51-61 - Unifeb

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51-61 - Unifeb
CIÊNCIA E CULTURA - Revista Científica Multidisciplinar do Centro Universitário da FEB
v. 11, nº 2, jul/dez - 2015 - ISSN 1980 - 0029
Avaliação ecotoxicológica e sensibilidade do
amendoim (Arachis hypogaea) a herbicidas
Ecotoxicological evaluation and sensitivity
of peanut (Arachis hypogaea) to herbicides
Matheus Henrique Donegá1, José Luiz de Freitas1, Marcelo José Ferreira1, Igor Lucas Tobasi1,
Lorena Regina da Silva Peres1, Claudinei da Cruz1
Laboratório da Ecotoxicologia e Eficácia de Agrotóxicos, Centro Universitário da Fundação
Educacional de Barretos – Barretos (SP), Brasil.
1
Resumo
O objetivo deste estudo foi avaliar a fitotoxicidade (CL50;14d) de herbicidas para o amendoim (A. hypogaea);
e determinar a sensibilidade desta planta a doses de campo em condição de casa de vegetação. Os herbicidas testados foram: imazapique, pendimetalina (ambos com registro para a cultura), S-metolacloro,
diclosulam e saflufenacil (não possuem registro). Para os ensaios de fitotoxicidade (CL50;14d) foram
transplantadas duas plantas jovens (emissão de três pares de folhas verdadeiras) em recipientes de plástico
com 300 g de areia fina, com cinco réplicas por tratamento, com as seguintes concentrações: 0,1; 1,0;
3,5; 11,2; 36,5; 118,0 mg kg-1 de cada produto teste, com um controle. Para os ensaios de sensibilidade
as concentraçoes avaliadas foram: pendimetalina (1,0; 2,0; 4,0; 6,0; 8,0 L ha-1); saflufenacil (25,0; 50,0;
100,0; 200,0; 250,0 g ha-1); diclosulam (10,0; 20,0; 41,7; 62,1; 82,4 g ha-1); S-metalacloro (0,5; 1,0; 2,0;
4,0; 6,0 Lha-1); e imazapique (100,0; 200,0; 350,0; 550,0; 700,0 g ha-1), em um delineamento inteiramente casualizado (DIC). Nos ensaios de fitotoxicidade a pendimetalina é tóxica, o saflufenacil é pouco
tóxico e o imazapique, o diclosulam e o S-metolacloro não possuem efeito fitotóxico para o A. hypogaea.
Em condição de aplicação, o A. hypogaeae é sensível à pendimetalina e ao saflufenacil e requer cuidado
na aplicação, ao mesmo tempo que não possui sensibilidade à diclosulam e ao imazapique. Com relação
ao S-metalocloro, em baixas doses, estimula o desenvolvimento da planta, especialmente da raiz.
Palavras chaves: herbicidas; bioindicadores; plantas terrestres; fitotoxicidade
Abstract
The objective of this study was to evaluate injuries (LC50;14d) of herbicides to peanut (A. hypogaea);
and to determine the sensitivity of this plant to field doses of herbicides in greenhouse conditions.
Herbicides tested were: imazapic, pendimethalin (formally registered for this culture) and S-metolachlor,
diclosulam, and saflufenacil (not formally registered). For phytotoxicity assays (LC50;14d) two seedlings
(issued three pairs of true leaves) were transplanted in plastic containers with 300 g of fine sand, with five
replicates per treatment and the following concentrations of 0.1; 1.0; 3.5; 11.2; 36.5; 118.0 mg kg-1 of
each test product, with a control. For sensitivity testing, the concentrations evaluated were: pendimethalin
Autor para correspondência: Claudinei da Cruz – Avenida Professor Roberto Frade Monte, 389 –
Marieta – CEP: 14783-226 – Barretos (SP), Brasil – E-mail: [email protected]
Recebido em: 24/04/2015
Aceito para publicação em: 15/04/2016
Ciência e Cultura
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Avaliação ecotoxicológica e sensibilidade do amendoim (Arachis hypogaea) a herbicidas
DONEGÁ et al.
(1.0; 2.0; 4.0; 6.0; 8.0 L ha-1); saflufenacil (25.0; 50.0; 100.0; 200.0; 250.0 g ha-1); diclosulam (10.0; 20.0;
41.7; 62.1; 82.4 g ha-1); S-metolachlor (0.5; 1.0; 2.0; 4.0; 6.0 L ha-1); and imazapic (100.0; 200.0; 350.0;
550.0; 700.0 g ha-1) in a completely randomized design (CRD). For all tested herbicides, lethal concentration 50% (LC50; 14d) was 118.0 mg kg-1. The phytotoxicity tests showed that pendimethalin is toxic,
saflufenacil is slightly toxic and imazapic, diclosulam and S-metolachlor does not have phytotoxic effect
for A. hypogaea. Under laboratory conditions, A.hypogaeae is sensitive to pendimethalin and saflufenacil,
requiring care in application, whereas it does not show sensitivity to diclosulam and imazapic. With
respect to S-metolachlor, in low doses, it stimulates the development of the plant, especially the roots.
Keywords: herbicides; bioindicators; terrestrial plants; phytotoxicity
Introdução
O amendoim (Arachis hypogaea L.)
é originário da América do sul, pertence
a familia Fabaceae, sendo a quarta oleaginosa mais cultivada no mundo (em área
equivalente a 23 milhões de hectares) e
a produção mundial é de 36 milhões de
toneladas por ano (FAO, 2013). O estado
de São Paulo é responsável por 78% da
produção brasileira e 22% é proveniente
de Paraná (PR), Rio Grande do Sul (RS),
Bahia (BA), Tocantins (TO), Mato grosso
(MT), Goiás (GO) e Minas Gerais (MG)
(CONAB,2014). Durante o ciclo desta
cultura, as plantas daninhas reduzem a
produtividade, aumentam os custos de
produção (WILCUT et al., 2001) e devem
ser controladas, pois em alguns casos a
interferência pode comprometer a qualidade do solo, competir por nutrientes e
formar banco de sementes, além de ocupar campos agricultáveis (VARANASI
et al., 2015).
Para o controle de plantas daninhas na cultura do amendoim, o
portfólio de herbicidas registrados no
Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (MAPA) ainda é restrito,
sendo eles: alacloro, bentazona, imazapique, pendimetalina, quizalofop-p-etílico
e trifluralina. Assim, com poucos produtos registrados, o controle de plantas
daninhas se torna mais difícil e pode
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apresentar risco para a própria cultura e
para o meio ambiente.
O manejo poderia melhorar com o
uso de outros herbicidas que não possuem
registros para a cultura do amendoim.
Atualmente, como uma alternativa,
os produtores utilizam produtos sem o
registro e seu impacto para a cultura e
eficácia no controle de plantas daninhas
ainda são desconhecidos.
Estudos sobre a eficácia de
controle de plantas daninhas em
A. hypogaea foram conduzidos com imazethapir em Cyperus spp. (GRICHAR
et al. 1992); em Amaranthus palmeri
com imazethapir, acifluorfen, lactofen e
bentazona isolados ou em combinação
(GRICHAR,1997); em Chenopodium
abum, Eclipta prostata e Ipomoea hederacea com diclosulam (BAILEY et al.,
1999); em aplicação em pré-emergência
com flumioxazin (WILCUT et al., 2001)
em Brachiaria platyphylla, Eleusine indica, Digitaria sanguinalis, e Panicum
texanum com clethodim, acifluorfen,
bentazona, imazethapir e 2,4-D (JORDAN et al., 2003); Acanthospermum
hispidum, Eclipta prostrata, Richardias
cabra, Verbesina encelioides, A. palmeri,
Ipomoea lacunosa, Sida spinosa, Cucumis melo, Urochloa texana, Cyperus
rotundus, e Cyperus esculentus com imazapique (GRICHAR et al., 2012).
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Algumas moléculas que vêm sendo utilizadas para o controle de plantas
daninhas precisam e devem ser avaliadas quanto aos efeitos de fitotoxicidade
para a cultura (sensibilidade) e possíveis
efeitos ambientais. A avaliação ecotoxicológica de qualquer xenobiótico a ser
utilizado no ambiente e é fundamental
para a regulamentação do seu uso e para
classificação quanto ao potencial de risco
ambiental. Deste modo, a realização de
testes de toxicidade tem sido incluída em
programas de monitoramento contituindo uma das análises indispensáveis no
controle de fontes de poluição (CETESB
1990; USEPA, 2002).
A identificação do perigo e a avaliação da relação concentração-resposta são
etapas iniciais no processo da determinação do risco ambiental (USEPA, 2002).
A utilização de plantas terrestres como
modelo para ensaios de fitotoxicidade não
é comum, sendo relatados estudos com canola (Brassica napus) para os herbicidas
imazaquim e alacloro + atrazina (OLIVEIRA JUNIOR, 2000); girassol (Helianthus
annuus) para atrazina (BRIGHENTI et al.,
2002); para 50 plantas não cultivadas para
bromoxinil, dicamba, glifosato, metolacloro metsulfuron e pendimetalina (BOUTIN
et al., 2004); abóbora (Cucurbita sp.),
pepino (Cucumis sativus) e maracujá (Passiflora edulis) para a mistura fluazifope - p
butílico+ fomesafem (SILVA et al., 2007);
rabanete (Raphanus sativus), para imazetapir + imazapique (PINTO et al., 2009);
H. annus, Canavalia ensiformis, Dolichos
lab lab e A. hypogaea em solo contaminado com sulfentrazona (BELO et al., 2011).
Devido à importância da cultura
do amendoim (A.hypogaea), do ponto de
vista comercial ou na rotação de cultura
com a cana-de-açúcar, e a necessidade de
novos ingredientes ativos para o controle
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de plantas daninhas, faz-se necessária a
avaliação da fitotoxicidade de herbicidas
para esta planta. Isso teria a finalidade de
subsidiar a tomada de decisão sobre o registro e a recomendação destes produtos,
minimizando os possíveis efeitos adversos à planta e ao ambiente. O manejo
dos ambientes agrícolas com herbicidas
de forma extensiva tem causado impacto para a sustentabilidade e fertilidade
do solo (SINGH e GHOSHAL, 2013),
para os ambientes naturais e vizinhos de
área cultivadas (MASTERS et al., 2013) e
para os diversos ciclos culturais.
Um forma de se avaliar o risco
ambiental de herbicidas é a utilização de
modelos biológicos, como ensaios com
plantas testes (MACÍAS et al., 2008).
Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar
a fitotoxicidade (CL50;14d) e os sinais de
fitointoxicação dos herbicidas pendimetalina, S-metolacloro, diclosulam, saflufenacil
e imazapique para o amendoim (A. hypogaea) e determinar a sensibilidade desta
planta aos herbicidas em condição de casa
de vegetação.
Material e Métodos
Os herbicidas testados foram o imazapique com 700,0 g i.a.kg-1 (sendo i.a.
a determinação de ingrediente ativo)
e pendimetalina com 400,0 g i.a.L-1,
ambos apresentam registro para a cultura; e também S-metolacloro (960,0 g
i.a.L-1), diclosulam (840,0 g i.a.kg-1) e
saflufenacil (700,0 g i.a.kg-1), que não
possuem registro.
Para a realização dos ensaios de fitotoxicidade e de sensibilidade da planta
aos herbicidas, inicialmente foram semeadas em bandejas de germinação sementes
tratadas de amendoim (A. hypogaea) em
substrato orgânico (Plantmax®) em casa de
vegetação. Após a emergência das plantas,
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Avaliação ecotoxicológica e sensibilidade do amendoim (Arachis hypogaea) a herbicidas
estas foram mantidas de 15 a 20 dias para
a ocorrência dos primeiros pares de folhas,
excetuando as folhas cotiledonares.
Ensaio de fitotoxicidade
Para a condução do ensaio de fitotoxicidade (CL50;14d), realizado em sala de
bioensaio com temperatura de 25,0±2,0ºC,
iluminação de 1.000 lux e fotoperíodo de
12 horas de luz, foram utilizadas plantas
jovens com a emissão de três pares de folhas verdadeiras, transplantadas em areia
fina (peneira de 2,0 mm) em recipientes
plásticos com capacidade para 300 g, conforme metodologia adaptada do ensaio de
vigor vegetativo de plantas testes da Organization for Economic Cooperation and
Development (OECD, 2003a).
A seguir, foi adicionado as concentrações testadas: 0,1; 1,0; 3,5; 11,2;
36,5; 118,0 mg kg-1 de areia e um controle
(sem adição do produto), com cinco réplicas e duas plantas por réplica, conforme
a norma Terrestrial Plant Test: 208 –
Seedling Emergence and Seedling Growth Test (OECD, 2003b). Para a diluição
de cada concentração teste, foi utilizado
como solução de diluição 70 mL de água
destilada, equivalente à máxima saturação
da areia previamente aferida. A cada dois
dias, 50 mL de água foram repostos em
cada unidade experimental, a fim de manter a umidade e impedir a limitação para o
desenvolvimento das plantas testes.
A fitotoxicidade dos herbicidas
(sem sinal – 0; clorose – 1, necrose de folha – 2; murcha de folha – 3; deformação
e murchamento do caule – 4; encarqulhamento da folha – 5, necrose da planta – 6)
foi avaliada em 1, 3, 5, 9 e 14 dias após a
exposição (DAE) (OECD, 2003a). Ao final
do período experimental, foi realizada a
mensuração do comprimento da parte área
e da raiz (cm) e calculada a taxa de cres-
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DONEGÁ et al.
cimento relativo destas variáveis. Com os
resultados de crescimento relativo (%) das
plantas ao final de 14 dias, foi calculada a
concentração letal 50% (CL50;14d) pelo
método de Trimmed Spearman-Karber
(HAMILTON et al., 1977).
Ensaios de sensibilidade
Os ensaios de sensibilidade do
amendoim aos herbicidas foram conduzidos em condição de casa de vegetação.
Para tanto, duas plantas foram transplantadas em vasos com capacidade para 5 litros,
contendo uma mistura de latossolo, areia
e substrato orgânica (1;1;1 v/v), onde permaneceram por aproximadamente 10 dias
para o estabelecimento da planta teste.
Os herbicidas testados e suas
respectivas concentrações foram: a pendimetalina (1,0; 2,0; 4,0; 6,0; e 8,0 Lha-1);
o saflufenacil (25,0; 50,0; 100,0; 200,0;
250,0 g ha-1); o diclosulam (10,0; 20,0;
41,7; 62,1; e 82,4 g ha-1); o S-metalacloro
(0,5; 1,0; 2,0; 4,0; e 6,0 Lha-1); e imazapique (100,0; 200,0; 350,0; 550,0; e 700,0
gha-1), sendo utilizadas duas doses abaixo
da maior recomendação de bula, a maior
dose da bula e duas doses acima da maior
recomendada. Para cada ensaio utilizouse cinco réplicas por tratamento, com
duas plantas em cada réplica, totalizando
10 plantas por tratamento e uma controle,
em delineamento inteiramente casualizado (DIC).
Os herbicidas foram aplicados com
um pulverizador costal com pressão constante de 25 p.s.i. mantida por CO2. O bico
de pulverização foi o 110 02XR VK, com
consumo de calda equivalente a 200 Lha-1.
As avaliações de fitotoxicidade foram realizadas em 0, 1, 3, 7, 15, 21, 30 e
45 dias após a aplicação (DAA) e foram
avaliados os seguintes sinais: perda da sustentação, murchamento, amarelamento ou
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clorose, clorose da borda da folha, necrose da borda da folha e da folha. Ao final
de 45 dias, as plantas foram removidas
das parcelas experimentais e foram mensurados o desenvolvimento do caule (cm)
e o comprimento da raiz (cm). Os dados
obtidos foram submetidos a distribuição
normal e suas médias comparadas pela
análise de variância (ANOVA) e as médias
comparadas pelo teste de Tukey a 5% de
probabilidade no software Statistica 7.0.
Resultados e Discussão
% crescimento relativo da parte aérea
Ensaios de fitotoxicidade
Para a pendimetalina, a concentração letal 50% (CL50;14d) foi de 4,02 mg
kg-1, com limite inferior (LI) de 0,49 mg
kg-1 e superior (LS) de 32,96 mg kg-1. Para
o saflufenacil a CL50;14d foi de 40,34 mg
kg-1, com LI de 23,71 mg kg-1e LS 68,69
mg kg-1. Para o diclosulam, S-metolacloro e para o imazapique a CL50;14d foi
>118,0 mg kg-1.
Nos ensaios de fitotoxicidade, as
concentrações dos herbicidas não causaram morte da planta teste (A. hypogaea),
v. 11, nº 2, jul/dez - 2015 - ISSN 1980 - 0029
porém ocorreu redução da porcentagem
de crescimento da parte aérea da planta
correlacionada com o aumento da concentração de cada herbicida, conforme a
recomendação da Organisation for Economic Co-operation and Development
(OECD, 2003b).
Para a pendimetalina ocorreu diminuição no crescimento relativo da parte
aérea de A. hypogea de 50% e apenas 34,8
e 35,2% de crescimento da parte área em
36,5 e 118,0 mg kg-1 em relação ao controle, respectivamente (Figura 1), com os
sinais mais severos de fitointoxicação. As
plantas expostas ao saflufenacil e/ou ao
imazapique apresentaram porcentagem
entre 87,0 e 52,0% e de 88,6 a 70,0% de
crescimento relativo ao controle até 36,5
mg kg-1 e em 118,0 mg kg-1 de 35,9 e de
67,3%, respectivamente.
Para o diclosulam e para o S-metolacloro, ocorreram os menores efeitos
fitotóxicos com porcentagem de crescimento relativo entre 93,6 e 51,5 e
entre 111,5 e 67,37% nas concentrações
avaliadas, respectivamente (Figura 1).
A presença de 0,1 mg kg-1 causou pro-
120,0
Pedimentalina
100,0
Saflufenacil
80,0
Diclosulam
60,0
S-metalalocloro
40,0
20,0
Imazapique
0,0
0,1
1,0
3,5 11,2 36,5 118,0
Concentração (mg kg-1)
Figura 1. Inibição do crescimento relativo (%) da parte aérea (cm) da planta teste
(A. hypogaea) exposta aos herbicidas durante o ensaio de fitotoxicidade.
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Avaliação ecotoxicológica e sensibilidade do amendoim (Arachis hypogaea) a herbicidas
moção de crescimento da parte área da
planta, fenômeno conhecido como hormese (DUKE et al., 2006).
Os herbicidas testados foram menos tóxicos para A. hypogaea do que o
metsulfuron-methyl, nas concentrações
de 0,27 e 0,53 hmol g-1 de solo, para
plântulas de Brassica napus com total inibição do crescimento da planta (YE et al.,
2003); que o S-metolacloro com inibição
de crescimento 50% (IC50:5d) de 10,61e
5,35 µM para o comprimento da raiz de
milho e arroz (LIU et al., 2012).
Em análise de dose aplicada em
condição de campo, o herbicida dicamba
apresentou concentração de efeito 50%
(CE50;22d) de 30,76 g ha-1 para Solidago canadensis, 3,32 g ha-1para Inula
helenium e 1,63 g ha-1 para Centaurea
cyanus, enquanto que, para o metsulfuron-methyl, a CE50;11d foi de 8280,72
g ha-1 para C. cyanus e para bromoxynil foi de 77,84 g ha-1 (BOUTIN et al.,
2003). Para Carpenter et al. (2013), as
plantas testes Capsella bursa-pastoris,
C. cyanus, Cleome serrulata, Helianthus
strumosus e Laubelia infata apresentaram CL50;30d entre 1,53 a 3,74 g ha-1
para o Chlorimuron ethyl.
Os sinais de fitointoxicação da
planta teste durante os ensaios de toxicidade aguda para os herbicidas estão
DONEGÁ et al.
apresentados na Tabela 1. O S-metolacloro foi o único herbicida que não causou
sinal de fitointoxicação da planta teste A.
hypogaea, similar a Helianthus annus e
Canavalia ensiformis expostas a 250,0 g
ha-1 de sulfentrazona (BELO et al., 2011).
Na análise do comprimento da raiz
(cm), o herbicida pendimetalina causou
redução do crescimento relativo ao controle (%) em todas as concentrações testadas
(Figura 2), similar ao descrito para a parte
área. O efeito de inibição de crescimento
ocorreu em todas as concentrações testadas, com crescimento relativo variando
de 55,1% em 0,1 mg kg-1 a 35,2% em
118,0 mg kg-1 (Figura 2). O saflufenacil, o
diclosulam e o imazapique também causaram redução no desenvolvimento da raiz
de A. hypogaea, com crescimento relativo
ao controle (100%) em torno de 90 a 60%
(Figura 2). O S-metolacloro proporciou
maior crescimento das raízes em relação
ao controle em todas as concentrações
testadas, similar ao descrito para a parte
aérea da planta teste e considerado como
hormese (DUKE et al., 2006).
Os efeitos da redução do crescimento relativo da parte aérea e da
raiz da planta teste A. hypogaea foram mais envidentes com diclosulam,
saflufenacil e imazaquipe, similar ao
descrito em condição de campo com
Tabela 1. Sinais de fitointoxicação da parte aérea da planta teste amendoim A.hypogaea)
expostos aos herbicidas.
Concentração (mg kg-1)
Herbicidas
0,0
0,1
1,0
3,5
11,2
36,5
118,0
Pendimetalina
3,5
3,5
3,5
Saflufenacil
1
1,3
1,3
1,3
2,6
Diclosulam
3,5
3,5
S-Metolacloro
Imazapique
3,0
3,0
3,0
Sinais avaliados: 0: sem sinal; 1: clorose; 2: necrose de folha; 3: murcha de folha; 4: deformação e
murchamento do caule; 5: encarqulhamento da folha; 6: necrose da planta.
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a aplicação dos herbicidas ethalfluratin (1,26 kg ha-1), imazethapyr (0,4 e
0,07 kg ha-1) e pendimetalina (1,12 kg
ha-1) para a planta Sesamum indicum
(GRICHAR et al., 2001).
% crescimento relativo da raiz
Ensaio de Sensibilidade
em casa de vegetação
No ensaio sensibilidade com herbicida pendimetalina, em 0, 1 e 3 dias após
aplicação (DAA) não ocorreu sinais de fitotoxicidade em nenhuma dose avaliada.
Em 5 DAA ocorreu clorose foliar em 6,0 e
8,0 L ha-1. Em 30 e 45 DAA também ocorreu necrose pontual foliar em 6,0 e 8,0 L
ha-1. Em espinafre indiano (Basella alba)
as doses de 0,33, 0,66, 0,99, 1,32, 1,98 kg
i.a ha-1 de pedimentalina causaram atrofia
das folhas com coloração verde-escuro e
engrossadas e frágeis (SMITH, 2004). No
controle, o crescimento da parte aérea foi
de 35,8 cm com diminuição significativa
a partir de 1,0 L ha-1 em todas as doses
aplicadas, em relação ao controle. Para
o crescimento da raiz também ocorreu
diminuição em todos os tratamentos em
relação ao controle (Tabela 2), diferindo
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da aplicação de 0,75 kg ha-1de pedimentalina em Brassica juncea (SINGH et al.,
2000) e de 0,33 kg i.a. ha-1 em Corchorus olitorius e em quiabo (Abelmoschus
esculentus) (SMITH, 2006), que não
apresentaram nenhum efeito de fitotoxicidade mensurado.
Para o saflufenacil não ocorreram
sinais de fitotoxicidade no momento da aplicação. Em 1 DAA na dose de 250,0 g ha-1
ocorreram pontos de necrose. Em 3 DAA
todas as concentrações apresentaram necrose pontual nas folhas. Este padrão de
sinais de fitotoxicidade também ocorreu em 7, 15, 21 e 30 DAA; porém, em
45 DAA, as plantas se recuperaram dos
efeitos do herbicida. Na avaliação da parte aérea, a dose de 25,0 g ha-1 não diferiu
em crescimento do controle, enquanto as
demais doses diferiram significativamente
do controle, porém sem diferença entre os
tratamentos. Para a raiz ocorreu diferença
significativa entre todas as doses testadas
em relação ao controle (Tabela 2).
Para o diclosulam não ocorreram sinais de fitotoxicidade nas avaliações de 0,
1 e 3 DAA em nenhuma dose testada. Em
180,0
160,0
140,0
Pedimentalina
Saflufenacil
Diclosulam
S-metalalocloro
Imazapique
120,0
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
0,1
1,0
3,5 11,2 36,5 118,0
Concentração (mg kg-1)
Figura 2. Inibição do crescimento relativo (%) da parte aérea (cm) da planta teste (A.
hypogaea) exposta aos herbicidas durante o ensaio de fitotoxicidade.
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Avaliação ecotoxicológica e sensibilidade do amendoim (Arachis hypogaea) a herbicidas
5 DAA, nas doses de 41,7, 62,1 e 81,4 gha-1
ocorreu início de clorose foliar e este padrão
se manteve até 45 DAA. Na análise do desenvolvimento da planta não foi percebida
diferença significativa entre as doses e o controle para o crescimento da parte aérea e raiz
(Tabela 2). Este herbicida foi utilizado, nas
doses de 0,009 a 0,024 kg ha-1 no amendoim
(A. hypogaea), isolado ou em associação com
etalfluralina para o controle de Eclipta prostrata, Ipomoea lacunosa, Panicum texanum e
Cyperus esculentus, incorporado pré-plantio
(PPI), pré-emergência (PRE) e pós-emergência (POS), com controle de 80 a 92% das
plantas daninhas sem causar fitotoxicidade
para a cultura (GRICHAR et al., 2004).
No ensaio com S-metolacloro em
1 DAA ocorreu clorose foliar nas doses de
DONEGÁ et al.
4,0 e 6,0 L ha-1, efeito similar nas demais
avaliações de 7, 15, 21, 30 e 45 DAA. Para
a parte aérea a partir de 2,0 L ha-1 ocorreu
uma diminuição no crescimento; porém,
não ocorreu diferença significativa entre os
tratamentos (Tabela 2). Para a raiz, a dose
de 0,5 L ha-1 difereriu significativamente
do controle e dos demais tratamentos, com
aumento no crescimento (Tabela 2). As
concentrações de 4,6 e 8 ha-1 não diferiram
entre si, mas ocorreu diferença signifitiva
em relação a controle (Tabela 2).
Para o imazapique, a partir de
5 DAA ocorreu pequenos pontos de clorose nas doses de 550,0 e 750,0 g ha-1.
A partir desta avaliação, não ocorreram
mais sinais de fitotoxicidade nas plantas
em nenhuma dose avaliada. Para a parte
Tabela 2. Média ± desvio padrão da sensibilidade do amendoim (A. hyphogaea) após
aplicação de herbicidas em condição de casa de vegetação.
Herbicidas
Pendimetalina
(L ha-1)
Parte área
Raiz
Saflufenacil
(g ha-1)
Parte área
Raiz
Diclosulam
(g ha-1)
Parte área
Raiz
S-metolacloro
(L ha-1)
Parte área
Raiz
Imazapique
(g ha-1)
Parte área
Raiz
Doses aplicadas
0,0
35,8±2,9a
17,3±2,7a
0,0
1,0
2,0
4,0
29,0±1,9b 27,5±2,5bc 26,1±1,6c
14,7±2,2b 14,3±2,1b 14,0±2,8b
25,0
35,8±2,9ab 37,4±2,4a
17,3±2,7a 14,3±5,4b
6,0
8,0
25,2±2,5c
11,4±6,6b
25,1±2,5c
13,5±1,7b
50,0
100,0
200,0
250,0
31,8±4,5c
14,3±2,5b
32,8±6,0c
14,8±1,8b
27,4±3,3d
13,7±2,2b
27,2±2,4d
13,1±1,4b
0,0
10
20
41,7
62,1
81,4
57,0±4,9
16,5±5,9
54,2±4,1
18,2±3,5
52,5±3,3
20,9±3,1
55,2±3,7
19,0±3,3
55,0±2,4
18,4±2,2
51,4±4,5
17,4±3,6
0,0
0,5
1,0
2,0
4,0
6,0
54,6±2,6
18,5±2,3b
53,4±3,4
16,2±2,7c
50,8±5,8
14,8±2,4c
51,8±5,0
14,1±2,1c
57,0±4,9
57,3±3,2
16,5±2,7bc 21,2±2,7a
0,0
100,0
200,0
350,0
550,0
700,0
35,8±2,9a
17,3±2,7
33,4±3,1a
14,0±5,5
30,3±1,9b
14,4±3,4
29,4±2,7b
15,4±1,9
27,0±3,1b
16,2±3,2
25,7±1,7c
14,6±5,4
Letras minúsculas diferentes na mesma linha indicam diferença significativa pelo teste de Tukey a 5%.
A ausência de letras minúsculas na coluna indicam ausência de diferença significativa entre os tratamentos.
58
Ciência e Cultura
CIÊNCIA E CULTURA - Revista Científica Multidisciplinar do Centro Universitário da FEB
v. 11, nº 2, jul/dez - 2015 - ISSN 1980 - 0029
aérea não ocorreu diferença entre a dose
de 100,0 g ha-1 e o controle. As demais doses testadas diferiram significatimente do
controle, com diminuição do crescimento.
Para a raiz não ocorreu diferença entre as
doses e o controle (Tabela 2).
De uma forma geral, o amendoim
(A. hypogaea) apresentou tolerância ao diclosulan em todas as doses testadas. Para
o S-metolacloro houve efeito em todas as
doses para a parte aérea e para o saflufenacil até 25,0 g ha-1; porém, a partir de 0,5 g
L-1 de S-metolacloro e 25,0 g ha-1 de saflufenacil, ocorreu redução no crescimento
da raiz, indicando necessidade de cuidado
com o resíduo destes herbicidas no solo,
similar ao descrito para o próprio S-metalocloro em arroz e milho (LIU et al., 2012).
Para o imazapique, o amendoim foi
tolerante no desenvolvimento da parte aérea
até 100,0 g ha-1 e em todas as doses para a
raiz. Para o pendimetalina o amendoim foi
considerado sensível a qualquer dose avaliada (Tabela 2), com redução no crescimento
da parte aérea e da raiz, similar a aplicação
de carfentrazone-ethyl na dose de 0,04 kg
ha-1 que causou nanismo em 10% das plantas avaliadas (GRICHAR et al., 2010).
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Conclusão
Com base nos resultados obtidos conclui-se que, nos ensaios de
fitotoxicidade, a pendimetalina é tóxica, o saflufenacil é pouco tóxico e o
imazapique, o diclosulam e o S-metolacloro não possuem efeito fitotóxico para o
A. hypogaea. Em condição de aplicação
o A. hypogaeae é sensível à pendimetalina
e ao saflufenacil e requer cuidado na aplicação, ao mesmo tempo que não possui
sensibilidade à diclosulam e ao imazapique. Com relação ao S-metalocloro em
baixas doses, estimula o desenvolvimento
da planta, especialmente da raiz.
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