temporada 2011
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temporada 2011
Programação 2011 Tardes Musicais Foto: Isabella Matheus A série Tardes Musicais "Centenário do Piano Érard", em sua quarta temporada, realizará cinco apresentações musicais mensais no primeiro semestre de 2011, tendo início em fevereiro. Tendo como principal atrativo a utilização de um piano construído no ano de 1911, as apresentações não se restringem a um gênero musical específico, mas transitam entre os universos da música popular e erudita, com ênfase no repertório pianístico. Nesse mesmo piano já se apresentaram grandes nomes da música brasileira, como João Carlos Martins e Magda Tagliaferro. O público terá contato com um piano de época restaurado especialmente para a temporada, que possui uma mecânica particular e original da manufatura francesa Érard. O cronograma prevê a participação de músicos das mais diferentes vertentes, tendo início com o repertório romântico europeu do século XIX com Érika Ribeiro, passando pela música popular do mundo em diálogo com a música erudita com Daniel Grajew. A música brasileira do século XX estará presente com a pianista Cecília Moita apresentando grandes nomes da nossa música. As obras da música portenha serão interpretadas pelo músico argentino de Tango, Claudio Votta, em uma apresentação especial explicando a história desse gênero musical , assim como o repertório consagrado do Jazz que fará parte dessa agenda com o pianista Mendelssohn Melges. Música do Mundo Mapa: Detalhe de Theatrum Orbis Terrarum, de Abraham Ortelius, Flandres, 1570. Em sua segunda temporada, a série Música do Mundo tem como objetivo apresentar a partir de fevereiro grupos que se dedicam à música de diversos povos do mundo, recriando-as com originalidade e criatividade. Com o apoio da Klabin, traremos cinco atrações musicais: Do Caribe, Pepe Cisneros e Cuba 07, grupo formado por músicos cubanos e brasileiros, apresentará os ritmos característicos de Cuba e temas de jazz afro-cubanos, como músicas de Dizzy Gilesppie e do grupo Buena Vista Social Club. Da Irlanda, o cantor e violonista Tim O’Connor apresentando o repertório da música celta irlandesa e composições autorais, tendo como convidados Steve Blackeburn na percussão e Paul Daly na flauta e clarinete, em curtíssima temporada no Brasil. Partindo da tradição de diversas culturas do Mediterrâneo Oriental, a “gypsy band” Mutrib que se caracteriza por unir elementos de diversas culturas daquelas regiões, do Magreb à Turquia, dos Bálcãs à Palestina. Nascida em Calcutá e formada por grandes referências da música de seu país, traremos a cantora e instrumentista Ratnabali, apresentando músicas devocionais, mantras e peças clássicas do subcontinente indiano, acompanhada por instrumentos típicos como o sitar e a tabla. Finalizando o semestre, traremos o trabalho pioneiro da Orquestra de Berimbaus do Morro do Querosene, liderada pelo músico baiano Dinho Nascimento, com berimbaus cuidadosamente afinados e agrupados em naipes, lançando o seu primeiro CD, Sinfonia de Arame. Além disso, o público poderá, a partir das 15h, realizar uma visita monitorada ao Museu e conferir o acervo de 1.545 obras oriundas de quatro continentes e diversas civilizações. Entre elas, telas de mestres da pintura como Lasar Segall, Portinari, Di Cavalcanti, Tarsila do Amaral, Marc Chagall e Frans Post. Cronograma das apresentações Música do Mundo 12 de fevereiro – Pepe Cisneros e cuba 07 | Música Cubana 19 de março – Tim O’ Connor | Música Irlandesa 09 de abril – Mutrib | Música Balcânica 14 de maio – Ratnabali | Música Indiana 11 de junho – Orquestra de Berimbaus do Morro do Querosene | Afro-brasileira Tardes Musicais – Centenário do Piano Érard 26 de fevereiro – Érika Ribeiro – “Caminhos do Romantismo” 26 de março – Daniel Grajew “De Chopin ao Chorinho” 30 de abril – Cecília Moita “Música brasileira do século XX” 28 de maio – Cláudio Votta “História do Tango em 90 minutos” 25 de junho – Mendelssohn Melges – “Uma viagem pelo mundo do Jazz” Tardes Musicais – Centenário do piano Érard Érika Ribeiro – “Caminhos do Romantismo” Foto: Divulgação Érika Ribeiro faz parte de uma nova geração de jovens e talentosos pianistas brasileiros. Iniciou seus estudos musicais aos quatro anos de idade, demonstrando grande talento ao piano. Cursou a Escola de Música de Piracicaba, e em 2003, graduou-se em Música na USP - Universidade de São Paulo. No Brasil, teve como principais mestres Gilberto Tinetti, Marisa Lacorte e Eduardo Monteiro. Recebeu o título de Mestre em Musicologia, também pela USP, quando contou com uma bolsa de estudos financiada pela CAPES. Nesta apresentação, Érika irá apresentar obras do repertório erudito europeu do século XIX, com obras Beethoven, Schubert e Chopin. Daniel Grajew – “De Chopin ao Chorinho” Foto: Divulgação Daniel Grajew, 30 anos, iniciou os estudos de piano clássico aos 11 anos com Lúcia Lattore. Estudou na USP com José Eduardo Martins, Nilze Kruse e atualmente é orientado pela Profa Luciana Sayuri (USP). Recebeu Menção Honrosa no VI Concurso Nacional de Piano Maria Teresa Madeira (2009) e foi 2º colocado no I Concurso Jovens Solistas – CMU / USP (2009) e no XI Concurso Villa Lobos (2009). Nessa apresentação, Daniel irá apresentar seu programa “De Chopin ao Chorinho”, traçando uma relação entre a música clássica e a música popular mundial. Cecília Moita – “Música brasileira do século XX” Foto: Divulgação Natural de São Paulo, Cecília iniciou seus estudos de piano aos quatro anos. Em 1985 bacharelou-se pela Unesp no curso de Educação Artística com habilitação em Música. Simultaneamente, seguiu seus estudos de órgão, piano popular e erudito. Em 1995, freqüentou o Curso de Arranjo e Improvisação com Nelson Ayres e em 1997, curso de Jazz – JVC, na Manhattan School of Music (Festival de Jazz de Nova York). Como solista, atuou em 2003, 2004 e 2007 com a Orquestra de Câmara do Theatro Municipal de São Paulo e em 2008 com a Orquestra Jazz Sinfônica. Atualmente é pianista da Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo, e pianista acompanhadora dos alunos do curso de metais da EMESP. Nesta apresentação, Cecília apresentará um repertório de música brasileira do século XX, como Heitor Villa-Lobos, Villani Cortes, Ciro Pereira, entre outros. Cláudio Votta – “História do Tango em 90 minutos” Foto: Divulgação Claudio Nerio Votta, pianista, musicólogo e pesquisador de tango, nascido na Argentina. A proposta de sua apresentação é traçar uma linha cronológica da Historia do Tango e outros ritmos de Buenos Aires, tais como a valsa e a milonga, explicando a sua evolução, desde o primeiro tango partiturado conhecido, sendo o famoso “Don Juan” de Ernesto Ponzio de 1898 até a fase pós-Astor Piazzola. A apresentação proposta passará por grandes ritmos da música portenha. Mendelssohn Melges – “Uma viagem pelo mundo do Jazz” Foto: Divulgação Nasceu em Sorocaba, no interior paulista. Começou a estudar piano aos cinco anos de idade, sendo que dos 10 aos 18 anos foi aluno de Guilhermina Lobo – assistente de Magdalena Tagliaferro. Com 11 anos de idade, já participava de audições no interior de São Paulo e de várias apresentações na televisão paulista, ganhando, inclusive, prêmios de interpretação pianística e virtuose revelação. Sua formação musical foi bastante influenciada por Guilhermina Lobo e o maestro Leon Kaniewski. Estudou, durante quatro anos, na Escola Paulista de Música. Nesta apresentação, Mendelssohn interpretará obras consagradas do repertório jazzístico. Música do Mundo Pepe Cisneros e Cuba 07 – Música Cubana Foto: Divulgação O grupo Pepe Cisneros e Cuba 07 é formado por músicos cubanos residentes no Brasil e músicos brasileiros que são pesquisadores e conhecedores da música cubana em suas variadas formas. Sendo assim, o objetivo da banda é poder trazer ao público um som verdadeiramente cubano, executado ao vivo. O líder do grupo Pepe Cisneros chegou ao Brasil em 92 e já tocou com grandes nomes da música, como Caetano Veloso, Omara Portuondo, Marina Lima e George Benson e o restante do grupo é formado pelos cubanos Luis Cabrera no sax, Jorge Luis Ceruto no trompete e Pedro Bandera nas Congas; pelos brasileiros Rodrigo Bueno nos Timbales e Sidiel Vieira no Baixo; na voz o chileno Pedro La Colina que integra o grupo Raíces de América desde 2000. Tim O’ Connor – Música irlandesa Foto: Divulgação Tim O’Connor é cantor, compositor e violonista e resgata a cultura irlandesa em concerto de músicas com influência céltica do folk irlandês, tendo como convidado Paul Daly na flauta (um excelente flautista irlandês) e Steve Blackeburn na percussão. Apresenta composições próprias com melodias vivazes (reels e jigs) e profundas (airs), trazendo um lado místico, além da riqueza estética e contagiante do folk irlandês. Em seu repertório, retrata desde temas leves e alegres acompanhados por melodias agitadas a canções que tratam de temas profundos e melancólicos com melodias mais lentas, todas executadas com arranjos e instrumentações típicos. Já se apresentou em clubes e festivais na Europa, como Celtic Connections, Oslo irlandês, Whitby Musicport, York Live, Wombourne, Perthshire Amber, Highlands, Bordeaux Irish Festival e Zamek Festival na Polônia. Nos Estados Unidos já se apresentou no lendário CBGB’S de Nova Iorque. Mutrib – Música balcânica Foto: Divulgação O Mutrib é uma “gypsy band” que concebe a cultura dos Bálcãs e do mediterrâneo oriental como um grande eixo da cultura mundial, capaz de interligar Ocidente e Oriente desde a Antiguidade. O Mutrib apresenta os sons multiculturais de um verdadeiro caldeirão musical de grande efervescência. O show do Mutrib é uma grande viagem musical que sai do Magreb - região arabizada ao norte da África: Egito, Tunísia, Marrocos - atravessando a Turquia, a Palestina, a Síria, e Israel, e chegando até o Leste Europeu - Albânia, Grécia, Macedônia, Romênia e Bulgária. O Mutrib nasceu da convergência dos interesses musicais de alguns instrumentistas do cenário musical paulistano aliada à experiência do clarinetista norte-americano Stewart Mennin que pesquisa há mais de 30 anos o repertório de músicas da Europa Oriental. Junto com ele, Gabriel Levy (Mawaca, Orquestra Mundana) e Ma3 iniciaram uma pesquisa aprofundada sobre o repertório dessas culturas. O projeto ganha corpo com a colaboração dos percussionistas Roberto Angerosa; Valéria Zeidan e Éder “O” Rocha (Mestre Ambrósio); músicos que se dedicam há anos à pesquisa da percussão mundial. Ratnabali – Música Indiana Foto: Divulgação O espetáculo apresentará ao público brasileiro a música milenar da Índia, que irá abranger um repertório com composições variadas, partindo do estilo clássico indiano, passando pelas canções folclóricas e devocionais ligados inteiramente à raiz popular. Entre elas, canções regionais de diversos estados com línguas diferentes, músicas devocionais, mantras e peças clássicas. Assim, o show cria uma atmosfera lírica e com uma paz profunda, levando ao público o sentido da eterna continuidade da vida. Durante o show as musicas vocais serão interpretadas com o harmonium, executado pela vocalista Ratnabali que será acompanhada pela percussão de Inácio Caminha na tabla, Maria de Lourdes na flauta e Diego Hauptman no sitar, instrumentos tradicionais da música indiana. Orquestra de Berimbaus do Morro do Querosene – Música Afro-brasileira Foto: Raul Zito A Orquestra de Berimbaus do Morro do Querosene lançou seu primeiro CD, Sinfonia de Arame, com berimbaus cuidadosamente afinados e agrupados em naipes (berimbau gunga ou berra-boi com som grave, berimbau de centro com som médio e o berimbau viola ou violinha com som mais agudo), com o berimbum, criação de Dinho Nascimento de som supergrave tocado com arco de violoncelo, e o berimbau de lata também tocado com arco, parecendo uma rabeca. Vozes entoam os versos das ladainhas, corridos, chulas, sambas e sambas-de-roda. Alguns instrumentos como o guimbarde ou trump (berimbau de boca), kalimba, caixa do divino, agogô, pandeiro, reco-reco, ganzá, triângulo, atabaque, matraca, efeitos diversos e palmas completam a sonoridade. O morro do querosene é um bairro próximo ao Butantã que sedia uma importante festa da cultura popular da cidade, a festa do Boi. A Orquestra mostra a versatilidade do berimbau interpretando toques da capoeira e ritmos da música brasileira, com arranjos e regência do mestre Dinho Nascimento.