Edição nº 6 / 2014 - Outubro

Transcrição

Edição nº 6 / 2014 - Outubro
MARIN ALSOP rege a Sinfonia nº 3,
de Mahler, com participação da contralto
NATHALIE STUTZMANN,
do CORO INFANTIL DA OSESP, do
CORO ACADÊMICO DA OSESP
e do CORO DA OSESP
Música na Cabeça:
Encontro com
compositor visitante
JAMES MACMILLAN,
MAKOTO OZONE
interpreta o
Concerto Para Piano em Fá Maior, de Gershwin,
sob regência de
EIJI OUE
CORO DA OSESP:
JAMES MACMILLAN rege peças suas,
de Francis Poulenc e de Tomás LuIs de Victoria
Peças de Liszt, Haydn e Brahms, com o pianista
e
regência de
FRANCESCO PIEMONTESI
ANDREW MANZE
A Sinfonia nº1, de Brahms, sob regência
de
MARIN ALSOP
STANISLAW SKROWACZEWSKI
rege o Concerto Para Violino, de Alban Berg,
com a solista
AKIKO SUWANAI
OUT
2014
Edição
Nº 8, 2014
EM ESTÉREO AO VIVO:
POR QUE TEMOS DOIS OUVIDOS
OLIVER SACKS
4
OUT
2.3.4
13
MARIN ALSOP REGENTE
NATHALIE STUTZMANN CONTRALTO
CORO INFANTIL DA OSESP
TERUO YOSHIDA REGENTE
CORO ACADÊMICO DA OSESP
MARCOS THADEU REGENTE
CORO DA OSESP
NAOMI MUNAKATA REGENTE HONORÁRIA
OUT
9.10.11
23
Desde 2012, a Revista Osesp tem ISSN,
um selo de reconhecimento intelectual
e acadêmico. Isso significa que os
textos aqui publicados são dignos
de referência na área e podem ser
indexados nos sistemas nacionais e
internacionais de pesquisa.
MARIN ALSOP REGENTE
JAMES MACMILLAN
JOHANNES BRAHMS
GUSTAV MAHLER
OUT
12
29
OUT
16.17.18
JAMES MACMILLAN REGENTE
CORO DA OSESP
NAOMI MUNAKATA REGENTE HONORÁRIA
EIJI OUE REGENTE
MAKOTO OZONE PIANO
TOMÁS LUIS DE VICTORIA
JAMES MACMILLAN
FRANCIS POULENC
LEONARD BERNSTEIN
GEORGE GERSHWIN
SERGEI RACHMANINOV
37
OUT
23.24.25
43
OUT NOV
30.31 1 49
ANDREW MANZE REGENTE
FRANCESCO PIEMONTESI PIANO
STANISLAW SKROWACZEWSKI REGENTE
AKIKO SUWANAI VIOLINO
JOHANNES BRAHMS
JOSEPH HAYDN
FRANZ LISZT
ALBAN BERG
ANTON BRUCKNER
ORQUESTRA SINFÔNICA
DO ESTADO
DE SÃO PAULO
56
PROGRAMAÇÃO SUJEITA A ALTERAÇÕES
CORO
DA OSESP
58
FUNDAÇÃO
OSESP
61
PROGRAMA
SUA ORQUESTRA
65
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Qualidade, Confiança e Tradição que fazem a diferença
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2
A TRIBUNA
De março a dezembro, a Osesp percorre cidades do estado realizando concertos de câmara e coro,
OUTUBRO
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3
EM ESTÉREO
AO VIVO:
POR QUE TEMOS
DOIS OUVIDOS
POR OLIVER
4
SACKS
GRAVURA DE CHELPA FERRO
5
E
m 1996 comecei a corresponder-me com
um médico norueguês, dr. Jorgen Jorgensen.
Ele me escrevera dizendo que sua apreciação
da música sofrera uma alteração súbita e radical
quando ele perdeu totalmente a audição no ouvido direito após a remoção de um neuroma acústico no nervo
sensitivo. “A percepção das qualidades específicas da
música — o tom, o timbre — não mudou”, ele escreveu. “Mas a minha recepção emocional da música
ficou prejudicada. Tornou-se curiosamente monótona
e unidimensional.” A música de Mahler, em especial,
tinha antes um efeito “demolidor” sobre ele. Porém,
quando ele foi a um concerto pouco depois da cirurgia e ouviu a Sétima Sinfonia de Mahler, ela lhe soou
“irremediavelmente monótona e sem vida”.
Depois de seis meses ou mais, ele começou
a adaptar-se:
Ganhei um efeito pseudoestéreo que, embora não me
permitisse voltar a ser como antes, foi bem compensador. A
música não era estéreo, mas ainda assim era abrangente e
rica. Por exemplo, na marcha fúnebre que abre a Quinta
Sinfonia de Mahler, depois que o trompete anuncia a soturna profundidade de um séquito funerário, o fortíssimo
de toda a orquestra quase me arrancou da poltrona.
“Isso talvez seja meu ajuste psicológico à perda”,
acrescentou o dr. Jorgensen, [mas] nosso cérebro é
um instrumento prodigioso. Talvez fibras auditivas
tenham atravessado o corpo caloso para receber
input do meu ouvido esquerdo funcional. [...] Além
disso, acho que meu ouvido esquerdo está melhor
do que se deveria esperar de um setuagenário.”
Quando ouvimos música, como escreveu Daniel
Levitin, “estamos efetivamente percebendo múltiplos
atributos ou ‘dimensões’”.1 Entre eles Levitin inclui as
notas musicais, o tom, o timbre, a altura, o tempo, o
ritmo e o contorno (a forma geral, o sobe e desce das
melodias). Fala-se em amusia quando a percepção de
algumas ou de todas essas qualidades está prejudicada.
Mas o dr. Jorgensen não era amúsico nesse sentido.
Sua percepção no ouvido não afetado era normal.
Levitin fala ainda sobre duas dimensões. A localização espacial, ele escreveu, é “a percepção da
distância em que a fonte se encontra em relação a
nós, em combinação com o tamanho da sala ou salão
em que a música está sendo tocada; [...] ela distingue a qualidade espacial de cantar em uma vasta sala
de concerto da de cantar no chuveiro”. E a reverberação, continuou, “tem um papel não devidamente
apreciado na comunicação da emoção e na criação de
um som que agrade em todos os aspectos”.2
Foram precisamente essas qualidades que o dr.
Jorgensen perdeu junto com sua capacidade de ouvir
em estéreo. Ele descobriu que, quando ia a um concerto, faltava a sensação de espaço, volume, riqueza,
ressonância, e por isso a música parecia-lhe “completamente monótona e sem vida”.
Ocorreu-me, então, uma analogia com o que
sentem as pessoas que perdem a visão de um olho
e, com isso, a faculdade de ver em profundidade
estereoscopicamente.3 As repercussões da perda da
estereoscopia podem ser inesperadamente abrangentes; incluem não só a dificuldade de avaliar a
profundidade e a distância, mas também um “aplainamento” de todo o mundo visual, tanto na esfera
perceptual como na emocional. As pessoas que têm
esse problema dizem que se sentem “desconectadas” e que têm dificuldade para relacionar-se não
só espacialmente, mas também emocionalmente com o que veem. Por isso, quando porventura
ocorre o retorno da visão binocular, elas sentem
um prazer e um alívio imensos, como se o mundo
voltasse a parecer visual e emocionalmente rico.
Mas ainda que não ocorra a restauração da visão
binocular, pode haver uma lenta mudança, uma
adaptação análoga à descrita pelo dr. Jorgensen:
o desenvolvimento de um efeito pseudoestéreo.
1. Levitin, Daniel J. This is Your Brain on Music. Nova York: Dutton, 2006.
2. Ibidem.
3. Descrevi um caso desse tipo em meu ensaio “Stereo Sue”, publicado na edição de 19 de junho de 2006 da
revista The New Yorker.
6
7
É importante enfatizar o termo “pseudoestéreo”.
A genuína percepção em estéreo, seja ela visual ou
auditiva, depende da capacidade do cérebro para inferir a profundidade e a distância (além de qualidades
como rotundidade, amplitude e volume) com base
nas disparidades entre o que está sendo transmitido
pelos dois olhos ou ouvidos individualmente — uma
disparidade espacial no caso dos olhos, e temporal
no dos ouvidos. São minúsculas as diferenças envolvidas: disparidades espaciais de alguns arcossegundos para a visão, ou de microssegundos para a audição. Isso permite a alguns animais, especialmente
predadores noturnos como as corujas, construir um
verdadeiro mapa sonoro do ambiente. Nós, humanos, não estamos à altura desse padrão, mas ainda
assim usamos disparidades binaurais, tanto quanto
indicações visuais, para nos orientar, para julgar
ou formar impressões sobre o que nos rodeia. É a
estereofonia que permite aos espectadores de um
concerto deleitar-se com toda a complexidade e o
esplendor acústico de uma orquestra ou de um coro
que se apresenta em uma sala de espetáculo projetada para que a audição seja a mais rica, refinada e tridimensional possível — uma experiência que tentamos recriar, da melhor forma possível, com dois
fones de ouvido, alto-falantes estéreo ou som surround. Em geral não damos o devido valor ao nosso
mundo estereofônico, e é preciso um infortúnio
como o do dr. Jorgensen para que uma pessoa se dê
conta, de maneira chocante e súbita, da imensa mas
quase sempre subestimada importância de possuirmos dois ouvidos.
A genuína percepção em estéreo é impossível para
quem perdeu um olho ou um ouvido. Mas, como
observou o dr. Jorgensen, pode ocorrer um notável
grau de ajuste ou adaptação, dependendo de vários
fatores. Um deles é o aumento da habilidade de fazer
avaliações usando um único olho ou ouvido, um uso
intensificado das pistas monoculares ou monoaurais.
Entre as pistas monoculares estão a perspectiva, a
oclusão e a paralaxe de movimento (as mudanças da
aparência do mundo visual conforme nos deslocamos
por ele). As pistas monaurais talvez sejam análogas às
monoculares, embora também existam mecanismos
especiais só para a audição. A difusão do som com
a distância pode ser percebida de modo monaural e
binaural, e o formato do ouvido externo, o pavilhão
da orelha, fornece valiosas indicações sobre a direção
e as assimetrias do som que chega até ele.
A pessoa que perdeu a estereoscopia ou a estereofonia precisa, efetivamente, recalibrar seu ambiente, seu mundo espacial — e nesse caso o movimento é especialmente importante, até mesmo os
movimentos da cabeça relativamente pequenos, mas
muito informativos. Edward O. Wilson conta em
sua autobiografia, Naturalista, que perdeu um olho
quando criança, mas apesar disso é capaz de avaliar
distâncias e profundidades com grande precisão.4
Quando o conheci, surpreendeu-me um curioso
meneio que ele fazia com a cabeça. Pensei que fosse algum hábito ou tique. Mas ele explicou que não
era nada disso, e sim uma estratégia para dar ao seu
olho remanescente perspectivas alternativas (como
as que normalmente os dois olhos receberiam), o
que, em sua opinião, combinado às suas memórias
da verdadeira estereopsia, podia proporcionar-lhe
uma espécie de simulacro de visão em estéreo. Ele
contou que adotou esses movimentos de cabeça
depois de observar movimentos semelhantes em
animais (como aves e répteis, por exemplo) cujos
campos visuais têm pouca sobreposição. O dr. Jorgenson não mencionou fazer nenhum movimento de
cabeça comparável — não ficariam bem numa sala
de espetáculo —, mas movimentos assim poderiam
muito bem ajudar a pessoa a construir uma paisagem sonora mais rica e diversificada.
4. Wilson, Edward O. Naturalista. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2007.
8
Outras pistas provêm da natureza complexa dos
sons e das ocorrências com as ondas sonoras à medida que elas ricocheteiam pelos objetos e superfícies
ao redor de uma pessoa. Essas reverberações podem
fornecer uma quantidade imensa de informações até
mesmo para um único ouvido, e isso, ressaltou Daniel
Levitin, tem papel essencial para comunicar emoção
e prazer. É por essa razão que a engenharia acústica é
uma ciência e uma arte da maior importância. Uma
sala de espetáculo ou de conferência mal projetada
pode “matar” os sons — as vozes e a música parecerão “mortas”. Ao longo de séculos de experiência, os
construtores de igrejas e auditórios adquiriram uma
habilidade notável para fazer seus edifícios cantarem.
O dr. Jorgensen disse que, em sua opinião, seu ouvido bom “está melhor do que se poderia esperar de
um setuagenário”. O ouvido de uma pessoa, sua cóclea, não pode melhorar conforme ela avança em idade, mas, como Jacob L.5 demonstrou claramente, o
próprio cérebro pode melhorar sua habilidade de fazer
uso de qualquer informação auditiva ao seu alcance.
Esse é o poder da plasticidade cerebral. É questionável
que “fibras auditivas talvez tenham atravessado o corpo caloso” até o outro ouvido, como aventou Jorgensen, mas sem dúvida alguma houve mudanças significativas em seu cérebro conforme ele se foi adaptando
à vida com um só ouvido. Novas conexões têm de ter
sido formadas, novas áreas recrutadas (e uma técnica
de imageamento do cérebro suficientemente refinada poderia ser capaz de demonstrar essas mudanças).
Também parece provável — pois normalmente a visão
e a audição complementam-se e, quando uma é prejudicada, tende a ser compensada pela outra — que o
dr. Jorgensen, consciente ou inconscientemente, esteja usando a visão e dados visuais para mapear a posição
dos instrumentos na orquestra e as dimensões, o espaço e os contornos da sala de espetáculo, para com isso
reforçar sua noção do espaço auditivo.
SUGESTÕES DE LEITURA
Oliver Sacks
ALUCINAÇÕES MUSICAIS
COMPANHIA DAS LETRAS, 2007
O HOMEM QUE CONFUNDIU
SUA MULHER COM UM CHAPÉU
COMPANHIA DAS LETRAS, 1997
TEMPO DE DESPERTAR
COMPANHIA DAS LETRAS, 1997
VENDO VOZES
COMPANHIA DAS LETRAS, 1998
UM ANTROPÓLOGO EM MARTE
COMPANHIA DAS LETRAS, 1995
Daniel Levitin
THIS IS YOUR BRAIN ON MUSIC
DUTTON, 2006
Gerald Edelman
THE REMEMBERED PRESENT:
A BIOLOGICAL THEORY
OF CONSCIOUSNESS
BASIC BOOKS, 1989
5. O caso do compositor Jacob L. é tratado por Sacks
no artigo “Ouvido Imperfeito: Amusia Coclear”, publicado
em Alucinações Musicais (Companhia das Letras, 2007).(n.e.)
9
A percepção nunca está puramente no presente,
pois tem de recorrer à experiência do passado. É
por isso que Gerald M. Edelman fala em “presente
lembrado”.5 Todos nós temos memórias detalhadas
da aparência e dos sons das coisas que vimos e ouvimos anteriormente, e essas memórias são evocadas
ou reforçadas a cada nova percepção. Tais percepções
devem ser especialmente poderosas em uma pessoa
acentuadamente musical e assídua frequentadora de
concertos como o dr. Jorgensen, e decerto suas imagens mentais são recrutadas para complementar sua
percepção, especialmente se o input perceptivo for limitado. “Cada ato de percepção”, escreveu Edelman,
“é, em certa medida, um ato de criação, e cada ato
de memória é, em certa medida, um ato de imaginação.” Desse modo são invocados tanto a experiência e o conhecimento do cérebro como sua adaptabilidade e resiliência. O que é admirável, pelo menos
no caso do dr. Jorgensen, é que, depois de uma perda
tão grave, sem possibilidade de restauração da função no sentido usual, tenha havido, ainda assim, uma
significativa reconstrução da função, de maneira que
boa parte do que parecia irrecuperavelmente perdido agora esteja de novo disponível para ele. Embora tenha demorado alguns meses, ele conseguiu, de
maneira surpreendente, recuperar boa parte do que
considera mais importante: a riqueza, a ressonância
e o poder emocional da música.
OLIVER SACKS é professor de Neurologia Clínica na
Universidade de Columbia, em Nova York, e autor de
Um Antropólogo em Marte (Companhia das Letras, 1995)
e O Homem Que Confundiu Sua Mulher Com um Chapéu
(Companhia das Letras, 1997), entre outros livros.
Este texto integra o livro Alucinações Musicais (Companhia
das Letras, 2007). Tradução de Laura Teixeira Motta.
5. Edelman, Gerald M. The Remembered Present: a Biological Theory of Consciousness. Nova York: Basic Books, 1989.
10
5 OUT DOM 11H
ACADEMIA JOVEM CONCERTANTE ETAPA SÃO PAULO
DANIEL GUEDES REGENTE E VIOLINO
SIMONE LEITÃO PIANO
CÉSAR GUERRA-PEIXE
Concertino Para Violino
ROBERT SCHUMANN
Concerto Para Piano em Lá Menor, Op.54
12 OUT DOM 11H
FÁBIO CARAMURU PIANO
MARCO BERNARDO PIANO
Brasil em Dois Pianos
19 OUT DOM 11H
ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO
EIJI OUE REGENTE
SERGEI RACHMANINOV
Danças Sinfônicas, Op.45
LEONARD BERNSTEIN
Divertimento Para Orquestra
Ingressos gratuitos limitados a 4 por pessoa.
Disponíveis na bilheteria da Sala São Paulo desde a segundafeira anterior ao concerto. A partir de 5 ingressos, será cobrado
o valor de R$2,00 por ingresso.
Bilheteria da Sala São Paulo: T 3223 3966
osesp.art.br
A Série de Concertos Matinais recebe o público das instituições convidadas:
PATROCÍNIO
APOIO
REALIZAÇÃO
11
Durante mais de 20 anos, a pintura de Iberê Camargo teve
como um de seus principais motivos a forma do carretel. O
início dos anos 1980, no entanto, trouxe novos rumos para
a produção do artista. Em 1982, Iberê mudou-se de volta
do Rio de Janeiro para Porto Alegre, cidade que tinha deixado em 1942 em busca de um cenário mais propício para
seu desenvolvimento artístico. Ao voltar, estabeleceu-se num
ateliê próximo ao Parque da Redenção – um dos mais tradicionais do Rio Grande do Sul –, do qual se tornou frequentador assíduo. Lá, realizou inúmeros desenhos dos tipos que
o frequentavam, transformando-os em personagens. Apesar
12
de sua obra ter se afastado ao longo dos anos da representação
realista, a realidade sempre foi um importante ponto de partida
para o artista, cujos trabalhos envolveram constantemente a
observação de modelos e objetos. FUNDAÇÃO IBERÊ CAMARGO
Uma parceria entre a Fundação Osesp e a Fundação Iberê
Camargo, de Porto Alegre, permitirá que, ao longo da Temporada, cada número da Revista Osesp traga a reprodução de
uma obra de Iberê, cujo centenário de nascimento se celebra
em 2014. As obras foram escolhidas e comentadas pela equipe de Acervo e Catalogação da Fundação Iberê Camargo.
OUTUBRO
2 QUI 21H
3 SEX 21H
4 SÁB 16H30
CARNAÚBA
PAINEIRA
IMBUIA
MARIN ALSOP REGENTE
NATHALIE STUTZMANN CONTRALTO
CORO INFANTIL DA OSESP
TERUO YOSHIDA REGENTE
CORO ACADÊMICO DA OSESP
MARCOS THADEU REGENTE
CORO DA OSESP
NAOMI MUNAKATA REGENTE HONORÁRIA
GUSTAV MAHLER
[1860-1911]
Sinfonia nº 3 em Ré Menor
Primeira Parte
[1895-6]
- Kräftig - Entschieden [Forte - Decisivo]
Segunda Parte
OUTONO NO PARQUE DA REDENÇÃO II, 1988
ÓLEO SOBRE TELA 65 X 92 CM COL. MARIA COUSSIRAT CAMARGO FUNDAÇÃO IBERÊ CAMARGO, PORTO ALEGRE
- Tempo di Menuetto - Sehr mässig [Moderadamente]
- Comodo - Scherzando - Ohne Hast [Sem Pressa]
- Sehr langsam - Misterioso - "O Mensch! Gib acht!" (Attacca)
[Muito Lento - Misterioso - "Oh, Humano! Presta Atenção!"]
- Lustig im Tempo und keck im Ausdruck - "Bimm bamm/Es
sungen drei Engel"
[Alegre em Tempo e Atrevido em Expressão - "Bim, Bam/
Cantavam Três Anjos"]
- Langsam - Ruhevoll - Empfunden [Lento - Tranquilo - Profundo]
99 MIN
13
É
possível compor uma sinfonia após Beethoven? Essa pergunta atormentava boa parte
dos músicos no final do século xix, quando
o Romantismo já era considerado um estilo
“tardio” a ser ultrapassado, e os jovens “modernos”
ensaiavam novas respostas e formas para antigas
questões. Nesse contexto polêmico, as primeiras
obras de Gustav Mahler, para além da grandiosidade
imponente e das belas melodias, devem ser ouvidas
como um desafio ao mundo e à cultura de sua época: “Chamar a Terceira de 'sinfonia' é na verdade incorreto, pois ela não segue a forma sinfônica usual.
Em minha opinião, criar uma sinfonia significa
construir um mundo com todos os meios disponíveis. O conteúdo constantemente novo e dinâmico
determina sua própria forma” — teria dito o compositor à violista Natalie Bauer-Lechner, em conversa citada por Constantin Floros no livro Gustav
Mahler - The Symphonies.
Composta nos verões de 1895 e 1896, durante as
férias que garantiam ao atarefado regente o tempo
necessário para a criação, a Sinfonia nº 3 só estreou
em 1902, com a habitual rejeição do público e da
crítica. Foi nesse período que Mahler, irritado com
a leitura demasiado literal das ideias que serviam de
inspiração para suas sinfonias, resolveu não divulgar o teor de seus programas.
Repleta de citações e intenções musicais, literárias e filosóficas, a Sinfonia nº 3 trazia no manuscrito o título “A Gaia Ciência”, uma referência ao controverso livro de Friedrich Nietzsche,
filósofo que Mahler sempre admirou. O paródico
subtítulo, “Sonho de um Dia de Verão” (em vez
da “noite” shakespeariana), explicava o tom bucólico e panteísta da obra, que incluía os seguintes movimentos: “O Despertar de Pã e a Chegada
do Verão: Uma Parada Dionisíaca”; “O Que me
Contam as Flores do Prado”; “O Que me Contam
os Animais da Floresta”; “O Que me Conta a Humanidade”; “O Que me Contam os Anjos”; e, finalmente, “O Que me Conta o Amor”. A progressão das
imagens, do mito dionisíaco ao amor universal,
segue uma cosmologia inspirada no poema “Gênesis”, de Siegfried Lipiner, e ilustra bem o propósito de recriar sinfonicamente não apenas um
mundo, mas todo um universo.
14
O primeiro movimento, com uma extensão que
o próprio Mahler chamou de “monstruosa”, é atravessado por uma parada musical composta por diferentes marchas, que vão da fúnebre à triunfal, e
contém algumas das passagens mais ousadas de toda
a obra mahleriana: trechos nas cordas que devem
ser tocados “de modo selvagem”; ecos de apelos das
fanfarras nos metais; longos e belos devaneios do
violino solo; um inconcebível lamento confiado ao
trombone; e uma espécie de fuga que se dispersa
num redemoinho sonoro, sem levar a música a lugar
algum. O aparente caos, rigorosamente composto,
é na verdade um trabalho de contínua redefinição
dos temas e motivos principais, numa crítica à reconciliação proposta pela forma-sonata tradicional.
Após o bucólico segundo movimento, no qual
as diferentes cores das “flores do campo” ganham
a forma de um minueto lírico, com uma orquestração que antecipa a melodia de timbres da geração
posterior, Mahler volta a se inspirar nos poemas
populares da antologia romântica A Trompa Mágica do Menino. A parte instrumental de uma dessas
canções é recuperada no terceiro movimento, descrevendo musicalmente, em sinuosas variações de
temas e sons da natureza, as mudanças que ocorrem
com a chegada do verão.
O contundente lamento nietzschiano do quarto movimento é um exemplo de como, na música
de Mahler, os procedimentos habituais do Lied e da
sinfonia se misturam, criando formas novas. No
texto da “Canção da Meia-Noite”, retirado de Assim Falou Zaratustra, de Nietzsche, a dialética entre
dor e prazer, dia e noite, vida e morte, é exposta musicalmente na constante evocação da palavra tief (profundo/profunda), sempre acompanhada
por passagens instrumentais quase hipnóticas, que
evocam nos registros mais baixos os sons da noite e
da natureza.
No breve quinto movimento, a “doce melodia”
cantada pelo coro angelical pede perdão pelos pecados humanos, anunciando com ingenuidade e
distanciamento irônico, em meio ao retumbar dos
carrilhões, a possibilidade de que todos compartilhem a “alegria celestial” (que, no entanto, será
alcançada apenas na canção final da Sinfonia nº 4,
originalmente concebida como parte desta Terceira).
LEVAR VOCÊ PARA
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É ISSO QUE A CCR FAZ.
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É por aqui
que a gente
chega lá.
15
Assim como em outras obras de Mahler, o movimento final recupera temas e motivos de toda a
sinfonia, aqui transfigurados numa atmosfera de
inegável tranquilidade amorosa, como sugeria o
título inicial. A indicação do andamento, um adágio, rompe com os usos da tradição, e algumas
passagens do tempestuoso primeiro movimento
parecem se dissolver em ecos e fragmentos nostálgicos, como se as marchas de Dionísio pudessem
nos conduzir ao paraíso na própria Terra, sabedoria
máxima da “gaia ciência”, da “sabedoria feliz” que
atravessa cada compasso dessa obra.
É isso o que, para além do programa, “nos conta”
a música de Mahler, no esforço crítico de atribuir
um novo sentido à forma sinfônica, paradoxalmente monumental e intimista, transformando-a em
um complexo mundo sonoro: “Minha sinfonia será
diferente de tudo o que o mundo já ouviu! Toda
a natureza fala nela, contando segredos profundos
que só podemos intuir em sonhos!” Para entender
esses “segredos profundos”, devemos acatar, humanos que somos, o pouco que nos pede o texto de
Nietzsche, e “prestar atenção” na profunda música
de Mahler.
[2010]
JORGE DE ALMEIDA é doutor em Filosofia e professor de Teoria Literária e Literatura Comparada na USP. Tradutor e ensaísta, é autor de Crítica Dialética em Theodor Adorno: Música
e Verdade Nos Anos Vinte (Ateliê, 2007) e de vários estudos
sobre filosofia, música e literatura. Publicou nesta revista o ensaio "Os Mundos de Mahler", entre outros textos (disponíveis
em osesp.art.br).
16
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17
GRAVAÇÕES RECOMENDADAS
MAHLER
SINFONIA Nº 3
Filarmônica de Londres
Klaus Tennstedt, regente
Ortrun Wenkel, contralto
EMI, 1992
Orquestra Real do Concertgebouw
Bernard Haitink, regente
Maureen Forrester, contralto
PHILIPS, 1968
Filarmônica de Nova York
Leonard Bernstein, regente
Christa Ludwig, mezzo-soprano
DEUTSCHE GRAMMOPHON, 1987
18
MARIN ALSOP
NATHALIE STUTZMANN
DIRETORA MUSICAL E REGENTE TITULAR
ÚLTIMA VEZ COM A OSESP EM NOVEMBRO DE 2013
Regente titular da Osesp
desde 2012, a nova-iorquina
Marin Alsop foi a primeira
mulher a ser premiada com
o Koussevitzky Conducting
Prize do Tanglewood Music
Center, onde foi aluna de
Leonard Bernstein. Formada
pela Universidade de Yale, é
diretora musical da Sinfônica de
Baltimore desde 2007. Lidera
atividades educacionais que
atingem mais de 60 mil alunos:
em 2008, lançou o OrchKids,
programa destinado a prover
educação musical, instrumentos
e orientação aos jovens menos
favorecidos da cidade. Como
regente convidada, apresenta-se
regularmente com a Filarmônica
de Nova York, a Orquestra de
Filadélfia, a Sinfônica de
Londres e a Filarmônica de Los
Angeles, entre outras. Em 2003,
foi a primeira artista a receber,
no mesmo ano, o Conductor’s
Award, da Royal Philharmonic
Society, e o título de Artista do
Ano, da revista Gramophone.
Em 2005, foi a primeira regente
a receber a prestigiosa bolsa
da Fundação MacArthur e,
em 2013, a primeira a reger a
“Last Night of The Proms” do
festival londrino promovido
pela BBC. No início de 2014,
foi escolhida pela rede CNN
como uma das sete mulheres
de mais destaque no mundo,
no ano anterior.
Artista em Residência da
Temporada Osesp 2013, Nathalie
Stutzmann nasceu em Suresnes,
na França, e iniciou os estudos
musicais com a mãe, Christiane
Stutzmann, antes de ingressar na
École d’Art Lyrique de L’Opéra
de Paris. Apresentou-se em
renomadas salas, com orquestras
como as sinfônicas de Londres e
de Paris, além das filarmônicas de
Berlim e de Viena. Paralelamente
ao trabalho como cantora, atua
também como regente — foi
memorável sua participação
na Temporada 2013 da Osesp,
regendo o Réquiem de Mozart.
Em 2009, fundou a orquestra
de câmara Orfeo 55, com foco
no repertório do século xviii.
Recebeu do Estado francês
os títulos de Chevalier
des Arts et Lettres e Chevalier
de l’Ordre National du Mérite.
Com mais de 75 gravações ao
longo da carreira, lançou em
2011 o disco Prima Donna,
com árias de Vivaldi, pela
Deutsche Grammophon.
Em fevereiro de 2014, fez
sua estreia como regente de
ópera com uma montagem
de L’Elisir d’Amore, de Donizetti,
na Ópera de Monte-Carlo.
CONTRALTO
NAOMI MUNAKATA REGENTE HONORÁRIA
MARCOS THADEU
Regente Honorária do Coro da
Osesp — título recebido este
ano —, Naomi Munakata é
também diretora da Escola
Municipal de Música de São
Paulo e diretora artística e
regente do Coral Jovem do
Estado. Iniciou seus estudos
musicais ao piano aos quatro
anos de idade e começou a cantar
aos sete, no coral regido por seu
pai. Estudou ainda violino e
harpa. Formou-se em
Composição e Regência em
1978, pela Faculdade de
Música do Instituto Musical
de São Paulo, na classe de
Roberto Schnorrenberg. A
vocação para a regência começou
a ser trabalhada em 1973, com os
maestros Eleazar de Carvalho,
Hugh Ross, Sérgio Magnani e
John Neschling. Anos depois,
essa opção lhe valeria o prêmio
de Melhor Regente Coral, pela
Associação Paulista dos Críticos
de Arte. Estudou ainda regência,
análise e contraponto com Hans
Joachim Koellreutter. Como
bolsista da Fundação VITAE, foi
para a Suécia estudar com o
maestro Eric Ericson. Em 1986,
recebeu do governo japonês uma
bolsa de estudos para
aperfeiçoar-se em regência na
Universidade de Tóquio. Foi
regente assistente do Coral
Paulistano e lecionou na
Faculdade Santa Marcelina
e na Faam.
Regente do Coro Acadêmico da
Osesp, preparador vocal do Coro
da Osesp e do Coro Juvenil da
Osesp e professor de canto na
Faculdade Cantareira, Marcos
Thadeu estudou com Sergio
Magnani, Berenice Menegale,
Eladio Pérez-González, Esther
Scliar e Carlos Alberto Pinto
Fonseca, especializando-se em
canto, piano e regência coral.
Foi solista e preparador vocal do
grupo Ars Nova e do coral da
UFMG, além de regente titular
do Coral Lírico de Minas Gerais.
Trabalhou com maestros como
Michel Corboz, Eugene Kohn,
Eleazar de Carvalho, Robert
Shaw e David Machado.
REGENTE E TENOR
CORO ACADÊMICO DA OSESP
Criado em 2013 com o objetivo
de formar profissionalmente
jovens cantores, o Coro
Acadêmico da Osesp oferece
experiência de prática coral,
conhecimento de repertório
sinfônico para coro e
orientação em técnica vocal,
prosódia e dicção. Os alunos
vivenciam e participam do dia a
dia de um coro profissional,
realizando apresentações junto
ao Coro da Osesp, dentro de
sua temporada anual, além de
concertos organizados pela
Coordenação Pedagógica do
Coro Acadêmico. O curso tem
duração de 11 meses, podendo
se estender por mais dois
períodos de mesma duração.
O Coro Acadêmico é dirigido
por Marcos Thadeu, que desde
2001 é também responsável
pela preparação vocal dos
coros da Osesp.
CORO DA OSESP
Ver pág. 58
19
SUGESTÕES DE LEITURA
Theodor W. Adorno
MAHLER, EINE
MUSIKALISCHE PHYSIOGNOMIK
SUHRKAMP, 1987
Deryck Cooke
GUSTAV MAHLER AN INTRODUCTION TO HIS MUSIC
CAMBRIDGE UNIVERSITY PRESS, 1997
Constantin Floros
GUSTAV MAHLER - THE SYMPHONIES
AMADEUS PRESS, 1993
Peter Franklin
MAHLER: SYMPHONY 3
CAMBRIDGE MUSIC HANDBOOKS, 1991
Marc Vignal
MAHLER
MARTINS FONTES, 1984
INTERNET
WWW.GUSTAV-MAHLER.ORG/
WWW.MAHLERSOCIETY.ORG/
20
TERUO YOSHIDA
REGENTE
Nascido em Tóquio, Teruo
Yoshido é regente do Coro
Infantil da Osesp, do Coral
Eco e do coro da Sociedade
Brasileira de Cultura Japonesa.
Iniciou os estudos de piano aos
cinco anos e, aos oito, entrou
para a primeira formação do
coral infantil de sua cidade.
Aos quinze anos, começou
a reger grupos vocais num
colégio em Tóquio e, mais
tarde, formou-se em canto pela
Faculdade de Arte Gakuguei.
Em 1965, transferiu-se para o
Brasil, onde diplomou-se em
piano pela Academia Dramática
e Musical Mozarteum de São
Paulo. Em 1968, fundou o Coral
Eco, com o qual participou de
diversas produções de óperas,
apresentando-se com frequência
no Theatro Municipal de São
Paulo. Em 1989, à frente
do Coral Infantil ECO, foi
premiado como melhor
regente coral do ano pela
APCA - Associação Paulista
dos Críticos de Arte.
CORO INFANTIL DA OSESP
Sob orientação e regência
do maestro Teruo Yoshida,
o grupo reúne meninos e
meninas com idade entre
oito e quinze anos, em
sua maioria sem formação
musical anterior, para
aulas de solfejo, percepção
musical e técnica vocal,
além da oportunidade de se
apresentar junto à Osesp em
grandes obras do repertório
coral-sinfônico. Os ensaios
ocorrem duas vezes por
semana, na Sala São Paulo.
O Coro Infantil estreou
em novembro de 2000,
interpretando a Sinfonia nº 3,
de Gustav Mahler,
sob regência de
Roberto Minczuk.
A vida também é feita
de momentos que
emocionam.
É por isso que apoiamos a Osesp, uma
experiência inesquecível para você que
sabe aproveitar as coisas boas da vida.
Banco do Brasil. Patrocinador da
Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo.
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Central de Atendimento BB 4004 0001 ou 0800 729 0001
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Ouvidoria
BB 0800 729 5678
O BOM DA VIDA
21
A VIRGEM COMO A MULHER DO APOCALIPSE, TELA DE PETER PAUL RUBENS, DE 1623-4
22
9 QUI 21H
10 SEX 21H
11 SÁB 16H30
JACARANDÁ
PEQUIÁ
MARIN ALSOP
REGENTE
JAMES MACMILLAN
Britannia
IPÊ
[1959] COMPOSITOR VISITANTE
[1994]
14 MIN
Woman of The Apocalypse [Mulher do Apocalipse]
[2011-2]
20 MIN
______________________________________
JOHANNES BRAHMS [1833-97]
Sinfonia nº 1 em Dó Menor, Op.68
[1862-76]
- Un Poco Sostenuto - Allegro
- Andante Sostenuto
- Un Poco Allegretto e Grazioso
- Adagio - Più Andante - Allegro Non Troppo, ma Con Brio
45 MIN
23
B
ritannia foi composta em 1994 para celebrar
a criação da British Orchestra. O trabalho
atendeu a uma encomenda da British Telecommunications à Associação de Orquestras
Britânicas, cujo intuito era oferecer a todas as principais orquestras do Reino Unido uma abertura de
concerto para ser executada na temporada 1994-5.
A peça é uma fantasia orquestral de dez minutos de
duração baseada em “melodias nacionais”. Não há propriamente um programa ou enredo, mas a costura de
melodias populares apresentadas em contextos novos e
incomuns sugere cenários particularmente surpreendentes num momento em que o chauvinismo mais
uma vez ameaçava mostrar a cara em toda a Europa.
A composição partiu de um pequeno esboço escrito
anteriormente naquele ano, Mémoire Impériale, baseado numa marcha do General John Reid, um oficial do
Exército britânico que, no século xviii, criou o departamento de música da Universidade de Edimburgo. Este e os temas “imperiais” de Edward Elgar e
Thomas Arne são lançados numa mistura volátil com
outros materiais — uma dança irlandesa (que vira
uma giga), uma canção cockney, outras marchas e um
obscuro tema modal celta.
Todas as ideias principais são apresentadas numa
sucessão rápida e decidida durante a veloz abertura.
A lenta parte central começa com um cânone sereno, gradualmente minado por alusões militares nos
metais e percussões. Esse confronto leva ao clímax
da obra, seguido por uma coda agitada.
Britannia é dedicada a Libby MacNamara, da Associação de Orquestras Britânicas.
1. A Woman Clothed by The Sun [Uma Mulher Vestida de Sol]
Aqui, os temas principais são apresentados, com
destaque para um desenho melódico descendente
no piano, na harpa e na percussão. Com forte carga
dramática, o desenvolvimento se dá em forma de pergunta e resposta, primeiro pelos trombones, depois
pelas trompas e trompetes. A música progride por modulações métricas e o desenho descendente do início
reaparece, agora invertido, levando à seção seguinte.
2. The Great Battle [A Grande Batalha]
Os metais graves rugem, e o tema principal aparece nas violas e no corne inglês. Uma longa série de
declamações no naipe de metais leva à seção seguinte.
3. She Was Given The Wings of a Great Eagle [Foram
Dadas à Mulher as Asas de Uma Grande Águia]
Aqui, a música acelera e flutua, sendo por vezes interrompida por um dos fragmentos do início, até culminar numa violenta erupção das cordas e da percussão.
4. She is Taken up [Ela é Levada]
Intercalam-se uma série de fanfarras e passagens
delicadas apenas para quarteto de cordas. A violenta
erupção da seção anterior retorna antes da parte final.
5. Coronation [Coroação]
A parte final começa com violinos num registro
muito agudo. Retornam as declamações do naipe de
metais, agora como numa procissão ritualística, lenta
e solene. As cordas descem gradualmente aos seus
registros mais graves, enquanto a música caminha
para um implacável e pulsante desfecho.
A estreia de Mulher do Apocalipse aconteceu no Festival de
Cabrillo, sob a batuta de Marin Alsop, em agosto de 2012.
oman of The Apocalypse [Mulher
do Apocalipse] é uma peça orquestral de movimento único,
inspirada numa série de pinturas e gravuras com tema bíblico, assinadas por artistas como Albrecht Dürer, Peter Paul Rubens,
Gustave Doré, William Blake e Pat Marvenko.
Trata-se de uma espécie de poema sinfônico ou
concerto para orquestra. Apesar de apresentar um
movimento contínuo, a peça é dividida em cinco
seções, cada uma com um título alusivo a algum
aspecto da imagem ou da narrativa:
JAMES MACMILLAN. Tradução de Ricardo Sá Reston.
W
24
NÃO PERCA O ENCONTRO COM JAMES
MACMILLAN, DIA 8 DE OUTUBRO, ÀS 19H30,
NA SALA SÃO PAULO
LEIA MAIS SOBRE MACMILLAN NO NÚMERO
ESPECIAL DA REVISTA OSESP, DISTRIBUÍDO
GRATUITAMENTE NA SALA SÃO PAULO.
A
estreia da Sinfonia nº 9, de Beethoven, ao
mesmo tempo monumental e coesa, clássica e romântica, ergueu a um patamar
superior um já impressionante legado. O
efeito da obra do grande mestre sobre os compositores que o sucederam é um dos melhores exemplos
do que, mais tarde e em outro contexto, o crítico
norte-americano Harold Bloom chamaria de “angústia da influência”.1
O peso do legado das sinfonias de Beethoven é
provavelmente uma das razões por que a primeira
incursão de Johannes Brahms no gênero só tenha
acontecido quando o músico já passava dos quarenta
anos e era um compositor consagrado.
Esse tempo de maturação não foi em vão. Em
1876, ao ouvir pela primeira vez a Sinfonia nº 1 de
Brahms, o célebre maestro Hans von Bülow afirmou que a peça era nada mais nada menos que a
décima sinfonia de Beethoven.
Em entrevista exclusiva à Revista Osesp, Marin
Alsop comenta a relação entre os dois compositores,
entre outras questões.
Quais são os desafios específicos de reger a Sinfonia nº 1,
de Brahms?
Os desafios da interpretação são sempre similares: como criar uma performance que soe como se
fosse a primeira? Sabemos que Brahms viveu um
grande drama para compor sua Sinfonia nº 1, mas o
fato é que a peça inicia de maneira majestosa, sem
nenhum traço de insegurança! Como interpretar simultaneamente seu conflito interno e o sucesso de
sua realização?
Você regeu essa Sinfonia diversas vezes em sua carreira. Como
sua visão pessoal sobre a obra e sua interpretação evoluíram ao
longo dos anos?
A interpretação musical é uma metáfora de nossas características pessoais. Ao ficar mais velha, sou
capaz de ser mais leve e mais tolerante, o que se
manifesta pela menor obsessão pela perfeição e pelo
detalhe. É mais importante, para mim, atingir esse
som especial de Brahms e deixar a música fluir do
que focar em pequenos detalhes.
Parodiando o romance de Françoise Sagan, AimezFinalmente, poderia dizer algumas palavras sobre Mulher do
-vous Brahms?
Apocalipse, de James MacMillan?
Bien sûr! Brahms, para mim, é o herdeiro indisEssa obra foi escrita para o aniversário de cincutível de Beethoven. Os dois estavam impregnados de passado, compondo no presente e balizando quenta anos do Cabrillo Festival of Contemporary
o futuro. As sinfonias de Brahms ecoam Beethoven Music, do qual sou a Diretora Musical há mais de
e lhe prestam um tributo, ao mesmo tempo que, vinte anos. Assim como em outras tantas composide maneira única, se mantêm por si mesmas, como ções de Jimmy, há um subtexto religioso que amarra
a peça toda. Trata-se de um tour de force, um grande
prefigurações da era romântica.
poema sinfônico. Segundo um crítico, MacMillan
Se pensarmos na importância do legado de Beethoven a compôs “como um pintor maneirista, utilizando a
entre os compositores do século XIX, qual seria a diferença entre orquestra para atiçar grandes redemoinhos de cores
reger uma sinfonia de Brahms e uma obra tardia de Beethoven? instrumentais”.
Ao reger Brahms, permaneço atenta à expansão
do momento. Com Beethoven, permaneço atenta à inevitabilidade do momento. Há uma condução
rítmica em Beethoven que se manifesta de maneira
totalmente diferente em Brahms. Com Brahms, há a
necessidade de se ater a cada momento e explorá-lo.
Entrevista a RICARDO TEPERMAN.
Tradução de Rodrigo Vasconcelos.
1. Bloom, Harold. A Angústia da Influência — Uma Teoria da Poesia. Trad. Arthur Nestrovski. Rio de Janeiro: Imago, 1991.
25
GRAVAÇÕES RECOMENDADAS
MACMILLAN
BRITANNIA
Sinfônica de Atlanta
Donald Runnicles, regente
TELARC, 2006
BRAHMS
SYMPHONY Nº 1; TRAGIC OVERTURE
Academic Festival Overture
London Philharmonic Orchestra
Marin Alsop, regente
NAXOS, 2005
SINFONIA Nº 1; ABERTURA TRÁGICA
Orquestra Sinfônica do
Estado de São Paulo
John Neschling, regente
BISCOITO FINO, 2008
SUGESTÕES DE LEITURA
Michael Musgrave (org.)
THE CAMBRIGDE COMPANION
TO BRAHMS
CAMBRIDGE UNIVERSITY PRESS, 1999
Malcolm MacDonald
BRAHMS
ZAHAR, 1993
Carl Dahlhaus
NINETEENTH-CENTURY MUSIC
UNIVERSITY OF CALIFORNIA PRESS, 1991
INTERNET
HTTP://BLOGS.TELEGRAPH.CO.UK/
CULTURE/AUTHOR/JMACMILLAN/
WWW.JOHANNESBRAHMS.ORG/
26
MARIN ALSOP
DIRETORA MUSICAL E REGENTE TITULAR
Regente titular da Osesp
desde 2012, a nova-iorquina
Marin Alsop foi a primeira
mulher a ser premiada com
o Koussevitzky Conducting
Prize do Tanglewood Music
Center, onde foi aluna de
Leonard Bernstein. Formada
pela Universidade de Yale, é
diretora musical da Sinfônica de
Baltimore desde 2007. Lidera
atividades educacionais que
atingem mais de 60 mil alunos:
em 2008, lançou o OrchKids,
programa destinado a prover
educação musical, instrumentos
e orientação aos jovens menos
favorecidos da cidade. Como
regente convidada, apresenta-se
regularmente com a Filarmônica
de Nova York, a Orquestra de
Filadélfia, a Sinfônica de
Londres e a Filarmônica de Los
Angeles, entre outras. Em 2003,
foi a primeira artista a receber,
no mesmo ano, o Conductor’s
Award, da Royal Philharmonic
Society, e o título de Artista do
Ano, da revista Gramophone.
Em 2005, foi a primeira regente
a receber a prestigiosa bolsa
da Fundação MacArthur e,
em 2013, a primeira a reger a
“Last Night of The Proms” do
festival londrino promovido
pela BBC. No início de 2014,
foi escolhida pela rede CNN
como uma das sete mulheres
de mais destaque no mundo,
no ano anterior.
C
M
Y
CM
MY
CY
CMY
K
O projeto Música na Cabeça é
uma série de palestras sobre
música e encontros com artistas.
A participação é gratuita e aberta
a todos os interessados.
8 OUT QUA 19H30
ENCONTRO COM JAMES MACMILLAN
Compositor Visitante da Temporada 2014
Inscreva-se pelo site osesp.art.br
Vagas limitadas e abertas somente
com 15 dias de antecedência às
palestras e encontros.
Praça Júlio Prestes, 16
Programação sujeita a alterações.
27
28
12 DOM 16H
CORO DA OSESP
JAMES MACMILLAN REGENTE COMPOSITOR VISITANTE
CORO DA OSESP
NAOMI MUNAKATA REGENTE HONORÁRIA
TOMÁS LUIS DE VICTORIA
[1548-1611]
Tenebrae Responsories: Excertos [1585]
13 MIN
JAMES MACMILLAN [1959]
Sun-Dogs [Cães do Senhor] [2006]
-
I First Saw Them (Largo) [Eu os vi Pela Primeira Vez]
Domini Canes (Moderato) [Cães do Senhor]
I Saw Them Leading (Allegro Moderato) [Eu os vi Conduzindo]
Sometimes, Like Tobias (Andante) [Às Vezes, Como Tobias]
If You Turn Down The Offerings (Andante) [Se Recusares as Ofertas]
21 MIN
______________________________________
FRANCIS POULENC
[1899-1963]
Três Motetos
- Salve Regina [1941]
- Ave Verum Corpus [1952]
- Exultate Deo [1941]
11 MIN
JAMES MACMILLAN [1959]
Màiri
[1995]
11 MIN
O Bone Jesu
JAMES MACMILLAN
[2002]
10 MIN
29
M
enos conhecido que seus contemporâneos Palestrina e Orlando di Lasso,
Tomás Luis de Victoria é um dos mais
prolíficos compositores da Renascença
Tardia, tendo publicado vinte missas, 45 motetos e
dezoito magnificats, além de coleções de hinos, salmos e antífonas. Sua música seria levada por missionários para as capitais do novo mundo hispânico,
como Cidade do México, Lima e Bogotá.
Nascido em Ávila, nas redondezas de Madri, De
Victoria cantou em coral desde os nove anos de idade
e foi aluno de Bernardino de Ribera e de Juan Navarro, dois dos principais compositores espanhóis de
meados do século xvi. Mais tarde, foi enviado como
seminarista a Roma, onde conviveu com um grupo
cosmopolita que incluía jovens da Inglaterra e da
Alemanha, além de italianos. Há evidências de que
chegou a ter aulas com o próprio Palestrina, então
maestro di cappella no Seminário Romano, a quem sucederia no posto.
Em 1575, ordenou-se padre e, nos anos seguintes,
ocupou várias posições na Itália, retornando para a
Espanha apenas no final da década seguinte. Foi nomeado mestre de capela da infanta Maria da Áustria,
irmã do rei Felipe ii, que se encontrava retirada no
Real Mosteiro das Descalças Reais, em Madri, onde
De Victoria viveria um período de extrema produtividade até sua morte, em 1611.
Tenebrae Responsories é sua obra mais famosa, um
conjunto de dezoito cânticos curtos escritos para as
matinas dos três últimos dias da Semana Santa. A
reunião dos textos do Tenebrae remonta ao século iv,
e outros compositores da Renascença Tardia escreveriam músicas para o mesmo responsório, como Orlando di Lasso e Carlo Gesualdo.
O domínio do artesanato musical — que transparece no notável equilíbrio entre as vozes —, aliado
à vocação para o sacerdócio, propiciou a criação
de uma música radiante. Como tantos críticos notaram, a música de De Victoria favorece a contemplação meditativa e a espiritualidade mística e, de
alguma maneira, deve ter contribuído para o fortalecimento da Contrarreforma.
RICARDO TEPERMAN é doutorando em Antropologia Social
na Universidade de São Paulo e editor da Revista Osesp.
30
S
un-Dogs [Domini Canes ou Cães do Senhor] foi
composto sobre um poema de Michael Symmons Roberts. O texto é rico em alegorias,
iconográfico e com uma profunda dose de
simbolismo. As metáforas são complexas, evocando
uma vasta gama de emoções e imagens, algumas obscuras e aterrorizantes, outras radiosas e extasiantes.
Dividi o poema em cinco movimentos e escrevi música para um grande coral sem acompanhamento.
1. De maneira geral, o primeiro movimento,
“I First Saw Them” [Eu os vi Pela Primeira Vez], é
lento e sombrio. A sugestão de cães correndo em velocidade, com a intenção de matar, se dá pela apresentação livre e rápida do texto por certas partes do
coro, em contraponto à voz do narrador.
2. O segundo movimento, “Domini Canes” [Cães
do Senhor], é econômico, monocromático e ao mesmo tempo tenso e sereno.
3. “I Saw Them Leading” [Eu os vi Conduzindo]
intercala o texto de Symmons Roberts com uma canção folclórica medieval, sussurrada pelos homens.
Este é o movimento rápido; e nele tento transmitir
a energia, assim como a majestade e o mistério dos
animais, com sua violência e seus sonhos.
4. O texto do quarto movimento, “Sometimes, Like Tobias” [Às Vezes, Como Tobias], evoca uma cena eucarística sensual e bestial. Trata-se do coração sereno da obra — a prece da
consagração em latim é cantada como uma glossolalia [suposta capacidade de falar línguas desconhecidas quando em transe religioso], emoldurada
por assovios e pela respiração profunda do sono.
5. A última seção, “If You Turn Down The Offerings” [Se Recusares as Ofertas], começa com uma recapitulação a plenos pulmões da ideia inicial, antes
de mergulhar num território mais misterioso. Ouve-se uma textura solista mais livre, com lembranças
algo nebulosas do segundo movimento.
M
àiri é uma adaptação de uma elegia
gaélica do compositor Evan MacColl
(1808-98). O coro é dividido em várias
partes, e a abordagem é colorística e
impressionista, sem prejuízo do caráter essencial de
lamento do texto. Os bordões, as harmonias pentatônicas e um certo tipo de desenho melódico são
marcas da influência da música celta antiga.
31
E
scutar O Bone Jesu, moteto de dezenove partes
do monge e compositor escocês Robert Carver
(1485-1570), é sempre uma experiência ambivalente para mim. Embora sinta prazer e admiração pelas complexas belezas desse maravilhoso
texto da Escócia de antes da Reforma Protestante,
há também uma tristeza pelo fato de uma cultura tão
rica ter sido interrompida abrupta e violentamente
pelo turbilhão político e teológico do século xvi.
Por vários motivos, sempre senti grande empatia
com Robert Carver. Por muito tempo, nutri secretamente o desejo de revisitar essa gloriosa criação e
revesti-la com minha linguagem musical escocesa
do século xxi. Quando Harry Christophers me encomendou uma peça para seu grupo The Sixteen,
na qual poderia incluir a antiga obra-prima escocesa, não pude crer na minha sorte.
O novo moteto não faz alusão alguma ao antigo,
mas fiquei obcecado com a possibilidade de destacar a palavra Jesu, que ocorre vinte vezes ao todo
na versão de Carver. Um motivo descendente de
duas notas é utilizado em todas as ocorrências da
palavra, harmonizado a cada vez de forma diferente, crescendo aos poucos em semitons e também
na textura. A exceção é o último Jesu, harmonizado como no início.
Acrescentei novo texto, construído por uma série de motivos episódicos que fluem livremente.
Uma ampla gama de texturas é utilizada: ouvem-se vozes solo e formações esparsas de duas e três
vozes, bem como combinações contrapontísticas e
homofônicas com várias vozes. Em alguns momentos, cada nota, sílaba ou frase é cantada por um
solista diferente. A isso se combinam sussurros e
efeitos em outras vozes.
A frase final, Dulcis Jesu [Doce Jesus], surge lentamente nas vozes graves, envolvendo o coro completo numa textura polifônica de oito partes em
direção ao último, extasiante e agudo Jesu, em três
vozes soprano solo.
Este moteto é dedicado a meus filhos gêmeos,
Aiden e Clare, que fizeram sua primeira comunhão
quando concluí a composição da peça, na primavera
de 2002.
JAMES MACMILLAN. Tradução de Ricardo Sá Reston.
32
A
partir de 1936, Francis Poulenc, até então
voltado a uma “estética do prazer”, iniciou
significativa produção de música religiosa.
Esse redirecionamento se estenderia até
1961, dois anos antes de seu falecimento. Começando
com as Litanies à la Vierge Noire [Litanias à Virgem Negra], para coro feminino e órgão, a criação religiosa
de Poulenc prossegue em obras que retomam
a tradição renascentista de música religiosa coral a
cappella, acrescentando-lhe novos matizes e sonoridades. Em 1937, ele compõe a Missa em Sol Menor;
em 1938-9, os Quatre Motets Pour un Temps de
Pénitence [Quatro Motetos Para um Tempo de Penitência]; e, em 1941, o moteto Exultate Deo e a
antífona Salve Regina.
Composto sobre a primeira parte do Salmo 80,
Exultate Deo inicia-se de maneira simples, com imitações entre as quatro vozes, e caminha para uma
atmosfera de exaltação. Novas cores marcam a parte central: “Sumite Psalmum et Date Tympanum”
[Tomai um Salmo e Trazei Junto o Tamborim]. As
harmonias suaves de “Psalterium Jucundum Cum
Cithara” [A Harpa Suave e o Saltério] contrastam
com as dissonâncias de “Bucinate in Neomenia
Tuba” [Tocai a Trombeta na Lua Nova]. A parte
final, “Insigni Die Solemnitatis Vestrae” [No Tempo Apontado da Nossa Solenidade], ampla e solene, traz a marca inconfundível do compositor: escrita a sete vozes, termina num acorde de nona e
décima terceira.
Em Salve Regina, Poulenc opera uma verdadeira
reinvenção na harmonia: quintas paralelas, dominantes menores, saltos de sexta, sétima e quinta
aumentada nas linhas vocais resultam numa expressividade particular. Especialmente notáveis
são a sequência harmônica de “In Hac Lacrimarum Valle” [Neste Vale de Lágrimas] e os baixos
que “embalam” a expressão “Dulcis Virgo Maria”
[Doce Virgem Maria].
Ave Verum Corpus, para três vozes femininas, é
uma composição de menor proporção, escrita em
1952, para um coral feminino de Pittsburgh, Estados Unidos, país que muito cedo acolheu a música
de Poulenc. Em sua simplicidade, é uma pequena
obra-prima: após a primeira parte, imitativa, sobre
um motivo no modo eólico [um dos modos gregos
antigos], a originalidade do compositor se revela,
subitamente, na condução das vozes em “Ex Maria”.
No final, após a volta do motivo inicial na voz contralto, a mesma expressão recebe novo tratamento,
e a peça termina em cadência modal.
[2003]
GRAVAÇÕES RECOMENDADAS
DE VICTORIA
TENEBRAE RESPONSORIES
Westminster Cathedral Choir David Hill, regente
HYPERION, 1993
ROBERTO DANTE CAVALHEIRO FILHO é pianista e
professor da Escola Municipal de Música e da Faculdade
Santa Marcelina. The Sixteen
Harry Christophers, regente
VIRGIN, 1992
MACMILLAN
SUN-DOGS; VISITATIO SEPULCHRI
Netherlands Radio Choir
Netherlands Radio Chamber Orchestra
Celso Antunes, regente
BIS, 2010
MISERERE; STRATHCLYDE MOTETS;
O BONE JESU
The Sixteen
Harry Christophers, regente
CORO, 2011
O BONE JESU; MÀIRI
SWR Vokalensemble Stuttgart
Marcus Creed, regente
HANSSLER CLASSICS, 2009
POULENC
MASS IN G; MOTETS
Westminster Cathedral Choir James O'Donnell, regente
HYPERION, 2013
FIGURE HUMAINE; MOTETS
RIAS Kammerchor
Marcus Creed, regente
Daniel Reuss, regente
HARMONIA MUNDI, 2013
33
SUGESTÕES DE LEITURA
Benjamin Ivry
FRANCIS POULENC
PHAIDON PRESS, 1996
Nicolas Southon (org.)
FRANCIS POULENC, ARTICLES AND
INTERVIEWS: NOTES FROM THE HEART
ASHGATE, 2013
Alfonso de Vicente e Pilar Tomás (orgs.)
TOMÁS LUIS DE VICTORIA Y LA CULTURA
MUSICAL EN LA ESPAÑA DE FELIPE III
CENTRO DE ESTUDIOS EUROPA HISPÁNICA, 2012
INTERNET
WWW.POULENC.FR
34
JAMES MACMILLAN REGENTE
NAOMI MUNAKATA REGENTE HONORÁRIA
COMPOSITOR VISITANTE
Ver pág. 19
Nascido em Kilwinning, na
Escócia, James MacMillan
estudou nas universidades de
Edimburgo e de Durham,
onde completou seu doutorado
em 1987, sob orientação de
John Casken. Sua consagração
como compositor foi em
1990, com a estreia de The
Confession of Isobel Gowdie
[A Confissão de Isobel
Gowdie], no festival BBC
Proms. Entre 2000 e 2009,
foi compositor e regente
convidado da Filarmônica
da BBC e, em seguida,
tornou-se principal regente
convidado da Orquestra de
Câmara da Rádio da Holanda,
posição que manteve até
2013. Já regeu as sinfônicas da
Rádio de Viena, Baltimore,
Gotemburgo, Toronto,
Bournemouth, Cidade de
Birmingham, NHK de Tóquio,
e as filarmônicas de Roterdã,
Munique e Los Angeles. Foi
compositor em residência do
Festival Grafenegg, em 2012,
e Portrait Artist da temporada
2009-10 da Sinfônica
de Londres. Em 2004,
MacMillan foi condecorado
Comandante da Ordem do
Império Britânico.
CORO DA OSESP
Ver pág. 58
Quantas oportunidades não estão só
nas entrelinhas?
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36
16 QUI 21H
17 SEX 21H
18 SÁB 16H30
PAU-BRASIL
SAPUCAIA
EIJI OUE REGENTE
MAKOTO OZONE
JEQUITIBÁ
PIANO
LEONARD BERNSTEIN [1918-90]
Divertimento Para Orquestra
COMPOSITOR TRANSVERSAL
[1980]
15 MIN
GEORGE GERSHWIN
[1898-1937]
Concerto Para Piano em Fá Maior [1925]
- Allegro
- Adagio
- Allegro Agitato
31 MIN
______________________________________
SERGEI RACHMANINOV
Danças Sinfônicas, Op.45 [1940]
- Non Allegro
- Andante Con Moto
- Lento Assai - Allegro Vivace
34 MIN
[1873-1943]
L
eonard Bernstein evocava frequentemente imagens do ambiente eletrizante e acelerado da Nova
York em meados do século xx, mas este nativo de
Massachusetts manteve por toda sua vida ligações
com instituições da Nova Inglaterra que desempenharam um papel proeminente em sua formação. Uma
dessas foi a Sinfônica de Boston, para cujo centenário
de fundação foi convidado a escrever uma peça curta.
Como de costume, acabou se entusiasmando e produziu uma ode inacreditavelmente inventiva à paleta
sonora da orquestra moderna (com quinze minutos de
duração), que também é uma ode à densidade do espírito norte-americano e às suas incontáveis paixões: o
Divertimento Para Orquestra.
Os oito breves movimentos que compõem o Divertimento são habilmente organizados em duas seções
de quatro movimentos cada. A escrita é expansiva: a
orquestra inteira está presente nos movimentos externos de cada seção, cabendo uma paleta mais reduzida aos movimentos centrais. Uma célula concisa de
duas notas — o semitom ascendente Si-Dó, utilizado
para representar a frase “Boston Centenary” [Centenário de Boston] — fornece unidade ao panorama
orquestral grandemente variado.
37
GRAVAÇÕES RECOMENDADAS
BERNSTEIN
DIVERTIMENTO PARA ORQUESTRA
Sinfônica de Bournemouth
Marin Alsop, regente
NAXOS, 2005
Orquestra de Minnesota
Eiji Oue, regente
REFERENCE RECORDINGS, 1999
GERSHWIN
CONCERTO PARA PIANO EM FÁ MAIOR
Sinfônica de Baltimore
Marin Alsop, regente
Jean-Yves Thibaudet, piano
DECCA, 2010
Sinfônica de São Francisco
Michael Tilson Thomas, regente
Garrick Ohlsson, piano
RCA, 2004
RACHMANINOV
SYMPHONIC DANCES
Sinfônica de Londres
Valery Gergiev, regente
LSO LIVE, 2012
Orquestra de Minnesota
Eiji Oue, regente
Um subtítulo evoca o “caráter” de cada movimento, começando com “Sennets And Tuckets”, expressão antiquada que remete aos toques de trompete ou
corneta que sinalizam o início de alguma cerimônia
ou a entrada de um personagem importante nas peças elisabetanas. O humor da escrita de Bernstein
arma jogos de alusão e perspicácia musical. A “Valsa”
remete à Sinfonia Patética, de Tchaikovsky, e seu padrão métrico sincopado. A seguir, em “Mazurka”, de
escrita mais discreta, o autor propõe uma incursão
ao primeiro movimento da Quinta Sinfonia de Beethoven. A primeira parte termina com uma piscadela
à América Latina: “Samba”.
“Turkey Trot” dá início à segunda parte do Divertimento citando uma sentimental e antiquada dança folclórica norte-americana (que parece ecoar o ritmo de
“America” em West Side Story). A sequência é surpreendente: o sinuoso tema dodecafônico de “Sphinxes” [Esfinges], sombrio momento de atonalismo, é sucedido
por “Blues”, um tributo ao legendário gênero norte-americano. No último movimento, “In Memoriam;
March: ‘The BSO Forever’”, um trio de flautas dedicado aos grandes regentes da história da Sinfônica
de Boston, incluindo o mentor de Bernstein, Serge
Koussevitzky, serve como prelúdio para uma recriação da linguagem divertida das marchas da Boston
Pops,1 encerrando de forma festiva o Divertimento.
THOMAS MAY é jornalista, autor de Decoding Wagner:
An Invitation To His World of Music Drama (Amadeus
Press, 2004) e organizador de The John Adams
Reader (Amadeus Press, 2006). Tradução de Ricardo
Sá Reston. © Thomas May
REFERENCE RECORDINGS, 2001
LEIA MAIS SOBRE BERNSTEIN NO NÚMERO
ESPECIAL DA REVISTA OSESP, DISTRIBUÍDO
GRATUITAMENTE NA SALA SÃO PAULO
1. Orquestra “irmã” da Sinfônica de Boston, especializada em música clássica ligeira e melodias populares.
38
V
ejam só: o jazz nasce da dança e se torna a
“música norte-americana” por excelência.
Mesmo sendo o blues e o improviso a mãe e
o pai de tudo no jazz, Gershwin não deixa o
pianista improvisar uma nota sequer em seu Concerto
Para Piano em Fá Maior. Ele nos entrega uma obra de
natureza leve e surpreendentemente neoclássica, em
três movimentos, com estrutura tradicional rápido-lento-rápido.
Curiosamente, o saxofone alto (instrumento-símbolo do mundo jazzístico) aparece no primeiro movimento das Danças Sinfônicas, de Sergei Rachmaninov
– que de jazzista não tinha nada –, porém de maneira
lírica e sóbria, talvez como um primo distante do fagote. Aqui, a textura contrapontística leve e transparente remete ao segundo movimento do Concerto
de Gershwin. Na bela peça do compositor russo, o
papel de solista lírico é dado ao trompete, acompanhado com comovente singeleza por três clarinetes,
numa espécie de “lamento-choro-negro”.
Naturalmente, existia por parte de Rachmaninov a intenção de transformar suas Danças Sinfônicas
num balé. A ideia foi levada a Michel Fokine, que
recebeu com entusiasmo a música brilhante e variada, totalmente adequada para uma leitura coreográfica. Com o falecimento de Fokine, a parceria
não se concretizou.
Rachmaninov, mestre absoluto da tradição de orquestração russa, revela na sua obra derradeira (de
1940) uma escrita que abrange desde suas típicas harmonias amplas e modulantes até gestos bem rítmicos
e angulares, associados à música de modernos conterrâneos, como Stravinsky e Prokofiev. É interessante
pensar na profundidade religiosa universal das últimas obras de mestres como Strauss (Quatro Últimas
Canções) e Beethoven (Missa Solemnis, últimas Sonatas
e Quartetos): Rach nos deixa uma obra de leveza notável, de um bom humor contagiante, sem abrir mão da
escrita densa e de refinado virtuosismo técnico.
A suíte de Danças Sinfônicas, escrita poucos anos
depois da arrepiante Sinfonia nº 3, é uma síntese de
tudo o que mais amamos na música russa: o vigor e
a lírica sempre pintada em cores de contraste extremo. Teria essa música também nascido de uma dança
ancestral, como o tal do jazz? Provavelmente sim!
D
o outro lado estava George Gershwin, que,
embora em 1925 já fosse um compositor
bastante bem-sucedido, ainda não havia se
aprofundado na arte da orquestração (designava a tarefa a terceiros, experientes e rápidos).
Num momento em que estava bastante ocupado com
trabalhos na Broadway, Gershwin se viu diante da
responsabilidade de uma encomenda importante: um
concerto para piano e orquestra. Recorreu a livros
de teoria e tratados de orquestração como caminho
para enfrentar a tarefa, que cumpriu com brilho e
genialidade. Organizando forças sinfônicas similares
às utilizadas por Rachmaninov em sua suíte, não só
levou a cabo a orquestração do Concerto Para Piano em
Fá Maior, como demonstrou uma escrita eficaz e de
muita personalidade.
O resultado é uma obra que, felizmente, jamais
quer ser “jazz sinfônico” ou “vestir o jazz de casaca”.
Não pretende levar a música livre e lindamente mestiça à sala de concertos para conferir a ela um lugar
junto à “grande música”. O que quer, e consegue, é
propor uma síntese humanista e genuína da grande
arte a que podemos dar, por conveniência, o nome
de jazz.
Aliás, há muito tempo a palavra “jazz” é apenas
um escape, um pretexto, uma fuga: foram tantos os
desdobramentos, são tantos os filhos desta potente
mistura afro-americana que o pobre nome já não
basta para tantos descendentes de abundante beleza
e variedade. O Concerto é uma homenagem ao feliz
casamento de tradições grandiosas, ecoando até nossos dias como algo fundamental e necessário, que
transcende a música: mestiçagem contínua e infinita,
como aquela dos deliciosos tangos brasileiros de Ernesto Nazareth.
ANDRÉ MEHMARI é pianista e compositor.
39
SUGESTÕES DE LEITURA
Jonathan Cott
DINNER WITH LENNY
OXFORD UNIVERSITY PRESS, 2013
Paul Myers
LEONARD BERNSTEIN
PHAIDON PRESS, 1998
Charles Schwartz
GEORGE GERSHWIN - UMA BIOGRAFIA
JOSÉ OLYMPIO, 1993
Jean-Jacques Groleau
RACHMANINOV
ACTES SUD, 2011
Sergei Bertensson e Jay Leida
SERGEI RACHMANINOFF,
A LIFETIME IN MUSIC
INDIANA UNIVERSITY PRESS, 2009
INTERNET
WWW.LEONARDBERNSTEIN.COM/
WWW.GERSHWIN.COM/
WWW.RACHMANINOFF.ORG/
40
EIJI OUE
REGENTE
MAKOTO OZONE
PIANO
ÚLTIMA VEZ COM A OSESP EM ABRIL DE 2012
PRIMEIRA VEZ COM A OSESP
Entre 2003 e 2011, Eiji Oue foi
diretor musical da Orquestra
Filarmônica de Osaka, no
Japão, da qual é hoje regente
laureado. Em 1978, foi
convidado por Seiji Ozawa
para passar o verão estudando
no Tanglewood Music Center,
onde conheceu Leonard
Bernstein, que se tornou seu
mentor e colega, e com quem
partilhou o pódio durante três
turnês, com apresentações
nos teatros La Scala, Ópera
Estatal de Viena e Ópera de
Paris-Bastille. Eiji Oue rege
regularmente orquestras como
a Filarmônica de Nova York, a
Orquestra de Filadélfia,
a Filarmônica de Los Angeles
e a Orquestra Sinfônica da
Rádio de Frankfurt, sem falar
na Osesp. Em 2005, fez sua
estreia no Festival de Bayreuth
regendo a ópera Tristão e
Isolda, de Wagner. Desde
2000, é professor de regência
na Hochschule für Musik
und Theater, em Hannover,
na Alemanha.
Nascido em Kobe, Makoto
Ozone se mudou para os
Estados Unidos em 1980 para
estudar composição e arranjo
de jazz na Berklee College of
Music, em Boston. Em 1983,
formou-se com distinção e
apresentou recital solo no
Carnegie Hall, em Nova
York. Ozone já se apresentou
com grandes nomes do
jazz, como Gary Burton,
Chick Corea e Ellis Marsalis.
Recentemente, passou a se
apresentar interpretando
peças do repertório clássico,
colaborando com maestros
como Charles Dutoit, Alan
Gilbert e Eiji Oue. Lançou
diversos discos pela Universal
Music, entre os quais Virtuosi,
de 2002, que recebeu uma
indicação para o Grammy.
DETALHE DO TETO DA CAPELA SISTINA
42
23 QUI 21H
24 SEX 21H
25 SÁB 16H30
CARNAÚBA
PAINEIRA
ANDREW MANZE REGENTE
FRANCESCO PIEMONTESI
IMBUIA
PIANO
JOHANNES BRAHMS [1833-97]
Variações Sobre um Tema de Haydn, Op.56a
-
[1873]
Chorale St. Antoni
Variação I Poco Più Animato
Variação II Più Vivace
Variação III Con Moto
Variação IV Andante Con Moto
Variação V Vivace
Variação VI Vivace
Variação VII Grazioso
Variação VIII Presto Non Troppo
Finale Andante
17 MIN
JOSEPH HAYDN
[1732-1809]
Concerto Para Piano em Ré Maior
[1782]
- Vivace
- Un Poco Adagio
- Rondo All'Ungherese
18 MIN
______________________________________
FRANZ LISZT
[1811-86]
Concerto nº 2 Para Piano em Lá Maior
-
[1848]
Adagio Sostenuto Assai
Allegro Agitato Assai
Allegro Moderato
Allegro Deciso
Marziale un Poco Meno Allegro
Allegro Animato
21 MIN
Evocação à Capela Sistina [SOBRE TEMAS DE ALLEGRI E MOZART] [1862]
15 MIN
43
E
m 1870, Carl Ferdinand Pohl mostrou a
Brahms a transcrição de um divertimento
para conjunto de sopros atribuído a Haydn,
cujo segundo movimento, intitulado “Coral
de Santo Antônio”, forneceria a melodia que está na
base de Variações Sobre um Tema de Haydn. Mais tarde,
concluiu-se que o divertimento não era de Haydn,
mas sua autoria permaneceu uma incógnita. A peça
de Brahms, também conhecida como Variações de
Santo Antônio, data de 1873 e foi escrita originalmente para dois pianos.
Brahms adere à visão clássica da forma por variações, retendo frases e estruturas harmônicas do
tema ao longo de toda a peça, para só abandoná-las
no “Finale Andante”. Em outras palavras, a forma é
definida tanto pela repetição (de um esquema implícito) como pela variação (de um tema).
Isso dito, Brahms permite diversos graus de distância entre a variação e sua fonte. O coral, inicialmente entoado pelos sopros, orquestrados como um
órgão, é um pano de fundo permanente nas três primeiras variações. Ele sai de cena nas variações iv e v
(uma meditação em modo menor contrastada por um
scherzo nervoso e ritmicamente brincalhão), reaparece
na variação vi e some de vez nas duas últimas variações, mais uma vez criando um contraste agudo.
Essa dialética entre molduras estáveis e primeiros
planos imaginativos e díspares é incorporada na estrutura de passacalha do “Finale Andante”, cuja energia acumulativa desemboca num poderoso retorno
do tema do coral.
O
Concerto Para Piano em Ré Maior, de Haydn,
foi publicado pela primeira vez pela
célebre editora Artaria, sob o título de
Concerto Per il Clavicembalo o Fortepiano.
No Wiener Zeitung, em 25 de agosto de 1784, a peça
foi descrita por seu editor como “o único [dos concertos de Haydn] a ser publicado até agora”. Ao longo
da vida do compositor, numerosas publicações por
outros editores se seguiriam.
O título dado por Artaria chama atenção para um
ponto crítico da música para teclado de Haydn, revelando a nova tendência, em Viena, de privilegiar o
piano-forte1 em detrimento do cravo. As sonatas para
teclado solo de Haydn demonstram a ambivalência
do compositor com relação à escolha do instrumento. Vale dizer que apenas três sonatas, todas publicadas em 1784, foram escritas claramente mais para
piano do que para cravo. O início do primeiro solo
do Concerto Para Piano em Ré Maior, particularmente o
acompanhamento da mão esquerda, na verdade parece mais adequado ao instrumento mais antigo.
O primeiro movimento rompe com a herança barroca da forma baseada no ritornelo, em que Haydn
amplamente se apoiou nos primeiros movimentos
de seus concertos anteriores, com seus impassíveis
“compassos Boccherini”, de métrica quaternária,
como lembra o músico e crítico Hans Keller.2 O Concerto em Ré Maior se distingue pelo compasso binário.
A relação entre orquestra e solista é altamente inventiva, e o último movimento, “Rondo
All'Ungherese”, evoca a tópica cigana,3 tão popular
em Viena no final do século xviii.
N
o final dos anos 1840, ao aceitar um posto
na corte de Weimar e abandonar as intermináveis turnês como solista, Liszt assinalou sua transição de “pianista-compositor”
para “compositor”. Com residência fixa e vida estabilizada, voltou-se para diversas obras anteriores, revisando-as num espírito entre o salvamento e a renovação.
Não seria diferente com o Concerto nº 2 Para Piano,
que seria revisto e concluído em 1848, uma década
depois do início do trabalho de composição. Em parte, essa revisão suavizou o imperativo da virtuosidade:
na versão que conhecemos, o solista é frequentemente um “acompanhador”. Mas, ao mesmo tempo, Liszt
1. O instrumento que hoje conhecemos como piano foi chamado, a princípio, de piano-forte, pois uma das principais inovações técnicas que trazia — e que o diferenciava dos demais instrumentos de teclado, como o cravo —
era a capacidade de produzir muitas variações de dinâmica: fraco (em italiano, piano) ou forte. (n.e.)
2. Keller, Hans. The Great Haydn Quartets: Their Interpretation. Londres: Dent, 1986.
3. A menção all'ungherese, que aparece também em Beethoven e Carl Maria Von Weber, fazia referência às tradições musicais ciganas, não necessariamente ligadas ao folclore da região que hoje conhecemos como Hungria. (n.e.)
44
tentava alinhar a obra aos processos formais que vinha
desenvolvendo e que ganhavam vida em seus poemas
sinfônicos. Podemos dizer que se tratava de um conceito de forma estruturada por um tema, ou, como
propôs o musicólogo Carl Dahlhaus, de forma
como “a história de um tema musical”.4
Na versão final do Concerto nº 2, um pequeno
punhado de motivos temáticos, singelos em si
mesmos, são sujeitos a infindáveis transformações
num único movimento, dividido em seis seções,
cada uma com sua marca afetiva. A sequência de
eventos (e climas) é, como se espera, uma narrativa fluida, que soa improvisada. Elementos motívicos individuais aparecem e desaparecem, gerando e incrementando transformações livres. Dessa
forma, as variações dos motivos da abertura estão
no coração tanto do lírico “Allegro Moderato”
quanto do vibrante “Allegro Animato” final.
L
iszt escreveu três versões para Evocação à Capela Sistina: uma para piano, outra para órgão e
esta para orquestra. Mas não faz sentido pensá-las como simples “arranjos”: cada uma das
versões é uma afirmação de si própria. Da mesma
maneira, o aproveitamento que o compositor faz
do Misere de Gregorio Allegri (1582-1652) e do Ave
Verum Corpus de Mozart vai muito além da mera
transcrição. Liszt comenta, estende, desenvolve
e renova as ideias dos compositores que homenageia. O resultado é uma peça de quieta intensidade espiritual, uma viagem mística, levando-nos
das profundidades melancólicas de Allegri ao brilho radiante de Mozart.
GRAVAÇÕES RECOMENDADAS
BRAHMS
VARIAÇÕES SOBRE UM TEMA DE HAYDN
Orquestra Real do Concertgebouw
Bernard Haitink, regente
UNIVERSAL CLASSICS, 2004
Filarmônica de Viena
Sir John Barbirolli, regente
WARNER CLASSICS, 2005
HAYDN
COMPLETE PIANO CONCERTOS
Orquestra Real do Concertgebouw
Bernard Haitink, regente
Claudio Arrau, piano
PHILIPS, 1993
PIANO CONCERTO IN D
Moscow Virtuosi
Vladimir Spivakov, regente
Evgeny Kissin, piano
RCA, 1989
LISZT
THE TWO PIANO CONCERTOS
Sinfônica de Londres
Kirill Kondrashin, regente
Sviatoslav Richter, piano
PHILIPS, 1995
Orquestra Sinfônica de Montreal
Charles Dutoit, regente
Jean-Yves Thibaudet, piano
LONDON/DECCA, 1992
EVOCAÇÃO À CAPELA SISTINA
JAMES SAMSON é professor de música na Universidade
de Londres e autor de The Music of Chopin (Oxford University
Press, 1994) e Virtuosity And The Musical Work: The
Transcendental Studies of Liszt (Cambridge University Press,
2007), entre outros livros. Tradução de Rodrigo Vasconcelos.
Orchester Wiener Akademie Martin Haselböck, regente
NEW CLASSICAL ADVENTURE, 2011
4. Dahlhaus, Carl. Between Romanticism And Modernism: Four Studies in The Music of The Later Nineteenth
Century. Trad. Mary Whittall. Berkeley, Los Angeles e
Londres: University of California Press, 1974.
45
SUGESTÕES DE LEITURA
Malcolm MacDonald
BRAHMS
ZAHAR, 1993
Carl Dahlhaus
BETWEEN ROMANTICISM AND
MODERNISM: FOUR STUDIES IN THE MUSIC OF THE LATER
NINETEENTH CENTURY
UNIVERSITY OF CALIFORNIA PRESS, 1974
Charles Rosen
THE CLASSICAL STYLE – HAYDN,
MOZART, BEETHOVEN
W. W. NORTON & COMPANY, 1998
Caryl Clark (ed.)
THE CAMBRIDGE COMPANION
TO HAYDN CAMBRIDGE UNIVERSITY PRESS, 2005
Kenneth Hamilton (ed.)
THE CAMBRIDGE COMPANION
TO LISZT CAMBRIDGE UNIVERSITY PRESS, 2005
INTERNET
WWW.JOHANNESBRAHMS.ORG/
WWW.HAYDNSOCIETYOFGB.CO.UK/
WWW.LISZTMUSEUM.HU/
WWW.LISZT.ORG/
46
ANDREW MANZE REGENTE
FRANCESCO PIEMONTESI PIANO
PRIMEIRA VEZ COM A OSESP
PRIMEIRA VEZ COM A OSESP
Na temporada 2014-5, Andrew
Manze assume o cargo de
regente titular da Orquestra
Filarmônica da Rádio NDR
de Hannover. Colabora
regularmente com a Orquestra
Hallé, com as filarmônicas
de Munique, Oslo, Real de
Estocolmo e Real de
Liverpool, e com as sinfônicas
de Gotemburgo, da Cidade de
Birmingham, Alemã
de Berlim e da Rádio da
Finlândia. Entre 2006 e
2014, Manze foi regente
titular e diretor artístico
da Helsingborg Symphony
Orchestra, na Suécia. É
membro da Royal Academy
of Music, em Londres,
e professor visitante na
Academia de Música de Oslo,
na Noruega. Foi diretor da
Academy of Ancient Music e
diretor artístico da orquestra
barroca The English Concert.
Em 2011, recebeu o Rolf
Schock Prize, em Estocolmo.
Nascido em Locarno, na
Suíça, em 1983, Francesco
Piemontesi estudou com Arie
Vardi e colaborou com Alfred
Brendel, Cécile Ousset e
Alexis Weissenberg. Em 2007,
venceu a Queen Elisabeth
Competition, em Bruxelas.
Já se apresentou no
Musikverein, em Viena,
no Carnegie Hall e no Avery
Fisher Hall, em Nova York, no
Suntory Hall, em Tóquio,
na Philharmonie, em Berlim,
e na Tonhalle, em Zurique.
Como solista, toca com as
orquestras Philharmonia,
Maggio Musicale Fiorentino
e Camerata Salzburg, com as
sinfônicas da BBC, da Rádio
Bávara, da Rádio de Frankfurt,
Alemã de Berlim, da Cidade
de Birmingham e com as
filarmônicas de Londres e
Israel. É diretor artístico do
festival Settimane Musicali
di Ascona e artista exclusivo
do selo Naïve Classique.
Compor histórias de
realização é a nossa cultura.
47
BUSTO DE ANTON BRUCKNER, NA FRENTE DA BRUCKNERHAUS, EM LINZ, NA ÁUSTRIA
48
30 QUI 21H
31 SEX 21H
1 NOV SÁB 16H30
CEDRO
ARAUCÁRIA
STANISLAW SKROWACZEWSKI
AKIKO SUWANAI VIOLINO
ALBAN BERG
MOGNO
REGENTE
[1885-1935]
Concerto Para Violino [1935]
- Andante - Allegretto
- Allegro ma Sempre Rubato - Adagio
22 MIN
______________________________________
ANTON BRUCKNER
[1824-96]
Sinfonia nº 4 em Mi Bemol Maior, WAB 104 - Romântica [1873-4]
-
Bewegt - Nicht zu Schnell
Andante Quasi Allegretto
Scherzo e Trio
Finale
65 MIN
49
O
Concerto Para Violino foi escrito por encomenda do violinista norte-americano
Louis Krasner. Na época, Alban Berg
estava compondo a ópera Lulu e recebeu
a trágica notícia da morte de Manon Gropius, filha
de Alma Mahler-Werfel e Walter Gropius, arquiteto
fundador da Bauhaus. Muito amigo da família, Berg
decidiu homenagear a jovem de dezoito anos e incluiu
na partitura do Concerto a dedicatória “Em memória
de um Anjo”. Segundo Willi Reich, amigo e biógrafo de
Berg, “tanto quanto seja possível transcrever um som
musical em palavras […], a obra procura ser um retrato
musical da jovem Manon”.1
Concebido e escrito em aproximadamente cinco
meses, o Concerto estreou em abril de 1936, no Palau
de la Música, em Barcelona, sob regência de Hermann Scherchen, tendo Louis Krasner como solista.
Essa foi a última peça completa composta por Alban
Berg, cujo falecimento, três meses antes da estreia,
daria ainda um outro sentido para esse réquiem.
A peça se divide em dois movimentos, com subdivisões de andamento e caráter: o primeiro, em três
seções (“Andante - Allegretto”), ilustra a infância e a
juventude de Manon, incluindo também referências
a valsas vienenses e a canções populares da Caríntia,
região da Áustria na qual a jovem cresceu e onde o
compositor a viu pela primeira vez. No segundo movimento (“Allegro ma Sempre Rubato - Adagio”), Berg
descreve a doença, o sofrimento, a morte e a ascensão
de Manon. A dramaticidade do “Adagio” é reforçada pela citação de um coral de Bach, “Es Ist Genug”
[Já Basta], da cantata “O Ewigkeit, du Donnerwort”
[Ó Eternidade, Palavra Estrondosa] BWV 60.
Berg é sem dúvida o mais romântico dos três
compositores da chamada Segunda Escola de Viena (da qual fazem parte também Anton Webern e
Arnold Schoenberg). Seu uso do dodecafonismo
no Concerto para Violino é bastante original. A série escolhida é formada por duas tríades2 maiores
e duas menores e completada por quatro notas em
intervalo de tons inteiros — Si, Dó Sustenido, Mi
Bemol e Fá. Desse modo, tem-se uma série atonal
com “características tonais”, configurando o “senti-
do duplo” da obra de Berg, como ressalta o filósofo
Theodor Adorno, que foi aluno do compositor.2 A
intensidade e o caráter expressivo, a combinação
de tonalismo e sistema dodecafônico e a beleza de
suas melodias, com citações de Bach e de melodias
folclóricas austríacas, são alguns dos aspectos que
fizeram do Concerto Para Violino uma das peças mais
apreciadas da Segunda Escola de Viena.
A
pesar de ter sido praticamente autodidata,
Bruckner estudou matérias teóricas com
Simon Sechter, a quem sucedeu como professor no Conservatório de Viena. Entre
1861 e 1863, com quase quarenta anos de idade, teve
aulas de música em Linz com o regente Otto Kitzler,
que lhe apresentou a música de Richard Wagner.
A escuta e a análise da ópera Tannhäuser e de outras obras do compositor alemão provocaram uma
mudança decisiva no percurso de Bruckner. Até
aquele momento basicamente ligado à música sacra,
foi a descoberta de Wagner que o motivou a buscar
formas musicais seculares e a compor suas sinfonias.
Apesar de terem surgido quando ele já era um
organista muito reconhecido, as primeiras sinfonias
de Bruckner enfrentaram grande resistência por parte da crítica musical vienense. O compositor, um
homem simples e católico fervoroso, para quem a
música significava, sobretudo, uma possibilidade de
louvar o Criador, se vê envolvido em brigas estéticas
entre os admiradores de Brahms e os de Wagner.
Talvez influenciado pela severidade das críticas
que recebia, Bruckner nunca ficava completamente
satisfeito ao terminar uma obra, realizando inúmeras
versões de suas próprias sinfonias, permitindo também a regentes e editores que suprimissem trechos
das partituras ou alterassem alguns detalhes da orquestração. O caso da Sinfonia nº 4 não seria diferente.
Ao terminá-la, em 1874, Bruckner provavelmente
não imaginava que esperaria sete anos até a sua estreia, com a Filarmônica de Viena, sob regência de
Hans Richter. Até lá, revisaria e, em parte, recomporia a obra, que teve grande sucesso e se tornou
uma de suas peças mais conhecidas.
1. Reich, Willi. The Life and Work of Alban Berg. Trad. Cornelius Cardew. Nova York: Da Capo Press, 1981.
2. Tríade: acorde tonal elementar formado pela sobreposição de terças (Dó-Mi-Sol, por exemplo). (n.e.)
3. Adorno, Theodor. Berg: O Mestre da Transição Mínima. Trad. Mario Videira. São Paulo: Editora Unesp, 2010.
50
Mestre de contrapontos complexos, Bruckner desenvolveu uma orquestração extremamente pessoal,
densa, cheia de contrastes, tendo como inspiração o
órgão, com suas diversas tessituras e possibilidades de
superposições de planos e dinâmicas, que podem mudar bruscamente sem passar por crescendos e decrescendos. Essa particularidade é reforçada por sua vasta
experiência como improvisador, que faz com que, em
suas composições, haja sempre algo de imprevisível.
A Sinfonia nº 4 é marcada por ritmos formados
pela sobreposição de motivos binários e ternários (às
vezes chamados de brucknerianos), que remetem a
danças camponesas. Foi a primeira de suas sinfonias
a ser escrita em tonalidade maior e é também mais
ousada harmonicamente do que suas obras anteriores. Alternando passagens em maior e em menor,
além de súbitas modulações enarmônicas ou cromáticas, obtém um efeito sonoro que remete à técnica
pictórica do chiaroscuro (luz e sombra).
Bruckner acrescenta à sua Sinfonia nº 4 o subtítulo programático Romântica, por alusão ao romance
medieval e a sentimentos bucólicos, tais como estes
se apresentam nas óperas Lohengrin e Siegfried, de
Wagner. A peça inicia com o tremular das cordas,
representando o ruído da floresta, e uma melodia na
trompa, anunciando o dia.
O segundo movimento tem caráter extremamente
melancólico: é, como descreveu Bruckner, uma prece, em forma de Lied.
O tema inicial do “Scherzo” do terceiro movimento é tocado pelas trompas, às quais são acrescentadas
chamadas de outros metais, como se fossem caçadores respondendo uns aos outros. Segue-se um “Trio”
quase todo em pianissimo, com uma suave melodia,
que o compositor descreve em suas anotações como
um “tema de dança de caçadores durante uma pausa
na floresta”.
Bruckner reescreveu três vezes o último movimento, e o espírito vivo e alegre da descrição original
da partitura — “Volksfest” (festa popular) — acabou
se perdendo. A versão definitiva, que inclui breves
lembranças dos temas precedentes, contribui para
conferir à obra seu caráter dramático.
GRAVAÇÕES RECOMENDADAS
BERG
CONCERTO PARA VIOLINO
Orquestra Sinfônica da BBC
Pierre Boulez, regente
Yehudi Menuhin, violino
EMI, 1969
Orquestra Sinfônica da
Rádio da Baviera
Rafael Kubelík, regente
Henryk Szeryng, violino
UNIVERSAL CLASSICS, 2004
Filarmônica de Nova York
Leonard Bernstein, regente
Isaac Stern, violino
PRAGA DIGITALS, 2013
BRUCKNER
11 SYMPHONIES
Saarbrücken Radio Symphony Orchestra
Stanisław Skrowaczewski, regente OEHMS CLASSICS, 2004
SILVIA OCOUGNE é compositora, mestre pelo New
England Conservatory of Music, em Boston.
51
OZÉAS
ARANTES:
QUATRO DÉCADAS DE OSESP
52
E
ntre os instrumentos de sopro, a trompa se
destaca por uma característica absolutamente
singular: tem a campana virada para trás. Por
essa razão, o som parece não ter ataque —
quando chega na plateia, já bateu no fundo do palco
e voltou, misterioso.
Cumprir os desafios técnicos do instrumento fazendo jus à delicadeza prometida por seu timbre não é tarefa para qualquer um. Desde 1977, o paranaense Ozéas
Arantes integra o naipe de trompas da Osesp, tendo
assumido oficialmente a cadeira de solista em 1980.
Depois de quase quarenta anos agraciando as plateias da Osesp com sua sonoridade aveludada, Ozéas
optou por deixar a cadeira de primeira trompa da
orquestra. Pai de Gabriela e Daniela, que acaba de se
mudar para o Paraná, e avô de Lucca e Laura, o trompista de 60 anos recebe uma pequena homenagem da
Revista Osesp. Na entrevista a seguir, Ozéas conta um
pouco sobre sua formação e sua experiência na Osesp.
Podemos começar por suas primeiras experiências com música?
Meu pai era músico da banda da Polícia Militar do
Paraná e, evangélico, participava intensamente das
atividades musicais da igreja. Além de tocar tuba e
trompete, compunha e fazia arranjos: era autodidata, mas muito talentoso. Desde cedo, ensinou música
para mim e para meus irmãos: comecei estudando
trompete e acabei sendo o único que se profissionalizou. Lembro de ouvirmos juntos aquela coleção “Música dos Grandes Mestres”, da revista Reader’s Digest:
Sinfonia Italiana, de Mendelssohn; Till Eulenspiegel, de
Strauss; Barbeiro de Sevilha, de Rossini, enfim, uma
porção de obras clássicas. Ele notou que eu demonstrava interesse pelo som da trompa e, quando decidiu
montar um grupo, sugeriu que eu passasse a tocar o
instrumento. Topei, sem saber que era um dos instrumentos mais desafiadores tecnicamente.
E quando começou a estudar música formalmente?
Na verdade, só fui estudar para valer bem depois,
primeiro na Universidade Federal do Rio Grande do
Sul, e, já nos anos 1980, como bolsista na Juilliard
School, em Nova York. Sabemos que o sistema de
ensino de música no Brasil tem problemas, mas naquela época era terrível, principalmente para instrumentos de metal. Os músicos iam aprendendo de
orelhada, pegavam uma dica aqui, uma orientação
ali. Era raríssimo se ver um jovem tocando trompa,
ainda mais em Curitiba. Pouco tempo depois que comecei a tocar, o maestro Gedeão Martins veio me
procurar para que eu integrasse a Orquestra Sinfônica Juvenil do Paraná. Fui pegando os macetes do instrumento aos poucos e, já no ano seguinte, entrei na
Sinfônica da Universidade do Paraná. Foi minha primeira experiência profissional: ganhava 5 cruzeiros
por ensaio e 10 cruzeiros por concerto — imagine
isso para um garoto de 13 ou 14 anos, uma alegria.
Quer dizer que você se profissionalizou como músico muito cedo?
É curioso, foi realmente por acaso. Sempre fui
apaixonado por arquitetura e engenharia. Cursei escola técnica, me formei técnico em edificações e tinha
planos de fazer faculdade de arquitetura ou engenharia. Tive um professor com quem me dava muito bem
e que, pouco antes da conclusão do curso, chegou a
me convidar a trabalhar numa empresa de construção. Acabou não dando certo e, na mesma época, fui
convidado a substituir um trompista no Seminário
de Música de Blumenau. Uma coisa foi levando a outra e, em 1973, acabei sendo convidado para a Orquestra Sinfônica de Porto Alegre, que estava numa
grande fase, com músicos excelentes sob a liderança
do grande regente húngaro Pablo Komlós. Mal tinha
entrado na orquestra, e saímos em turnê pelo
Brasil: foi um batismo e tanto: aprendi muito. Depois
disso, cheguei a passar rapidamente pela Orquestra
Sinfônica de Campinas e, já em 1977, entrei na Osesp.
São quase quarenta anos com a Osesp, fale um pouco sobre
essa experiência.
A cadeira de primeira trompa é uma enorme responsabilidade, e uma orquestra como a Osesp exige
qualidade acima do normal. As turnês são o fiel da
balança: nos últimos anos, tocamos e fomos muito
aplaudidos no Avery Fisher Hall, em Nova York, na
Philharmonie, em Berlim, no Musikverein, em Viena,
no Concertgebouw de Amsterdã e nas salas mais importantes de Londres e Paris. Sem falar nas turnês brasileiras e sul-americanas. Como músico de orquestra, me sinto realizado. Pretendo continuar atuando
como músico de câmara e professor, uma vez que ao
longo desses anos todos acumulei conhecimentos que
faço questão de partilhar. E quem sabe agora vou ter
tempo para retomar minha paixão pela arquitetura?
Entrevista a RICARDO TEPERMAN.
53
SUGESTÕES DE LEITURA
Willi Reich
THE LIFE AND WORK OF ALBAN BERG
DA CAPO PRESS, 1981
Theodor Adorno
BERG: O MESTRE DA TRANSIÇÃO MÍNIMA
EDITORA UNESP, 2010
(TRADUÇÃO DE MARIO VIDEIRA)
Julian Horton
BRUCKNER'S SYMPHONIES
CAMBRIDGE UNIVERSITY PRESS, 2004
INTERNET
HTTP://WWW.ABRUCKNER.COM/
54
STANISLAW SKROWACZEWSKI REGENTE
AKIKO SUWANAI
ÚLTIMA VEZ COM A OSESP EM JUNHO DE 2007
PRIMEIRA VEZ COM A OSESP
Nascido na Polônia, em 1923,
Stanislaw Skrowaczewski
iniciou os estudos de piano
e violino aos quatro anos de
idade. Devido a um ferimento
na mão durante a Segunda
Guerra, passou a se dedicar
às atividades de composição e
regência. Foi regente titular da
Filarmônica de Breslávia, da
Orquestra Hallé e da Sinfônica
Yomiuri, em Tóquio, além de
diretor musical da Orquestra de
Minnesota e das orquestras
de Karlowice, na Cracóvia,
e Nacional de Varsóvia. Fez
turnês internacionais com
as orquestras de Filadélfia,
Real do Concertgebouw
e Nacional da França. Sua
gravação da integral das
sinfonias de Bruckner, com a
Saarbrücken Radio Symphony
Orchestra (Oehms Classics,
2004) foi indicada pela BBC
Music Magazine como uma
das dez gravações da década.
Skrowaczewski é regente
laureado da Orquestra de
Minnesota, principal regente
convidado da Deutsche Radio
Philharmonie, e regente
laureado de honra da Sinfônica
Yomiuri, em Tóquio. Várias de
suas composições receberam
importantes prêmios
internacionais, e Concerto Para
Orquestra, de 1985, e Passacaglia
Immaginaria, de 1995, foram
indicadas ao prêmio Pulitzer.
Nascida em 1972, Akiko
Suwanai estudou no Toho
Gakuen School of Music, em
Tóquio, com Toshiya Eto,
na Columbia University e na
Juilliard School of Music,
em Nova York, com Dorothy
DeLay e Cho-Liang Lin, e
também na Hochschule der
Künste, em Berlim, com
Uwe-Martin Haiberg. Em
1990, tornou-se a mais jovem
vencedora do Concurso
Internacional Tchaikovsky.
Recentemente, participou
de turnês das orquestras de
Paris, Sinfônica de Londres,
Nacional do Capitólio de
Toulouse, Filarmônica Tcheca
e Nacional da Bélgica. Já
trabalhou com maestros como
Vladimir Ashkenazy, Andrew
Davis, Lorin Maazel, David
Robertson, Susanna Mälkki,
Neeme Järvi, Sakari Oramo,
Seiji Ozawa, Tugan Sokhiev,
Esa-Pekka Salonen e Paavo
Järvi. Interpretou a estreia de
Seven - Concerto Para Violino, de
Peter Eötvös, com a Orquestra
Acadêmica do Festival de
Lucerna, sob regência de
Pierre Boulez. Em 2013,
criou o International Music
Festival NIPPON, do qual é
diretora artística.
VIOLINO
Quem conhece
música clássica precisa
ter essa coleção. Quem não
conhece precisa ainda mais.
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A Folha traz as obras dos maiores compositores da
música clássica decifradas em 25 livros-CDs
imperdíveis. Mozart, Beethoven, Bach, Villa-Lobos
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ocidental estão nessa fascinante coleção. As músicas foram selecionadas
a partir do catálogo da Deutsche Grammophon, a mais respeitada
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ORQUESTRA SINFÔNICA
DO ESTADO DE SÃO PAULO
Desde seu primeiro concerto, em
1954, a Orquestra Sinfônica do
Estado de São Paulo — Osesp
— construiu uma trajetória de
grande sucesso, tornando-se a
instituição que é hoje.
Reconhecida internacionalmente
por sua excelência, a Orquestra é
parte indissociável da cultura
paulista e brasileira, promovendo
transformações culturais e sociais
profundas. Nos primeiros anos,
foi dirigida pelo maestro Souza
Lima e pelo italiano Bruno
Roccella, mais tarde sucedidos
por Eleazar de Carvalho (1912-96), que por 24 anos dirigiu a
Orquestra e desenvolveu intensa
atividade. Nos últimos anos sob
seu comando, o grupo passou por
um período de privações. Antes
de seu falecimento, porém,
Eleazar deixou um projeto de
reformulação da Osesp. Com o
empenho do governador Mário
Covas, foi realizada a escolha do
maestro que conduziria essa nova
fase na história da Orquestra. Em
1997, o maestro John Neschling
assume a direção artística da
Osesp e, com o maestro Roberto
Minczuk como diretor artístico
adjunto, redefine e amplia as
propostas deixadas por Eleazar.
Em pouco tempo, a Osesp abre
concursos no Brasil e no exterior,
eleva os salários e melhora as
condições de trabalho de seus
músicos. A Sala São Paulo é
inaugurada em 1999 e, nos anos
seguintes, são criados os Coros
Sinfônico, de Câmara, Juvenil
e Infantil, o Centro de
Documentação Musical, os
Programas Educacionais, a
56
editora de partituras Criadores
do Brasil, e a Academia de
Música. As temporadas se
destacam pela diversificação de
repertório, e uma parceria com o
selo sueco BIS e com a gravadora
carioca Biscoito Fino garante a
difusão da música brasileira de
concerto. A criação da Fundação
Osesp, em 2005, representa um
marco na história da Orquestra.
Com o presidente Fernando
Henrique Cardoso à frente do
Conselho de Administração, a
Fundação coloca em prática
novos padrões de gestão, que
se tornaram referência no meio
cultural brasileiro. Além das
turnês pela América Latina
(2000, 2005, 2007), Estados
Unidos (2002, 2006, 2008),
Europa (2003, 2007, 2010, 2012,
2013) e Brasil (2004, 2008, 2011),
o grupo mantém desde 2008 o
projeto Osesp Itinerante, pelo
interior do estado de São Paulo,
realizando concertos, oficinas e
cursos de apreciação musical para
mais de 70 mil pessoas. Indicada
em 2008 pela revista Gramophone
como uma das três orquestras
emergentes no mundo às quais se
deve prestar atenção, e mais
recentemente (2012) tema de
destaque em publicações como o
jornal The Times e a mesma
Gramophone, a Osesp iniciou a
temporada 2010 com a nomeação
de Arthur Nestrovski como
diretor artístico e do maestro
francês Yan Pascal Tortelier
como regente titular. Em fevereiro
de 2011, o Conselho da Fundação
Osesp anuncia a norte-americana
Marin Alsop como nova regente
titular da Orquestra por um
período inicial de cinco anos, a
partir de 2012. Também a partir de
2012, Celso Antunes assume o posto
de regente associado da Orquestra.
Neste mesmo ano, em sequência a
concertos no festival BBC Proms,
de Londres, e no Concertgebouw de
Amsterdã, a Osesp é apontada pela
crítica estrangeira (The Guardian e
BBC Radio 3, entre outros) como
uma das orquestras de ponta no
circuito internacional. Lança
também seus primeiros discos pelo
selo Naxos, com o projeto de
gravação da integral das Sinfonias de
Prokofiev, regidas por Marin Alsop,
e da integral das Sinfonias de VillaLobos, regidas por Isaac
Karabtchevsky. Em 2013,
Marin Alsop é nomeada diretora
musical da Osesp e a orquestra
realiza nova turnê europeia,
apresentando-se pela primeira vez
— e com grande sucesso — na
Salle Pleyel, em Paris, no Royal
Festival Hall, em Londres, e na
Philharmonie, em Berlim. Em
2014, celebrando os 60 anos de
sua criação, a Osesp realizou turnê
por cinco capitais brasileiras.
ORQUESTRA SINFÔNICA
DO ESTADO DE SÃO PAULO
DIRETORA MUSICAL E REGENTE TITULAR
MARIN ALSOP
ACADEMIA DA OSESP
VIOLINOS
HARPA
LIUBA KLEVTSOVA
DAN TOLOMONY
GIDEONI LOAMIR
REGENTE ASSOCIADO
CELSO ANTUNES
DIRETOR ARTÍSTICO
ARTHUR NESTROVSKI
DIRETOR EXECUTIVO
MARCELO LOPES
VIOLINOS
EMMANUELE BALDINI SPALLA
DANIEL AUNER SPALLA*
TOBIAS STEYMANS SPALLA*
DAVI GRATON
YURIY RAKEVICH
LEV VEKSLER***
ADRIAN PETRUTIU
IGOR SARUDIANSKY
MATTHEW THORPE
ALEXEY CHASHNIKOV
AMANDA MARTINS
ANDREAS UHLEMANN
CAMILA YASUDA
CAROLINA KLIEMANN
CÉSAR A. MIRANDA
CRISTIAN SANDU
ELENA KLEMENTIEVA
ELINA SURIS
FLORIAN CRISTEA
GHEORGHE VOICU
INNA MELTSER
IRINA KODIN
KATIA SPÁSSOVA
LEANDRO DIAS
MARCELO SOARES
PAULO PASCHOAL
RODOLFO LOTA
SIMONA CAVUOTO
SORAYA LANDIM
SUNG-EUN CHO
SVETLANA TERESHKOVA
TATIANA VINOGRADOVA
VIOLAS
HORÁCIO SCHAEFER
MARIA ANGÉLICA CAMERON
PETER PAS
ANDRÉS LEPAGE
DAVID MARQUES SILVA
ÉDERSON FERNANDES
GALINA RAKHIMOVA
OLGA VASSILEVICH
SIMEON GRINBERG
VLADIMIR KLEMENTIEV
ALEN BISCEVIC*
SARAH PIRES*
VIOLONCELOS
WILSON SA MPAIO***
LUCA DE MURO*
HELOISA MEIRELLES
ADRIANA HOLTZ
BRÁULIO MARQUES LIMA
DOUGLAS KIER
JIN JOO DOH
MARIA LUÍSA CAMERON
MARIALBI TRISOLIO
REGINA VASCONCELLOS
RODRIGO ANDRADE SILVEIRA
CONTRABAIXOS
ANA VALÉRIA POLES
PEDRO GADELHA
MARCO DELESTRE
MAX EBERT FILHO
ALEXANDRE ROSA
ALMIR AMARANTE
CLÁUDIO TOREZAN
JEFFERSON COLLACICO
LUCAS AMORIM ESPOSITO
NEY VASCONCELOS
FLAUTAS
CLAUDIA NASCIMENTO*
PAULA MANSO*
MARISELA SAGER*
FABÍOLA ALVES PICCOLO
JOSÉ ANANIAS SOUZA LOPES
SÁVIO ARAÚJO
MATHEUS MELLO
CONTRABAIXO
RAFAEL FIGUEREDO
FLAUTA
RAUL MENEZES
OBOÉS
ARCÁDIO MINCZUK
JOEL GISIGER
NATAN ALBUQUERQUE JR.
PETER APPS
RICARDO BARBOSA
VIOLONCELO
OBOÉ
CORNE INGLÊS
CLARINETES
OVANIR BUOSI
SÉRGIO BURGANI
NIVALDO ORSI CLARONE
DANIEL ROSAS
GIULIANO ROSAS
FAGOTES
ALEXANDRE SILVÉRIO
JOSÉ ARION LIÑAREZ
ROMEU RABELO CONTRAFAGOTE
FRANCISCO FORMIGA
TROMPAS
DANTE YENQUE
OZÉAS ARANTES
PHILIP MUNDS*
ANDRÉ GONÇALVES
JOSÉ COSTA FILHO
NIKOLAY GENOV
LUCIANO PEREIRA DO AMARAL
SAMUEL HAMZEM
EDUARDO MINCZUK
ÉRICO MARQUES
PÚBLIO DA SILVA
CLARINETE
PATRICK VIGLIONI
FAGOTE
ANGE BAZZANI
FRANCISCO WELLINGTON
TROMPA
JESSICA VICENTE
TROMPETES
CRISTÓBAL ROJAS SALINAS
LUCAS ESPINDOLA
THIAGO ARAUJO
TROMBONES
HÉLIO GÓES
SILAS FALCÃO
TUBA
GABRIEL DÍAZ ARAYA
PERCUSSÃO
CARLOS DOS SANTOS
TROMPETES
FERNANDO DISSENHA
GILBERTO SIQUEIRA
ANTONIO CARLOS LOPES JR.
MARCELO MATOS
FLÁVIO GABRIEL*
TROMBONES
DARCIO GIANELLI
WAGNER POLISTCHUK
ALEX TARTAGLIA
FERNANDO CHIPOLETTI
TROMBONE BAIXO
DARRIN COLEMAN MILLING
TUBA
MARCOS DOS ANJOS JR.**
LUIZ RICARDO SERRALHEIRO*
TÍMPANOS
ELIZABETH DEL GRANDE
RICARDO BOLOGNA
PERCUSSÃO
RICARDO RIGHINI 1ª PERCUSSÃO
ALFREDO LIMA
ARMANDO YAMADA
EDUARDO GIANESELLA
RUBÉN ZÚÑIGA
TECLADOS
OLGA KOPYLOVA
DANA RADU CELESTA*
GERÊNCIA
JOEL GALMACCI GERENTE
XISTO ALVES PINTO INSPETOR
LAURA PADOVAN PASSOS
(*) MÚSICO CONVIDADO
(**) MÚSICO LICENCIADO
(***) CARGO INTERINO
OS NOMES ESTÃO RELACIONADOS
EM ORDEM ALFABÉTICA, POR CATEGORIA.
INFORMAÇÕES SUJEITAS A ALTERAÇÕES
57
CORO DA OSESP
A combinação de um grupo de
cantores de sólida formação
musical com a condução de uma
das principais regentes brasileiras
faz do Coro da Orquestra
Sinfônicado Estado de São Paulo
uma referência em música vocal
no Brasil. Nas apresentações junto
à Osesp, em grandes obras do
repertório coral-sinfônico, ou em
concertos a cappella na Sala São
Paulo e pelo interior do estado, o
grupo aborda diferentes períodos
musicais, com ênfase nos séculos
xx e xxi e nas criações de
compositores brasileiros, como
Almeida Prado, Aylton Escobar,
Gilberto Mendes, Francisco
Mignone, Liduíno Pitombeira,
João Guilherme Ripper e Villa-Lobos, entre outros. À frente do
grupo, Naomi Munakata tem
regido também obras
consagradas, que integram o
cânone da música ocidental.
Criado como Coro Sinfônico do
Estado de São Paulo em 1994,
passou a se chamar Coro da
Osesp em 2001. Em 2009, o
Coro da Osesp lançou seu
primeiro disco, Canções do Brasil,
que inclui obras de Osvaldo
Lacerda, Francisco Mignone,
Camargo Guarnieri, Marlos
Nobre, Villa-Lobos, entre
outros compositores brasileiros.
Em 2013, lançou gravação de
obras de Aylton Escobar
(Selo Osesp Digital).
AFINE SEUS SENTIDOS.
Tivoli São Paulo - Mofarrej: Hotel Oficial da Temporada OSESP 2014
TIVOLI SÃO PAULO - MOFARREJ
ALAMEDA SANTOS, 1437 | CERQUEIRA CÉSAR
SÃO PAULO | SP | BRASIL
58
PRAIA DO FORTE | SÃO PAULO | LISBOA | ALGARVE | COIMBRA | SINTRA
F: 55 11 3146 5900
E: [email protected]
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CORO DA OSESP
CORO ACADÊMICO DA OSESP
REGENTE HONORÁRIA
REGENTE
NAOMI MUNAK ATA
SOPRANOS
ANNA CAROLINA MOURA
ELIANE CHAGAS
ÉRIKA MUNIZ
FLÁVIA KELE DE SOUZA
JAMILE EVARISTO**
JI SOOK CHANG
MAYNARA ARANA CUIN
NATÁLIA ÁUREA
REGIANE M ARTINEZ MONITORA
ROXANA KOSTKA
THAÍS SCHLOENBACH**
VIVIANA CASAGRANDI
CONTRALTOS / MEZZOS
ANA GANZERT
CELY KOZUKI
CLARISSA CABRAL
CRISTIANE MINCZUK
FABIANA PORTAS
MARIA ANGÉLICA LEUTWILER
MARIA RAQUEL GABOARDI
MARIANA VALENÇA
MÔNICA WEBER BRONZATI
PATRÍCIA NACLE
LÉA L ACERDA MONITORA
SILVANA ROMANI
SOLANGE FERREIRA
VESNA BANKOVIC
M ARCOS THADEU
TENORES
ANDERSON LUIZ DE SOUSA
CARLOS EDUARDO DO NASCIMENTO
CLAYBER GUIMARÃES
ERNANI MATHIAS
FÁBIO VIANNA PERES
JOCELYN MAROCCOLO
LUIZ EDUARDO GUIMARÃES
M ÁRCIO SOARES BASSOUS MONITOR
ODORICO RAMOS
PAULO CERQUEIRA
RÚBEN ARAÚJO
BAIXOS / BARÍTONOS
ALDO DUARTE
ERICK SOUZA
FERNANDO COUTINHO RAMOS
FLAVIO BORGES
FRANCISCO MEIRA
ISRAEL MASCARENHAS
JOÃO VITOR LADEIRA
LAERCIO RESENDE
MOISÉS TÉSSALO
PAULO FAVARO
SABAH TEIXEIR A MONITOR
SILAS DE OLIVEIRA
PREPARADOR VOCAL
SOPRANOS
LAIS ASSUNÇÃO
MARIA MEDEIROS
NEGRAVAT
TATIANE REIS
CONTRALTOS
ANA LUIZA DE OLIVEIRA
CARLA CAMPINAS
CAROLINE JADACH
DANIELA LAMIM
EMILY ALVES
TENORES
BRUNO ARRABAL
ISAQUE OLIVEIRA
MARCUS LOUREIRO
MIQUEIAS PEREIRA
BAIXOS
ANDRÉ RABELLO
FÚLVIO LIMA
GABRIEL CALIXTO
LUIS FIDELIS
MARCUS OUROS
PIANISTA CORREPETIDORA
CAMILA OLIVEIRA
MARCOS THADEU
PIANISTA CORREPETIDOR
FERNANDO TOMIMURA
(*) MÚSICO LICENCIADO
(**) EM EXPERIÊNCIA NO CORO DA OSESP
GERÊNCIA
CL AUDIA DOS ANJOS GERENTE
SEZINANDO GABRIEL DE O. NETO INSPETOR
ANA CLAUDIA MARQUES DA SILVA ASSISTENTE
OS NOMES ESTÃO RELACIONADOS
EM ORDEM ALFABÉTICA, POR CATEGORIA.
INFORMAÇÕES SUJEITAS A ALTERAÇÕES
CORO INFANTIL DA OSESP
CORO JUVENIL DA OSESP
REGENTE
REGENTE
TERUO YOSHIDA
PAULO CELSO MOUR A
ALLICE SOUZA DINIZ
ANA CAROLINA DA COSTA OLIVEIRA
ANA LUIZA ROSA NAVES
CAMILA ARAÚJO FONSECA
CAMILA DOS SANTOS BRITO
CATARINA AKEMI LOPES KAWAKAMI
CATARINA PEREIRA DE OLIVEIRA MONTEIRO
CLOE PERRUT DE GODOI
EDUARDA MARQUES GROLLA
FERNANDA FERNANDES QUINTANILHA
FERNANDA MOREIRA DE CARVALHO ARANTES
FLÁVIA CORDEIRO DA SILVA
FLÁVIA MOREIRA DE CARVALHO ARANTES
FRANCISCO KRINDGES GERALDINI
GABRIELA DO NASCIMENTO LOPES DOS SANTOS
GIOVANNA MELLO CAMARGO
GUSTAVO BARRAVIERA RODRIGUES
HELLEN CRISTINA SOUZA SABINO
INGRID SANTOS CLE CHERUN
IRENE CHAPUIS FONSECA
IRINA ALFONSO FREDERICO
ISABELLA ROSSI NICODEMOS
IZABELA AMOROSO CAVALCANTE
IZABELA VIEIRA MARCIANO
JACQUELINE LADEIA PEREIRA CASTANHO
JENNIFER ANNE SANTANA DA SILVA
JULIA CORRÊA OLIVEIRA
JULIA RIBEIRO MONTIN
KELLY IBANE PAIM IGNÁCIO
LETÍCIA ARAÚJO FONSECA
LOHANNA SOUZA SANTOS DE LIMA
LUARA MASCARENHAS NASCIMENTO
LUCAS SHOJI
LUCIANA GUEDES GERMANO
LUÍSA LOPES PETEAN
LUIZ ROBERTO QUINTEROS DOS SANTOS
MARIANE ELOAR SILVA CAMARGO
MARIANNE DE SOUZA PRINA
MARINA CELANI GUEDES
MARINA GARCIA CUSTÓDIO
MINA CHYNN KU ALBUQUERQUE
MONIQUE PEREIRA MOLINA
NATHALIA GRILLO DOMINGOS
PAULA CAETANO LEITE
PAULA SANTANA SCHIMIT
PRISCILA CARDOSO TEIXEIRA
RAFAELLA MARTINS SILVA
RENATA GARCIA CUSTÓDIO
RENATA LAHAT
SARA HELEN DA SILVA
SOFIA MARTINS RIBEIRO COELHO DE MAGALHÃES
SOFIA SPASSOVA COSTA
SOPHIA ALFONSO FREDERICO
STÉPHANIE DE FÁTIMA DA SILVA VIANNA
VICTORIA BEATRIZ SOUZA NIZA
VITORIA COSTA DE SOUSA
YOHANA ROCHA GRANATTA
YSA PAULA DA COSTA OLIVEIRA
PIANISTA CORREPETIDORA
DANA RADU
ALAN SANTOS RODRIGUES DE OLIVEIRA
ALINE THAIS MORAES DURÁN
AMANDA BISPO FERREIRA DA SILVA
ANAÍS LEVIN
ANDRESSA DANIELLA SANTOS
BEATRIZ RIBEIRO MONTIN
BIANCA CARVALHO DE ALMEIDA
CARINA BISPO MIRANDA
CARLOS HENRIQUE BUENO DA COSTA
CHIARA BISTÃO GUTTIERI
DIEGO LOURENÇO BARROS DE SOUZA
EDGAR MOISES DA SILVA BALDOINO
FELICIA GOMES WAHHAB
FERNANDA LOUREIRO CORRÊA
GABRIEL BALLARÉ LIMA
GABRIELA SCHLEDER DO CARMO
GIOVANNA MARIA SILVA CANDIDA
HENRIQUE IBANE PAIM IGNACIO
HENRIQUE SILVA PEDROSO
JESSICA CANCIO DE OLIVEIRA
JOSEPH CRISTO
JÚLIA PISSATO DE ALMEIDA PRADO
JULIANA LUCCA DE BITTENCOURT FIALHO
LARISSA ACELINA CASIMIRO DE QUEIROZ
LEONARDO OLIVEIRA DE LIMA
LUIZA SAMPAIO BENTO COSTA
LYGIA POLIA SANTIAGO SAMPAIO
MARIA CLARA PERRUT DE GODOI
MARINA DA SILVA MARTINS
MYRIAM BERNARDO DE SOUSA SANTOS
NATHAN VIVEIROS VIANA
NOEMI RAQUEL BATISTA DA SILVA
PAULA DE CASTRO UZEDA
PEDRO VINICIUS VERGARA SILVA MAGALHÃES
RENATO FRITZ HOEFLER
SAMUEL CESAR MATHEUS
SARA REGINA VIEIRA ANTOLINI
THALYA TIFFANY CHAVES
THIAGO CONSTANTINO
VICTÓRIA ANDREZZA PRADO PEREZ
VINICIUS COSTA JALOTO
YASMIN MARIA AMIRATO
PIANISTA
DANA RADU
59
Sinal Verde
para a CULTURA
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FUNDAÇÃO OSESP
PRESIDENTE DE HONRA
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
PRESIDENTE
FÁBIO COLLETTI BARBOSA
VICE-PRESIDENTE
HEITOR M ARTINS
CONSELHEIROS
ALBERTO GOLDMAN
ANTONIO QUINTELLA
ELIANA CARDOSO
HELIO MATTAR
JOSÉ CARLOS DIAS
LILIA MORITZ SCHWARCZ
MANOEL CORRÊA DO LAGO
SÁVIO ARAÚJO
DIRETORIA ARTÍSTICA
ARTHUR NESTROVSKI
DIRETOR ARTÍSTICO
ISABELA PULFER ASSISTENTE
DANNYELLE UEDA ASSISTENTE
PLANEJAMENTO ARTÍSTICO
ENEIDA MONACO COORDENADORA
FLÁVIO MOREIRA
MARKETING
CARLOS HAR ASAWA
DIRETOR
ASSINATURAS
RAFAEL SANTOS
MARIA LUIZA DA SILVA
THAIS OLIVEIRA DE SOUSA
ANA CARLA MENEZES*
CAPTAÇÃO PESSOA FÍSICA
FESTIVAL INTERNACIONAL DE
INVERNO DE CAMPOS DO JORDÃO
FÁBIO ZANON COORDENADOR ARTÍSTICO-PEDAGÓGICO
ASSISTENTE
ÁTILLA OLIVEIRA
RITA PIMENTEL
GABRIELLE A. DE OLIVEIRA COELHO*
EVENTOS
MAUREN STIEVEN
ELIANE RIBEIRO TOLDO DE OLIVEIRA
THAIS YAMAGA*
RELACIONAMENTO PARCEIROS
CONSELHO DE ORIENTAÇÃO
CAROLINA BIANCHI
BEATRIZ YUMI AOKI
PEDRO MOREIRA SALLES
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
CELSO LAFER
HORACIO LAFER PIVA
JOSÉ ERMÍRIO DE MORAES NETO
JURÍDICO
DANIELLA ALBINO BEZERRA GERENTE
VINICIUS CARLOS SANTOS
VINICIUS KOPTCHINSKI ALVES BARRETO
NATÁLIA LIMA
OLIVIA TORNELLI
MATHEUS RIBEIRO*
CONSELHO FISCAL
CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO MUSICAL
E EDITORA CRIADORES DO BRASIL
ANTONIO CARLOS NEVES PINTO COORDENADOR
COMUNICAÇÃO
M ARCELE LUCON GHEL ARDI
JÂNIO GOMES
MANOEL BIZARRIA GUILHERME NETO
MIGUEL SAMPOL POU
CONSELHO CONSULTIVO
ANTONIO CARLOS CARVALHO DE CAMPOS
ANTONIO CARLOS VALENTE
ANTONIO PRATA
AUGUSTO RODRIGUES
DENISE FRAGA
DRAUZIO VARELLA
EDUARDO GIANNETTI
EDUARDO GRAEFF
EUGÊNIO BUCCI
FÁBIO MAGALHÃES
FRANCISCO VIDAL LUNA
GUSTAVO ROXO
HELOISA FISCHER
JAC LEIRNER
JAYME GARFINKEL
JOÃO GUILHERME RIPPER
JOSÉ HENRIQUE REIS LOBO
JOSÉ PASTORE
JOSÉ ROBERTO WITHAKER PENTEADO
LORENZO MAMMÌ
LUIZ SCHWARCZ
MONICA WALDVOGEL
NELSON RUSSO FERREIRA
PAULO ARAGÃO
PEDRO PARENTE
PÉRSIO ARIDA
PHILIP YANG
RAUL CUTAIT
RICARDO LEAL
RICARDO OHTAKE
SERGIO ADORNO
STEFANO BRIDELLI
TATYANA ARAÚJO DE FREITAS
THILO MANNHARDT
VITOR HALLACK
WILLIAM VEALE
ZÉLIA DUNCAN
DIRETORIA EXECUTIVA
MILTON TADASHI NAKAMOTO
HERON MARTINS SILVA
CÉSAR AUGUSTO PETENÁ
GUILHERME DA SILVA TRIGINELLI
LEONARDO DA SILVA ANDRADE
LUCIANO RAMOS ROSSA
ROBERTO DORIGATTI
TAMIKO SHIMIZU
MARINA TARATETA FRANCO DE OLIVEIRA
DANIELE FIERI SILVA****
EDIMILLA SILVA FERREIRA***
VINICIUS ANTONIO DOS SANTOS
ATIVIDADES EDUCACIONAIS
ROGÉRIO ZAGHI COORDENADOR
ACADEMIA
CAMILA ALESSANDRA RODRIGUES DA SILVA
JULIANA MARTINS VASSOLER
DANA MIHAELA RADU PIANISTA CORREPETIDORA
EDUCAÇÃO MUSICAL
HELENA CRISTINA HOFFMANN
ISABELLA FRAGA LOPES PEREIRA
SIMONE BELOTTI
DANIELA DE CAMARGO SILVA
DENILSON CARDOSO ARAÚJO
RELACIONAMENTO PATROCINADORES
GERENTE
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ARTES GRÁFICAS
BERNARD WILLIAM CARVALHO BATISTA
IZABEL MENEZES
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IMPRENSA
ALEXANDRE AUGUSTO ROXO FELIX
ELDER MAGALHÃES*
MÍDIAS DIGITAIS
FABIANA GHANTOUS
DANIELA COTRIM
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PUBLICAÇÕES E IMPRESSOS
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PUBLICIDADE
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CORO ACADÊMICO
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REGENTE
EDUCAÇÃO PATRIMONIAL
RENATA LIPIA LIMA
THAIS RIBEIRO DUQUE*
CAROLINA OLIVEIRA RESSUREIÇÃO*
RENATA GARCIA CRUZ*
CONTABILIDADE
IM ACUL ADA C. S. OLIVEIR A
GERENTE
LEONARDO QUEIROZ
LUIMARI RODRIGUES
VALÉRIA DE ALMEIDA CASSEMIRO
ANA CAROLINA AZEVEDO*
FINANCEIRO
FABIANO CASSANELLI DA SILVA
VERA LUCIA DOS SANTOS SOUZA
AILTON GABRIEL DE LIMA JR
JANDUI APRIGIO MEDEIROS FILHO
VANIA MARIA ALENCAR
GERENTE
MARCELO LOPES DIRETOR EXECUTIVO
FAUSTO A. MARCUCCI ARRUDA SUPERINTENDENTE
ASSISTENTES
JULIANA DIAS FRANÇA
CAROLINA BORGES FERREIRA
61
DIVISÃO OPERACIONAL
ANALIA VERÔNICA BELLI
DIVISÃO ADMINISTRATIVA
GIACOMO CHIARELL A GERENTE
CAROLINA BENKO SGAI
GUSTAVO PAIM GOLÇALVES**
RAFAEL LOURENCO PATRICIO
SANDRA APARECIDA DIAS
ALESSANDRA CIMINO
RODRIGO MALUF RAMOS DA SILVA
ANA NELY BARBOSA DE LEMOS
LUCAS GOMES MARINHO MARTINS
MAYLIME MONTEIRO DIAS DE ABREU
SERVIÇO DE VOLUNTÁRIOS
ANA CLAUDIA MARQUES DA SILVA
SERVIÇOS TERCEIRIZADOS
DEPARTAMENTO DE OPERAÇÕES
MARIA TERESA ORTONA FERREIRA
MÔNICA CÁSSIA FERREIR A
MANUTENÇÃO E OBRAS
DANIEL A VIEGAS M ARCONDES
MURILO SOBRAL COELHO
OSVALDO DE SOUZA BRITTO
MARCIEL BATISTA SANTOS
FELIPE DE CASTRO LEITE LAPA
MAYCON ROBERTO SILVA*
JOSÉ AUGUSTO SÃO PEDRO
RAIMUNDO HERMÍNIO DOS SANTOS
GERENTE
RECURSOS HUMANOS
LEONARDO DUTR A DI PIA ZZA
GERENTE
ELIANA VALENTINI SASAKI
MARLENE APARECIDA DE ALMEIDA SIMÃO
CAMILA SANTANA DE ARAUJO
INFORMÁTICA
MARCELO LEONARDO DE BARROS
GEOVANNI SILVA FERREIRA
GUSTAVO TADEU CANOA MORGADO
VANDERLEI GOMES DA SILVA*
COMPRAS E SUPRIMENTOS
DEISE PEREIRA PINTO
JEFERSON ROCHA DE LIMA
MARIA DE FÁTIMA RIBEIRO DE SOUSA
ROSELI FERNANDES
ALMOXARIFADO
WILSON RODRIGUES DE BARROS
JORGE LUIZ MUNIZ FERREIRA
ARQUIVO
EDUARDO DE CARVALHO
ISABEL DE CÁSSIA CREMA GONÇALVES
SAYONARA SOUZA DOS SANTOS
RECEPÇÃO
ALEX DE ALMEIDA ALQUIMIM
EUNICE DE FALCO ASSIS
FERNANDA HELEN DE SOUZA
CATIANE ARAUJO DE MELO
NAGELA GARDENE SILVA NOGUEIRA
SERVIÇO DE COPA
LUCILEIA NOVAIS JARDIM
62
GERENTE
DEPARTAMENTO PRODUÇÃO — OSESP
GERENTE
REGIANE SAMPAIO BEZERRA
ANGELA DA SILVA SARDINHA
BRUNO SOUZA SOARES
CRISTIANO GESUALDO
FABIANE DE OLIVEIRA ARAUJO
GUILHERME VIEIRA
LARISSA BALEEIRO DA SILVA
VINICIUS GOY DE ARO
VINICIUS PIMENTEL TELES**
SIDNEY AUGUSTO DE OLIVEIRA MINGHIN**
DEPARTAMENTO TÉCNICO
K ARINA FONTANA DEL PAPA
EDNILSON DE CAMPOS PINTO
ERIK KLAUS LIMA GOMIDES
ELIEZIO FERREIRA DE ARAUJO
GERENTE
INDICADORES
ANA PAULA DO NASCIMENTO GOMES*
ANDERSON BENI
BRENDA KOSCHEL DE FARIAS*
BRUNO GUILHERMINO DE FRANÇA SILVA
DEBORA REGINA ARRUDA PARDO*
FERNANDA LÉ DE OLIVIEIRA*
FABRICIO DE FREITAS SILVA
ISRAEL DIAS DE LIMA*
JOÃO LUCAS BRESSAN*
LARISSA BALEEIRO DA SILVA*
MARCIA SINTIA LINS RIBEIRO*
MARCO AURELIO GIANELLI VIANNA DA SILVA*
MARIA JOCELMA A. R. NISHIUCHI
MARIANA DE ALMEIDA NEVES
NATANAEL AGOSTINHO JOAQUINHO
TASSIANA DE SOUZA RODRIGUES*
CAMAREIRAS
IVONE DAS PONTES
MARIA DO SOCORRO DA SILVA
ILUMINAÇÃO
CARLOS EDUARDO SOARES DA SILVA
DOUGLAS ALVES DE ALMEIDA
SOM
EVANDO CARVALHO FERREIRA
FERNANDO DIONISIO VIEIRA DA SILVA
MAURO SANTIAGO GOIS
RENATO FARIA FIRMINO
MONTAGEM
RODRIGO BATISTA FERREIRA
BENEDITO JUNIOR RODRIGUES COSTA
CARLOS HENRIQUE N. DOS SANTOS
EDGAR PAULO DA CONCEIÇÃO
EMERSON DE SOUZA
GERSON DA SILVA
JOSÉ CARLOS FERREIRA
JÚLIO CESAR BARRETO DE SOUZA
PAULO ALBERTO CORREA PAIXÃO
REINALDO ROBERTO SANTOS
CONTROLADORES DE ACESSO
SANDRO MARCELLO SAMPAIO MIRANDA
ADAILSON DE ANDRADE
EMILIO DO PRADO RODRIGUES
HUMBERTO ALVES CAROLINO
JULIO CESAR ROSA
LEANDRO VICENTE SVET
NIZINHO DEIVID ZOPELARO
REGIVALDO LOPES DE SOUZA
RODNEI DE ALMEIDA MINGHIN
RONALDO DE LIMA QUIRINO
SANDRO SILVESTRE DA SILVA
(*) ESTAGIÁRIOS
(**) APRENDIZES
(***) LICENCIADO
(****) TEMPORÁRIO
, tocar notícia é como fazer uma sinfonia.
A CBN não toca música.
Mas a equipe de âncoras é afinadíssima.
Os comentaristas são virtuoses da palavra e da informação jornalística.
63
WÁLTER MAIEROVITCH
VIVIANE MOSÉ
SERGIO ABRANCHES
ROSEANN KENNEDY
ROBERTO NONATO
PETRIA CHAVES
MÍLTON JUNG
MERVAL PEREIRA
MAX GEHRINGER
MAURO HALFELD
MAURICIO KUBRUSLY
MARIO SERGIO CORTELLA
MARIO MARRA
MARCIO ATALLA
MARCELO MADUREIRA
MARA LUQUET
LUIZ GUSTAVO MEDINA
KENNEDY ALENCAR
Para os jornalistas da
JUCA KFOURI
JOSÉ GODOY
JORGE LUCKI
GILBERTO DIMENSTEIN
FLAVIO GIKOVATE
FERNANDO GABEIRA
FERNANDO ABRUCIO
FABÍOLA CIDRAL
ETHEVALDO SIQUEIRA
DEVA PASCOVICCI
DAN STULBACH
CRISTINA COGHI
CAROLINA MORAND
CARLOS JULIO
CARLOS EDUARDO ÉBOLI
CARLOS ALBERTO SARDENBERG
ARTUR XEXÉO
ARNALDO JABOR
ANDRÉ TRIGUEIRO
ANDRÉ SANCHES
APOIE SUA
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Há boas razões para ser um Associado Osesp
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2
3
Concertos didáticos para mais de 110 mil crianças e jovens e 1.154
vagas ao ano para professores multiplicadores da apreciação musical;
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ADHEMAR MARTINHO DOS SANTOS
ADRIANA MAZIEIRO REZENDE
ADRIANA RAVANELLI RIBEIRO GILLIOTTI
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ALBERTO CAZAUX
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ALEXANDRE LEAO FERREIRA
ALEXANDRE SILVESTRE
ALFREDO JOSÉ MANSUR
ALIDA MARIA FLEURY BELLANDI
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ALVARO FURTADO
ANA CAROLA HEBBIA LOBO MESSA
ANA CAROLINA ALBERO BELISÁRIO
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ANATOLY TYMOSZCZENKO
ANDRÉ CAMINADA
ANDRE GUYVARCH
ANDRÉ LUIZ DE MEDEIROS M. DE BARROS
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ANTONIO AILTON CASEIRO
ANTONIO CAPOZZI
ANTONIO CARLOS MANFREDINI
ANTONIO CARLOS REBELLO DA SILVA
ANTONIO CLARET MACIEL SANTOS
ANTONIO DE JESUS MENDES
ANTONIO DIMAS
ANTONIO MARCOS VIEIRA SANTOS
ANTONIO QUINTELLA
ANTONIO ROBERTO LUMINATI
ANTONIO SALATINO
ARNALDO MALHEIROS
ARTUR HENRIQUE DE TOLEDO DAMASCENO
AVA NICOLE DRANOFF BORGER
BARBARA HELENA KLEINHAPPEL MATEUS
BELA FELDMAN - BIANCO
BERTHA ROSENBERG
CARLO CELSO LENCIONI ZANETTI
CARLOS ALBERTO DE SÁ LEAL
CARLOS ALBERTO MATTOSO CISCATO
CARLOS ALBERTO PINTO DE QUEIROZ
CARLOS ALBERTO WANDERLEY JUNIOR
CARLOS EDUARDO ALMEIDA MARTINS DE ANDRADE
CARLOS EDUARDO CIANFLONE
CARLOS EDUARDO MORI PEYSER
CARLOS EDUARDO SEO
CARLOS INÁCIO DE PAULA
CARLOS MACRUZ FILHO
CARLOS ROBERTO APPOLONI
CARLOS ROBERTO PEREIRA
CARLOTA THALHEIMER
CARMEM LUIZA GONZALEZ DA FONSECA
CARMEN GOMES TEIXEIRA
CÁSSIO DREYFUSS
CÉLIA MARISA PRENDES
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CELINEA VIEIRA PONS
CÉLIO CORRÊA DE ALMEIDA FILHO
CESAR AUGUSTO CONFORTI
CESARE TUBERTINI
CHISLEINE FÁTIMA DE ABREU
CHRISTIANO DE BARROS
CIBELE RIVA RUMEL
CID BANKS LOUREIRO
CIRILO LEMES DE CASTRO
CLARICE BERCHT
CLAUDIA HELENA PLASS
CLAUDIA SERRANO DE AZEVEDO
CLÁUDIO AUGUSTO DE MEDEIROS CÂMARA
CLAUDIONOR SPINELLI
CLODOALDO APARECIDO ANNIBAL
CLOVIS LEGNARE
CRISTIANO V. F. MIANO
CRISTINA MARIA MIRA
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DANIEL BLEECKER PARKE
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DANIEL RICARDO BATISTA TEIXEIRA
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DÉCIO PEREIRA COUTINHO
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DOUGLAS CASTRO DOS REIS
DULCIDIVA PACCANELLA
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EDMUNDO LUCIO GIORDANO
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ELIAS AUDI JÚNIOR
ELIEZER SCHUINDT DA SILVA
ELISABETH BRAIT
ELISEU MARTINS
ELLEN SIMONE DE AQUINO OLIVEIRA PAIVA
ELOISA CRISTINA MARON
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ELZA MARIA ROCHA PADUA
EMA ELIANA TARICCO DE FIORI
EMILIO EUGÊNIO AULER NETO
ERICK FIGUEIREDO RODRIGUES
ERIKA DANTAS KACHY
ERIKA ROBERTA DA SILVA
ERWIN NOGUEIRA DE ANDRADE
ESMERIA ROVAI
ETSUKO IKEDA DE CARVALHO
EURICO RIBEIRO DE MENDONÇA
EVANDRO BUCCINI
FÁBIO BATISTA BLESSA
FABIO COLLETTI BARBOSA
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LUIZ GONZAGA PINTO SARAIVA (IN MEMORIAN)
MARCEL PONS ESPARO
MARCELO ANCONA LOPEZ
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MARCELO JUNQUEIRA ANGULO
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MÁRIO NELSON LEMES
MARJORIE DE OLIVEIRA ZANCHETTA
MARLENE ADAME GARCIA
MASATAKE HASEYAMA
MAURICIO CASTANHO TANCREDI
MAURICIO GOMES ZAMBONI
MAURICIO YASUDA
MAURO FISBERG
MAURO NEMIROVSKY DE SIQUEIRA
MAYSA CERQUEIRA MARIN AUDI
MEIRE CRISTINA SAYURI MORISHIGUE
MERCIA LUCIA DE MELO NEVES CHADE
MESSIAS MACIEL DO PRADO
MICHAEL HARADOM
MICHEL CUNHA TANAKA
MICHELE SOPHIA LOEB CHAZAN
MIGUEL LOTITO NETTO
MIGUEL PARENTE DIAS
MIGUEL SAMPOL POU
MIGUEL VITUZZO FILHO
MIRIAM DE SOUZA KELLER
MÔNICA ASSUMPÇÃO PIMENTEL DE MELLO
MONICA MARIA GOMES FERREIRA
MÔNICA MAZZINI PERROTTA
NADIR DA GLORIA H. CERVELLINI
NANCY ZAMBELLI
NAPOLEON GOH MIZUSAWA
NATALIA KRUGER
NATANIEL PICADO ALVARES
NELI APARECIDA DE FARIA
NÉLIO GARCIA DE BARROS
NELSON ANDRADE
NELSON DE ALMEIDA GONÇALVES
NELSON MERCHED DAHER FILHO
NELSON PEREIRA DOS REIS
NELSON VIEIRA BARREIRA
NEUSA MARIA DE SOUZA
NILTON DIVINO D'ADDIO
NOEMIA PEREIRA NEVES
OLAVO AZEVEDO GODOY CASTANHO
ORLANDO CESAR O. BARRETTO
OSCAR WINDMÜLLER
OSNI APARECIDO SANCHEZ
OSWALDO HENRIQUE SILVEIRA
OTAVIO DE SOUZA RAMOS
OTÁVIO ROBERTI MACEDO
OZIRIS DE ALMEIDA COSTA
PABLO BASILIO DE SA LEITE CHAKUR
66
PASCHOAL MILANI NETTO
PASCHOAL PAULO BARRETTA
PATRÍCIA GAMA
PATRÍCIA LUCIANE DE CARVALHO
PAULO APARECIDO DOS SANTOS
PAULO DE TARSO NERI
PAULO DE TOLEDO PIZA
PAULO EMÍLIO PINTO
PAULO MENEZES FIGUEIREDO
PAULO ROBERTO CAIXETA
PAULO ROBERTO PORTO CASTRO
PAULO ROBERTO SABALAUSKAS
PAULO SERGIO JOÃO
PEDRO HERZ
PEDRO LACERDA DE CAMARGO
PEDRO MORALES NETO
PEDRO RIBEIRO AZEVEDO
PEDRO SÉRGIO SASSIOTO
PEDRO SPYRIDION YANNOULIS
PERCIVAL HONÓRIO DE OLIVEIRA
PETER GREINER
PLINIO TADEU CRISTOFOLETTI JUNIOR
PROVVIDENZA BERTONCINI
RAFAEL D'ANDREA
RAFAEL GOLOMBEK
RAPHAEL PEREIRA CRIZANTHO
RAQUEL SZTERLING NELKEN
REBECA LÉA BERGER
REGINA HELENA DA SILVA
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REGINA VALÉRIA DOS SANTOS MAILART
REINALDO MORANO FILHO
REMO TRIGONI JÚNIOR
RENATA KUTSCHAT
RENATA SIMON
RENATO VOLPE DE ANDRADE
RENÉ HENRIQUE GÖTZ LICHT
RICARDO ANSAI
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RICARDO BONANTE SCHIESARO
RICARDO GUILHERME BUSCH
RICARDO PAULINO MARQUES
RICARDO SAMPAIO DE ARAUJO
RICARDO VON DOLLINGER MARTIN
RITA DE CASSIA BARRADAS BARATA
ROBERT A. WALL
ROBERTO CASTELLO WELLAUSEN
ROBERTO GONCALVES BORBA
ROBERTO LASMAN
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ROBERTO MORETTI BUENO
ROBERTO SERGIO SERGI
ROGÉRIO TABET DE OLIVEIRA
ROLAND KOBERLE
ROSA MARIA PESSÔA RANGEL
ROSANA TAVARES
ROSELI RITA MARINHEIRO
ROSICLER ALBUQUERQUE DE SOUSA
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SALVATOR LICCO HAIM
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SANDRA MARIA MATTA
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SARAH VALENTE BATTISTELLA
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SÉRGIO HENRIQUE DE ANDRADE PEREIRA
SERGIO PAULO RIGONATTI
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SIDNEI FORTUNA
SILVIA CINTRA FRANCO
SÍLVIA REGINA FRANCESCHINI
SILVIO ALEIXO
SILVIO ANTONIO SILVA
SILVIO CHEBABI TEIXEIRA DE VASCONCELOS
SILVIO PARTITI
SOLANGE RIGONATTI
SONIA MARGARIDA CSORDAS
SONIA MARIA LEITE
SONIA MARIA SCHINCARIOLI
SONIA PONZIO DE REZENDE
STEPHAN WOLYNEC
SUELI DA SILVA MOREIRA
SUELI MARINO
SUSANA AMALIA HUGHES SUPERVIELLE
SUZETE GARCIA DE MOURA
TACIO LACERDA GAMA
TARCÍSIO SARAIVA RABELO JR
TEREZINHA APARECIDA SÁVIO
THEREZINHA PRADO DE ANDRADE GOMES
THOMAZ WOOD JUNIOR
TOMASZ KOWALTOWSKI
TONI GUEDE PELLICER
URBANO ALENCAR MACHADO
VALDIR RODRIGUES DE SOUZA
VALÉRIA DOS SANTOS GABRIEL
VALÉRIA GADIOLI
VANIA CURI YAZBEK
VERA DA CONCEIÇÃO FERNANDES HACHICH
VERA LUCIA PERES PESSÔA
VERA PAPINI DE S. M. R. DA COSTA
VERÔNICA HEINZ
VICENTE PAIVA CORREIA LIMA
VILMA PEREIRA RIVERO VELLA
VITÓRIO LUIS KEMP
VIVIANA SAPHIR DE PICCIOTTO
WAGNER NIELS BOJLESEN
WALDEMAR COELHO HACHICH
WALDEMAR TARDELLI FILHO
WALLACE CHAMON ALVES DE SIQUEIRA
WALTER JACOB CURI
WALTER RIBEIRO TERRA
WANDER AZEVEDO
WASHINGTON KATO
WILIAM BASSITT
WILMA PARTITI FERREIRA
WILMAR DIAS DA SILVA
WILTON QUEIROZ DE ARAUJO
YARA AP. DOS SANTOS
YOJI OGAWA
YVAN LEONARDO BARBOSA LIMA
ZELITA CALDEIRA FERREIRA GUEDES
ZILDA KNOPLOCH
ZILMA SOUZA CAVADAS
ZOROASTRO CERVINI ANDRADE
120 ASSOCIADOS ANÔNIMOS
RELAÇÃO DE NOMES ATUALIZADAS EM 18/09/2014
ASSOCIE-SE!
PAR A OUTR AS INFOR M AÇÕES SOBRE
O PROGR A M A SUA ORQUESTR A, ACESSE:
W W W.OSESP.ART.BR/SUAORQUESTR A
OU ENTRE EM CONTATO PELO TELEFONE
11 3367-9580
INFORMAÇÕES ÚTEIS
PRECISO ME PREPARAR PARA
OS CONCERTOS?
QUANDO APLAUDIR?
COMO DEVO ESTAR VESTIDO?
Não é necessário conhecimento
prévio para assistir e apreciar
a música apresentada pela Osesp.
Entretanto, conhecer a história
dos compositores e as circunstâncias
das composições traz novos
elementos à escuta. Com início
uma hora antes dos concertos da
série sinfônica, aulas de cerca
de 45 minutos de duração
abordam aspectos diversos
das obras do programa a ser
apresentado pela Osesp na
mesma data.
Para participar, basta apresentar
o ingresso avulso ou de assinatura
para o respectivo concerto.
Nas Revistas você também
encontra comentários de
musicólogos e especialistas
em linguagem acessível.
É tradição na música clássica
aplaudir apenas no final
das obras. Preste atenção, pois
muitas peças têm vários movimentos,
com pausas entre eles. Se preferir,
aguarde e observe o que faz a maioria.
É fundamental que você se sinta
confortável em sua vinda à Sala
São Paulo. Entretanto, assim como
não usamos roupas sociais na praia,
é costume evitar bermudas ou
chinelos numa sala de concertos.
CHEGANDO ATRASADO
E NA HORA DA TOSSE?
No início do concerto ou após
o intervalo, as portas da sala de
concerto serão fechadas logo
depois do terceiro sinal. Se
lhe for permitido entrar
entre duas obras, siga as
instruções de nossos indicadores
e ocupe rápida e silenciosamente
o primeiro lugar vago que
encontrar. Precisando sair,
faça-o discretamente,
ciente de que não será
possível retornar.
Não queremos que você
se sinta desconfortável
durante as apresentações.
Como prevenção, colocamos
à disposição balas (já sem
papel), que podem ser
encontradas nas mesas do
hall da Sala. Lembre-se que
um lenço pode ser muito
útil para abafar a tosse.
SOMENTE MÚSICA
IMPORTANTE
Diferentemente de outros
gêneros musicais, a música
de concerto valoriza detalhes
e sons muito suaves; assim,
o silêncio por parte da plateia
é muito importante.
Telefones celulares
e outros aparelhos
eletrônicos devem
permanecer desligados,
ou em modo silencioso,
durante os concertos.
Além do som, também
a luz desses aparelhos
pode incomodar.
Pensando em seu conforto, além
da implantação das três saídas para
facilitar o fluxo de veículos após
os concertos, outra melhoria foi
aplicada ao nosso estacionamento:
agora você retira o comprovante
(ticket) na entrada e efetua
o pagamento em um dos caixas,
localizados no 1o subsolo (ao lado da
bilheteria) e no hall principal da Sala
São Paulo. A forma de pagamento
também melhorou; além de cartão
de crédito e débito, você pode
utilizar o sistema Sem Parar/Via Fácil.
Lembre-se: o ticket pode ser pago
a qualquer hora, desde sua entrada
até o final da apresentação. Antecipese. Não espere o final do concerto:
pague assim que entrar ou durante
o intervalo. Dessa forma, você evita
filas, otimiza seu tempo e aproveita
até o último acorde.
FUMAR, COMER E BEBER
Fumar em ambientes fechados
é proibido por lei; lembre-se
também de que não é permitido
comer ou beber no interior da
sala de concertos.
CRIANÇAS
As crianças são sempre
bem-vindas aos concertos,
e trazê-las é a melhor forma
de aproximá-las de um
repertório pouco tocado
nas rádios e raramente
explorado pelas escolas.
Aos sete anos, as crianças
já apresentam uma capacidade
de concentração mais
desenvolvida, por isso
recomendamos trazê-las
a partir dessa idade.
Aconselhamos a escolha
de programas específicos
e que não ultrapassem os
60 minutos de duração.
67
REVISTA OSESP
OUTUBRO 2014
O CONTEÚDO DAS NOTAS
DE PROGRAMA É DE RESPONSABILIDADE
DE SEUS RESPECTIVOS AUTORES
ISSN 2238-0299
EDIÇÃO FINALIZADA EM
25 DE AGOSTO DE 2014
EDITOR
RICARDO TEPERMAN
PREPARAÇÃO DE TEXTO
ANA CECÍLIA AGUA DE MELLO
SUPERVISÃO EDITORIAL
FERNANDA SALVETTI MOSANER
LAÍS VARIZI
REVISÃO
FLÁVIO CINTRA DO AMARAL
PROJETO GRÁFICO
FUNDAÇÃO OSESP
DIAGRAMAÇÃO
IZABEL MENEZES
CRÉDITOS:
CRÉDITOS
CHELPA FERRO © CHELPA FERRO
OUTONO NO PARQUE DA REDENÇÃO II © FUNDAÇÃO IBERÊ CAMARGO
RUBENS © DOMÍNIO PÚBLICO
MACMILLAN © HANS VAN DER WOERD
BROADWAY © GENERAL PHOTOGRAPHIC AGENCY / STRINGER
CAPELA SISTINA © LEEMAGE / CONTRIBUTOR
BRUCKNER © ARTHUR NESTROVSKI
OZÉAS ARANTES © RODRIGO ROSENTHAL
MARIN ALSOP © CLAUDIO LEHMANN
NATHALIE STUTZMANN © SIMON FOWLER
NAOMI MUNAKATA © GLORIA FLUGEL
MARCOS THADEU © DIVULGAÇÃO
CORO DA OSESP © ANA FUCCIA
TERUO YOSHIDA © DANIELA GUERRA
JAMES MACMILLAN © HANS VAN DER WOERD
EIJI OUE © T. ILIJIMA
MAKOTO OZONE © KISHIN SHINOYAMA
ANDREW MANZE © FELIX BROEDE
FRANCESCO PIEMONTESI © MARCO BORGGREVE
STANISLAW SKROWACZEWSKI © TOSHIYUKI URANO
AKIKO SUWANAI © KIYOTAKA SAITO
OSESP © ALESSANDRA FRATUS
A REVISTA OSESP ENVIDOU TODOS OS ESFORÇOS PARA LICENCIAR AS IMAGENS
E TEXTOS CONTIDOS NESTA EDIÇÃO. TEREMOS PRAZER EM CREDITAR OS PROPRIETÁRIOS
DE DIREITOS QUE PORVENTURA NÃO TENHAM SIDO LOCALIZADOS.
SALA SÃO PAULO
FUNDAÇÃO OSESP
PRAÇA JÚLIO PRESTES, 16
T 11 3367.9500
LOCAÇÃO DE ESPAÇOS NA SALA SÃO PAULO
[email protected]
ANÚNCIOS NA REVISTA OSESP
[email protected] | 11 3367.9556
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AR
TE
NA
CA
PA
Cada número da Revista Osesp traz na
capa uma obra de artista brasileiro
contemporâneo, do acervo da Pinacoteca
do Estado de São Paulo.
Os trabalhos foram selecionados pela
curadora--chefe da Pinacoteca, Valéria Piccoli,
juntamente com o diretor artístico da Osesp,
cobrindo seis décadas de história da orquestra,
seguindo cronologicamente o tema da
Temporada 2014: "Na Paisagem dos Sessenta".
Feres Khoury
Urupês, SP, 1951
Sem título, 2004
ponta-seca e brunidor sobre papel
30 x 29,5 cm (área impressa);
54 x 39,5 cm (suporte)
Acervo da Pinacoteca do
Estado de São Paulo, Brasil.
Doação do artista, 2005
Crédito fotográfico: Alessandra Fratus
Feres Khoury (Urupês, SP, 1951)
Feres Khoury é arquiteto, gravador e professor. Em seu período de formação artística, frequenta os ateliês de Sergio Fingermann e Rubens
Matuck, entre outros. Em 1979, funda com Matuck, Luise Weiss e Rosely
Nakagawa a Editora João Pereira, com o objetivo de lançar gravuras
originais de tiragem limitada. Nesse mesmo ano, começa a ministrar
aulas na Universidade Mackenzie. Feres Khoury lança as bases de sua
produção na xilogravura e na gravura em metal, especificamente na ponta-seca, com a qual constrói superfícies densas e aveludadas. Apresenta
sua primeira exposição individual em 1981, na Galeria Sesc-Paulista. Em
1988, recebe o primeiro lugar na 8ª Mostra de Gravura de Curitiba. Em
1996, é contemplado com a Bolsa Vitae de Arte/Gravura. Recebe o prêmio Aquisição no Salão de Arte Contemporânea de Jacareí. Em 1997,
completa o doutorado em Poéticas Visuais na Escola de Comunicações
e Artes, ECA/USP. Leciona na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da
Universidade de São Paulo, FAU/USP. Vive e trabalha em São Paulo.
osesp.art.br
REALIZAÇÃO