Boxer no Brasil - Filipéia Boxers

Transcrição

Boxer no Brasil - Filipéia Boxers
Filipéia Boxers – Romero Tavares
The New Boxer
Billie McFadden
Howell Book House, New York, 1989.
Página 94
Boxerismo no Brasil
O primeiro Boxer brasileiro, Ch. Duque V. do Alto do Corcovado foi registrado em São
Paulo em 1944. Em 1945, o Sr. Américo do Canto Liberator importou o americano Ch. Pepper
of Goldsburg. Ele tinha a linha de sangue Vom Dom e foi usado intensamente com padreador
nos antigos programas de criação do Brasil.
Em 1947, o americano Ch. Garnet of Dorik foi importado pelo Sr. Francisco Diedrich.
Esse cão era descendente de Xerxes Vom Dom e Dorian v. Marienhof e produziu inúmeros
campeões brasileiros. Um desses campeões foi o grande Ch. Jeep de Iguassu, de propriedade da
Sra. Magdalena Aranha. Ele foi pai de 36 (trinta e seis) campeões, e se consagrou como um
grande vencedor nas pistas.
Em 1960, uma das mais importantes influências entre os Boxers brasileiros, chegou dos
Estados Unidos. Ele era Ch. Eldic´s Creme de Cocoa, importado pelo Sr. Mario Cilento. Esse
belo Boxer produziu inúmeros campeões e tornou-se o fundados de inúmeras linhas de sangue
atuais de primeira categoria. Outras importações americanas prolíficas nos anos sessenta incluem o americano Ch. Brayshaw´s Black Eagle, pai de mais de vinte campeões, e o americano
Ch. Ginger´s Aristófanes, outro produtor excepcional.
Em 1969, começa uma nova era no Brasil, quando Evelina e Jayme Martinelli importaram os americanos Ch. Salgray´s Stuffed Shirt e Salgray´s Miss Minx. Também nesse ano, o
jovem criador, José Carlos Gasparini, importou o inglês Ch. Seefeld´s Picasso.
Até essa época, os Boxers no Brasil variavam enormemente, e muito exemplares de baixa qualidade eram vistos nas pistas. Entretanto, as importações do canil Salgray e de outros
canis importantes melhoraram a consistência e a qualidade de modo geral dos Boxers brasileiros. As contribuições para o sucesso brasileiro incluíram Arriba, Jacquet, Merrilane, Notelrac,
Pagaon, Pinebrook, Salgray, Treceder e Tudosal. Com uma criação cuidadosa, programas educativos, troca de experiências e informações, e muito trabalho duro da parte de uns poucos boxeristas dedicados, os Boxers alcançaram popularidade através da alta qualidade dos cães que
estavam sendo criados e exibidos. Atualmente a raça alcançou o primeiro lugar em popularidade, e o futuro parece extremamente promissor.
Existem atualmente cinco clubes especializados na raça, localizados nos estados do Rio
Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro. Não existe no Brasil um
clube nacional de Boxer.
Principais Canis de Boxer
Ad Summus Boxers – Rio de Janeiro
Em 1980, João Carneiro e Carlos Cordovil fundaram esse canil com a aquisição de um
macho tigrado, Quo Vadis Herculano, que rapidamente tornou-se um campeão brasileiro. A sua
aquisição posterior foi a cadela tigrada Quo Vadis Justina que rapidamente finalizou seu camhttp://www.filipeiaboxers.criadoronline.com.br
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peonato brasileiro. Em parceria com o Canil Quo Vadis, algumas linhas de sangue foram introduzidas no Brasil a partir dos Estados Unidos, com a aquisição da cadela dourada Jacquet´s
Harmony of Quo Vadis, filha de Ch. Happy Ours Fortune of Jacquet X Jaquet´s Harmony for
Adler. Harmony rapidamente alcançou o seu campeonato brasileiro. Outra importação foi Jacquet´s Gaspar Ad Summus, que tornou-se Grande Campeão em apenas um ano de apresentação
limitada em pistas brasileiras. Gaspard é um múltiplo vencedor de BIS (Best in Show) e atualmente é o Boxer macho número um do Brasil. Ele é o pai de duas cadelas campeãs excepcionais. Uma delas é Ch. Ad Summus Harmony Quo Vadis, que concluiu seu campeonato com 15
meses e venceu diversos melhor da raça e melhor do grupo. Atualmente ela é o terceiro melhor
cão do grupo dois.
Hexastar Kennel – São Paulo
Agnes Buchwald adquiriu seu primeiro Boxer em 1972. Ele não era um grande cão de
pistas, mas um grande cão de companhia. Desejando um Boxer de qualidade para as pistas, Agnes Buchwald visitou Jayme e Evelina Martinelli do Pent Kennel, também localizado em São
Paulo, e as duas famílias construíram uma amizade sólida.
Em 1972 os Buchwald adquiriram a sua cadela fundadora, Ch. Funny Girl of Pent Kennel, e importaram um macho americano, Ch. Pinebrook´s Trade Mark. Com esses dois espécimes, os Buchwald iniciaram com seriedade o seu programa de criação e a competição em pistas.
Eles importaram quinze Boxers de canis americanos salientes, tais como Arriba, Ruhlend, Tudosal, Omega, Merrilane e Pinebrook. Ch. Pinebrook´s Trade Mark, filho de Ch. Pinebrook´s Radiation, produziu mais de cinquenta filhos campeões, entre eles o vencedor excepcional Ch. Quo Vadis Augustus Ceasar, de propriedade do Dr. Vieira, assim como Ch. Hexastar
Royal Mark. Ch. Burke of Cair Paravel tornou-se um grande vencedor, e um grande padreador,
tendo produzido o primeiro Boxer nascido no Brasil a ser campeão americano, Ch. Hexastar´s
in Legacy of Ruhlend, que ainda está vivo e produzindo no Uruguai para seu proprietário o Sr.
Julio Rueda.
Ch. Tudosal´s Butterfly filho do americano Ch. Tudosal´s Pazzaz, morreu tragicamente
ainda muito jovem, deixando um filhote dourado que tornou-se Ch. Hexastar´s Fly Again tendo
alcançado o campeonato em apenas cinco apresentações.
O americano Ch. Merrilane´s Kiss of Fire tornou-se BIS e vencedor no Brasil de uma
competição especializada na raça Boxer, e produziu quatro campeões em duas ninhadas. Um
desses campeões Am. Braz Ch. Hexastar´s Legend of Xanadu, um cão excepcional e um ótimo
reprodutor.
Am. Braz. Ch. Arriba´s Command Performance, filho de Ch. Arriba´s Knight Revue X
Ch. Salgray´s Beau Cherrie, foi indubitavelmente uma das melhores importações americanas, e
tornou-se um dos melhores padreadores, tendo produzido mais de cinquenta filhos campeões.
Ele foi pai de três campeões americanos nascidos no Brasil: Hexastar´s native Dancer of Ruhlend, Hexastar´s Ted´s Stamp of Ruhlend e Hexastar´s American Graffiti. Em 1983 Ch. Hexastar´s Native Dancer of Ruhlend tornou-s o Boxer número 1 do Brasil, número 1 dentro do Grupo Dois, e número 5 entre os cães de todas as raças. Ch. Hexastar´s deixou filhos vencedores no
Brasil e Estados Unidos antes de morrer prematura e repentinamente.
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Arriba´s Command Performance, foi o pai da cadela Ch. Hexastar´s Be a Pepper, foi a
mãe de dois campeões, um dos quais foi o Ch. Candlelight´s Aye of Hexastar´s, então já vencedor de disputas na raça.
Os Buchwald fizeram a campanha de seus cães com diversos handlers famosos tanto nos
Estados Unidos quanto em outros países da América do Sul. Os cães de seu canil produziram
mais de duzentos Campeões Brasileiros. Eles tanto importaram quanto produziram BIS e inumeráveis vencedores de Grupo e Raça, considerando cães de ambos os sexos.
Em 1983 Int. Ch. Hexastar´s native Dancer of Ruhlend tornou-se o maior vencedor do
Hexastar Kennel.
Entretanto, em 1985, seu meio irmão, Int. Ch. Hexastar´s American Graffiti se tornou o
Boxer número 1, tendo vencido a competição especializada do Clube do Boxer do Estado de
São Paulo por três vezes, e em uma dessas vezes sob o julgamento da Juíza e Criadora americana extremamente respeitada Sra. Phoebe Harris.
A Sra. Buchwald e seus filhos Dr. Jean Milan Buchwald e Dr. Daniel Alan Buchwald
(ambos Veterinários), continuaram a criar Boxers de alta qualidade e são orgulhosos de suas
realizações através dos 15 anos de atuação. Eles ainda são mais orgulhosos de iniciar e auxiliar
os novos canis. Dentro desse aspecto se inclui Tannenberg Kennel, formado em 1978 pela Dra.
Márcia e Dr. Hélio Rosa Baldy que são proprietários do Ch. Candlelight Aye of Hexastar; e
também se inclui Candlelight Kennel, formado em 1982 por Dra. Inácia e Dr. Ronaldo Moreno.
A Sra. Agnes Buchwald é também Juíza e fez parte em 1985 da competição especializada promovida pelo American Boxer Club. Ela já foi Presidente do Clube do Boxer do Estado de
São Paulo e atualmente é Vice-presidente do Kennel Clube do Brasil.
Pent Kennel – São Paulo
Em 1968, Jayme e Evelina Martinelli importaram o americano Ch. Salgray´s Stuffed
Shirt (Willie) dos Estados Unidos. Ele era filho de Ch. Salgray´s Balladeer X Salgray´s Frolic.
Willie foi mostrado em pista onze vezes e venceu BIS (Best in Show) onze vezes. Ele produziu
muitos campeões para o Pent Kennel assim como para outros criadores. Grande parte de sua
descendência se tornou vencedora de BIS e produtores excepcionais. Ele era um tipo moderno,
com boa movimentação, excelente cabeça, e modificou o perfil do Boxer brasileiro. Apesar de
ser apenas uma das inúmeras importações do Pent Kennel, ele firmou a sua reputação por produzir Boxers de qualidade excepcional.
Em 1969, os Martinelli importaram uma fêmea dourada, Salgray´s Miss Minx, filha de
Ch. Salgray´s Ambush X Salgray´s Diamond Lil. O seu excepcional pedrigree e suas boas qualidades fizeram dela uma produtora excepcional. Coberta por Ch. Salgray´s Stuffed Shirt, em
sua primeira ninhada de seis filhotes, ela produziu seis campeões. Na sua segunda ninhada de
três filhotes, ela produziu três campeões.
Em 1970, o Pent Kennel importou a americana Ch. Salgray´s Beau Gem, filho de Ch.
Salgray´s Fashion Plate X Ch. Salgray´s Auntie Mame. Ela tornou-se uma vencedora de BIS,
mas produziu apenas uma ninhada, com o americano Ch. Salgray´s Bojangles. Dos três filhotes,
dois se tornaram campeões.
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Em 1973, os Martinelli acasalaram a americana Ch. Aracrest´s Rockin´ Annie com Ch.
Salgray´s Stuffed Shirt. Essa ninhada produziu Ch. It´s a Pleasure of Pent Kennel, que por sua
vez produziu o famoso Ch. Baldo di Verona de propriedade da Sra. Alda M. Micheloni. Baldo
tornou-se um dos melhores Boxers do Brasil em 1985.
Em 1974, os Martinelli importaram o americano Ch. Barday´s Country Squire, filho do
americano Ch. Salgray´s Ambush X Ch. Barday´s Chatterbox. Squire venceu inúmeros BIS e
competições especializadas.
Country Squire e Stuffed Shirt fizeram um grande impacto na criação de Boxers no Brasil e seus nomes aparecem em muitos pedigrees atuais. Entre os muitos campeões filhos de
Squire estão Ch. Gabriel de Maiorca de propriedade do Sr. e Sra. Bento Bellani, e Ch. Funny
Girl of Pent Kennel, a cadela fundadora do Hexastar Kennel.
Em 1975, Sr. E Sra. Martinelli visitaram os Estados Unidos e adquirira uma cão dourado, Salgray´s Minstrel Man, filho de Ch. Salgray´s Ambush X Ch. Salgray´s Jitterbug. Minstrel
Man era um irmão inteiro do Americano Ch. Salgray´s Minute Man e Salgray´s Market Wise.
Ele rapidamente tornou-se campeão Brasileiro e foi pai de inúmeros outros campeões.
Pent Kennel também adquiriu a americana Ch. Merrilane Frolic of Passion, filha de Int.
Ch. Scher-Khoun´s Shadrack X Ch. Merrilane´s Mad Passion. Frolic tornou-se Grande Vencedor Nacional (um título dado aos cães que conseguem BIS em três diferentes estados Brasileiros e sob o julgamento de três diferentes juízes). A sua primeira ninhada, coberta por Ch. Benjamin of Five T´s produziu o vencedor excepcional Ch. Benjie Point´s of Honour of Pent Kennel. A sua segunda ninhada foi com a cobertura de outra importação Merrilane, Ch. Merrilane´s
Fiesta Fortune, e produziu mais dois campeões. Em outro acasalamento foi utilizado o americano Ch. Cava Lane´s Pippin, de propriedade do Sr. José Américo Borba de Oliveira, e produziu
um vencedor excepcional, Ch. Vagabond King of Pent Kennels.
Em 1978, o americano Ch. Tudosal´s Pazzaz, criado e de propriedade da Sra. Betty
Claire Frohock, foi enviado para o Pent Kennel para conseguir seu campeonato Brasileiro e
permanecer por um tempo como padreador. Quando ele retornou aos Estados Unidos ele deixou
uma númerosa descendência de campeões no Brasil.
Em 1980, Ellie Linderholm enviou três Boxers para o Pent Kennel, Ch. Merrilane´s Call
Me Madam; Ch. Merrilane´s Fiesta Fortune; e Merrilane´s Saint and Sinner (vendido posteriormente para o Uruguai). Madam foi acasalada com Ch. Thorwood´s Bucksaw, de propriedade
do Hexastar Kennel, e produziu uma excepcional cadela dourada Ch. Ziglia of Pent Kennel.
Ch. Merrilane´s Fiesta Fortune atraiu uma atenção favorável dos criadores e juízes, e foi
pai dos campeões Ximente e Xenia of Pent Kennel.
Em 1986, o Pent Kennel adquiriu a cadela dourada de onze meses, TuRo´s Tradition, filha de Ch. Marquam Hill´s Traper of TuRo´s X Gamine of Hyde Park (também filha de Traper). Gamine foi para a pista de exposição apenas uma vez desde a sua chegada ao Brasil, e
naquela vez foi considerada BIS na competição especializada do Clube do Boxer de São Paulo.
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Filipéia Boxers – Romero Tavares
Jayme Martinelli é presidente do Kennel Clube do Estado de São Paulo e Juiz de todas
as raças. Ele já julgou na maioria dos países da América do Sul. Evelina Martinelli é Vicepresidente do Clube do Boxer do Estado de São Paulo e uma Juíza diversas raças.
Quo Vadis Kennel – Rio de Janeiro
Em 1972, Ruth Cavalheiro Vieira, estabeleceu esse canil com a aquisição da cadela tigrada Sá Brito´s Liza, uma neta de Treceder´s Invader. Ela tornou-se Campeã Internacional e
foi acasalada por Ch. Pinebrook´s Trade Mark. Esse acasalamento produziu o famoso Ch. Quo
Vadis Augustus Caesar. Vendedor de inúmeros BIS, Caesar produziu uma linha de campeões
incluindo a excepcional cadela Ch. Claudio´s Sunset of Fire. Ela foi acasalada pelo americano
Ch. Paragon´s Nyte Rider, que era filho de Ch. Benjomin of Five T´s.
Esse acasalamento produziu a mais famosa ninhada de Boxer do Brasil: três machos e
três fêmeas, os quais foram todos campeões, seja no Brasil ou em outros países. Eles tinham os
nomes: Julius Caesar, Juliana, Justinianus, Jacinthus, Justina e Jacina. De longe, Julius Caesar
se tornou o mais conhecido, que tinha o nome semelhante ai seu avô, Augustus Caesar. Quo
Vadis Kennel considerou que ele foi a sua estrela mais brilhante. Ele foi reconhecido por inúmeros juízes famosos do Brasil de todo o mundo, incluindo Heather Long, Michael Millan e
Bruce Korson. Em 1983 ele alcançou a posição de número 1 no Brasil.
Atualmente a Sra. Vieira tem a propriedade do da cadela númeo 1 do Brasil, uma neta
de Caesar, Ch. Bright of Talahassee, vencedora de inúmeros BIS.
Ruth Vieira é uma pessoa bastante modesta, e tem grandes planos de criação para o futuro, nos quais ela espera que possam resultar em mais campeões e, mais importante, Boxers de
grande qualidade para o Brasil
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