Brasão de Armas

Transcrição

Brasão de Armas
Brasão de Armas
Ogamite
Traduzido significa "Rezar a Deus" Tal como se ilustra com as palmas das mãos juntas, dá a
entender um significado de profunda humildade e uma súplica (oração) para a clemência de Deus e
para ajuda, ao chegar a ser necessário fazer uso das artes do Kenpo na defesa dos direitos humanos.
Também é uma oração a Deus pedindo-lhe para que o problema de uma disputa seja amigavelmente
resolvida e estender a misericórdia ao oponente, já que ele não sabe distinguir o correcto do errado.
Mute
Traduzido significa "Mãos vazias" Tal como se ilustra com ambas as mãos com as palmas vazias
para a frente e com uma pequena abertura deixada pelos indicadores e polegares, indica que uma
pessoa está sem armas e que o seu pensamento está sem maldade. Dividindo a figura em partes, os
dedos representam o Monte Fuji e significam ideais elevados, amor pela paz e pela beleza interior e
força para defender os direitos humanos. O Monte Fuji, numa observação de perto não parece tão
bonito como visto de uma grande distância. Também isto ocorre com o homem, não importa os seus
defeitos, eles são gradualmente amplificados numa visão mais próxima, mas visto de longe, nós
vemos que ele é bom. Não devemos olhar para o seu lado mau, pelo que devemos encontrar o que
há de bom dentro dele.
Hiken
Traduzido significa "Cobrir o punho" Tal como se ilustra com a mão direita em forma de punho e a
mão esquerda cobrindo o punho, significa que o punho está como um tesouro numa bolsa e não
deve ser exposto em público.
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Aprovado pelo Dir.Técnico APKK / FPKK (Sensei Pedro Porém)
Matsuba
Traduzido significa "Folhas de pinheiro" Árvore sempre verde, alto, imponente e majestoso em
aparência, prolífero em crescimento, é uma das mais úteis árvores para a raça humana. Ele
simboliza a força, a coragem e a sorte nas dificuldades, é também usado como um símbolo de
bom prestígio, especialmente nos dias de Ano Novo.
O estudante de Kenpo deve considerar cada dia como um dia de Ano Novo, desde o princípio
até ao fim da sua vida cheia de amor, alegria e felicidade.
Take
Traduzido significa "Bambu" Tubular, como nós, recto e rítmico em aparência, é muito
benéfico e protector da raça humana. Quando alguém o abre, encontra-o limpo e vazio nos seus
tubos ocos. Simboliza principalmente uma disposição franca. Também simboliza honestidade,
formalidade, pureza e amor pelo homem.
Baika
Traduzido significa "Folhas de Ameixeira" A Ameixeira Japonesa, que está em plena floração
durante o Inverno com o áspero frio, simboliza duração, perseverança, paciência, preparação e
beleza de espírito. Durante a Primavera, Verão e Outono ela extrai da terra todos os elementos
vitais que lhe dão a força e energia, e dá nos seus fortes ramos não somente bonitas flores, mas
também dá frutos como comida muito desejada pelo povo. .
O estudante de Kenpo deve ser como a flor da Ameixeira, sendo elevado em pensamento, belo
em espírito e presença e deve chegar a ser querido como os frutos da Ameixeira pelo povo.
O Octógono representa a Religião de Buda, na qual existem 8 caminhos a seguir para a evolução do
Homem como ser humano. Ainda quando o Kosho-Ryu Kenpo não é um sistema budista mas sim
aberto a todas as religiões, possui influências desta tradição.
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Origem
O Kenpo tem as suas origens no mesmo passado profundo que outros sistemas de luta de "mãos
vazias". Kenpo é a pronunciação japonesa dos ideogramas chineses que representam o Chuan-Fa ou
"Lei do Punho". As origens deste sistema datam à volta do ano 525 D.C., quando de acordo com a
lenda, um monge indiano chamado Bodidharma ou (Daruma -em japonês) viajou da Índia para a
China para expandir ou desenvolver o budismo. Depois da sua chegada a Cantão, viajou para o
norte, para Nanking, onde teve um famoso encontro com o imperador Wu, em que o principal tema
de conversa foi o budismo.
Bodidharma viajou para a província de Honan,
chegando ao templo de Shaolin, onde encontrou
alguns monges extenuados e débeis, incapazes de se
concentrarem nas suas leituras. Bodidharma deu-lhes
uma série de exercícios físicos destinados a fortalecer
os seus corpos e aumentar a sua capacidade de
concentração. Estes exercícios, chamados " Shih pa lo
han sho " (as 18 mãos de lohan) são reputados para
serem as bases do Shaolin Chuan-Fa, uma arte de "
mãos vazias ".
Este sistema de Chuan-Fa continuou a sua evolução durante 700 anos. Por volta do ano 1200 D.C.,
Gengis Khan declarou guerra à China e atacou a região em que se encontrava o templo de Shaolin.
Antes de se confrontarem, o monge principal escapou para o Japão, onde encontrou um monge
shinto, cujo nome era Kosho. Kosho havia estudado uma variedade de artes de luta, incluindo o
Kendo (luta com espada), Naginatado (luta com lanças), Kyudo (estudo de arco e flecha), luta a
cavalo e luta a nadar. Kosho era um mestre destas artes e estudou o sistema de Chuan-Fa com o
monge principal de Shaolin.
Depois de se tornar mestre de mais esta arte, Kosho mudou o
nome para Mitose e fundou uma escola de artes marciais.
Aproximadamente em 1280, um descendente de Mitose
(Kosho), converteu-se ao budismo. Esta conversão colocou-o
numa posição pouco usual. Por um lado, era um mestre de
artes marciais, por outro, ensinava os princípios de Buda em
que nenhuma pessoa tinha autoridade para fazer mal a outra e,
deveria estar sempre desarmado para demonstrar a sua
natureza pacífica perante os demais. Depois de muitos anos de
meditação debaixo dos pinheiros da propriedade familiar, o
descendente de Mitose finalmente conciliou o seu sistema de
artes marciais (Kosho Ryu Kenpo) com os ensinamentos de
Buda. De acordo com James M. Mitose (Kenposai Kosho, 21º
descendente do fundador), que foi a autoridade presente da arte
do Kenpo, o seu antepassado concebeu o estilo da verdadeira
defesa pessoal, ou seja, consistia em escapar aos adversários
sem usar o contacto físico.
O antepassado de James M. Mitose fundou um templo no qual ensinou o seu sistema de defesa
pessoal de artes marciais. Este sistema Kosho-Shorei ensina a verdadeira defesa pessoal sem
contacto físico. O sistema Kosho-Shorei passou de geração em geração dentro da família Mitose,
assim, o escudo de armas permaneceu associado com a arte.
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Saudação
A saudação é uma das características que transcende os formalismos em quase todos os estilos de
Artes Marciais. Encerra sempre um sentido que vai além do óbvio, como é manifestar o nosso respeito
a outros ou a um lugar específico.
Em alguns casos, a saudação adquire carta de natureza e torna-se quase uma "constituição", uma
declaração de princípios com base simbólica, que passa de geração em geração. A repetição e o hábito
transformam quase todo o símbolo num "ídolo de ouro" vazio de conteúdos. Por sorte, estão aí os
Mestres e a tradição para nos lembrar o seu sentido profundo e os ensinamentos da memória dos que
foram antes de nós.
Sempre antes de começar os exercícios de Kosho Ryu, realizamos uma saudação conhecida como
MEDITAÇÃO EM MOVIMENTO. Na realidade é uma forma de concentração que poderíamos denominar
de Kosho-Shorei Yoga.
ATENÇÃO: Lembrem-se, os pés devem estar separados à largura dos ombros e os dedos apontando para
fora num ângulo de 45º. O motivo disto é que o ânus se fecha; quando o ânus está fechado, toda a energia
que atraímos permanece no corpo e desce ao umbigo.
Existe um meridiano de energia que atravessa o corpo pela zona média, desenhando um símbolo do infinito,
que une o ânus e a boca e que divide em dois o indivíduo. Ao fechar o ânus, agimos sobre estas forças e
retemos a energia do céu.
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EXERCÍCIO 1
O praticante começará estes exercícios na posição de Ogamite. Permanecer com os pés separados à mesma
largura dos ombros, os dedos dos pés devem apontar para fora em ângulo de 45º, com o queixo erguido. As
mãos unidas palma contra palma, em frente ao plexo solar.
Cubra o punho direito com a palma da mão esquerda na sua frente e lentamente desça-os, por debaixo do
umbigo, na zona Tan T'ien Hia ou Tanden. Inspire profundamente pelo nariz, engula o ar; usando os
músculos do estômago, empurre o ar para debaixo do umbigo, levantando a pélvis e tensando os glúteos.
Bata três vezes com o punho coberto. Expire pela boca. Realize este exercício pelo menos uma vez na
direcção de cada ponto cardinal, Norte, Sul, Este e Oeste.
EXERCÍCIO 2
Realize a série de Mãos em Oração, Mãos Vazias e Mão cobrindo o Punho. Leve esta última mais abaixo do
umbigo (todos estes movimentos foram feitos numa posição normal, pés juntos, calcanhares unidos,
enquanto que os dedos dos pés fazem um ângulo de 45º) e a partir daqui fazer o seguinte:
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1. Separe os pés à mesma largura dos ombros, como no exercício 1. Comece a separar os braços
pelo exterior, formando uma circunferência ascendente, com as mãos abertas e descontraídas.
A circunferência é formada subindo ambas as mãos sobre a cabeça, até que os cotovelos
estejam à altura dos olhos. Istosimboliza "O Universo".
2. Unindo as gemas dos dedos polegares e indicadores, formando um triângulo sobre a cabeça.
Isto simboliza "O Sol".
3. Abrindo ao máximo os dedos das mãos, mas mantendo o triângulo sobre a cabeça. Isto
simboliza "Os Raios do Sol".
4. Junte agora os dedos. Isto simboliza "A Lua".
5. Separe as mãos para os lados, ao mesmo tempo que torna a separar os dedos das mãos. Isto
simboliza "As Estrelas".
6. Leve outra vez ambas as mãos debaixo do umbigo, a esquerda cobrindo o punho direito.
7. Levante a cabeça para cima e olhe a um ângulo de 45º. Isto simboliza "O Céu".
8. Incline a cabeça e olhe para baixo. Isto simboliza "A Terra".
9. Olhe agora para a frente. Isto simboliza "A Humanidade".
10. Agora inspire profundamente pelo nariz, sem precisar de fazer nenhum gesto ou som nasal.
11. "Engula" o ar, como se de saliva se tratasse, e desça-o até ao baixo-ventre, empurrando-o
com os músculos abdominais.
12. Conte mentalmente até 10 segundos, mantendo o ar em baixo. Não faça tensões musculares.
13. Bata três vezes com o seu punho direito, que deve estar coberto pela mão esquerda.
14. Expire totalmente o ar pela boca.
15. Repita todo este exercício nos pontos cardinais. Três repetições por cada lado (12).
Também pode ser feito 10 vezes de cada lado, batendo com o canto das mãos, começando com
batimentos leves que vão aumentando de intensidade à medida que são repetidos.
Durante todo o exercício MEDITE acerca do significado de cada símbolo que consta no escudo.
Este hábito é fonte de descontracção e de desenvolvimento do domínio mental.
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Filosofia
"Uma viagem de mil milhas começa com um passo"
"Quando chegares ao cimo da montanha continua a subir"
Kenpo é uma Arte Marcial que procura o desenvolvimento do Ser Humano em todos os seus aspectos, (Físico,
Mental e Espiritual). Procura o conhecimento interior, o equilíbrio, a harmonia e uma convivência pacífica e
respeitosa com todos os Seres que nos rodeiam e acompanham no nosso caminho.
A verdadeira Defesa Pessoal é a Arte da Antecipação, prever as situações de perigo e evitá-las. A maior e
verdadeira autodefesa é viver e construir à nossa volta um mundo de paz e harmonia, mas em caso de
necessidade, numa situação de grande perigo para a vida, o Kenpoca está perfeitamente treinado para repelir a
agressão e aplicar técnicas devastadoras e letais para a integridade física do seu agressor. No aspecto físico, sair
vitorioso na defesa pessoal é a essência da Arte do Kenpo. Na defesa pessoal vence-se com o ritmo que nasce do
vazio, com a cadência que nasce da inteligência e com o conhecimento do ritmo do adversário, mas magoar, ferir
ou matar não é o caminho da Humanidade.
A parte interna, o verdadeiro espírito do Kenpo radica na humildade, na simplicidade e no autocontrole
permanente. Ser humilde significa ser respeitoso, responsável e justo com os outros e com nós mesmos. A pessoa
humilde não se rebaixa perante ninguém, nem tão pouco permite que alguém se rebaixe perante ela.
A prática persistente e contínua do Kenpo melhora a saúde, aumenta a longevidade e não é perigosa para os
praticantes. Não interessa quem o pratique, seja homem ou mulher, novo ou velho, fraco ou forte. O Kenpoca
deve sempre preservar os seus recursos físicos e utilizar a sua força e a sua energia economicamente. O Kenpo
desenvolve autoconfiança, desenvolve os nossos sentidos e a nossa mente para actuar e julgar de forma rápida e
estar sempre alerta. A Arte do Kenpo é uma ajuda inestimável na nossa vida diária.
O verdadeiro praticante Kenpo deve ter um espírito aberto, ser paciente, humilde, comedido e dar mostras de
uma calma interior absoluta. Deve treinar o seu espírito de uma forma contínua em termos de estratégia e táctica.
Devemos procurar a simplicidade, que é a chave da mestria, a perfeição, a pureza, a sinceridade e a entrega em
cada técnica, em cada movimento, em cada gesto. Deve-se interiorizar a técnica até ao ponto em que ela brote do
inconsciente como um movimento natural. Aquele que consiga aprender o poder do natural, será dono de
qualquer situação. Por esta razão a técnica não deve ser uma rotina mecânica, porque assim limitamos a nossa
mente e esta limitação torna-a rígida e carente de espírito. O treino constante deve ser uma parte normal da vida
para que o corpo e o espírito permaneçam mutáveis e alerta em qualquer situação.
Treina em cada dia com a ilusão, a entrega, o entusiasmo e o espírito do teu primeiro dia. Vive cada treino como
se fosse o último momento da tua vida e trabalha como se fosses viver eternamente.
Não te esqueças que o verdadeiro guerreiro só tem um homem a quem vencer: a si mesmo. O caminho do
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guerreiro é a via livre do conhecimento, sem apegar-se a nada nem a ninguém. Esse é o caminho do autêntico e
puro Kenpo. Cada qual traça o seu próprio caminho. O caminho está no nosso coração, na nossa consciência, no
nosso espírito. Transformar o coração do Universo no nosso próprio coração é o "Caminho do Guerreiro".
O Kenpo também se pratica como desporto de combate, mas é necessário ter sempre presente a filosofia do
verdadeiro e puro Kenpo. Para dominar a arte do combate é necessário aprofundar a filosofia, uma vez que sem
espírito o corpo não tem utilidade.
Sempre que golpeares fá-lo com o corpo e com o espírito. O poder do corpo e a mestria da técnica não são nada
sem a vigilância do espírito. Torna-se fundamental manter um espírito imparcial, equilibrado, justo
compreensivo e condescende em qualquer situação. Um verdadeiro Mestre de Kenpo luta sempre pela justiça,
mesmo que as condições sejam adversas. Ganhar ou perder, ou comparar-se com os outros, não é o verdadeiro
Kenpo.
A meta não é vencer ou ser vencido mas sim alcançar a perfeição e a sensatez em cada técnica e em cada acto da
nossa visa. Recorda sempre que o punho é um tesouro que deve permanecer escondido. Nunca se deve mostrar
em público.
Se reflectirmos sobre os seguintes provérbios, encontraremos o segredo da verdadeira Arte Marcial:
"Em acção flui como um rio. Na quietude permanece como uma montanha"
"Vem como o vento, vai como o relâmpago"
-MOTTO Acredita em Deus, respeita a lei, tenta não usar nenhum tipo de violência ou transgredir a Lei
por alguma razão, coopera com os agentes da Lei. Vive em paz e sê feliz. Obrigado!!!
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Árvore de Família
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James Masayoshi Mitose
James Masayoshi Mitose, o segundo filho de Otokichi Mitose e Kyoka Yoshida, nasceu a 30 de
Dezembro de 1916 em Kaelakekua, Hawaii. Com aproximadamente 4 anos de idade foi juntamente
com a sua irmã, enviado ao Japão aos cuidados dos avós maternos para estudar a arte da família,
Kosho-Shorei Kenpo com seu avô Sukuhei Yoshida. Mitose treinou no templo da família no Monte
Kinkai, Kumamoto, Kyushu, a sudoeste do Japão ( perto de Nagasaki ). Aos 14 anos de idade, James
M. Mitose tornou-se no 21º Grão Mestre de Kosho-Kenpo.
James Masayoshi Mitose, o segundo filho de Otokichi Mitose e Kyoka Yoshida, nasceu a 30 de
Dezembro de 1916 em Kaelakekua, Hawaii. Com aproximadamente 4 anos de idade foi juntamente
com a sua irmã, enviado ao Japão aos cuidados dos avós maternos para estudar a arte da família,
Kosho-Shorei Kenpo com seu avô Sukuhei Yoshida. Mitose treinou no templo da família no Monte
Kinkai, Kumamoto, Kyushu, a sudoeste do Japão ( perto de Nagasaki ). Aos 14 anos de idade, James
M. Mitose tornou-se no 21º Grão Mestre de Kosho-Kenpo.
Após 17 anos de treino, James Mitose regressa ao Hawaii.
Quando o Japão e os Estados Unidos da América entraram em guerra (II Guerra Mundial), James
Mitose deparou-se com um dilema. Por um lado era americano de nascença, por outro foi educado
no Japão. Decidiu então que seria leal à América. Em 1939, começou a ensinar os cadetes do
exército na Universidade do Hawaii.
Em 8 de Dezembro de 1941, após o bombardeamento de Pearl Harbor, Mitose alistouse na Guarda
Territorial e ali continuou até ser dispensado em 1942.
À medida que a guerra chegava ao fim, Mitose tentou ensinar todos os outros aspectos do
Kenpo, fundando o Official Self-Defense Club em Honolulu.
Em 1947 escreveu o livro What is Self-Defense? . Este livro apresentou a filosofia e as técnicas
de Kenpo.
James Mitose ensinou Kenpo até 1953, altura em que se apercebeu que os seus alunos estavam
demasiado envolvidos e interessados no aspecto violento da arte e não estavam interessados nos
aspectos não violentos do Kenpo. Frustrado e desgostoso, abandonou o ensino.
Após 15 anos de ensino, apenas 6 estudantes conseguiram o grau de 1º Dan Shodan.
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Esses alunos foram Jiro Nakamura, Thomas Young, William Chow (mais tarde conhecido como
Professor William Chow, de Kara Ho Kenpo), Paul Yamaguchi, Arthur Keawe e Edward Lowe.
Para perceber aquilo em que James Mitose acreditava, temos que entender as filosofias do estilo
de Mitose. Qual a diferença entre Verdadeira Defesa Pessoal e Defesa Pessoal?
Verdadeira Defesa Pessoal é a defesa sem contacto físico e sem violência, não tocar no corpo do
adversário de maneira alguma. Devemos ficar satisfeitos e felizes sabendo que podemos escapar
de uma agressão assim, sem magoar ninguém, construindo assim uma mente e um carácter
correcto. O verdadeiro objectivo é rodearmo-nos de paz, confiança e harmonia.
Defesa Pessoal, como se costuma ouvir dizer várias vezes, implica que quando uma pessoa se
defende tem que magoar ou mesmo matar quem nos ataca ou ataca entes queridos.
Os aspectos físicos da Defesa Pessoal são essenciais aos aspectos psicológicos ou mentais.
Humanidade é espiritual e físico, por isso não devemos negar a um em favor de outro.
Em 1974, dando-se como responsável moral pelos actos de um aluno seu, James Mitose foi
condenado a prisão perpétua por extorsão e assassínio. Faleceu na Penitenciária de Folsom,
Califórnia, a 27 de Março de 1981.
Thomas Barro Mitose
Thomas Barro Mitose Nasceu em Honolulu, Hawaii em 1940. Ele foi o primeiro filho de James
Mitose. Thomas Mitose foi separado do seu pai devido à época difícil que a família Mitose
atravessava e foi adoptado pela família Barro. Foi apenas com 6 anos que voltou a ver o seu pai.
Alguns anos depois, Thomas Mitose foi viver para São Francisco, onde começou a treinar
Kajukenbo com Joe Halbuna, de quem receberia o cinto negro.
Com aproximadamente 20 começou a treinar Kosho-Ryu com o seu pai, o 21º Grão-Mestre James
Masayoshi Mitose.
Thomas Mitose absorveu o conhecimento da arte da família em todos os aspectos, físicos e
filosóficos, tal como vinham a ser ensinados de geração em geração.
Após a morte do seu pai, Thomas Barro Mitose passou a ser o 22º Grão-Mestre de Kosho Ryu
Kenpo.
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