Cartografia_tematica _tipos_de_mapas

Transcrição

Cartografia_tematica _tipos_de_mapas
IT 508 - Cartografia Temática
Representação cartográfica:
Métodos de mapeamento para
fenômenos qualitativos e
quantitativos
Profa. Juliana Moulin
Segundo os métodos padronizados, conforme o
uso das variáveis visuais, podem ser
originados diferentes tipos de mapas, entre
eles:
Mapas de símbolos pontuais nominais;
Mapas de símbolos lineares nominais;
Mapas corocromáticos;
Mapas de símbolos proporcionais;
Mapas de pontos;
Mapas coropléticos;
Mapas isopléticos ou de linhas;
Mapas de fluxos;
Mapas diagramas.
Métodos de mapeamento para
fenômenos qualitativos
Diversas feições ou fenômenos observados na
realidade como pontos, linhas ou áreas podem
ser concebidos da mesma maneira na sua
representação cartográfica.
Nos fenômenos qualitativos, muitos símbolos
cartográficos podem ser construídos usando as
variáveis visuais e as primitivas gráficas (ponto,
linha e área), dando origem aos seguintes
mapas:
Mapas de símbolos pontuais
nominais
Considera em sua confecção os dados nominais que são
localizados como pontos e representados com
diferenças na forma, orientação ou cor.
A maioria dos mapas usa símbolos geométricos
associados ou não às cores para fazer a diferenciação
dos dados. Neste caso esses símbolos requerem clara
definição na legenda sobre o que estão representando.
Outro mapa desse tipo é o pictograma ou mapa de figuras
pictóricas, no qual os dados pontuais são representados
por figuras (ícones) que lembram o fato representado.
Símbolos geométricos
Símbolos pictóricos
Mapas de símbolos lineares
nominais
É indicado para representar feições que se
desenvolvem linearmente no espaço e por isso
podem ser reduzidas à forma de linha, como a
rede viária.
Também pode ser utilizado para mostrar
deslocamento no espaço indicando uma direção
ou rota, sem envolver quantidades, diz apenas
“de onde para onde”.
Exemplos: rotas de transporte aéreo, correntes
oceânicas, fluxo de migração, direção dos
ventos e corrente de ar.
Mapas corocromáticos
Ilustram dados geográficos nominais utilizando
diferenças na cor, padrão ou textura para
representar as áreas.
Este método deve ser empregado sempre que for
preciso mostrar diferenças nominais em dados
qualitativos, sem que sejam sugeridas
diferenças em ordem ou hierarquia.
Métodos de mapeamento para
fenômenos quantitativos
Mapas de símbolos pontuais
proporcionais
É empregado para representar dados absolutos econômicos e
magnitudes de fenômenos físicos e culturais.
É um método simples e muito empregado.
Pode ser feito manual ou com o auxílio de programas de
computador.
Duas condições são aceitáveis para usar símbolos
proporcionais:
Quando os dados ocorrem em localizações pontuais;
Quando eles são empregados em pontos dentro de áreas.
Os símbolos mais usados são o círculo, quadrado e triangulo.
Mapas de símbolos pontuais
proporcionais
A facilidade para comparar tamanhos de símbolos depende
da forma do símbolo. É mais fácil comparar diferenças de
tamanho de símbolos proporcionais que variam em uma
única direção, como a forma de colunas se comparado aos
círculos, por exemplo.
Deve ser usado o máximo de 5 classes de tamanho de
círculos sem preenchimento de cor em mapas de símbolos
proporcionais, e até 9 variações de tamanho para círculos
coloridos ou pretos, variando de 1,3mm até 30,2mm.
Mapas de símbolos pontuais
proporcionais
A construção desse mapa é feita a partir da determinação
do número de classes, que deve ficar entre 4 e 9. Depois
define-se os intervalos de cada classe de acordo com o
método adotado. Os dados devem estar ordenados e ter
um mapa base para que estes sejam apresentados.
Geralmente o mapa base apresenta os limites politicoadministrativos e as suas sedes.
Para os símbolos de circulo deve-se calcular o valor de raio
correspondente ao maior valor estatístico do mapa e os
demais raios serão determinados proporcionalmente a
este, bem como o seu próprio valor estatístico.
Vantagens e desvantagens
Permite uma diferenciação nítida da intensidade do
fenômeno em cada área;
O uso de computadores para a produção de mapas de
símbolos proporcionais tornou o método de fácil
aplicação e reprodução;
Não permite que se perceba como as quantidades estão
distribuídas no espaço;
Possibilita a combinação de diversas variáveis,
permitindo a abrangência maior de informações,
variando cores, formas e dimensões.
Mapas de pontos
Este mapa é usado para representar fenômenos discretos
com conotação pontual, para ilustrar a densidade
espacial, tendo como objetivo facilitar a comunicação
cartográfica, ou seja, o entendimento do usuário sobre o
padrão da distribuição existente.
É um tipo especial de mapas de símbolos proporcionais.
Ilustra os dados pontuais pelos pontos, de forma que cada
um denote a mesma quantidade e que seja localizado,
tanto quanto possível, no local onde ocorre o elemento
considerado.
O ideal seria cada ponto representar uma ocorrência, o que
pode não ocorrer. Em geral, são feitas aproximações
onde cada ponto representa um conjunto de elementos
mapeáveis.
Mapas de pontos
Geralmente os dados disponíveis para a construção de
mapas socioeconômicos são aqueles coletados em
censos que consideram áreas estatísticas como bairros,
distritos e municípios.
O mesmo conjunto de dados pode gerar diferentes mapas
de pontos, por causa da escolha do valor e tamanho do
ponto, que são subjetivos.
Não há um padrão a ser seguido, então o caminho é
consultar os usuários sobre a aparência e entendimento
do mapa gerado. Contudo, algumas regras devem ser
seguidas:
Mapas de pontos
O ponto deve ser localizado no centro gravitacional dos
dados;
A escala deve ser leva em consideração para a escolha do
valor do ponto e tamanho do ponto. Deve ser escolhido
valores de fácil interpretação para os pontos, como por
exemplo, 50, 500, 1000...
Pequenos pontos com pequenas valores mostram um
mapa que pode parecer ser mais exato do que
realmente é. Pontos grande para valores grandes dão
uma aparência não profissional ao mapa.
Vantagens e desvantagens
O uso de computadores para a produção de mapas de
pontos tornou o método de fácil aplicação e reprodução;
A racionalidade do mapeamento, que mostra a
distribuição do fenômeno, é facilmente entendida pelo
usuário do mapa;
Pode ser ilustrado mais de um conjunto de dados no
mapa desde que exista uma relação entre eles.
Mapas coropléticos
A técnica coroplética é um método de representação
cartográfica que tem como finalidade traduzir valores
para as áreas.
Os valores a serem representados devem ser
transformados em valores relativos como razões ou
proporções. Valores absolutos devem ser representados
com outro método.
O método usa valores aproximados dos dados. Para dados
preciso deve-se usar tabelas ou diagramas juntamente
com o mapa.
O método faz uso da variável visual luminosidade e
saturação da cor, de forma que as diferenças são
ordenadas em classes distintas (dados quantitativos).
Mapas coropléticos
Existem basicamente dois tipos de mapas coropléticos:
- os mapas de densidade, que ilustram razões, como
números de pessoas por quilômetro quadrado;
- os mapas de porcentagem, que ilustram razões, como
percentagem de habitante sobre o total da população.
Mapas isopléticos ou de linhas
Isoplético quer dizer “mesmo valor”.
O método isoplético é aplicável para fenômenos
geográficos contínuos na natureza, tais como: médias,
razões, proporções e medidas de dispersão, sempre
envolvendo área.
Em contraste com um mapa coroplético, o mapa isoplético
ou de esolinhas mostra claramente em que direções os
valores ou intensidades de um fenômeno crescem ou
decrescem. Como ocorre com os mapas de temperatura,
precipitação, umidade...
Mapas isopléticos ou de linhas
No caso dos mapas climáticos, apesar dos valores serem
coletados em estações meteorológicas, ou seja,
pontuais, eles são considerados como contínuos na
natureza e não discretos ou escalonados.
Outro fenômeno geográfico que pode ser mapeado de
forma isoritmica é a densidade populacional, a qual pode
ser assumida como existente em todo o lugar.
O uso de computadores para gerar desse tipo de mapa
tornou este método fácil e rápido.
Mapas de fluxos
Os mapas de fluxo são representações que tentam simular
o movimento linear do objeto alvo de um lugar para o
outro. Representam o deslocamento no espaço e
indicam a direção e/ou a rota do movimento.
Para representar dados quantitativos em mapas de fluxos,
considerando-se valores absolutos ou derivados e nível
de medida ordenado, intervalar ou de razão.
Exemplo: mapas de fluxo de tráfego e mapas de
transportes que ilustram interações sociais ou
econômicas entre pontos de origem e destino.
Mapas diagramas
Os mapas de diagramas contém um diagrama em casa
unidade de área em análise. Esse tipo de mapa é
construído com o propósito analítico, isto é, para que
cada dado seja analisado na sua posição.
BIBLIOGRAFIA
Loch, Ruth E. Nogueira. Cartografia: representação,
comunicação e visualização de dados espaciais.
Florianópolis: Ed. Da UFSC, 2006. 313p.

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