Fichas de Inventário

Transcrição

Fichas de Inventário
Fichas de Inventário
Volume I
Café
Projeto Inventário de Bens Culturais Imóveis
Desenvolvimento Territorial dos Caminhos
Singulares do Estado do Rio de Janeiro
Fevereiro 2004
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
GOVERNADORA
PRESIDENTE DO CONSELHO DELIBERATIVO
Rosinha Garotinho
ESTADUAL
VICE- GOVERNADOR
Paulo Alcântara Gomes
Luiz Paulo Fernandez Conde
SECRETÁRIO DE ESTADO DE CULTURA
Arnaldo Niskier
DIRETOR SUPERINTENDENTE
Paulo Maurício Castelo Branco
SUBSECRETÁRIAS DE CULTURA
Vânia Bonelli
DIRETORES
Cecília Conde
Celina Vargas do Amaral Peixoto
Maria Eugênia Stein
Evandro Peçanha Alves
INSTITUTO ESTADUAL DO PATRIMÔNIO
CULTURAL – INEPAC
GERENTES
Marcus Monteiro, Diretor Geral
Juarez de Paula / UDL - NA
DEPARTAMENTO DE PATRIMÔNIO CULTURAL
Heliana Marinho / UDL - RJ
E
NATURAL
Maria Regina Pontin de Mattos, Diretora
DEPARTAMENTO DE PESQUISA E DOCUMENTAÇÃO
Amauri Lopes Junior, Diretor
DEPARTAMENTO DE APOIO A PROJETOS DE
PRESERVAÇÃO CULTURAL
Augusto Vargas, Diretor
Coordenação Técnica Geral do Projeto / INEPAC
Arquiteta Dina Lerner
Apoio do Departamento do Patrimônio Cultural e Natural / INEPAC
Supervisão Geral do Projeto
Dalva Lazaroni
Coordenação da Equipe Técnica dos Caminhos do Café
Arquiteta Maria Cristina Soares de Almeida
Arquitetos assistentes
Fernanda Monho
Flávia Antunes
Pesquisa Histórica
Isabel de Souza Lima Junqueira
Consultores
Historiadora Célia Muniz
Leila Alegrio
Agradecimentos
Adriano Novaes e Leila Alegrio, pela contribuição com o texto “Os Caminhos” da publicação
História e Arte das Fazendas de Café – Vale do Paraíba Fluminense, em fase de edição
Alberto Salgado Lootens, Diretor do Departamento de Desenvolvimento Comercial e Industrial
do município de Barra do Piraí
Ana Lúcia Vieira dos Santos e Adriana Nogueira da Costa pelo empréstimo de
dissertações de mestrado
Aníbal Magalhães, Arthur Mário Vianna, Leila Vilela Alegrio e Pedrinho Simões pela
cessão de fotos sobre os imóveis inventariados
Cláudia Sad, Secretária de Cultura de Barra do Piraí e equipe
Elcimar , de Barão de Juparanã e Cristina, de Conservatória pelo apoio ao trabalho de campo
Gilberto Monteiro, Secretário Municipal de Cultura de Valença e equipe
Guido Gelli, Diretor de Geociências do IBGE e equipe pela cessão de cartografia
Isabel Rocha, Responsável pelo Escritório regional do IPHAN – 6º SR
Júlio Graça Melo, Vice-presidente da Associação Rioflorense de Turismo – ARTUR
Laura Bahia e Luciano Jesus de Souza, pelo apoio à programação visual dos trabalhos
Lia Motta e equipe, do Departamento de Identificação e Documentação do IPHAN, pelo apoio à
realização dos trabalhos
Maria Dalva Ferreira e Silva, Chefe de Divisão de Cultura da Secretaria Municipal de Educação
e Cultura de Piraí e equipe
Marta Fonseca, Secretária Municipal de Cultura de Vassouras
Fevereiro 2004
QUADRO SINÓPTICO DOS BENS INVENTARIADOS
CAMINHOS DO CAFÉ
Município/ Código ficha de
inventário
1. Centro Histórico
Barra do Piraí
BPR-CF-U01-00
BPR-CF-U01-01
BPR-CF-U01-02
BPR-CF-U01-03
BPR-CF-U01-04
BPR-CF-U01-05
BPR-CF-U01-06
BPR-CF-U01-07
BPR-CF-U01-08
BPR-CF-U01-09
BPR-CF-U01-10
BPR-CF-U01-11
BPR-CF-U02-00
BPR-CF-U03-00
BPR-CF-U04-00
Denominação do Bem Imóvel
Fotos
atuais
Barra do Piraí
Igreja de Santana
Palácio Episcopal
Casa n.º 180
Chafariz da Carioca
Casario da Rua Angélica
Ponte Getúlio Vargas
Estação Ferroviária D. Pedro II
Rotunda
Santa Casa de Misericórdia
Chaminé
Associação Rural
Dorândia. Igreja de N. Sra. das Dores
S. José do Turvo. Igreja de São José
Ipiabas. Igreja de N. Sra. da Piedade, Estação
Ferroviária, Remonta e Casario
1
11
1
1
2
6
5
10
1
1
1
1
1
2
11
Eng. Paulo de Frontin
9
Mendes
13
Miguel Pereira
5
Paty do Alferes
6
Piraí
Igreja Sant'Ana do Piraí
Prefeitura Municipal
Capela de São Benedito
Delegacia de Polícia
Hospital Flávio Leal
Cemitério do SS. Sacramento
Arrozal
Casarão
Igreja de São João Batista
15
1
1
1
3
2
1
1
Rio das Flores
Usina de beneficiamento
Câmara Municipal
Capela Santana
Estação Ferroviária
Fórum
10
3
0
8
4
2
Valença
Estação Ferroviária
Oficina da Estação
Praça Paulo de Frontin
Hotel Valenciano
Anexo Inst. de Educação
Chalé Tabit
Solar dos Nogueira
Igreja N S da Glória
Imóvel n. 72
Barão de Juparanã
Igreja N S do Patrocínio
Estação Ferroviária
Escola B de Juparanã
Casarão
Praça Duque de Caxias
Conservatória
Igreja de Santo Antônio
Casa de Cultura
Casa - R Pedro Gomes n. 16 e 26
Hotel Vila Real
25
5
2
3
3
1
1
1
1
2
Eng. Paulo de Frontin
EPF-CF-U01-00
Mendes
MEN-CF-U01-00
Miguel Pereira
MPR-CF-U01-00
Paty dos Alferes
PAL-CF-U01-00
Piraí
PIR-CF-U01-00
PIR-CF-U01-01
PIR-CF-U01-02
PIR-CF-U01-03
PIR-CF-U01-04
PIR-CF-U01-05
PIR-CF-U01-06
PIR-CF-U02-00
PIR-CF-U02-01
PIR-CF-U02-02
Rio das Flores
RFL-CF-U01-00
RFL-CF-U01-01
RFL-CF-U01-02
RFL-CF-U01-03
RFL-CF-U01-04
RFL-CF-U01-05
Valença
VAL-CF-U01-00
VAL-CF-U01-01
VAL-CF-U01-02
VAL-CF-U01-03
VAL-CF-U01-04
VAL-CF-U01-05
VAL-CF-U01-06
VAL-CF-U01-07
VAL-CF-U01-08
VAL-CF-U01-09
VAL-CF-U02-00
VAL-CF-U02-01
VAL-CF-U02-02
VAL-CF-U02-03
VAL-CF-U02-04
VAL-CF-U02-05
VAL-CF-U03-00
VAL-CF-U03-01
VAL-CF-U03-02
VAL-CF-U03-03
VAL-CF-U03-04
5
2
2
2
4
2
3
1
3
1
Fotos
antigas
Desenhos
e plantas
Mapas
continuação
Município/ Código ficha de
inventário
VAL-CF-U03-05
VAL-CF-U03-06
VAL-CF-U03-07
VAL-CF-U03-08
VAL-CF-U03-09
VAL-CF-U03-10
VAL-CF-U03-11
VAL-CF-U03-12
VAL-CF-U03-13
VAL-CF-U03-14
VAL-CF-U03-15
Denominação do Bem Imóvel
Fotos
atuais
Casario R Oswaldo Fonseca
Casa - R Oswaldo Fonseca n. 31
Casario R Luiz A Pinto
Casa Desencontro
Casa Praça n. 459
Casa Praça n. 469
Casa R Luiz A Pinto n. 41
Praça Getúlio Vargas
Túnel que chora
Estação Ferroviária
Ponte dos Arcos
1
1
1
1
1
1
1
3
2
1
1
Vassouras
Igreja N S da Conceição
Praça Barão de Campo Belo
Sta. Casa da Misericórdia
Prefeitura e Câmara Municipal
Casa da Hera
Casa de Cultura
Estação Ferroviária
Palacete Barão de Itambé
Praça Sebastião de Lacerda
Palacete Barão do Amparo
Solar Barão do Ribeirão
Solar Barão de Vassouras
Solar Barão de Massambará
Barão de Vassouras
Igreja S Sebastião
4
4
1
7
8
4
2
13
3
7
2
1
1
2
5
1
Santa Maria
Ponte Alta
Taquara
Alliança
Ipiabas
São João Da Prosperidade
Ribeirão Frio
São Sebastião
Monte Alto
Monte Alegre
Jurea
Feliz Remanso
Aterrado
Sant’ana
São Luiz
4
3
4
7
2
5
6
1
3
1
1
10
2
5
2
Palmas
1
Santa Cruz
13
Barão De Javari
Piedade
4
São Fidélis
3
Monte Alegre
Arcozelo
Pau Grande
3
4
12
Santa Rosa
Santa Maria Aymores
Bela Aliança
Três Saltos
Confiança
Botafogo
1
4
4
5
1
1
Grama
2
Saudade
São Polycarpo
Cachoeira
Campos Eliseos
4
5
4
5
Vassouras
VAS-CF-U01-00
VAS-CF-U01-01
VAS-CF-U01-02
VAS-CF-U01-03
VAS-CF-U01-04
VAS-CF-U01-05
VAS-CF-U01-06
VAS-CF-U01-07
VAS-CF-U01-08
VAS-CF-U01-09
VAS-CF-U01-10
VAS-CF-U01-11
VAS-CF-U01-12
VAS-CF-U01-13
VAS-CF-U02-00
VAS-CF-U02-01
2. Fazendas
Barra do Piraí
BPR-CF-R01
BPR-CF-R02
BPR-CF-R03
BPR-CF-R04
BPR-CF-R05
BPR-CF-R06
BPR-CF-R07
BPR-CF-R08
BPR-CF-R09
BPR-CF-R10
BPR-CF-R11
BPR-CF-R12
BPR-CF-R13
BPR-CF-R14
BPR-CF-R15
Eng. Paulo de Frontin
EPF-CF-R01
Mendes
MEN-CF-R01
Miguel Pereira
MPR-CF-R01
MPR-CF-R02
Paraíba do Sul
PBS-CF-R01
Paty dos Alferes
PAL-CF-R01
PAL-CF-R02
PAL-CF-R03
Piraí
PIR-CF-R01
PIR-CF-R02
PIR-CF-R03
PIR-CF-R04
PIR-CF-R05
PIR-CF-R06
Rio Claro
RCL-CF-R01
Rio das Flores
RFL-CF-R01
RFL-CF-R02
RFL-CF-R03
RFL-CF-R04
Fotos
antigas
Desenhos
e plantas
Mapas
continuação
Município/ Código ficha de
inventário
RFL-CF-R05
RFL-CF-R06
RFL-CF-R07
RFL-CF-R08
RFL-CF-R09
RFL-CF-R10
RFL-CF-R11
RFL-CF-R12
RFL-CF-R13
RFL-CF-R14
RFL-CF-R15
RFL-CF-R16
Denominação do Bem Imóvel
Guarita
Forquilha
Santo Antônio
Bananal
Bonsucesso
Paraíso
Santa Luíza
Independência
Santa Genoveva
Recreio De Santa Justa
Santa Justa
União
Fotos
atuais
3
8
3
4
7
22
5
6
4
6
1
Valença
VAL-CF-R01
VAL-CF-R02
VAL-CF-R03
VAL-CF-R04
VAL-CF-R05
VAL-CF-R06
VAL-CF-R07
VAL-CF-R08
VAL-CF-R09
VAL-CF-R10
VAL-CF-R11
VAL-CF-R12
VAL-CF-R13
VAL-CF-R14
VAL-CF-R15
VAL-CF-R16
VAL-CF-R17
VAL-CF-R18
VAL-CF-R19
VAL-CF-R20
VAL-CF-R21
VAL-CF-R22
VAL-CF-R23
Santa Barbara
São Lourenço
São Paulo
São Fernando
Florença
Boa Vista
Veneza
São José
Sant'ana
Vista Alegre
Uricana
Campo Alegre
Chacrinha
Harmonia
Vargas
Destino
Santa Rosa Do Alambique
Pau D'alho
Santo Antônio Do Paiol
Monte Scylene
Santa Mônica
Oriente
Santa Rita
1
5
4
4
3
3
6
8
2
6
6
1
4
1
4
4
1
5
1
4
10
Vassouras
VAS-CF-R01
VAS-CF-R02
VAS-CF-R03
VAS-CF-R04
VAS-CF-R05
VAS-CF-R06
VAS-CF-R07
VAS-CF-R08
VAS-CF-R09
VAS-CF-R10
VAS-CF-R11
VAS-CF-R12
Pocinho
São Roque
Cachoeira Grande
São Fernando
Santa Rita
Mulungu Vermelho
São Luiz Da Boa Sorte
Ubá
Santa Eufrásia
Triunfo
Secretario
Cachoeira Do Mato Dentro
10
3
8
3
1
5
6
1
8
2
Volta Redonda
VRD-CF-R01
Três Poços
TOTAL
165
4
623
Fotos
antigas
Desenhos
e plantas
Mapas
CENTROS HISTÓRICOS
BARRA DO PIRAÍ
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação:
CENTRO HISTÓRICO DE BARRA DO PIRAÍ
Código de identificação:
localização:
RJ-145, na confluência dos rios Piraí e Paraíba do Sul
Latitude meridional: 22º 28’’ 12’/Longitude: 43º 49’’ 32’
Município: BARRA DO PIRAÍ - 1º BARRA DO PIRAÍ
Época da construção:
BPR-CF-U01-00
mapa de localização:
2ª metade do século XIX
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
descaracterizado
Uso original/uso atual:
Povoado / cidade
Categoria:
Patrimônio Arquitetônico e Paisagístico
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma / levantamento de campo das edificações
Propriedade
Imóveis públicos e privados
Situação e ambiência:
A cidade de Barra do Piraí está situada num vale localizado à cerca de 360 metros de altitude, junto ao encontro das águas dos rios
Piraí e Paraíba do Sul. O clima é quente e úmido, com chuvas freqüentes no verão e um período de seca no inverno.
O acesso à cidade pode ser feito pela RJ-145, através da Rodovia Presidente Dutra (BR-116), cuja entrada se dá pela cidade de
Piraí; e pela BR-393, que liga a cidade de Volta Redonda a outras do Vale do Paraíba Fluminense e se dirige em direção às cidades
mineiras.
A ambiência da cidade é marcada pela urbanização que se espalha junto às terras situadas no entorno desses rios. Por ser um
centro de atividade comercial dinâmica, caracteriza-se pela intensa circulação de pedestres e veículos através das pontes que ligam
a área central aos vários bairros. O tráfego de passagem em direção a outras localidades sobrecarrega o sistema viário de ruas e
pontes estreitas.
Devido ao processo de reedificação do centro histórico, as edificações remanescentes do século XIX não formam um conjunto. Os
exemplares mais significativos desse período podem ser encontrados em ambas as margens do Rio Paraíba do Sul e são
originários de dois povoamentos distintos - São Benedito e Sant’Anna, que deram origem à cidade.
Os rios Paraíba e Piraí já foram muito caudalosos. No século XX, após a construção de várias barragens à montante da cidade, os
cursos d’água entraram em processo de assoreamento, principalmente em função da diminuição da vazão de água original. Há
alguns anos, foi construída a barragem de Santa Cecília, que represando o Rio Paraíba, desviou parte de suas águas para a
Represa de Piraí, formando-se um grande lago, onde se juntam as águas do Piraí e do Paraíba.
Vista da cidade de uma das margens do rio
Paraíba do Sul. À direita, a ponte metálica
construída em 1881. Foto: Fernanda Monho
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
O patrimônio arquitetônico de Barra do Piraí remanescente do século XIX não configura um conjunto. Devido ao intenso processo de
reedificação, a maior parte dos imóveis desse período foi demolida restando alguns poucos exemplares. Entre os imóveis, destaca-
se a Igreja de Santana, neoclássica, lembrando a origem da cidade, que na época ainda pertencia ao município de Valença. Essas
edificações estão localizadas nas margens direita e esquerda do rio Paraíba do Sul, conforme indicadas no croqui abaixo.
Apresenta, no entanto, um conjunto arquitetônico já do século XX, Art déco, sendo a Igreja de São Benedito o seu maior monumento
nesse estilo, além de edificações com características dos estilos romântico e neocolonial, das primeiras décadas do século - imóveis
que deverão ser inventariados posteriormente, já que não são objeto do presente levantamento.
LEGENDA:
1. Igreja de Sant’Anna
2. Palácio Episcopal
3. Casa nº 180
4. Chafariz da Carioca
5. Casario da Rua Angélica
6. Ponte Getúlio Vargas
7. Estação Ferroviária D. Pedro II
Informações históricas:
O primeiro registro que temos é a compra de um sítio, em 1843, na foz do rio Piraí, denominado Barra do Piraí, por Antônio
Gonçalves de Moraes, também dono da fazenda São João da Prosperidade, em Ibiapas que produzia café. Dez anos depois, o
proprietário do sítio construiu uma ponte sobre o rio Piraí e, assim, teve início o povoado de São Benedito, em terras do município de
Piraí.
Na margem esquerda do rio Paraíba, ficavam as terras do barão do Rio Bonito, dono de várias fazendas de café, como a fazenda de
Santana e várias casas que formavam um outro povoado o de Santana, em terras pertencentes ao atual município de Valença.
Em 1864, o povoado de São Benedito recebeu um grande incentivo para seu desenvolvimento com a chegada da Estrada de Ferro
D. Pedro II, construída para levar a produção cafeeira do Vale do Paraíba para o Rio de Janeiro. Com a ferrovia, o povoado de São
Benedito cresceu e tornou-se centro do comércio do café do Vale do Paraíba. Estabelecimentos comerciais foram criados, armazéns
de café recebiam o produto de várias cidades e daqui o enviaram para o Rio de Janeiro.
As tropas de mulas traziam o café de longas distâncias, agora para Barra do Piraí, e muitas vezes era usada a navegação pelos
rios. No Paraíba os barcos navegavam desde o Tombo do Paraíba (cachoeira do Funil, em Resende) até Barra do Piraí, sendo o
Piraí também navegado.
Com a construção dos ramais da Estrada de Ferro para São Paulo e Minas Gerais, diminuiu o movimento de exportação do café.
Porém Barra do Piraí continuou sendo um grande entroncamento ferroviário, onde os viajantes faziam baldeação e, muitas vezes,
pernoitavam, daí a existência de um Hotel da Estação, muito movimentado.
Em 1881, foi criada a Estrada de Ferro Santa Izabel do Rio Preto, depois chamada de Estrada de Ferro Sapucay, Rede Sul Mineira
e finalmente, Rede Mineira de Viação, e que construiu uma ponte sobre o rio Paraíba (a ponte metálica) para passagem dos trens e
depois de pedestres. Em 1879, foi criada a Estrada de Ferro Piraiense, ligando o povoado de Barra do Piraí à sede do município que
na época era Piraí.
Com essas três Estradas de Ferro e um crescente comércio, Barra do Piraí tornou-se o centro econômico do Vale do Paraíba, mas
continuou como povoado, pertencendo a três municípios e somente em 1885 é criada a Freguesia de São Benedito de Barra do
Piraí.
O povoado de Santana também prosperava com o auxílio do barão do Rio Bonito que construiu a igreja de Santana e a primeira
canalização de água (o Beco da Carioca). Apesar dos esforços que fez junto ao governo de dom Pedro II, não conseguiu a elevação
da Vila de Barra do Piraí a município, durante o império, graças à resistência dos políticos de Piraí, Valença e Vassouras, pois, as
Estradas de Ferro davam muito lucro a esses municípios.
Com a Proclamação da República e a mudança do poder político, Barra do Piraí foi elevado a município em 10 de março de 1890,
tendo suas terras desmembradas dos municípios vizinhos. Em 1890, Barra do Piraí contava com 4.000 habitantes. Como município,
cresceu e tornou-se o centro comercial do Vale do Paraíba. As ferrovias Central do Brasil, Rede Mineira de Viação e Piraiense eram
o meio de comunicação entre as cidades vizinhas. Todos procuravam a cidade, que dispunha de escolas, hospitais e indústria além
do florescente centro comercial. Muitos imigrantes se estabeleceram na cidade, abrindo lojas (sírios, libaneses, portugueses) e
indústrias (italianos e suíços). A Central do Brasil empregava um grande número de pessoas; e a Light, que possuía seus escritórios
na cidade, construiu em 1952 uma barragem no rio Paraíba e uma usina elevatória que, através de um túnel, leva as águas do
Paraíba para um reservatório (no bairro Chalet, município de Piraí), onde se juntam com as águas do Piraí para gerar energia
elétrica na usina de Fontes, em Piraí.
Na cidade, que já possuía o Hotel da Estação, se multiplicaram diversos outros hotéis e pousadas, inclusive o Hotel Antunes (hoje
Câmara Municipal), preferido dos viajantes. Contava, ainda, com o Cine Theatro Speranza (e mais tarde, também o Cine Brasília), o
Barra Tênis Clube, o Itapoã Country Clube, bandas de música e vários jornais, bibliotecas e grupos de teatro.
Duas grandes indústrias ampliaram o parque industrial da cidade: Química Industrial Barra do Piraí (Quimbarra) e a Thyssen
Fundições e na década de 70 instala-se a Quimvale.
Vários fatores abalaram a liderança de Barra do Piraí no Vale do Paraíba, como a criação da Companhia Siderúrgica Nacional
(CSN) e o crescimento da cidade Volta Redonda; a construção da rodovia Presidente Dutra, fazendo com que o transporte para o
Vale do Paraíba deixasse de ser apenas ferroviário; e a extinção dos trens de passageiros, pelo Presidente Jânio Quadros em 1961.
Esse foi um duro golpe para o município, que viu seu comércio se esvaziar, pela falta dos trens, que traziam os compradores das
cidades vizinhas. A rua da Estação teve seu comércio diminuído e perdeu sua importância. Barra do Piraí viu seus dias de glória
terminarem.
Porém, apesar do esvaziamento da cidade a partir de 1960, Barra do Piraí possuía a infra-estrutura de um centro comercial: nove
agências bancárias, lojas variadas, centro médico e escolas. Aos poucos as estradas de rodagem intermunicipais substituíram a
ferrovia e Barra do Piraí voltou a ser um centro comercial.
Fontes:
- ABREU, Antonio Izaias da Costa. "Municípios e Topônimos Fluminenses".
- Enciclopédia dos Municípios Brasileiros, IHGB. Rio de Janeiro, 1959.
- Informações sobre o Município de BARRA DO PIRAÍ. Barra do Piraí: Secretaria Municipal de Cultura, 2003.
- MUNIZ, Célia e ROTHE Bia. Pequeno Cidadão, conhecendo Barra do Piraí. Diadorim Editora, Rio de Janeiro - 1997.
- ______ e ROCHA, Isabel. Texto sobre Barra do Piraí, s/ data.
Registro Fotografico:
Pintura da cidade de Barra do Piraí em 1864. Foto:Pedro
Simões
Vista da Ponte Getúlio Vargas. Foto: Pedro Simões
Levantado por:
Data:
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação:
IGREJA DE SANT’ANA
Código de identificação:
BPR-CF-U01-01
localização:
Rua Barão do Rio Bonito, s/n. º - Bairro de Santana
Município: BARRA DO PIRAÍ - 1º DISTRITO
BARRA DO PIRAÍ
Época da construção:
mapa de localização:
Séc. XIX (1881)
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
preservado integralmente
Uso original/uso atual:
Religioso/ Religioso
Categoria:
Arquitetura Religiosa
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma / levantamento de campo
Propriedade
Privada
Situação e ambiência:
O acesso à Igreja de Sant’Ana é marcado por um calçamento externo original, em pedra costaneira.
A entrada se dá por um portão de ferro em vão guarnecido de granito, ornamentado com dois grandes vasos.
A igreja está resguardada por jardins frontal e lateral, onde se destacam as palmeiras imperiais.
Foto: Pedro Simões
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
Seu exterior é pintado de branco e a fachada frontal contém janelas e portas em formato de arco, com relógio circular localizado no
frontão; e torre sineira em forma pontiaguda com desenhos em alto relevo.
No interior apresenta o piso em tábua corrida e bancos em formato de cadeiras presas umas às outras, ainda originais. Toda a igreja
foi pintada a mão por importantes artistas do Império. No teto, há uma reprodução da imagem da Imaculada Conceição, de autoria
de Murilo. Possui ainda dois lustres de cristal em forma de pingente. O altar-mor é todo folheado a ouro com desenhos em alto
relevo. Entre as imagens, encontra-se a de Nossa Senhora de Santana, além de outras menores porém belíssimas.
A Catedral guarda ainda na sacristia um quadro a óleo de Vitor Meireles, retratando o 3. º Barão do Rio Bonito, de propriedade da
Mitra Diocesana.
Informações históricas:
Foi construída em 1881 pelo fundador do município, o 3º Barão do Rio Bonito - José Pereira do Faro. Sua pedra fundamental foi
lançada em presença do Imperador D. Pedro II, quando este visitou a Freguesia da atual Barra do Piraí, na época Vila de Sant'Ana,
a convite do próprio Barão.
Todos os artistas e demais profissionais que trabalharam na construção da igreja foram pessoalmente selecionados por José
Pereira do Faro, que os teria hospedado em suas propriedades em Barra do Piraí, sob condição de trabalharem em prol da Igreja de
Santana.
Fontes:
- Caderno de Barra do Piraí. Secretaria Municipal de Turismo e Lazer de Barra do Piraí, 2003.
- http://turismo-rj.com.br/rt-ciclodocafe.html, consultado em out/ 2003.
Registro Fotografico:
Foto: Secretaria de Turismo e Lazer de Barra do Piraí
Foto: Fernanda Monho
Foto: Pedro Simões
Foto: Pedro Simões
Levantado por: Flávia Antunes
Revisado por:
M Cristina Soares de Almeida
Data: 01/11/2003
Data: 01/12/2003
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação:
PALÁCIO EPISCOPAL
Código de identificação:
BPR-CF-U01-02
localização:
Rua Barão do Rio Bonito - Bairro de Santana
Município: BARRA DO PIRAÍ - 1º DISTRITO
BARRA DO PIRAÍ
Época da construção:
mapa de localização:
Desconhecida
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
Uso original/uso atual:
Desconhecido / administrativo – religioso
Categoria:
Arquitetura civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma / levantamento de campo
Propriedade
Privada
Situação e ambiência:
O Palácio Episcopal está localizado na quadra vizinha a Igreja de Santana, em lote de esquina com afastamentos frontal e lateral.
No seu entorno estão localizados outros edifícios ligados às atividades da Igreja de Santana.
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
O prédio é de dois pavimentos, com destaque para o corpo central, que se projeta para frente. Apresenta uma leitura neoclássica,
com adoção de platibanda decorada e presença de estátuas na mesma. O muro é de alvenaria até meia altura e o restante recebe
fechamento em gradil de ferro decorado.
Fontes:
vistoria em campo
Registro Fotografico:
Levantado por:
Flávia Antunes
Data: 01/11/2003
Revisado por:
M. Cristina Soares de Almeida
Data: 01/12/2003
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação:
CASA Nº 180
Código de identificação:
BPR-CF-U01-03
localização:
Rua Barão Rio Bonito, nº 180 - Bairro de Santana
Município: BARRA DO PIRAÍ - 1º DISTRITO
BARRA DO PIRAÍ
Época da construção:
mapa de localização:
Séc. XIX (1884)
Estado de conservação/ grau de caracterização:
ruim
preservado integralmente
Uso original/uso atual:
Residencial/ residencial
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Propriedade
Particular
Situação e ambiência:
A casa de nº 180 da rua Barão do Rio Bonito está situada na esquina da rua Dr. José Maria Coelho. Juntamente com a Igreja de
Sant’Ana, o Palácio Episcopal e o Chafariz da Carioca compõem um pequeno conjunto remanescente da formação inicial da
cidade de Barra do Piraí.
Foto: Flávia Antunes
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
O que chama atenção nesta residência é o trabalho de guirlandas em alto relevo, emoldurando as janelas. Seguindo o estilo dos
chalés, tem na fachada da rua Barão do Rio Bonito, área central mais alta que as laterais, formando um frontão, totalmente
decorado com guirlandas e um medalhão central com a figura de uma mulher. Sua entrada é lateral, resguardada do intenso
movimento da rua.
A casa encontra-se em péssimo estado de conservação, onde telhas e vidros quebrados favorecem a rápida deterioração da
construção. Algumas partes das guirlandas caíram, bem como o emboço que sofre processo de infiltração.
Informações históricas:
Nesta casa, em 1876, foram escritos por Ovídio dos Santos Mello os principais documentos da autonomia de Barra do Piraí.
Informações complementares:
Pré-tombada como patrimônio artístico e cultural do povo e do município de Barra do Piraí.
Fontes:
- Placa fixada na fachada da Rua Barão do Rio Bonito.
Registro Fotografico:
Levantado por: Flávia Antunes
Revisado por:
M. Cristina Soares de Almeida
Data: 01/11/2003
Data: 01/12/2003
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação:
CHAFARIZ DA CARIOCA
Código de identificação:
BPR-CF-U01-04
localização:
Rua Dr. José Maria Coelho, s/n. º - Bairro de Santana
Município: BARRA DO PIRAÍ - 1º DISTRITO
BARRA DO PIRAÍ
Época da construção:
mapa de localização:
Séc. XIX (1884)
Estado de conservação/ grau de caracterização:
ruim
preservado parcialmente
Uso original/uso atual:
Chafariz/ sem uso
Categoria:
Obra de arte
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma / levantamento e restauração
Propriedade
Pública
Situação e ambiência:
O Chafariz da Carioca situa-se no final de uma rua sem saída, a Dr. José Maria Coelho, próximo a Igreja de Sant’Ana.
Cercado por sobrados, a obra de arte se sobressai em relação ao seu entorno, embora esteja em péssimo estado de conservação.
Acima é possível ver outra construção, em estado ainda pior que o do chafariz, onde era captada a água. Atualmente, o chafariz
está aterrado, não servindo mais para o propósito ao qual foi construído.
Foto: Flávia Antunes
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
O Chafariz é construção simétrica, onde sua área central assemelha-se a fachada principal da Igreja de Sant’Ana. Acima do
frontão, ainda na parte central da obra, existe uma estátua, sem a cabeça, última remanescente das originais que ornamentavam
os nichos do chafariz. Abaixo se lê a inscrição "Carioca" em alto relevo. Mede aproximadamente 8m de altura e 6m de largura.
Informações históricas:
Construído em 1884, por iniciativa do 3. º Barão do Rio Bonito, José Pereira do Faro, o Chafariz da Carioca foi o primeiro
equipamento implantado, destinado ao abastecimento de água de Barra do Piraí.
Fontes:
- Caderno de Barra do Piraí. Secretaria Municipal de Turismo e Lazer de Barra do Piraí, 2003.
- http://turismo-rj.com.br/rt-ciclodocafe.html, consultado em out/ 2003.
Registro Fotografico:
Foto: Livro Pequeno Cidadão, de Célia Muniz e Bia Rocha.
Levantado por: Flávia Antunes
Revisado por:
M. Cristina Soares de Almeida
Data: 01/11/2003
Data: 01/12/2003
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação:
CASARIO DA R. ANGÉLICA
Código de identificação:
BPR-CF-U01-05
localização:
Rua Angélica
Município: BARRA DO PIRAÍ - 1º DISTRITO
BARRA DO PIRAÍ
Época da construção:
mapa de localização:
Séc. XIX
Estado de conservação/ grau de caracterização:
satisfatório
preservado parcialmente
Uso original/uso atual:
Residencial/ residencial
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma / levantamento de campo
Propriedade
Particular
Situação e ambiência:
Conjunto de cinco sobrados geminados, localizado às margens do Rio Paraíba do Sul. Em frente ao casario, junto à balaustrada
que margeia o rio, foi implantado um marco em granito, com placa comemorativa.
Foto: Fernanda Monho
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
O casario da rua Angélica é composto por edificações assobradadas de uso misto, com térreo voltado para o comércio e o 1°
pavimento de uso residencial. As edificações apresentam coroamento composto por platibanda, cornija, frisos e arquitrave; corpo
composto por balcões retos, com guarda-corpo de gradil de ferro fundido e consolo em sua base e alguns ornatos em argamassa.
Fontes:
vistoria em campo.
Registro Fotografico:
Foto: Fernanda Monho
Foto: Pedro Simões
Foto: Pedro Simões
Levantado por: Fernanda Monho
Revisado por:
M. Cristina Soares de Almeida
Data: 01/11/2003
Data: 01/12/2003
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação:
PONTE GETÚLIO VARGAS
Código de identificação:
BPR-CF-U01-06
localização:
Sobre o rio Paraíba do Sul, entre a rua João Batista e a
Pç. Pedro Cunha
Município: BARRA DO PIRAÍ - 1º DISTRITO
BARRA DO PIRAÍ
Época da construção:
mapa de localização:
Séc. XIX (1881)
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
preservado parcialmente
Uso original/uso atual:
Ponte ferroviária / ponte rodoviária
Categoria:
Obra de engenharia
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma
Propriedade
Pública
Situação e ambiência:
Construída sobre o rio Paraíba do Sul, atualmente bastante assoreado, é um dos principais marcos da cidade remanescentes do
século XIX.
Foto: Fernanda Monho
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
Ponte metálica formada por 5 arcos treliçados de cada lado, com passagem para carros e pedestres.
Informações históricas:
Em 1881 foi criada a Estrada de Ferro Santa Izabel do Rio Preto, depois chamada de Estrada de Ferro Sapucay, Rede Sul Mineira
e finalmente, Rede Mineira de Viação e que construiu uma ponte sobre o rio Paraíba (a ponte metálica) para passagem dos trens e
depois de pedestres.
Fontes:
- MUNIZ, Célia. Pequeno cidadão - conhecendo Barra do Piraí
Registro Fotografico:
Foto fornecida por Pedro Simões
Foto: Pedro Simões
Foto: livro Pequeno Cidadão, de Célia Muniz e Bia Rothe.
Levantado por: Flávia Antunes
Revisado por:
M. Cristina Soares de Almeida
Data: 01/11/2003
Data: 01/12/2003
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação:
ESTAÇÃO FERROVIÁRIA D. PEDRO II
Código de identificação:
BPR-CF-U01-07
localização:
Rua da Estação, s/nº - Centro
Município: BARRA DO PIRAÍ - 1º DISTRITO
BARRA DO PIRAÍ
Época da construção:
mapa de localização:
Séc. XIX (1864)
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
preservado parcialmente
Uso original/uso atual:
Estação ferroviária
Categoria:
Arquitetura ferroviária
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma / levantamento e restauração
Propriedade
Pública
Situação e ambiência:
O prédio da estação ferroviária está localizado na Praça da Estação. Seu entorno se caracteriza por grande concentração de lojas
comerciais e de serviços. O acesso às plataformas da estação se dá através de uma passagem subterrânea, de onde se vê o
Instituto de Educação Nossa Senhora Medianeira. Nesta praça, encontra-se ainda outro símbolo da cidade de Barra do Piraí, o
relógio da estação da estrada de ferro.
Foto: Secretaria de Turismo e Lazer de Barra
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
Construção de dois pavimentos, em estilo neoclássico, assemelhando-se a um palácio, arquitetura muito difundida no final do
século XIX. Tem sua fachada principal composta por janelas em verga reta, com folhas envidraçadas, emolduradas por detalhes
em alto relevo e por uma porta em folha dupla de peroba maciça. Suas extremidades são bem marcadas em alto relevo, e a
estação é coroada por platibanda bem decorada, onde ao centro pode-se ver a inscrição "MCMXIV" - indicando a data em que a
edificação original foi reformada.
Informações históricas:
Foi a primeira linha a ser construída pela E. F. Dom Pedro II, que a partir de 1889 passou a se chamar E. F. Central do Brasil, era a
espinha dorsal de todo o seu sistema. O primeiro trecho foi entregue em 1858, da estação Dom Pedro II até Belém (Japeri) e daí
subiu a serra das Araras, alcançando Barra do Piraí em 1864. Daqui a linha seguiria para Minas Gerais, atingindo Juiz de Fora em
1875. A intenção era atingir o rio São Francisco e dali partir para Belém do Pará.
A estação de Barra do Piraí foi inaugurada em 7 de agosto de 1864 pelo Imperador, quando entrou a primeira locomotiva
conduzindo um trem de passageiros. Foi construída para ser o maior entroncamento ferroviário do Brasil. Havia na estação, até
1912, uma passarela ligando as duas plataformas, que foi retirada nesse ano com a construção de um subterrâneo, que recebeu o
nome de Condessa de Frontin, em homenagem à esposa do consagrado engenheiro.
Dali partia o ramal de São Paulo, o trecho mais rentável da EFCB. Também ali cruzava a linha da Barra, ramal da Rede Mineira de
Viação que ligava Soledade de Minas a Passa-Três, na serra fluminense, mas que também dava correspondência com toda a
Rede Mineira, tendo uma estação própria, hoje demolida. Em 1928, dezesseis trens diários ligavam a cidade ao Rio de Janeiro. Até
1996, passava por ali o Barrinha, trem de passageiros e também cargueiro que ligava Barra do Piraí a Japeri, no pé da serra. O
trem para Belo Horizonte parou em 1980, o de São Paulo em 1998.
Fontes:
- Caderno de Barra do Piraí. Secretaria Municipal de Turismo e Lazer de Barra do Piraí, 2003.
- http://turismo-rj.com.br/rt-ciclodocafe.html, consultado em out/ 2003.
- http://www.estacoesferroviarias.com.br/efcb_rj_linha_centro/barpirai.htm, consultado em out/ 2003.
Registro Fotografico:
Estação no início do século XX. Foto: Jorge Alves Ferreira
Foto: Jorge Alves Ferreira
Foto: Fernanda Monho
Mapa da cidade de Barra do Piraí e suas linhas, em 1928, extra
http://www.estacoesferroviarias.com.br/efcb_rj_linha_centro/ba
consultado em out/ 2003.
Levantado por: Flávia Antunes
Revisado por:
M. Cristina Soares de Almeida
Data: 01/11/2003
Data: 01/12/2003
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação:
ROTUNDA
Código de identificação:
BPR-CF-U01-08
Município: BARRA DO PIRAÍ - 1º DISTRITO DE
localização:
BARRA DO PIRAÍ
Época da construção:
mapa de localização:
Estado de conservação/ grau de caracterização:
Uso original/uso atual:
Oficina de trens/ oficina de trens
Categoria:
Arquitetura ferroviária
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma
Propriedade
Particular/ RMV
Situação e ambiência:
Foto fornecida por Pedro Simões
Registro Fotografico:
Levantado por: Flávia Antunes
Revisado por:
M. Cristina Soares de Almeida
Data: 01/01/2003
Data: 01/12/2003
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação:
SANTA CASA DE MISERICÓRDIA
Código de identificação:
BPR-CF-U01-09
Município: BARRA DO PIRAÍ - 1º DISTRITO
localização:
BARRA DO PIRAÍ
Época da construção:
mapa de localização:
Estado de conservação/ grau de caracterização:
Uso original/uso atual:
Categoria:
Proteção existente/ proposta:
Propriedade
Situação e ambiência:
Foto: livro "Barra do Piraí - Cronologia Histó
Oficial do Estado do Rio de Janeiro,1991, de Gil
Informações históricas:
Prédio original onde se instalou a Santa Casa de Misericórdia, o primeiro hospital barrense. A propriedade pertencia ao
Comendador Antônio Gonçalves de Moraes - capitão Mata-Gente, que depois passou para seu filho.
Fontes:
- http://www.brasil.terravista.pt/magoito/2028/barrapi-crf.htm, consultado em out/ 2003.
Registro Fotografico:
Levantado por:
Flávia Antunes
Data: 01/11/2003
Revisado por:
M. Cristina Soares de Almeida
Data: 01/12/2003
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação:
CHAMINÉ DO ENGENHO CENTRAL
Código de identificação:
BPR-CF-U01-10
Município: BARRA DP PIRAÍ - 4º DISTRITO
localização:
IPIABAS
Época da construção:
mapa de localização:
Estado de conservação/ grau de caracterização:
Uso original/uso atual:
Categoria:
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma
Propriedade
Situação e ambiência:
Foto: Pedro Simões
Informações históricas:
A chaminé, localizada no bairro do Matadouro, fazia parte do engenho central construído pelo Barão do Rio Bonito, que pretendia
com a decadência do café, iniciar a produção de açúcar, mas não teve êxito.
Registro Fotografico:
Levantado por: Flávia Antunes
Revisado por:
M. Cristina Soares de Almeida
Data: 01/11/2003
Data: 01/12/2003
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação:
ASSOCIAÇÃO RURAL
Código de identificação:
BPR-CF-U01-11
Município: BARRA DO PIRAÍ - 1º DISTRITO
localização:
BARRA DO PIRAÍ
Época da construção:
mapa de localização:
Séc. XIX (1ª metade)
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
modificado
Uso original/uso atual:
Sede de fazenda cafeeira / associação rural
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma / levantamento de campo
Propriedade
Associação Rural
Situação e ambiência:
Está situada em um dos bairros da cidade de Barra do Piraí. Anteriormente, como sede de fazenda, tinha uma extensão de 64
alqueires.
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
A casa era muito maior e tinha tulhas, engenho de café, enfermaria de escravos e olaria com máquina a vapor. Está muito
modificada porque desde 1846 aí funciona a sede da Associação Rural.
Informações históricas:
Denominado inicialmente como Sítio Barra do Piraí, pertenceu a Antônio Gonçalves de Moraes, também proprietário da fazenda
São João da Prosperidade, em Ibiapas. Seu nome deu origem à denominação da cidade.
Registro Fotografico:
Levantado por:
Flávia Antunes
Data: 01/11/2003
Revisado por:
M. Cristina Soares de Almeida
Data: 01/12/2003
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação:
CENTRO HISTÓRICO DE DORANDIA
Código de identificação:
BPR-CF-U02-00
localização:
Acesso pela BR 393
Município: BARRA DO PIRAÍ - 2º DISTRITO
DORANDIA
Época da construção:
mapa de localização:
Séc. XIX
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
Uso original/uso atual:
Povoado / sede distrital
Categoria:
Patrimônio Arquitetônico
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma / levantamento de campo das edificações
Propriedade
Imóveis públicos e privados
Situação e ambiência:
O segundo distrito de Barra do Piraí caracteriza-se por uma pequena população, concentrada em torno da Igreja Nossa Senhora
das Dores e da Praça.... Dorândia localiza-se as margens da Rodovia Lúcio Meira, que liga Barra do Piraí a Volta Redonda.
Neste distrito estão algumas das mais importantes fazendas cafeeiras do município de Barra do Piraí, como por exemplo: Ribeirão
Frio, Alpes e São Sebastião. Até os dias de hoje, dedica-se principalmente a atividade agropecuária, como a criação de gado de
corte e leiteiro.
Igreja Nossa Senhora das Dores. Foto: Pedro S
Informações históricas:
A freguesia de Nossa Senhora das Dores, hoje Dorandia, foi criada por força da lei provincial No. 307, de 28 de março de 1844. A
freguesia teve sua criação confirmada pelos decretos estaduais nº 59, de 10 de março de 1890; nº 1, de 8 de maio de 1892 e nº 1A, de 3 de junho desse mesmo ano. Segundo a divisão administrativa do Brasil, referente ao ano de 1911, o distrito denominado
Dores de Piraí pertence ao município da Barra do Piraí.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, já então com o topônimo alterado para Nossa Senhora das Dores do Piraí,
figura no município de Barra do Piraí. De acordo com as divisões territoriais datadas de 31-12-1936 e 31-12-1937, assim como o
quadro anexo ao decreto-lei estadual nº 392-A, de 31 de março de 1938, o distrito se denomina Nossa Senhora das Dores e
permanece no Município de Barra do Piraí, o mesmo se observando no quadro fixado pelo decreto estadual nº 641, de 15 de
dezembro de 1938, para vigorar no qüinqüênio 1939-1943.
Em virtude do decreto-lei estadual nº 1056, de 31 de dezembro de 1943, que fixou o quadro da divisão territorial, judiciária e
administrativa do Estado, em vigor no qüinqüênio 1944-1948, o distrito teve o seu topônimo, novamente, alterado para Dorandia.
Fontes:
- Muniz, Célia e Rothe, Bia. Pequeno Cidadão - conhecendo Barra do Piraí. Diadorim Editora, Rio de Janeiro, 1997.
Registro Fotografico:
Levantado por: Flávia Antunes
Revisado por:
M. Cristina Soares de Almeida
Data: 01/11/2003
Data: 01/12/2003
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação:
CENTRO HISTÓRICO DE SÃO JOSÉ DO TURVO
Código de identificação:
BPR-CF-U03-00
localização:
Acesso pela RJ 141
Município: BARRA DO PIRAÍ - 3º DISTRITO S.
JOSÉ TURVO
Época da construção:
mapa de localização:
Séc. XIX
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
Uso original/uso atual:
Povoado / sede distrital
Categoria:
Patrimônio Arquitetônico e Paisagístico
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma / levantamento de campo das edificações
Propriedade
Imóveis públicos e privados
Situação e ambiência:
O distrito de São José do Turvo é o maior do município de Barra do Piraí, possuindo dois centros urbanos distintos. Um deles é
formado pela Igreja de São José e conjunto de casario, onde o uso residencial e comercial se mistura. Esta área da cidade é de
difícil acesso, principalmente pela má conservação das estradas.
A Igreja de São José está localizada na praça Genésio Soares onde se observa uma ambiência tranqüila. Seu acesso acontece
em área de destaque da praça, por uma aléia adornada por espécies arbóreas de médio porte, que direcionam o olhar do
observador para a Igreja.
O outro centro urbano é chamado de Califórnia da Barra, vizinho da cidade de Volta Redonda, que possui várias indústrias como a
Cemibra e a Olaria São Sebastião. Está as margens da Rodovia Lúcio Meira, que liga Barra do Piraí a Volta Redonda.
Foto: Pedro Simões
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
A igreja de São José foi construída em 1867. Apresenta fachada frontal em alvenaria, pintada de branco e cinza, com duas colunas
laterais, portas e janelas em forma de arco. Possui torre sineira com janelas e um crucifixo no topo. Nas paredes laterais, vitrais em
forma de círculo.
Seu interior ainda conserva o estilo do século XIX e possui altar todo decorado com desenhos em alto relevo, onde se encontra a
antiga imagem de São José em tamanho natural esculpida em madeira. Além desta, guarda ainda outras imagens do mesmo
século.
Informações históricas:
A freguesia de São José do Turvo, antigamente chamada de Turvo, foi criada pela lei ou decreto provincial nº 802, de 28 de
setembro de 1855, em território do município de Barra Mansa, sendo transferida desse município para o de Piraí, por efeito da
citada lei ou decreto nº 802. O decreto estadual nº 59, de 10 de março de 1890, que criou o município de Barra do Piraí, transferiu
o distrito de Turvo, do município de Piraí para o de Barra do Piraí, confirmando, ainda, juntamente com os decretos estaduais nº 1,
de 8 de maio e 1-A, de 3 de junho de 1892, a criação do supracitado distrito.
Segundo a divisão administrativa do Brasil, referente ao ano de 1911, o distrito do Turvo está subordinado ao Município da Barra
do Piraí. Nas decisões administrativas de 1933 e territoriais de 31-12-1936 e 31-12-1937, assim como no quadro anexo ao decretolei estadual nº 392-A, de 31-3-1938, o distrito sob denominação de São José do Turvo, figura no município de Barra do Piraí.
O decreto estadual nº 641, de 15-12-1938, que fixou o quadro para vigorar no qüinqüênio 1939-1943, alterou o topônimo do distrito
para Turvo, nome com que permanecia em 1939-1943. Pelo decreto-lei estadual
nº 1056, de 31-12-1943, o distrito do Turvo
retornou à sua primitiva denominação de São José do Turvo. No quadro fixado para vigorar no qüinqüênio 1944-1948, pelo referido
decreto-lei nº 1056, São José do Turvo figura como distrito do município de Barra do Piraí.
Fontes:
- Caderno de Barra do Piraí. Secretaria Municipal de Turismo e Lazer de Barra do Piraí, 2003.
- Muniz, Célia e Rothe, Bia. Pequeno Cidadão - conhecendo Barra do Piraí. Diadorim Editora, Rio de Janeiro, 1997.
- http://turismo-rj.com.br/rt-ciclodocafe.html, consultado em out/ 2003.
Registro Fotografico:
Levantado por: Flávia Antunes
Revisado por:
M. Cristina Soares de Almeida
Data: 01/11/2003
Data: 01/12/2003
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação:
CENTRO HISTÓRICO DE IPIABAS
Código de identificação:
BPR-CF-U04-00
localização:
Acesso pela RJ 137
Município: BARRA DO PIRAÍ - 4º DISTRITO
IPIABAS
Época da construção:
mapa de localização:
Séc. XIX (2ª metade)
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
preservado parcialmente
Uso original/uso atual:
Povoado / sede distrital
Categoria:
Patrimônio Arquitetônico e Paisagístico
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma / levantamento de campo das edificações
Propriedade
Imóveis públicos e privados
Situação e ambiência:
Ipiabas está localizada a 750m de altitude junto à estrada RJ 137, que liga Barra do Piraí a Conservatória. Ainda preserva boa
parte da Mata Atlântica, onde se encontram cachoeiras e açudes. A imagem acima mostra a rodovia ao fundo. Esta é separada
das ruas laterais e das edificações que a margeiam por canteiros largos e arborizados.
A cidade apresenta baixa densidade, onde predominam edificações de até dois pavimentos, situadas em centro de terreno. As
ruas internas são largas e arborizadas, mas sem pavimentação.
O distrito é passagem para Conservatória, distrito de Valença onde o turismo é bastante desenvolvido. Ipiabas foi ligada a Barra do
Piraí pela Rede Mineira de Viação, hoje desativada. Atualmente, liga-se a sede do município somente pela RJ 137.
Foto: Flávia Antunes
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
Os imóveis identificados como de interesse histórico-cultural, afora a estação ferroviária, formam um pequeno conjunto que se
encontra situado ao longo da rua que dá acesso à igreja Nossa Senhora da Piedade. Todos eles datam da 2ª metade do século
XIX e apresentam uma linguagem neoclássica. Entre os bens, além da igreja de N. Sra da Piedade, destaca-se aquele conhecido
na região como Remonta, em função do seu porte, que por muito tempo esteve em ruínas, mas atualmente vem sendo restaurado.
Em pesquisa preliminar, foram encontradas poucas referências históricas para as edificações registradas.
LEGENDA:
1.
2.
3.
4.
5.
Casario
Estação Ferroviária
Remonta
Igreja Nossa Senhora Piedade
Casario
Informações históricas:
A freguesia foi criada com a denominação de Nossa Senhora da Piedade de Ipiabas, pelo decreto-lei provincial nº 603, de 27 de
setembro de 1852, tendo sido confirmada pelos decretos estaduais nº 1, de 8 de maio e nº 1-A de 3 de junho de 1892. Segundo a
divisão administrativa do Brasil, referente ao ano de 1911, o distrito de Ipiabas pertencia ao Município de Valença.
Em virtude da lei estadual nº 1798, de 20 de novembro de 1922, passou a denominar-se Pandiá Calógeras, retornando, porém, a
de Ipiabas, por força do decreto federal nº 15923, de 10 de janeiro de 1923. Nas divisões administrativas de 1933, e territoriais
datadas de 31-12-1936 e 31-12-1937, bem como no quadro anexo ao decreto-lei estadual nº 392-A, de 31 de março de 1938,
Ipiabas apareceu como distrito do município de Valença, continuando desta maneira, no quadro fixado pelo decreto estadual nº
641, de 15 de dezembro de 1938, para vigorar no qüinqüênio de 1939-1943.
Por efeito do decreto-lei estadual nº 1056, de 31 de dezembro de 1943, o distrito de Ipiabas foi transferido do município de Valença
para o de Barra do Piraí, no qual, figura no qüinqüênio 1944-1948, fixado pelo mencionado decreto-lei 1056.
Fontes:
Pesquisa de campo.
Registro Fotografico:
Igreja N. Sra. da Piedade, de 1871
Remonta, de 1874,
foi propriedade do Capitão Mata Gente. Foto
Foto: Fernanda Monho
Imagens do casario situado em frente à Remonta. Foto: Fernanda
Antiga Estação Ferroviária. Com a desativação dos trens de pas
estação abriga hoje uma agência dos Correios e o 10º Batalhão
além de um espaço multiuso, que é utilizado para a promoção de
comunitárias.
Levantado por:
Flávia Antunes
Data: 01/11/2003
Revisado por:
M. Cristina Soares de Almeida
Data: 01/12/2003
ENGENHEIRO PAULO DE FRONTIN
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação: CENTRO HISTÓRICO DE ENG. PAULO DE FRONTIN
Código de identificação: EPF-CF-U01-00
localização:
Município: ENGENHEIRO PAULO DE FRONTIN
Época da construção:
mapa de localização:
Estado de conservação/ grau de caracterização:
Uso original/uso atual:
Povoado / cidade
Categoria:
Patrimônio Arquitetônico e Paisagístico
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma / levantamento de campo das edificações
Propriedade
Imóveis públicos e privados
CIDE - Rio de Janeiro.
Situação e ambiência:
O município de Engenheiro Paulo de Frontin é formado pelo distrito sede e pelo de Sacra Família do Tinguá, ficando a 88 Km de
distancia do Rio de Janeiro. Tem por municípios limítrofes: Mendes, Vassouras, Miguel Pereira e Paracambi. Sua população é de
aproximadamente 12.000 habitantes.
A principal atividade econômica do município é a pecuária e a industria.
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
Em Engenheiro Paulo de Frontin é possível encontrar algumas construções remanescentes da época do ciclo do café, como é o
caso do Castelo do Riacho, localizado na Estrada provisória nº 2651 - km 3. Data de 1870, em estilo neoclássico romano,feito com
as pedras retiradas da perfuração do túnel 12. Conserva todo mobiliário original, possuindo torres, masmorra, amplo salão de
banho, salões de festa, salões de festa e belos jardins.
Pela cidade passa a Linha do Centro, da Estrada de Ferro Central do Brasil, podendo ser enumerado duais importantes estações
ferroviárias: a Estação Ferroviária de Engenheiro Paulo de Frontin, antiga Estação Rodeio, próxima ao Túnel Grande, e a Estação
Ferroviária de Palmeiras.
A primeira é de 1863, feita nos moldes das gares inglesas, foi inaugurada em 12 de julho de 1863 pela família imperial. A partir de
1946, o ainda distrito do município de Vassouras passou a se chamar Engenheiro Paulo de Frontin, nome pelo qual a estação já
era conhecida pelo menos desde os anos 20. Teve também o nome de Amandaba durante parte dos anos 40. Por Paulo de
Frontin passavam os trens que iam para São Paulo, Belo Horizonte e também o Barrinha, este suspenso devido a um acidente em
1996 e que ligava Japeri a Barra do Piraí.
A Estação de Palmeiras foi inaugurada em 05 de junho de 1876. As palmeiras imperiais que ficavam ao seu lado lhe deram o
nome. No final dos anos 20, uma queda de uma enorme barreira acabou por destruir a estação e também a linha naquele ponto, o
que causou a interrupção do tráfego do Rio de Janeiro com o resto do Brasil.
Nos anos 40, seu nome foi alterado para Jeruaba, mas nos anos 50 passou a se chamar Palmeira da Serra. Era uma das estações
atendidas pelo trem "Barrinha", que ligou Japeri a Barra do Piraí por muitos anos, transportando não somente passageiros para
estações de difícil acesso na serra das Araras, como também a produção agrícola da região. Em 1991, foi anunciada a sua
desativação. O "Barrinha" acabou por retornar pouco tempo depois, porém, em setembro de 1996, um desastre com muitas
vítimas acabou por eliminar o trem.
Juntamente com a estrada de ferro, surgiram os túneis, necessários para a passagem dos trens. O Túnel Doze, construído em
1859 tem 2.233,6 metros de extensão e liga o município ao de Mendes.
A época industrial também legou a cidade algumas construções interessantes, como por exemplo a Fábrica Ferrine, do início do
século XX, de tijolo de barro maciço e portas e janelas em madeira de pinho de riga. Encontra-se desativada.
Informações históricas:
O Município de Engenheiro Paulo de Frontin, antigo arraial denominado Soledade de rodeio, teve origem num arranchamento feito
na Serra do Tinguá, por tropeiros que utilizavam o Caminho Novo. Com o correr dos anos, tornando-se o local ponto de compra e
venda de animais, passou a ser conhecido por Rodeio. Posteriormente, os habitantes edificaram no pequeno núcleo uma capela à
matriz da Sacra família de Tinguá.
Com a inauguração do tráfego da estrada de ferro Dom Pedro II, a localidade alcançou considerável melhoria e desenvolvimento
que, de povoado, foi elevada a distrito pela lei provincial n.º 1707, de 30 de outubro de 1872. Nessa condição de distrito de
Vassouras permaneceu durante 34 anos, até que a lei n.º 735 de 21 de setembro de 1906, vem suprimir o distrito.
Três anos depois é alcançada a restauração através da lei n.º 881, de 11 de setembro de 1909. Em virtude do decreto-lei estadual
n.º 1051, de 31 de dezembro de 1938, que fixou o quadro da divisão territorial, judiciária e administrativa do Estado, para vigorar no
qüinqüênio 1944-1948, o distrito de Rodeio passou a denominar-se Soledade de Rodeio, sendo que, posteriormente, pelo decreto
lei n.º 1577, de 22 de janeiro de 1946, o topônimo do distrito é mudado para Engenheiro Paulo de Frontin.
Em 1958 é criado o município de Engenheiro Paulo de Frontin. A instalação ocorreu em 22 de março de 1959. Contudo, pela
resolução n.º 27, de 20 de setembro de 1962, do Senado Federal, é suspensa a execução da lei n.º 3785/58, retornando ambos os
distritos a fazer parte do município de Vassouras, do qual haviam sido desligados. Finalmente, em outubro de 1963, é restaurada a
autonomia do município, com a mesma constituição anterior, instalado em 18 de janeiro de 1964.
Fontes:
- ABREU, Antonio Izaias da Costa. Município e Topônimos Fluminenses - História e Memória. 1932.
http://www.brasilchannel.com.br/municipios/mostrar_municipio.asp?nome=Engenheiro%20Paulo%20de%20Frontin&uf=RJ&tipo=turi
smo, consultado em out/ 2003.
- www.turismo-rj.com.br/engenheiropaulodefrontin/home.html, consultado em out/ 2003.
- http://www.estacoesferroviarias.com.br/, consultado em out/ 2003.
Registro Fotografico:
Fotos retiradas do site www.estacoesferroviarias.com.br, em out/ 2003. Estação
Ferroviária de Engenheiro Paulo de Frontin.
Estação Ferroviária de Engenheiro Paulo de Frontin.
Estação Ferroviária de Engenheiro Paulo de Frontin
Estação Ferroviária de Palmeiras em 2003.
Estação Ferroviária de Palmeiras em 2003.
No pátio da estação de Palmeira da Serra em 1994, o trem "Barrinha".
Levantado por:
Data:
Revisado por:
Data:
MENDES
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação: CENTRO HISTÓRICO DE MENDES
Código de identificação: MEN-CF-U01-00
localização:
Município: MENDES - 1º DISTRITO MENDES
Época da construção:
mapa de localização:
Estado de conservação/ grau de caracterização:
Uso original/uso atual:
Povoado/ cidade
Categoria:
Patrimônio Arquitetônico e Paisagístico
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma / levantamento de campo das edificações
Propriedade
Imóveis públicos e privados
CIDE - Rio de Janeiro.
Situação e ambiência:
Mendes é um município de único distrito, sendo portanto o menor em área de toda a região do Médio Vale Paraíba, tendo 77 Km2
de área. Apesar de seu reduzido território, possui abastecimento de água e rede de esgotos, além de calçamento que abrange 80%
da área urbana.
A cidade situa-se após a escarpa da Serra do Mar, na borda do planalto fluminense, tendo por municípios limítrofes: Barra do Piraí,
Vassouras, Engenheiro Paulo de Frontin, Paracambi e Piraí.
Sua população é aproximadamente 17.000 habitantes, sendo 82,20% alfabetizado e suas principais atividades econômicas são o
comércio e a indústria. No Município de Mendes encontram-se como atrações turísticas algumas fazendas da época áurea do café,
como a da Cachoeira, o parque de águas minerais de Santa Rita e a Igreja de São Patrício.
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
A Igreja Matriz de Santa Cruz dos Mendes está situada no centro de um terreno ajardinado, arborizado e cercado por um muro
baixo, na Rua Alberto Torres, s/nº - Centro. Data do século XIX, sendo de arquitetura simples, pintada de branco e com a porta
central de madeira maciça. Sofreu várias reformas, não tendo por isso um estilo definido.
No interior da Igreja, encontram-se quadros em gesso, retratando a via sacra, e duas imagens em suas laterais. À direita Nosso
Senhor dos Passos, e à esquerda, Nossa Senhora. Ao fundo, encontra-se uma cruz de 1 metro de comprimento, em bronze,
pregada acima do altar. A Igreja ainda possui vitrais em forma de círculo e coro de 10 metros de largura. No teto, estão três lustres
em forma de pêndulos, imitando cristais, do tempo e do império.
O Hotel Santa Rita, localizado na rua Vereador Arthur Marques dos Santos, 635, data do século XIX, e foi primeiramente uma
grande fazenda de café que pertencia ao Barão de Benevente. Foi comprado por Júlio Braga e transformada em hotel, tornando-se
famosíssimo. Contava com luz elétrica (um luxo na época) e uma linha de bondes puxados a burro. Recebia um grande número de
veranistas em busca de repouso e diversão, além de pessoas convalescentes, atraídas pela qualidade do clima.
Figurava nos melhores guias turísticos da época, inclusive no famoso Michelin, editado na França. Com a evasão de turistas
provocada pela presença do matadouro do Frigorífico Anglo, o hotel entrou em franca decadência até que ocorreu um grande
incêndio que destruiu quase tudo que havia. Só restaram suas majestosas colunas, o paredão de pedras e algumas palmeiras
imperiais.
A Estação Ferroviária Mendes Nova, antigamente chamada de Néri Ferreira, construída no século XX (1911), tem arquitetura
simples, de apenas um pavimento, feita em pinho de riga. A Parada Neri Ferreira serviu como estação até 1996, quando o trem
Barrinha deixou de correr entre Japeri e Barra do Piraí. Como ficava mais perto do centro da cidade que a estação original de
Mendes, acabou tendo o seu nome alterado para Mendes Nova.
Além da estação, devido ao relevo da região, houve necessidade de abertura de túneis. Foi construído o maior túnel ferroviário do
mundo e, atualmente, o segundo maior da América Latina, para escoar a enorme produção cafeeira do Vale do Paraíba. O Túnel
Grande foi aberto no período de 1858 a 1865.
Mendes ainda possui interessante ladeira, com calçamento original de pé-de-moleque, chamada Ladeira João Vieira. Esta
desemboca na principal artéria da cidade, Rua Capitão Francisco Cabral, e foi construída pelos escravos no século XIX para
melhorar o acesso ao cemitério da Irmandade de Santa Cruz.
Informações históricas:
A área onde se localiza o município de Mendes, pertenceu aos de Vassouras, Piraí e Barra do Piraí. Situado no alto da Serra do
Mar, é possivelmente o ponto em que o devassador atingiu sua cumeada, quando do desbravamento da região do Tinguá e
penetração em terras vassourenses.
Nessa região foi estabelecida a Fazenda de Santa Cruz, erguida às margens do atalho que ligava a Aldeia de Valença a cidade do
Rio de Janeiro, pertencente ao Barão de Santa Cruz, transferida posteriormente para a família Mendes, que dilataram sua fazenda,
passando a ser conhecida por Santa Cruz dos Mendes. Suas primeiras e rústicas construções foram levantadas por volta de 1820,
ainda na fase inicial do Ciclo do Café.
Em 13 de outubro de 1838, o curato dos Mendes era ereto em distrito de paz. Em 1840, atendendo ao que representou a Câmara
na vila de Piraí, foi extinto e, em seu lugar, criado um distrito de paz no curato dos Tomazes. O pequeno povoado desenvolveu-se
lentamente graças à constante circulação de tropeiros. O grande crescimento da lavoura cafeeira acelerou esse processo.
Em 1864, inaugurou-se a estação da Estrada de Ferro D. Pedro II, hoje Estrada de Ferro Central do Brasil. Às margens dessa
ferrovia foram sendo construídas cinco estações: Mendes, Humberto Antunes, Martins Costa, Nery Ferreira e Morsing. Em 1889
instalou-se em Mendes a Companhia de Papel Itacolomi, iniciando a fase industrial do município, juntamente com outras industrias,
tais como: a Cervejaria Teutônia e a Braszilian Meat Co., proporcionando ao antigo povoado de Mendes um ritmo crescente de
progresso.
Mendes foi elevado à categoria de município pela Lei n.º 1559, de 11 de julho de 1952, sendo instalado em 1º de janeiro de 1953.
Na formação judiciária do Estado, Mendes continuou integrando o termo e comarca de Barra do Piraí até que, pela Lei estadual n.º
1895, de 6 de julho de 1953, criou-se o termo judiciário de Mendes, subordinado à comarca de Barra do Piraí. Em 12 de setembro
de 1957, Mendes foi elevado à categoria de comarca.
Fontes:
- Enciclopédia dos Municípios Brasileiros, IHGB. Rio de Janeiro, 1959.
- ABREU, Antonio Izaias da Costa. Municípios e Topônimos Fluminenses. História e Memória, pg.60.
- http://geocities.yahoo.com.br/leoniiorio/barra_o_municipio.htm, consultado em out/ 2003.
- http://turismo-rj.com.br, consultado em out/ 2003.
- http://www.tce.rj.gov.br/sitenovo/develop/estupesq/gc04/ese03000.pdf, consultado em out/ 2003.
- http://www.folhadoturismo.com.br/destinos/mendes.html, consultado em out/ 2003.
Registro Fotografico:
Fotos retiradas do site www.estacoesferroviarias.com.br, em
out/ 2003. A Estação Néri Ferreira ou Mendes Nova em
dezembro de 2001.
A Estação Néri Ferreira ou Mendes Nova em 25/10/2002.
Vista do Túnel Grande.
Levantado por:
Data:
Revisado por:
Data:
MIGUEL PEREIRA
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação:
CENTRO HISTÓRICO DE MIGUEL PEREIRA
Código de identificação:
MPR-CF-U01-00
Município: MIGUEL PEREIRA
localização:
Época da construção:
mapa de localização:
Estado de conservação/ grau de caracterização:
Uso original/uso atual:
Povoado/ cidade
Categoria:
Patrimônio Arquitetônico e Paisagístico
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma / levantamento de campo das edificações
Propriedade
Imóveis públicos e privados
CIDE - Rio de Janeiro.
Situação e ambiência:
Miguel Pereira é um município formado por três distritos, a saber: o distrito sede, Governador Portela e Conrado, contando com
aproximadamente 18.000 habitantes. Os municípios que fazem limite com ele são Paracambi, Engenheiro Paulo de Frontin,
Vassouras, Pati do Alferes, Petrópolis, Duque de Caxias, Nova Iguaçu e Japeri.
Dista 113 Km do Rio de Janeiro e 398 Km de São Paulo. Encravado nas reentrâncias da Serra do Couto, uma das vertentes da
Serra do Mar, o município de Miguel Pereira é uma região Serrana por excelência. Suas montanhas e colinas suaves abrigam
cachoeiras admiráveis e rios de curso sereno e águas cristalinas.
Em razão de sua altitude de 618 metros em relação ao nível do mar e das colinas que o cercam, Miguel Pereira possui um clima
ameno, equilibrado e com alto teor de oxigênio, fatores que, aliados a um índice razoável de chuvas tropicais, fizeram com que o
Município fosse considerado como sendo o 3º melhor clima do mundo.
Foto retirada do site:
http://www.miguelpereiratur.com.br/historia.htm
, em out/ 2003.
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
A maior parte dos bens de interesse histórico e cultural encontrados em Miguel Pereira, tem sua origem na Estrada de Ferro Central
do Brasil. Assim sendo, destacamos duas estações ferroviárias e um viaduto, obra de engenharia.
Estação Ferroviária Estiva foi aberta em 1898 pela Melhoramentos. O nome de Miguel Pereira, dado pouco tempo mais tarde,
homenageava o Dr. Miguel Pereira, médico e professor da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, falecido nesta localidade.
Era da Estação Ferroviária de Governador Portela, atualmente Museu Ferroviário, que partia a linha para o ramal de Jacutinga, que
passava por Vassouras e chegava a Santa Rita do Jacutinga, já em Minas Gerais, onde se encontrava com a Rede Mineira de
Viação, linha da Barra. Em 1970, o ramal foi suprimido. As instalações das oficinas de Governador Portela foram demolidas no
começo de 2002, num trecho da antiga Auxiliar já abandonado desde 1996.
O Viaduto Paulo de Frontin, localizado sobre o Rio Santana, próximo à Estrada de Vera Cruz é uma extensa ponte férrea, de
estrutura metálica treliçada, com sustentação em blocos de concreto formando um grande arco sobre o Rio Santana. Construído
sobre o Rio Santana, próximo à Estrada de Vera Cruz, é um imponente monumento de 82m de comprimento e 34m de altura.
Inaugurado em 1897, e foi encomendado na Bélgica pelo engenheiro Paulo de Frontin, que dirigiu pessoalmente grande parte da
obra.
Informações históricas:
Miguel Pereira chamava-se Barreiros em virtude dos intransponíveis e desagradáveis lodaçais que se formavam no Vale do Córrego
do Saco em épocas de chuvas mais intensas. Para o tráfego dos "senhores", dos plantadores de café, de caixeiros viajantes, etc.,
foram abertas estradas que ligavam as regiões em torno de Vassouras.
Entre os anos de 1890 e 1920, o povoado passou a ser conhecido como Estiva pelo fato de servir como ponto de mudança de
cavalos que conduziam as caravanas que vinham de Petrópolis e Minas Gerais pela Estrada do Imperador ou pelo Caminho Novo
de Minas. A fundação da Fazenda da Piedade de Vera Cruz, em 1770, e a construção da capela do Padroeiro Santo Antônio em
1898, em cujas periferias os primitivos colonos de Barreiros ergueram suas casas e comércio incipiente, ajudaram no crescimento
do povoado.
A construção da Estrada de Ferro, que partindo de Belém ia terminar em Paty do Alferes, estava em franco andamento. Esta estrada
passaria pelos vales do rio Santana e do ribeirão de Ubá. Em 1989, vencia a serra e várias estações eram inauguradas no território
da região. Já em 1903, entre outras, as estações de Conrado Niemeyer, Governador Portela e Professor Miguel Pereira começavam
a funcionar. A região de Estiva ganhou um notável impulso urbanístico e populacional, ganhando a condição de centro
administrativo da chamada Linha Auxiliar da Estrada de Ferro.
Aos poucos o povoado passou a ser denominado como Estiva do Miguel Pereira e tal nome acabou sendo consagrado pelo uso. Ao
lado de Miguel Pereira, desenvolvia-se o povoado de Governador Portela, que recebeu seu nome do Dr. Francisco Portela, 1º
Governador do estado. O povoado de Miguel Pereira, então parte integrante do distrito de Governador Portela, foi desligado desse
distrito pela Lei estadual n.º 1055, de 31 de dezembro de 1943, passando a constituir um novo distrito. Pela Lei n.º 2626, de 25 de
outubro de 1955, foi criado o município de Miguel Pereira, constituído por esses dois distritos. Em 1988, o distrito de Conrado foi
anexado ao município.
Fontes:
- Enciclopédia dos Municípios Brasileiros, IHGB. Rio de Janeiro, 1959.
- ABREU, Antonio Izaias da Costa. Municípios e Topônimos Fluminenses. História e Memória, pg.60.
- http://turismo-rj.com.br/rt-ciclodocafe.html, consultado em out/ 2003.
Registro Fotografico:
Foto retirada do site:
http://www.miguelpereiratur.com.br/historia.htm, em out/
2003.
Estação Ferroviária Estiva.
Foto retirada do site: www.estacoesferroviarias.com.br, em
out/ 2003.
Estação Ferroviária Estiva.
Foto retirada do site: www.estacoesferroviarias.com.br, em
out/ 2003.
Estação Ferroviária Estiva.
Foto retirada do site: www.estacoesferroviarias.com.br, em
out/ 2003.
Estação Ferroviária de Governador Portela.
Foto retirada do site: www.estacoesferroviarias.com.br, em
out/ 2003.
Estação Ferroviária de Governador Portela.
Foto retirada do site: www.estacoesferroviarias.com.br, em
out/ 2003.
Levantado por:
Data:
Revisado por:
Data:
PATY DOS ALFERES
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação:
CENTRO HISTÓRICO DE PATI DO ALFERES
Código de identificação:
PAL-CF-U01-00
Município: PATI DO ALFERES - 1º DISTRITO PATI
localização:
DO ALFERES
Época da construção:
mapa de localização:
Estado de conservação/ grau de caracterização:
Uso original/uso atual:
Povoado/ cidade
Categoria:
Patrimônio Arquitetônico e Paisagístico
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma / levantamento de campo das edificações
Propriedade
Imóveis públicos e privados
CIDE - Rio de Janeiro.
Situação e ambiência:
O município de Pati do Alferes é formado apenas por dois distritos, sendo eles: o distrito sede e Avelar. Tem área total de 320 Km2
e população estimada em 23.000 habitantes. Suas principais atividades econômicas são a agricultura e o turismo. Dista 119 Km do
Rio de Janeiro e 450 Km de São Paulo.
Os municípios que fazem limite com este são Miguel Pereira, Vassouras, Paraíba do Sul e Petrópolis. A cidade se desenvolveu em
fundo de Vale, mantendo um clima ameno e agradável até os dias atuais.
Vista aérea da cidade de Pati do Alferes foto retirada do site:
www.folhademocratica.com.br, em out/ 2003.
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
Iniciada em 1840 e terminada em 1844, o projeto arquitetônico da Igreja de Nossa Senhora da Conceição do Alferes segue as linhas
das igrejas mineiras, com corredores laterais que interligam a ampla nave, as capelas, a sacristia e o consistório.
Em estilo colonial, foi construída com estruturas em madeira, paredes frontais de pau-a-pique e decorada com importantes peças
trazidas para compor seu acervo tanto de mobiliário quanto de imagens, tais como a da Nossa Senhora da Conceição e da Nossa
Senhora do Rosário, ambas do século XIX, que ainda hoje adornam os altares da igreja.
Duas grandes torres ladeiam a fachada arrematada por frontão triangular. Tem vãos em arco abatido e todos os tramos bem
marcados por cunhais e cordões horizontais. O frontão e a base do tramo sineiro são marcados por beirais aparentes e salientes. O
volume externo, como um todo, acompanha a linguagem do barroco, com movimento acentuado pelo telhado dos corredores que
avançam em grandes beirais, pela proporção e distribuição dos cheios e vazios das fachadas laterais.
No entanto, no interior, os retábulos da Capela mor e os dois das laterais da nave seguem a linha neoclássica vigente no período,
numa nave despojada de outras decorações e iluminada por janelas seteiras no ato da cimalha das paredes laterais. O púlpito, no
centro da nave, se alcança por passadiço no corredor lateral.
Informações históricas:
Pati do Alferes tem seu surgimento na Sesmaria de Pau Grande, onde o Alferes Leonardo Cardoso da Silva assentou sua plantação,
ainda no século XVIII, conhecida na época como Roça do Alferes. Muitos sesmeiros se agruparam em torno do primeiro núcleo. A
este povoamento foi concedido o predicamento de freguesia em 11 de janeiro de 1775, sob a denominação de Nossa Senhora da
Conceição do Alferes.
Esta era a denominação da capela onde foi rezada a primeira missa da cidade em 26 de Abril de 1739. Mas só em 4 de Setembro
de 1820 é que foi elevada a condição de Vila de Pati do Alferes, por Dom João VI. O desenvolvimento de uma de suas freguesias,
do Caminho Novo do Tinguá, onde crescia o arraial de Vassouras, provocou o rebaixamento da Vila de Pati do Alferes à condição
anterior e a elevação do Arraial de Vassouras à categoria de vila, por Lei Geral de 15 de janeiro de 1833. Desde então, Pati do
Alferes esteve subordinado a Vassouras.
Seu desenvolvimento se deu com a cultura do café, em torno da fazenda que é hoje a Aldeia de Arcozelo, uma das principais
atrações históricas, transformada em espaço cultural por Pascoal Carlos Magno. Nesse período ali viveu o líder negro de escravos
Manoel Congo. Este reuniu na época, sob sua liderança, escravos amotinados fugitivos de diversas fazendas da região. Foi preso e
enforcado no dia 6 de Setembro de 1839.
O município de Pati do Alferes foi criado por força de um plebiscito realizado em 1988, que decidiu pela emancipação do então
distrito de mesmo nome. A instalação desta nova municipalidade ocorreu em 1 de janeiro de 1989. Os atuais distritos de Pati do
Alferes são: Avelar e Pati do Alferes. Este município pertence a comarca de Miguel Pereira. O nome se refere à grande quantidade
de patis - palmeiras de pequeno porte - encontradas no local.
Informações complementares:
A Igreja Matriz é tombada pelo Instituto Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, do lado esquerdo da Nau e o antigo
cemitério em 1973. Inclusive todo seu acervo. Processo N.º 852-T-72. Inscrição N.º 443 no Livro do Tombo Histórico Volume N.º 1
folha 73 data: 17/10/73. A Matriz conta ainda com o Espaço Cultural Frei Aurélio Stulzer que pode ser visitado aos sábados e
domingos das 16:00 às 17:30hs.
Fontes:
- Parente, José Inácio. Guia do estado do Rio: guia completo com todas as regiões do estado. Rio de Janeiro. Interior Produções,
2003.
- Guia do Patrimônio do Estado do Rio de Janeiro/ Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro - Rio de Janeiro: O Arquivo, 1997.
- http://www.patydoalferes.rj.gov.br/historia/fundacao.htm, consultado em out/ 2003.
- http://turismo-rj.com.br/rt-ciclodocafe.html, consultado em out/ 2003.
- http://srv1lx.6sr.iphan.gov.br/, consultado em out/ 2003.
Registro Fotografico:
Vista da cidade de Pati do Alferes, na época de sua
fundação, com a Igreja de Nª Sª da Conceição do Alferes ao
fundo – foto retirada do site: www.patydoalferes.rj.gv.br,
em out/ 2003.
Vista da Rua Sebastião de Lacerda - foto retirada do site:
www.patydoalferes.rj.gv.br, em out/ 2003.
Igreja Matriz Nª Sª da Conceição - foto retirada do site:
www.patydoalferes.rj.gv.br, em out/ 2003.
Detalhe do altar - foto retirada do site:
www.patydoalferes.rj.gv.br, em out/ 2003.
Detalhe da imagem de Nª Sª da Piedade - foto retirada do
site: www.patydoalferes.rj.gv.br, em out/ 2003.
PIRAÍ
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação:
CENTRO HISTÓRICO DE PIRAÍ
Código de identificação:
localização:
BR 116
Município: PIRAÍ - 1º DISTRITO PIRAÍ
Época da construção:
PIR-CF-U01-00
mapa de localização:
Séc. XVIII (2ª metade)
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
preservado parcialmente
Uso original/uso atual:
Povoado / cidade
Categoria:
Patrimônio Arquitetônico e Paisagístico
Proteção existente/ proposta:
Nenhum / levantamento de campo
Propriedade
Imóveis públicos e privados
Situação e ambiência:
A cidade, antiga vila de Sant’Anna do Piraí, está situada às margens do rio Piraí junta à Rodovia Presidente Dutra (BR 116), a
cerca de 390m de altitude. O clima é quente e seco com temperatura média anual de 23º.
Piraí é o principal portal de acesso ao Vale do Paraíba fluminense, através da rodovia RJ 145. Apesar da confluência viária, a
cidade está protegida do intenso tráfego de veículos de passagem. Piraí, que significa “rio dos peixes” é um dos principais
afluentes do rio Paraíba do Sul. A ambiência da cidade é marcada pela ocupação que se espalha entre as rodovias e a beira rio,
que foi urbanizada recentemente.
Vista geral da cidade de Piraí. Foto: site www.
em out/ 2003.
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
O centro histórico de Piraí é formado pela praça Getúlio Vargas e seu entorno, que se estende até às imediações do sopé da
colina onde está implantada a Igreja de Sant’Anna. Os imóveis de interesse históricos têm sido objeto de projetos de restauração,
por iniciativa da equipe da Prefeitura. Entre os bens identificados destacam-se, além da Igreja de Sant’Anna do Piraí: o prédio da
Prefeitura Municipal, a Capela de Santa Cruz e São Benedito, a Delegacia de Polícia, o Hospital Flávio Leal e o Cemitério da
Irmandade do SS. Sacramento.
LEGENDA:
1. Igreja de Sant’Anna
2. Prefeitura
Nota: os demais imóveis só poderão ser localizado
trabalho de campo.
Informações históricas:
Nas margens do rio Piraí os primeiros colonos, ainda no século XVIII, começaram estabelecer fazendas. Vários transpuseram a
serra do Arrozal prosseguindo pela margem direita do Paraíba. Junto ao primeiro desses rios é elevada em 1772 a capela de
Santana do Piraí, em breve o núcleo de um pequeno arraial, naquele tempo o mais próximo ao Rio de Janeiro da zona oriental
serrana. Em 1797, agregado a esse pequeno templo, havia 59 famílias abrigando 378 pessoas, das quais 128 eram escravos.
Estes dados a ainda a verificação de ali então existirem 50 sítios e apenas 4 fazendas, indicam-nos uma formação rural iniciada
com pequenos agricultores, de poucos recursos. Mas sendo Piraí a zona mais vizinha da capital, na Serra, para lá se dirigem
novos imigrantes e, cerca de um decênio apenas, em 1811 já há 3.000 habitantes que requerem ao bispado a elevação do Curato
em Paróquia. No começo do período regencial, Carlos Seidler descreve, entretanto, Santana do Piraí ainda como um vilarejo.
Mas com a sua privilegiada posição geográfica, sendo a primeira zona serrana alcançada pelo “Caminho de São Paulo”, a
freguesia de Santana do Piraí tornar-se-ia um dos mais produtivos centros cafeeiros fluminenses.
Rapidamente se vai tornando famoso o território administrado pela pequena vila, onde grandes fazendeiros acumulam riquezas
com o café. Nomes dos mais ilustres da nossa aristocracia agrária despontam entre os cafezais piraienses, multiplicando os seus
milhares de arrobas de café. Os Morais, os Breves, os Monteiro de Barros, os Oliveira Roxo, o barão de Piraí, o barão de Vargem
Alegre e o barão de Mambucaba.
Fazendas como a do Pinheiro, Ribeirão Frio e Bela Aliança, Grama, Olaria, entre outras muitas, ficaram sempre como símbolos da
cultura de uma época.
Esses grandes domínios cafeeiros e a sua posição entre o rio Paraíba e São João Marcos, fazem dela um grande centro de
exportação de café. E é em suas terras que a Estrada de Ferro D. Pedro II chegou em 1864, logo a seguir tornou-se imprescindível
a construção de uma nova linha ao longo do rio Piraí. Com a designação de “Estrada de Ferro Piraiense” a ferrovia é projetada
através da Serra até Banco de Areia, na província de São Paulo, mas somente construída até Passa Três, em junho de 1879.
O desmatamento em grande escala de sua floresta e um solo vastamente explorado pelo café, aliado ao problema da mão de obra
escrava faz decair o poder de Piraí no final do século. A criação do município de Barra do Piraí, em 1890, foi um novo golpe para
Piraí.
No início do século XX o desenvolvimento da pecuária, a instalação de indústrias e a abertura de estradas deram um novo
incremento ao município.
Na década de 1950, a construção da Usina Nilo Peçanha em Fontes, Distrito de Piraí, e a criação da represa com águas do rio
Piraí e Paraíba tornam Piraí uma cidade cercada de belos lagos.
Hoje a economia do município está calcada nas várias indústrias ali instaladas. Porém, o município não abandonou as atividades
da indústria pecuária, ainda hoje um importante produtor na região. Além dessas atividades, o município de Piraí é dos que mais
substantivamente investe no Turismo Cultural, tendo construído um Centro de Informações Turísticas na entrada da cidade, além
de promover o seu artesanato e tradições locais.
Fontes:
- ABREU, Antonio Izaias da Costa. "Municípios e Topônimos Fluminenses".
- Enciclopédia dos Municípios Brasileiros, IHGB. Rio de Janeiro, 1959.
- Informações sobre o Município de BARRA DO PIRAÍ. Barra do Piraí: Secretaria Municipal de Cultura, 2003.
- MUNIZ, Célia e ROTHE Bia. Pequeno Cidadão, conhecendo Barra do Piraí. Editora, data ?.
- ______ e ROCHA, Isabel. Texto sobre Barra do Piraí, s/ data.
- www.turismo-rj.com.br, consultado em out/ 2003.
Registro Fotografico:
Vista parcial do centro de Piraí. Foto: Fernanda Monho
Vista parcial da Prefeitura de Piraí. Foto: site www.sindicont
2003
Vista do Rio Piraí. Foto : site www.sindcontvr.com.br, em out/
Levantado por:
Flávia Antunes
Data: 01/11/2003
Revisado por:
M. Cristina Soares de Almeida
Data: 01/12/2003
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação:
IGREJA DE SANT’ANA
Código de identificação:
localização:
Pç. Domingos Mariano
Município: PIRAÍ - 1º DISTRITO PIRAÍ
Época da construção:
PIR-CF-U01-01
mapa de localização:
Séc. XIX (1832)
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
Uso original/uso atual:
Religioso/ Religioso
Categoria:
Arquitetura Religiosa
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma
Propriedade
Privada
Situação e ambiência:
A Igreja de Sant’Ana, a que se chega subindo uma grande escadaria, domina toda a cidade.
Foto: Fernanda Monho
Informações históricas:
Construída em terras do Comendador Antônio Estevão de Magalhães Pusso, que doou o terreno para patrimônio de Santana. Sua
construção teve o começo por volta do ano de 1829, e seu verdadeiro término só se deu por volta de 1841.
O dinheiro para a obra foi doado pelo Barão do Piraí e outros fazendeiros abastados da região. O grande empreendedor da obra foi
o padre Joaquim Gonçalves de Moraes que não mediu esforços para ver o templo pronto. O padre também concorreu com vultosa
quantia para sua construção, sendo ele vigário da Vara conseguiu rápida aprovação do Bispo Dom José Caetano da Silva Coutinho
para a construção do templo.
Fontes:
- Book de Piraí
Registro Fotografico:
Vista parcial da igreja - Fernanda Monho
Igreja ao fundo - foto fornecida pela Secretaria de Educação e
Levantado por:
Data:
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação:
PREFEITURA MUNICIPAL DE PIRAÍ
Código de identificação:
PIR-CF-U01-02
Município: PIRAÍ - 1º DISTRITO PIRAÍ
localização:
Época da construção:
mapa de localização:
Séc. XIX (1838 a 1840)
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
Uso original/uso atual:
Cadeia/ prefeitura
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma
Propriedade
Privada/
Situação e ambiência:
O prédio da Prefeitura de Piraí está localizado no centro da quadra adjacente a praça Getúlio Vargas. Tendo passado por obras
recentemente, se apresenta conservado. Sua ambiência permanece preservada, em perfeita harmonia com a linguagem da praça
vizinha e com o casario existente em seu entorno.
Foto: Fernanda Monho
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
É um prédio de dois pavimentos com dois acessos, ambos nas fachadas principais. Apresenta balcão reto e consolo em madeira,
que destaca a área central do prédio. Seus vãos são em verga reta com esquadrias de madeira. Apresenta coroamento composto
por frisos simples.
Informações históricas:
Prédio construído em terras doadas pelo Comendador Estevão de Magalhães Pusso em 1838, já nesse mesmo ano no mês de
março começam as obras de construção do Paço Municipal; as custas de Major José Luiz Gomes (depois Barão de Mambucaba),
José Gonçalves de Moraes (depois Barão do Piraí), Raymundo de Souza Breves, Felisberto Ribeiro Franco, Manoel José de
Barros Vianna, Antônio José de Barros Vianna, Carlos de Souza Pinto de Magalhães, Silvino José da Costa, Joaquim Gomes de
Souza (Chazeiro), Manoel Gonçalves Vallim, José da Conceição, Manoel Gonçalves Pereira, Domingos Pereira dos Santos.
Primeiro serviu como cadeia, depois como Júri e Câmara Municipal, passando a ser sede da Prefeitura somente em 1922.
Fontes:
- Book de Piraí
Registro Fotografico:
Foto: Fernanda Monho.
Levantado por:
Data:
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação:
CAPELA DE SANTA CRUZ E SÃO BENEDITO
Código de identificação:
PIR-CF-U01-03
Município: PIRAÍ - 1º DISTRITO PIRAÍ
localização:
Época da construção:
mapa de localização:
Séc. XX (1915)
Estado de conservação/ grau de caracterização:
Uso original/uso atual:
Religioso/ religioso
Categoria:
Arquitetura Religiosa
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma
Propriedade
Privada/
Situação e ambiência:
Vista da fachada da igreja – foto fornecida pela
Educação e Cultura.
Informações históricas:
A capela foi construída para louvar a Santa Cruz, em terras de Santana por volta de 1915 e 1916, como a Irmandade de São
Benedito não tinha local para louvar seu orago, ali se instalou com seu padroeiro ficando a capela conhecida por Capela de Santa
Cruz e São Benedito.
Fontes:
- Book de Piraí
Registro Fotografico:
Levantado por:
Data:
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação:
DELEGACIA DE POLÍCIA
Código de identificação:
localização:
Rua Comendador Sá, nº 105 - Centro
Município: PIRAÍ - 1º DISTRITO PIRAÍ
Época da construção:
PIR-CF-U01-04
mapa de localização:
Séc. XX (1917)
Estado de conservação/ grau de caracterização:
ruim
Uso original/uso atual:
Institucional/ institucional
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma
Propriedade
Privada/
Situação e ambiência:
Vista da fachada da delegacia - foto fornecida p
de Educação e Cultura.
Informações históricas:
O prédio da rua Comendador Sá foi construído por Bento Gomes Franco que ganhou a concorrência pública em 1917, o prédio foi
inaugurado em 1918, pelo governador Raul Veiga e o presidente da câmara Domingos Mariano Barcellos de Almeida.
Fontes:
- Book de Piraí
Registro Fotografico:
Levantado por:
Data:
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação:
HOSPITAL FLÁVIO LEAL
Código de identificação:
PIR-CF-U01-05
Município: PIRAÍ - 1º DISTRITO PIRAÍ
localização:
Época da construção:
mapa de localização:
Séc. XX (1901)
Estado de conservação/ grau de caracterização:
ruim
Uso original/uso atual:
Institucional/
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma
Propriedade
Privada/
Situação e ambiência:
Vista da fachada principal do Hospital Flávio
fornecida pela Secretaria de Educação e Cul
Informações históricas:
A idéia de construção do hospital vem de 1871, mas sua realização só foi possível em 1901, localizado na antiga chácara do Dr.
José Luiz Figueira, que foi comprada pela Irmandade do Santíssimo Sacramento e paga com dinheiro doado por Rufina Gonçalves
Barbosa e o Capitão Joaquim Ferreira Ribeiro; o hospital foi inaugurado em 1903.
Fontes:
- Book de Piraí
Registro Fotografico:
Levantado por:
Data:
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação:
CENTRO HISTÓRICO DE ARROZAL
localização:
Código de identificação:
PIR-CF-U02-00
Município: PIRAÍ - 3º DISTRITO ARROZAL
Época da construção:
mapa de localização:
Estado de conservação/ grau de caracterização:
Uso original/uso atual:
Povoado / cidade
Categoria:
Patrimônio Arquitetônico e Paisagístico
Proteção existente/ proposta:
Nenhum
Propriedade
Imóveis públicos e privados
CIDE - Rio de Janeiro.
Situação e ambiência:
O município de Piraí localiza-se na região industrial do Médio Paraíba, região fluminense e tem como municípios limítrofes, Barra
do Piraí, Pinheiral, Rio Claro, Itaguaí, Mendes, Paracambi, Itaguaí, Barra Mansa e Volta Redonda. Sua população total é de 22.118
habitantes, segundo o Censo populacional de 2001 do IBGE.
Pertencente à bacia hidrográfica do rio Paraíba do Sul, sendo banhado pelos rios Piraí e Ribeirão das Lajes. Esses três rios
contribuem para o abastecimento de água e geração de energia elétrica. Os principais acidentes geográficos estão representados
pelas Serras das Araras, dos Aimorés e dos Tomazes, que constituem ramificações da Serra do Mar.
O município é dividido em 4 distritos, a saber: 1º Piraí, 2º Vila Monumento, 3º Arrozal e 4º Abarracamento, que se caracterizam
pela produção e exportação de noz-macadâmia, produção de leite, café e energia elétrica. A área total do 3º distrito perfaz 84 Km2.
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
Arrozal possui significativo conjunto arquitetônico colonial, onde se destaca o Casarão de Arrozal e a Igreja de São João Batista
Informações históricas:
O distrito de Arrozal foi criado pelo Decreto-lei Estadual nº 1063, de 28/01/1944. Nele é possível encontrar o Casarão de Arrozal,
construído em 1835, para abrigar a residência de Dona Maria Pimenta de Almeida Breves, grande possuidora de terras em Arrozal.
Dona Maria comprou terras na região de Além Paraíba–MG e vendeu o casarão à seu irmão o comendador José de Souza Breves
Filho, que o reformou e mandou aumentá-lo em 1857.
Entre 1844 e 1848, as eleições em Arrozal são realizadas neste casarão por estar em obras a Igreja Matriz. Em 1863, voltam a ser
realizadas as eleições no casarão do Comendador e se arrastam até o ano de 1867. Com a morte do Comendador o casarão
passa a Irmandade por doação. O casarão hospedou por algumas vezes o Imperador Pedro II e sua comitiva em suas viagens. Em
1896, a Irmandade passa a pagar a décima urbana relativa ao casarão.
A Igreja de São João Batista, outro bem de interesse histórico e cultural, foi erguida no início do século XX, mais precisamente em
1915, em substituição da primeira capela de Arrozal que remonta a 1800. Em 1844 obras são empreendidas, pois esta estava em
ruínas. As obras da igreja são interrompidas, pois o vigário de Arrozal, Padre Antônio Tolentino Legal seu grande incentivador, foi
sentenciado pelo juízo da delegacia da freguesia de Arrozal. Em 1853, as reuniões da mesa paroquial realizavam-se fora da igreja
na casa do comendador José de Souza Breves.
Em 1879, o comendador José de Souza Breves Filho deixa em testamento três alqueires de terras vertentes para a freguesia para
o orago São Sebastião, que em 1840 já possuía meio alqueire de terra onde se acha localizada a freguesia de Manoel Nunes
Muniz. Uma portaria Provincial de 17 de fevereiro de 1881, mandou principiar a edificação da nova matriz.
Fontes:
- Book de Piraí, Secretaria de Educação e Cultura.
Registro Fotografico:
Vista da fachada da igreja - foto fornecida pela Secretaria de
Levantado por:
Data:
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação:
CASARÃO ARROZAL
Código de identificação:
PIR-CF-U02-01
Município: PIRAÍ - 3º DISTRITO ARROZAL
localização:
Época da construção:
mapa de localização:
Séc. XIX (1835)
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
Uso original/uso atual:
Residencial/ s.inf
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma
Propriedade
Privada/
Situação e ambiência:
Informações históricas:
Construído para abrigar a residência de Dona Maria Pimenta de Almeida Breves, grande possuidora de terras em Arrozal. Dona
Maria comprou terras na região de Além Paraíba-MG e vendeu o casarão à seu irmão o comendador José de Souza Breves Filho,
que o reformou e mandou aumentá-lo em 1857.
Entre 1844 e 1848, as eleições em Arrozal são realizadas neste casarão por estar em obras a matriz. Em 1863, voltam a ser
realizadas as eleições no casarão do Comendador e se arrastam até o ano de 1867. Com a morte do Comendador o casarão
passa a Irmandade por doação. O casarão hospedou por algumas vezes o Imperador Pedro II e sua comitiva em suas viagens. Em
1896, a Irmandade passa a pagar a décima urbana relativa ao casarão.
Fontes:
- Book de Piraí
Registro Fotografico:
Levantado por:
Data:
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação:
IGREJA DE SÃO JOÃO BATISTA
Código de identificação:
PIR-CF-U02-02
Município: PIRAÍ - 3º DISTRITO ARROZAL
localização:
Época da construção:
mapa de localização:
Estado de conservação/ grau de caracterização:
Uso original/uso atual:
Religioso/ religioso
Categoria:
Arquitetura Religiosa
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma
Propriedade
Privada/
Situação e ambiência:
Informações históricas:
A primeira capela de Arrozal remonta 1800, no entanto em 1844 obras são empreendidas, pois esta estava em ruínas. As obras da
igreja são interrompidas, pois o vigário de Arrozal, Padre Antônio Tolentino Legal seu grande incentivador, foi sentenciado pelo
juízo da delegacia da freguesia de Arrozal. Em 1853, as reuniões da mesa paroquial realizavam-se fora da igreja na casa do
comendador José de Souza Breves.
Em 1862, fazia 14 anos que as obras da igreja estavam paralisadas. Em 1879, o comendador José de Souza Breves Filho deixa
em testamento três alqueires de terras vertentes para a freguesia para o orago São Sebastião, que em 1840 já possuía meio
alqueire de terra onde se acha localizada a freguesia de Manoel Nunes Muniz.
O relatório do fiscal Victoriano José de Viveiros Figueira, de 13 de abril de 1881, diz que uma parede da igreja matriz desabou às
17:30 hs. Em 04 de janeiro de 1882, o fiscal do Arrozal relata a câmara que o governo da Província mandou demolir a igreja matriz
que estava exposta ao tempo e ia caindo por si. A portaria Provincial de 17 de fevereiro de 1881, mandou principiar a edificação da
nova matriz. Os atos divinos eram celebrados na sala do sobrado do falecido comendador José de Souza Breves em Arrozal, na
igreja da Serrinha, em dois oratórios.
Fontes:
- Book de Piraí
Registro Fotografico:
Levantado por:
Data:
Revisado por:
Data:
RIO DAS FLORES
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação:
CENTRO HISTÓRICO RIO DAS FLORES
Código de identificação:
RFL-CF-U01-00
Município: RIO DAS FLORES
localização:
Época da construção:
mapa de localização:
Meados do séc. XIX (1855)
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
preservado integralmente
Uso original/uso atual:
Povoado / Cidade
Categoria:
Patrimônio Arquitetônico e Paisagístico
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma / levantamento de campo das edificações
Propriedade
Imóveis públicos e privados
Situação e ambiência:
O município de Rio das Flores localiza-se na região do Vale do Paraíba Fluminense e tem por municípios limítrofes Valença,
Paraíba do Sul e Miguel Pereira e o Estado de Minas Gerais. Fica entre a margem esquerda do Rio Paraíba do Sul e a margem
direita do Rio Preto. Apresenta clima ameno e salubre, com relevo acidentado, porém com extensos vales.
O acesso ao município acontece através da RJ 145 e Rj 151. O município é formado por quatro distritos, a saber: o distrito sede,
Manuel Duarte, Taboas e Abarracamento. Preserva ainda sua paisagem natural e ambiência bucólica, conservando desta forma
alguns importantes exemplares da arquitetura desenvolvida durante o período cafeeiro.
Vista parcial da paisagem natural e arquitetônic
de Rio das Flores.
Foto: Annibal Magalhães
LEGENDA:
1.
2.
3.
4.
5.
6.
Câmara Municipal
Fórum
Igreja Matriz Santa Tereza D’Ávila
Estação Ferroviária
Capela de Santana
Antigo Prédio de Beneficiamento do Café
Informações históricas:
Como os outros municípios do Vale do Paraíba, Rio das Flores também tem sua origem no desbravamento dos caminhos que
seguiam em direção a Minas Gerais. Desde a abertura desses caminhos, na segunda metade do século XVI, as margens do
Paraíba já eram conhecidas. Todavia, sua colonização foi motivada pela extraordinária expansão agrícola, que se verificou na
província do Rio de Janeiro, durante o século XIX.
Nesse período chegam a esta região os primeiros grupos de colonizadores. A notícia da fertilidade do solo da localidade propagouse com rapidez, atraindo a atenção dos governantes. Visando facilitar o progresso e o adensamento demográfico, o governo
provincial, em 6 de outubro de 1851, por força da lei nº 560, conferiu-lhe a dignidade de possuir uma capela curada, sob a
invocação de Santa Tereza, subordinada à freguesia de Nossa Senhora da Glória da Vila de Valença, depois município de Valença.
Tamanha foi a afluência para essa região, nesse curto espaço de tempo que, novamente, o Governo teve oportunidade de intervir
beneficamente na administração da localidade, elevando o curato de Santa Tereza à categoria de freguesia, em 6 de outubro de
1855, ainda subordinada a jurisdição da então vila de Valença. A economia de Santa Tereza repousava, por essa época, quase
que exclusivamente em suas riquíssimas lavouras de café.
Santa Tereza se emancipa da tutela de Valença, passando a constituir uma unidade autônoma, em 17 de março de 1890. A
instalação do Município teve lugar no dia 22 de abril de 1890. Persistindo, porém, o êxodo da população da zona rural, suas já
então decadentes lavouras entraram em franco declínio, mesmo com o incremento das atividades pastoris. A elevação da Vila de
Santa Tereza, à categoria de cidade, em virtude da lei estadual nº 2335, de 27 de dezembro de 1929. A denominação Rio das
Flores foi atribuída pelo Decreto Estadual nº 1056, de 31 de dezembro de 1946.
Fontes:
- Enciclopédia dos Municípios Brasileiros. Rio de Janeiro: IHGB, 1959.
- Guia do Patrimônio do Estado do Rio de Janeiro/ Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro - Rio de Janeiro: O Arquivo, 1997.
- cd-rom cedido pela Associação de Turismo de Rio das Flores.
- http://turismo-rj.com.br/rt-ciclodocafe.html - Consulta em outubro de 2003.
- www.coffeebreaktour.com.br/flores.htm - Consulta em outubro de 2003.
Registro Fotografico:
Vista panorâmica da cidade, no começo de sua formação - foto c
Associação de Turismo de Rio das Flores
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação:
ANTIGO PRÉDIO DE BENEFICIAMENTO DO CAFÉ
Código de identificação:
RFL-CF-U01-01
Município: RIO DAS FLORES - 1° DISTRITO RIO
localização:
DAS FLORES
Época da construção:
mapa de localização:
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
preservado parcialmente
Uso original/uso atual:
Prédio de beneficiamento do café /
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma
Propriedade
Privada
Situação e ambiência:
Vista do prédio de beneficiamento de café e se
Annibal Magalhães
Fontes:
- Arquivo fotográfico Annibal Magalhães
Registro Fotografico:
Vista da fachada lateral do prédio - Annibal Magalhães
Vista da fachada lateral do prédio - Annibal Magalhães
Levantado por:
Data:
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação:
CÂMARA MUNICIPAL
Código de identificação:
RFL-CF-U01-02
localização:
Rua Leoni Ramos, 14 – Centro.
Município: RIO DAS FLORES - 1°DISTRITO RIO
DAS FLORES
Época da construção:
mapa de localização:
Séc. XIX (1896)
Estado de conservação/ grau de caracterização:
ruim
preservado parcialmente
Uso original/uso atual:
Prefeitura e Câmara Municipal / Câmara Muniipal
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma
Propriedade
Privada
Situação e ambiência:
O prédio da Câmara Municipal encontra-se implantado em um lote regular de esquina, sem afastamentos. Preserva sua ambiência
original, entretanto encontra-se em precário estado de conservação.
Vista do prédio da Cãmara Municipal e de seu e
destaque para a Igreja Matriz ao fundo - foto f
Associação Turística de Rio das Flores.
Informações históricas:
Foi construído pelo prefeito Dr. Carolino de Leoni Ramos. A Câmara Municipal teve como seu primeiro presidente, em 1890, o
Barão de Aliança (Manuel Machado da Cunha). Este que era sobrinho do Barão de Rio das Flores. O cargo de presidente da
Câmara era equivalente ao cargo atual de prefeito.
Fontes:
- Caderno de Turismo da Artur - Associação de Turismo de Rio das Flores.
Registro Fotografico:
Vista do prédio da Câmara Municipal e de seu entorno - foto fo
Associação de Turismo de Rio das Flores.
Vista da fachada principal - foto fornecida pela Associação de
Flores.
Levantado por:
Data:
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação:
CAPELA DE SANT’ANNA
Código de identificação:
RFL-CF-U01-03
localização:
Localidade de Comércio, na estrada Taboas-Juparanã,
perto das Fazendas Campos Elíseos, Santo Antônio e
Guarita
Município: RIO DAS FLORES - DISTRITO
COMÉRCIO
Época da construção:
mapa de localização:
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
preservado parcialmente
Uso original/uso atual:
Religiosos/ religioso
Categoria:
Arquitetura Religiosa
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma /
Propriedade
Privada
Situação e ambiência:
Localizada no distrito de Comércio, apresenta-se implantada em um lote com nível superior ao da via carroçável, o que lhe confere
um ar de destaque dentro da paisagem rural do distrito.
Vista da fachada frontal da Capela.
Foto retirada do site:
http://www.fazendacamposeliseos.com/riodasflore
out/2003.
Informações históricas:
Foi fundada em 1876, no 3° distrito localizado em Comércio, Por Peregrino José da América Pinheiro, o Visconde de Ipiabas.
Fontes:
- http://www.fazendacamposeliseos.com/riodasflores.htm - Consultado em outubro de 2003.
Registro Fotografico:
Vista do altar principal - foto fornecida pela Artur - Associa
das Flores.
Levantado por:
Data:
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação:
ESTAÇÃO FERROVIÁRIA RIO DAS FLORES
Código de identificação:
RFL-CF-U01-04
Município: RIO DAS FLORES - 1° DISTRITO RIO
localização:
DAS FLORES
Época da construção:
mapa de localização:
Séc.XIX (1883)
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
preservado parcialmente
Uso original/uso atual:
Estação Ferroviária / Institucional (Secretaria de Obras)
Categoria:
Arquitetura Ferroviária
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma
Propriedade
Privada
Situação e ambiência:
Vista da Estação Ferroviária de Rio das Flores
do site: www.estacoesferroviarias.com.br, em
Informações históricas:
A estação de Santa Teresa foi aberta em 1883, pela E. F. Rio das Flores. Mais tarde, nos anos 40, seu nome foi alterado para Rio
das Flores.
A Estação Ferroviária de Rio das Flores foi aberta em 1882 ligando a estação de Comércio (Sebastião de Lacerda), na linha do
Centro da E. F. Dom Pedro II (Central do Brasil), com a região de Santa Teresa (Rio das Flores), então um distrito de Valença. A
linha terminava em Três Ilhas, donde a partir daí, uma outra linha com tração animal levava à estação de Paraibuna, na linha do
Centro da EFCB. Em 1910, a ferrovia foi encampada pela EFCB que, juntamente com a Linha Auxiliar e o ramal de Jacutinga,
constituiu a Rede Viação Fluminense.
Em 1922, a saída do ramal de Afonso Arinos passou a ser Valença e não mais Comércio; o trecho entre esta última e Taboas, de
onde se fez a ligação com Valença, foi transformado em estrada de rodagem. A tração a vapor foi prolongada até Afonso Arinos,
na linha do Centro da EFCB, abandonando-se a tração animal que existia. Em 1965, o ramal Valença-Afonso Arinos foi desativado
e seus trilhos retirados.
Informações complementares:
E. F. Rio das Flores (1883-1910)
Ramal de Afonso Arinos - km 201,994 (1928)
E. F. Central do Brasil (1910-1965)
Fontes:
- http://www.estacoesferroviarias.com.br/efcb_rj_auxiliar_ramais/rioflores.htm , consultado em out/ 2003.
Registro Fotografico:
Vista antiga da estação.
Foto cedida pela Artur -
Levantado por:
Data:
Revisado por:
Data:
Associação de Turismo de Rio das Flo
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação:
FÓRUM
Código de identificação:
RFL-CF-U01-05
localização:
Rua Leoni Ramos - Centro
Município: RIO DAS FLORES - 1°DISTRITO RIO
DAS FLORES
Época da construção:
mapa de localização:
Séc. XIX (1896)
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
preservado parcialmente
Uso original/uso atual:
Institucional/ institucional
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma
Propriedade
Privada
Situação e ambiência:
O Fórum de Rio das Flores está localizado no próximo a outros imóveis que fazem parte do patrimônio arquitetônico do município.
Desta forma, preserva ainda sua ambiência original e encontra-se em perfeita harmonia com seu entorno e com a paisagem
natural da cidade.
Vista parcial da fachada principal - foto for
Associação Turística de Rio das Flores.
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
A edificação é caracterizada como exemplar do estilo neoclássico, com destaque para sua volumetria composta por corpo central e
alas laterais. No coroamento central observa-se a presença de frontão triangular no coroamento da edificação, com detalhe de
ornatos em seu centro. Ainda no coroamento, nota-se a utilização de frisos na cimalha e cornija.
O corpo apresenta tratamento diferenciado de seus vãos nos diferentes pavimentos. O térreo apresenta vãos com verga em arco
pleno com ombreiras em argamassa e esquadria de folhas duplas de abrir, com bandeira envidraçada. A entrada principal se
destaca através da utilização de escada de 4 lances. O 1° pavimento é composto por vão em verga reta e esquadrias com
bandeira envidraçada de desenho simples e sacada balaustrada. Toda edificação recebe trabalhos em relevo, marcando suas
fachadas com o traçado de linhas horizontais, reforçando sua volumetria.
Informações históricas:
Foi construído pelo prefeito Dr. Carolino de Leoni Ramos.
Registro Fotografico:
Detalhe do coroamento - Annibal Magalhães
Levantado por:
Data:
Revisado por:
Data:
VALENÇA
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação: CENTRO HISTÓRICO DE VALENÇA
localização:
Acesso pela RJ 145
Código de identificação: VAL-CF-U01-00
Município: MARQUÊS DE VALENÇA - 1°
DISTRITO VALENÇA
Época da construção:
mapa de localização:
Século XIX
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
preservado parcialmente
Uso original/uso atual:
Povoado / Cidade
Categoria:
Patrimônio Arquitetônico e Paisagístico
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma / análise das propostas enviadas pela SMC da PMV
Propriedade
Imóveis públicos e privados
Situação e ambiência:
Valença encontra-se situada num vale à cerca de 600 metros de altitude. O clima é seco e ameno, muito em função da
arborização existente nos fundos dos lotes e nas praças XV de Novembro, Dr. Paulo de Frontin e Visconde do Rio Preto. O centro
histórico da cidade contempla exemplares da arquitetura do século XIX e do início do século XX. Vários deles encontram-se
restaurados seja para uso público como privado.
Foto: http://www.valenca.rj.gov.br/cidvale.htm, consultado em
out/03.
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
O patrimônio arquitetônico remanescente apresenta-se bem conservado e com sua ambiência preservada. A maior parte dos
imóveis históricos está localizada no entorno das praças.
A Secretaria Municipal de Cultura realizou em 2003 um inventário dos imóveis de interesse histórico para proteção, sob orientação
do INEPAC. Dessa forma, os bens identificados (séc. XIX) foram resumidamente apresentados por este projeto, com base nas
fichas enviadas pela SMC. Além disso, o projeto fichou outros imóveis do início do séc. XX, por considerá-los de relevância.
Informações históricas:
O Caminho do Rio Preto, percorrido por Saint-Hilaire em 1819, era a outra opção para os viajantes que seguiam para a região das
Minas.
Os índios xumetos, pitas, araris e outros vivam às margens do rio Paraíba e Preto e eram chamados pelos habitantes da região de
“coroados”. Os coroados viviam errantes pela região e representavam uma série ameaça aos fazendeiros. Em 1789, por ordem do
Vice-rei Luiz Vasconcelos e Souza, foram encarregados de promover o aldeamento dos índios o fazendeiro José Rodrigues da
Cruz proprietário do engenho de Pau Grande, e seu sobrinho, dono da fazenda Ubá, situados à margem direita do Paraíba, além
do capitão de milícias Ignácio de Souza Werneck. Foi erguida uma capela de madeira sob a invocação de N. S. da Glória,
tomando a aldeia o nome de Valença em honra a dom José de Portugal. Em 2 de março de 1803 a aldeia de Nossa da Glória de
Valença se tornou freguesia. Monsenhor Pizarro, diz que em 1820 a aldeia de Valença já contava com mais de 1000 habitantes.
Em 1805, o capelão da aldeia, padre Manoel Gomes Leal, em vez de assegurar a posse das terras aos indígenas, requereu-as em
nome de seu o sobrinho Florisbelo Augusto de Macedo, de quem se constituiu procurador. Falecendo o padre e Florisbelo, sem
herdeiros, um novo cidadão requereu a sesmaria e a obteve em 1815. A sesmaria dos índios foi concedida a Eleutério Delphim.
Vários requerimentos foram enviados a D. João VI intervindo em favor dos índios e, em 1817, D. João ordenou ao ouvidor da
Comarca do Rio de Janeiro que fosse restituído aos índios “coroados de Valença” o terreno que devia servir para cultura. As terras,
entretanto, não foram devolvidas.
Um novo aldeamento indígena foi fundado, em 1825, ainda no município de Valença, próximo a Rio Bonito que ficou conhecido
como Conservatória ou Aldeia de Santo Antônio do Rio Bonito. Para a fundação desse aldeamento, foi doada uma sesmaria de
légua de terra em quadra. Enquanto essa região era desabitada foi possível ao indígena viver errante no meio da floresta, com o
desenvolvimento do café o índio foi exterminado. Como desenvolvimento da cultura do café, a Vila de Valença se tornou
economicamente importante, orgulhando-se o município da prosperidade, de solares rurais, da sua influência cultural na terra
fluminense.
Grandes cafeicultores se tornaram expoentes da aristocracia rural, entre eles os marqueses de Baependy e de Valença, os
viscondes de Jaguary, Pimentel e do Rio Preto, os barões de Aliança, Santa Fé, Vista Alegre, Santa Mônica e de Juparanã.
O café os enriquecia e ilustrava. No Theatro Glória tocou, a convite do visconde de Pimentel, o pianista polonês Gottschalk, em
1869.
A produção de Valença, em 1873, eleva-se a 3.378.608 quilos. O município é então o maior em número de escravos em toda a
serra (26.259), o segundo da província do Rio de Janeiro, depois de Campos de Goytacazes.
Com tal fortuna e com tal população a cidade também progride, com ruas calçadas, com serviço de água, que instala dois
chafarizes, e o hospital da Santa Casa de Misericórdia. O visconde do Rio Preto, barão de Vista Alegre e visconde de Pimentel ali
constroem os seus palacetes.
Em Valença é mais sensível a inclinação para a vida predominantemente agrária, com registra Ribeyrolles, cientista francês que
visitou a região em 1859. “Conquanto Valença eleja um deputado, mantenha uma Guarda Nacional, o seu lugar no Conselho da
Província, não se dá ares de cidade banqueira. É modesta, ativa, comerciante. Está mais em relação com as suas fazendas do
que as outras cabeças do município”.
O desmatamento e o esgotamento do solo, o envelhecimento dos cafezais e, por fim, a abolição da escravatura, faz decair a
produção cafeeira.
Mas Valença rapidamente se reergue e, no final do século XIX começam a chegar os imigrantes de outros países, principalmente
italianos da região da Campania, sul da Itália que, como em todo o Brasil, dedicaram-se aqui à lavoura, ao comércio e à indústria,
impulsionando a região para uma evolução urbana de adaptação dos novos tempos, colaborando assim para a transformação da
cidade em um núcleo industrial.
Em 1906, foi instalada no município a Cia. Industrial de Valença (Cia. Textil Ferreira Guimarães) e, em 1913, a fábrica de tecidos
Rendas e Bordados. Mais tarde, em 1914, instalou-se na cidade a Cia. Fiação Tecidos Santa Rosa. Paralelamente a essa
atividade, os valencianos dirigiram-se para pecuária e, contava, no censo de 1920, com 39.047 bovinos e 11.038 suínos.
Valença desenvolveu também seu comércio e cresceu em outras áreas, tornando-se sede de bispado. A cidade possui hoje uma
eficiente rede de ensino do primeiro e segundo graus, além de sete faculdades coordenadas pela Fundação Educacional Dom
André Arcoverde que, juntamente com outras instituições culturais tais como: Academia Valenciana de Letras, a Fundação Cultural
e Filantrópica Casa Léa Pentagna, o Instituto Cultural Visconde do Rio Preto, o Núcleo de Cultura Ítalo-brasileira de Valença, o
Museu Sacro da Catedral de Nossa Senhora da Glória, o Museu da Santa Casa de Misericórdia, o Museu Tenente Amaro, o Teatro
Rosinha de Valença, a Biblioteca Municipal D. Pedro II, o Casarão de Cultura Solar dos Nogueira e o Instituto Preservale,
constituem patrimônio de um povo educado, alegre, obreiro e atuante.
-Extratos do texto "Barra do Piraí", de autoria de Célia Muniz e Isabel Rocha.
Informações complementares:
Barão de Juparanã - 2º Distrito - 66,43 km2
O termo Juparanã é de origem indígena e quer dizer, em tupi guarani, Rio Grande. Esta homenagem foi feita ao Barão de
Juparanã, que veio a ser o maior benfeitor do local. Filho do Marquês de Baependy eram proprietários de várias fazendas nas
margens valencianas do Rio Paraíba do Sul. A principal, onde a família viveu os áureos tempos do café, foi a Santa Mônica onde
faleceu o Duque de Caxias e que hoje sedia atividades de extensão da Faculdade de Medicina Veterinária de Valença.
Próximo ao centro do distrito encontra-se outra construção histórica. É o solar da antiga Fazenda Monte Scylene que chegou a
pertencer a Princesa Isabel. Por volta de 1886, a princesa e seu marido o conde D'Eu criaram nesta propriedade um internato de
menores que funcionou até pouco tempo. Adquirida pelo Estado a propriedade está sendo adaptada para transformar-se na
primeira clínica pública de recuperação de dependentes químicos do interior do Estado.
Entre os atrativos turísticos, a antiga estação de trem será transformada em centro cultural. A Igreja de Nossa Senhora do
Patrocínio foi recentemente restaurada pela própria comunidade e vale a pena ser visitada. Entre os eventos, a Festa de São
Jorge, no final do mês de abril, é famosa pela procissão à cavalo que atrai centenas de cavaleiros.
Santa Isabel do Rio Preto - 3º Distrito - 270,35 km2
Pela lei provincial de 26 de maio de 1849 foi criado o curato de Santa isabel do Rio Preto. A freguesia foi criada logo depois em 9
de outubro de 1851. A igreja feita a partir de 1852, em honra da padroeira da localidade, se destaca no centro da localidade. Na
zona rural, o distrito preserva parte da história do país com a comunidade de São José da Serra. Descendentes de escravos,
preservam várias cantigas e danças típicas como o jongo. Outro atrativo de Santa Isabel é a Serra da Beleza, que, além da
natureza é reconhecida internacionalmente como local favorável aos avistamentos de discos voadores.
Pentagna (antigo Rio Bonito) - 4º Distrito - 244,14 km2
Com inúmeras cachoeiras banhadas pelo rio Bonito, este distrito é notório por sediar a Colônia de Férias dos Servidores do
Estado. O clima seco e temperado e a bucólica tranqüilidade do local atraem as pessoas que buscam a paz na simplicidade local.
Criado por lei ou decreto provincial de 17 de novembro de 1855, denominava-se São Sebastião do Rio Bonito. Por decreto, em
1938 passou a denominar-se Pentagna, em homenagem ao médico e político valenciano que chegou a ser vice-governador do
antigo Estado do Rio de Janeiro, Humberto Pentagna.
Parapeúna - 5º Distrito - 146,96 km2
Delimitado pelo rio Preto que o separa do Estado de Minas Gerais, divide seus encantos com a bucólica cidade mineira de Rio
Preto. A principal construção é a capela que tem como padroeira Santa Therezinha do Menino Jesus, em estilo gótico, inaugurada
em 1935 com a sagração realizada pelo bispo Dom André Arcoverde. Foi criado do desdobramento do antigo distrito de São
Sebastião do Rio Bonito (Conservatória) surgindo então, em 28 de janeiro de 1924, como São Sebastião do Rio Preto. A
denominação Parapeúna é de origem tupi foi dada por decreto lei de 1943, para diferenciar a localidade do vizinho município
mineiro. Significa que leva, conduz, ou vai Ter ao negro mar.
Conservatória (A Cidade das Serestas) - 6º Distrito - 285,34 km2
Conservatória nasceu há mais de um século. O primitivo nome da aldeia era Santo Antônio do Rio Bonito. Em conseqüência do
desenvolvimento agrícola da região, foi criado ali, em 1824, o curato chefiado por um vigário. Com a expansão dos fazendeiros, foi
concedido aos índios Ararís uma sesmaria de terra, que compreendia uma légua quadrada, e assim foi criada Conservatória, que
significou Reserva Indígena.
Após o declínio do café, Conservatória passou a ser procurada para tratamento de saúde, por possuir ótimo clima. Hoje sua
economia está baseada na agropecuária e no turismo.
Aqui se vive a tradição das serestas. As casas são identificadas por placas com o nome e autoria de uma música de seresta
escolhida pelo próprio morador. Hoje, a localidade recebe centenas de turistas seresteiros que, além de visitar os museus da
Seresta e os que celebram a memória de grandes cantores do passado como Vicente Celestino, Silvio Caldas, Gilberto Alves,
Nelson Gonçalves e Guilherme de Brito, saem à noite pelas ruas cantando ou curtindo antigas canções.
Fontes:
- http://www.valenca.rj.gov.br/cidvale.htm - Consultado em outubro de 2003.
- http://turismo-rj.com.br/rt-ciclodocafe.html - Consultado em outubro de 2003.
- Enciclopédia dos Municípios Brasileiros, IHGB. Rio de Janeiro, 1959.
- MUNIZ, Célia e ROCHA, Isabel. Texto sobre Valença, s/ data.
Registro Fotografico:
Levantado por: Fernanda Monho
Data: 01/12/2003
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação: ESTAÇÃO FERROVIÁRIA MARQUÊS DE VALENÇA
localização:
Praça Paulo de Frontin
Época da construção:
Código de identificação: VAL-CF-U01-01
Município: VALENÇA - 1° DISTRITO VALENÇA
mapa de localização:
Séc. XX (1914)
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
preservado parcialmente
Uso original/uso atual:
Estação Ferroviária / Estação Rodoviária Municipal
Categoria:
Arquitetura Ferroviária
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma /
Propriedade
Pública
Situação e ambiência:
A Estação Ferroviária encontra-se localizada junto à praça Paulo de Frontin e ocupa toda a quadra. É um imóvel representativo do
estilo neoclássico e hoje se apresenta bem conservado, tendo sido alterado seu uso inicial de estação ferroviária para estação
rodoviária, o que levou a sua constante manutenção e conseqüente preservação.
O prédio está inserido harmonicamente com seu entorno, marcado pela presença de imóveis voltados as atividades assistenciais à
estação, como a oficina para os trens e o Hotel Valenciano para aqueles que chegavam ali chegavam.
Vista da fachada voltada para a praça Paulo de Frontin.
Foto: Fernanda Monho
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
O edifício compõe-se de um corpo principal ligado pela cobertura a outros dois (destinados aos sanitários e guarda volumes), estes
de pé direito mais baixos. Os acessos secundários se fazem através destas ligações e nas extremidades. O corpo principal, por
onde se faz o acesso principal, compõe-se de três pavimentos: o 1º pavimento contém um vão central de verga semi-curva, com
cobertura de amianto e mãos francesas de madeira.
Quatro janelas estreitas em verga reta ladeiam o vão central, com caixilhos de vidro e venezianas com postigos na parte interna.
No 2º pavimento, quatro janelas em verga de arco pleno e molduras brancas. No último, fazendo o coroamento da construção,
uma torre no eixo de simetria, na qual se encontra um relógio, encimada por pequeno frontão. Simetricamente ao vão central, num
único pavimento, distribuem-se quatro janelas em verga reta, folha dupla de madeira com caixilhos de vidro, venezianas e
postigos, e duas outras nas laterais, em igual estilo, com exceção das vergas que são semi-curvas. Nas laterais, cunhais. Telhado
escondido por platibanda, ficando aparente somente a parte central e as laterais do corpo principal e na torre.
Informações históricas:
Em uma das mais antigas e tradicionais cidades do Estado do Rio de Janeiro, foi aberta em 1871 pela E. F. Valenciana a estação
de Valença, que unia a cidade à estação do Desengano (mais tarde Barâo de Juparanâ), na Linha do Centro da então E. F. Dom
Pedro II. Foi a estação incorporada juntamente com a ferrovia pela Central do Brasil em 1910, passando a fazer parte do ramal de
Jacutinga da Rede de Viação Fluminense, que seria logo prolongado, unindo a Linha Auxiliar com Santa Rita de Jacutinga, já em
Minas Gerais.
O prédio atual foi inaugurado em 1914 pelo presidente Hermes da Fonseca, pelo ministro da Viação Paulo de Frontin e o
construtor, autor da estação e do conjunto de oficinas da Central próximas, o italiano Antonio Jannuzzi. Estas obras marcavam a
encampação da antiga União Valenciana pela Central, fato que se dera em 1910, por intermédio do presidente Nilo Peçanha. A
partir dos anos 40, a estação passou a ser chamada de Marquês de Valença, até sua desativação, em 1973, quando todo o trecho
foi extinto e a estação, fechada. Em 1974, foi transformada em estação rodoviária, com o nome de Princesa da Serra. Hoje no
segundo pavimento do belo prédio em estilo vilino italiano (neoclássico) funciona desde setembro de 2001 o Museu Ferroviário de
Valença. (Fonte: Gustavo Abruzzini)
Informações complementares:
Cia. E. F. Valenciana (1871-1910)
E. F. Central do Brasil (1910-1970)
Ramal de Jacutinga - km 182,850 (1928)
C/RJ-14
Inauguração: 18.05.1871
HISTÓRICO DA LINHA:
O Ramal de Jacutinga teve a sua origem na Cia. E. F. União Valenciana, aberta em 1871 e que ligava Valença a Desengano
(Juparanã). Em 1880, foi prolongada até Rio Preto. Somente em 1910, com a criação da Rede Viação Fluminense, da Linha
Auxiliar encampada pela EFCB, foi que se abriu um ramal unindo Governador Portella a Barão de Vassouras e daí se fez a bitola
mista, pela linha do Centro, até Desengano, unindo-se Portella a Rio Preto, ao mesmo tempo em que se prolongava a linha até
Santa Rita do Jacutinga, na Rede Sul-Mineira, onde a ela se ligou em 1918. Para que tudo isso se concretizasse foi necessário
também a redução de bitola da antiga Valenciana de 1m10 para métrica. Por volta de 1965, o trecho entre Portella e Barão de
Vassouras foi entregue à Leopoldina, enquanto o trecho restante continuou com a Central. Mas de 1971 a 1973 os dois trechos
foram extintos e os trilhos retirados.
Fontes:
- http://turismo-rj.com.br/rt-ciclodocafe.html, consultado em out/ 2003.
- http://www.estacoesferroviarias.com.br/efcb_rj_auxiliar_ramais/valenca.htm, consultado em out/ 2003.
Registro Fotografico:
Vista da fachada voltada para a praça Paulo de Frontin.
Foto: Fernanda Monho
Vista da fachada voltada para a praça Paulo de Frontin, com destaque para o
corpo central.
Foto: Fernanda Monho
A estação em 2002.
Foto: Jorge A. Ferreira.
Fachada da estação de Valença, em 1974.
Foto de cartão postal, cedida por Marco A. Silvestre de Souza.
Estação de Valença, em 1974, já sem os trilhos.
Foto de cartão postal, cedida por Marco A. Silvestre de Souza.
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação: OFICINA DA ESTRADA DE FERRO
localização:
Praça Paulo de Frontin
Código de identificação: VAL-CF-U01-02
Município: MARQUÊS DE VALENÇA - 1°
DISTRITO VALENÇA
Época da construção:
mapa de localização:
Séc. XX
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
preservado parcialmente
Uso original/uso atual:
Oficinas /
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma /
Propriedade
Situação e ambiência:
Localizado no entorno da praça Paulo de Frontin, apresenta-se integrado ao ambiente urbano e paisagístico da cidade. Está
implantado em um lote de esquina e apresenta afastamentos frontal e lateral. Sua proximidade com a estação ferroviária lhe
confere maior destaque dentre os imóveis de valor arquitetônico espalhados pelo centro histórico, já que o integra ao conjunto
arquitetônico remanescente do núcleo de formação da cidade. Cria uma perspectiva interessante com a paisagem natural
existente no seu entorno.
É um imóvel tipicamente neoclássico, seguindo a leitura da estação ferroviária, cuja volumetria é marcada por uma composição
definida pela presença de um corpo central, de dois pavimentos, e duas alas laterais simétricas, de um pavimento. Seus espaços
internos têm comunicação direta com o exterior através de suas janelas de arco pleno com bandeira e folhas duplas envidraçadas.
Vista da fachada frontal voltada para a praça Paulo de Frontin.
Foto: Fernanda Monho
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
É um imóvel tipicamente neoclássico, caracterizado pela rigidez simétrica e por uma composição marcada pela presença de um
vão central, área de destaque do prédio, e por duas alas laterais simétricas, de menor importância quanto a suas funções internas.
O eixo de simetria desta edificação, assim como em vários exemplares da arquitetura neoclássica, situa-se no corpo central, com
rebatimento exato de suas características nas alas laterais. Sua fachada é marcada pelo ritmo constante da fenestração de seus
vãos de arco pleno, com ombreiras em argamassa decorada e bandeira e janelas envidraçadas.
No coroamento do prédio destaca-se a utilização de frisos. As fachadas laterais das alas laterais do edifício repetem o ritmo dos
vãos da fachada principal de forma "cenográfica", ou seja, a marcação dos vãos, agora em verga reta existe, mas não há
comunicação com os espaços internos.
O corpo central é destacado por um telhado de duas águas aparentes, com decoração mais requintada, deixando em evidência o
uso a que se destina, acesso principal. Possui a marcação das quinas com colunas argamassadas e uma localizada entre os vãos
de verga reta com bandeira em arco pleno ornada com argamassa.
Registro Fotografico:
Vista da fachada frontal voltada para a praça Paulo de Frontin, com destaque
para o corpo central.
Foto: Fernanda Monho
Levantado por: Fernanda Monho
Data: 28/11/2003
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação: PRAÇA PAULO DE FRONTIN
localização:
Código de identificação: VAL-CF-U01-03
Centro
Município: VALENÇA - 1° DISTRITO VALENÇA
Época da construção:
mapa de localização:
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
preservado parcialmente
Uso original/uso atual:
Praça / Praça
Categoria:
Conjunto Urbanístico e Paisagístico
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma /
Propriedade
Pública
Situação e ambiência:
A Praça Paulo de Frontim está localizada próxima a Estação Ferroviária e ao prédio das Oficinas da Estação e do Hotel
Valenciano, formando um quadrilátero de imóveis de valor arquitetônico e histórico para a cidade. A praça ainda preserva sua
ambiência bucólica e tranqüila e seu traçado e ornamentação de suas espécies mantém-se originais.
Ao centro da praça observa-se uma construção, em homenagem a uma figura ilustre da cidade, em perfeito estado de
conservação. Ao fundo nota-se a perspectiva do Hotel Valenciano confirmando a qualidade da praça como elemento de ligação,
de encontro dos espaços e atividades de seu entorno.
Vista da área central da praça, com o Hotel Valenciano em
segundo plano.
Foto: Fernanda Monho
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
A praça, como elemento urbanístico de ligação e caracterizada como espaço de lazer e convívio de uma cidade é bem
representada pela Praça Paulo de Frontin. Esta apresenta seus espaços bem definidos por canteiros bem demarcados e
preservados e por uma vegetação implantada de forma adequada. Apresenta uma cercadura de espécies arbóreas em todo seu
perímetro, o que dificulta uma leitura dos imóveis localizados em seu entorno, a partir de um ponto da praça.
Entretanto, as espécies arbustivas, forrações e plantas ornamentais distribuídas pelos canteiros apresentam-se em harmonia com
os elementos da praça e do entorno. O mobiliário urbano adotado está bem distribuído pelos espaços comuns e apresentam-se
bem conservados.
Registro Fotografico:
Vista parcial da praça.
Foto: Fernanda Monho
Vista parcial da praça.
Foto: Fernanda Monho
Levantado por: Fernanda Monho
Data: 28/11/2003
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação: HOTEL VALENCIANO
localização:
Código de identificação: VAL-CF-U01-04
Esquina das ruas Dr. Figueiredo e Dr. Mário Castilho
Época da construção:
Município: VALENÇA - 1° DISTRITO VALENÇA
mapa de localização:
Séc. XX (1917)
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
preservado parcialmente
Uso original/uso atual:
Hotel / Hotel
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma /
Propriedade
Privada
Situação e ambiência:
O prédio do Hotel Valenciano situa-se defronte à Estação Rodoviária Princesa da Serra, na esquina das ruas Dr. Figueiredo e Dr.
Mário Castilho.
Vista da fachada principal, voltada para a praça Paulo de
Frontin.
Foto: Fernanda Monho
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
Construção em estilo campestre-suíço, em dois pavimentos, apresenta como manifestação artística de maior interesse, uma
choperia feita em mármore e madeira e uma bancada de barbeiro feita em mármore de Carrara, com dois espelhos emoldurados
também em mármore. O atrativo funciona como hotel desde a época de sua construção.
Informações históricas:
O atrativo teve sua data de construção no ano de 1917, sofrendo reformas em 1986. No início do século XX, a cidade de Valença
encontrava-se em franca decadência, período este que só começou a desaparecer com a vinda do Governador Antônio Jannuzzi,
que teve a iniciativa de construir o Hotel Valenciano, inaugurado em 08 de dezembro de 1919, sob a gerência de Ângelo Aléssio.
Fontes:
- http://turismo-rj.com.br/rt-ciclodocafe.html, consultado em out/ 2003.
Registro Fotografico:
Vista da fachada lateral do Hotel.
Foto: Fernanda Monho
Vista da fachada lateral do Hotel, com destaque para o volume central.
Foto: Fernanda Monho
Levantado por: Fernanda Monho
Data: 28/11/2003
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação: ANEXO DO INSTITUTO DE EDUCAÇÃO
localização:
Av. Nilo Peçanha esquina com Benjamim Guimarães.
Época da construção:
Código de identificação: VAL-CF-U01-05
Município: VALENÇA - 1° DISTRITO VALENÇA
mapa de localização:
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
preservado parcialmente
Uso original/uso atual:
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma /
Propriedade
Privada
Situação e ambiência:
O imóvel hoje ocupado pelo Instituto de Educação está implantado em um lote de esquina e apresenta generosos afastamentos
frontal e lateral. Possui grandioso jardim na frente da edificação ocupando toda a área do afastamento frontal. Sua paisagem
natural foi adaptada a nova função do espaço e adequada ao novo traçado do jardim. Este jardim funciona muito bem como uma
barreira contra a poluição e barulho proveniente das ruas em que está situado, que são de tráfego intenso e bastante
movimentadas.
Vista da fachada principal e do jardim principal.
Foto: Fernanda Monho
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
O prédio em questão é claramente neoclássico, com fachada marcada pela utilização de ornamentação em argamassa e
delimitação dos espaços externos, em justificação aos internos, com falsas colunas de argamassa. O acesso principal é
suntuosamente evidenciado por um lance de escada em mármore e guarda-corpo balaustrado que chegam a uma porta de arco
pleno com bandeira envidraçada.
Os demais vãos apresentam-se com verga reta e janelas de madeira de veneziana, com ombreiras de argamassa e verga
decorada também de argamassa. O coroamento apresenta uma decoração mais simples, com presença de frisos e pequeno
frontão redondo acima da entrada principal.
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação: CHALÉ DA FAMÍLIA TABIT
localização:
Código de identificação: VAL-CF-U01-06
Rua dos Mineiros, 155.
Município: VALENÇA - 1° DISTRITO VALENÇA
Época da construção:
mapa de localização:
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
preservado parcialmente
Uso original/uso atual:
Residencial / comercial
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Propriedade
Privada
Situação e ambiência:
O Chalé da Família Tablit encontra-se localizado em um lote com declividade suave, sem afastamentos frontal e lateral.
Apresenta-se em um núcleo urbano com bastante interferência visual, como toldos, fiação e letreiros.
A presença de edifício de gabarito elevado, a falta de afastamento lateral entre as edificações e a ausência de arborização no
passeio prejudicam a salubridade deste espaço refletindo diretamente na saúde do edifício.
Vista da fachada principal.
Foto: Fernanda Monho
Registro Fotografico:
Levantado por: Fernanda Monho
Data: 28/11/2003
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação: SOLAR DOS NOGUEIRA
Código de identificação: VAL-CF-U01-07
localização:
Município: VALENÇA - 1° DISTRITO VALENÇA
Época da construção:
mapa de localização:
Séc. XIX (1855)
Estado de conservação/ grau de caracterização:
Uso original/uso atual:
Residência / Casarão da Cultura
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Propriedade
Situação e ambiência:
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
Construção assobrada com planta retangular, paredes portantes e jardim trapezoidal ao nível do 2º pavimento, ligado ao edifício
por ponte coberta por toldo e ladeada por grade de madeira. Telhados em telhas coloniais originais.
O atrativo apresenta manifestação artística de maior interesse. O uso, hoje, é estritamente comercial, funcionando, no térreo,
piano-bar, loteria, casa de flores, bar noturno, despachante e cultural no pavimento superior.
Informações históricas:
O Solar dos Nogueira teve sua data de construção no ano de 1855. Construído na época áurea do café por João Francisco de
Souza, para sua residência e posteriormente o vendem a família Nogueira. Funcionando o andar superior como residência nobre e
o inferior como loja de café.
Hoje pertence ao Sr. Luiz Gioseffi Jannuzzi, que desenvolve um projeto para transformar o prédio em um Shopping-Turismo com
local para hospedagem, agência de turismo, artesanato, galeria de arte, vinhos e queijos, "american" bar, salão nobre, sala de
música e refeições, cabeleireiro, recepção, portaria, boutique regional, área de lazer e jardim colonial.
Fontes:
- http://turismo-rj.com.br/rt-ciclodocafe.html, consultado em out/ 2003.
Registro Fotografico:
Levantado por:
Data:
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação: IGREJA MATRIZ DE NOSSA SENHORA DA GLÓRIA
localização:
Pç. Gomes Leal, 365 - Centro
Código de identificação: VAL-CF-U01-08
Município: MARQUÊS DE VALENÇA - 1°
DISTRITO VALENÇA
Época da construção:
mapa de localização:
Séc. XIX (1820 a 1917)
Estado de conservação/ grau de caracterização:
Uso original/uso atual:
Igreja / Igreja
Categoria:
Arquitetura Religiosa
Proteção existente/ proposta:
Propriedade
Privada
Situação e ambiência:
A Igreja está situada no alto de uma ladeira, formando um conjunto harmonioso com os prédios da Escola Estadual Coronel
Benjamin Guimarães e do Solar dos Nogueira. Localiza-se nas proximidades da Praça da Bandeira e do Jardim de Cima, onde
estão situados o Chafariz Histórico, os Prédios da Prefeitura Municipal, da 1ª Câmara de Valença e do Colégio Sagrado Coração
de Jesus.
Foto retirada do site: http://www.valenca.rj.gov.br/cidvale.htm .
Consultado em out/03.
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
A Igreja Matriz de Nossa Senhora da Glória impõe-se à cidade no alto de uma ladeira, sendo alcançada por uma escadaria em
cantaria de granito na lateral. Sua planta segue o esquema das igrejas do século XVIII, com nave central e dois corredores laterais.
A Igreja se constituiu das imagens: de Cristo Crucificado, da padroeira Nossa Senhora da Glória, São Sebastião, Santo Antônio,
Nossa Senhora de Fátima, São Miguel, São Joaquim, São Manoel, São José, etc. A área construída da igreja é de 800 m2. As
manifestações artísticas de maior interesse que se destacam são: a imagem de Cristo Crucificado datando de 1873, obra de talha
da capela-mor, nicho em madeira entalhada e vidro situado na sacristia e cruz em madeira datando do início da igreja, situada na
sacristia.
Informações históricas:
Seu período de construção vai de 1820 a 1917, sofrendo restauração e reforma no ano de 1970. Em substituição à capela dos
índios, em princípios do século XIX, deu-se início à construção, em pedra e cal, da capela -mor da Igreja Matriz. A construção
dessa capela-mor foi executada sob a influência e direção do vigário Joaquim Cláudio de Mendonça (primeiro vigário da matriz) e
do Barão de Aiuruoca.
A partir de 1825, deu-se início à celebração de cultos, construindo-se um alpendre para os fiéis. Continuou-se a construção do
corpo da igreja anos depois por meio de subscrição dos paroquianos. Anos mais tarde, através de concessões de loteria, o
consistório e obras de talha da capela são concluídas em 1840, fica a Irmandade Nossa Senhora da Glória autorizada a mandar
extrair uma loteria para as obras internas e alfaias, e em 1845 a extração da outra loteria é autorizada.
Até 1871 o templo era despido de torres existindo apenas uma em ponto pequeno, no qual foi batizado em 1853 o maior dos sinos
com o nome de Joaquim, em homenagem do Dr. Joaquim S. Marinhos, depois Senador da República. Em 1871 são construídas
duas torres, que foram demolidas anos mais tarde por problemas de infiltração. Em 29 de setembro de 1911 foi aberta subscrição
para a construção de ambas as torres, mas somente em 1917 as torres foram reconstruídas.
Fontes:
- http://turismo-rj.com.br/rt-ciclodocafe.html. Consultado em outubro de 2003.
- http://www.valenca.rj.gov.br/cidvale.htm (foto) - Consultado em outubro de 2003.
Registro Fotografico:
Levantado por:
Data:
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação: IMÓVEL N° 272
localização:
Código de identificação: VAL-CF-U01-09
Rua Dr. Figueiredo esquina com Rua Cel. Benjamim
Guimarães
Época da construção:
Município: VALENÇA - 1° DISTRITO VALENÇA
mapa de localização:
Início séc. XX
Estado de conservação/ grau de caracterização:
preservado parcialmente
Uso original/uso atual:
Residência / residência
Categoria:
Arquitetura ferroviária
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma / Inepac
Propriedade
municipal
Situação e ambiência:
Está localizado nas adjacências da praça Paulo de Frontin e apresenta-se implantado no centro do terreno com afastamentos
frontal e lateral, em um lote de esquina. Sua escala em relação às demais edificações localizadas em seu entorno é proporcional e
harmônica. Sua ambiência continua preservada e suas qualidades arquitetônicas ainda são destaque na vizinhança.
Vista da fachada principal do imóvel.
Foto: Fernanda Monho
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
Arquitetura ao estilo "Art Nouveau".
Informações históricas:
Construção do início do século XX destinada à residência do Engenheiro Chefe da então Estrada de Ferro Central do Brasil. Hoje é
residência de ex-ferroviários.
Informações complementares:
- Secretaria de Cultura do Estado do Rio de Janeiro – INEPAC. Proposta de Tombamento, em 29/jun/90. Responsável: Jeannete
Garcia.
Registro Fotografico:
Detalhe da porta de acesso.
Foto: Fernanda Monho
Levantado por: Fernanda Monho
Data: 28/11/2003
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação:
CENTRO HISTÓRICO DE BARÃO DE JUPARANÃ
Código de identificação:
VAL-CF-U02-00
Município: VALENÇA - 2° DISTRITO BARÃO DE
localização:
JUPARANÃ
Época da construção:
mapa de localização:
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
preservado parcialmente
Uso original/uso atual:
Povoado / Cidade
Categoria:
Patrimônio Arquitetônico e Paisagístico
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma / levantamento de campo das edificações
Propriedade
Imóveis públicos e privados
Situação e ambiência:
Barão de Juparanã, sede do 2º distrito do município de Valença, teve o seu apogeu
Este se desenvolveu ao longo da Estrada de Ferro, tendo uma formação, conseqüentemente, linear. Barão de Juparanã é o
entroncamento da Estrada de Ferro com as Rodovias RJ 135, 137 e 143.
Vista parcial da Praça Duque de Caxias, com E
Ferroviária ao fundo.
Foto: Fernanda Monho.
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
O centro histórico do distrito de Barão de Juparanã se constitui da Praça Getulio Vargas, da Estação Ferroviária Desengano, da
Igreja de Nossa Senhora do Patrocínio e de casario do entorno. Apesar da má conservação da Estação Desengano, que é
parcialmente utilizada pelos Correios S.A., a praça e a igreja estão em ótimo estado de conservação, tendo esta última passado
por recentes reformas.
Imóveis de relevância cultural, artística e arquitetônica:
1. Estação Ferroviária
2. Igreja de Nossa Senhora do Patrocínio
3. Solar Monte Scylen
Informações históricas:
O termo Juparanã é de origem indígena e quer dizer, em tupi guarani, Rio Grande. Esta homenagem foi feita ao Barão de
Juparanã, que veio a ser o maior benfeitor do local. Filho do Marquês de Baependy, eram proprietários de várias fazendas nas
margens valencianas do Rio Paraíba do Sul. A principal, onde a família viveu os áureos tempos do café, foi a Santa Mônica onde
faleceu o Duque de Caxias e que hoje sedia atividades de extensão da Faculdade de Medicina Veterinária de Valença.
Próximo ao centro do distrito encontra-se outra construção histórica, o solar da antiga Fazenda Monte Scylene que chegou a
pertencer a Princesa Isabel. Por volta de 1886, a princesa e seu marido o conde D'Eu criaram nesta propriedade um internato de
menores que funcionou até pouco tempo. Adquirida pelo Estado a propriedade foi adaptada para transformar-se na primeira clínica
pública de recuperação de dependentes químicos do interior do Estado.
Fontes:
? http://www.valenca.rj.gov.br/cidvale.htm - Consultado em outubro de 2003.
? http://turismo-rj.com.br/rt-ciclodocafe.html - Consultado em outubro de 2003.
? Enciclopédia dos Municípios Brasileiros, IHGB. Rio de Janeiro, 1959.
Registro Fotografico:
Vista da Praça Getulio Vargas, com Estação Ferroviária ao fund
Foto. Flávia Antunes.
Vista da Escola Barão de Juparanã com a Igreja de Nª Sª do Pat
Foto: Fernanda Monho.
Levantado por: Fernanda Monho
Data: 01/12/2003
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação:
IGREJA MATRIZ DE NOSSA SENHORA DO
PATROCÍNIO
Código de identificação:
VAL-CF-U02-01
Município: VALENÇA - 2° DISTRITO BARÃO DE
localização:
JUPARANÃ
Época da construção:
mapa de localização:
Séc. XIX (início em 1874)
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
preservado parcialmente
Uso original/uso atual:
Igreja / Igreja
Categoria:
Arquitetura Religiosa
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma /
Propriedade
Privada
Situação e ambiência:
A igreja está situada às margens da estrada de ferro e do Rio Paraíba do Sul, próxima a Estação Ferroviária Barão de Juparanã.
Vista da fachada frontal e lateral da Igreja a p
trem.
Foto: Fernanda Monho
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
Sua construção é de estilo neogótico, de delicadas linhas arquitetônicas. Sua planta compõe-se de nave central e de duas salas
laterais, onde funciona a sacristia. Circunda a igreja, pátio cercado por muro com gradil de ferro. No seu acervo, a peça que mais
se destaca é a imagem de Nossa Senhora do Patrocínio, esculpida em madeira, data do início do século XIX.
Informações históricas:
O início de sua construção deu-se no ano de 1874, sendo inaugurada em 14 de janeiro de 1881. A Igreja de Barão de Juparanã,
outrora Desengano, cuja padroeira é Nossa Senhora do Patrocínio, foi construída a expensas do Barão, que falecido em 1876, não
pode construí-la. Sua construção iniciou-se sob os planos e direção do engenheiro Coronel José Joaquim de Lima e Silva, com
grande parte das peças que compõe o templo, como altar, púlpito, lustres, candelabros, etc., além de materiais diversos vindos
diretamente da França. Foi inaugurada com as presenças de D. Pedro II e Da. Tereza Cristina e altas personalidades da corte.
A Igreja destina seu espaço à celebração de cultos católicos. Observação: Ocorrência de Realizações Artísticas/ Culturais
eventuais: Festa de São Jorge no mês de abril e Festa de Nossa Senhora do Patrocínio, no mês de setembro.
Fontes:
- http://www.valenca.rj.gov.br/cidbarao.htm - Consultado em Outubro de 2003.
- http://turismo-rj.com.br/rt-ciclodocafe.html - Consultado em Outubro de 2003.
Registro Fotografico:
Levantado por:
Data:
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação: OFICINA DA ESTRADA DE FERRO
localização:
Praça Paulo de Frontin
Código de identificação: VAL-CF-U01-02
Município: MARQUÊS DE VALENÇA - 1°
DISTRITO VALENÇA
Época da construção:
mapa de localização:
Séc. XX
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
preservado parcialmente
Uso original/uso atual:
Oficinas /
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma /
Propriedade
Situação e ambiência:
Localizado no entorno da praça Paulo de Frontin, apresenta-se integrado ao ambiente urbano e paisagístico da cidade. Está
implantado em um lote de esquina e apresenta afastamentos frontal e lateral. Sua proximidade com a estação ferroviária lhe
confere maior destaque dentre os imóveis de valor arquitetônico espalhados pelo centro histórico, já que o integra ao conjunto
arquitetônico remanescente do núcleo de formação da cidade. Cria uma perspectiva interessante com a paisagem natural
existente no seu entorno.
É um imóvel tipicamente neoclássico, seguindo a leitura da estação ferroviária, cuja volumetria é marcada por uma composição
definida pela presença de um corpo central, de dois pavimentos, e duas alas laterais simétricas, de um pavimento. Seus espaços
internos têm comunicação direta com o exterior através de suas janelas de arco pleno com bandeira e folhas duplas envidraçadas.
Vista da fachada frontal voltada para a praça Paulo de Frontin.
Foto: Fernanda Monho
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
É um imóvel tipicamente neoclássico, caracterizado pela rigidez simétrica e por uma composição marcada pela presença de um
vão central, área de destaque do prédio, e por duas alas laterais simétricas, de menor importância quanto a suas funções internas.
O eixo de simetria desta edificação, assim como em vários exemplares da arquitetura neoclássica, situa-se no corpo central, com
rebatimento exato de suas características nas alas laterais. Sua fachada é marcada pelo ritmo constante da fenestração de seus
vãos de arco pleno, com ombreiras em argamassa decorada e bandeira e janelas envidraçadas.
No coroamento do prédio destaca-se a utilização de frisos. As fachadas laterais das alas laterais do edifício repetem o ritmo dos
vãos da fachada principal de forma "cenográfica", ou seja, a marcação dos vãos, agora em verga reta existe, mas não há
comunicação com os espaços internos.
O corpo central é destacado por um telhado de duas águas aparentes, com decoração mais requintada, deixando em evidência o
uso a que se destina, acesso principal. Possui a marcação das quinas com colunas argamassadas e uma localizada entre os vãos
de verga reta com bandeira em arco pleno ornada com argamassa.
Registro Fotografico:
Vista da fachada frontal voltada para a praça Paulo de Frontin, com destaque
para o corpo central.
Foto: Fernanda Monho
Levantado por: Fernanda Monho
Data: 28/11/2003
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação:
ESCOLA BARÃO DE JUPARANÃ
Código de identificação:
VAL-CF-U02-03
localização:
Praça Getúlio Vargas
Município: VALENÇA - 2° DISTITO BARÃO DE
JUPARANÃ
Época da construção:
mapa de localização:
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
descaracterizado
Uso original/uso atual:
Institucional/ institucional
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma
Propriedade
Pública
Situação e ambiência:
A escola Barão de Juparanã está implantada em um lote de esquina, sem afastamentos. Localiza-se no entorno da praça Duque
de Caxias, importante espaço de convívio do município. Sua paisagem natural apesar de pouco modificada apresenta algumas
interferências visuais. Dentre as quais pode-se citar a presença de dois postes de iluminação e passagem de energia elétrica, que
atrapalham a leitura do prédio, a disposição de espécies arbustivas de forma inadequada no passeio. Está perfeitamente integrada
a paisagem natural e urbana do município.
Vista lateral da Escola.
Foto: Fernanda Monho
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
Casa térrea colonial de frente de rua marcada por seu telhado com beiral sacado franjado de telhas e cachorros de madeira.
Presença de intenso jogo de cheios e vazios através das inúmeras janelas. É tipicamente colonial, seja pela disposição dos vãos
ou pela simplicidade de sua arquitetura, que não apresenta o rebuscado decorativismo do neoclássico. Os vãos são de verga reta.
Registro Fotografico:
Vista frontal da Escola, a partir da linha do trem.
Foto: Fernanda Monho
Levantado por: Fernanda Monho
Data: 27/11/2003
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação:
CASARÃO
Código de identificação:
VAL-CF-U02-04
localização:
Praça Duque de Caxias, esquina
Município: VALENÇA - 2° DISTRITO BARÃO DE
JUPARANÃ
Época da construção:
mapa de localização:
Séc. XIX
Estado de conservação/ grau de caracterização:
Mal Conservado
preservado parcialmente
Uso original/uso atual:
Residência / residência
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma
Propriedade
Particular
Situação e ambiência:
O casarão está implantado em lote regular de esquina, sem afastamentos frontal e lateral. Está implantado em uma rua com
pequeno declive. Preserva ainda sua ambiência natural e harmonia com seu entorno.
Vista lateral do casarão.
Foto: Fernanda Monho
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
Casa térrea colonial de frente de rua marcada por seu telhado com beiral sacado franjado de telhas e cachorros de madeira. Notase que o casarão foi desmembrado, pela inclusão de mais portas de acessos.
Registro Fotografico:
Vista frontal do casarão.
Foto: Fernanda Monho
Levantado por: Fernanda Monho
Data: 27/11/2003
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação:
PRAÇA DUQUE DE CAXIAS
Código de identificação:
VAL-CF-U02-05
Município: VALENÇA - 2° DISTRITO BARÃO DE
localização:
JUPARANÃ
Época da construção:
mapa de localização:
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
preservado parcialmente
Uso original/uso atual:
Praça / praça
Categoria:
Conjunto Urbanístico e Paisagístico
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma /
Propriedade
Pública
Situação e ambiência:
A praça Duque de Caxias é ponto central no município e apresenta-se harmonicamente estruturada, com tratamento paisagístico
adequado e correta implantação do mobiliário urbano. É um local tranqüilo, que preserva a paisagem natural do município
destacando a presença da Estação Ferroviária Desengano.
Vista parcial da praça a partir da principal r
Foto: Fernanda Monho
Registro Fotografico:
Vista parcial da praça, com a Estação Ferroviária Desengano
ao fundo.
Foto: Fernanda Monho
Vista parcial da praça, com destaque para o monumento localiza
centro e a Estação Ferroviária Desengano em segundo plano.
Foto: Flávia Antunes
Levantado por: Fernanda Monho
Data: 27/11/2003
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação:
CENTRO HISTÓRICO DE CONSERVATÓRIA
Código de identificação:
VAL-CF-U03-00
localização:
Entroncamento das RJ 137 e 143
Município: VALENÇA - 6° DISTRITO
CONSERVATÓRIA
Época da construção:
mapa de localização:
Séc. XIX
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
preservado parcialmente
Uso original/uso atual:
Povoado / Cidade
Categoria:
Patrimônio Arquitetônico e Paisagístico
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma / levantamento de campo das edificações
Propriedade
Imóveis públicos e privados
Situação e ambiência:
Conservatória, sede do 6º Distrito de Valença, mantém um paisagem urbana e ambiental característica de época. É conhecida
como a cidade da Seresta. Cada casa recebeu o nome de uma música da Música Popular Brasileira. Durante a semana, a cidade
tem uma vida bastante pacata, mas durante os finais de semana vários turistas, de diferentes lugares, enchem as ruas atrás dos
violeiros que fazem serenatas ao luar.
Foto: Flávia Antunes
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
O patrimônio arquitetônico remanescente apresenta-se bem conservado e com sua ambiência preservada. È formado por
exemplares de fins do século XIX e do início do século XX. A maior parte dos imóveis preservados está localizada no entorno da
praça Getúlio Vargas e nas duas ruas principais do distrito.
O centro histórico de Conservatória - estruturado por duas ruas que partem da praça da estação ferroviária e se unem ao final na
praça da Igreja Matriz, forma um conjunto homogêneo. A maioria das casas foi implantada sobre o alinhamento frontal e não
mantém afastamentos laterais. Várias delas são identificadas por placas com o nome e autoria de uma música de seresta
escolhida pelo próprio morador.
Informações históricas:
Conservatória nasceu há mais de um século. O primitivo nome da aldeia era Santo Antônio do Rio Bonito. Em conseqüência do
desenvolvimento agrícola da região, foi criado ali, em 1824, o curato chefiado por um vigário. Com a expansão dos fazendeiros, foi
concedido aos índios Ararís uma sesmaria de terra, que compreendia uma légua quadrada, e assim foi criada Conservatória, que
significou Reserva Indígena.
Após o declínio do café, Conservatória passou a ser procurada para tratamento de saúde, por possuir ótimo clima. Hoje sua
economia está baseada na agropecuária e no turismo.
Aqui se vive a tradição das serestas. As casas são identificadas por placas com o nome e autoria de uma música de seresta
escolhida pelo próprio morador. Hoje, a localidade recebe centenas de turistas seresteiros que, além de visitar os museus da
Seresta e os que celebram a memória de grandes cantores do passado como Vicente Celestino, Silvio Caldas, Gilberto Alves,
Nelson Gonçalves e Guilherme de Brito, saem à noite pelas ruas cantando ou curtindo antigas canções.
Informações complementares:
O desbravamento do solo fluminense ampliou-se ao longo do século XIX e caracterizou-se pelo desfiguramento da cultura
indígena. Assim é que, em 1801, o Vice-Rei D. Fernando José de Portugal ordenou a João Rodrigues Pereira de Almeida que
ultrapassasse as margens do rio Paraíba a fim de contratar com os índios, terreno para cultivo, o que foi feito com a ajuda de
Ignácio de Souza Werneck.
A isso se seguiu a Portaria de 5 de fevereiro de 1803, nomeando o Padre Manoel Gomes Leal, capelão dos índios com autorização
do Bispo Dom José Joaquim Justiniano para a construção de uma capela. Apesar de demarcados, os territórios indígenas não
ficaram a salvo de disputas. Mesmo com a posse das terras confirmada por D. João VI, os dois aldeamentos, um na Vila de
Valença e o outro em Conservatória, com 1400 índios aldeados, sofrem restrições por parte dos vereadores da Câmara Municipal
de Valença.
Isso obriga os índios a enviarem, periodicamente, petições e requerimento por intermédio de tutores, reclamando a propriedade da
terra. Finalmente, pelo Decreto n.º 56, de 9 de novembro de 1836, a sesmaria dos índios é anexada ao Curato das Dores,
estabelecida no Município de Valença. E por deliberação da Câmara Municipal, o serviço de arruamento e a planta da povoação
são confiados ao engenheiro Major César Cardolino. No entanto, os trabalhos tiveram início somente em 1845, com a contratação
de José de Souza Pires.
Na segunda metade do século XIX, o crescimento da primitiva Conservatória dos Índios Araris se acentua com a organização de
sua infra-estrutura. Em 1849 já possui agência postal e uma delegacia da sede da Comarca subdividida em três subdelegacias. É
criado o 3º Distrito de Paz de Valença, na freguesia de Santo Antônio do Rio Bonito. Constrói-se o cemitério de Santo Anastácio,
mais tarde substituído pelo Cemitério Novo, em terreno localizado ao lado direito da estrada que vai para o Turvo.
O templo, que substitui a antiga capelinha destruída pelo fogo, teve sua construção por meio de subscrição popular. Essa igreja,
Matriz de Santo Antônio de Pádua, além do altar-mor e altares laterais, tem à direita, a capela do Sagrado Coração de Jesus. Nas
décadas de 70 e 80, outros beneficiamentos foram feitos. Em 1874, ocorreu o primeiro calçamento na rua do Comércio e no Largo
da Matriz. São também desse período o abastecimento d’água (1873) e a aprovação da iluminação pública a querosene (1885),
substituída em 1918, por iluminação elétrica.
Outros indicadores podem ser arrolados como reflexo da modernização de Conservatória. Ao Vale do Paraíba e região adjacente
chegavam levas de escravos, vindos de vários pontos da Província do Rio de Janeiro, para atender à demanda de peritos
profissionais: pedreiros, carpinteiros, pintores, alfaiates, etc.
Fontes:
- http://www.valenca.rj.gov.br/cidvale.htm - Consultado em outubro de 2003.
- http://turismo-rj.com.br/rt-ciclodocafe.html - Consultado em outubro de 2003.
- Enciclopédia dos Municípios Brasileiros, IHGB. Rio de Janeiro, 1959.
- Inventário de Bens Imóveis - Ficha Sumária - Valença.
Registro Fotografico:
Levantado por: Fernanda Monho
Data: 01/12/2003
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação:
IGREJA MATRIZ DE SANTO ANTÔNIO
Código de identificação:
VAL-CF-U03-01
localização:
Praça Getúlio Vargas, s/n° - Centro
Município: VALENÇA - 6° DISTRITO
CONSERVATÓRIA
Época da construção:
mapa de localização:
Séc. XIX (1850)
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
preservado integralmente
Uso original/uso atual:
Igreja / Igreja
Categoria:
Arquitetura Religiosa
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma /
Propriedade
Privada
Situação e ambiência:
A Igreja localiza-se em local arborizado, tendo como entorno casas residenciais e comerciais. Acesso: Partindo da Estação
Rodoviária Dr. Jair Nóbrega, pela rua Dr. Luiz de Almeida Pinto, percorrê-la até chegar à Praça Getúlio Vargas.
Vista da Igreja a partir da praça Getúlio
Foto: Cartão Postal da cidade
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
A nova Matriz, inaugurada em 1850, foi construída em cantaria, com mão-de-obra escrava. Em seu interior destacam-se adornos
em forma de abacaxi, que servem de suporte aos lustres no corpo da nave. Impressiona pelo gigantismo e pela delicadeza das
suas formas. A Matriz tem 23 metros de frente, 36 de fundos e 25 de altura, no seu ponto mais alto. É uma obra toda em pedra de
cantaria, sendo que as pedras das paredes têm 1,60 m de espessura.
Internamente, o templo dispõe, atualmente, de espaçosa Nave Central, mais o amplo Presbitério com um lindo Altar-Mor e mais 4
altares laterais construídos com a participação dos fiéis que os dedicavam à veneração dos seus santos de devoção. Do lado
direito do Prestibério, fica a Capela do Senhor dos Passos e Nossa Senhora das Dores, e que hoje abriga o Museu Sacro da
Paróquia. Do lado esquerdo, fica a Capela do Santíssimo Sacramento, e que também é dedicada ao Sagrado Coração de Jesus.
Ao entrar na Igreja, podemos ver, à esquerda, uma primitiva pia batismal, toda em mármore de Carrara, e à direita, a escadaria
que dá acesso ao coro e aos sinos.
Informações históricas:
A capela foi fundada em 1850 e foi inaugurada em 1868. Em 1874 sofre pequenos reparos. Em 1882 foi realizada a ampliação do
coro. No ano de 1888, contração do púlpito e ornamentação dos altares. O adro foi iniciado em 1875. A Igreja Matriz foi construída
próxima ao local da velha capela do curato e da paróquia que se incendiou em 1839. No ano de 1850, os moradores erguem um
templo paroquial em substituição à velha capela. À 22 de abril do mesmo ano era disso cientificado a Câmara de Valença. De 1850
a 1852, ascendeu para aquele fim, uma soma de dinheiro. Em 1888 o governo provincial concedeu à freguesia um auxílio para os
consertos da matriz.
A pedido do então Vigário Padre João Batista da Cunha, consignou a Câmara Municipal de Valença, em sessão de 16 de outubro
de 1893, a verba para o termino das obras. A Igreja tem 23 m de frente e 37,6 m de fundos. Construída com grande solidez, toda
em cantaria, com largas paredes de 1,6m de espessura. A Igreja possui as seguintes imagens: Santo Antônio, Nossa Senhora do
Rosário, São João Batista, São Sebastião, Nossa Senhora das Dores, São Luiz, Nossa Senhora das Neves, São Bento, São José,
São Manuel, São Pedro, São Roque, Nossa Senhora da Conceição e Nossa Senhora de Sant'Ana. Enquanto manifestações
artísticas de maior interesse destacam-se adornos em forma de abacaxi que servem de suporte aos lustres no corpo dos fiéis na
nave.
A igreja é utilizada para celebração de cultos católicos. Foi inaugurada depois de 18 anos de trabalhos demorados, e sofreu sua
primeira reforma em 1874. Em 16 de outubro de 1893, a Câmara Municipal de Valença concedeu 1.000$000 para o término das
obras (ornamentação dos altares e construção do púlpito).
Informações complementares:
Em 1803, foi construída em Conservatória uma capela próxima ao local onde existe hoje a igreja Matriz. Era uma capela de pau-apique e coberta de sapê e serviu, por muito tempo, para catequizar os índios aldeados. A referida capela foi destruída por um
incêndio em 1838. Sem um local, no centro, para as celebrações, as Missas, Batizados, Casamentos, etc, passaram a ser
realizados nas capelas das fazendas próximas, sendo que, neste ano (1838) o curato de Sto Antonio do Rio Bonito foi elevado à
categoria de paróquia e em 19 de março desse mesmo ano, Sto Antonio do Rio Bonito passou a ser freguesia.
Foi então que, por iniciativa do comendador Anastácio Leite Ribeiro, Francisco Leite Ribeiro, Floriano Leite Ribeiro e outros
moradores mais abastados da região, resolveram erguer um templo paroquial para o padroeiro Sto Antonio, em substituição à
capela incendiada.
E em 1850, foi feita uma subscrição para angariar donativos para a construção da igreja Matriz da freguesia de Sto Antonio do Rio
Bonito. As pedras para a construção da Matriz foram trazidas da Fazenda São Luiz, que foi de propriedade da família Rocha.
Voltando um pouco no tempo, vamos falar da construção do Adro da Igreja, muito espaçoso, com um muro construído, em grande
parte, também em pedras, principalmente suas colunas que são em pedras artisticamente trabalhadas. A comunicação do Adro
com a rua, é feita por uma escada de cinco degraus, também de pedra.
Em 1938, foi realizada a substituição do antigo piso de madeira pelo atual, em ladrilhos. Este trabalho foi realizado pelo construtor
João Brandão.
Nos anos 70 foi feita a reforma do telhado. Por falta de conhecimento histórico, foram trocadas as telhas coloniais originais pelas
atuais, mais modernas, o que descaracterizou um pouco o estilo da Igreja. Nessa mesma ocasião, o artista Mario Luiz da Silva,
cuidou da restauração de diversas imagens. Consta nos livros da Igreja, que a Paróquia teve diversas irmandades, sendo a
Irmandade do Santíssimo Sacramento, a primeira a ser fundada (15 de julho de 1853), por Anastácio Leite Ribeiro.
Em 5 de dezembro de 1902, foi criada a Irmandade do Sagrado Coração de Jesus, quando era vigário o Padre Ambrósio Amâncio
de Souza Coutinho. A primeira presidente desta Irmandade foi a Sra. Belmira Carlota de Almeida. Existe ainda hoje, no Museu da
Igreja, uma foto emoldurada das fundadoras desta Irmandade.
Ao festejarmos os 150 anos do lançamento da pedra fundamental da atual Matriz, foi elaborado um projeto ambicioso para a
reforma geral da Igreja. Esse projeto contou com a iniciativa do Padre Edilson de Barros, atual pároco, e com o apoio e inspiração
do seu antecessor, Padre Medoro de Oliveira. O projeto foi elaborado com a supervisão técnica da Dra. Isabel, diretora do Museu
da Hera, de Vassouras, e responsável regional do Instituto Nacional do Patrimônio Histórico.
Fontes:
- http://turismo-rj.com.br/rt-ciclodocafe.html, consultado em out/ 2003.
- http://www.capitaldaseresta.hpg.ig.com.br/album.htm , consultado em out/ 2003.
Registro Fotografico:
Vista da fachada frontal da Igreja a partir da praça Getúlio V
Foto: Fernanda Monho
Vista da fachada principal da Igreja.
Foto retirada do site: http://www.capitaldaseresta.hpg.ig.com.
out/03.
Levantado por: Fernanda Monho
Data: 26/11/2003
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação:
CASA DE CULTURA
Código de identificação:
VAL-CF-U03-02
localização:
Rua Monsenhor Paschoal Librelloto, 307.
Município: VALENÇA - 6° DISTRITO
CONSERVATÓRIA
Época da construção:
mapa de localização:
Segunda metade séc. XIX
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
preservado integralmente
Uso original/uso atual:
Residência / Casa de Cultura
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Lei Municipal 1471 / tombamento Estadual
Propriedade
Pública / Governo do Estado (Secretaria da Criança e do
Adolescente)
Situação e ambiência:
Localizado defronte da fachada lateral da Igreja Matriz. O casarão à rua Monsenhor Paschoal Librelloto, 307, não se situa em
posição de destaque na estrutura urbana de Conservatória.
Suas características construtivas e seu volume, determinado pelos dez vãos de sua fachada e pela cobertura em quatro águas
impõem a sua presença dentro da estrutura arquitetônica homogênea do restante da vila.
Suas linhas demonstram uma certa intimidade no manuseio da linguagem neoclássica adaptada às condições locais e às
circunstâncias de sua construção.
Vista da ambiência da rua Monsenhor P. Librell
destaque para o imóvel da Casa de Cultura
Foto: Flávia Antunes
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
Provavelmente construído na primeira metade do século XIX, foi reformada no terceiro quartel daquele século, adquirindo
possivelmente as feições atuais - certamente no que se refere aos elementos em madeira de sobrevergas e cimalha. A fachada,
ainda que obedecendo a uma cadência na disposição dos vãos, numa composição, fugindo ao princípio de simetria tão buscado
nas soluções neoclássicas. Em contrapartida, o vão da porta que se localiza abaixo da linha das janelas, devido ao porão
existente, recebe uma complementação que, através de determinados artifícios, busca manter o alinhamento presente nos demais
vãos, para se integrar à composição como um todo. Essa solução pode ser vista em outras casas de Conservatória.
Pode-se notar, ainda na fachada, a valorização do vão de acesso em arco pleno, quando os demais matem a verga reta
insinuando, porém, o arco pleno no desenho dos caixilhos da guilhotina. Aliás, diversos imóveis da cidade mantém uma rica
variedade nos desenhos de seus caixilhos. Todos os vãos, com cercaduras em madeira, contrastam com os óculos dispostos na
fachada para ventilação do porão, e construídos em pedra. O granito, utilizado também no degrau de acesso à soleira da asa, tem
os mesmos veios daquele que se encontra na Igreja Matriz. O Calçamento em pedra defronte ao imóvel é outro elemento
importante na visualização da construção devendo integrar o possível tombamento da mesma.
A casa é parcialmente construída sobre porão, devido à inclinação da rua onde está situada. Com sua fachada mais extensa
voltada para a rua e sem recuo algum do passeio, o acesso ao casarão se faz através de uma larga escada em madeira, entalada
no interior da construção. Essa solução, tipicamente urbana, vem contrastar com as características formais do imóvel que o
vinculam diretamente à arquitetura rural da região.
Internamente, a edificação apresenta, ainda, seus elementos construtivos originais preservados. Sua divisão interna, que sofreu
pequenas alterações com a inclusão de sanitários, permite supor uma distribuição de áreas diferenciadas, com as funções social e
íntima delimitadas pelo posicionamento da escada de acesso. Os pisos em assoalho de madeira e os tetos em forro do tipo saia e
camisa, mantém-se íntegros, assim como as esquadrias internas, com folhas almofadadas e bandeiras que procuram repetir o
desenho das janelas de guilhotina da fachada.
Informações históricas:
O sobrado mereceu destaque no texto do célebre historiador Noronha Santos “Conservatória dos Índios (um arraial esquecido)”,
publicado na revista da Sociedade de geografia do Rio de Janeiro, de 1982. Segundo o autor, a construção se destaca dentre os
“vetustos imóveis de Conservatória” pela originalidade da sua construção” (p.66). E ainda:
(...) o vistoso sobrado, com nove janelas de peitoril – seis de um lado e três de outro – tem um ar afidalgado dos solares de nossos
avós.” (idem).
O prédio foi erguido por Francisco Leite Ribeiro, abastado proprietário agrícola do distrito. A data desta primeira construção é
ignorada, mas sabe-se que uma das filhas de Leite Ribeiro, de nome Luiza, casou-se com José Ribeiro de Carvalho, que,
herdando de seu sogro aquele sobrado, reconstruiu-o, colocando sobre a bela porta principal seu monograma com as inicias JRC.
Conhecendo-se as datas de nascimento e morte de Ribeiro de Carvalho, 1848 e 1896, pode-se concluir que o prédio foi
reconstruído por volta das duas primeiras décadas da segunda metade do século.
José Ribeiro de Carvalho era filho de João Gualberto de carvalho, Barão de Cajuru, importante agricultor do município de Valença
e dono da Fazenda são Lourenço. Noronha Santos menciona, no texto citado, que um retrato a óleo do Barão podia ser visto na
Fazenda Ribeirão Frio, localizada em Dores do Pirahy.
O sobrado teve, com o tempo, outros moradores ilustres, como os senhores Carlos de Andrade, Luiz Affonso Seabra e o
importante médico daquele distrito, Dr. Bento de Azevedo Maia Rubião.
Fontes:
- Inventário de Bens Imóveis - Ficha Sumária - Inepac - E-18/000193/2000.
Registro Fotografico:
Levantado por: Fernanda Monho
Data: 26/11/2003
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação:
CASARIO
Código de identificação:
VAL-CF-U03-03
localização:
Rua Pedro Gomes, 16 e 26
Município: VALENÇA - 6° DISTRITO
CONSERVATÓRIA
Época da construção:
mapa de localização:
Séc. XIX
Estado de conservação/ grau de caracterização:
Bem conservados
preservado parcialmente
Uso original/uso atual:
Residencial / misto
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma /
Propriedade
Privada
Situação e ambiência:
Os imóveis estão implantados em lote regular com testada voltada para o passeio, sem afastamentos laterais. Destacam-se do
conjunto adjacente devido ao gabarito de 2 pavimentos conformando uma silhueta edilícia interessante e variada no contexto
urbano local.
Vista da fachada principal dos imóveis.
Foto: Fernanda Monho
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
São edificações de dois pavimentos, sendo a da direita de uso comercial e a da esquerda residencial. Sua comunicação com o
exterior se dá por meio de portas de madeira de folha dupla com venezianas e postigos e por janelas de abrir de madeira com a
mesma tipologia das portas. Apresentam balcão reto com gradil de ferro decorado e telhado de beiral aparente e alongado. As
cores são destaque nestas duas construções, que tiraram partido do contraste entre cores primárias para destacar sua arquitetura.
Ambas apresentam embasamento revestido com pintura na cor mais forte, característica da arquitetura colonial.
Registro Fotografico:
Vista da porta de acesso do N°26.
Foto: Fernanda Monho
Levantado por:
Data:
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação:
HOTEL VILA REAL
Código de identificação:
VAL-CF-U03-04
localização:
Rua Pedro Gomes, 81.
Município: VALENÇA - 6° DISTRITO
CONSERVATÓRIA
Época da construção:
mapa de localização:
Séc. XIX
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom conservado
preservado parcialmente
Uso original/uso atual:
Hotel / Hotel
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma / nenhuma
Propriedade
Privado / Luiz Alberto Figueiredo e Fernanda Leite
Situação e ambiência:
O Hotel Vila Real está localizado próximo a antiga Estação Ferroviária de Conservatória, em uma área onde ocorre o alargamento
da caixa de rolamento, o que beneficia a ambiência da construção. A paisagem natural existente em seu entorno convive em
perfeita harmonia com a tipologia da edificação, valorizando o bem-estar de seus espaços.
Vista da fachada principal do hotel.
Foto: Flávia Antunes
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
Imóvel térreo de estrutura original de madeira substituída por concreto armado após reforma. Parede de vedação de pau-a-pique,
originalmente, substituída por tijolo cozido. O imóvel sofreu modificações no pavimento térreo, com o acréscimo de lajes e
construção do 2° e 3° pavimentos em alvenaria e concreto. A fachada é revestida com material cerâmico e apresenta janelas lisas
do tipo guilhotina. A cobertura é de 2 águas de telha francesa e possui beiral com forro.
Fontes:
- Ficha de inventário do SPHAN.
Registro Fotografico:
Levantado por:
Revisado por:
Fernanda Monho
Data: 26/11/2003
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação: CASARIO
localização:
Código de identificação: VAL-CF-U03-05
Rua Oswaldo Fonseca
Município: VALENÇA -6° DISTRITO
CONSERVATÓRIA
Época da construção:
mapa de localização:
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
preservado parcialmente
Uso original/uso atual:
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma /
Propriedade
Privada
Situação e ambiência:
O casario da rua Oswaldo Fonseca, assim como os demais localizados nas principais ruas de Conservatória estão implantados em
lotes regularas, com testada voltada para a rua, sem afastamentos. Conservam a ambiência original e estão em harmonia com os
imóveis vizinhos e espaços adjacentes. A paisagem natural também apresenta-se inalterada e pode ser contemplada de diferentes
pontos da cidade.
Vista do casario no encontro das ruas Oswaldo Fonseca e
Santo Antônio.
Foto: Flávia Antunes
Registro Fotografico:
Vista do casario com destaque para a rua Oswaldo Fonseca.
Foto: Flávia Antunes
Levantado por: Fernanda Monho
Data: 26/11/2003
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação: IMÓVEL RESIDENCIAL
localização:
Código de identificação: VAL-CF-U03-06
Rua Oswaldo Fonseca, 31.
Município: MARQUÊS DE VALENÇA -6°
DISTRITO CONSERVATÓRIA
Época da construção:
mapa de localização:
Séc. XIX
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
preservado parcialmente
Uso original/uso atual:
Uso misto / Residencial
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma /
Propriedade
Privada / Antonieta Mossar Ferreira
Situação e ambiência:
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
Imóvel de um pavimento de estrutura original de madeira. Parede de vedação de pau-a-pique e tijolo cozido. Soferu modificações
em 1943. A fachada é revestida com reboco e tinta e presença de régua. O telhado é de uma água de telha francesa (posterior).
Fontes:
- Inventário SPHAN.
Registro Fotografico:
Levantado por: Fernanda Monho
Data: 26/11/2003
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação: CASARIO
localização:
Código de identificação: VAL-CF-U03-07
Rua Luis Almeida Pinto
Município: VALENÇA - 6° DISTRITO
CONSERVATÓRIA
Época da construção:
mapa de localização:
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
preservado parcialmente
Uso original/uso atual:
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma
Propriedade
Privada
Situação e ambiência:
Este casario está implantado em uma rua de caixa larga e com tratamento paisagístico em seu passeio. Preserva ainda a
paisagem natural, perfeitamente integrada à paisagem natural da cidade, evidenciando o ar bucólico e tranqüilo de uma cidade
seresteira.
Vista da ambiência da rua, com destaque para o casario
remanescente.
Foto: Flávia Antunes
Registro Fotografico:
Levantado por: Fernanda Monho
Data: 26/11/2003
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação: CASA DESENCONTRO
localização:
Código de identificação: VAL-CF-U03-08
Rua Luis Almeida Pinto, 173.
Município: VALENÇA - 6° DISTRITO
CONSERVATÓRIA
Época da construção:
mapa de localização:
Séc. XX (1953)
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
preservado parcialmente
Uso original/uso atual:
Comercial / residencial
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma /
Propriedade
Privada / Milton Barra
Situação e ambiência:
A Casa Desencontro está implantada em lote regular, encravado entre outros dois, com testada voltada para o passeio. Conserva
ainda suas características originais destacadas pela sua relação com as edificações vizinhas. Encontra-se em harmonia com o
conjunto arquitetônico existente em seu entorno e com a paisagem natural da cidade.
Vista da fachada principal do imóvel.
Foto: Fernanda Monho
Informações históricas:
Está situada na Rua Dr. Luiz de Almeida Pinto, rua comercial e residencial, entre as casas "Luar de Conservatória" e "Luar de
Paquetá". Foi construída aproximadamente em 1881. De interresse artístico, destaca-se o trabalho em cristal da porta de entrada.
Partindo da Estação Rodoviária Dr. Jair Nóbrega, percorre-se cerca de 500m pelas ruas Pedro Gomes e Dr. Luiz de Almeida Pinto.
Visitação Turística : Somente externa.
Fontes:
- http://www.capitaldaseresta.hpg.ig.com.br/album.htm, consultado em out/ 2003.
Registro Fotografico:
Levantado por: Fernanda Monho
Data: 26/11/2003
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação: CASA N.º 459
localização:
Código de identificação: VAL-CF-U03-09
Praça Getúlio Vargas, 459
Município: VALENÇA - 6° DISTRITO
CONSERVATÓRIA
Época da construção:
mapa de localização:
Séc. XIX
Estado de conservação/ grau de caracterização:
satisfatório
preservado parcialmente
Uso original/uso atual:
Comercial / fechado
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma /
Propriedade
Privada / Antônio M. Pereira
Situação e ambiência:
Situado no entorno imediato da principal praça da cidade, praça Getúlio Vargas, encontra-se implantado em lote regular com
testada voltada para o passeio, sem afastamentos laterais. Preserva sua ambiência natural, entretanto a presença de um poste de
iluminação na frente de sua fachada prejudica uma leitura mais clara de suas qualidades construtivas. A paisagem natural de seu
entorno continua inalterada e em destaque, criando um contraste entre o campo e a cidade, na verdade o povoado.
Vista do imóvel e seu entorno.
Foto: Fernanda Monho
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
Imóvel de um pavimento, de frente de rua, com estrutura original de madeira. Arquitetura tipicamente colonial marcada por seu
telhado com beiral sacado franjado de telhas canal e cachorros e cimalha de madeira. As paredes de vedação são de tabique
argamassado. A fachada é revestida com reboco, tinta e presença de régua de madeira. O telhado é de telha canal e possui
cimalha de madeira.
Fontes:
- Ficha de Inventário do SPHAN.
Registro Fotografico:
Levantado por: Fernanda Monho
Data: 26/11/2003
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação: CASA n.º 469
localização:
Código de identificação: VAL-CF-U03-10
Praça Getúlio Vargas, 469.
Município: VALENÇA - 6° DISTRITO
CONSERVATÓRIA
Época da construção:
mapa de localização:
Séc. XIX (1840)
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
preservado parcialmente
Uso original/uso atual:
Residencial / Residencial
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma / Nenhuma
Propriedade
Privada / Augusto Seabra
Situação e ambiência:
O imóvel está implantado em um lote regular de esquina, sem afastamentos laterais e frontal. Apresenta-se em harmonia cm as
construções vizinhas e em equilíbrio com o conjunto arquitetônico presente em seu entorno. As ruas que se encontram em sua
esquina são ainda de pé-de-moleque, o que lhe confere um ar rural e mais charmoso em sua leitura com o conjunto.
Vista do imóvel com destaque para sua implantação em lote
de esquina.
Foto: Flávia Antunes
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
Casario térreo tipicamente colonial com estrutura original de madeira e paredes de vedação de pau-a-pique. Apresenta telhado
com beiral sacado franjado de telhas e cachorros de madeira. Seus vão são destacados por belíssimas janelas de madeira
envidraçadas do tipo guilhotina.
Sofreu modificações em 1937, com desmembramento da casa inicial e troca das portas lisas por portas duplas (pavimento térreo)
e troca de algumas madeiras do telhado O desmembramento deu origem a três casas, sendo uma destinada ao comércio
(farmácia). A fachada é revestida com reboco, tinta e presença de régua.
Fontes:
- Ficha de Inventário do SPHAN.
Registro Fotografico:
Levantado por: Fernanda Monho
Data: 26/11/2003
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação: CASA N.º 41
localização:
Código de identificação: VAL-CF-U03-11
Rua Luiz de Almeida Pinto, 41
Município: VALENÇA - 6° DISTRITO
CONSERVATÓRIA
Época da construção:
mapa de localização:
Séc. XIX
Estado de conservação/ grau de caracterização:
Bem conservada
preservado integralmente
Uso original/uso atual:
Residencial / Residencial
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma / Nenhuma
Propriedade
Privada / Niltom Nobrega
Situação e ambiência:
O imóvel está implantado em um lote regular, de esquina, e não apresenta afastamentos. Mantém sua ambiência original e está
harmonicamente integrado ao contexto arquitetônico da rua em que está situado. Apresenta pequena interferência visual, causada
pela presença de postes de iluminação e transmissor de energia elétrica posicionado junto à sua fachada lateral.
Vista das fachadas frontal e lateral do imóvel.
Foto: Flávia Antunes
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
Imóvel de um pavimento de estrutura original de madeira. Parede de vedação de pau-a-pique. A fachada é revestida com reboco e
tinta. O telhado é de duas águas de telha canal e possui cimalha de madeira e beiral.
Fontes:
- Ficha de Inventário do SPHAN.
Registro Fotografico:
Vista da fachada principal do imóvel.
Foto: Flávia Antunes
Levantado por: Fernanda Monho
Data: 26/11/2003
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação: PRAÇA GETÚLIO VARGAS
localização:
Centro
Código de identificação: VAL-CF-U03-12
Município: VALENÇA - 6° DISTRITO
CONSERVATÓRIA
Época da construção:
mapa de localização:
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
preservado parcialmente
Uso original/uso atual:
Praça / Praça
Categoria:
Conjunto Urbanístico e Paisagístico
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma /
Propriedade
pública
Situação e ambiência:
É a única praça da cidade localizada na área central, com destaque para as edificações do seu entorno. Apresenta distribuição
das espécies vegetais de forma equilibrada e coerente, o que não dificulta a leitura de seu entorno. Preserva sua ambiência
natural e remete a beleza da paisagem natural que circunda a cidade.
Vista parcial da praça, com destaque da área central.
Foto: Flávia Antunes
Registro Fotografico:
Vista parcial da praça.
Foto: Fernanda Monho
Vista parcial da praça.
Foto: Fernanda Monho
Levantado por: Fernanda Monho
Data: 26/11/2003
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação: PRAÇA GETÚLIO VARGAS
localização:
Centro
Código de identificação: VAL-CF-U03-12
Município: VALENÇA - 6° DISTRITO
CONSERVATÓRIA
Época da construção:
mapa de localização:
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
preservado parcialmente
Uso original/uso atual:
Praça / Praça
Categoria:
Conjunto Urbanístico e Paisagístico
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma /
Propriedade
pública
Situação e ambiência:
É a única praça da cidade localizada na área central, com destaque para as edificações do seu entorno. Apresenta distribuição
das espécies vegetais de forma equilibrada e coerente, o que não dificulta a leitura de seu entorno. Preserva sua ambiência
natural e remete a beleza da paisagem natural que circunda a cidade.
Vista parcial da praça, com destaque da área central.
Foto: Flávia Antunes
Registro Fotografico:
Vista parcial da praça.
Foto: Fernanda Monho
Vista parcial da praça.
Foto: Fernanda Monho
Levantado por: Fernanda Monho
Data: 26/11/2003
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação: TÚNEL QUE CHORA / TÚNEL MARIA NOSSAR
localização:
Rua das Flores, próxima a RJ 137
Código de identificação: VAL-CF-U03-13
Município: VALENÇA - 6° DISTRITO
CONSERVATÓRIA
Época da construção:
mapa de localização:
Séc. XIX (1879 a 1883)
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
preservado parcialmente
Uso original/uso atual:
Túnel / túnel
Categoria:
Obras de Engenharia (?)
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma / nenhuma
Propriedade
pública
Situação e ambiência:
Vista de um dos lados do túnel.
Foto retirada do site:
http://www.valenca.rj.gov.br/cidconse.htm, em out/03.
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
O Túnel tem 95m de extensão, 5m de largura e 3,5m de altura todo de pedra, sem qualquer revestimento, iluminado com lampiões
antigos à eletricidade e com calçamento em pé-de-moleque. O Túnel encontra-se no estado de rocha bruta, sendo possível
observar o trabalho artesanal dos escravos em sua escavação.
Informações históricas:
Tem como entorno a Fonte da Saudade e o Vilarejo Hotel. No ano de 1879 teve início sua construção e o término em 1883. Em
1876, o então Distrito de Santo Antônio de Rio Bonito, hoje Conservatória, estava no auge com os seus cafezais. O único meio de
transporte era feito no lombo de burro, sendo necessário criar uma ferrovia, cujas obras tiveram início em 1877 e em 1880
chegaram próximos a uma grande montanha, tornando necessário a abertura de um túnel. Foi aberto com duas frentes de trabalho
escravo, que se encontraram no meio daquela escavação. O atrativo não apresenta manifestações artísticas de maior interesse e
destina-se a passagem de carros e de pedestres.
Fontes:
- http://www.valenca.rj.gov.br/cidconse.htm, consultado em out/ 2003.
Registro Fotografico:
Vista de um dos lados do túnel.
Foto retirada do site: http://www.valenca.rj.gov.br/cidconse.htm, em out/03.
Levantado por: Fernanda Monho
Data: 26/11/2003
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação: ESTAÇÃO FERROVIÁRIA
localização:
Código de identificação: VAL-CF-U03-14
Rua Pedro Gomes
Município: VALENÇA - 6° DISTRITO
CONSERVATÓRIA
Época da construção:
mapa de localização:
Séc. XIX
Estado de conservação/ grau de caracterização:
satisfatório
preservado parcialmente
Uso original/uso atual:
Estação Ferroviária / Estação Rodoviaria
Categoria:
Arquitetura ferroviária
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma / nenhuma
Propriedade
Pública
Situação e ambiência:
A Estação Ferroviária está localizada na entrada da cidade em um lote regular em cota superior a da caixa de rolamento. Está
perfeitamente integrada à paisagem natural do seu entorno e ainda preserva sua magnitude diante dos casarios localizados em
sua proximidade.
Vista da fachada principal da Estação.
Foto: Cartão Postal da cidade
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
A construção do prédio da antiga estação ferroviária é térrea, com exceção do vão central que possui dois pavimentos. A
construção da atual rodoviária teve como material de construção, no térreo, as pedras retiradas da escavação do Túnel de Pedra.
No segundo pavimento utilizou tijolos vindo da França.
Informações históricas:
O Prédio da Estação Rodoviária Dr. Jair Nóbrega, outrora estação ferroviária de Conservatória, está situado no centro de
Conservatória e foi construído no século XIX, aproximadamente no ano de 1882. A antiga Estação da Cia Estrada de Ferro Santa
Isabel do Rio Preto e da Rede Mineira de Viação, foi inaugurada por D. Pedro II em 21 de novembro de 1883.
Com a extinção do trem em 1961, foi transformada em rodoviária, onde também funciona o Destacamento de Policiamento
Ostensivo, o telefone público e o Museu de Conservatória [Distrito de Valença]. O atrativo não apresenta manifestações artísticas
de grande interesse e hoje destina seus espaços à Estação Rodoviária Dr. Jair Nóbrega.
Fontes:
- http://turismo-rj.com.br/rt-ciclodocafe.html, consultado em out/ 2003.
- http://www.capitaldaseresta.hpg.ig.com.br/cidade.htm, consultado em out/ 2003.
Registro Fotografico:
Vista lateral da Estação.
Foto: Flávia Antunes
Levantado por: Fernanda Monho
Data: 26/11/2003
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação: PONTE DOS ARCOS
Código de identificação: VAL-CF-U03-15
localização:
Município: VALENÇA - 6° DISTRITO
CONSERVATÓRIA
Época da construção:
mapa de localização:
Séc. XIX (1884)
Estado de conservação/ grau de caracterização:
Uso original/uso atual:
Ponte / ponte
Categoria:
Obras de Engenharia
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma /
Propriedade
Pública
Situação e ambiência:
A ponte dos Arcos situa-se na Estrada Conservatória/ Santa Rita do Jacutinga, entre as localidades de Conservatória e Pedro
Carlos, às margens do rio Prata, junto a uma pequena cachoeira, entre morros.
Vista da ponte e seu entorno. 1
Foto retirada do site: http://turismo-rj.com.br/rtciclodocafe.html, em out/03.
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
A Ponte dos Arcos possui 100m de extensão e 12m de altura e foi erguida em pedra, cal e óleo de baleia. Compõe-se de dois
arcos plenos construídos à maneira egípcia, com pedras justapostas, funcionando a tração e compressão. Sua base é constituída
de grandes pedras sobrepostas e o corpo da ponte com pedras menores e roliças.
Informações históricas:
Foi inaugurada no século XIX, no ano de 1884, com a visita de D.Pedro II. No ano de 1876, o então Distrito de Santo Antônio do
Rio Bonito, hoje como o único,Conservatória [Distrito de Valença], estava no auge com seus cafezais. O único meio de transporte
era feito no lombo de burro, precisava ser criada uma ferrovia, cujas obras tiveram início em 1877.
A partir da criação da ferrovia foi construída, por escravos, a Ponte do Arcos que serviu de ponte para a antiga Cia Estrada de
Ferro Santa Isabel do Rio Preto e posteriormente Rede Mineira de Viação. Em 1963 passou por ela o último trem para
recolhimento dos trilhos. O atrativo não apresenta manifestações artísticas de maior interesse e hoje serve somente como
testemunho do trabalho escravo e para corridas de motocross.
Fontes:
- http://turismo-rj.com.br/rt-ciclodocafe.html, consultado em out/ 2003.
Registro Fotografico:
Levantado por: Fernanda Monho
Data: 26/11/2003
Revisado por:
Data:
VASSOURAS
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação: CENTRO HISTÓRICO DE VASSOURAS
localização:
Próxima à rodovia B 393
Código de identificação: VAS-CF-U01-00
Município: VASSOURAS - 1º DISTRITO
VASSOURAS
Época da construção:
mapa de localização:
2ª metade do século XIX
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
preservado integralmente
Uso original/uso atual:
Povoado / cidade
Categoria:
Patrimônio Arquitetônico e Paisagístico
Proteção existente/ proposta:
Processo n.º 566-T, Inscrição n.º 18, Livro Arqueológico,
Etnográfico e Paisagístico, fls. 4. Data: 26.06.1958.
Propriedade
Imóveis públicos e privados
Situação e ambiência:
O município de Vassouras localiza-se no Médio Paraíba, região fluminense e tem como municípios limítrofes Paty do Alferes, Miguel
Pereira, Engenheiro Paulo de Frontin, Mendes, Barra do Piraí, Valença e Paraíba do Sul. O 1º distrito, de mesmo nome do
município, dista 161 Km do Rio de Janeiro e 22 Km de Barra do Piraí. Seu principal acesso se dá pela BR 393.
O centro histórico do 1º distrito é formado pelas ruas Barão de Vassouras, Custódio Guimarães, Barão do Tinguá, Barão de
Massambará, Luis de Werneck e da Capivara. Compreende além dos logradouros, as praças e algumas construções. Este conjunto
paisagístico, urbanístico e arquitetônico é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
Na paisagem sobressaem as palmeiras imperiais da praça Barão de Campo Belo, as magnólias, os oitis que sombreiam as
calçadas e as figueiras sagradas atrás da igreja. Juntamente com o Palacete do Barão de Itambé, o antigo Paço Municipal, o
Chafariz Monumental e o de Dom Pedro II, a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição e o Cemitério, formam um imponente
conjunto.
Vista geral da Praça Barão de Campo Belo. Foto
retirada do site www.cidadedevassourasrj.kit.net, em out/ 2003.
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
Por ser o centro histórico de Vassouras tombado pelo IPHAN e por existir na cidade a 6ªSR/IPHAN, localizada na Casa da Hera, o
conjunto encontra-se bastante preservado e bem cuidado. Ao longo desse espaço encontram-se os importantes exemplares da
arquitetura neoclássica do século XIX, tais como: a antiga Casa de Câmara e Cadeia (Prefeitura); o Palacete do Barão do Ribeirão
(Fórum); a Residência da Misericórdia (Asilo Barão do Amparo); os Solares do Barão de Vassouras e do Barão de Itambé, essa de
persistência barroca; além da Igreja e do Cemitério onde estão os túmulos dos que construíram a cidade.
As quatro praças que integram o conjunto mantém suas funções de criar vazios de observação e perspectiva, sendo elas: a Barão
de Campo Belo com o chafariz monumental, à frente da Igreja; a Eufrásia Teixeira Leite em frente à Casa de Câmara e Cadeia; a
Cristóvão Corrêa e Castro, antes do imponente portão do Cemitério e a Sebastião Lacerda, aos fundos da Igreja. As árvores:
palmeiras imperiais, magnólias, figueiras e oitis completam a paisagem, enriquecida pelos chafarizes de abastecimento de água.
Tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em 1958. O tombamento compreende não só as
construções públicas e particulares situadas nos logradouros referidos, mas também as peculiaridades destes e, particularmente,
sua arborização.
Processo N. º 566-T-57
Inscrição N.º 18 no Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico folha 4 data: 26/06/58
LEGENDA:
1. Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição
2. Praça Barão de Campo Belo
3. Santa Casa de Misericórdia
4. Prefeitura/ Câmara Municipal
5. Casa e Chácara da Hera
6. Casa de Cultura
7. Estação Ferroviária
8. Palácio Itambé
9. Praça Sebastião Lacerda
10. Palácio Barão do Amparo
11. Solar Barão do Ribeirão
12. Solar Barão de Vassouras
13. Solar Barão Massambará
14. Cemitério de Nossa Senhora da Conceição
Informações históricas:
A cidade de Vassouras teve origem na capela do Pátio do Pati, construída em 1726 à margem da Real Estrada para Vila Rica, ou
Caminho Novo, que ligava o Rio de Janeiro, então capital da colônia, às terras de Minas Gerais. A ocupação da região se
intensificou com a abertura de dois outros caminhos:
A Estrada do Comércio que partia de Iguaçu e atravessava a área em que hoje está localizada a cidade, e a Estrada da Polícia, que
ligava Iguaçu, a Vassouras via Sacra Família do Tinguá e seguia até Valença, via Barão do Juparanã.
Apesar da ocupação da região, a vila de Pati do Alferes só foi criada em 1820, quando os interesses econômicos começaram a se
voltar para as terras do Vale do Paraíba. A Capela de Nossa Senhora da Conceição de Vassouras, em torno da qual se instalaria a
Vila do mesmo nome, em 15 de janeiro de 1833. Do termo da Vila de Vassouras constavam, ainda, as então freguesias que
incluíam os territórios de Sacra Família do Tinguá, Paty do Alferes, Santa Cruz de Mendes, Paracambi, Paulo de Frontin, Mendes,
Morsing, parte de Barra do Piraí e Miguel Pereira.
Na primeira metade do século XIX, o café se se tornou o principal produto da região. Surgiram em Vassouras muitas fazendas,
muitos escravos foram comprados, florestas foram derrubadas para abrir espaço para a florescente agricultura, com muitos lucros.
Na segunda metade do século, Vassouras, se tornara um importante centro cafeicultor e de banqueiros, com muitas benfeitorias, a
capela é ampliada em grande templo, as casas simples são substituídas por sobrados apalacetados, a Praça da Matriz é ornada
com o imponente chafariz e palmeira. Com teatro, pensões e hotéis, o comércio se amplia e se sofistica, a Casa de Câmara e
Cadeia é, enfim, construída. Os fazendeiros e os banqueiros constroem casas na Vila e aqueles reformam as sedes de suas
fazendas, trazendo entalhadores e marceneiros, mestres em cantarias e artífices de uma arquitetura mais elaborada, o luxo
demonstrando o poder conquistado pela riqueza. Vassouras tornou-se município em 29 de setembro de 1857, quando é Presidente
da Câmara Dr. Caetano Furquim de Almeida, ano em que são plantadas as palmeiras da Praça da Matriz.
Vários dos fazendeiros da região recebem títulos de barão: Francisco José Teixeira Leite, barão de Vassouras, Laureano Corrêa e
Castro, barão de Campo Belo, Pedro Corrêa e Castro, barão de Tinguá, José de Avellar e Almeida, barão do Ribeirão e Francisco
Peixoto de Lacerda Werneck, barão do Paty de Alferes, entre outros. As fazendas são visitadas por missões estrangeiras,
integradas por personalidades como Charles Ribeyrolles que se hospedou em Secretário em 1859.
Em 1864, a Estrada de Ferro D. Pedro II se torna uma realidade, mas com entroncamento em Barra do Piraí. Antiga reivindicação
dos fazendeiros, principalmente de Vassouras, para facilitar e reduzir os custos com o transporte do café, a ferrovia não corta a
cidade, um dos centros mais importantes de produção. A estação mais próxima, - Barão de Juparanã, se encontrava a 6 km da sede
de Vassouras, o que leva à perda da hegemonia do comércio regional. Com empréstimos não honrados e crescentes problemas
econômicos, os fazendeiros acabaram por hipotecar as suas fazendas e perdê-las para os bancos credores.
Quando houve a abolição da escravatura o cultivo do café já decaíra e a riqueza de Vassouras se esgotara, tornando-se, assim,
uma das “cidades mortas” descritas por Monteiro Lobato.
Ainda na primeira metade do século, Vassouras se torna, graças ao seu clima agradável e aos problemas de insalubridade da
cidade do Rio de Janeiro, um centro de veraneio. O “Trenzinho Caipira” de Villa Lobos canta a viagem serra acima.
Entretanto, a perda territorial, primeiro com a emancipação de Barra do Piraí, levando o distrito de Mendes, e depois de outros
distritos que se tornaram independentes: Paracambi, Paulo de Frontin, Miguel Pereira e Pati do Alferes, levou sua riqueza e
contribuiu para o esvaziamento econômico.
Na segunda metade do século XX, a cidade retomou o crescimento, com novos empreendimentos e ações, como a Fundação
Severino Sombra, do SENAI e o tombamento do centro histórico pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN),
que trouxeram novo alento para o município.
Hoje a cidade se beneficia do turismo em diversas áreas: cultural, rural e ecológico. O Centro Histórico e o Museu Casa da Hera 6ªSR/IPHAN, são testemunhos nacionais da história do café no Vale do Paraíba. Entre as atrações turístico-culturais da área
urbana, destacam-se os sobrados - Casa de Cultura, Casa de Câmara e Cadeia, Casa do Barão do Ribeirão - construídos dentro
dos cânones do neoclássico vigente no século XIX, em torno da Praça Barão de Campo Belo; o chafariz monumental de 1846; a
Igreja Matriz e o Cemitério da Irmandade de Nossa Senhora da Conceição e o Memorial Judaico. Na paisagem sobressaem as
palmeiras imperiais da praça principal, as magnólias, os oitis que sombreiam as calçadas e as figueiras sagradas atrás da igreja.
Fontes:
- http://turismo-rj.com.br/, consultado em out/ 2003.
- http://srv1lx.6sr.iphan.gov.br/, consultado em out/ 2003.
- CARRAZZONI, Maria Elisa. Guia dos Bens Tombados. Rio de Janeiro: Ed. Expressão e Cultura, 1980.
- MUNIZ, Célia e ROCHA, Isabel. Texto sobre Vassouras, s/ data.
Registro Fotografico:
Vista do centro de Vassouras, s/ data. Foto retirada do site
www.cidadedevassouras-rj.kit.net, em out/ 2003.
Vista da Rua Caetano Furquim, s/ data. Foto retirada do site
www.cidadedevassouras-rj.kit.net, em out/ 2003.
Levantado por: Fernanda Monho
Data: 01/11/2003
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação: IGREJA MATRIZ NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO
localização:
Praça Barão de Campo Belo, s/ nº - Bairro Centro
Código de identificação: VAS-CF-U01-01
Município: VASSOURAS - 1º DISTRITO
VASSOURAS
Época da construção:
mapa de localização:
Séc. XIX (1828 a 1853)
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
Uso original/uso atual:
Religioso/ religioso
Categoria:
Arquitetura Religiosa
Proteção existente/ proposta:
Processo n.º 566-T, Inscrição n.º 18, Livro Arqueológico,
Etnográfico e Paisagístico, fls. 4. Data: 26.06.1958.
Propriedade
Particular/
Situação e ambiência:
A Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição está situada de frente para a praça Barão de Campo Belo, na sua parte mais
elevada. Como esta é em declive, dá grande destaque e imponência a construção. Na fachada oposta, localiza-se a praça
Sebastião Lacerda.
A Igreja, juntamente com outras construções importantes para a cidade de Vassouras, faz parte de um conjunto arquitetônico e
urbanístico tombado pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
Foto retirada do site http://turismorj.com.br/rt-ciclodocafe.html, em out/ 2003.
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
A construção é formada por um bloco compacto, onde nas laterais existem torres sineiras, mais altas do que a área central, com
rosáceas e janelas, ambas coroadas por cúpulas, que culminam em talhos esguios de alvenaria e por galos de grimpa.
Composta por nave única sem transepto e ampla capela-mor. Na nave, 4 altares laterais, coro e batistério. A capela-mor é ladeada
por quatro colunas corintias e por corredores que levam ao consistório. O altar - mor, em madeira, tem influência neoclássica, e no
arco cruzeiro, se inserem os púlpitos, um de cada lado. Na fachada principal, três portas de entrada a que correspondem três
janelas do coro. Acima destas, frontão triangular com relógio ao centro.
Os corredores, ao contrário do que acontece em muitas das igrejas da mesma época, são externos e terminam na sacristia. O
batistério, a esquerda da porta principal, possui piso e pia em mármore, esta com tampo em madeira. Uma escada em caracol leva
ao coro da igreja. Foi montado no interior do consistório um museu de arte sacra.
As fachadas laterais são formadas por 10 janelas providas de sacadas com gradis em ferro, decorados com motivos religiosos e
com soleira em pedra. Correspondem as duas galerias e ao Consistório. Nota-se ainda os beirais em pedra, artisticamente
trabalhados, bem como as molduras de portas e janelas em cantaria.
Fazendo parte deste conjunto, existe pátio externo, todo calçado de pedras e guarnecido por gradil, onde existem cinco portões,
sendo um a fachada principal e outros quatro, distribuídos pelas fachadas laterais.
Informações históricas:
O guarda-mor, João Teixeira Gomes, e sua esposa, Anna Maria do Espírito Santo, doaram terras a Irmandade da Freguesia da
Sacra Família do Caminho Novo do Tinguá. Neste local, Custódio Ferreira Leite (Barão de Ayuroca) iniciou a construção de
pequena capela, em 8 de janeiro de 1828. Já aparecia na planta de Vassouras de 1833, levantada pelo capitão Carneiro de
Campose. Esta aparece na Carta Corografica da província do Rio de Janeiro, de 1839. Em 1829 foi concluída a capela mor.
No ano de 1838, foram construídos as duas terras, o consistório e a sacristia, estendendo-se as obras até 1853. Em 1861, com a
decoração interna da nave da capela e do altar-mor, foram concluídas as obras da Igreja Matriz. O gradil de ferro que cerca a Matriz
foi colocado em 1871 e é em estilo neoclássico.
O painel contornando o nicho da padroeira é uma obra de Antonio de Oliveira e foi realizado nas primeiras décadas do século XX.
Em 1967, por determinação do Concilio Vaticano II, a igreja sofreu algumas modificações para atender suas diretrizes.
Fontes:
- http://turismo-rj.com.br/rt-ciclodocafe.html, consultado em out/ 2003.
- http://www.igrejansc.kit.net/, consultado em out/ 2003.
Registro Fotografico:
Foto retirada do site http://turismo-rj.com.br/rtciclodocafe.html, em out/ 2003.
Foto retirada do site http://turismo-rj.com.br/rtciclodocafe.html, em out/ 2003.
Foto retirada do site http://turismo-rj.com.br/rtciclodocafe.html, em out/ 2003.
Foto: Fernanda Monho
Levantado por:
Data:
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação: PRAÇA BARÃO DE CAMPO BELO E CHAFARIZ
Código de identificação: VAS-CF-U01-02
MONUMENTAL
localização:
Praça Barão de Campo Belo
Município: VASSOURAS - 1º DISTRITO
VASSOURAS
Época da construção:
mapa de localização:
1857
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
Uso original/uso atual:
Público/ público
Categoria:
Equipamento urbano
Proteção existente/ proposta:
Processo n.º 566-T, Inscrição n.º 18, Livro Arqueológico,
Etnográfico e Paisagístico, fls. 4. Data: 26.06.1958.
Propriedade
Pública
Situação e ambiência:
A praça Barão de Campo Belo localiza-se em ponto central da cidade de Vassouras. Nela se concentram vários prédios
importantes, todos tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional como conjunto artístico e paisagístico.
Grande talude, estende-se como um tapete verde à frente da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição. As palmeiras imperiais
ladeiam dois lados da praça, direcionando o olhar do observador para a igreja. As ruas a sua volta ainda guardam o calçamento
original, inclusive com o interessante sistema de sarjetas inclinadas.
No ponto central da praça se localiza o Chafariz Monumental.
Foto: Fernanda Monho
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
O projeto criou um grande tapete verde ascendente em direção à Igreja Matriz cercado de palmeiras imperiais, com canteiros
demarcados por arbustos recortados, bem ao gosto da época. Só no século XX é que foram colocados o lago, as demais árvores e
os bustos. O coreto que lá se encontra marca ainda o local do original que tinha cobertura.
Ao longo desse espaço encontram-se os importantes exemplares da arquitetura neoclássica do século XIX, tais como: a antiga
Casa de Câmara e Cadeia (Prefeitura); o Palacete do Barão do Ribeirão (Fórum); a Residência da Misericórdia (Asilo Barão do
Amparo); o Chafariz Monumental; as casas térreas do Barão de Vassouras e de seu irmão e a casa do Barão de Itambé, essa de
persistência barroca; além da Igreja.
Em especial, o Chafariz Monumental é obra de cantaria acurada, ergue - se, ao centro de um tanque poligonal, tendo coluna central
com dupla taça e uma pinha por arremate.
Informações históricas:
O talude existente à frente da Matriz era formado por uma pedreira que foi deixado desocupado para a construção de uma praça
pedida pelo Barão de Campo Belo em 1835. Foi denominada Praça da Matriz, do Comércio, da Concórdia, Aquidabã, até receber o
nome atual em homenagem ao seu criador.
A pedreira só foi totalmente retirada em 1849 e a Praça só foi concluída em 1857, na administração de Caetano Furquim quando
foram plantadas as palmeiras e construídas as calçadas. Em 1845, por solicitação da Câmara à Assembléia Providencial, é
construído o Chafariz Monumental de autoria do arquiteto espanhol D. Joaquim de Souto Garcia de la Veja.
Fontes:
- http://turismo-rj.com.br/rt-ciclodocafe.html, consultado em out/ 2003.
- http://www.cidadedevassouras-rj.kit.net/acesso.html, consultado em out/2003.
Registro Fotografico:
Fotos: Fernanda Monho
Levantado por:
Data:
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação: SANTA CASA DE MISERICÓRDIA
localização:
Rua Luiz Pinheiro Wernek, 64 - Bairro Centro (Pç Barão
Campo Belo)
Época da construção:
Código de identificação: VAS-CF-U01-03
Município: VASSOURAS - 1º DISTRITO
VASSOURAS
mapa de localização:
Séc. XIX (1848 a 1853)
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
Uso original/uso atual:
Hospitalar/ asilo (Asilo Barão do Amparo)
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Processo n.º 566-T, Inscrição n.º 18, Livro Arqueológico,
Etnográfico e Paisagístico, fls. 4. Data: 26.06.1958.
Propriedade
Privada
Situação e ambiência:
Encontra-se localizada no entorno da praça Barão de Campo Belo, em cota elevada, com vista privilegiada pela paisagem formada
pela praça e pelo casario localizado em seu entorno. Apresenta testada voltada para o passeio, em lote regular sem afastamentos.
Preserva ainda sua ambiência e está em perfeita harmonia com a paisagem natural e edificada de seu entorno imediato.
Foto: Fernanda Monho
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
A Santa Casa de Misericórdia é uma extensa construção térrea, que por estar situada em declive, possui porão habitável, de área
menor que o pavimento térreo. No eixo simétrico, localiza-se a porta de entrada, tendo sete janelas de cada lado. Todos os vãos
são em verga reta e emoldurados.
As extremidades da construção são acentuadas por cunhais bem marcados. O telhado é em telhas coloniais, terminando em beiral
e cimalha. Em seu terreno ainda encontramos o Jardim memorial, último projeto do arquiteto paisagista Roberto Burle Max,
realizado em 1991. Revitaliza um importante marco representativo da presença histórica da colônia israelita em Vassouras, no séc.
XIX.
Informações históricas:
Em 1848 deu-se o lançamento de sua pedra fundamental, sendo inaugurada em 1853. Fundada como Santa Casa de Misericórdia e
Hospital Nossa Senhora da Conceição, atualmente é o abrigo Barão do Amparo.
Existe na área pertencente ao asilo, os túmulos de dois judeus, os únicos enterrados em solo cristão até hoje registrados no mundo.
Os historiadores Egon e Frieda Wolff resgataram a trajetória dos dois titulares das matzeivas encontradas: Benjamim Benatar e
Mujilof Levy.
Fontes:
- http://turismo-rj.com.br/rt-ciclodocafe.html, consultado em out/ 2003.
- http://www.cidadedevassouras-rj.kit.net/acesso.html, consultado em out/ 2003.
Registro Fotografico:
Foto retirada do site www.cidadedevassourasrj.kit.net/acesso.html, em out/ 2003.
Levantado por:
Data:
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação: PREFEITURA E CÂMARA MUNICIPAL
localização:
Código de identificação: VAS-CF-U01-04
Rua Barão de Capivari, nº 20 - Bairro Centro (Pç Barão de Município: VASSOURAS - 1º DISTRITO
Campo Belo)
VASSOURAS
Época da construção:
mapa de localização:
Séc. XIX (1849 a 1874)
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
Uso original/uso atual:
Institucional/ institucional
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Processo n.º 566-T, Inscrição n.º 18, Livro Arqueológico,
Etnográfico e Paisagístico, fls. 4. Data: 26.06.1958.
Propriedade
Pública
Situação e ambiência:
O prédio da Prefeitura e Câmara Municipal, que ocupa o antigo prédio da Casa de Câmara e Cadeia, tem duas fachadas
importantes, sendo uma para praça Barão de Campo Belo e outra para a praça Eufrásia Teixeira Leite.
Preserva sua ambiência e paisagem natural de seu entorno em perfeita sintonia com o patrimônio arquitetônico e paisagístico de
seu entorno.
Foto: Fernanda Monho
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
A fachada principal, voltada para a Praça Barão de Campo Belo, tem como elemento central uma galeria, sacada com quatro
colunas monolíticas, que se apóia sobre o embasamento que constitui o pavimento térreo e que apresenta, sobre o entablamento,
frontão relevado apenas de platibanda corrida.
Informações históricas:
Construído pela Direção de Obras Públicas da Província, a partir de 1849, para servir a Casa de Câmara e Cadeia, tendo sido
concluído em 1874. Em 1934, a Coletoria, o Júri e a Cadeia foram transferidos para o prédio do Fórum, ficando o Paço Municipal
para uso exclusivo da Prefeitura e Câmara Municipal.
Fontes:
- http://turismo-rj.com.br/rt-ciclodocafe.html, consultado em out/ 2003.
- http://www.cidadedevassouras-rj.kit.net/acesso.html, consultado em out/ 2003.
Registro Fotografico:
Fotos: Fernanda Monho
Levantado por:
Data:
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação: CASA DA HERA
localização:
Código de identificação: VAS-CF-U01-05
R. Dr. Fernandes Junior, 160 - Centro
Município: VASSOURAS - 1º DISTRITO
VASSOURAS
Época da construção:
mapa de localização:
Séc. XIX (1820)
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
Uso original/uso atual:
Residencial/ institucional (Museu Eufrásia Teixeira Leite)
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Processo n.º 459-T, Inscrição n.º 292, Livro histórico, fls. 49.
Data: 21.05.1952.
Propriedade
Pública
Situação e ambiência:
Ao final da Ladeira Dr. Fernandes Junior, encontra-se o portão de entrada da Casa da Hera. Cercada por jardim, apesar de estar
inserida no centro histórico de Vassouras, a tranqüilidade impera. Árvores frutíferas dão as boas vindas a quem chega a casa,
atualmente utilizada como Museu.
Está situada sobre uma elevação do terreno, dominando toda a cidade em relação a qual está numa situação privilegiada.
Foto: Flávia Antunes
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
Construção da primeira metade do século XIX, tendo sua parte externa das paredes de pau-a-pique coberta de hera. De estilo
colonial, foi ao longo dos anos ganhando um toque refinado na decoração devido à ascensão de seu proprietário, incorporando
elementos influenciados pela Corte e enriquecendo cada vez mais seu acervo.
A casa é térrea e ampla. São vinte e um cômodos dispostos num plano em forma de retângulo vazado no centro por um pátio e
conta com um anexo de serviço mais elevado. Seu piso é em pinho de riga e jacarandá. Ao longo de todas as paredes distribui-se
simetricamente janelas de vergas retas e folha guilhotina. Na parte frontal ao centro, se acha a porta de entrada, de madeira
almofadada, cujo acesso se faz por dois lances de escada de pedra. As cimalhas das fachadas são em madeira e servem de apoio
aos beirais do telhado.
O recheio da casa é característico de interiores neo-clássicos típicos da Corte, sendo a maioria das peças de procedência européia,
sobretudo francesa. Arandelas douradas a fogo com mangas de cristal da Boemia, quadros sobre a família de D. Eufrásia Teixeira
Leite, móveis de jacarandá, na sala de negócios; mobiliário de jacarandá, mapas do Brasil de 1835 e 1846, no escritório; móveis de
quarto em jacarandá, nas alcovas; arandelas, pinturas e fotos com molduras de madeira douradas a fogo, nos corredores; arandelas
sanefas de madeira dourada, cortinas de damasco, lustre de cristal, porcelana de murano, relógio de bronze, espelho com moldura
Luis XVI de gesso folheado a ouro, na sala de recepção.
Grande parte da casa apresenta suas paredes revestidas de papéis, alguns em excepcional qualidade e beleza como o da sala de
jantar, salão de recepção e baile, sala comercial e vestíbulo. Esta casa de chácara é um dos mais expressivos exemplares de
residência senhorial dos áureos tempos do café.
Informações históricas:
O primeiro dono do imóvel foi Ezequiel Araújo (Padilha), cavaleiro da Ordem Rosa. Em 1820 a casa pertencia a Francisco José
Teixeira Leite, Barão de Itambé e em 1866 Joaquim José Teixeira Leite herdou a propriedade de seu pai que faleceu em 1872,
deixando-a para dona Eufrásia Teixeira Leite.
Em 1930, por testamento, com destinação a museu, o imóvel foi doado por Dona Eufrásia à Irmandade das Missionárias do
Sagrado Coração de Jesus. Permaneceu fechado entre 1930 e 1950, o que levou a sua parcial destruição.
Em 1952, o prédio e seus pertences foram tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Entre 1961 e 1970
houve reformas no telhado e na cozinha, além da construção da casa do vigia. De 1970 a 1976 várias modificações foram feitas no
sentido de conservar o imóvel em suas linhas originais pelo IPHAN, como por exemplo a restauração do forro e das platibandas, e a
transformação de um quarto em banheiro.
Entre seus habitantes ilustres, destaca-se a filha caçula de Dr. Joaquim José Teixeira Leite, Eufrásia Teixeira Leite – figura de
personalidade forte, habituada ao requinte de Paris, onde viveu a maior parte do tempo -, que se tornou um dos personagens
marcantes da história de Vassouras. Ao morrer, em 1930, Eufrásia doou a entidades filantrópicas os seus bens, entre eles a Casa
da Hera.
Informações complementares:
Sob o ponto de vista histórico, as peças mais importantes encontram-se na sala de negócios e no escritório, sendo uma delas a
mesa onde Dom Pedro II assinou o tratado da estrada de ferro, hoje Central do Brasil.
Fontes:
- Inventário dos Bens de Interesse Histórico e Artístico do Estado do Rio de Janeiro - INEPAC. Helio Carlos de Almeida, Ana Maria
Serpa Pinto, Katia Lucia Pereira Valente, Antonio Fernandes Simon, Marilda Correa Ciribelli, dezembro/ 1976.
- http://srv1lx.6sr.iphan.gov.br/, consultado em out/ 2003.
Registro Fotografico:
Foto: Flávia Antunes
Levantado por:
Data:
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação: CASA DE CULTURA PRESIDENTE TANCREDO NEVES
localização:
Código de identificação: VAS-CF-U01-06
Rua Custódio Guimarães, nº 65 - Bairro Centro (Pç Barão Município: VASSOURAS - 1º DISTRITO
Campo Belo)
VASSOURAS
Época da construção:
mapa de localização:
Séc. XIX (1868)
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
Uso original/uso atual:
Residencial/ institucional
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Processo n.º 566-T, Inscrição n.º 18, Livro Arqueológico,
Etnográfico e Paisagístico, fls. 4. Data: 26.06.1958.
Propriedade
Pública
Situação e ambiência:
Situada na lateral esquerda da Praça Barão de Campo Belo, encontra-se em acentuado declive. Forma conjunto de relevância
arquitetônica e histórica para a cidade de Vassouras, juntamente com a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, o Chafariz
Monumental, o prédio da Prefeitura, o Solar do Barão de Itambé, entre outros.
Foto retirada do site www.cidadedevassourasrj.kit.net/acesso.html , em out/ 2003.
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
Construção em dois pavimentos, com trabalho em alto relevo marcando o primeiro pavimento. Os vãos de portas e janelas diferem
conforme o pavimento, sendo vão em verga reta no primeiro e com influência neogótica no segundo. Ambos, no entanto,
apresentam bandeiras envidraçadas com belíssimo desenho.
Na fachada principal do segundo pavimento, sacada corrida com guarda-corpo de ferro. O telhado em telhas coloniais é escondido
pela platibanda.
Informações históricas:
Construção de 1868, pertenceu ao Tenente Francisco José Teixeira de Souza e posteriormente ao Barão de Itambé. Atualmente
pertence a Prefeitura Municipal de Vassouras. Em 1872, foi fundada a Biblioteca Municipal, localizada na Casa de Cultura. Em
1959, passa a ter o nome do ex-prefeito Maurício Lacerda.
Residente em Vassouras, aqui viveu com seus filhos, entre eles, Carlos Lacerda. Tem como coleções principais os Almanaques e
os Anais da Câmara e do Senado, do século XIX, além de livros e periódicos, perfazendo um total de 22.000 títulos.
Fontes:
- www.cidadedevassouras-rj.kit.net/acesso.html, consultado em out/ 2003.
- http://turismo-rj.com.br/rt-ciclodocafe.html
Registro Fotografico:
Levantado por:
Data:
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação: ESTAÇÃO FERROVIÁRIA
localização:
Código de identificação: VAS-CF-U01-07
Praça Martinho Nóbrega, s/ nº - Bairro Centro
Município: VASSOURAS - 1º DISTRITO
VASSOURAS
Época da construção:
mapa de localização:
Séc. XX (1912)
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
Uso original/uso atual:
Estação ferroviária/ institucional
Categoria:
Arquitetura ferroviária
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma
Propriedade
Privada
Situação e ambiência:
Foto: Flávia Antunes
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
Construção térrea em tijolo aparente, cujas fachadas principal e posterior têm nas laterais portas em folha dupla de madeira,
ladeada por duas pilastras, encimadas por frontão triangular, em cujo centro encontra-se um óculo. Na parte central, seqüência de
04 janelas e porta central. Acima destes vãos, meia água sustentada por mãos francesas. No eixo de simetria, ergue-se uma torre
com quatro ornatos nas extremidades e relógio em cada face.
Informações históricas:
Inaugurada em 1912 pelo então Presidente da República, Marechal Hermes da Fonseca, ficou ao abandono depois da extinção do
ramal. Adquirida pela Fundação Severino Sombra da Rede Ferroviária Federal, foi recomposta em sua beleza antiga, tornando-se
sede de sua presidência da, agora, Universidade Severiano Sombra.
Fontes:
- http://turismo-rj.com.br/rt-ciclodocafe.html, consultado em out/ 2003.
Registro Fotografico:
Fotos: Flávia Antunes
Levantado por:
Data:
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação: PALACETE BARÃO DE ITAMBÉ
localização:
Código de identificação: VAS-CF-U01-08
Rua Barão do Tinguá, 3 - Bairro Centro
Município: VASSOURAS - 1º DISTRITO
VASSOURAS
Época da construção:
mapa de localização:
Séc. XIX (1848 a 1849)
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
Uso original/uso atual:
Residencial/ s/ inf.
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Processo n.º 566-T, Inscrição n.º 18, Livro Arqueológico,
Etnográfico e Paisagístico, fls. 4. Data: 26.06.1958.
Propriedade
Privado/
Situação e ambiência:
O Palacete está localizado no entorno da praça Barão de Campo Belo, em um terreno regular, com pequena declividade. Não
apresenta afastamentos frontal e lateral, com fachada voltada diretamente para o passeio.
A vegetação existente no passeio interfere na leitura do prédio. Entretanto, apresentas-se em harmonia com o conjunto
arquitetônico presente no entorno da praça.
Foto: Fernanda Monho
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
Suntuosa construção assobradada, com cobertura em telha canal, de pé direito elevado. No sobrado, na parte central, amplo salão
com três portas que se abrem para varanda corrida com guardo - corpo de ferro e belos desenhos nas vidraças das portas. O
pavimento térreo, mais longo que o sobrado, possui cinco janelas. Lateralmente, à sua direita, pórtico de entrada para a chácara
com portão de ferro robusto e desenho elegante, encimado por frontão partido que tem ao centro uma gárgula de louça.
Informações históricas:
Edificado entre 1848 e 1849, pertenceu inicialmente a José Joaquim Botelho, sendo depois adquirido pelo Barão de Itambé.
Fontes:
- http://turismo-rj.com.br/rt-ciclodocafe.html, consultado em out/ 2003.
Registro Fotografico:
Fotos: Fernanda Monho
Levantado por:
Data:
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação: PRAÇA SEBASTIÃO LACERDA E CHAFARIZ D. PEDRO
Código de identificação: VAS-CF-U01-09
II
localização:
Praça Sebastião Lacerda
Município: VASSOURAS - 1º DISTRITO
VASSOURAS
Época da construção:
mapa de localização:
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
Uso original/uso atual:
Público/ público
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Processo n.º 566-T, Inscrição n.º 18, Livro Arqueológico,
Etnográfico e Paisagístico, fls. 4. Data: 26.06.1958.
Propriedade
Pública
Situação e ambiência:
Pequena praça, localizada aos fundos da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição. Sua forma triangular é circundada por ruas
de paralelepípedo e calçamento de pé de moleque. Em um de seus lados, aléia de frondosas árvores, protege a praça.
No lado oposto a este, encontra-se o Chafariz D. Pedro II. Seguindo a rua Barão do Tinguá até o final, chega-se ao cemitério, onde
estão os mausoléus de personalidades importantes para a cidade de Vassouras.
Foto: Fernanda Monho
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
O chafariz é em cantaria lavrada. Possui tanque, com duas torneiras localizadas em um painel vertical que se eleva entre pilastras,
até uma cimalha, que, por sua vez, serve de apoio a uma curva central e pináculos laterais. Outrora, abaixo da cimalha, existia um
lampião com estrutura de ferro fundido.
Inaugurado em 1848 no aniversário do Imperador D. Pedro II, que doou dinheiro para a sua realização, quando da sua visita a
Vassouras em 1840, ocasião em que se sugeriu a construção do chafariz.
Fontes:
- http://turismo-rj.com.br/rt-ciclodocafe.html, consultado em out/ 2003.
Registro Fotografico:
Fotos: Fernanda Monho
Foto retirada do site http://turismo-rj.com.br/rtciclodocafe.html, em out/ 2003.
Levantado por:
Data:
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação: RESIDENCIA BARÃO DO AMPARO
localização:
Rua Presidente Vargas, s/nº - Bairro Centro
Código de identificação: VAS-CF-U01-10
Município: VASSOURAS - 1º DISTRITO
VASSOURAS
Época da construção:
mapa de localização:
Início séc. XIX
Estado de conservação/ grau de caracterização:
Ruína
Uso original/uso atual:
Residencial/ sem uso
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma
Propriedade
Privada
Situação e ambiência:
Localizado em uma elevação, o que propicia uma visão privilegiada da cidade, lhe conferindo grande imponência. Possui ao seu
redor árvores, e no entorno, residências. Encontra-se abandonado, com mato à volta, onde outrora estavam os jardins desenhados
por Glaziou.
Foto: Fernanda Monho
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
O partido em planta do palacete tomou a forma de um quadrilátero, sendo que cada uma das fachadas é cópia de diferentes
palacetes que o Barão viu e apreciou na Europa. Algumas de suas paredes tem 70 cm de espessura. Suas dimensões internas são
amplas, medindo a sala de jantar 12 metros por 10 metros.
O prédio obedece as linhas estilísticas do ecletismo, mas sem obedecer totalmente as estilo neoclássico, pois entre outras coisas, a
platibanda não é característica desse estilo, embora a cornija, os frontões e a modenatura o sejam. Era construção suntuosa tanto
externa quanto internamente.
Informações históricas:
Joaquim Gomes Leite de Carvalho, o 2º Barão do Amparo, comprou as terras onde se erguia o palacete do Barão do Tinguá, em
1884. Nessas terras, fez construir pelo engenheiro Dr. José de Magalhães o atual palacete, terminado em 1886, tendo o Barão
gasto em sua construção mais ou menos 300 contos de réis.
Um dos irmãos do Barão do Amparo é o Barão do Rio Negro, que possui em Petrópolis o maginífico palácio do Rio Negro na Av.
Koeler.
Fontes:
- Inventário dos Bens de Interesse Histórico e Artístico do Estado do Rio de Janeiro - INEPAC. Sem referência de inventariante,
s/data.
- http://turismo-rj.com.br/rt-ciclodocafe.html, consultado em out/ 2003.
Registro Fotografico:
Foto: Fernanda Monho
Levantado por:
Data:
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação: SOLAR DO BARÃO DO RIBEIRÃO
localização:
Rua Barão de Vassouras, nº 43 - Bairro Centro
Código de identificação: VAS-CF-U01-11
Município: VASSOURAS - 1º DISTRITO
VASSOURAS
Época da construção:
mapa de localização:
Séc. XIX (1860)
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
Uso original/uso atual:
Residencial/ institucional (Paço Municipal)
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Processo n.º 566-T, Inscrição n.º 18, Livro Arqueológico,
Etnográfico e Paisagístico, fls. 4. Data: 26.06.1958.
Propriedade
Púbica
Situação e ambiência:
O Solar do Barão do Ribeirão tem a sua frente a praça Barão de Campo Belo e ao fundo a Igreja N. Sra. Da Conceição. Atualmente
funciona neste local o Fórum.
Foto retirada do site
http://www.cidadedevassourasrj.kit.net/acesso.html, em out/ 2003.
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
De feição neoclássica, apresenta na fachada principal, no térreo, seqüência de 6 janelas e porta central. Nas laterais do edifício,
pórtico em cantaria com portão de ferro. No andar superior, pilastras coríntias, que intercalam 7 janelas com balcão.
Acima do entablamento, pesada platibanda com frontão ao centro. No alto desta, dispõem-se estatuetas de louça. Interior muito
modificado, inclusive no que diz respeito à escada central. Verdadeira construção urbana do ciclo de café tem pomposo interior que
serviu a inúmeras recepções.
Informações históricas:
Construída em 1860 para residência do Barão do Ribeirão, que passou por testamento a seu filho, o Visconde de Cananéia. Serviu
de instalação ao Hotel Cananéia em 1895, vindo ser depois cadeia do Município e o Fórum Vassouras.
Fontes:
- http://www.bbsvp.com.br/pmvrj/turis.html, consultado em out/ 2003.
- http://www.cidadedevassouras-rj.kit.net/acesso.html, consultado em out/ 2003.
Registro Fotografico:
Levantado por:
Data:
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação: SOLAR BARÃO DE VASSOURAS
localização:
Rua Athayde Parreira, nº 15 – Bairro Centro
Código de identificação: VAS-CF-U01-12
Município: VASSOURAS - 1º DISTRITO
VASSOURAS
Época da construção:
mapa de localização:
Séc. XIX
Estado de conservação/ grau de caracterização:
ruim
Uso original/uso atual:
Residencial/ s/ inf.
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Processo n.º 566-T, Inscrição n.º 18, Livro Arqueológico,
Etnográfico e Paisagístico, fls. 4. Data: 26.06.1958.
Propriedade
Privada
Situação e ambiência:
Situado à mesma rua que o Solar do Barão do Ribeirão, também tem a sua frente a praça Eufrásia Teixeira Leite e o prédio da
Prefeitura e Câmara Municipal. Está implantado em um lote regular, com testada voltada para o passeio, sem afastamentos. Sua
leitura é prejudica devido as inúmeras árvores localizadas no passeio, que obstruem a fachada principal do edifício.
Foto: Fernanda Monho
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
A casa, extensa construção de um só pavimento, de esquina, com porão alto, apresenta na fachada principal seqüência de janelas e
portas em vão de verga reta, com folhas em guilhotina e vidro. É encimada por robusta platibanda balaustrada, assentada sobre a
cimalha, conferindo uma feição pesada.
Possui planta em "U", com pátio ao centro, para o qual as salas íntimas da residência se abrem através de porta e janelas
envidraçadas com verga em arco pleno.
Informações históricas:
Construção do século XIX, pertenceu a Francisco José Teixeira Leite, Barão de Vassouras e recentemente foi vendida pelos
herdeiros a um empresário, que no seu porão, montou a danceteria Porão II. Nesta residência foi assinado pelo Imperador o
contrato para a construção da Estrada de Ferro D. Pedro II.
Informações complementares:
- http://turismo-rj.com.br/rt-ciclodocafe.html, consultado em out/ 2003.
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação: SOLAR BARÃO DE MASSAMBARÁ
localização:
Rua Dr. Joaquim Teixeira Leite, nº 23 - Bairro Centro
Código de identificação: VAS-CF-U01-13
Município: VASSOURAS - 1º DISTRITO
VASSOURAS
Época da construção:
mapa de localização:
Séc. XIX
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
Uso original/uso atual:
Residencial/ institucional
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Federal - Processo n.º 566-T, Inscrição n.º 18, Livro
Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico, fls. 4. Data:
26.06.1958; Estadual - Processoo n.E-18/300 014/85
Tombamento Definitivo - Data: 06.09.90
Propriedade
Privada/ Fundação Universitária Severino Sombra
Situação e ambiência:
O solar do Barão de Massambará está implantado em um lote regular de esquina, que tem sua testada voltada para o passeio. Seu
acesso acontece pela rua Joaquim Teixeira Leite, que neste trecho é fechada para o tráfego de veículos, ficando caracterizada
como de pedestres.
Foto: Fernanda Monho
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
Edificação de dois pavimentos e porão habitável, de partido originalmente retangular, sem afastamento frontal. Na fachada principal,
para a rua Dr Joaquim Teixeira Leite, abrem-se oito vãos em cada pavimento,com verga reta. Os vãos têm fechamento duplo de
caixilho com vidro por fora e opaco de madeira por dentro. No primeiro pavimento, as janelas encaixilhadas são de guilhotina e, no
segundo, as portas-janelas dão acesso a uma sacada corrida ao longo de toda a fachada. Faltam-lhe as folhas externas.
A fachada é encimada por um entablamento simplificado e ladeada por cunhais que, no térreo são de cantaria. Um portão de ferro,
ladeado por dois pilares coroados por lampiões, ao lado do edifício dá acesso ao quintal. Nos dois pavimentos da fachada lateral
abrem-se janelas semelhantes às do térreo da fachada principal e que foram reproduzidas com bastante fidelidade para os vãos do
acréscimo.
A fachada posterior do prédio original teve sua paginação muito prejudicada pelo acréscimo recente que a não respeitou.
Internamente, a planta baixa da parte antiga não apresenta modificações substanciais à exceção de uma varanda aos fundos, que
dá acesso a parte nova do prédio; e do tablado e mais modificações que transformaram o salão do segundo pavimento em auditório.
Informações históricas:
Um dos grandes patriarcas era dono da fabulosa fazenda Cachoeira, José de Avelar Almeida (futuro Barão do Ribeirão), que tinha
entre seus 13 filhos: Marcelino de Avelar e Almeida (mais tarde Barão de Massambará). O barão, tendo fazenda e engenho, possuía
também um local de moradia no núcleo da cidade, sobre a qual não se tem dados de seu construtor ou data de construção. No
entanto, sabe-se que até 1874 o solar foi moradia dos barões de Massambará.
Neste ano, desejando vende-la, deu o Barão o preço de 25$000,00 (vinte e cinco contos de réis); fez-se uma subscrição pública
para compra-l-o com o fito de instalar a primeira escola pública do município. A contribuição pública conseguiu 23$000,00, o Barão
não cedeu, o Governo da Província completou então com os 2$000,00 e ficou o imóvel sendo de sua propriedade com o gravame
de uso exclusivamente educacional.
A escola que então se constituiu levou o nome de um médico vassourense, Tiago Costa. Foi utilizado como escola durante mais ou
menos oitenta anos. Apesar do gravame, o prédio foi abandonado e se foi arruinando a sua cessão ao DNER, que o ocupou por
catorze anos, até 1968, quando foi cedida pelo Estado à Fundação Educacional Severino Sombra.
Após uma série de obras de consolidação, recuperação e ampliação, instalou-se a Faculdade de Medicina em 4 de março de 1969.
Atualmente nele funciona a Fundação Universitária Severino Sombra, que em reforma recente acresceu ao prédio dois blocos aos
fundos.
Fontes:
- Inventário dos Bens de Interesse Histórico e Artístico do Estado do Rio de Janeiro - INEPAC. Marina E. Jacobina Vasconcellos,
Gustavo Rocha Peixoto, janeiro/ 1985.
- http://turismo-rj.com.br/rt-ciclodocafe.html, consultado em out/ 2003.
- http://www.cidadedevassouras-rj.kit.net/acesso.html, consultado em out/ 2003.
Registro Fotografico:
1º pavimento - Planta retirada do Inventário de bens do
INEPAC.
2º pavimento - Planta retirada do Inventário de bens do
INEPAC.
Foto retirada do site http://www.cidadedevassourasrj.kit.net/acesso.html, em out/ 2003.
Levantado por:
Data:
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação: CENTRO HISTÓRICO DE BARÃO DE VASSOURAS
Código de identificação: VAS-CF-U02-00
localização:
Município: VASSOURAS - 2º DISTRITO BARÃO
DE VASSOURAS
Época da construção:
mapa de localização:
Estado de conservação/ grau de caracterização:
Uso original/uso atual:
Povoado / cidade
Categoria:
Patrimônio Arquitetônico e Paisagístico
Proteção existente/ proposta:
Nenhum
Propriedade
Imóveis públicos e privados
Situação e ambiência:
O município de Vassouras localiza-se no médio Paraíba, região fluminense e tem como municípios limítrofes Paty do Alferes, Miguel
Pereira, Engenheiro Paulo de Frontin, Mendes, Barra do Piraí, Valença e Paraíba do Sul. O 1º distrito, de mesmo nome do
município, dista 161 Km do Rio de Janeiro e 22 Km de Barra do Piraí. Seu principal acesso se dá pela BR 393.
Vista geral da Praça Barão de Campo Belo.
Foto: Flávia Antunes.
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação: IGREJA DE SÃO SEBASTIÃO
Código de identificação: VAS-CF-U02-01
localização:
Município: VASSOURAS - 2º DISTRITO BARÃO
DE VASSOURAS
Época da construção:
mapa de localização:
Estado de conservação/ grau de caracterização:
Uso original/uso atual:
Religioso/ religioso
Categoria:
Arquitetura Religiosa
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma
Propriedade
Particular/
Situação e ambiência:
Foto: Flávia Antunes
Registro Fotografico:
Foto: Flávia Antunes
Levantado por:
Data:
Revisado por:
Data: