Como nasceu a W114/115

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Como nasceu a W114/115
Como nasceu a W114/115
Em março de 1968, era apresentado no Salão Automóvel de Genebra na SuÃ-ça, um dos modelos de
maior êxito já fabricados pela Mercedes Benz com quase dois milhões de unidades vendidas entre 1968
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e 1976.
A série W114/W115 era também conhecida como “barra 8â€, “strichacht†(em alemão) ou
“stroke 8†(em inglês).
Esta denominação apareceu para diferenciar a nova série da anterior, a qual continuou em
produção paralelamente durante alguns meses em 1968.
Todos os modelos 6 cilindros receberam o código W114 e todos os 4 cilindros a gasolina e diesel e 5
cilindros diesel são os W115.
Um detalhe interessante, a carroceria dos W114 possui soldas de ponto a cada 25mm e a dos W115 a
cada 10mm.
A chamada “ die Neue Generation†ou Nova Geração de veÃ-culos, veio substituir os W110/W111
como carros médios do fabricante.
Já em 1965, a Mercedes Benz havia decidido adoptar uma polÃ-tica de diferentes carrocerias para suas
famÃ-lias de automóveis e a partir daquele ano com a introdução do W108/W109, os W110/W111
passaram a contar somente com modelos mais simples, e os 250S/SE e 300SE/SEL W108/W109 eram
agora os S-classe no lugar dos 220S/SE e 300SE/SEL.
As linhas da “/ 8†criadas por Paul Bracq, eram muito mais sóbrias que as dos “rabos de peixeâ
€ W110/W111, e foram inspiradas no W112 220 SEb coupé de 1961 também de sua autoria, um veÃculo que até hoje é sinônimo de beleza e elegância.
As W114/W115 mantinham o tradicional desenho com faróis verticais, com um estilo elegante e
discreto aliado a uma área envidraçada de grandes dimensões.
Os vidros grandes e uma excelente arquitetura, proporcionavam ao interior do carro um ambiente
espaçoso e agradável.
A mala é de dimensões bastante avantajosas com a roda suplente colocada na lateral direita em
posição vertical facilita muito o seu uso com a bagagem, um detalhe muito interessante.
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O quadrante de instrumentos era muito similar ao do W108/W109 mas um pouco mais quadrado, e
o sistema de ar condicionado opcional era agora integrado ao tableau de bordo e não mais instalado em
sua parte inferior. Uma consola central fazia parte do novo lock com o local para o rádio, controle dos
vidros elétricos opcionais e outras funções como piscas-harning, etc...
No final de 1968 era apresentado à imprensa o W114 coupé, um veÃ-culo muito charmoso que visava
trazer um pouco de glamour à série.
Todos os coupés eram equipados com motores de 6 cilindros em linha.
O 250CE foi o primeiro modelo da Mercedes a utilizar o sistema de injeção eletrônica Bosch D-Jetronic já
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em 1969.
As “/8†revolucionaram os sistemas de suspensão até então utilizados pela Mercedes-Benz.
Estes novos desenhos tanto na dianteira como na traseira, seriam a base para praticamente todos os
carros produzidos nas próximas 3 décadas.
Na dianteira foi utilizado um sub-chassis montado ao monobloco com coxins de borracha.
Nele vai apoiado o motor, podendo o conjunto completo ser removido com molas, braços etc...
Este sistema é praticamente idêntico ao instalado nas R/C 107 de 1971 a 1989 e proporciona um
óptimo isolamento de vibrações e impactos sofridos pela suspensão, com um rodar muito estável
e extremamente confortável
Na traseira o novo projeto finalmente elimina o eixo oscilante transversal e em seu lugar temos também
um sub-chassis acoplado à carroçaria por coxins de borracha em ambos os lados, tendo agora o
diferencial fixo e preso também ao monobloco atuando como terceiro ponto de apoio para todo o
conjunto. Braços inferiores independentes e uma barra estabilizadora completam a instalação.
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Para que as então S-Klass que ainda utilizavam o eixo oscilante transversal não fossem
ofuscadas tecnològicamente pelas “/8†, a Mercedes batizou a nova suspensão traseira de â
€œEixo Oscilante Diagonalâ€, desta forma não ficaria tão evidente a superioridade do novo sistema
pelo menos em seu nome.
O desenho básico desta suspensão foi incorporado as W107, W116, W123, W126 e W140. A
dirécção hidráulica era opcional até 1972 tanto nas versões de 4 como as de 6 cilindros, passando a ser
de série em todos os modelos a partir de 1974.
As clássicas rodas de liga leve « Fochs »introduzidas em 1969 também eram oferecidas para as “/8â
€ daquele ano em diante.
Em seu lançamento os modelos disponÃ-veis eram os quatro cilindros 200, 220, 200D e 220D e seis
cilindros 230 e 250. Todos os motores eram praticamente idênticos à s versões em uso nos W110/W111
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e no caso do 250, um M114 similar ao do 250S era utilizado.
Os coupés de 1969 a 1972 eram os 250C e CE (este último com injécção eletrônica Bosch D-Jetronic).
Já em 1973 a 1976 os M110 entram em produção e os carros com duas portas passam a ser
denominados 280C e 280CE (também com injécção eletrônica Bosch D-Jetronic).
Existe uma certa confusão na denominação das 250 e 250C destinadas a certos mercados, pois
alguns modelos eram na verdade equipados com o M130 de 2.8 litros e não o M114 de 2.5.
Até o advento da 280E, todas as versões 4 portas eram a carburadores.
A partir de 1973, a série passa por uma modernização e são introduzidos novos motores e itens
de segurança.
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Os pára-choques dianteiros duplos dos W114 dão lugar a um conjunto de lâmina única, os quebra
ventos dos vidros dianteiros são eliminados nas berlinas e agora passam a ser fixos nos
coupés, possibilitando assim a instalação dos retrovisores exteriores iguais aos da W116 e R/C107
com controle do interior.
O volante agora com aro mais grosso e botão de buzina macio oferece maior proteção ao motorista em
caso de impacto, e os cintos de segurança dianteiros automà ticos de 3 pontos como nas W116 passam a
ser de série.
Os farois traseiros são agora caneladas como nas SL e S.
Na parte de motores, o novo M110 seis cilindros duplo comando também passa a ser instalado nas “/8â
€ proporcionando assim um excelente desempenho ao carro principalmente na versão 280E/280CE
com injécção eletrônica que produzia 185hp DIN.
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A partir de 1974 as 230 contam com duas versões, 230.4 (M115 4 cilindros 110hp) substituindo o 220,
e 230.6 (M180 6 cilindros 120hp).
A 240D substitui a 220D e em 1974 é lançado o primeiro motor 5 cilindros em linha produzido para um
veÃ-culo de passeio.
O 240D 3.0 (ou 300D nos EUA) contava pela primeira vez na história com um desempenho similar ao de
um carro a gasolina e o motor OM617 possuÃ-a uma suavidade de operação nunca antes vista em
uma unidade a compressão.
O uso de um sistema de injécção direta com vélas de pré-aquécimento automático, o aproximava ainda
mais de um veÃ-culo a gasolina.
Talvez se não fosse pela 240D 3.0, hoje não existiriam automóveis diesel de alta performance como
a E400CDI que possui um V8 biturbo-diesel de 250HP e é capaz de acelerar de 0 a 100 em 6 segundos.
Versões limousine de fábrica foram produzidas para utilização tanto como tà xi como para uso oficial.
Estas são relativamente raras, sendo seus modelos os 220D Lang (longo), 240D Lang e 230.6 Lang.
Estas versões acomodavam de 7 a 8 passageiros e sua distância entre-eixos era de 3,4 metros
contra 2,75m das berlins e coupés normais.
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Todas as versões a gasolina e diesel possuÃ-am caixa de 4 velocidades manuais sendo que a partir de
1972 uma caixa de 5 velocidades era opcional.
As transmissões automáticas em opção eram sempre de 4 velocidades com acoplamento viscoso até
1972, e a partir de 1973 com conversor de torque.
As alavancas de mudança das caixas de 4 velocidades manuais ou automáticas podiam ser instaladas
na consola central ou em raros casos na coluna de direção.
Já a caixa manual de 5 velocidades, a alavanca era sempre na consola central.
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A gama de opções disponÃ-veis para a famÃ-lia W114/W115 era enorme. Podia-se encomendar
qualquer modelo desde a mais básica configuração com vidros manuais, sem rádio,e sem dirécção
hidráulica, até à s versões que se aproximavam muito das S-Classe, com vidros elétricos, bancos em
couro, teto de abrir, rodas de liga leve »Fochs », e até piloto automático a partir de 1974.
Cabe lembrar que nos anos 1970 as versões diesel das “/8†eram os carros preferidos por
motoristas de táxi em toda Europa, Ãsia, Ãfrica,Médio Oriente onde era comum ver os carrinhos
com kilometragens astronômicas nos aéroportos e hotéis.
A durabilidade desta série é legendária em todo o mundo.
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Como clássicos para uso diário, as “/8†são realmente difÃ-ceis de encontrar, seu estilo conservador
e discreto com seus faróis verticais e grande área envidraçada traz saudades de tempos mais simples.
Por outro lado o interior extremamente espaçoso não fica atrás de nenhum automóvel
moderno, principalmente no espaço oferecido pela mala de enormes dimensões.
O sistema de suspensão talvez seja até hoje um dos melhores já desenvolvidos pela MB, com um rodar
ultra suave e ao mesmo tempo estável, um balanço perfeito entre conforto e desportividade.
Encontre uma “/8†bem conservada, compre-a e desfrute de uma das séries de maior êxito
já produzidas por Sindelfingen, pois tanto as berlinas como os coupés são carros que possuem um
carisma difÃ-cil de explicar e seus proprietários sempre acabam por ter um carinho especial por
estes clássicos modernos de eterna beleza e elegância.
MODELOS W114
230
(230/6 desde Agosto de 1973)
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230 Lang
(230/6 desde Agosto de 1973)
250
250 (2.8)
250C
250C (2.8)
250CE
280
280E
280C
280CE
MODELOS W115
200
200D
220
220D
220D Lang
230/4
240D
240D Lang
240D 3.0 en USA 300D
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