Três vezes ouro
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Três vezes ouro
Trilha Brasil Nº 03 - Agosto de 2007 Três vezes ouro Brilhante desempenho da delegação nacional no 6º Pan-americano garante três medalhas de ouro e uma de prata para o Brasil C entenas de pessoas se apertavam diante da bela e bicentenária sede da Fazenda Pau D’Alho. Um clima de tensão e ansiedade dominava a atmosfera do ponto de largada da mais esperada prova do calendário americano de enduro eqüestre. Os flashes das câmeras fotográficas e dos celulares piscavam sem parar, iluminando o ambiente ainda dominado pela escuridão da madrugada. A grama, úmida pelo sereno persistente, molhava os cascos dos 48 cavalos que aguardavam a hora de partir, contidos pelas mãos firmes dos melhores enduristas das Américas. Gritos de incentivo soavam alto. De um lado vinha um provocativo: “Arrr-gen-tina, Arrrgen-tina”. Do outro, soava o brado de “U-ru-guai, U-ru-guai”. Com olhar concentrado, expressão séria, o cavaleiro Alexandre “Leco” Razuck não deixava por menos. Braço direito erguido, punho cerrado, o integrante da equipe brasileira conclamava os compatriotas para o iminente desafio: “Vamos Brasil! Vamos Brasil!” A força épica da cena impressionava os espectadores. A tradicional rivalidade sul-americana chegava ao seu ápice. Depois de dias de chuva in- Foto: Pedro Rebouças Alexandre “Leco” Razuck e HDL Pantheon cruzam a linha de chegada do 6º Campeonato Pan-americano de Enduro Eqüestre tensa, o tempo parecia se firmar naquela manhã de 20 de julho. Os competidores se preparavam para uma prova difícil, técnica. Afinal, a chuva deixara a trilha lisa, com alguns pontos repletos de lama e outros com muita água. Um corre-corre antecedeu a largada. Todos queriam acompanhá-la de perto. Eram seis e meia da manhã quando os competidores partiram para enfrentar o percurso de 120,7 quilômetros, dividido em quatro circuitos com cerca de 30 quilômetros cada. A euforia era grande. Os gritos soavam ainda com mais força, enquanto bandeiras eram agitadas com vontade. Aos poucos, os competidores se distanciaram na trilha, saindo do campo de visão do eufórico público. Quando já não se avistava mais os competidores, um novo corre-corre teve início. Equipes de apoio partiam apressadas para os pontos de parada. E os demais espectadores seguiam ansiosos para o Rancho Santa Cândida, ponto final dos quatro anéis da prova e sede do “vet-check”, onde os animais passariam por rigorosos exames veterinários. Pouco depois das dez horas, a competição chegou à metade. O frio e o sereno, aliás, não estavam mais presentes. Agora era o Sol que brilhava forte sobre o Rancho Santa Cândida, fazendo com que o calor começasse a surgir como um novo desafio para os competidores. Entretanto, apesar de todos os obstáculos, a média de velocidade da disputa mantinha-se elevada. Após dois anéis, Leco liderava a prova entre os adultos, registrando a média de 21,49 km/h. No encalço do brasileiro estavam dois uruguaios: Federico Piñeyrua, na segunda colocação, e Pio Olascoaga, na terceira. Vitória Lins e seu esposo, Newton Lins Filho, vinham na seqüência, ocupando a quarta e a Foto: Pedro Rebouças O conjunto Vitória Lins e Filoteu Rach percorre os metros finais da prova quinta posições. Entre os jovens, a liderança era do argentino Mariano Pita, que registrava a média de 21,90km/h. A guatemalteca Laura Paiz ocupava o segundo lugar, pouco mais de um minuto à frente da uruguaia Manuela Antonaccio, atual campeã mundial da categoria. Outra uruguaia, Marcela Ott, ocupava a quarta posição, seguida pela brasileira Naira Dias. Os conjuntos se preparavam para a relargada. No entanto, nem todos voltariam à prova, pois o calor e a trilha difícil começavam a provocar as primeiras desistências e eliminações. O tempo passava. O calor ganhara ainda mais intensidade. Eram quase duas da tarde quando o público e as equipes de apoio começaram a se dirigir para a chegada. Passaram-se alguns minutos de ansiosa espera até que os primeiros colocados surgissem ao longe. Olhares ansiosos tentaram identificar os dois competidores que se aproximavam. Perto da chegada, eles diminuíram a velocidade para atravessar um trecho difícil, onde a água tomava conta da estrada de terra, que mais parecia um lago, em conseqüência da intensa chuva dos dias anteriores. Naquele momento, já era possível reconhecer os enduristas: Laura Paiz, montando Nico, e Mariano Pita, conduzindo Chaval PP, ambos da categoria Young Rider. Praticamente juntos, eles deixaram para trás a água e a lama do último trecho complicado, entrando ao mesmo tempo na reta final, onde a grama permitia que acelerassem novamente o ritmo de suas montarias. Gritos de incentivo vinham de todos os lados, enquanto tinha início uma disputa emocionante. Os dois conjuntos dispararam. O esforço vinha estampado no rosto dos cavaleiros. A diferença era mínima. Por Fotos: Pedro Rebouças um simples centésimo, Laura se tornava a nova campeã pan-americana da categoria jovem, registrando o tempo de 05h48m09s e sendo recebida com muita festa. A chegada dos jovens aumentava a expectativa pelo desfecho da prova adulta. Os fotógrafos estavam a postos, aguardando o momento decisivo. A família Razuck aguardava a chegada de Leco, que segundo os comentários mantinha-se na liderança. O filho do competidor segurava uma pequena bandeira nacional. Uma maior, aliás, estava nas mãos do endurista Léo Steinbruch, que se dirigia ao início da reta para aguardar a chegada dos conjuntos brasileiros. Logo, Leco despontou ao longe, conduzindo com tranqüilidade HDL Pantheon. Uma distância segura separava o conjunto do segundo colocado. Na entrada da reta, a bandeira verde e amarela já estava nas mãos do experiente Patrícia Taliberti, Ana Carla, Priscila Santos e Ana Luiza recebem o ouro, acompanhadas de Guilherme Santos e Elizabeth van Schelle endurista, que a ergueu sobre a cabeça, bradando de alegria. Após 05h49m47s de uma difícil prova, o novo campeão das Américas cruzou a linha de chegada sob muitos aplausos. A festa verde e amarela começava naquele momento, mas prosseguiria ainda pelo resto da A equipe brasileira adulta (André Vidiz, Lilian Bueno, Newton Lins e Leco Razuck) recebe o ouro na companhia dos integrantes da comissão técnica Henrique Garcia e Gerson Vieira tarde. Afinal, minutos depois outro conjunto nacional - Vitória Lins e Filoteu Rach - concluiu a prova, arrebatando a segunda colocação e mais uma medalha para o Brasil. No entanto, ainda viria mais. Primeiro com a confirmação da medalha de ouro para a equipe adulta brasileira, formada por Alexandre Razuck e HDL Pantheon, André Vidiz e Pyvha Ata, Lílian Bueno Garrubbo e Judah Hem e Newton Lins Filho e NNL Sam Ray. Depois, com um novo ouro, dessa vez conquistado pela equipe brasileira de jovens cavaleiros (young riders), composta pelos conjuntos: Patrícia Taliberti e Jam Bob Fire, Ana Carla Maciel e Pimpinella JSM, Ana Luiza Lahud e Luthor Rach e Priscila dos Santos e WN Kamalek. A delegação brasileira alcançava, simplesmente, a façanha de conquistar três medalhas de ouro e uma de prata, escrevendo assim uma nova e importante página da história do hipismo nacional. Enduro Eqüestre brasileiro vive momento histórico Sucesso do 6º Pan-americano e conquista de três medalhas de ouro representam um marco na história do hipismo nacional Foto: Pedro Rebouças U m momento histórico para o hipismo brasileiro. Assim pode ser definido o 6º Campeonato Pan-americano Aberto de Enduro Eqüestre, realizado entre os dias 17 e 21 de julho, no distrito de Barão Geraldo, em Campinas (SP). Afinal, além do sucesso do evento, realizado pela primeira vez no país, o Brasil teve um desempenho brilhante nas trilhas, conquistando três medalhas de ouro e uma prata. “Esse é um momento que ficará para a história não só do enduro nacional, mas de todo o hipismo brasileiro. Nossas equipes - Adulta e Young Rider – tiveram um desempenho excepcional, comprovando o altíssimo nível do enduro eqüestre praticado em nosso país. Além disso, toda programação transcorreu da forma planejada. Evidente que surgiram alguns problemas, mas conseguimos contorná-los e fazer dessa competição uma grande festa”, ressaltou Silvio Arroyo, presidente do Instituto Enduro Brasil (IEB). Opinião parecida demonstrou o diretor de enduro da Confederação Brasileira de Hipismo (CBH), Olavo Maciel. “Essas medalhas, conquistadas diante de oponentes fortíssimos como os argentinos e uruguaios - atuais campeões mundiais da categoria Michael Stone (secretário-geral da FEI), Elizabeth van Schelle (FEI - Brasil), Maurício Manfredi (presidente da CBH) e Olavo Maciel (diretor de enduro eqüestre da CBH), durante o evento. Young Rider -, comprovam que o Brasil é hoje uma força do enduro internacional. Nossos enduristas têm condições de lutar pelas primeiras colocações em qualquer lugar do mundo”, destacou Maciel. “Quanto ao evento, creio que deu tudo certo. Não tivemos nenhuma ocorrência com os animais. O saldo é bastante positivo, realmente um marco no universo hípico brasileiro.” Por sua vez, o presidente da Federação Paulista de Hipismo (FPH), Luiz Roberto Giugni, ressaltou o sucesso do evento apesar do pouco tempo para a preparação e do orçamento reduzido. “Quando a CBH propôs que realizássemos esta competição, decidimos aceitar o desafio, pois sabíamos a equipe que tínhamos aqui para concretizá-la”, afirmou o dirigente, que fez questão de agradecer o esforço de uma série de pessoas envolvidas com o evento, como: Silvio Arroyo, Olavo Maciel, Léo Steinbruch, Vanda Balassa, Cadão, Cláudio Bagarolli e, especialmente, Elizabeth van Schelle. Para Henrique Garcia, técnico da equipe brasileira adulta ao lado de Gerson Vieira e Roberto Turato, a competição pan-americana teve uma característica muito técnica. “Foi uma prova que em qualquer lugar do mundo seria considerada de altíssimo nível. Afinal, as condições estavam bastante difíceis. A trilha, por exemplo, estava muito complicada em decorrência da chuva dos dias que antecederam a disputa. Além disso, o dia estava muito quente, com evaporação e umidade elevadas, o que dificulta a troca de calor. Isso sem falar nos circuitos longos, que exigiram bastante estratégia dos competidores. Mesmo assim, a equipe brasileira teve um ótimo desempenho, registrando uma média de velocidade superior a vinte por hora, com os cavalos se recuperando bem e terminando a prova em condições muito boas.” O técnico brasileiro também elogiou o conjunto campeão da categoria adulta: Alexandre Leco Razuck e HDL Pantheon. “É um conjunto que dispensa qualquer comentário. Eles são ganhadores aqui no país há muito tempo e, agora, mostraram que são capazes de disputar as melhores provas do mundo. A grande qualidade do Leco é que ele é um cavaleiro que realmente acredita na sua montaria e sabe muito bem o que vai fazer durante a prova. Quanto ao Pantheon, é realmente um craque. É um cavalo fácil de ser montado, um cavalo que mantém o ritmo, tem um galope que rende muito, mas acho que sua principal vantagem é a recuperação cardíaca. O condicionamento físico dele é excepcional.” O 6º Campeonato Pan-americano Aberto de Enduro Eqüestre teve organização conjunta do Instituto Enduro Brasil (IEB), Federação Paulista de Hipismo (FPH), Confederação Brasileira de Hipismo (CBH) e chancela da Federação Eqüestre Internacional (FEI). O evento, que reuniu 50 competidores de oito países, também contou com o apoio da Prefeitura de Campinas. Resultados Categoria Adulta Individual - Medalha de ouro: Alexandre Zahr Razuck (Brasil) e Marcela Ott (bronze), Laura Paiz (ouro) e Mariano Pitta (prata) subiram ao pódio da categoria Young Rider Fotos: Pedro Rebouças Na categoria adulta o pódio foi composto por Federico Garcia (bronze), Alexandre Razuck (ouro) e Vitória Lins (prata) HDL Pantheon. Medalha de prata: Maria Vitória Lins Liberal (Brasil) e Filoteu Rach. Medalha de bronze: Federico Garcia Piñeyrua (Uruguai) e EO Dubut. 4º lugar: Mariana Cesarino Steinbruch (Brasil) e Kirov da Barra. 5º lugar: Gabriela Cesarino (Brasil) e Majid Fazan FGJ. Categoria Adulta/Equipes - Medalha de ouro: Brasil (Alexandre Razuck/HDL Pantheon, André Vidiz/Pyvha ATA, Lílian Bueno Garrubo/ Judah HEM e Newton Lins Filho/NNL Samray). Medalha de prata: Uruguai (Federico Garcia Piñeyrua e EO Dubut, Pio Juan Miguel e Merlin, Diego Carrasco e Tabu e Julio Machado e Viraz. Categoria Young Rider Individual - Medalha de ouro: Laura Paiz (Guatemala) e Nico. Medalha de prata: Mariano Pitta (Argentina) e Chaval PP. Medalha de bronze: Marcela Ott (Uruguai) e Baraka Sharjah. 4º Lugar: Patrícia Taliberti (Brasil) e Jam Bob Fire. 5º Lugar: Ana Carla Maciel e Pimpinella JSM. Categoria Young Rider/ Equipes – Medalha de ouro: Brasil (Patrícia Batah Taliberti/ Jam Bob Fire, Ana Carla Maciel/ Pimpinela JSM, Ana Luiza Lahud/Luthor Rach e Priscila dos Santos/WN Kamalek). Medalha de prata: Argentina (Mariano Pitta/Chaval PP, Franco Cuzziane/Gran Indu, Maximiliano Monte/El Sheik e Isidoro Ibarra/Carlin. Medalha de bronze: Uruguai (Marcela Ott/ Baraka Sharjah, Esteban Fort/ Filou, Ignácio Ospitaleche/EO Jarás e Manuela Antonaccio - atual Campeã Mundial de Young Riders - e Metiche). XVII Campeonato Brasileiro de Enduro Eqüestre Trilha exigente e calor forte provocaram a eliminação de metade dos enduristas que participaram da competição em Campinas (SP) O XVII Campeonato Brasileiro de Enduro Eqüestre aconteceu no sábado 21 de julho, nas dependências do Rancho Santa Cândida, em Campinas (SP). A competição encerrou o programa oficial do 6º Pan-americano Aberto, evento que ocorreu entre os dias 18 e 21 de julho, com chancela da Federação Eqüestre Internacional (FEI). A disputa nacional reuniu Foto: Murilo Góes 116 enduristas, provenientes do Distrito Federal e de diversos estados, como: São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Mato Grosso. Cerca da metade dos competidores, entretanto, não conseguiu concluir a prova em decorrência do forte calor e da exigente trilha. Para o presidente do Instituto Enduro Brasil (IEB), Silvio Arroyo, a prova foi muito boa e exigiu bastante técnica dos competidores, que estavam divididos em três categorias de velocidade livre: 120 km, 88 km e 61 km. “Os participantes precisaram mostrar muita habilidade para concluir o percurso, pois a chuva que caiu na região nos dias que antecederam a prova deixou a trilha escorregadia e com muita lama. Além disso, o calor foi bastante forte, exigindo que os competidores soubessem dosar o ritmo de suas montarias”, explicou Arroyo. Os primeiros a largar foram os competidores da categoria 120 km, às 6h30 da manhã, subdivididos em adultos e young riders (jovens cavaleiros). Uma hora depois, às 7h30, começou a prova de 88 km, com a participação de três subcategorias: Adulta, Young Rider e Mirim. Por fim, às 8h30, largaram os participantes da prova de 61 km, da qual também participaram enduristas adultos e jovens. O XVII Campeonato Brasileiro foi organizado pelo Instituto Enduro Brasil em parceria com a Confederação Brasileira de Hipismo (CBH) e a Federação Paulista de Hipismo (FPH). Heloísa Garcia, representante do Centro de Treinamento Marechal, conquistou o título da categoria 120 Km Adulto Foto: Murilo Góes Resultados 120 Km Adulto: 1ª- Heloísa Garcia e Desert Lee Morab; 2ºMarcelo Strauss e El Soliraire; 3ºHigor de Marchi e Gran Frahuk; 4º- André Vidiz e Mágico Endurance (Best Condition); 5ªMariana Cesarino e HMA Jack Pot. 120 Km Young Rider: 1ªJiskia Reis e Marokee JPT; 2ª- Ana Carla Maciel e WN Perla; 3ªMônica Vidiz e EHK Cristal (Best Condition); 4º- Alan Pereira e Celanthen Hec; 5ª- Karina Arroyo e Nawmy HVP. 88 Km Adulto: 1ª- Luciana Silvano e Guerreira da Quinta; 2ºLuciano Guidi e Explore HCE (Best Condition); 3ª- Kler Alan e Sunset do Reality; 4º- Mário Garfias e Asterix QS; 5º- José Carlos Neves e Zeus GY. 88 Km Young Rider: 1ºRudy Tarasantchi e Korty HCF; 2ª- Rafaela Pepe e Heydi BMV Foto: Pedro Rebouças Jiskia Reis venceu a categoria 120 Km Young Rider (Best Condition); 3ª- Laura Costa Borges e Novo Prado Sabina; 4ªLucas Llerena e FC Avelã. 88 Km Mirim: 1ª- Natacha Hannegraf e HSK Zig Frid (Best Condition); 2º- Rodrigo Barreto e Zorkan Rach; 3ª- Carolina Costa e Aladim. 61 Km Adulto: 1º- Ricardo Saliba e Hold On Rach (Best Condition); 2º- Cristiano Mesquita e Bambinela; 3ª- Ana Paula Saliba e Premier Rach; 4º- Jorge Ribeiro e Clear Water Rach; 5ºCarlos Carvalho e Fire Water AS Sahara. 61 Km Young Rider: 1ºFernando Velzi e Sultana Faryna (Best Condition); 2º- Julio Olicoasga e Grissa. 3º- Camila Llerena e El Faro; 4º- Gustavo Rodrigues e Saik HSK; 5º- Lucas Manetta e Jen Felline El Dinn. 61 Km Mirim: 1º- Marcelo Guidi e RFI Antara (Best Condition); 2º- Rodrigo Beneplácito e Abidull; 3º- Nick Guimarães e Daraa HVP. Rudy Tarasantchi, campeão brasileiro da categoria 88 Km Young Rider, concede entrevista durante intervalo da prova Brasileiro de Regularidade agita Santo Antônio do Pinhal Competição foi realizada em conjunto com a terceira etapa do Campeonato Paulista de Enduro Eqüestre A Estância Climática de Santo Antônio do Pinhal, localizada na região de Campos do Jordão, no interior paulista, foi palco de duas importantes competições de enduro eqüestre. No sábado, 4 de agosto, a cidade recebeu o Campeonato Brasileiro de Regularidade. Já no domingo, 5 de agosto, foi a vez da terceira etapa do Campeonato Paulista de Velocidade Livre. O Campeonato Brasileiro de Regularidade foi dominado pelos representantes do Distrito Federal e de São Paulo. Os paulistas sagraram-se campeões em cinco categorias, enquanto os brasilienses venceram as outras três que estavam em disputa. Os enduristas da capital federal, no entanto, se deram melhor na competição por equipes, conquistando a primeira e a segunda colocação com os times Brasília Planalto (53,11 pontos) e Brasília Esplanada (48,14 pontos). Já a terceira posição ficou com a equipe Cavalos Sagrados (39,14 pontos), de São Paulo. Para Jairo Dias, diretor do Instituto Enduro Brasil (IEB), o Campeonato Brasileiro de Regularidade foi muito bom. “Ficamos bastante satisfeitos com o sucesso do evento, que recebeu elogios de competidores provenientes das mais diversas regiões do país. Pedro Paulo Lahud e Vô Doidim sagraram-se campeões da categoria Graduada Jovem A trilha, em especial, foi citada por muitos enduristas como uma das mais belas dos últimos tempos. Além disso, recebemos diversos participantes com cavalos de raças que normalmente não participam da modalidade, como Lusitanos, Crioulos, Campolinas, Marchadores e Mangalargas. Isso mostra que estamos conseguindo atrair novos praticantes para o esporte”, ressaltou o dirigente. A programação do Campeonato Brasileiro de Regularidade foi encerrada na tarde de sábado com um almoço no Haras Alfaraz. No local, além da cerimônia de premiação, aconteceu a apresentação dos produtos do criatório, especializado em cava- Foto: Pedro Rebouças los da raça árabe. Velocidade Livre A terceira etapa do Campeonato Paulista de Velocidade Livre, realizada na manhã de domingo, deixou a disputa ainda mais emocionante. Afinal, os resultados em Santo Antônio do Pinhal mantiveram o campeonato equilibrado, deixando a definição dos campeões estaduais para as duas últimas etapas da competição. “A trilha desta 3ª etapa exigiu que os competidores da velocidade livre adotassem uma estratégia mais elaborada, para enfrentar o relevo acidentado da região, que é sempre bastante exigente”, destacou Marcelo Tarasantchi, também diretor do IEB. Na disputa por equipes, quem se saiu melhor foram os integrantes da Cantareira, que somaram 36 pontos e sagraramse campeões. Na segunda colocação ficou o time do Rancho das Palmeiras, com 33,75 pontos, seguido pelos integrantes da equipe local, a Santo Antônio do Pinhal, cuja pontuação foi 26,17. O Campeonato Paulista é organizado pelo IEB em parceria com a Federação Paulista de Hipismo (FPH). A próxima etapa da competição, patrocinada pela Universidade Guarulhos (UnG), ocorrerá no dia 8 de setembro, em Avaré (SP). Confira os resultados: Brasileiro de Regularidade Graduado Adulto 36 Km: 1º- Christiano Fontes e Killer / 2º- Carlos Eduardo Gomes Coelho e Real / 3º- André Vidiz e Lica Endurance / 4º- Bruno Policastro e AF Oxford / 5ºDaniel Abbud Haddad e Moby Dick. Graduado Jovem 36 Km: 1º- Pedro Paulo Lahud e Vô Doidim / 2º- Marcela Sampaio e Neka / 3º- Pedro Murad e Máskara. Graduado Peso Pesado 36 Km: 1º- Orivaldo Beazin e Korina / 2º- Martin Tavares Mastrangelo e Zacarias / 3º- Renato Beneplácito e Sibila / 4ºJosé Parra e Luna QS / 5º- Marco Antônio Sampaio e Cangaço. Graduado Duplas 36 Km: 1º- Jairo Dias e HMA Fontanella e Gastão Mesquita e MAM Animal JT / 2º- Léo Steinbruch e Nuit Endurance e Adriano Fran- cisco dos Santos e Chapada Endurance. Aberta Adulto 20 Km: 1ªVivian Feres José e Humaitá / 2ºJosé Maria Siqueira Filho e Vitória / 3º- Francesco Bettini e Fanni / 4ª- Raquel Álvares e Dody / 5ºCleiton Borges de Freitas e La Paz Niágara. Aberta Jovem 20 Km: 1ºEduardo Nunes Tenório e Lenço Branco / 2º- José Ricardo de Godoy e Sete de Ouro / 3ª- Isabel Gonçalves e Lady Garcia / 4ªJulia Gonçalves e Aladino. Aberta Peso Pesado 20 Km: 1º- João Carlos de Araújo e Gin Tônica / 2º- José Ednaldo Nascimento e Xodó II / 3ºRonan Vander Moreira e Serena / 4º- Adão Rodrigues de Morais e Universo da Esmeralda / 5ºRogério Silveira e RT Guapi. Aberta Duplas 20 Km: 1ºRené Penna Chaves Neto e Hamil e Julia Penna Chaves e RSC Karin / 2º- Thiago Nastar Haidar e Lustau Endurance e Roberto Haidar Sobrinho e Son Boy HEC / 3º- Wilson Ricciluca Jr. e Jamelão e Bruno Ricciluca e Xerife. Campeonato Paulista 85 Km Adulto Duas Estrelas: 1º- Marcelo de Abreu Pereira e Infinity (Best Condition) / 2ªSilvia Vaccari e Fantástico / 3ª Tatiana Galassi e Zefir / 4º- José Machado e Fuego / 5º- Mário Schioppa Neto e Platz. 85 Km Young Rider Duas Estrelas: 1ª- Luciana Giacaglia e Yankee Charm HTL / 2ª- Mônica Vidiz e Taísa Endurance (Best Condition) / 3º- Diego Mortatti e Riquel. 64 Km Adulto Uma Estrela: 1º- Ricardo Gomes e Ágata Polana / 2º- Ronan Cunha e Vênus / 3º- Ruy Guimarães e Valerie Endurance / 4º- Bruno Policastro e RSC Lord. 64 Km Young Rider Uma Estrela: 1º- Victor Hugo Bitencourt e Khasia MHD / 2ªLuciana Freitas Doljak e Tango. 64 Km Máster Uma Estrela: 1º- Marcelo Strauss e WN El Solitaire. Foto: Pedro Rebouças Competição em Santo Antônio do Pinhal mereceu elogios de competidores das mais diversas regiões do país Leco conquista o continente O hipismo brasileiro viveu um momento muito especial no mês de julho. No total, o país conquistou oito medalhas pan-americanas, comprovando o elevado nível dos esportes eqüestres praticados em território nacional. No entanto, apenas um cavaleiro conseguiu chegar ao lugar mais alto do pódio numa disputa individual. Trata-se do paulistano Alexandre Zahr Razuck, o Leco, novo campeão pan-americano de enduro eqüestre. Na entrevista a seguir, o medalhista de ouro fala sobre a disputa que o consagrou internacionalmente, realizada em Campinas (SP), no dia 20 de julho. O jovem empresário – sócio da Adora Doces, uma confeitaria especializada em doces finos – revela ainda seus próximos objetivos e fala sobre sua montaria, o anglo-árabe HDL Pantheon. Confira! Como você descreve a emoção de conquistar um título pan-americano? Em qual momento da prova você percebeu que poderia realmente vencer? Foi realmente uma emoção muito grande. Com certeza, essa foi a maior vitória que já tive no enduro, principalmente depois das dificuldades que enfrentamos antes da competição. Uma semana antes da prova, o Pantheon apareceu com tosse e não pôde ser medicado por causa do antidopping. Eu não sabia se ele ia se recuperar a tempo nem em quais condições estaria no dia da prova. Foto: Pedro Rebouças Graças a Deus - e com a assessoria dos veterinários Beto Turato, Gerson Viera e Henrique Garcia, que souberam avaliar que o cavalo não tinha nada além de uma irritação na “garganta” -, fomos mantidos na equipe e, mesmo com o Pantheon tossindo poucos minutos antes da largada, partimos em busca do nosso sonho. O Pantheon estava ótimo, tranqüilo, com muita vontade e com uma recuperação fantástica. Isso me fez acreditar que era possível ganhar dos tão temidos uruguaios, mas só acreditei realmente que a vitória estava próxima na saída para o último anel, pois tinha garantido uma boa vantagem e o Pantheon continuava mantendo um ritmo forte sem muito esforço. O dia quente, a trilha com muita lama ou o bom nível dos conjuntos participantes, qual foi o maior obstáculo para chegar a esse título? Leco canta o hino nacional durante a cerimônia de premiação Os cavaleiros uruguaios, que haviam vencido o Pan-americano anterior e montavam cavalos de nível internacional, foram o maior obstáculo para essa conquista. A lama também atrapalhou bastante, pois, além de ocasionar a perda de uma ferradura no terceiro anel, deixou o piso escorregadio, o que é muito ruim para um cavalo grande como o Pantheon. Qual a importância das quatro medalhas conquistadas nesse pan-americano para o futuro do enduro eqüestre nacional? Acho que com a conquista das medalhas o enduro passará a ter mais força junto à CBH (Confederação Brasileira de Hipismo), assim poderemos ter mais apoio e respeito para continuar crescendo. Afinal, o enduro foi a única modalidade hípica que conseguiu uma medalha de ouro individual nesses jogos Pan-americanos. Quais características você destacaria na equipe brasileira campeã pan-americana? Achei muito bem feito e transparente o trabalho da Dire- Foto: Pedro Rebouças toria de Enduro da CBH e da Comissão Técnica. Eles estavam realmente empenhados em conquistar esse título inédito para o nosso esporte. Já a equipe estava unida e buscava o mesmo objetivo. Além disso, é importante destacar que a equipe não se limitava apenas aos quatro ou doze representantes, todos se ajudavam. Não teve uma vez que ao passar por um “pit stop” não surgiram braços carregando garrafas de água para resfriar o cavalo ou para simplesmente ajudar a reapertar a sela. Na estrada as pessoas buzinavam e gritavam, incentivando ainda mais a nossa conquista. Como foi sua preparação para a competição? A minha preparação para a prova infelizmente na maior parte do tempo foi feita longe do cavalo, pois moro e trabalho em São Paulo e só posso montar aos finais de semana. Para compensar esse fato, faço bastante esporte, principalmente corrida, e não dispenso uma boa partida de futebol ou de tênis. Já o Pantheon segue uma rotina de treinamento rigorosa, elaborada pelo Didier e seguida à risca pelo nosso tratador e treinador Sergio Garçon. Ele também segue um regime alimentar com tudo que um atleta precisa. Sempre acompanhado pelo nosso veterinário, o Beto Turato. Qual a idade e a raça do HDL Pantheon? Quando você começou a montá-lo? E quais as principais qualidades desse cavalo? O Pantheon é um cavalo anglo-árabe nascido em setembro de 1997, portanto vai completar O campeão pan-americano vibra ao chegar no pódio da competição dez anos no próximo mês. Comecei a montá-lo há mais ou menos cinco anos, logo depois que foi domado. Na primeira prova que fiz com ele, ganhei em Avaré (SP) o campeonato brasileiro de 45 quilômetros. Antes disso, ele já havia feito duas provas, conquistando um primeiro e um quarto lugar, mas não foi montado por mim. O Pantheon é uma máquina de fazer enduro, tem tudo que se espera de um campeão. É um cavalo extremamente saudável, tranqüilo, e ao mesmo tempo tem muita garra e vontade de andar. Além disso, é um cavalo extremamente confortável para o cavaleiro, com um rendimento de galope e de trote espetacular e uma recuperação cardíaca fantástica. Como surgiu seu interesse pelo enduro eqüestre? E qual a importância desse esporte na sua vida? Comecei a fazer enduro em 1991, numa prova de regularidade organizada pela Copercom em Campos do Jordão, com um cavalo emprestado. Não tinha a menor idéia do que fazer com aquela planilha que recebemos minutos antes da largada, por isso fui seguindo os cavaleiros mais experientes. Fiquei em último lugar, mas, mesmo assim, me apaixonei pelo enduro. Consegui juntar as minhas paixões pelo cavalo e pelo esporte numa só modalidade. Hoje, o enduro faz parte da minha vida e da minha história, uso todo o tempo disponível para treinar e me dedicar ao esporte. Tenho também o apoio da minha família, que me acompanha nas provas. O Didier (meu sogro) realiza o planejamento e treinamento do cavalo, a Lina (minha mulher) faz o meu apoio e já estou planejando o dia em que farei as primeiras provas com os meus filhos: o Rafael, que está com três anos, e o Felipe, de um ano e nove meses. Quais são suas próximas metas no esporte? Minha próxima meta é ganhar uma medalha num mundial. Sei que é muito difícil, mas com um bom planejamento e montando o Pantheon tudo se torna possível. Além disso, pretendo continuar treinando bastante e competindo nas principais provas do Brasil. Copa Internacional de Avaré Disputa acontecerá durante o feriado de Sete de Setembro Foto: Pedro Rebouças Foto: Murilo Góes O feriado prolongado de Sete de Setembro promete ser movimentado na Estância Turística de Avaré, localizada a 250 quilômetros da capital paulista. Afinal, a cidade será palco de duas importantes competições: a Copa Internacional de Avaré, chancelada com três estrelas pela Federação Eqüestre Internacional (FEI), e a quarta etapa do Campeonato Paulista, considerado o mais importante evento de longa duração do enduro eqüestre nacional. As duas coampetições acontecerão nas dependências do Parque de Exposições Doutor Fernando Cruz Pimentel (Emapa). A Copa Internacional, com disputas de velocidade livre nas distâncias 160 e 120 Km, ocorrerá na própria sexta-feira 7 de setembro. Já a quarta etapa do Paulista acontecerá no sábado, reunindo disputas de velocidade livre (93,3 e 64,3 Km) e regularidade (36 e 20 Km). Os enduristas Marcelo Tarasantchi e Léo Steinbruch “Além de possuir uma trilha bastante plana e competitiva, esta é uma das disputas mais tradicionais do calendário brasileiro. Por isso, qualquer endurista se sente orgulhoso de subir no pódio desta importante competição”, explica Silvio Arroyo, presidente do Instituto Enduro Brasil. O Campeonato Paulista de Enduro Eqüestre e a Prova Inter- nacional de Avaré são organizados pelo Instituto Enduro Brasil em parceria com a Federação Paulista de Hipismo (FPH). O evento conta, além disso, com o patrocínio da Universidade Guarulhos (UnG). Mais informações com Vanda Balassa pelos telefones (11) 9928-9593 e (11) 4032-7914 ou pelo e-mail [email protected]. Destaque na mídia O enduro eqüestre recebeu uma significativa atenção da mídia durante o mês de julho. O 6º Campeonato Pan-americano, além de ser acompanhado por diversos veículos especializados, recebeu a visita de quatro equipes de televisão: TV Família, Band Campinas, EPTV/Globo e TVB/SBT. Na foto ao lado, Silvio Arroyo (presidente do Instituto Enduro Brasil) concede entrevista à repórter da TVB, retransmissora do SBT na região de Campinas. Campeonato da África Sete enduristas brasileiros participarão da Walvis Bay CEI 3 Estrelas, marcada para acontecer no dia 29 de agosto, na Namíbia Foto: Murilo Góes Mariana Salles, Aline Honório e Karina Arroyo participarão da disputa em território africano O Brasil estará representado por sete enduristas no Campeonato da África de Enduro Eqüestre, competição que acontecerá no dia 29 de agosto, durante a tradicional Walvis Bay CEI 3 Estrelas, na Namíbia. A disputa acontecerá em duas distâncias: 130 e 120 quilômetros. Os competidores brasileiros, que participarão como convidados, não poderão conquistar o título africano. No entanto, a disputa será de grande importância para que eles somem pontos para o ranking da Federação Eqüestre Internacional (FEI). Na categoria adulta, o país estará representado pelo experiente endurista Léo Steinbruch, que já representou o país em dois campeonatos mundiais. Já os outros seis brasileiros que viajarão à Namíbia - localizada na região sudoeste da África, entre Angola e a África do Sul - são da categoria Young Rider (Jovens Cavaleiros): Aline Cristina Honório, Ana Carla Maciel, Karina Camargo Arroyo dos Santos, Mariana Salles, Mônica Vidiz e Rudy Tarasantchi. Apesar da pouca idade, todos possuem uma ampla experiência internacional, com participações em pan-americanos e mundiais da categoria. Além do grupo brasileiro, a competição contará com outros enduristas de fora da África, pois a Austrália também aceitou o convite para participar da disputa. O boletim informativo “Trilha Brasil” é uma produção da Assessoria de Comunicação do Instituto Enduro Brasil. Dicas e sugestões: [email protected] www.enduroequestre.com