Veja o PDF da edição

Transcrição

Veja o PDF da edição
BISCOITOS
l
CANDIES
l
CHOCOLATES
l
SNACKS
l
SUCOS E REFRESCOS
28
Nº 234
Abril 2014
Bola rolando
Investimentos em linhas sofisticadas
multiplicam a rentabilidade da
indústria mesmo com queda nos
volumes de produção
APAS
candies sob medida
para o autosserviço
PEPSICO
Gonzalo do Pico dá receita
de liderança em snacks
Carta do Editor
A n o X X V I I I - n º 2 3 4 - a b ri l de 2 0 1 4
Diretores
Beatriz de Mello Helman e Hélio Helman
REDAÇÃO
Diretor Hélio Helman
[email protected]
Editor Fábio fujii
[email protected]
Diretor de Arte samuel felix
[email protected]
administração
Diretora BEATRIZ Helman
[email protected]
Publicidade
Antonio Canela barreto
Jalil issa gerjis jr.
Sérgio antonio da silva
Alessandra gherardi
[email protected]
International Sales
multimedia, inc. (USA)
Fone: +1-407-903-5000 - Fax: +1-407-363-9809
U.S. Toll Free: 1-800-985-8588
e-mail: [email protected]
Assinatura keli oyan
Fotografia shutterstock
Foto da Capa shutterstock
Design da Capa samuel felix
Bureau, CTP e Impressão IPSIS GRÁFICA E EDITORA
EDITORA
DEFINIÇÃO
Doce Revista é uma publicação mensal da
Editora Definição Ltda. (CNPJ 60.893.617/0001-05)
dirigida ao setor doceiro e às suas redes de atacadistas,
distribuidores, varejistas e supermercadistas.
Redação, administração e publicidade:
Rua Itambé, 341 - casa 15 - São Paulo - SP - 01239-001
Fone/Fax: (011) 3666-8301
e-mail: [email protected]
site: www.docerevista.com.br
Dispensada da emissão de documentação fiscal,
conforme Regime Especial Processo
DRT/1 nº 11554/90 de 10/09/90.
Circulação maio de 2014
Membro da Anatec
Associação Nacional das editoras
de publicações técnicas dirigidas
e especializadas.
Espaço reduzido
C
omo atesta reportagem de capa da presente edição, o mercado brasileiro de
gomas de mascar tem encolhido em
volume, está mais concentrado e receptivo
a produtos de maior valor agregado. Embora alguns fabricantes tenham abandonado a
competição, a disputa só fez aumentar para
as grifes que disputam o setor. Desde meados da última década, com o desembarque e
reposicionamento de players globais como a
ítalo-holandesa Perfetti Van Melle, a argentina
Arcor e a americana Mondelez, número um
do reduto de gomas de alto valor, o segmento assiste a uma polarização em filões como
o de chicles isentos de açúcar e gomas mais
sofisticadas, com recheios, coberturas e efeitos especiais na formulação. Em paralelo, as
mudanças nos hábitos dos brasileiros, atentos
às tendências globais, fizeram a procura pelas
linhas açucaradas diminuir. A receita global da
Mondelez com balas e chicles, por exemplo,
recuou 2% em 2012, principalmente devido ao
abalo na demanda de chicles regulares, reportou Irene Rosenfeld, presidente e CEO da Mondelez International, em conferência com analistas. A operação brasileira foi citada diversas
vezes pela executiva, enfatizando a queda de
receita com chicles convencionais. Os desafios
enfrentados pela Mondelez no Brasil não se
restringem à empresa. São reflexos de um setor que passa por profundas transformações,
com o aumento da renda e da demanda por
produtos de maior valor agregado. Entre 2008
e 2013, a venda de gomas de mascar encolheu
18% em volume no país, ao passo que, em outros mercados pelo mundo, cresceu 6,25%.
Os dados da consultoria Euromonitor mostram
também que, nesse mesmo período, a receita
do setor aumentou 37% no Brasil e 15% no
globo. Só em 2012, o volume recuou 4,4%,
e o valor cresceu 2,6%. Para a Associação
Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau,
Amendoim, Balas e Derivados (Abicab), essa
movimentação é reflexo do setor como um
todo e afeta também balas e pirulitos. Considerando as três modalidades, o volume produzido
no país caiu 6,7% em 2012, repassa a entidade. Entre 2008 e 2012 houve forte retração
na produção do chicle tipo tijolinho (brick) e os
fabricantes dessa variante sentiram o baque.
Algumas saíram do segmento por considerar
a queda no giro acentuada demais para insistir
na operação. De empresas de pequeno porte a
multinacionais, cerca de 15 fabricantes tiveram
os negócios afetados, contabiliza a Abicab. Alguns decidiram fechar as portas enquanto outros resolveram migrar de produto ou rebaixar
a produção. Ainda assim, os chicles açucarados têm hoje seu principal público no Norte e
Nordeste do país, embora as mudanças nos
hábitos de consumo já tenham atingido esses
mercados. Mesmo popular, os chicles de bola
açucarados hoje em dia encontram nos pais a
principal barreira para que os filhos continuem
a consumir. A goma de mascar isenta de açúcar, com demanda crescente até hoje, segurou
as vendas da categoria nos últimos cinco anos.
Sem o segmento, a queda seria ainda maior.
O quadro é resultado da migração já em curso
no consumo. O brasileiro compra menos chicles açucarados e prefere pagar mais pelo sem
açúcar. Essa mudança coincide com o ingresso
das companhias e marcas que hoje dominam o
reduto no país. •
Abril 2014 Doce Revista
3
Sumário
26 CAPA
GOMAS DE MASCAR menos é mais
Apesar da queda em volume em torno de 18% nos últimos cinco anos, o
reduto de chicles de bola e gomas de mascar segue fazendo a alegria dos
fabricantes, com faturamento 37% maior no mesmo período
08 ENTREVISTA
PEPSICO a missão de Gonzalo do Pico
O diretor de marketing da companhia nº1 do setor de snacks no Brasil dá a
pista de como a reintrodução da marca Lay’s vai ajudar a empresa a elevar
o consumo per capita de batata chips no país
14 INSUMOS
DOW embalagem tecnológica
Com patente requeridade pela companhia americana de matérias-primas,
o filme comercializado sob a marca Diamanto introduz um polietileno sob
medida para envoltório de balas da fabricante Toffano
18 VITRINE ATACADISTA
TATENO menos ovos, mais bombons
Uma das pioneiras no formato mix de atacado e varejo de doces na capital,
a rede da zona sul paulistana comprova a desaceleração nas vendas de
ovos de chocolate e o avanço na demanda de tabletes e bombons na
Páscoa 2014
22 FEIRA
APAS inspiração na Copa do Mundo
A aproximação dos jogos do mundial de futebol transforma o palco da
maior feira do setor supermercadista brasileiro em campo de testes para
os lançamentos da ala doceira que irão contrabalançar as vendas no
segundo tempo de 2014
SEÇÕES
06 MIX a Ferrero investe R$ 200 milhões na ampliação de sua unidade em Minas
Gerais, entre outros destaques
12 CONSULTORES a análise de especialistas dos mercados de açúcar e cacau
16 INSUMOS a Tate&Lyle desenvolve tecnologia para substituir o sal sem alterar o
sabor das guloseimas
32 DESTAQUE enquete exclusiva apura opinião do trade sobre vendas de gomas de
mascar para adultos
34 GIRO os lançamentos que enfeitam as prateleiras do atacado distribuidor doceiro
38 SAÚDE e BEM-ESTAR especialista em nutrição estabelece a dose certa para o
consumo saudável de chocolate
4
Doce Revista Abril 2014
www.docerevista.com.br
MIX
INVESTIMENTO
Produção em dobro
A
Ferrero Rocher anunciou em abril
o investimento de R$ 200 milhões
na ampliação de sua fábrica em
Poços de Caldas (MG). Segundo a empresa, esse é o maior aporte feito no
país, desde a inauguração da unidade há 20 anos, e a maior injeção de
recursos programada para 2014 em
suas subsidiárias pelo mundo. O investimento vai permitir à empresa produzir os chocolates Kinder, deixando de
importá-los da Itália, além da pastilha
Tic-Tac, também prevista para iniciar
a produção no país, informa Carlos
Magan, diretor-geral da companhia no
Brasil e países do Cone Sul. Até hoje,
somente a pasta de avelã Nutella e o
bombom Ferrero Rocher eram produzidos na fábrica mineira. No limite de
sua capacidade, a produção de Nutella
vai dobrar, saltando para 10 milhões
de quilos. Com relação ao ao bombom,
carro-chefe da marca, a mudança será
sobretudo na qualidade. “A linha Rocher
passará a ter uma melhora que estará
em linha com a sua produção na Itália”,
sublinha Magan. Além da duplicação da
fábrica, ele anuncia a construção de um
centro de distribuição no mesmo local.
A Ferrero cresce cerca de 15% ao
ano no Brasil e a expectativa é dobrar
a cifra nos próximos cinco anos, prevê
o executivo. “A ampliação permitirá a
concentração da produção local, que
pretendemos passar de 50 para 100 toneladas”, pontua o diretor, enfatizando
o compromisso da fábrica com a economia local. “As obras terminam em abril
e a subsidiária brasileira empregará
mais 100 trabalhadores diretos e 300
indiretos, além dos 1.000 funcionários
que já fazem parte dela”, assinala. Poços de Caldas atende ao mercado do
Brasil e de países da América do Sul.
PROMOÇÃO
Bis de ouro
C
ampeã de giro do portfólio da
Mondelez, a marca de chocolates Bis banca uma ação que
visa surpreender e estimular a participação dos seus milhares de fãs.
Trata-se da promoção Em Busca do
Bis de Ouro. Desenvolvida em parceria com a agência Bullet, a ação
reforça a personalidade irreverente e
divertida da marca. Para o disparo da
campanha , a grife entra na TV aberta com peças bem humoradas, assinadas pela Wieden+Kennedy, em seu
6
Doce Revista Abril 2014
primeiro trabalho para Bis. Dividida
em duas fases, ela dará aos participantes a oportunidade de concorrer a
milhares de prêmios de até R$ 400,
além de disputar o valor maior de R$
1 milhão de uma maneira surpreendente, antecipa Fernanda Pincherle,
gerente de marketing de Bis. Para
concorrer, informa ela, basta torcer
para achar um Bis dourado nas bandejas de Bis ao leite, Laka e Yogo. O
sortudo que encontrar preenche o cadastro no hotsite (www.embuscadobisdeouro.com.br), informa o código
promocional impresso no cartão que
estará dentro da embalagem e, na sequência, descobre o valor do prêmio,
que pode ser de R$ 100, R$ 200 ou
R$ 400. Com a embalagem premiada,
o consumidor terá a oportunidade de
participar da segunda fase da promoção e disputar o prêmio maior. Para
isso, terá de responder ao quiz, disponível no site após o cadastro, e à pergunta “Se vale tudo pelo Bis de ouro,
o que você faria para conquistar R$
1 milhão?”. Serão os dois primeiros
testes para a marca detectar quem,
de fato, faria tudo pelo prêmio. As
respostas enviadas serão analisadas
por uma banca julgadora, e as dez
mais criativas, que atingirem o maior
nível no “sacanômetro”, irão ganhar
R$ 500 e o passaporte para participar
do desafio final valendo R$ 1 milhão,
em 15 de junho, no palco do programa Pânico na Band. “A promoção tem
tudo para ser um sucesso. Além de
uma mecânica divertida, reforça o
posicionamento e a personalidade da
marca tanto no conceito, quanto na
comunicação. Se Bis já é uma marca
que ninguém resiste, imagina um Bis
de ouro”, assinala Fernanda.
www.docerevista.com.br
Em nosso site
Sabor do cerrado
S
ob a coordenação da pesquisadora Marise Bonifácio Queiroz,
o Cereal Chocotec – Centro de
Tecnologia de Cereais e Chocolate, do
Ital (Instituto de Tecnologia de Alimentos), realizou um estudo para avaliar
e estabelecer procedimentos para
a produção de balas de goma com
adição de duas frutas do cerrado: o
araçá-boi (Eugenia stipitata) e o murici (Byrsonima crossifolia). Segundo
a especialista, é crescente o interesse
da indústria de confectionery por desenvolvimentos com adição de frutas.
“O consumidor deseja sentir o sabor
da fruta e, dentro dessa tendência, o
uso de extratos de frutas e vegetais
e de polpa de frutas pode atender as
demandas do mercado nacional e do
exterior, com o emprego de variedades
genuinamente brasileiras”, sublinha
ela. Pesquisadores da Universidade de
Lavras (MG), acrescenta Marise, vêm
desenvolvendo projetos com o objetivo de popularizar as frutas do cerrado,
enfatizando seu potencial sensorial,
nutricional e funcional. Alternativas de
agregação de valor são fundamentais
para se garantir a oferta das frutas ao
longo de todo o ano, seja na forma in
natura, de polpa congelada, doces, geléias, compotas, sorvetes e bebidas. “O
potencial de comercialização dos frutos do cerrado, in natura ou processados, no Brasil e exterior, é enorme, em
razão especialmente de seus aromas e
sabores agradáveis e exóticos”, assinala a pesquisadora.
As balas de goma são uma classe
de confeitos de baixa cocção e alto
conteúdo de umidade, cuja textura
é fornecida pelo agente geleificante
utilizado, podendo ser goma arábica,
ágar, gelatina e pectina, entre outros.
No estudo do Cereal Chocotec, as balas foram estruturadas com gelatina e
adicionadas de colágeno hidrolisado.
As frutas foram caracterizadas quanto
à umidade, cinzas, lipídeos, proteína,
sólidos solúveis, acidez titulável e pH.
Realizou-se também uma análise sensorial qualitativa de forma a levantar os
principais atributos das frutas (cor, aroma e sabor). As balas produzidas com
a adição de murici e araçá-boi foram
submetidas a uma análise sensorial de
aceitação de consumidor e intenção de
compra. O teste foi conduzido com 52
provadores não treinados. As balas de
goma adicionadas, em média, de 35 %
a 50 % de polpa de araçá-boi e murici
obtiveram uma boa aceitação sensorial para os quatro atributos avaliados
(cor, sabor, textura e impressão global),
não tendo sido adicionadas de corantes, aromas ou ácidos. Apesar do pouco conhecimento das frutas por parte
dos provadores, o sabor de ambas
agradou. O estudo contou ainda com
a colaboração das pesquisadoras Roseane Aline Azevedo, Thais Hernandes,
Ana Lúcia Fadini e Lidiane Bataglia da
Silva, podendo ser conferido na íntegra
no site de Doce Revista (www.docerevista.com.br).
ENTREVISTA
brasil com fritas
PepsiCo aposta na marca Lay’s
para elevar o consumo per capita
de batata chips no país
H
á 13 anos ausente das gôndolas
brasileiras, a batata frita Lay’s foi
reintegrada ao portfólio local da
PepsiCo no início de 2014. Maior marca
da companhia no mundo, com vendas
anuais de US$ 12 bilhões, o snack é o
maior investimento da sua divisão de
alimentos previsto este ano para o país.
Segundo a empresa, a ala brasileira de
aperitivos salgados cresceu cerca de
3% em volume e 10% em faturamento
no ano passado. Para 2014, projeta-se
um aumento de até 15% no volume de
vendas antes e durante a Copa, sendo
o comportamento do giro no segundo
semestre ainda imprevisível. A demanda brasileira de batata chips é relativamente pequena se comparada a de
outros países, com um consumo per
capita de apenas180g/ano (contra 280g,
na Argentina e 2,37 quilos, nos EUA). O
segmento, no entanto, movimenta cerca
de R$ 1 bilhão anuais, algo em torno de
25% do mercado total de snacks. Projeções dão conta de que esse patamar
deve avançar para 50% nos próximos
cinco anos. E a batata Lay’s pode ser a
chave para esse salto, ocupando um espaço próximo de Ruffles, carro-chefe da
companhia no Brasil e seu maior faturamento, com fatia de 60% da categoria,
repassa Gonzalo do Pico, diretor de marketing de snacks da PepsiCo Brasil. No
posto desde novembro de 2011, o executivo atuou como líder da categoria das
marcas Lucky, Fofura e Torcida, reunindo
15 anos de experiência em marketing
em diferentes companhias de consumo
massivo da Argentina, Venezuela, Colômbia, Equador e Peru. Desde março do
ano passado é responsável pelas marcas da categoria de snacks da PepsiCo
8
Doce Revista Abril 2014
e, antes de ingressar na companhia,
integrou a equipe global da Mondelez,
comandando a estratégia de inovação
para biscoitos salgados. Nesta entrevista
exclusiva à Doce Revista (DR), Gonzalo
do Pico detalha sua atuação à frente do
setor de snacks da empresa número um
da categoria no país.
DR – Há alguns anos a PepsiCo anunciou
mudanças nas linhas de salgadinhos
para torná-las mais saudáveis. O quanto
já se avançou nas propostas?
Pico – Oferecemos aos nossos consumidores uma ampla variedade de alimentos e bebidas, para ofertar opções
de escolha e para acompanhá-los nos
diversos momentos do dia, seguindo e
até mesmo antecipando as tendências
do mercado. Temos avanços significativos neste sentido. Em relação ao sódio,
por exemplo, reduzimos esse componente em vários itens de nosso portfólio:
em Fandangos, a redução de 30% ocorreu em 2010. Em Cheetos, a redução foi
de 25%, em 2011. Doritos também teve
redução de 30% de sódio em 2012. Além
disso, desde 2011 a PepsiCo é signatária de acordo entre a Abia (Associação
Brasileira da Indústria de Alimentos) e
o Ministério da Saúde para reduzir progressivamente os níveis de sódio em
salgadinhos e biscoitos.
Já com relação à gordura, em 1999
a companhia foi uma das primeiras empresas a retirar a gordura trans de seus
produtos, eliminando o seu uso em toda
a linha de snacks. Também reduzimos
o teor de gordura saturada de diversos
produtos. A partir da substituição do óleo
de palma pelo óleo Hoso (High Oleic Sunflower Oil/óleo de girassol especial, com
alto teor de gordura insaturada), foi poswww.docerevista.com.br
Gonzalo do Pico ações com Lay’s
ganham o Brasil em 2014.
sível diminuir em 25% o teor de gordura
saturada em Cheetos, por exemplo. O
mesmo óleo é utilizado para a produção
de Fandangos, eQlibri e Sensações.
DR – Há alguns anos a companhia
incorporou a operação da Lucky. Os
próximos alvos são as indústrias de
snacks não convencionais, a exemplo
de salgadinhos naturais/integrais/
orgânicos?
www.docerevista.com.br
Pico – O mercado brasileiro é suficientemente grande e comporta vários
players no segmento de snacks. Com a
aquisição da Lucky, conseguimos ampliar as opções da marca aos consumidores, nos aproximando ainda mais das
classes C/D e E. A empresa está sempre
monitorando o mercado, antecipando
tendências e checando oportunidades.
No entanto, por política da companhia
não comentamos estratégias futuras.
DR –Como analisa a importância das
redes sociais na divulgação das marcas?
Pico – Manter marcas fortes no mercado por 60 anos requer investimento
em criatividade, em ações que surpreendam e em campanhas inovadoras. Nosso desafio é mostrar essência, tradição,
relevância e qualidade. Estamos sempre
atentos às tendências, sejam online ou
offline, e contamos com uma equipe inovadora e talentosa. Especificamente sobre ações de marketing digital, diversos
consumidores de nossas marcas estão
nas redes sociais. Eles estão conectados
e é lá que devemos estar também, por
isso, é um meio que não só consideramos importante, mas estamos investindo com diversas marcas. Toddy, por
exemplo, vem priorizando nesse meio.
Como resultado, somente em 2013 a
marca multiplicou em mais de seis vezes
o número de seguidores de sua página
no Facebook, que hoje conta com quase
dois milhões de fãs e possui um engajamento acima da média no segmento.
Além disso, temos na PepsiCo uma área
de mídia que tem essa expertise dos
meios e ferramentas, e nos ajuda muito
para garantirmos que estamos nos aproximando do target das nossas marcas da
maneira correta.
DR – Há alguma experiência que deseje
lembrar?
Pico – Temos diversos cases nessa
área já há bastante tempo. Em 2010, por
exemplo, investimos em ações como a
plataforma online Snack Life, em que os
Abril 2014 Doce Revista
9
ENTREVISTA
fãs de snacks eram convidados a interagir e discutir sobre os produtos e temas
relacionados a esse segmento de mercado; e o Teen Panel, em que um grupo de
jovens era selecionado pela companhia
para participar de pesquisas com o objetivo de testar e experimentar novidades.
Várias de nossas marcas apostam fortemente nesse segmento, como é o caso
de Doritos – uma das marcas da PepsiCo
que mais preza por inovação e por ações
inusitadas, como o novo posicionamento da marca “Para os Fortes”, voltado
ao público jovem e irreverente, e o lançamento de “Doritos Roleta”, com promoção em parceria inédita com o UFC.
Ruffles, em 2011, fez uma promoção
inovadora, intitulada “Ruffles Faça-me
um Sabor”, em que os consumidores foram convidados a sugerir novos sabores
para a linha de snacks, incluindo nome,
ingredientes e imagem do que tinha inspirado a novidade. A primeira fase chegou a três sabores: Ruffles Strogonuffles,
Honey MoonStard e Yakissobaaa. Ruffles
Strogonuffles foi escolhido e o consumidor que o sugeriu recebeu a quantia
de R$ 50 mil, além de 1% do valor das
vendas líquidas do novo produto. Saindo
do setor de snacks, a atuação das vacas
de Toddy na web trouxe importante crescimento de presença da marca no meio
digital. Como resultado disso, em 2013
a marca apostou na primeira campanha
totalmente online, que convidou web
celebridades para estrelar vídeos com
liberdade criativa e alcançou 4,5 milhões
de views na internet no primeiro mês.
DR – Recentemente, a companhia
introduziu mudanças nos tamanhos
das porções. Como foram feitas essas
alterações?
Pico – A PepsiCo se preocupa em
garantir escolha e informação ao consumidor. As linhas de snacks da PepsiCo
trazem, na frente do rótulo, a imagem de
“mãozinhas” que indicam ao consumidor para quantas pessoas a porção de
cada tamanho de pacote é indicada, de
forma simples e divertida.
10
Doce Revista Abril 2014
Unidade da PepsiCo em Itu foco na produção de Ruffles, carro-chefe com 60% das vendas de batatas chips do país.
DR – Como foi o projeto da reintrodução
da batata Lay´s?
Pico – Com 75 anos no mercado,
Lay´s já está presente em mais de 60
países, nos quais conquistou seu espaço no mercado de snacks. Hoje é
considerada líder dentro do segmento
de macrosnacks, além de ser a maior
marca de alimentos do mundo, segundo levantamento feito pela Euromonitor
International. Está entre as dez marcas
mais presentes na vida dos consumidores (dentre todas as marcas de todas as
categorias), segundo levantamento feito
pela Brand Footprint Kantar World Pannel
2013. No Brasil, nos últimos anos, Lay´s
foi o produto mais pedido no nosso Serviço de Atendimento aos Consumidores.
E hoje, depois de desenvolvermos o
segmento de snacks para adultos com
Sensações, eQlibri e outras iniciativas,
fortalecendo e trazendo importantes inovações, sentimos que esse era o melhor
momento para o retorno da marca ao
Brasil. Não abrimos investimentos, mas
asseguramos que o lançamento de Lay´s
no Brasil é o principal investimento da
PepsiCo em 2013 e também em 2014.
Trazer Lay´s para o país não é apenas
investir em uma unidade fabril. Existe
uma grande estratégia por trás desse
lançamento. Como resultado, podemos
dizer que a receptividade do mercado
tem sido muito boa.
DR – O que poderia adiantar para este ano?
Pico – Para 2014, temos previstas
diversas ações que continuarão acontecendo para promover a marca e realizar
uma grande entrada em outras praças
brasileiras, além de São Paulo e Rio de
Janeiro, onde a batata já está sendo comercializada desde o final do ano passado. Entre as ações para reforçar essa
chegada, acabamos de lançar a primeira
campanha de Lay’s no Brasil que, com
linguagem bem humorada, brinca com o
fato de a batata ter demorado a chegar
ao país. Logo no primeiro dia de lançamento, um domingo, o filme teve uma
maratona de exibições nos principais
programas dos canais de TV aberta.
DR – A PepsiCo divulgou relatório onde
assinala que a companhia cresceu “um
dígito médio” em volume no Brasil. Qual
é o significado dessa referência?
Pico – Em sua divulgação global de
resultados do primeiro trimestre 2014,
a companhia anunciou alta de 4% em
sua receita e manteve sua projeção de
crescimento para o ano, com expectativa
de aumento de receita orgânica em torno de 5% (um dígito médio). Porém, por
política da empresa, não comentamos
resultados financeiros. •
www.docerevista.com.br
Consultores
Cacau
Inércia total
O
s mercados de cacau completaram em abril seu terceiro mês consecutivo de
inércia total. Os preços continuaram patinando sem sair do lugar
e as cotações de fechamento do
contrato de julho/2014 na Bolsa
de Nova York, que passou a ser
a referência para os negócios físicos, praticamente não saíram
Thomas Hartmann
da faixa entre US$ 2.900 e US$
3.000 desde o início de fevereiro. A exemplo do mês anterior,
os grandes fundos especulativos ainda fizeram várias tentativas de forçar uma continuação da alta dos preços, mas não
conseguiram sustentar os avanços.
A frustração das tentativas de alta se explica pelo quadro da
conjuntura fundamental, que perdeu todo viés altista e está assumindo feições moderadamente baixistas, pelo menos no curto
e médio prazos. As entradas de cacau dos dois principais produtores mundiais, Costa do Marfim e Gana, estão 10-15% acima
dos volumes do ano passado e tudo indica que a produção marfiniana no ano-safra de 2013/2014, que termina em setembro,
marcará um novo recorde histórico ao superar 1,6 milhões de toneladas (t). As moagens de cacau no primeiro trimestre de 2014
dos principais centros consumidores decepcionaram. Contrariando as expectativas de um aumento da ordem de 3-5%, elas
só cresceram ínfimo 0,4% na Europa e também modesto 1,03%
na América do Norte. Ásia e Brasil tiveram desempenho melhor
com taxas de expansão de 3,69% e 5,74%, respectivamente,
mas o aumento da soma conjunta dessas quatro regiões, que
representam mais de 60% das moagens mundiais, não passou
de 1,17%. Com isso, as previsões de déficit da safra 2013/2014,
que dois meses atrás ainda giravam em torno de 100-150 mil t,
ficaram reduzidas a poucas dezenas de milhares de toneladas
e já se admite a possibilidade de um equilíbrio entre produção e
moagens ou mesmo um pequeno superávit.
12
Doce Revista Abril 2014
Diante desse cenário, os grandes fundos especulativos,
cujas posições compradas têm dado sustentação ao mercado desde o ano passado, começam a mostrar sinais de fadiga
e de estresse. Vários deles já iniciaram programas ordenados
de redução das suas posições, vendendo com cautela quantidades controladas que, por enquanto, vêm sendo absorvidas
pela indústria consumidora e não têm exercido pressão sobre
os preços. Entretanto, além desse panorama fundamental, o
cenário técnico também está assumindo crescente viés baixista, situação que pode induzir ao aumento do ritmo dessas
liquidações e resultar numa correção para baixo dos preços de
maior envergadura.
Os ratios dos produtos de cacau permaneceram estáveis durante a maior parte do mês, mas registraram melhoras perto do
seu final. O ratio da manteiga de cacau no mercado spot norte-americano avançou de 2,66 x Bolsa de Nova York para 2,68, o
ratio do pó de cacau 10/12 aumentou de 0,71 para 0,73 e o do
liquor de cacau passou de 1,50 para 1,51. •
Thomas Hartmann é cacauicultor, analista do
mercado internacional de cacau e titular da
TH Consultoria e Estudos de Mercado.
www.docerevista.com.br
Açúcar
Volatilidade alta
O
mercado internacional de
açúcar apresentou em
abril uma maior volatilidade de preços. As incertezas
com relação ao tamanho da safra 2014/2015, no Centro-Sul do
Brasil (maior região produtora do
país), influenciaram diretamente
os preços ao longo do mês.
Do lado baixista, a boa oferta
Ronaldo Lima Santana
de curto prazo contribuiu para o
movimento de queda, particularmente na primeira quinzena do
mês. Já os movimentos de alta foram influenciados pelo noticiário relacionado à possibilidade da ocorrência do fenômeno El
Niño, no segundo trimestre do ano, podendo afetar a safra do
Centro-Sul na primavera. Além disso, a posição líquida comprada dos fundos de investimentos, no mercado de futuros, contribuiu para reforçar um sentimento de alta para preços.
O gráfico seguinte mostra o comportamento dos preços do
açúcar demerara ao longo do mês de abril, até o dia 29, na Bolsa
de Nova York, tomando como base o vencimento de maio/2014.
açúcar da safra 2014/2015, que se inicia no Centro-Sul. Mesmo
diante de uma oferta ainda pequena da nova safra, os preços
continuaram apresentando viés de baixa. A postura do cliente,
de comprar apenas o necessário para o giro do seu negócio, e
a oferta de produto remanescente da safra anterior, explicam o
movimento de preços atual.
O gráfico seguinte apresenta os preços médios semanais negociados em São Paulo apurados pelo índice JOB Economia de preços.
A safra 2014/2015 está se iniciando no Centro-Sul e as incertezas relacionadas ao mix de produção, tamanho da safra,
clima, exportações, entre outras variáveis importantes para
definição dos preços, existem e requerem um monitoramento
constante do mercado. •
A JOB Economia há 20 anos vem realizando esse trabalho de
monitorar o mercado de açúcar sempre com o objetivo principal de
antecipar movimentos de mercado para um posicionamento correto
nas estratégias empresariais de seus clientes, contribuindo assim
para melhorar os resultados dos seus negócios.
Solicite um exemplar de nosso relatório e veja como nosso trabalho pode ajudá-lo na tomada de decisões. Para mais informações
acesse o site www.jobeconomia.com.br.
No mercado interno os preços do açúcar (cor até 250 ICUMSA) sinalizaram queda.
As chuvas ocorridas em abril prejudicaram a produção de
www.docerevista.com.br
Ronaldo Lima Santana é sócio-gerente
da JOB Economia e Planejamento
Abril 2014 Doce Revista
13
Insumos
Embalagem
vitrine de plástico
Dow e Plaszom desenvolvem solução para
envoltório de balas da Toffano
D
e olho no mercado de balas e gomas de mascar, que movimenta
acima de R$ 10 bilhões anuais, a
Dow e a Plaszom criaram uma embalagem utilizando o filme Diamanto. Enquanto a primeira fornece a matéria-prima à
base de polietileno, a indústria Plaszom
se encarrega de transformar o material
em envoltório plástico para a grife de balas Toffano. “A embalagem confere boa
transparência e apresenta menor custo
de produção, principalmente em grandes
volumes, boa resistência e selagem”, argumenta Carlos Alberto Araujo, gerente
industrial da Plaszom. Charly Eid, gerente
de marketing para Food & Specialty Packaging da Dow na América Latina, detalha em entrevista o impacto dessa tecnologia no mercado de candies.
DR – Em que Diamanto se diferencia
das soluções em embalagens para o
setor de balas?
Eid – Consiste em um filme de polietileno. Ele se diferencia por conseguir aliar
rigidez, transparência e alto desempenho
de selagem, algo inédito no gênero.
DR – Em quais aspectos ele sobressai nas embalagens para balas?
Eid – É uma boa opção para envoltórios de balas, pois entrega as propriedades requeridas. Entre suas principais
vantagens estão a transparência e rigidez,
fora a baixa temperatura de iniciação de
selagem. Diamanto exibe ainda alta capacidade de customizar o desempenho
da selagem, incluindo abertura fácil, e a
possibilidade de redução de espessura se
comparado com filmes de polipropileno
ou convencionais de polietileno.
DR – Alguma vantagem no quesito
espessura?
Eid – Com o uso de filmes Diamanto,
é possível produzir pacotes de balas com
14
Doce Revista Abril 2014
Eid pacotes de balas com espessura até
15% inferiores.
espessura até 15% inferiores, o que aumenta a competitividade do produtor de
balas. Em termos práticos, pode-se mensurar que em média a cada 10 pacotes é
possível ganhar um ou dois com o material. Diamanto é uma alternativa passível
de ser utilizada sem custo adicional em
maquinário, sendo ainda possível aumentar ou, no mínimo, manter o ritmo de produção.
DR – Desde quando a novidade está
disponível?
Eid – A Plaszom está fornecendo filmes para pacotes de balas com Diamanto
há pelo menos três meses. O usuário pioneiro é a Toffano, de Jaú (SP). Diamanto
também possui alta barreira contra umidade.
DR – Qual o significado do desenvolvimento para os negócios da Dow?
Eid – Com a chegada do Diamanto, a
Dow passa a atuar em novo de mercado
para concorrer com polipropileno (material mais comum em embalagens de
balas e candies) em diversos segmentos,
trazendo benefícios do polietileno, como a
excelente selagem.
DR – Quais foram os principais
desafios desse projeto?
Eid – Primeiro, promover economia
com a produção, em grande escala, de
embalagens flexíveis com alta transparência e rigidez, oferecendo um material
com as propriedades que o produto precisa, ou seja, além de boa selagem. Outro:
não adicionar custo adicional em maquinário; aumentar ou, no mínimo, manter o
ritmo de produção da fábrica; desenvolver
uma solução que beneficiasse toda a cadeia e um filme de polietileno para concorrer em um território que hoje é, principalmente, de filmes de polipropileno.
DR – Como foi a parceria com a
Plaszom?
Eid – A Dow e a Plaszom identificaram
que Diamanto, filme transparente rígido
com brilho, poderia substituir o tradicional laminado composto por polipropileno
e polietileno gerando mais economia por
ser um monomaterial mais fino, leve, com
as propriedades exigidas no caso, fora
ser de mais fácil reciclabilidade. Diamanto solucionou dificuldades aferidas com
outros materiais em relação à rigidez e
solda. Com essa tecnologia, tivemos aumento na rigidez característica do produto, e selagem melhor e em menor tempo
proporcionada pela baixa temperatura de
iniciação desse processo. •
www.docerevista.com.br
Insumos
Ingredientes
Menos sal com sabor
Tate&Lyle assume a pole na corrida para
reduzir os teores de sódio nos alimentos
B
enefícios à saúde em alimentos
industrializados ficaram por muitos anos restritos à ação voluntária e exclusiva dos próprios fabricantes.
Mas com a tendência de saúde e bem-estar evoluindo para uma grande onda,
tais estímulos ganharam o reforço de
organismos internacionais e a pressão
dos consumidores por uma oferta de
itens mais saudáveis. A receptividade
a mais mudanças nesse rumo coincidiu no início da década atual com iniciativa do Ministério da Saúde (MS) e da
indústria brasileira de mitigar os teores
de açúcar, gordura e sódio nos produtos. Responsáveis diretos por agravar
quadros de obesidade e diabetes, os
dois primeiros insumos foram os alvos
iniciais dessa campanha. Já o sal de cozinha ficou em segundo plano, inclusive,
por dificuldades técnicas para se reduzir
os teores do ingrediente, sem prejudicar
o sabor de guloseimas como biscoitos e
snacks. Lançado globalmente em 2012,
o ingrediente Soda-Lo, da corporação
Tate&Lyle, se apresenta como solução
para esse problema. “No Brasil, ele é
disponibilizado desde outubro passado
para o mercado B2B em uma ampla
gama de alimentos, tais como produtos
de panificação, empanados e snacks
salgados”, informa Daniel Severo, diretor de serviços técnicos e aplicações da
Tate & Lyle.
Também conhecido como sal microesferas, complementa o executivo, Soda-Lo incorpora uma tecnologia patenteada
que reduz o conteúdo de sal e sódio dos
alimentos. Com know-how licenciado
pela Tate&Lyle da Eminate Ltd, uma subsidiária integral da Universidade de Nottinghan, do Reino Unido, para comercialização mundial, o ingrediente apresenta
16
Doce Revista Abril 2014
Severo redução de sódio
até 50%, sem comprometer
o sabor do alimento.
Soda-Lo tecnologia de microesferas assegura sabor salgado com
menor teor de sódio.
sabor, rotulagem e funções similares às
do sal. “Já que ele é sal”, assinala Severo. Sob o acordo de licença, a Tate & Lyle
assumiu a responsabilidade de comercialização da tecnologia para redução de
sal Soda-Lo em âmbito global, incluindo
a manufatura, desenvolvimento do produto, vendas e ações de marketing nos
EUA, Japão, Brasil, Argentina e países da
Europa, informa o diretor.
Microesferas ocas
Pela boa receptividade do mercado
doméstico ao sal microesferas, ele já
foi testado e mostrou boa aplicabilidade
em uma grande variedade de alimentos,
funcionando muito bem em aplicações
que tenham pouca atividade líquida, comenta Severo. “Também vai bem em desenvolvimentos que incorporem alguma
quantidade de gordura, pois ela proteje
as microesferas, mantendo as partículas
intactas no processamento, fazendo com
que o consumidor consiga sentir o sabor
salgado”, explica o especialista.
Formado por pequenos cristais de
densidade reduzida, o sal microesferas
tem apresentação em pó e sua dosagem
depende do produto a ser utilizado, ele
completa. “O Soda-Lo utiliza uma tecno-
logia que transforma os cristais de sal comuns em microesferas cristalinas ocas.
Estes pequenos cristais de densidade mínima entregam o sabor salgado de forma
eficiente em uma quantidade reduzida de
produto, já que maximizam a superfície
relativa do volume utilizado”, detalha Severo. Com a sua utilização, prossegue ele,
os fabricantes de alimentos, como biscoitos salgados e snacks, podem reduzir os
níveis de sódio a partir de 25% até 50%,
sem comprometer o sabor. Isso torna
possível desfrutar o sabor do sal consumindo menores quantidades de sódio.
Como é elaborado a partir de sal, Soda-Lo não apresenta nenhum sabor residual amargo ou aromas característicos de
outros compostos salinos ou substitutos
do sal. “Apesar dos defensores da saúde
pública sempre alertarem sobre a necessidade de redução mundial do consumo
de sal, estudos mostram que os consumidores associam os produtos redutores
de sódio com sabor ruim”, afirma Severo.
Para ele, contar com uma alternativa que
reduz o sal e corresponde às expectativas de sabor do consumidor é o primeiro passo no sentido de romper barreiras
para que as pessoas reduzam o consumo
do sódio. •
www.docerevista.com.br
Vitrine Atacadista
Ovos a menos
Tateno confirma vendas em
alta de tabletes e bombons
na semana da Páscoa
U
ma das pioneiras no formato mix
de atacado e varejo e termômetro
do comércio de doces na capital
paulista, a Tateno confirma a desaceleração geral no giro da campanha de Páscoa
deste ano. Segundo monitoramento da
Serasa Experian, as vendas do setor durante a semana de 14 a 20 de abril pisaram no freio, com alta de apenas 1,6%
sobre período equivalente de 2013. Na
semana pascal do ano passado, que caiu
entre os dias 25 e 31 de março, as compras registraram crescimento de 5,6% na
comparação com o ano anterior, confronta a empresa de informações de crédito.
“A circulação de pessoas na loja na semanda de Páscoa normalmente dobra,
mas neste ano ela chegou a apenas 45%
a mais e, com isso, o total das compras
também ficou contingenciado”, observa
Francisco Martins, gerente do atacado
doceiro estabelecido na zona sul, atualmente responsável pela área de compras
da rede. Ele informa que o movimento
diário na matriz, com área de venda de
1.000 metros quadrados, oscila em torno
de 800 pessoas, ultrapassando a faixa de
1.500 em datas sazonais como a Páscoa.
Outra constatação da campanha deste ano foi a alta demanda de bombons e
18
Doce Revista Abril 2014
Martins decréscimo no giro de ovos compensado por
caixas de bombons.
tabletes, abocanhando parte das vendas
de ovos de chocolate. “Já era uma tendência que vinha se acentuando e se
mostrou vigorosa, principalmente na ala
de bombons, pois zeramos os estoques,
colocando cerca de 1.000 caixas na semana da data”, contabiliza o gerente. Muito provavelmente por conta do preço mais
salgado dos ovos de chocolate – 7,2%
mais caros em relação ao ano passado,
segundo a Agência de Proteção e Defesa
do Consumidor (Procon) – , as versões regulares do produto subiram no conceito e
preferência do consumidor. Pente-fino do
Instituto Brasileiro de Estatística da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV) apurou que
o preço de bombons e tabletes de chocolate aumentou apenas 1,16%, nos 108
estabelecimentos pesquisados em 17
municípios do estado de São Paulo.
“Também percebemos uma queda na
demanda de cobertura ou de barras de
chocolate para fabricação artesanal, que
já foi muito mais intensa no passado”, nota
Martins. Para ele, esse movimento tem a
ver com o cerco ao comércio informal de
chocolate artesanal, inibido pela ação das
autoridades. “Já chegamos a vender 20
toneladas de cobertura e compound para
pequenos fabricantes, mas esse volume
caiu 70% e hoje é puxado por donas de
casa que fazem produto para consumo
próprio”, comenta ele. Noves fora, a Páscoa 2014 não foi ruim, mas também não
superou as expectativas, com a eventual
queda no giro de ovos de chocolate e barras de cobertura equilibrada pelas vendas
de tabletes e bombons, conclui o gerente
da Tateno.
Frente de negócio
Na ativa há 47 anos com duas lojas no
bairro da Saúde, a Tateno nasceu no formato tradicional de atacado de balcão derivado de uma banca de doces e biscoitos
mantida pela família de origem japonesa
em feiras livres da região, relata Martins.
Inicialmente, ela ocupou um sobrado com
www.docerevista.com.br
25 metros quadrados de área de venda.
A adesão ao formato de atacado de autosserviço (cash and carry) foi uma decorrência natural gerada pela demanda
da população do bairro. Ao perceber que
o figurino do comércio inibia a compra
picada, pois a clientela achava que devia
comprar apenas em grandes quantidades, quando, na realidade, inexistia pedido mínimo, os dirigentes trataram de
mudar o perfil da loja. Foi quando os caixões de embarque dispostos em estrados
foram substituídos por prateleiras e gôndolas, típicas do varejo de autosserviço. A
instalação dos checkouts, hoje em torno
de duas dezenas somando as duas lojas,
abriu ao balcão atacadista uma nova frente negócio, quando ainda nem se cogitava o termo atacarejo (misto de atacado e
varejo), consagrado nos útimos anos no
país. A rede totaliza hoje 2.000 metros de
área de venda e 3.000 metros quadrados
de depósito. Opera com cerca de 25.000
itens, sendo 40% do portfólio preenchido
www.docerevista.com.br
por linhas de chocolates e confeitos doces, repassa Martins.
Se as vendas de chocolate sinalizam
desaceleração, após terem explodido nos
últimos 4-5 anos, confirma o gerente da
Tateno, a demanda de candies em geral
segue estabilizada pelo menos nos últimos dez anos. Para Martins, uma parcela da responsabildade por essa conjuntura é da própria indústria que, tirando
as exceções, tem se esforçado muito
pouco para injetar ânimo às vendas no
atacado. Ele exemplifica com as parcerias frequentes que a rede fecha com
fornecedores como Nestlé, Hershey’s e
Montevérgine, na ala chocolateira. “Eles
trabalham forte com equipes frequentes
de promotores na loja e fazem promoções atraentes, além de bonificar ações
para assegurar o preço final de venda,
fazendo os produtos girarem” , avalia o
atacadista. Já o reduto de balas, chicles e
derivados, no máximo, envia promotores
(“apenas um de cada empresa”) para as
lojas da Tateno. Apesar do declínio nos
últimos anos, as prateleiras de doces ainda abocanham 50% do faturamento da
rede, hoje em dia cada vez mais receptiva a outras categorias de produtos, entre
as quais sobressai a de itens de higiene
e limpeza. “É a demanda que comanda o
mix das lojas”, assinala Martins, destacando a recente instalação de padaria e
estação de frios nas duas unidades.
Com frota de cinco veículos, a Tateno atende todos os bairros da zona
sul da capital, a partir de vendas por
telemarketing, que atualmente respondem por 35% do faturamento, ficando
os restantes 65% a cargo do autosserviço, reporta o gerente. O último balanço
cravou crescimento na faixa de 4-5% e,
apesar de não ter ficado no vermelho, foi
considerado apenas regular. “As vendas
seguem estáveis. Não temos conseguido
atingir o avanço verificado no passado de
até 10% ao ano, que era tido como normal”, argumenta Martins. •
Abril 2014 Doce Revista
19
Feira
Varejo
entra em
campo
Às vésperas da Copa do
Mundo, feira da Apas
comemora a 30.ª edição
com temática da
confiança em time
campeão
A
inda bafejada pelo fortalecimento no poder de compra dos brasileiros, a indústria alimentícia,
inclusa a ala de doces e guloseimas,
continua em evidência no balanço do
varejo. O cenário positivo transparece
no faturamento da rede supermercadista nacional, que em 2013 registrou
R$ 288,6 bilhões e alta de 9% sobre o
resultado anterior, repassa a Associação
Brasileira de Supermercados (Abras).
Às vésperas da Copa do Mundo, a
torcida pela manutenção desse quadro
nos próximos meses inspirou a ala varejista na realização do 30.º Congresso
e Feira de Negócios em Supermercados
(Apas 2014), realizado entre 5 e 8 de
maio no Expo Center Norte, em São
Paulo (SP). Sob o tema “Confiança –
Fundamentos do time campeão”, o
evento patrocinado pela Apas (Associação Paulista de Supermercados) visou
promover a integração entre consumidor, indústria, fornecedor e órgãos governamentais.
Para essa edição da feira, repassa João Galassi, presidente da Apas, a
expectativa de público rondava 68 mil
22
Doce Revista Abril 2014
visitantes entre empresários do setor
de supermercados e executivos do varejo doméstico e do exterior. Além das
grandes marcas que, fora do reduto de
candies, operam com diversas outras
categorias, o setor de confeitos (confectionery) comparece com mais de
duas dezenas de empresas, entre as
quais cintilam grifes como Dori, Docile,
Santa Helena, Parati, Pietrobon e Riclan,
inserindo dessa vez lançamentos inspirados na Copa do Mundo.
Visando comemorar as três décadas de evento, a Apas preparou uma
exposição de painéis que assinalam a
memória da feira. Esse trabalho desenvolvido a partir de pesquisa e recuperação de arquivos que representam os
momentos mais marcantes da história
do evento ocupa o hall de entrada do
recinto da feira. Ao todo, o evento da
Apas ocupou 67.000 metros quadrados
de área de exposição e abrigou mais de
500 expositores nacionais e internacionais, vindos de 51 países. A associação
estima terem sido gerados negócios da
ordem de R$ 5,5 bilhões.
Em paralelo à mostra de produtos, o
tema Confiança transpareceu de todo o
ciclo de conferências realizado durante
o Congresso de Gestão em Supermercados. Foram 35 palestras de especialistas a exemplo de Stephen Covey, CEO
da consultoria FranklinCovey, e Lynn
Marmer, VP da Kroger, quinta maior varejista do globo. “Em época de Copa e
eleições, o tema não poderia ser mais
propício, já que pequenas atitudes positivas, realizadas em equipe, podem
construir uma relação de confiança
mais duradoura”, ressalta Galassi.
O visitante também teve a oportunidade de participar das aulas abertas
na Arena do Conhecimento, um ciclo
de palestras gratuitas para inscritos
na feira interessados em aprofundar
conhecimentos nas melhores práticas
do mercado. Segundo detalha Galassi,
a cada ano a expectativa para o evento
só cresce, junto com os expositores,
público e oferta de produtos. “A ideia
é garantir que todas as faces do setor
sejam ouvidas e entendidas para gerar um relacionamento de confiança,
ajustando estratégias e gerando otimismo”, frisa. •
www.docerevista.com.br
As bolas
da vez
C
onfira as surpresas inspiradas em ano de realização da Copa do Mundo no Brasil, que enfeitam as
gôndolas do trade doceiro nos próximos meses
ARCOR
O grupo exibiu
todo seu arsenal
de guloseimas. Em
balas e gomas de
mascar sobressaíram as inovações
na linha Butter
Toffees, como o formato Doy Packs, ideal para presentear e sugerido nas versões
Premium White (capa de chocolate branco) e Premium Dark
(capa de chocolate semiamargo). A empresa promoveu também
a estreia do licenciamento da grife Hello Kitty no chicle de bola
Big Big recheado e em formato de coração, com a personagem
estampada nas embalagens. Outra surpresa reservada para a
feira foi a caixa de bombons sortidos da marca, com 200g e
mix para todos os públicos, além de posicionamento inspirado
na Copa. Na cena de biscoitos, a marca Triunfo comparece com
as versões Cranberry e Cacau com Cereais na linha Cereal Mix.
Para o público teen, a linha breakUP exibiu o sabor pimenta e
Danix apresentou o licenciamento Dragão 2 para as crianças.
DOCILE
Maior produtora de pastilhas da
América Latina, a
empresa também
carimbou mais uma
participação na Apas.
E leva orgulho brasileiro para novas embalagens e produtos. O verde e o amarelo
agora estampam as apresentações da marca com animações
lúdicas, colorindo os seus itens mais consagrados. Não é só
a diversidade de um portfólio com mais de 200 itens que a
Docile exporta para mais de 50 países. São novas opções de
www.docerevista.com.br
embalagens e cores, observa Ricardo Heineck, diretor de marketing da Docile, que ganham o verde e o amarelo do coração
dos brasileiros. Miny Minty, Dente de Vampiro e Cobrinhas Azedinhas agora ganham as cores do Brasil no próprio produto
e também nas embalagens. Figuras tradicionais de diversos
cantos do país como a baiana, o cangaceiro e o sambista são
personagens que estampam as embalagens. O Cristo Redentor e um colorido tucano também fazem parte da lúdica arte
que homenageia o Brasil e suas vertentes culturais. Quem não
poderia ficar de fora desse clima é o mais recente sucesso da
Docile: a linha Doci MaxMallows. O produto agora tem sua textura supermacia colorida de verde e amarelo.
DORI
Um mundo mágico de oportunidades e alegrias. É assim que a empresa
apresentou na Apas
o conceito Doriland.
“Confere um significado lúdico ao mundo de emoções e alegrias da identidade
da Dori, onde convivem os seus cidadãos. E quem são eles?
Somos eu, você e todo público composto por clientes, colaboradores, fornecedores e amigos”, define Jean Carlos Paiva,
gerente de marketing da marca e responsável pela criação da
Doriland. A estratégia tem o desafio de, mais uma vez, reforçar o vínculo afetivo com a marca e seus produtos, através da
criação de um mundo repleto de personagens, cores e sabores.
A Doriland, acentua o executivo, tem a missão de conduzir as
pessoas pela magia do universo Dori. Para atingir esse objetivo,
a empresa transformou seu estande em um mundo de fantasia,
com todo o espaço idealizado para traduzir em formas, apresentação dos produtos e atuação das promotoras e equipe de
vendas o que é ser Doriland.
Abril 2014 Doce Revista
23
Feira
FINI
Depois do agito
com a campanha
“Por que Fini Beans?
Porque sins”, na
qual a marca consagrou sua faceta
divertida junto aos
consumidores, uma série de lançamentos e novidades entraram em campo em mais uma participação da empresa na feira
da Apas. Além das quatro versões da linha Fini Beans (clássicos, frutas vermelhas, frutas tropicais e sabores da infância),
a marca lançou no evento o Fini Beans Sour, versão cítrica nos
sabores abacaxi, cereja, limão , laranja, maçã verde e pêssego.
A embalagem que foi estilizada ganhou zíper para manter as
guloseimas ainda mais frescas. Já Regaliz, a categoria que é febre na Europa, ganhou duas versões no formato de 80g: a Sour
Tubes Ácido do Spiderman 2 nos sabores morango e framboesa
e o Tubes Brasil, que incendeia o clima de Copa, nos sabores
tipicamente brasileiros de carambola e limão. A Fini coloca em
campo ainda outro lançamento campeão: balas de gelatina inspiradas nos personagens da Cartoon Network (Ben 10 de Cia.),
com embalagem especial Copatoon. A novidade vem com uma
bola colecionável em dez modelos diferentes.
ITAMARATY
Fabricante
de
chocolates, biscoitos
e cafés, a empresa
compareceu com novidades sob medida
para incrementar as
vendas do trade da
categoria. Para enfatizar sua apresentação, ela juntou em um
único produto os sabores dos doces brasileiros mais cobiçados
em banquetes de festa: o brigadeiro e o beijinho. “Os novos Wafer Sabor em Dobro Brigadeiro e Beijinho complementam uma
linha que é sucesso no mix da Itamaraty, onde também brilham
as versões Napolitano, Floresta Negra e Obsession”, informa
Carla Negrão, gerente de marketing da indústria paranaense.
MONDELEZ
A companhia calibrou sua performance no evento com o
tema global sintetizado na frase Delicious Moments of Joy (Deliciosos Momentos de Alegria). Para essa edição da Apas a empresa reservou os principais lançamentos do seu vasto portfólio
de marcas, a exemplo de Bis Morango, das embalagens remodeladas do suco Tang, do recheado Oreo em renovadas versões,
da linha de biscoitos matinais Belvita Maçã e Canela e da goma
Trident Unlimited. Mas o destaque maior vai para o drops Halls
24
Doce Revista Abril 2014
Prata, recém-saído
da usina de desenvolvimentos de candies. Há mais de 20
anos na liderança da
categoria de balas,
a marca traz o novo
sabor de intensidade Power 5, que significa o nível mais elevado no quesito refrescância, assim como o sabor queridinho dos
consumidores, o Extra Forte – mais conhecido do público como
Halls Preto.
PARATI
Entre as empresas de maior crescimento no setor de
alimentos, biscoitos
e confeitos nos estados do Paraná e
Santa Catarina, a
Parati tem distribuição focada nas grandes redes e suas marcas avançam nos grandes centros de consumo do Sudeste,
Centro-Oeste, Norte e Nordeste brasileiros. Com a perspectiva
de acentuar ainda mais essa penetração, a companhia abriu
um pacote recheado de lançamentos na Apas. “Iniciamos 2014
lançando 20 produtos”, grifa Débora Grobe Schäfer, gerente de
marketing da indústria catarinense. Mas a principal surpresa,
emenda ela, é o chocolate Radkau ChocoCrisp. Desenvolvido
no formato de minichocolate em embalagem de quatro soldas
do tipo stand-up pouche (11g), e em barrinha (17g), o produto
é crocante, tem recheio cremoso de chocolate e leva cobertura
da mesma massa.
RICLAN
Antenada na sensação do momento, a
nova novela do SBT
“Patrulha Salvadora”, que narra a história de super-heróis
mirins desvendando
mistérios e crimes em Kauzópolis, a Riclan lançou na Apas o
chicle Mega Buzzy Patrulha Salvadora, nos sabores de tutti frutti
e hortelã. “A novidade vem com megafigurinhas adesivas dos
personagens da novela e um megapôster para fixá-las”, anuncia
Gustavo Bacchi, gerente de marketing da indústria de candies.
Ele acrescenta entre outras novidades reservadas para a feira a
ampliação do portfólio da marca TNT, inspirada no conceito de
aventura, energia e modernidade. “Também estamos lançando
as pastilhas refrescantes Freegells Tube Zero Açúcar, em embawww.docerevista.com.br
lagens práticas e modernas, com tampa flip top, que mantém
a integridade do produto, nos sabores menta, hortelã e morango”, frisa Bacchi. Outra novidade reservada para o evento, segue ele, é o Freegells Cool, linha de pastilhas ultra-refrescantes
nos sabores morango, hortelã e extra forte. A Riclan apresentou
ainda em primeira mão na feira a linha Go Jelly Gelatinas. Esse
lançamento conta com seis produtos, com licenciamentos da
Galinha Pintadinha, Hot Wheels e da animação Rio2.
SANTA HELENA
Uma das mais
tradicionais marcas
de amendoim torrado
e sem pele da empresa está de cara nova.
A linha Amindu’s acaba de passar por uma
revitalização em sua apresentação e ganha os sabores pimenta
com limão e mostarda e mel, ambos em pacotes de 150g. O
tradicional amendoim sem sal também incorpora versão com
peso de 200g. A Santa Helena, informa Luciana Persoli, gerente
de marketing da empresa, adotou nas embalagens de Amindu’s
elementos que retratam a situação de consumo do amendoim
www.docerevista.com.br
e interagem com o consumidor, associando sua degustação
a momentos de lazer e descontração, tais como o amendoim
dentro da cumbuca, como é servido; a bolacha de chopp, uma
bebida que acompanha o consumo; e frases que interagem
com o consumidor, convidando-o para uma das várias ocasiões,
como o happy hour.
SIMAS
Atenta à cobertura de todos os
flancos da demanda de candies e ao
chamariz da Copa,
a empresa potiguar
levou para a feira as
mais recentes novidades das linhas de pirulitos, caramelos e
chicles. “O objetivo é assegurar ao trade varejista a conquista
de seu público-alvo com itens inovadores, embalagens chamativas e sabores diferenciados,” argumenta Luiz Eduardo
Simas, diretor da empresa. Entre as atrações programadas,
ele sublinha a linha campeã de pirulitos Cherry Pop, carro-chefe da Simas, que surge em edição especial, com haste
verde e amarela, já no clima do Mundial de futebol.•
Abril 2014 Doce Revista
25
Capa
Queda para melhor
Desaceleração no volume de gomas de mascar
beneficia consumo de opções mais sofisticadas
Gomas de mascar queda de 18% em volume e alta de 37% em valor em cinco anos.
U
m dos redutos-chave do setor de
candies no Brasil, o segmento de
chicles de bola e gomas de mascar vem sinalizando desaceleração da
demanda em volume e alta do giro em
valor. Monitoramento da Euromonitor International nos últimos cinco anos mostra
que o consumo na ponta do varejo despencou de 59.600 toneladas (t) em 2008
para 50.400 t no último exercício. Já em
valores, apura a consultoria, o giro saltou
de US$ 1,52 bilhão para US$ 2,07 bilhões,
no mesmo período (ver quadro à pág. 34).
Na realidade, apesar do declínio mantido
em 2011 e 2012, decorrente da estagnação geral de confeitos açucarados, o volume de vendas do setor cresceu 2% em
volume no Brasil no último período comparado a 2012, nota Elzilene de Moraes,
diretora de marketing da Perfetti Van Melle (PVM), um dos propulsores desse mercado. “O segmento de chewing gum, no
qual atuamos, cresceu ainda mais, com
avanço de 5% em volume e 8% em valor
no mesmo período”, repassa a diretora.
Gustavo Bacchi, gerente de marketing
26
Doce Revista Abril 2014
da Riclan, tradicional fabricante de balas
e chicles, pondera que, com a expansão
do consumo e o ingresso de novas categorias ao longo dos últimos dez anos, é
até natural que os volumes comecem a
decrescer, dando espaço a inovações que
agreguem valor à categoria.
O diagnóstico bate com a avaliação
de um elo anterior na cadeia de produção das gomas de mascar. “Os dados
estão alinhados com as informações que
temos. Esse processo acompanha o que
vem acontecendo no resto do mundo em
especial nos países mais desenvolvidos,
refletindo principalmente o amadurecimento do consumidor que busca produtos que estejam cada vez mais associados ao prazer”, observa Paulo Roberto de
Carvalho Seixas, diretor da Socer Brasil,
fonte de goma base, um dos principais
insumos na fabricação de chicles. Para
ele, a demanda hoje em dia é pautada
por produtos sensoriais e pela percepção
de qualidade mais premium, nesse caso,
traduzida em maciez e prolongamento
do sabor, que são as características mais
perseguidas nos desenvolvimentos. “Essas propriedades podem somente ser
conferidas com adoção de matérias-primas nobres e consequentemente mais
caras”, assinala ele. Embora a colocação
possa sugerir uma pista para o segmento
crescer mais em valor do que em volume, a maioria das empresas que atuam
na categoria associa o fenômeno ao fato
de a oferta e o consumo no Brasil acompanhar de perto as tendências mundiais.
“O filão de gomas no Brasil ainda
apresenta uma enorme oportunidade de
crescimento se comparado aos demais
países. O percentual de pessoas que consome a categoria é bastante relevante,
porém a frequência e consumo per capita ainda são pouco expressivos”, resume
Fábio Melo, gerente de marketing de Trident, marca campeã da Mondelez Brasil,
número um no circuito de gomas. Nos
últimos anos, nota o executivo, o número
de inovações foi bastante significativo,
com maior oferta de formatos e sabores,
postura que tende a desenvolver ainda
mais o mercado. A Mondelez, considera
www.docerevista.com.br
Melo, tem ditado tendências dentro da
categoria. “Nosso grande desafio não é
ganhar ainda mais participação, mas puxar o crescimento do mercado brasileiro.
Trident é a principal marca, consolidando
essa liderança ano após ano e tem em
seu DNA a inovação, além de atender
às necessidades dos consumidores”,
sublinha o executivo. Nos últimos anos,
emenda ele, a empresa inseriu diversas
novidades que vêm mudando o perfil da
categoria e constituem as atuais plataformas de crescimento das marcas.
“Trident Sensations foi a primeira goma
tripla camada e com um apelo forte indulgente através do mix de sabores. Em
2013, lançamos novos tamanhos de embalagens, como a versão 18 unidades
como alternativa para compartilhar entre
amigos. Neste ano, já entregamos dois
grandes projetos que têm tido uma aceitação enorme pelo varejo e pelos consumidores”, exemplifica Melo. A primeira,
indica ele, envolveu parceria inédita com
o Twitter e com a banda Skank , inserin-
Bacchi, da Riclan
menos volume
para abrir espaço
às inovações.
do dois sabores edição limitada (melão-limão e hortelã intenso) em 21 versões
de embalagem com trechos do recente
sucesso do Skank “Ela me deixou”. Ao
tuitar as hashtags impressas nas embalagens, os consumidores recebem
um trecho de seis segundos da música
automaticamente. “É a primeira vez que
o Twitter e uma banda lançam um clipe
nesse formato em todo o mundo”, sublinha o gerente. A segunda aposta foi
www.docerevista.com.br
o lançamento da
linha Trident Unlimited, que desembarca nesse semestre
em três sabores,
com embalagem
no formato cartela
e sabor mais duradouro. A linha é
sucesso em todo o
globo e, no Brasil,
vai contar com plano de comunicação
em TV, Internet e
materiais de ponto de venda (PDV), antecipa Melo.
Tecnologia em ingredientes
Na Perfetti Van Melle, Elzilene confirma que o Brasil acompanha as tendências mundiais, principalmente no
tocante à tecnologia em ingredientes de
refrescância, sabor e long lasting (durabilidade do sabor). “Também temos inovações com o uso de xilitol e elementos
branqueadores dos dentes, entretanto,
em menor intensidade do que em outros países”, percebe. A Perfetti, grifa a
executiva, também tem impulsionado o
mercado no que se refere a essas inovações. “Primeiro lançamos as garrafas,
que criaram um novo segmento de mercado. Depois, temos tido sucesso com
as incursões mais recentes em produtos
de maior valor agregado, como Mentos
3 Camadas, UP2U e Pure Ice/PureFruit
em garrafas ergonômicas”, exemplifica
a executiva da PVM. Enquanto o conceito
de UP2U é dar ao consumidor a oportunidade de escolha, oferecendo na mesma embalagem duas opções de sabor, a
linha Pure Fruit/Pure Ice avançou o formato de garrafa introduzindo um modelo
ergonômico. “A empresa já apostava no
conceito de garrafa, que é campeão de
vendas, resolveu apostar na tendência
e desenvolver uma embalagem anatômica, em curvas, que traz benefícios de
manuseio e design diferenciado, além
de um apelo irresistível”, argumenta
Elzilene, da PVM pioneirismos com garrafa
ergonômica e escolha de sabor.
Elzilene. Fora o design especial, as embalagens levam frases de pensadores
conhecidos, que definem exatamente o
conceito que a marca Mentos pretende
passar: “A escolha está em suas mãos”,
repassa ela. Outra novidade introduzida
pela PVM foi o recheio dos sabores Pure
Ice Mint e PureFruit Morango, que incorpora 99% de pó de xilitol e polpa natural da fruta. “Os consumidores puderam
degustar a versão morango, com o surpreendente sabor da fruta de verdade e
sem adição de açúcar”, relata Elzilene.
Já na goma de menta, o produto é recheado com xilitol cristalizado (adoçante natural), assegurando uma sensação
ultra-refrescante. “Em fevereiro, lançamos Mentos PureFresh na versão de
2,8g no formato stripe sem açúcar, isto
é, em tiras de duas camadas e de tamanho maior que o das gomas tradicionais
conhecidas pelos consumidores. Em
paralelo, soltamos a embalagem wallet,
sucesso de vendas da marca, e a fórmula que proporciona prolongamento do
sabor refrescante de menta nas versões
FreshMint e Cool Mint”, detalha. Também no início do ano, a PVM introduziu
o novo formato de Mentos 3, em embalagem envelope, que é o principal lançamento da marca e chega aos pontos de
vendas nos sabores Fresh Mint e Morango/Maçã/Framboesa. “Essa goma é intercalada por uma camada diferenciada,
que proporciona uma imediata e intensa
sensação de sabor que derrete na boca.
Abril 2014 Doce Revista
27
Capa
o lançamento da primeira goma de mascar sem açúcar posicionada para público infantil, bancado pela marca. “Com
sabores e personagens alinhados com
as expectativas desse target, desenvolvemos o Freegells Gum, que marcou
um pioneirismo no segmento”, assinala
Bacchi. A Riclan, no entanto, ele adverte,
não deixou de notar a flagrante retração
geral nos volumes, mas pela tradição da
marca e manutenção de um plano de
lançamentos constantes, a companhia
superou essa conjuntura mantendo vendas compatíveis com suas metas.
Melo, da Mondelez
desafio de puxar o crescimento
do mercado brasileiro.
Seixas, da Socer maciez e duração
de sabor são características
valorizadas.
É a aposta para atrair o público jovem e
aumentar nossa fatia por meio de um
formato na linha de gomas já conhecida
pelo tradicional formato de drágeas, com
recheio líquido e casquinha crocante”,
sublinha a especialista.
Para Gustavo Bacchi, da Riclan, o
Brasil nunca esteve tão em linha com
as tendências mundiais, tanto nas categorias mais sofisticadas como nas
de consumo de massa. “Falando em
tendências, experimentar produtos que
remetam a novas experiências e sen-
sações é obrigatório. Além disso, apelos de saudabilidade e sustentabilidade
ganham cada vez mais espaço nas decisões de compra”, observa ele, acrescentando que, hoje em dia, vive-se em
um mundo amplamente conectado, no
qual cada vez mais os produtos se tornam parecidos diante de um consumidor
em busca novas experiências a todo momento. Dentro dessa perspectiva, a Riclan vem reformulando constantemente
o portfólio, buscando agregar valor e se
diferenciar. Entre os exemplos, ele insere
Fonte de goma base
Na Socer, a tendência de diminuição
nos volumes de gomas e chicles não é
vista como ameaça. “Montamos uma
estrutura que está voltada principalmente para os aspectos de inovação e
nossa proposta é oferecer mais opções
para um consumidor cada vez mais
atento à qualidade”, pondera Paulo Roberto Seixas. Mesmo no caso dos chicles de bola no formato tijolinho (brick),
acrescenta ele, a empresa busca soluções que, em muitos casos, conseguem
transformar produtos convencionais em
itens diferenciados.
SUSTENTABILIDADE
Chicles reciclados
Se promover o retorno
de uma embalagem plástica usada à
indústria para
servir de matéria-prima já é
uma missão penosa, parece impossível fazer com que chicles e gomas de
mascar mastigadas tenham uma destinação ambientalmente correta. Mas é
justamente nessa fronteira da reciclagem e do reaproveitamento de resíduos que vem se debruçando a operação
28
Doce Revista Abril 2014
global da TerraCycle, programa ambiental criado há 10 anos pela indústria
do tabaco. Curiosamente, a tecnologia
para reciclar gomas de mascar vem
sendo desenvolvida no Brasil. O estudante de química Osvaldo Leonel Júnior
criou um processo para reciclar as gomas já mascadas, que voltam à condição de matéria-prima, podendo entrar
na composição de produtos plásticos na proporção de 30% de resina
de goma de mascar e 70% de resina
plástica virgem ou reciclada a partir
de outros produtos. Sócio da empresa
Ecological Reciclagem, com unidades
em Limeira e Cerqueira César (SP), o
inventor informa que a demanda para
o desenvolvimento da tecnologia partiu
da TerraCycle e a resina foi batizada
de Ecogoma. No processo, ele explica,
as gomas de mascar passam por uma
triagem e descontaminação química e
física. Em seguida, os polímeros (material plástico) recebem aditivos e a
resina resultante então é formada. “O
produto final tem as mesmas características de um polímero comercial, que
pode ser injetado, laminado e utilizado
para fazer novos produtos plásticos”,
assinala Leonel Júnior.
www.docerevista.com.br
Capa
demanda brasileira, mas
Para isso, a Socer plaVendas de gomas de mascar
nossa meta é chegar até
nejou seu ingresso no ne
2008 20112013
o final do ano próximo em
gócio de gomas de mascar
Volume
59.600
-----50.400
40%. Após a expansão em
com uma forte infraestru(em toneladas)
curso devemos atingir fatia
tura. A empresa integra o
Valor
1.522,5
1.464,72.070,5
acima de 50% da demanda
Grupo RB, maior produtora
(em milhões de dólares)
brasileira”, projeta Seixas.
e exportadora de éster gum
Fonte: © Euromonitor International
Ele informa que o país
da América Latina. “Trata-se de um importante insumo para a de mascar. Ela conta com elevado índi- já foi um dos maiores exportadores de
produção da base para as gomas de ce de automação e foi construída den- goma base, mas perdeu posição para
mascar e é também um fator determi- tro de rígidos padrões de segurança. Espanha, Turquia e Egito e hoje ostennante no custo final do produto”, grifa o “Hoje o Brasil possui uma fábrica que ta participação modesta no mercado
diretor. O grupo hoje fornece éster gum está em nível de igualdade com as mais internacional. “Uma de nossas metas
para as maiores empresas do segmen- modernas da Europa e Estados Uni- é retomar essa posição, pois o Grupo
to, que formulam a sua própria goma dos”, assinala o executivo, destacando RB tem como estratégia em todas as
base. Mas existe ainda um outro grande que, além de efetivo treinado em todos suas áreas de atuação exportar cerca
grupo de fabricantes que se abastece os aspectos de boas práticas, a planta de 30% de seu volume em negócios.
de goma base no mercado e foi pen- exibe certificação HACCP e ISO 22000. Essa é a meta que iremos buscar tamsando nessa clientela que a Socer mon- Com capacidade de aproximadamen- bém com a marca Sweet Gum”, sinaliza
tou a sua operação, relata Seixas. No te 750 t mensais, a Socer sinaliza a o diretor da Socer, acrescentando que
final de 2012, emenda ele, a empresa aquisição de mais um equipamento de a companhia deve iniciar os primeiros
inaugurou em Itapetininga (SP) uma mistura, elevando o potencial atual para embarques no segundo semestre. “Até
instalação com tecnologia up-to-date 1.000 t mensais até a metade de 2015, o final do ano devemos exportar cerca
para a produção de base para gomas antecipa Seixas. “Estamos capacitados de 10% de nosso volume e, em 2015,
a produzir todos os chegar aos 30%”, adianta ele.
A unidade de Itapetininga produz
tipos de base, em
especial as chama- os três tipos principais de goma base.
das tailor made, ou A mais comum é direcionada para chiseja, sob medida cles de bola convencionais. A empresa
para o desenvolvi- também produz a base para gomas de
mento do cliente”, mascar mais macias, de estrutura mais
sublinha o diretor. elaborada e considerada nobre. “A mais
Com menos de dois nova modalidade é a de gomas macias
anos de operação, e não aderentes (non sticking), utilizadas
a Socer ainda exibe principalmente para produção de chicles
uma participação com recheio líquido e drageados, ponto
discreta na cena de alto do portfólio da companhia”, enfatigoma base, conside- za Seixas. As três categorias comportam
rando o enorme po- ainda variantes ácidas e não ácidas,
tencial do mercado isto é, as chamadas compatíveis e não
brasileiro, estimado compatíveis, sendo as primeiras veicupor Seixas próximo a ladas em silicato de magnésio (talco). Já
8.500 t anuais, sem as não compatíveis são veiculadas em
considerar as em- carbonato de cálcio, diferencia o espepresas que formu- cialista. “Formulamos essas variantes de
lam a própria goma base de acordo com requisitos especíbase. “Com a marca ficos dos clientes. O diferencial está na
Sweet Gum, a Socer capacidade de inovar, com qualidade e
responde hoje por confiabilidade, produzindo sob os mais
cerca de 25% da rigorosos padrões”, grifa Seixas. •
30
Doce Revista Abril 2014
www.docerevista.com.br
32
Doce Revista Abril 2014
www.docerevista.com.br
www.docerevista.com.br
Abril 2014 Doce Revista
33
Giro
QUEM: FLORESTAL
PRODUTO: MARSHMALLOWS FOFS
GANCHO: MEGAPORÇÃO
Recheio líquido e tamanho extragrande são
as últimas novidades
na linha de marshmallows da Florestal.
Os formatos twist,
coração, tube, patinhos e flores já
eram conhecidos e
vinham garantindo o giro da linha
Fofs. Agora, a empresa introduz duas
apresentações únicas e de grande diferencial. Elas reforçam a composição de
itens mais elaborados e sofisticados da
linha, com as versões Fofs Bigmallow e
Fofs Recheio Líquido, repassa Adriano
Orso, gerente de marketing da marca. O
principal atributo do Bigmallow, detalha
ele, é o seu tamanho extragrande, no
formato twist, sabor baunilha, nas cores
branca, amarela, laranja e rosa, com 27
centímetros de comprimento. “É uma
megaporção de marshmallow, totalmente inusitada no Brasil e que se mostra
como uma interessante alternativa ao
varejo, uma vez que o produto recebe
embalagem individual com código de
barras para comercialização em potes
de PVC transparente, de grande impacto
visual”, argumenta ele. A versão com recheio líquido foi desenvolvida no formato
arredondado, semelhante a um pequeno merengue, na cor branca e sabor de
34
Doce Revista Abril 2014
baunilha. Já o recheio líquido exibe cor
vermelha, que favorece a percepção do
sabor de morango. “Pode ser conferido
em embalagens de cinco unidades (18g)
e display em papel cartão com 30 pacotes, na cor rosa intenso, que evidencia
ainda mais o sabor ”, conclui Orso.
QUEM: ARCOR
PRODUTO: WAFER PASSION
GANCHO: SABOR FRUTAS
VERMELHAS
mais sofisticadas de biscoitos da categoria, exibindo layout chamativo no ponto de venda e cores fortes que valorizam
a indulgência e despertam o interesse
do consumidor para experimentação
imediata. “É um mercado diferenciado
quando comparado aos wafers tradicionais, pois a ocasião de consumo de
Passion é a mesma de uma sobremesa,
diferente de um biscoito doce comum. A
marca está alinhada ao posicionamento
da companhia que é tornar a Arcor conhecida como fabricante não somente
de chocolates e guloseimas, mas também de biscoitos”, conclui a diretora.
QUEM: MONDELEZ
PRODUTO: HALLS PRATA
GANCHO: REFRESCÂNCIA MÁXIMA
Com a proposta de oferecer qualidade
e diferenciação, a empresa desenvolveu
o sabor Frutas Vermelhas para a sua linha de wafers Passion. Com embalagem
moderna, a versão agrega sofisticação e
maior sensação de prazer, assegura Loredana Mariotto, diretora de marketing
da Arcor, projetando faturar aproximadamente R$ 20 milhões com as vendas de
wafers. O objetivo, informa ela, é aumentar a visibilidade da marca na categoria,
onde a linha Passion sobressai com as
versões Chocolate, Chocolate Branco
com Limão e Chocolate Branco. A expansão da marca no segmento de biscoitos
é reflexo dos investimentos feitos na linha, observa a executiva. As versões da
Arcor concorrem com as apresentações
Campeã da ala de balas da Mondelez, a marca Halls acaba de soltar uma
novidade que promete agitar o varejo
nacional e afagar os fãs de sabores refrescantes: o Halls Prata. A versão é considerada de intensidade Power 5, o nível
mais elevado no quesito refrescância,
assim como o seu sabor, o Extra Forte – mais conhecido como Halls Preto –
desfruta a preferência absoluta dos consumidores da categoria. Recentemente,
a marca trouxe entre outras inovações
mais opções frutadas (Morango e Uva
www.docerevista.com.br
Giro
Verde são exemplos) e novas plataformas, a exemplo do Halls Soft e Halls XS.
Agora, ela fortalece o portfólio de base
com o Halls Prata, esperando alavancar
as vendas no Brasil. “O segmento de refrescância representa 60% do mercado
de balas. Os consumidores escolhem
Halls pela superioridade nesse quesito.
Identificamos uma nova oportunidade
de reforçar a presença da marca nesse
segmento e acreditamos que Halls Prata
se tornará um dos nossos sabores mais
vendidos junto do Extra Forte, Cereja e
Morango”, argumenta Nathalia Tercero,
gerente de marketing de Halls.
QUEM: M.DIAS BRANCO
PRODUTO: RICHESTER
GANCHO: NOVAS EMBALAGENS
Grife campeã na ala de biscoitos
doces da M. Dias Branco, a Richester
introduz mudanças no visual das embalagens da linha de Amori Recheados nas
versões de 56g e 140g. Abrangendo as
36
Doce Revista Abril 2014
opções de recheio de chocolate, morango, chocolate branco, floresta negra, flocos e chocolate com morango, as novidades já estão disponíveis no estado do
Rio de Janeiro e no Norte e Nordeste. As
novas embalagens foram desenvolvidas
internamente pelo setor de criação da M.
Dias Branco, com conceito que reforça
a qualidade da marca por meio de um
layout mais clean. Os tamanhos de 56g
e 140g são ideais para colocar na bolsa,
mochila ou lancheira para consumo a
qualquer hora e lugar.
A Richester, líder absoluta no mercado
de biscoitos cobertos com chocolate no
Nordeste, pertence ao portfólio de marcas
da M.Dias Branco, companhia com sede
em Eusébio (CE), listada no Novo Mercado da BM&F Bovespa. Com atuação nos
mercados de biscoitos, massas, farinha
e farelo de trigo, margarinas e gorduras
vegetais, snacks e bolos, ela é a número
um em biscoitos e massas no Brasil e é a
sexta em massas e a sétima em biscoitos
no ranking global por receita no setor.
QUEM: CHOCOLIFE
PRODUTO: SHAKES FUNCIONAIS
GANCHO: NOVAS EMBALAGENS
Presente na cena de alimentos funcionais há mais de 6 anos, a Chocolife foi
pioneira no desenvolvimento de shakes
hipoalergênicos, bancando versões nos
sabores baunilha e chocolate. “Essa categoria de shakes exibe blends com 22
vitaminas e minerais, é isenta de glú-
www.docerevista.com.br
ten, açúcar e lactose, apresenta 0% de
soja e proteína de leite e, com um copo
de 200ml, substitui parcialmente uma
refeição, com saúde e proteção contra
alergias”, sintetiza Virgínia de Ávila Dias,
diretora da Chocolife. Desenvolvidas pela
Wo Design, as novas embalagens dos
shakes e achocolatado da marca sobressaem pelo viés sustentável. “São caixas
de papel com formato ergonômico (fácil
de pegar) e com layout que mostra ao
consumidor a leveza do produto”, frisa
a executiva, completando que, além de
certificadas pela FSC (Forest Stewardship Council), entidade ligada ao manejo
florestal, elas se destacam pelo visual.
“Apresentam cores vivas com ênfase no
alimento, proporcionando ao consumidor identificar de pronto os sabores de
cada produto, em especial o chocolate”,
completa Virgínia. Apresentados em embalagem de 400g, os shakes vêm com
dosador de 25g e preço médio sugerido
ao consumidor de R$ 75,00. Já o achocolatado em pó Chocolife, também em versão de 400g, tem preço médio sugerido
ao consumidor de R$ 35,00.
QUEM: ALEDORA
PRODUTO: GELEIA DIET
GANCHO: SUCRALOSE
Com nome feito no reduto de geleias
diet/light, a Aledora reformula o portfólio com versões de sua geleia diet tipo
caseira agora formulada à base de sucralose, adoçante de última geração produzido a partir do açúcar e de baixo valor
calórico (8 kcal por porção). A empresa
abriu as portas em 1998, quando seus
proprietários, preocupados com a saúde,
iniciaram estudos
de processamento
de doces à base de
frutas diet e light.
Amparados
por
endocrinologistas,
nutricionistas, engenheiros de alimentos
e químicos, passaram a processar geleias e doces de massa com adoçantes
sem contraindicação e que não deixam
sabor residual. A novidade da marca é
ideal para o café da manhã e pode ser
conferida nas grandes redes de supermercados e lojas especializadas, disponíveis nos sabores frutas vermelhas,
amora, damasco e morango, em potes
de 155g. Os produtos diet da Doces Aledora contam com selo de qualidade e
confiança da Anad – Associação Nacional de Assistência ao Diabético. •
Top do mês
mais açúcar em
suas vendas!
anuncie em
doce revista.
www.docerevista.com.br
Abril 2014 Doce Revista
37
Saúde & Bem-Estar
Na dose certa
Mitos e verdades sobre o consumo de
chocolate
C
om as comemorações da Páscoa,
é quase inevitável consumir alguma quantidade de chocolate frente à maciça oferta e gama de opções
de ovos e guloseimas disponibilizados
nessa época. Para os que questionam
se chocolate vicia, especialistas esclarecem que substâncias encontradas no
produto, como feniletilamina, teobromina, anandamina e triptofano, catalisam
químicas e neurotransmissores otimizadores do humor, liberados então ao
cérebro. Feniletilamina é uma química
encontrada no organismo semelhante
às anfetaminas. Ela ajuda a mediar sentimentos de atração, euforia e excitação.
“Pesquisas creditam a essa substância
a liberação de dopamina nos centros de
prazer do cérebro, semelhantes aos picos de orgasmos. Essa pode ser a razão
pela qual alguns consumidores relatam
preferir chocolate ao sexo”, ilustra a
prof.ª Licínia de Campos, nutricionista,
consultora e gastronomista do Hospital
e Maternidade São Cristóvão. Segundo
ela, a versão mais saudável é o chocolate amargo. “Ajuda a diminuir os
riscos de pressão alta, colesterol alto
e doenças cardíacas”. Tanto esse tipo
como o meio amargo apresentam vários benefícios à saúde e seu consumo
regular pode aperfeiçoar a facilidade
do fluxo sanguíneo e elasticidade das
artérias. Diminuem a pressão, evitam o
acúmulo de colesterol LDL, e protegem
o coração dos danos causados pelos
radicais livres. Já para quem pretende
controlar o ganho de peso ou emagrecer, a profissional faz um alerta: “Tudo
depende muito do tipo de chocolate escolhido e da quantidade, pois a ingestão
inadequada pode ter efeitos negativos,
incluindo a chance de ganhar peso. É
importante ressaltar que a versão diet
38
Doce Revista Abril 2014
tem tantas calorias quanto o chocolate
regular. A diferença é que se trata de
um produto apropriado para diabéticos,
pois é isento em açúcar. Para um baixo
teor em calorias, prefira a versão light”,
orienta a profissional. Na entrevista a
seguir, ela esclarece as dúvidas mais
frequentes em relação ao alimento.
DR – Qual a “dose” diária
recomendada para o consumo de
chocolate saudável?
Profª Licínia – A ingestão ideal de
chocolate, preferencialmente do tipo
escuro ou amargo, é de até 200g por
semana, o que significa um consumo
médio de 30g por dia.
DR – Com esse consumo, quais os
reais benefícios à saúde e quanto
tempo leva para obtê-los?
Profª Licínia – O chocolate escuro
(amargo/meio amargo) contém flavonóides chamados de procianidina e epicateninas. Flavonóides fazem parte de
um grupo de antioxidantes conhecidos
como polifenóis e são encontrados em
vários tipos de alimentos, inclusive chocolate escuro, chá, vinho tinto e várias
frutas e hortaliças. Ele diminui o LDL
(Low Density Lipoprotein), ou seja, a
oxidação do (mau) colesterol; aumenta
o fluxo sanguíneo nas artérias e coração
e pode diminuir a pressão. O cacau possui efeito benéfico nos níves de colesterol por consistir basicamente de ácido
esteárico e ácido oléico. O primeiro é
uma gordura saturada, mas diferentemente da maioria delas, não aumenta
os níveis de colesterol. O ácido oléico,
uma gordura monoinsaturada, não aumenta o colesterol e na verdade pode
até reduzi-la. Além disso, o chocolate
escuro otimiza o humor e o prazer pela
aumento da serotonina e da endorfina
no cérebro. Seu consumo regular está
associado com a atuação cognitiva otimizada em idosos e, por fim, contém
numerosos minerais inclusive cálcio,
magnésio e potássio.
DR – É sabido que, quanto maior o
teor de sólidos de cacau na massa
do chocolate, mais saudável é o
produto. Mas qual é o percentual de
sólidos de cacau ideal?
Profª Licínia – O teor em cacau é
importante e sua porcentagem indica o
quanto de cacau uma barra de chocolate possui. A fava é a fonte de licor de
chocolate, manteiga de cacau e cacau
em pó. Chocolate escuro é saudável
quando produzido com alta porcentagem dos sólidos do cacau. Quanto
mais alto, melhor. No mínimo, 70% para
compensar as perdas no processamento. Mais partículas de chocolate em
pó significam mais potencial benéfico
dos antioxidantes do chocolate escuro.
Também a manteiga de cacau é uma
gordura mais saudável que as outras
e não aumenta o colesterol. Assim é
importante que uma barra contenha
manteiga de cacau e não tenha sido
substituída por gordura saturada mais
barata, como óleo de palma. Por isso é
preciso ler com atenção o rótulo antes
de comprar. Chocolate e manteiga de
cacau devem ser os primeiros dois ingredientes listados. •
www.docerevista.com.br

Documentos relacionados

a produção de chicles e gomas de mascar

a produção de chicles e gomas de mascar Diretora BEATRIZ Helman [email protected] Publicidade Antonio Canela barreto Jalil issa gerjis jr. Raul Urrutia Sérgio antonio da silva [email protected] International Sale...

Leia mais