not í ciasda

Transcrição

not í ciasda
N O T Í C I A S
D A
India
Vol. 4 Número 5
Aumento nas vendas
de computadores P6
Destaques do
orçamento 2010-11
Salários anuais até INR 160.000
isentos de imposto de renda, imposto de 10% para salários até INR
500.000
Formulários TI simplificados para
contribuintes individuais
Aumento de 2% nos impostos sobre
grandes automóveis e SUVs, passando para 22%
Aumento de impostos sobre cigarros, charutos e tabaco de mascar
Imposto sobre o setor de serviços
mantido em 10% para auxiliar a introdução do GST, mais serviços serão
tributados
Diminuição parcial na redução do
imposto central
Esperança de ultrapassar a marca de
10% de crescimento num futuro não
muito distante
Governo fixou etapas para derrubar a
inflação sobre alimentos
Necessidade de rever pacote de estímulo e ampliar o crescimento
Déficit fiscal vai diminuir para 5,5%
em 2010-11
Governo empenhado ativamente na
finalização da estrutura do regime
geral de impostos a ser implementado em 1 de abril de 2011
Implementação do código de impostos diretos em 1 de abril de 2011
Política de IDE será de fácil utilização com um documento abrangente
INR 350 bilhões arrecadados a partir
do desinvestimento em 2009-10;
será maior ainda em 2010-11
Novos bancos como Indian Banking
Association vão dar licenças adicionais para operadores privados
Provisão de capital adicional para
bancos rurais regionais
Conselho de estabilidade financeira
do nível do apex será criado para o
setor bancário
Despesas em 2010-11 estimadas em
INR 11187.49 bilhões
Projeto de Lei de Segurança
Alimentar em domínio público
46% dos recursos do plano em 201011 serão para desenvolvimento de
infra-estrutura
Fundo de Energia Limpa Nacional
será criado
Governo comprometido com o
crescimento das SEZs
Estratégia de quatro vertentes para
crescimento do setor agrícola
O desafio atual é reverter rapidamente para 9% de crescimento e, em
seguida, apontar para um crescimento de dois dígitos
Segundo desafio é tornar crescimento mais inclusivo e reforçar segurança alimentar
1° de março de 2010
Uma Publicação da Embaixada da Índia, Brasília
Indústria automobilística:
projetada para
excelência
P7
Pior já passou, Índia está pronta para
crescimento elevado e inclusivo: Mukherjee
pós dois anos difíceis para a economia indiana, o pior já passou e o
país está retomando o caminho de
um crescimento elevado, com confiança
renovada e, até mesmo, uma expansão de
dois dígitos, disse o Ministro das Finanças,
Pranab Mukherjee, ao apresentar o
Orçamento da União para 2010-11 no dia
26 de fevereiro. “Hoje, diante de vocês,
posso dizer com confiança que resistimos
muito bem à crise,” disse Mukherjee na Lok
Sabha, a câmara baixa do parlamento.
O Ministro das Finanças propôs uma
isenção fiscal para os contribuintes
individuais. Um aumento impoatante nos
regimes de assistência social e de
infraestrutura são alguns dos pontos altos
do orçamento da União.
“Isso não quer dizer que os desafios atuais sejam menos importantes do que há
nove meses, quando a Aliança Progressiva
Unida (UPA em inglês) foi eleita e assumiu
o poder.” O Ministro das Finanças propôs a
seguinte tabela para os contribuintes individuais: sem taxas para vencimentos de até
INR 160.000, uma taxa de 10% para até
INR 500.000, 20% para até INR 800.000
e, finalmente, 30% para rendas altas.
“A proposta de reduzir os impostos irá
beneficiar 60% dos contribuintes,” disse
ele acrescentando que propôs a elevação
do imposto alternativo mínimo (MAT) para
18% dos lucros de contabilidade em com-
A
O Ministro das Finanças, Pranab Mukherjee,
chegando no Parlamento para apresentar o
Orçamento Geral de 2010-11, em Nova
Delhi.
paração aos atuais 15%.
Mukherjee, disse que 46% do plano de
alocações serão reservados à infra-estrutura, com um aumento de gastos para o
desenvolvimento rural e urbano, como
também para a educação e saúde. Ele também prometeu implementar as normas de
impostos diretos em abril do próximo ano,
assegurando em breve uma política de
investimento estrangeiro simplificado.
Ao mesmo tempo, ele destinou um
menor déficit fiscal de 5,5% do produto
interno bruto para o próximo exercício fiscal, contra a estimativa orçamental de 6,8%
para este exercício, e prometeu baixar
ainda mais para 4,8% e 4,1% nos próximos
dois anos. Mukherjee disse que ainda hoje
persistem três desafios enfrentados no ano
passado, ou seja, voltar rapidamente a um
crescimento de 9%, ultrapassando a expansão de dois dígitos, com um crescimento
mais inclusivo, desenvolver a infra-estrutura e fortalecer a segurança alimentar.
“Esperamos ir além da marca de crescimento de 10% num futuro não muito distante,” disse ele acrescentando que o governo vai rever os estímulos fiscais para
ampliar o crescimento do país. Ele também
disse que o governo arrecadou US$ 7 bilhões por meio de alienação de participação em empresas do setor público.
Nesse ínterim, o Primeiro Ministro Dr.
Manmohan Singh elogiou o Ministro das
Finanças Pranab Mukherjee pelo orçamento, descrevendo-o como uma combinação
perfeita que permite o crescimento e mantém os requisitos da consolidação do
déficit fiscal.
O Ministro do Interior P. Chidambaram
descreveu o orçamento como um “esforço
equilibrado” marcado por uma decisão
responsável do estado da economia e das
medidas necessárias “para sustentar um
crescimento elevado e inclusivo”.
Índia pode se tornar a maior economia com
crescimento acelerado em quatro anos
om o aumento do Produto
Interno Bruto (PIB) para dois
dígitos, a Índia vai se tornar a
maior economia mundial com crescimento acelerado até 2014, mesmo se a
espiral de preços continua sendo uma
preocupação imediata, de acordo com
Economic Survey, para este exercício
fiscal. “É perfeitamente possível que a
Índia atinja o domínio rarefeito do
crescimento de dois dígitos e se torne
a maior economia mundial com crescimento acelerado nos próximos quatro
anos,” relatou a pesquisa. “O PIB indiano deve crescer cerca de 8,5%, com
uma recuperação completa, ultrapassando a marca de 9% em 2011-12,” de
acordo com a pesquisa apresentada
pelo Ministro das Finanças, Pranab
Mukherjee na Lok Sabha, em 25 de
fevereiro. “É sensato esperar que a
economia retome o caminho de um
crescimento robusto de cerca de 9%,
C
Destaques da Pesquisa Econômica
Melhorar a produção de alimentos, produtivi-
dade e gestão de estoques
Estoque adequado de cereais para atender às
exigências no âmbito de regimes de bem-estar
durante o atual exercício fiscal
Melhor perspectiva para o setor comercial
indiano em 2010
Crédito bancário para o setor comercial confirma retomada desde novembro 2009
Aumento de 500.000 empregos no trimestre
julho-setembro em relação ao primeiro
trimestre do atual exercício fiscal
Indústrias primárias, serviços de infra-estrutura mostram sinais de recuperação em meio ao
crescimento industrial global
Produto interno bruto deve crescer de 8,25 a
8,75% em 2010-11
Crescimento econômico durante 2011-12 pode
ultrapassar 9%
como antes da desaceleração causada
pela crise global em 2008.”
A pesquisa disse que os fundamentos econômicos da Índia permanecem
fortes, incluindo uma poupança elevada e uma alta taxa de investimento das
empresas, a entrada de empresas
nacionais no espaço global e o retorno
sonhado para o setor de serviços.
Mas a agricultura continua a ser
motivo de preocupação, mesmo permanecendo o esteio da economia indiana. “Não há necessidade de empreender iniciativas políticas sérias para
alcançar o objetivo do governo de
crescimento sustentado de 4% neste
setor... A natureza amplamente estrutural dos déficits fiscais da Índia, os
níveis de recuperação da economia e a
sustentabilidade da recuperação sem
estímulo fiscal exigem a retomada do
processo de consolidação fiscal de
forma gradual,” disse a pesquisa.
2 FOCO Índia
NOTÍCIAS DA
Índia
Governo trabalha para cumprir promessa de crescimento inclusivo
o dia 22 de fevereiro, a Presidente Pratibha
Devisingh Patil disse que seu governo estava
trabalhando “única e exclusivamente” para
cumprir a promessa de crescimento destinada
ao homem comum. “Desde que assumiu o cargo em maio
de 2009, meu governo tem trabalhado de forma obstinada para ampliar as realizações do mandato anterior e
cumprir a promessa de um crescimento mais rápido e
inclusivo,” disse a Presidente, na sessão conjunta do
Parlamento no dia da abertura da sessão orçamental.
Trechos do discurso da Presidente:
“Meu governo foi eleito para executar um mandato bem
definido de proteger e aprofundar os valores do pluralismo
e secularismo, e garantir o rápido crescimento com justiça
e equidade para todos. Desde que assumiu as funções em
maio de 2009, meu governo tem trabalhado de forma
obstinada para ampliar as realizações do mandato anterior
e cumprir a promessa de um crescimento mais rápido e
inclusivo. O homem comum foi e continua sendo o centro
desta promessa”.
Meu governo optou por uma abordagem atenta e sensível para lidar com os problemas econômicos e sociais imediatos, tem tomado medidas para reforçar a segurança da
nação e levado adiante nossos interesses nacionais envolvidos pró-ativamente com a comunidade global.
A desaceleração econômica global foi seguida por fortes
políticas com o objetivo de administrar um estímulo para a
economia nacional, produzindo resultados consideráveis.
O crescimento econômico, que caiu para 6,7% em 200809, deve melhorar para cerca de 7,5% em 2009-10. No
momento em que os países industrializados experimentam
um crescimento negativo, a Índia continua a crescer com
um ritmo impressionante.
Esperamos certamente melhorar ainda mais nossa per-
N
formance de crescimento em 2010-11. Meu governo terá
como objetivo uma taxa de crescimento acima de 8% em
2010-11 procurando atingir um crescimento de 9% em 201112. Vamos nos concentrar no desenvolvimento de infraestrutura, agricultura e desenvolvimento rural, educação e
saúde e garantir que o processo de crescimento seja suficientemente sensível às preocupações e ao bem-estar das
camadas mais vulneráveis da sociedade.
Meu governo tomou diversas medidas para enfrentar o
desafio das mudanças climáticas. O Plano Nacional sobre
Mudanças Climáticas está sendo operacionalizado. A
Missão Solar Nacional Jawahar Lal Nehru foi lançada com
uma ambiciosa meta de 20.000 megawatts de energia solar
até 2022. Para garantir o escoamento rápido e eficaz dos
processos cíveis relativos à proteção do ambiente e conservação de florestas, foi introduzida uma Lei denominada
National Green Tribunal Bill de 2009.
Com vistas a cumprir o objetivo de “Energia para Todos”
até 2012, como indicado na Política Nacional de
Eletricidade, um esforço especial foi feito para incentivar a
expansão da capacidade de geração de eletricidade. Como
resultado, durante o primeiro ano do 11º Plano Quinquenal,
esperamos adicionar três vezes mais da capacidade que foi
adicionada no 10º Plano.
Meu governo anunciou um salto quântico no ritmo de
desenvolvimento das rodovias nacionais para atingir 20 km
por dia. Várias iniciativas políticas foram tomadas para
criar um ambiente propício. Há um novo impulso no
desenvolvimento das rodovias nacionais.
A expansão e modernização dos aeroportos, especialmente nos aeroportos de quatro metrópoles, estão progredindo bastante. O projeto do aeroporto de Delhi deve
ser plenamente operacional em julho de 2010, bem a
tempo para os Jogos da Commonwealth.
Fizemos nosso papel nos assuntos globais com responsabilidade e na busca da paz, estabilidade e progresso em
nossa região e além dela. O governo vai prosseguir a
colaboração ativa com o mundo, baseada nos princípios
estabelecidos por nossos fundadores, e com o objetivo de
promover os objetivos de um desenvolvimento econômico
rápido e abrangente e redução da pobreza num mundo
cada vez mais interdependente. Vamos construir nossa
gradual expansão de cooperação com a América Latina.
As perspectivas da Índia sobre os desafios globais como
o terrorismo, segurança energética e alimentar, mudanças
climáticas e a crise financeira e econômica internacional
foram articuladas de forma inequívoca nos fóruns adequados. A questão da reforma das instituições de governança
global foi levada ao primeiro plano na agenda internacional. A posição da Índia foi considerada com respeito no
processo do G-20, do G-8 plus, na Cúpula do G-5, e na
Conferência das Mudanças Climáticas, realizada em
Copenhague.”
Shree Renuka firma acordo com usineiro brasileiro
hree Renuka Sugars (SRSL) assinou
um acordo com a empresa brasileira
Grupo Equipav para um investimento
de US$ 329 milhões e uma participação de
controle majoritário de 51%, declarou um
alto executivo da empresa.
“Concluímos um acordo definitivo com o
Grupo Equipav, por um investimento de
US$ 329 milhões levando a uma participação de controle majoritário de 51%.
Equipav é uma das maiores empresas de
açúcar/etanol do Brasil,” disse Vidhya
Murkumbi, presidente de Shree Renuka
Sugars.
A empresa brasileira tem duas grandes e
modernas usinas de açúcar/etanol com
instalações integradas de co-geração em
São Paulo com uma capacidade de
moagem de cana combinada de 10,5 milhões de toneladas por ano. Shree Renuka
Sugars vai conseguir uma participação
majoritária de 50,79% até maio de 2009 e
a participação no balanço da empresa deve
S
ser realizada pelo grupo fundador Equipav.
A aquisição será financiada através de
INR 5 bilhões arrecadados pela empresa
através de QIP no ano passado e de INR
1,85 bilhão proveniente da conversão de
garantias em capital próprio. O montante
base virá apenas das reservas internas,
disse Murkhumbi.
Equipav tinha uma dívida líquida de
cerca de US$ 822 milhões em dezembro
de 2009.
O acordo está sujeito à aprovação de um
pacote aceitável de reestruturação da dívida pelos credores da empresa e algumas
outras condições usuais para operações
desta natureza. Com este negócio, Shree
Renuka Sugars vai se tornar o maior operador de açúcar no país e o terceiro maior
operador de açúcar e etanol do mundo.
O Brasil é o maior produtor e exportador
mundial de açúcar e a Índia é o maior consumidor de açúcar do mundo.
“Esta aquisição vai multiplicar significativamente a presença da SRSL no centro-sul
do Brasil e aumentar a competitividade e o
volume no negócio global de açúcar. Este
investimento vai permitir a construção de
um negócio global de açúcar e etanol combinando as áreas de produção expansível e
de melhor custo, juntamente com uma presença de liderança nos maiores mercados
de etanol e açúcar do mundo,” disse
Narendra Murkumbi, diretor executivo da
Shree Renuka Sugars.
NMDC quer participação de US$ 2,5 bilhões em mina brasileira
estatal NMDC (National Mineral
Development Corporation) procura
ativos no exterior e pode adquirir
uma participação no Brasil. NDMC já havia
firmado um acordo com o grupo Ferrous
para desenvolver um investimento mineiro
de US$ 2,5 bilhões. A empresa indiana
pretende adquirir seis propriedades,
incluindo as minas brasileiras de Ferrous,
com sede no Reino Unido, no qual pode
obter uma participação de 50%.
“Até agora, a empresa já recebeu apresentações sobre seis ativos de mineração
mundial, incluindo as minas brasileiras de
Ferrous,” disse um executivo.
O maior produtor indiano de minério de
A
ferro fechou recentemente um acordo de
confidencialidade com Ferrous Group para
o desenvolvimento do projeto brasileiro de
mineração, disse o executivo. O grupo tem
propriedades nos EUA, Canadá e Brasil.
O empreendimento brasileiro deve ser
um projeto de mineração integrada, que
inclui o desenvolvimento de infra-estru-
turas como estradas e portos para transportar o minério de ferro extraído das jazidas. O investimento será de US$ 2,5 bilhões e deve combinar dívida com capital
acionário, disse o executivo, acrescentando
que os detalhes financeiros do acordo não
tinham sido concluídos. Segundo ele, as
empresas planejam explorar, nas duas
minas brasileiras situadas perto de Brasília,
50 milhões de toneladas de minério de
ferro que podem ser vendidas.
Além do minério de ferro, o líder de
mineração é parte de um veículo para fins
especiais International Coal Ventures Ltd,
que explora propriedades térmicas de
carvão e coque no exterior.
Países do BRIC
lideram programa de
governança corporativa
papel das economias BRIC (Brasil,
Rússia, Índia e China) na nova
ordem global domina o programa da
cúpula mundial deste ano sobre governança corporativa a ser realizada em
Toronto, no Canadá, em junho.
A cúpula de três dias será realizada a
partir de 7 de junho, afirmou o organizador do evento, International Corporate
Governance Network (ICGN), em
Toronto, no dia 25 de fevereiro.
Com mais de 450 membros, líderes de
governança corporativa em 45 países, o
ICGN visa elevar os padrões mundiais de
governança corporativa. A maioria de
seus membros são investidores institucionais com gestão de fundos que totalizam US$ 9,5 trilhões. Com o tema “The
Changing Global Balances,” a cúpula vai
debater a importância da boa governança
corporativa no contexto da crise global.
A cúpula vai incidir também sobre o
papel dos BRICs na promoção de boas
empresas na ordem econômica mundial
emergente. “A cúpula deste ano vai
reunir os líderes mundiais em questões
de governança corporativa para analisar
novas tendências que surgem nos mercados de capitais globais — incluindo a
emergência dos países BRIC — e os
impactos na promoção da boa governança corporativa a partir de uma perspectiva global,” disse David Beatty, copresidente da conferência.
Mais de 60 palestrantes de 30 principais mercados vão falar sobre assuntos
que vão desde a influência das economias dos países BRIC e o impacto sobre
a governança de estilo ocidental, à
evolução dos mercados de capitais e as
ameaças à boa governança corporativa.
O
NOTÍCIAS DA
A
Media MONITOR 3
Índia
HISTÓRIA
DA ÍNDIA NA
MÍDIA GLOBAL
Precisa-se de vilarejo: aumento do BPO rural
os últimos anos, o setor indiano
de terceirização de processos
empresariais (BPO), avaliado em
US$ 14 bilhões, parece ter perdido a
batalha do aumento de custos. O aumento dos preços dos bens imóveis em zonas
urbanas está fora de controle. Essa situação excepcional trouxe não apenas
aumentos de salários, mas também
maiores despesas de contratação e treinamento. A solução: criar centros de BPO
em zonas rurais onde os custos iniciais
são baixos e a fidelidade dos empregados
é alta. Embora algumas unidades rurais de
BPO tenham confirmado as expectativas,
há ainda muitos obstáculos que impedem
que o setor rural de BPO faça parte da
próxima história de sucesso da Índia,
incluindo a falta de infra-estrutura elétrica, de rede Internet banda-larga e as dúvidas do mercado quanto à capacidade dos
centros de BPO rurais de competir com
seus pares urbanos mais tradicionais.
“Você realmente acredita que as mulheres possam trabalhar com computadores?” Foi o que os homens perguntaram
quando Source for Change — um projeto
da Fundação Piramal de Mumbai — criou
o centro de BPO inteiramente feminino
no pequeno vilarejo de Bagar, no estado
indiano do Rajastão. O ceticismo permaneceu mesmo depois que ‘Source for
Change’ selecionou 10 mulheres dos 25
candidatos em agosto de 2007.
Mais de dois anos mais tarde, alguns
homens aparecem sem aviso prévio na
casa reformada que abriga o centro de
treinamento e a sede social de ‘Source for
Change’. Não são mais os maridos e pais
desconfiados do início. Pelo contrário,
N
eles estão procurando empregos para
mulheres de sua família. “Os homens se
deram conta que oferecemos os dois símbolos de maior prestigio social aqui: o
inglês e os computadores,” disse Karthik
Raman, diretor de Source for Change.
“Algumas mulheres que trabalham aqui
ganham mais do que os homens na
família. Agora, elas podem ser ouvidas.”
Tendo em vista os apoios dados pelos
governos estaduais e os empresários, os
centros rurais de BPO vieram para ficar.
Não há ainda estáticas oficiais — a
Associação Indiana das Empresas de
Software e Serviços (Nasscom) começou
uma coleta de dados — porém os observadores concordam que há mais de 100
unidades atuando na Índia, a maior parte
com menos de três anos de existência.
Trata se de uma evolução positiva, afirma Raju Bhatnagar, vice-presidente
responsável pelas relações com governo e
BPOs na Nasscom. “Há uma tremenda
oportunidade para serviços nacionais
vocais (centro de chamadas) e não-vocais
como também comunicações não-vocais
internacionais.
A Nasscom dá preferência ao termo
“não-urbano” em vez dos termos “vilarejo” ou “rural”, associados com “atraso”
pelos clientes. “É uma questão semântica,
embora essa mudança terminológica não
pareça ter ajudado a superar os preconceitos,” disse Bhatnagar.
Alguns centros de BPO atuam em edifícios sem ar-condicionado que desempenham também as funções de escolas e
locais para casamentos. Os empregados
sentam-se em cadeiras de plástico que
podem ser empilhadas. Outros centros
possuem escritórios modernos com controle de acesso biométrico e chefes de
equipe que completaram estudos de pósgraduação. O elemento comum é a localização das empresas em comunidades
semi-urbanas e rurais afastadas das
metrópoles, tais como Ethakota no estado
de Andhra Pradesh, Munnar no estado de
Kerala e Shiggaon no estado de
Karnataka. Mais da metade dos empregados são mulheres e todas têm idades
entre 19 a 35 anos.
Por que os BPOs não-urbanos se
desenvolvem tanto? “Para aliviar a excessiva pressão dos custos operacionais no
mercado nacional de BPO” disse Gaurav
Gupta, chefe da divisão indiana da consultoria global Everest Group.
Nos últimos anos, o setor indiano de
BPO, avaliado em US$ 14 bilhões, parece
ter perdido a batalha do aumento de custos. Para conter os gastos trabalhistas,
muitas empresas querem ampliar o
número de empregados no interior do
país, mas se deram conta que menos de
um terço dos candidatos pré-selecionados se recusam a continuar o processo de
contratação até o final. Raman Roy, presidente diretor geral da empresa de BPO
Quattro aponta que a oferta de postos de
trabalhos no setor de BPO mudou nos
últimos anos. “60 a 70% das contratações
ocorrem em cidades pequenas onde, até
agora, não havia BPO.”
Para ler a história completa, acesse:
http://online.wsj.com/article/SB12668257
8363549633.html?KEYWORDS=India
Wipro entra no jogo da computação em nuvem
terceira maior empresa indiana de
tecnologia da informação, Wipro
Technologies, está desenvolvendo
uma importante pesquisa tecnológica em
Bangalore. Cerca de 500 funcionários
estão interligados numa “nuvem informativa” — conjunto de serviços e softwares
acessíveis por redes — a fim de conduzir
um projeto piloto para avaliar uma tecnologia que pode mudar o setor de terceirização de serviços de TI.
O projeto piloto revelou que se, no passado, eram necessários 43 dias para um
funcionário montar um projeto, incluindo
servidores de dados e contratação de pessoal, a computação em nuvem permite
hoje fazer o mesmo em 36 minutos, disse
Girish Paranjipe, vice-diretor executivo da
Wipro. É preciso apenas uma senha para
disponibilizar a capacidade de computação
e os softwares necessários na nuvem.
“O potencial é enorme,” disse Paranjipe.
A computação em nuvem — a aquisição
PASSANDO EM REVISTA
A
de capacidade de computação, serviços e
aplicações na Internet por parte de empresas de terceirização — está se tornando o
novo campo de batalha entre as empresas
indianas e as empresas globais do setor.
Os grupos indianos Tata Consultancy
Services, Infosys Technologies e Wipro
lideram um setor cujas exportações de
serviços devem atingir US$ 56 bilhões em
março de 2011, 13% acima do ano anterior.
Os principais operadores internacionais do
setor de terceirização são as norte-americanas IBM e Accenture e a francesa Cap
Gemini. Até hoje, o típico cliente destas
empresas compra e gerencia sua própria
infra-estrutura de hardware e software. Nas
grandes empresas, cada serviço possui
servidores e hardwares próprios, levando
ao excesso de capacidade de computação.
Wipro calculou que apenas 27% dos
O Presidente do Nepal, Dr. Ram Baran
Yadav, recebido pela Presidente indiana,
Smt Pratibha Devisingh Patil, em Nova
Delhi, 16 de fevereiro.
recursos dos servidores são utilizados no
mundo. Com a computação em nuvem, os
clientes compram apenas poder de computação e uso de aplicativos baseado em
consumo. Trata-se de um tipo de consumo
comparável à energia elétrica, onde se
paga apenas quando as luzes são acesas.
Paranjpe calculou que a computação em
nuvem pode aumentar o uso do servidor
em até 75% de sua capacidade. Há outros
que afirmam que pode proporcionar uma
redução de custo de 90% em relação aos
níveis anteriores. Há uma grande oportunidade — pode-se administrar a infraestrutura, os dados e os softwares dos
clientes,” disse Pramod Bhasin, presidente
da Nasscom. Agora, há uma maior capacidade para fornecer os mesmos serviços
com preços inferiores para destinos ainda
mal atendidos pela TI.
Para ler a história completa, acesse:
http://www.ft.com/cms/s/2/c7303914-1f1511df-9584-00144feab49a.html
O Primeiro Ministro da Finlândia, Mr.
Matti Vanhanen, recebido pelo Primeiro
Ministro indiano, Dr. Manmohan Singh,
em Nova Delhi, 4 de fevereiro.
O Primeiro Ministro indiano, Dr.
Manmohan Singh com o Presidente da
Turquia, Mr. Abdullah Gul, em Nova
Delhi, 9 de fevereiro.
Citigroup abre vagas
banco Citigroup Inc. abriu 8 vagas
de administradores para sua equipe
indiana, incluindo responsáveis bancários
para operações de comercialização e vendas com o objetivo de aumentar sua fatia
de mercado indiano. O grupo foi classificado entre os três maiores investidores
indianos de capital acionário nos últimos
três anos.
Essas contratações aumentam o número
de banqueiros de investimentos para 25,
disse o porta-voz de Citigroup que confirmou a escolha dos candidatos.
“O mercado indiano é uma alta prioridade para a região Ásia-Pacifico e com
essas novas contratações, Citi está confiante que vai continuar a liderar o mercado
indiano de franquia bancaria, atendendo
as necessidades de nossos clientes,” disse
Nikhil Nagle, responsável dos assuntos
acionários de Citigroup.
Citigroup tem sido um dos três maiores
bancos de investimentos no mercado
acionário indiano nos últimos três anos e
ocupa a terceira posição nesse ano com
uma fatia de mercado de 10%, de acordo
com Dealogic, empresa que fornece
dados sobre o mercado. No inicio deste
mês, o banco participou da oferta de
ações, no valor de US$ 1,8 bilhão, da produtora de energia NTPC Ltd. e planeja
agora tomar parte na oferta de ações da
empresa de mineração NMDC Ltd.
Para ler a história completa, acesse:
http://online.wsj.com/article/SB10001424
052748704454304575080673294593124
.html?KEYWORDS=India
O
US$ 173 milhões
para Air India
o dia 18 de fevereiro, o governo indiano aprovou uma injeção de dinheiro
na empresa aérea nacional Air India. A
empresa, símbolo de orgulho para muitos
indianos, enfrenta dificuldades financeiras
e deve receber um auxílio financeiro de
US$ 432 milhões. A injeção antecipada de
US$ 173 milhões deve aliviar as dificuldades de tesouraria da empresa, mas também prevenir empréstimos com custos
elevados nos mercados financeiros,”
declarou o Ministro da Aviação Civil.
Outras empresas aéreas também fracassaram na seqüência da crise financeira —
particularmente Japan Airlines que entrou
em processo de falência em janeiro. Os
especialistas afirmam que Air India deve
assumir a responsabilidade pelo fracasso
após décadas de malversação e investimentos insuficientes.
Para ler a história completa, acesse:
http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2010/02/19/AR2010021900172.html
N
O Primeiro Ministro da Noruega, Mr.
Jens Stoltenberg, recebido pelo Primeiro
Ministro, Dr. Manmohan Singh, em Nova
Delhi, 4 de fevereiro.
4 NOTÍCIAS Indianas
NOTÍCIAS DA
Maior crescimento industrial em 20 anos
om uma taxa de 16,8%, a produção industrial indiana apresentou em dezembro o maior ritmo
de crescimento observado nas
duas ultimas décadas, comprovando a
solidez da retomada econômica. O setor
manufaturado, que representa cerca de
80% da produção industrial, liderou o
crescimento com uma taxa de 18,5%.
Apontando para a importância do consumo
doméstico na perspectiva de crescimento,
as indústrias de bens de consumo duráveis,
como o setor automobilístico, saltaram
para 46% enquanto o mercado de bens de
capitais cresceu 38,8%.
Esse número situa-se muito acima das
projeções de novembro, avaliadas entre
11,8% e 12%, registrando o maior aumento
anual do índice de produção industrial (IPI)
desde abril de 1995. Além do setor manufaturado, a mineração cresceu 9,5% em
dezembro contra 2,2% no ano passado, a
produção elétrica aumentou 5,4% contra
1,6% no mesmo período do ano passado.
“Isto é muito animador,” declarou o
Ministro das Finanças Pranab Mukherjee ao
comentar os números. “Faço votos para
que os resultados do PIB no terceiro
trimestre sejam iguais e se reflitam no PIB
C
global.” O Ministro das Finanças espera
que a economia cresça em torno de 7,75%
em 2009-10.
“Projetamos uma taxa de 13% de crescimento na produção industrial. Mas, agora,
está em quase 17%. É um nível de desempenho muito além do que o esperado para
uma sólida retomada econômica,” declarou
o vice-presidente da Comissão de
Planejamento, Montek Singh Ahluwalia.
“Com uma taxa de 18,5%, o crescimento
do setor manufaturado em dezembro de
2009 reflete a aceleração da retomada da
produção industrial desde agosto de
A
Aumento de 27% nas
importações confirma
retomada econômica
ela primeira vez desde o início da
crise financeira mundial, as importações indianas retomaram uma trajetória de crescimento, registrando uma
taxa de 27% em dezembro. O que significa na prática que a economia indiana
está no caminho da recuperação, estimulada pelo aumento das exportações
pelo segundo mês consecutivo. “O mercado está agora de acordo com os outros indicadores econômicos que já
apresentaram progressos,” disse o economista-chefe de Crisil, D.K. Joshi, que
acrescentou que o mercado foi o último
índice a melhorar devido a sua ligação
com a economia global. Após uma
queda de mais de um ano, o aumento de
22,4% nas importações não-petrolíferas
reflete a retomada dos investimentos e
das atividades manufatureiras no país,
setores responsáveis pela maior parte
das importações.
P
Importações e
exportações sinalizam
retomada econômica
s importações retomaram uma trajetória positiva pela primeira vez
desde o início da crise financeira, registrando uma taxa de crescimento de
27% em dezembro e sinalizando claramente que a economia indiana se
encontra a caminho da recuperação,
estimulada pelo ritmo acelerado das
exportações que cresceram no segundo
trimestre consecutivo. “O mercado está
agora de acordo com os outros indicadores econômicos que já apresentaram progressos,” disse o economistachefe de Crisil, D.K. Joshi, que acrescentou que o mercado foi o último
índice a melhorar devido a sua ligação
com a economia global. O bom desempenho das importações nãopetrolíferas, com um aumento de
22,4%, após uma queda de mais de um
ano, reflete a retomada dos investimentos e das atividades manufatureiras no
país, negócios que representam a
maior parte das importações.
No exercício financeiro 2008-09, os
bens de capital representaram quase
16% das importações. Em dezembro, as
exportações registraram uma taxa de
dois dígitos sugerindo um aumento da
demanda nos mercados europeus e
americanos. “Esse aumento das importações não-petrolíferas em conjunto
com a retomada das exportações
parece ser de bom augúrio para a
dinâmica de crescimento,” disseram os
economistas da Citi, Rohini Malkani e
Anushka Shah, em artigo de pesquisa.
“Acreditamos que as exportações vão
continuar a aumentar até atingir US$
170 bilhões no final do exercício fiscal,”
disse Ajay Sahai, diretor geral da FIEO.
A
2009,” disse Amit Mitra, secretário geral
da Federação das Câmaras Indianas de
Comércio e Indústria (FICCI). “O forte
crescimento do setor dos bens de consumo
duráveis comprova a solidez da demanda
do consumidor na seqüência dos pacotes
de estímulo fiscal que devem ser mantidos
nos próximos meses para garantir o crescimento industrial,” acrescentou.
Nos primeiros nove meses desse exercício fiscal, os últimos dados apontam para
uma expansão cumulada da produção
manufatureira no valor de 8,6% contra
3,6% no mesmo período em 2008.
Exportações cresceram 11,5% em janeiro
s exportações indianas de mercadoria chegaram a US$ 14,34 bilhões
em janeiro, 11,5% acima dos US$
12,86 bilhões obtidos no mesmo mês do
ano passado, apesar da prudência
recomendada pelo Ministro de Comércio e
Indústria, Anand Sharma. “As exportações
registraram novamente um crescimento em
janeiro, devido ao excelente desempenho
de alguns setores,” disse Sharma aos
repórteres em Nova Delhi.
Os resultados oficiais do comércio exterior, incluindo as importações, serão publicados no dia 2 de março. Os resultados
preliminares apontaram para um crescimento das exportações de 8%.
Os setores de chá, café, arroz basmati,
alguns produtos agrícolas e marinos,
pedras preciosas e joalheria, medicamen-
Índia
tos, produtos petrolíferos e plásticos
cresceram enquanto tecidos, juta, artesanato, engenharia e couro continuaram lentos.
Há algum tempo, o secretário do comércio, Rahul Khullar, declarou que os exportadores não deveriam esperar incentivas
suplementares do governo mas, ao contrário, voltar-se para a expansão de seu
mercado com maior oferta de produtos.
A queda nas exportações começou em
outubro de 2008 devido ao agravamento
da recessão econômica global. De abril a
maio do ano passado, os volumes diminuíram até 40% dos valores anteriores.
“Agora que a economia mundial está
saindo da recessão, o governo precisa
remover as medidas de estímulo fiscal,
inclusive aquelas projetadas para favorecer
as exportações. Mais que a vulnerabilidade
das exportações subsidiadas às medidas
compensatórias, a principal razão para isso
é a necessidade de reduzir o déficit fiscal,”
disse Anwural Hoda do Conselho Indiano
para Pesquisa sobre Relações Econômicas
Internacionais. Em novembro e dezembro,
as exportações cresceram 18,2% e 9,3%
para chegar a US$ 11,16 bilhões e US$ 13,36
bilhões respectivamente. As exportações
devem acumular US$ 165-170 bilhões em
2009-10.
Empresas de FMCG sustentam
o crescimento em dezembro
s resultados
publicados
pelas empresas de bens de consumo não-duráveis
(FCMG em inglês)
demonstraram que o
setor conseguiu sustentar o crescimento
no terceiro trimestre
(outubro-dezembro
de 2009), ultrapassando as previsões.
Nesse mesmo período, a taxa média de
crescimento foi de 14% em vendas líquidas
e 24% em lucro líquido, afirmaram os
especialistas. O crescimento em volume foi
o destaque com um salto de 15-18%, apesar
da menor demanda do consumidor Os
consumidores procuraram principalmente
produtos mas baratos (downtrading),
sobretudo nos segmentos de sabonete,
detergente, chá e óleo comestível As
O
empresas recorreram
a um corte de preços
e value packs para
conter o downtrading, afirmou Shirish
Pardesi, analistasênior na Anand
Rathi, corretora de
Mumbai. Foi especialmente o caso das
empresas
cujos
insumos não incluem gêneros agrícolas tais
como açúcar, trigo, leite, etc. Numa base
anual, os preços de insumos tais como óleo
comestível, óleo de palma, óleo bruto
caíram 25-30%. Alguns não hesitaram em
cortar os preços dos produtos em categorias-chave tal como Marico, que derrubou
os preços dos pacotes recrutadores de sua
marca principal, Parachute. Hindustan
Unilever e Tata Tea lançaram pacotes de
valor para lidar com o downtrading.
Religare compra
Northgate Capital
empresa de
serviços financeiros
Religare
Enterprise anunciou ter adquirido uma participação
minoritária em Northgate Capital,
empresa de investimento em capital
privado com sedes em Londres e São
Francisco. Religare assinou também um
acordo definitivo para adquirir uma
participação majoritária na holding de
Northgate. Segundo o acordo, os cincos sócios de Northgate permanecerão
com a maior parcela de ações com
direitos de votos no grupo Northgate.
“Além disso, não haverá mudança
nas equipes de administração, de
investimentos e de operações quotidianas na seqüência do acordo de parceria com Religare,” acrescentou.
O Religare anunciou também a
aprovação pelo conselho de administração de investir US$ 1 bilhão para
conduzir aquisições internacionais.
A
NOTÍCIAS DA
NOTÍCIAS Indianas 5
Índia
Economia crescerá 9% nos próximos dois anos
o 19 de fevereiro, o Conselho
Consultivo para os Assuntos
Econômicos do Primeiro
Ministro manteve o patamar de
7,2% de crescimento para esse exercício
fiscal, com um ritmo mais rápido de 8,2%
e 9% respectivamente nos próximos dois
anos. Nas últimas estimativas econômicas
apresentadas ao Primeiro Ministro Dr.
Manmohan Singh, o conselho afirmou que,
embora um elevado déficit fiscal fosse
indefensável e exigisse uma correção rápida, os investimentos na infra-estrutura não
deveriam ser cortados.
O relatório de 43 páginas avaliou positivamente o desempenho da economia indiana, esboçando um cenário melhor do que
esperado da retomada da produção industrial, apesar da elevada taxa de inflação que
permanece preocupante em relação aos
preços dos alimentos. “No próximo ano, o
conselho espera uma retomada da produção agrícola nacional com a manutenção
da trajetória de crescimento de 4% em
2011-12,” declarou o presidente do conselho, C. Rangarajan, numa entrevista coletiva à imprensa em Nova Delhi. O conselho
N
Setores-chave crescem
9,4% em janeiro
s setores-chave da economia indiana, inclusive seis indústrias de
infra-estrutura, cresceram 9,4% em
janeiro de 2010 contra 6% em dezembro
de 2009. Os números ficaram em 2,2%
em janeiro de 2009. Esse crescimento
que sinaliza a retomada do setor manufaturado indiano é liderado sobretudo
pelo aumento da produção de petróleo
bruto, eletricidade e aço acabado. Estes
setores representam 26,7% do Índice de
Produção Industrial, o que deve ajudar a
registrar uma taxa de crescimento industrial de dois dígitos no segundo mês
consecutivo. De abril de 2009 a janeiro
de 2010, os setores-chave cresceram
5,4%, contra 3% no mesmo período de
2008-2009, segundo os dados divulgados pelo Ministério de Comércio e
Indústria, em 25 de fevereiro.
O
IDEs somam US$ 1,54
bilhão em dezembro
m dezembro de
2009, os investimentos
direitos
estrangeiros (IDEs)
somaram US$ 1,54
bilhão, crescendo
13,2% em relação ao
mês de dezembro de 2008 (US$ 1,36
bilhão), segundo o último comunicado
do Banco Central da Índia (RBI). É o
terceiro mês consecutivo que registra
um crescimento anual dos investimentos direitos estrangeiros.
Em fevereiro, o comunicado do Banco
Centra da Índia (RBI) mostrou que os
investimentos direitos estrangeiros de
abril a dezembro somaram US$ 21,5 bilhões, ultrapassando os US$ 21,15
bilhões registrados no mesmo período
no precedente exercício fiscal.
O setor de serviços seguido pelos
setores de telecomunicações e bens
imóveis foram os preferidos pelos
investidores estrangeiros.
E
Destaques do relatório do
Conselho Consultivo
O Presidente do Conselho Consultivo para
Assuntos Econômicos do Primeiro Ministro na
entrevista coletiva no lançamento da Revisão da
Economia 2009-10, Nova Delhi, 19 de fevereiro
previu que ambos os setores de serviços e
indústrias devem registrar um forte crescimento nos próximos meses e esperou que
as iniciativas do governo em favor do setor
da infra-estrutura tivessem êxito.
“Com base nesses dados, nossas
primeiras estimativas apontam para um
crescimento de 8,2% em 2010-11 e 9% em
2011-12,” disse Rangarajan. No exercício
fiscal em curso, os componentes essenciais
da pressão inflacionista são os bens alimentares primários e o açúcar. Entre os
Crescimento de 7,2% no exercício
em curso
Economia deve crescer 8,2% e 9%
nos próximos dois anos
Produção industrial aumentará 8,6%
Setor de serviços vai crescer 8,7%
Taxa de investimento estimada em
36,2% no exercício em curso
Previsão de 34% para taxa de
poupança
Retomada mais lenta das exportações, projetadas em US$ 168,7
bilhões
Possibilidade de corte do déficit fiscal de 1-1,5% em 2010-11
Pauta dos impostos sobre serviços
deve ser ampliada
Distribuição de produtos alimentares para conter a inflação
Safras de trigo no mesmo volume e
safra de leguminosas sensivelmente
mais elevada que no ano passado
bens alimentares primários, os produtos
que apresentaram as maiores taxas de
inflação foram as cereais alimentares —
grãos de leguminosa, trigo, arroz — e o
açúcar entre os alimentos processados.
O conselho observou também que a
revisão em alta da previsão de taxa anual de
inflação pelo Banco Central da Índia (RBI)
para 8,5% no exercício em curso deve-se,
em grande medida, por causa da inflação
dos produtos alimentares, ambos primários
e processados. “Há um risco que a inflação
se propague para artigos de primeira
necessidade, particularmente no cenário de
forte retomada econômica da Índia desde o
verão de 2009,” afirmou o relatório.
O conselho exortou cautela quanto à
questão da saída dos pacotes de estímulo
fiscal, anunciados pelo governo desde
dezembro de 2008 para ajudar a economia
indiana a conter os efeitos negativos da
crise financeira mundial.
“Os gastos na infra-estrutura são essenciais e, apesar do sucesso na procura de
investimentos privados, o governo deve
garantir a rentabilidade financeira dos
financiamentos, ressaltou o conselho.”
Fusões, aquisições e capital privado em alta
s operações de fusões, aquisições
(F&A) e investimentos de capital privado (PE) tendem a aumentar na
Índia. Em janeiro, houve 85 transações de
F&A e PE (incluindo investimentos institucionais qualificados), totalizando US$ 3,8
bilhões contra 34 transações e US$ 2,1 bilhões no mesmo mês de 2009, representando um aumento de 81%. Esse resultado
ultrapassou o valor registrado antes do início da crise em janeiro de 2008, de acordo
com dados da Grant Thornton.
As transações de F&A e PE apresentam-se
com uma nova dinâmica desde 2010. Uma
fatia importante do valor do mercado
provém de operações internas enquanto,
com claros sinais de que as empresas indianas vão investir mais para adquirir ativos no
exterior, dado o forte aumento em valor e o
volume das transações no exterior em
relação ao ano passado. As duas maiores
transações foram realizadas no setor das
telecomunicações e contribuíram para mais
A
de 80% do valor total,” disse C.G. Srividya,
Sócio da Grant Thornton, Serviços de
Assessoria Especial.
Em janeiro de 2010, o valor total das
transações de F&A para o exterior (empresas indianas que adquirem ativos no exterior) foi de US$ 341 milhões (15 operações)
contra US$ 40 milhões (5 operações) em
janeiro de 2009. O valor total das
transações internas foi de US$ 2,167 bilhões
(32 transações) contra US$ 1,324 bilhão (8
transações) e US$ 223 milhões (28
transações) nos mesmos meses de 2009 e
2008 respectivamente.
As cinco maiores transações de F&A representaram 89% do valor total. O setor das
telecomunicações liderou o setor com 81%
do mercado e um valor de US$ 2,087 bilhões. Em seguida, vieram o setor financeiro
e banqueiro que lideraram o mercado de PE.
Srividya acrescentou: “Parece-me extremamente positivo que os investimentos de capital privado tenham retomado, chegando
quase aos níveis de 2008, e que os investimentos não-QIP representam mais de 60%
do valor total. Há vários sinais de que essa
dinâmica vai continuar.”
Em janeiro, as transações de PE (incluindo os QIPs) totalizaram US$ 1,246 bilhão
(29 operações) contra US$ 309 milhões (16
operações) e US$ 1,511 bilhão nos mesmos
meses de 2009 e 2008 respectivamente.
M&M é o maior construtor mundial de tratores
ahindra e Mahindra (M&M)
tornou-se o maior fabricante
mundial de tratores com 159.000
tratores vendidos em 2009, ultrapassando
a empresa norte-americana John Deere.
“Tendo em conta os volumes de M&M e
Swaraj, excluindo as operações no exterior
e as subsidiárias, não acreditamos que esse
número tenha sido ultrapassado por qualquer empresa,” declarou Anjanikumar
Choudhari, presidente da divisão de
máquinas agrícolas na M&M.
Atuando em setores como automóveis e
tecnologia da informação, o conglomerado
de Mumbai fixou uma meta de 170.000
tratores vendidos (numa base consolidada)
para o final do exercício financeiro. Já
ultrapassou a marca de 100.000 tratores
vendidos no final de janeiro. “A marca dos
100.000 é muito especial para nós. Isso
evidencia os fortes laços construídos entre
a empresa e os agricultores indianos nas
últimas quatro décadas. Além dos tratores,
M
nossa prioridade é prestar serviços agrícolas à comunidade agrícola para conseguir
uma melhor qualidade de vida,” disse
Choudhari.
A empresa aumentou sua fatia no merca-
do indiano, passando de 35% para 42-43%
após a notável aquisição de Punjab
Tractors (atualmente Swaraj) em 2007.
6 NOTÍCIAS Indianas
NOTÍCIAS DA
Setor TI deve chegar a US$ 285 bilhões
empresa de consultoria KPMG e
a Asia Oceanic Computing
Industry Organisation (ASOCIO) estimaram que os setores
indianos de TI (tecnologia da informação)
e ITES (serviços habilitados por tecnologia
da informação) devem movimentar US$
285 bilhões em 2020 contra US$ 71,6 bilhões em 2009. A taxa de crescimento
anual composta (CAGR) deve atingir 15%
nos próximos 10 anos.
Nesse primeiro relatório sobre a região,
a KPMG-ASOCIO afirma que a Índia deve
continuar a liderar as atividades globais de
terceirização.
O relatório ‘Asia-Oceania Vision 2020:
Enabling IT leadership through collaboration’, projeta que a mudança climática deve
ganhar destaque e se tornar um setor
importante em 2020.
Os gastos com tecnologias limpas, energias renováveis, reciclagem e gestão de
resíduos vão crescer consideravelmente na
A
região e no mundo.
O relatório avaliou de forma detalhada
os desafios e oportunidades em 20 grandes
países da região Ásia-Oceania e previu que
a região se tornará o maior prestador de
serviços de TI e ITES em 2020 com 74,5%
do mercado mundial.
A KPMG afirmou que os países devem
buscar parcerias para aproveitar as oportunidades regionais e globais.
Todos os países da região devem trabalhar para forjar alianças e aproveitar as
oportunidades, declarou o presidente da
ASOCIO, Ashank Desai, num evento de
três dias em Mumbai, no dia 9 de fevereiro.
O diretor da Divisão Global de
Assessoria de Serviços Terceirizados e
Diretor Executivo da KPMG Índia declarou
que os setores da saúde, educação, governança e infra-estrutura devem liderar o
crescimento na região e no mundo inteiro.
Afirmando que a contribuição da Ásia
para o PIB mundial deve crescer, passando
de 35,7% para 43,2% em 2020, ele comentou que o aumento na renda per capita —
de US$ 4.775 para US$ 8.476 dólares em
2020 — deve estimular as despesas em
Tecnologia da Informação e da Comunicação (TIC).
Gastos com publicidade crescem 10-13% em 2010
s sinais de retomada da economia
indiana estimulam os gastos com
publicidade que devem crescer de
10% a 13% no próximo exercício financeiro.
Até setores como publicidade em outdoors
e publicidade impressa que declinaram no
ano passado, vão se recuperar, afirmam os
profissionais do setor.
“Em 2009, as empresas foram muito
cautelosas devido ao colapso da economia
mundial. Porém, essa cautela virou otimismo em 2010. Com as previsões de crescimento das despesas publicitárias, o setor
deve registrar uma taxa acima de 10%,”
declarou o presidente de R.K. Swamy
BBDO, Srinivasan K. Swamy .Em 2009, as
despesas publicitárias foram avaliadas em
torno de INR 200 bilhões enquanto os segmentos da publicidade na televisão e da
publicidade impressa lideraram o setor
com receitas de INR 160 bilhões. Enquanto
a publicidade na televisão cresceu com uma
O
taxa de 6-8%, a publicidade em outdoors e
a publicidade impressa diminuiram 15-20%.
De acordo com Swamy, foram os setores
de automóveis, telecomunicações, consumo e serviços financeiros que mais contribuíram para os gastos com publicidade
em 2009, enquanto os setores de bens
imóveis, mercados de valores, bens do
capital, têxtil e cimento registraram uma
queda nas despesas publicitárias.
Apesar das previsões de aumento dos
gastos com publicidade, as empresas per-
Aumentam as vendas
de computadores
manecem pessimistas em relação ao crescimento das receitas das agências de
publicidade.
As agências de publicidade afirmam que,
para 2010, as empresas terão que encontrar
novos meios de se relacionar com os jovens
consumidores nascidos entre 1982 e 2000
que recebem mais de 3.000 mensagens
publicitárias distintas por dia. Considerado
como uma era de ruptura, Swamy disse que
o setor terá que construir sua marca e permanecer relevante no contexto de constante mudança de perfil do consumidor e
mix de mídia.
Para abordar esse novo desafio, a
Confederação das Indústrias Indianas (CII)
organizou recentemente a ‘Brand Summit
2010’ — conferência de dois dias sobre o
tema ‘Ruptura no Marketing : Como as
marcas cortejam os consumidores em tempos de descontinuidade?’ — em Bangalore,
nos dias 19 e 20 de fevereiro.
Índia
Consórcio petrolífero
adquire 40 blocos de
petróleo pesado na
Venezuela
s empresas indianas Indian Oil
Corporation (IOC), ONGC Videsh
Ltd (OVL), Oil India Ltd, a espanhola
Repsol e Petronas da Malásia formaram
um consórcio para adquirir 40% das
ações da empresa que vai desenvolver
dois grandes blocos de petróleo pesado
na Faixa do Orinoco, na Venezuela .
O governo venezuelano concedeu o
direito de aquisição de ativos que
incluem o desenvolvimento de blocos
nos campos Carabobo 1 Norte e
Carabobo 1 Central, na Faixa do
Orinoco cujas reservas foram avaliadas
em mais de 1 trilhão de barris. O projeto é estimado em US$ 15 bilhões com
US$ 2,5 bilhões investidos pelo consórcio.
O presidente da Indian Oil, Sarthak
Behuria, declarou: “A boa notícia que
vem de Carabobo certamente estimulará
nosso esforço para adquirir importantes
ativos petrolíferos, oferecendo a oportunidade única de desenvolver enormes
recursos de petróleo armazenados em
uma das regiões petrolíferas mais abundantes do mundo.”
Vale a pena ressaltar que as maiores
reservas mundiais de petróleo pesado
estão localizadas na Venezuela.
Há dois anos, a OVL adquiriu uma
participação de 40% no projeto de produção petrolífera de San Cristobal na
Venezuela.
A
Índia torna-se 2° maior fabricante de aço
Índia vai se tornar o segundo maior
produtor siderúrgico mundial em
2012, duplicando sua capacidade
de produção para 57 milhões de toneladas,
devido aos esforços para desenvolver o
setor de infra-estrutura, disse o Ministro
do Aço, Virbhadra Singh.
“Estabelecemos uma meta de 124 milhões de toneladas até 2012. Vamos nos
tornar o segundo maior produtor de aço no
mundo. Mas, o mais importante é que a
Índia tem uma vasta capacidade de consumir essa produção necessária para
desenvolver nossa infra-estrutura,” observou o Ministro indiano.
“Estamos apenas falando da expansão
das empresas siderúrgicas existentes. Se
levarmos em conta os novos projetos, o
capital investido foi avaliado em mais de
US$ 80 bilhões,” acrescentou o Ministro
da União do Aço.
Atualmente, a China domina a produção
siderúrgica mundial com uma capacidade
de mais de 600 milhões de toneladas,
seguida pelo Japão e pela Coréia. A Índia
ocupa o quarto lugar.
O Ministro disse que a estatal Steel
Authority of India (SAIL), por si só, esta-
A
evido à retomada econômica,
evolução tecnológica e preços corretos, as vendas de computadores pessoais
(PC) na Índia cresceram anualmente
25,7%, alcançando 1,97 milhões de
unidades no quarto trimestre de 2009
(outubro-dezembro). Segundo o relatório
divulgado pela empresa de consultoria e
pesquisa de mercado INC, os PCs para
escritório representaram dois terços do
total com 1,27 milhões de unidades vendidas, registrando uma alta de 14,6% em
relação ao mesmo trimestre do ano passado. As vendas de notebooks cresceram
com uma taxa anual de 52,8%, atingindo
690.000 unidades em outubro-dezembro
de 2009.
D
beleceu uma meta de 30 milhões de
toneladas, quase o dobro de sua capacidade de produção.
“Os projetos de expansão serão bem
sucedidos. Tanto em Bokaro quanto em
Bhilai, a empresa possui terrenos suficientes para assumir os projetos,” disse
Virbhadra Singh.
O Ministro disse que a companhia estatal
de aço também vai optar por uma questão
pública e desinvestimento parcial de capital durante o início do próximo exercício
fiscal e que a decisão já foi tomada a esse
respeito
Ele declarou também que uma outra
empresa pública controlada pelo Ministério
— a National Mineral Development Corp
(NMDC) — vai vender rapidamente ativos
representando 8,3% do capital acionário.
“Esperamos captar INR 130 bilhões com
esta venda de participação na NMDC.”
O Ministro indiano declarou com grande
satisfação que alguns grandes projetos de
multinacionais devem entrar em funcionamento em breve, incluindo a unidade
siderúrgica integrada da empresa coreana
Posco que investiu US$ 12 bilhões no estado de Orissa. Dois outros projetos similares da Arcelor-Mital também devem ser
completados em Orissa e Chattisgarh.
NOTÍCIAS DA
TENDÊNCIAS Indianas 7
Índia
Industria Automobilística
Projetada para excelência
setor indiano de automóveis
cresce rapidamente e busca talentos internacionais de design.
Nos dois últimos meses, os
principais fabricantes de automóveis têm
contratado vários engenheiros e designers
de diversas partes do mundo.
Ao contrário dos EUA, onde a indústria
automobilística ainda se recupera do colapso financeiro, a indústria automobilística da
Índia está com sorte, considerando o
recorde de vendas registrado no ano financeiro de 2009-2010. Os principais profissionais, incluindo designers, engenheiros e
pesquisadores, que assistem ao enorme
potencial de crescimento no setor automobilístico em expansão na Índia, estão dispostos a se mudarem para o país a médio e
a longo prazo.
No ano passado, I.V. Rao, Diretor
Executivo da Maruti Suzuki India Ltd.,
(MSIL), o maior fabricante de carros da
Índia, encontrou designers e engenheiros
em Motown, Detroit e tentou convencê-los
a se transferirem para a Índia. Ele conseguiu cumprir sua missão de forma considerável. Oito engenheiros de automóveis
de Detroit, especializados em design, estilo, modelagem e desenvolvimento de
motores e fabricação, estão trabalhando
para MSIL.
Os recém-contratados designers globais
devem ajudar a montadora a preparar os
designers locais e na transferência de
know-how, acrescenta Rao.
Outros fabricantes indianos de
automóveis, incluindo Tata Motors,
Mahindra & Mahindra, Bajaj Auto e Royal
Enfield, também negociam com designers
de automóveis internacionais à medida que
lançam planos ambiciosos de expansão de
suas capacidades locais
Alguns designers de automóveis interna-
O
cionais visitaram a Índia nos últimos meses,
interagindo com altos executivos das principais empresas automotivas do país. Esses
criadores têm experiência em design e
fabricação de modelos híbridos, motores e
transmissões. Recentemente, o gigante de
duas rodas, Bajaj Auto, contratou Edgar
Heinrich da BMW Motocicletas para dirigir
as atividades de design. “O mundo despertou para a mudança de paradigma na indústria automobilística indiana, com uma presença importante de projetos inéditos,”
enfatiza Heinrich.
Segundo V.G. Ramakrishnan, diretor
sênior do setor automotivo e de transportes
de Frost & Sullivan, o novo foco sobre o
papel do design reflete a meta das empresas indianas de explorar os mercados
globais. A mudança no cenário global de
fabricação de automóveis, após a desaceleração nos EUA e nos mercados europeus,
também gerou uma ‘fuga invertida de cérebros’ de muitos designers que procuram
trabalho em países emergentes como a Índia e a
China.
Aspectos de design, tais
como proto digitação e
modelagem
com
argila, que antigamente costumavam
ser realizados na
França,
Reino
Unido e Itália, agora
são executados por
muitas empresas de
automóveis na própria
Índia. Enquanto a GM e a
Chrysler têm centros de
P&D em Bangalore, a
Renault tem um centro de
design em Bombaim.
Estes centros de design e
P&D, não realizam apenas projetos
específicos para a Índia, mas também
trabalham para organizações afins.
“O objetivo básico da criação de um
estúdio de design completo na Índia foi
para aprender com os designers indianos
sobre o mercado, gostos e preferências
locais,” destaca Jean-Philippe Salar,
designer-chefe e diretor da Renault Design
Índia. Algumas das principais empresas
indianas de automóveis começaram também a adquirir modelos de design global.
Uma série de parcerias de capital entre
empresas locais e empresas globais, nos
últimos meses, têm enfatizado a necessidade deste aspecto da indústria automobilística, pois uma onda de consolidação
no mundo todo levou carrocerias atraentes
e com alta tecnologia a servirem como o
principal diferenciador.
A Índia já se tornou um centro mundial de design e produção de carros
pequenos e econômicos. Mantendo o
ritmo com o avanço tecnológico, os fabricantes de automóveis introduziram novos
carros pequenos no país com muito sucesso e interesse junto ao consumidor devido
à dimensão compacta e a melhor eficiência
em combustível. O Nano da Tata revolucionou completamente o mercado de
automóveis, não apenas na Índia, mas no
mundo. É um exemplo vivo da capacidade
do potencial indiano em oferecer o melhor
design e engenharia de acordo com a
necessidade dos clientes da próxima
geração. Considerando que a indústria
indiana de automóveis avança com firmeza
e velocidade, o design e a P&D em todos
os aspectos da produção automobilística,
incluindo a eficiência energética, terão um
lugar de destaque na estratégia global para
que ela se torne líder global neste setor e
um dos mercados com maior crescimento
acelerado.
Os principais profissionais, incluindo
designers, engenheiros e pesquisadores,
que assistem ao enorme potencial de
crescimento no setor automobilístico em
expansão na Índia, estão dispostos a se
mudarem para o país a médio e a longo
prazo.
8 Viagem & TURISMO
NOTÍCIAS DA
INVERNO GLACIAL EM
Lahaul & Spiti
tempo é frio e gelado em
Lahaul e Spiti. A temperatura
oscila em torno de 15 graus
negativos e os vales gêmeos
são cobertos de neve, isolados do resto do
país. Parece muito triste e duro, mas não
quando se vê pessoas dançando e festejando jubilantes!
Numa altitude de 6.500 metros, os vales
gêmeos de Lahaul e Spiti, no estado de
Himachal Pradesh, são caracterizados por
uma beleza imaculada e um charme de
tirar o fôlego. Todos os anos, durante mais
de cinco meses, a população deste vale
fechado no distrito de Lahaul e Spiti permanece desligada do resto do mundo, de-
O
vido à forte nevasca. Keylong, a sede do
distrito, fica a 200 km da famosa estação
de montanha de Manali.
Situados na fronteira indo-tibetana, os
vales gêmeos têm um charme inegável.
Lahaul possui altas montanhas e geleiras
gigantes, Spiti está mais perto da fronteira
com o Tibete e é conhecido como o ‘país
do meio’, ‘mundo dentro de um mundo’ e
‘palácio onde vivem os deuses’.
Lá o inverno é bastante hostil e as
estradas para o vale permanecem fechadas
de dezembro até meados de maio. Mas os
moradores não se incomodam. "Este é o
melhor período de nossa vida para relaxar,
comemorar e desfrutar. Pode-se realmente
fazer uma pausa na rotina para cultivar a
terra e juntar forragem e lenha," disse
Sonam Negi, residente no lugar.
O distrito inteiro é ocupado principalmente por popu-
lações tribais. As condições climáticas da
região são duras, pois a maior parte das
terras formam um deserto frio, onde o
mercúrio cai abaixo de 20 graus negativos.
Os Lahauli, como são denominados os
habitantes da região, são em sua maioria
agricultores e plantam principalmente
ervilhas e batatas. Há uma grande demanda pelas batatas do vale nos estados de
Bengala Ocidental, Bihar e Karnataka. As
festas e rituais religiosos mais importantes
ocorrem no inverno.
Atrações Principais:
Mosteiro Tabo: Este belo mosteiro tem
mais de 1.000 anos. Abriga uma coleção
de escrituras, estátuas budistas e
Thangkas. O antigo gompa foi retocado
com estuque de barro e contém várias
escrituras e documentos.
Keylong: Numa altitude de 3.340 metros,
Keylong foi recompensado pela natureza
com campos verdejantes, riachos harmoniosos e picos cobertos de neve, sempre
prontos a acolher os visitantes onde quer
que estejam.
Gondla: A cerca de 18 km de Keylong, este
pequeno vilarejo no vale
de Lahaul tem como
principal atração um
Índia
patrimônio real. A residência de oito
andares do Senhor (thakur) de Gondla,
denominado castelo ou fortaleza de
Gondla, construída no século 17. Ali, há
também um gompa que atrai um grande
número de pessoas, especialmente durante
a feira celebrada no mês de junho.
Sissu: Situado numa altitude de 3.170
metros, Sissu possui uma magnífica
cachoeira. É também a sede de uma divindade local, o deus Geypan, venerado por
todo o vale de Lahaul.
Darcha: Numa altitude de 3.360 metros,
Darcha o um lugar ideal para quem gosta
de trekking. Pode-se começar o trekking
aqui e ir até Padem, passando por
Shingola e Baralacha/Phirtsela. A cerca de
24 km de Keylong, Darcha também oferece
instalações para acampamento.
Como chegar
Via aérea: o aeroporto mais próximo fica
em Bhuntar, em Kullu.
De trem: as estações ferroviárias mais
próximas estão em Shimla e Pathankot.
Via terrestre: pode-se chegar a Lahaul e
Spiti via Manali ou Shimla.
Shimla, a capital do estado, situa-se a
450 km de Lahaul e Spiti.
Melhor momento para visitar: no
verão, a partir de meados de maio até
meados de outubro.
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