Fatima_Passos - Licenciatura em Ciências Biológicas

Transcrição

Fatima_Passos - Licenciatura em Ciências Biológicas
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
FÁTIMA GALUCCI PASSOS
AVALIAÇÃO DO pH DAS ÁGUAS PLUVIAIS E OS
RISCOS DE ACIDIFICAÇÃO AMBIENTAL NO
BOSQUE DO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO,
CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SÃO PAULO (IFSP),
CAMPUS SÃO PAULO
São Paulo – SP
2014
2
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
FÁTIMA GALUCCI PASSOS
AVALIAÇÃO DO pH DAS ÁGUAS PLUVIAIS E OS
RISCOS DE ACIDIFICAÇÃO AMBIENTAL NO
BOSQUE DO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO,
CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SÃO PAULO (IFSP),
CAMPUS SÃO PAULO
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado ao Curso de Licenciatura
em Ciências Biológicas do Instituto
Federal de Educação Ciência e
Tecnologia de São Paulo (IFSP),
Campus São Paulo como um dos
requisitos à obtenção do título de
Licenciado em Ciências Biológicas.
Orientadora: Audrey Marques S. Paiva
São Paulo - SP
2014
3
P321a
PASSOS, Fátima Galucci.
Avaliação do pH das águas pluviais e os riscos de
acidificação ambiental no bosque do Instituto Federal de
Educação e Tecnologia, Campus São Paulo / Fátima Galucci
Passos. São Paulo: [s.n.], 2014.
45 f.: il.
Orientadora: Profa. Ma. Audrey Marques Silva Paiva.
Monografia (Licenciatura em Ciências Biológicas) Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo,
IFSP, 2014.
1. Poluição atmosférica
2. Águas pluviais
3. Chuva
ácida
I. Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia de São Paulo
II Título
CDU 573.0
4
BANCA DE AVALIAÇÃO
____________________________________________
Orientadora
Profa. Ma. Audrey Marques S. Paiva
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo CCT Biologia
____________________________________________
Membro Titular Externo
Prof. Dra. Viviane Dias
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo
____________________________________________
Membro Titular Interno
Profa. Ma. Luci Rocha Aveiro
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo
CCT Química
____________________________________________
Suplente Externo
Profa.Dra. Maria de Lourdes Silva Seródio
ETEC Guaracy Silveira/SãoPaulo
__________________________________________
Suplente Interno
Prof.Dr.Juliano Van Melis
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo
CCT Biologia
São Paulo, 21 de maio de 2014.
5
Agradecimentos
Agradeço ao Manoel Teixeira Salviano pela ajuda na parte de campo,
fundamental para a realização das coletas e análises. A meu filho Rafael Galucci
Pereira Passos por toda ajuda e paciência nas horas difíceis onde me faltava
compreensão e a minha orientadora por me aceitar e poder dedicar parte do seu
tempo na realização do meu trabalho.
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RESUMO
A composição química da água da chuva, bem como a alteração desta composição
após interação com a poluição atmosférica e a vegetação, é um assunto que vem
sendo estudado em vários países. A interação da água da chuva com as copas das
árvores é também particularmente importante, pois representa um fator adicional à
ciclagem de nutrientes e funciona como elemento formador do solo. O bosque do
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo( IFSP), Campus
São Paulo está sujeito aos impactos gerados pela acidificação das águas pluviais e
do solo pois está próximo à grandes fontes poluidoras móveis. Esta pesquisa tem
como objetivo avaliar a influência da poluição atmosférica no pH das águas pluviais
em contato com a vegetação do bosque do IFSP, Campus São Paulo e,
consequentemente, alterações no pH do solo. Para isso foram instalados treze
coletores para captação da água da chuva: dez abaixo da copa de dez árvores do
bosque. (As árvores foram selecionadas levando em consideração o tamanho da
superfície foliar, o grau de fechamento do dossel e a distância em relação às vias de
grande circulação veicular) e três, livres do contato com qualquer obstáculo. Nestes
trezes pontos também foram coletadas amostras de solo, obtidas a 20 cm de
profundidade, 24h após o cessar da chuva. Pelo método potenciométrico foi
determinado o pH de cada amostra e os resultados foram expressos pelo cálculo
das médias. Os resultados apurados demonstram que 5,8% das amostras de chuvas
que incidiram no bosque do IFSP no período analisado apresentaram pH médio
abaixo de 5,6, limite crítico para chuva ácida e 9,6% acima de 7,5. Nas amostras de
solo, 55,76% apresentaram pH dentro da faixa adequada para a maioria das
culturas, 42,30% apresentaram pH alcalino acima de 7,5 e 1,94% o pH abaixo da
faixa adequada. Estes resultados não descartam a necessidade de monitoramento
contínuo da qualidade do ar na região, pois este comportamento pode ser resultado
do baixo índice pluviométrico, atípico do período, que caracterizou o verão de 2014
da cidade de São Paulo.
Palavras-chave: Poluição Atmosférica. Águas Pluviais. Chuva Ácida.
7
ABSTRACT
The chemical composition of rainwater, as well as changing in this composition after
interaction with air pollution and vegetation is a topic that has been studied in several
contries. The interaction of rainwater and the treetops is also particularly important,
because represents na additional factor to nutrient cycling and works as a formative
element of the soil. The Grove of Federal Institute of Education, Science and
Technology of São Paulo (IFSP), Campus São Paulo is subject to the impacts
generated by acidification of rainwater and soil because it is closer to major polluting
mobile sources. This research aims to evaluate the influence of air pollution on pH of
rainwater in contact with the vegetation of the IFSP’s grove, Campus São Paulo and,
consequently, changes in soil pH. For this thirteen collectors were installed to capture
rainwater: ten below the treetops of ten trees of the grove (The trees were selected
according to the size of the leaf surface, the degree of canopy closure and distance
in relation to avenues of great movement of vehicles) and three, free from contact
with any obstacle. In these thirteen points also soil samples were obtained at 20 cm
depth and collected 24 h after the cessation of the rain. Was determined by
potentiometric method the pH of each sample and the results were expressed by
calculating the average. The calculated results show that 5,8% of the samples of rain
which involved the grove IFSP during the period analyzed had average pH below 5,6,
critical limit for acid rain and 9,6% above 7,5. In soil samples, 55,76% were within the
pH range for most crops, 42,30% had alkaline pH above 7,5 and 1,94% below the
suitable pH range. These results do not rule out the need for continuous monitoring
of air quality in the region, because this behavior may be the result of low rainfall,
atypical for this period, that characterized the summer of 2014 in the city of São
Paulo.
Keywords: Air pollution. Stormwater. Acid rain.
8
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 9
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .................................................................................. 10
2.1 POLUIÇÃO ............................................................................................................. 10
2.2 TIPOS E FONTES DE POLUIÇÃO ............................................................................... 10
2.3 POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA ....................................................................................... 11
2.4 PH DAS ÁGUAS DAS CHUVAS, CHUVAS ÁCIDAS E ALCALINAS ................................... 15
2.4.1 Impactos das Chuvas Ácidas na Vegetação ................................................ 15
2.4.2 A Água no solo ............................................................................................... 16
2.5 O PAPEL DA VEGETAÇÃO NO CONTROLE DA POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA...................... 16
2.6 A IMPORTÂNCIA DAS ÁREAS VERDES ...................................................................... 17
2.7 A CIDADE DE SÃO PAULO ...................................................................................... 19
3. MATERIAL E MÉTODOS ...................................................................................... 20
3.1 ÁREA DE ESTUDO .................................................................................................. 20
3.2 PONTOS AMOSTRAIS .............................................................................................. 23
3.3 COLETA DAS AMOSTRAS DE ÁGUA DA CHUVA E DO SOLO........................................... 25
3.3.1 Período de coleta ........................................................................................... 25
3.3.2 Coleta das Águas da Chuva .......................................................................... 25
3.3.3 Coleta das Amostras de Solo ........................................................................ 27
3.4 ANÁLISES DAS AMOSTRAS COLETADAS .................................................................. 28
3.4.1 Quantificação das Lâminas d'água Precipitadas......................................... 28
3.4.2 Determinação do pH ....................................................................................... 28
3.4.3 Determinação do pH das Lâminas d’água Precipitadas ............................. 29
3.4.4 Determinação do pH do Solo......................................................................... 30
3.4.5 Determinação da Temperatura ...................................................................... 30
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................ 31
5 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 41
REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 42
9
INTRODUÇÃO
O aumento da poluição atmosférica na cidade de São Paulo se deve à
expansão da cidade e, consequentemente, ao aumento dos meios de transportes,
das indústrias, da construção civil, fertilizantes, refinarias e outros (MOURA;
NASCIMENTO, 2011).
Os poluentes formados à partir da queima de combustíveis fósseis (NOx e
SO2) podem se deslocar pelo vento para áreas circunvizinhas e reagirem
promovendo reações químicas na atmosfera, gerando poluentes secundários como
a chuva ácida (BRAGA et al., 2005).
A chuva ácida, com pH variando entre 4,9 e 1,9 altera os ambientes naturais
das águas e dos solos e principalmente da vegetação, lesando as folhas e reduzindo
as florestas entre outros (BAINES, 1993).
O bosque do IFSP - Campus São Paulo está sujeito aos impactos gerados
pela acidificação das águas pluviais e do solo pois está próximo à grandes fontes
poluidoras móveis. A conservação deste fragmento vegetal é de grande importância
para a região tão carente de espaços verdes. As formações vegetais atuam como
reservatórios de CO2, absorvem os ruídos, controlam a umidade, a temperatura e
filtram partículas em suspensão etc. (LOBODA, 2003).
Devido a importância do bosque do IFSP- Campus São Paulo para a região
o presente estudo teve como objetivo verificar se existe influência da poluição
atmosférica no pH das águas pluviais neste local e conseqüente acidificação do seu
solo.
10
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2. 1 POLUIÇÃO
Poluição é o nome que se dá à degradação ocorrida no meio ambiente de
forma direta ou indireta pelo homem, pelo descarte de material sobre águas, solo e
ar, causando uma perturbação prejudicial ao meio (CUNHA; NASCIMENTO;
MIGUEL, 2012).
Segundo Meirelles (1990) apud Alves (2011), poluição é toda alteração das
propriedades naturais do meio ambiente, causada por agentes de qualquer espécie,
prejudicial à saúde, afetando à segurança e o bem-estar da população.
2.2 TIPOS E FONTES DE POLUIÇÃO
Esses agentes poluidores podem ser introduzidos na água, no solo e na
atmosfera. Na água os agentes poluidores são lançados pelas grandes cidades
interferindo nos ecossistemas (FERNANDES, 2007).
Para Silva (2008), a poluição do solo ocorre por resíduos como: fertilizantes,
pesticidas, descartes industriais e residenciais que em determinadas concentrações
afetam diretamente a sua produtividade.
Já à poluição do ar nos grandes centros se deve principalmente aos gases
emitidos por veículos em circulação e pelas indústrias, além de outros como
aquecimento
doméstico,
pavimentação,
queima
de
biomassa,
queima
de
combustíveis sólidos (madeira, carvão), tratamento de esgotos, refrigeração (ar
condicionado), solventes, aerossóis e etc.
As fontes de poluição atmosférica podem ser classificadas como móveis,
estacionárias e naturais. As naturais são aquelas ocasionadas por reações naturais,
vulcões ou reações químicas entre substâncias presentes na atmosfera que reagem
em presença de luz solar. Já as fontes estacionárias (indústrias) são aquelas que
utilizam a queima de resíduos sólidos e podem ser controladas pela implantação de
políticas públicas de controle de emissão de poluentes. As fontes móveis são
provenientes dos meios de transportes e utilizam a queima de combustíveis fósseis
(VARELA, 2000).
11
2.3 POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA
Os problemas de poluição atmosférica remontam à antiga Roma onde
muitas florestas foram devastadas para a utilização de carvão. Nos séculos XVII e
XVIII, já com a utilização do carvão em escala industrial, muitas pessoas vieram a
falecer de complicações relacionadas a fumaça, levando inúmeras indústrias a se
deslocarem de Londres. Hoje, em grandes centros como Los Angeles, Cidade do
México, São Paulo etc., a poluição do ar atinge índices alarmantes devido aos gases
emitidos por veículos em circulação (BRAGA et al., 2005).
Conforme Magrini (2001), o desenvolvimento econômico e a revolução
industrial impediram que os problemas ambientais fossem avaliados e durante
séculos a poluição atmosférica e seus impactos foram justificados pelo progresso e
os benefícios financeiros obtidos.
Os poluentes presentes na atmosfera podem ser divididos em: primários e
secundários. Os primários são os emitidos diretamente pela fonte de emissão (SO2,
NO, NH3, hidrocarbonetos, material particulado, etc.) e os secundários são formados
através das reações químicas dos elementos primários e os elementos presentes no
ar. (O3,H2O2, ácidos sulfúrico e nítrico, etc.).
Segundo a Companhia Estadual de Tecnologia de Saneamento Básico e
Controle de Poluição das Águas (CETESB, 2014), os poluentes podem ser
classificados conforme consta na Tabela 1.
Tabela 1 – Classificação dos Poluentes quanto a função química.
Compostos
Enxofre
Comp. de
Nitrogênio
Compostos Monóxido Compostos
Metais
Material
Oxidantes
carbono Halogenados Pesados Particulado Fotoquimicos
Orgânicos
SO₂
NO
Hidrocarb.
HCl
Pb
Mistura
O₂
SO₃
NO₂
Alcoois
HF
Cd
de
formaldeído
Comp. de
NH₃
Aldeidos
As
Comp.
acroleína
Ni
no
etc.
estado
sólido
Enxofre reduzido: (H₂S,
Cloretos
HNO₃
cetonas
CO
Mercaptanas,
Dissulfeto de
Nitratos
Ác.orgânicos
Fluoretos
PAN*
Carbono etc.)
Sulfatos
ou líquido
* Peroxiacetil nitrato
Fonte: Adaptada de:< http://www.cetesb.sp.gov.br/ar/Informa??es-B?sicas/21- poluentes> Acesso em
25 mar.2014.
12
Existe um número restrito de poluentes que servem de base para a medição
dos níveis de qualidade do ar e que são definidos universalmente. Estes poluentes
foram escolhidos por sua frequência de ocorrência e efeitos adversos conforme
descritos no Quadro 1 :
- Particulado (MP), Dióxido de Enxofre (SO2), Monóxido de Carbono (CO),
Ozônio (O3), Hidrocarbonetos (HC) e Óxido de Nitrogênio (NOx).
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Quadro 1 – Principais poluentes
POLUENTES
Material Particulado (MP)
CARACTERISTICAS
Partículas de material sólido ou líquido
que ficam suspensos na atmosfera.
Gás incolor, com odor forte semelhante
Dióxido de Enxofre (SO₂) a queima de palito de fósforo. Pode ser
transformado em SO₃ e H₂SO₄.
Dióxido de Nitrogênio
(NO₂₂).
Monóxido de Carbono
(CO)
Ozônio (O₃)
Hidrocarbonetos (HC)
FONTES
EFEITOS À SAUDE
Processos industriais, veículos e
fontes naturais
Quanto menor a partícula, maior o efeito á saúde.
Causam efeitos significativos em pessoas com
doenças pulmonares, asma e bronquite. Gera
mau-estar , irritação nos olhos e pele , dor de
cabeça e câncer pulmonar
Processos que utilizam a queima
de óleo combustível, refinaria de Pessoas com asma, doenças crônicas do coração
petróleo, veículos à diesel, polpa e pulmão são mais sensíveis ao SO₂.
e papel.
Processos de combustão
envolvendo automóveis,
processos industriais e usinas
termelétricas.
Aumento de sensibilidade a asma e a bronquite. É
um intenso irritante dos brônquios e alvéolos.
Pode aparecer conjuntivite e tosse. Dependendo
do nível de exposição, pode resultar em edema
pulmonar e morte prematura. É responsável pelo
Smog.
Gás incolor, insípido e inodoro
Combustão incompleta em
veículos automotores.
A exposição ao CO resulta numa diminuição do
suprimento do oxigênio para os tecidos do corpo
devido a menor quantidade de oxigênio
transportado. Pode haver redução da liberação de
oxigênio para os tecidos e células. Assim o
cérebro e outras partes do sistema nervoso são
afetadas rapidamente pela intoxicação por CO.
Gás incolor, inodoro nas concentrações
ambiente e principal componente da
névoa fotoquímica.
É produzido fotoquimicamente
pela radiação solar sobre os
NOx e compostos orgânicos
voláteis.
Irritação nos olhos e vias respiratórias, diminuição
da capacidade pulmonar. Exposição a altas
concentrações pode resultar em sensações de
aperto no peito, tosse e chiado na respiração.
Gás e vapor
Produzido pela queima
incompleta em veículos
automotores.
São cancerígenos e mutagênicos, não havendo
concentração ambiente segura. Participam da
névoa fotoquímica
Gás marrom avermelhado, com odor
forte e irritante. Pode levar a formação
de ácido nítrico, nitratos e compostos
orgânicos tóxicos.
Fonte: CETESB (2014); MOURA; NASCIMENTO (2011).
14
Segundo Lisboa e Kawano (2007), o padrão de qualidade do ar é definido
por um limite máximo de um determinado poluente nele presente. Esse padrão é
baseado em estudos científicos dos efeitos desses poluentes e são fixados níveis de
segurança adequados, se acima desse padrão, o ar torna-se impróprio e nocivo à
saúde humana, fauna e flora (Tabela 2).
Tabela 2 – Índice De Qualidade do Ar
Fonte: Disponível em:< http://www.cetesb.sp.gov.br/noticia/514,Noticia> Acesso em: 07 abr 14.
Os poluentes citados na Tabela 1. servem universalmente como indicadores
da qualidade do ar.
Estudos
científicos
apontam
que
o
material
particulado
em
altas
concentrações presente no ar, se inalados, acarretam diversos problemas de saúde
e, depositados no solo e nas águas, podem acarretar acidificação dos mesmos,
alterando o equilíbrio dos nutrientes neles presentes e deteriorando florestas mais
sensíveis e vegetações, alterando a diversidade dos ecossistemas (MENDES et al.,
2006).
Segundo Loiola et al.,(2009) a queima de combustíveis fósseis libera
diversos poluentes como o CO, CO2, SO2, NO e NO2 que geram a chuva ácida.
15
2.4 PH DAS ÁGUAS DAS CHUVAS, CHUVAS ÁCIDAS E ALCALINAS
Ás águas da chuva são importantes para avaliar o nível de poluição do ar e
agem como um processo de limpeza retirando os poluentes presentes no ambiente e
levando-os para o solo, oceanos, lagos, rios, águas subterrâneas, florestas,
construção civil, etc (FORNARO, 2006).
Conforme Baird e Cann (2011), a chuva natural (não poluída) é ligeiramente
ácida devido ao dióxido de carbono (CO2) presente na atmosfera que em presença
de vapor de água forma o ácido carbônico (H2CO3), um ácido fraco que se ioniza
parcialmente liberando H+, reduzindo o pH do sistema, e concluem que apenas as
chuvas com pH abaixo de 5,0 é que podem ser consideradas ácidas.
Devido a poluição atmosférica, muitas regiões do mundo vêm enfrentando a
chuva ácida, incluindo também ai a neve e a neblina ácida. Elas podem se deslocar
rapidamente devido a direção dos ventos, não respeitando fronteiras, provocando a
deterioração do solo com a diminuição do pH, pois os nutrientes de plantas como os
cátions potássio, cálcio e magnésio são trocados pelo H+, sendo consequentemente
lixiviados.
Em precipitações alcalinas, ou neutralizantes da acidez (por exemplo,
amônia, carbonato ou hidróxido), o valor de pH pode ser superior a 7 (FORNARO,
1991).
2.4.1 Impactos das Chuvas ácidas na vegetação
A chuva ácida pode promover mudanças nas funções metabólicas e nos
processos reprodutivos das plantas, bem como alterações morfológicas na superfície
foliar, afetando assim a produção de energia que é tão necessária a sua
sobrevivência. A chuva ácida pode remover a cera da camada cuticular que têm a
função de proteger a planta de ataques de microorganismos, da perda excessiva de
água e do excesso de sol. Podem surgir manchas escuras que culminam com a
queda da folha se esse impacto for mantido. A folha é responsável pelos produtos
fotoassimilados e consequentemente geração de energia para os processos
metabólicos. Nas árvores a perda das folhas ocorre principalmente na ponta dos
ramos devido a sua maior exposição a chuva ácida, tornando a sua aparência
irregular. Pesquisas apontam para a perda de biomassa, estreitamento dos anéis de
16
crescimento e consequentemente diminuição do diâmetro do caule, perda de peso
das raízes e o declínio do crescimento de novas raízes, isso se deve a mobilidade
do alumínio que promove a troca de íons como o cálcio, potássio e o magnésio. O
alumínio prejudica também o transporte de água dentro da planta e a diminuição da
fertilidade devido a diminuição de energia (LOIOLA et al., 2009).
2.4.2 A Água no solo
A água pode ser retida no solo por um determinado tempo. As plantas podem
armazená-la e utilizá-la, devolvendo-a em forma de vapor. A água pode ser reposta
através da chuva ou pela irrigação e possui quantidades pequenas de diversos sais
minerais, oxigênio e gás carbônico, formando uma solução diluída ou colóide que é
o veículo que os movimenta. Se o cálcio (cátion), por exemplo, prevalecer a solução
tende ao estado neutro de pH, se predominar o alumínio, o solo tenderá a acidez. O
alumínio prejudica o desenvolvimento das plantas, é tóxico. A acidificação é comum
em climas úmidos com grande quantidade de chuvas que lixiviam cátions básicos
(cálcio, magnésio, potássio e sódio), que são substituídos pelo hidrogênio que, por
sua vez, é substituído pelo alumínio (LEPSCH, 2002).
Conforme Kiehl,(1979), apud Serrat et al. (2002), os solos com pH entre 5,8 e
7,5 propiciam bom crescimento das plantas. Nos solos com pH entre 8 e 8,5 há
carbonatos de cálcio, magnésio livres e baixas quantidades de P, Mn, Zn e Cu.
2.5 O PAPEL DA VEGETAÇÃO NO CONTROLE DA POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA
Conforme Usteri (1911) apud Takyia (2002), o município de São Paulo está
inserido em uma região que era originalmente recoberta por vegetação de várzeas,
campos e florestas.
Com a expansão da agricultura cafeeira essa vegetação foi devastada desde
a Cantareira até a Serra do Mar. Com o declínio cafeeiro outras culturas surgiram e
posteriormente foram abandonadas dando origem a uma vegetação secundária, que
originou a vegetação atual (MANTOVANI, 2000).
Hoje a cobertura vegetal do município de São Paulo é praticamente formada
por fragmentos da vegetação original e secundária (floresta ombrófila densa, floresta
17
ombrófila densa alto montana, floresta ombrófila densa sobre turfeira e campos
naturais) que ainda resistem (TAKYIA, 2002).
Segundo essa mesma autora, em São Paulo, a urbanização deu-se de modo
indiferente as suas limitações e potencialidades. As favelas e as construções em
geral ocupam áreas municipais destinadas a áreas verdes e esse processo é de
difícil reversão prejudicando a fauna e a flora, impermeabilizando o solo, provocando
enchentes, erosão e prejudicando os mananciais. Em geral as áreas verdes
(fragmentos da vegetação original, parques, canteiros, jardins e a arborização
urbana) são muito importantes para a qualidade de vida da metrópole mantendo a
biodiversidade através do fornecimento de abrigos e alimentos para a fauna urbana.
Uma forma de minimizar os poluentes do ar é através da vegetação que
ajuda na remoção desses materiais atuando como um reservatório de CO₂,
absorvendo os ruídos, controlando a umidade, filtrando partículas em suspensão. A
localização e a estrutura dessas áreas verdes são importantes para a capitação dos
poluentes, e podem absorver entre 70 a 80% da poluição atmosférica (BERNATZKY,
1983 apud FERNANDES, 2007).
2.6 A IMPORTÂNCIA DAS ÁREAS VERDES
Sabe-se que a cada dia ocorre uma diminuição significativa na quantidade
de áreas verdes, influenciando diretamente na qualidade de vida, agindo
simultaneamente sobre o lado físico e mental do homem, atenuando o calor do sol.
No plano psicológico, as áreas verdes atenuam o sentimento de opressão do
homem com relação às grandes edificações; contribui para a formação e o
aprimoramento do senso estético, entre tantos outros benefícios. Para desempenhar
plenamente seu papel, a arborização urbana precisa ser aprimorada a partir de um
melhor planejamento (LOBODA; ANGELIS, 2005).
A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda como ideal o índice de
2
12m áreas verdes por habitante. No Quadro 2 observa-se que esse índice não é
atingido em algumas subprefeituras como exemplo a Sé que fica próxima ao IFSP Campus São Paulo, e apresenta um índice de 6,18 m2.
18
QUADRO 2 – Índice de Cobertura vegetal por habitante
Fonte: SVMA (2012).
Segundo Mello-Théry (2011), devido ao crescimento rápido e desordenado,
a cidade de São Paulo apresenta áreas devastadas, com o solo bastante
impermeabilizado e poluído, assim como o ar e a água, devendo-se valorizar as
áreas verdes remanescentes já que elas são um indicador da qualidade ambiental.
Verifica-se no Quadro 3 que as áreas verdes estão distribuídas de modo
desigual devido a presença do comércio, loteamentos clandestinos e obras. As
áreas nobres possuem maior quantidade de áreas verdes por apresentarem um
melhor planejamento imobiliário. Nesse contexto, observa-se a contribuição do IFSP
- Campus São Paulo, com seus 3.894 m2 de bosque localizado no bairro do Pari,
próximo a região central que é carente de parques (Quadro 3) e próximo de
avenidas com grande circulação de veículos (fontes poluidoras móveis) e altos
índices de poluição atmosférica.
19
Quadro 3 – Número de parques por zona do Município de São Paulo
APAS - Área de proteção ambiental
Res.Ecológicas - Restingas Ecológicas
UCs Estaduais - Unidades de Conservação Estaduais
Fonte:SVMA (2012).
2.7 A CIDADE DE SÃO PAULO
Atualmente a cidade de São Paulo vem sofrendo consequências devido ao
grande volume de poluentes atmosféricos provenientes de diversas fontes de
atividades poluidoras trazendo conseqüências para a vegetação, para o clima e para
a saúde da sua população. Devido a principal fonte de poluição ser móvel é difícil
um controle efetivo. São Paulo é hoje a sexta cidade do mundo com o ar mais
poluído, ficando atrás apenas da Cidade do México (México), Pequim (China), Cairo
(Egito), Jacarta (Indonésia) e Los Angeles (EUA), (MOURA; NASCIMENTO, 2011).
Segundo Varela (2000), a cidade por ser um grande centro comercial,
recebe veículos de outras regiões, além de possuir uma grande frota veicular própria
em constante crescimento, agravando ainda mais a condição do ar.
20
3. MATERIAL E MÉTODOS
Foram selecionados 13 pontos no bosque do IFSP – Campus São Paulo,
para coleta de amostras de água da chuva e do solo e posterior determinação do
seu pH. As amostragens foram mensais, no período de janeiro a abril de 2014. O
volume de chuva precipitado também foi verificado através da instalação de três
pluviômetros.
3.1 ÁREA DE ESTUDO
O IFSP, Campus São Paulo, está localizado na Rua Pedro Vicente, 625, no
bairro do Canindé, na região central da cidade de São Paulo, limitado pelo Rio Tietê
e Serra da Cantareira. Essa região possui indústrias, comércios, residências e
avenidas com grande fluxo de veículos como a marginal Tietê e Avenida Cruzeiro do
Sul.
Como pode ser observado na Figura 1, o IFSP – Campus São Paulo encontrase próximo ao centro da cidade (distante 4 Km), à Serra da Cantareira que é uma
Unidade de Conservação integral (distante 10 Km) e ainda de quatro parques
urbanos a saber: Jardim da Luz (distante 2 km), o Parque Estadual da Juventude
(distante 4km) e Parque Estadual Horto Florestal (distante 9 km).
Conforme Souza e Paiva (2012), o bosque do IFSP - Campus São Paulo
compreende uma área de 3.894m² (Figura 2) . Foi implantado na década de 1970 e
apresenta espécies arbóreas, arbustivas, herbácias e trepadeiras. Originalmente era
constituído de eucaliptos nativos sendo que as demais espécies foram implantadas
(SOUZA; PAIVA, 2012).
A autora em seu levantamento florístico verificou que o bosque do Campus São
Paulo possui representantes de 22 famílias botânicas com 40 espécies, sendo 68%
exóticas (27 espécies), cuja predominância é de Eucalyptus spp. e 32% são nativas,
com predominância de Psidium guajava (goiabeira), Eugenia Uniflora L. (pitanga),
Caesalpinia echinata Lam (pau-brasil). Conforme Hoehne (1930) apud Heiden e
Stumpf (2006), essa predominância de espécies exóticas se deve à época do
colonialismo em que as plantas usadas para paisagismo vinham de outras regiões.
21
FIGURA 1 – Localização do IFSP - Campus São Paulo em relação aos parques públicos e áreas de
proteção localizados na Cidade de São Paulo
Fonte: Adaptada de:<http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-40141011000100012&script
=sci_arttext#f2>. Acesso em: 14 jan 2014.
22
Figura 2 – A área delimitada corresponde ao IFSP – Campus São Paulo. O bosque se restringe à área em vermelho
Fonte: Adaptada de: <https://maps.google.com.br>. Acesso em: 14 jan 2014.
23
3.2 PONTOS AMOSTRAIS
Foram selecionados treze pontos amostrais: três pontos livres de obstáculos e
dez posicionados abaixo do dossel das árvores. Para estes dez pontos foi levado em
consideração os seguintes critérios: área foliar, grau de fechamento do dossel;
distância em relação à Avenida Cruzeiro do Sul:
a) área foliar – quanto maior for a área foliar, maior será a capacidade de
retenção de poluentes em sua superfície. Dentre as espécies presentes no
Bosque do IFSP – Campus São Paulo, as que possuem maior superfície
foliar são: mangueiras (Mangifera indica), goiabeira (Psidium guajava L.) e
jamboleiro (Syzygium cumini);
b) grau de fechamento do dossel – maior retenção de poluentes em sua
superfície. O grau de fechamento foi identificado por meio da determinação
da intensidade luminosa filtrada pelo dossel através de luxímetro digital da
marca ICEL Manaus, modelo LD 800, conforme procedimento previsto no
manual de instruções. Para padronização da leitura, foi colocado o luxímetro
sobre um tripé, a um metro de altura do solo;
c) distância em relação à Avenida Cruzeiro do Sul – quanto mais próximo da
fonte poluidora, mais suscetível estará à ação dos poluentes.
Os dez pontos amostrais selecionados seguindo os critérios: a, b e c acima foram
apresentados na Tabela 3, juntamente com suas coordenadas geográficas.
24
Tabela 3 – Pontos amostrais
PONTO
N°IDENT.
AMOSTRAL
1
122
Psidum guajava L.
QUANT. DE LUZ
FILTRADA (lux)
3261
NOME CIENTÍFICO
DIST. AV. CRUZ. DO SUL (m)
*LATIT. (S)
*LONG. (W)
130,05
S 23°31.404’
W 46°37.423’
2
152
Mangifera indica
2296
134,55
S 23°31.383’
W 46°37.418’
3
239
Psidum guajava L.
816
80,93
S 23°31.396’
W 46°37.452’
4
247
Mangifera indica
3046
127,19
S 23°31.418’
W 46°37.428’
5
249
Mangifera indica
1314
110,11
S 23°31.411’
W 46°37.438’
6
259
Mangifera indica
312
88,96
S 23°31.406'
W 46°37.444’
7
297
Mangifera indica
1236
16,49
S 23°31.390’
W 46°37.482’
8
305
Psidum Guajava L.
488
8,03
S 23°31.389’
W 46°37.492’
9
381
Mangifera indica
1410
12,74
S 23°31.379’
W 46°37.484’
10
397
Mangifera indica
600
2,05
S 23°31.378’
W 46°37.492’
*Os dados Latitude e Longitude foram extraídos de Souza e Paiva, (2012).
Fonte: A autora.
25
Tabela 4 – Pontos amostrais livres de obstáculos / pluviômetros
PONTO
AMOSTRAL.
LATITUDE
LONGITUDE
11
S 23°31.381'
W 046°37.504'
12
S 23°31.407'
13
S 23°31.432'
LOCAL
DISTÂNCIA AV.
CRUZ. DO SUL (M)
W 046°37.436'
Av.Cruzeiro do
Sul
Quadra de areia
110,94
W 046°37.375'
Pista de corrida
212,38
0
Fonte: A autora.
3. 3 COLETA DAS AMOSTRAS DE ÁGUA DA CHUVA E DO SOLO
3.3.1 Período de coleta
Foi realizada uma coleta de amostras de água de chuva e do solo, nos
meses de janeiro, fevereiro, março e abril de 2014.
3.3.2 Coleta das Águas da Chuva
Para coleta das águas da chuva foram instalados:
a) dez coletores sob o dossel das árvores selecionadas e 3 coletores livres
de qualquer obstáculo. Os coletores instalados nas árvores foram
confeccionados com garrafas pet de 2L. A garrafa foi virada de boca para
baixo (Figura 3) e o fundo retirado (BORGES et al., 2011). O Coletor foi
encaixado num aro de PVC de 3cm de largura com dois furos laterais para
passar o fio de arame que o prendeu na árvore (Figura 4), facilitando assim
sua remoção e limpeza a cada coleta. Um peso (pedra presa à tampa por
um arame) foi colocado para manter a garrafa (coletor) em posição vertical.
(Figura 4);
b) três coletores, tipo pluviômetro. O pluviômetro foi confeccionado com
material alternativo, em PVC, devido ao seu baixo custo de aquisição. O
modelo é uma adaptação do protótipo proposto por BORGES et al., (2011).
A partir de uma cano de PVC de 4 polegadas (10 cm de diâmetro,) e 1m de
comprimento, foram cortados três pedaços de 30 cm. Foi fixado na base de
cada pedaço um tampa para cano e uma borracha de vedação com cola
própria para esse fim. Foram feitos dois furos do mesmo lado no cano PVC
para fixá-lo em uma haste de madeira de aproximadamente 1,80m (Figura
26
5). Este modelo mostra-se eficiente na medida em que seu formato
corresponde a um cilindro (formato dos modelos comerciais) e por
apresentar uma minimização de deformações em suas paredes laterais
conferidas pelo PVC. Segundo Borges et al. (2011), este modelo apresenta
um grau de ajuste satisfatório pois consegue explicar a precipitação com
95% de probabilidade. Foram implantados três pluviômetros no bosque do
IFSP – Campus São Paulo (Figura 5), a 5m de distância do obstáculo mais
próximo e a 1,5m de altura em relação ao solo, pois, tanto Giovelli (2007)
quanto a Organização Meteorológica Mundial (OMM) recomendam que os
pluviômetros devem ser instalados em locais livres, a uma distância igual ou
superior a duas vezes a altura do obstáculo mais próximo e a 1,5 m do solo
(Tabela 4).
Figura 3 – Padrão construtivo dos coletores
Fonte: Adaptada de: <www.eng2012.org.br/trabalhoscompletos%3Fdownload%3D1294:artigo-pluviometro%26start%3D660+&cd=1&hl=ptBR&ct=clnk> Acesso em 11 mar 2014.
27
Figura 4 – Suporte com o coletor
Fonte: a autora
Figura 5 – Ponto Amostral nº11
Fonte: a autora
3.3.3 Coleta das Amostras de Solo
As amostras de solo foram retiradas um dia após o término da precipitação
para garantir a completa percolação da água. Com uma cavadeira foi realizada uma
perfuração no solo e retirada de uma amostra de solo, a 20 cm de profundidade, em
cada um dos treze pontos amostrais, base de cada indivíduo selecionado (ponto
amostral), a 20 cm de profundidade (Figura 6). Cada amostra foi transferida para um
béquer e identificada.
28
Figura 6 – Coleta da amostra de solo
Fonte: a autora
3.4 ANALISES DAS AMOSTRAS COLETADAS
3.4.1 Quantificação das Lâminas d’água Precipitadas
A leitura do volume da lâmina precipitada foi realizada em proveta graduada.
A quantificação da lâmina d’água precipitada foi realizada com base em
GASPAROTTO (2009):
ܸ‫ ݀ ݁݉ݑ݈݋‬ᇱ água(cmଷ )
ܳ‫ܿ ݁݀ ݁݀ܽ݀݅ݐ݊ܽݑ‬ℎ‫= ܽݒݑ‬
á‫ݒݑ݈݌ ݋݀ ܽܿ݋ܾ ܽ݀ ܽ݁ݎ‬. (ܿ݉ଶ )
onde área da boca = π.R² sendo π = 3,14 e R = raio.
Conforme Borges et al.(2011), cada milímetro de chuva coletado
corresponde a um litro de água por metro quadrado.
3.4.2 Determinação do pH
O princípio do método eletrométrico de medida do pH é a determinação da
atividade dos íons hidrogênios pela medida potenciométrica usando um eletrodo
padrão de vidro e um eletrodo de referência.
As medidas de pH foram realizadas em laboratório e foi utilizado o
peagâmetro da marca MS Tecnopon Equipamentos Especiais Ltda, modelo MPA210/MPA-210P de acordo com as orientações previstas no manual de instruções do
fabricante.
29
3.4.3 Determinação do pH
p das Lâminas d’água Precipitadas
As amostras (de água
á
precipitada e do solo) foram homogeneizadas e
fracionadas em três parcelas.
Pelo método potenciométrico
potenciométri o foi determinado o pH de cada parcela da
amostra e os resultados foram expressos pelo cálculo das médias.
Figura 7 - Esquema de análise de pH das águas pluviais
Fonte: Adaptado de: <https://google.com > Acesso em: 3 Maio 2014.
Para determinar o pH das lâminas d’água precipitadas (Figura 7):
7)
a) foi introduzido o eletrodo na amostra homogeneizada,
homogeneiz
junto com o
medidor de temperatura;
b) após
pós 60 segundos
segund aproximadamente, a leitura foi realizada;
realizada
c) oss procedimentos a e b, foram realizados em triplicata (triplicata de leitura)
para cada amostra coletada;
coletada
d) os resultados foram expressos pelo cálculo da médias.
30
3.4.4 Determinação do pH do Solo
Figura 8 – Esquema de análise de pH do solo
Fonte: Adaptado de: <https://google.com >. Acesso em: 3 Maio 2014.
Para o preparo da amostra de solo, cujo pH foi posteriormente aferido, foi
considerado o método previsto pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
(EMBRAPA, 1997) a seguir conforme Figura 8:
a) da amostra de solo coletada, foi extraído 20 g e adicionado 50 mL de
água destilada;
b) a mistura foi homogeneizada com um bastão de vidro e ficou em repouso
por uma hora;
c) a mistura foi filtrada e a medição do pH foi realizada seguindo o mesmo
procedimento do item 3.4.3.
3.4.5 Determinação da Temperatura
A temperatura do ambiente foi realizada em cada ponto amostral, no
momento da coleta das amostras das lâminas d'água precipitadas, através de
termômetro digital portátil da marca Equitherm, modelo DM.6802B. Foi seguido o
procedimento estabelecido no manual do fabricante do equipamento.
A temperatura do solo foi realizada após a retirada de cada amostra através
da introdução da sonda rígida diretamente no local onde foi realizada a coleta da
amostra.
31
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Após as coletas e análises foram obtidos os resultados apresentados na
Tabela 5. As datas registradas na tabela se referem as datas em que ocorreram
precipitações.
Tabela 5 – Médias do pH das águas precipitadas no bosque do IFSP – Campus São Paulo, no
período de janeiro à abril/2014
Pontos
Amostrais
Datas de Amostragem
13/jan
17/fev
19/mar
14/abr
1
7,3
7,03
6,58
6,85
5,04
2
7,22
6,7
6,49
3
6,92
6,62
6,11
6,3
4,88
4
7,44
6,68
6,56
5
6,72
6,94
6,34
6,7
5,25
6
7,07
6,71
5,96
7
7,26
6,98
5,74
6,52
8
6,68
6,72
6,19
6,81
9
6,4
6,64
6,14
6,5
10
6,39
5,65
6,58
6,81
8,1
8,64
8,92
11
6,74
7,91
12
6,76
6,54
7,29
7,8
13
6,97
6,59
6,8
Azul: pontos amostrais abaixo do dossel.
Rosa: pontos amostrais livres de obstáculos.
A faixa de pH ideal para as lâminas d'água precipitadas está entre 5,6 e 7,5 ; valores fora desta faixa
estão destacados em negrito.
A faixa de pH ideal ou ótimo para as águas pluviais é entre 5,6 a 7,5 (BAIRD;
CANN, 2011 ; KIEHL, 1979, apud SERRAT et al. , 2002).
Os números em destaque na Tabela 5 estão fora dessa faixa. O ponto
amostral 4 apresenta um pH 4,88, ácido. Este comportamento não é observado em
nenhum outro ponto analisado, o que nos leva a supor que este resultado possa ser
atribuído a presença de uma flor dentro do coletor. Está flor pode ter gerado reações
químicas que provocaram a alteração pontual do pH. Não foi possível determinar se
esta alteração foi proveniente da presença da flor ou dos poluentes presentes na
atmosfera. Dos demais resultados obtidos em todo o período analisado, os pontos
amostrais 2 (pH 5,04) e 6 (pH 5,25), também apresentaram um pH ácido e fora do
pH ideal ou ótimo, o que não se caracterizou como chuva poluída ou chuva ácida por
ter ocorrido pontualmente, conforme Baines (1993), chuva poluída ou ácida possui
valores de pH variando entre 4,9 a 1,9.
32
A chuva natural que é isenta de poluentes, é ligeiramente ácida e apresenta
valores de pH de 5,4 a 5,2 e extremos casos de pH menores que 5 (SIMON;
DEFRIES,1992). Segundo estes autores esse fato ocorre naturalmente quando a
água de rios, lagos e oceanos com pH neutro (7) evapora e combina-se com gases
presentes na atmosfera como o CO2 formando ácido carbônico.
Conforme Baird e Cann (2011), o ácido carbônico ioniza-se parcialmente
para liberar um íon hidrogênio, H+, com uma consequente redução no pH do sistema
e conclui que o pH ideal da chuva é abaixo de 7, em torno de 5,6 a 5,7, ou seja,
ácida.
Nos três pontos com pluviômetro, pontos amostrais números 11, 12 e 13, a
água precipitada não entrou em contato com nenhuma formação vegetal e
apresentaram pH dentro da faixa ideal e 5 coletas com tendência a alcalinidade.
A alcalinidade da água pode estar relacionada a presença de carbonatos,
bicarbonatos, hidróxidos e NH4+ e pode ocorrer devido a despejos industriais. Outro
fator que gera alcalinidade é a diminuição da quantidade de chuvas.
Este período de coletas em São Paulo foi atípico, os meses de janeiro à
março que seriam considerados períodos de grande precipitação, houve uma
diminuição na quantidade de chuva, diminuindo o número de coletas estabelecidas
anteriormente de duas para uma por mês.
Conforme Schneider (2014) "a cidade de São Paulo teve o janeiro mais
quente dos últimos 70 anos e desde dezembro chove muito pouco".
A falta de chuva, pouco vento e menos nuvens para a época estão deixando
São Paulo mais poluída (PEGORIM, 2014).
Mas foi possível verificar que nos pontos em que a água entrou em contato
com a vegetação (pontos amostrais de nº 1 a 10) ocorreu uma diminuição no pH em
relação aos pontos de nº11, 12 e 13, o que pode ser devido a presença de poluentes
capitados pelo dossel.
Os gráficos a seguir apresentam as médias do pH das lâminas d’água
precipitadas no bosque do IFSP – Campus São Paulo, no período de janeiro a abril
por ponto amostral e estão agrupados de acordo com os resultados obtidos, tendo
como limiar inferior de pH ótimo 5,6 (pH inf.) e limiar superior de pH ótimo 7,5 (pH
sup.).
33
14
12
10
8
6
4
2
0
Gráfico 1 – pH das águas precipitadas no po
ponto amostral 1
14
12
10
8
6
pH ideal
4
2
pH amost.
0
14
12
10
8
6
4
2
0
Gráfico 3 – pH das águas precipitadas no ponto
ponto amostral 5
14
12
10
8
pH ideal
6
4
pH amost.
2
0
14
12
10
8
6
4
2
0
Gráfico 5 – pH das águas precipitadas noo pont
ponto amostral 8
14
12
10
8
6
pH ideal
4
2
pH amost.
0
Gráfico 2 – pH das águas precipitadas no ponto
ponto amostral 3
pH ideal
pH amost.
Gráfico 4 – pH das águas precipitadas no
ponto amostral 7
pH ideal
pH amost.
Gráfico 6 – pH das águas precipitadas no
ponto amostral 9
pH ideal
pH amost.
34
14
12
10
8
6
4
2
0
Gráfico 7 – pH das águas precipitadas no
ponto amostral 10
pH ideal
pH amost.
Conforme gráficos acima, os pontos amostrais 1, 3, 5, 7, 8, 9, 10 estão
dentro da faixa de pH ideal ou ótimo.
14
12
10
8
6
4
2
0
14
12
10
8
6
4
2
0
Gráfico 8 – pH das águas precipitadas no pont
ponto amostral 2
14
pH ideal
pH amost.
Gráfico 10 - pH das águas precipitadas no
ponto amostral 6
pH ideal
pH amost.
12
10
8
6
4
2
0
14
12
10
8
6
4
2
0
Gráfico 9– pH das águas precipitadas no
ponto amostral 4
pH ideal
pH amost.
Gráfico 11 – pH das águas precipitadas no
ponto amostral 11
pH ideal
pH amost.
35
14
12
10
8
6
4
2
0
Gráfico 12 - pH das águas precipitadas no
ponto amostral 12
pH ideal
pH amost.
14
12
10
8
6
4
2
0
Gráfico 13 - pH das águas precipitadas no
ponto amostral 13
pH ideal
pH amost.
Nos pontos amostrais de números 2, 4, 6, 11, 12 e 13 foi possível observar
que tinham pelo menos uma coleta fora da faixa de pH ótimo.
Gráfico 14 - pH das águas precipitadas no bosque do IFSPCampus São Paulo no período de janeiro à abril/ 2014
5,80%
9,60%
pH abaixo de 5,6
pH acima de 7,5
84,60%
pH entre 5,6 e 7,5
Conforme observado no Gráfico 14 - 84,6% das coletas estavam dentro da
faixa de pH 5,6 e 7,5 consideradas ideais.
Segundo Kiehl (1979), apud Serrat et al., (2002) a faixa de pH ideal do solo
é entre 5,8 a 7,5 e na Tabela 6 foi possível observar que muitas coletas estão acima
desta faixa de pH ideal, o que caracterizou pH alcalino.
36
Tabela 6 - Médias do pH do solo do bosque do IFSP - Campus São Paulo, no período de janeiro à
abril/2014
Pontos
Amostrais
14/jan
Datas de Amostragem
18/fev
20/mar
15/abr
7,6
1
6,9
7,3
7,2
5,6
2
7,3
6,5
7,3
7,6
3
6,1
6,6
6,7
8,3
7,9
8,2
7,9
4
8,3
7,8
7,9
5
7,1
7,7
7,6
8
6
7,3
7,6
7
6,9
7,3
7,2
8
7,7
7,5
7,5
7,5
9
7,2
7,3
6,7
6,9
8,2
7,9
8,2
10
7,3
7,6
8
7,5
11
7,2
8
8,2
12
7,3
6,4
13
7,4
7,5
6,4
6,9
Azul: pontos amostrais abaixo do dossel.
Rosa: pontos amostrais livres de obstáculos.
A faixa de pH propícia para o crescimento de plantas está entre 5,8 e 7,5; valores fora desta faixa
estão destacados em negrito.
O solo alcalino têm a capacidade de neutralizar a chuva ácida, portanto
áreas verdes que receberem chuvas ácidas não sofreram danos (acidificação), mas
se essas chuvas forem constantes esta capacidade de neutralizar pode se esgotar
(Loiola et al., 2009 ).
Conforme dito anteriormente no período de análise houve baixo índice de
pluviosidade para a estação.
A baixa pluviosidade gera alcalinidade, podendo ocorrer acúmulo de cálcio,
magnésio, potássio e carbonato no solo (Kiehl, 1979 apud Serrat et al., 2009) e
ainda esse autor diz que solos com pH 8 e 8,5 há carbonatos de cálcio e magnésio
livres e baixas quantidades de P, Mn, Zn e Cu. E ainda solos alcalinos podem sofrer
influência dos materiais neles presentes como (basalto, diabásio e gabro). Os
gráficos abaixo tem a mesma nomenclatura dos anteriores, com limiar inferior de pH
ótimo 5,6 (pH inf.) e limiar superior de pH ótimo 7,5 (pH sup.) destacados na
legenda.
37
Gráfico 15- pH solo - p. amostral 1
14
12
10
8
6
4
2
0
14
12
10
8
6
4
2
0
pH ideal
pH amost.
Gráfico 17 - pH solo - p. amostral 4
pH ideal
pH amost.
Gráfico 16 pH solo - p. amostral 3
14
12
10
8
6
4
2
0
14
12
10
8
6
4
2
0
Gráfico 19 - pH solo - p. amostral 6
14
12
10
8
6
4
2
0
pH ideal
pH amost.
pH ideal
pH amost.
Gráfico 18 - pH solo - p. amostral 5
pH ideal
pH amost.
Gráfico 20 - pH solo - p. amostral 7
14
12
10
8
6
4
2
0
pH ideal
pH amost.
38
Gráfico 21 - pH solo - p. amostral 8
14
12
10
8
6
4
2
0
pH ideal
pH amost.
Gráfico 22 - pH solo - p. amostral 10
14
12
10
8
6
4
2
0
Gráfico 23 - pH solo - p. amostral 11
14
12
10
8
6
4
2
0
pH ideal
pH amost.
pH ideal
pH amost.
pH amost.
Gráfico 24 - pH solo - p. amostral 12
14
12
10
8
6
4
2
0
Gráfico 25 - pH solo - p. amostral 2
14
12
10
8
6
4
2
0
pH ideal
pH ideal
pH amost.
Gráfico 26 - pH solo - p. amostral 9
14
12
10
8
6
4
2
0
pH ideal
pH amost.
39
Gráfico 27 - pH solo - p. amostral 13
14
12
10
8
6
4
2
0
pH ideal
pH amost.
Conforme os gráficos acima percebeu-se que a grande maioria comportou-se
de forma semelhante ou seja apresentou pelo menos um ponto fora da faixa de pH
ideal ou ótimo. Já os pontos amostrais 9 e 13 estão dentro da faixa de pH ideal ou
ótimo.
Gráfico 28 - pH do solo do bosque do IFSP- Campus São Paulo
no período de jan à abril/2014
1,94%
pH dentro da faixa ideal
42,30%
pH alcalino acima de 7,5
55,76%
pH abaixo de 5,8
mesmo período da cidade de São Paulo, dos anos
2011 à 2014
Tabela 8 - Índices
Pluviométricos (mm) das
coletas no bosque IFSP Campus São Paulo
Mês
jan
fev
mar
abr
total
Mês
13/jan
17/fev
19/ma
15/abr
total
Tabela 7 - Índices Pluviométricos (mm) mensal do
2011
424
376
67,2
125
992
2012
248
291
185
132
856
2013
130
309
136
68,5
643
2014
177
144
207
71,2
499
2014
40,8
100
34,2
53
228
40
Conforme observado na Tabela 7 desde 2011 vem ocorrendo uma
diminuição nos volumes totais de chuvas no período de janeiro à abril. Na Tabela 8
verificou-se que na coleta de fevereiro o volume coletado de chuva de apenas um
dia, foi de 69,5% do mês todo, na coleta de abril também se observou que o volume
coletado de um dia foi de 74,5% do volume total do mês, no entanto esses fatos não
demonstraram alterações no pH da coleta do mês correspondentes.
Durante as análises tanto de solo quando das águas pluviais foi coletada as
temperaturas das amostras porém não se observou nenhuma alteração significativa.
Segundo Fornaro (2006) poucos trabalhos foram publicados sobre
composição química de águas de chuva para região de São Paulo, segue abaixo um
breve histórico sobre estudos de períodos anteriores relacionados a temática.
No período de outubro de 1983 a outubro de 1985, o pH das águas da chuva
para São Paulo foi 5,0. ( FORTI et al., 1990).
No período de julho de 1989 a maio de 1990 o pH apresentado em São
Paulo, foi menor do que 4,5 (SILVA, 2005).
No período de março de 2000 a abril de 2002, em Paulinia -SP, encontrouse um pH de 4,6 e 4,83 (TRESMONDI; TOMAZ; KRUSCHE, 2005).
No período de julho de 2002 a fevereiro de 2003, o pH das chuvas para São
Paulo foi de 4,99 (LEAL et al., 2004).
Nos grandes centros urbanos além das emissões industriais, as emissões
veiculares também contribuem para a degradação do ar, além disso esses poluentes
podem serem transportados através do vento para outras regiões distantes e
precipitarem através de chuvas ácidas.
41
5 CONCLUSÃO
Os resultados apurados demonstram que 5,8% das amostras de chuvas que
incidiram no bosque do IFSP no período analisado apresentaram pH médio abaixo
de 5,6, limite crítico para chuva ácida e 9,6% acima de 7,5. Nas amostras de solo
55,76% apresentaram pH dentro da faixa adequada para a maioria das culturas,
42,30% apresentaram pH alcalino acima de 7,5 e 1,94% o pH abaixo da faixa
adequada. Outros parâmetros são utilizados para análise da chuva ácida como
condutividade e cromatografia de íons porém não foi o objetivo deste trabalho. Estes
resultados não descartam a necessidade de monitoramento contínuo da qualidade
do ar na região, pois este comportamento pode ser resultado do baixo índice
pluviométrico, atípico do período, que caracterizou o verão de 2014 da cidade de
São Paulo.
42
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