Metalworking World 3/2014

Transcrição

Metalworking World 3/2014
W ss
W aor
M yaen
0
110
3/14
a revista de negócios e tecnologia da sandvik coromant
Velozes e
curiosos
Um grupo de estudantes ingleses de
engenharia renovou seus Minis e os
levou para passear na Itália.
GC4315:
Nova técnica
suporta o calor
De volta para o presente NORuega Parceiro silencioso INovação Usinagem digital
TECnologia Pousos seguros HUNgria Benefícios da flexibilidade
TECnologia Avanços na usinagem de engrenagens FRANça Um novo parceiro de serviços
TECnologia Melhores práticas para componentes da indústria
Perfil
editorial
klas forsström presidente da sandvik coromant
Estamos onde os
estudantes estão
“ Você não terá
nenhum cliente em
20 anos!”
o início do discurso de abertura de um
seminário chamou a atenção do público, e a
sala ficou em silêncio. Para ter clientes em
2034, afirmou o palestrante, as empresas
precisam se integrar com aqueles que se
tornarão clientes no futuro: os estudantes.
Neste momento comecei a me sentir
verdadeiramente orgulhoso, já que temos uma
forte relação com os profissionais de amanhã,
e vamos reforçá-la cada vez mais. Trabalhamos em estreita colaboração com várias
escolas e universidades do mundo – o
Manufacturing Technology Centre, na
Inglaterra, e a Universidade de BeiHang, na
China, por exemplo – patrocinando seminários
e cursos e atuando como professores convidados. Estamos onde os estudantes estão.
Também patrocinamos e participamos de
atividades externas, que visam criar interesse
pela indústria de manufatura. O rally Italian
Job Mini, sobre o qual falamos na página 16, e
o carro Bloodhound, que vai tentar quebrar o
recorde de velocidade em terra em 2016, são
dois projetos espetaculares que funcionam
como atrativos para muitos estudantes que
ainda não escolheram suas carreiras.
A necessidade de aumentar o interesse pelo
nosso setor é grande. A Inglaterra, por
exemplo, enfrentará em breve uma escassez de
830 mil engenheiros. O projeto Bloodhound
sozinho deve estimular a formação de cem mil
técnicos de engenharia até 2018.
Para nós, todas essas atividades servem para
atrair os melhores talentos não só para a
Sandvik Coromant – o que certamente
2 metalworking world
gostaríamos – , mas para a indústria como um
todo. Ficamos felizes em ver os talentos do
futuro em nossos clientes. Queremos parceiros
que façam perguntas difíceis e nos desafiem
constantemente a sermos melhores.
Concordo com o palestrante: uma estreita
relação com os estudantes é de grande
importância, por todas as razões anteriores.
Pessoalmente, acrescentaria outra razão: a
alegria. Ver o brilho, a paixão e todas as ideias
que transbordam dos futuros profissionais do
nosso setor aquece meu coração.
Bem-vindo à indústria!
Boa leitura!
klas forsström
Presidente da Sandvik Coromant
Metalworking World
é uma revista de negócios e tecnologia da
AB Sandvik Coromant, 811 81 Sandviken,
Suécia. Tel: +46 (26) 26 60 00.
Metalworking World é publicada três
vezes por ano em inglês americano e
britânico, alemão, chinês, coreano,
dinamarquês, espanhol, finlandês,
francês, holandês, húngaro, italiano,
japonês, polonês, português, russo,
sueco, tailandês e tcheco. A revista
é gratuita para clientes da Sandvik
Coromant no mundo inteiro.
Uma publicação da Spoon Publishing,
Estocolmo, Suécia. ISSN 1652-5825.
Editora-chefe e responsável legal na
Suécia: Björn Rodzandt. Editor-executivo: Mats Söderström. Gerente de
contas: Christina Hoffmann. Editor:
Geoff Mortimore. Direção de arte: Emily
Ranneby. Editor técnico: Börje Ahnlén.
Subeditora: Valerie Mindel. Coordena-ção: Lianne Mills. Coordenação de
idiomas: Sergio Tenconi. Diagramação
das versões: Louise Holpp.Pré-impres-são: Markus Dahlstedt. Foto de capa:
Martin Adolfsson. Artigos não solicitados
serão recusados. O conteúdo desta
publicação só poderá ser reproduzido
com autorização do gerente editorial da
Metalworking World. Matérias e opiniões
expressas na Metalworking World não
necessariamente refletem os pontos de
vista da Sandvik Coromant ou da editora.
Correspondências e pedidos de
informação sobre a revista são
bem-vindos. Contato: Metalworking
World, Spoon Publishing AB,
rosenlundsgatan 40, 118 53 Estocolmo,
Suécia. Tel: +46 (8) 442 96 20.
E-mail: [email protected].
Informações sobre distribuição:
Catarina Andersson, Sandvik Coromant.
Tel:+46 (26) 26 62 63. E-mail: mww.
[email protected]. Impresso na
Suécia, gráfica Sandvikens Tryckeri.
Impresso em papéis MultiArt Matt 115g e
MultiArt Gloss 200g, da Papyrus AB, com
certificação ISO 14001e registro junto ao
Sistema Comunitário Europeu de
Ecogestão e Auditoria (EMAS).
Coromant Capto, CoroMill, CoroCut,
CoroPlex, CoroTurn, CoroThread,
CoroDrill, CoroBore, CoroGrip, AutoTAS,
GC, Inveio, Silent Tools, InvoMilling e
iLock são todas marcas registradas da
Sandvik Coromant.
Receba sua cópia gratuita da
revista. Envie seu e-mail para
[email protected].
A Metalworking World tem caráter
informativo. As informações veiculadas
na revista são de natureza genérica e
não devem ser entendidas como
recomendações ou utilizadas como base
para tomadas de decisão em casos
específicos. Qualquer uso dessas
informações é de total responsabilidade
do usuário. A Sandvik Coromant não se
responsabiliza por qualquer dano direto,
acidental, consequencial ou indireto
resultante do uso das informações
disponibilizadas pela Metalworking World.
conteúdo
metalworking world #2 2011
16
Inspiração:
Pela Itália em um Mini
10
A patented new
technique puts Voith
Turbo on the map.
9
31
França:
Contrato de serviço
completo da GIMA
gera grande economia
Hungria:
Produção interna
cria flexibilidade
4
Perfil:
8
5
Jogo Rápido:
7
Reinvenção em duas rodas:
Correntes iluminadas
Notícias do mundo
Motores elétricos revolucionam o
mundo das bicicletas
Perfil:
De volta para o presente
28
Inovação:
38
Nota final:
Como a “Internet das Coisas”
afeta a manufatura
A vida em uma caixa
22
Noruega:
Elevando a produtividade
– em silêncio
Tecnologia
Pousos seguros
Aumento no tamanho e cargas
de aviões cria novos desafios
de usinagem para fabricantes
de trens de pouso.
14
Avanços no
fresamento de
engrenagens
A transição no fresamento de
engrenagens para novas
máquinas, ferramentas de
metal duro, soluções
intercambiáveis e novos
métodos está cada vez mais
evidente.
20
Ela suporta
o calor
A pastilha GC4315
proporciona taxa de
remoção de metal
melhorada e desempenho previsível no
torneamento
de aços.
26
Encontrando a
melhor solução
Como manter um processo
de manufatura competitivo.
36
metalworking world 3
jogo rápido
texto: johan åkesson
Foto: Martin Adolfsson
RAINHA DA RECIcLaGEM
Ela transforma sucata em luxo.
Correntes iluminadas
Rodas e correntes de bicicletas velhas
são tudo o que a artista californiana Carolina Fontoura Alzaga precisa para transformar lixo em arte. Desde que começou, há sete anos, a mexicana que vive
em Los Angeles construiu uma centena de lustres
artesanais com bicicletas velhas, e a lista de espera
para suas luxuosas criações recicladas é extensa.
“Acho que temos uma responsabilidade ética como
seres humanos de não depender tanto do uso de materiais novos”, conta. “Eu não quero me limitar a usar
apenas material reciclado, mas considero uma prática
muito importante. Também é ótimo poder mudar o
destino de algo que iria para o lixo. Reivindicar a reutilização é algo poderoso.”
Para criar os modelos maiores, com até 2,5 metros
de altura e 1,2 metro de diâmetro, Fontoura Alzaga
trabalha com um engenheiro e um soldador de estruturas. Cada lustre leva de duas a dez semanas para
ficar pronto. Ela recolhe materiais de 120 lojas de bicicletas nos arredores de Los Angeles, juntando correntes velhas que estão enferrujadas, esticadas ou arrebentadas. Ela também coleta pedaços de aço e peças
de bicicletas em vários ferros-velhos.
“Eu realmente gosto de procurar metais velhos”,
afirma. “É resistente, é duro, é ruidoso. A atmosfera
nos pátios é terrível, mas eu gosto. Para mim, há algo
de muito romântico em ir a um ferro-velho e achar
pequenos tesouros. É realmente uma caça ao tesouro. Também fico muito feliz por conseguir ver beleza
em algo que ninguém mais vê.” n
4 metalworking world
assista ao vídeo dessa
história no ipad
Jogo Rápido
a força dos braços
As alavancas fazem a cadeira
ser mais rápida que as
tradicionais.
sacode
um empurrão
a mais
Medicina - Cadeiras de rodas comuns são projetadas
para corredores de hospitais ou pisos regulares. Locomover-se
com uma cadeira de rodas em um país em desenvolvimento,
onde calçadas são frequentemente irregulares ou inexistentes,
pode ser um desafio e uma limitação para uma pessoa com
deficiência. Agora existe a LFC (Leveraged Freedom Chair, ou
cadeira livre com alavancas), a mountain bike das cadeiras de
rodas, projetada para os muitos desafios do dia a dia. A cadeira é leve e usa alavancas no lugar do movimento de empurrar
tradicional. Os usuários podem mudar de marcha pela posição
das mãos, o que permite ir 80% mais rápido do que com uma
cadeira de rodas normal e ultrapassar os obstáculos.
energia - A regra geral para
moinhos de vento é quanto maior,
melhor. Mas a pesquisadora Smitha
Rao, da Universidade do Texas, EUA,
vai na direção oposta, com um moinho de liga de níquel com um sistema microeletromecânico (MEMS).
As turbinas eólicas de eixo horizontal têm um motor de três pás de 1,8
milímetro de diâmetro e uma torre
de 2 mm. A invenção ainda não é
comercializada, mas a esperança é
que você possa carregar a bateria
do seu celular apenas sacudindo-o
ou deixando à brisa de uma janela.
Anúncio que mata a sede
engenharia - Parece milagre, mas é uma campanha
inteligente para promover a Universidade de Engenharia e
Tecnologia do Peru e inspirar jovens a seguirem a carreira
de engenharia. O outdoor na rodovia soluciona um problema local, a falta de água corrente em Lima, fazendo água a
partir do ar extremamente úmido, por meio de um sistema
de osmose reversa. A água é condensada e purificada e
pode ser recolhida pelos moradores na base do painel. Em
seus primeiros três meses, o outdoor produziu 9.450 litros
de água potável.
“Queríamos que os futuros estudantes vissem como os
engenheiros também resolvem necessidades sociais em
várias situações cotidianas”, explica Alejandro Aponte, diretor de criação da agência de publicidade Mayo DraftFCB,
que trabalhou no projeto.
o termo:
wearable
ou “usável”, tecnologia que é usada
próxima ao corpo, sobre o corpo ou no
interior do corpo.
O número:
$1
gota a gota
Este outdoor transforma
ar em água.
Para cada libra (1/2 quilo) de metal
duro reciclado ao longo de um mês,
a Sandvik Coromant nos Estados
Unidos doou um dólar para a
organização beneficente Workshops
for Warriors. No total, foram doados
mais de 40 mil dólares.
metalworking world 5
jogo rápido
aplausos
de titãs
225.000
o número:
Número de turbinas eólicas no mundo em 2013.
puxando ferro
Flexionando o Braço
Titã.
medicina - A cada ano, milhares de trabalhadores precisam
tirar licença médica devido a lesões causadas por carregar peso
excessivo. O Braço Titã é um exoesqueleto motorizado da parte
superior do corpo para uso em reabilitação e aplicações terapêuticas, bem como em trabalhos que exijam muita força. O braço possui sensores que fornecem dados sobre os movimentos do usuário, que são úteis na terapia física. Por trás do projeto estão quatro
estudantes de engenharia mecânica da Universidade da Pensilvânia, EUA. Eles receberam diversos reconhecimentos por sua inovação, incluindo o Prêmio James Dyson.
Baterias inclusas
energia - Engenheiros da Volvo desenvolveram um novo tipo de bateria de
carro que é parte integrante da carroceria do veículo. A bateria é um sanduíche de
fibra de carbono, nanobaterias e de super-condensados, que são moldados na estrutura em um forno. Além de terem uma “memória” e tempo de recarga mais rápido do que as
baterias de íon-lítio, as nanobaterias, feitas de um nanomaterial, são mais leves e mais fortes do que o aço, reduzindo o peso do carro em 15%. Os engenheiros estimam que um veículo
poderia rodar 130 km com uma única carga.
o número:
prêmio
incentiva a
inovação
o engenheiro sul coreano Changhun Son é a
primeira pessoa a ganhar o prêmio interno de inovação da
Sandvik Coromant, o Bright Yellow Challange. O prêmio será
concedido anualmente ao colaborador que elaborar a solução
mais inovadora do ano. Son ganhou o prêmio pelo software
que desenvolveu para os processos de máquinas, a fim de dar
aos clientes respostas mais rápidas sobre questões de investimento em máquinas. No fim, a solução levará a melhores processos para a fabricação de ferramentas especiais.
6 metalworking world
10
a Toyota no Japão
substituiu alguns robôs
por humanos, e obteve
ganhos de eficiência. Com
a substituição de cem robôs por pessoas, a empresa reduziu os resíduos na
produção de virabrequins
em 10%. O objetivo é alcançar melhor entendimento de como os processos e máquinas
funcionam.
Exposição
internacional de
metalmecânica
abm, Exposição Internacional Metalmecânica, é considerada uma das maiores do setor, figurando entre as 5 melhores
do mundo. Este ano, ela aconteceu na Messe Stuttgart, Alemanha, entre 16 e 24 de setembro, e contou com mais de
1.300 expositores de quase 30 países. A Sandvik Coromant
marcou presença com um estande no Pavilhão 1.
jogo rápido
texto: HENRIK EMILSON
ILUSTRAção: Niklas thulin
e-bikes Qualquer um que já passou horas em uma
estrada poluída e congestionada a caminho do trabalho provavelmente concordará que este cenário precisa mudar no futuro. De muitas maneiras, os veículos
elétricos de duas rodas – ou e-bikes, como é popularmente chamada essa mistura de bicicleta e motocicleta com um motor elétrico – representam uma solução. No entanto, tecnologia elétrica, novos materiais
leves, design moderno, baterias eficientes e recarga rápida são apenas partes do quebra-cabeça. Investimentos em infraestrutura e
inovações também são fundamentais. n
130
milhões
Benefícios
Os pequenos motores das e-bikes
ajudam a superar as dificuldades de uma
bicicleta tradicional – ladeiras, vento,
distância e transpiração. Muitas e-bikes
atingem uma velocidade de cerca de 30 km por hora
e podem rodar 50 km antes de recarregar. 81 e-bikes com baterias
de 300 watts, carregadas com eletricidade gerada por carvão,
produzem a mesma quantidade de poluição que um único carro.
Novos materiais e
novos modelos
O bambu é uma tendência na
construção de bicicletas,
oferecendo um quadro leve e
forte, com um efeito antivibratório
natural. A empresa química BASF
lançou uma e-bike de plástico chamada
Concept 1865, imitando um velocípede do
século XIX. A bicicleta tem a tradicional roda
frontal grande e vem com várias soluções
inteligentes, como iluminação LED no quadro e
bateria no assento removível.
Número de e-bikes na China,
que cresce aproximadamente
30% por ano.
Infraestrutura
Recentemente, o arquiteto britânico Norman Foster sugeriu a
SkyCycle como solução para o trânsito de Londres. O projeto
consiste em 220 km de vias sem carros acima da rede
ferroviária. As dez rotas, seguindo as diferentes linhas de
metrô acima do solo, teriam um total de 200 pontos de
acesso e cada um com capacidade para 12 mil ciclistas
por hora. Em Copenhague, na Dinamarca, 40% dos
deslocamentos agora são feitos de bicicleta, graças
a uma extensa rede de ciclovias. Com a futura
expansão da infraestrutura, o número deve chegar
a 50% em 2025. Ciclovias parecidas foram criadas
em Nova York e Chicago, nos EUA; em
Gröningen, na Holanda e em
Guangzhou, na China.
assista ao vídeo
sobre e-bikes no ipad
metalworking world 7
jogo rápido
texto: Henrik emilson
foto: Daniel Byrne
O carro dos sonhos
eficiência energética
A nova geração de DeLoreans
é equipada com motores
elétricos.
8 metalworking world
Era o sonho de um homem, mas o
sonho mostrou ser apenas um cochilo
na história da indústria automotiva.
John DeLorean era um executivo que
deixou a General Motors em 1973 para
perseguir seu sonho de lançar uma
marca própria de automóveis. Sua fábrica foi instalada em Belfast, na Irlanda, e em 1981 ficaram prontos os primeiros veículos DeLorean, com suas
carrocerias de aço inoxidável e portas
que se abriam como asas de gaivotas.
A empresa teve vida curta. Os carros
acabaram saindo mais caros do que o
planejado e, ainda por cima, esse esportivo não era muito rápido. Quando a
empresa encerrou as atividades, apenas um ano depois, só 9.000 unidades
haviam sido produzidas.
Passados 30 anos e três filmes De
Volta Para o Futuro, onde o DeLorean
aparece como uma máquina do tempo,
o modelo é hoje considerado cult. Stephen Wynne, um mecânico especializado em DeLoreans, antecipou a popularidade e a procura que o carro viria a ter e
comprou grande parte dos estoques e
das peças do modelo. Há alguns anos,
depois de ter sido repetidamente questionado se eles ainda podiam ser comprados, ele decidiu começar a produção. Desta vez o carro é uma mistura de
peças antigas e novas, com um chassi
mais leve, motor elétrico e velocidade
máxima de 195 km/h. O novo DeLorean
vem com um adesivo com uma citação
que faz referência a De Volta Para o Futuro: “Gasolina? Para onde vamos, não
precisamos de gasolina”. n
texto: Tomas Lundin foto: Adam lach
Na medida
da perfeição
A Dana, um dos principais fornecedores de
peças de powertrain do mundo, adquiriu uma solução
turnkey sob medida da DMG MORI e da Sandvik
Coromant para sua nova fábrica na Hungria. Agora, as
peças que vinham de fora são produzidas internamente,
com feedback instantâneo das linhas de montagem,
garantindo maiores produtividade e qualidade.
Györ, Hungria.
metalworking world 9
[1] A DMG MORI, a Sandvik
Coromant e a Dana
trabalharam juntas na
solução turnkey.
[2] Valorizar os talentos é
crucial para o plano de
expansão de negócios da
Dana.
[3]
10 [3] Heikko Hornung, da
Sandvik Coromant (à esq.)
e Dorin Schäffer, diretor
geral da DMG MORI na
Hungria (à dir).
[1]
[2]
[4] Das 170 ferramentas
na solução turnkey da
Dana, 80 foram feitas
exclusivamente para a
unidade de Györ.
[4]
metalworking world
Hoje, cerca de 30% das peças
para eixos pesados e
transmissões são produzidas
internamente.
nnn A pequena cidade húngara Györ, entre Viena
e Budapeste, é um local privilegiado para a
indústria automotiva. Alguns dos fabricantes
internacionais mais conhecidos estão na região,
atraídos pelo número de profissionais qualificados e
pela longa tradição de produção automotiva. No
topo da lista está a Audi, cuja planta em Györ é a
maior fábrica de automóveis do mundo.
A Dana inaugurou uma unidade na cidade há cinco
anos, originalmente para montagem de eixos e
transmissões para veículos fora de estrada entregues
por outras unidades da empresa ou por fornecedores
externos. Mas, em 2012, a Dana investiu em produção
própria e, hoje, cerca de 30% das peças são produzidas no local.
“Agora somos capazes de reagir imediatamente se
houver problemas com peças”, conta Zoltán Király,
diretor geral da empresa em Györ. “Este feedback
instantâneo prova que estamos acelerando o processo e
alcançando melhor qualidade. E, claro, somos menos
dependentes de entregas externas.”
Para minimizar o tempo de start-up e os
custos de treinamento, a Dana decidiu investir
em uma solução turnkey. “Nós não tínhamos o
conhecimento, por isso precisávamos comprar
não apenas máquinas, mas competência”,
explica Király. No início de 2013, o fabricante
de máquinas-ferramenta DMG MORI
começou a projetar o sistema de produção e a
Sandvik Coromant foi escolhida para fornecer
a solução completa de ferramentas.
Das 170 ferramentas utilizadas, 80 foram
desenvolvidas exclusivamente para a planta
em Györ. Algumas também foram adquiridas
de outra empresa. “A Sandvik foi muito
flexível”, afirma Ralf Riedemann, presidente
da Mori Seiki GmbH e diretor geral da Mori
Seiki Europe AG. “Não é muito comum, mas a
Sandvik entendeu que isso era necessário para
oferecer um pacote de usinagem otimizado.”
metalworking world 11
[1]
[2]
[3]
[4]
todo O projeto foi estudado e desenvolvido em
cinco meses, no centro de tecnologia da DMG
MORI em Wernau, na Alemanha. “Foi um projeto
muito exigente”, conta Riedemann. “No fim,
conseguimos demonstrar que éramos capazes de
produzir soluções turnkey muito complexas em
tempo recorde. E o segmento turnkey é um mercado
estratégico em que queremos crescer ainda mais.
Por isso, também era muito importante mostrar a
nossa expertise.”
Para a Dana, a história foi um sucesso. Comprar
um pacote turnkey e planejar iniciar a produção em
apenas seis meses foi uma experiência ousada. “Sim,
estávamos sob a pressão do tempo, mas o processo
foi muito tranquilo”, lembra Ferenc Rezsofi, líder do
projeto da Dana durante a fase de start-up.
O fator mais importante do sucesso, lembra Dorin
Schäffer, diretor geral da DMG MORI para a
Hungria, foi o fato de todos os envolvidos no
projeto acreditarem em colaboração e comunicação
intensas. “Essa atitude virou a marca do projeto”,
conta Heiko Hornung, gerente sênior de contas
estratégicas da Sandvik Coromant. n
[1] No total, o projeto
turnkey é composto por
três células de produção
com 11 máquinas.
[2] A Dana comemora 110
anos em 2014.
12 metalworking world
[3] Entre 135 mil e 140 mil
peças são produzidas por
ano.
[4] A produção é
altamente automatizada,
com poucas pessoas em
cada turno.
visão técnica
“Nós não tínhamos
o conhecimento, por
isso precisávamos
comprar não apenas
máquinas, mas
competência.”
Zoltán Király, diretor geral da Dana em Györ
O projeto turnkey da DMG Mori é
composto por três células de produção com 11
máquinas, das quais cinco estão instaladas em
um sistema de pool de paletes linear com 28
paletes e três estações set-up produzindo quatro
famílias de produtos diferentes: seis tipos de
carcaças de eixos, quatro de mangas de eixo,
dois de suportes de engrenagens planetárias e
quatro de caixas centrais. Desde agosto de 2013,
a produção é realizada em quatro turnos, 24
horas por dia, sete dias por semana, que produzem entre 135 mil e 140 mil peças por ano.
“Este foi realmente um projeto transnacional,
com perfeita comunicação entre a Dana Győr, a
DMG MORI na Hungria e na Alemanha e a Sandvik Coromant na Hungria, Alemanha e Europa
Central”, diz Laszlo Joszay, gerente da Sandvik
Coromant na Hungria.
“Foi um verdadeiro trabalho em equipe, com
responsabilidades compartilhadas, entendimento comum das reais necessidades do cliente e
visão do todo. Isso mostra o nível de competência da Sandvik Coromant, capaz de lidar com
projetos internacionais completos, utilizando
nosso conhecimento exclusivo de engenharia. “
Quase metade das 170 ferramentas foi projetada pela Sandvik Coromant exclusivamente
para a planta em Györ. “Desenvolvemos um
modelo 3D específico para cada uma e investimos muito esforço de engenharia”, afirma
Michael Huppertz, líder do projeto para investimento em máquinas da Sandvik Coromant.
A produção em Györ é altamente automatizada, com apenas três operadores, um líder de
turno e uma pessoa responsável pela qualidade, por turno. Os operadores foram treinados
nas instalações da DMG MORI na Alemanha e
em Györ, onde a Sandvik Coromant e a DMG
MORI ajudam com especialistas no local.
“A maioria dos nossos operadores é jovem,
bem formada e extremamente ambiciosa”, afirma Laszlo Nyeki, operador de CNC e líder de
turno. Nyeki, 35 anos, se descreve como um
“professor e amigo mais velho”.
Atrair os melhores talentos para atuar na fábrica é um dos fatores mais críticos, uma vez que a
Dana planeja expandir sua engenharia para incluir
componentes de transmissões. A Audi está
contratando bastante, assim como a Mercedes,
que fica em Kecskemét, a 250 km de Györ.
metalworking world 13
Tecnologia
texto: turkka kulmala
imagem: Mike James
Pousos
seguros
a indústria aeroespacial demanda aviões cada vez
maiores, capazes de transportar mais passageiros e mais
cargas. Ao mesmo tempo, esforça-se ao máximo para
reduzir o consumo de combustível. Novos materiais
estruturais e tecnologias de fabricação reduzem o peso das
aeronaves, mas o aumento das cargas tende a elevar a massa
total e, com isso, a exigência sobre o trem de pouso.
A Administração Federal de Aviação dos EUA determina
uma razão de descida máxima de cerca de três metros por
segundo para um avião comercial durante a aterrissagem.
Considerando o peso típico de um avião de médio porte
moderno, cerca de 150 a 250 toneladas, a energia cinética de
aterrissagem pode ficar na faixa de 700 a 1.200 MJ. Em
outras palavras, os principais amortecedores do trem de
pouso absorvem instantaneamente uma quantidade de
energia comparável ao impulso do motor a jato do avião ou a
energia gerada em uma colisão de carros, entre 200 e 300 kN.
Para produzir componentes de aeronaves como trens de
pouso que possam suportar cargas elevadas repetidamente e
de forma segura, a indústria aeroespacial precisa de processos
de usinagem seguros e produtivos. Parceira comprometida de
longo prazo, a Sandvik Coromant está pronta para o desafio.n
14 metalworking world
Usinagem de furos profundos
A usinagem da nervura principal de um
trem de pouso geralmente começa com
uma operação de furação profunda para
abrir a câmara interna. Diâmetros típicos
variam de 80 a 250 milímetros, e as faixas de
profundidade do furo de 10 a 15 vezes o diâmetro.
Cabeças de broca especiais são usadas para deixar o
material perto das exigências de acabamento.
Mandrilamento de garrafa
O peso do trem de pouso impacta
diretamente o consumo de
combustível. Um desafio é aliviar o
trem de pouso o máximo possível,
mantendo as tolerâncias. Uma maneira de
reduzir o peso é produzir uma cavidade na seção
do eixo da nervura principal. No processo de
mandrilamento de garrafa, uma parte da haste
dos cilindros de aço do trem de pouso principal é
furada, gerando uma diminuição de peso
significativa.
Especialistas da Sandvik Coromant dão
suporte à indústria aeroespacial desenvolvendo
soluções de mandrilamento de garrafa seguras e
produtivas.
Silent Tools
O conceito antivibratório Silent Tools oferecido pela
Sandvik Coromant é uma necessidade na realização
de operações desafiadoras de torneamento interno
com balanços extremos.
O programa de barras de mandrilar Silent Tools se
estende até diâmetros de 250 milímetros, enquanto balanços
alcançam, e as vezes ultrapassam, a proporção de 14 vezes o
diâmetro.
Devido às numerosas e exigentes operações de usinagem
interna e ao projeto complexo de um trem de pouso, é necessária
uma transição precisa e eficiente entre várias cabeças de corte. As
cabeças de corte, com seu acoplamento serrilhado, conhecido
como CoroTurn SL, conectam-se à barra de mandrilar Silent Tools
e proporcionam uma solução de troca rápida fácil e confiável, sem
comprometer o desempenho. A combinação das ferramentas
Silent Tools e do CoroTurn SL cria uma solução líder mundial para
usinagem de furos profundos encontrados em trens de pouso
feitos para as modernas aeronaves atuais.
Máquina-ferramenta:
Dedicação x
flexibilidade
Uma máquina-ferramenta
dedicada e especializada é a
escolha óbvia para operações de
usinagem avançada, como
furação profunda, devido aos
requisitos rigorosos que a
indústria aeroespacial precisa
atender.
Fabricantes do setor e muitas
outras indústrias são atraídos
para as oportunidades oferecidas
pela filosofia atual de set-up
único: com flexibilidade e
capacidades suficientes, todas as
peças do trem de pouso poderão,
em breve, ser produzidas em uma
única máquina multitarefa.
Tornofresamento
Devido à complexidade das diferentes
características da nervura principal do
trem de pouso, pode ser difícil criar até
os perfis mais básicos – um diâmetro
externo, por exemplo. A combinação de
torneamento e fresamento pode resolver o
problema, permitindo a remoção de grandes
quantidades de material em um único set-up.
O extenso programa de fresamento da Sandvik
Coromant – incluindo a CoroMill 300 com pastilhas
redondas, a CoroMill 390 e as fresas de topo
inteiriças de metal duro CoroMill Plura e a fresa
CoroMill 316 com cabeça intercambiável – oferece
uma ótima base para qualquer operação de
tornofresamento.
Em aplicações aeroespaciais, isso se traduz na
capacidade de produzir qualquer tipo de trem de
pouso, seja para grandes aeronaves ou veículos
aéreos não tripulados (VANT).
RESUMO
Aumento do tamanho das aeronaves e exigências
para reduzir o peso criam novos desafios de
usinagem para os fabricantes de trem de pouso. A
Sandvik Coromant oferece soluções certificadas e
líderes de mercado, incluindo furação profunda,
mandrilamento de garrafa e tornofresamento.
metalworking world 15
James Laker não deixa
parafuso solto.
texto: geoff mortimore foto: edward shaw
Coventr
y
Pisando
fundo
Inspiração. Vinte e um estudantes, três carros Mini e
um passeio e tanto. Participar do rally Italian Job Mini
pode ser a maior aventura dos estudantes do
Manufacturing Technology Centre, na Inglaterra.
16 metalworking world
Além da reforma, os alunos
também são responsáveis
pelo financiamento e pelo
marketing do projeto.
Não há solução rápida
quando se trabalha
em um carro de
30 anos.
Para os cinéfilos e aficionados por automóveis clássicos
de todo o mundo, Michael Caine podia ser o destaque do
filme The Italian Job (Um golpe à italiana), de 1969, mas
as verdadeiras estrelas eram os Minis que a quadrilha usou
para fugir após roubar um carregamento de ouro em Turim.
Em homenagem ao filme, entusiastas e fãs do carro
britânico criaram um rally que refaz a rota de fuga pelos
Alpes italianos. Nos 25 anos do rally, ele se tornou quase tão
icônico quanto o próprio filme.
Quando os gestores do Manufacturing Technology Centre
(MTC) em Coventry, Inglaterra, souberam do evento,
decidiram que o rally seria a maneira perfeita de desenvolver
engenheiros e técnicos, direcionando suas habilidades técnicas
e de marketing para uma boa causa (o rally ajuda instituições
assistenciais infantis).
“É uma boa maneira de aprender habilidades além da
engenharia, e uma grande oportunidade de melhorar a comunicação, marketing, gestão de projetos e captação de recursos, por
exemplo”, afirma Leigh Carnes, Diretor de Operações do MTC.
A equipe 21-strong, formada por universitários e pós-graduandos,
é responsável pelo projeto do início ao fim. Suas energias estão
focadas em três Minis: “Mike”, modelo de 1981, “Tango”, de 1992, e
“Charlie”, de 1966. O trabalho começou em maio de 2013, com
atividades iniciais de planejamento e captação de recursos, antes
mesmo que os carros fossem adquiridos.
O grupo é dividido em subequipes que abrangem marketing e
patrocínio, questões técnicas internas e tecnologia. Durante o rally,
cada carro terá um piloto e um navegador. Um veículo de apoio do
MTC com duas pessoas dará suporte constante ao longo da jornada, que
cobrirá a cidade de Turim, os alpes italianos e o clássico circuito de
corridas de Monza. Presumindo que tudo corra bem, espera-se que o
projeto se torne um evento anual para os estudantes do Centro.
O rally em si é secundário para o MTC. Mais importante é a forma
como a equipe lida com os muitos desafios envolvidos, começando com
as etapas de planejamento, e como eles usam suas habilidades e
iniciativas para alcançar seus objetivos.
metalworking world 17
The Italian Job
O filme de 1969 é estrelado
por Michael Caine, que planeja
roubar um carregamento de ouro
nas ruas de Turim ao criar um
engarrafamento com Minis. Em 2003,
uma nova versão foi lançada, desta vez
em Los Angeles e estrelada por Mark
Wahlberg, cuja gangue de ladrões
profissionais conduz os Minis em
um complexo plano de assalto e
vingança.
Para o MTC, o Italian Job também aborda a séria
questão da iminente escassez de mão de obra
qualificada no setor de engenharia. “Ele se encaixa
na nossa missão de desenvolver o futuro da
indústria britânica nos jovens engenheiros, dando-lhes conhecimento e desafiando-os a serem
criativos”, explica Mo Al-Badani, responsável pelo
marketing do projeto.
O projeto foi dividido em três fases: primeiro,
levantar fundos e encontrar patrocinadores, entre eles a
Sandvik Coromant e vários outros nomes importantes;
segundo, adquirir três Minis; e, finalmente, os reparos e
o próprio rally.
Não demorou muito para o grupo perceber que a
compra e reforma dos carros seria, provavelmente, o
menor de seus desafios.
“O maior desafio tem sido a parte de marketing e
captação de recursos”, conta o gerente de projeto Imran
Agha. “Nós não pensamos em nenhum aspecto comercial da
iniciativa. De gerenciamento de projetos à captação de
recursos, tudo tem sido uma grande surpresa. E ainda temos
que enfrentar problemas diários em termos técnicos, incluindo
a substituição de um motor inteiro em um carro e a montagem
de uma oficina automotiva completa onde trabalhamos.”
Phil Leather
instruindo o
grupo.
Entretanto, outra questão, mais difícil de prever, se tornou
evidente em um estágio inicial.
“Saúde e segurança são o meu maior desafio”, diz Al-Badani.
“Pensávamos que só compraríamos carros e os consertaríamos,
mas havia tantos documentos de avaliação de riscos e outras
coisas para resolver que acabamos fazendo um treinamento
intensivo para abranger tudo.”
A gestão do tempo também se mostrou uma grande aprendizagem
para a equipe. As horas que dedicam aos carros se iniciam após os
turnos de trabalho no MTC.
“Organizar é um desafio, porque é necessário muita energia e
comprometimento”, afirma Al-Badani. “Começamos a mexer nos carros
depois de um longo dia de trabalho, o que já diz muito sobre o MTC e o
futuro desta empresa da qual nos orgulhamos e gostamos tanto.” n
Da esq.: Ray Yim, Mo
Al-Badani e Agata
Suwala.
18 metalworking world
Os três carros que participarão do
rally foram batizados Mike, Tango,
Charlie, referindo-se à própria sigla
do Centro, MTC.
a conexão Sandvik Coromant
MTC
O Manufacturing Technology Centre foi criado em 2010, em
Coventry, na Inglaterra. O objetivo era aproximar academia e
indústria. Uma fábrica com esse propósito foi inaugurada em
2011 e atende setores como aeroespacial, automotivo,
transporte, saúde, robótica, produção de alimentos, defesa,
naval e tecnologias de informação e de comunicações.
Entre os membros fundadores estão empresas como Aero
Engine Controls, Airbus e Rolls-Royce; Na relação principal
de parceiros figuram a Sandvik Coromant, Siemens, HP e
Alstom.
No lado acadêmico, as universidades próximas, de
Birmingham, Loughborough e Nottingham e o TWI LTD
(The Welding Institute) também são parceiros,
trabalhando em projetos que incluem automação
inteligente, ferramentas e dispositivos de fixação
avançados, produção de eletrônicos, engenharia
computadorizada, fabricação de alta integridade,
metrologia e testes não destrutivos.
A Sandvik Coromant integra o rol dos principais parceiros industriais do MTC
desde 2011 e fornece patrocínio e assistência para a equipe do rally Italian Job
Mini. Engenheiros ficaram de plantão para ajudar com recomendações sobre
tudo, da compra dos veículos à preparação dos carros para o rally. O suporte de
marketing no projeto é tão importante quanto as ferramentas em si, com um
grande foco destinado à conscientização antes e durante o evento.
“O Mini é um verdadeiro ícone da engenharia britânica, e nós, como
empresa, queríamos trabalhar com foco contínuo na indústria do Reino Unido,
por isso, vimos essa corrida como uma oportunidade ideal”, afirma Howard
Meachin, gerente sênior de engenharia da Sandvik Coromant no Reino Unido.
Turim
Ele também ajuda a lidar com a falta de novos profissionais no ramo da
engenharia. “Queríamos apoiar uma iniciativa capaz de ajudar a resolver a ‘falta
de competências’”, conta Meachin. “Não apenas atrair, incentivar e estimular
novos talentos, mas também garantir a retenção deles no futuro. O Italian Job
oferece à equipe uma grande oportunidade de desenvolver habilidades
adicionais, como gerenciamento de projetos, compras, marketing e gestão de
pessoas, que eles não poderiam desenvolver em suas tarefas diárias.”
Imran Agha, gerente
de projetos.
“Sai la strada per
Torino?” Praticando
o essencial.
metalworking world 19
Tecnologia
texto: christer richt
imagem: IDA Knudsen
Avanços na usinagem
deengrenagens
Há uma grande mudança tecnológica em curso na usinagem de qualquer
tipo de dente ou peças de engrenagens em todas as máquinas, afirma Mats
Wennmo, gerente técnico sênior da Sandvik Coromant para soluções de
usinagem de engrenagens.
O que impulsiona essa mudança na usinagem de
engrenagens e quais os benefícios que motivam os
fabricantes?
Existem três motivações principais:
• Aumentos de produtividade
• Melhorias no manuseio de ferramentas e logística
• Fabricação sustentável.
A boa notícia para os fabricantes é que isso se aplica
desde máquinas antigas e convencionais até novos centros
de usinagem de cinco eixos. Os benefícios da mudança
tecnológica valem para todo tipo de usinagem de
engrenagens.
Por muito tempo, presumia-se que ferramentas de HSS
(aço rápido) eram as únicas adequadas para usinar dentes
de engrenagens. Porém, em praticamente todos os outros
tipos de usinagem, o metal duro ou materiais de ferramentas ainda mais duros dominam e elevam o desempenho.
Agora, a produção de engrenagens também está se
modernizando, impulsionada por novas tecnologias de
ferramentas e métodos de usinagem.
Há uma grande diferença de produtividade entre
ferramentas de HSS e de metal duro, e isso realmente
pende a favor de ferramentas com pastilhas intercambiáveis. Em fresamento com caracol vemos melhorias de 50%
a 300%.
Além disso, a reafiação e recobertura e a necessidade de
20 metalworking world
inúmeras ferramentas de backup, juntamente com a
administração e logística de fresas de HSS, são
eliminadas quando se usa ferramentas com pastilhas
intercambiáveis. As ferramentas permanecem na fábrica
sob controle, podendo ser mantidas e reajustadas na
máquina e ainda têm um campo de aplicação mais
amplo.
A usinagem sem refrigeração também é possível com
ferramentas com pastilhas intercambiáveis. Além de ser
mais sustentável, ela reduz custos.
Hoje a usinagem de engrenagens é mais exigente e,
certamente, é preciso investir em novas máquinas para se
beneficiar. Além disso, muitos fabricantes de engrenagens
não podem esperar novos equipamentos. Como eles
ganham tempo com as máquinas que têm?
Sim, a usinagem de engrenagens é mais exigente hoje, o
que significa que as ferramentas de HSS estão ainda
menos preparadas para o trabalho.
Inicialmente, quando são novas, as fresas de HSS
podem oferecer engrenagens de maior qualidade do que as
ferramentas com pastilhas intercambiáveis. Mas depois da
primeira reafiação, a qualidade alcançada passa a ser a
mesma. Com reafiações subsequentes, a capacidade das
fresas de HSS de se manter nas tolerâncias reduz até elas
não conseguirem mais alcançar resultados satisfatórios.
Power Skiving é uma solução da Sandvik
Coromant que usa ferramentas intercambiáveis para desbaste e é utilizada em conjunto
com ferramentas de acabamento monobloco.
Em alguns aspectos, o método é superior à
usinagem convencional de engrenagens e
pode oferecer reduções do tempo de ciclo de
mais de 50%.
Mats Wennmo, gerente
técnico sênior para
soluções de usinagem de
engrenagens, Sandvik
Coromant
Nas ferramentas com pastilhas intercambiáveis, as arestas
de corte têm um nível diferente de durabilidade, e mudar as
pastilhas devolve às fresas sua capacidade inicial.
Qualquer máquina-ferramenta, seja uma máquina antiga
e estável ou um novo centro de usinagem de cinco eixos,
se beneficia da nova tecnologia.
Uma grande vantagem das pastilhas intercambiáveis é que
as classes de metal duro podem ser desenvolvidas ou
adaptadas para atender demandas específicas, como
condições de usinagem, materiais e operações. Como isto
é útil na fabricação de engrenagens?
estamos diante de uma variedade de aplicações em
diferentes máquinas, e nós desenvolvemos uma gama de
ferramentas e métodos para elevar a produção:
• Fresamento com caracol
• Fresas de disco/disco de corte
• Power Skiving
• InvoMilling.
Fresas de disco são para acabamento e desbaste. Nos
centros de usinagem, o desbaste pode ser utilizado com
produtivas fresas de múltiplos dentes (por exemplo, a
utilizada no fresamento uP-Gear), seguido por InvoMilling
como método de acabamento. InvoMilling pode produzir
qualquer desenho de flanco de dente e raiz, o que significa
que o design da engrenagem não é limitado pela forma
como ela é usinada.
Para os centros de usinagem, é uma mudança para
métodos de fabricação de engrenagens mais vantajosos e
flexíveis, para pequenos e médios volumes. Também
significa uma troca das fresas de engrenagens especiais e
limitadas para as padrão, muito mais versáteis. As pastilhas
intercambiáveis tornaram isso possível.
Além disso, as recém-desenvolvidas CM171 e CM172
com pastilhas de perfil completo podem produzir qualquer
estria, cremalheira ou engrenagem do módulo 0,8 até o 10.
Máquinas convencionais e centros de usinagem podem, é
claro, se beneficiar dos melhores níveis de produtividade
que essas ferramentas oferecem. Outro benefício é que o
corpo da fresa pode ser usado para vários módulos
diferentes.
Aumentos de produtividade alcançados com fresas tipo
caracol reduziram muito o tempo de usinagem em
máquinas antigas e novas. Esses caracóis se beneficiam da
tecnologia de ferramenta modular, com o Coromant Capto,
proporcionando trocas rápidas em máquinas e com
adaptadores de suporte e de fuso. Os resultados são alta
rigidez na montagem da ferramenta, alta precisão e set-up
rápido e fácil. Normalmente, o tempo de máquinas paradas
é reduzido de 30 para 5 minutos.
Usinagem com fresas de disco é uma solução versátil e
de baixo custo para a maioria dos tipos de engrenagens,
estrias e cremalheiras, e as ferramentas são adequadas para
diferentes tipos de máquinas – novas e antigas. n
metalworking world 21
[1]
[2]
[1] Na área de 17.500 m2 da fábrica
há guindastes com nomes de
jogadores de futebol locais.
[2] A solução Silent Tools aumentou a
produtividade em 378%.
[3] A Aarbakke fornece para
plataformas petrolíferas em todo o
mar do Norte.
[4] Um dos segredos do sucesso da
Aarbakke é o forte senso de
companheirismo.
[4]
22 metalworking world
[3]
texto:Susanna Lindgren foto: Karl Andersson
SILÊNCIO DE OURO
A norueguesa Aarbakke oferece à altamente
competitiva indústria de petróleo e gás soluções turnkey
avançadas para atividades submarinas e em poços. Ferramentas
que melhoram o processo de corte em mais de 300% são muito
bem-vindas aos processos, inclusive porque reduzem
significativamente os níveis de ruído.
Bryne, Noruega.
discussões entre Aarbakke e Bernt Mæland, engenheiro de
vendas da Sandvik Coromant Noruega, que visita
regularmente a fábrica em Bryne, a 30 km ao sul de
Stavanger. Foi Mæland que pediu aos seus colegas da
Sandvik Teeness, em Trondheim, para irem à Bryne
analisar o problema dos altos níveis de ruído.
“A máquina fazia um som de alta frequência realmente
irritante, que fazia todo mundo reclamar”, diz Mæland.
“Ouça a diferença.”
A ferramenta Silent Tools da Sandvik Teeness minimiza
as vibrações através de um amortecedor. Para Aardal e sua
equipe isso fez uma diferença enorme. “Eu nem preciso
mais de protetor auricular”, conta.
A maioria dos pedidos da Aarbakke é de pequenas
séries de cinco a dez unidades de peças especiais para
equipamentos submarinos ou de poços. Na planta, que
ocupa uma área de 17.500 m2, peças e blocos de aço ficam
alinhados para torneamento, fresamento,
mandrilamento, furação e
montagem.
“Nosso ponto forte é
entregar produtos de alta
qualidade, e no prazo”,
ressalta Inge Brigt
A equipe da Aarbakke e seus valores fundamentais.
Aarbakke, fundador e
nnn Na fábrica da Aarbakke em Bryne, Noruega, o líder
de equipe Kim Aardal veste uma camiseta preta com a
inscrição Fellesskap em branco. A palavra significa
“comunidade” em português. Todos os seus colegas de
trabalho no local usam camisas semelhantes, com
mensagens como “trabalho em equipe” e “felicidade”, que
ajudam a incentivar o cuidado com produtos e pessoas. As
mensagens não são apenas uma estampa.
“Trabalhar em conjunto geralmente resulta em
melhores soluções”, afirma Aardal, abrindo a porta para
mostrar uma nova fresa slitting cutter especial, feita pela
Sandvik Coromant.
No interior da proteção, um cilindro de aço de um metro
de comprimento está montado e pronto para ser cortado
horizontalmente em vários pedaços.
“Antes, esse processo demorava 45 minutos. Com esta
fresa nova e sob medida, reduzimos para vinte. As
lâminas de corte precisam ser
trocadas duas vezes mais,
mas só leva dois minutos, o
que não é nada comparado
com os 25 minutos que
economizamos”, diz Aardal.
A nova ferramenta é o
resultado de reuniões e
Aarbakke
O avô de Inge Brigt
Aarbakke abriu a fábrica
Aarbakke Shoe em
Bryne, Noruega, em
1918. Produzir ferraduras
era um bom negócio na
região rural norueguesa
da época. Na década de
1960, a empresa passou
de pai para filho, e Inge
Brigt Aarbakke assumiu o
lugar de seu pai no início
de 1980. Sua primeira
decisão foi fechar a
fábrica de ferraduras, já
que os cavalos de
potência agora vinham
da área de Petróleo e
Gás. Os primeiros
investimentos em um
torno e uma fresa foram
logo seguidos por outros.
Hoje, a Aarbakke tem
18% do mercado de
máquinas submarinas e
de poços, que movimenta
cerca de 420 milhões de
euros. Ela teve um
volume de negócios de
74 milhões de euros em
2013 e tem o objetivo de
aumentar mais 24
milhões em 2014. Três
quartos de sua produção
vão para clientes no
exterior. Apesar da base
global de clientes, a
empresa tem raízes
muito locais, o que é
visível no interior da fábrica, onde todos os
guindastes têm nome de
jogadores de futebol
locais bem-sucedidos.
metalworking world 23
[1] Inge Brigt Aarbakke, presidente e
fundador da Aarbakke (à esq.) e Bernt
Mæland, engenheiro de vendas da Sandvik
Coromant.
[1]
“A Sandvik se baseia
em confiança, qualidade e entrega – os
mesmos valores que
os clientes apreciam
em nós.”
[2] A última mão do processo.
[3] A ferramenta Silent Tools reduziu
significativamente os níveis de ruídos.
[2]
Inge Brigt Aarbakke, presidente e fundador
presidente da empresa. “A indústria de petróleo está
mudando. Não há mais margem para erros.”
ainda segundo ele, a estratégia da Aarbakke sempre foi
trabalhar de forma inteligente, testar soluções novas e
inovadoras para melhorar o desempenho e ter uma estreita
colaboração com clientes e fornecedores. Para ter sucesso,
todos os colaboradores, clientes, produtos e máquinas são
importantes. Ele exibe o slogan na nova coleção de
uniformes que em breve serão entregues aos colaboradores: “Orgulho em cada movimento”.
“Se queremos conquistar mais mercado, temos que
começar no chão de fábrica”, reforça. “É como dirigir um
carro de corrida. Se quiser vencer uma prova, a chave do
sucesso está na preparação.”
No chão de fábrica, Aardal é acompanhado por Ove
Aase, outro líder de equipe da Aarbakke. “Acho que todos
se orgulham de fazer um bom trabalho”, afirma Aase.
Para ele, o mais gratificante é que cada dia oferece um
novo desafio para melhorar o desempenho. As visitas
semanais de Mæland, da Sandvik Coromant, levaram a
vários avanços positivos.
“O uso de fresas com pastilhas de cerâmica para trabalhar
com o extremamente duro Inconel é apenas um dos vários
exemplos”, diz Aase. “Enquanto a Sandvik entregar produtos
de alta qualidade, ela continuará a ser o maior fornecedor de
ferramentas de corte da Aarbakke”, conclui. n
24 metalworking world
[3]
visão técnica
Integrex E-800
H II com a barra
antivibratória
Silent Tools.
“Cada melhoria é uma pequena
vitória. E isso traz uma ótima
sensação.”
Ove Aase, líder de equipe da Aarbakke
Confiança mútua. A Sandvik Coromant
fornece ferramentas de corte para Aarbakke há mais
de 20 anos. O fato de o engenheiro de vendas Bernt
Mæland já ter trabalhado como operador de máquinas na empresa e fazer visitas semanais tem sido
uma vantagem para encontrar as melhores soluções.
Situação: A Aarbakke tinha um problema com
custos de produção excessivos e níveis de ruído
elevados na máquina Mazak MTV-815/120.
Solução: A Sandvik ofereceu ferramentas especiais, no caso um adaptador antivi­bratório Silent
Tools e uma fresa sliting cutter com possibilidade
de uso de velocidades de corte e de fuso maiores
que a utilizada anteriormente.
Resultado: Aumento de 378% na produtividade
para o tempo total de ciclo, redução de custos e de
mais da metade do tempo de produção, além de
níveis de ruído significativamente reduzidos.
Assista ao
vídeo no ipad
metalworking world 25
Tecnologia
texto: Elaine Mcclarence
imagem: Borgs
desafio: Você está em busca de
taxas de remoção de metal mais
altas e desempenho previsível no
torneamento de aços?
solução: Opte pela GC4315, classe
de pastilhas de última geração com
tecnologia Inveio.
Suportando o calor
A Sandvik Coromant segue melhorando suas classes de pastilhas com a introdução da GC4315, que incorpora a
inovadora tecnologia Inveio. A nova classe GC4315 amplia
as capacidades das pastilhas e complementa a classe para
torneamento geral GC4325 para aplicações que geram mais
calor, como aquelas com altas velocidades de corte, longo
tempo em corte, materiais duros ou com condições de
usinagem sem refrigeração.
Ambas as classes oferecem aos usuários alta resistência ao
desgaste e longa vida útil da ferramenta em operações de
torneamento de aço. A GC4315 é considerada uma classe de
otimização para complementar a GC4325 e é particularmente adequada para aplicações automotivas e de petróleo e gás.
no ambiente de produção em massa da indústria automotiva, os clientes estão sempre em busca de tempos de ciclo
mais curtos, combinados com vida útil longa e previsível da
ferramenta. A GC4315 é adequada para componentes de
transmissão como eixos de entrada/saída, eixos de acionamento e pinhões para carros e caminhões fabricados com
aços de baixa liga. A GC4315 garante longa vida útil das
ferramentas em aplicações de cortes médios e acabamento
com dados de corte muito altos.
O desafio para o setor de petróleo e gás é a usinagem de
peças cada vez maiores, que exige mais vida útil da
ferramenta em set-ups instáveis. Clientes também cobram
constantemente melhorias na produtividade para fazer mais
peças com mais rapidez. Para peças como corpos de carretel,
suporte para tubulação, tubos, acoplamentos, carcaças e
26 metalworking world
juntas, a GC4315 surge para atender esses desafios em
operações como as de torneamento em diâmetro externo e
interno.
A classe GC4315 melhora a vida útil da ferramenta e a
segurança na produção. Com aumentos na resistência ao
desgaste de flanco, resistência à deformação e aprimoramento na segurança das arestas, os benefícios são altas taxas de
remoção de metal sem comprometer a vida útil da ferramenta. Essa classe é particularmente adequada para operações de
produção automatizada, pois oferece usinagem previsível e
confiável. A GC4315 pode oferecer benefícios reais para os
clientes automotivos e de petróleo e gás, que tradicionalmente estão em busca de melhorias contínuas na vida útil da
ferramenta ou de diminuições nos tempos de ciclo de suas
operações e nas condições de set-up.
A classe tem uma ampla área de aplicação que vai do
desbaste ao acabamento, dos cortes contínuos a leves e
interrompidos, e para usinagem com ou sem refrigeração. É
apropriada para todos os tipos de aço. As próprias pastilhas
estão disponíveis em uma ampla gama de tipos - negativo e
positivo e, ainda, destinadas ao torneamento pesado.
Essa nova classe de pastilhas pode fornecer considerável
valor para o cliente por meio de um retorno mais rápido
sobre o investimento, menos peças na fila para serem
trabalhadas e um menor custo por peça. Devido ao aumento
da produtividade que proporciona, a GC4315 ajuda os
clientes a manterem sua competitividade para atenderem as
demandas de mercado. n
O efeito Inveio: Os
cristais unidirecionais
altamente compactados
criam uma barreira robusta
na direção da zona de corte e
dos cavacos, melhorando
significativamente a resistência à
craterização e ao desgaste de flanco.
Um outro efeito é que o calor é conduzido mais rapidamente para longe da
zona de corte, ajudando a manter a
aresta de corte viva por mais
tempo em corte.
resumo
A nova classe GC4315 incorpora a
inovadora tecnologia Inveio, ampliando a
capacidade de sua gama de pastilhas e
complementando a classe GC4325 para
aplicações que geram mais calor. A
classe proporciona considerável valor
para os clientes por meio de um rápido
retorno sobre o investimento e os ajuda
a manter a competitividade graças ao
aumento da produtividade.
metalworking world 27
texto: Johan Rapp
Ilustração: Maja Modén
Inovação. A Internet das Coisas, a informatização de quase tudo e
aparelhos inteligentes são os aspectos de uma nova era: A Segunda Era
das Máquinas, de acordo com o professor do MIT Erik Brynjolfsson.
nnn Em um futuro próximo, a Internet das Coisas estará cada vez
mais presente no dia-a-dia das pessoas. Por exemplo, os alarmes serão
integrados às agendas eletrônicas, de modo a se ajustar aos principais
compromissos; as temperaturas das casas serão automaticamente
ajustadas para economizar energia e as máquinas de lavar se ligarão
exatamente no horário programado.
Como isso é possível? Graças à crescente quantidade de objetos
equipados com sensores que capturam dados e, sem a necessidade de
intervenção humana, transmitem essas informações para pessoas e de
máquina-para-máquina (M2M). O crescimento da Internet das Coisas
(IoT - Internet of Things em inglês) é colossal. A Gartner, empresa de
pesquisa especializada em desenvolvimento de TI, previu em um
relatório em dezembro que a IoT passará de menos de um bilhão de
unidades adaptadas em 2009 para 26 bilhões de unidades em 2020. A
comunicação pela internet não será mais dominada por pessoas
enviando textos, fotos ou vídeos, mas pela troca de informações entre
máquinas. Isso mudará nossas vidas de várias formas.
As máquinas já mostram seu potencial em diversas áreas. Em 1997, o
supercomputador Deep Blue venceu o campeão mundial de xadrez
28 metalworking world
pela primeira vez. Antes disso, muitas pessoas acreditavam ser
impossível uma máquina superar a mente humana em um jogo de
inteligência. Em 2011, com as contínuas quedas dos preços e
aumentos de capacidade dos chips, outro computador, Watson,
venceu um famoso jogo de perguntas na TV americana.
Seriam sinais de que as máquinas podem substituir os seres
humanos em praticamente tudo? O cinema gosta de explorar isso em
filmes como O Exterminador do Futuro e Matrix.
Erik Brynjolfsson, professor de gestão empresarial no MIT e
co-autor do livro A Segunda Era das Máquinas (2014), rejeita esse
tipo de previsão, mas concorda que estamos no início de uma nova
revolução industrial.
“Os computadores continuam a evoluir e as tecnologias digitais
serão tão impactantes na transformação da sociedade e da economia
como foram as máquinas a vapor 200 anos atrás”, afirma.
estão para o poder mental – a habilidade
de usar nosso cérebro para entender e definir nosso ambiente – assim
como as máquinas a vapor estiveram para o trabalho braçal. No
Os avanços tecnológicos
processo, indústrias desaparecerão e muitas atividades profissionais
mudarão radicalmente ou deixarão de existir, especialmente atividades
de rotina, mas também profissões criativas. Hoje em dia já há computadores que escrevem romances.
“A tecnologia sempre matou empregos, ao mesmo tempo em que
criou outros”, conta Brynjolfsson. “Nos últimos tempos isso está fora
do equilíbrio. As receitas caíram como resultado da mudança, mas
estou esperançoso de que possamos inverter essa tendência negativa
com a ajuda de educação e empreendedorismo. Ao deixar as fazendas
no século 19, as pessoas não ficaram desempregadas. Eles inventaram
novas indústrias, serviços e profissões.”
na Segunda Era das Máquinas”, diz Brynjolfsson, que escreveu o livro
com seu colega Andrew McAfee.
A mensagem deles é uma reação ao pessimismo generalizado em
torno dos avanços tecnológicos como gerador de redução de postos de
trabalho, salários mais baixos para os trabalhadores não qualificados e
distribuição cada vez mais desigual da riqueza.
“Eu sou um otimista consciente”, diz ele. “Acredito que podemos
moldar nosso futuro.” n
a expectativa é de que a Internet das Coisas seja determinante na
construção da sociedade em um futuro próximo. Kevin Ashton,
co-fundador do Auto-ID Labs do MIT, cunhou o termo “Internet das
Coisas” há 15 anos. Segundo ele, ela vai desencadear mudanças em
nossas vidas maiores do que a própria Internet.
O Gartner prevê que a IoT movimentará 1,9 trilhão de dólares em
2020. Os setores de manufatura, saúde e seguros saíram na frente no
uso dela.
Por exemplo, as indústrias de manufatura ganham com o monitoramento eficiente de peças e materiais, o que reduz os custos. Na área da
saúde, sandálias inteligentes e outros dispositivos portáteis para
pessoas idosas podem conter sensores que detectam riscos de quedas e
identificam condições médicas. Se algo está errado, o dispositivo pode
alertar o médico. Sensores em carros podem indicar os hábitos de
direção, facilitando ajustar o prêmio de seguro ao perfil de risco do
motorista.
Bilhões de unidades de Internet das Coisas, juntamente com a
atividade humana em smartphones, tablets e computadores, produzem
enormes quantidades de dados (Big Data) que podem ser analisados
para fornecer todos os tipos de informações valiosas.
“O Big Data é mais um exemplo das grandes oportunidades criadas
metalworking world 29
Rumo à
Indústria
4.0
“A manufatura
está no centro
da revolução
tecnológica.”
Total de aparelhos conectados, em bilhões de unidades
20092020
25
Que tipo de colaboradores a Sandvik Coromant precisa
para atender essas futuras exigências?
“A manufatura está no centro da revolução tecnológica”, afirma
Kalhori. “Assim como bancos, seguros de saúde e outros setores.
Já temos clientes nas montadoras que dizem estar na indústria
3.8. É essencial que sejamos capazes de atender as suas
necessidades.
“Haverá uma grande demanda por pessoas capacitadas que
entendam e possam desenvolver soluções inteligentes e
autônomas. Precisamos de pessoas que conheçam os novos
sistemas e seu respectivo valor para os negócios e que saibam
como comunicá-los.”
A Internet das Coisas deve ter
rápido crescimento ao longo
dos próximos seis anos.
metalworking world
15
10
5
PC, smartphones e tabletsInternet das coisas
30 20
0
fonte: Gartner (novembro de 2013)
Em relação às ferramentas de usinagem produzidas pela Sandvik
Coromant, a digitalização ajuda a reduzir a distância entre os
mundos físico e digital. Uma ferramenta não é mais uma peça de
hardware. Agora ela é uma máquina inteligente feita de metal e
números binários.
No início do ano, a Sandvik Coromant lançou um software
chamado Adveon, uma biblioteca digital de gestão de ferramentas baseada na norma ISO13399 que facilita a criação de
montagens de ferramentas digitais de alta qualidade. Ele pode
ser usado facilmente durante o planejamento de processos e na
programação CAM, realizando simulações realistas de testes de
colisão e oferecendo ao setor de usinagem uma plataforma
criativa e com potencial de gerar grande economia.
“O Adveon também está no caminho das fábricas inteligentes
e da Internet das Coisas”, afirma Vahid Kalhori, gerente de
usinagem inteligente da Sandvik Coromant
Como também está o conceito de usinagem inteligente da
empresa, que inclui sistemas de autoaprendizagem autônomos.
As ferramentas “entendem” como se comportar durante uma
usinagem e se comunicam diretamente com as máquinas. Em
caso de mau funcionamento, a ferramenta alerta ou ajusta o
processo automaticamente, segundo Kalhori.
A estratégia da Sandvik Coromant é atender as demandas da
Indústria 4.0 que consiste em fábricas inteligentes altamente
automatizadas por meio de robótica; Sistemas Ciber-Físicos (CPS
- Cyber Physical Systems) que são redes de máquinas interativas
em vez de unidades de produção independentes; e da Internet
das Coisas, ou comunicação entre objetos físicos, que abre
ampla possibilidades para monitoramento e análises de dados.
Benoit Ménard, diretor de
engenharia de processos da
GIMA, com uma carcaça de
eixo de tração traseira.
ao seu
dispor!
Beauvais, França. Há 18 meses o fabricante
de transeixos GIMA mantém um contrato de
serviço completo com a Sandvik Coromant.
Esse contrato propicia controle de custos e
melhor desempenho, e também o que o cliente
descreve como "competência", "capacidade
rápida de resposta" e "disponibilidade".
texto: Anna McQueen foto: Audrey Bardou
metalworking world 31
Groupement
International de
Mécanique Agricole
(GIMA) foi criada em
1994. É especializada
na produção de caixas
de câmbio e eixos
traseiros para
transmissões de
tratores. Tem dois
acionistas, a empresa
americana AGCO SA e
a alemã CLAAS
Tractor SAS. As
transmissões GIMA
são usadas em
marcas de tratores
AGCO e CLAAS.
Em 2013, a GIMA
registrou vendas de
325 milhões de euros
e produziu mais de 25
mil transeixos.
Em suas instalações de 43 mil m2 em
Beauvais, na França,
atuam 981 colaboradores, dos quais 118
na área de pesquisa e
desenvolvimento.
A GIMA celebra seu
20º aniversário em
setembro de 2014.
“Controlar custos é essencial para
melhorar o desempenho e um
contrato de serviço completo nos
permite fazer exatamente isso.”
Jonathan Cohen, gerente de compras da GIMA.
32 metalworking world
nnn Para as crianças do norte da França, viajar
para Beauvais é como ir ao paraíso, porque lá,
de poucos em poucos minutos, passa uma
carreta transportando três ou quatro novos e
brilhantes tratores para o mercado. E você pode
ter certeza de que uma boa parte deles possui
carcaças de caixa de câmbio que foram
fresadas, furadas, rosqueadas e mandriladas por
ferramentas da Sandvik Coromant.
Há 15 anos, a Sandvik Coromant desfruta de
uma forte relação com a Groupement
International de Mécanique Agricole (GIMA),
que produz transeixos para tratores AGCO e
CLAAS. Em 2012, quando montou uma nova
linha de usinagem de transmissões e carcaças
de caixas de câmbio, a GIMA decidiu
transformar a sua relação com a Sandvik
Coromant em um contrato de serviço
completo, criando uma parceria de ganho
mútuo ainda maior para as duas.
"Um contrato de serviço completo é como
uma parceria para melhorar a produtividade e
os processos", explica Benoit Ménard, diretor
de engenharia de processos da GIMA. "Ele
permite integrar o fornecedor em nossa linha
de produção.
"Capacidade rápida de resposta e confiança
são fundamentais para a nossa relação e
trabalhamos lado a lado diariamente para
garantir que sejamos o mais eficiente
possível", diz ele.
ferramentas Sandvik Coromant são usadas
em três peças da carcaça do transeixo
produzidas pela GIMA. Em vez de comprar
ferramentas da Sandvik Coromant, a GIMA
paga a empresa por carcaça produzida.
Quanto melhor o processo e mais eficiente a
Yapici Resit,
operador na GIMA.
metalworking world 33
A Sandvik Coromant e a
GIMA atuam juntas há 15
anos. Em 2012, a relação se
intensificou com a
assinatura de um contrato
de serviço completo.
Matthieu Levasseur,
gerente de
engenharia de
processos, GIMA.
Fornecer ferramentas é
parte do programa de
serviço completo.
34 metalworking world
produção, mais peças podem ser usinadas e,
então, faturadas. Desde que o acordo foi
assinado, a Sandvik Coromant tem seu próprio
escritório na fábrica.
"Se aparece um problema, ficamos sabendo ao
mesmo tempo que o cliente", conta Pascal
Nicolas, vendedor da Sandvik Coromant
responsável pela GIMA. "Se o relatório da
manhã disser que uma ferramenta está quebrando repetidamente, nós estaremos lá para trocar a
cabeça ou modificar as condições de corte.
Também instalamos um gabinete de suprimentos
digital para que possamos monitorar cada
ferramenta em uso e garantir que a GIMA nunca
fique sem e que a produção nunca pare. "Esse
nível de serviço é essencial para uma empresa
com quase 200 máquinas operando 24 horas por
dia, sete dias por semana.
"A estratégia de serviço completo significa
que a Sandvik Coromant faz parte da equipe",
ressalta Stéphane Magnier, gerente de
progresso contínuo. "Eles não esperam que a
gente vá até eles, eles simplesmente continuam
com o trabalho. A Sandvik Coromant absorveu
a cultura empresarial da GIMA. A maioria dos
fornecedores não vê as coisas do ponto de
vista do cliente, mas nós falamos a mesma
língua."
entre Novembro de 2012 e fevereiro 2014, a
parceria entre GIMA e Sandvik Coromant gerou
uma economia de 15% a 25%. Com as novas
linhas de usinagem da MCM e o contrato de
serviço completo da Sandvik Coromant, a
GIMA também reduziu os tempos de usinagem
de algumas peças de cem minutos para apenas
85 minutos.
"Controlar custos é essencial para melhorar o
desempenho, e um contrato de serviço completo
nos permite fazer exatamente isso", conta
Jonathan Cohen, gerente de compras da GIMA.
"Em 2013, produzimos mais de 25 mil transmissões e para 2018 queremos 35 mil. Para isso,
precisamos aumentar a nossa capacidade e uma
parte essencial do nosso contrato com a Sandvik
Coromant é o compromisso com a redução dos
tempos de fresamento e o aumento de volumes."
Matthieu Levasseur, gerente de engenharia de
processos para usinagem, diz: "Já que a Sandvik
Coromant está tão intimamente envolvida com a
GIMA, não temos que esperar até o final do mês
para descobrir que há um problema. Eles avaliam
o corte imediatamente, e esse rigor nos torna mais
eficientes. Ter uma parceria de serviço completo
nos permite controlar cada centavo do custo da
peça, e o custo por peça é a base de tudo. Nós
estamos no controle agora." n
visão técnica
Jérôme Barbier, da
GIMA (esq.), e Pascal
Nicolas, da Sandvik
Coromant.
há 18 meses a Sandvik Coromant mantém um contrato de
serviço completo com a GIMA, explica o vendedor da Sandvik
Coromant Pascal Nicolas. "A GIMA nos paga por peça produzida,
de acordo com o preço que combinamos no início. Todos os
problemas são verificados e tratados pela GIMA e pela Sandvik
Coromant durante as nossas reuniões mensais de acompanhamento. Trabalhamos juntos na redução de nossos custos compartilhados, e nosso plano de ação é definido por consenso, dependendo das eventuais anomalias que encontramos em uma
ferramenta em particular."
Benoit Ménard, diretor de engenharia de processos da GIMA,
diz: "Se eu tivesse que resumir os nossos parceiros da Sandvik
Coromant em três qualidades, eu diria competência,
capacidade rápida de resposta e disponibilidade. E essas capas amarelas na fábrica significam trabalho
em equipe, colaboração e parceria. É simples assim.
Há uma abundância de catálogos de ferramentas por aí, mas com
eles, a ferramenta é tudo que você tem. Com a Sandvik
Coromant, trata-se de trabalhar em conjunto para garantir
produtividade, ótimas sugestões e soluções certas."
Como parte do contrato de serviço completo, a Sandvik
Coromant fornece à GIMA os seguintes produtos:
Fresamento: CoroMill 365, CoroMill 245, CoroMill 390,
CoroMill 490, S60 e outras ferramentas específicas.
Furação: CoroDrill 861, CoroDrill 870, CoroDrill 880 e CoroDrill
460XM e também outras pontas de broca específicas.
Rosqueamento com macho: CoroTap, entre outras ferramentas específicas.
Barras de mandrilar: barras especializadas, incluindo um
grande número de barras Silent Tools.
Assista ao
vídeo no ipad
metalworking world 35
Tecnologia
texto: christer richt imagem: Borgs foto: Sasmir Soudah
desafio: Perguntamos a Carl Widigsson,
gerente do portfólio de componentes da
indústria, qual é a melhor forma de
estabelecer um processo de manufatura
competitivo.
Solução: Opte por soluções de
engenharia específicas para seu
componente.
A melhor
solução
o número de componentes da indústria vem
crescendo hoje em dia, tal
como a complexidade e a sofisticação dos materiais de que são feitos. Para
produzi-los de forma competitiva, é necessário crescer de forma ainda
mais rápida.
Como garantir que nossas soluções estejam adequadas para qualquer
componente da indústria que precise ser usinado?
A resposta: uma abordagem sistemática para soluções de usinagem
para componentes da indústria assentada em uma base sólida e que
envolva experiência. Uma base construída com desenvolvimento,
know-how e aplicações comprovadas é um passo para alcançar a
excelência e a competitividade da manufatura.
A Sandvik Coromant tem parcerias de longa data com
indústrias que buscam se aperfeiçoar. No passado, no entanto, a
nossa abordagem focava principalmente em soluções individuais,
visando melhorar os meios e métodos existentes. O mapeamento dos
principais componentes da indústria é uma maneira lógica de trabalhar,
entendendo os desafios dos clientes a fim de alcançar as melhores práticas.
ferramentas standart e métodos são muitas vezes superados por
Carl Widigsson, gerente de portfólio de
componentes da indústria, Sandvik
Coromant.
36 metalworking world
soluções de engenharia, o que significa que há um enorme banco e
atividades que podem levar a melhores práticas para componentes da
indústria novos e existentes. Isso abrange até 20 centros de competência
de engenharia em todo o mundo, tornando as melhores práticas disponíveis para uma ampla gama de indústrias.
Isto é para empresas que querem trabalhar com um parceiro que
ofereça uma proposta de negócio com melhorias garantidas na produção,
principalmente com tempos de usinagem mais curtos, peças de melhor
qualidade e aumento na segurança do processo. Nosso foco principal até
Soluções para componentes da indústria
focam em recursos e experiência, o que
significa lidar com operações desafiadoras
e direcioná-las de forma rápida e precisa
para os melhores resultados possíveis,
muitas vezes levando à eliminação de
gargalos.
agora tem sido nas indústrias aeroespacial, automotiva e de petróleo e gás,
mas a ambição em longo prazo é incluir qualquer tipo de indústria que
queira discutir soluções para as peças que realmente importam para ela.
componentes da indústria, a questão poderia ser resolvida de forma rápida
e precisa, levando a uma solução muito melhor. Em última análise, a
empresa poderia aumentar o rendimento total destas peças em 30%.
AS propostas de negócio apresentam resultados de processos testados e
outro exemplo, com muito mais envolvimento, foi um recente projeto
usando o banco de soluções para componentes da indústria e a competência de especialistas em aplicações. O projeto envolvia um dos principais
fabricantes de motores a jato que estava desenvolvendo um novo motor.
Depois que a equipe de soluções em componentes descreveu o que
poderia ser oferecido entre as melhores soluções disponíveis no mercado,
o fabricante ficou interessado.
Depois de trabalhar por 18 meses no projeto e propor alternativas
radicais na forma como as peças poderiam ser feitas, a equipe recomendou
grandes mudanças de usinagem, que foram adotadas pelo fabricante. Elas
resultaram em uma redução de 75% no tempo de fabricação, bem como
em reduções nas ferramentas necessárias e até mesmo no investimento
em máquinas-ferramentas, se comparado com o plano original de
produção do fabricante. n
com visualização CAM e utilizam recursos de engenharia, ferramentas e
software dos principais centros de competência em usinagem do mundo.
Eles são parte de uma rede global de especialistas em usinagem que têm o
input e o output de qualquer tipo de operação de usinagem. Propostas para
atender novas aplicações podem ser estabelecidas a partir da comprovada
experiência em usinagem e set-ups com fácil manipulação dos elementos
que compõem as soluções, sem se impor sobre a integridade das soluções
anteriores ou existentes.
Avaliação, recomendação, testes, demonstração, comunicação e
implementação são palavras-chave no caminho para se chegar a soluções
para componentes da indústria. Outra parte dessas soluções é o desenvolvimento de parcerias com fornecedores complementares, como empresas
de software e de equipamentos.
O que pode ser alcançado?
vejamos dois exemplos da indústria aeroespacial. O primeiro é uma
solução para uma empresa que selecionou uma operação de usinagem
envolvendo apenas duas ferramentas e utilizando layouts CAD. A
empresa tinha considerável conhecimento de produção, especialmente de
usinagem de discos de motores de aeronaves. Muitas operações já tinham
sido feitas com as soluções de melhores práticas da Sandvik Coromant.
No entanto, uma operação – um aspecto crítico envolvendo uma
complexa operação de canais – estava causando um gargalo. Centrando-se nesta operação a partir do perfil da peça e recursos das soluções para
Resumo
Uma redução de 75% no tempo de fabricação. Meta fantasiosa? Não,
resultados comprovados pelo cliente.
Um dos clientes disse à equipe de soluções para componentes:
“Está claro para mim que vocês são obviamente melhores na
fabricação dessas peças do que nós.”
metalworking world 37
nota final
texto: henrik emilson
foto: MARTIN ADOLFSSON
A vida em uma
caixa
38 metalworking world
O arquiteto americano Peter DeMaria sonha revolucionar o setor
imobiliário desde os anos 1980, quando estudou a visão futurista
de sustentabilidade de Buckminster Fuller na faculdade de
Arquitetura. Hoje, é assim que ele trabalha: Em vez de desenvolver
um novo produto, ele repensa o uso de algo já existente.
Como surgiu a ideia de transformar contêineres em
casas?
Como arquiteto, qual a importância de reaproveitar
materiais no processo de construção?
“Na verdade não inventamos nada. Contêineres existem
desde a década de 1950 e sei de pessoas que os usaram
para diferentes finalidades no passado. Quando um cliente
disse que queria uma nova casa com um toque industrial, eu
disse que seu orçamento não era suficiente. Eu sugeri então
que ele construísse o imóvel em um contêiner e ele gostou
da ideia. A casa acabou se tornando um modelo para projetos em todo os Estados Unidos.”
“Essa é a parte que mais gosto. Após começar a trabalhar
com contêineres, trouxemos essa mentalidade para todo o
processo. Repensamos tudo, da pré-fabricação à forma
como fazemos as fundações. Móveis podem ser feitos com
barris usados e mesmo que amemos peças novas e elegantes, sabemos que temos nossa cota de frugalidade.
Vejo isso em nossos clientes, como eles entendem que nossas ideias respeitam o planeta e como elas simplesmente
fazem sentido. Costumo dizer que não reciclamos, mas
transformamos. Pegamos algo que já existe e modificamos
um pouco para dar a ele um novo uso. Nós damos a esse
objeto uma nova função e uma nova razão de existir.” n
Assista ao
vídeo no ipad
metalworking world 39
Print n:o C-5000:580 POR/01
© AB Sandvik Coromant 2014:3
Cristalização
da inovação
Três novas classes, uma inovação na ciência dos materiais: Inveio.
Cientificamente, a tecnologia Inveio é o arranjo de uma estrutura de grãos
de cristais de óxido de alumínio na cobertura da pastilha. É simplesmente
um método inovador que cria uma aresta de corte excepcionalmente
durável e altamente previsível quanto aos padrões de desgaste.
Torneamento de aços
Fresamento de ferros fundidos
GC4325
GC4315
GC3330
Linha de arestas com desempenho extraordinário
Resistência ao desgaste
crucial para cortes em
altas temperaturas
Sua nova classe de primeira
escolha com durabilidade
elevada em até 40%.
www.sandvik.coromant.com/productnews

Documentos relacionados

Metalworking World 2/2014

Metalworking World 2/2014 Suécia. Tel: +46 (26) 26 60 00. Metalworking World é publicada três vezes por ano em inglês americano e britânico, alemão, chinês, coreano, dinamarquês, espanhol, finlandês, francês, holandês, húng...

Leia mais

Metalworking World 2/2012

Metalworking World 2/2012 vezes por ano em inglês americano e britânico, alemão, chinês, coreano, dinamarquês, espanhol, finlandês, francês, holandês, húngaro, italiano, japonês, polonês, português, russo, sueco, tailandês ...

Leia mais

Metalworking World 2/2013

Metalworking World 2/2013 vezes por ano em inglês americano e britânico, alemão, chinês, coreano, dinamarquês, espanhol, finlandês, francês, holandês, húngaro, italiano, japonês, polonês, português, russo, sueco, tailandês ...

Leia mais

Metalworking World 2/2011

Metalworking World 2/2011 parte superior da estrutura da capota. Um prérequisito para que essa tecnologia seja mais rentável em carros mais baratos produzidos em massa é a possibilidade de substituir algumas peças de alumín...

Leia mais

Metalworking World 3/2011

Metalworking World 3/2011 é uma revista de negócios e tecnologia da AB Sandvik Coromant, 811 81 Sandviken, Suécia. Tel: +46 (26) 26 60 00. Metalworking World é publicada três vezes por ano em inglês americano e britânico, a...

Leia mais

Metalworking World 1/2013

Metalworking World 1/2013 vezes por ano em inglês americano e britânico, alemão, chinês, coreano, dinamarquês, espanhol, finlandês, francês, holandês, húngaro, italiano, japonês, polonês, português, russo, sueco, tailandês ...

Leia mais

É só colocar tinta

É só colocar tinta vista da Sandvik Coromant ou da editora. Correspondências e pedidos de informação sobre a revista são bem-vindos. Contato: Metalworking World, Spoon Publishing AB, rosenlundsgatan 40, 118 53 Estoco...

Leia mais

Metalworking World 2/2007

Metalworking World 2/2007 AB, Kungstensgatan 21B, 113 57 Estocolmo, Suécia. Telefone: +46 (8) 442 96 20. E-mail: [email protected] Informações sobre distribuição: Monica Åslund, Sandvik Coromant. Telefone: +46 (26) 26 60 14. E-m...

Leia mais

Metalworking World 2/2009

Metalworking World 2/2009 811 81 Sandviken, Suécia. Telefone: +46 (26) 26 60 00. A Metalworking World é publicada três vezes por ano em alemão, chinês, coreano, dinamarquês, espanhol, finlandês, francês, holandês, húngaro, ...

Leia mais