foram ligadas
4.092 unidades consumidoras.
 Programa Morar Bem Paraná
Em 2011, através do Decreto nº 2845/2011, foi instituído o Programa Morar Bem Paraná. Este convênio tem
o objetivo de incentivar a produção e a aquisição de novas unidades habitacionais, requalificação,
ampliação ou reformas de imóveis urbanos e rurais, regularização fundiária e urbanização para famílias com
renda mensal de até seis salários mínimos nacional, bem como o desenvolvimento Estadual de Habitação
de Interesse Social.
Dentre as atribuições da Copel no convênio, a principal é a construção das redes de distribuição de energia
elétrica e das entradas de serviços das unidades consumidoras dos conjuntos habitacionais. A gestão do
convênio é realizada pela Companhia de Habitação do Paraná - Cohapar.
 Programa de Gestão de Solo e Águas em Microbacias
Em junho de 2012 foi celebrado o Programa de Gestão de Solo e Águas em Microbacias, tendo, como
participantes, o Instituto de Águas do Paraná, a Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento, 99
municípios do Estado do Paraná e a Copel. O objetivo deste convênio é a implantação do sistema de
Abastecimento Público em área rural, no âmbito do programa de gestão de Solo e Água em Microbacias.
Posteriormente, o Programa foi estendido, para atender a outros 86 municípios do Estado.
A obrigação definida para a Copel é atender ao pedido de ligação da unidade consumidora do município,
gratuitamente, de acordo com os critérios de universalização do atendimento, previstos na Resolução Aneel
nº 414/2010, ou quando cabível, participar financeiramente através do encargo de responsabilidade da
distribuidora. A gestão do convênio é realizada pelo Instituto Águas do Paraná.
 Programa Luz Fraterna
Programa em parceria com o Governo do Estado do Paraná, pelo qual as unidades consumidoras
classificadas como residencial baixa renda e com consumo de até 120 kWh têm isenção total da fatura, cujo
débito é assumido pelo Governo do Estado. Em 2014 foram beneficiadas cerca de 182 mil famílias.
 Programa de Irrigação Noturna
Realizado em conjunto com a Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, o Instituto
Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural - Emater, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente Sema, entre outros órgãos, o programa tem como objetivo incentivar o aumento da produtividade agrícola
mediante vantagens na construção da rede e desconto na energia elétrica utilizada à noite para
acionamento de sistemas de irrigação, o que resulta em aumento da renda e melhoria da qualidade de vida
do produtor rural. Em 2014 foram beneficiados cerca de 4 mil agricultores pela tarifa especial de irrigação.
 Programa Tarifa Rural Noturna
O programa tem o objetivo de incentivar os produtores rurais paranaenses, classificados como
consumidores rurais atendidos em rede de baixa tensão, a utilizar a energia elétrica no período
compreendido entre 21h30 e 06h, mediante desconto de 60,0% na tarifa, proporcionando minimização de
custos e incremento da produção rural no Estado do Paraná. Em 2014, foram beneficiadas cerca de 8,6 mil
propriedades pela tarifa especial noturna.
 Programa de Eficiência Energética - PEE
O PEE tem o objetivo de promover a eficiência no uso final da energia elétrica, por meio da aplicação de
recursos financeiros determinados pela Lei nº 9.991/2000, de modo a contribuir para a otimização do
sistema elétrico e postergação de investimentos em geração, transmissão e distribuição de energia elétrica.
Em 2014 foram aplicados cerca de R$ 15,9 milhões em 18 projetos, que colaboraram para melhoria da
eficiência energética nas instalações de consumidores residenciais de baixa renda, prédios públicos,
escolas estaduais, estabelecimentos comerciais e de serviços e em projetos educacionais.
Em 2014 foi aberta Chamada Pública nº 001/2014 para consumidores com ou sem fins lucrativos, com
investimento previsto de R$ 11,0 milhões, sendo R$ 7,0 milhões para os segmentos industrial e residencial
e outros R$ 4,0 milhões para outras tipologias. Simultaneamente com o lançamento da Chamada Pública,
foi realizado o “I Workshop - Projetos de Eficiência Energética - Chamada Pública Copel”, visando a
disseminação de boas práticas na elaboração e proposição de projetos de eficiência energética
desenvolvidos no âmbito do Programa de Eficiência Energética regulado pela Aneel. Um dos principais
objetivos foi divulgar as principais diretrizes que regem o programa com intuito de melhor orientar os
envolvidos, para que assim se eleve a quantidade e a qualidade dos projetos apresentados na chamada
pública. A Copel foi a primeira empresa a realizar Chamada Pública nos moldes do novo regulamento da
Aneel.
5.7. Meio ambiente

Gestão socioambiental de novos empreendimentos
Em 2014 foi realizada a gestão socioambiental dos novos empreendimentos em implantação pela
Companhia: UHE Colíder, SE Cerquilho II, SE Taubaté, LT Araraquara II — Taubaté, LT Colíder — Cláudia,
LT Foz do Chopim — Salto Osório C2, LT Londrina — Figueira C2, LT Assis — Paraguaçu Paulista II, SE
Paraguaçu Paulista II, LT Bateias — Curitiba Norte, SE Curitiba Norte, LT Assis — Londrina C2, LT Foz do
Chopim — Realeza Sul e SE Realeza Sul (ampliação).
Também foi realizada a gestão socioambiental de Engenharia do Proprietário da LT Cascavel Oeste —
Umuarama Sul, SE Umuarama Sul,
LT Curitiba — Curitiba Leste e Seccionamentos, SE Curitiba Leste e
SE Curitiba, LT Umuarama Sul — Guaíra, Sistema Transmissor 230 kV Cascavel (LT Cascavel Oeste —
Cascavel Norte, LT Cascavel Norte Seccionamento Cascavel Oeste - Umuarama Sul e SE Cascavel Norte)
e SE Santa Quitéria. Foi realizado também o acompanhamento do licenciamento ambiental da SPE Mata de
Santa Genebra, que compreende os empreendimentos LT Itatiba — Bateias, LT Araraquara II — Itatiba, LT
Araraquara II — Fernão Dias, SE Fernão Dias, SE Itatiba, e SE Santa Barbara D'Oeste.
Além disso, foram obtidas 29 licenças e autorizações ambientais junto aos órgãos licenciadores.

Gestão Socioambiental de Reservatórios
Desenvolvimento de ações por meio da gestão ambiental por microbacias hidrográficas, com os objetivos
de:
 identificar as fontes de poluição nas bacias de contribuição dos reservatórios;
 planejar, em parceria com demais instituições do Estado, o uso e a ocupação do solo;
 participar de programas estaduais relacionados a ações de preservação ambiental em microbacias
contribuintes de reservatórios;
 implantar medidas de caráter preventivo e corretivo; e
 controlar a incidência de algas e macrófitas, visando melhorar a qualidade e disponibilidade de água
nos reservatórios das UHEs da Copel, bem como promover seu uso múltiplo.
Em 2014 foram realizados esforços na implementação de um programa de gestão do aporte de fósforo no
reservatório da UHE Mauá, a fim de evitar problemas com florações de algas, em parceria com outras
instituições do Estado e outras empresas. Este programa consiste em ações de diagnóstico, fiscalização,
educação e ações corretivas no meio rural. A partir de 2015, será realizado em parceria com a Emater, que
possui o Programa de Gestão de Solo e Água no Estado do Paraná.

Programa Florestas Ciliares
O principal objetivo do Programa é a recuperação dos ambientes naturais circunjacentes aos reservatórios
das usinas, feita essencialmente por meio de plantios florestais, utilizando diferentes técnicas de
recuperação florestal, visando melhor desempenho da atividade. O trabalho é realizado em imóveis da
Copel, bem como em imóveis de terceiros, cujos proprietários possuam interesse em aderir ao Programa.
Em 2014, foram plantadas 185.796 mudas, o que corresponde a uma área recuperada de aproximadamente
155 hectares. Foi realizado o cercamento de 13,3 km, para proteção das áreas reflorestadas.

Hortos Florestais
Nos hortos florestais são produzidas as mudas necessárias para atendimento a programas de
compensação ambiental que necessitam de reflorestamento. Além do Programa de Florestas Ciliares, são
produzidas mudas para compensação ambiental de supressão vegetal decorrente da abertura de faixa para
linhas de transmissão e distribuição, repasse de mudas de arborização urbana para as prefeituras
conveniadas e para compor o paisagismo de áreas administrativas da Companhia. A produção de mudas
inclui aproximadamente 150 espécies arbóreas nativas, abrangendo os diversos tipos de vegetação,
inclusive várias espécies raras e ameaçadas de extinção. Em 2014, os hortos florestais da Companhia
produziram 409.823 mil mudas. Além das mudas produzidas nos hortos, são transplantadas e reabilitadas
plantas resgatadas durante a supressão vegetal em áreas de novos empreendimentos.

Programa de Monitoramento e Repovoamento de Ictiofauna
O Programa permite acompanhar as mudanças nas comunidades de peixes afetadas pelas barragens da
Copel e realiza o manejo destas comunidades, mitigando impactos e atendendo necessidades legais e
sociais. Em 2014 houve a liberação de 127.728 alevinos, sendo 10.000 em ações com universidades,
85.378 nos reservatórios da Copel e 32.350 em eventos ambientais junto às prefeituras. Houve ainda
resgates de peixes em situações de risco relacionadas ao funcionamento das usinas hidrelétricas,
totalizando 3.216 peixes resgatados em 2014.

Programa de Arborização Urbana
Incentiva a melhoria da arborização urbana dos municípios da área de concessão da Copel, por meio de
ações junto às Prefeituras, visando à convivência das redes de distribuição de energia com as árvores
urbanas. O plantio de árvores adequadas em locais corretos resulta em uma menor necessidade de
intervenções com podas drásticas e na redução de interrupções no fornecimento de energia.
Em 2014, por meio de cinco convênios firmados, foram removidas 422 árvores que ofereciam riscos às
redes de energia e fornecidas 3.350 mudas adequadas à arborização de vias públicas. Também foram
realizados seis cursos técnicos de arborização urbana, em parceria com a Secretaria do Desenvolvimento
Urbano e o Instituto Ambiental do Paraná, no qual foram treinados 236 gestores e servidores de 141
municípios do Estado.

Programa de gestão de riscos de desastres naturais
Em fevereiro de 2014 foi celebrado o Termo de Cooperação Técnica entre a Copel e a Mineropar, cujo
objetivo é gerar dados cartográficos para a gestão de riscos naturais, visando a prevenção de desastres no
Estado do Paraná. A obrigação da Copel é o fornecimento de bases cartográficas para que a Mineropar
possa fazer os estudos geológicos e gerar os mapas de riscos. O trabalho iniciou contemplando os
municípios do Litoral do Paraná.

Zoneamento Ecológico Econômico do Estado do Paraná
Em julho de 2012 foram criadas as comissões coordenadora e executora do Zoneamento Ecológico
Econômico - ZEE do Estado do Paraná. A Copel participa da executora, que tem como objetivo atribuir e
definir procedimentos metodológicos a serem adotados e executar as atividades técnicas necessárias para
a elaboração do ZEE. O ZEE do Litoral do Paraná foi concluído e o ZEE do Estado do Paraná está em fase
final de elaboração.

Tecnologias de redes de distribuição de energia
Os impactos socioambientais mais significativos das redes de distribuição são: riscos de acidentes com
terceiros, conflitos com a arborização e animais silvestres e poluição visual. Para mitigar estes impactos,
sempre que há viabilidade técnica e econômica, a Copel adota tecnologias alternativas às redes nuas,
como:
Rede de Distribuição Compacta Protegida - RDC e Rede de Distribuição Secundária Isolada - RSI: As
RDCs minimizam a área de interferência com a vegetação, a necessidade de poda das árvores. As RSIs
permitem maior proximidade dos galhos de árvores, sem risco de provocar interrupções em caso de contato
eventual e não permanente nos condutores. Juntas, as RDCs e RSIs representam nas áreas urbana e rural
26,0% e 2,1% do total de redes construídas até 2014, respectivamente. Importante ressaltar que desde
2010 a RDC é o padrão construtivo preferencial da Copel para redes aéreas.
Rede isolada: Outra tecnologia de rede que tem sido estudada e aplicada pela Copel é a rede aérea
isolada de média tensão (13.800 Volts e 34.500 Volts). Trata-se de uma tecnologia de cabos isolados que
permite o contato permanente com a arborização. Este tipo de rede torna a necessidade de poda de árvores
quase nula.
Rede Subterrânea: Em certas situações de alta demanda de energia e confiabilidade, a Copel pode
projetar e construir redes subterrâneas, que eliminam a necessidade de poda de árvores e reduzem a
possibilidade de acidentes com terceiros, além de melhorar o impacto visual causado em relação às redes.

Emissões
Emissões de gases do efeito estufa - GEE
A Copel elabora anualmente o inventário de gases do efeito estufa - GEE da Companhia, baseado no
programa brasileiro GHG Protocol. O resultado dos inventários de emissões de GEE da Copel estão
disponíveis no website do GHG Protocol: www.registropublicodeemissoes.com.br. Desde 2012 os
inventários passam por verificação de entidade externa, para validação e certificação, dando maior
transparência às informações.
Em 2014, por meio do Comitê Gestor de Mudanças Climáticas, foram desenvolvidas ações para
padronização das informações para compor o inventário, visando a sua melhoria. Além disso, foram
realizados treinamentos internos para disseminar os conhecimentos sobre gestão de riscos e oportunidades
em mudanças climáticas.
Está em andamento a atualização da Agenda Copel de Mudanças Climáticas, documento que traz os
compromissos, gestão e diretrizes sobre o tema de mudanças climáticas dentro da Companhia, disponível
no website na Copel.
Resíduos
Durante 2014 foram realizadas as seguintes ações:
 Avaliação para integração entre o software Registro Corporativo de Resíduos - RCR e o SAP/ERP
(Módulo Materiais), visando a otimização de registro dos resíduos gerados no âmbito da Companhia.
 Revisão da nomenclatura atual dos resíduos, de acordo com a nova Lista Brasileira de Resíduos
Sólidos, conforme Instrução Normativa nº 13/2012 do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis - IBAMA.
 Elaboração do Manual de Gerenciamento de Resíduos, com o objetivo de alinhar os conceitos e
procedimentos sobre gerenciamento de resíduos com os empregados que manuseiam resíduos
sólidos.
 Participação na elaboração do Plano de Logística Reversa Setorial, coordenado pelo Sindicato das
Empresas de Eletricidade, Gás, Água, Obras e Serviços do Estado do Paraná - Sineltepar e
elaborado pelo Senai, protocolado em janeiro de 2014 na Secretaria de Estado do Meio Ambiente e
Recursos Hídricos, cujo Termo de Compromisso foi assinado em dezembro de 2014.
 Assinados seis termos de compromissos com associações ou cooperativas de catadores para coleta
de resíduos sólidos recicláveis oriundos de atividades administrativas, em atendimento ao Decreto
Estadual n° 4.167/2009.
 Participação mensal nos Fóruns do Lixo e Cidadania, promovido pelo Ministério Público do Trabalho.
 Realizado
treinamento
sobre
Gerenciamento
de
Resíduos
para
as
Comissões
Internas
Sociambientais - CISAs, com a participação de 95 empregados de todo Paraná.
 Projeto Microalgas
O convênio firmado em 2009 através de termo de cooperação técnico-científico com a Copel, o Instituto
Agronômico do Paraná - Iapar e a Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento do Agronegócio
- Fapeagro foi encerrado em julho de 2014. O projeto alcançou os objetivos propostos, tendo formado uma
coleção com cerca de 150 cepas de microalgas, bem como desenvolveu uma plataforma de produção de
microalgas em escala piloto, a qual se encontra instalada no Iapar.
 Projeto de Crédito de Carbono
Integrado ao Conselho de Meio Ambiente da Copel, a Elejor iniciou o projeto de formação de seus Créditos
de Carbono em outubro de 2000. Sob o nome de Fundão Santa Clara Energetic Complex Project FSCECP, o Project Design Document Form - PDD foi aprovado pela United Nations Framework Convention
on Climate Change - UNFCCC/ONU em 2008.
O Certified Emission Reductions - CER é uma commodity e o preço segue, na grande maioria dos casos, o
registro da BlueNext (www.bluenext.eu), que registra todas as operações de compra e venda que ocorrerem
no mundo. Os valores oscilam de forma análoga a uma bolsa de valores convencional. O projeto tem
validade por 21 anos, sendo revisado a cada sete anos, segundo as regras atuais do Protocolo de Kyoto.
6. BALANÇO SOCIAL
BALANÇO SOCIAL ANUAL
Em 31 de dezembro de 2014 e 2013
(Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)
2014
2013
1 - BASE DE CÁLCULO
NE 31
Receita Líquida - RL
13.918.517
2 - INDICADORES SOCIAIS INTERNOS
% Sobre RL
Remuneração dos administradores
Remuneração dos empregados
Alimentação (Auxílio alimentação e outros)
Encargos sociais compulsórios
Plano previdenciário
Saúde (Plano assistencial)
Capacitação e desenvolvimento profissional
NE 32.3 Participação nos lucros e/ou resultados
NE 32.3 Indenizações Trabalhistas
(1)
Outros benefícios
Total
NE 32.3
16.066
754.218
105.425
247.826
66.972
153.539
6.829
92.657
6.588
10.513
1.460.633
3 - INDICADORES SOCIAIS EXTERNOS
0,1
5,4
0,8
1,8
0,5
1,1
0,7
0,1
10,5
% Sobre RL
13.187
789.784
105.972
255.952
66.069
129.605
10.928
80.048
37.925
11.705
1.501.175
% Sobre RL
Cultura
Saúde e saneamento
Esporte
Outros
Programa Luz para Todos
Programa Morar Bem
Programa Tarifa Noturna
Outros
Total das contribuições para a sociedade
Tributos (excluídos encargos sociais)
Total
13.016
4.421
3.130
40.596
8.181
19.692
4.665
8.058
61.163
4.394.165
4.455.328
4 - INDICADORES AMBIENTAIS
(2)
9.180.214
0,1
8,6
1,2
2,8
0,7
1,4
0,1
0,9
0,4
0,1
16,4
% Sobre RL
0,1
0,3
0,1
0,1
0,1
0,4
31,6
32,0
5.910
1.200
1.246
35.483
20.200
5.697
6.362
3.224
43.839
3.663.635
3.707.474
% Sobre RL
0,1
0,4
0,2
0,1
0,1
0,5
39,9
40,4
% Sobre RL
Investimentos relacionados com as operações da
empresa
329.240
2,4
209.057
2,3
Investimentos
externos
Total
624
329.864
2,4
315
209.372
2,3
em
programas
e/ou
Quantidade de sanções ambientais
Valor das sanções ambientais (R$ Mil)
NE - Nota Explicativa
projetos
2
1.600
5
31.583
2014
2013
5 - INDICADORES DO CORPO FUNCIONAL (inclui controladas)
Empregados no final do período
Admissões durante o período
(3)
(4)
(5)
(5)
(6)
Escolaridade dos empregados(as):
Total Superior e extensão universitária
Total 2º Grau
Total 1º Grau
Faixa etária dos empregados(as):
Abaixo de 18 anos
De 18 até 30 anos (exclusive)
De 30 até 45 anos (exclusive)
De 45 até 60 anos (exclusive)
Acima de 60 anos
Mulheres que trabalham na empresa
% Mulheres em cargos gerenciais:
em relação ao nº total de mulheres
em relação ao nº total de gerentes
Negros(as) que trabalham na empresa
% Negros(as) em cargos gerenciais:
em relação ao nº total de negros(as)
em relação ao nº total de gerentes
Portadores(as) de necessidades especiais
Dependentes
Terceirizados
Aprendiz (es)
Estagiários(as)
8.777
235
Total
3.849
4.802
126
Nº de processos trabalhistas em andamento no
final do exercício
Nº de processos trabalhistas encerrados no
exercício
8.815
391
Homens Mulheres
2.684
1.165
4.044
758
124
2
Total
3.837
4.835
143
1.331
4.159
3.232
55
1.927
11
1.612
4.067
3.083
42
1.906
5,3
20,6
4,6
18,6
1.002
981
2,7
5,4
3,0
6,1
195
16.256
5.895
177
313
178
15.998
5.626
235
285
4.836
3.432
540
1.070
Homens Mulheres
2.709
1.128
4.070
765
137
6
6 - INFORMAÇÕES RELEVANTES QUANTO AO EXERCÍCIO DA CIDADANIA
EMPRESARIAL
(6)
Relação entre a maior e a menor remuneração na
empresa
Número total de Acidentes de Trabalho
(inclui acidentes com contratados)
Número total de reclamações e críticas de consumidores:
na empresa
no Procon
na Justiça
% de reclamações e críticas atendidas ou solucionadas:
na empresa
no Procon
na Justiça
19
21
266
273
34.106
515
2.680
46.958
507
1.703
100,0%
95,0%
17,2%
100,0%
94,9%
24,0%
2014
Metas 2015
Os projetos sociais e ambientais desenvolvidos pela
empresa foram definidos por
direção e gerências
direção e gerências
Os padrões de segurança e salubridade no ambiente
de trabalho foram definidos por:
todos + Cipa
todos + Cipa
Quanto à liberdade sindical, ao direito de negociação
coletiva e à representação interna dos trabalhadores, a
empresa:
incentiva e segue a OIT
incentiva e seguirá a OIT
A previdência privada contempla:
todos
todos
A participação dos lucros ou resultados contempla:
todos
todos
Na seleção dos fornecedores, os mesmos padrões
éticos e de responsabilidade social e ambiental
adotados pela empresa:
são exigidos
serão exigidos
Quanto à participação dos empregados em programas
de trabalho voluntário, a empresa:
organiza e incentiva
organizará e incentivará
7- GERAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE RIQUEZA
Valor adicionado total a distribuir
Distribuição do Valor Adicionado (DVA):
Terceiros
Pessoal
Governo
Acionistas
Retido
2014
7.835.476
8,9%
15,5%
58,6%
9,6%
7,4%
2013
6.608.123
6,5%
18,4%
58,4%
4,9%
11,8%
8 - OUTRAS INFORMAÇÕES
• A partir de 2010, o Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas - Ibase não mais prescreve seu modelo padrão de Balanço
Social por entender que esta ferramenta e metodologia já se encontram amplamente difundidas entre empresas, consultorias e
institutos que promovem a responsabilidade social corporativa no Brasil. Assim sendo, a Copel, que já utilizava este modelo desde
1999, resolveu, fundamentada na orientação do Ibase, melhorar sua demonstração de Balanço Social, abordando também
informações solicitadas na NBCT 15, visando à transparência de suas informações.
• As notas explicativas - NEs são parte integrante das Demonstrações Financeiras e também contêm outras informações de natureza
socioambiental não contempladas neste Balanço Social.
• Este Balanço Social contempla dados da holding, subsidiárias integrais, controladas e consórcios da Copel, em virtude da
consolidação de seus resultados, exceto quando indicado de outra forma.
(1) O item Outros benefícios é composto por: Auxílio doença complementar, Auxílio maternidade prorrogado, Seguros, Vale
transporte excedente e Auxílio invalidez, Morte acidental, Auxílio creche, Auxílio educação, Cultura e Segurança e Medicina no
trabalho.
(2) Estas informações referem-se a multas e notificações socioambientais da holding e Copel Distribuição S.A., Copel Geração e
Transmissão S.A, Copel Telecomunicações S.A., Copel Participações S.A. e Copel Renováveis S.A. São divulgados valores originais,
podendo ser alterados, conforme resposta da defesa administrativa apresentada ao órgão ambiental. Os valores das sanções estão
proporcionais à participação da Copel nos empreendimentos.
Valores referente aos Termos de Compromisso - TCs e Termos de Ajustamento de Conduta - TACs são considerados em sociais
externos ou ambientais, dependendo de sua natureza.
(3) Referem-se ao programa de aprendiz em conflito com a lei, que se encerrou em 2014.
(4) Este número corresponde ao total de trabalhadores terceirizados contratados no período independentemente do número de horas
trabalhadas. Não representa o número de postos de trabalho terceirizados. Também não contempla os terceiros que atuam na
implantação de obras da Copel Geração e Transmissão e das controladas (Usinas, Linhas de Transmissão e Subestações), bem
como aqueles que atuam na expansão do sistema da Copel Telecom.
(5) Não compõem o quadro de empregados.
(6) Estas informações referem-se somente à holding e Copel Distribuição S.A., Copel Geração e Transmissão S.A., Copel
Telecomunicações S.A., Copel Participações S.A. e Copel Renováveis S.A.
7. COMPOSIÇÃO DOS GRUPOS RESPONSÁVEIS PELA GOVERNANÇA
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Presidente
Secretário Executivo
Membros
COMITÊ DE AUDITORIA
Presidente
Membros
CONSELHO FISCAL
Presidente
Membros Titulares
Membros Suplentes
DIRETORIA
Diretor Presidente
Diretor de Gestão Empresarial
Diretor de Finanças e de Relações com
Investidores
Diretor de Desenvolvimento de Negócios
Diretor de Relações Institucionais
Diretor Adjunto
FERNANDO XAVIER FERREIRA
LUIZ FERNANDO LEONE VIANNA
CARLOS HOMERO GIACOMINI
MAURICIO BORGES LEMOS
JOSÉ RICHA FILHO
MAURO RICARDO MACHADO COSTA
MARCO AURÉLIO ROGERI ARMELIN
NATALINO DAS NEVES
NEY AMILTON CALDAS FERREIRA
CARLOS HOMERO GIACOMINI
JOSÉ RICHA FILHO
VAGA EM ABERTO
JOAQUIM ANTONIO GUIMARÃES DE OLIVEIRA
PORTES
GEORGE HERMANN RODOLFO TORMIN
JOSÉ TAVARES DA SILVA NETO
VAGA EM ABERTO
CARLOS EDUARDO PARENTE DE OLIVEIRA ALVES
OSNI RISTOW
ROBERTO BRUNNER
GILMAR MENDES LOURENÇO
VAGA EM ABERTO
FLAVIO JARCZUN KAC
LUIZ FERNANDO LEONE VIANNA
MARCOS DOMAKOSKI
LUIZ EDUARDO DA VEIGA SEBASTIANI
JONEL NAZARENO IURK
CRISTIANO HOTZ
PAULO CESAR KRAUSS
CONTADORA
CRC-PR-041655/O-6
NANCY ATENALIA ALVES
Informações sobre este relatório:
Relações com investidores:
s sobre Relações com Investidores:
[email protected]
Fone: +55 (41) 3222-2027
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