Clique para ler - Campanha da Mãe Peregrina de Schoenstatt
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O ANO DA CORRENTE DO SANTUÁRIO Pe. H. Walter Superior Geral dos Padres de Schoenstatt Nós contemplamos o Santuário com o olhar de nosso Pai e Fundador. Na hora da fundação reconheceu com sua visão de fé, de que Deus queria iniciar ali algo novo. Ele pediu que Maria santificasse este singelo lugar com sua presença e uniu esse acontecimento com o programa: aceleração do desenvolvimento da auto-santificação e, por meio, disso a transformação da Capelinha em um lugar de graças! O Santuário tornou-se uma grande oficina da Mãe de Deus. Aqui é sua oficina de apóstolos, sua escola de vida para a formação do “Novo Homem” e para nossas comunidades. Pela Aliança de Amor nós, como Família, nos tornamos um recinto sagrado para o nosso tempo, um Santuário vivo para todas as pessoas. A vida em torno dos Santuários espalhados pelo mundo nos mostra uma tríplice experiência. Colocamos esta experiência no contexto dos desafios da nossa época. No Santuário nos sentimos em casa, temos um lar. Deus não é uma idéia. Ele é Pessoa em Jesus Cristo. Ele tem uma Mãe, na qual ele mesmo experimentou um lar. Maria acompanhou a Jesus no caminho de sua vida, até a origem da Igreja. Todo o mistério da redenção torna-se vivência para nós no diálogo com Maria. Deus se aproximou de nós. Tudo isto torna este lugar santo. Mas, torna santo também nossa casa e o lugar do nosso trabalho. Deus habita no meio de nós. Em Maria, ele se volta para nós. Lar é onde nos sentimos compreendidos, onde experimentamos amor e aprendemos a amar. Lar forma-se pelas experiências básicas e existenciais da nossa vida. Onde se ama, ali se lança raíz, ali queremos permanecer. O que se ama cultiva-se cuidadosamente com respeito e delicada preocupação. Viver num lar é um processo chave para o nosso tempo. Em nossa vida cotidiana o Lar/abrigo é considerado, pelo Pe. Kentenich, como um problema cultural da nossa época. Esta experiência está presente no contexto do grande desafio da migração e da globalização e também na preservação da criação. Cada dia, milhares de pessoas deixam a sua pátria. Eles deixam tudo e saem à procura de um futuro melhor, em lugares distantes. Encontramos pessoas de todas as culturas pelas ruas das nossas cidades. Quem conhece a aflição de tantas pessoas que estão sem lar? Quando as raízes foram cortadas, falta-lhes a força vital. As consequências disto impregnam a forma de vida, a convivência com os outros, a maneira de tratar os bens desta terra. No ano da corrente do Santuário, queremos aprofundar a experiência de lar, de abrigo. Naturalmente, ouvimos também o grito de milhões de pessoas que estão fisica e espiritualmente sem lar. Pensemos nos imigrantes. Vemos diante de nós as imagens de milhões de refugiados. Isto não nos deixa indiferentes. Queremos tornar Maria presente. Nós mesmos queremos ser uma família que abriga e que oferece lar. Maria precisa da nossa hospitalidade para presentear, oferecer lar para outras pessoas. Isto acontece no Santuário-lar, mas também pelas Imagens Peregrinas e, acima de tudo, em nosso Santuário coração. Desta forma, a graça do abrigo recebe um rosto divino e humano. Muitos de nós prestamos um maravilhoso serviço, por nosso coração aberto, pelos projetos e ações. O direito de morar junto da Mãe de Deus, no Santuário e em nossa Familia, é uma contribuição para as pessoas deste tempo turbulento, de migração e de mudança global. No Santuário experimentamos transformação, cura e conversão Estamos conscientes da superficialidade e da indiferença do meio em que vivemos. Sabemos das feridas físicas e emocionais. Cada um tem suas feridas. Testemunhos nos encorajam a começar sempre de novo e oferecer tudo à Mãe de Deus. Uma mãe nos conta: “Toda vez que a imagem da Mãe Peregrina chega à nossa casa, a atmosfera se transforma. Nós temos um modo diferente de conversar uns com os outros.” A história da nossa vocação é a história da transformação do nosso coração. Aqui vemos a mais alta qualidade do amor corporificada em Maria e ela quer nos conduzir a este amor. O Santuário é o berço da santidade, assim como lemos no Documento de Fundação. Isto não é válido somente para a juventude, que traz em seu coração um grande idealismo. Sua radicalidade mantém alerta também a nós, que somos adultos mais velhos. Neste ano, queremos perceber quando e onde é a hora para uma mudança em nossa vida para nos aproximarmos de Deus. Estes passos pessoais purificam e santificam o reino da nossa Família, assim que, por nosso testemunho comunitário, Maria pode tocar os corações das pessoas. Com esta experiência, entramos em diálogo com os que nos cercam. Atrás da indiferença e da arbitrariedade existe, frequentemente, anseio por algo mais. Nós conhecemos pessoas não redimidas. Nós sabemos da aflição nos hospitais, orfanatos e bairros pobres. Ouvimos a respeito do medo e do sentimento de inferioridade, da inveja e do ódio. Mesmo entre as igrejas e os cristãos faz-se necessária a reconciliação, a transformação e a cura para que o mundo possa crer. Se nós cremos na força da transformação, temos que rezar pelas aflições das pessoas e apresentá-las no Santuário. O Capital de Graças significa também uma atuação concreta para ajudar e comprometer-se com a ação social. A graça da transformação, que a Mãe de Deus quer presentear a partir do Santuário, necessita de nossas mãos e nossos pés para ações e gestos que as pessoas compreendem. No Santuário inicia um compromisso que nos conduz à missão como apóstolos Nicholas veio diretamente das missões em Endingen (Alemanha), a fim de assistir a vigília com o Papa em Freiburg. Sobre os ombros de seus amigos ele levanta a imagem da Rainha dos Apóstolos, que é a grande missionária. Esta foto que corre pelo mundo, é um símbolo de nosso lema: Tua aliança - nossa missão. A aceleração da própria santificação está em estreita relação com a fecundidade apostólica. É a meta de toda a santificação, porque somos um movimento apostólico. Nos últimos anos, fomos presenteados com muitas iniciativas semelhantes. A “tocha viva” das "Missões" encontra cada vez mais portadores. Nisto encontramos um símbolo da nossa atitude apostólica. Não se trata de ativismo. Maria nos dá uma sensibilidade para os problemas e preocupações das pessoas. Ela nos ajuda a compreender onde e como Deus precisa de nós como seus instrumentos. Podemos deixar-nos guiar pela amorosa providência de Deus. Alguns de nós puderam experimentar, ontem em Roma, o contexto atual da Igreja. O Santo Padre enviou da Basílica de São Pedro representantes de mais de 150 comunidades para uma nova evangelização na Igreja e no mundo. Recordamos a missão continental que se iniciou na Igreja da América Latina. É uma das principais preocupações do Papa. Ele convocou um Sínodo dos Bispos que em outubro de 2012 deliberará sobre o conteúdo e a forma de uma nova evangelização. A corrente do Santuário é a nossa contribuição para a fecundidade da Igreja nos desafios de nossa epoca. Nosso Santuário Original, os Santuários filiais nos diversos países, milhares de santuários lar e as 300.000 imagens Peregrinas da MTA estão estreitamente relacionadas com o mundo em que vivemos. Não temos apenas um santuário onde atua a Mãe de Deus. Na Aliança de Amor vivida, a Família de Schoenstatt é um santuário vivo para a humanidade. Querida família de Schoenstatt! Com isso declaro aberto o ano do Santuário. Que fluam as torrentes de graça! 18 de outubro de 2011
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