Relatório da Administração /Comentário do
Transcrição
Relatório da Administração /Comentário do
MENSAGEM DO DIRETOR PRESIDENTE Este Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras do exercício de 2014 refere-se a um ano histórico para a Companhia Paranaense de Energia (Copel ou Companhia), quando a empresa completou 60 anos de existência e obteve marcas e conquistas relevantes. A Copel investiu no ano passado mais de R$ 2,4 bilhões em todas as suas áreas de atuação. O plano de investimentos, o maior de sua história, teve como premissa uma reestruturação que delimitou as áreas de negócios em subsidiárias sob controle da Copel Holding. O lucro líquido no exercício foi de R$ 1,3 bilhão. Em reconhecimento à qualidade do serviço prestado, a Copel recebeu os prêmios de melhor distribuidora da América Latina pela Cier — principal entidade do setor no continente —, melhor distribuidora do Brasil na avaliação do cliente segundo a Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica - Abradee, e melhor empresa dentre as grandes distribuidoras, de acordo com a Agência Nacional de Energia - Aneel. Também a Fundação Nacional da Qualidade atestou nossa excelência no que se refere ao atendimento aos clientes. As conquistas da Copel Distribuição foram alcançadas mesmo durante o cenário crítico vivido pelo setor elétrico, graças a um audacioso programa de redução de custos que vem tornando a subsidiária cada vez mais competitiva e eficiente, e que nos deixa confiantes quanto à renovação desta concessão em 2015. Na distribuição de energia, destacamos as obras de construção e reforma de subestações e modernização da rede elétrica para a Copa do Mundo, que deram plena confiabilidade ao fornecimento de energia durante o evento e conferem melhorias perenes para o sistema elétrico da Região Metropolitana de Curitiba. Em geração, estão em construção atualmente duas hidrelétricas e 28 centrais eólicas, que somarão 1.068 MW a nosso parque gerador até 2019. Quase metade desta capacidade provém de cinco complexos eólicos instalados no Rio Grande do Norte, três deles com início de operação previsto para o primeiro semestre de 2015. Na transmissão, estão em curso empreendimentos em nove estados que duplicarão nossos ativos neste segmento nos próximos anos. A diversificação de nossas atividades também alcança o segmento de hidrocarbonetos. Em setembro, a Copel liderou a criação da Paraná Gás Exploração e Produção S.A., que atuará na exploração e produção de gás natural convencional na Bacia do Paraná, na região central do Estado. A prospecção deste insumo marca a estreia da Companhia num segmento estratégico e promissor para os planos de expansão de nosso parque gerador. Nas telecomunicações, a Copel Telecomunicações quase triplicou sua carteira de clientes em apenas um ano, com serviços de conectividade residencial e corporativa em fibra óptica que já chegaram a 47 cidades paranaenses. Ao final de 2014, alcançamos 22 mil clientes, com um ainda amplo potencial de expansão a partir de um backbone com quase 10 mil quilômetros e cobertura a todos os 399 municípios do Paraná. Em 2015, pretendemos dar continuidade à expansão da Copel em bases sustentáveis, com especial atenção às fontes renováveis, fundamental para ajudar a suprir com energia limpa o crescimento da demanda brasileira de 6 mil megawatts médios por ano. Também atuaremos com ênfase na geração distribuída. Ancorada na excelência técnica de seu quadro de empregados, a Copel se mostra preparada para os desafios que atualmente se impõem ao setor elétrico, sendo competitiva, ousada e inovadora sem descuidar da responsabilidade no uso dos recursos naturais, na eficiência de sua gestão econômica e no atendimento às demandas sociais sobre suas atividades. Curitiba, 20 de março de 2015 LUIZ FERNANDO LEONE VIANNA Diretor Presidente 1. PERFIL ORGANIZACIONAL Com 60 anos completos em outubro de 2014, a Copel é uma empresa de economia mista, estruturada como Holding, que atua com tecnologia de ponta nas áreas de geração, transmissão, distribuição de energia e telecomunicações. Opera um sistema elétrico com parque gerador próprio de usinas, linhas de transmissão, subestações, linhas e redes de distribuição e um sistema óptico de telecomunicações que atende todas as cidades do Estado do Paraná. Participa também nos setores de saneamento, gás e petróleo. Dentre as principais certificações e prêmios conquistados em 2014, destacam-se: Prêmios / Certificações Certificador Top of Mind 2014 - Marca mais lembrada do Estado, Empresa onde os paranaenses gostariam de trabalhar e a Empresa pública mais eficiente Revista Amanhã Prêmio Top Fornecedores Condor - Top Fornecedor 2014 Rede Condor Prêmio Sucesu - PR 2014 - Destaque em Telecomunicações no Paraná Associação de Usuários de Internet e Telecomunicações Prêmio Procel 2014 - Homenagem na comemoração dos 20 anos do Selo Procel Ministério de Minas e Energia e Eletrobras Prêmio IASC - Melhor índice de Satisfação dos Clientes na Região Sul (distribuidoras com mais de quatrocentos mil consumidores) Comissão de Integração Energética Regional - CIER América Latina Prêmio CIER Melhor Distribuidora - categoria Ouro Comissão de Integração Energética Regional - CIER América Latina Prêmio CIER Responsabilidade Social Comissão de Integração Energética Regional - CIER América Latina Prêmio PNQ - Destaque em clientes Fundação Nacional de Qualidade Grandes Líderes - 500 maiores do Sul - Maior empresa do Paraná Revista Amanhã Grandes Líderes - 500 maiores do Sul - Maior receita bruta no setor de energia Revista Amanhã Anuário Telecom - Infraestrutura de Redes Fórum Editorial Prêmio Abradee - Melhor avaliação pelo cliente Associação Brasileira das Distribuidoras de Energia Elétrica - Abradee Empresa Cidadã - Copel - Certificado pelas informações apresentadas em seu Relatório Conselho Regional de Contabilidade do Rio de Janeiro, Sistema Firjan e Fecomércio A seguir, o organograma de participação societária da Copel em 31.12.2014: ESTADO DO PARANÁ 58,63% 31,07% Votante Total BNDESPAR 26,41% 23,96% Votante Total CUSTÓDIA EM BOLSA (Free Float) 13,70% Votante 44,17% Total ELETROBRAS 1,06% 0,56% Votante Total OUTROS ACIONISTAS 0,20% 0,24% Votante Total BM&FBOVESPA 13,14% Votante 27,13% Total NYSE 0,56% 17,02% 0,00% 0,02% Votante Total LATIBEX Votante Total COPEL (1) COPEL GERAÇÃO E TRANSMISSÃO S.A. 100,0% (4) MARUMBI TRANSMISSORA DE ENERGIA S.A. 80,0% Total (2) UEG ARAUCÁRIA LTDA. 60,0% Total (1) COPEL PARTICIPAÇÕES S.A. (1) COPEL DISTRIBUIÇÃO S.A. (1) COPEL TELECOMUNICAÇÕES S.A. (1) COPEL RENOVÁVEIS S.A. 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% (4) DOMINÓ HOLDINGS S.A. 49,0% Total (1) NOVA EURUS IV ENERGIAS RENOVÁVEIS S.A. 100,0% (4) COSTA OESTE TRANSMISSORA DE ENERGIA S.A. 51,0% Total (1) NOVA ASA BRANCA I ENERGIAS RENOVÁVEIS S.A. 100,0% (5) CONSÓRCIO ENERGÉTICO CRUZEIRO DO SUL 51,0% Total 50,1% Total (1) NOVA ASA BRANCA II ENERGIAS RENOVÁVEIS S.A. (1) SANTA MARIA ENERGIAS RENOVÁVEIS S.A. 49,0% Total (4) CANTAREIRA TRANSMISSORA DE ENERGIA S.A. 49,0% Total (5) CONSÓRCIO SÃO JERÔNIMO 41,2% Total SÃO BENTO DO NORTE I S.A. Total (3) SERCOMTEL S.A. TELECOMUNICAÇÕES 45,0% SÃO BENTO DO NORTE II S.A. (3) ESCOELECTRIC LTDA. 40,0% Total (3) FOZ DO CHOPIM ENERGÉTICA LTDA. 35,8% (1) VENTOS DE SANTO URIEL S.A. SÃO BENTO DO NORTE III S.A. Total SÃO MIGUEL I S.A. 100,0% GE OLHO D'ÁGUA S.A. 100,0% (3) DONA FRANCISCA ENERGÉTICA S.A. Total 100,0% 100,0% Total SÃO MIGUEL III S.A. Total Total (3) COMPANHIA DE SANEAMENTO DO PARANÁ SANEPAR 7,6% Total (4) VOLTALIA SÃO MIGUEL DO GOSTOSO I PARTICIPAÇÕES S.A. 49,0% Total (7) PARANÁ GÁS EXPLORAÇÃO E PRODUÇÃO S.A. 30,0% Total (4) PARANAÍBA TRANSMISSORA DE ENERGIA S.A. 24,5% Total (4) TRANSMISSORA SUL BRASILEIRA DE ENERGIA S.A. 20,0% Total (1) Subsidiária Integral (5) CONSÓRCIO TAPAJÓS 11,1% Total (6) CONSÓRCIO BAIXO IGUAÇU 30,0% Total Total GE SÃO BENTO DO NORTE S.A. Total (2) COMPANHIA PARANAENSE DE GÁS COMPAGAS 51,0% Total Total GE FAROL S.A. 100,0% (2) UEG ARAUCÁRIA LTDA. 20,0% Total GE BOA VISTA S.A. SÃO MIGUEL II S.A. 99,9% (2) ELEJOR - CENTRAIS ELÉTRICAS DO RIO JORDÃO S.A. 70,0% Total Total Total (3) DOIS SALTOS EMPREEND. DE GERAÇÃO ENERGIA ELÉTRICA LTDA. 30,0% Total 23,0% Total (1) SÃO BENTO ENERGIA Total 99,9% 100,0% (4) CAIUÁ TRANSMISSORA DE ENERGIA S.A. 48,0% 99,9% (1) SANTA HELENA ENERGIAS RENOVÁVEIS S.A. 100,0% (4) INTEGRAÇÃO MARANHENSE TRANS. DE ENERGIA S.A. 49,0% Total (3) COPEL AMEC S/C LTDA. (Em Liquidação) 99,9% 100,0% (4) MATRINCHÃ TRANSMISSORA DE ENERGIA (TP NORTE) S.A. 49,0% Total Total 99,9% (1) NOVA ASA BRANCA III ENERGIAS RENOVÁVEIS S.A. 100,0% (4) GUARACIABA TRANSMISSORA DE ENERGIA (TP SUL) S.A. 49,0% Total 49,0% 99,9% 100,0% (4) MATA DE SANTA GENEBRA TRANSMISSÃO S.A. (1) CUTIA EMPREENDIMENTOS EÓLICOS SPE S.A. 100,0% (3) CARBOCAMPEL S.A. (2) Controladas (3) Coligadas (4) Controladas em conjunto (5) Consórcios (6) Consórcios para Investimentos (7) Sem investimentos realizados Obs.: A Copel também possui 0,82% do Capital Total da Investco S/A (UHE Lajeado). Total 1.1. Participação no Mercado Principais produtos (%) Geração de energia elétrica (1) Transmissão de energia elétrica (4) Distribuição de energia elétrica (5) Distribuição de gás (8) (1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) Brasil Região Sul (2) (3) 3,7 1,8 (6) 6,1 3,9 Paraná (2) (3) 22,5 54,1 9,9 (6) 33,8 29,3 (7) 97,1 42,1 100,0 Capacidade Instalada. Não incluídas as participações da Copel e as usinas eólicas Não incluída a Usina de Itaipu Não inclui as usinas do Rio Paranapanema O mercado refere-se à Receita Anual Permitida - RAP Participação no atendimento ao mercado cativo/livre Fonte: Empresa de Pesquisa Energética - EPE Dado estimado Considerado volume distribuído no Paraná, com térmica 1.2. Copel em Números Em R$ mil (exceto quando indicado de outra forma) 2014 2013 variação % Indicadores Contábeis Receita operacional bruta Deduções da receita Receita operacional líquida Custos e despesas operacionais Equivalência patrimonial Resultado das atividades EBITDA ou LAJIDA Resultado financeiro IRPJ/CSLL Lucro líquido do exercício Patrimônio líquido Juros sobre o capital próprio Dividendos 18.327.840 4.409.323 13.918.517 12.368.558 159.955 1.549.959 2.339.857 147.717 522.016 1.335.615 13.682.780 30.000 592.523 12.669.159 3.488.945 9.180.214 8.067.627 113.606 1.112.587 1.829.396 280.311 405.069 1.101.435 12.928.752 180.000 380.537 44,7 26,4 51,6 53,3 40,8 39,3 27,9 (47,3) 28,9 21,3 5,8 (83,3) 55,7 1,3 1,1 16,8 4,9 50,0 44,2 9,6 1,4 1,2 19,9 4,0 47,2 35,1 12,0 (8,0) (3,4) (15,6) 21,3 5,8 26,2 (20,0) 10,3 8,9 15,9 Indicadores Econômico-Financeiros Liquidez corrente (índice) Liquidez geral (índice) Margem do EBITDA ou LAJIDA (%) Lucro por ação - R$ (lucro líquido/quantidade de ações) Valor patrimonial por ação - R$ (patrimônio líquido/quantidade de ações) Dívida sobre o patrimônio líquido (%) Margem líquida (lucro líquido/receita operacional líquida) (%) Rentabilidade do patrimônio líquido (%) (1) (1) LL ÷ (PL inicial) 2. GOVERNANÇA CORPORATIVA A Copel busca constantemente aprimorar a aplicação de boas práticas de governança corporativa e utiliza como parâmetro o modelo proposto pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa - IBGC, nos termos de seu Código das Melhores Práticas. Os administradores procuram, dessa forma, contribuir para sua perenidade, com visão de longo prazo na busca de sustentabilidade econômica, social e ambiental; aprimorar o relacionamento e a comunicação com todas as partes interessadas; minimizar os riscos estratégicos, operacionais e financeiros; e aumentar o valor da Companhia, viabilizando a estratégia de captação de recursos. 2.1. Estrutura e Boas Práticas de Governança O organograma a seguir apresenta a estrutura organizacional da Companhia em 31.12.2014: Órgão Descrição Conselho de Administração CAD Nove membros, sendo sete considerados independentes, nos termos da Lei Sarbanes-Oxley, com mandato unificado de dois anos, podendo ser reeleitos. Conselho Fiscal - CF Permanente e eleito em Assembleia Geral, composto por cinco membros efetivos e cinco suplentes, com mandato de um ano. Comitê de Auditoria Três membros independentes e integrantes do CAD, nos termos da Lei Sarbanes-Oxley, com mandato de dois anos. Auditoria Interna Avalia, com abordagem independente, a eficácia dos processos de gerenciamento de riscos, de controles internos e de governança corporativa, emitindo recomendações para o desempenho eficaz e alcance dos objetivos das diversas unidades administrativas. Avalia, preliminarmente, todas as manifestações recebidas pelo Canal de Comunicação Confidencial, encaminhadas ao Comitê de Auditoria, opinando sobre o tratamento a ser dado. Diretoria Executiva Eleita pelo CAD, composta por cinco membros com mandato de três anos, remuneração dos executivos não vinculada ao alcance de metas financeiras e não financeiras. Conselho de Orientação Ética Discute e orienta ações da Copel e examina casos que lhe sejam apresentados, fazendo recomendações no sentido de que a atuação da Companhia seja permanentemente conduzida por princípios moralmente sãos no desenvolvimento de seus negócios, zelando pela divulgação e pela efetiva aplicação do Código de Conduta. Onze membros, sendo dez empregados da Companhia coordenados por um representante da sociedade civil. Comissão de Análises de Denúncia de Assédio Moral Cadam Composta por sete membros, sendo três eleitos pelos empregados e três indicados pela Companhia, é coordenada por um representante da sociedade civil e estabelece regras para tratamento das denúncias de assédio moral e para a investigação de sua procedência. Comitê de Divulgação de Atos e Fatos Relevantes Composta por dezessete membros, representantes de todas as diretorias da Holding e de suas subsidiárias integrais, o Comitê assessora o Diretor de Finanças e de Relações com Investidores na aplicação da Política de Divulgação da Copel, revisando e aprovando as informações a serem divulgadas ao mercado de capitais por quaisquer meios. Comitê de Gestão de Riscos Corporativos De caráter consultivo e permanente para questões relativas à Gestão Integrada de Riscos Corporativos, o Comitê é formado por onze membros e tem como objetivos principais a supervisão e o monitoramento do gerenciamento de riscos da Companhia e o assessoramento ao Comitê de Auditoria, de forma a assegurar a boa gestão dos recursos e a proteção e valorização do patrimônio. Ética, Transparência e Prestação de Contas No dia a dia, a Companhia procura assegurar uma conduta ética e uma atuação transparente por parte de todo o seu corpo funcional por meio de diretrizes como o Código de Conduta e dos diversos canais de diálogo que mantém com seus stakeholders. Instituído com base em valores empresariais, na cultura corporativa e no respeito aos princípios internacionais da Lei Sarbanes-Oxley, o Código de Conduta é um documento que reflete a integridade dos procedimentos da Copel nas relações com seus empregados e demais partes interessadas. Cada funcionário da Companhia recebe uma via impressa do Código de Conduta e declara ciência de seu conteúdo. A Copel disponibiliza o Canal de Comunicação Confidencial, um recurso para o reporte de situações relacionadas à contabilidade, auditoria, controles internos e ao descumprimento do Código de Conduta, entre outros. O canal está disponível pelo telefone 0800 643 5665. Para clientes, poderes públicos, sociedade em geral e também empregados, a Copel possui uma Ouvidoria, cujo acesso é feito por meio do telefone 0800 647 0606, e-mail [email protected], ou pessoalmente no endereço Rua Professor Brasílio Ovídio da Costa, 1703 CEP: 80310-130 — Santa Quitéria - Curitiba/PR. A Companhia está aberta a demandas por informação, críticas ou sugestões de seus públicos de interesse também por meio dos canais de Diálogo com Partes Interessadas. E, para os clientes, disponibiliza o Conselho de Consumidores, canal acessível por e-mail ou pessoalmente, na sede da Copel, em Curitiba. O órgão atua em questões relacionadas ao fornecimento de energia elétrica, tarifas e adequação dos serviços prestados Gestão de Riscos A Política de Gestão de Riscos Corporativos da Copel abrange as áreas corporativas, suas subsidiárias integrais e controladas, e estabelece a composição de um Comitê de Gestão de Riscos Corporativos, hierarquicamente subordinado ao Comitê de Auditoria. As diretrizes adotadas são baseadas em estruturas e padrões reconhecidos, como Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission - COSO e ISO 31000, e têm como objetivos maximizar os valores econômico, social e ambiental para todas as partes interessadas e assegurar a conformidade com as leis e regulamentos vigentes. Em função da incerteza intrínseca aos riscos e à natureza do setor em que opera, o modelo de gestão de riscos da Copel adota parâmetros de apetite ao risco; considera sua possibilidade de ocorrência e seus impactos financeiros, operacionais e de imagem; e prevê ferramentas para seu tratamento e mitigação. A estratégia de gestão de riscos adotada pela Companhia contempla riscos legais, regulatórios, socioambientais e reputacionais, entre outros. Sua identificação e análise servem de base ao processo decisório e às atividades operacionais e é realizada a partir do seguinte perfil: Riscos Estratégicos: são associados à tomada de decisão da alta administração e podem gerar perdas substanciais no valor econômico da Companhia; Riscos Operacionais: são aqueles relacionados a eventos originados na própria estrutura da organização — por meio de seus processos, seu quadro funcional ou seu ambiente de tecnologia — e a eventos externos associados ao aspecto econômico, político, socioambiental, natural ou setorial em que a organização atua; e Riscos Financeiros: são aqueles relacionados às operações financeiras da Companhia, incluindo riscos de mercado, crédito e liquidez. Como forma de dar continuidade ao aprimoramento do modelo de gestão de riscos corporativos, em 2014 a Copel intensificou a utilização de seu software de gerenciamento de riscos (SAP-GRC), o qual é integrado ao seu sistema de gestão, e, auxilia no controle dos principais indicadores de risco, alinhando os eventos de risco com seu potencial impacto, propiciando a tomada de decisão dos gestores de riscos nos diversos níveis da Companhia. Como parte da sistemática para avaliação de riscos de corrupção adotada pela Copel, as unidades operacionais são submetidas anualmente à avaliação de riscos relacionados à corrupção e a erros que possam interferir nos resultados de suas demonstrações financeiras. Os controles internos são testados pela Auditoria Interna da Companhia visando avaliar a efetividade quanto à mitigação dos riscos identificados. Nesse contexto são consideradas as atividades mais suscetíveis a fraudes, as melhores práticas de auditoria do mercado e a experiência dos auditores. Os resultados de tais testes são reportados à alta administração da Companhia e, para os casos de não conformidades, são demandadas ações corretivas. A Companhia também submete seus processos e controles internos à empresa de auditoria independente, a qual realiza novos testes de conformidade dos controles internos, inclusive contra riscos de fraude. Além de tais procedimentos, a Companhia adota como prática a emissão, pelos gestores dos processos, de Certificados de Controles Internos, semestrais e anuais, pelo qual os gerentes formalizam sua ciência quanto às não conformidades encontradas pela Auditoria Interna nos processos sob sua gestão, bem como seu compromisso de regularizá-las. Auditoria Externa Nos termos estabelecidos pela Instrução Comissão de Valores Mobiliários - CVM nº 381/2003, a Companhia e suas subsidiárias integrais, tem contrato com a KPMG Auditores Independentes, para prestação de serviços de auditoria das demonstrações financeiras. Desde sua contratação foram prestados somente serviços relacionados a auditoria independente. A Companhia tem como ponto fundamental não contratar outros serviços de consultoria que interfiram na independência dos trabalhos de auditoria externa. Relacionamento com acionistas e investidores Ao final de 2014, 25.015 acionistas participavam do capital social da Copel, correspondente a R$ 6.910,0 milhões, representados por 273.655 mil ações, sem valor nominal. Distribuição de dividendos e juros sobre o capital próprio A partir da Lei nº 9.249/1995, a Copel adota, como política, a distribuição de juros sobre o capital próprio em substituição aos dividendos, de forma total ou parcial. Estatutariamente, o montante de dividendos distribuídos é de, no mínimo, 25% do lucro líquido ajustado, de acordo com o artigo 202 e seus parágrafos da Lei nº 6.404/1976. Desde 2013 o payout praticado pela Copel, é de 50% do Lucro Líquido Ajustado do exercício. Tag Along A Copel garante direitos de tag along para suas ações ordinárias minoritárias, assegurando a seus detentores o preço mínimo de 80% do valor pago pelas ações integrantes do bloco de controle. Acordo de Acionistas Está em vigor acordo de acionistas firmado entre o Estado do Paraná e o BNDES Participações S.A. BNDESPAR, onde um dos objetivos é assegurar ao BNDESPAR a indicação de dois membros para o Conselho de Administração - CAD da Copel e ter conhecimento prévio das matérias societárias submetidas à apreciação do CAD e das Assembleias Gerais de Acionistas. Mercados em que as ações da Copel são negociadas A Copel abriu seu capital ao mercado de ações em abril de 1994 na Bolsa de Valores de São Paulo BM&FBovespa e tornou-se em julho de 1997 a primeira empresa do setor elétrico brasileiro listada na Bolsa de Valores de Nova Iorque - Nyse. Sua marca também está presente, desde junho de 2002, na Comunidade Econômica Europeia, com seu ingresso na Latibex — o braço latino-americano da Bolsa de Valores de Madri. A partir do dia 07.05.2008, as ações da Copel passaram a integrar oficialmente o Nível 1 de Governança Corporativa da Bolsa de Valores de São Paulo. Diálogo com Acionistas, Investidores e Profissionais do Mercado de Capitais A Copel mantém canal de comunicação efetivo com seus acionistas e investidores por meio dos departamentos de relações com investidores e de acionistas e custódia, dos e-mails ([email protected] e [email protected]), da sua central de atendimento telefônico (0800 41 2772), do seu website (www.copel.com/ri) e dos comunicados e relatórios que são disponibilizados aos profissionais do mercado de capitais e acionistas, por e-mail e no website da Companhia. 2.2. Política de Sustentabilidade e Cidadania Empresarial A Política de Sustentabilidade e Cidadania Empresarial, criada em 2006, estabelece as diretrizes de sustentabilidade e cidadania empresarial norteadoras das decisões e ações da Companhia. A Política está baseada na missão e valores corporativos, nos Princípios do Pacto Global da Organização das Nações Unidas, bem como nos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, além de ser complementar ao Código de Conduta da Copel. Cabe ressaltar que a política passa por revisões e constantes aprimoramentos. A versão integral da Política de Sustentabilidade e Cidadania Empresarial da Copel está disponível no website da Companhia: www.copel.com. 2.3. Referencial Estratégico Visão: Simplesmente a melhor da década. Missão: Prover energia e soluções para o desenvolvimento com sustentabilidade. Princípios e Valores: Ética Resultado de um pacto coletivo que define comportamentos individuais alinhados a um objetivo comum. Respeito às pessoas Consideração com o próximo. Dedicação Capacidade de se envolver de forma intensa e completa no trabalho, contribuindo para a realização dos objetivos da organização. Transparência Prestação de contas das decisões e realizações da Companhia para informar seus aspectos positivos ou negativos a todas as partes interessadas. Segurança Ambiente de trabalho saudável em que os empregados e os gestores colaboram para o uso de um processo de melhoria contínua da proteção e promoção da segurança, saúde e bem-estar de todos. Responsabilidade Condução da vida da Companhia de maneira sustentável, respeitando os direitos de todas as partes interessadas, inclusive das futuras gerações, e o compromisso com a sustentação de todas as formas de vida. Inovação Aplicação de ideias em processos, produtos ou serviços de forma a melhorar algo existente ou construir algo diferente e melhor. 3. DESEMPENHO OPERACIONAL 3.1. Análise macroeconômica A conjuntura econômica internacional em 2014 foi marcada positivamente pelo maior vigor da economia americana, que apresentou expansão de 2,4% em relação à registrada em 2013. Paralelamente a esse quadro de maior prosperidade, a zona do euro encerrou o ano num ambiente de baixo crescimento e inflação, o Japão entrou em recessão técnica e a China, considerada o motor da pujança global, foi atingida pelo desaquecimento do setor imobiliário, pelo enfraquecimento da demanda doméstica e pela redução da produção industrial, fatores que determinaram o crescimento de 7,4% para o Produto Interno Bruto - PIB, o menor nível dos últimos 24 anos. Em um contexto de riscos cada vez mais presentes, projeta-se que, para 2015, os Estados Unidos deverão crescer a uma taxa de 3,6% motivados pela inovação tecnológica e pelo comércio exterior com o Canadá, México e China; a zona do euro, com sinais de fragilidade espalhados pelos países do grupo, terá uma melhora modesta (1,2%) se considerado um cenário otimista e a China, que se moverá em direção ao segmento de serviços, alcançará um desempenho de 6,8%. Internamente, com resultados de 2014 inferiores aos de seus pares, o Brasil apresentou variação no PIB estimada em -0,15%, inflação próxima ao teto da banda de flutuação (6,41%), déficit na balança comercial de US$ 3,9 bilhões e aumento da dívida pública (déficit primário equivalente a 0,6% do PIB), em um ano marcado pela queda nos preços das commodities, pela crise da Argentina, um dos seus principais parceiros comerciais, pelos desdobramentos da Operação Lava-Jato e pela alta na taxa Selic que, em última análise, deverá ajudar a amortecer os efeitos do ajuste a ser promovido na curva de juros americana. Para 2015, estima-se retração de 0,7% e inflação de 7,8% pressionada pelos preços administrados. A maneira como a economia irá reagir às medidas fiscais e monetárias a serem adotadas ao longo do ano será decisiva para recolocar o país na rota de investimento dos agentes estrangeiros. No Paraná, dado preliminar do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social - Ipardes indica que o PIB do estado, em 2014, expandiu 0,8% e, em 2015, expandirá 1,0%. Depois de três anos ininterruptos de maior crescimento, os vetores do dinamismo da base produtiva local foram atingidos pelos elementos de perturbação que acompanham a economia brasileira desde 2011. 3.2. Análise Setorial Ambiente regulatório O impacto de eventual escassez de energia e do subsequente racionamento de energia, como em 2001 e 2002, pode ter efeito adverso relevante sobre nosso negócio e nossos resultados operacionais. Dependemos das condições hidrológicas existentes no Brasil e na região geográfica em que operamos. De acordo com dados da Aneel, aproximadamente 63,0% da capacidade instalada brasileira atual é proveniente de usinas de geração hidrelétrica. Nossa região, e o Brasil, de forma geral, estão sujeitos a condições hidrológicas imprevisíveis devido a desvios não-cíclicos da precipitação média. Atualmente estamos vivenciando um período de poucas chuvas. O período mais recente de poucas chuvas foi nos anos anteriores a 2001, quando o governo brasileiro instituiu o Programa de Racionamento para reduzir o consumo de eletricidade que esteve em vigor de 01.06.2001 a 28.02.2002. No segmento de geração, as condições hidrológicas desfavoráveis podem resultar no rebaixamento de Garantia Física (Generation Scaling Factor - GSF). Quando a geração hidrelétrica é inferior à garantia física das usinas do Sistema Interligado Nacional - SIN somos obrigados a ratear, proporcionalmente, o déficit entre os participantes do Mecanismo de Realocação de Energia - MRE, o que pode resultar em exposição ao mercado de energia de curto prazo - MCP e ao Preço de Liquidação das Diferenças - PLD. Além disso, condições hidrológicas desfavoráveis também podem resultar em baixo fornecimento de eletricidade ao mercado brasileiro, e causar, entre outras coisas, a implementação de programas abrangentes de economia de eletricidade (racionalização), incluindo reduções obrigatórias de consumo (racionamento). Não podemos garantir que períodos severos ou sustentados de chuvas abaixo da média, como o que vivenciamos no momento, não afetarão adversamente nossos resultados financeiros futuros. Além disso, se houvesse escassez de gás natural, isso aumentaria a demanda geral por energia no mercado e portanto aumentaria o risco de instalação de um programa de racionamento. Prorrogação das Concessões Em 2012, publicou-se a Medida Provisória nº 579/2012, convertida na Lei nº 12.783/2013, dispondo dentre outras, sobre o tratamento a ser dado às concessões de geração, transmissão e distribuição alcançadas pelos artigos 17, 19 e 22 da Lei nº 9.074/1995, cujo vencimento se daria entre os anos de 2015 e 2017 e que já haviam sofrido uma única renovação. Conforme a legislação, esse elenco de empreendimentos deveria ser licitado após o término do prazo de concessão. Para atender interesses do Poder Concedente, principalmente relacionados ao princípio da Modicidade Tarifária, foi definido um novo regramento, que permite mais uma prorrogação das concessões, desde que o concessionário aceitasse antecipar em até 60 meses o fim da sua concessão e renunciasse aos direitos daquele contrato. Cabe salientar que a aplicação desses instrumentos também alcançaram empreendimentos de geração que ainda detinham o direito a uma prorrogação e que, inclusive, já estavam com processo de Requerimento da Prorrogação das Concessões em andamento na Agência Nacional de Energia Elétrica - Aneel e também com processo concluído por aquela Agência com indicação de prorrogação ao Ministério de Minas e Energia. Como exemplo, pode-se citar o processo da UHE Rio dos Patos, iniciado em 27.01.2011. Concessões de Geração Para as concessões de geração, ficou estabelecida uma prorrogação de até 30 anos. A prorrogação foi facultada ao concessionário e sua adesão dependeu, além da aceitação de antecipação do termo original de sua concessão, também da aceitação expressa das seguintes condições: i) remuneração por tarifa calculada pela Aneel para cada usina hidrelétrica; ii) alocação de cotas de garantia física de energia e de potência da usina hidrelétrica às concessionárias e permissionárias de serviço público de distribuição de energia elétrica do Sistema Interligado Nacional - SIN, a ser definida pela agência reguladora, conforme regulamento do poder concedente; iii) submissão aos padrões de qualidade do serviço fixados pela Aneel. Cabe ressaltar que essa nova condição altera o regime de Concessionário de Serviço Público de Geração de Energia Elétrica para a posição de titular da concessão com geração realizada como função de utilidade pública prioritária. Nessa nova condição, o concessionário ficará limitado a exercer somente funções de operação e manutenção, uma vez que a exploração retornou ao Poder Concedente. Sendo assim, a tarifa proposta visa cobrir, basicamente, as despesas com encargos, tributos, operação e manutenção rotineiras, não prevendo, entretanto, os investimentos decorrentes de contingências, modernizações, atualizações e reformas de estruturas e equipamentos, o que pode comprometer a manutenção, a qualidade e a continuidade da prestação do serviço pelas usinas hidrelétricas. Pela sua natureza esses investimentos são, frequentemente, muito onerosos. A aplicação se efetivará desde que haja reconhecimento pela Aneel, sua autorização e consequente garantia de ressarcimento em prazo realista (vide as regras aplicadas para o ressarcimento dos investimentos com mesma característica feitos na transmissão — REN nº 443/2011). Esse aspecto ainda depende de regulamentação da Aneel e essa lacuna legal causa insegurança regulatória aos agentes, podendo impactar nas decisões no momento do investimento. A Copel Geração e Transmissão, após conhecimento das condições de renovação, procedeu às análises possíveis. Diante da precariedade de informações disponibilizadas pelo Poder Concedente e de posse das avaliações obtidas, concluiu pela não viabilidade da renovação das concessões de geração de suas quatro usinas vincendas entre 2014 e 2015: Rio dos Patos com 1,8 MW de capacidade instalada, Usina Governador Pedro Viriato Parigot de Souza com 260,0 MW, Mourão com 8,2 MW e Chopim I com 1,8 MW. Concessões de Transmissão Para as concessões de transmissão, ficou estabelecida uma prorrogação de até 30 anos. A prorrogação foi facultada ao concessionário e sua adesão dependeu, além da aceitação de antecipação do termo original de sua concessão, também da aceitação expressa das seguintes condições: i) receita fixada conforme critérios estabelecidos pela Aneel; e ii) submissão aos padrões de qualidade do serviço fixados pela Aneel. Foram mantidas as condições para a realização dos investimentos decorrentes de contingências, modernizações, atualizações e reformas de estruturas e equipamentos que se efetivarão desde que haja reconhecimento e autorização da Aneel. A garantia de ressarcimento se dá conforme a REN nº 443/2011, não devendo causar perdas financeiras ao concessionário. A Copel Geração e Transmissão, após conhecimento das condições de renovação, procedeu às análises e avaliações, optando pela renovação do contrato de transmissão. Dessa forma, contribui com a redução nas tarifas e com a modicidade tarifária. Concessões de Distribuição Conforme a Lei, as concessões de distribuição poderão ser prorrogadas por até 30 anos. A prorrogação é facultada ao concessionário e sua adesão depende da aceitação expressa das seguintes condições: receita fixada conforme critérios estabelecidos pela Aneel; nível dos investimentos a fazer; e submissão aos padrões de qualidade do serviço fixados pela Aneel. O pedido de prorrogação das concessões de distribuição da Copel Distribuição foi encaminhado para Aneel em 31.05.2012, e ratificado nos termos da Lei nº 12.783/2013. No momento, aguarda-se a decisão do Poder Concedente pela prorrogação. Caso as condições estabelecidas pelo Poder Concedente garantam os níveis de rentabilidade da empresa, a Companhia assinará o contrato de concessão ou termo aditivo, por um período de até 30 anos. Apesar do contexto de incertezas no cenário regulatório, a Companhia confia na possibilidade de prorrogação do referido contrato de concessão, embora não possua informações suficientes para garantir a prorrogação do contrato de concessão de distribuição em termos favoráveis. Em 10.12.2014 foi assinado o quarto aditivo contratual que estabelece as condições para eventual reversão dos bens e instalações vinculados, garantindo a indenização total dos bens reversíveis, bem como de todos os saldos remanescentes ativos ou passivos decorrentes de eventual insuficiência ou ressarcimento pela tarifa. Licitação As concessões de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica que não foram prorrogadas dentro desse regulamento, serão licitadas, na modalidade leilão ou concorrência, por até trinta anos. Fluxo de Energia (em % e GW/hora) Fluxo de energia (GWh) Mercado Cativo Concessionárias e Geração própria 24.605 - 24.208 - 44,9% 699 - 1,3% 4.016 - 7,4% 20.829 - 38,6% - 7,8% Permissionárias 45,6% Disponibilidade Energia recebida 53.950 29.345 - CCEAR Itaipu Consumidores livres 54,4% 16.692 Energia suprida 5.870 Itiquira 452 Contratos bilaterais 7.392 Dona Francisca 612 CCEAR 5.105 CCEE (CCP/MCP) 1.572 CCEE (MCP) 2.135 Angra 1.047 MRE 6.197 CCGF 1.315 Elejor 1.186 Perdas e diferenças 4.198 Perdas rede básica 1.278 Perdas distribuição 2.598 Proinfa 599 Alocação de contratos no CG 322 CCEAR= Contratos de Comercialização de Energia no Ambiente Regulado CCEE(CCP/MCP) = Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (Compra Curto Prazo/Mercado de Curto Prazo) CCGF = Contrato de Cotas de Garantias Financeiras MRE = Mecanismo de Realocação de Energia CG = Centro de gravidade do Submercado (diferença entre a energia contratada e a recebida no CG - estabelecido em em Contrato) 3.3. Segmentos de Negócios 3.3.1. Geração e Transmissão 3.3.1.1. Geração A Copel Geração e Transmissão detém e opera 20 usinas próprias, sendo 18 hidrelétricas, uma termelétrica e uma eólica, com capacidade instalada total de 4.754,6 MW e Garantia Física de 2.068,1 MW médios. A Companhia permanece responsável pela prestação dos serviços de operação e manutenção da Usina de Rio dos Patos, cuja concessão venceu em 14.02.2014. Neste período, receberá uma tarifa predefinida para prestação do serviço, nos termos da Portaria Ministério de Minas e Energias - MME nº 170/2014. Em 2014, os ativos da Copel Geração e Transmissão geraram 24.604,9 GWh, 99,7% desse total de fonte hidrelétrica e eólica. A Copel Geração e Transmissão também detém concessão para construir e operar as seguintes usinas: Usina Hidrelétrica Colíder Em construção no rio Teles Pires, no norte do Mato Grosso e com potência instalada de 300 MW, a usina teve 80,0% de suas obras concluídas no final de 2014. Em decorrência de atos do poder público e de casos fortuitos e de força maior, ocorridos ao longo da implantação do empreendimento, o início da geração comercial da UHE Colíder tem nova previsão de conclusão para abril de 2016. A Copel Geração e Transmissão já impetrou requerimento junto à Aneel para o reconhecimento de excludente de responsabilidade na postergação da entrada em operação. Usina Hidrelétrica Baixo Iguaçu Com 30,0% de participação para o empreendimento e potência instalada de 350 MW, a UHE Baixo Iguaçu será construída no rio Iguaçu, entre os municípios de Capanema e Capitão Leônidas Marques, no sudoeste do Paraná. As obras iniciaram-se em julho de 2013, porém, foram paralisadas em 2014 devido à suspensão da Licença de Instalação do empreendimento pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, situação que permanece até o presente momento. Usina Hidrelétrica São Jerônimo Com potência instalada de 331 MW no rio Tibagi, no Paraná, a UHE São Jerônimo será implementada pelo Consórcio São Jerônimo, no qual a Copel tem 41,2% de participação. Para o início das obras é necessária autorização do Congresso Nacional, conforme artigo nº 231, parágrafo 3º da Constituição Federal, visto que o reservatório da usina atinge áreas indígenas. 3.3.1.2. Transmissão O segmento tem como principal atribuição prover os serviços de transporte e transformação da energia elétrica, sendo responsável pela construção, operação e manutenção de subestações, bem como pelas linhas destinadas à transmissão de energia. A Copel Geração e Transmissão detém e opera 2.173,5 km de linhas de transmissão e 33 subestações da rede básica, com potência de transformação da ordem de 12.352 MVA. Obras autorizadas pela Aneel Em 2014 foram concluídas as obras de ampliação das subestações Guaíra, Maringá e Uberaba. A subestação - SE Uberaba, localizada em Curitiba, fazia parte do plano de reforços para o atendimento das cidades-sede da Copa do Mundo. Ainda no rol de obras priorizadas pelo MME para o Mundial, destacam-se a linha de transmissão com 26,5 km de extensão conectando as subestações Uberaba e Umbará, que entrou em operação em junho de 2014. Juntos, esses empreendimentos devem render uma receita anual estimada em cerca de R$ 6,0 milhões. Em outubro de 2014, a Aneel emitiu a Resolução Autorizativa nº 4890/2014 para Copel Geração e Transmissão, ordenando investimentos e ampliações nas subestações Bateias e Guaíra, com a instalação de novos bancos de capacitores, além da instalação de uma linha de transmissão 230 kV com 132 km de extensão, que irá conectar as subestações Ponta Grossa Norte e Figueira, com seccionamento na nova subestação Klacel (Klabin Celulose, em Ortigueira no Paraná). Esse empreendimento deve receber R$ 88,0 milhões em investimentos e proporcionar à Copel uma receita anual de aproximadamente R$ 12,3 milhões quando entrar em operação, em 2016. Grandes obras e novas concessões Em julho de 2014, entrou em operação a subestação Cerquilho III, localizada em São Paulo, com 300 MVA de potência de transformação. A obra foi um marco histórico para a Companhia no atendimento fora das fronteiras do Paraná e proporcionará à Copel um incremento de receita anual de aproximadamente R$ 4,2 milhões. Ainda em São Paulo, avançaram as obras da SE 230 kV Paraguaçu Paulista II e os projetos da LT 500 kV Araraquara II — Taubaté e da LT Paraguaçu Paulista II — Assis. No Paraná, foram iniciadas as obras da LT 230 kV Londrina — Figueira e da LT 230 kV Foz do Chopim — Salto Osório. Em janeiro de 2014 foi assinado o contrato de concessão nº 005/2014 conquistado pela Copel Geração e Transmissão em leilão da Aneel, composto pela SE Curitiba Norte, que será construída na região metropolitana de Curitiba e vai operar na tensão de 230 kV, e por uma linha de transmissão com 33,0 km de extensão que irá conectá-la a SE Bateias, já existente. Esses empreendimentos devem receber R$ 59,0 milhões em investimentos e proporcionar à Copel uma receita anual de aproximadamente R$ 7,0 milhões quando entrar em operação — previsto para 2016. Já em setembro de 2014, foram assinados os contratos de concessão nº 021/2014 e 022/2014 arrematados pela Copel Geração e Transmissão, que abrangem os empreendimentos: SE Realeza Sul, que será construída na região sudoeste do Paraná e vai operar na tensão de 230 kV, e uma linha de transmissão com 53,0 km de extensão que irá conectá-la a SE Foz do Chopim, já existente. Esse empreendimento deve receber R$ 48,0 milhões em investimentos e proporcionar à Companhia uma receita anual de aproximadamente R$ 5,8 milhões quando entrar em operação – previsto para 2017. Linha de transmissão 500 kV com 120,0 km de extensão que irá conectar as SE Londrina, no Paraná e Assis, em São Paulo. Esse empreendimento deve receber R$ 128,0 milhões em investimentos e proporcionar à Copel uma receita anual de aproximadamente R$ 15,0 milhões quando entrar em operação – previsto para 2017. Com as recentes conquistas da Copel Geração e Transmissão em leilões de transmissão da Aneel, a configuração das grandes obras para os próximos anos é a seguinte: Descrição Estado Empreendimentos Km MVA LT Araraquara II — Taubaté São Paulo Copel Geração e Transmissão S.A. 356 km - LTs Londrina — Figueira LT Foz do Chopim — Salto Osório Paraná Copel Geração e Transmissão S.A. 88 km 10 km - LT Assis — Paraguaçu Paulista II SE Paraguaçu Paulista II São Paulo Copel Geração e Transmissão S.A. 37 km 150 MVA LT Bateias — Curitiba Norte SE Curitiba Norte 230/138 kV Paraná Copel Geração e Transmissão S.A. 33 km 300 MVA LT Foz do Chopim - Realeza Sul SE Realeza Sul Paraná Copel Geração e Transmissão S.A. 53 km 150 MVA LT Assis - Londrina Paraná São Paulo Copel Geração e Transmissão S.A. 120 km - Km MVA Sociedades de Propósito Específico - SPEs No segmento de transmissão de energia, a Copel integra ainda dez SPEs: Descrição Estado Empreendimentos LT Umuarama — Cascavel Oeste SE Umuarama Paraná Costa Oeste Transmissora de Energia S.A. 143 km 300 MVA SE Camaquã III LT Salto Santiago — Itá LT Itá — Nova Santa Rita LT Nova Santa Rita — Camaquã III LT Camaquã III — Quinta Paraná Santa Catarina Rio Grande do Sul Transmissora Sul Brasileira de Energia S.A. 190 km 305 km 140 km 163 km 166 MVA LT Umuarama — Guaíra LT Cascavel Oeste — Cascavel Norte SE Santa Quitéria SE Cascavel Norte Paraná Caiuá Transmissora de Energia S.A. 105 km 31 km 400 MVA 300 MVA LT Curitiba — Curitiba Leste SE Curitiba Leste Paraná Marumbi Transmissora de Energia S.A. 28 km 672 MVA LT Ribeirãozinho — Rio Verde Norte LT Rio Verde Norte — Marimbondo II Mato Grosso Goiás Minas Gerais Guaraciaba Transmissora de Energia (TP Sul) S.A. 250 km 350 km - LT 500 kV Itatiba — Bateias LT 500 kV Araraquara 2 — Itatiba LT 500 kV Araraquara 2 — Fernão Dias SE Santa Bárbara D´Oeste SE Itatiba SE Fernão Dias Paraná São Paulo Mata de Santa Genebra Transmissão S.A. 399 km 207 km 241 km 3.600 MVA LT Barreiras II — Rio das Éguas LT Rio das Éguas — Luziânia LT Luziânia — Pirapora II Bahia Goiás Minas Gerais Paranaíba Transmissora de Energia S.A. 244 km 373 km 350 km - LT Paranaíta — Cláudia LT Cláudia — Paranatinga LT Paranatinga — Ribeirãozinho SE Paranaíta SE Cláudia SE Paranatinga Mato Grosso Matrinchã Transmissora de Energia (TP Norte) S.A. 300 km 350 km 355 km - LT Estreito - Fernão Dias Minas Gerais São Paulo Cantareira Transmissora de Energia S.A. 328 km - LT Açailândia — Miranda II Maranhão Integração Maranhense Transmissora de Energia S.A. 365 km - Receitas de Transmissão Através da Resolução Homologatória nº 1.756/2014, a Aneel estabeleceu a Receita Anual Permitida - RAP para o ciclo julho/2014 a junho/2015 pela disponibilização das instalações de transmissão integrantes da rede básica e das demais instalações de transmissão. A Copel Geração e Transmissão é detentora de onze contratos de concessão de transmissão, sendo cinco em operação comercial com direito ao recebimento de receitas e seis em fase de construção. Os reajustes das receitas foram efetuados conforme estabelecido em cada contrato. O Contrato de Concessão nº 060/2001, que compreende as instalações de transmissão do sistema existente e ampliações autorizadas pela Aneel, e o Contrato de Concessão nº 027/2009, da LT Cascavel Oeste — Foz do Iguaçu foram reajustados pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA, cuja variação foi de 6,4%. O Contrato de Concessão nº 015/2010 – SE Cerquilho III, iniciou sua operação comercial em junho de 2014, com uma RAP atualizada no valor de R$ 4,2 milhões. O Contrato de Concessão nº 006/2008, referente à LT Bateias — Pilarzinho e o Contrato de Concessão nº 075/2001, referente à LT Bateias — Jaguariaíva, tiveram um reajuste efetuado pelo Índice Geral de Preços do Mercado - IGP-M acumulado no período, de 7,8%. 3.3.1.3. Distribuição No âmbito da distribuição de energia elétrica, a Copel Distribuição tem como principais atividades prover, operar e manter a infraestrutura, bem como prestar serviços correlatos. Essas atividades visam ao atendimento dos mais de 4,3 milhões de consumidores de energia, em 1.113 localidades pertencentes a 394 municípios do Paraná e um em Santa Catarina, Porto União. Além de operar e manter as instalações nos níveis de tensão até 34,5 kV, a Copel Distribuição também opera nas instalações de níveis de tensão 69 e 138 kV. Em 2014, foram conectadas novas subestações e linhas em alta tensão para reforçar o sistema elétrico de distribuição, melhorando a qualidade e aumentando a disponibilidade de energia aos consumidores. As obras de novas subestações concluídas são: Subestação Potência Localidade SE Morretes 138 kV 41,67 MVA Morretes SE Capanema 69 kV 41,67 MVA Curitiba SE Chopinzinho138 kV 41,67 MVA Chopinzinho Novas linhas de alta tensão em 69 kV e 138 kV que foram concluídas: Local Santa Terezinha - Paranavaí Tensão 138 kV Rosana - Paranavaí Ibiporã - Igapó Ibiporã - Palermo Astorga - Jaguapitã Santo Antonio da Platina - Siqueira Campos Londrina - Palermo Pato Branco - Chopinzinho Parolin - Xaxim Santa Quitéria - Parolin Santa Quitéria - Batel 2 Santa Quitéria - Novo Mundo Pilarzinho - Bom Retiro Jardim Bandeirantes 2 - Igapó Distr. Ind. São José dos Pinhais - Guatupê Distr. Ind. São José dos Pinhais - Piraquara Bateias - Almirante Tamandaré/Rio Branco do Sul (1ª fase) Bateias - Rio Branco do Sul (2ª fase) Rio Branco do Sul - Tunas Guatupê - Pinhais Morretes - Secc (Gov. Parigot de Souza -Posto Fiscal) Tarumã - Secc (Uberaba - Atuba) Campo Comprido - Campina do Siqueira Santa Quitéria - Batel 1 Santa Quitéria - Campina do Siqueira Umuarama -Umuarama Sul 1 Umuarama -Umuarama Sul 2 Umuarma - Tamoio Santa Terezinha - Cianorte Santos Dumont - Cianorte Cascavel Norte - Secc (Pinheiros - Assis Chateaubriand) Rio Azul - Sepac 138 kV 138 kV 138 kV 138 kV 138 kV 138 kV 138 kV 138 kV 138 kV 138 kV 138 kV 138 kV 138 kV 69 kV 69 kV 138 kV 138 kV 138 kV 138 kV 138 kV 138 kV 138 kV 138 kV 138 kV 138 kV 138 kV 138 kV 138 kV 138 kV 138 kV 138 kV Extensão 51,7 km 73,9 km 13,8 km 6,8 km 18,0 km 53,0 km 22,0 km 45,0 km 4,0 km 3,0 km 2,0 km 0,8 km 6,8 km 9,3 km 6,8 km 14,2 km 27,0 km 13,0 km 38,0 km 9,0 km 56,7 km 0,3 km 6,7 km 0,1 km 0,5 km 1,8 km 1,9 km 9,7 km 32,2 km 44,8 km 0,7 km 2,1 km Ao todo, em 2014 estes empreendimentos adicionaram aproximadamente 166,7 MVA ao sistema de distribuição e 575,6 km de novas linhas de transmissão de 69 ou 138 kV. Linhas de Distribuição Na tabela a seguir são apresentadas as extensões de linhas de distribuição da Copel Distribuição: Linhas de Distribuição Extensão (em km) 13,8 kV 34,5 kV 69 kV 138 kV 230 kV Total Subestações A tabela a seguir apresenta o parque de subestações da Copel Distribuição, aberto por tensão: 101.688,7 82.232,5 727,2 5.153,5 123,5 189.925,4 Tensão Subestações automatizadas MVA 34,5 kV 230 35 - 1.545,0 2.412,5 5,0 96 6.730,2 361 10.692,7 69 kV 88 kV 138 kV Total Qualidade de Fornecimento O resultado dos indicadores DEC, FEC e do tempo de espera é mostrado no quadro a seguir: (1) Jan/Dez DEC (horas) (1) FEC (interrupções) Tempo de espera (horas) 2012 2013 2014 10,25 11,62 14,01 7,84 8,06 9,08 01:51 02:08 01:49 DEC medido em horas e centesimal de horas. Mercado de energia A tabela a seguir apresenta o comportamento do mercado cativo aberto por classe de consumo: Mercado Cativo - Copel Distribuição No de consumidores Residencial Industrial Comercial Rural Outros Mercado Cativo Energia vendida (GWh) Dez/14 Dez/13 % 2014 2013 % 3.437.030 3.320.098 3,5 7.267 6.888 5,5 91.068 369.205 372.464 57.203 93.491 338.502 372.835 56.567 (2,6) 9,1 (0,1) 1,1 6.838 5.470 2.252 2.381 6.605 5.074 2.081 2.278 3,5 7,8 8,2 4,5 4.326.970 4.181.493 3,5 24.208 22.926 5,6 Mercado Fio (TUSD) Mercado Fio de Energia - Copel Distribuição No de consumidores/contratos Mercado Cativo Concessionárias e Permissionárias Consumidores Livres Mercado Fio (1) Energia distribuída (GWh) Dez/14 Dez/13 4.326.970 4 4.181.493 4 % 3,5 - 132 128 3,1 4.327.106 4.181.625 3,5 2014 2013 24.208 699 22.926 620 5,6 12,7 % 4.521 4.485 0,8 29.428 28.031 5,0 (1) Total de consumidores livres atendidos pela Copel Geração e Transmissão e por outros fornecedores dentro da área de concessão da Copel Distribuição. Tarifas Em junho de 2014, com a Resolução nº 1.740/2014, a Aneel homologou o resultado do reajuste tarifário anual da Copel Distribuição em 30,78%, sendo 24,78% relativos ao reajuste econômico e 6,00% relativos aos componentes financeiros pertinentes, o que representaria um efeito médio para o consumidor de 35,05%. Em junho de 2014, através do Despacho nº 2.037/2014, foi concedido efeito suspensivo ao recurso interposto pela Copel Distribuição em face da Resolução Homologatória nº 1.740/2014, de forma a suspender seus efeitos. Em julho de 2014, a Copel Distribuição solicitou diferimento parcial do referido reajuste, sendo autorizado pela Aneel e homologado, por meio da Resolução nº 1.763/2014, diferindo-se o valor de R$ 622,4 milhões. Este valor se soma aos R$ 275,9 milhões (a preços de junho de 2014) já diferidos no reajuste de 2013, resultando em um montante de R$ 898,3 milhões a ser considerado como componente financeiro nos próximos reajustes tarifários da Companhia, reduzindo, desta forma, o efeito médio a ser percebido pelos consumidores de 35,05% para 24,86%. Revisão Tarifária Extraordinária Em 2015 a Aneel deliberou sobre a Revisão Tarifária Extraordinária das distribuidoras de energia elétrica. O reajuste tarifário médio da Copel Distribuição aprovado pela Aneel foi de 36,79% a partir de 02.03.2015. Desse total, 22,14% está relacionado à quota de Conta de Desenvolvimento Energético - CDE, e 14,65% ao reposicionamento dos custos com aquisição de energia. A Revisão Tarifária Extraordinária se dá em decorrência de uma série de eventos que impactaram de maneira significativa os custos das concessionárias de energia, os quais não foram previstos no reajuste tarifário de 2014, com destaque para o aumento da quota de CDE, dos custos com compra de energia em função do reajuste da tarifa de Itaipu (46,14%) e dos elevados preços praticados nos últimos leilões. 3.3.2. Telecomunicações A Copel Telecomunicações presta serviços de telecomunicações e de comunicações em geral, elaborando estudos e projetos focados no atendimento das necessidades da Companhia e no mercado em geral. A exploração de tais serviços se dá por prazo indeterminado, sem caráter de exclusividade, em nível nacional. Em 2014, totalizou 15.817 km de cabos ópticos de acesso urbano, aumentando significativamente a capilaridade da rede óptica da Copel Telecomunicações. Todos os 399 municípios do Paraná, dois em Santa Catarina, um no Mato Grosso e quatro em São Paulo são atendidos por meio de 9.608 km de cabos ópticos interurbanos. Por meio dessa rede, a Companhia propicia velocidade e confiabilidade para 22.574 clientes que contam com serviços de telecomunicações com tecnologias de ponta em fibra óptica. 3.3.3. Participações A Copel tem participação societária e associação com empresas, consórcios e outras instituições, que atuam em diversos setores. Na área de energia, a Companhia tem participação em vários empreendimentos, conforme demonstrado a seguir: Setor geração: Potência instalada total (MW) Empreendimento Participação da Copel Dona Francisca Energética S.A. 125,0 Copel - 23,0% Foz do Chopim Energética Ltda. Dois Saltos Empreend. de Geração Energia Elétrica Ltda. UEG Araucária Ltda. Elejor - Centrais Elétricas do Rio Jordão S.A. Consórcio Energético Cruzeiro do Sul 29,1 25,0 484,1 245,9 361,0 902,5 350,2 331,0 108,0 Copel - 35,8% Copel - 30,0% Copel - 20,0% / Copel GeT - 60,0% Copel - 70,0% Copel GeT - 51,0% Copel - 0,8% Copel GeT - 30% Copel GeT - 11,1% Copel GeT - 41,2% Copel - 49,0% Investco S.A. (UHE Lajeado) (1) Consórcio Empreendedor Baixo Iguaçu Consórcio Tapajós Consórcio São Jerônimo Voltalia São Miguel do Gostoso I Participações S.A. (1) Os ativos da UHE Lajeado estão arrendados às demais concessionárias em frações ideais dos ativos existentes. Setor transmissão: Empreendimento Participação da Copel Costa Oeste Transmissora de Energia S.A. Copel GeT - 51% Caiuá Transmissora de Energia S.A. Copel GeT - 49% Guaraciaba Transmissora de Energia (TP Sul) S.A. Copel GeT - 49% Integração Maranhense Transmissora de Energia S.A. Copel GeT - 49% Marumbi Transmissora de Energia S.A. Copel GeT - 80% Matrinchã Transmissora de Energia (TP Norte) S.A. Copel GeT - 49% Paranaíba Transmissora de Energia S.A. Copel GeT - 24,5% Transmissora Sul Brasileira de Energia S.A. Copel GeT - 20% Mata de Santa Genebra Transmissão S.A. Cantareira Transmissora de Energia S.A. Copel GeT - 50,1% Copel GeT - 49% Outros setores: Setor Gás Telecomunicações Saneamento Saneamento Serviços Serviços Exploração de Carvão Empreendimento Companhia Paranaense de Gás - Compagás Sercomtel S.A. Telecomunicações Dominó Holdings S.A. Sanepar Escoelectric Ltda. Copel Amec S/C Ltda. em liquidação Carbocampel S.A. Participação da Copel 51,0% 45,0% 49,0% 7,6% 40,0% 48,0% 49,0% 3.3.4. Renováveis Para cumprir com importantes diretrizes estratégicas e de sustentabilidade estabelecidas para o negócio de geração, foi criada em 2013 a Copel Renováveis — que tem como sua principal finalidade aumentar a participação de fontes alternativas renováveis de energia na matriz energética de forma rentável e sustentável. Estão em construção 28 novos parques, que juntos acrescentarão 662,4 MW à potência instalada em energia eólica até o final de 2017, todos no Rio Grande do Norte. A entrada em operação comercial de alguns desses parques ocorrerá já no ano de 2015. São eles: Complexo eólico Complexo eólico Brisa Potiguar Complexo eólico São Bento Complexo eólico Voltalia (1) Complexo eólico Cutia (1) Empreendimento Capacidade instalada (MW) Nova Eurus IV 27,0 Nova Asa Branca I 27,0 Nova Asa Branca II 27,0 Nova Asa Branca III 27,0 Santa Maria 29,7 Santa Helena 29,7 Ventos de Santo Uriel 16,2 Boa Vista 14,0 Olho d'Água 30,0 São Bento do Norte 30,0 Farol 20,0 Carnaúbas 27,0 Reduto 27,0 Santo Cristo 27,0 São João 27,0 Dreen Cutia 25,2 Dreen Guajiru 21,6 Esperança do Nordeste 30,0 GE Jangada 30,0 GE Maria Helena 30,0 Paraíso dos Ventos do Nordeste 30,0 Potiguar 28,8 São Bento do Norte I 24,2 São Bento do Norte II 24,2 São Bento do Norte III 22,0 São Miguel I 22,0 São Miguel II 22,0 São Miguel III 22,0 A participação da Copel no empreendimento é de 49%. 3.3.5. Pesquisa & Desenvolvimento - P&D Em cumprimento à Lei nº 9.991/2000, que dispõe sobre a realização de investimentos em pesquisa e desenvolvimento por parte das empresas concessionárias, permissionárias e autorizadas do setor de energia elétrica, a Copel investiu em projetos nos setores: Geração e Transmissão Aplicou aproximadamente R$ 8,3 milhões na execução de seu programa de P&D de geração e transmissão, composto por 26 projetos, sendo que, em 12 deles a Companhia participou de forma cooperada com outras empresas. Destes, 3 são estratégicos, cujos temas foram estabelecidos pela Aneel, por meio de Chamada de Projetos. Distribuição Em 2014, foram contratados 10 projetos de Pesquisa e Desenvolvimento - P&D, continuam em execução 9 projetos e 43 estão em fase de elaboração para contratação, sendo um estratégico cooperado — Sistema de Inteligência Analítica do Setor Elétrico - Siase, no qual a Copel participa como cooperada juntamente com outras empresas do setor elétrico. Foram aplicados em projetos de P&D aproximadamente R$ 8,4 milhões. 4. DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO 4.1. Receita Operacional Líquida Em 2014, a Receita Operacional Líquida teve acréscimo de R$ 4.738,3 milhões, representando 51,6% de aumento em relação a 2013. Tal variação decorre principalmente de: 1) Acréscimo de R$ 1.026,5 milhões na Receita de Fornecimento de Energia Elétrica, em virtude principalmente: do reajuste tarifário ocorrido em junho de 2014; e ao aumento de 5,6% do mercado cativo; 2) Aumento de R$ 2.438,5 milhões em Suprimento de Energia Elétrica, devido principalmente à: variação do PLD; e receita da venda de energia produzida pela UEG Araucária; 3) Acréscimo de R$ 208,5 milhões na Receita de Disponibilidade da Rede Elétrica, devido ao reajuste tarifário ocorrido em junho de 2014; 4) Acréscimo de R$ 202,9 milhões na Receita de Construção. A Companhia contabiliza receitas relativas a serviços de construção ou melhoria da infraestrutura utilizada na prestação de serviços de distribuição, transmissão de energia elétrica e gás, as quais totalizaram R$ 1.279,0 milhões em 2014 e R$ 1.076,1 milhões em 2013. Os respectivos gastos são reconhecidos na demonstração do resultado do período, como custo de construção, quando incorridos; 5) Acréscimo de R$ 24,1 milhões na Receita de Telecomunicações, decorrente principalmente do aumento do número de clientes, de 8.270 em 2013 para 22.574 em 2014 e do aumento do número de circuitos, de 27.957 em 2013 para 47.279 em 2014, sobretudo no mercado varejo com o produto BEL Fibra; 6) Acréscimo de R$ 22,7 milhões na Receita de Distribuição do Gás Canalizado, devido ao aumento de volume de distribuição de gás em 2014 em relação a 2013, justificado pelo reajuste dos contratos e pelas variações de mercado; e 7) Reconhecimento de R$ 1.033,9 milhões em Resultado de ativos e passivos financeiros setoriais, de acordo com OCPC nº 08/2014 e Deliberação CMV nº 732/2014, possibilitado pela assinatura em 10.12.2014 do 4º Termo Aditivo do Contrato de Concessão nº 046/99. 4.2. Custos e Despesas Operacionais Tiveram acréscimo de R$ 4.300,9 milhões em 2014, representando um aumento de 53,3%, influenciados, principalmente por: 1) Acréscimo de R$ 1.761,4 milhões em Energia Elétrica Comprada para Revenda, devido principalmente ao maior valor de energia adquirida na CCEE e de CCEAR e ao maior valor do PLD; compensada pelo recebimento de recursos provenientes da CDE, destinados ao ressarcimento de custos de energia; 2) Decréscimo de R$ 22,5 milhões em Encargos do Uso da Rede em virtude principalmente da contabilização dos efeitos dos Encargos dos serviços do sistema - ESS e das restituições aos usuários de Energia de Reserva dos montantes financeiros excedentes da Conta de Energia de Reserva - Coner, conforme Despacho Aneel nº 4.786/2014 e Resolução Normativa Aneel nº 613/2014; 3) Acréscimo de R$ 1.174,2 milhões em Gás Natural decorrente da maior aquisição de gás para UEG Araucária; 4) Decréscimo de R$ 43,5 milhões em Pessoal e Administradores, decorrente principalmente da redução do quadro de empregados; e 5) Acréscimo de R$ 1.004,2 milhões em Provisões e Reversões devido principalmente ao reconhecimento de perda por redução ao valor recuperável para os ativos do segmento de geração, de R$ 807,3 milhões. 4.3. EBITDA ou LAJIDA Consolidado Em R$ mil Lucro líquido atribuído aos acionistas da empresa controladora Lucro líquido atribuído aos acionistas não controladores IRPJ e CSLL diferidos Provisão para IRPJ e CSLL Despesas (receitas) financeiras, líquidas Lajir/Ebit Depreciação e Amortização Lajida/Ebitda Receita Operacional Líquida - ROL Margem do Ebitda% (Ebitda ÷ ROL) 2014 2013 1.205.950 129.665 (225.853) 747.869 (147.717) 1.709.914 1.072.560 28.875 (149.451) 554.520 (280.311) 1.226.193 629.943 603.203 2.339.857 13.918.517 1.829.396 9.180.214 16,8% 19,9% 4.4. Resultado Financeiro O resultado financeiro apresentou decréscimo de R$ 132,6 milhões devido a: 1) acréscimo de 6,5% em receitas financeiras decorrente do maior valor de acréscimos moratórios sobre faturas de energia e em renda de aplicações financeiras; e 2) acréscimo de 47,0% em despesas financeiras devido principalmente ao maior valor de encargos de dívidas decorrente do ingresso de recursos no período. 4.5. Endividamento As variações da dívida de curto e longo prazo referentes aos empréstimos, financiamentos e debêntures decorreram principalmente dos seguintes ingressos de recursos: Ingressos - 2014 (Em R$ milhões) Financiador Valor BNDES PCH Cavernoso/Obras da Copa 2014 BNDES Banco do Brasil CCB 330.600.773 Banco do Brasil Debêntures 5ª emissão (Copel Holding) Debenturistas 104,9 116,7 1.000,0 Os pagamentos ocorridos no ano totalizaram R$ 752,3 milhões, sendo R$ 326,4 milhões de principal e R$ 425,9 milhões de encargos. A composição dos empréstimos, financiamentos e debêntures em curto e longo prazo é: Saldos (Em R$ milhões) 2014 2013 Curto prazo 1.299,1 1.014,6 Longo prazo 4.755,3 3.517,2 Total 6.054,4 4.531,8 4.6. Lucro Líquido Em 2014, o lucro líquido atribuído aos acionistas da empresa controladora foi de R$ 1.206,0 milhões, sendo 12,4% maior que o obtido no exercício anterior, de R$ 1.072,6 milhões. Distribuição de dividendos e juros sobre o capital próprio (em R$ mil) Aprovação na AGO Aprovação no CAD Data de pagamento 2014 Total 23/04/15 18/03/15 a definir 2ª Parcela 23/04/15 18/03/15 a definir Lucro Líquido Ajustado 1.245.047 Valor para Ações ON Valor para Ações PNA 315.060 962 483.507 122.335 Valor para Ações PNB 306.501 404 119.014 Total Distribuído 622.523 241.753 2013 1ª Parcela Total 2ª Parcela 1ª Parcela 2012 24/10/14 21/11/14 24/04/14 12/03/14 28/05/14 24/04/14 12/03/14 28/05/14 13/11/13 16/12/13 25/04/13 19/03/13 23/05/13 761.539 1.121.075 470.996 650.079 767.298 192.725 558 283.640 964 119.122 488 164.518 476 135.643 964 187.487 275.933 115.888 160.045 131.947 380.770 560.537 235.498 325.039 268.554 Obs.: As informações de 1º parcela, refere-se aos resultados do 1º semestre dos respectivos exercícios (art. 41 do Estatuto Social). Do lucro líquido verificado no exercício de 2014, apurado de acordo com a legislação societária, a Companhia propõe para pagamento de Dividendos Anuais o montante de R$ 622.523.190,03 da seguinte forma: Juros sobre o Capital Próprio em substituição aos dividendos, no valor bruto de R$ 30.000.000,00, distribuído em R$ 0,10469 por ação ordinária (ON), R$ 0,11519 por ação preferencial classe A (PNA) e R$ 0,11519 por ação preferencial classe B (PNB), foram declarados e pagos antecipadamente em 21.11.2014; Dividendos no valor de R$ 592.523.190,03, dos quais, R$ 350.769.731,75, distribuído em R$ 1,22416 por ação ordinária (ON); R$ 1,34678 por ação preferencial classe A (PNA), R$ 1,34678 por ação preferencial classe B (PNB), foram declarados e pagos antecipadamente em 21.11.2014. A parcela remanescente dos Dividendos, no valor de R$ 241.753.458,28 - cujo pagamento ocorrerá em até 60 dias da realização da Assembleia Geral Ordinária - será assim distribuída: R$ 0,84351 por ação ordinária (ON), R$ 1,06310 por ação preferencial classe A (PNA) e R$ 0,92803 por ação preferencial classe B (PNB). 4.7. Valor Adicionado No exercício de 2014, a Copel apurou R$ 7.835,5 milhões de Valor Adicionado Total, 18,6% superior ao ano anterior. A demonstração, na íntegra, encontra-se nas Demonstrações Financeiras. Distribuição do Valor Adicionado Acionistas Retido Terceiros Pessoal Governo Estadual e Municipal Federal Total 2014 2013 Variação % 9,6% 7,4% 8,9% 15,5% 58,6% 54,4% 5,4% 11,3% 6,5% 18,4% 58,4% 56,4% 77,8 (34,5) 36,9 (15,8) 0,3 (3,5) 45,6% 43,6% 4,6 100,0% 100,0% - 4.8. Inadimplência de Consumidores Em dezembro de 2014, a inadimplência de consumidores da Copel Distribuição foi de R$ 132,4 milhões, que equivale a 1,5% do seu faturamento. Para o cálculo, considera-se inadimplente o consumidor com débito vencido há mais de 15 dias até 360 dias, em conformidade com o prazo de aviso de vencimento (Resolução Aneel nº 414/2010), e é excluído o reconhecimento de perdas dos débitos vencidos. Inadimplência (%) = ∑ Déb itos vencidos > 15 dias ≤ 360 dias ∑ Faturamento no período de 12 meses 4.9. Ações....... Volume negociado: Bovespa Volume negociado Negócios Quantidade Volume (R$ mil) Total PNB (CPLE6) Média diária Total 218 833.972 3.363 20.569.200 82.940 151.651.000 611.496 460.880 1.858 4.943.379 19.933 248 Presença nos pregões 139 55% Quantidade - - 377.065 Volume (€ mil) Presença nos pregões - - 3.944 248 Desempenho do preço das ações: 610.694 100% NYSE 248 Quantidade Volume (US$ mil) Média diária 54.011 Latibex Presença nos pregões ON (CPLE3) 6.411 100% 4.393 148.930.401 590.994 46 2.060.571 8.177 252 100% 1.520 16 98% Variação % BM&FBovespa Ação 2014 2013 ON (CPLE3) R$ 24,90 R$ 22,30 11,7 média ON R$ 22,83 R$ 24,19 (5,6) PNA (CPLE5) R$ 30,00 R$ 30,00 - média PNA R$ 30,00 R$ 33,47 (10,4) PNB (CPLE6) R$ 35,90 R$ 30,53 17,6 média PNB R$ 32,77 R$ 31,22 5,0 50.007 51.507 (2,9) Ibovespa Índice de Energia Elétrica 27.161 26.250 3,5 US$ 9,22 US$ 9,31 (1,0) média ON US$ 9,67 US$ 11,11 (12,9) PNB (ELP) US$ 13,17 US$ 13,14 0,2 média PNB US$ 14,00 US$ 14,58 (4,0) Índice Dow Jones 17.823,07 16.576,66 Latibex NYSE ON (ELPVY) € 11,13 PNB (XCOP) € 9,50 € 10,59 média PNB Índice Latibex € 10,99 1.750,00 2.076,60 7,5 17,2 (3,7) (15,7) 4.10. Programa de Investimentos O programa de investimentos para 2015 foi aprovado em 11.12.2014 pela 147ª reunião ordinária do CAD. A seguir, os investimentos realizados e os previstos para 2015: Realizado Empresas (em R$ milhões) Geração e Transmissão Distribuição Telecomunicações Holding Participação em Novos Negócios Total 2014 Variação % 2013 2014-2013 Previsto 2015 758,4 857,7 107,5 5,9 478,9 816,5 74,1 - 58,4 5,0 45,1 - 1.042,2 784,7 107,7 5,5 739,5 407,1 81,7 536,8 2.469,0 1.776,6 39,0 2.476,9 5. DESEMPENHO SOCIOAMBIENTAL 5.1. Força de trabalho Considerando a Copel Holding, Copel Distribuição, Copel Geração e Transmissão, Copel Telecomunicações, Copel Participações e Copel Renováveis, os 8.592 empregados do quadro próprio estão distribuídos em quatro carreiras: profissional de nível médio (4.904 empregados), profissional técnico de nível médio (2.060 empregados), profissional de nível superior (1.488 empregados) e operacional (140 empregados). A Companhia vem redimensionando seu quadro funcional, tendo admitido 211 novos empregados em 2014, mediante concurso público. Durante o mesmo período, 269 empregados desligaramse da Companhia. A taxa de rotatividade foi de 2,8% em 2014 e 8,4% em 2013. Desenvolvimento de Pessoal O Desenvolvimento de Pessoal se desdobra em programas corporativos, cursos de formação e obrigatórios. Em 2014, a Copel investiu R$ 6,4 milhões em Treinamento e Desenvolvimento - T&D, em ações voltadas aos seus empregados e público estratégico. As ações de T&D da Companhia resultaram no registro de 22.170 participações em 1.774 eventos. Considerando o total de 8.592 empregados, estas participações equivalem a 2,6 participações por empregado da Companhia. No que se refere à liderança, em 2014 houve a continuidade de duas turmas do MBA Executivo em Gestão Empresarial, realizado na modalidade in company (iniciado no segundo semestre de 2013). Este MBA foi fundamentado nos valores e nas competências organizacionais da Copel e conta com a participação de 87 empregados. Os módulos e os assuntos trabalhados no MBA foram desenvolvidos para capacitar o gerente da Copel para realizar uma gestão eficaz, desenvolver visão estratégica dos negócios da Companhia e ser um líder que valoriza e promove o desenvolvimento das pessoas. Em 2014 a Universidade Copel - UniCOPEL se tornou signatária do Principles for Responsible Management Education - PRME. Esta iniciativa, desenvolvida pela Organização das Nações Unidas, tem objetivo de estabelecer um processo de contínuo aprimoramento das escolas de negócio do mundo inteiro, a fim de que estas sejam capazes de formar uma nova geração de líderes, preparados para enfrentar os desafios complexos que o século XXI. Além de desenvolver políticas e diretrizes sobre T&D na Copel, a UniCOPEL busca novas metodologias, tecnologias, parcerias e novas práticas de treinamento e desenvolvimento para implementação nos programas de treinamento da empresa com base nos direcionamentos estratégicos da Companhia. A Copel possui também o programa Babel, custeado parcialmente pela Companhia, que tem por finalidade propiciar a obtenção de proficiência para os empregados que necessitem do uso de um idioma estrangeiro para exercer suas atividades na Companhia. Em 2014, 164 empregados participaram do programa. Benefícios Entre os benefícios concedidos diretamente pela Companhia a todos os empregados, além dos previstos pela legislação, destacam-se: auxílio-educação; adiantamento de férias e pagamento adicional de mais 1/3 da remuneração, além dos valores obrigatórios previstos em Lei; adiantamento da primeira parcela do 13º salário no mês de janeiro; participação nos lucros e resultados; incentivo à qualidade de vida, com iniciativas como o Coral da Copel e os Jogos Internos; auxílio-alimentação e refeição; vale lanche; auxíliocreche; auxílio a empregados com deficiência e a empregados com dependentes deficientes; complementação de auxílio doença; além de outros benefícios proporcionados pelo convênio existente entre a Copel e o Instituto Nacional do Seguro Social - INSS. Adicionalmente, por meio da Fundação Copel de Previdência e Assistência Social, da qual a Copel é mantenedora, há concessão de: plano de previdência privada, adicional ao valor da previdência oficial, e plano de assistência médico-hospitalar e odontológica. A Fundação Copel disponibiliza, ainda, uma carteira de empréstimos aos seus participantes, obedecendo às disposições legais que regem as aplicações das reservas do seu fundo previdenciário. Política salarial As práticas de remuneração, reconhecimento e incentivo estão baseadas no modelo de remuneração estruturado pela Companhia, apoiando-se em dois pilares: remuneração fixa (comparação de mercado e mérito) e variável (Participação dos Empregados nos Lucros e/ou Resultados - PLR). A PLR dos empregados da Copel ocorre de acordo com a Lei Federal n° 10.101/2000, o Decreto Estadual n° 1.978/2007 e a Lei Estadual n° 16.560/2010, sendo o montante do lucro distribuído de forma igualitária a cada empregado. A proporção entre o menor salário praticado pela Companhia em dezembro de 2014 (R$ 1.447,60) e o salário mínimo nacional vigente naquela data (R$ 724,00) era de duas vezes, não havendo diferença significativa no mesmo período relativamente à proporção de salário-base entre homens e mulheres. Relações trabalhistas Além de cumprir totalmente com suas obrigações trabalhistas, garantindo aos empregados os seus direitos instituídos pela legislação, a Copel realiza uma série de ações, com o intuito de aprimorar as relações trabalhistas, dentre as quais destacamos: Comissão de Análise de Denúncias de Assédio Moral - Cadam, instituída com o objetivo de estabelecer regras para investigação e tratamento das denúncias de assédio moral, garantindo a imparcialidade nas análises dos processos; Ouvidoria: por meio deste canal, qualquer pessoa, mesmo que não seja empregado da Copel, pode solicitar informações, dar sugestões, fazer reclamações, denúncias e questionamentos em relação à Companhia. Canal de Comunicação Confidencial: canal que pode ser utilizado por empregados, gerentes, diretores, estagiários, contratados e demais partes interessadas. O objetivo desse recurso é a comunicação de irregularidades relacionadas à contabilidade, auditoria e controles internos, bem como sobre o descumprimento de dispositivos legais e regulamentares e de normas internas da Copel. Conselho de Orientação Ética - Coe: este canal é formado por empregados indicados pela Copel e coordenado por pessoa da sociedade civil com notório conhecimento sobre o assunto. O grupo avalia denúncias sobre descumprimento do Código de Conduta e tem prazo máximo para resposta final com as orientações pertinentes. a Copel se relaciona com 19 sindicatos representativos das diversas classes de trabalhadores e, ao longo do ano, promove reuniões para discussão de assuntos de interesse mútuo. Por ocasião da data base (outubro) esse relacionamento se intensifica quando os sindicatos e Copel discutem as reivindicações para chegar ao Acordo Coletivo de Trabalho - ACT. O cumprimento das cláusulas dos ACTs mitiga possíveis problemas com sindicatos e empregados; e as dispensas por justa causa são precedidas de processo administrativo sumário, regulado por norma administrativa interna, que garante ao empregado o direito de defesa. Diálogo com o Público Interno Anualmente a Copel realiza a Pesquisa de Opinião do Empregado - POE, como forma de ouvir seus profissionais, bem como identificar expectativas e necessidades de melhoria no ambiente de trabalho. A pesquisa divide-se em 3 Dimensões: Indivíduo, Ambiente de Trabalho e Empresa. Em cada uma das Dimensões são investigados diferentes fatores, como motivação em relação ao trabalho, satisfação em relação a salários e benefícios, relacionamento com colegas e gerentes, desempenho da Diretoria, entre outros desta natureza. Em 2014 a POE aconteceu no mês de julho, tendo a participação de 56,6% dos empregados e obtendo-se um grau de satisfação de 67,1. Os resultados da pesquisa foram desdobrados e divulgados a todos os empregados. Os pontos de atenção estão sendo tratados em parceria pela Holding e subsidiárias integrais. Programa Nossa Energia O Nossa Energia é o programa de gestão de desempenho da Copel, sendo composto por dois eixos: Competências Organizacionais, relacionado aos comportamentos esperados de cada empregado, e Resultados, que está associado à produtividade e é formado por metas corporativas. De acordo com o Nossa Energia, o desempenho de cada empregado associa-se a um dos três grupos de desempenho definidos pela Companhia. Esses grupos servem como subsídio para a aplicação de diferentes tratativas em relação à Carreira e Remuneração e ao Desenvolvimento Profissional, tais como promoções funcionais, meritocracia, adequação funcional, conferências, treinamentos, bolsas para pós graduação e línguas estrangeiras, entre outros. O programa foi implantado em 2013 e, no ciclo de 2014 teve melhorias pontuais e assertivas proporcionadas pela experiência do ciclo de implantação e pelas práticas de gestão de desempenho na Copel. Neste sentido, o Nossa Energia, a cada ciclo, permitirá aprendizados e, assim, aprimoramentos que visam o atingimento dos seus objetivos e maior aderência com a cultura e realidade da Companhia. 5.2. Fornecedores Desde 2005, a Companhia vem estruturando formas de dinamizar o relacionamento com os fornecedores e melhorar o processo de gestão da cadeia de suprimentos, adotando em seus editais alguns critérios relacionados a questões socioambientais, como a vedação de trabalho infantil, o respeito ao meio ambiente, a implantação de requisitos mínimos para destinação de resíduos potencialmente poluidores, dentre outros. Principais ações em 2014 Identificação e avaliação de fornecedores críticos, considerando aspectos legais, financeiros, ambientais, de saúde e segurança no trabalho, segurança da população, de imagem da empresa, da percepção do cliente e sociedade, e dos processos envolvidos. Consulta a Lista Suja do Ministério do Trabalho e Emprego para contratação de fornecedores como prevenção ao risco de envolvimento da empresa como corresponsável em processos contra empregadores que utilizaram mão-de-obra escrava. Manual do fornecedor O manual tem a finalidade de orientar os fornecedores quanto a questões cotidianas da Companhia, aprimorar o relacionamento entre as partes e buscar o alinhamento dos princípios e diretrizes relacionados ao processo da cadeia de suprimentos. O documento pode ser acessado no website www.copel.com. 5.3. Clientes....... Alinhada aos valores presentes em seu referencial estratégico de Respeito às pessoas e Inovação, a Copel investiu na diversificação de canais de atendimento visando facilitar o relacionamento com o cliente e, consequentemente, sua satisfação com os serviços prestados. Dentro dessa política de ampliação dos meios de contato com os consumidores destacamos a Agência Virtual e a disponibilização de novas funcionalidades no Copel Mobile, cujo grande diferencial é oferecer o autoatendimento na palma das mãos, de forma ágil, segura e eficiente. A popularização de aparelhos portáteis como celulares, smartphones e tablets impulsionou a adesão crescente dos consumidores aos serviços online. Adaptando-se a essa nova realidade e antecipando-se às necessidades e expectativas de seus usuários, a Copel disponibiliza sete canais de atendimento virtuais dentre as nove formas de contato atualmente existentes: Agência Virtual, Copel Mobile, website, e-mail, SMS, chat e Redes Sociais — Twitter e Facebook. Estes canais virtuais dinamizam o atendimento ao cliente e são ferramentas primordiais ao alcance do objetivo de redução da demanda de chamadas no atendimento telefônico e de visitas no atendimento presencial. A tabela a seguir ilustra o crescimento na utilização dos canais virtuais em comparação ao atendimento telefônico e presencial. Atendimento virtual Atendimento pessoal Total 2012 2013 2014 41,0% 59,0% 45,0% 55,0% 52,0% 48,0% 100,0% 100,0% 100,0% A Copel entende que o cliente é seu maior patrimônio e busca o constante aprimoramento das relações da Companhia com seus consumidores e com a comunidade em geral. Isso se dá por meio do Conselho de Consumidores, órgão de caráter consultivo e sem personalidade jurídica instituído em novembro de 1993, em atendimento à Lei nº 8.631/1993. Suas atribuições são regidas pela Resolução nº 451/2011 da Aneel, e consistem em examinar questões ligadas ao fornecimento de energia elétrica, tarifas e adequação dos serviços prestados ao consumidor final. O Conselho é composto por usuários das classes de clientes residencial, comercial, rural, poder público e industrial, empregados da Companhia e também por um de representante da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor – Procon. Todas as ações buscando a melhoria do relacionamento com o cliente vêm alcançando bons resultados e sendo reconhecidas. Entre todas as grandes distribuidoras do Brasil, a Copel obteve o menor índice de reclamações procedentes na ouvidoria da Aneel: 0,66 enquanto a média nacional foi de 4,47. Este foi um dos fatores que possibilitaram a conquista do melhor Índice Aneel de Satisfação do Consumidor - IASC entre as empresas de grande porte. A Copel foi destaque no Prêmio Nacional da Qualidade - PNQ pelo atendimento prestado a seus consumidores. Além disso, em 2014 a Companhia também obteve a premiação de melhor distribuidora da América Latina pela Comisión de Integración Energética Regional – CIER, e foi eleita a melhor distribuidora do Brasil na avaliação do cliente em pesquisa feita pela Associação Brasileira das Distribuidoras de Energia Elétrica - Abradee. 5.4. Comunidade Em 2014, vários municípios que abrigaram empreendimentos da Copel contaram com a dedicação de técnicos enviados com a função de demonstrar a importância das questões sobre o meio ambiente e desenvolvimento sustentável. Museu Regional do Iguaçu – MRI O MRI está situado na Vila Residencial da Usina Hidrelétrica Gov. Ney Braga - UHEGNB, no município de Mangueirinha, no Paraná e apresenta, de forma integrada, as características sociais, culturais e ambientais das populações que têm ocupado as margens do rio Iguaçu. Mantém sob guarda valioso acervo oriundo dos programas de Salvamento Arqueológico, Salvamento da Memória Cultural e de Aproveitamento Científico de Flora e Fauna desenvolvidos durante a implantação da UHEGNB. É reconhecido como iniciativa pioneira no setor elétrico e tem servido como espaço de reflexão, debate e educação socioambiental. A partir das coleções, os educadores do Museu desenvolvem ações que estimulam a valorização da cultura e da memória local e regional, promovendo reflexões sobre o desenvolvimento, o crescimento econômico, o bem-estar humano, a preservação dos recursos naturais, a utilização segura e consciente de energia elétrica. Em 2014, o Museu atendeu mais de 17.476 visitantes/usuários distribuídos nas modalidades de agendamento com monitoria guiada, visitantes espontâneos e de Museu Itinerante. Desde sua inauguração, em dezembro de 2000, o Museu foi responsável por atividades educativas e de monitoria de 278.605 pessoas, que tomaram conhecimento das ações da Copel pelo Meio Ambiente. Centro de Visitantes de Faxinal do Céu - CVFC O CVFC, criado em 2007, está situado no Jardim Botânico de Faxinal do Céu, na Vila Residencial da Usina Hidrelétrica Gov. Bento Munhoz da Rocha Netto - UHEGBM, no município de Pinhão, no Paraná e está integrado ao Jardim Botânico Faxinal do Céu, o primeiro Jardim vinculado a uma obra hidrelétrica. Trata-se de uma obra complementar à UHEGBM e ressalta a ação da Copel em preservar o patrimônio natural e botânico de seus empreendimentos hidrelétricos. É um ambiente propício para pesquisas científicas tanto de flora quanto de fauna. No CVFC, os educadores do Centro de Visitantes desenvolvem ações educativas em trilhas e indoor, por conta de suas coleções botânicas e das possibilidades educacionais que elas proporcionam, estimulando preservação da biodiversidade, promovendo reflexões sobre a cultura local e regional, o desenvolvimento, o crescimento econômico, o bem-estar humano, a preservação dos recursos naturais, o uso seguro e consciente da eletricidade. Em 2014, o CVFC atendeu a 2.793 visitantes/usuários distribuídos nas modalidades de agendamento com monitoria guiada, visitantes espontâneos no Centro de Visitantes e em parceria com o MRI nas atividades de Museu Itinerante. Programa Cultivar Energia (Sob-linhas) Tem como objetivo implementar hortas comunitárias nos imóveis sob linhas de energia elétrica da Copel, em parceria com prefeituras municipais e comunidades. Através da ocupação social de espaços ociosos, pretende-se promover a inclusão, segurança alimentar e geração de renda. Além disso, o programa visa também proporcionar segurança à comunidade, pois tem o potencial de inibir ocupações irregulares e perigosas sob as linhas de energia. Em 2013 a primeira horta comunitária sob linha da Copel em parceria com a Prefeitura Municipal foi inaugurada como uma experiência piloto no Município de Maringá. Com os primeiros resultados positivos, outras hortas foram viabilizadas e estão beneficiando atualmente em torno de 140 famílias de três diferentes comunidades daquele município. Visando a normatização e expansão desta iniciativa no contexto de um programa socioambiental corporativo, a Copel está elaborando normas e procedimentos e tem como estratégia implantar o programa em outros municípios do Paraná, com o objetivo de ampliá-lo. Projeto Guardião das Águas É um convênio firmado com o Instituto Bom Aluno, finalizado no primeiro semestre de 2014, com o objetivo de promover a cidadania, por meio do apoio e mobilização ao grupo escoteiro Guardião das Águas, visando à sensibilização dos participantes para temas ambientais e sociais e a contribuição para a preservação das áreas de mananciais da Bacia do Alto Iguaçu. Acidente na comunidade (distribuição) Historicamente, por força de seu estatuto, a Copel tem um forte envolvimento com a sociedade, tendo como propósito promover o desenvolvimento socioeconômico do Estado. Com sua expansão para outros Estados esse compromisso está se ampliando. A prevenção de acidentes com a comunidade é realizada com treinamentos nas escolas, empresas, canteiros de obras e reuniões nas comunidades, utilizando-se material didático padronizado com instrutores formados, entrevistas em emissoras de rádio por todo Estado do Paraná em convênio com a Secretaria de Estado da Saúde, acordos diretos com as emissoras para a divulgação diária de informações sobre o uso seguro da eletricidade e mensagens mensais na fatura de energia elétrica encaminhada a todos os clientes. Anualmente é promovida a Semana Nacional de Segurança, em parceria com a Abradee e demais distribuidoras. 5.5. Educação para sustentabilidade Rede Copel de Agentes para Sustentabilidade A Rede Copel de Agentes para a Sustentabilidade atua na mobilização, sensibilização e conscientização do público interno para questões afetas à sustentabilidade. Seminário Copel de Boas Práticas Socioambientais O V Seminário Copel de Boas Práticas Socioambientais, focou na temática da sustentabilidade como geradora de valor e contou com a apresentação de palestras de renomados profissionais contribuindo para o processo de compartilhamento e envolvimento de empregados da Copel e publico externo para questões socioambientais e de sustentabilidade. Feira Copel de Boas Praticas Socioambientais Em paralelo ao V Seminário Copel de Boas Praticas Socioambiental, foi realizada a II Feira Copel de Boas Práticas Socioambientais, que contou com a participação de 26 expositores, assim distribuídos: 3 empresas, 5 instituições de ensino e pesquisa, 5 institutos empresarias, 11 instituições sociais e 3 parceiros estratégicos. A Feira foi visitada por aproximadamente 400 pessoas Troféu Susie Pontarolli O Troféu Susie Pontarolli de Sustentabilidade tem por objetivo reconhecer e apoiar iniciativas que visam contribuir para a promoção do desenvolvimento sustentável e melhoria de qualidade de vida. A 2ª Edição do Troféu, oportunizou a participação de empregados e fornecedores e premiou as três melhores práticas nas Categorias: Categoria Empregados - onde os prêmios em dinheiro deverão ser destinados, exclusivamente, para a manutenção ou ampliação dos projetos vencedores. Categoria Fornecedores Consciente - visa destacar projetos em prol da comunidade ou de seus empregados como forma de valorização da pessoa, de estimulo à igualdade e justiça social. 5.6. Projetos e Programas Corporativos Incentivos Fiscais A Copel, através de renúncia fiscal, incentiva diversos projetos de incentivo à cultura (Lei Rouanet), ao esporte (Lei de Incentivo ao Esporte) ou a projetos sociais atinentes ao estatuto da criança e do adolescente (FIA - Fundo da Infância e do Adolescente), ao estatuto do idoso (Fundo do Idoso) ou a projetos voltados ao desenvolvimento da saúde (Pronon e Pronas). O destaque é o apoio ao TOP 2016, programa que pretende tornar o Paraná referência no Brasil no esporte olímpico e paralímpico, valorizando os talentos esportivos do Estado, bem como contribuir no desenvolvimento social, proporcionando esporte, saúde e educação para os jovens. Voluntariado Corporativo - EletriCidadania O Programa permite que os empregados utilizem até 4 horas mensais do seu tempo de trabalho para a execução, de forma voluntária e espontânea, de ações comunitárias que, muito além do simples assistencialismo, levem ao desenvolvimento sustentável da sociedade em todos os aspectos, sejam eles culturais, educacionais ou profissionais. Em 2014, participaram do programa 154 empregados, realizando um total de 1.229 horas de voluntariado. Programa Corporativo de Acessibilidade O Programa Corporativo de Acessibilidade tem o objetivo de tornar a Companhia rigorosamente adaptada no que diz respeito às questões de acessibilidade, por meio de reformas, projetos arquitetônicos e urbanísticos, implementação de recursos tecnológicos, aplicação de treinamento e campanhas educativas, para que seus empregados e partes interessadas, com algum tipo de deficiência, tenham pleno acesso às suas instalações, informações e serviços. Em 2014, a Copel conta com 81,7% das agências e postos de atendimento adaptados arquitetonicamente. Programa Luz para Todos - LPT Em 2011, o Governo Federal, por meio do Decreto nº 7.520/2011, instituiu novo Programa LPT para o período de 2011 a 2014, destinado a propiciar atendimento exclusivamente às famílias prioritárias, ou seja: moradores dos Territórios da Cidadania, assentamentos rurais, comunidades indígenas, quilombolas, como também a escolas, postos de saúde e poços de água comunitários. Até dezembro de 2014 foram ligadas 4.092 unidades consumidoras. Programa Morar Bem Paraná Em 2011, através do Decreto nº 2845/2011, foi instituído o Programa Morar Bem Paraná. Este convênio tem o objetivo de incentivar a produção e a aquisição de novas unidades habitacionais, requalificação, ampliação ou reformas de imóveis urbanos e rurais, regularização fundiária e urbanização para famílias com renda mensal de até seis salários mínimos nacional, bem como o desenvolvimento Estadual de Habitação de Interesse Social. Dentre as atribuições da Copel no convênio, a principal é a construção das redes de distribuição de energia elétrica e das entradas de serviços das unidades consumidoras dos conjuntos habitacionais. A gestão do convênio é realizada pela Companhia de Habitação do Paraná - Cohapar. Programa de Gestão de Solo e Águas em Microbacias Em junho de 2012 foi celebrado o Programa de Gestão de Solo e Águas em Microbacias, tendo, como participantes, o Instituto de Águas do Paraná, a Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento, 99 municípios do Estado do Paraná e a Copel. O objetivo deste convênio é a implantação do sistema de Abastecimento Público em área rural, no âmbito do programa de gestão de Solo e Água em Microbacias. Posteriormente, o Programa foi estendido, para atender a outros 86 municípios do Estado. A obrigação definida para a Copel é atender ao pedido de ligação da unidade consumidora do município, gratuitamente, de acordo com os critérios de universalização do atendimento, previstos na Resolução Aneel nº 414/2010, ou quando cabível, participar financeiramente através do encargo de responsabilidade da distribuidora. A gestão do convênio é realizada pelo Instituto Águas do Paraná. Programa Luz Fraterna Programa em parceria com o Governo do Estado do Paraná, pelo qual as unidades consumidoras classificadas como residencial baixa renda e com consumo de até 120 kWh têm isenção total da fatura, cujo débito é assumido pelo Governo do Estado. Em 2014 foram beneficiadas cerca de 182 mil famílias. Programa de Irrigação Noturna Realizado em conjunto com a Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, o Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural - Emater, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente Sema, entre outros órgãos, o programa tem como objetivo incentivar o aumento da produtividade agrícola mediante vantagens na construção da rede e desconto na energia elétrica utilizada à noite para acionamento de sistemas de irrigação, o que resulta em aumento da renda e melhoria da qualidade de vida do produtor rural. Em 2014 foram beneficiados cerca de 4 mil agricultores pela tarifa especial de irrigação. Programa Tarifa Rural Noturna O programa tem o objetivo de incentivar os produtores rurais paranaenses, classificados como consumidores rurais atendidos em rede de baixa tensão, a utilizar a energia elétrica no período compreendido entre 21h30 e 06h, mediante desconto de 60,0% na tarifa, proporcionando minimização de custos e incremento da produção rural no Estado do Paraná. Em 2014, foram beneficiadas cerca de 8,6 mil propriedades pela tarifa especial noturna. Programa de Eficiência Energética - PEE O PEE tem o objetivo de promover a eficiência no uso final da energia elétrica, por meio da aplicação de recursos financeiros determinados pela Lei nº 9.991/2000, de modo a contribuir para a otimização do sistema elétrico e postergação de investimentos em geração, transmissão e distribuição de energia elétrica. Em 2014 foram aplicados cerca de R$ 15,9 milhões em 18 projetos, que colaboraram para melhoria da eficiência energética nas instalações de consumidores residenciais de baixa renda, prédios públicos, escolas estaduais, estabelecimentos comerciais e de serviços e em projetos educacionais. Em 2014 foi aberta Chamada Pública nº 001/2014 para consumidores com ou sem fins lucrativos, com investimento previsto de R$ 11,0 milhões, sendo R$ 7,0 milhões para os segmentos industrial e residencial e outros R$ 4,0 milhões para outras tipologias. Simultaneamente com o lançamento da Chamada Pública, foi realizado o “I Workshop - Projetos de Eficiência Energética - Chamada Pública Copel”, visando a disseminação de boas práticas na elaboração e proposição de projetos de eficiência energética desenvolvidos no âmbito do Programa de Eficiência Energética regulado pela Aneel. Um dos principais objetivos foi divulgar as principais diretrizes que regem o programa com intuito de melhor orientar os envolvidos, para que assim se eleve a quantidade e a qualidade dos projetos apresentados na chamada pública. A Copel foi a primeira empresa a realizar Chamada Pública nos moldes do novo regulamento da Aneel. 5.7. Meio ambiente Gestão socioambiental de novos empreendimentos Em 2014 foi realizada a gestão socioambiental dos novos empreendimentos em implantação pela Companhia: UHE Colíder, SE Cerquilho II, SE Taubaté, LT Araraquara II — Taubaté, LT Colíder — Cláudia, LT Foz do Chopim — Salto Osório C2, LT Londrina — Figueira C2, LT Assis — Paraguaçu Paulista II, SE Paraguaçu Paulista II, LT Bateias — Curitiba Norte, SE Curitiba Norte, LT Assis — Londrina C2, LT Foz do Chopim — Realeza Sul e SE Realeza Sul (ampliação). Também foi realizada a gestão socioambiental de Engenharia do Proprietário da LT Cascavel Oeste — Umuarama Sul, SE Umuarama Sul, LT Curitiba — Curitiba Leste e Seccionamentos, SE Curitiba Leste e SE Curitiba, LT Umuarama Sul — Guaíra, Sistema Transmissor 230 kV Cascavel (LT Cascavel Oeste — Cascavel Norte, LT Cascavel Norte Seccionamento Cascavel Oeste - Umuarama Sul e SE Cascavel Norte) e SE Santa Quitéria. Foi realizado também o acompanhamento do licenciamento ambiental da SPE Mata de Santa Genebra, que compreende os empreendimentos LT Itatiba — Bateias, LT Araraquara II — Itatiba, LT Araraquara II — Fernão Dias, SE Fernão Dias, SE Itatiba, e SE Santa Barbara D'Oeste. Além disso, foram obtidas 29 licenças e autorizações ambientais junto aos órgãos licenciadores. Gestão Socioambiental de Reservatórios Desenvolvimento de ações por meio da gestão ambiental por microbacias hidrográficas, com os objetivos de: identificar as fontes de poluição nas bacias de contribuição dos reservatórios; planejar, em parceria com demais instituições do Estado, o uso e a ocupação do solo; participar de programas estaduais relacionados a ações de preservação ambiental em microbacias contribuintes de reservatórios; implantar medidas de caráter preventivo e corretivo; e controlar a incidência de algas e macrófitas, visando melhorar a qualidade e disponibilidade de água nos reservatórios das UHEs da Copel, bem como promover seu uso múltiplo. Em 2014 foram realizados esforços na implementação de um programa de gestão do aporte de fósforo no reservatório da UHE Mauá, a fim de evitar problemas com florações de algas, em parceria com outras instituições do Estado e outras empresas. Este programa consiste em ações de diagnóstico, fiscalização, educação e ações corretivas no meio rural. A partir de 2015, será realizado em parceria com a Emater, que possui o Programa de Gestão de Solo e Água no Estado do Paraná. Programa Florestas Ciliares O principal objetivo do Programa é a recuperação dos ambientes naturais circunjacentes aos reservatórios das usinas, feita essencialmente por meio de plantios florestais, utilizando diferentes técnicas de recuperação florestal, visando melhor desempenho da atividade. O trabalho é realizado em imóveis da Copel, bem como em imóveis de terceiros, cujos proprietários possuam interesse em aderir ao Programa. Em 2014, foram plantadas 185.796 mudas, o que corresponde a uma área recuperada de aproximadamente 155 hectares. Foi realizado o cercamento de 13,3 km, para proteção das áreas reflorestadas. Hortos Florestais Nos hortos florestais são produzidas as mudas necessárias para atendimento a programas de compensação ambiental que necessitam de reflorestamento. Além do Programa de Florestas Ciliares, são produzidas mudas para compensação ambiental de supressão vegetal decorrente da abertura de faixa para linhas de transmissão e distribuição, repasse de mudas de arborização urbana para as prefeituras conveniadas e para compor o paisagismo de áreas administrativas da Companhia. A produção de mudas inclui aproximadamente 150 espécies arbóreas nativas, abrangendo os diversos tipos de vegetação, inclusive várias espécies raras e ameaçadas de extinção. Em 2014, os hortos florestais da Companhia produziram 409.823 mil mudas. Além das mudas produzidas nos hortos, são transplantadas e reabilitadas plantas resgatadas durante a supressão vegetal em áreas de novos empreendimentos. Programa de Monitoramento e Repovoamento de Ictiofauna O Programa permite acompanhar as mudanças nas comunidades de peixes afetadas pelas barragens da Copel e realiza o manejo destas comunidades, mitigando impactos e atendendo necessidades legais e sociais. Em 2014 houve a liberação de 127.728 alevinos, sendo 10.000 em ações com universidades, 85.378 nos reservatórios da Copel e 32.350 em eventos ambientais junto às prefeituras. Houve ainda resgates de peixes em situações de risco relacionadas ao funcionamento das usinas hidrelétricas, totalizando 3.216 peixes resgatados em 2014. Programa de Arborização Urbana Incentiva a melhoria da arborização urbana dos municípios da área de concessão da Copel, por meio de ações junto às Prefeituras, visando à convivência das redes de distribuição de energia com as árvores urbanas. O plantio de árvores adequadas em locais corretos resulta em uma menor necessidade de intervenções com podas drásticas e na redução de interrupções no fornecimento de energia. Em 2014, por meio de cinco convênios firmados, foram removidas 422 árvores que ofereciam riscos às redes de energia e fornecidas 3.350 mudas adequadas à arborização de vias públicas. Também foram realizados seis cursos técnicos de arborização urbana, em parceria com a Secretaria do Desenvolvimento Urbano e o Instituto Ambiental do Paraná, no qual foram treinados 236 gestores e servidores de 141 municípios do Estado. Programa de gestão de riscos de desastres naturais Em fevereiro de 2014 foi celebrado o Termo de Cooperação Técnica entre a Copel e a Mineropar, cujo objetivo é gerar dados cartográficos para a gestão de riscos naturais, visando a prevenção de desastres no Estado do Paraná. A obrigação da Copel é o fornecimento de bases cartográficas para que a Mineropar possa fazer os estudos geológicos e gerar os mapas de riscos. O trabalho iniciou contemplando os municípios do Litoral do Paraná. Zoneamento Ecológico Econômico do Estado do Paraná Em julho de 2012 foram criadas as comissões coordenadora e executora do Zoneamento Ecológico Econômico - ZEE do Estado do Paraná. A Copel participa da executora, que tem como objetivo atribuir e definir procedimentos metodológicos a serem adotados e executar as atividades técnicas necessárias para a elaboração do ZEE. O ZEE do Litoral do Paraná foi concluído e o ZEE do Estado do Paraná está em fase final de elaboração. Tecnologias de redes de distribuição de energia Os impactos socioambientais mais significativos das redes de distribuição são: riscos de acidentes com terceiros, conflitos com a arborização e animais silvestres e poluição visual. Para mitigar estes impactos, sempre que há viabilidade técnica e econômica, a Copel adota tecnologias alternativas às redes nuas, como: Rede de Distribuição Compacta Protegida - RDC e Rede de Distribuição Secundária Isolada - RSI: As RDCs minimizam a área de interferência com a vegetação, a necessidade de poda das árvores. As RSIs permitem maior proximidade dos galhos de árvores, sem risco de provocar interrupções em caso de contato eventual e não permanente nos condutores. Juntas, as RDCs e RSIs representam nas áreas urbana e rural 26,0% e 2,1% do total de redes construídas até 2014, respectivamente. Importante ressaltar que desde 2010 a RDC é o padrão construtivo preferencial da Copel para redes aéreas. Rede isolada: Outra tecnologia de rede que tem sido estudada e aplicada pela Copel é a rede aérea isolada de média tensão (13.800 Volts e 34.500 Volts). Trata-se de uma tecnologia de cabos isolados que permite o contato permanente com a arborização. Este tipo de rede torna a necessidade de poda de árvores quase nula. Rede Subterrânea: Em certas situações de alta demanda de energia e confiabilidade, a Copel pode projetar e construir redes subterrâneas, que eliminam a necessidade de poda de árvores e reduzem a possibilidade de acidentes com terceiros, além de melhorar o impacto visual causado em relação às redes. Emissões Emissões de gases do efeito estufa - GEE A Copel elabora anualmente o inventário de gases do efeito estufa - GEE da Companhia, baseado no programa brasileiro GHG Protocol. O resultado dos inventários de emissões de GEE da Copel estão disponíveis no website do GHG Protocol: www.registropublicodeemissoes.com.br. Desde 2012 os inventários passam por verificação de entidade externa, para validação e certificação, dando maior transparência às informações. Em 2014, por meio do Comitê Gestor de Mudanças Climáticas, foram desenvolvidas ações para padronização das informações para compor o inventário, visando a sua melhoria. Além disso, foram realizados treinamentos internos para disseminar os conhecimentos sobre gestão de riscos e oportunidades em mudanças climáticas. Está em andamento a atualização da Agenda Copel de Mudanças Climáticas, documento que traz os compromissos, gestão e diretrizes sobre o tema de mudanças climáticas dentro da Companhia, disponível no website na Copel. Resíduos Durante 2014 foram realizadas as seguintes ações: Avaliação para integração entre o software Registro Corporativo de Resíduos - RCR e o SAP/ERP (Módulo Materiais), visando a otimização de registro dos resíduos gerados no âmbito da Companhia. Revisão da nomenclatura atual dos resíduos, de acordo com a nova Lista Brasileira de Resíduos Sólidos, conforme Instrução Normativa nº 13/2012 do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA. Elaboração do Manual de Gerenciamento de Resíduos, com o objetivo de alinhar os conceitos e procedimentos sobre gerenciamento de resíduos com os empregados que manuseiam resíduos sólidos. Participação na elaboração do Plano de Logística Reversa Setorial, coordenado pelo Sindicato das Empresas de Eletricidade, Gás, Água, Obras e Serviços do Estado do Paraná - Sineltepar e elaborado pelo Senai, protocolado em janeiro de 2014 na Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, cujo Termo de Compromisso foi assinado em dezembro de 2014. Assinados seis termos de compromissos com associações ou cooperativas de catadores para coleta de resíduos sólidos recicláveis oriundos de atividades administrativas, em atendimento ao Decreto Estadual n° 4.167/2009. Participação mensal nos Fóruns do Lixo e Cidadania, promovido pelo Ministério Público do Trabalho. Realizado treinamento sobre Gerenciamento de Resíduos para as Comissões Internas Sociambientais - CISAs, com a participação de 95 empregados de todo Paraná. Projeto Microalgas O convênio firmado em 2009 através de termo de cooperação técnico-científico com a Copel, o Instituto Agronômico do Paraná - Iapar e a Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento do Agronegócio - Fapeagro foi encerrado em julho de 2014. O projeto alcançou os objetivos propostos, tendo formado uma coleção com cerca de 150 cepas de microalgas, bem como desenvolveu uma plataforma de produção de microalgas em escala piloto, a qual se encontra instalada no Iapar. Projeto de Crédito de Carbono Integrado ao Conselho de Meio Ambiente da Copel, a Elejor iniciou o projeto de formação de seus Créditos de Carbono em outubro de 2000. Sob o nome de Fundão Santa Clara Energetic Complex Project FSCECP, o Project Design Document Form - PDD foi aprovado pela United Nations Framework Convention on Climate Change - UNFCCC/ONU em 2008. O Certified Emission Reductions - CER é uma commodity e o preço segue, na grande maioria dos casos, o registro da BlueNext (www.bluenext.eu), que registra todas as operações de compra e venda que ocorrerem no mundo. Os valores oscilam de forma análoga a uma bolsa de valores convencional. O projeto tem validade por 21 anos, sendo revisado a cada sete anos, segundo as regras atuais do Protocolo de Kyoto. 6. BALANÇO SOCIAL BALANÇO SOCIAL ANUAL Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 2014 2013 1 - BASE DE CÁLCULO NE 31 Receita Líquida - RL 13.918.517 2 - INDICADORES SOCIAIS INTERNOS % Sobre RL Remuneração dos administradores Remuneração dos empregados Alimentação (Auxílio alimentação e outros) Encargos sociais compulsórios Plano previdenciário Saúde (Plano assistencial) Capacitação e desenvolvimento profissional NE 32.3 Participação nos lucros e/ou resultados NE 32.3 Indenizações Trabalhistas (1) Outros benefícios Total NE 32.3 16.066 754.218 105.425 247.826 66.972 153.539 6.829 92.657 6.588 10.513 1.460.633 3 - INDICADORES SOCIAIS EXTERNOS 0,1 5,4 0,8 1,8 0,5 1,1 0,7 0,1 10,5 % Sobre RL 13.187 789.784 105.972 255.952 66.069 129.605 10.928 80.048 37.925 11.705 1.501.175 % Sobre RL Cultura Saúde e saneamento Esporte Outros Programa Luz para Todos Programa Morar Bem Programa Tarifa Noturna Outros Total das contribuições para a sociedade Tributos (excluídos encargos sociais) Total 13.016 4.421 3.130 40.596 8.181 19.692 4.665 8.058 61.163 4.394.165 4.455.328 4 - INDICADORES AMBIENTAIS (2) 9.180.214 0,1 8,6 1,2 2,8 0,7 1,4 0,1 0,9 0,4 0,1 16,4 % Sobre RL 0,1 0,3 0,1 0,1 0,1 0,4 31,6 32,0 5.910 1.200 1.246 35.483 20.200 5.697 6.362 3.224 43.839 3.663.635 3.707.474 % Sobre RL 0,1 0,4 0,2 0,1 0,1 0,5 39,9 40,4 % Sobre RL Investimentos relacionados com as operações da empresa 329.240 2,4 209.057 2,3 Investimentos externos Total 624 329.864 2,4 315 209.372 2,3 em programas e/ou Quantidade de sanções ambientais Valor das sanções ambientais (R$ Mil) NE - Nota Explicativa projetos 2 1.600 5 31.583 2014 2013 5 - INDICADORES DO CORPO FUNCIONAL (inclui controladas) Empregados no final do período Admissões durante o período (3) (4) (5) (5) (6) Escolaridade dos empregados(as): Total Superior e extensão universitária Total 2º Grau Total 1º Grau Faixa etária dos empregados(as): Abaixo de 18 anos De 18 até 30 anos (exclusive) De 30 até 45 anos (exclusive) De 45 até 60 anos (exclusive) Acima de 60 anos Mulheres que trabalham na empresa % Mulheres em cargos gerenciais: em relação ao nº total de mulheres em relação ao nº total de gerentes Negros(as) que trabalham na empresa % Negros(as) em cargos gerenciais: em relação ao nº total de negros(as) em relação ao nº total de gerentes Portadores(as) de necessidades especiais Dependentes Terceirizados Aprendiz (es) Estagiários(as) 8.777 235 Total 3.849 4.802 126 Nº de processos trabalhistas em andamento no final do exercício Nº de processos trabalhistas encerrados no exercício 8.815 391 Homens Mulheres 2.684 1.165 4.044 758 124 2 Total 3.837 4.835 143 1.331 4.159 3.232 55 1.927 11 1.612 4.067 3.083 42 1.906 5,3 20,6 4,6 18,6 1.002 981 2,7 5,4 3,0 6,1 195 16.256 5.895 177 313 178 15.998 5.626 235 285 4.836 3.432 540 1.070 Homens Mulheres 2.709 1.128 4.070 765 137 6 6 - INFORMAÇÕES RELEVANTES QUANTO AO EXERCÍCIO DA CIDADANIA EMPRESARIAL (6) Relação entre a maior e a menor remuneração na empresa Número total de Acidentes de Trabalho (inclui acidentes com contratados) Número total de reclamações e críticas de consumidores: na empresa no Procon na Justiça % de reclamações e críticas atendidas ou solucionadas: na empresa no Procon na Justiça 19 21 266 273 34.106 515 2.680 46.958 507 1.703 100,0% 95,0% 17,2% 100,0% 94,9% 24,0% 2014 Metas 2015 Os projetos sociais e ambientais desenvolvidos pela empresa foram definidos por direção e gerências direção e gerências Os padrões de segurança e salubridade no ambiente de trabalho foram definidos por: todos + Cipa todos + Cipa Quanto à liberdade sindical, ao direito de negociação coletiva e à representação interna dos trabalhadores, a empresa: incentiva e segue a OIT incentiva e seguirá a OIT A previdência privada contempla: todos todos A participação dos lucros ou resultados contempla: todos todos Na seleção dos fornecedores, os mesmos padrões éticos e de responsabilidade social e ambiental adotados pela empresa: são exigidos serão exigidos Quanto à participação dos empregados em programas de trabalho voluntário, a empresa: organiza e incentiva organizará e incentivará 7- GERAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE RIQUEZA Valor adicionado total a distribuir Distribuição do Valor Adicionado (DVA): Terceiros Pessoal Governo Acionistas Retido 2014 7.835.476 8,9% 15,5% 58,6% 9,6% 7,4% 2013 6.608.123 6,5% 18,4% 58,4% 4,9% 11,8% 8 - OUTRAS INFORMAÇÕES • A partir de 2010, o Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas - Ibase não mais prescreve seu modelo padrão de Balanço Social por entender que esta ferramenta e metodologia já se encontram amplamente difundidas entre empresas, consultorias e institutos que promovem a responsabilidade social corporativa no Brasil. Assim sendo, a Copel, que já utilizava este modelo desde 1999, resolveu, fundamentada na orientação do Ibase, melhorar sua demonstração de Balanço Social, abordando também informações solicitadas na NBCT 15, visando à transparência de suas informações. • As notas explicativas - NEs são parte integrante das Demonstrações Financeiras e também contêm outras informações de natureza socioambiental não contempladas neste Balanço Social. • Este Balanço Social contempla dados da holding, subsidiárias integrais, controladas e consórcios da Copel, em virtude da consolidação de seus resultados, exceto quando indicado de outra forma. (1) O item Outros benefícios é composto por: Auxílio doença complementar, Auxílio maternidade prorrogado, Seguros, Vale transporte excedente e Auxílio invalidez, Morte acidental, Auxílio creche, Auxílio educação, Cultura e Segurança e Medicina no trabalho. (2) Estas informações referem-se a multas e notificações socioambientais da holding e Copel Distribuição S.A., Copel Geração e Transmissão S.A, Copel Telecomunicações S.A., Copel Participações S.A. e Copel Renováveis S.A. São divulgados valores originais, podendo ser alterados, conforme resposta da defesa administrativa apresentada ao órgão ambiental. Os valores das sanções estão proporcionais à participação da Copel nos empreendimentos. Valores referente aos Termos de Compromisso - TCs e Termos de Ajustamento de Conduta - TACs são considerados em sociais externos ou ambientais, dependendo de sua natureza. (3) Referem-se ao programa de aprendiz em conflito com a lei, que se encerrou em 2014. (4) Este número corresponde ao total de trabalhadores terceirizados contratados no período independentemente do número de horas trabalhadas. Não representa o número de postos de trabalho terceirizados. Também não contempla os terceiros que atuam na implantação de obras da Copel Geração e Transmissão e das controladas (Usinas, Linhas de Transmissão e Subestações), bem como aqueles que atuam na expansão do sistema da Copel Telecom. (5) Não compõem o quadro de empregados. (6) Estas informações referem-se somente à holding e Copel Distribuição S.A., Copel Geração e Transmissão S.A., Copel Telecomunicações S.A., Copel Participações S.A. e Copel Renováveis S.A. 7. COMPOSIÇÃO DOS GRUPOS RESPONSÁVEIS PELA GOVERNANÇA CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Presidente Secretário Executivo Membros COMITÊ DE AUDITORIA Presidente Membros CONSELHO FISCAL Presidente Membros Titulares Membros Suplentes DIRETORIA Diretor Presidente Diretor de Gestão Empresarial Diretor de Finanças e de Relações com Investidores Diretor de Desenvolvimento de Negócios Diretor de Relações Institucionais Diretor Adjunto FERNANDO XAVIER FERREIRA LUIZ FERNANDO LEONE VIANNA CARLOS HOMERO GIACOMINI MAURICIO BORGES LEMOS JOSÉ RICHA FILHO MAURO RICARDO MACHADO COSTA MARCO AURÉLIO ROGERI ARMELIN NATALINO DAS NEVES NEY AMILTON CALDAS FERREIRA CARLOS HOMERO GIACOMINI JOSÉ RICHA FILHO VAGA EM ABERTO JOAQUIM ANTONIO GUIMARÃES DE OLIVEIRA PORTES GEORGE HERMANN RODOLFO TORMIN JOSÉ TAVARES DA SILVA NETO VAGA EM ABERTO CARLOS EDUARDO PARENTE DE OLIVEIRA ALVES OSNI RISTOW ROBERTO BRUNNER GILMAR MENDES LOURENÇO VAGA EM ABERTO FLAVIO JARCZUN KAC LUIZ FERNANDO LEONE VIANNA MARCOS DOMAKOSKI LUIZ EDUARDO DA VEIGA SEBASTIANI JONEL NAZARENO IURK CRISTIANO HOTZ PAULO CESAR KRAUSS CONTADORA CRC-PR-041655/O-6 NANCY ATENALIA ALVES Informações sobre este relatório: Relações com investidores: s sobre Relações com Investidores: [email protected] Fone: +55 (41) 3222-2027 [email protected]