Eutanásia:

Transcrição

Eutanásia:
Eutanásia:
Eutanásia: (dos termos gregos eu: “bom”, e thanatos, “morte”) é a prática pela
qual se abrevia a vida de um doente incurável, de maneira controlada e assistida por um
especialista. Eutanásia não é “suicídio assistido”. No suicídio assistido, o próprio doente
provoca a sua morte, ainda que, para tanto, disponha da ajuda de terceiros. A eutanásia
não é executada pelo paciente.
Distanásia: (dos termos gregos dis: “mau” e “thatatos”, morte) é a prática pela
qual se mantém vivo através de meios artificiais, um doente incurável. Ela defende o
prolongamento da vida humana, ainda que a cura não seja uma possibilidade e o
sofrimento se torne demasiadamente penoso.
Classificação:
a) Quanto ao tipo de ação:
 Eutanásia ativa ou Direta: quando a morte do paciente é provocada por uma ação
deliberada de quem o assiste, com o objetivo de eliminar-lhe o sofrimento;
 Eutanásia Passiva ou Indireta: quando o paciente terminal morre em
conseqüência da interrupção de uma medida extraordinária, feita com o objetivo de
acelerar o fim do sofrimento;
b) Quanto ao consentimento do Paciente:
 Eutanásia Voluntária: quando a morte é provocada atendendo a uma vontade do
paciente terminal;
 Eutanásia Não-voluntária: quando a morte é provocada contra a vontade do
paciente;
 Eutanásia Involuntária: quando a morte é provocada sem que o doente tenha se
manifestado em relação a ela.
[...]
Argumentos Contra:
As religiões defendem que apenas o Criador pode tirar a vida de alguém. Santo
Agostinho foi categórico: “Nunca é lícito matar o outro: ainda que ele o quisesse,
ainda que ele o pedisse (...), nem é lícito sequer quando o doente já não estivesse em
condições de sobreviver” (Epístola).
Segundo o juramento de Hipócrates, defendido por todos os médicos, nenhum
deles pode ser juiz da vida ou da morte de alguém, mas defensor de sua subsistência. A
história registra casos desenganados pela Medicina, mas curados por outras vias. A
atual legislação do país proíbe a prática da eutanásia.
Estrada Espinhosa
Caso Terri Schiavo
O caso de Theresa Marie (Terri) Schindler-Schiavo, em estado vegetativo desde
1990 provocou grandes repercussões nos EUA e em outros países, devido à
discordância entre seus familiares na condução do caso. O esposo, Michael Schiavo,
desejava que a sonda de alimentação fosse retirada, enquanto que os pais da paciente,
Mary e Bob Schindler, assim como seus irmãos, lutavam para que a alimentação e
hidratação fossem mantidas. Por três vezes o marido ganhou na Justiça o direito de
retirar a sonda. Nas duas primeiras vezes a autorização foi revertida. Em 19 de março de
2005, a sonda foi retirada pela terceira vez, assim permanecendo até sua morte. (José
Roberto Goldim, Caso Terri Schiavo – Retirada do Tratamento).
“É doce a morte quando podemos , nos últimos instantes, consolar-nos com a
recordação de uma bela vida”. (Cícero)
Caso Eluana
A morte da italiana Eluana Englaro, em coma a 17 anos, causou fortes reações
na Europa depois que seu pai, Giuseppe, conseguiu provar na Justiça que o estado de
saúde da sua filha era irreversível e que “seria vontade dela morrer, se estivesse em
coma”. Assim, após uma sentença favorável do Conselho de Ministros Italiano, em
fevereiro de 2008, foram desligados os aparelhos que mantinham Eluana viva. “Para
nós, declarou o pai, ela estava morta desde 18 de janeiro de 1992.” Houve quem
dissesse: “Deus estava tentando provar a morte dela há 17 anos, e nós é que não
estávamos deixando”.
Legislação Brasileira:
“No sistema jurídico brasileiro e no código ético não há a opção de desligar os
aparelhos, nem por pedido da família ou do paciente”, afirma Reinaldo Ayres,
coordenador da Câmara Técnica de Bioética do Cremesp e professor da Faculdade de
Medicina da USP. No entanto, médicos podem optar por não prolongar a vida de um
paciente nestas condições, em um procedimento chamado ortotanásia (“morte natural,
supostamente sem sofrimento”, segundo Houaiss). “O conselho Regional de Medicina
considera correta a prática de suspender ou limitar tratamentos que prolonguem a vida
em casos de doença grave, incurável ou em fase terminal”, afirma Ayres. “É construída
uma relação médico-paciente, ou médico-família, de tal forma que todos os passos do
tratamento são discutidos. Na maioria das vezes, a família decide pela suspensão do
tratamento.”
Revista Mundo e Missão, Ed. 92, pág 42 -43).
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