Anais - joufernandopolis.com.br
Transcrição
Anais - joufernandopolis.com.br
2011 Braz J Health, 2011; 1: 62-88 Anais da III Jornada Odontológica da UNICASTELO “Profa. M.Sc. Luciana Estevam Simonato” Campus Fernandópolis Proceedings of the Third Day of Dental UNICASTELO “Profa. M.Sc. Luciana Estevam Simonato” Campus Fernandópolis De 22 a 26 de agosto de 2011 Cine Shopping Fernandópolis – Shopping Center Fernandópolis Fernandópolis – SP Presidente Mariângela Borghi Ingraci de Lucia Vice-Presidente Mitsuru Ogata Secretárias Isabelle Rodrigues Freire Elisa Mathias Sartori Patricia Cristina de Souza Luciana Estevam Simonato Tesoureiras Marlene Cabral Coimbra da Cruz Thais Costa Fernandes Coordenadores científicos Paulo Roberto Botacin Carlos Eduardo Maia de Oliveira Humberto Carlos Pires Page 62 Coordenadores sociais Martha Suemi Sakashita Mitsuru Ogata Nagib Pezati Boer Brazilian Journal of Health v. 2, n. 1, p. 62-88, Janeiro/Abril 2011 2011 Coordenadores de patrocínio Luciana Estevam Simonato Elisa Mathias Sartori Farid Jamil Silva de Arruda Max Douglas Faria Coordenador infraestrutura Ovídio César Lavesa Martin Farid Jamil Silva de Arruda Nilton César Pezati Boer Coordenadores de divulgação Carlos Eduardo Maia de Oliveira Max Douglas Faria Presidente discente Douglas Lourenço Membros da comissão discente Marcos Vinícius de Lima Fernanda Cardoso de Souza Lorelay Aparecida Pereira Leal Claudia Duarte Teixeira Marjully Eduardo Rodrigues da silva Mirian Claudia de Souza Rodolfo Pereira da Costa Túlio Henrique Martins Silva Vergínia Roberta Castor Gedali Lorenssete Greice Kelly do Nascimento Martins Page 63 Universidade Camilo Castelo Branco – UNICASTELO Campus Fernandópolis Estrada Projetada F1, s/n Fazenda Santa Rita CEP: 15.600-000 Fernandópolis – SP Telefone: (17) 3465-4200 ramal 4232 Brazilian Journal of Health v. 2, n. 1, p. 62-88, Janeiro/Abril 2011 2011 Apresentação A UNIVERSIDADE CAMILO CASTELO BRANCO-UNICASTELO DO CAMPUS DE FERNANDÓPOLIS caminha a passos largos para a consolidação de sua inclinação para a pesquisa científica e a produção de conhecimento, alimentada pela demanda local, pela pressão para o crescimento, pelo desenvolvimento social e geração de renda no município. E, por outro lado, pela necessidade de aprendizado e contínuo anseio por novos conhecimentos de sua população. Agradeço, portanto à UNIVERSIDADE CAMILO CASTELO BRANCO e ao município de FERNANDÓPOLIS pela acolhida. Agradeço, também, as autoridades presentes na mesa, pelo acolhimento de nossas ideias e ideais e, principalmente por nortear nossa conduta. Nossa III Jornada Científica tem como finalidade principal a disseminação da produção científica dos professores e dos alunos bem como dos professores convidados, enfatizando os principais eixos da pesquisa institucional e possibilitando a avaliação e a sinergia dos resultados obtidos aqui apresentados. A Comissão Organizadora trabalhou no sentido de estabelecer um encontro que trouxesse à discussão, os principais tópicos de nossas áreas de atuação Planejaram uma programação científica com temas atuais e de interesse e que ao mesmo tempo fossem expostos de maneira objetiva Agradeço todo esforço desprendido para que se pudesse concretizar esse evento. À Profª. Mestre Luciana Estevam Simonato, que homenageamos nesse momento, nunca poupou esforços, seja na consagração da Escola de Odontologia do Campus de Fernandópolis com sua dedicação, profissionalismo e exemplo de ética e moral, ou com sua produção científica. Nada mais merecido que ter seu nome ligado diretamente a esta Jornada. Agradeço a presença dos mestres que se dispuseram a trazer seus conhecimentos e em especial aos alunos de graduação, colegas e ao público em geral, porque afinal, é da sede de conhecimento do pupilo que nasce a vontade de ensinar do mestre. Alguém pode se perguntar, neste momento, o porque destes mestres ilustres se apresentam aqui hoje, com o compromisso de representar nossa classe. Poderíamos citar muitos motivos mas, acredito que seja por terem feito da Odontologia sua bandeira e de suas palestras a emissão direta de sua ciência e, também, como já cantaram Milton Nascimento e Fernando Brant: “esta estranha mania de ter fé na vida” . Há um pequeno poema, de autor desconhecido, que eu gostaria de ler para vocês, que se chama: A Idade de Ser Feliz Existe somente uma idade para a gente ser feliz, somente uma época na vida de cada pessoa em que é possível intensidade sem medo, Fase dourada em que a gente pode criar e recriar a vida, a nossa própria imagem e semelhança e vestir-se com todas as cores e experimentar todos os sabores e entregar-se a todos os amores Brazilian Journal of Health v. 2, n. 1, p. 62-88, Janeiro/Abril 2011 Page Uma só idade para a gente se encantar com a vida e viver apaixonadamente e desfrutar tudo com toda 64 sonhar e fazer planos e ter energia bastante para realizá-los a despeito de todas as dificuldades e obstáculos. 2011 Tempo de entusiasmo e coragem em que todo o desafio é mais um convite à luta que a gente enfrenta com toda disposição de tentar algo NOVO, de NOVO e de NOVO, e quantas vezes for preciso. Essa idade tão fugaz na vida da gente chama-se PRESENTE e tem a duração do instante que passa. É, com imensa satisfação que convido vocês para que desfrutem da melhor forma deste momento, esperando que aproveitem ao máximo os ensinamentos que serão transmitidos, lembrando que não há como crescer profissionalmente, no mundo atual, sem agregar novos conhecimentos todos os dias. Aconselho a todos que sonhem alto, pois quanto maior o sonho, maior a realização. Porém, só sonhar não basta. È preciso conteúdo, competência e, sobretudo, atitude para tomar decisões e corrigir seu rumo. E, um aviso, não de iludam, pois o sucesso só é conquistado com resignação, determinação e esforço. Só se chega a vitória cansado. Sejam benvindos e carpe diem et carpe noctem !! Profa. Dra. MARIÂNGELA BORGHI INGRACI DE LUCIA Page 65 Presidente da III Jornada Odontológica da UNICASTELO Brazilian Journal of Health v. 2, n. 1, p. 62-88, Janeiro/Abril 2011 2011 RESUMOS DOS TRABALHOS APRESENTADOS Trabalhos apresentados na forma Painel (P 01 a P 22) P 01- PROJETO CULTURA BUCAL: TRANSFORMANDO ODONTOLOGIA EM MÚSICA. Heliano Souza; Thais Costa Fernandes; Ana Flávia Sanches Borges; Luciana Estevam Simonato; Marlene Cabral Coimbra da Cruz (orientador). Universidade Camilo Castelo Branco – UNICASTELO – Campus Fernandópolis. A educação em saúde bucal é responsabilidade dos profissionais da Odontologia, assim como dos cursos que os formam, devendo fazer parte dos projetos de extensão universitária, sendo de extrema importância para se mudar atitudes com relação às doenças, priorizando a promoção de saúde. O objetivo deste projeto foi conscientizar e educar 30 alunos da Orquestra de Sopros de Fernandópolis (OSFER) sobre saúde bucal e produzir músicas sobre os temas abordados. O Projeto Cultura Bucal, uma parceria entre a OSFER, Alcoeste Destilaria Fernandópolis S/A e Universidade Camilo Castelo Branco (UNICASTELO) – Campus Fernandópolis. Foi realizado no decorrer do ano de 2010, com crianças e adolescentes de 7 a 14 anos iniciantes da OSFER, que tiveram aulas expositivas, enriquecidas com dinâmicas de grupo, a respeito dos temas: higienização bucal, cárie dentária, gengiva e alimentação saudável, dentes tortos, traumatismo dental e feridinhas na boca. Após a apresentação de cada tema de saúde bucal, foram elaboradas 11 músicas e 1 peça de teatro. Como desfecho do projeto, as músicas produzidas foram cantadas pelos participantes na abertura da jornada acadêmica e também na apresentação de final de ano da OSFER no teatro municipal de Fernandópolis, onde transmitiram informações e conhecimentos relevantes sobre a Odontologia, por meio da música, para a população em geral. Diante do projeto desenvolvido, observou-se que houve um interesse maior destas crianças sobre saúde bucal por ter sido abordada de forma interativa com o grupo, havendo efetiva participação das mesmas. Além disso, o projeto possibilitou que a população em geral obtivesse maior acesso às informações Palavras-chave: Educação em Saúde Bucal, Higiene Bucal, Saúde Pública. Brazilian Journal of Health v. 2, n. 1, p. 62-88, Janeiro/Abril 2011 Page Dentes supranumerários são dentes que excedem o número normal quando comparados à dentição norma. São mais frequentes na dentição permanente, com prevalência de 0,3 a 3,8%, onde 90 a 98% dos casos se localizam na maxila. Geralmente assintomáticos, tem predileção pelo gênero masculino e etiologia desconhecida, onde o diagnóstico precoce é de grande importância, pois a maioria não erupciona e são diagnosticados em exames radiográficos de rotina. O tratamento dependerá da localização destes elementos, porém quase sempre consiste na remoção cirúrgica. O presente trabalho objetivou mostrar, pelo relato de um caso, a importância do diagnóstico e tratamento 66 P 02 - DENTES SUPRANUMERÁRIOS LOCALIZADOS NA PRÉ-MAXILA: RELATO DE CASO CLÍNICO Aline Aparecida Santos Souza; Nagib Pezati Boer; Luciana Estevam Simonato; Thais Costa Fernandes; Marlene Cabral Coimbra da Cruz (orientador). Universidade Camilo Castelo Branco – UNICASTELO – Campus Fernandópolis. 2011 precoce desta anomalia. Paciente de 5 anos de idade, leucoderma, gênero masculino, que procurou atendimento odontológico para exodontia do dente 61 devido à irrupção do dente permanente sucessor por palatina. O paciente apresentava também área de tumefação na região de palato duro. Foram realizados exames radiográficos da região, que demonstraram a presença de dois mesiodens (supranumerário localizado entre os incisivos centrais superiores, na região de linha média), um irrompido e um impactado em posição invertida. O tratamento de escolha foi a remoção cirúrgica dos incisivos centrais superiores decíduos e do supranumerário já erupcionado. Quanto ao dente supranumerário impactado, optou-se por sua posterior remoção, devido à idade precoce da criança. Dessa forma, pode-se concluir que é imprescindível o diagnóstico precoce com relação à presença destes dentes, onde o tratamento cirúrgico é necessário para se evitar complicações como máoclusão e reabsorções radiculares entre outros problemas. Palavras-chave: Prevalência, Hiperdontia, Cirurgia Odontológica. P 03 - ASPECTOS CLÍNICOS DA IRRUPÇÃO TARDIA - RELATO DE CASO Juceléia Maciel; Isabelle Rodrigues Freire; Valeria Cristina Lopes de Barros Rolim; Martha Suemi Sakashita (orientador). Universidade Camilo Castelo Branco – UNICASTELO – Campus Fernandópolis. Brazilian Journal of Health v. 2, n. 1, p. 62-88, Janeiro/Abril 2011 Page P 04 - O PAPEL DO CIRURGIÃO DENTISTA NA PREVENÇÃO DOS HÁBITOS ORAIS DELETÉRIOS 67 O termo irrupção ectópica é usado para designar uma alteração no trajeto de irrupção normal de um germe dentário, a qualquer momento, desde a sua origem. Como consequência dessa alteração na posição inicial do germe dentário, este irrompe fora do seu trajeto normal, podendo ocorrer em qualquer ponto do osso alveolar ou basal. A irrupção ectópica é restrita aos dentes permanentes, podendo ocorrer em diversas situações assim observamos que na mandíbula o incisivo lateral é o dente com maior incidência em torno de 0,03%, sendo sempre ou quase sempre unilateral e aparecendo em ambos os gêneros e na maxila, o primeiro molar permanente, é frequentemente o mais afetado resultando em uma reabsorção atípica e prematura da superfície distal do segundo molar decíduo, a erupção ectópica pode ser classificada em reversível e irreversível. O tipo irreversível é aquele em que o primeiro molar permanente encontra-se em posição atípica, e o tipo reversível é o que causa reabsorção na raiz distal do segundo molar decíduo, erupcionando em oclusão. O objetivo do presente trabalho foi relatar um caso de erupção ectópica, salientando a importância do cirurgião dentista uma vez que o diagnóstico precoce e a época de tratamento constituem fator importante possibilitando a prevenção e a interceptação de uma má oclusão. Paciente L.L.S., sexo feminino, parda, 5 anos e 9 meses compareceu a clínica odontológica da UNICASTELO, queixando-se que o dente permanente havia erupcionado e o dente decíduo não havia esfoliado. Ao exame clínico intrabucal foi observado que o dente 71 estava presente e o elemento 31 também se encontrava presente em processo de erupção por lingual, ao exame radiográfico observou-se a rizólize incompleta do dente decíduo, sendo indicada a exodontia dos elementos 71 e 81. Palavras-chave: Dente Decíduo, Erupção, Exodontia. 2011 Larissa Paula de Oliveira; Martha Suemi Sakashita; Valeria Cristina Lopes de Barros Rolim; Isabelle Rodrigues Freire; Max Douglas Faria (orientador). Universidade Camilo Castelo Branco – UNICASTELO – Campus Fernandópolis. Os hábitos orais deletérios são praticados por muitas crianças, sendo considerado normal até mais ou menos quatro anos de idade. O prolongamento desses hábitos pode causar deformidades nas arcadas dos seus portadores, causando assim, a má oclusão. Dentre outras alterações estão: a mordida aberta anterior como principal alteração, vestibularização dos incisivos superiores, mordida cruzada a lingualização dos incisivos inferiores, etc. O clínico geral, normalmente, é o primeiro a constatar essas alterações e quase sempre encaminha a criança ao ortodontista que, juntamente com outros profissionais, tentam amenizar os efeitos do hábito e eliminar de forma correta o mesmo. O ortodontista usa aparelhos que servem como lembretes, impedindo assim que a criança consiga succionar o dedo ou chupeta. Muitas vezes, os hábitos estão relacionados a fatores como ciúmes, conflitos familiares, ou seja, possui um fundo emocional, por isso, o acompanhamento com o psicólogo é de suma importância. Deste modo, para um tratamento tornar-se bem sucedido, é preciso a interação multidisciplinar. Além disso, é preciso que haja confiança e um bom relacionamento entre as partes, a criança, seus pais e os profissionais. O objetivo desse trabalho foi abortar os hábitos orais deletérios, descrever sua etiologia, efeitos sobre a face e dentição, por meio de revisão de literatura. Concluiu-se com esse trabalho que os hábitos prolongados são um fator etiológico das más oclusões. Quando o hábito é interrompido antes da erupção dos dentes permanentes pouco ou nenhum efeito é observado; a participação multidisciplinar é de extrema importância para um correto tratamento; o tempo de aleitamento natural interfere na presença do hábito, pois quanto maior esse tempo menor a probabilidade do aparecimento do hábito; o tratamento deve ser individualizado para cada criança e deve haver um bom relacionamento entre a criança, os profissionais e seus responsáveis. Palavras-chave: Hábitos nocivos, Sucção Digital, Tratamento Multidisciplinar. Brazilian Journal of Health v. 2, n. 1, p. 62-88, Janeiro/Abril 2011 Page Tendo em vista a elevada frequência e importância clínica atribuída às candidoses orais, é considerada a relevância de se verificar a eficácia de meios terapêuticos alternativos. Foi nosso objetivo avaliar in vitro a atividade antifúngica de óleos essenciais sobre Candidas albicans isolada de saliva. Foram empregados óleos essenciais de alecrim (Rosmarinus officinalis L.), canela (Cinnamomum zeylanicum Blume), capim limão (Cymbopogon citratus (DC) Stapf.), limão (Citrus limon (L.) Burm. f.), cravo da Índia (Caryophyllus aromaticus L.), amêndoa (Prunus amygdalus L. var. dulcis.) e citronela (Cimbopongum nardus (L.) Rendle). Para determinação da Concentração Fungicida Mínima (CFM) dos óleos essenciais foi utilizado o método de diluição em caldo Sabouraud Dextrose, de acordo com a metodologia preconizada pelo National Committee for Clinical Laboratory Standards (NCCLS). Como controle foi utilizado Colgate Plax. Após incubação por 24 horas a 37ºC, alíquotas de 0,1 mL foram semeadas em duplicata, em placas de ágar 68 P 05 - PROPRIEDADES ANTIMICROBIANAS DE ÓLEOS ESSENCIAIS SOBRE CANDIDA ALBICANS Tabata Hissae Nakao; Camila Ribeiro Ferlin; Luciana Estevam Simonato; Dora Inês KozusnyAndreani (orientador). Universidade Camilo Castelo Branco – UNICASTELO – Campus Fernandópolis. 2011 Sabouraud Dextrose e incubadas por 48 horas a 37ºC para determinação da CFM. Verificou-se atividade antifúngica pelos óleos essenciais de alecrim (55 µL), canela (60 µL), capim limão (35 µL), cravo da Índia (80 µL), limão (30 µL), amêndoas (45 µL) e citronela (15 µL) e do Colgate Plax (80 µL). Concluiu-se que todos os óleos essências apresentaram atividade antifúngica sobre Cândidas albicans podendo ser utilizados como meios terapêuticos alternativos no controle da candidíase oral. Palavras-chave: Material Odontológico, Plantas Medicinais, Atividade Antibacteriana. P 06 - ESTUDO COMPARATIVO DO PROCESSO DE REPARAÇÃO ENTRE OS FIOS VICRYL®; VICRYL RAPID®; VICRYL PLUS® E MONOCRYL® EM RATOS. Juceléia Maciel; Elisa Mattias Sartori; Cassiano Silva Pereira; Abrahao C Gomes Souza Carvalho; Idelmo Rangel Garcia-Júnior; Roberta Okamoto (orientador). Universidade Camilo Castelo Branco – UNICASTELO – Campus Fernandópolis e Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP. Vários tipos de fios de sutura estão disponíveis no mercado com diferentes constituições. Contudo, existe uma carência de pesquisas que avaliem e quantifiquem o comportamento desses materiais. O presente estudo vem avaliar comparativamente os fios poliglactina 910 (Vicryl®), poliglactina 910 irradiada (Vicryl Rapid®), poliglactina 910 tratada com triclosan (Vicryl Plus®) e poliglecaprone 25 (Monocryl®). Para isso, foram utilizados 40 ratos, divididos em dois grupos, submetidos a duas incisões cutâneas longitudinais de 2 cm de comprimento. No grupo A foi efetuada sutura simples interrompida utilizando a poliglactina 910 irradiada do lado direito e poliglactina 910 do lado esquerdo, e no grupo B, poliglactina 910 com triclosan do lado direito e poliglecaprone 25 do lado esquerdo. Aos 2, 7, 14 e 28 dias após o ato operatório, os animais foram sacrificados em número de 10 por período e as peças obtidas e processadas para análise histomorfológica e histométrica. Os resultados demonstraram que o fio de Poliglecaprone 25 apresentou melhor resposta biológica, com menor infiltrado inflamatório e rápida organização do tecido conjuntivo. Palavras-chave: Suturas, Ratos Wistar, Biologia Celular. Brazilian Journal of Health v. 2, n. 1, p. 62-88, Janeiro/Abril 2011 Page As cepas de Escherichia coli integram a microbiota normal do organismo e raramente ocasionam patologias, exceto nos casos de imunocomprometimento do hospedeiro ou de infecção por cepas virulentas. No entanto, algumas são relacionadas às intoxicações alimentares, sepse e bacteremias, além de se constituírem como bioindicadoras de contaminação fecal (coliformes fecais). Algumas pesquisas na área de Microbiologia de Alimentos concluíram que fatias de limão, muito utilizadas em bebidas para realçar o sabor, abrigam bactérias do gênero Escherichia. O objetivo desta pesquisa foi isolar e identificar unidades formadoras de colônias (UFC) de bactérias Escherichia coli em fatias de limão e em cédulas de R$ 2,00 (dois reais). As amostras de limão foram obtidas, aleatoriamente, em três supermercados com grande movimento de clientes na cidade de 69 P 07 - ISOLAMENTO DE UNIDADES FORMADORAS DE COLÔNIAS DE BACTÉRIAS DA ESPÉCIE ESCHERICHIA COLI EM AMOSTRAS DE FATIAS DE LIMÃO E SUPERFÍCIE DE CÉDULAS DE DOIS REAIS. Rainner José Balduino; Carlos Eduardo Maia de Oliveira (orientador). Universidade Camilo Castelo Branco – UNICASTELO – Campus Fernandópolis. 2011 Fernandópolis-SP; já as cédulas de dois reais (com graus diferentes de conservação) foram emprestadas por 11 voluntários diferentes; os resíduos sólidos depositados na superfície das fatias de limão e na superfície das cédulas foram coletados utilizando-se swabs estéreis. Imediatamente após a coleta, as amostras foram encaminhadas ao laboratório de Microbiologia da Unicastelo e sofreram processamento microbiológico padrão para E.coli a fim de se isolar UFC.Os resultados revelaram uma porcentagem maior de UFC de E.coli isoladas nas fatias de limão (66,7% de quinze unidades testadas) do que nas cédulas de dois reais (45,6% em onze unidades testadas). A conclusão aponta para a necessidade de se higienizar, corretamente, limões antes de consumi-los e também de se lavar bem as mãos após o manuseio de cédulas de dinheiro para prevenir a ingestão de alimentos contaminados por cepas da referida espécie bacteriana. Palavras-chave: Coliformes Fecais, Bactérias, Contaminação e Saúde. P 08 - INCIDÊNCIA DO LIGAMENTO PTERIGOALAR EM CRÂNIOS HUMANOS BRASILEIROS E SUA IMPORTÂNCIA CLÍNICA Fernando Pires de Morais; Damaris Sprita da Silva; Rossi Ana Cláudia, Alexandre Rodrigues Freire; Paulo Roberto Botacin (orientador). Universidade Camilo Castelo Branco – UNICASTELO – Campus Fernandópolis; Faculdade de Odontologia de Piracicaba – UNICAMP e Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP. Brazilian Journal of Health v. 2, n. 1, p. 62-88, Janeiro/Abril 2011 Page P 09 - OS BIFOSFONATOS NA HOMEOSTASIA MINERAL ÓSSEA Douglas Lourenço; Mariângela Borghi Ingraci de Lucia (orientador). Universidade Camilo Castelo Branco – UNICASTELO – Campus Fernandópolis. A estrutura esquelética humana sofre um processo contínuo de remodelagem durante toda a vida com certas partes ósseas sofrendo reabsorção e o osso novo sendo formado. Há possibilidade 70 O ligamento pterigoalar ossificado é formado entre a lâmina lateral do processo pterigóide e a superfície infratemporal da asa maior do osso esfenóide. Esta ossificação pode causar distúrbios neurológicos como a compressão do nervo lingual. Foram objetivos desta pesquisa avaliar a incidência do ligamento pterigoalar ossificado em crânios humanos brasileiros e relatar a sua importância clínica. Na análise proposta foram avaliados 183 crânios humanos secos e adultos (na faixa etária de 30 a 60 anos de idade) disponibilizados pela Faculdade de Odontologia de Araçatuba - UNESP. Os crânios foram avaliados quanto: à ossificação parcial ou completa do ligamento pterigoalar, à presença bilateral ou unilateral e presença nos lados direito ou esquerdo. Foram encontrados 5 crânios com o ligamento pterigoalar ossificado, resultando numa incidência de 2,73%. Em 01 crânio verificou-se a presença incompleta, unilateral e do lado esquerdo do ligamento ossificado, resultando numa incidência de 0,54%. Verificou-se também que 4 crânios apresentaram a completa ossificação do ligamento pterigoalar, ocorrendo unilateralmente e do lado direito, resultando numa incidência de 2,18%. A completa ossificação do ligamento pterigoalar proporcionou a formação de um forame homônimo. Pôde-se concluir que apesar da incidência do ligamento pterigoalar apresentar-se baixa na população brasileira, esta variação anatômica deve ser notada na prática odontológica, pois se trata da maior causa de compressão do nervo lingual e, consequentemente, de neuralgia do nervo mandibular. Palavras-chave: Ligamentos Cabeça e Pescoço, Ossificação, Compressão de Nervos. 2011 crescente com o avanço da idade de deterioração na estrutura e diminuição da massa óssea (ex: osteoporose), o que constitui como um dos principais problemas de saúde no mundo, além, de várias outras condições que podem provocar alterações patológicas ósseas. A homeostasia do tecido ósseo se dá por meio da liberação de hormônios pelo sistema endócrino, como paratormônio, vitamina D, estrógeno, calcitonina e glicocorticoides. Quando ocorre algum distúrbio neste sistema, a homeostasia é afetada, sendo necessária ajuda externa de fármacos como os bifosfonatos (BFs) para restabelecer o equilíbrio. São divididos em dois tipos principais: os que possuem nitrogênio em sua fórmula (nitrogenados) e os que não possuem (não-nitrogenados), sendo que dentro das duas classes existem os subgrupos de administração oral e intravenosa. O objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão atualizada do uso dos bifosfonatos em tratamento de lesões ósseas na face, sabendo que podem alterar o metabolismo normal do ser humano, mas que desempenham papel importante na Odontologia, principalmente nas especialidades de Implantodontia, Endodontia e Cirurgia. O uso dos bifosfonatos para tratamento de patologias ósseas está se tornando indispensável não só na odontologia como também no campo biológico. Por ser de um grupo de fármacos que não é totalmente elucidado, a literatura não se mostra conclusiva no que se diz respeito á sua interferência em osteonecrose, principalmente nos bifosfonatos administrados por intervenção intravenosa. Sendo um assunto pouco estudado, fazem-se necessárias novas pesquisas sobre o tema. Palavras-chave: Lesões de Face, Osteoporose, Reparação Óssea. P 10 - INCISIVO INFERIOR SUPRANUMERÁRIO EM MANDÍBULA HUMANA Thiago Pelarim; Gabriela Renata Maestrello; Rossi Ana Cláudia, Alexandre Rodrigues Freire, Paulo Roberto Botacin (orientador). Universidade Camilo Castelo Branco – UNICASTELO – Campus Fernandópolis; Faculdade de Odontologia de Piracicaba – UNICAMP e Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP. Page 71 Um número de dentes maior que o normal no arco dental é conhecido como hiperdontia, sendo os dentes adicionais chamados de supranumerários. Os dentes supranumerários apresentam maior incidência na região anterior da maxila. Dentes supranumerários podem surgir em ambas as dentições, entretanto, são mais incidentes na permanente. A etiologia dos destes dentes ainda não está completamente elucidada e existem várias teorias para os diferentes tipos de dentes supranumerários. Uma das teorias mais aceitas sugere que os dentes supranumerários resultam de uma hiperatividade localizada e independente da lâmina dental. A hereditariedade pode ter um papel nesta anomalia. No intuito de relatar um caso de um incisivo supranumerário encontrado em uma mandíbula humana. Foi encontrado um incisivo supranumerário em uma mandíbula humana seca, adulta, do gênero masculino pertencente ao Laboratório de Anatomia da Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP. Verificou-se que este dente apresentou a localização e a anatomia de um incisivo lateral. Portanto o conhecimento da existência de dentes supranumerários apresenta importância na prática clínica em Odontologia. Os dentes supranumerários podem ser detectados ao exame clínico e/ou radiológico. O diagnóstico e o tratamento precoce são essenciais para evitar ou minimizar complicações associadas. Palavras-chave: Dente, Prevalência, Hiperdontia. Brazilian Journal of Health v. 2, n. 1, p. 62-88, Janeiro/Abril 2011 2011 P 11 - CÁRIE DE MAMADEIRA – IMPORTÂNCIA DO ATENDIMENTO PRECOCE Janayna Parreira Duarte Braz; Martha Suemi Sakashita; Valeria Cristina Lopes de Barros Rolim; Isabelle Rodrigues Freire (orientador). Universidade Camilo Castelo Branco – UNICASTELO – Campus Fernandópolis. A cárie de mamadeira é uma doença infectocontagiosa que atinge crianças durante os seus primeiros anos de vida. Esse tipo de doença aparece quando a criança costuma ingerir mamadeiras adoçadas antes de dormir ou à noite sem fazer a higiene bucal. Isso ocorre, porque depois das mamadas o leite fica em contato com a superfície dentária da criança e quando a boca não é higienizada. O período noturno é o mais crítico para o surgimento desta manifestação. O início da manifestação da doença da carie, é identificada por manchas brancas nas regiões cervicais. As lesões ocorrem normalmente em todos os dentes superiores, mais severamente nos incisivos, também nos inferiores primeiro e segundo molares. Para que possa prevenir a doença, a mãe deve evitar oferecer o leite de madrugada. Se isso não for possível, é importante que a mãe não adicione açúcar ao leite da mamadeira e evite que a criança durma logo depois das mamadas. Quando a criança faz uso de mamadeira noturna açucarada, ocorrem vários fatores que agrupados, propiciam o aparecimento deste tipo de lesão. A criança quando adormece tem uma diminuição da frequência da deglutição e dos movimentos musculares bucais em geral, tem uma redução no fluxo salivar que ajudaria a combater as bactérias. Para fazer corretamente a escovação dos dentes, logo após o aparecimento dos primeiros dentes, a higienização bucal já deve ser realizada. Na prevenção e tratamento de cárie de mamadeira, os cirurgiões – dentistas devem trabalhar com a interação pais e filhos. Desta forma, a proposta de nosso trabalho é orientar o profissional de odontologia sobre a importância do diagnóstico precoce da cárie de mamadeira, para que o mesmo possa ter condições de atentar os pais e/ou responsáveis quanto à importância da manutenção da saúde bucal de seus filhos. Palavras-chave: Cárie Dentária, Prevenção, Dentes Decíduos. Brazilian Journal of Health v. 2, n. 1, p. 62-88, Janeiro/Abril 2011 Page O objetivo do estudo foi avaliar a etiologia da cárie rampante e os múltiplos fatores decorrentes. Foram avaliados na literatura, vários modelos propostos para explicar o processo cariogênico; no entanto, alguns aspectos da etiologia exata da doença ainda são desconhecidos. Muitos fatores predispõem a instalação da doença cárie, dentre eles o consumo e frequência de alimentos ricos em sacarose, higiene bucal deficiente, resistência ao hospedeiro, microrganismos cariogênicos e o fator tempo atuando sobre todo esse processo, Fatores étnicos e socioeconômicos, transmissão entre mãe e filho, hábitos deletérios, medicamentos também devem ser considerados. Enfatizamos que a higiene bucal, programas de promoção de saúde bucal, orientação de pais e responsáveis são pontos imprescindíveis para a prevenção da cárie rampante na infância. Educação e o acesso às informações relativas aos métodos preventivos das doenças bucais são fatores a ser considerados de muita importância. A literatura relata um grande número de estudos que comprovam a eficácia de programas escolares baseados no controle de biofilme dental e redução no incremento da cárie dentária, por meio da profilaxia. Conclui-se que para um diagnóstico preciso da cárie rampante 72 P12 - CÁRIE RAMPANTE – IMPORTÂNCIA DA PREVENÇÃO EM BEBÊS Sarah Borges Silva; Martha Suemi Sakashita; Valeria Cristina Lopes de Barros Rolim; Isabelle Rodrigues Freire (orientador). Universidade Camilo Castelo Branco – UNICASTELO – Campus Fernandópolis. 2011 profissionais da saúde saibam reconhecer e modificar os fatores de risco, já que os eventos ocorridos na infância podem impactar a vida adulta determinando a condição futura da criança. Palavras-chave: Cárie Dentária, Dentes Decíduos, Prevenção. P13 - UTILIZAÇÃO DE ÓLEOS ESSENCIAIS NO CONTROLE IN VITRO DE STREPTOCOCCUS MUTANS Camila Ribeiro Ferlin; Tabata Hissae Nakao; Luciana Estevam Simonato; Dora Inês KozusnyAndreani (orientador). Universidade Camilo Castelo Branco – UNICASTELO – Campus Fernandópolis. Tendo em vista que bactérias resistentes a múltiplos antimicrobianos representam um desafio no tratamento de infecções, e é notória a necessidade de encontrar novas substâncias com propriedades antimicrobianas para serem utilizadas no combate a esses micro-organismos. Pretendíamos avaliar óleos essenciais de plantas no controle in vitro de Streptococcus mutans isolados de saliva. Foram empregados óleos essenciais de alecrim (Rosmarinus officinalis L.), canela (Cinnamomum zeylanicum Blume), capim limão (Cymbopogon citratus (DC) Stapf.), limão (Citrus limon L. Burm. f.). Os testes de suscetibilidade foram realizados pelo método de microdiluição seguindo as recomendações do NCCLS (National Committee for Clinical Laboratory Standards). A CIM foi considerada como a menor concentração do extrato capaz de inibir o desenvolvimento bacteriano. A concentração mínima bactericida (CMB) foi determinada após determinação da CIM os tubos contendo crescimentos visíveis ou não, foram agitados vigorosamente, e 100µL foram transferidos para placas de Petri contendo Mueller-Hinton e incubados a 37°C por 24 h em condições de microaerofilia. Verificou-se que a CIM e CMB para os óleos de alecrim, canela, capim limão e limão foram, respectivamente, de 15 µL, 20 µL, 25 µL e 45 µL e do Colgate Plax de 80 µl. Portanto os óleos essenciais avaliados possuem atividade antimicrobiana sobre Streptococcus mutans, podendo ser utilizados em tratamentos alternativos para o controle deste micro-organismo cariogênico. Palavras-chave: Produtos com Ação Antimicrobiana, Plantas Medicinais, Atividade Antibacteriana. Brazilian Journal of Health v. 2, n. 1, p. 62-88, Janeiro/Abril 2011 Page A paracoccidioidomicose (PCM) é uma micose sistêmica endêmica de grande interesse para os países da América Latina, causada pelo fungo Paracoccidioides brasiliensis. Ocorre com maior frequência em indivíduos adultos, do sexo masculino, após a terceira década de vida. Na maioria das vezes a infecção pelo fungo é assintomática. Envolve primariamente os pulmões, podendo estenderse para outros sítios, principalmente para a mucosa bucal. Alguns pacientes podem apresentar sintomas como sialorréia, sangramento no local da lesão, mobilidade dentária, dor, ardor e, ainda, tumefação difusa no lábio. O presente trabalho objetivou relatar um caso de PCM com manifestações bucais. Paciente sexo masculino, leucoderma, 50 anos de idade, compareceu a Associação de Voluntários no Combate ao Câncer – AVCC de Fernandópolis para queixando-se de “feridas na boca”. Durante a anamnese o paciente relatou dificuldade para se alimentar e conversar, 73 P 14 - PARACOCCIDIOIDOMICOSE BUCAL: RELATO DE CASO Aline Paladini; Bruna Mayumi Okumura de Aguiar; Guilherme de Oliveira Cucolicchio; Aline Reis Stefanini; Luciana Estevam Simonato (orientador). Universidade Camilo Castelo Branco – UNICASTELO – Campus Fernandópolis. 2011 além disso, confirmou ser etilista e tabagista. Ao exame físico extrabucal nenhuma alteração digna de nota foi verificada. Ao exame físico intrabucal foram verificadas múltiplas lesões dispersas por toda a cavidade bucal, envolvendo mucosa jugal bilateral e mucosa labial inferior. As lesões tinham aspecto moriforme e pontilhados hemorrágicos. A conduta inicial foi a realização de biopsia incisional em região de comissura labial direita. O material coletado foi encaminhado para análise histopatológica, cujo resultado confirmou o diagnóstico de PCM. Com o diagnóstico definitivo, o paciente foi encaminhado para o Centro de Atendimento de Doenças Infecciosas e Parasitárias (CADIP) de Fernandópolis. Com isso, através do caso relatado, pode-se concluir que o cirurgião dentista exerce papel importante no diagnóstico da PCM, já que as manifestações bucais ocorrem com frequência e possibilitam a definição do diagnóstico, assim viabilizando o tratamento adequado para o paciente. Palavras-chave: Micoses Profundas, Manifestações Bucais, Diagnóstico. P 15 - O USO DE IMPLANTES CURTOS EM MAXILAS COM GRANDE REABSORÇÃO HORIZONTAL: RELATO DE CASOS CLÍNICOS Mariane Santos da Silveira; Elisa Mattias Sartori; Luiz Eduardo Marques Padovan; Paulo Domingos Ribeiro-Junior (orientador). Universidade Camilo Castelo Branco – UNICASTELO – Campus Fernandópolis. Brazilian Journal of Health v. 2, n. 1, p. 62-88, Janeiro/Abril 2011 Page P 16 - O USO DE IMPLANTES ZIGOMÁTICOS PARA REABILITAÇÃO DE MAXILAS ATRÓFICAS: TÉCNICA MODIFICADA Larissa de Paula Oliveira; Elisa Mattias Sartori; Luiz Eduardo Marques Padovan; Ivete Aparecida Mattias Sartori; Paulo Domingos Ribeiro-Junior (orientador). Universidade Camilo Castelo Branco – UNICASTELO – Campus Fernandópolis. 74 Implantes curtos foram idealizados para oferecer possibilidade de reabilitação em áreas de extrema falta de disponibilidade óssea, como área posterior de mandíbula e maxila, sem que sejam necessários procedimentos de enxertia óssea. Algumas características especiais foram incorporadas para aumentar a estabilidade e o índice de sucesso, como plataforma extensiva, desenho diferenciado e tratamento de superfície dos implantes. Alguns dos critérios para avaliação do sucesso da reabilitação com implantes dentários são a estabilidade clínica dos implantes após serem submetidos a função e a reação dos tecidos periimplantares à instalação dos mesmos, como por exemplo, os processos de remodelação óssea. As pacientes se apresentaram à clínica com queixa de falta de estabilidade e retenção da PT superior. Ao exame clínico notou-se reabsorção de maxila e ao exame radiográfico pouca altura óssea em região posterior de maxila e pneumatização do seio maxilar nesta região. Foram confeccionados guias multifuncionais através de preparo prévio de ambos os casos clínicos. Foram instalados implantes convencionais associados a implantes curtos (WS - Neodent, Curitiba-PR) como forma de se evitar enxertos ósseos para ganho de altura, já que os casos apresentavam boa espessura óssea. Foram confeccionadas próteses provisórias imediatas, já que os implantes obtiveram boa estabilidade primária e um bom travamento, que foram instaladas após 48 horas. Foram feitos controles com 7 dias, 1 e 6 meses, onde estes se mostraram em plena função, sem sinal de infecção ou perda de estabilidade. Palavras-chave: Implante Dentário, Reabilitação Oral, Avaliação de Intervenção. 2011 A maioria dos pacientes usuários de próteses totais tem muitas queixas quanto à adaptação e estabilidade das mesmas. Os implantes orais ofereceram a possibilidade de resolução de muitos casos totais e parciais. No entanto, frente a grandes reabsorções ósseas verticais e horizontais novas técnicas surgiram: as técnicas de reconstrução e as técnicas de ancoragem. Nas de ancoragem, os implantes são localizados em áreas de osso original, fora dos limitantes anatômicos como cavidade nasal, seio maxilar e forame nasopalatino, buscando áreas que possibilitem boa estabilidade. Essa é a filosofia que norteia a indicação e instalação dos implantes zigomáticos. O uso destes implantes tem se mostrado de grande valia em casos em que o paciente apresenta grande atrofia maxilar, já tendo passado por outro tipo de tratamento, não tendo alcançado sucesso. Paciente procurou a clínica portando uma prótese total superior e dentes inferiores associados à prótese sobre implante. Relatou ter usado prótese superior sobre implantes do tipo justa-ósseo, tendo perdido estes por infecção há algum tempo. Nos exames tomográficos notou-se pouca disponibilidade óssea em relação ântero-posterior e vertical na maxila. Na abordagem cirúrgica a maxila mostrou-se extremamente reabsorvida e com configuração anatômica que permitiu a instalação de 3 implantes zigomáticos do lado direito e 1 implante zigomático e 2 implantes convencionais do lado esquerdo. Como se obteve boa estabilidade e bom travamento foi confeccionado uma prótese tipo protocolo superior que foi instalada após 2 dias. Foram realizados controles com 7 e 15 dias e 1, 2, 5 e 8 meses. Os mesmos revelaram: implantes estáveis, sem área radiolúcida, boa estabilidade oclusal, prótese com boa adaptação, higienização eficiente, satisfação estética e funcional. Palavras-chave: Implante Dentário, Reabilitação Oral, Avaliação de Intervenção. Brazilian Journal of Health v. 2, n. 1, p. 62-88, Janeiro/Abril 2011 Page O retratamento do canal radicular é um procedimento indicado quando se constata a necessidade de melhorar um tratamento endodôntico pré-existente. A dentística restauradora apresenta tendências conservadoras que visam preservar o remanescente dental sempre que admissível. Tais tendências vêm tornando-se possível devido à evolução dos materiais dentários, aliados a técnicas restauradoras preconizadas, neste contexto o uso de pinos intra-radiculares pré-fabricados apresenta-se como uma estratégia de tratamento interessante. Neste trabalho demonstramos o relato de caso clínico, em que o paciente do sexo masculino, leucoderma, 52 anos, compareceu a Clínica Odontológica da Unicastelo relatando tratamento endodôntico no dente 25, porém, não havia terminado o procedimento restaurador do elemento dental. Ao exame clínico notamos grande destruição coronária associada à cárie, no entanto, com considerável porção de estrutura dental coronária remanescente; bem como a obturação radicular com guta percha exposta. Ao exame radiográfico constatamos a obturação inadequada do conduto. Face ao exposto, este trabalho objetivou demonstrar a interação das diferentes especialidades da odontologia na intervenção no paciente, expondo as indicações e benefícios do uso de pinos intra-radiculares aliados ao tratamento endodôntico. Definido o plano de tratamento, foi iniciado a desobturação do conduto, reinstrumentação e inserção de curativo de demora. Após a nova obturação do canal radicular foi 75 P 17 - INTERAÇÃO ENTRE RETRATAMENTO ENDODÔNTICO E USO DE PINOS INTRA-RADICULARES PRÉ-FABRICADOS Luiz Afonso Dias Neto; Carlos Eduardo Ferrato; Mitsuru Ogata; Martha Suemi Sakashita; Isabelle Rodrigues Freire (orientador). Universidade Camilo Castelo Branco – UNICASTELO – Campus Fernandópolis. 2011 selecionado um pino pré-fabricado em aço, o qual após ajustado foi cimentado no interior do conduto respeitando-se os princípios biomecânicos. Em seguida o dente 25 foi restaurado com resina composta pela técnica incremental. Palavras-chave: Clínica Integrada, Estudo de Caso, Material Odontológico. P 18 - USO DE COROAS PROVISÓRIAS EM ATENDIMENTO DE URGÊNCIA; REESTABELECENDO A ESTÉTICA E FUNÇÃO. Marcelo Carneiro; Hugo Ruiz Carpentieri; Mariane Santos da Silveira; Luiz Afonso Dias Neto; Max Douglas Faria; Martha Suemi Sakashita (orientador). Universidade Camilo Castelo Branco – UNICASTELO – Campus Fernandópolis. Qualquer tipo de reabilitação protética seja unitária ou de vários elementos exige a confecção de restaurações provisórias, etapa esta que facilita e conduz ao sucesso a prótese definitiva. Na literatura estão amplamente discutidas as vantagens desta etapa clínica, destacando-se a proteção do complexo dentina-polpa, preservação da saúde periodontal, condicionamento das ameias gengivais, reestabelecimento da oclusão, estética e fonética. Este trabalho exibe um relato de caso clínico, em que o paciente melanoderma, do sexo masculino, 45 anos, compareceu a Clínica Odontológica da Unicastelo queixando-se de ausência do dente 12 e restaurações insatisfatórias nos dentes 11 e 13. Ao realizarmos o exame clínico e radiográfico constatamos tratar-se de duas reconstruções coronárias antigas realizadas com pouca estrutura dental remanescente, apresentando-se totalmente antiestéticas, bem como tratamento endodôntico satisfatório nos dois dentes em questão. Face ao exposto este trabalho enseja demonstrar os benefícios da confecção de coroas provisórias para a reabilitação oral do paciente, bem como sua praticidade em aplicação na prática clínica diária. Com base nos dados obtidos, optou-se pela confecção de uma prótese fixa provisória com dentes de resina acrílica, suportada pelas raízes dos dentes 11 e 13. Estabelecido o plano de tratamento as duas restaurações foram removidas os condutos radiculares desobturados e preparados respeitando-se os princípios biomecânicos e moldados com pino de latão embebidos de resina Duralay ®, após foi confeccionada uma PPF provisória de três elementos reforçada com fio ortodôntico, esta peça unida as moldagens dos condutos foi cimentada nas raízes preparadas, reestabelecendo a estética e função ao paciente. Palavras-chave: Prótese Parcial Fixa, Provisórios, Clínica Integrada. Brazilian Journal of Health v. 2, n. 1, p. 62-88, Janeiro/Abril 2011 Page O objetivo do presente trabalho foi levantar na literatura científica as principais micoses orais e identificar seus agentes. As micoses orais são doenças que acometem a mucosa, causadas pela ação dos fungos, que utilizam a camada mais superficial da mucosa como alimento. Os tipos mais comuns de fungos causadores de micose estão presentes na própria mucosa dos seres humanos ou então em animais como gatos e cachorros. A umidade, o calor e lesões na mucosa são algumas características que agradam esses agentes patogênicos, facilitando sua proliferação. Sabe-se que as principais manifestações fúngicas que afetam a cavidade oral são paracoccidiodomicose, histoplasmose, candidíase. Pode-se concluir que é de extremo interesse sabermos que os fungos são patógenos de grande importância clínica e suas implicações podem evoluir para doenças sistêmicas 76 P 19 - MICOSES ORAIS Gicela Carla Fuzetto; Isabelle Rodrigues Freire (orientador). Universidade Camilo Castelo Branco – UNICASTELO – Campus Fernandópolis. 2011 gravíssimas desta forma é de extrema importância o conhecimento de suas formas e atuação bem como de suas manifestações clinicas. Todo diagnóstico é de grande importância para um tratamento adequado e seu prognóstico. Palavras-chave: Fungos, Boca, Prevenção. P 20 - ANOMALIAS DENTÁRIAS - ADEQUAÇÃO BUCAL, ASPECTOS ESTÉTICOS. Gicela Carla Fuzetto; Thales Sobral Maia; Martha Suemi Sakashita; Valeria Cristina Lopes de Barros Rolim; Isabelle Rodrigues Freire (orientador). Universidade Camilo Castelo Branco – UNICASTELO – Campus Fernandópolis. O presente relato de caso visa abordar a importância do diagnóstico e planejamento para anomalias dentárias que acometem crianças. A presença da fluorose dentária assim como outra alteração dentária, a agenesia. O uso do flúor tem promovido melhorias significativas na saúde bucal e na qualidade de vida das populações, através da redução dos índices de cárie dental. Entretanto, inúmeros estudos têm sido divulgados identificando o primeiro sinal clínico do efeito tóxico dessa substância - a fluorose dentária. A fluorose é uma alteração que ocorre devido ao excesso de ingestão de flúor, durante a formação dos dentes. Ela se manifesta principalmente pela alteração de cor do esmalte. A fluorose dental torna-se então um problema relevante em saúde pública, porque em suas formas moderada ou severa, provoca alterações funcionais e estéticas que interferem na formação da personalidade, na inserção no mercado de trabalho, exige tratamento odontológico de alta complexidade. As alterações dentárias apresentam heterogeneidade em sua etiologia e podem ocorrer isoladamente ou associadas a outras alterações. Entre as anomalias dentárias de número, a agenesia reveste-se de especial importância nos campos da odontopediatria e da ortodontia, visto que a ausência de um ou mais dentes gera má oclusão, podendo, com o decorrer do tempo, causar problemas na articulação temporomandibular. Palavras-chave: Qualidade de Vida, Saúde bucal, Fluorose Dentária. Brazilian Journal of Health v. 2, n. 1, p. 62-88, Janeiro/Abril 2011 Page Devido a sua localização anatômica a face fica muito exposta e propensa a sofrer diversas modalidades de traumatismos várias estruturas. A utilização da fixação interna rígida trouxe avanço para o tratamento das fraturas faciais, com benefícios a redução ou mesmo a eliminação do bloqueio intermaxilar, possibilitando nutrição, higiene bucal e fonética mais adequados e prevenindo a função da articulação temporomandibular. Temos por objetivo expor os principais métodos de osteossíntese para o tratamento dos traumas faciais, expondo suas indicações. Este trabalho é uma revisão bibliográfica feita a partir de livros, publicações nacionais e internacionais obtidos através de consulta a quatro bases de dados e consultas ao portal PubMed. Os métodos descritos nos artigos selecionados foram analisados procurando-se identificar as vantagens e desvantagens de sua utilização em nosso meio. Os resultados mostraram que as lesões complexas da face tratadas por fixação a fio de aço e aparelhos de fixação cranianos, sendo difícil a manutenção da estabilidade 77 P 21 - OPÇÕES DE OSTEOSSÍNTESE NO TRAUMA DE FACE Guilherme Marcatto; Gustavo Marcatto; Marcela Hammoud Rosa; Selma Marques Vinhola; Humberto Regis de Paula Faleiros; Nagib Pezati Boer (orientador). Universidade Camilo Castelo Branco – UNICASTELO – Campus Fernandópolis. 2011 tridimensional. Tomografia computadorizada de alta resolução, técnicas de fixação interna rígida, ressuspensão de tecidos moles e enxertos ósseos primários resultaram em melhoras significativas no diagnóstico e tratamento de lesões panfaciais. Apesar das propriedades serem vantajosas, a aplicação de compressão por uma placa cria uma força dinâmica que pode ser prejudicial. As placas de compressão são mais se usadas em fraturas com obliquidade mínima e tecido ósseo sólido e sadio em cada lado da fratura. No estudo comparativo da resistência mecânica à flexão de placas e parafusos reabsorvíveis e metálicos utilizados em osteotomias de corpo de mandíbulas de poliuretano concluiu que não existe diferença significante entre os sistemas de fixação interna rígida de titânio e reabsorvível. Concluímos que antes de se optar por determinada técnica ou materiais a serem utilizados a fratura deve ser cuidadosamente estudada considerando as características peculiares de cada paciente, os recursos disponíveis e a experiência do cirurgião responsável. Palavras-chave: Reparação Óssea, Traumatologia, Cirurgia do Trauma. P 22 - TRAUMA DENTAL: ESTÉTICA EM ODONTOPEDIATRIA Mariane Santos da Silveira; Janayna Parreira Duarte Braz; Sarah Borges Silva; Martha Suemi Sakashita; Valeria Cristina Lopes de Barros Rolim; Isabelle Rodrigues Freire (orientador). Universidade Camilo Castelo Branco – UNICASTELO – Campus Fernandópolis. O estudo da estética tem se intensificado em todos os setores da área da saúde visando bem estar, auto realização, qualidade de vida e beleza. Na realização dos procedimentos estéticos em reabilitações dentárias procura-se devolver a espontaneidade de um sorriso e para isso é importante que o profissional esteja visualmente bem treinado para reconhecer a morfologia, a tonalidade, a proporcionalidade, a simetria, enfim, todas as dimensões estéticas da dinâmica do sorriso, sabendo também avaliar a face em que este sorriso está inserido e, ainda mais, respeitando a vontade e a queixa deste ser humano que irá expressar este sorriso. Paciente do sexo masculino, com 8 anos de idade compareceu acompanhado de sua mãe a Clínica de Odontopediatria do curso de Odontologia da Universidade Camilo Castelo Branco – UNICASTELO, Campus de Fernandópolis/SP. Na anamnese foi relatado que a criança sofreu um trauma oclusal no dia anterior, e procurou a clínica odontológica para restabelecer a estética dental. Palavras-chave: Qualidade de Vida, Reabilitação Oral, Traumatologia. Trabalhos apresentados na forma Oral (Or 01 a Or 16) Brazilian Journal of Health v. 2, n. 1, p. 62-88, Janeiro/Abril 2011 Page Durante o desenvolvimento da dentição decídua para mista podemos observar algumas anormalidades, sendo uma delas a perda precoce dos dentes decíduos. Sua etiologia é ampla, podemos citar o traumatismo dental, reabsorções prematuras das raízes dentárias e a cárie como principais causas. Devido à importância da manutenção do espaço após a perda precoce do dente 78 Or 01 - O USO DE MANTENEDORES DE ESPAÇO EM ODONTOPEDIATRIA. Paula Clara de Souza; Deila Higino Oliveira; Mayara de Moura Santos; Isabelle Rodrigues Freire; Martha Suemi Sakashita; Valeria Cristina Lopes de Barros Rolim (orientador). Universidade Camilo Castelo Branco – UNICASTELO – Campus Fernandópolis. 2011 decíduo, este trabalho teve por objetivo, realizar revisão da literatura observando os principais tipos de mantenedores de espaço empregados. O tratamento é feito com o uso de mantenedores de espaço, que são aparelhos com dispositivos destinados a preservar o espaço deixado após a perda de um ou mais dentes, impedindo assim, movimentos indesejáveis dos dentes adjacentes. As principais causas de perdas precoces de dentes decíduos são: alto índice de cáries na infância, traumatismo dental, e reabsorção prematura da raiz do dente decíduo. Após essa perda precoce devemos observar vários fatores: a idade em que houve a perda do dente decíduo, qual o dente perdido, o estágio de desenvolvimento da dentição, características gerais do arco dentário. O aparelho mantenedor de espaço é selecionado de acordo com: região e quantidade de dentes ausentes, a colaboração da criança. Sendo assim, através dos relatos da literatura, podemos concluir que estes aparelhos têm como finalidade: manter o espaço para o dente sucessor erupcionar em uma posição adequada, evitar que a criança adquira hábitos deletérios como interposição de língua, e impedir a mesialização ou distalização dos dentes adjacentes ao espaço protético e restabelecer a estética. Palavras-chave: Prevenção, Dentição Decídua, Aparelho Ortodôntico. Brazilian Journal of Health v. 2, n. 1, p. 62-88, Janeiro/Abril 2011 Page O carcinoma espinocelular (CEC) constitui a neoplasia maligna mais comum da boca, a qual acomete preferencialmente homens acima de 50 anos, tendo como principais fatores de risco o tabagismo e o etilismo. Sua ocorrência em jovens, com idade inferior a 40 anos, é rara (1 a 6% dos casos). O objetivo deste trabalho foi relatar um caso clínico de CEC em lábio inferior de paciente com 15 anos de idade. Paciente do sexo masculino, leucoderma, 15 anos de idade, estudante e servidor de olaria, natural e residente em Paranaíba - MS compareceu ao ambulatório da Associação de Voluntários de Combate ao Câncer (AVCC) de Fernandópolis – SP queixando-se de lesão em boca. Durante a anamnese o paciente relatou aparecimento da lesão a cerca de 3 meses, com crescimento lento e indolor. O paciente negou, ainda, história de tabagismo e etilismo ou qualquer outro tipo de hábito nocivo. Ao exame físico extrabucal pode-se observar um nódulo localizado em semimucosa labial inferior do lado direito, medindo aproximadamente 2,5cm no seu maior diâmetro, apresentando-se séssil, com limites nítidos, superfície rugosa, firme à palpação e não sangrante. Ao exame físico intrabucal pode-se verificar uma condição bucal satisfatória. Foi realizada biópsia incisional e o fragmento encaminhado para análise anatomopatológica, cujo resultado foi de CEC grau I. O paciente foi encaminhado ao oncologista da AVCC - Fernandópolis para tratamento. A terapêutica instituída consistiu de cirurgia, que foi realizada através de excisão cirúrgica com margem de segurança e o material, novamente, foi encaminhado para análise anatomopatológica, que revelou CEC totalmente excisado (margens cirúrgicas livres). Nos controles clínicos pósoperatórios realizados desde a primeira semana até dois meses, foi observada cicatrização favorável da área operada, sem indícios de recidiva. Foi instituído controle periódico do paciente. A partir do caso relatado, pode-se concluir que o CEC apesar de ser mais comum em homens acima de 50 anos de idade, atualmente, tem sido observado com frequência em pacientes jovens. Dessa forma, os cirurgiões dentistas devem estar capacitados para realização do seu diagnóstico. 79 Or 02 - CARCINOMA ESPINOCELULAR EM PACIENTE JOVEM: RELATO DE CASO Tais Cristina Nascimento Marques; Michele Aguiar Silva; Fabrício David Torres; Mariane Santos da Silveira; Guilherme de Oliveira Cucolicchio; Luciana Estevam Simonato (orientador). Universidade Camilo Castelo Branco – UNICASTELO – Campus Fernandópolis e Associação de Voluntários de Combate ao Câncer (AVCC) de Fernandópolis. 2011 Palavras-chave: Câncer de Boca, Fatores de Risco, Prevenção. Or 03 - CISTO DENTÍGERO: DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO Thiago Pereira Bernardo; Antonio Carlos Rosseto; Nagib Pezati Boer; Luciana Estevam Simonato (orientador). Universidade Camilo Castelo Branco – UNICASTELO – Campus Fernandópolis e Associação de Voluntários de Combate ao Câncer (AVCC) de Fernandópolis. O cisto dentígero é o segundo cisto odontogênico mais comum nos maxilares compreendendo cerca de 20% dos casos. São mais frequentes em pacientes jovens, entre segunda e quarta décadas de vida, do gênero masculino e leucodermas. São duas vezes mais comuns em mandíbula (75%) que na maxila, principalmente nos terceiros molares. São assintomáticos e têm crescimento lento. Radiograficamente é uma área radiolúcida unilocular e relacionada a um dente incluso. Observados em exames de rotina e tratados por enucleação. O objetivo deste trabalho foi relatar um caso de cisto dentígero, a fim de apresentar as principais características clínicas, histopatológicas e radiográficas desta patologia e seu tratamento. Paciente do sexo masculino, feoderma, 57 anos de idade, comerciante, residente em Fernandópolis – SP compareceu ao ambulatório odontológico da AVCC de Fernandópolis – SP queixa: “dor na boca”. Na anamnese relatou que há 2 anos havia extraído um dente e desde então sentia dor na região. Referiu que 6 meses após a extração do dente 23 voltou ao consultório do cirurgião dentista responsável pelo procedimento com abaulamento e dor no palato duro. Neste momento, o profissional realizou uma curetagem no local e prescreveu antibiótico e anti-inflamatório. A dor não cessou por completo e a área voltou a edemaciar lentamente com o passar dos dias. No exame físico extrabucal nenhuma alteração foi observada. Ao exame intrabucal foi verificado um abaulamento em palato duro, normocrômico, de superfície lisa, com limite impreciso e bastante dolorido à palpação. Diante das informações obtidas durante a anamnese e dos achados clínicos, a conduta inicial foi a solicitação de exames imaginológicos complementares. Os exames radiográficos mostraram presença de imagem radiolúcida, unilocular, de limites nítidos, localizada em região superior anterior, envolvendo dentes 13, 12, 11, 21 e 22 e região de palato duro. Com os achados clínicos mais os exames de imagem, definiu-se o diagnóstico de cisto dentígero. Como conduta terapêutica optou-se pela técnica da enucleação total do cisto com curetagem cuidadosa da área. A análise histopatológica foi representada por uma cavidade cística revestida por epitélio estratificado escamoso não ceratinizado sob uma cápsula de tecido conjuntivo frouxo, celularizado e com áreas focais de hemorragia. O paciente encontra-se em controle clínico e radiográfico periódico. Palavras-chave: Cistos Ósseos, Cistos Odontogênicos, Intervenção Odontológica. Brazilian Journal of Health v. 2, n. 1, p. 62-88, Janeiro/Abril 2011 Page Na base do crânio existe um forame emissário inconstante e pequeno denominado forame de Vesalius, situado no osso esfenóide. Este forame possibilita a passagem de uma veia emissária cuja 80 Or 04 - OS FORAMES EMISSÁRIOS DO CRÂNIO E SUA IMPORTÂNCIA NA ODONTOLOGIA Viviane Cristina Souza Oliveira; Rossi Ana Cláudia, Alexandre Rodrigues Freire; Paulo Roberto Botacin (orientador). Universidade Camilo Castelo Branco – UNICASTELO – Campus Fernandópolis. 2011 função é comunicar, através do plexo pterigóideo, estruturas da face com o seio cavernoso. O objetivo deste estudo foi revisar a literatura sobre os aspectos anatômicos e clínicos do forame de Vesalius. Esta revisão da literatura foi dividida em 3 tópicos, a saber: (1) Forames emissários do crânio; (2) Anatomia e incidência do forame de Vesalius; (3) Considerações clínicas sobre o forame de Vesalius e baseada na análise de 43 artigos obtidos pela consulta às bases de dados pesquisadas: PubMed/Medline, Scopus, Bireme, BBO e Lilacs, em período entre os anos de 1543 a 2010. Verificou-se que o forame de Vesalius apresenta importância na Odontologia, pois atua como uma via de disseminação de infecções do meio extra para o meio intracraniano e também em Neurocirurgia, já que pode influenciar na realização de técnicas como a rizotomia por radiofrequência para tratamento da neuralgia do nervo trigêmeo. Nesta revisão de literatura, concluiu-se que um aprofundado estudo anatômico do forame de Vesalius colabora não apenas para o conhecimento anatômico desta estrutura, mas também em situações clínicas que envolvem este forame. Palavras-chave: Forame de Vesalius, Veia Emissária, Tromboflebite. Or 05 - ESTUDO DE FATORES RELACIONADOS À PRESENÇA DE PLACA DENTÁRIA EM CRIANÇAS DE PRIMEIRA INFÂNCIA Franciele Santana Paiola; Martha Suemi Sakashita; Valeria Cristina Lopes de Barros Rolim; Isabelle Rodrigues Freire (orientador). Universidade Camilo Castelo Branco – UNICASTELO – Campus Fernandópolis. Brazilian Journal of Health v. 2, n. 1, p. 62-88, Janeiro/Abril 2011 Page Or 06 - A ANATOMIA AJUDA A EXPLICAR PORQUE EXISTEM TANTOS INSUCESSOS E COMPLICAÇÕES NO TRATAMENTO ENDODÔNTICO DOS DENTES PREMOLARES INFERIORES. 81 A identificação do risco para a presença de placa dental baseia-se em informações sobre uma combinação de fatores: dietético, higiene bucal e nível de escolaridade dos pais. Sabe-se que estudos epidemiológicos são necessários para se obter dados, planejar, executar e avaliar os serviços de atenção odontológica baseada em promoção de saúde de uma melhor forma. Portanto o objetivo deste trabalho foi identificar os fatores de risco para a presença de placa bacteriana dentária que incidem sobre a população de pré-escolares na faixa etária de 2 a 5 anos de idade, de duas CEMEIS da cidade de Fernandópolis/SP. A amostra consistiu 90 crianças de ambos os gêneros (40 do masculino e 50 do feminino). Avaliou-se o nível de escolaridade dos pais, higiene bucal e hábitos alimentares das crianças por meio de um questionário auto respondido pelos pais ou cuidadores. Os exames para a avaliação da presença de placa dentária foram realizados utilizando-se o Índice de Placa Visível. Nossos resultados demonstram uma prevalência de placa bacteriana de 27,77%, (± 0,3), sendo 56% da população do gênero masculino, (±0,1). A análise mostrou relação favorável entre as variáveis dependentes: gênero masculino, frequência de escovação, responsável pela escovação, hábitos alimentares, nível de conhecimento dos pais. A partir dos dados obtidos concluise que os fatores predisponentes à presença de placa bacteriana foram positivos, relacionando, baixo nível de escolaridade dos pais, alto consumo de doces e higiene bucal deficiente. Palavras-chave: Fatores de Risco, Placa Bacteriana, Cárie Dentária. 2011 Hugo Morais Garcia; Rossi Ana Cláudia, Alexandre Rodrigues Freire; Paulo Roberto Botacin (orientador). Universidade Camilo Castelo Branco – UNICASTELO – Campus Fernandópolis. Os premolares inferiores apresentam normalmente, uma única raiz cônica ou levemente achatada no sentido mesio-distal, apresentando um canal único, amplo e retilíneo. Mas variações anatômicas, como o aparecimento de mais de uma raiz, ou canal radicular também podem ser encontradas. A técnica da diafanização possibilita um conhecimento mais abrangente através da visão tridimensional de toda a extensão do canal radicular, desde a câmara pulpar até o forame apical. Os objetivos deste estudo foram avaliar o número de canais radiculares em primeiros premolares inferiores assim como o número de forames apicais, através da diafanização, procurando correlacionar os achados com a presença ou a ausência de sulco longitudinal radicular (fenda mesial radicular incompleta) a fim de proporcionar maior conhecimento sobre anatomia externa e interna da raiz deste dente. Foram avaliados 228 dentes premolares inferiores, selecionados ao acaso da coleção de dentes do Departamento de Ciências Básicas da Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP. Idade, sexo e etnia dos pacientes, bem como as razões para as extrações não foram consideradas. A metodologia utilizada foi a descalcificação seguida da diafanização, com a prévia injeção de tinta nanquim na cavidade pulpar. Essa técnica tornou o dente transparente, preservou a sua forma anatômica original e permitiu uma visualização tridimensional da anatomia interna dentária. A anatomia interna dos premolares inferiores de maior incidência foi a de um único canal tanto em dentes isentos de fenda longitudinal mesial radicular quanto em dentes com a presença de fenda longitudinal mesial rasa. Nos premolares inferiores com fenda longitudinal mesial profunda, a configuração do canal radicular mais incidente foi a que se bifurcava no terço médio da raiz. Além disso, o número de forames apicais também variou de acordo com a configuração do sistema de canais. Palavras-chave: Diafanização, Endodontia, Forames Apicais. Brazilian Journal of Health v. 2, n. 1, p. 62-88, Janeiro/Abril 2011 Page Desde os anos 70 observam-se uma queda nos índices da doença cárie na população, parte desse fato deve-se a descoberta do flúor como elemento preventivo no processo de evolução da doença. O íon flúor está presente em diversos produtos e substâncias disponíveis a população, o qual vem ocasionando um declínio da cárie dentária, porém, um aumento na prevalência de fluorose dentária. A odontologia deve pautar-se em ações preventivas, desenvolvendo através da motivação hábitos de higiene oral adequados. Este trabalho avaliou a presença de fluorose dentária de crianças de 6 a 14 anos de idade em uma entidade da cidade de Iturama – M.G. Para tanto um questionário sobre hábitos de higiene oral foi aplicado previamente aos pais, as crianças foram avaliadas quanto a fluorose dentária presente em sua cavidade oral pelo índice de Dean. Os resultados foram transcritos em odontogramas, e estes juntamente com os dados obtidos nos questionários foram tabulados em programa Microsoft Office Excel®. Das crianças avaliadas 29,03% não apresentaram e 70,97% apresentaram algum grau de fluorose dentária; sendo avaliada a incidência em ambos os sexos, bem 82 Or 07 - AVALIAÇÃO DOS FATORES DE INCIDÊNCIA DE FLUOROSE DENTÁRIA EM CRIANÇAS DO MUNICÍPIO DE ITURAMA – M.G. Luiz Afonso Dias Neto; Hugo Ruiz Carpentieri; Martha Suemi Sakashita; Valeria Cristina Lopes de Barros Rolim; Isabelle Rodrigues Freire (orientador). Universidade Camilo Castelo Branco – UNICASTELO – Campus Fernandópolis. 2011 como os grupos de dentes afetados. O questionário revelou que 80,65% das crianças do estudo realizam a higiene oral sozinhas e que 16,13% deglutem dentifrício. Constatou-se que 77,42% ingerem a água de abastecimento público do município; e que os pais possuem algum conhecimento sobre higiene oral. Foram reavaliadas 16% das crianças, com um índice Kappa de 0,88%. Concluímos que há necessidade de acompanhamento dos pais e crianças para uma melhor higiene e oral e qualidade de vida destas, bem como avaliação de mais fatores para se estabelecer quais as causas do acometimento desse grupo de crianças pela fluorose dentária. Palavras-chave: Anomalias Dentárias, Prevenção, Saúde Coletiva. Or 08 - INFLUÊNCIA DO ÁCIDO ASCÓRBICO NO PROCESSO DE REPARO DO OSSO ALVEOLAR Gicela Carla Fuzetto; Isabelle Rodrigues Freire; Mariângela Borghi Ingraci de Lucia (orientador). Universidade Camilo Castelo Branco – UNICASTELO – Campus Fernandópolis. Estudos relatam que osso alveolar desenvolve-se enquanto o dente se forma, e isto ocorre na oitava semana intrauterina. O tecido ósseo é capaz de reparar fraturas ou defeitos locais por meio do processo de regeneração, com a formação de novo tecido com a mesma organização estrutural do tecido anterior, sem formação de cicatriz. Entre os estudos sobre os efeitos de vitaminas no processo de reparo e sobre células da linhagem mesenquimal, há diversas experimentações com o emprego de vitamina C, utilizada com sinônimo de acido ascórbico, pois embriologicamente, esta é essencial para o adequado desenvolvimento de todas as estruturas derivadas do mesênquima, incluindo o osso alveolar. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a influência da vitamina C sobre o processo de reparo alveolar, onde a revisão de literatura nos confirmou que ela é essencial para a formação do colágeno e que, quando usada sistematicamente, produz aceleração do reparo ósseo alveolar. Palavras-chave: Regeneração Óssea, Vitamina C, Prevenção Odontológica. Brazilian Journal of Health v. 2, n. 1, p. 62-88, Janeiro/Abril 2011 Page O cirurgião-dentista no desenvolvimento de sua profissão corre riscos ocupacionais advindos de sua profissão, sendo estes capazes de trazer danos a sua saúde. Na área da odontologia esses problemas são estudados na disciplina de Ergonomia e Saúde Coletiva, porém, muitas vezes os profissionais não levam a sério a importância de métodos contra os danos que estão expostos. Sendo assim, vê-se a necessidade de meios de prevenção destes riscos e que mais informações sejam passadas com frequência a estes trabalhadores da saúde. Mostrando aos Cirurgiões Dentistas as principais doenças ocupacionais que estão sujeitos, e que todas essas doenças podem ser prevenidas tomando os devidos cuidados, além de conhecimento dos fatores de risco existentes no consultório e nos atendimentos dos pacientes e os tratamentos existentes para tais patologias. Para realização deste trabalho foi feita uma revisão de literatura nas principais bases de dados científicos digitais (Scielo, Bireme, Lilacs e Pubmed) especializadas no assunto. Pode-se concluir que embora o ambiente de 83 Or 09 - PRINCIPAIS DOENÇAS OCUPACIONAIS QUE ACOMETEM OS CIRURGIÕESDENTISTAS Aline Carvalho Parreira; Luciana Estevam Simonato; Marlene Cabral Coimbra da Cruz; Thais Costa Fernandes (orientador). Universidade Camilo Castelo Branco – UNICASTELO – Campus Fernandópolis. 2011 trabalho que estão expostos seja o principal meio de risco para o desenvolvimento de tais enfermidades, o profissional tem em suas mãos os principais métodos de prevenção, como o uso de equipamentos de proteção individual e atenções criteriosas na manipulação de materiais e instrumentais. Palavras-chave: Riscos Ocupacionais, Prevenção, Tratamento. Or 10 - O CIRURGIÃO DENTISTA E A NEURALGIA DO NERVO TRIGÊMEO. Mayara de Moura Santos; Rossi Ana Cláudia, Alexandre Rodrigues Freire; Paulo Roberto Botacin (orientador). Universidade Camilo Castelo Branco – UNICASTELO – Campus Fernandópolis. O nervo trigêmeo, quinto par de nervos cranianos, é considerado um nervo misto por possuir componentes motores e sensitivos. A porção sensitiva leva ao sistema nervoso central informação somestésica da pele e mucosa de grande área da face, sendo responsável também por um quadro neurálgico, conhecido como neuralgia do trigêmeo. É caracterizada por dores muito fortes e repentinas, semelhantes a choques elétricos, com duração de poucos segundos a dois minutos, na distribuição sensorial do nervo trigêmeo. A dor é desencadeada por leves toques em pontos específicos na pele da face ou por movimentos dos músculos faciais, pode ser ocasionada por sequelas traumáticas ou processos degenerativos fisiológicos associados à compressão vascular. Tem por objetivos, mediante uma revisão de literatura, identificar as características da neuralgia do nervo trigêmeo e ressaltar aspectos relevantes para que se possa estabelecer o correto diagnóstico e a melhor forma de tratamento. Os artigos selecionados para a realização desta revisão da literatura foram do período de 1966 a 2010, pesquisados nas bases de dados PubMed/Medline, Scopus, Bireme, BBO e Lilacs. Ao total foram analisados 79 artigos. Conclui-se que a neuralgia do trigêmeo realmente é a mais comum entre as neuralgias faciais e visto que, na maioria das vezes, o doente procura o cirurgião dentista, devido a localização da dor, é importante que esse profissional tenha conhecimento anatômico e funcional do nervo trigêmeo, mantendo-se atualizado com estudos desenvolvidos nessa área a fim de diagnosticar corretamente e realizar o controle da dor através de medicamentos ou indicar o tratamento cirúrgico. Palavras-chave: Nervos Cranianos, Neuralgia, Produção Científica. Brazilian Journal of Health v. 2, n. 1, p. 62-88, Janeiro/Abril 2011 Page Hiperplasia fibrosa inflamatória pode ser definida como um aumento no número de células de um tecido em resposta a uma irritação crônica de baixa intensidade. Alguns sinônimos são epúlide fissurada, hiperplasia traumática e pólipo fibroepitelial. O pólipo fibroepitelial ocorre, exclusivamente, em palato duro sob próteses totais. Caracteriza-se, clinicamente, por uma massa achatada de coloração rósea, inserida no palato por um estreito pedículo. O propósito deste trabalho foi relatar um caso clínico de pólipo fibroepitelial e demonstrar suas características clínicas e tratamento adequados. Paciente leucoderma, sexo feminino, 62 anos de idade procurou a Associação 84 Or 11 - PÓLIPO FIBROEPITELIAL: CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E TRATAMENTO Michele Aguiar Silva; Tais Cristina Nascimento Marques; Guilherme de Oliveira Cucolicchio; Mariane Santos da Silveira; Aline Reis Stefanini; Luciana Estevam Simonato (orientador). Universidade Camilo Castelo Branco – UNICASTELO – Campus Fernandópolis e Associação de Voluntários de Combate ao Câncer (AVCC) de Fernandópolis. 2011 de Voluntários no Combate ao Câncer – AVCC de Fernandópolis/SP, queixando-se de uma “lesão na boca”. Durante a anamnese a paciente relatou ter observado a lesão há vários anos, mas devido a ausência de sintomatologia não se preocupou em procurar auxílio médico e/ou odontológico. A paciente referiu que houve um aumento gradual da lesão nos últimos anos, gerando incômodo durante a alimentação devido à falta de adaptação da prótese total superior. Ao exame físico intrabucal observou-se um nódulo normocrômico envolvendo o lado esquerdo do palato duro, com aproximadamente 2 cm de diâmetro e limites nítidos. O diagnóstico clínico foi de pólipo fibroepitelial. A conduta adotada foi a remoção cirúrgica da lesão e encaminhamento do material coletado para análise histopatológica que confirmou o diagnóstico. A paciente foi encaminhada para realizar a confecção de uma nova prótese e encontra-se em acompanhamento clínico há 6 meses sem recidivas da lesão. A apresentação deste caso enfatiza que apesar do crescimento lento, esta lesão pode atingir grandes dimensões devido à falta de sintomatologia na maioria dos casos, podendo persistir por meses ou anos até que seja percebida dificultando a função mastigatória e, consequentemente, diminuindo a qualidade de vida do paciente. Palavras-chave: Processos Proliferativos Não-neoplásicos, Hiperplasia Fibrosa Inflamatória, Diagnóstico Odontológico. Or 12 - CISTOS PERIAPICAIS - REVISÃO DE LITERATURA Marcia Christina de Moura Costa; Mariângela Borghi Ingraci de Lucia (orientador). Universidade Camilo Castelo Branco – UNICASTELO – Campus Fernandópolis. Este trabalho teve por objetivo a realizar de uma revisão de literatura sobre os cistos periapicais abordando sua etiologia, patogenia, características clínicas e outros aspectos relevantes associados à lesão. A pesquisa compreendeu os períodos de 1998 a 2010 utilizando as bases de dados de Lilacs, Medline, Biblioteca Virtual da Unicamp, Scielo, entre outros. Foi possível, assim, realizar um estudo comparativo entre os arquivos pesquisados procurando elucidar os principais aspectos desta doença de ocorrência comum e de grande importância na clinica odontológica. Com isso, procuramos contribuir para a informação, formação e qualificação de acadêmicos e profissionais da Odontologia sobre o tema. Palavras- chave: Cisto Radicular, Cisto Odontogênico, Patologias Periapicais. Brazilian Journal of Health v. 2, n. 1, p. 62-88, Janeiro/Abril 2011 Page A respiração fisiológica nasal exerce um papel importante para o correto crescimento e desenvolvimento craniofacial, podendo ser alterada para oral, quando ocorre algum processo obstrutivo das vias respiratórias. Uma simples obstrução na passagem de ar é suficiente para que a criança inicie a respiração oral, onde a boca assume o papel do nariz tornando-se a única passagem de ar para continuar respirando e mantendo suas funções vitais. A respiração oral é um dos sintomas mais frequentes na infância, que dependendo da sua duração, pode causar alterações funcionais, estruturais, patológicas, posturais, oclusais e de comportamento. Portanto é fundamental o 85 Or 13 - RESPIRADOR ORAL EM ODONTOPEDIATRIA Deila Higino Fraga; Paula Clara de Souza; Mayara de Moura Santos; Isabelle Rodrigues Freire; Martha Suemi Sakashita; Valeria Cristina Lopes de Barros Rolim (orientador). Universidade Camilo Castelo Branco – UNICASTELO – Campus Fernandópolis. 2011 diagnóstico precoce dessa disfunção para que se possa intervir, buscando evitar ou minimizar os danos da saúde do paciente. Dessa forma, através de uma revisão de literatura, este trabalho teve como objetivo relatar as principais causas na etiologia do Respirador Oral, bem como; suas alterações nas estruturas orofaciais e instalação dos hábitos orais deletérios. Sendo assim, através dos relatos da literatura, podemos concluir que o diferencial no tratamento do respirador oral está no fato de não envolver somente a Odontologia, mas consiste em um trabalho multidisciplinar que abrange também a Medicina, Fonoaudiologia e a Fisioterapia. Palavras-chave: Hábitos orais, Crianças, Tratamento. Or 14 - ANÁLISE DA VIABILIDADE FINCANCEIRA DOS CONSULTÓRIOS ODONTOLÓGICOS EM RELAÇÃO AOS CONVÊNIOS E CREDENCIAMENTOS Mariane Santos da Silveira; Tais Cristina Nascimento Marques; Aline Carvalho Parreira; Michele Aguiar Silva; Sarah Borges Silva; Nilton César Pezati Boer (orientador). Universidade Camilo Castelo Branco – UNICASTELO – Campus Fernandópolis. O presente estudo tem como objetivos verificar se o cirurgião-dentista sabe calcular os valores dos seus serviços e investigar se os valores pagos por uma empresa de convênio odontológico proporciona satisfação financeira e profissional. Foram pesquisados, por meio de um questionário, 20 cirurgiões-dentistas cooperados de uma operadora de planos de saúde. As questões aplicadas a estes profissionais foram: “(1) Você sabe calcular os valores dos seus serviços odontológicos de forma científica, baseado nos custos do seu consultório? (2) Sua faculdade ensinou você a calcular os valores dos seus serviços? (3) Como você faz para determinar os valores ou preços dos serviços. (4) Os valores pagos pela Tabela da UNIODONTO geram lucro ao seu consultório? (5) Os valores da tabela da UNIODONTO são calculados de forma cientifica, de acordo com cálculos baseados nos custos, fixos e variáveis, dos consultórios odontológicos dos cooperados (6) Você participou da elaboração da Tabela de Preços da UNIODONTO? (7) Você esta satisfeito com os valores pagos pela UNIODONTO?” De acordo com o que foi respondido, este estudo concluiu que os cirurgiõesdentistas pesquisados não sabem calcular, de forma científica, os valores dos seus serviços e não existe satisfação financeira e profissional quanto aos valores pagos pela operadora de planos referenciada na pesquisa. Palavras-chave: Custos, Análise Profissiográfica, Serviços Odontológicos. Brazilian Journal of Health v. 2, n. 1, p. 62-88, Janeiro/Abril 2011 Page Como se sabe, existe um grande número de desdentados em todo mundo e no Brasil esse número não se mostra diferente. Em sua maioria, esses pacientes edêntulos, apresentam atrofia severa do rebordo alveolar maxilar, relatando insatisfação com as reabilitações maxilares através de próteses convencionais, devido à falta de retenção e de estabilidade das mesmas. Causando, assim, um comprometimento de todo o sistema estomatognático, interferindo também em sua qualidade de vida. Os implantes dentários osseointegráveis se tornaram uma técnica eficaz para resolução de muitas queixas relatadas por usuários de próteses totais maxilares, no entanto, o quadro de perda 86 Or 15 - OPÇÕES DE TRATAMENTO PARA MAXILAS ATRÓFICAS Juceléia Maciel; Elisa Mattias Sartori (orientador). Universidade Camilo Castelo Branco – UNICASTELO – Campus Fernandópolis. 2011 óssea torna-o um limitador, dificultando ou impossibilitando a reabilitação através somente destes implantes. O surgimento de técnicas como os enxertos ósseos, a elevação do seio maxilar, as ancoragens ósseas, a distração osteogênica e os implantes curtos, passaram a possibilitar essas reabilitações, permitindo restabelecer a função, a fonética, a estética e convívio social destes pacientes. Dentre essas técnicas existem vantagens e desvantagens que podem ser demonstradas na literatura estudada. As fixações zigomáticas têm mostrado grande taxa de sucesso para reabilitação de maxilas atróficas. As reconstruções maxilares com enxertos ósseos têm demonstrado resultados variáveis e imprevisíveis. Implantes inclinados demonstram ser uma boa técnica alternativa, desde que exista remanescente ósseo. Já os implantes curtos oferecem um tratamento mais simplificado e mais seguro, frente a algumas técnicas, reduzindo consideravelmente a necessidade de técnicas mais invasivas. Palavras-chave: Reabilitação Oral, Implantes Dentários, Qualidade de Vida. Or 16 - DA ARTE DENTÁRIA A ODONTOLOGIA MODERNA: HISTÓRICO DA ODONTOLOGIA Thales Sobral Maia; Carlos Eduardo Maia de Oliveira (orientador). Universidade Camilo Castelo Branco – UNICASTELO – Campus Fernandópolis. Page 87 Este trabalho procura através de uma revisão de literatura e também da análise de documentos históricos, buscar as origens da Odontologia enquanto profissão e a consolidação da mesma no cenário atual; analisando desde as primeiras relações do homem primitivo diante de novas problemáticas que o levaram a buscar soluções para os primeiros problemas, e de como o conhecimento desses problemas o levaram a busca e o aprendizado, também visa acompanhamento analítico das relações e desenvolvimento da Odontologia através do tempo, passando de civilizações desde Mesopotâmios, Gregos, Romanos, Egípcios e a sua fase científica após o renascimento, análise criteriosa da Odontologia em território brasileiro e como ela se firmou enquanto profissão, desde os sangradores e barbeiros, ate os decretos e leis que consolidaram a classe, e por fim análise dos rumos que a Odontologia mundial vem se norteando e principalmente a preocupação pungente com a biossegurança. Palavras-chave: Odontologia, História, Legislação. Brazilian Journal of Health v. 2, n. 1, p. 62-88, Janeiro/Abril 2011 2011 III Jornada Odontológica da UNICASTELO “Profa. M.Sc. Luciana Estevam Simonato” Campus Fernandópolis A terceira edição da Jornada Odontológica da Unicastelo de Fernandópolis, intitulada “Profa. M.Sc. Luciana Estevam Simonato”, reuniu grandes nomes da área e atraiu, além dos estudantes, muitos profissionais da região. O evento acontece entre do dia 22 ao dia 26 de agosto, nas dependências do Cine Fernandópolis, no Shopping Center Fernandópolis. Diariamente, os cursos e palestras receberam público de, aproximadamente, 350 participantes. Além dos acadêmicos do curso, muitos profissionais da região aproveitaram o alto nível dos palestrantes como uma oportunidade para uma “reciclagem”. Confira quem foram os palestrantes da III Jornada Odontológica da UNICASTELO: Michel Saad Neto, da FOA/UNESP, falou sobre motivação profissional, enfocando o mercado de trabalho atual. Edison Crepaldi abordou a acupuntura na Odontologia, mostrando suas principais aplicações na área. Marcio Augusto Bortolozo, da UNIVALI, falou sobre ortodontia, abrangendo o diagnóstico e o planejamento de pacientes com enfoque nas novas tendências da ortodontia contemporânea. Luiz Fernando Pegoraro, da FOB/USP, abordou o planejamento em reabilitação oral, enfocando a necessidade de uma equipe multidisciplinar: endodontia, periodontia, implantodontia, prótese dentária e dentística. Robson Frederico Cunha, da FOA/UNESP, falou sobre Odontologia para bebês, apontando suas principais doenças bucais e a importância da saúde bucal do bebê. Mara Antônio Monteiro de Castro, da FOA/UNESP, abordou tema da estética dental, mostrando atualidades em clareamento dental com enfoque nos aspectos mais atuais, fazendo com que o tratamento possa ficar mais barato. Mário Francisco Real Gabrielli, da FOAr/UNESP, abordou as principais infecções ocorrentes na Odontologia e falou sobre traumatologia crânio-maxilo-facial e reconstrução facial. A equipe da COLGATE abordou sobre a técnica de mínima intervenção para o manejo da cárie e distribui brindes para os participantes. Page diversas especialidades da Odontologia, com premiações nas áreas de revisão de literatura, iniciação 88 Além das palestras, a jornada contou com a apresentação de trabalhos científicos, nas cientifica e caso clínico. Brazilian Journal of Health v. 2, n. 1, p. 62-88, Janeiro/Abril 2011
Documentos relacionados
Anais - joufernandopolis.com.br
Brazilian Journal of Health v. 2, n.3, p. 166-206, Set/Dez 2011
Leia mais