como fonte de vida
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como fonte de vida
Ano 5 - JUNHO/JULHO 2009 Págs. 12 e 13 Pág. 8 Págs. 10 e 11 Música como fonte de vida Cooperado Marcelo Piraino apostou no talento musical e fez carreira na Ospa, onde já tocou ao lado de grandes nomes, como Pavarotti e Michel Legrand CRESCIMENTO planejado Banricoop ultrapassa os 4.000 cooperados entrevista Presidente da OCB, Márcio Freitas, destaca o cooperativismo como alternativa de desenvolvimento social Perfil Avaliação cuidadosa dos pedidos de crédito A cada manhã, a Sala de Reuniões da Ban- ricoop é ocupada por Carta do leitor rs pa o d a er a coop ultado d s o s s Todo m do re a re ticip erativa? Aleg p o o t r o C Po es m o ta G Mar uma equipe com uma missão especial: analisar as solicitações de crédito dos cooperados. O Comitê de Crédito da Cooperativa avalia, em média, entre O diretor administrativo Antônio Brasil Medeiros Silva, a gerente Miriam e o diretor financeiro Elson Derin Gewehr em reunião do Comitê 15 e 30 propostas de empréstimos e financiamentos por dia. Os casos que chegam até o grupo são os que ultrapassam a alçada dos gestores. As reuniões contam com no mínimo três participantes, membros da diretoria e da gestão da Cooperativa, que estudam detalhadamente cada solicitação. Eles analisam o histórico de relacionamento, as condições da operação, o cadastro e o enquadramento Sim. Existem duas formas de participação. A primeira se refere aos juros pagos sobre o capital médio, que é repassado a todos os cooperados. A outra ocorre através da realização de operação de crédito ou aplicações. Ao final do ano, as sobras são apuradas e, posteriormente, a Assembleia Geral Ordinária (A.G.O.) define de quanto será o retorno sobre cada tipo de operação. do cooperado. As propostas podem ser aprovadas ou entrar em exigências de documentos ou mesmo reforço de garantia, como apresentação de avalista. Quando a solicitação extrapola os dispositivos regulamentares ou compromete a renda do cooperado, o crédito é indeferido. Escreva para a Mais do que se preocupar com os recursos da instituição, o Comitê resguarda o cooperado. “Procuramos evitar uma bola de neve de endividamento. Uma negativa, às vezes, tem o intuito de ajudar”, diz a gerente executiva da Banricoop, Miriam Cechin da Silva. Essa avaliação detalhada faz da Cooperativa uma instituição de ótima saúde financeira. No ano passado, a inadimplência estava em 0,9%. Este ano, caiu para menos de 0,5%, enquanto a média nacional no sistema financeiro é superior a 8%, de acordo com o Banco Central. Pergunte, sugira, dê palpites e ajude a fazer a sua revista. [email protected] Conexões Banricoop Programa da Banricoop conquista destaque em inovação O Programa Ideias de Futuro da Banri- O consultor de gestão da Banricoop, Maximilia- coop é exemplo de inovação para outras no Carlomagno, salienta que o programa dá aos instituições e empresas. O projeto foi cooperados um grande potencial de transformar o reconhecido como um caso de sucesso pela Esco- futuro da instituição. “Não se trata apenas de ouvi- la Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) e los, mas de abrir espaço para eles desenvolverem também será apresentado pela gerente executiva ideias de potencial inovador.” O case foi formatado da Cooperativa, Miriam Cechin, no 10º Congresso pelo consultor em parceria com o professor da Internacional da Gestão, que ocorre de 20 a 22 de ESPM Felipe Scherer. julho na Fiergs, em Porto Alegre. Na ESPM, a escolha foi feita por uma comissão nacional. Visto que o programa se destacou em critérios como relevância e bom resultado das Simulador de Aplicações to importante, que é a inovação”, avalia. A ideia do cooperado Cristiano Martyniak de Lima, da agência Canoas, está em desenvolvimento e deve ser implementada ainda este ano. Ele propôs um simulador de investimentos, que ficará disponível no site da Banricoop. Por meio da ferramenta, será possível estimar valores futuros de rentabilidade de alguma aplicação financeira oferecida pela Banricoop usando dados históricos. O Ideias de Futuro foi realizado em 2008 para esti- Cônsul da Banricoop mular os cooperados a proporem ações que visem ao A proposta do cooperado Sérgio Theodosio Gonçalves, da Infraestrutura, é eleger colegas do interior do estado para serem agentes da Banricoop. A partir de um treinamento, eles ficariam encarregados de fomentar o cooperativismo na região. A Banricoop estuda o possível formato e a estruturação jurídica para que a ideia seja colocada em prática. estratégias, ganhou um espaço na Central de Cases da instituição (www.espm.br, link “Publicações”). O professor coordenador da Central no Rio Grande do Sul, Roger Born, conta que o objetivo é possibilitar estudos de casos concretos. “O da Banricoop será muito estudado, pois contribui com um assun- desenvolvimento da Cooperativa. Foram escolhidas duas sugestões, que se tornaram parte dos projetos estratégicos da Banricoop para 2009 e cujos autores receberam iPhones como prêmios. 4 As ideias de futuro Gonçalves e Lima receberam prêmios de Miriam por sugestões criativas Visitas às agências divulgam atuação da Cooperativa H avia algo diferente aquele dia na agência Venâncio Aires. Faltava mais de uma hora para a abertura ao público, mas pessoas que não fazem parte do quadro de funcionários já circulavam internamente. Quando o gerente-geral Afonso Estêvão de Rezende Júnior chamou os funcionários para sentarem em círculo, os olhares ficaram ainda mais curiosos. O gerente explicou: tratava-se de uma visita da Banricoop. As visitas fazem parte das ações da Cooperativa para se aproximar dos banrisulenses do interior. Todos os meses, por duas semanas, o coordenador Gustavo entrega material sobre produtos e serviços da Banricoop na agência de Venâncio Aires da área comercial, Gustavo Bartz, pega a estrada e Em cada visita, promove um bate-papo em vai apresentar a instituição nas agências pelo Estado grupo, mostra como a Cooperativa funcio- afora. No dia em que foi a Venâncio Aires, 27 de na, apresenta produtos e serviços, expõe maio, estava acompanhado da redação da Conexão. taxas e tira dúvidas. Ele também reserva um tempo para conversas individuais, já Gustavo Bartz rodou cerca de 2.400 quilômetros que costuma ficar na agência durante todo apenas em maio – o equivalente a viajar de Porto o expediente. No dia de Venâncio Aires, Alegre ao Sul da Bahia de carro. Com isso, foi a 18 o coordenador da área comercial circulou agências e efetivou 97 cooperados. Entre as con- pelo banco das 8h30min às 17h. Dos quase quistas está a adesão de 100% dos funcionários das 30 funcionários, 19 preencheram no mes- agências de Pantano Grande e Minas do Leão. mo dia sua adesão à Banricoop. Se a sua agência ainda não foi visitada pela Banricoop e você gostaria de conhecer mais de perto o funcionamento da Cooperativa, entre em contato pelo e-mail banricoop@ banricoop.coop.br ou pelo telefone (51) 3216-1500. A impressão dos funcionários Ir pessoalmente às agências permite que a Banricoop perceba a impressão dos cooperados ou possíveis cooperados e conheça as necessidades de cada um. Na conversas em Venâncio Aires, os funcionários falaram de suas intenções e expectativas em relação à Cooperativa. Foi o caso de Marcelo Faccin (foto à esquerda). Como está há pouco no Banrisul, ele não conhecia a instituição, mas já tinha experiência como cooperado de crédito na empresa em que trabalhou anteriormente e foi um dos primeiros a preencher a adesão. “Fazer parte de uma cooperativa de crédito é uma experiência que só agrega. Eu sou um gastador e o desconto do capital em folha é uma maneira de poupar”, disse. O gerente adjunto da agência, Gilmar Antonio Belatto, também aderiu, mas com outra motivação. Ele explica: “As pessoas da Cooperativa são de credibilidade e o fato de a adesão não ter custos e tarifas é uma boa vantagem”. 5 Conexões Banricoop Diretores e conselheiros eleitos dão continuidade à evolução da Cooperativa A posse do Conselho de Administração/ crescimento, o fortalecimento e o planejamento Diretoria Executiva e do Conselho Fiscal estratégico. A transmissão dos cargos foi realiza- da Banricoop, eleitos para a próxima da em seguida, com a presença de cooperados, gestão, teve um discurso emocionado do Diretor- representantes de empresas parceiras, novos e Presidente Cirilo Augusto Thomas. Há mais de 20 ex-diretores e conselheiros. anos à frente da instituição, ele destacou a união e o esforço da equipe Banricoop, que vêm proporcionando uma grande evolução à Cooperativa. Gestão 2009/2012 “Faço parte deste time desde o final dos anos Conselho de Administração/ Diretoria Executiva viços é cada vez maior e melhor”, declarou. Presidente - Cirilo Augusto Thomas Diretor Administrativo - Antônio Brasil Medeiros Silva Diretor Financeiro - Elson Derin Gewehr Conselheiros Almir Dutra de Miranda, Artemino Raimundo Rosin, Hildor Ênio Faber e Jaime Sulzbach O evento de posse ocorreu no dia 22 de maio, Gestão 2009/2010 1980, mas ainda me sinto um jovem apaixonado no sentido de transformar a Banricoop. Estamos em processo permanente de evolução. Já são mais de 4 mil cooperados, e a oferta de produtos e ser- no Espaço Banricoop, na sede da Cooperativa. Conselho Fiscal Começou com uma apresentação para os dirigen- Conselheiros efetivos - Otilo José Plentz, Gilberto Souza Oliveira e Jorge Luiz Neves Conselheiros suplentes - Dalja Maria Bohn e Noeli Perinetto Pontel tes eleitos, quando a gerente executiva Miriam Cechin abordou o modelo de gestão, as ações de Foto: Marcelo Amaral 6 Presentes na posse: Faber, Sulzbach, Brasil, Thomas, Rosin, Oliveira, Gewer, Dalja, Plentz e Neves Planeje suas férias com as dicas da Banricoop V ocê já pensou para onde vai nas próximas Há um telefone e um e-mail exclusivo para esclare- férias? Os cooperados Banricoop podem cer dúvidas dos cooperados. Entre em contato pelo ir mais longe e com mais tranquilidade. (51) 3287-1900 ou convenio_banricoop@flytour. A Cooperativa, que já oferecia facilidades para o com.br e se informe. Sobre a Flytour, você pode financiamento de viagens, agora dispõe de profis- saber mais acessando o site www.flytour.com. sionais para ajudar no planejamento e na concretização dos passeios que você sempre sonhou. Em Conheça a Flytour parceria com a Flytour, uma das maiores empresas A Flytour tem a maior rede de agências de viagens de turismo do Brasil, a Banricoop dá dicas de do Brasil, é a quarta maior empresa de turismo no destinos, roteiros nacionais e internacionais e faz país (segundo o Anuário de Turismo Exame 2007) orçamentos comparativos. e a maior emissora de bilhetes aéreos da América Latina. Fundada em 1974, tem mais de 200 uni- Outras vantagens para os cooperados a partir da dades de negócios e 2 mil colaboradores. Há três parceria são a facilidade para informações e o anos, adquiriu as operações da American Express suporte para obter a documentação necessária para Business Travel no Brasil. Dispõe de pacotes, cru- sair do país – como passaporte e vistos consulares zeiros marítimos, reserva e emissão de passagens –, além da assessoria aeroportuária nos principais aéreas, reserva de hotéis, locação de carros, reserva aeroportos nacionais. de traslados e passeios. Roma, na Itália, é um dos grandes destinos turísticos mundiais 7 Conexões Banricoop Banricoop ultrapassa os 4.000 cooperados O mês de maio de 2009 ficará na história diz que leu o fôlder e a revista da instituição para da Banricoop. A Cooperativa chegou aos ficar por dentro de todas as vantagens. 4.000 cooperados – agora, já são mais de 4.100 –, com um bom crescimento no interior Outro impulso para a expansão da Cooperativa é do estado, que representa em torno de 35% do a divulgação feita pelos próprios cooperados, que quadro social. O desenvolvimento, no entanto, é usaram os produtos e os serviços e comprovaram planejado. A Banricoop busca a ampliação para se os benefícios. É o caso de Maria Andrea Tholozan tornar mais forte e oferecer cada vez mais bene- Kurtz, da agência Medianeira, de Santa Maria. fícios, porém não abre mão de manter o atendi- Cooperada há anos, ela faz questão de estimular mento personalizado e de se preocupar com as os colegas a entrarem para a Banricoop. “A Coope- necessidades e os objetivos de cada cooperado. rativa sempre me ajuda quando eu preciso fazer empréstimo ou quero aplicar dinheiro”, explica. E para chegar a essas conquistas, a instituição vem divulgando sua atuação com visitas às agências Kátia Scotton, da DG, é cooperada há 20 anos e Banrisul e se aproximando também dos familiares elogia: “A instituição está sempre inovando, bus- de funcionários do banco, destacando que eles cando parcerias que visam oferecer, além do bom podem obter as mesmas vantagens dos banrisu- atendimento, produtos e serviços de qualidade”. lenses ao se tornarem cooperados. Kátia apresenta a Cooperativa aos colegas, fornece o telefone de contato e recomenda a adesão. “Te- Foi numa visita da Banricoop que a cooperada nho orgulho de participar”, justifica. 4.000 fez a sua adesão. Iara Costa, da Unidade de Infraestrutura de Tecnologia da Direção-Geral Se você ainda não é cooperado e quer se informar (DG), conta que ingressou pensando no futuro. sobre a Banricoop, pode ligar para o “Com um pequeno valor mensal descontado em telefone (51) 3216-1500 ou acessar folha, faço uma poupança. Também posso adquirir o site www.banricoop.coop.br. produtos e ter baixas taxas de juros”, justifica. Ela A evolução com o passar dos anos 3.821 cooperados 3.003 cooperados 2.555 cooperados 2.355 cooperados 2005 2006 2007 2008 “Ingressei na Cooperativa pensando no futuro. Com um pequeno valor mensal, que é descontado do meu salário sem eu sentir, faço uma poupança”, declara a cooperada 4.000, Iara Costa Talento Cooperado A vida ao som de S entado junto à plateia de estudantes que assistia atenta a um concerto da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (Ospa), Marce- lo Bruno Piraino se viu envolvido por curiosidade, emoção e prazer. Com 15 anos, não imaginava que, passado algum tempo, ele estaria no palco, como integrante daquele espetáculo mágico. O hoje cooperado Marcelo Piraino, 45 anos, investiu na carreira de músico numa época em que as artes não eram tão bem vistas como profissão. Filho de bancários, servidores do Banrisul, preferiu as notas musicais às de dinheiro. A trajetória começou com um curso de flauta doce na Discoteca Pública Natho Henn, da Casa de Cul- “A música é uma fonte de prazer, um meio de vida e um agente formador em caráter, educação e conhecimentos gerais”, diz Marcelo Piraino tura Mario Quintana, durante as férias de julho do Ensino Médio. Um ano depois, passou na seleção aproximação com essa arte: “A música influencia o para a Escola de Música da Ospa (atual Conservató- modo de vida das pessoas e atualmente o acesso é rio Pablo Komlós) e, logo depois, no vestibular para fácil. Na internet, é possível encontrar muita coisa o bacharelado em Música na Universidade Federal boa e diversificada. Existem meios para buscar in- do Rio Grande do Sul (Ufrgs). formações. Não é preciso deixar a mídia controlar Ele também estudou clarinete baixo na Holanda, durante um ano, e ganhou uma bolsa para especialização de duas semanas na Itália. Toda essa dedicação se somou ao talento e ao gosto pelo que faz para abrir caminho ao sucesso profissional. Hoje, o músico, que toca clarinete baixo, comemora uma carreira de 20 anos na Ospa. A música tem sentidos diversos na vida de Piraino. “É uma fonte de prazer, um meio de vida e um agente formador em caráter, educação, conhecimentos gerais.” Por isso, ele aconselha a todos uma A Ospa A Ospa é a segunda orquestra mais antiga do país em atividades ininterruptas. Além dos Concertos Oficiais, que este ano ocorrem no Salão de Atos da Ufrgs, em Porto Alegre, faz apresentações pelo interior, atingindo um público anual médio de 100 mil pessoas. A Orquestra vai construir seu novo teatro, ao lado da Câmara Municipal da capital. Foto: Genaro Joner/Agência RBS as músicas que você vai ouvir”. um concerto O dia a dia de um músico O prazer e a realização que Marcelo Bruno Piraino No palco com Pavarotti e Legrand encontra na música compensam a correria do tra- Cada concerto é único. A reação do público, a interação, a emo- balho. A sua rotina é ocupada com ensaios quase ção... Em algumas cidades do interior, um concerto da Ospa é diários na Ospa, concertos durante a semana e aos um acontecimento singular. Por isso, as pessoas não hesitam sábados e domingos e ainda aulas de música. Pirai- em pedir autógrafos aos músicos, conta Marcelo Piraino. no é professor de clarinete e saxofone no município de Montenegro, na Fundação Municipal de Artes Também é especial quando a apresentação ocorre para crianças. (Fundarte) e em cursos da Universidade Estadual É o caso da Série Concertos Legais, realizada no Salão de Atos da do Rio Grande do Sul (Uergs). Ainda participa de Ufrgs. Os olhos vidrados e o entusiasmo da plateia de pequenos um projeto social em Campo Bom, a Orquestra de apreciadores tornam o momento ainda mais mágico. Sopro Eintracht, de formação de músicos. Mas dos milhares de concertos de que Piraino já participou, alMarcelo Piraino é casado com a professora de mú- guns têm lugar especial na memória. Como o do dia 14 de junho sica e musicista Cristina Bertore dos Santos e tem deste ano, com o pianista francês Michel Legrand, a cantora Pat- uma filha chamada Clara, de 10 anos, que já fre- ty Ascher e a harpista (e mulher de Legrand) Catherine Michel. quenta aulas de flauta doce. Outro ocorreu em 1998, no Beira-Rio, quando a Ospa acompanhou o tenor Luciano Pavarotti. A emoção começou na prepaPiraino em concerto com Michel Legrand, Patty Ascher e Catherine Michel ração e culminou no dia do espetáculo. “No cenário, havia colunas romanas de quase três metros de altura, de madeira. Num ensaio, bateu um vento Sul e uma das colunas, que eram montadas às pressas, foi caindo devagar”, lembra. Mas deu tempo de os músicos correrem e ninguém se machucou. Piraino conta que Pavarotti não participava desse ensaio e que quando o tenor ensaiou com a Orquestra, não foi nada simpático, além de cantar num tom muito baixo. “Ele queria poupar a voz. Só que na hora da apresentação para o público, meu Deus... Tive a sensação de estar com uma lenda.” Entrevista O cooperativismo de crédito vem colhendo os frutos de sua competência e capacidade de gerar ganhos sociais. Essas conquistas estão representadas no desenvolvimento do setor, no apoio crescente dos governos e, mais recentemente, na aprovação de uma legislação que regula o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo. Em entrevista à revista Conexão, o presidente do Sistema OCB – Organização das Cooperativas Brasileiras e do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), Márcio Freitas, faz um balanço dos últimos anos e destaca o potencial da cooperação como uma alternativa para superar momentos difíceis, como a crise financeira que se instalou no mundo desde o ano passado. “A cooperação é uma alternativa para sup Revista Conexão - Nos últimos dos benefícios do Sescoop, voltado para capacitação, anos, as cooperativas de crédito educação e profissionalização de dirigentes, cola- cresceram e ganharam apoio boradores e associados (Lei 11.524/07). Outro é a governamental no País. O que lei que adequou os planos de segurança das coo- está estimulando isso? perativas de crédito de forma compatível com suas Márcio Freitas – A atuação das estruturas (Lei 11.718/08). Soma-se ainda a liberação cooperativas em suas bases, onde do Programa de Capitalização de Cooperativas de promovem a circulação financeira e Crédito (Procapcred), que já disponibilizou R$ 600 geram riquezas, tem papel fundamen- milhões para o aumento do patrimônio e alavanca- tal nesses avanços. E vale destacar o papel das centrais, confederações e do gem de negócios, e, neste ano, a conquista histórica da Lei do Cooperativismo de Crédito (130/09). Sistema OCB. Que benefícios traz essa nova lei, que regula o SisteQuais são os princi- ma Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC)? pais avanços? Desde 1988, a Constituição Federal cita que o Sis- São muitos. tema Financeiro Nacional (SFN) e seus entes serão Um é a lei que regulados por leis complementares e, assim, após permitiu às 20 anos, o cooperativismo de crédito viu aprovada a cooperativas sua lei. Ela promove situações que dão consistência de crédito à verticalização, elevando a capacidade de ganhos participarem de escala e qualificação. Permite a ampliação dos e usufruírem mandatos de conselheiros fiscais e, por conse- “Com a organização das pessoas e a ajuda mútua, o cooperativismo pode melhorar a qualidade de vida dos seus associados e das comunidades” perar dificuldades” quência, maior otimização dos recursos e resultados. panham o crescimento médio do mercado e, por Prevê ainda proporcionalidade de votos em centrais vezes, são mais positivos. É o caso da carteira de e confederações. Enfim, potencializa um crescimento empréstimos que, em 2008, cresceu 36,7%, contra sustentado do cooperativismo de crédito. 28,2% dos demais atores do SFN. A concentração pode trazer implicações em qualquer mercado, e a Mas ainda há bandeiras do cooperativismo de crédi- livre concorrência, proporcionar ganhos aos usuários. to não contempladas? Como lutar por elas? Precisamos avançar em algumas questões, entre No atual cenário econômico do País e do mundo, o elas, a possibilidade de movimentação, pelas coo- que a essência da cooperação pode representar? perativas de crédito, dos recursos da União, estados Na abertura da Conferência Brasil-União Europeia, e municípios. No país, segundo o Banco Central, em maio, o presidente do Banco Central, Henrique tínhamos 2.199 municípios sem agência ou posto de Meirelles, citou o cooperativismo de crédito como atendimento bancário em 2008. Ou seja, quase 40% exemplo de disseminação do crédito e instrumento dos municípios brasileiros. O cooperativismo se faz de regulação de preços do mercado financeiro. Vejo presente em muitos deles e, com autorização, pode- que o cooperativismo, pela organização e ajuda ria gerir os recursos de tais comunidades, evitando mútua, pode melhorar a qualidade de vida de seus evasões de divisas e fortalecendo a economia. associados e das comunidades. Na Europa, no pósguerra, as cooperativas foram as grandes responsá- Como está o desempenho do sistema cooperativo veis pelo processo de reconstrução do continente. comparado com o do sistema financeiro tradicional? Neste momento de crise, mais uma vez, a coopera- A convivência entre eles é vista como saudável? ção se mostra uma alternativa inteligente para supe- Os indicadores do cooperativismo de crédito acom- rar dificuldades e promover o desenvolvimento. 13 Saúde Cuidado com o que você come no inverno C hega o frio e, com ele, a vontade de abusar recomendação científica de que se deva comer mais”. de chocolates quentes, fondues e outros Já o médico nutrólogo Luiz José Varo salienta que alimentos que aquecem, mas costumam algumas atitudes garantem o cuidado com a saúde ser recheados de gorduras e açúcares. Tem gente que em qualquer época do ano. “Coma de tudo sem se apoia na tese de que o organismo precisa de um comer tudo, reforce o consumo de frutas e verduras maior número de calorias no inverno para manter a e pratique exercícios”, recomenda. Varo lembra que temperatura, mas é bom saber que médicos e nutri- mesmo as gorduras têm seu papel no organismo. cionistas têm opiniões divergentes sobre o assunto. Quentes e saudáveis Todos os profissionais de saúde, no entanto, con- • Se o frio afasta a von- cordam com uma questão: exagerar nas comidas tade de comer saladas frias, gordurosas e esquecer os grandes fornecedores de consuma mais legumes vitaminas e minerais, que são as frutas e as verduras, cozidos, refogados, em sopas faz um grande mal para a saúde. e caldos. Para refogá-los, use panelas teflon, evitando o Segundo a nutricionista Cíntia dos Santos Costa, membro do Conselho Regional de Nutrição, sabe-se que o corpo requer mais calorias no frio, porém, a ciência ainda não determinou qual a necessidade exata. “Ao que tudo indica, não é tão alta a ponto de aumentar a quantidade de alimento ingerido”, alerta. Isso porque o mecanismo corporal humano é bem óleo. Porém, os vegetais crus não devem sair por completo do prato. • Para cozinhar os vegetais e evitar que eles percam as fibras, aqueça a água primeiro e somente após acrescente os alimentos. Lembre-se de que brócolis, repolho, couve e couve-flor ficam prontos com apenas um “banho” de água quente. regulado e ajustável, explica o médico endocrinolo- • A ingestão de líquidos é muito importante. gista Fernando Gerchman, dos hospitais Moinhos Chás, sopas e caldos podem entrar no cardápio, de Vento e de Clínicas. Ele afirma: “Não conheço mas não se esqueça da água natural. SOPA CREMOSA DE ABOBRINHA Ingredientes: 14 1 colher de sopa de manteiga light 100g de alho-poró em fatias 500g de abobrinhas cortadas em pedaços 1 xícara de agrião Orégano e sal a gosto Sugestão: nutricionista Cíntia dos Santos Costa Modo de preparo: Em uma panela, refogue rapidamente na manteiga o alho-poró, a abobrinha e junte o agrião. Tempere com orégano e sal. Assim que ferver, tampe a panela e aguarde sete minutos. Deixe a mistura esfriar um pouco e passe-a no liquidificador até obter a consistência cremosa. Aqueça novamente e sirva acompanhada de torradinhas. Ano 5 - Edição JUNHO/JULHo 2009 Órgão oficial da Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo dos Empregados do Banrisul. Praça da Alfândega, 12 - Sala 301 - Porto Alegre/RS Fone: (51) 3216.1500 E-mail: [email protected] Site: www.banricoop.coop.br Ouvidoria: 0800.707.6051 CNPJ: 92.935.741/0001-82 Conselho de Administração Diretor-Presidente: Cirilo Augusto Thomas Diretor Administrativo: Antônio Brasil Medeiros Silva Diretor Financeiro: Elson Derin Gewehr Conselheiros: Almir Dutra de Miranda, Artemino Raimundo Rosin, Hildor Ênio Faber e Jaime Sulzbach Execução: Lig Comunicação www.ligcomunicacao.com.br Jornalista responsável: Jorge Lopes (MTb 6702) Produção gráfica: Suzete Moura Lopes Redação: Carine Simas (MTb 9547) Projeto Gráfico e Editoração: Michelle Loeffler Revisão: Patrícia Aragão / Revisão Textual Tiragem: 4 mil exemplares Impressão: Ideograf A revista Conexão é uma publicação da Banricoop, que não é responsável por opiniões nem conceitos emitidos em entrevistas, artigos e colunas assinadas. É vedada a reprodução total ou parcial do conteúdo desta revista sem a prévia autorização e citação da fonte.
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