Dieta Low-Carb e Paleolítica

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Dieta Low-Carb e Paleolítica
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Dieta Low-Carb e Paleolítica
quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
Palestra São Paulo
Síndrome metabólica - o flagelo moderno
Dificilmente uma pessoa é apenas obesa. Ou apenas hipertensa. Ou tem apenas triglicerídeos elevados. Normalmente,
estas e outras anormalidades ocorrem em conjunto, constituindo uma síndrome. Isto não é novidade, e tem sido
relatado desde a década de 1950. Em 1988, o Dr. Gerald Reaven introduziu o conceito de forma ampla, e o denominou
de "Síndrome X". O Dr. Reaven propunha a teoria de que a gordura abdominal (na barriga), a hipertensão, o diabetes
e as alterações de colesterol e triglicerídeos tinham todos em comum a resistência à insulina como causa.
O termo síndrome X foi substituído, modernamente, por síndrome metabólica. Há diferentes critérios para o
diagnóstico desta síndrome mas, de uma forma geral, uma pessoa que preencha pelo menos três dos critérios abaixo já
pode ser considerada como portadora de síndrome metabólica:
Obesidade abdominal (índice cintura/quadril > 0,9 para homens e 0,85 para mulheres, ou ainda cintura
masculina com mais de 94 cm e a feminina com mais de 80 cm;
Comida de verdade, Saúde de
Triglicerídeos acima de 150 mg/dl;
Colesterol HDL < 40 mg/dl (homens) ou < 50 (mulheres) (ou já estar em tratamento para isso);
Pressão acima de 130/85 (ou já estar em tratamento para isso);
Glicose em jejum acima de 100 mg/dl;
Diabetes tipo II
Há ainda um grande número de outras patologias associadas à síndrome metabólica, incluindo ácido úrico elevado,
gota, cálculos renais, esteatose hepática ("gordura no fígado"), cálculos de vesícula biliar, transtornos psiquiátricos,
doenças autoimunes tais como artrite reumatóide e psoríase, entre outros.
O mais fascinante é que, se você re-ler o post sobre as ações da insulina, é evidente que os níveis
permanentemente elevados de insulina estão por trás de quase todas as patologias acima. Junte-se a isso
o fato de que estas doenças são características da civilização, isto é, inexistem nas poucas sociedades caçadoras
e coletoras que ainda restam. A solução não parece simples? Se o problema é a insulina elevada, basta reduzi-la. E, de
fato, uma dieta de baixo carboidrato e nos moldes paleolíticos é capaz de melhorar e mesmo eliminar completamente a
síndrome metabólica em sua totalidade. Para os colegas médicos, sugiro a leitura deste artigo.
A abordagem equivocada da medicina nos últimos 40 anos tem sido a de tratar cada um dos sintomas da Síndrome
Metabólica com uma medicação diferente (remédio para pressão, para colesterol, para ácido úrico, etc.), sem atacar a
causa (hiperisulinemia causada pelo excesso de carboidratos na dieta). Por isso é chocante para nós, médicos, observar
o impressionante efeito de uma dieta lowcarb/páleo sobre todos os parâmetros da síndrome em períodos tão curtos
como 30 dias.
O fato de que as pessoas não melhoram com as orientações nutricionais convencionais (restrição de gorduras e
aumento do consumo de grãos) não se deve ao fato de que as pessoas não seguem as orientações, e sim do fato de que
tais orientações estão erradas do ponto de vista científico e metabólico.
Postado por Jose Carlos Souto às 12:05
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quarta-feira, 25 de janeiro de 2012
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Quais frutas comer, e em que quantidade?
A Dieta Low-Carb / Páleo
Carnes (de qualquer tipo) e hortaliças podem ser consumidas em qualquer quantidade, de acordo com a fome. Mas e as
frutas? Resulta que o assunto frutas é mais complexo do que parece à primeira vista. E os autores divergem em suas
recomendações. O Dr Loren Cordain, por exemplo, recomenda consumir frutas à vontade, pois são saudáveis, ricas em
nutrientes, e dificimente seriam consumidas além da conta. O Dr. Atkins eliminava completamente as frutas das fases
iniciais de sua dieta. Robb Wolf considera as frutas como as "guloseimas da natureza", que devem ser consumidas em
pequenas quantidades, e de forma esporádica. Como conciliar estas opiniões? Afinal, nossos antepassados paleolíticos
não consumiam frutas? Bem, vamos abordar estas questões uma a uma.
A dieta paleolítica
Como devo comer? Comida
verdade.
O que comer no café da ma
Quais frutas comer, e em q
quantidade?
PRINCÍPIOS GERAIS da d
Pesquisar este blog
1. As frutas do paleolítico não são as mesmas de hoje. A humanidade, por milhares de anos, selecionou, através de
cruzamentos seletivos e outras técnicas, as frutas com maior quantidade de açúcar e, portanto, mais saborosas.
Basta comparar frutas silvestres com as variedades cultivadas, e você verá imediatamente que as frutas silvestres
são muito menos doces, menores e mais ácidas. E, não por acaso, muito mais ricas em nutrientes. Nunca
http://www.lowcarb-paleo.com.br/2012_01_01_archive.html
Lista de Profissionais de Saúd
LISTA DE PROFISSIONAI
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subestime o poder dos cruzamentos seletivos induzidos pelo ser humano. Lembre-se de que o mesmo processo
permitiu ao ser humano criar um poodle a partir de um lobo em poucos séculos. Uma laranja de umbigo está
para uma fruta silvestre assim como um poodle está para um lobo.
2. As frutas do paleolítico não estavam disponíveis em grande quantidade, e no ano inteiro. Às vezes nos
esquecemos, mas não havia pomares nem mercados no paleolítico. As pessoas consumiam algumas frutas
silvestres, e não 3 potes cheios de salada de frutas (modernas e doces). E o faziam apenas quando encontravam
uma árvore frutífera. E o faziam apenas na época em que havia frutas. Sim, pois temos de lembrar que não havia
frigoríficos no paleolítico, de modo que as pessoas consumiam frutas frescas de forma sazonal, e não todos os
dias, o ano inteiro.
3. As frutas não são todas iguais. Há frutas com grande quantidade de açúcar e pouca fibra, e há frutas muito
nutritivas e com baixo índice glicêmico.
4. As pessoas não são todas iguais. Há pessoas diabéticas, que precisam evitar o açúcar. Há pessoas que precisam
perder muito peso ou que tem dificuldade para perder peso, para as quais alimentos que elevam a insulina (é o
caso de algumas frutas muito doces) serão contraproducentes. Há outros pacientes que desejam fazer uma dieta
paleolítica apenas para melhorar a sua saúde e bem estar, mas que não precisam perder muito peso e para as
quais não há necessidade de restringir nenhuma fruta.
SAÚDE PÁLEO / LOW CA
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Confuso?? Sim, é realmente um assunto complexo. Vamos tentar simplificar ao máximo, com as seguintes regras
gerais:
1. Se você não precisa perder peso, e apenas quer melhorar sua saúde com a dieta páleo: consumir frutas à vontade
(juntamente com carnes, ovos e hortaliças).
2. Se você precisa perder peso ou já tem resistência à insulina (glicose no sangue já se alterando, mas ainda sem
diabetes), consumir frutas com moderação, sabendo-se que as seguintes frutas são as que menos alteram a
glicose e a insulina:
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Morangos, Mirtilo (blueberry), framboesas, amoras, pitangas são as frutas que menos contém açúcar
Facebook
Ameixas, melão, pêssegos e nectarinas, laranjas, bergamotas, maçãs, peras e papaya contém níveis
moderados de açúcar. E nesta ordem (ameixas e melão contém menos açúcar)
- As seguintes frutas contém muito açúcar, devendo ser consumidas em pequenas porções, ou por pessoas
que tolerem uma quantidade maior de carboidratos: bananas, figos, uvas, manga, abacaxi e melancia. Mas lembre-se, é
tudo uma questão quantidade. Uma bergamota ou um pedaço de mamão (ao invés de uma metade inteira) terá pouco
impacto. Já uma única banana, por exemplo, contém cerca de 24g de açúcar.
Na minha opinião, as frutas vencedoras são os morangos. Saborosos, nutritivos, disponíveis. Para consumir a
quantidade de açúcar de uma banana, você precisaria comer 25 morangos! E a carga de nutrientes seria muito maior.
Uma sobremesa deliciosa (que embora não seja páleo, é de baixo carboidrato) são frutas vermelhas com nata doce
(adoçada com adoçante, evidentemente; sugiro sucralose).
Ameixas e pêssegos são boas opções para sobremesas. Estou falando das frutas naturais, e não de conservas ou ameixas
secas.
Frutas não são bons lanches. Pelo mesmo motivo que você não deve beber de estômago vazio (o álcool é absorvido
mais rapidamente), você não deve comer frutas de estômago vazio (o açúcar no sangue vai subir mais rapidamente, e
você vai ficar com FOME 1 ou 2 horas depois, quando o açúcar no sangue baixar). Lanche low carb é feito de proteína e
gordura (queijo, presunto, salame, etc.).
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A base teórica
A falácia original: tudo dep
calorias
Por que comer menos não f
O dilema da dieta de fome
Não poderia deixar ainda de mencionar as frutas virtualmente SEM açúcar: abacate e coco. Um abacate inteiro
tem o açúcar de 2 ou 3 morangos. Você pode raspar o interior de um abacate, colocar num xícara com um pouco de
limão e umas gotas de adoçante (sucralose) e está feita a sobremesa/lanche. O mesmo vale para o coco. Tome cuidado
para comprar coco ralado não adoçado! Você pode misturar com leite de coco, adoçar com sucralose, e você terá uma
cocada low carb.
Postado por Jose Carlos Souto às 18:26
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Por que o exercício também
funciona?
O grande significado de ape
calorias
Por que a gordura se acumu
locais específicos?
Gordura em gêmeos idêntic
Estamos negando as leis da
termodinâmica?
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
Consumo e gasto calórico:
dependentes
O que comer no café da manhã?
A regulação do tecido adipo
O almoço e a janta são fáceis. Carnes, aves, peixes; vegetais na manteiga, saladas (puras ou com maionese, azeite de
oliva, pesto, ovos picados, bacon...), picadinhos, couve refogada, enfim, as opções são infinitas.
Modelos animais
Mas, e o café da manhã? Como tomar café da manhã sem pão, sem aveia, sem cereais, sem suco?!? É necessário alguma
mudança de hábitos. Segue aqui apenas algumas dicas rápidas.
Frios: queijo derretido no microondas com orégano - lembra pizza!
http://www.lowcarb-paleo.com.br/2012_01_01_archive.html
As calorias em excesso não
passivamente armazenadas
A chave de tudo: insulina
Hiperinsulinismo e obesida
Por que algumas pessoas n
engordam?
Resistência à insulina
A secreção de insulina é tot
controlável
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Por que algumas dietas fun
outras não?
A regulação do tecido adipo
Por que os médicos não rec
dietas low carb?
Afinal a gordura faz mal?
Evolução, Seleção Natural,
Tabela com 14 ensaios clíni
randomizados
Lista de estudos prospectiv
randomizados
Postagens populares
Frios: Presunto (de preferência pedaços grossos) com queijo derretido e mostarda forte, etc.
Nos pratos acima, misturar outras coisas (cogumelos, vegetais...)
Ovos: pessoalmente, acho glorioso começar a manhã com ovos mexidos ou um omelete. Omelete esse que
pode conter um sem número de variações: salsichas picadas, queijos (gorgonzola, muzzarela, etc), alho,
Como devo comer? Comida
verdade.
Se eu tivesse que reduzir ao
o conceito da dieta paleolít
carb (nem toda a dieta pále
ser low carb - mas se o obje
O que comer
manhã?
O almoço e a
fáceis. Carnes
peixes; vegeta
manteiga, saladas (puras ou
maionese, azeite de oliva, p
pica...
vegetais picados (cenoura, abobrinha, cebola). E, claro, bacon!
Quais frutas comer, e em q
quantidade?
Carnes (de qualquer tipo) e
hortaliças podem ser consu
qualquer quantidade, de ac
a fome. Mas e as frutas? Re
o as...
A dieta paleolítica
Paleolítico refere-se ao per
anterior à invenção da agri
Como vimos no post anteri
dieta à qual nossa espécie e
A janta de ontem. Onde está escrito que só determinados alimentos podem ser consumidos de manhã? O
frango xadrez de ontem estava gostoso? Basta aquecê-lo no café da manhã! Eu sei, parece estranho, mas é
apenas um hábito que pode ser mudado.
Na mesma linha, por que não um bife (de frango, ou mesmo de filé) na chapa, bem cedinho? Experimente, e
veja a ausência de fome até a hora do almoço.
Sucos de fruta não são recomendados por conter excesso de açúcar e frutose (com exceção da limonada);
mas uma fruta no café da manhã, embora não seja tão saciante, é sempre uma opção. Assim como um
iogurte com o mínimo possível de carboidratos (ver bem o rótulo- SEM açúcar, e de preferência COM
gordura, ou seja, integral)
O bolinho ma
mundo
Para quem es
começando um
vida low carb,
podem ser um desafio. A ve
que, depois de algum temp
poucos carboid...
Jejum Interm
Uma coisa é c
nossos ancest
comiam 3 refe
todos os dias.
menos faziam lanches. Mui
comiam a cada 3 horas, co.
Flora intestin
Amido Resist
parte 2, como
Se ainda não
antes as posta
sobre FLORA INTESTINAL
bem como a parte 1 da post
atual . Na postagem anterio
Reflexões sobre a postagem
Quando escrevi a postagem
denominada Flora intestina
além dos carboidratos , pen
um momento que seria um
postagem...
Uma grande característica de todas as dietas low carb é a ausência de fome que se instala após poucos dias. Com a
insulina permanentemente baixa, a lipólise ("queima de gordura") começa a ocorrer, e chegamos a consumir 500
calorias de nossa própria gordura todos os dias (perdendo peso, portanto). Assim, é natural que sintamos menos fome.
Além disso, há outros mecanismo hormonais (peptídeo Y, por exemplo) pelos quais as proteínas e gorduras provocam
http://www.lowcarb-paleo.com.br/2012_01_01_archive.html
Consumo versus gasto caló
variáveis dependentes ou
independentes?
Isso é tão básico, que é real
supreendente que muitos
pesquisadores em obesidad
este "detalhe". Quando se a
que...
Flora intestinal - muito além
carboidratos
Prepare-se, leitor! Essa ser
postagem DENSA. Se cansa
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vá para o fina
conclusão. Es
mais de UM A
protelando...
um grau de saciedade incomparável. Por fim, a ausência de trigo por si só já provoca diminuição do apetite devido à
ausência das exorfinas. Você deve sempre se precaver com algum lanche de baixo carboidrato (nozes, castanhas,
queijo) para alguma emergência, mas eu lhe garanto que, com o tempo, estes lanches se tornarão cada vez menos
necessários. Uma dieta páleo/low carb simplesmente diminui a fome ao natural.
Postado por Jose Carlos Souto às 00:14
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Atkins receitas
domingo, 15 de janeiro de 2012
Trigo, nosso maior inimigo?
Já vimos que os grãos são elementos estranhos à dieta humana durante 99,5% da evolução. Isto se aplica a todos os
grãos. Mas o trigo é especial. Quem compilou os motivos pelos quais o trigo está especialmente implicado na gênese da
obesidade, diabetes e um sem número de patologias auto-imunes foi o Dr. William Davis, em seu instigante livro
"Wheat Belly". Para uma entrevista na qual o autor descreve em linhas gerais as suas teses, clique aqui. Segue breve
resumo:
Blog Paleodiário - Hilton S
Blog/site do Dr. Patrick Ro
Carlinhos - Treinamento co
evolutiva
Ciência da Nutrição
Cláudia Vilaça - Competido
Fitness aos 50 com lowcarb
Cozinhando em Atkins
Deli Art - Confeitaria sem g
sem soja
Desabafos de uma paleolíti
O trigo moderno é muito diferente do trigo que nossos avós consumiam. É o resultado de milhares e
entrecruzamentos e hibridizações feitas nos anos 50, resultando em uma planta diferente, com maior
quantidade de amido e um glúten mais problemático para o ser humano
Dieta Atkins Brasil
O tipo de amido presente do trigo (amilopectina A) é o de mais fácil digestão, produzindo aumento de
glicose (e portanto de insulina) mais intenso do que o consumo de açúcar de mesa (sacarose). É isso
mesmo, uma fatia de pão integral aumenta mais a sua glicose do que a mesma quantidade de sacarose
(açúcar de mesa)
Farmacotrofia - análise cien
suplementos alimentares
A Gliadina, uma das proteínas do glúten, leva a um aumento da permeabilidade intestinal, o que por sua vez
permite que proteínas inteiras sejam absorvidas para a corrente sanguínea, provocando reações de autoimunidade.
O glúten parcialmente digerido produz peptídeos denominados de "exorfinas", um estimulante dos
receptores opioides no cérebro, assim como a heroína. Estas exorfinas aumentam a fome e levam a um
verdadeiro vício no consumo de produtos derivados do trigo. O simples bloqueio farmacológico das
exorfinas já leva a um consumo de 400 calorias diárias a menos. Ou seja, o trigo é um poderoso estimulante
do apetite.
Além da conhecida Doença Celíaca, na qual os pacientes experimentam dores abdominais e diarreia com o
consumo de glúten, há um grande número de patologias autoimunes associadas ao consumo de trigo.
Podemos citar, por exemplo, atrite reumatoide, lupus, dermatite herpetiforme, ataxia cerebelar, esclerose
múltipla, colite ulcerativa, cólon irritável, enxaquecas, entre outras. Muitos destes pacientes não
apresentam os sintomas de doença celíaca, mas tem os anticorpos para d. celíaca positivos. Outros tem
estes anticorpos negativos e, não obstante, melhoram com a retirada total do trigo.
Em resumo, o trigo é um grão que não faz parte da dieta paleolítica, mas cujos efeitos vão muito além
do fato de representar a principal fonte de carboidratos da dieta. Trata-se do alimento que mais eleva
a glicose no sangue, de um estimulante do apetite, e de um indutor de inflamação crônica e doenças
auto-imunes. É possível que a retirada total do trigo represente a intervenção isolada mais
importante de toda a dieta paleolítica.
Atualização - 16/09/2012
Entrevista traduzida por Thiago Witt, e postada no blog de Luiz Nassif:
Dieta do Dr. Atkins Brasil
FATOPIA - site low carb
Fat New World - Excelente
Português
Fitness by Nutrition - recei
artigos traduzidos
Fórum Páleo - fórum de dis
LIPIDOFOBIA
Mais Gordura, Menos Carb
Nutri das Panelas - Polyana
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Cortar o trigo da sua dieta é benéfico, diz Dr William Davis
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Do Blog Vida Primal
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A medicina descobre os malefícios do trigo.
Entrevista com o Dr. William Davis
Publicado em 2 de outubro de 2011 e no original em inglês, no site www.fathead-movie.com em 12 de setembro de
2011
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► Maio (4)
► Abril (3)
► Março (4)
Traduzido por Thiago M. Witt
Fat head: Você é um cardiologista por profissão, e no entanto você acaba de escrever um elaborado livro sobre os
efeitos negativos do consumo de trigo. Como o trigo apareceu no seu radar? O que o fez suspeitar que o trigo pode estar
por trás de muitos de nossos problemas de saúde modernos?
Dr. Davis: Tudo começou vários anos atrás quando eu pedi aos pacientes do meu consultório que considerassem
eliminar todo o trigo de suas dietas. Eu fiz isso seguindo uma lógica muito simples: Se alimentos feitos com trigo
elevam o açúcar no sangue mais do que quase todos os outros alimentos (devido ao seu alto índice glicêmico),
incluindo o açúcar de cozinha, então remover o trigo deve reduzir o açúcar no sangue. Eu estava preocupado com os
altos níveis de açúcar no sangue já que 80% das pessoas que chegavam no meu consultório tinham diabetes, prédiabetes ou o que eu chamo de “pré-pré-diabetes”. Resumindo, a grande maioria das pessoas mostravam marcadores
metabólicos anormais.
http://www.lowcarb-paleo.com.br/2012_01_01_archive.html
► Fevereiro (4)
▼ Janeiro (8)
Síndrome metabólica - o
moderno
Quais frutas comer, e em
quantidade?
O que comer no café da
Trigo, nosso maior inim
Como devo comer? Com
verdade.
A dieta de baixo carboid
(portanto alta gordur.
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Eu forneci aos pacientes um simples folheto de duas páginas sobre como fazer isso, isto é, como eliminar o trigo e
substituir as calorias perdidas com alimentos saudáveis como mais vegetais, oleaginosas, carnes, ovos, abacates,
azeitonas, azeite de oliva, etc. Eles voltavam três meses depois com taxas de açúcar no sangue em jejum menores,
hemoglobina A1c menor (um reflexo da taxa de açúcar no sangue dos últimos 60 dias); alguns diabéticos se tornaram
não-diabéticos, pré-diabéticos se tornaram não pré-diabéticos. Eles também voltavam cerca de 15 quilos mais leves.
Então eles começavam a me contar sobre outras experiências: alívio de artrite e dores nas juntas, irritações de pele
desaparecendo, asma melhorando o suficiente para que parassem com os inaladores, sinusites crônicas indo embora,
inchaço nas pernas indo embora, enxaquecas cessando pela primeira vez em décadas, sintomas de refluxo ácido e
intestino irritável aliviados. No começo, eu dizia aos pacientes que era apenas uma estranha coincidência. Mas
aconteceu tantas vezes e a tanta gente que ficou claro que isso não era coincidência; era um fenômeno real e
reprodutível.
Foi aí que eu comecei a remover sistematicamente o trigo da dieta de todo mundo e continuei a testemunhar
reviravoltas similares na saúde afetando dezenas de doenças. Não houve volta atrás desde então.
Fat Head: Você cita um bocado de pesquisa acadêmica no seu livro, mas você também cita casos do seu histórico de
prática médica. Então, como uma questão do ovo-ou-galinha, qual veio primeiro? Você começou notando que os
pacientes que consumiam muito trigo tinham mais problemas de saúde e então saiu em busca de pesquisas que
apoiassem as suas suspeitas, ou você cruzou com pesquisas que o levaram a notar como os seus pacientes estavam se
alimentando?
Dr. Davis: A experiência do mundo real veio primeiro. Mas o que me surpreendeu foi que já havia uma extensa
literatura médica documentando tudo isso, mas era largamente ignorada ou não alcançava a consciência geral nem a
consciência da maioria dos meu colegas. E a maior parte da documentação vem da literatura de genética agricultural,
uma área, eu posso garantir, que meus colegas não estudam. Mas eu desenterrei esta área da ciência e falei com
pessoas da USDA e no departamento de agricultura em universidades para ganhar entendimento total de todas as
questões.
Uma das dificuldades que explicam parcialmente por que muitas destas informações nunca viram a luz do dia é que os
geneticistas agriculturais trabalham em plantas, não em humanos. Há uma ampla e pervasiva presunção seguida por
estes cientistas bem intencionados: Não importa quão extremas as técnicas usadas para alterar a genética de uma
planta como o trigo, ela ainda é perfeitamente boa para o consumo humano… sem nenhuma dúvida. Eu acredito que
isto é completamente errado e está por trás de muito do sofrimento infringido em humanos consumindo este produto
moderno da pesquisa genética ainda chamada, enganosamente, de “trigo”.
Os estudos científicos co
a eficácia de cor...
A dieta paleolítica
► 2011 (28)
Quem sou eu
Jose Carl
Médico urolog
formado em 19
UFRGS, com p
graduação em patologia exper
na FFFCMPA e nos EUA. Atua
com interesse especial sobre a
entre nutrição e saúde, após c
que as orientações dietéticas
tradicionais (pirâmide alimen
não são baseadas em ciência e
evidências, e produze
do que benefícios.
Email para contato profission
[email protected]
Fone para consultas: em Porto
(51)-3222-0471 (das 14 às 18)
mencionar o motivo da consu
(urologia, outros) e em São
Paulo (11)-3081-3133, à tarde.
Visualizar meu perfil complet
Fat Head: Então depois de apontar o trigo como o causador de vários problemas de saúde, você começou a aconselhar
seus pacientes a eliminá-lo de suas dietas. O que o inspirou a dar o passo extra – e é um grande passo – de escrever um
livro?
Dr. Davis: O que eu testemunhei nas milhares de pessoas que removeram o trigo de suas dietas não foi nada menos
que incrível. Quando eu vi uma perda de peso de mais de 30 quilos em seis meses, níveis de humor e energia
disparando, reversão de doenças inflamatórias como colite ulcerosa e artrite reumatóide, alívio de irritações de pele
crônicas e artrite – e os efeitos foram consistentes caso após caso – eu percebi que não poderia deixar essa questão
passar silenciosamente apenas na prática do meu consultório.
Reconhecidamente, o mundo vai precisar de mais dados confirmatórios antes que o trigo, ou pelo menos a versão
moderna geneticamente alterada do trigo que estão nos vendendo, seja removido do prato de jantar do mundo. Mas os
dados que já estão disponíveis são mais que suficientes, eu acredito, para trazer esta informação ao público para que as
pessoas tomem suas decisões por si mesmas. Eu comparo esta situação a viver em um vilarejo onde todos bebem a
água do mesmo poço. Nove em cada 10 pessoas ficam doentes quando bebem a água do poço; todos se recuperam
quando param de beber. Quando voltam a beber, todos adoecem novamente; param e ficam melhores. Com uma
relação causa-e-efeito tão consistente e reprodutível como essa, precisamos mesmo de um ensaio clínico para prová-lo
para nós? Eu não preciso.
Isto será uma longa e difícil batalha na arena pública. O trigo compõe 20% de todas as calorias humanas. Ele requer
uma enorme infraestrutura para o plantio, colheita, extração de sementes, fertilização, processamento e distribuição.
Esta mensagem vai potencialmente prejudicar o sustento de milhares, talvez milhões de pessoas que fazem parte desta
infraestrutura. Isso me lembra das batalhas que foram travadas (e são ainda hoje) quando se tornou amplamente
aceito que fumar cigarros fazia mal. Quando as pessoas de dentro da indústria do tabaco eram indagadas sobre como
elas podiam trabalhar para uma companhia que destruía a saúde das pessoas, elas respondiam “Eu tinha que sustentar
minha família e pagar meu aluguel”. A discussão elimine-todo-o-trigo-da-dieta-humana que eu proponho vai atingir
muita gente onde dói mais: no bolso. Mas, pessoalmente, eu não estou disposto a sacrificar a minha própria saúde, a da
minha família, amigos, vizinhos, pacientes e da nação para permitir que um status quo incrivelmente insalubre
continue.
Fat Head: Quanto mais eu leio o livro, mais eu me pego pensando, “Uau, eu sabia que o trigo era ruim para nós, mas é
ainda pior do que eu pensava”. Você teve a mesma reação enquanto fazia a pesquisa para o livro? Você ficou surpreso
ao ver quantos problemas físicos e mentais o trigo pode causar?
Dr. Davis: Sim. Eu sabia que o trigo era ruim desde o início do projeto. E houveram momentos em que eu me
perguntava se não estava deixando passar alguma coisa, dada a adoção unânime dos grãos pelo agronegócio,
fazendeiros, cientistas agriculturais, o USDA, FDA, Associação Dietética Americana, etc. Mas o oposto aconteceu:
Quanto mais a fundo eu ia, mais esta coisa sendo vendida para nós com o nome de “trigo” parecia pior… e pior, e pior,
quanto mais longe eu ia.
Eu sou consciente da armadilha “para alguém com um martelo, tudo parece um prego” que podemos cair, mas quando
você vê doença após doença desaparecer com a eliminação do trigo, não dá pra deixar de se convencer que ele tem um
papel crucial em centenas, literalmente centenas, de condições comuns.
http://www.lowcarb-paleo.com.br/2012_01_01_archive.html
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Fat Head: Você descreve no seu livro como o trigo de hoje é o produto de cruzamento genético. Os cruzamentos são
inerentemente ruins? Não acontecem cruzamentos na natureza o tempo tudo?
Dr. Davis: Sim, acontecem. Humanos, assim como todas as plantas e animais, são o produto de cruzamentos ou
hibridização. Amor, sexo, e cruzamento fazem o mundo girar e tornam a vida interessante. O problema é que estes
termos são usados muito vagamente pelos geneticistas.
Por exemplo, se eu expor sementes e embriões de trigo ao potente veneno industrial azida de sódio, posso induzir
mutações no código genético da planta. Primeiro, deixa eu falar sobre a azida de sódio. Se ingerida, as pessoas do
controle de venenos do Centro para Controle de Doenças recomenda que você não tente ressuscitar a pessoa que a
ingeriu e parou de respirar como resultado – apenas deixe a vítima morrer – porque a pessoa tentando salvá-la pode
morrer também. E, se a vítima vomitar, não jogue o vômito na pia porque ela pode explodir (isso já aconteceu). Então,
exponha sementes e embriões de trigo à azida de sódio e você obtêm mutações. Isto é chamado de mutagênese
química. Sementes e embriões também podem ser expostos a irradiação gama e altas doses de radiação de raio-x.
Todas estas técnicas caem sob nome de hibridização ou, ainda mais enganador, técnicas de reprodução tradicionais. Eu
não sei quanto a você, mas a reprodução entre os humanos que eu conheço não envolvem massagear um ao outro com
venenos químicos ou uma tarde romântica em um ciclotron para induzir mutações na nossa prole.
Estas “técnicas de reprodução tradicionais”, por falar nisso, são consideravelmente mais disruptivas para a genética da
planta que a engenharia genética. Os americanos estão em guerra com os alimentos geneticamente modificados
(transgênicos, ou seja, com a adição ou remoção de um único gene). A grande ironia é que a engenharia genética é uma
substancial melhoria sobre as “técnicas de reprodução tradicionais” que ocorreram durante décadas e que ainda
ocorrem.
Fat Head: Eu o conheci em pessoa a mais de um ano atrás, e você é um cara bem magro, então eu fiquei surpreso ao ler
no livro que você costumava carregar por aí a sua própria barriga de trigo. Descreva as diferenças entre você como um
consumidor de trigo e você agora, em termos de ambos o seu físico e a sua saúde.
Dr. Davis: Quinze quilos atrás, enquanto eu ainda era um entusiástico consumidor dos “saudáveis grãos integrais”, eu
lutava contra constantes dificuldades em manter o foco e a energia. Eu dependia de potes de café ou caminhadas e
exercício só para combater a letargia e a mente enevoada. Meus números de colesterol refletiam meus hábitos de
consumo de trigo: HDL 27 mg/dl (muito baixo), triglicérides 350 mg/dl (MUITO alto), e açúcar no sangue na faixa de
diabetes (161 mg/dl). Eu tinha pressão alta, com valores ao redor de 150/90. E todo o meu excesso de peso era ao redor
da cintura – sim, minha própria barriga de trigo.
Dar adeus ao trigo me ajudou a perder o peso ao redor da cintura; meus números de colesterol: HDL 63 mg/dl,
triglicérides 50 mg/dl, LDL 70 mg/dl, açúcar no sangue 84 mg/dl, pressão 114/74—sem usar nenhum remédio. Em
outras palavras, tudo se reverteu. Tudo foi revertido incluindo a luta para manter a atenção e o foco. Agora eu posso me
concentrar e focar em alguma coisa por tanto tempo que minha esposa me manda parar.
Levando tudo em conta, eu me sinto melhor hoje com 54 anos do que eu me sentia quando tinha 30.
Fat Head: Como aprender o que você sabe sobre o trigo e outros grãos mudou sua prática médica?
Dr. Davis: Catapultou o sucesso em ajudar as pessoas a recuperarem a saúde para a estratosfera. Entre as pessoas
seguindo esta dieta, isto é, eliminar o trigo e limitar outros carboidratos (junto com outras estratégias saudáveis para o
coração que eu advogo, incluindo suplementação com óleo de peixe, suplementação com vitamina D para alcançar um
nível desejável de vitamina D 25-hidroxi de 60-70 ng/ml, suplementação de iodo e normalização de disfunção da
tireóide), eu não vejo mais ataques cardíacos. Os únicos ataques cardíacos que eu vejo são de pessoas que eu recém
conheci ou aqueles que, por um motivo ou outro (normalmente falta de interesse) não seguem a dieta. Um padre de
quem eu cuido, por exemplo, um homem generoso e maravilhoso, não conseguiu se obrigar a rejeitar os muffins, tortas
e pães que seus fiéis lhe traziam todos os dias; ele teve um ataque cardíaco apesar de fazer todo o resto corretamente.
Esta abordagem dietética, apesar de parecer peculiar superficialmente, é extremamente poderosa. Que dieta, afinal,
causa perda de peso substancial, corrige as causas das doenças cardíacas como partículas LDL pequenas, reverte a
diabetes e a pré-diabetes, e melhora ou cura múltiplas condições variando de artrite reumatóide a refluxo ácido?
Fat Head: Você viu centenas de seus próprios pacientes ficarem curados de doenças supostamente incuráveis após
abrirem mão do trigo. Descreva um ou dois dos exemplos mais dramáticos.
Dr. Davis: Duas pessoas estão na minha cabeça quase todos os dias, principalmente porque eu sou especialmente
gratificado pela magnitude de suas respostas e porque eu tremo de pensar em como seriam suas vidas se eles não se
engajassem nesta mudança de dieta.
Eu descrevo a história de Wendy no livro, uma mãe e professora de 36 anos que tinha uma colite ulcerosa quase
incapacitante; são grave que, apesar de três medicações, ela continuava a sofrer constantemente de cólicas, diarréia e
sangramento suficiente para requerer transfusões de sangue. Quando eu conheci a Wendy, ela me contou que seu
gastroenterologista e cirurgião tinha agendado para ela uma cirurgia para remoção do cólon e criação de uma bolsa de
ileostomia. Estas seriam mudanças para o resto da vida; ela estaria fadada a usar uma bolsa para coleta de fezes pelo
resto da vida. Eu insisti para que ela removesse o trigo. No começo ela se opôs, já que suas biópsias intestinais e
exames de sangue falharam para o teste de doença celíaca. Mas, tendo visto tantas coisas incríveis acontecerem com a
remoção do trigo, eu sugeri que não havia nada a perder. Então ela concordou. Três meses depois, ela não apenas tinha
perdido 17 quilos, mas todas as cólicas, diarréias e sangramentos haviam parado. Agora já fazem dois anos. Ela foi
retirada de todas as medicações e não há mais sinais da doença – colón intacto, nenhuma bolsa de ileostomia. Ela está
curada.
O segundo caso é o Jason, também descrito no livro, um programador de software de 26 anos, neste caso incapacitado
por dores nas juntas e artrite. Consultas com três reumatologistas não conseguiram chegar a um diagnóstico; todos
prescreveram anti-inflamatórios e medicação para dor, enquanto Jason continuava a mancar por aí, incapaz de se
envolver em mais que pequenas caminhadas. Dentro de cinco dias desde que removeu todo o trigo, Jason estava 100%
livre de dores nas juntas. Ele disse que ele achou isso absolutamente ridículo e se recusou a acreditar. Então ele comeu
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um sanduíche: As dores nas juntas voltarem correndo. Agora ele está estritamente livre do trigo e das dores.
Fat Head: Seus pacientes são sortudos – você prefere mudar a dieta de um paciente a fazer uma receita médica sempre
que possível. Infelizmente, você está entre a minoria. Como eu contei no meu blog recentemente, a esposa de um colega
de trabalho foi finalmente curada de suas dores de cabeça quando um conhecido sugeriu que ela parasse de comer
grãos. Ela havia ido a diversos médicos que meramente prescreviam medicações. Então… porque tão poucos médicos
estão cientes de como os grãos podem afetar nossa saúde?
Dr. Davis: Eu acredito que a área da saúde foi desviada em direção à alta tecnologia, procedimentos que produzem
altos lucros, medicações, e cuidados catastróficos. Muito na área da saúde perderam a visão de ajudar as pessoas e
cumprir sua missão de curar. Enquanto isso soa fora de moda, eu acredito que é uma tendência ruim para a saúde ser
reduzida a uma transação financeira sujeita a restrições legais. Ela precisa voltar a ser uma relação de cura.
Eu acredito que muitos na área da saúde também tenham se desencantado com a ineficácia da orientação alimentar.
Porque a “sabedoria” alimentar tem estado errada em tantos pontos durante os últimos 50 anos, as pessoas ficaram
desconfiadas da capacidade da nutrição e dos métodos naturais para a melhora da saúde. Pelo que eu testemunhei, no
entanto, a nutrição e os métodos naturais tem um poder enorme para curar – se os métodos corretos forem aplicados.
Fat Head: Você espera que seu livro eduque mais doutores no assunto, ou esta é uma daquelas situações onde o público
terá que ignorar seus médicos e aprender sozinhos?
Dr. Davis: Lamentavelmente, muitas pessoas lerão a mensagem em Wheat Belly, irão experienciar as incríveis
transformações na saúde e peso que podem acontecer, então vão contar aos seus médicos, que irão declarar seu sucesso
como uma “coincidência”, “força de vontade”, “efeito placebo” ou outra desculpa. Muitos de meus colegas se recusam a
reconhecer o poder da dieta mesmo quando confrontados com resultados poderosos. Isto só poderá mudar após um
período muito longo.
Felizmente, mais e mais de meus colegas estão começando a ver a luz e não procurar pelas respostas em drogas e
procedimentos. Estes são os profissionais da saúde que eu espero que irão emergir para ajudar pessoas como
defensores e treinadores em conduzir uma experiência como a que é descrita em Wheat Belly.
Fat Head: Se mais médicos fossem informados das questões sobre as quais você escreve em Wheat Belly, você acha que
eles mudariam suas recomendações alimentares, ou a mentalidade “gordura é má, grãos são bons” está enraizada
demais na profissão?
Dr. Davis: Não há absolutamente nenhuma dúvida de que o argumento “gordura é má, grãos são bons” vai persistir
nas mentes de muitos de meus colegas por muitos anos. No entanto, eu acredito que se eles lessem os argumentos
expostos logicamente em Wheat Belly, eles iriam primeiramente reconhecer que o “trigo” não é mais trigo e sim um
produto incrivelmente transformado da pesquisa genética. Então eles começariam a seguir a lógica e entender que a
longa lista de problemas associados ao consumo do “trigo” moderno começa a explicar por que estamos
testemunhando uma explosão em doenças comuns. É aí que espero que todos nós ouçamos um coletivo “Aha!”.
Fat Head: O Dr. Robert Lustig acredita que o excesso de frutose é singularmente responsável por induzir a resistência à
insulina e outros aspectos da síndrome metabólica. Você culpa o trigo. Quando eu comecei a apresentar sinais de prédiabetes no meus trinta e tantos anos, eu quase não consumia açúcar – eu sabia que o açúcar era ruim para mim – mas
eu comia um monte de massa, cereais e pães. Descreva como você acredita que o consumo de trigo pode levar ao
diabetes tipo 2 mesmo entre aqueles que não tomam litros de refrigerante ou comem bolinhos Ana Maria.
Dr. Davis: Não há dúvidas que a frutose é realmente um grande problema na dieta dos americanos modernos. Como o
trigo, fontes de frutose como a sacarose, o xarope de milho de alta frutose, o mel e o xarope de ágave aumentam a
gordura visceral, o açúcar no sangue, e causam uma curiosa demora na limpeza das partículas sanguíneas (restos de
quilomícrons) após as refeições que levam à aterosclerose. Então o livro Wheat Belly, logicamente, não argumenta que
o único problema na dieta americana é o trigo.
No entanto, como muitos de nós aprenderam, cortar as fontes de açúcar e frutose é uma grande idéia, mas não resolve
o problema inteiro, apenas um aspecto. E o trigo é o culpado nas pessoas que acreditam que estão seguindo um
caminho mais saudável ao incluir bastante dos “saudáveis grãos integrais”.
Duas fatias de pão integral aumentam o açúcar no sangue mais do que açúcar de cozinha, mais do que muitos doces.
Estranhamente, isto não impede os nutricionistas de encorajá-lo a comer mais disso. Coma mais trigo e as elevações
dos níveis de açúcar no sangue aumentam em magnitude e frequência. Isto leva a elevações maiores e mais frequentes
dos níveis de insulina que, por sua vez, criam a resistência à insulina, a condição que leva à diabetes.
Estas elevações nos níveis de açúcar no sangue também são intrinsecamente danosas às delicadas células pancreáticas
beta, que produzem a insulina, um fenômeno chamado glucotoxidade. As células betas possuem pouca capacidade de
regeneração. Danos repetidos devido à glucotoxidade levam a um número cada vez menor de células beta saudáveis e
funcionais produzindo insulina. É aí que o nível de açúcar no sangue fica persistentemente em níveis elevados –
mesmo quando seu estômago está vazio: pré-diabetes, seguida em pouco tempo pela diabetes.
Então o trigo que nos aconselham a comer mais não é a solução para a epidemia de diabetes que se espera que inclua
um a cada dois adultos americanos em um futuro próximo, e 346 milhões de pessoas mundialmente – comer mais dos
“saudáveis grãos integrais” é, creio eu, a causa desta situação. E removê-los nos traz de volta ao caminho para deter ou
até mesmo reverter isso.
Fat Head: Você descreve em Wheat Belly como o trigo anão de hoje contém mais proteínas do glúten e causa um
aumento mais dramático na glicose no sangue que o trigo que nossos bisavós consumiam. Mas Jared Diamond e outros
apresentaram argumentos convincentes que a troca para uma dieta baseada em grãos fez com que o humanos se
tornassem mais baixos, mais gordos e mais doentes mesmo em tempos pré-bíblicos, quando o trigo mutante de hoje
em dia não existia. Então você diria que o trigo passou de um alimento bom para um alimento ruim, ou de um alimento
ruim para um ainda pior?
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Dr. Davis: Eu iria com a segunda opção, indo de um alimento ruim com efeitos adversos para a saúde em algumas
pessoas, para um alimento incrivelmente ruim com efeitos adversos para quase todo mundo.
É lógico, se você estivesse faminto e a sua única opção de comida fosse pão, você deveria comer o pão. Não há dúvidas
que o trigo, como um produto dos primórdios da agricultura, serviu para alimentar os humanos quando o a caça ou
coleta falhava. Como o Dr. Diamond aponta, esta fonte de calorias, este seguro contra os dias de caça infrutífera, e
alimento de conveniência teve consequências adversas para a saúde mesmo para os humanos antigos, mesmo em suas
primeiras formas, como o einkorn e emmer.
Nós temos como um fato que o consumo de trigo tem sido prejudicial para os humanos desde que começamos a
consumi-lo através de observações como as apontadas pelo Dr. Diamond: humanos diminuindo de estatura,
aumentando de peso e adoecendo mais (doenças ósseas, apodrecimento dos dentes, câncer, talvez aterosclerose) com o
consumo de trigo, assim como as descrições de doença celíaca tão antigas quanto 100 AC.
São as alterações introduzidas pelos geneticistas durante os últimos 40-50 anos, em conjunto com a recomendação
para que se consuma mais trigo, que conspiraram para a criação da atual bagunça em que nos encontramos,
transformando o trigo de um ingrediente problemático a um flagelo que exerce efeitos adversos à saúde em escala
internacional.
Fat Head: Vamos falar sobre alguns dos problemas de saúde específicos que podem ser causados ou acelerados pelo
trigo. Um dos meus leitores tem uma irmã que foi curada de esclerose múltipla após eliminar o trigo. Outros me
contaram que foram curados de fibromialgia, transtorno de déficit de atenção ou depressão. Eles estão todos loucos, ou
os “saudáveis grãos integrais” tem alguma coisa a ver com essas doenças?
Dr. Davis: Mesmo eu tendo testemunhado os incríveis efeitos da eliminação do trigo em milhares de pessoas durantes
muitos anos, mesmo eu ainda aprendo novas lições sobre seus efeitos. Parece que não passa uma semana sem que eu
aprenda algum novo benefício da eliminação do trigo.
Eu também ouvi incontáveis casos de alívio evidente, e ocasionalmente cura, de fibromialgia, TDA e depressão. Eu
tenho apenas algumas instâncias em que eu testemunhei melhoras em esclerose múltipla, já que esta doença é
incomum na população que eu atendo na prática de cardiologia e na minha experiência de saúde cardíaca on-line. Mas
dado o alcance do trigo em tantos aspectos da saúde, eu não ficaria nem um pouco surpreso de ver uma remissão
substancial da doença, dado os potenciais efeitos inflamatórios dos componentes do trigo no sistema nervoso central.
Infelizmente, a maioria dos meus colegas tratam isso como pura coincidência, apesar do fato disso poder ser ligado
com o consumo de trigo, e desligado com a eliminação do trigo, ligado novamente à vontade – repetidamente,
reprodutivelmente, e em muitas, muitas pessoas. A noção que grãos integrais são saudáveis está tão profundamente
infiltrada no pensamento das pessoas na área da saúde que elas são muito resistentes a mudar suas visões.
Eu comparo esta situação a viver em um vilarejo onde todos bebem a água do mesmo poço. Um dia, 9 entre 10 pessoas
ficam doentes bebendo dessa água; eles melhoram quando param de beber a água. Por conveniência, eles voltam a
beber a água do poço e 9 entre 10 prontamente adoecem novamente; melhoram de novo quando param. Nós exigimos
um estudo clínico para provar que existe realmente um problema? Insistimos que é apenas a imaginação das pessoas e
que a diarréia e desnutrição resultantes do consumo da água é devido a alguma outra coisa? Esta é a situação em que
nos encontramos com esta coisa que nos vendem e chamam de “trigo”.
Eu não acho que estou causando uma histeria coletiva, com todo mundo atirando loucamente seus produtos feitos com
trigo no lixo porque eu mandei. As pessoas estão relacionando suas experiências de perda de peso substancial sem
restrição calórica, alívio de múltiplas condições e doenças, assim como sentimentos subjetivos de bem-estar e humor
melhorados. De fato, eu diria que a eliminação do trigo é a estratégia mais incrível e consistentemente efetiva para a
melhora da saúde que eu jamais testemunhei em 25 anos de prática de medicina.
Fat Head: Eu abri mão do trigo e outros grãos primeiramente para perder peso, então eu fiquei agradavelmente
surpreso quando vários problemas de saúde irritantes foram embora logo em seguida… psoríase, uma asma leve,
refluxo gástrico e artrite entre eles. Com que frequência você vê resultados como o meu, e por que o trigo causa estes
problemas em primeiro lugar?
Dr. Davis: Resultados como o seu são a regra, não a exceção. De fato, é apenas ocasionalmente que uma pessoa diz
“eu perdi 2 quilos em um mês mas nada mais aconteceu.”
Sendo conservador, eu estimaria que 70% das pessoas experienciam benefícios substanciais além da perda de peso.
Pode ser o alívio de um problema de pele como psoríase, alívio de problemas nas vias respiratórias como asma e
sinusite crônica, alívio de problemas gastrointestinais como refluxo ácido e síndrome do intestino irritável, ou pode ser
alívio da artrite simples ou da inflamatória como a artrite reumatóide. A série de problemas causados ou piorados por
esta coisa não é nada menos que espantosa.
Não há nenhum componente isolado do trigo que seja responsável por sua miríade de efeitos adversos para a saúde. A
proteína gliadina é responsável por efeitos inflamatórios diretos, enquanto ao mesmo tempo estimula o apetite. A
proteína glúten é responsável pelo efeito inflamatório destrutivo no intestino e no sistema nervoso central. As lectinas
no trigo provavelmente estão por trás do aumento da permeabilidade intestinal para múltiplas proteínas de fora que se
cascateiam em problemas inflamatórios e auto-imunes como artrite reumatóide e lupus. A amilopectina A é
responsável pela expansão da gordura visceral no abdômen, a “barriga de trigo” que por sua vez leva à inflamação,
resistência à insulina, diabetes, artrite e doença cardíaca.
Fat Head: Então são primariamente o glúten e as lectinas no trigo que causam tantos problemas digestivos, ou há
alguma outra coisa envolvida também?
Dr. Davis: Incrivelmente, ainda que o efeito do trigo no rompimento da saúde do sistema digestivo seja ubíquo –
certamente é muito mais do que a doença celíaca – tem havido pouca exploração dos motivos. Então eu só posso
especular o porquê do trigo exercer efeitos gastrointestinais tão frequentes e generalizados.
Provavelmente tem a ver com a gliadina, o glúten e as lectinas – um ou uma combinação de todos eles. Também estou
convencido que há componentes no trigo além destes três que exercem efeitos adversos para a saúde que explicam por
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que eu vejo que o todo é maior que a soma das partes, isto é, que a remoção do trigo parece proporcionar maiores
benefícios do que cada componente prejudicial sugeriria.
Fat Head: Todos os tipos de glúten são igualmente ruins ou alguns são piores que outros? Se alguns são piores, será o
glúten do trigo moderno particularmente danoso?
Dr. Davis: A estrutura do amino ácido do glúten pode variar amplamente, mas todo glúten compartilha a
viscoelasticidade característica desejada pelos padeiros e consumidores, a propriedade que permite ao pizzaiolo jogar a
massa para o alto para dar forma à pizza e permite que as massas sejam moldadas em múltiplas formas.
As piores, mais nocivas formas de glúten são as variedades recentes criadas por geneticistas. As mudanças introduzidas
na coleção de genes “D” características do trigo moderno semi-anão são provavelmente responsáveis por quadruplicar
os casos de doença celíaca no nossos tempos, dobrando somente nos últimos vinte anos. Formas menos destrutivas de
glúten são aquelas encontradas em variedades antigas de trigo como a eikorn, emmer e spelt – menos destrutivas, mas
não inofensivas.
Minha visão: O glúten, em todas as suas formas, mas especialmente em suas formas modernas, é potencialmente tão
destrutivo para a saúde humana que a solução ideal é dizer adeus a ele completamente.
Fat Head: Você aconselha a seus pacientes a ficarem livre do trigo, ou livres do trigo e do açúcar? Eu pergunto porque
se eles se livram de ambos, algumas pessoas diriam que era o açúcar que estava causando problemas, não os grãos.
Dr. Davis: Sim, o açúcar está na lista a evitar. Não há dúvidas que, pelo menos para algumas pessoas, especialmente
os mais jovens, a exposição ao açúcar em refrigerantes, junk foods e petiscos é um grande problema.
No entanto, apenas eliminar o açúcar e comer mais “saudáveis grãos integrais” faz a maioria das pessoas não perder
peso, mas ganhá-lo. Esta é a luta de pessoas que acreditam que estão seguindo conselhos saudáveis para limitar os
doces e comer mais “saudáveis grãos integrais” para depois se encontrarem 15, 20, 50 quilos além do peso ideal.
Troque a ordem, isto é, elimine todo o trigo, e o desejo por doces é quase sempre reduzido sensivelmente, já que a
gliadina, a proteína do trigo estimulante de apetite foi eliminada. É uma tarefa bem mais fácil eliminar o trigo
primeiro, ao invés de eliminar o açúcar primeiro.
E, é claro, não se trata apenas do peso. Se trata de todos os outros efeitos do trigo que mesmo o açúcar não pode
provocar, como inflamação nas juntas, refluxo ácido, síndrome do intestino irritável, efeitos no cérebro, retenção de
líquidos, etc.
Fat Head: No livro Nutrition and Physical Degeneration (Nutrição e Degeneração Física) do Dr. Weston A. Price, ele
descreveu como pessoas em sociedades tradicionais fermentavam ou deixavam de molho os seus grãos antes de
consumi-los. Você acredita que fazer isso torna os grãos um perigo menor para a saúde, ou o trigo mutante atual é
muito cheio de proteínas problemáticas para se tornar seguro usando estes métodos?
Dr. Davis: Deixar de molho e fermentar transformam o trigo, uma coisa ruim, em uma forma que contém menos
lectinas e menos glúten (entre outras alterações), uma coisa menos ruim. Mas devemos tomar cuidado para não cair na
mesma armadilha que enganou nutricionistas e agências “oficiais”: Substituir uma coisa ruim (farinha branca) por uma
coisa menos ruim (grãos integrais), e então consumir bastante desta coisa menos ruim é bom para você. Esta é a lógica
falha que nos levou a esta confusão.
Deixar de molho, por exemplo, reduz o conteúdo de lectinas em cerca de 35% – melhor, mas não ótimo. Você ainda
estará exposto a todos os efeitos adversos do trigo, que incluem o estímulo de apetite da gliadina, altos níveis de açúcar
no sangue da amilopectina A, respostas inflamatórias dos glútens e das gluteninas, e aumento da permeabilidade
intestinal a proteínas de externas pelas lectinas.
Da mesma forma, a fermentação reduz a carga de carboidratos mas deixa os outros aspectos indesejáveis do trigo
intactos. Melhor, claro, mas ainda não é ótimo.
Até os geneticistas estão tentando fazer a re-engenharia do trigo para torná-lo menos nocivo. Uma área de pesquisa é
tentar remover todas as sequências mais destrutivas do glúten. Como usual, eles entendem a genética da planta mas
não entendem nada dos efeitos do consumo desta planta na saúde humana.
Então não importa o que um padeiro ou geneticista faça para maquiar esta coisa, ela continua essencialmente a
mesma, com os mesmos efeitos estimulantes de apetite, alteradores de mente, inflamatórios, auto imunes e
acumuladores de peso.
Fat Head: E os outros grãos como aveia, amaranto e trigo mourisco (ou sarraceno)? Eles fazem bem ou são tão ruins
quanto o trigo?
Dr. Davis: A aveia, de fato, têm sobreposição imunológica modesta com trigo. Mas o problema com a aveia recai na
sua capacidade extravagante de elevar os níveis de açúcar no sangue. Uma tigela de farinha de aveia orgânica – sem
adição de açúcar – pode elevar o açúcar no sangue em uma pessoa não diabética a 150 mg/dl, 200 mg/dl, as vezes até
mais. Em um pré-diabético ou diabético, 300 mg/dl não é incomum. Uma das estratégias que eu ensino aos pacientes é
a medir a glicose no sangue uma hora depois de uma refeição para averiguar a severidade da elevação do açúcar no
sangue; foi aí que eu vi, caso após caso, níveis extravagantemente altos de açúcar no sangue após o consumo de aveia.
Amaranto e trigo sarraceno são grãos que, para todos os efeitos, são apenas carboidratos. Eles não possuem os efeitos
negativos do trigo. Como a aveia, no entanto, eles elevam os níveis de açúcar no sangue, seguido de todos os efeitos
adversos deste fenômeno (resistência à insulina, glicação nos olhos, cartilagens, artérias e partículas de LDL). Então eu
digo para as pessoas consumirem estes grãos em pequenas quantidades, ou seja, porções de não mais que meia xícara
(cozidas) no contexto de uma dieta com carboidratos limitados (40 a 50 gramas por dia para a maioria das pessoas).
Fat Head: Que tipo de reação o seu livro despertou? Ou ainda é cedo para julgar?
Dr. Davis: A reação tem sido incrível. Nos primeiros 9 dias após o lançamento, Wheat Belly entrou para a lista dos
mais vendidos do The New York Times.
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Mas ainda mais importante para mim, diariamente eu ouço sobre a diferença que esta mensagem está fazendo na vida
das pessoas: perda de peso rápida onde pouca ou nenhuma estava ocorrendo; alívio de dores crônicas; níveis de açúcar
no sangue despencando, etc. O que tem sido especialmente gratificante é que, graças ao feedback instantâneo das
mídias sociais, eu fico sabendo destas histórias apenas dias depois das experiências dos leitores. Mesmo no meu
consultório, eu geralmente espero vários meses para ter o feedback dos resultados dos pacientes livres do trigo. Agora
fico sabendo sobre eles literalmente em dias. A efusão de feedbacks positivos tem sido absolutamente maravilhosa e
reforçou ainda mais a minha convicção que este é um dos maiores problemas de saúde do nosso tempo.
Fat Head: Você ouviu algo dos chamados especialistas que insistem que os grãos integrais são parte de uma dieta
saudável? Eu assumo que você não seja muito popular com esse pessoal atualmente.
Dr. Davis: A nutrição é um tópico importante. Mas é também um tópico surpreendentemente emocional.
Nutricionistas e outros “especialistas” em nutrição tem sido tão profundamente doutrinados no argumento “grãos
integrais são bons” que sua reação instantânea é a raiva, e que isso é uma modinha boba passageira para perda de peso
rápido. Qualquer um que tenha lido o livro percebe que isto é precisamente o que Wheat Belly não é. Ele expõe todas as
coisas que não lhe disseram sobre este grão geneticamente alterado, construído para aumentar o rendimento mas
também aumentar o apetite.
Grupos de comércio de trigo, como a Grain Foods Foundation, emitiram comunicados de imprensa declarando sua
intenção de lançar uma campanha pública para desacreditar a mim e à mensagem que trago com o Wheat Belly. Em
resposta, eu publiquei uma carta aberta que também enviei por diversas mídias, convidando-os a se juntar a mim em
um debate público, com câmeras de TV e tudo; eles ainda não aceitaram o meu convite – e suspeito que nunca
aceitarão. Com o que eu revelei, eu duvido que eles queiram uma exposição pública de todos estes argumentos.
Fat Head: Última pergunta… Agora que o livro foi lançado, você alguma vez perde o sono à noite, pensando se as boas
pessoas da Monsanto e Pillsbury estarão planejando seu sumiço? Porque se eu fosse você, eu evitaria becos escuros por
em tempo.
Dr. Davis: Obrigado pelo aviso, Tom! Esta campanha anti-trigo faz inimigos em algumas forças muito influentes,
incluindo a indústria alimentícia, o agronegócio, grupos de comércio de trigo e, para minha grade surpresa, a indústria
farmacêutica. Eu fiquei chocado recentemente (ainda que eu suponho que não deveria ficar, sabendo do que algumas
pessoas são capazes) de saber que pelo menos um grupo de comércio de trigo é largamente populado por pessoas na
folha de pagamento da indústria farmacêutica. Agora, isso é uma coisa preocupante.
O que me mantém focado na transmissão desta mensagem, no entanto, são as maravilhosas histórias que eu continuo
ouvindo diariamente de pessoas redescobrindo sua saúde perdida, alívio de dores, etc., tudo fazendo o oposto do que
nossas agências oficiais nos dizem para fazer e fugindo para longe dos “saudáveis grãos integrais”.
Fat Head: Muito obrigado pelo tempo cedido para responder nossas questões, Dr. Davis. Eu espero que você venda um
milhão de cópias.
Postado por Jose Carlos Souto às 00:04
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sábado, 14 de janeiro de 2012
Como devo comer? Comida de verdade.
Se eu tivesse que reduzir ao mínimo o conceito da dieta paleolítica low carb (nem toda a dieta páleo precisa ser low
carb - mas se o objetivo é perda de peso, este é o ideal), o conceito todo poderia ser condensado nos seguintes 3 pontos:
1) Evitar açúcar
2) Evitar grãos (e abolir o trigo e seus derivados)
3) Consumir comida de verdade (definiremos melhor este conceito, abaixo)
O que se segue é uma adaptação do excelente blog de Andreas Eenfeldt.
O básico.
Coma: carne, peixes, ovos, vegetais que cresçam acima do solo (um pouco de cenoura ou beterraba ralada é
aceitável) e gorduras naturais (como coco, azeite de oliva, manteiga).
Evite: açúcar e alimentos com amido (como pão, massas, arroz e batatas). Evite especialmente os derivados
de trigo (escreverei o motivo no próximo post)
Coma quando estiver com fome, e até que esteja satisfeito. Não conte calorias, pelo mesmo motivo que você não conta
quantas vezes respira por minuto - contar calorias é um conceito bizarro e ineficaz. E esqueça os produtos
industrializados "low fat" - procure sempre comida de verdade.
Coma o quanto quiser dos seguintes alimentos (menos o milho da foto!)
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Carnes: Qualquer tipo de carne. Carne de gado,
porco, aves, carne de caça. A gordura da carne
não é problema, assim como a pele do frango
(clique aqui para ficar tranquilo em relação à
gordura). Idealmente, os animais devem ter
comido grama e não ração à base de grãos.
Peixes e frutos do mar: Todos os tipos. Peixes
gordurosos como salmão, cavala ou arenque são
ricos em omega-3. Não coma à milanesa, por
causa do trigo.
Ovos: Em todas as suas formas: fervidos,
mexidos, omeletes. Um dos alimentos mais
saudáveis e completos. Contém literalmente
TODOS os nutrientes necessários para produzir
uma ave viva! Se você não consome açúcar e
grãos, seu colesterol não subirá (leia o resto do blog).
Gordura natural: Manteiga, a gordura dos alimentos, azeite de oliva, maionese de azeite de oliva, óleo de
coco. São saborosos e saciantes. Óleos de sementes não são naturais (soja, milho, etc). Muito menos
margarina, gordura vegetal hidrogenada, etc.
Vegetais (saladas): Alface, tomate couve-flor, brócolis, couve, couve de bruxelas, aspargos,
abobrinha, berinjela, azeitonas, espinafre, cogumelos, pepino, cebola, pimentão, e muito mais. E você
pode incrementar com maionese, queijo, ovos picados, bacon, manteiga, etc.
Laticínios: a dieta paleolítica não contém laticínios. O leite puro é mal tolerado por muitas pessoas. A
lactose é um tipo de açúcar que, embora não seja doce, eleva a insulina e sabota a dieta. Assim, deve ser
evitado. Os produtos fermentados (queijo, iogurte natural com gordura, coalhada, manteiga) e os ricos em
gordura (preferencialmente com mais de 40% de gordura, como a nata e a manteiga) podem ser
consumidos por aqueles que não apresentam intolerância aos mesmos.
Nozes: excelente substituto para salgadinhos e pipoca. Inclui noz pecan, castanha do pará, castanha de
cajú, pistache. Contém algum carboidrato, de modo que é bom evitar o excesso. Prefira as nozes in natura.
Evidentemente não estão incluídas nozes com revestimentos açucarados.
Frutas vermelhas: Pobres em açúcar, podem ser consumidas com moderação. Ficam ótimas com nata.
Não Coma:
Açúcar: sem exceções. Refrigerante normal, doces, sucos de fruta, bebidas "energéticas" ou para esportes,
chocolates, bolos e tortas, sorvetes, cereais matinais.
Amido: todos os derivados do trigo (pães, massas, não importa se for integral ou não, se for preto ou
branco, se for de centeio ou de 7 grãos, simplesmente não coma), inclusive produtos em que o trigo não é
evidente (camarão à milaneza tem farinha de trigo, molho branco também). Arroz, batatas, mingaus, aveia,
granolas também são amido. Pão de queijo tem polvilho - amido. Antes que você pergunte, os vegetais
(saladas) contém muito mais fibras e nutrientes do que os grãos.
Margarina: o oposto de comida de verdade. Imitação industrial de manteiga, associada a várias doenças e
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com gosto ruim.
Cerveja: é pão líquido. Cheio de maltose, um açúcar não doce, que eleva a insulina e acumula gordura na
barriga.
Com Moderação
Frutas: As frutas silvestres, que nossos antepassados paleolíticos consumiam, eram pobres em açúcar. As
frutas modernas, cultivadas, foram selecionadas por milhares de anos de agricultura e contém muito mais
açúcar e frutose do que as originais. Mais ou menos como comparar um poodle e um lobo. Assim, se você é
diabético ou tem dificuldade para perder peso, evite o excesso de frutas, especialmente as muito doces. As
frutas vermelhas contém muito pouco açúcar e podem ser consumidas com mais liberalidade. O coco e o
abacate quase não contém açúcar.
Álcool: Não eleva a insulina, portanto não engorda, mas dificulta a perda de peso se consumido em
excesso. Dito isso, o consumo moderado de bebidas alcoólicas sem açúcar (vinho ou espumante seco, por
exemplo) pode ser feito de forma eventual.
Considerações sobre "comida de verdade"
Veja as fotos acima. Estas fotos ilustram o conceito de "comida de verdade" ("real food"). Se eu perguntar
como se faz um bife com ovo, a reposta é "faça um bife e um ovo na chapa e junte os dois". Mas se eu
perguntar como se faz Sucrilhos, ou um salgadinho Cheetos? Tenho até medo de saber a resposta. É preciso
uma fábrica, processos industriais, corantes, conservantes, enfim, não é comida de verdade. Se você
espremer uma azeitona, você produzirá azeite de oliva extra-virgem. Mas você precisa de uma planta
industrial para produzir e destilar óleo de soja, algodão ou milho. Se você deixar o leite talhar, você terá um
iogurte. Mas a maioria do que se vende como iogurte no supermercado é na verdade uma "bebida láctea" na
qual a gordura foi removida e, para que não fique sem gosto, a "coisa" é engrossada com "goma xantana",
lecitina de soja, leite em pó, estabilizantes, corantes, aromatizantes e finalmente recebe um rótulo com a
foto de uma fruta. Como regra geral, comida de verdade é um produto que deve ser consumido fresco, se
não estraga. Desconfie de todos os alimentos processados que venham dentro de uma embalagem, com
rótulo e ingredientes impronunciáveis.
Postado por Jose Carlos Souto às 12:44
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quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
A dieta de baixo carboidrato (portanto alta gordura) é segura?
Já vimos que restringir a gordura na dieta não reduz a mortalidade. Mas qual a evidência de que uma dieta low
carb/high fat (baixo carboidrato, alta gordura) não é perigosa? Afinal, há 40 anos somos bombardeados justamente
com o conselho oposto. Mas, e a ciência, afinal, o quê diz?
Já vimos que, do ponto de vista evolutivo, a dieta low carb/high fat é a que mais se aproxima daquela a que nossos
genes foram expostos durante 99,5% de sua evolução. Mas, em medicina, o que mais importa são os estudos
prospectivos randomizados, ou seja, aqueles em que pacientes são sorteados para uma intervenção ou outra, e depois
de algum tempo os resultados são comparados. Os seguintes estudos mostram não apenas perda de peso, mas também
melhora nos fatores de risco para doenças cardiovasculares. Isto mesmo, você leu bem, uma dieta rica em
gorduras mas pobre em carboidratos produz queda nos triglicerídeos, aumento do HDL ("colesterol
bom"), queda da glicemia (açúcar no sangue) e queda da pressão.
1. Brehm BJ, et al. A Randomized Trial Comparing a Very Low Carbohydrate Diet and a Calorie-Restricted Low Fat Diet
on Body Weight and Cardiovascular Risk Factors in Healthy Women. J Clin Endocrinol Metab 2003;88:1617–1623.
2. Samaha FF, et al. A Low-Carbohydrate as Compared with a Low-Fat Diet in Severe Obesity. N Engl J Med
2003;348:2074–81.
3. Sondike SB, et al. Effects of a low-carbohydrate diet on weight loss and cardiovascular risk factor in overweight
adolescents. J Pediatr. 2003 Mar;142(3):253–8.
4. Aude YW, et al. The National Cholesterol Education Program Diet vs a Diet Lower in Carbohydrates and Higher in
Protein and Monounsaturated Fat. A Randomized Trial. Arch Intern Med. 2004;164:2141–2146.
5. Yancy WS Jr, et al. A Low-Carbohydrate, Ketogenic Diet versus a Low-Fat Diet To Treat Obesity and Hyperlipidemia.
A Randomized, Controlled Trial. Ann Intern Med. 2004;140:769–777.
6. Gardner CD, et al. Comparison of the Atkins, Zone, Ornish, and learn Diets for Change in Weight and Related Risk
Factors Among Overweight Premenopausal Women. The a to z Weight Loss Study: A Randomized Trial. JAMA.
2007;297:969–977.
7. Daly ME, et al. Short-term effects of severe dietary carbohydrate-restriction advice in Type 2 diabetes–a randomized
controlled trial. Diabet Med. 2006 Jan;23(1):15–20.
8. Westman EC, et al. The effect of a low-carbohydrate, ketogenic diet versus a low- glycemic index diet on glycemic
control in type 2 diabetes mellitus. Nutr. Metab (Lond.)2008 Dec 19;5:36.
Estes estudos mostram não apenas que a dieta low carb/ high-fat é saudável; na verdade, os estudos
mostram que ela é MAIS saudável do que as dietas com pouca gordura. Ainda cético? Leia os artigos acima.
O mais fascinante deles, na minha opinião, é o estudo número 6. O Dr. Gardner (que é vegetariano) admite
constrangido que não há como negar que a dieta Atkins (restrição severa de carboidratos e consumo liberal de
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gorduras, inclusive saturadas) foi a melhor em todos os aspectos: o dobro da perda de peso e os melhores índices de
saúde cardiovascular. Trata-se de estudo prospectivo, randomizado, com mais de 300 mulheres obesas, conduzido pela
Universidade de Stanford, a um custo de 2 milhões de dólares.
Veja o press release do estudo aqui.
Veja, abaixo, o vídeo no qual o autor explica em detalhes os resultados:
Postado por Jose Carlos Souto às 21:18
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Os estudos científicos confirmam a eficácia de cortar carboidratos
A grande popularidade de várias dietas low carb (Atkins, South Beach, etc), bem como de best sellers
como "Protein Power" (livo excelente, aliás), já nos dá uma dica que tais dietas são eficazes. No
entanto, tenho a pretensão de que este blog tenha um cunho científico, de modo que a "popularidade"
da dieta não será nosso critério. Vamos então analisar o que a literatura médica nos diz a respeito de 2
aspectos-chave:
1) A dieta low-carb/paleo é eficaz para perda de peso?
2) A dieta low-carb/paleo é segura do ponto de vista de saúde cardiovascular?
A resposta à primeira questão é um inequívoco SIM. Em todos os estudos nos quais uma dieta de
restrição de carboidratos, isto é, restrição de açúcar e amido (farinha e derivados como pão e massa,
além de batatas e arroz) foi comparada com outras dietas, o resultado foi sempre favorável à
restrição de carboidratos.
Você não precisa acreditar no que eu digo. Eis uma lista de 18 estudos da melhor qualidade
(prospectivos, randomizados). Em TODOS a restrição de carboidratos foi a melhor abordagem (lista
compilada pelo Dr. Andreas Eenfeldt em seu excelente blog)
1. Shai I, et al. Weight loss with a low-carbohydrate, mediterranean, or low-fat diet. N Engl J Med
2008;359(3);229–41.
2. Gardner CD, et al. Comparison of the Atkins, Zone, Ornish, and learn Diets for Change in Weight and
Related Risk Factors Among Overweight Premenopausal Women. The a to z Weight Loss Study: A
Randomized Trial. JAMA. 2007;297:969–977.
3. Brehm BJ, et al. A Randomized Trial Comparing a Very Low Carbohydrate Diet and a Calorie-Restricted Low
Fat Diet on Body Weight and Cardiovascular Risk Factors in Healthy Women. J Clin Endocrinol Metab
2003;88:1617–1623.
4. Samaha FF, et al. A Low-Carbohydrate as Compared with a Low-Fat Diet in Severe Obesity. N Engl J Med
2003;348:2074–81.
5. Sondike SB, et al. Effects of a low-carbohydrate diet on weight loss and cardiovascular risk factor in
overweight adolescents. J Pediatr. 2003 Mar;142(3):253–8.
6. Aude YW, et al. The National Cholesterol Education Program Diet vs a Diet Lower in Carbohydrates and
Higher in Protein and Monounsaturated Fat. A Randomized Trial. Arch Intern Med. 2004;164:2141–2146.
7. Volek JS, et al. Comparison of energy-restricted very low-carbohydrate and low-fat diets on weight loss and
body composition in overweight men and women. Nutrition & Metabolism 2004, 1:13.
8. Yancy WS Jr, et al. A Low-Carbohydrate, Ketogenic Diet versus a Low-Fat Diet To Treat Obesity and
Hyperlipidemia. A Randomized, Controlled Trial. Ann Intern Med. 2004;140:769–777.
9. Nichols-Richardsson SM, et al. Perceived Hunger Is Lower and Weight Loss Is Greater in Overweight
Premenopausal Women Consuming a Low-Carbohydrate/High- Protein vs High-Carbohydrate/Low-Fat Diet. J
Am Diet Assoc. 2005;105:1433–1437.
10. Krebs NF, et al. Efficacy and Safety of a High Protein, Low Carbohydrate Diet for Weight Loss in Severely
Obese Adolescents. J Pediatr 2010;157:252-8.
11. Summer SS, et al. Adiponectin Changes in Relation to the Macronutrient Composition of a Weight-Loss
Diet. Obesity (Silver Spring). 2011 Mar 31. [Epub ahead of print]
12. Halyburton AK, et al. Low- and high-carbohydrate weight-loss diets have similar effects on mood but not
cognitive performance. Am J Clin Nutr 2007;86:580–7.
13. Dyson PA, et al. A low-carbohydrate diet is more effective in reducing body weight than healthy eating in
both diabetic and non-diabetic subjects. Diabet Med. 2007 Dec;24(12):1430-5.
http://www.lowcarb-paleo.com.br/2012_01_01_archive.html
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14. Keogh JB, et al. Effects of weight loss from a very-low-carbohydrate diet on endothelial function and
markers of cardiovascular disease risk in subjects with abdominal obesity. Am J Clin Nutr 2008;87:567–76.
15. Volek JS, et al. Carbohydrate Restriction has a More Favorable Impact on the Metabolic Syndrome than a
Low Fat Diet. Lipids 2009;44:297–309.
16. Partsalaki I, et al. Metabolic impact of a ketogenic diet compared to a hypocaloric diet in obese children and
adolescents. J Pediatr Endocrinol Metab. 2012;25(7-8):697-704.
17. Daly ME, et al. Short-term effects of severe dietary carbohydrate-restriction advice in Type 2 diabetes–a
randomized controlled trial. Diabet Med. 2006 Jan;23(1):15–20.
18. Westman EC, et al. The effect of a low-carbohydrate, ketogenic diet versus a low- glycemic index diet on
glycemic control in type 2 diabetes mellitus. Nutr. Metab (Lond.)2008 Dec 19;5:36.
Não se trata de citação seletiva. Se você conhece algum estudo em que o
resultado seja diferente, por favor me envie a referência - até onde eu
saiba, NÃO EXISTE NENHUM estudo em que low carb não seja superior.
A segunda questão, quanto à segurança cardiovascular, é abordada na próxima postagem, bem como
nesta outra.
Postado por Jose Carlos Souto às 20:41
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domingo, 1 de janeiro de 2012
A dieta paleolítica
Paleolítico refere-se ao período anterior à invenção da agricultura. Como vimos no post anterior, esta é a dieta à qual
nossa espécie está geneticamente adaptada. Da mesma forma que estamos geneticamente adaptados à gravidade da
terra, à concentração de oxigênio da nossa atmosfera, à temperatura do nosso paneta, pois estas são as condições que
estavam presentes durante a nossa evolução, a dieta com a qual evoluímos moldou nossos genes.
Não existe um único tipo de dieta paleolítica. Hominídeos nômades vagaram pela áfrica, e posteriormente por todos os
continentes, comendo aquilo que estava disponível. No litoral, isso significava um predomínio de pesca. Nas savanas,
um predomínio de caça. Na maioria dos lugares, era suplementada com vegetais, frutas silvestres e raízes, além de
insetos e larvas. Em locais como o círculo polar ártico, praticamente não havia vegetais disponíveis por pelo menos 6
meses. Em ilhas do pacífico, o coco chegava a compor mais da metade do consumo calórico. Assim, não há uma dieta
paleolítica, mas várias. Mais importante do que as diferenças entre estas dietas, é o que todas têm em comum: a
ausência de produtos refinados, alimentos processados e grãos.
É evidente que alimentos processados, açúcar, refrigerante e batatas fritas não faziam parte da dieta ancestral. O que
não é tão intuitivo assim é a ausência de grãos. Afinal, o pão está presente no quadro da Última Ceia, sabemos que o
trigo acompanha a civilização deste sempre. Mas, como vimos no post anterior, a agricultura e a civilização ocupam
apenas as útimas 36 horas do calendário da nossa evolução. 10 mil anos são apenas 300 gerações. O que é o mesmo
que nada do ponto de vista evolutivo.
Assim, com todas as variações geográficas e culturais, em pinceladas gerais podemos descrever da seguinte
forma uma dieta paleolítica:
- Ausência de grãos
- Ausência de açúcar
- Ausência de laticínios
- Ausência de alimentos processados
A dieta paleolítica precisa ser adaptada aos tempos modernos. Afinal, é pouco provável que maioria de nós pretenda
consumir insetos e larvas ou caçar os animais selvagens com as próprias mãos.
A grande proporção de pessoas intolerantes à lactose atesta nosso despreparo evolutivo para lidar com laticínios após a
primeira infância. No entanto, para aquelas pessoas que não apresentam tal intolerência, os laticínios fermentados não
parecem apresentar maiores problemas.
Os graves problemas associados ao consumo de carboidratos atestam nosso despreparo evolutivo para lidar com essa
classe de macronutrientes, que era escassa durante 99,5% da nossa evolução. O fato de que podemos sintetizar todos os
carboidratos de que necessitamos a partir de proteínas e triglicerídeos também sublinha a ausência eventual dos
mesmos em nosso passado paleolítico.
Os problemas associados ao consumo de grãos, além do fato de serem a maior fonte de carboidratos da vida moderna,
são um capítulo à parte. Eu afirmo, sem sombra de dúvida, que a simples eliminação total dos grãos (pão,
massa, farinha, biscoitos, etc, enfim uma dieta livre de glúten) fornece talvez 70% de todo o benefício
de uma dieta paleolítica (em termos não apenas de perda de peso, mas de controle de síndrome metabólica e de
patologias auto-imunes). Falaremos mais sobre isso nos posts seguintes.
Postado por Jose Carlos Souto às 12:23
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alguma das opiniões aqui expressas, faça-o com o conhecimento de seu médico.
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