Flora ruderal da cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais

Transcrição

Flora ruderal da cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais
Flora ruderal da cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais
Mívia Rosa de Medeiros Vichiato1 e Marcelo Vichiato2
1
Bióloga, DSc. em Agronomia/Fitotecnia, Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Belo Horizonte – MG / SMAMA/PBH
2
([email protected]) Eng. Agrônomo, DSc. em Agronomia/Fitotecnia, Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Belo Horizonte,
MG / SMAMA/PBH ([email protected])
Resumo - Plantas ruderais são os componentes da vegetação urbana que se desenvolvem em ambientes perturbados.
A literatura, até o momento, não registrava nenhum trabalho sobre a flora ruderal para a cidade de Belo Horizonte,
Minas Gerais, Brasil. Esse estudo objetivou o levantamento e a identificação das plantas ruderais herbáceas,
arbustivas e lianas ocorrentes nessa cidade. O material foi coletado em passeios públicos, calçadas, áreas ajardinadas,
terrenos baldios, muros, cercas e em terrenos baldios. Foram identificadas 171 espécies, representando 117 gêneros,
pertencentes a 44 famílias botânicas. As famílias Asteraceae, Leguminosae, Poaceae, Convolvulaceae, Amaranthaceae
e Solanaceae são as que apresentaram o maior número de espécies.
Palavras-chave: Vegetação, espécies ruderais; ervas daninhas, levantamento florístico.
Ruderal plants from Belo Horizonte city, Minas Gerais
Abstract - Ruderal plants are the components of urban vegetation that develop in disturbed environments. Any work
about this aspect in the city of Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil, hasn't been found in the literature so far. This
study aimed to the survey and identification the ruderal plants herbaceous, schrubby and lianes that occurring in the
city. All plant materials were collected in garden areas, along roadsides and streets, walls and fences, and wastelands.
It were identified 171 species, representing 117 genera belonging to 44 families. The plant families Asteraceae,
Leguminosae, Poaceae, Convolvulaceae, Amaranthaceae and Solanaceae presented the greatest numbers of species.
Keywords: Vegetation, ruderal species, weeds, floristic survey.
Introdução
A expansão das áreas urbanas e o incremento da ação
antrópica são uma realidade mundial, sendo essas áreas
caracterizadas por altos níveis de alterações no ambiente
natural, como por exemplo, a retirada da vegetação
nativa e as alterações do solo (compactação,
pavimentação e impermeabilização). Estes fatores,
atuando em conjunto, alteram a água e as condições do
ar, contribuindo para a criação de novos ecossistemas
que abrigam uma flora que vem se especializando em
viver no meio antrópico (Carneiro & Irgang, 2005; Tredici,
2010; Sousa et al., 2012).
Plantas ruderais (do grego ruderes = ruínas) são
aquelas que durante o processo evolutivo adaptaram-se a
ambientes antropizados, ocupando beiras de calçadas,
terrenos baldios e outros tipos de ambientes urbanos que
são áreas de grande concentração de nitrogênio; embora
em alguns casos se comportem como invasoras de
culturas e pastagens, acarretando prejuízos (Lorenzi,
1990; Schneider, 2007; Cattani, 2009; Tredici, 2010;
Sousa et al., 2012).
A extrema habilidade das plantas ruderais à
sobrevivência nos ambientes antropizados é atribuída as
suas características de grande adaptabilidade aos
diversos climas e solos, agressividade competitiva, grande
produção e longevidade das sementes (Lorenzi, 1990;
Schneider, 2007; Tredici, 2010).
Os centros urbanos podem possuir grande riqueza
florística que pode ser até maior do que a dos seus
arredores (Carneiro & Irgang, 2005) e, em determinadas
circunstâncias, as plantas ruderais são a única proteção
do solo contra a erosão provocada por ventos e chuvas e
são fonte de néctar, que atrai e serve de alimento para
diversas espécies de abelhas e insetos parasitas e
predadores de herbívoros que atacam a vegetação
cultivada pelo homem, como as joaninhas, os pulgões, a
lagarta da couve e do cartucho do milho (Paleari, 2012).
São poucas as referências bibliográficas de ocorrências
de plantas ruderais em áreas urbanas. A literatura, até o
momento, não registrava nenhum trabalho sobre este
aspecto para a cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais.
Este trabalho objetivou o levantamento e a
identificação das espécies ruderais ocorrentes na cidade
de Belo Horizonte – MG.
Material e Métodos
O presente trabalho foi desenvolvido na cidade de
Belo Horizonte, capital do Estado de Minas Gerais,
situada na região Sudeste do Brasil, situando-se próximo
do paralelo 19o 49' 01'' sul e do meridiano 43º 57' 21''
oeste. Possui uma população total de 2.502.557
habitantes, área de 331,4 km² e densidade demográfica
de 7.167,02 habitantes/km² (IBGE, 2015).
O clima de Belo Horizonte é classificado como tropical
de altitude (Cwa - Köpen), devido à altitude média de 900
Tecnol. & Ciên. Agropec., João Pessoa, v.10, n.5, p.7-15, jul. 2016
7
metros acima do nível do mar, sendo caracterizado por
verão com chuvas e temperaturas elevadas e inverno
com baixas temperaturas e pouca precipitação.
A vegetação nativa de Belo Horizonte é marcada pela
prevalência de dois biomas específicos: o Cerrado e a
Mata Atlântica. Atualmente essa cidade preserva pouco
de sua vegetação original e, como ocorre em toda a
região metropolitana, grande parte dos ambientes
naturais foi extensamente modificado pelo homem.
O presente estudo foi realizado no período de março a
dezembro de 2015. A partir do mapa do município foram
determinadas as regiões de coleta, correspondentes às
nove regiões administrativas do município: Centro-Sul,
Norte, Venda Nova, Leste, Pampulha, Barreiro, Noroeste,
Nordeste e Oeste. A amostragem para a realização deste
trabalho consistiu do levantamento aleatório de
espécimes da comunidade vegetal ruderal vascular
ocorrentes em áreas vegetadas situadas nas regiões
mencionadas, englobando todas as espécies encontradas
em passeios públicos, terrenos baldios, muros, e cercas.
Foram realizadas 27 incursões no período do estudo,
sendo 9 ao final de cada estação do ano (no início dos
meses de março, junho, setembro e dezembro), devido às
mudanças sazonais que ocorrem na vegetação, pois
muitas das espécies ruderais possuem ciclo de vida anual
(Carneiro & Irgang, 2005). Durante as incursões em
campo, as espécies identificadas in loco eram registradas
em formulário próprio e fotografadas; aquelas não
identificadas eram coletadas (espécimes completos – raiz,
caule, folhas, frutos, sementes e flores, quando
presentes), e identificadas a partir da análise morfológica,
chaves analíticas, descrições taxonômicas e diagnoses
encontradas na literatura especializada e em herbários
virtuais disponíveis na rede mundial de computadores
(internet). As espécies foram enquadradas como ruderais
apenas quando observadas em no mínimo três locais
distintos, dentro do perímetro urbano, conforme
preconizado por Cervi et al. (1987).
Por motivos de ordem prática, as famílias, bem como
os gêneros e espécies foram citadas em ordem alfabética.
Foram também mencionados os nomes populares que as
espécies recebem na região de estudo, o hábito e status
de espécime ruderal.
Resultados e Discussão
Foram identificadas como plantas ruderais na cidade
de Belo Horizonte – MG, 171 espécies, englobadas em
117 gêneros, pertencentes a 44 famílias botânicas (Tabela
1). Na Tabela 2 são relacionadas as famílias e seus
respectivos números de gêneros e de espécies.
Tabela 1. Plantas ruderais encontradas na cidade de Belo Horizonte – MG. Legenda: Herbácea: – Hb, Arbusto: Ar,
Subarbusto: Su , Liana: Li, Espécie nativa – Nt, Espécie Exótica: Ex., Potencial Ornamental: Or, Potencial Alimentício: Al,
Planta aquática ou de área alagada: Aq.
Família / Espécie
ACANTHACEAE
Ruellia brevifolia (Pohl) C. Ezcurra
Ruellia puri Mart. Ex Ness
Ruellia bahiensis (Ness) Morong
Thunbergia alata Bojer ex Sims
Thunbergia fragrans Roxb.
AMARANTHACEAE
Alternanthera brasiliana (L.) Kuntze)
Alternanthera ficoidea L.R. Br.
Alternanthera philoxeroides (Mart.) Griseb.
Alternanthera tenella Colla
Amaranthus deflexus L.
Amaranthus lividus L.
Amaranthus spinosus L.
Gomphrena globosa L.
APOCYNACEAE
Catharanthus roseus L.
ASCLEPIADACEAE
Asclepias curassavica L.
ASTERACEAE
Acanthospermum hispidum D. C.
Achyrocline satureioides Gardner
Ageratum conyzoides L.
Baccharis trimera (Less.) DC.
Bidens alba (L.) DC
Bidens caudatus H. B. & K. –
Bidens gardneri Baker
Hábito
Nome(S) Popular (Es)
Status / Característica
Hb
Hb
Hb
Li Hb
Li Hb
Pingo-de-sangue
Ruélia roxa
Ruélia azul
Tumbérgia amarela
Tumbérgia branca
Nt, Or
Nt, Or
Nt, Or
Ex, Or
Ex, Or
Hb
Hb
Hb
Hb
Hb
Hb
Hb
Hb
Perpétua-brasileira
Periquito
Periquito, saracura
Perna-de-saracura
Caruru
Caruru
Caruru
Perpétua
Nt, Or
Nt, Or
Nt, Or, Al
Nt
Ex, Al
Ex
Ex, Al
Nt, Or
Su
Vinca
Hb
Oficial-de-sala
Nt, Or
Hb
Hb
Hb
Hb
Hb
Hb
Hb
Espinho-de-cigano
Macela-do-campo
Mentrasto
Carqueja
Picão-preto
Flor-do-cosmo rosada
Picão laranja
Nt
Nt
Nt
Nt
Nt
Ex, Or
Nt, Or
8 Tecnol. & Ciên. Agropec., João Pessoa, v.10, n.5, p.7-115, jul. 2016
Ex
Bidens pilosa L.
Bidens sulphurea (Cav.) Sch. Bip.
Chaptalia integérrima (Vell.) Burkart
Chaptalia nutans (L.) Polak
Conyza bonarienis (L.) Cronquist
Eclipta alba (L.) Hassk.
Elephantopus mollis Kunth.
Emilia sonchifolia (L.) DC
Erechtites valerianifolius (Wolf) DC.
Galinsonga parviflora Cav.
Hypochaeris brasiliensis (Less.) Benth.
Parthenium hysterophorus. L.
Porophyllum ruderale (Jacq.) Cass.
Siegesbeckia orientalis L.
Sanvitalia procumbens Lam
Solidago chilensis Meyen
Sonchus oleraceus L.
Tagetes minuta L.
Tagetes patula L.
Taraxacum officinale F.H. Wigg.
Unxia Kubitzkii H. Hob.
Hb
Hb
Hb
Hb
Hb
Hb
Hb
Hb
Hb
Hb
Hb
Hb
Hb
Hb
Hb
Su
Hb
Hb
Hb
Hb
Hb
Carrapicho
Flor-do-cosmo amarela
Língua-de-vaca
Língua-de-vaca miúda
Buva, rabo-de-burro
Erva-botão
Pé-de-elefante
Serralha vermelha
Capiçova
Erva-da-moda, botão-de-ouro
Almeirão do campo
Losna-branca
Couve-cravinho
Botão-de-ouro
Margaridinha
Erva-lanceta
Serralha
Tagete, cravinho
Cravo-de-defunto
Dente-de-leão
Botão-de-ouro
Nt, Al
Ex, Or
Nt
Nt
Nt, Al
Ex
Nt
Nt
Nt
Nt, Al
Nt
Ex
Nt
Ex
Ex, Or
Nt, Or
Ex, Al
Nt, Or
Ex, Or
Ex
Nt, Or
Vernonia polyanthes Less.
Tithonia diversifolia (Hemsl) Gray.
Wedelia paludosa DC.
Zinnia elegans (Jacq)
BALSAMINACEAE
Impatiens walleriana Hook.f.
Ar
Ar
Hb
Hb
Assa-peixe
Girassol mexicano
Vedélia
Zínia
Nt
Ex, Or
Nt, Or
Ex, Or
Hb
Beijo, maria-sem-vergonha
BIGNONIACEAE
Pyrostegia venusta (Ker Gawl.) Miers
Tecoma stans (L.) Juss. ex Kunth
BORANGINACEAE
Cordia verbenacea D.C.
Heliotropium indicum L.
CACTACEAE
Pereskia aculeata Miller
CAPPARACEAE
Cleome hassleriana Chodat
COMMELINACEAE
Callisia repens (Jacq.) L.
Commelina benghalensis L.
Commelina diffusa Burm.f.
Commelina erecta L.
Commelina nudiflora L.
Tradesacantia pallida (Rose) D.R.
CONVOLVULACEAE
Cuscuta racemosa Mart.
Ipomoea acuminata Roem et Schl.
Ipomea alba L.
Ipomoea aristolochiaefolia (H. B. & K.) Don.
Ipomoea cairica (L.) Sweet.
Ipomoea coccinea L.
Ipomea carnea subsp. fistulosa (Mart. ex Choisy)
D.F. Austin
Ipomoea quamoclit L.
Merremia aegyptia (L.) Urban.
CRASSULACEAE
Bryophyllum pinnatum (Lam.) Kurz
Kalanchoe tubiflora (Harv.) Raym-Hamet
CRUCIFERAE (BRASSICACEAE)
Lepidium ruderale L.
Lepidium virginicum L.
Sinapsis arvensis L.
Li Hb
Ar
Cipó-de-são-joão
Ipezinho-de-jardim
Ex, Or, Al
Nt, Or
Exótico, Or
Hb
Hb
Erva-baleeira
Crista-de-galo
Nt
Ex, Or
Ar, Li
Ora-pro-nobis
Nt. Or
Su
Mussambê
Hb
Hb
Hb
Hb
Hb
Hb
Dinheiro-em-penca
Trapoeraba da flor azul
Trapoeraba, marianinha
Erva-de-santa-luzia
Trapoeraba
Trapoeraba roxa
Hb
Hb, Li,
Hb, Li, l
Hb, Li,
Hb, Li,
Hb, Li,
Ar
Hb, Li
Hb, Li
Cipó-chumbo
Corda-de-viola
Boa-noite, ipomeia branca
Campainha, corriola
Corda-de-viola
Corda-de-viola vermelha
Algodão-bravo, ipoméia arbustiva
Campainha-vermelha
Jitirana branca
Hb
Hb
Folha-da-fortuna
Flor-da-abissínia
Hbl
Hb
Hb
Mastruço
Mentrasto
Mostarda-do-campo
Nt, Or, Al
Ex, Or
Ex, Or
Ex, Or
Nt, ornamanetal
Nt
Ex, Or
Nt
Ex, Or
Nt, Or, Al
Nt, Or
Nt, Or
Ex, Or
Nt, Or de flores rosadas ou
brancas.
Nt, Or, Al
Nt, Or
Ex, Or
Ex, Or
Ex
Ex
Ex
Tecnol. & Ciên. Agropec., João Pessoa, v.10, n.5, p.7-15, jul. 2016
9
CUCURBITACEAE
Luffa aegyptiaca Mill.
Melothria cucumis Vell.
Momordica charantia L.
CYPERACEAE
Cyperus alternifolius L.
Cyperus brevifolius (Rottb.) Hassk.
Cyperus ferax L. C. Rich.
Cyperus rotundus L.
EUPHORBIACEAE
Euphorbia heterophylla L.
Euphorbia hirta L.
Li
Li
Li
Bucha
Pepininho-do-mato
Melão-de-são-caetano
Hb
Hb
Hb
Hb
Sombrinha-chinesa
Junquinho
Junquinho
Tiririca
Hb
Hb
Nt
Nt
Nt
Nt
Euphorbia prostrata Ait.
Ricinus communis L.
PHYLLANTHACEAE
Phyllanthus niruri Thumb.
Phyllanthus tenellus L.
POACEAE
Andropogon leucostachyus (Hack.) Hack
Arundo donax L.
Hb
Ar
leiteira, amendoim-bravo
Erva-andorinha, erva-de-santaluzia
Quebra-pedra-rasteiro
Mamoneira
Hb
Hb
Quebra-pedra-roxo
Quebra-pedra
Hb
Hb
Capim-colchão
Cana-do-reino
Bambusa vulgaris Schrad.
Brachiaria decumbens Stapf.
Brachiaria plantaginea (Link) Hitch
Brachiaria purpurascens (Forsk) Stapf
Cenchrus echinathus L.
Eleusine indica (L.) Gaertn
Dactyloctenium aegyptium (L.) Willd.
Hyparrhenia rufa (Nees) Stapf.
Hymenachne amplexicaulis (Rudge) Nees
Melinis minutiflora P. Beauv.
Panicum maximum Jacq.
Setaria geniculata (Lam.) Beauv
Sorghum bicolor (L.) Moench.
LAMIACEAE - LABIATAE
Leonotis nepetifolia L.W. T. Ailton
Leonurus sibiricus L.
LEGUMINOSAE
Aeschynomene falcata (Poir.) DC.
Chamaecrista nictitans Moench.
Cajanus cajan (L.) Millsp.
Chamaecrista rotundifolia (Pers.) Greene
Crotalaria micans Link
Senna hirsuta (L.) H.S. Irwin & Barneby
Crotalaria incana L.
Crotalaria lanceolata E. Mey.
Crotalaria spectabilis Roth.
Desmodium adscendens (Sw.) D.C.
Desmodium incanum D.C.
Desmodium tortuosum (Sw.) DC.
Mimosa pudica (L.)
Senna occidentallis (L.)
Stylosanthes guianensis (Aubl.) Sw
Zornia latifolia DC.
LOGANIACEAE
Buddleja stachyoides Cham. & Schltdl
LYTHRACEAE
Cuphea carthagenensis (Jacq.) J.f. Macbr
Cuphea gracilis Kunth
MALVACEAE
Sida carpinifolia L.f.
Ar
Hb
Hb
Hb
Hb
Hb
Hb
Hb
Hb
Hb
Hb
Hb
Hb
Bambu
Capim-braquiária
Capim-marmelada
Capim-angola
Capim-carrapicho
Capim-pé-de-galinha
Capim-mão-de-sapo
Capim-jaraguá
Capim-capivara
Capim-gordura
Capim-colonião
Capim-rabo-de-raposa
Sorgo
Su
Hb
Cordão-de-frade
Macaé
Hb
Hb
Su
Hb
Su
Su
Su
Su
Su
Hb
Hb
Hb
Su
Ar
Hb
Hb
Carrapichinho, sensitiva
Falsa-dormideira
Feijão-guandu
Erva-coração
Chocalho
Fedegoso
Guizo-de-cascavel
Feijão-de-guizo
Crotalária
Pega-pega
Pega-pega
Pega-pega
Dormideira, sensitiva
Fedegoso
Estilisante
Alfafa-do-campo
Hb
Barbasco
Hb
Hb
Cuféa, sete-sangrias
Cuféa, falsa-érica
Su
Guanxuma
10 Tecnol. & Ciên. Agropec., João Pessoa, v.10, n.5, p.7-15, jul. 2016
Ex, Al
Nt, Al
Ex, Or, Al
Ex, Or
Ex
Ex
Ex
Nt
Ex
Nt
Ex, comum no Pq Mata
das borboletas
Ex
Ex
Ex
Ex Aq
Ex
Nt
Ex
Ex
Nt -Aq
Ex
Ex
Nt - Or
Ex
Ex
Ex
Nt, Or
Nt
Ex, Al
Ex
Exótico
Nt, Or
Ex
Ex
Ex
Nt
Nt
Nt
Nt, Or
Nt, Or
Nt
Nt
Nt
Nt, Or
Nt, Or
Nt
Sida glaziovii K. Schumann
Sida rhombifolia L.
NYCTAGINACEAE
Mirabilis jalapa L.
ONAGRACEAE
Ludwigia elegans (Camb.) Hara
Ludwigia octovalvis (Jacq.) Raven
Ludwigia sericea (Camb.) Hara
OXALIDACEAE
Oxalis corniculata L.
Oxalis latifolia Kunth
PIPERACEAE
Piper callosum Ruiz & Pavon
Piper mollicomum Kunth
Piper umbellatum L.
PHYTOLACCACEAE
Petiveria alliacea L.,
PLANTAGINACEAE
Plantago major Lam.
PONTEDERIACEAE
Eichornia crassipes
(Mart.) Solms
Heteranthera reniformis Ruiz & Pav.
POLYGONACEAE
Polygonum capitatum Ham. Ex D. Don
PORTULACACEAE
Portulaca oleracea L.
ROSACEAE
Rubus brasiliensis Mart.
RUBIACEAE
Borreria capitata (Ruiz & Pav.) DC.
Borreria latifolia (Aubl.) K. Schum
Borreria suaveolens G. F. W. Meyer
Diodella teres Walter
Diodia alata Nees & Mart.
Mitracarpus hirtus (L.) DC
Richardia brasiliensis Gomez
SCROPHULARIACEAE
Scoparia dulcis L.
Verbascum virgatum Stockes
SOLANACEAE
Nicandra physaloides (L.) Pers
Physalis angulata L.
Solanum aculeatissimum Jacq.
Solanum ambrosiacum Vell.
Solanum americanum Mill.
Solanum paniculatum L.
Solanum pseudocapsicum L.
Solanum seaforthianum Andrews
STERCULIACEAE
Helicteres brevispira A. Juss
TALINACEAE
Talinum paniculatum (Jacq.) Gaertn.
TURNERACEAE
Turnera ulmifolia L.
TYPHACEAE
Typha domingensis Pers.
URTICACEAE
Pilea microphylla (L) Lebm
Urera aurantiaca Wedd.
VERBENACEAE
Lantana câmara L.
Su
Su
Guanxuma
Guanxuma
Nt, Or
Nt
Hb
Maravilha
Nt, Or
Su
Su
Su
Cruz-de-malta
Cruz-de-malta
Cruz-de-malta
Nt, Or , Aq
Nt, Or , Aq
Nt, Or , Aq
Hb
Hb
Trevo, azedinho
Trevo rosa
Ex, Or
Ex, Or, Al
Ar
Ar
Ar
Jaborandi
Pariparopa
Caapeba, pariparopa
Nt
Nt
Nt, Or, Al
Hb
Guiné
Hb
Tanchagem
Hb
Aguapé
Hb
Hortelã-do-brejo
Nt, Al, Aq
Hb
Tapetinho-inglês
Ex, Or
Hb
Beldroega, onze-horas, portulaca
Ar
Amora do mato
Nt
Hb
Hb
Hb
Hb
Hb
Hb
Hb
Agriãozinho-tapete
Erva-quente
Vassourinha-de-botão
Mata-pasto
Erva-de-lagarto
Poaia
Poaia-branca
Nt
Nt
Nt
Nt
Nt
Nt
Nt
Hb
Hb
Vassourinha
Barbasco
Nt
Ex
Hb
Hb
Hb
Hb
Hb
Ar
Hb
Li, Hb
Nt, Or
Ex
Nt, Aq
Ex, Or, Al
Joá-de-capote
Balãozinho
Joá-de-espinho
Joá-amarelo
Maria-pretinha
Jurubeba
Peloteira
Trepadeira-doce-amarga
Ex
Nt, Al
Nt
Nt
Nt, Al
Nt, Al
Nt, Or
Nt, Or
Ar
Saca-rolha
Nt, Or
Hb
Erva-gorda, beldroega-miúda
Hb
Flor-do-guarujá
Nt, Or
Hb
Taboa
Nt, Aq
Hb
Su
Brilhantina
Cansanção ou urtiga
Nt, Or
Nt, Al
Su
Cambará-de-espinho
Nt, Or
Ex, Or, Al
Tecnol. & Ciên. Agropec., João Pessoa, v.10, n.5, p.7-15, jul. 2016
11
Lantana fucata L.
Lantana lilacina Desf.
Petrea subserrata Cham.
Stachytarpheta cayennensis Schauer
ZINGIBERACEAE
Hedychium coronarium J. König
Su
Su
Li, Su
Su
Hb
Tabela 2. Famílias, números de gêneros e de espécies de
plantas ruderais ocorrentes na cidade de Belo Horizonte, MG.
Famílias
Acanthaceae
Amaranthaceae
Apocynaceae
Asclepiadaceae
Asteraceae
Balsaminaceae
Bignoniaceae
Boraginaceae
Cactaceae
Capparaceae
Commelinaceae
Convolvulaceae
Crassulaceae
Cruciferae
Cucurbitaceae
Cyperaceae
Euphorbiaceae
Phyllanthaceae
Poaceae
Lamiaceae
Leguminosae
Loganiaceae
Lytraceae
Malvaceae
Nyctaginaceae
Onagraceae
Oxalidaceae
Piperaceae
Phytolaccaceae
Plantaginaceae
Pontederiaceae
Polygonaceae
Portulacaceae
Rosaceae
Rubiaceae
Scrophulariaceae
Solanaceae
Sterculiaceae
Talinaceae
Turneraceae
Typhaceae
Urticaceae
Verbenaceae
Zingiberaceae
TOTAL
44
Gênero
2
4
1
1
26
1
2
2
1
1
3
3
2
2
3
1
2
1
13
2
10
1
1
1
1
1
1
1
1
1
2
1
1
1
5
2
3
1
1
1
1
2
3
1
Espécie
5
8
1
1
32
1
2
2
1
1
6
9
2
3
3
4
4
2
15
2
16
1
2
3
1
3
2
3
1
1
2
1
1
1
7
2
8
1
1
1
1
2
5
1
117
171
12 Tecnol. & Ciên. Agropec., João Pessoa, v.10, n.5, p.7-15, jul. 2016
Cambará lilás
Cambará
Flor-de-são-miguel
Gervão
Lírio-do-brejo
Nt, Or
Nt, Or
Nt, Or
Nt, Or
Ex, Or , Aq
No município de Belo Horizonte foi observado número
de espécies ruderais (171) superior àqueles identificados
em Curitiba – PR (141 espécies), Ouro Preto - MG (116
espécies), Rio de Janeiro – RJ (23 espécies), João Pessoa –
PB (52 e 98 espécies), Cuiabá - MT (109 espécies), e
inferiores aos identificados em Lavras – MG (175
espécies), Corumbá – MS (273 espécies) e Vila de Santo
Amaro, General Câmara – RS (302 espécies) - Gavilanes &
D' Angieri Filho (1991), Pedrotti & Guarim Neto (1998),
Machado Filho et al. (2015), Sousa et al. (2012), Carneiro
& Irgang (2005), respectivamente.
A heterogeneidade da riqueza florística no ambiente
urbano pode ser resultante do distúrbio contínuo nas
cidades, por exemplo, o movimento de pessoas e
veículos, as operações de limpeza e a mudança
continuada do uso da terra, acompanhada pela
destruição e a edificação de novas estruturas urbanas
(Carneiro & Irgang, 2005).
Comparando-se a flora ruderal de Belo Horizonte com
aquelas mencionadas na literatura supracitada,
constatamos que se encontrava sempre, em maior ou
menor número, espécies em comum. Tal resultado vai ao
encontro da afirmação de Mueller-Dombois & Ellenberg
(1974) de que combinações similares de espécies
ocorrem em condições similares de habitat, ainda que em
lugares bastante separados geograficamente. A existência
de espécies em comum em cidades mais distantes devese, provavelmente, ao caráter cosmopolita dessas
plantas, e à grande mobilidade humana atual, a qual é um
fator facilitador da disseminação de propágulos entre os
locais.
Neste trabalho, a família com maior número de
espécies foi Asteraceae, com 32 espécies e 26 gêneros,
logo após seguem Leguminosae, com 16 espécies e 10
gêneros, Poaceae, com 15 espécies e 13 gêneros,
Convolvulaceae, com 9 espécies e 3 gêneros e
Amaranthaceae e Solanaceae, ambas com 8 espécies e 3
gêneros. Estes resultados foram semelhantes aos obtidos
por Gavilanes & D' Angieri Filho (1991), Pedrotti &
Guarim Neto (1998), Lara et al. (2003), Carneiro & Irgang
(2005), Maciel et al. (2008), Sousa et al. (2012) e
Machado Filho et al. (2015), que apresentavam muitas
das espécies catalogadas neste estudo, o que reforça a
ampla ocorrência, distribuição e similaridade da flora
ruderal nessas cidades.
A família Asteraceae, com aproximadamente 2.000
espécies registradas no Brasil, destaca-se nos estudos
etnobotânicos, posicionando-se quase sempre entre as
quatro famílias com maior número de espécies na flora
útil, porque possuem distribuição cosmopolita e
constituem a maior família de Eudicotiledoneas (Silva &
Andrade, 2013). Juntamente com as famílias Poaceae e
Leguminosae, são as mais típicas plantas em estudos com
vegetação
daninha,
porque
normalmente
são
cosmopolitas, rústicas, altamente infestantes, produzem
quantidade satisfatória de sementes, algumas espécies
são de fácil dispersão pelo vento e outras com aquênios
apresentando a zoocoria como dispersão (Sousa et al.,
2012).
A maioria das espécies registradas é proveniente da
flora nativa (61,40%). Esses resultados são semelhantes
aos obtidos por Carneiro & Irgang (2005), que
constataram que 59,60% da flora ruderal da Vila de Santo
Amaro, em General Câmara-RS era de origem nativa.
Segundo esses autores, muitas das espécies nativas
registradas apresentam extensa distribuição no
continente americano, provavelmente devido à falta de
barreiras geográficas. Várias ocorrem em praticamente
todo o continente. O local de origem destas espécies
dificilmente pode ser determinado. Porém, grande parte
pode ser considerada nativa em toda sua área de
ocorrência.
Constatou-se que 78,95% das espécies ruderais de
Belo Horizonte apresenta hábito herbáceo. As herbáceas
normalmente são plantas de ciclo de vida curto,
característica comum às plantas angiospermas, que
produzem semente mais rapidamente e mais precoce
que as gimnospermas, o que pode considerar-se uma
vantagem evolucionária.
Dentre as plantas ruderais registradas, 38,83% eram
de origem exótica e constatou-se que a maioria dessas
plantas apresentava potencial alimentício e/ou
ornamental, sendo que 26 das ruderais registradas
(15,20%) foram classificadas como plantas alimentícias
não convencionais por Kinupp & Lorenzi (2014), como por
exemplo, Emila sonchifolia (serralha), Momordica
charantia (melão-de-são-caetano), Oxalis corniculata
(azedinha), Oxalis latifolia (trevo azedinho), Plantago
mayor (tanchagem), Physalis angulata (balãozinho),
Portulaca oleracea (beldroega), Solanum americanum
(maria-pretinha), Talinum paniculatum (erva-gorda) e
Urera aurantiaca (cansanção ou urtiga). Asfaw & Tadesse
(2001) relataram que um grande número de espécies
alimentícias tornou-se ruderal e cosmopolita. Entretanto,
poucas espécies são comercializadas em Belo Horizonte,
destacando-se o Amaranthus deflexus (caruru), a Sonchus
oleraceus (serralha) e a Pereskia aculeta (ora-pro-nobis),
que compõe prato tradicional da cozinha mineira.
Outra constatação relevante é que 72 espécies
(42,60%) das plantas identificadas apresentavam
potencial ornamental, como por exemplo, Cleome
hassleriana (mussambê), Hedychium coronarium (lírio do
brejo), Lantana camara (cambará), Stachytarpheta
cayennensis (gervão), Petrea subserrata (flor-de-sãomiguel), Pilea microphylla (brilhantina) e paniculatum
(erva-gorda). Os efeitos visuais que as plantas
classificadas como ruderais ornamentais podem produzir
estão associados aos grupos ou tipos que elas pertencem
(arbustos, lianas ou herbáceas) e aos atributos
particulares de cada planta, tais como o efeito das flores
ou a folhagem vistosa (Lorenzi e Souza, 2001). Algumas
dessas plantas já são usadas em jardinagem, como é o
caso da Alternanthera brasiliana (perpétua-brasileira),
Alternanthera ficoidea (periquito), Asclepias curassavica
(oficial-de-sala),
Gomphrena
globosa
(perpétua),
Impatiens walleriana (beijo), Ruellia brevifolia (pingo-desangue), Sanvitalia procumbens (margaridinha), Tagetes
patula (cravo-de-defunto), Turnera ulmifolia (flor-doguarujá), Zinnia elegans (zínia) e Wedelia paludosa
(vedélia).
A flora ruderal levantada em Belo Horizonte é
predominantemente
terrestre
(94,74%),
sendo
constatadas somente nove (5,26%) espécies aquáticas,
sendo estas: Brachiaria purpuracens (capim-angola),
Hymenachne amplexicaule (capim-capivara), Ludwigia
elegans, Ludwigia octovalvis e Ludwigia sericea (cruz-demalta), Eichornia crassipes (aguapé), Heteranthera
reniformis (hortelã-do-brejo), Thypha domingensis
(taboa) e Hedychium cooronarium (lírio-do-brejo).
A ocorrência, na área urbana, de várias espécies
nativas mais comuns em áreas naturais - Alternanthera
brasiliana (perpétua brasileira), Helicteres brevispira
(sacar-rolha), Piper callosum (jaborandi), Piper
mollicomum (pariparopa), Piper umbellatum (caapeba) e
Rubus brasiliensis (amora do mato) - pode estar
relacionada com a existência de ambientes seminaturais
dentro da área urbana, que servem como fontes de
diásporos de espécies nativas, uma vez que a
possibilidade de dada espécie atingir um hábitat depende
principalmente da distribuição da espécie nas vizinhanças
(Carneiro & Irgang, 2005). Contribui para isso o fato de
Belo Horizonte possuir importante composição de áreas
verdes, sendo considerada a terceira capital mais
arborizada do país, que conta com 18 metros quadrados
de áreas verdes por habitante (Vichiato et al., 2014).
Conclusões
1. A flora ruderal de Belo Horizonte – MG é
composta por 171 espécies, representantes de 117
gêneros e pertencentes a 44 famílias, com predominância
de vegetação nativa (61,40%), terrestre (94,74%) e
herbácea (78,95%).
2. Das espécies de plantas ruderais encontradas,
42,60% apresentam potencial ornamental e 15,20%
potencial alimentício.
3. As famílias Asteraceae, Leguminosae, Poaceae,
Convolvulaceae,
Amaranthaceae
e
Solanaceae
apresentam o maior número de espécies ruderais
identificadas no município de Belo Horizonte.
Tecnol. & Ciên. Agropec., João Pessoa, v.10, n.5, p.7-15, jul. 2016
13
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