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DFIN/MRE - INFORMAÇÃO DIÁRIA SOBRE A CRISE FINANCEIRA – 06/07/09 • O governo da Índia apresentou novo orçamento no qual anunciou medidas fiscais anti-cíclicas e conseqüente aumento do déficit fiscal. O mercado recebeu mal a notícia. Segundo o Ministro das Finanças, Pranab Mukherjee, a prioridade do governo é retomar taxas de crescimento de 9% ao ano. O ministro afirmou que as medidas anunciadas se inserem no projeto de “crescimento inclusivo” e buscam beneficiar os mais pobres. O novo plano fiscal procura incentivar a indústria, investir em infra-estrutura e proteger os produtores agrícolas. De acordo com a previsão do governo, o déficit deve aumentar para 6,8% do PIB, em 2009, o maior nível em 16 anos. Analistas mais pessimistas acreditam que o déficit pode alcançar cerca de 11% do PIB, nesse ano. Para comparação, em 2007 o déficit foi de 2,7% do produto. As agências de risco desabonaram o novo orçamento, e criticaram a falta de um plano de consolidação fiscal. A agência Standard & Poors rebaixou o viés da classificação indiana. Grupos de lobby do mercado esperavam que o governo anunciasse privatizações e reformas estruturais nos setores de pensões e seguros. Observadores avaliam que o governo espera que, com a retomada do crescimento, o déficit possa voltar a cair devido ao aumento de arrecadação e à possibilidade de desinvestir nas companhias públicas, de cessar a administração de preços dos combustíveis e de reformar o sistema tributário. Críticos do novo orçamento argumentam que ele aumenta a fraqueza estrutural da economia indiana, o que poderia comprometer o risco soberano do país. Segundo a OCDE, novas medidas de combate à crise deveriam ser adotadas no âmbito da política monetária, e não fiscal. Mukherjee afirmou que o país pretende tomar emprestado cerca de US$ 93 bilhões no ano fiscal iniciado em abril. • O grupo Cercle des économistes, organização formada por acadêmicos franceses da área econômica, por ocasião do encerramento de seu encontro anual, defendeu a institucionalização do G20, com secretariado permanente e como instância de coordenação econômica em escala mundial no lugar do G7/8. Além disso, o grupo defende a concretização do reforço da regulação financeira acordada por ocasião do último encontro do G20 em Londres. A Ministra Christine Lagarde esteve presente no encontro. • De acordo com estudo do Centro para Prioridade de Orçamento e Políticas, organização sediada em Washington, 48 dos 50 estados dos EUA, além do Distrito de Columbia, enfrentam dificuldades orçamentárias e prevêem déficit combinado de US$166 bilhões em 2010. Os analistas afirmam que essa situação representará pressão junto aos poderes legislativos estaduais no sentido de aprovação de pacotes com aumentos de impostos e corte de gastos públicos com vistas a reequilibrar o orçamento. Segue, abaixo, tabela com os déficits projetados para estados selecionados em 2010: Estado Déficit (US$ bi) % do orçamento estadual Alaska 1,3 30 Califórnia 53,7 58,2 Carolina do Norte 4,6 21,9 Connecticut 4,1 23,2 Kansas 1,4 22,6 Maine 0,64 21,4 Estado Déficit (US$ bi) % do orçamento estadual Minnesota 3,2 21 Nevada 1,2 37,8 Nova Jérsei 8,8 29,9 Nova Iorque 17,9 32,3 Vermont 0,278 24,8 Washington 3,6 23,3 Fonte: Center for Budget and Policy Priorities • A economia do Chile registrou contração de -4,4% em maio, em relação ao mesmo mês do ano anterior. A queda em relação ao mês anterior, sazonalmente ajustada, foi de -0,1%. • O Japão anunciou que irá disponibilizar 1,5 trilhões de ienes (US$ 15,8 bilhões) adicionais para a Indonésia em acordo de swap cambial. Somando-se esse valor a acordos anteriores, o total de recursos previstos pelo Japão à Indonésia chega a US$ 27,8 bilhões. Analistas avaliam que apenas 20% desse valor deve ser atingido, uma vez que a liberação do restante dependeria da atuação do FMI como garantidor da operação. No fim de julho, as reservas da Indonésia totalizavam US$ 57,5 bilhões. Alguns analistas entendem a iniciativa japonesa como tentativa de contrapor-se à influência chinesa na região. BRA Bovespa -0,61% ARG Merval -1,61% EUA Dow Jones 0,53% CHI Xangai 1,18% ING FTSE -0,98% ALE DAX -1,20% FRA CAC -1,20% JAP Nikkei -1,38% HK R$/US$ Hang Seng 1,961 0,41% -1,23% Risco Brasil EMBI 281 -2,77% Atualizado às 18h20
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