Soluções em Cabeamento Estruturado
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Soluções em Cabeamento Estruturado
2016 Soluções em Cabeamento Estruturado TREINAMENTO DE NETWORK 16/3/2016 1.1 INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE A BELLFONE A Bellfone foi fundada a mais de vinte e cinco anos e figura entre os principais distribuidores de produtos para sistemas de telecomunicações. Atualmente a Bellfone é reconhecida como líder na distribuição de produtos para redes de cabeamento estruturado. A missão da Bellfone é colocar seus clientes na vanguarda proporcionando um atendimento personalizado e eficiente, e um sistema de telecomunicações de primeira linha. Proporcionar soluções de cabeamento estruturado para as necessidades presentes e futuras de nossos clientes se converte em um desafio maior a cada dia. O segmento de telecomunicações tem presenciado uma evolução muito acentuada, uma importante proliferação e uma crescente dependência dos equipamentos eletrônicos. O objetivo agora é prover um sistema de cabeamento estruturado que integre fisicamente os diferentes produtos oferecidos pelos múltiplos fabricantes, desde redes locais até grandes sistemas de computadores integrados. A demanda por maiores velocidades de transmissão (Gigabit Ethernet1000Mbps) tem demonstrado claramente a importância de um sistema de cabeamento confiável que assegure a integridade dos sinais de dados. A filosofia da Bellfone gira em torno a oferecer sistemas de cabeamento estruturado confiáveis, que são projetados tendo em mente uma arquitetura de sistema aberto e que integrem facilmente redes de voz e dados sobre uma plataforma de comunicação. Os produtos que a Bellfone comercializa resolvem o que a maioria dos especialistas em telecomunicações poderiam mencionar como o maior dos seus pesadelos ao assegurar suporte para as redes de telecomunicações em operação e para as futuras tecnologias que serão desenvolvidas mediante uma rede eficiente, confiável e econômica. O objetivo da Bellfone é prover uma autopista de dado confiável para as necessidades dos seus clientes. A projeção da Bellfone tem sido estabelecida graças a seu êxito ao oferecer soluções completas, desde o desenho da camada física até o constante apoio técnico, assegurando a rápida finalização e integração dos sistemas dos seus clientes. 1.2 INTRODUÇÃO AO MANUAL DE CAPACITAÇÃO E REFERÊNCIA Este manual de capacitação está baseado em critérios estabelecidos pela norma ANSI/TIA/EIA 568B “Padrão para cabeamento de telecomunicações em edifícios comerciais”, e inclui o projeto, a instalação e a certificação de sistemas de cabeamento estruturado. Este manual cobre em detalhes as últimas especificações de telecomunicações, práticas de projeto e certificação dos sistemas instalados. Nenhuma citação ou texto contido neste manual deve ser interpretado ou usado para violar algum código elétrico nacional, regional ou do próprio edifício. Rua Caiapós, 110 CEP 09951-520 - Diadema - SP (11) 4061 8500 - www.bellfone.com.br Página 1 2.1 INTRODUÇÃO Por volta do ano de 1985, o governo dos Estados Unidos da América rompeu o monopólio telefônico da empresa American Telephone and Telegraph (AT&T). Antes desta mudança no mercado telefônico, as especificações de projeto e instalação das redes de cabeamento em edifícios comerciais eram estipuladas exclusivamente pela empresa AT&T. Diante este quadro surgiu a necessidade de contar com algum organismo que se encarregasse de padronizar os produtos, projetos e instalações das redes de cabeamento estruturado em edifícios comerciais. A padronização de sistemas de cabeamento estruturado evita a proliferação de “sistemas fechados”. Consideramos “sistemas fechados” todos aqueles projetados para uma aplicação em particular (ex: cabeamento IBM tipo 1, para redes “Token Ring”) e que não oferecem a possibilidade de utilizar o mesmo cabeamento para outras aplicações. 2.1.1 AMERICAN STANDARDS INSTITUTE / ANSI A ANSI é uma associação privada sem fins lucrativos que proporciona um foro neutro para o desenvolvimento de acordos de consenso, tendentes a padronização voluntária de sistemas, tais como os de cabeamento estruturado. A ANSI delega a redação das normas de cabeamento estruturado a duas associações da indústria: • Telecommunications Industry Association / TIA • Eletronic Industries Alliance / EIA 2.1.2 NORMAS A “NORMA” é uma forma resumida de dizer “padrão da indústria”, e representa o consenso dos fabricantes sobre a especificação, características técnicas e a instalação de um determinado produto. A padronização de um produto assegura a possibilidade de uma operação correta com produtos similares produzidos por outros fabricantes e evita que os clientes finais adquiram sistemas fechados. 2.1.3 CÓDIGOS Os códigos são conjuntos de normativas (padrões) que são adotados pelos governos e que tem como objetivo primordial proteger a vida humana. O código elétrico é um exemplo deste tipo de documentos. A aplicação de um código é legalmente. 2.1.4 CÓDIGOS E NORMAS As normas da ANSI/TIA/EIA asseguram a correta operação de um sistema de cabeamento estruturado, quando é usado como suporte para as distintas aplicações encontradas no mercado (dados, voz, imagem...). No caso de existir uma contradição entre o código elétrico e as normas da ANSI, com risco para a vida humana, deverá prevalecer o código elétrico. Um caso de contradição entre a indústria de telecomunicações e a indústria elétrica se encontra no máximo valor permissível para a resistência a terra em um edifício comercial. O código elétrico especifica 25 Ohms como um valor aceitável de resistência a terra e a indústria das telecomunicações requer valores menores de 4 Ohms como valores aceitáveis. Neste caso, escolher o valor recomendado pela indústria das telecomunicações não põe em risco a integridade do sistema, e sim, a melhora substancialmente. Rua Caiapós, 110 CEP 09951-520 - Diadema - SP (11) 4061 8500 - www.bellfone.com.br Página 2 2.1.5 COMITÊS TÉCNICOS DA TIA/EIA As normas produzidas pela TIA/EIA são escritas por comitês de peritos da indústria, provenientes das distintas empresas fabricantes e distribuidoras de produtos de cabeamento estruturado. Alguns exemplos de comitês ativos são os seguintes: • TR - 42.1 / ANSI/TIA/EIA 568B.1 / cabeamento em edifícios comerciais • TR - 42.7 / ANSI/TIA/EIA 568B.3 / componentes para cabeamento de fibras ópticas • TR - 42.7.2 / ANSI/TIA/EIA 568B.2-AD-1 / cabeamento categoria 6 2.1.6 ADENDO A indústria evolui constantemente e o desenvolvimento tecnológico é expresso junto às especificações da ANSI/TIA/EIA de duas formas distintas: adendos e Boletins de Suporte Técnico (TSB’s). OS adendos são documentos utilizados para incluir nas normativas vigentes, novos produtos com características e rendimentos superiores ao mínimo requerido pela norma. 2.1.7 BOLETINS DE SUPORTE TÉCNICO Os Boletins de Suporte Técnico (TSB’s) são documentos produzidos pela TIA/EIA que contém dados ou informações úteis para a comunidade técnica. Contém recomendações para uma melhor prática e contemplam os requisitos encontrados nas normas. 2.4 2.1.8 FLEXIBILIDADE DE PROJETO Um projeto de acordo com as normas da ANSI/TIA/EIA deverá cumprir os requisitos especificados para cada parte do sistema. Por definição podem ser identificados dois tipos de requisitos: Indispensáveis: são aqueles que asseguram o rendimento técnico esperado para o sistema de cabeamento. Um exemplo para este tipo de requisito se encontra na máxima distância de cabeamento sólido permitido para o cabeamento horizontal (90 m). Recomendados: são aqueles que representam a melhor prática e a melhor solução considerando futuras ampliações, remanejamentos de usuários e manutenção do sistema. Em alguns casos na prática, não é possível cumprir com alguma destas recomendações. Sem que seja necessário o embargo da obra, sempre será possível se obter um sistema que atenda com o mínimo requerido pela norma. 2.1.9 RELAÇÃO COM OUTROS DOCUMENTOS E NORMAS A norma 568B menciona como suplementos úteis o Manual de Métodos de Distribuição de Telecomunicações do Serviço Internacional de Consultoria para a Indústria da Construção (BICSI), o Manual de Projeto e Planta Externa a Propriedade do Usuário e o Manual de Instalação para Cabeamentos de Telecomunicações. Estes manuais provêm práticas e métodos recomendados com os quais podem ser implementados muitos dos requisitos mencionados nas normas da ANSI. 2.5 Rua Caiapós, 110 CEP 09951-520 - Diadema - SP (11) 4061 8500 - www.bellfone.com.br Página 3 3.1 PANORAMA GERAL Este capítulo revisa de forma básica os conceitos sobre transmissão de sinais elétricos através de canais de comunicações construídos com cabos de cobre (supõe-se que o leitor tem conhecimentos básicos de eletricidade e tem intimidade com os termos Volts, Ampére e Ohms). 3.2 PARES DE COBRE O sistema de cabeamento estruturado recomendado nas normas ANSI/TIA/EIA utilizam cabos metálicos construídos de cobre. Um “par de cobre” é um conjunto de dois condutores com isolamento termoplástico que são entrelaçados de forma helicoidal ao longo de sua extensão. Esta característica é chamada comumente de “trançado” do par. FIGURA 3.1 – PARES DE COBRE 3.2.1 TRANÇADO DOS PARES DE COBRE Cada condutor em um par de cobre é capaz de atuar como uma antena, irradiando uma parte do sinal que transporta. Ao trançado dos condutores que formam um par de cobre se atribuída a responsabilidade do cancelamento de suas respectivas radiações, evitando que um par cause interferência ao meio. De igual maneira o trançado diminui a possibilidade que um par aceite a interferência proveniente do meio. A característica do trançado utilizado em cada par de cobre fica a critério de cada fabricante, a condição é que o cabo terminado deve cumprir com todos os requisitos de transmissão impostos pelas normas (ANSI/TIA/EIA 568B.2 – pontos 4.3.3.2 e 4.4.3.2). Os cabos disponíveis no mercado de cabeamento estruturado se encontram em tipos que vão desde 4 pares, tipicamente utilizados para levar dados e voz para as estações de trabalho, até cabos de múltiplos pares (25 ou mais) utilizados para levar extensões telefônicas para os diferentes pisos de um edifício. Dentro de um cabo o trançado é capaz de limitar a interferência entre os pares, no entanto não é capaz de eliminá-la completamente. Para minimizar este efeito, conhecido nos sistemas telefônicos como “diafonia”, varia-se o trançado entre os diferentes pares que compõem o cabo. Rua Caiapós, 110 CEP 09951-520 - Diadema - SP (11) 4061 8500 - www.bellfone.com.br Página 4 FIGURA 3.2 – TRANÇADO NOS PARES DE COBRE Para aumentar a resistência do cabo contra possíveis interferências externas muitos fabricantes utilizam um tipo de trançado adicional: • Trançado primário: trançado que se aplica aos condutores para formar cada par. • Trançado secundário: Trançado adicional que se aplica aos cabos terminados. Esta característica é muito importante para o funcionamento do cabo depois da sua instalação. Alguns fabricantes utilizam uma espiral de plástico (“spline”) para assegurar a separação entre os pares e a integridade do trançado secundário (categoria 6). 3.3 CONDUTORES ELÉTRICOS Um condutor elétrico é qualquer material que pode transportar energia elétrica de um ponto a outro. O cobre tem sido reconhecido por muito tempo como padrão de condutividade. Várias propriedades do cobre convergem para que ele seja considerado o condutor mais adequado para transforma-lo em fios e cabos. Os cabos de pares trançados e os cabos coaxiais são normalmente fabricados com condutores de cobre. O cobre estabelece um padrão de comparação de condutividade com outros metais. Quando é utilizado o cobre recozido como valor de referência é o mesmo que dizer 100% de condutividade. Outros condutores comuns têm menos do que os 100% de condutividade elétrica atribuídos ao cobre recozido. 3.3.1 CONDUTORES SÓLIDOS Este é o tipo de condutor utilizado nos cabeamentos permanentes (dentro de paredes, tubulações, pisos falsos, etc). Os dispositivos necessários para a terminação deste tipo de condutores são os mais confiáveis e os mais econômicos. As normas da ANSI/TIA/EIA recomendam terminações do tipo IDC para os condutores (Insulation Displacement Contact – Contato pelo deslocamento do isolante). Rua Caiapós, 110 CEP 09951-520 - Diadema - SP (11) 4061 8500 - www.bellfone.com.br Página 5 FIGURA 3.3 – CONDUTORES SÓLIDOS O tipo de conexão IDC garante uma terminação confiável do ponto de vista mecânico, ao mesmo tempo em que assegura um excelente desempenho elétrico. FIGURA 3.4 – TERMINAÇÕES IDC 3.3.2 AMERICAN WIRE GAUGE / AWG A espessura de um condutor é especificada geralmente com base na área da seção transversal. Nos Estados Unidos da América se identifica a espessura dos condutores pelo sistema Americano de Medidas de Cabos / AWG. O AWG, também conhecido como calibre de Brown & Sharpe, foi desenvolvido em 1857 por J.R. Brown. Cada espessura é classificada por uma especificação de um diâmetro mínimo (0,005”), um máximo (0,46”) e 38 diferentes espessuras intermediárias obtidas por uma progressão geométrica. O diâmetro menor corresponde ao calibre 36 AWG / diâmetro (φ) = 0,005” e o maior corresponde ao calibre 4/0 AWG / diâmetro (φ) = 0,46”. Nos Estados Unidos da América se especifica a área da seção transversal de cada condutor em cmil. Um cmil é a área da seção transversal de um círculo com diâmetro de um milésimo de polegada (0,001”). A área da seção transversal medida em cmil pode ser obtida elevando ao quadrado o diâmetro medido em milésimos de polegada. Para os condutores multifilares (stranded), a área da seção transversal é obtida com a soma da área de cada fio. Rua Caiapós, 110 CEP 09951-520 - Diadema - SP (11) 4061 8500 - www.bellfone.com.br Página 6 Os calibres maiores a 4/0 são medidos em Kcmil (milhares de cmil / anteriormente MCM). A seguinte tabela resume as características de alguns calibres de cabos. Calibre AWG 1/0 2/0 3/0 4/0 Diâmetro - milésimos de polegada - Área da seção Transversal - Kcmil - 324,9 364,8 409,6 460 105,6 133,1 167,8 211,6 3.3.3 CONDUTORES MULTIFILARES Estes condutores são preferidos para uso em cabos de equipamentos e cordões de conexão por sua maior flexibilidade mecânica. Para se obter o mesmo desempenho dos cabos sólidos os projetos de cabos multifilares frequentemente resultam em produtos mais caros. Além do custo do cabo, os dispositivos e ferramentas necessários para sua terminação também elevam o custo do sistema. FIGURA 3.5 – CONDUTORES MULTIFILARES Os condutores multifilares utilizados em cordões de conexão e cabos de equipamentos são terminados com conectores modulares (plugues). Deve-se ter o cuidado de não utilizar terminações IDC para cabos multifilares. Também deve-se evitar a terminação de cabos sólidos em conectores modulares especificados para cabos multifilares. FIGURA 3.6 – TERMINAÇÕES PARA CABOS MULTIFILARES 3.3.4 CALIBRES RECOMENDADOS PELA ANSI A norma ANSI/TIA/EIA 568B.2 define características mínimas para os condutores que formam cada par de um cabo de pares trançados. Recomenda-se um calibre entre 22 e 24 AWG, com um diâmetro nominal para o condutor isolado de 1,22 mm. Rua Caiapós, 110 CEP 09951-520 - Diadema - SP (11) 4061 8500 - www.bellfone.com.br Página 7 3.4 ISOLAMENTO A cada um dos condutores que formam os pares de cobre se aplica uma capa de isolação feita de materiais como o Polietileno / PE (ambientes “não plenum”), ou o Etileno Propileno Fluorado / FEP (ambientes “plenum”). O isolamento em um cabo de telecomunicações cumpre vários propósitos: • Evitar o contato elétrico com outros condutores. • Definir parâmetros de funcionamento do cabo tais como atenuação, retardo de propagação, delay skew e impedância característica. • Oferecer uma garantia de segurança do cabo quando o mesmo é utilizado em ambientes plenum. Para completar a construção de um cabo se aplica uma capa final de isolamento sobre o conjunto de 4 ou mais pares de cobre. Os materiais usados para a construção desta cobertura exterior são geralmente Cloreto de Polivinila / PVC (ambientes “não plenum”) e variações de PVC retardantes a chama e com baixa produção de fumaça tóxica (ambientes plenum). FIGURA 3.7 – ISOLAMENTOS 3.5 BLINDAGEM METÁLICA Com a finalidade de aumentar a capacidade de um cabo de impelir qualquer interferência do proveniente do meio pode-se utilizar uma cobertura metálica conectada a terra (aterrada). Uma blindagem metálica sempre é tão efetiva como o sistema de aterramento a que está conectada. A experiência prática, depois de numerosos projetos, indica que na presença de um mal sistema de aterramento um cabo blindado poderia ser pior solução que um cabo sem blindagem. Uma blindagem conectada a um sistema de aterramento deficiente, ou não conectada a terra, poderia atuar como uma grande antena instalada ao longo do percurso seguido pelo cabo. FIGURA 3.8 – BLINDAGEM METÁLICA Rua Caiapós, 110 CEP 09951-520 - Diadema - SP (11) 4061 8500 - www.bellfone.com.br Página 8 3.6 ARMADURA METÁLICA Os cabos de planta externa opcionalmente contam com uma capa metálica de grande resistência para operar em ambientes em que se espera abuso mecânico (maquinaria, roedores, etc). A armadura é colocada antes de aplicar a capa externa do cabo. Este tipo de armadura deverá ser aterrada para proteger a equipe técnica de possíveis induções elétricas. FIGURA 3.9 – ARMADURA METÁLICA 3.7 CABOS INTRAEDIFÍCIO 3.7.1 CABOS UTP UTP: Unshielded Twisted Pair / Par Trançado sem Blindagem. Estes cabos estão disponíveis em versões de 4 pares para chegar até as estações de trabalho e de 25 pares ou mais para serem utilizados desde a central telefônica até cada pavimento. O calibre permitido está entre 22 e 24 AWG com um diâmetro máximo para o cabo de 4 pares de 0,25” (ANSI/TIA/EIA 568B.2). Alguns cabos UTP de 4 pares utilizam uma espiral plástica (“spline”) como elemento central separador. Este elemento mantém não só a separação entre os pares de um mesmo cabo como também o trançamento secundário durante a instalação do mesmo. Este tipo de fabricação é típica em cabos categoria 6. FIGURA 3.10 – CABOS UTP Rua Caiapós, 110 CEP 09951-520 - Diadema - SP (11) 4061 8500 - www.bellfone.com.br Página 9 3.7.2 CABOS ScTP ScTP: Screened Twisted Pair / Par Trançado Laminado. Estes cabos são fabricados com uma lâmina metálica para reforçar o isolamento conjunto de pares e diminuir ações de indução com o meio após o sistema estar aterrado. É comum encontrar cabos com calibre de até 26 AWG em cordões de conexão e cabos de equipamentos. FIGURA 3.11 – CABOS ScTP 3.7.3 CABOS STP STP: Shielded Twisted Pair / Par Trançado com Blindagem. Estes cabos não são aceitos pelas normas vigentes da ANSI. Corresponde ao cabo tipo 1 da companhia IBM para a operação de redes de computadores “Token Ring”. Este é um cabo de 2 pares com espessura de 22 AWG com dupla blindagem. FIGURA 3.12 – CABOS STP Rua Caiapós, 110 CEP 09951-520 - Diadema - SP (11) 4061 8500 - www.bellfone.com.br Página 10 3.8 CABOS INTEREDIFÍCIO 3.8.1 CABOS SUBTERRÂNEOS Os cabos multipares UTP e ScTP para aplicação subterrânea geralmente dispõem de uma armadura metálica e um gel não-absorvente para prevenir a entrada de umidade. Os cabos UTP e ScTP de 4 pares são cabos projetados exclusivamente para uso interno. Para os casos em que a solução mais econômica seria um cabeamento horizontal subterrâneo, existem no mercado cabos de 4 pares especialmente fabricados para aplicações subterrâneas de curta distância (menores que 90 metros). Esses cabos combinam uma capa especial e um gel não absorvente. FIGURA 3.13 – CABOS INTEREDIFÍCIOS SUBTERRÂNEOS 3.8.2 CABOS AÉREOS Os cabos para aplicações aéreas têm capas exteriores resistentes aos raios ultravioletas do sol. Além disso, contam com um elemento de auxílio mecânico para distribuir o peso do cabo, assim como sua carga (mensageiro). Pode-se utilizar o processo de “espinar” o cabo, no entanto o fabricante deve ser consultado sobre a aplicação correta para não ocorrer de instalar um cabo de uso subterrâneo em uma via aérea e comprometer o seu uso com o tempo. FIGURA 3.14 – CABOS AÉREOS Rua Caiapós, 110 CEP 09951-520 - Diadema - SP (11) 4061 8500 - www.bellfone.com.br Página 11 3.9 CABOS COAXIAIS O cabo coaxial proporciona um grau de proteção muito mais elevado contra a interferência elétrica que os cabos de par trançado padrão. Os cabos coaxiais são formados por um condutor central isolado de outro condutor exterior e uma capa opcional. O condutor central: • Transporta o sinal transmitido. • Pode ser um condutor sólido, oco ou cabo multifilar. O condutor externo: • Pode ser de uma malha composta por fios de cobre ou um tubo de liga de alumínio, ou ambos. • Proporciona a via de retorno. • Absorve as interferências elétricas e por isso protege o condutor central de interferências externas. Também evita que o condutor central emita uma quantidade elevada de energia elétrica. FIGURA 3.15 – CABOS COAXIAIS Rua Caiapós, 110 CEP 09951-520 - Diadema - SP (11) 4061 8500 - www.bellfone.com.br Página 12 3.10 CANAIS DE TRANSMISSÃO Fazendo uso de algum dos tipos de cabos existentes é possível estabelecer um canal de comunicações. Os tipos de canais de comunicação que podem ser indicados dependem do sentido e do momento em que flui a informação. 3.10.1 CANAIS SIMPLEX Transmitem os sinais só em uma direção. Exemplo disso é o sistema de sonorização de um edifício. O sinal (que representa a voz em um alto falante) se transporta até um determinado número de alto falantes. Não há um meio dos ouvintes contestarem. 3.10.2 CANAIS SEMIDUPLEX (HALF DUPLEX) Os canais de transmissão semiduplex podem transmitir sinais em ambas as direções, porém, em uma direção de cada vez. Isto necessita um acordo entre as estações e necessita normalmente: • Algum equipamento que faça a função de comutador “pulsar para falar” nos circuitos de voz • Estabelece um conjunto de regras que permitam executar um intercâmbio de informação (um protocolo de sinalização) 3.10.3 CANAIS DUPLEX (FULL DUPLEX) Os canais de transmissão “full duplex” podem transmitir sinais em ambas as direções e a o mesmo tempo. Todas as linhas telefônicas modernas são “full duplex”, o que permite que ambas partes possam falar simultaneamente. Os novos sistemas de dados como o Gigabit Ethernet utilizam transmissão “full duplex”. Rua Caiapós, 110 CEP 09951-520 - Diadema - SP (11) 4061 8500 - www.bellfone.com.br Página 13 4.1 FUNDAMENTOS 4.1.1 REFLEXÃO E REFRAÇÃO DA LUZ A luz proveniente de um meio denso (como por exemplo a água – figura 4.1), será parcialmente refletida na fronteira com o outro meio de menor densidade (como por exemplo o ar – figura 4.1). Parte da luz passará para o meio menos denso (refração). FIGURA 4.1 – REFLEXÃO E REFRAÇÃO 4.1.2 REFLEXÃO INTERNA TOTAL Para ângulos iguais ou menores que um certo ângulo, chamado de ângulo crítico ou ângulo de Brewster, a luz não será capaz de passar ao meio menos denso. Este fenômeno é chamado reflexão interna total. FIGURA 4.2 – REFLEXÃO INTERNA TOTAL 4.1.3 ÍNDICE DE REFRAÇÃO A ANSI é uma associação privada sem fins lucrativos que proporciona um foro neutro para o desenvolvimento de acordos de consenso, tendentes a padronização voluntária de sistemas, tais como os de cabeamento estruturado. A ANSI delega a redação das normas de cabeamento estruturado a duas associações da indústria: • Telecommunications Industry Association / TIA • Eletronic Industries Alliance / EIA 4.1.4 RESUMO DAS CONDIÇÕES PARA A OBTENÇÃO DA REFLEXÃO TOTAL Em resumo, as condições para obtenção da refração total na fronteira entre os dois meios são as seguintes: • Deve-se contar que os dois meios tenham índices de refração diferentes. • A luz deve trafegar através do meio com maior índice de refração. O meio com menor índice de refração tem a função de criar uma fronteira para que a luz seja refletida. • A luz deve incidir sobre o meio de menor índice de refração com um ângulo menor ou igual ao ângulo crítico. Rua Caiapós, 110 CEP 09951-520 - Diadema - SP (11) 4061 8500 - www.bellfone.com.br Página 14 4.1.5 CONTRUÇÃO BÁSICA Uma fibra óptica é formada pela união de dois cilindros concêntricos feitos de vidro com diferentes índices de refração. Cada fibra óptica terminada tem um diâmetro menor que um fio de cabelo humano. A luz viaja refletindo na fronteira entre os dois cilindros. FIGURA 4.3 – CONSTRUÇÃO BÁSICA 4.1.6 NÚCLEO O núcleo (core) tem o maior índice de refração. A luz se propaga através do núcleo sempre, enquanto não exceda o ângulo crítico. O diâmetro máximo especificado pelas normas da ANSI para o núcleo é de 62,5 μm (fibras multimodo). Núcleo FIGURA 4.4 – NÚCLEO DA FIBRA ÓPTICA 4.1.7 CASCA OU COBERTURA A casca ou cobertura (cladding) recobre o núcleo e evita que a luz saia da fibra. Esta cobertura é fabricada com vidro de menor índice de refração. O diâmetro especificado nas normas ANSI é de 125μm para todos os tipos de fibras ópticas. Casca FIGURA 4.5 – CASCA OU COBERTURA DA FIBRA ÓPTICA Rua Caiapós, 110 CEP 09951-520 - Diadema - SP (11) 4061 8500 - www.bellfone.com.br Página 15 4.1.8 REVESTIMENTO PRIMÁRIO Uma fibra óptica é um meio demasiadamente frágil para ser manipulado diretamente. Durante o processo de fabricação se aplica um revestimento plástico de 250μm para aumentar a resistência mecânica da fibra (primary buffer). FIGURA 4.6 – REVESTIMENTO PRIMÁRIO 4.1.9 RAIO DE CURVATURA Uma fibra óptica pode ser curvada contanto que não se exceda o ângulo crítico. Se a curvatura é muito acentuada, uma parte da luz se perderá através da cobertura. O raio de curvatura do cabo depende do ângulo crítico. O ângulo crítico é um parâmetro manejado somente pelo fabricante. Os instaladores de fibras ópticas recebem a informação sobre o ângulo crítico na forma de um raio de curvatura mínimo para o cabo instalado. O raio de curvatura é um dos parâmetros chave para o êxito de um projeto de fibra óptica. FIGURA 4.7 – RAIO DE CURVATURA Rua Caiapós, 110 CEP 09951-520 - Diadema - SP (11) 4061 8500 - www.bellfone.com.br Página 16 4.1.10 FIBRAS MULTIMODO DE ÍNDICE ESCALONADO As primeiras fibras produzidas no mercado tinham núcleos relativamente grandes 62,5μm, permitindo que a luz propagasse em múltiplas trajetórias. Cada trajetória possível através do núcleo é chamada de modo de propagação. Uma fibra em que a luz se propaga através de múltiplas trajetórias é chamada de fibra multimodo. A troca brusca do índice de refração do núcleo e da cobertura é o que lhe atribui o nome de fibra óptica multimodo de índice escalonado. As fibras multimodo são tipicamente conectadas a transmissores ópticos com diodos emissores de luz (Light Emitting Diode / LED) e transportam informação digital em forma de pulsos de luz. FIGURA 4.8 – FIBRAS MULTIMODO DE ÍNDICE ESCALONADO 4.1.11 FIBRAS MULTIMODO DE ÍNDICE GRADUAL Por causa dos múltiplos modos de propagação através da fibra, os pulsos de informação transportados sofrem uma pequena variação na relação tempo-distância. Este efeito é conhecido como dispersão modal. A dispersão modal limita a velocidade de transmissão de pulsos de informação. Se a velocidade aumentar muito os pulsos recebidos acabariam por se misturarem. Pode-se reduzir a dispersão modal de duas maneiras: • Redução do diâmetro do núcleo. • Troca da construção do núcleo para obter uma troca suave do índice de refração, aumentando desde a cobertura até o centro do núcleo. Para reduzir a dispersão modal se constrói o núcleo depositando camadas sucessivas de vidro, e aumentando gradualmente o índice de refração de cada capa. Os modos que viajam por trajetórias mais largas encontram zonas de menor índice de refração, aumentando sua velocidade de propagação. FIGURA 4.9 – FIBRAS MULTIMODO DE ÍNDICE GRADUAL As normas da ANSI/TIA/EIA recomendam dois tipos de fibras multimodo de índice gradual: • Fibras multimodo 62,5/125μm • Fibras multimodo 50/125μm (o adendo ANSI/TIE/EIA 568B.3.1 introduz as fibras ópticas 50/125μm de alto desempenho como uma terceira opção) Rua Caiapós, 110 CEP 09951-520 - Diadema - SP (11) 4061 8500 - www.bellfone.com.br Página 17 4.1.12 FIBRAS MONOMODO A dispersão modal pode ser eliminada reduzindo o diâmetro do núcleo a valores da ordem de 10μm. Esta redução do núcleo requer um transmissor muito especializado que seja capaz de injetar luz em uma área tão reduzida: um LASER. As normas da ANSI/TIA/EIA recomendam o uso de fibras monomodo de índice escalonado. Este tipo de fibra permite maiores velocidades de transmissão de informação e maiores distâncias que as fibras multimodo. FIGURA 4.10 – FIBRAS MONOMODO 4.1.13 COMPRIMENTO DE ONDA Nos sistemas de fibras ópticas se utiliza o comprimento de onda em lugar da freqüência para diferenciar os sinais que se propagam pela fibra. A unidade usada para medir o comprimento de onda é o nanômetro / ηm. Os comprimentos de ondas recomendadas pela ANSI pertencem a banda infravermelha. • Sistema multimodo / diodos LED: 850ηm (primeira janela), 1.300ηm (segunda janela). • Sistema monomodo / diodos LASER: 1.310ηm (segunda janela), 1.550ηm (terceira janela). 4.1.14 ATENUAÇÃO E LARGURA DE BANDA A largura de banda é um parâmetro usado somente com as fibras multimodo. Os limites especificados nas normas ANSI/TIA/EIA para as fibras multimodo são os seguintes: • Multimodo 62,5/125μm: - 850 ηm: 3,75 dB / km – 160 MHz / km - 1.300 ηm: 1,5 dB / km – 500 MHz / km • Multimodo 50/125μm: - 1.310 ηm: 3,75 dB / km – 500MHz / km - 1.550 ηm: 1,5 dB / km – 500MHz / km A largura de banda não se aplica a fibras monomodo. A largura de banda é um parâmetro ligado com a dispersão modal e este fenômeno não se apresenta nas fibras monomodo. Os limites especificados nas normas são os seguintes: • Monomodo – cabos de planta interna - 1.310 ηm: 1,0 dB / km - 1.550 ηm: 1,0 dB / km • Monomodo – cabos de planta externa - 1.310 ηm: 0,5 dB / km - 1.550 ηm: 0,5 dB / km Rua Caiapós, 110 CEP 09951-520 - Diadema - SP (11) 4061 8500 - www.bellfone.com.br Página 18 4.2 CONECTORES ÓPTICOS Um conector de fibras ópticas é um encapsulado de precisão que enclausura a fibra, ou várias, com o propósito de manusear-las e alinhar-las perfeitamente com outras fibras. Só quando duas ou mais fibras são confrontadas nestas condições é que são possíveis as emissões de sinal de uma fibra para outra. Os núcleos das fibras devem estar completamente alinhados para que a luz possa passar de uma fibra para outra. O polimento e a limpeza nos extremos de cada conector é essencial para uma mínima perda de sinal. FIGURA 4.11 – CONECTORES ÓPTICOS 4.2.1 ACOPLADORES ÓPTICOS Para possibilitar o alinhamento dos conectores se utiliza um cilindro com diâmetro nominal similar ao do conector. O acoplador se encarrega de confinar o conector no lugar correto e permite a ação do mecanismo de pressão do conector. FIGURA 4.12 – ACOPLADORES ÓPTICOS 4.2.2 CONECTORES ST Conectores ST (Straigt Tip): Existe uma grande base instalada deste tipo de conectores. Disponíveis para aplicações multimodo e monomodo. Comum em equipamentos Ethernet. Não é possível organizar-los em pares (duplex) pela necessidade girar o conector um quarto de volta para sua conexão. 4.2.3 CONECTORES SC Conectores SC (Subscriber Connector): Disponíveis para aplicações multimodo e monomodo. Comum em equipamentos Fast Ethernet. Estes conectores podem ser organizados aos pares evitando possíveis trocas involuntárias entre transmissores e receptores. Rua Caiapós, 110 CEP 09951-520 - Diadema - SP (11) 4061 8500 - www.bellfone.com.br Página 19 4.2.4 CONECTORES MTRJ Conectores MT-RJ: Disponíveis para aplicações multimodo e monomodo. Comum em alguns equipamentos Gigabit Ethernet. Estes conectores terminam duas fibras ao mesmo tempo. Este tipo de conector é chamado de conector de “baixo fator de forma” (Small Form Factor – SFF) ou conector miniaturizado. 4.2.5 CONECTORES LC Conectores LC: Estes conectores estão disponíveis para aplicações multimodo e monomodo (em muitos casos são preferidos para aplicações monomodo). Estes conectores terminam somente uma fibra, porém, podem organizar-se em pares facilmente. Este é outro tipo de conector de baixo fator de forma. FIGURA 4.13 – TIPOS DE CONECTORES モPTICOS 4.2.6 TERMINAÇÕES ÓPTICAS Existem dois métodos de terminação óptica: Terminações por fusão: produzem uma união permanente e perdas muito baixas. Quando o nível do sinal é um parâmetro vital, a melhor solução é uma terminação feita por fusão. Estas terminações são utilizadas pelas empresas telefônicas em projetos de planta externa e longas distâncias. Terminações mecânicas: São soluções rápidas e de baixo custo. Muitos instaladores utilizam este método como solução provisória, preparando o a instalação para uma terminação por fusão posteriormente. Esta é uma opção válida em muitos cabeamentos de edifícios onde a distância de cada enlace em geral é relativamente curta. Rua Caiapós, 110 CEP 09951-520 - Diadema - SP (11) 4061 8500 - www.bellfone.com.br Página 20 4.2.7 ESPECIFICAÇÕES PARA TERMINAÇÕES E CONECTORES A norma ANSI/TIA/EIA 568B.3 recomenda para as terminações de fibras ópticas sejam elas por fusão ou mecânicas uma atenuação máxima de 0,3 dB. A norma ANSI/TIA/EIA 568B.3 especifica uma atenuação máxima de 0,75dB para os conectores ópticos (esta especificação corresponde a um par de conectores instalados). Para os conectores, acopladores e instalações de cabos multimodo, estes requisitos devem ser verificados em ambas os comprimentos de onda 850ηm e 1.300ηm. Para os conectores, acopladores e instalações de cabos monomodo, estes requisitos devem ser verificados em ambos os comprimentos de onda 1.310ηm e 1.550ηm. 4.3 CABOS DE FIBRAS ÓPTICAS 4.3.1 CABOS INTRA-EDIFÍCIOS Os cabos ópticos de planta interna utilizam uma capa plástica de proteção adicional aplicada diretamente sobre o revestimento primário. O diâmetro externo desta capa é de aproximadamente 900μm. Esta capa, conhecida como revestimento compacto (tight buffer) utiliza um código de cores para reconhecer cada fibra. NÚMERO DA FIBRA COR NÚMERO DA FIBRA COR 1 Azul 7 Vermelho 2 Laranja 8 Preto 3 Verde 9 Amarelo 4 Marrom 10 Púrpura 5 Cinza 11 Rosa 6 Branco 12 Azul Esverdeado O diâmetro do revestimento compacto é o mínimo recomendado para instalar conectores ópticos. Rua Caiapós, 110 CEP 09951-520 - Diadema - SP (11) 4061 8500 - www.bellfone.com.br Página 21 4.3.1.1 DISEÑO TRENZADO Os cabos de distribuição em plantas internas possuem um elemento central para suportar tração, fibras com revestimento compacto são colocadas ao seu redor, fios de aramida sobre as fibras para maior resistência a tração e uma capa plástica externa. Estes cabos podem ter a sua construção completamente dielétrica. FIGURA 4.14 – REVESTIMENTO COMPACTO FIGURA 4.15 – REVESTIMENTO COMPACTO 4.3.1.2 MULTI CORDÃO Neste tipo de cabo, cada par de fibras recebe um invólucro plástico de aproximadamente 3mm de diâmetro. Cada subunidade é disposta ao redor de um elemento de tração central. FIGURA 4.16 – MULTI CORDÃO Rua Caiapós, 110 CEP 09951-520 - Diadema - SP (11) 4061 8500 - www.bellfone.com.br Página 22 4.3.1.3 CABOS PARA CORDÕES DE CONEXÃO Estes cabos incluem uma camada de fibras de aramida e uma capa plástica exterior exclusiva para cada fibra. O diâmetro aproximado de cada fibra com todos os seus elementos de proteção é de aproximadamente 3mm. FIGURA 4.17 – CABOS PARA CORDÕES DE CONEXÃO 4.3.1 CABOS INTEREDIFÍCIOS Os cabos ópticos de planta externa utilizam tubos plásticos preenchidos por um gel não absorvente como proteção mecânica para as fibras que percorrem o interior do tubo livremente (loose tube). Esses tubos protetores isolam as fibras de qualquer esforço mecânico que possa afetar o cabo. FIGURA 4.18 – TUBOS PROTETORES – CABO “LOOSE TUBE” As fibras instaladas dentro dos tubos de proteção estão protegidas exclusivamente pelo seu revestimento primário (acrilato - 250μm). Não se deve instalar um conector óptico em fibras que contam apenas com seu revestimento primário. Nestes casos deve ser utilizado um kit de revestimento secundário para cada fibra, conhecido como “breakout kit”. Os tubos protetores e as fibras nos cabos de planta externa estão marcados com o mesmo código de cores utilizado para o revestimento secundário. Neste caso, quem recebe a coloração é o acrilato, pois a fibra não está revestida por um “buffer” – o “breakout kit” utiliza tubetes translúcidos para que a cor de cada fibra possa ser identificada. Rua Caiapós, 110 CEP 09951-520 - Diadema - SP (11) 4061 8500 - www.bellfone.com.br Página 23 4.3.2.1 CABOS SUBTERRÂNEOS Os fabricantes oferecem diferentes tipos de modelos de cabos, incluindo cabos híbridos que contém fibras multimodo e monomodo em um mesmo cabo. Os cabos para aplicações subterrânea utilizam em muito casos uma armadura metálica para proteger o cabo de possíveis abusos mecânicos. FIGURA 4.19 – CABOS SUBTERRÂNEOS 4.3.2.2 CABOS AÉREOS Os cabos ópticos para uso aéreo oferecem opções alternativas de construção, além do tradicional “figura 8”. Estes cabos utilizam uma capa protetora externa muito resistente e contém em seu interior fios metálicos para suportar o peso do cabo e sua carga de vento. FIGURA 4.20 – CABOS AÉREOS 4.4 SEGURANÇA NOS SISTEMAS DE FIBRAS ÓPTICAS Esta seção do manual explica os procedimentos necessários para trabalhar de forma segura com os sistemas de fibras ópticas. Cada técnico ou instalador tem uma influência direta sobre sua própria segurança. É importante que cada técnico ou instalador conheça a fundo e que siga estritamente as cláusulas de segurança definidas por sua companhia, pelo fabricante do produto e por autoridades locais ou nacionais. As recomendações de segurança incluídas neste manual não pretendem de forma alguma suplantar as de nenhuma organização ou firma. Rua Caiapós, 110 CEP 09951-520 - Diadema - SP (11) 4061 8500 - www.bellfone.com.br Página 24 4.4.1 RADIAÇÕES LASER Os transmissores LASER emitem radiações que potencialmente podem causar danos irreversíveis ao olho humano. Todas os comprimentos de ondas utilizados pelos sistemas LASER caem dentro da porção do espectro eletromagnético conhecida com infravermelho. As radiações infravermelhas não são visíveis ao olho humano. Apesar de que, oficialmente, estes comprimentos de onda não são visíveis, para algumas pessoas eles são perceptíveis. As radiações infravermelhas são aquelas que a pela humana interpreta como calor, por este motivo é de fundamental importância que não expor o olho a este tipo de radiação. 4.4.2 DIODOS LASER O acrônimo LASER provém do inglês “Light Amplification by Stimulated Emission of Radiation” (Amplificação da Luz por Emissão Estimulada de Radiação). Quando a luz é amplificada mediante este mecanismo ela se torna mais intensa. Os átomos do diodo no equipamento que produz o LASER são estimulados até elevá-los a níveis muito altos de energia. Uma vez que o diodo tenha sido carregado de energia suficiente, o mesmo produz um intenso raio de luz ou emite radiação (dentro deste contexto, radiação não tem relação nenhuma com radioatividade). As LASER’s tem níveis de potência entre –3 dBm (0,5 miliwatts) e +1 dBm (1,26 miliwatts), que é muito maior que o encontrado nos transmissores LED. 4.4.3 CLASSIFICAÇÃO DOS DISPOSITIVOS LASER O CDRH (Centro para Dispositivos e Saúde Radiológica) reguka os produtos LASER e seus fabricantes. Os regulamentos dentro do CRF1040 obrigam aos fabricantes a certificar seus produtos dentro de uma das quatro classes principais – 1, 2 ou 2a, 3, 3a ou 3b, 4) dependendo das características do LASER. Os LAS. Os LASER’s são classificados de acordo com seus limites de emissão, baseados em seu potencial de causar danos ao ser humano Rua Caiapós, 110 CEP 09951-520 - Diadema - SP (11) 4061 8500 - www.bellfone.com.br Página 25 Classe 1 LASER de muito baixa potência, considerado essencialmente seguro. Classe 2 LASER visível cujo comprimento de onda varia de 400 a 700ηm. Dentro desta margem o olho humano se protege utilizando a reflexão causada pelo pestañeo. Classe 2a LASER visível cujo comprimento de onda varia de 400 a 700ηm, ele não foi projetado para ser visto. Este LASER requer somente 1mW para operar. Classe 3 LASER de média potência que pode causar dano ao olho humano quando é olhado diretamente, com ou sem o uso de um dispositivo de aumento. Os óculos utilizados para corrigir defeitos de vista não são considerados dispositivos de aumento. Classe 3a LASER visível de média potência. Classe 3b LASER invisível de média potência. Classe 4 LASER com muito alta potência que pode causar mal ao olho humano quando é olhado de forma direta ou indireta (refletido), ou de forma difusa. Estes LASER’s podem causar danos também a pele, assim como causar incêndios. Utilizam altas correntes e altas tensões, sendo sua fonte de alimentação potencialmente letal. 4.4.4 DANOS AO OLHO HUMANO Os LASER’s e os LED’s podem causar danos ao olho humano quando são olhados diretamente ou através de dispositivos de aumento. A densidade da potência do raio de luz é amplificada cerca de 10.000 vezes quando chega na retina. Um raio de luz, com pouca densidade de potência, que penetre em um olho humano, pode acarretar em danos para a retina devido à amplificação que ocorre quando o raio atravessa a córnea. Os cabos que interconectam componentes dentro de um sistema de fibras ópticas podem ser desconectados ou quebrados e isto pode expor as pessoas à emissões de radiações potencialmente daninhas. Rua Caiapós, 110 CEP 09951-520 - Diadema - SP (11) 4061 8500 - www.bellfone.com.br Página 26 4.4.5 PRECAUÇÕES AO MANIPULAR FIBRAS ÓPTICAS Devido ao tamanho dos fragmentos de fibra produzidos durante trabalhos com a instalação de conectores ópticos, sua presença é normalmente difícil de detectar. É preferível seguir os procedimentos de segurança do que retirar fragmentos de fibra da pele. O manejo prudente e a eliminação apropriada dos resíduos de fibra óptica garantem ao técnico ou instalador, assim como ao pessoal que mantém contato com a área de trabalho, um ambiente seguro. Abaixo seguem algumas recomendações de segurança: • Utilizar uma superfície de trabalho de cor escura proporciona contraste suficiente para manusear a fibra e ajuda a detectar com mais facilidade fragmentos de fibra. Melhor visibilidade conduz a uma maior segurança no manejo da fibra e na eliminação de resíduos. • Descartar os resíduos de fibra em um recipiente plástico com tampa de rosca. • Não colocar os resíduos em um cesto de lixo sem que os mesmos estejam confinados em um recipiente como o descrito anteriormente. Uma pessoa alheia ao trabalho poderia compactar a lixeira e receber fragmentos de fibra na sua pele e em seus olhos. • É perigoso ingerir alimentos ou bebidas no local onde está sendo manuseada a fibra óptica. Fragmentos de fibra podem cair na bebida ou incrustar-se nos alimentos. • Lavar as mãos antes de tocar a face ou os olhos depois de manusear a fibra óptica. • Varrer ou aspirar o piso ao término dos trabalhos com fibras ópticas. • Nunca atirar resíduos de fibras ópticas para baixo de pisos elevados, pois os mesmos podem voar quando o piso é aberto devido a pressão de ar debaixo do piso. 4.4.6 DISPOSITIVOS DE AUMENTO Antes de utilizar um microscópio para inspeção, deve-se garantir que a fibra que será examinada não está emitindo nenhum tipo de radiação óptica. Isto pode ser detectado com o uso de um equipamento medidor de potência óptica, sempre e quando o medidor esteja calibrado para responder a todos os comprimentos de onda gerados para aquele sistema. Em alguns casos pode ser necessário monitorar a fibra em mais de um comprimento de onda. O método mais seguro é inspecionar o extremo oposto da fibra em questão e desconecta-la de qualquer fonte de luz. Rua Caiapós, 110 CEP 09951-520 - Diadema - SP (11) 4061 8500 - www.bellfone.com.br Página 27 4.5 FABRICANTES DE FIBRAS モPTICAS 4.5.1 PRODUヌテO DA PREFORMA Os fabricantes de fibra óptica começam com um tubo de vidro oco de aproximadamente três pés de comprimento (0,92m) fabricado com vidro da maior pureza disponível. Este tubo de vidro é montado em uma máquina que o faz girar constantemente, ao mesmo tempo em que faz transpassar vidro em sua fase gasosa no interior do tubo. Numerosas camadas de vidro são depositadas no interior do tubo enquanto o mesmo continua girando com freqüência. Depois de várias horas de processo o tubo de vidro é aquecido até colapsar e o orifício central ser colmatado completamente. O resultado é um bastão de vidro sólido chamado de preforma.O tubo de vidro original é a casca da fibra e o vidro depositado em seu interior é o núcleo. 4.5.2 ESTICAMENTO DA PREFORMA A preforma terminada é montada em uma máquina que a coloca na o entrada de um forno de alta temperatura (cerca de 1.500 C), instalado na parte superior de uma planta de produção (equivalente a um edifício de quatro pavimentos). A parte inferior da preforma é aquecida além da temperatura de fusão do vidro até reduzir o diâmetro original ao diâmetro apropriado para a fibra. A fibra passa por dispositivos detectores LASER que controlam o diâmetro do produto atuando sobre a velocidade do carretel que está recebendo a fibra na parte inferior da planta de produção. O diâmetro da fibra é mantido dentro de estritos limites de tolerância. O diâmetro final da fibra óptica é de 125μm ou aproximadamente 0,005” (cinco milésimos de polegada). Rua Caiapós, 110 CEP 09951-520 - Diadema - SP (11) 4061 8500 - www.bellfone.com.br Página 28 4.5.3 APLICAÇÕES DE REVESTIMENTO PRIMÁRIO São aplicadas camadas de polímeros para proteger a fibra de danos físicos ou de uma possível contaminação. A fibra passa através de um dispositivo similar a um forno para a secagem das capas protetoras. O diâmetro do revestimento primário (primary buffer) é de 250μm, ou cerca de 0,01” (um centésimo de polegada). A fibra então é dirigida a um carretel onde será armazenada e posteriormente testada para depois ser utilizada na fabricação dos cabos. Uma preforma pode render vários kilômetros de fibra Rua Caiapós, 110 CEP 09951-520 - Diadema - SP (11) 4061 8500 - www.bellfone.com.br Página 29 5.1 NORMA ANSI/TIA/EIA 568B 5.1.1 VERSÕES ANTERIORES A versão anterior à norma ANSI/TIA/EIA 568B é a versão ANSI/TIA/EIA 568A. Esta norma foi complementada por 10 documentos: • ANSI/TIA/EIA 568A.1 Especificações de retardo de propagação e delay skew para cabos de 4 pares, 100 Ohms. • ANSI/TIA/EIA 568A.2 Correções e adicionais à norma 568A. • ANSI/TIA/EIA 568A Correções editoriais. • ANSI/TIA/EIA 568A.4 Método de teste para NEXT e requisitos de fabricação para cordões de conexão UTP. • ANSI/TIA/EIA 568A.5 Cabeamentos categoria 5e. • TIA/EIA TSB 67 Testes de campo para cabeamentos UTP categoria 5. • TIA/EIA TSB 72 Cabeamento centralizado de fibra óptica. • TIA/EIA TSB 75 Práticas adicionais de cabeamento horizontal para escritórios abertos. • TIA/EIA TSB 95 Testes de campo adicionais para cabeamentos categoria 5. • TIA/EIA/IS 729 Especificações técnicas para cabeamentos ScTP, 100 Ohms A norma e todos os documentos adicionais estão resumidos na nova norma ANSI/TIA/EIA 568B. Esta nova versão foi publicada Junho de 2002, em três partes: • ANSI/TIA/EIA 568B.1 Padrão de cabeamento de telecomunicações para edifícios comerciais. Parte 1: requisitos gerais. • ANSI/TIA/EIA 568B.2 Padrão de cabeamento de telecomunicações para edifícios comerciais. Parte 2: componentes para cabeamentos de pares trançados balanceados. • ANSI/TIA/EIA 568B.3 Padrão para componentes de cabeamento de fibra óptica. 5.1.2 ÂMBITO DE APLICAÇÃO Esta norma especifica requisitos mínimos para cabeamentos de telecomunicações nos edifícios comerciais e nos edifícios comerciais no ambiente de campus. Isto inclui locais com uma extensão geográfica de 3.000 m² (aproximadamente 10.000 pés²) até 1.000.000 m² (aproximadamente 10.000.000 pés²) de espaço de escritório e com a densidade de até 50.000 usuários. Os sistemas de cabeamento de telecomunicações especificados nesta norma podem ter uma vida útil acima de 10 anos. 5.5 Rua Caiapós, 110 CEP 09951-520 - Diadema - SP (11) 4061 8500 - www.bellfone.com.br Página 30 5.1.3 CATEGORIAS DE CABEAMENTO As categorias reconhecidas para sistemas de cabeamento de pares trançados são: • Categoria 6: está designação aplica-se aos cabos de 100 Ohms cujas características de transmissão estão especificadas até 250 Mhz (categoria 6 está definida no adendo ANSI/TIA/EIA 568B.2.1) • Categoria 5e: esta designação aplica-se aos cabos de 100 Ohms cujas características de transmissão estão especificadas até100 Mhz. • Categoria 3: esta designação aplica-se aos cabos de 100 Ohms cujas características de transmissão estão especificadas até 16 Mhz. As categorias 1, 2, 4 e 5 não são reconhecidas como parte desta norma. 5.1.4 SISTEMA HORIZONTAL O sistema horizontal é composto por cabos, terminações, canalizações, cabos de equipamentos e cordões de conexão, necessários para servir qualquer posto de trabalho. O sistema horizontal é instalado entre as áreas conhecidas como Salas de Telecomunicações (TR), e nas Áreas de Trabalho (WA). O cabeamento horizontal deve ser independente da aplicação. 5.1.4.1 - ÁREA DE TRABALHO / WA A área de trabalho é o espaço do edifício aonde os ocupantes interagem com os equipamentos de telecomunicações. 5.1.4.2 - SALA DE TELECOMUNICAÇÕES / TR Uma sala de telecomunicações é um espaço fechado para alojar equipamentos de telecomunicações, terminações dos cabos e cordões de conexão cruzada. A sala de telecomunicações é um espaço preparado para a conexão cruzada horizontal. 5.1.4.3 - CONEXÃO CRUZADA HORIZONTAL / HC Uma conexão cruzada horizontal é um conjunto de equipamentos de conexão e terminação usados para a interligação entre lances de cabeamento, sub-sistemas e equipamentos e que para tal fazem uso de cordões de conexão (patch cords) ou jumpers, e que são conectados a equipamentos de terminação nos dois extremos. A conexão cruzada horizontal se encarrega da conexão entre o sub-sistema de cabeamento horizontal com outros sub-sistemas como o de backbone vertical e outros equipamentos como switches ou equipamentos telefônicos. Rua Caiapós, 110 CEP 09951-520 - Diadema - SP (11) 4061 8500 - www.bellfone.com.br Página 31 FIGURA 5.1 - SALAS DE TELECOMUNICÕES (TR) FIGURA 5.2 - CONEXÃO CRUZADA HORIZONTAL (HC) Rua Caiapós, 110 CEP 09951-520 - Diadema - SP (11) 4061 8500 - www.bellfone.com.br Página 32 5.1.4.4 - TOPOLOGIA A norma 568B exige uma topologia em estrela para o sistema horizontal. FIGURA 5.3 - TOPOLOGIA ESTRELA Para implementar uma topologia em estrela, a norma 568B exige que qualquer saída/tomada de telecomunicações numa área de trabalho seja interligada a uma conexão cruzada horizontal numa sala de telecomunicações, através do cabo horizontal. Com relação à disposição dessa conexão cruzada, recomenda-se instalá-la no mesmo piso que a saída/tomada de telecomunicações. 5.1.4.5 - SAÍDA/TOMADA DE TELECOMUNICAÇÕES A saída/tomada de telecomunicações é o dispositivo de conexão instalado na área de trabalho, no qual termina o cabo horizontal ou qualquer cabo de equipamento. Nas áreas de trabalho utilizam-se conectores modulares de 8 posições para a terminação dos cabos horizontais de cobre. Esses conectores têm uma aparência externa similar aos anteriores conectores telefônicos conhecidos como “RJ-45s”. Apesar da mesma aparência, os conectores modulares utilizados em sistemas de cabeamento estruturado devem cumprir com especificações técnicas consideradas mais rígidas. Além do mais, o interior de um módulo atual é completamente diferente aos anteriores “RJ-45”. FIGURA 5.4 - UM HC POR PISO (RECOMENDAÇÃO) Rua Caiapós, 110 CEP 09951-520 - Diadema - SP (11) 4061 8500 - www.bellfone.com.br Página 33 FIGURA 5.5 - SAÍDA / TOMADA DE TELECOMUNICAÇÕES (TO) FIGURA 5.6 - CONECTORES MODULARES DE 8 POSIÇÕES 5.1.4.6 - COMPONENTES ESPECÍFICOS DA APLICAÇÃO Algumas redes de serviços requerem componentes elétricos específicos da aplicação (como dispositivos acopladores de impedância / BALUNs). Esses componentes elétricos específicos da aplicação não devem ser instalados como parte do cabeamento horizontal. Quando necessários, esses componentes devem ser colocados do lado de fora da saída/tomada de telecomunicações. 5.1.4.7 - PONTOS DE TRANSIÇÃO E PONTOS DE CONSOLIDAÇÃO O cabeamento horizontal não deve ter mais do que um ponto de transição ou um ponto de consolidação entre a conexão cruzada horizontal e a saída/tomada de telecomunicações. Derivações ou emendas não devem ser utilizadas como parte do cabeamento horizontal. Divisores ou Tap’s não devem ser instalados como parte do cabeamento horizontal de cobre ou de fibra óptica. FIGURA 5.7 - COMPONENTES ESPECÍFICOS DA APLICAÇÃO Rua Caiapós, 110 CEP 09951-520 - Diadema - SP (11) 4061 8500 - www.bellfone.com.br Página 34 5.1.4.8 - DISTÂNCIAS MÁXIMAS As distâncias máximas definidas para cada enlace horizontal são as seguintes: • Cabo Sólido: 90 metros (295 pés) • Cabos de equipamentos nas áreas de trabalho: 5 metros (16 pés) • Cordões de conexão (patch cords) ou manobras na sala de telecomunicações: 5 metros (16 pés) Em alguns casos é necessário o uso de cabos de equipamentos extras na Sala de telecomunicações, como requisito de conexão para alguma aplicação no sistema horizontal. Para padronizar o uso destes cordões de interligação a norma 568B permite o uso combinado de até 10 metros em cada enlace horizontal entre os cordões da Área de Trabalho e da Sala de Telecomunicações, cordões de conexão e cabos de manobra da Sala de Telecomunicações ou patch cords dos equipamentos na área de trabalho. FIGURA 5.8 - COMPRIMENTOS MÁXIMOS 5.1.4.9 - REQUISITOS MÍNIMOS Devem ser instaladas ao menos duas saídas/tomadas de telecomunicações em qualquer área de trabalho individual. 5.1.4.10 - CABOS RECONHECIDOS Dois tipos de cabos são reconhecidos e recomendados para serem usados no sistema de cabeamento horizontal. Estes cabos são: • Cabos de quatro pares trançados sem blindagem (UTP), ou cabos de quatro pares trançados revestidos por lâminas metalizadas (ScTP), 100 ohms, categorias 3, 5e (ANSI/TIA/EIA 568B.2), ou categoria 6 (ANSI/TIA/EIA 568B 2.1) • Duas ou mais fibras ópticas multimodo, 62,5/125 μm ou 50/125 μm (ANSI/TIA/EIA 568B.3), ou fibras multimodo 50/125 μm de alto desempenho (ANSI/TIA/EIA 568B.1) Rua Caiapós, 110 CEP 09951-520 - Diadema - SP (11) 4061 8500 - www.bellfone.com.br Página 35 5.1.4.11 - CONFIGURAÇÃO DAS SAÍDAS DE TELECOMUNICAÇÕES Uma saída/tomada de telecomunicações deve ser provida por: • Cabo de quatro pares, 100 Ohm, categoria 3 ou maior (recomenda-se categoria 5e ou categoria 6), conforme especificado nas normas ANSI/TIA/EIA 568B.2 ou ANSI/TIA/EIA 568B.2.1. A segunda saída/tomada de telecomunicações deve ser provida por algum dos seguintes meios: • Cabo de quatro pares categoria 5e ou categoria 6, 100 ohms, conforme as normas ANSI/TIA/EIA 568B.2 ou ANSI/TIA/EIA 568B.2.1 • Cabo de duas fibras ópticas multimodo 62,5/125 μm ou 50/125 μm, conforme especificado na norma ANSI/TIA/EIA 568B.3, ou fibra multimodo 50/125 μm de alto desempenho conforme especificado na norma ANSI/TIA/EIA 568B.3.1. Todo cabo de cobre deve ser terminado por um conector modular de oito posições numa área de trabalho. As atribuições dos pinos ou pares em qualquer conector devem ser conforme ilustrado na figura 5.9. A opção T568A é recomendada pela ANSI e a opção T568B se inclui, pois atende a certos equipamentos que as utilizam. As fibras ópticas horizontais que chegam na área de trabalho, devem ser terminadas numa saída/tomada de telecomunicações óptico que atende os requisitos da norma ANSI/TIA/EIA 568B.3, e o adendo ANSI/TIA/EIA 568B.3.1. Para facilitar reorganizações nos escritórios, deve considerar-se o uso de um estilo de conector duplex para a saída numa área de trabalho. O conector 568SC era sugerido anteriormente na norma ANSI/TIA/EIA 568A e deve continuar considerando-se como opção para a saída numa área de trabalho. Outros estilos de conectores, incluindo os de baixo fator, também podem ser considerados. FIGURA 5.9 - CONECTORES T568A OU CONECTORES T568B Rua Caiapós, 110 CEP 09951-520 - Diadema - SP (11) 4061 8500 - www.bellfone.com.br Página 36 5.1.4.12 - CABEAMENTO ScTP O adendo 1 publicado para a norma ANSI/TIA/EIA 568B.1 estabelece condições para a instalação dos cabos com blindagem metálicos. A blindagem dos cabos ScTP deve ser unida à Barra de aterramento para Telecomunicações (TGB) numa sala de telecomunicações. O aterramento numa área de trabalho é normalmente feito através da conexão de potência do equipamento. As conexões de blindagem numa área de trabalho são feitas através de cabo de equipamento ScTP que se estende desde a saída de telecomunicações (TO) até o equipamento, ou até o terminal de aterramento próprio. No extremo do cabeamento horizontal numa área de trabalho, a tensão medida entre a blindagem do cabo ou o cabo de terra da saída elétrica usada para dar potência à estação de trabalho, não deve exceder 1 Volt RMS. A carcaça do equipamento de conexão ScTP deve estar conectada à TGB na sala de telecomunicações. 5.1.4.13 - CABEAMENTO EM ESCRITÓRIOS ABERTOS Essa seção introduz recomendações complementares para aqueles espaços de escritório que são freqüentemente reorganizados. Para este tipo de ambiente de trabalho, a norma 568B.1 propõe duas soluções que possibilitam agregar um elemento de conexão adicional ao projeto básico de um enlace horizontal: • Saídas de Telecomunicações Multi Usuários / MUTOAs. • Pontos de Consolidação / Cps. 5.1.4.13.1 Saída de Telecomunicações Multi Usuário / MUTOA Conforme ilustrado na figura 5.10, esta solução reúne as saídas de telecomunicações num único lugar com o objetivo de oferecer uma flexibilidade maior para realizar movimentos ou trocas. Essa solução deve ser considerada quando os movimentos ou as trocas são mais freqüentes. Para tornar esta solução efetiva é necessário, em muitos casos, o uso de cabos de equipamento maiores que os 5 metros recomendados na norma 568B. O uso de um comprimento maior nos cabos de equipamento prejudica o desempenho elétrico dos enlaces horizontais, porém favorece a flexibilidade do sistema. Para limitar a deterioração elétrica nos enlaces horizontais, a norma 568B recomenda comprimentos máximos para os cabos de equipamentos. A norma 568B contém uma fórmula para o cálculo do comprimento do cabo de equipamento: C = (102-H) / (1+D) W = C – T 22 m (UTP – ScTP / 24 AWG) W = C – T 17 m (UTP – ScTP / 26 AWG) Onde: C = comprimento máximo total do cabo da área de trabalho, cabo do equipamento no TR ou cordão de conexão no TR, em metros. W = comprimento máximo do cabo de equipamento na Área de Trabalho H = comprimento do cabo horizontal (H+C 100m) D = fator de ajuste conforme o tipo de cordão de conexão (0,2 para UTP – ScTP / 24 AWG, ou 0,5 para ScTP / 26 AWG) T = comprimento total dos cordões de conexão ou cabos de equipamentos no TR Rua Caiapós, 110 CEP 09951-520 - Diadema - SP (11) 4061 8500 - www.bellfone.com.br Página 37 COMPRIMENTO DO CABO HORIZONTAL COMPRIMENTO MÁXIMO DO CABO DE EQUIPAMENTO NA AREA DE TRABALHO H metros (pés) W metros (pés) COMPRIMENTO TOTAL DOS CABOS DE EQUIPAMENTO EM WA, CORDÕES DE CONEXÃO OU CABOS DE EQUIPAMENTO EM TR C metros (pés) 90 (295) 5 (16) 10 (33) 85 (279) 9 (30) 14 (46) 80 (262) 13 (44) 18 (59) 75 (246) 17 (57) 22 (72) 70 (230) 22 (72) 27 (89) Cabos ScTP / 26 AWG: COMPRIMENTO DO CABO HORIZONTAL COMPRIMENTO MÁXIMO DO CABO DE EQUIPAMENTO NA AREA DE TRABALHO H metros (pés) W metros (pés) COMPRIMENTO TOTAL DOS CABOS DE EQUIPAMENTO EM WA, CORDÕES DE CONEXÃO OU CABOS DE EQUIPAMENTO EM TR C metros (pés) 90 (295) 4 (13) 8 (26) 85 (279) 7 (23) 11 (35) 80 (262) 11 (35) 15 (49) 75 (246) 14 (46) 18 (59) 70 (230) 17 (56) 21 (70) Cabos UTP / 24 AWG: A norma 568B recomenda que o desenho de enlaces horizontais inclua montagens de Saídas de Telecomunicações Multi Usuário ou Pontos de Consolidação: • MUTOA’s e CP’s devem ser instalados em estruturas acessíveis e permanentes do edifício, como colunas ou paredes. • Não se deve instalar MUTOA’s no teto. • As MUTUOA’s e os CP’s estão limitadas para servir no máximo 12 áreas de trabalho. • Deve-se considerar capacidade de reserva em MUTOA’s e CP’s. • Equipamentos ativos não devem ser conectados nos pontos de consolidação. • É preciso prestar atenção especial na junção dos pontos de consolidação para evitar possíveis falhas durante a operação do sistema. De fato a norma 568B.1 recomenda a instalação de um ponto de consolidação com não menos de 15 metros da sala de telecomunicações para prevenir a aparição de padrões de reflexão elétrica de sinais em trechos muito curtos de cabeamento. Rua Caiapós, 110 CEP 09951-520 - Diadema - SP (11) 4061 8500 - www.bellfone.com.br Página 38 FIGURA 5.10 - MUTOA 5.1.4.13.2 Ponto de Consolidação - CP Conforme ilustrado na figura 5.11, esta solução consiste em agregar um ponto de interconexão ao enlace horizontal, permitindo executar remanejamentos, adições e trocas sem a necessidade de substituir a totalidade do cabeamento horizontal instalado, trocando apenas o trecho de cabo entre o ponto de consolidação e a área de trabalho. Os pontos de consolidação devem ser instalados utilizando dispositivos de conexão que cumpram com a norma ANSI/TIA/EIA 568B.2 ou ANSI/TIA/EIA 568B.3 e deve ser classificado para ao menos 200 ciclos de reconexão. FIGURA 5.11 – PONTO DE CONSOLIDAÇÃO - CP Rua Caiapós, 110 CEP 09951-520 - Diadema - SP (11) 4061 8500 - www.bellfone.com.br Página 39 O Ponto de Consolidação difere-se da montagem de Caixas de Telecomunicação Multi Usuário por requerer um ponto de conexão a mais por enlace horizontal. Não devem ser usadas conexões cruzadas em um Ponto de Consolidação. Não deve ser utilizado mais do que um ponto de consolidação em cada enlace horizontal. Não deve ser utilizado um Ponto de Transição e um Ponto de Consolidação em um mesmo enlace horizontal. A norma ANSI/TIA/EIA 568B provê recomendações para a instalação de enlaces horizontais que incluem a montagem de Saídas de Telecomunicações Multi Usuário ou Pontos de Consolidação. • MUTOA’s e CP’s devem ser instalados em estruturas acessíveis e permanentes do edifício, como colunas e paredes. • Não devem instalar MUTOA’s a céu aberto. • As MUTOA’s e os CP’s devem ser limitados para servir um máximo de 12 áreas de trabalho. • Deve ser considerada a capacidade de reserva em MUTOA’s e CP’s. • Não devem ser conectados equipamentos ativos nos pontos de consolidação. • Deve-se prestar especial atenção ao definir o posicionamento dos pontos de consolidação para evitar possíveis falhas durante a operação do sistema. A norma vigente ANSI/TIA/EIA 568B.1 recomenda a instalação de um ponto de consolidação a não menos que 15 metros da Sala de Telecomunicações para prevenir a aparição de parâmetros de reflexão elétrica de sinais em trechos muito curtos de cabeamento. FIGURA 5.12 – 15 METROS DE DISTÂNCIA DO TR Rua Caiapós, 110 CEP 09951-520 - Diadema - SP (11) 4061 8500 - www.bellfone.com.br Página 40 5.1.4.14 - CABEAMENTO CENTRALIZADO DE FIBRA ÓPTICA Os requisitos para este tipo de solução de cabeamento encontram-se no anexo normativo A, da norma 568B. O cabeamento centralizado de fibra óptica é uma alternativa à conexão cruzada óptica localizada na sala de telecomunicações. FIGURA 5.13 - CABEAMENTO CENTRALIZADO DE FIBRA ÓPTICA Rua Caiapós, 110 CEP 09951-520 - Diadema - SP (11) 4061 8500 - www.bellfone.com.br Página 41 5.1.4.15 - CORDÕES DE CONEXÃO Nas normas ANSI/TIA/EIA 568B.2 e ANSI/TIA/EIA 568B.2.1 estabelecem os requisitos de construção e de medição de parâmetros elétricos para os cordões de conexão (patch cords). Os cabos usados para construir cordões de conexão, cordões de equipamento na área de trabalho, e cabos de equipamento, devem possuir condutores multifilares (“stranded”). Por ter um sistema de pinagem idêntico, os cordões de conexão terminados sejam T568A ou T568B podem ser usados intercambialmente, sempre que ambos extremos estejam terminados com o mesmo esquema de pinagem. Deve-se medir a perda por NEXT e a perda de retorno dos cordões de conexão, cordões numa área de trabalho e cabos de equipamento para todas as combinações de pares. FIGURA 5.14 - CORDÕES DE CONEXÃO (PATCH CORDS) Rua Caiapós, 110 CEP 09951-520 - Diadema - SP (11) 4061 8500 - www.bellfone.com.br Página 42 5.1.5 SISTEMA BACKBONE O cabeamento instalado entre qualquer piso do edifício e um ponto central, como o centro de computação ou a central telefônica, ou entre edifícios num ambiente de campus, recebe o nome de sistema backbone. O sistema backbone é composto por cabos que são escolhidos de acordo com a aplicação que dará suporte O ponto central do sistema de cabeamento backbone recebe o nome de Conexão Cruzada Principal / MC que em muitos casos coincide com a Sala de Equipamentos. FIGURA 5.15 - SISTEMA BACKBONE FIGURA 5.16 - CONEXÃO CRUZADA PRINCIPAL (MC) Rua Caiapós, 110 CEP 09951-520 - Diadema - SP (11) 4061 8500 - www.bellfone.com.br Página 43 5.1.5.1 - ENTRADA DE FACILIDADES / EF O espaço e equipamentos de terminação e proteção utilizados para entrada de cabos no edifício recebem o nome de Entrada de Facilidades (Ponto de terminação de Rede Externa - PTR). As instalações de entrada podem ser localizadas na sala de telecomunicações ou podem ser alocadas num local separado. 5.1.5.2 - TOPOLOGIA O cabeamento backbone deverá usar uma topologia em estrela organizada em dois níveis. O segundo nível de conexão cruzada se refere a possíveis Conexões Cruzadas Intermédias instaladas entre a MC e os HC em qualquer piso. A conexão cruzada intermédia (IC) é um ponto necessário para a administração do sistema de cabeamento nos casos de edifícios com múltiplos proprietários ou em ambientes de campus. Não se deve usar derivações, nem divisores como parte do sistema backbone. É preciso mencionar que as normas de ANSI não proíbem o uso de emendas no sistema de backbone. Em muitos sistemas de planta externa, o uso de emendas é necessário para chegar a uma solução eficiente do ponto de vista técnico e econômico. Rua Caiapós, 110 CEP 09951-520 - Diadema - SP (11) 4061 8500 - www.bellfone.com.br Página 44 5.1.5.3– CONEXÃO CRUZADA INTERMEDIÁRIA - IC A Conexão Cruzada Intermediária (IC) é um ponto necessário para a administração de um sistema de cabeamento estruturado em um prédio com múltiplos usuários ou em ambientes de CAMPUS. FIGURA 5.17 - CONEXÃO CRUZADA INTERMEDIÁRIA (IC) Rua Caiapós, 110 CEP 09951-520 - Diadema - SP (11) 4061 8500 - www.bellfone.com.br Página 45 5.1.5.4 - CABOS RECONHECIDOS Devido a ampla variedade de serviços e tamanhos dos locais onde se usará o cabeamento backbone, reconhece-se mais de um meio de transmissão. Este padrão especifica meios de transmissão que podem ser utilizados individualmente, ou em combinação, no sistema de cabeamento backbone. Os meios reconhecidos são: • Cabos de pares trançados de 100 ohms categoria 3, 5e ou 6 conforme especificado nas normas ANSI/TIA/EIA 568B.2 e ANSI/TIA/EIA 568B.2.1 • Cabos de fibra óptica multimodo 62,5/125μm, 50/125μm, ou 50/125μm de alto desempenho, conforme especificado nas normas ANSI/TIA/EIA 568B.3.1 • Cabos de fibra óptica monomodo conforme especificado na norma ANSI/TIA/EIA 568B.3 5.1.5.5 - COMPRIMENTOS MÁXIMOS A tabela seguinte resume as especificações da norma ANSI/TIA/EIA 568B.1 para os comprimentos máximos utilizados em sistemas de backbone. A figura 5.18 ilustra os diferentes segmentos do sistema de cabeamento. É importante destacar que os valores definidos como distâncias máximas não estão especificados para nenhuma aplicação em particular, e que não estão incluídas na norma para garantir a operação de nenhum sistema em particular. As distâncias máximas que permitem a operação correta do sistema backbone dependem da aplicação. LONGITUDES MÁXIMAS NO SISTEMA BACKBONE A C B TIPO DE MEIO - metros (pés) - metros (pés) - metros (pés) UTP / ScTP 800 (2627) 500 (1640) 300 (984) FIBRA MULTIMODO 2000 (6560) 1700 (5575) 300 (984) FIBRA 3000 (9840) 2700 (8855) 300 (984) MONOMODO Rua Caiapós, 110 CEP 09951-520 - Diadema - SP (11) 4061 8500 - www.bellfone.com.br Página 46 5.1.5.6 - CORDÕES DE CONEXÃO Na conexão cruzada principal, os comprimentos dos cordões de conexão e jumpers não devem exceder 20 metros (66 pés). Na conexão cruzada intermediária, os dois cordões de conexão e jumpers não também devem exceder 20 metros (66 pés). O comprimento do cabo usado para conectar equipamento de telecomunicações diretamente à conexão cruzada principal ou à conexão cruzada intermediária não deve exceder 30 metros (98 pés). A: Sistema backbone de primeiro nível. Segmento entre MC e HC C: Sistema backbone de primeiro nível. Segmento entre MC e IC B: Sistema backbone de segundo nível. Segmento entre IC e HC FIGURA 5.18 - DISTÂNCIAS MÁXIMAS NO SISTEMA BACKBONE Rua Caiapós, 110 CEP 09951-520 - Diadema - SP (11) 4061 8500 - www.bellfone.com.br Página 47 5.1.6 ANSI/TIA/EIA 568B.1 – ANEXO E As distâncias máximas recomendadas para o sistema backbone não garantem a operação correta das diferentes aplicações disponíveis no mercado. Como apoio ao projetista do sistema de cabeamento estruturado, a norma 568B.1 inclui um anexo que resume as características técnicas de várias aplicações de dados populares. Na seguinte página inclui-se a tabela E-1 encontrada no anexo E da norma 568B.1, incluindo as atualizações aprovadas através do adendo ANSI/TIA/EIA 568B.1.3 Notas para a tabela E-1: 1 Uma perda de acoplamento na fonte de 4,7 dB é usada como pior caso, quando se acopla uma fibra 50/125μm numa fonte LED otimizada para operar com fibras 62,5/125 μm. 2 NST é utilizado para aplicações que não estão citadas nas normas, porém que existem no mercado. 3 Essa aplicação especifica uma fibra 62,5/125μm com largura de banda de 200 MHz.Km @ 850 ηm. 4 A capacidade de 300 metros (984 pés) está especificada no documento de atualização para canal de fibra - FC-PH-2. 5 Para fibras 62,5/125μm, o IEEE especifica 220 metros (721 pés) para largura de banda modal de 160/500 MHz.Km e 275 metros (902 pés) para fibras com largura de banda modal de 200/500 MHz.Km. 6 Para fibras 50/125μm, o IEEE especifica 500 metros (1640 pés) para largura de banda modal de 400/400 MHz.Km, e 550 metros (1804 pés) para fibras com largura de banda modal de 500/500 MHz.Km. 7 O cálculo de potências e a capacidade de distância dependem da opção de classificação do transmissor e o receptor. A distância especificada corresponde ao maior valor calculado de potências. 8 Essa é uma aplicação estabelecida para o uso de LASER’s. Aonde não se indique são aplicações estabelecidas para o uso de LED’s. 9 A máxima atenuação do canal é baseada na perda da inserção do canal, mais a margem não estabelecida na norma IEEE 802.3z. 10 Distâncias para implementações específicas devem ser verificadas nos padrões da aplicação. Rua Caiapós, 110 CEP 09951-520 - Diadema - SP (11) 4061 8500 - www.bellfone.com.br Página 48 5.1.7 TESTES DE CAMPO PARA ENLACES DE COBRE Esta seção especifica as características elétricas dos equipamentos de teste em campo (“testers”), os métodos de teste e os requisitos de transmissão mínimos para sistemas de cabeamento UTP ou ScTP. Sua finalidade é especificar os requisitos de rendimento de transmissão dos enlaces de cabeamento UTP ou ScTP que sejam consistentes com as três categorias de cabo UTP ou ScTP aprovadas e com o hardware de conexão especificado na norma TIA/EIA 568B.1. Essa seção proporciona um ponto de referência para verificar o rendimento de um circuito instalado num edifício comercial. Os requisitos de transmissão definidos são indicados na comprovação em campo dos enlaces de cabeamento UTP ou ScTP instalados, utilizando equipamentos de teste. As características dos equipamentos de teste de campo (“testers”) necessárias para as medições de freqüências de modo ordenado ou escalonado de até 250 MHz foram desenvolvidos para assegurar medições consistentes e com uma precisão razoável. São aceitos outros métodos que utilizem técnicas no domínio da freqüência ou no domínio do tempo que demonstrem serem equivalentes com os requisitos dessa seção. Os métodos de medição no campo que definem os critérios de aceitação ou de falha de um enlace de cabeamento são propostos para verificar o cabeamento instalado. Os procedimentos de laboratório e configuração de teste também foram definidos para permitir a comparação dos resultados entre os equipamentos de teste em campo e os equipamentos de laboratório. Recomenda-se aos usuários desse documento consultar as normas das aplicações dos fabricantes de equipamento e dos integradores de sistemas para determinar a adequação desses requisitos para especificar aplicações de rede específicas. Os componentes utilizados no sistema de cabeamento devem cumprir os requisitos da norma TIA/EIA/-568B.1 e devem ser instalados de acordo com esta a norma. 5.1.7.1 - PARÂMETROS DE MEDIÇÃO É preciso efetuar os seguintes testes para verificar a performance de um enlace horizontal construído com cabo de cobre: • Mapa de cabos • Comprimento • Perda de inserção • NEXT • ELFEXT • Perda de retorno • Retardo de propagação • Delay Skew • PS NEXT • PS ELFEXT Rua Caiapós, 110 CEP 09951-520 - Diadema - SP (11) 4061 8500 - www.bellfone.com.br Página 49 5.1.7.2 - CONFIGURAÇÕES DE MEDIÇÃO Existem duas configurações diferentes para medição feita em campo. Para esses circuitos diferentes são definidos limites de rendimento diferentes e os equipamentos de teste portáteis devem poder comprovar ambas: 5.1.7.2.1 Enlace Permanente O enlace permanente está definido como o circuito mais simples e mais sensível e o é instalado com mais freqüência pelos empreiteiros nas construções novas, e inclui: • Saída/tomada de telecomunicações na área de trabalho • O cabo horizontal para qualquer estação de trabalho • O painel de conexão (patch panel) na sala de telecomunicações FIGURA 5.19 - ENLACE PERMANENTE 5.1.7.2.2 Canal O canal inclui TODO o cabeamento horizontal: • O cabo de equipamento na área de trabalho • Saída/tomada de telecomunicações na área de trabalho • O cabo horizontal para qualquer estação de trabalho • O painel de conexão (patch panel) na sala de telecomunicações • Os cordões de conexão (patch cords) utilizados na conexão cruzada horizontal • Qualquer painel de equipamento que seja requerido por alguma aplicação em particular • O cabo de equipamento que será necessário entre o painel de equipamento e o equipamento ativo (HUBs, Switches) FIGURA 5.20 - CANAL Rua Caiapós, 110 CEP 09951-520 - Diadema - SP (11) 4061 8500 - www.bellfone.com.br Página 50 5.1.7.3 - MAPA DE CABEAMENTO Esta medição determina a terminação correta de cada um dos condutores nas saídas/tomadas de telecomunicações e as salas de telecomunicações. As falhas de cabeamento mais freqüentes são as seguintes: • Pares invertidos • Pares cruzados • Pares divididos • Condutores desconectados • Curtos circuitos entre condutores 5.1.7.4 - COMPRIMENTO A comprovação do comprimento determina o comprimento físico do cabo instalado por meios eletrônicos. Para que a unidade de teste obtenha esta informação com precisão, a Velocidade Nominal de Propagação (NVP) para o cabo particular que está instalado deve ser configurada no programa do equipamento de testes. Se esta NVP não for conhecida, é preciso testar um trecho de comprimento conhecido de cabo para determinar a NVP e calibrar o equipamento de testes para os testes restantes. FIGURA 5.21 - MAPA DE CABOS Rua Caiapós, 110 CEP 09951-520 - Diadema - SP (11) 4061 8500 - www.bellfone.com.br Página 51 5.1.7.5 - PERDA DE INSERÇÃO A perda de inserção do circuito é a perda total de sinal de extremo a extremo. Será diferente para distintas categorias de cabo e para os tipos de circuito de teste: canal e enlace permanente. Este parâmetro era chamado “Atenuação” na versão anterior da norma 568. FIGURA 5.22 - COMPRIMENTO FIGURA 5.23 - PERDA DE INSERÇÃO 5.1.7.6- NEXT Este teste mede a quantidade de “ruído” criado em um dos pares de um cabo, quando um sinal de teste é injetado num outro par. Isso é diferente para categorias diferentes de cabo e para os dois tipos de circuitos para medições: canal e enlace permanente. Todos os pares são medidos quando comparados com o resto e a PIOR combinação de pares terá que atender os requisitos mínimos de rendimento FIGURA 5.24 - NEAR END CROSSTALK / NEXT Rua Caiapós, 110 CEP 09951-520 - Diadema - SP (11) 4061 8500 - www.bellfone.com.br Página 52 5.1.7.7 - ELFEXT Assim como o NEXT (Near End Crosstalk), o FEXT (Far End Crosstalk) leva em conta efeitos de indução dos sinais transmitidos em um dos pares de um cabo sobre os outros pares. A diferença com o NEXT é o ponto onde é executada a medição desses sinais induzidos. Para determinar o FEXT sinais de teste são injetados em um extremo do cabo e as medições são conduzidas ao outro extremo do cabo (Far End). Para calcular o ELFEXT é somada a perda de inserção de cada par ao valor de FEXT que foi determinado anteriormente para esse par. 5.31 FIGURA 5.25 - EQUAL LEVEL FAR END CROSSTALK / ELFEXT 5.1.7.8 - RETARDO DE PROPAGAÇÃO Este parâmetro determina o tempo máximo percorrido por cada um dos pares de um cabo de cobre. Nos sistemas de dados de alta velocidade este parâmetro é muito importante para assegurar a o tempo de transmissão correto do sistema. FIGURA 5.26 - RETARDO DE PROPAGAÇÃO Rua Caiapós, 110 CEP 09951-520 - Diadema - SP (11) 4061 8500 - www.bellfone.com.br Página 53 5.1.7.9 - DELAY SKEW Este parâmetro determina a diferença máxima no tempo de propagação encontrado em cada um dos pares de um cabo de cobre, com relação aos outros pares. Os sistemas de dados de alta velocidade, como 1000BASET / Gigabit Ethernet aproveitam a capacidade total do cabo utilizando os 4 pares ao mesmo tempo. Para aproveitar os 4 pares do cabo, o sinal a ser transmitido é primeiro dividido em 4 partes, uma parte para cada par, e logo é transmitido para ser recuperado e reconstruído no outro extremo do cabo. É importante que o tempo de propagação das 4 partes em que a informação fora dividida seja o mesmo, ou o mais próximo possível. Um valor baixo de Skew Delay garante uma diferença mínima para cada par num cabo de cobre. FIGURA 5.27 - DELAY SKEW 5.1.7.10 - PERDA DE RETORNO A perda de retorno comprova a presença de “ecos” elétricos em cada um dos pares que compõem um cabo. Uma transmissão elétrica através de um par de cobre produz um “retorno” de sinal ao passar pelos elementos de conexão necessários para o manejo do sistema de cabeamento, tais como painéis de conexão, cabos de conexão e as placas de saída que são instaladas em móveis e paredes. Estes “ecos” não são relevantes para o funcionamento das redes de dados que utilizam somente dois pares e que funcionam de forma Half-Duplex. É o caso de sistemas de dados como o Ethernet ou o Token Ring, que utilizam um para transmitir em um sentido e outro par diferente para transmitir no sentido oposto. Para o funcionamento de alguns sistemas de dados como 1000BASET, a presença de “ecos” elétricos nos pares de cobre limita fortemente o funcionamento destes equipamentos por utilizarem o modo de transmissão Full Duplex, e por terem transmissores e receptores de informação instalados nos 4 pares do cabo. FIGURA 5.28 - PERDA DE RETORNO Rua Caiapós, 110 CEP 09951-520 - Diadema - SP (11) 4061 8500 - www.bellfone.com.br Página 54 FIGURA 5.29 - PS NEXT 5.1.7.11 - PS NEXT – PS ELFEXT Todos os parâmetros definidos anteriormente para medir a diafonia (NEXT, ELFEXT) consideram unicamente as situações de um par interferindo num outro par. Não foi considerada a possibilidade de que vários pares interferem ao mesmo tempo a um determinado par dentro do mesmo cabo. No caso dos cabos UTP para o sistema horizontal, esta possibilidade é especificamente de 3 pares interferindo num único. Os novos parâmetros como PSNEXT e PSELFEXT impõem requisitos aos sistemas de cabeamento para levar em consideração estas situações de multi-interferência que não haviam sido consideradas anteriormente. FIGURA 5.30 - PS ELFEXT Rua Caiapós, 110 CEP 09951-520 - Diadema - SP (11) 4061 8500 - www.bellfone.com.br Página 55 5.1.8 TESTES DE CAMPO PARA ENLACES DE FIBRA ÓPTICA 5.1.8.1 - ENLACES ÓPTICOS Um enlace óptico é definido como o cabeamento passivo, incluindo cabo, conectores e acoplamentos (se estiverem presentes), entre os pontos de terminação com dispositivos de conexão de fibra óptica, conforme ilustrado na figura 5.31 FIGURA 5.31 - ENLACES ÓPTICOS 5.1.8.2 - ATENUAÇÃO A atenuação do enlace óptico é o único parâmetro de rendimento requerido na instalação de componentes que atendem este padrão. A largura de banda (multimodo) e a dispersão (monomodo) são parâmetros importantes de rendimento, porém não podem ser afetados adversamente pelas práticas de instalação, que devem ser comprovados pelo fabricante da fibra óptica e não requerem testes de campo. 5.1.8.3 - ENLACES HORIZONTAIS Os segmentos de cabeamento horizontal de fibra óptica só necessitam serem testados em um comprimento de onda. O enlace horizontal deve ser testado a 850 ηm ou 1300 ηm, e em uma única direção. Os resultados de atenuação devem ser menores que 2dB. Este valor está baseado nas perdas dos pares de conectores, um par na saída/tomada de telecomunicações e um par na conexão cruzada horizontal, mais 90 metros (295 pés) de cabo de fibra óptica. Para cabeamentos em escritórios abertos implementados com um ponto de consolidação, os resultados de atenuação devem ser menores que 2.75 dB. Rua Caiapós, 110 CEP 09951-520 - Diadema - SP (11) 4061 8500 - www.bellfone.com.br Página 56 5.1.8.4 - ENLACES DE BACKBONE Os segmentos de cabeamento backbone de fibra óptica devem ser comprovados pelo menos em uma direção e em ambos os comprimentos de onda. Estes comprimentos de onda são os seguintes: • Enlaces backbones monomodo: 1310 ηm e 1550 ηm. • Enlaces backbones multimodo: 850 ηm e 1300 ηm. Os enlaces de backbone podem alterar o comprimento, número de pares de conectores e número de emendas, por isso é necessário realizar um cálculo preliminar da atenuação esperada para cada conexão: PERDA DO ENLACE = PERDA DO CABO + PERDA DOS CONECTORES + PERDA DAS EMENDAS Rua Caiapós, 110 CEP 09951-520 - Diadema - SP (11) 4061 8500 - www.bellfone.com.br Página 57 5.2 NORMA ANSI/EIA/TIA 569A 5.2.1 VERSÕES ANTERIORES O objetivo desta norma é padronizar práticas de desenho e construção para tubulações dentro e entre edifícios (principalmente edifícios comerciais). Esta norma define os espaços ou as áreas do edifício, e as tubulações, por onde, dentro e através das quais, serão instalados os meios de telecomunicações. A versão anterior a esta norma, ANSI/TIA/EIA 569, não está mais em vigor. A versão vigente é a norma ANSI/TIA/EIA 569A, aprovada em Fevereiro de 1998. As principais variações com respeito à versão anterior são as seguintes: • A norma 569A não inclui tubulações entre edifícios (planta externa). • A separação mínima entre as linhas de comunicações e as linhas elétricas não está definida na norma 569. A tabela 10.4-1 colocada na versão anterior já não está mais em vigor. • Contém recomendações para especificação de MUTOA’s. • Contém recomendações para especificação de CP’s. • Contém, mediante um adendo aprovado na norma original, os espaços e tubulações em edifícios de vários proprietários. • Contém, mediante um adendo aprovado na norma original, tubulações atravessando lajes para as saídas de piso (método “poke thru”). 5.2.2 EDIFÍCIOS DE UM ÚNICO PROPRIETÁRIO. ESPAÇOS DE TELECOMUNICAÇÕES 5.2.2.1 - AREA DE TRABALHO Uma área de trabalho deve ter pelo menos uma saída/tomada de telecomunicações. Para efeito de planejamento, pode-se considerar uma área de trabalho para cada 10m² da área útil da laje, como média. O local determinado para cada saída de telecomunicações depende das condições que o usuário final definir, em geral recomenda-se um local próximo à saída elétrica que alimenta o equipamento de telecomunicações (dentro de 1 metro). A altura para a instalação da saída de telecomunicações depende dos móveis presentes e das necessidades do usuário final, porém pode-se considerar uma altura de 30 centímetros sobre o nível do piso terminado, na ausência de especificação. 5.38 5.2.2.2 - SAÍDAS DE TELECOMUNICAÇÕES MULTI USUÁRIO / MUTOA’s Uma MUTOA deve ser instalada em locais permanentes do edifício como parede ou colunas. Em nenhum caso deve instalar-se uma MUTOA em forros ou em pisos falsos fixos ou em algum espaço que dificulte o acesso de cordões de conexão, ou que não for permitido em códigos elétricos ou de construção de edifícios (Ex: ambientes plenum). O restante das condições de projeto para uma MUTOA são as mesmas que as definidas para um Ponto de Consolidação. Rua Caiapós, 110 CEP 09951-520 - Diadema - SP (11) 4061 8500 - www.bellfone.com.br Página 58 5.2.2.3 - PONTO DE CONSOLIDAÇÃO - CP O CP deve ser instalado em locais permanentes do edifício como paredes ou colunas. A instalação de um CP sobre o forro, ou abaixo de um piso falso, pode ser uma alternativa desejável para o cliente final nos casos em que o dispositivo afete a estética do ambiente. Este tipo de instalação é aceito sempre que no local escolhido não seja necessário o deslocamento de móveis pesados ou estruturas do edifício para obter acesso ao CP. O Ponto de Consolidação deve ser planejado para servir no máximo uma “zona de telecomunicações”, e que cada CP deve atender a 12 áreas de trabalho. Esta “zona de telecomunicações” está definida nesta norma 569A como uma área de piso útil, aproximadamente entre 34m² e 82m² (365 pés² a 900 pés²). Esta zona de telecomunicações corresponde em geral ao espaço entre 4 colunas de um edifício. Este critério de projeto usando “zonas de telecomunicações” deve também ser aplicado para as MUTOA’s. Os Pontos de Consolidação e as Saídas de Telecomunicações Multi-Usuário devem ser planejados para atender a um máximo de 12 áreas de trabalho. Esta recomendação consta na norma 569A para atender às recomendações de segurança em caso de incêndio, limitando o tamanho dos móveis usados nos escritórios para no máximo 12 postos de usuário por zona de telecomunicações. O motivo desta restrição é para impedir que um ou vários móveis obstruam as saídas de emergência. 5.2.2.4 - CAIXAS DE PASSAGEM E CAIXAS PARA EMENDAS A norma ANSI/TIA/EIA 569A diferencia as caixas de passagem das caixas de emenda de cabos, em virtude das diferenças nas dimensões de cada tipo de caixa. As caixas para emenda de cabos estão mencionadas nesta norma, visto que as emendas de cabos são permitidas para o sistema backbone. As caixas de passagem de cabos devem ser utilizadas para os seguintes propósitos: • Para puxar os cabos em condutos utilizando uma guia • Para instalar uma guia (sonda) • Para puxar um cabo até a caixa e em seguida preparar o cabo para ser puxado dentro do próximo segmento de conduto FIGURA 5.32 - ZONAS DE TELECOMUNICAÇÕES Rua Caiapós, 110 CEP 09951-520 - Diadema - SP (11) 4061 8500 - www.bellfone.com.br Página 59 As caixas de passagem não devem ser utilizadas para emendar cabos. Como dito no parágrafo anterior, deve-se considerar a diferença nas dimensões definidas pela norma 569A para cada tipo de caixa. As caixas de passagem de cabos também não devem ser utilizadas em sistema de teto fixo, a menos existam visitas de acesso. Qualquer trecho de conduto deve conter uma caixa de passagem quando: • O comprimento do trecho exceder 30 metros (100 pés) • No trecho de conduto existirem mais de duas curvas de 90 graus, ou equivalente • No trecho de conduto existir uma curva de inversão (volta em U) As caixas de passagem devem ser localizadas apenas nos trechos retos de conduto, e se possível os extremos dos dutos devem estar alinhados. Além disso, as caixas de passagem não devem ser utilizadas no lugar de uma curva de conduto. Os acessórios para eletrodutos, tais como as conduletes a 90 ou 180 graus e cotovelos não devem ser utilizados. Em nenhum caso deve-se utilizar um desses acessórios ao invés de uma caixa de passagem de cabos. FIGURA 5.33 – CAIXA DE PASSAGEM DE CABOS 5.2.2.5 - SALAS DE TELECOMUNICAÇÕES / TR A Sala de Telecomunicações tem como principais características ser a origem do sistema horizontal, e o local reconhecido para a conexão cruzada horizontal. As tubulações horizontais também devem ser terminadas na sala de telecomunicações, e certamente as tubulações do backbone vertical devem estar disponíveis neste espaço para a instalação da conexão cruzada horizontal. Tipicamente, as redes de dados fazem uso da Sala de Telecomunicações para a montagem de equipamentos ativos de rede com o hub e o switch para servir as estações de trabalho dos usuários finais. Seguem algumas condições para o dimensionamento de uma sala de telecomunicações: • O espaço do TR não deve ser compartilhado com instalações elétricas, exceto aquelas destinadas ao sistema de telecomunicações. • Equipamentos não relacionados com o suporte do TR não devem ser instalados dentro, passar através de ou mesmo entrar no TR (ex: tubulações, leitos de cabos, etc.). • Múltiplas salas de telecomunicações num mesmo piso devem estar interconectadas mediante um eletroduto de 78 mm (3 polegadas) no mínimo, ou tubulação equivalente. • Qualquer saída de telecomunicações deve ser dimensionada de acordo com a tabela 7.2-1, baseada numa área de trabalho para cada 10m². Deve existir um TR para cada piso de um edifício. Nos casos em que a conexão cruzada horizontal não está no mesmo piso, o TR se reduz ao espaço necessário para acessar as tubulações medulares e encaminhar os cabos desde as tubulações horizontais. • Deve-se planejar uma sala de telecomunicações adicional por piso quando a área servida excede 1000m² (10000 pés²) • Deve-se planejar uma sala de telecomunicações adicional por piso quando a distância para uma área de trabalho excede 90 metros (295 pés) Rua Caiapós, 110 CEP 09951-520 - Diadema - SP (11) 4061 8500 - www.bellfone.com.br Página 60 • Deve-se providenciar um mínimo de duas saídas elétricas, 120/220 Volts, sem interruptores, cada uma em diferente circuito elétrico para a alimentação de equipamentos. Estas saídas devem ser classificadas para 20 Ampéres e estar conectadas a um circuito de 20 Ampéres. (Consultar o cliente sobre a tensão local) • As saídas elétricas gerais adicionais devem ser localizadas, identificadas e marcadas adequadamente em intervalos de 1,8 metros (6 pés) ao redor das paredes do TR, e a uma altura de 150 mm (6 polegadas) sobre o nível do piso terminado. • A sala de telecomunicações não deve ter um sistema de forro. ANSI/TIA/EIA 569A/Tabela 7.2-1: ÁREA SERVIDA Metros² 1000 800 500 Pés² 10000 8000 5000 TAMANHO DA SALA DE TELECOMUNICAÇÕES Metros Pés 3.0 x 3.4 10 x 11 3.0 x 2.8 10 x 9 3.0 x 2.2 10 x 7 5.2.2.6 - SALAS DE EQUIPAMENTOS / ER As salas de Equipamentos são espaços especialmente designados para a instalação de equipamentos de telecomunicações, tais como centrais telefônicas ou centros de computação. Uma Sala de Equipamentos pode assumir uma, ou todas as funções de uma Sala de Telecomunicações ou das instalações de Entrada. 5.42 Seguem algumas condições de projeto para as salas de equipamentos: • A sala de equipamentos deve ser utilizada somente para instalar equipamentos de telecomunicações e sistemas de suporte ambiental relacionados. • A sala de equipamentos deve ser localizada longe das possíveis fontes de interferência eletromagnética. Deve-se prestar atenção a transformadores elétricos de potência, motores, geradores, equipamentos de raios X, transmissores de rádio ou radar e dispositivos de indutivo selado. • O tamanho da sala de equipamentos deve corresponder às dimensões dos equipamentos de telecomunicações que serão instalados. • Nos casos em que se desconhece o tamanho exato dos equipamentos de telecomunicações a serem instalados, a prática é planejar 0,07 m² (0,75 pés²) de espaço na sala de equipamentos, para cada 10m² de espaço na área de trabalho. O tamanho mínimo para um quarto de equipamentos deve ser de 14m² (150 pés²) • É permitida a instalação de equipamentos UPS até 100 KVA na sala de equipamentos. Deve-se evitar a instalação de equipamentos de maior capacidade na sala de equipamentos e providenciar um lugar separado. • É preciso providenciar calefação, ventilação e ar condicionado (HVAC) 24 horas ao dia, 365 dias ao ano. • É preciso planejar um circuito de alimentação elétrica independente para a sala de equipamentos. Este circuito de alimentação independente para a sala de equipamentos deve terminar no seu próprio painel de distribuição. • É preciso instalar e manter extintores de fogo portáteis dentro da sala de equipamentos. Rua Caiapós, 110 CEP 09951-520 - Diadema - SP (11) 4061 8500 - www.bellfone.com.br Página 61 5.2.2.7 - INSTALAÇÕES DE ENTRADA / EF As instalações de Entrada estão compostas por perfurações e tubulações necessárias para a entrada de cabeamentos no edifício através de paredes ou ambientes confinados, continuando até os espaços ou salas de entrada previstas para receber os cabos de planta externa. A quantidade de acessos externos determina a necessidade de utilizar uma parte do espaço disponível numa sala de equipamentos (espaços de entrada), ou de dispor de um local separado utilizado somente para abrigar equipamentos de terminação e proteção para cabeamentos que entram no edifício (salas de entrada). 5.2.3 EDIFÍCIOS DE UM SÓ PROPRIETÁRIO - TUBULAÇÕES 5.2.3.1 - CONSIDERAÇÕES GERAIS Seguem algumas considerações gerais aplicáveis a qualquer tipo de tubulação utilizada num edifício comercial: • Para os propósitos dessa norma, as caixas de passagem e emendas dos cabos são consideradas espaços de telecomunicações. • Não se deve instalar nenhuma tubulação no canal dos elevadores. • As tubulações horizontais devem ser instaladas em locais secos que protejam os cabos além dos níveis de umidade de operação de um cabo de uso interno. • As áreas acima do forro podem ser utilizadas para cabeamento, ou para alguns tipos de dispositivos de conexão (ex: Pontos de Consolidação). É preciso observar as normas referentes às instalações em espaços plenos e não-plenos encontradas em códigos elétricos ou de edifícios. Em qualquer caso, a distribuição do cabeamento sobre o forro deve atender as seguintes condições: a. Não se deve utilizar trechos construídos com placas de forro não-removíveis, ou gesso. b. Os tetos devem ser do tipo removível. c. É preciso disponibilizar espaço necessário para instalar o tipo de infra-estrutura escolhida. • O projeto deve contemplar o uso de um meio de suporte conveniente para o cabeamento (ex: Eletrodutos metálicos ou de PVC, leitos de cabo, eletrocalhas lisas ou perfuradas, rodapés e canaletas, ganchos – “J-hooks”, etc). Em nenhum caso é permitido que os cabos descansem diretamente sobre o forro. • É preciso disponibilizar um espaço livre de 75 mm (3 polegadas) entre as paredes do teto e os trilhos de suporte para os cabos. Rua Caiapós, 110 CEP 09951-520 - Diadema - SP (11) 4061 8500 - www.bellfone.com.br Página 62 5.2.3.2 - FONTES DE INTERFERÊNCIA ELETROMAGNÉTICA A versão anterior do padrão 569 continha recomendações sobre o distanciamento entre os cabos de telecomunicações e os cabos elétricos. O padrão ANSI/TIA/EIA 569A recomenda utilizar as medidas encontradas no artigo 800-52 do código elétrico (ANSI/NFPA 70 – NEC). É muito importante ressaltar que as recomendações mencionadas nesta norma 569A se aplicam aos circuitos de distribuição típicos (120/240 V, 60 Hz). O artigo 800-52 do código elétrico define os requisitos de separação como: • Separação com condutores de potência • Separação e barreiras (septos) dentro das tubulações • Separação dentro das caixas de saída ou outros compartimentos 5.2.3.2.1 ANSI/NFPA 70-800-52: Instalação de Cabos, Malhas e Equipamentos de Comunicações “(a) Separação com outros condutores. (1)Em tubulações, caixas e cabos c. Circuitos de iluminação ou de potência elétrica 1. Não se deve colocar condutores de comunicações em nenhuma tubulação, compartimento, caixa de saída, caixa de união ou dispositivo similar com condutores de circuitos de iluminação de potência ou categoria 1. Exceção N° 1: onde todos os condutores de iluminação elétrica, potência, categoria 1 ou circuitos de alarme de incêndio não limitados em potência estão separados de todos os condutores de circuitos de comunicações por uma barreira em todo o trecho. 5.44 Exceção N° 2: condutores de iluminação elétrica, potência, categoria 1 ou circuitos de alarme de incêndio não limitados em potência, em caixas de saída, caixas de junção, ou compartimentos ou dispositivos similares, onde tais condutores são introduzidos somente para alimentação de potência do equipamento de comunicações, ou para conexão em equipamento de controle remoto. Os condutores de iluminação elétrica, potência, categoria 1, ou circuitos de alarme de incêndio não limitados em potência devem ser direcionados para o compartimento para manter um mínimo de 0,25 polegadas (6,35mm) de separação com os condutores do circuito de comunicações. 5.2.3.2.2 Outros requisitos gerais da norma ANSI/TIA/EIA 569A A norma ANSI/TIA/EIA 569A exige alguns requisitos adicionais para minimizar as possibilidades de interferência: • O edifício deve ter proteção contra descargas elétricas atmosféricas. • É preciso ter proteção contra picos de tensão (disjuntores e fusíveis) na entrada do serviço elétrico. • É preciso atender as recomendações da norma 607A, para o aterramento dos elementos metálicos dos sistemas de cabeamento estruturado. • Antes da instalação de um sistema de cabeamento estruturado, é necessário corrigir qualquer problema encontrado no sistema de distribuição de potência elétrica. Rua Caiapós, 110 CEP 09951-520 - Diadema - SP (11) 4061 8500 - www.bellfone.com.br Página 63 5.2.3.2.3 Outros requisitos da norma ANSI/TIA/EIA 569A para redução do ruído no acoplamento A norma ANSI/TIA/EIA 569A recomenda precauções adicionais para os casos em que os cabos de comunicações e cabos de potência são instalados dentro da mesma tubulação (adicionais aos requisitos do código elétrico). • Recomenda-se incrementar a separação física o máximo possível • Os condutores dos circuitos elétricos, fase, neutro e terra devem manter-se juntos o máximo possível. Em alguns casos é possível utilizar abraçadeiras plásticas para agrupar os condutores elétricos. • Usar protetores adicionais contra picos de tensão (disjuntor) nas ramificações dos circuitos elétricos. • Utilizar tubulações metálicas fechadas e aterradas para minimizar o ruído nos pontos de conexões. 5.2.3.3 - INFRA-ESTRUTURA PARA BACKBONE A norma ANSI/TIA/EIA 569A não cobre as tubulações backbone intra-edifício. Para efeitos de interação com o código elétrico, o termo backbone (prumada) substitui o termo “Riser”. As tubulações de backbone intra-edifício consistem tipicamente em perfurações entre pisos de um edifício (aberturas, “slots”), seções de conduto atravessando o piso (aberturas tubulares, “sleeves”), ou fossos construídos exclusivamente para a instalação de cabeamentos (shaft). É desejável que estes tipos de tubulações sejam instaladas de forma alinhada, e que as salas de telecomunicações estejam também alinhadas, uma sobre a outra. 5.2.3.3.1 Aberturas (slots) através dos pisos Nos casos em que se deseja utilizar uma abertura no piso em forma de slot, (tem a função de shaft), para compor a infra-estrutura de backbone, o mesmo deve ter uma saliência ou borda com uma altura mínima de 25 mm (1”) ao redor da borda superior da abertura. A figura 5.34 ilustra um slot. Rua Caiapós, 110 CEP 09951-520 - Diadema - SP (11) 4061 8500 - www.bellfone.com.br Página 64 5.2.3.3.2 Aberturas (sleeves) através dos pisos Quando se decide utilizar aberturas tubulares (sleeves) como alternativa para compor a infraestrutura do backbone é preciso seguir as seguintes recomendações: Cada trecho de conduto deve sobressair do nível do piso terminado de 25 a 75 mm (1” a 3”). Deve-se utilizar um conduto de 100 mm (4”) para cada 5000 m² (50000 pés²) de área útil de piso para o sistema de backbone, mais duas aberturas extras para um total de 3 sleeves por piso (mínimo). FIGURA 5.34 - SLOT FIGURA 5.35 - SLEEVES 5.2.3.4 - ENCAMINHAMENTOS HORIZONTAIS 5.2.3.4.1 Canaletas e dutos para cabos Este tipo de tubulação é formado de estruturas pré-fabricadas, utilizadas geralmente para a deposição dos cabos. Alguns dos tipos de canaletas estão ilustradas na figura 5.36 (o nome muda muito em cada país, a exemplo do Brasil podemos encontrar os nomes “eletrocalha”, “leito”, “calha” ou “tray”em inglês). Rua Caiapós, 110 CEP 09951-520 - Diadema - SP (11) 4061 8500 - www.bellfone.com.br Página 65 FIGURA 5.36 - ELETROCALHAS (TRAYS) Em ordem usual existem eletrocalhas de fundo sólido (lisa), de fundo ventilado (perfurada), tipo de escada (leito - ladder tray), tipo trilho simples e trilho duplo, e tipo aramada. A figura 5.37 ilustra um eletroduto metálico para cabos. Eletrocalhas e eletrodutos para cabos podem ser divididos mediante barreiras apropriadas que permitem a instalação de diferentes serviços. A norma ANSI/TIA/EIA 569A exige a instalação de um trecho de eletroduto desde a eletrocalha ou do eletroduto principal para distribuição do cabeamento, até as áreas de trabalho. FIGURA 5.37 - DUTOS PARA CABOS (WIREWAYS) Ambos os tipos de sistemas de tubulação podem ser instalados sobre o forro, ou de baixo de pisos falsos. Em ambos os casos, as tubulações instaladas num espaço pleno devem ser aprovadas pelos códigos respectivos. O taxa de ocupação deste tipo de tubulações não deve exceder 50% em nenhum caso. Não é recomendável uma profundidade maior que 150mm (6 polegadas) neste tipo de tubulações. È importante mencionar que esta ocupação não corresponde aos mínimos critérios utilizados para definir os fatores utilizados nas tubulações para cabos elétricos. De fato, a dissipação do calor não é um fator primordial no caso dos cabos de comunicações. Os critérios importantes que influenciam na instalação dos cabos de comunicações são o excesso Rua Caiapós, 110 CEP 09951-520 - Diadema - SP (11) 4061 8500 - www.bellfone.com.br Página 66 de fricção e a grande quantidade de cabos, assim como a possibilidade de interferência entre os cabos (“Allien Crosstalk”). Suportes para eletrocalhas - As conexões entre as barras de eletrocalhas devem contar com o suporte adicional ao suporte situado entre a conexão e um quarto da distância total do tramo. O resto de suportes deve ser colocado de acordo com a carga e o tipo de tubulação, conforme as recomendações do código elétrico. É necessário instalar do lado de dentro um suporte adicional de 600mm (2 pés) de cada lado de um acessório. Suportes para dutos para cabeamento (wireways) - Os suportes para dutos metálicos devem ter cada um suportes de 1.500mm (5pés), a menos que o fabricante garanta uma metodologia de fixação capaz de suportar maiores distâncias. 5.2.3.4.2 SUPORTES DESCONTÍNUOS Este tipo de suporte para o sistema de cabeamento é utilizado na impossibilidade de se instalar tubulações ou eletrocalhas, portanto, uma solução viável é utilizar os suportes abertos (“J hooks”) instalados a distâncias convenientes, e para suportar grupos limitados de cabos. A figura 5.38 ilustra este tipo de suporte. FIGURA 5.38 - SUPORTES DESCONTÍNUOS (J HOOKS) Rua Caiapós, 110 CEP 09951-520 - Diadema - SP (11) 4061 8500 - www.bellfone.com.br Página 67 Os suportes descontínuos para o cabeamento devem ser colocados a distâncias entre 1.220 e 1.525 mm (48 a 60 polegadas). Para evitar danos aos cabos devido ao peso e a tensão, é preciso limitar o número de cabos em cada grupo passando por um suporte aberto não mais do que 50 cabos. Nos casos em que é indispensável instalar maiores quantidades de cabos, é preciso utilizar suportes adicionais, ou modelos de suportes desenhados para números maiores de cabos. Os tirantes que sustentam o sistema de eletrocalhas suspensas devem ser dimensionados para não sobrecarregar o sistema de eletrocalhas além do seu limite de sustentação para evitar que se produzam danos estéticos na infra-estrutura (inclusive o colapso de algum suporte). 5.2.3.4.3 ELETRODUTOS Os tipos de eletrodutos aceitos nesta norma são os seguintes: • Eletrodutos rígidos metálicos (galvanizados) e não-metálicos (PVC). • Eletroduto flexível não metálico (tipo sealtube), conduíte flexível não metálico (corrugado) e eletroduto flexível com alma de metal (encapado ou não – tipo sealtube). Nos casos em que se utilize eletroduto flexível metálico, o comprimento deve ser menor de 6 metros (20 pés) para cada trecho. Além disso, é preciso escolher a capacidade de cada eletroduto de forma que se evite o máximo de abrasão do cabo durante a instalação. Esta recomendação da norma 569A se aplica nos ambientes não pleno. Em ambientes pleno, as limitações de comprimento encontradas no código elétrico são maiores (1,22 metros máx.). FIGURA 5.39 - CONDUIT FLEXÍVEL METÁLICO Os seguintes são alguns requisitos de instalação especificados para a norma ANSI/TIA/EIA 560A: • Comprimento máximo de 30 metros para cada trecho de eletroduto. • Não mais de 2 curvas de 90 graus, ou equivalente, em cada trecho de eletroduto. • O diâmetro mínimo para eletrodutos é de 19.05 mm (3/4”) • O raio de curvatura mínimo para uma curva de eletroduto, deve ser 6 vezes do diâmetro interno do eletroduto. • Os extremos dos eletrodutos devem ser afinados e cobertos. • Os eletrodutos devem sobressair do nível do piso terminado 1 a 3 polegadas, na Sala de Telecomunicações. • Um único trecho de eletroduto que é derivado da sala de telecomunicações servirá no máximo 3 saídas, e deverá aumentar de tamanho desde da saída mais afastada da Sala de Telecomunicações (TR). • Um eletroduto de 21 mm (3/4”) deve ser providenciado do TR até qualquer telefone público. • Um eletroduto de 21 mm (3/4”) deve ser providenciado do TR até a caixa apropriada de equipamentos, para o serviço de elevadores de passageiros, carga e limpeza de janelas, e isto deve ser coordenado com o contratante encarregado pelos elevadores. Rua Caiapós, 110 CEP 09951-520 - Diadema - SP (11) 4061 8500 - www.bellfone.com.br Página 68 FIGURA 5.40 – TRECHO DE ELETRODUTO - DISTÂNCIA MÁXIMA FIGURA 5.41 - TRECHO DE ELETRODUTO – 2 CURVAS MÁXIMO FIGURA 5.42 - TRÊS SAÍDAS MÁXIMAS POR ENLACE DESDE O TR Rua Caiapós, 110 CEP 09951-520 - Diadema - SP (11) 4061 8500 - www.bellfone.com.br Página 69 5.2.3.4.4 SISTEMAS PERIMETRAIS Os sistemas perimetrais (canaletas de superfície, rodapés de serviço, eletrodutos aparentes), podem conter saídas para áreas de trabalho. As canaletas de superfície devem atender a cláusula 10.3 da norma 569A, e com os códigos elétricos aplicáveis com relação à separação com condutores de potência elétrica. Este tipo de tubulação pode ser utilizada na instalação de cabos elétricos, ou para instalar cabos de telecomunicações, mas em nenhum caso pode-se instalar ambos os tipos de cabos no mesmo espaço. Nos casos em que é possível utilizar o mesmo sistema de tubulação para encaminhar cabos de telecomunicações e cabos elétricos para atender às áreas de trabalho, a tubulação deverá conter uma barreira divisória contínua entre os cabos. No caso em que a barreira elétrica é utilizada, esta deverá estar aterrada de acordo com os códigos elétricos. Os sistemas perimetrais não devem forçar o cabo instalado em casos de raios de curvatura menores que 25 mm (1 polegada), sob condições de máxima ocupação. Pode-se requerer um raio de curvatura maior para certos tipos de cabos, ou nos casos em que é necessário puxar o cabo durante a instalação. A taxa máxima de ocupação para os sistemas de tubulações perimetrais deverá ser de 40%. Esta taxa de ocupação foi definida pensando nas possíveis necessidades não planejadas no início do projeto e que poderiam aumentar a taxa de ocupação até um valor final de 60%. A ocupação deste tipo de tubulações deve ser calculada como a soma das áreas de seção transversal de todos os cabos instalados, dividido pela área de seção transversal mais restritiva daquele trecho. A área de seção transversal de um sistema de tubulação perimetral pode ser restringida por dois fatores: • Acessórios e derivações: Alguns acessórios ou derivações requerem a diminuição da taxa de ocupação da tubulação para poder manter o raio de curvatura exigido para o cabo instalado. A figura 5.43 ilustra o efeito de uma derivação sobre a área de seção transversal disponível. O fabricante do sistema de tubulação perimetral deve pôr a disposição do instalador a área de seção transversal resultante da passagem por uma derivação (seção A 1 na figura 5.43). • Saída/tomadas de telecomunicações: A instalação de placas com conectores de saída nas tubulações perimetrais podem também diminuir a área de seção disponível. O projetista do sistema de cabeamento deve contemplar este fator na especificação das tubulações. FIGURA 5.43 - SISTEMAS PERIMETRAIS Rua Caiapós, 110 CEP 09951-520 - Diadema - SP (11) 4061 8500 - www.bellfone.com.br Página 70 5.2.4 EDIFÍCIOS DE VÁRIOS PROPRIETÁRIOS. ESPAÇOS DE TELECOMUNICAÇÕES O adendo ANSI/TIA/EIA 569A – AD7 apresenta um possível modelo para um edifício no qual há vários proprietários. A idéia principal é permitir que cada proprietário construa o seu próprio sistema de cabeamento estruturado segundo suas necessidades, e de acordo com a norma ANSI/TIA/EIA 568B. Este adendo introduz alguns espaços e tubulações adicionais que podem facilitar a administração das áreas comuns do edifício: • Salas de entrada / EF (O adendo 7 complementa os detalhes encontrados na norma 569A para este tipo de espaços) • Espaços para provedores de acesso / APS • Espaços para provedores de serviços / SPS • Salas de equipamentos comuns / CER • Salas de Telecomunicações comuns / CTR • Espaços de transmissão / recepção para sistemas sem fio / WTRS FIGURA 5.44 - ESPAÇOS EM EDIFÍCIOS DE VÁRIOS PROPRIETÁRIOS Rua Caiapós, 110 CEP 09951-520 - Diadema - SP (11) 4061 8500 - www.bellfone.com.br Página 71 5.2.5 EDIFÍCIOS DE VÁRIOS PROPRIETÁRIOS. ENCAMINHAMENTOS 5.2.5.1 - SLOTS - EM EDIFÍCIOS DE VÁRIOS PROPRIETÁRIOS ANSI/TIA/EIA 569A – AD7 – 8.1.1 / quantidade e configuração de aberturas: as aberturas tipo slots são localizadas normalmente encostadas na parede e devem ser projetadas para uma profundidade (dimensão perpendicular à parede) de 150 a 600 mm (6-24 polegadas), dando preferência às profundidades menores. A localização e configuração desses slots devem aprovadas por um engenheiro estrutural. O tamanho da abertura deve resultar em um slot de 0.04m² (60 polegadas²) para até 4000 m² (40000 pés²) de área útil de piso servido pelo mesmo sistema de backbone. A área do slot deve ser incrementada por 0,04 m² (60 polegadas²) para cada 4000 m² (40000 pés²) de aumento na área útil de piso. FIGURA 5.45 - ABERTURAS (SLOTS) EM ESPAÇOS DE VÁRIOS PROPRIETÁRIOS 5.2.5.2 - SLEEVES - EM EDIFÍCIOS DE VÁRIOS PROPRIETÁRIOS ANSI/TIA/EIA 569 A – AD7 – 8.1.2 / quantidade e configuração sleeves: A quantidade de aberturas usando condutos de 103 mm (4 polegadas) deve ser de quatro sleeves, mais um adicional para cada 4000 m² (40000 pés²) de área útil de piso. FIGURA 5.46 – ABERTURAS UTILIZANDO CONDUTOS CIRCULARES (SLEEVES) Rua Caiapós, 110 CEP 09951-520 - Diadema - SP (11) 4061 8500 - www.bellfone.com.br Página 72 5.3 NORMA ANSI/TIA/EIA 606A 5.3.1 VERSÕES ANTERIORES A versão anterior, ANSI/TIA/EIA 606, não está mais em vigor. A nova norma para a administração de sistemas de cabeamento é a ANSI/TIA/EIA 606A. Alguns pontos importantes que foram alterados com relação à versão anterior são os seguintes: • A norma 606A estabelece 4 classes de sistemas de administração, conforme o tamanho e as características da infra-estrutura de telecomunicações que será administrada • Permite uma implementação modular das diferentes partes do sistema de administração • Especifica formatos para as etiquetas • A definição de terminologias é harmonizada com as demais normas que se aplicam à infraestrutura de telecomunicações 5.3.2 SISTEMAS CLASSE 1 Os sistemas classe 1 operam utilizando uma única sala de telecomunicações FIGURA 5.47 - SISTEMAS CLASSE 1 5.3.2.1 - IDENTIFICADORES PARA SISTEMAS CLASSE 1 Os identificadores requeridos para um sistema classe 1 são os seguintes: • Identificador para espaço de telecomunicações • Identificador para conexão horizontal • Identificador para TMGB • Identificador para TGB 5.3.2.2 - IDENTIFICADORES PARA ESPAÇO DE TELECOMUNICAÇÕES Deve-se designar um identificador único em qualquer espaço de telecomunicações no edifício. Este identificador deverá ter o formato: fs, onde: • f = caractere numérico identificando o piso do edifício ocupado pelo espaço de telecomunicações. • s = caractere alfanumérico identificando em forma única o espaço de telecomunicações no piso f, ou na área do edifício no qual o espaço está localizado. Rua Caiapós, 110 CEP 09951-520 - Diadema - SP (11) 4061 8500 - www.bellfone.com.br Página 73 FIGURA 5.48 - IDENTIFICADORES DE ESPAÇO 5.3.2.3 - IDENTIFICADORES PARA CONEXÃO HORIZONTAL Deve-se designar um identificador único para cada conexão horizontal. Este identificador deve ter o formato: fs-an, onde: • fs = identificador do espaço de telecomunicações. • a = um ou dois caracteres alfanuméricos identificando em forma única um painel de conexão, grupo de painéis de conexão com portas numeradas seqüencialmente, um bloco de conexão IDC, ou grupo de conectores IDC, que formam parte da conexão cruzada horizontal. • n = dois a quatro caracteres designados na porta de um patch panel, ou na seção de um conector IDC, na qual termina um cabo horizontal de 4 pares. FIGURA 5.49 - IDENTIFICADORES PARA CONEXÕES HORIZONTAIS. Rua Caiapós, 110 CEP 09951-520 - Diadema - SP (11) 4061 8500 - www.bellfone.com.br Página 74 5.3.2.4 - IDENTIFICADORE PARA TMGB É preciso designar-se um identificador único para barra principal de aterramento para telecomunicações. Este identificador deve ter o formato: fs-TMGB, onde: • fs=identificador do espaço de telecomunicações. • TMGB = porção de identificador que designa a Barra Principal de Aterramento para Telecomunicações. FIGURA 5.50 - IDENTIFICADOR PARA TMGB 5.3.2.5 - IDENTIFICADORE PARA TGB É preciso designar um identificador para cada barra de aterramento para as telecomunicações. Este identificador deve ter o formato: fs-TGB, onde: • fs = identificador do espaço de telecomunicações. • TGB = porção do identificador que designa uma Barra de Aterramento para Telecomunicações. FIGURA 5.51 - IDENTIFICADOR PARA TGB 5.3.2.6 - REGISTROS REQUERIDOS PARA ADMINISTRAÇÃO CLASSE 1 Num sistema de administração classe 1 só é requerido o uso de uma identificação exclusiva para cada conexão horizontal. Para a administração de um sistema classe 1, um caderno seria o suficiente, no máximo uma planilha de anotações simples, para manter um registro atualizado do estado de operação do sistema de cabeamento. Rua Caiapós, 110 CEP 09951-520 - Diadema - SP (11) 4061 8500 - www.bellfone.com.br Página 75 5.3.3 SISTEMAS CLASSE 2 Os sistemas classe 2 utilizam várias salas de telecomunicações num edifício. FIGURA 5.52 - SISTEMAS CLASSE 2 5.3.4.0 - IDENTIFICADORES PARA CABOS DE BACKBONE Para a comunicação de um sistema classe 2, o principal elemento adicional é o sistema backbone. Um identificador deve ser utilizado para cada cabo backbone dentro do edifício. O formato do identificador para cabos backbone deve ser: fs1/fs2-n, onde: • fs1 = identificador para o espaço de telecomunicações que contém a terminação de um dos extremos do cabo backbone. • fs2 = identificador para o espaço de telecomunicações que contém a terminação do outro extremo do cabo backbone. • n = um ou dois caracteres alfanuméricos identificando um único cabo com um extremo terminado no espaço designado por fsl, e o outro extremo terminado no espaço designado por fs2. Rua Caiapós, 110 CEP 09951-520 - Diadema - SP (11) 4061 8500 - www.bellfone.com.br Página 76 Os demais detalhes correspondentes à administração de um sistema classe 2 não constam neste manual e podem ser consultados no texto da norma ANSI/TIA/EIA 606 A. FIGURA 5.53 - IDENTIFICADORES PARA CABOS BACKBONES 5.3.4 SISTEMAS CLASSE 3 Os sistemas classe 3 estão formados por múltiplos edifícios num campus, cada um com múltiplas salas de telecomunicações. FIGURA 5.54 - SISTEMAS CLASSE 3 Rua Caiapós, 110 CEP 09951-520 - Diadema - SP (11) 4061 8500 - www.bellfone.com.br Página 77 5.3.4.1 - IDENTIFICADORES PARA CABOS BACKBONE INTEREDIFÍCIO Os sistemas classe 3 agregam um elemento de cabeamento adicional, os cabos de planta externa. Um único identificador deve ser designado para cada cabo interedifício. O formato deste identificador deve ser: [b 1 – fs1]- [b2 – fs2]-n, onde: • b1-fs1 = identificador para edifício e identificador para espaço de telecomunicações no qual termina um dos extremos do cabo backbone. Para identificar numa única forma um edifício, o uso de um ou mais caracteres alfanuméricos é requerido. • b2-fs2 = identificador para edifício e identificador para espaço de telecomunicações no qual termina o outro extremo do cabo backbone. • n = um ou dois caracteres alfanuméricos identificando um único cabo com um extremo terminado no espaço designado por b1-fsl, e o outro extremo terminado no espaço designado por b2-fs2. FIGURA 5.55 - IDENTIFICADORES PARA CABOS INTEREDIFICIO Os demais detalhes correspondentes à administração de um sistema classe 3 não constam neste manual e podem ser encontrados no texto da norma ASNI/TIA/EIA 606 A. Rua Caiapós, 110 CEP 09951-520 - Diadema - SP (11) 4061 8500 - www.bellfone.com.br Página 78 5.3.5 SISTEMAS CLASSE 4 Os sistemas classe 4 estão formados por múltiplo campus, cada um com múltiplos edifícios. 5.3.6 CÓDIGO DE CORES Este código de cores é recomendado para obter um reconhecimento intuitivo de cada uma das terminações encontradas nas conexões cruzadas definidas pela norma 568B. As cores e seu uso respectivo são os seguintes: • LARANJA: identifica o ponto de demarcação (terminação dos cabos da empresa telefônica ou qualquer outra empresa provedora de serviços – também conhecido como Ponto de Terminação da Rede externa ou PTR) • VERDE: identifica as terminações das conexões de rede no ponto de demarcação do lado do usuário • VIOLETA: identifica as terminações do cabos que se originam em equipamentos comuns (PABX, Servidores, Ativos de Red, Multiplexadores, etc) • BRANCO: identifica as terminações dos meios de telecomunicações do primeiro nível do sistema backbone no edifício que contém a conexão cruzada principal • CINZA: identifica as terminações dos meios de telecomunicações do segundo nível do sistema backbone no edifício que contém a conexão cruzada principal • AZUL: identifica as terminações dos meios de telecomunicações das estações de trabalho e é requerido exclusivamente nas salas de telecomunicações e nas salas de equipamentos, mas não nas saídas das estações de trabalho • MAROM: identifica as terminações dos cabos do sistema backbone entre edifícios. • AMARELO: identifica as terminações de circuitos auxiliares, alarmes, circuitos de manutenção, segurança e outros circuitos miscelâneos • VERMELHO: identifica as terminações dos sistemas de telefonia FIGURA 5.56 - CÓDIGO DE CORES Rua Caiapós, 110 CEP 09951-520 - Diadema - SP (11) 4061 8500 - www.bellfone.com.br Página 79 5.4 NORMA J – STD 607 A 5.4.1 VERSÕES ANTERIORES A versão anterior, ANSI/TIA/EIA 607 não está mais vigente. A nova norma para aterramento de um sistema de cabeamento é o J-STD 607A. Alguns pontos importantes que foram alterados com relação à versão anterior são as seguintes: • A norma 607A contém uma especificação mais detalhada para as barras de aterramento • A norma 607A contém um método para o cálculo do diâmetro dos condutores do sistema de aterramento • O termo “Condutor de União para a Interconexão dos Sistemas Backbone de Aterramento para Telecomunicações / TBBIBC” foi substituído pelo termo “Equalizador de Terra / GE” 5.4.2 CONDUTOR DE UNIÃO PARA TELECOMUNICAÇÕES / BC O condutor de união para telecomunicações é um condutor utilizado unir a barra principal de aterramento para telecomunicações (TMGB) com a barra de aterramento do sistema elétrico. O condutor de união para telecomunicações deve ter, no mínimo, o mesmo diâmetro do condutor do sistema de distribuição vertical de aterramento para telecomunicações (TBB). O condutor de união para telecomunicações, como os demais condutores de aterramento, não deve ser instalado dentro de dutos metálicos ferrosos. É necessário instalar condutores de aterramento em dutos metálicos ferrosos que excedem 1 metro (3 pés) de comprimento, os condutores devem ser conectados em cada extremo do duto usando um acessório para aterramento ou um condutor # 6 AWG no mínimo. Qualquer condutor de aterramento para telecomunicações deve ser identificado com etiqueta. As etiquetas devem ser localizadas nos condutores, perto do ponto de terminação, por ser prático, e em posição de fácil leitura. As etiquetas devem ser metálicas e devem incluir a seguinte informação: O Condutor de União para Telecomunicações, todo Sistema Backbone de aterramento para Telecomunicações (TBB) e qualquer Equalizador de Terra (GE) devem ser verdes ou estar marcados com uma identificação de cor verde. Se este conector ou cabo estiver frouxo, ou deve ser removido, por favor, chame o administrador de telecomunicações do edifício. Rua Caiapós, 110 CEP 09951-520 - Diadema - SP (11) 4061 8500 - www.bellfone.com.br Página 80 5.4.3 BARRA PRINCIPAL DE ATERRAMENTO PARA TELECOMUNICAÇÕES / TMGB A Barra Principal de Aterramento para Telecomunicações (TMGB) serve como uma extensão dedicada à terminação do sistema de condutores de aterramento do edifício para servir a infraestrutura de telecomunicações. A TMGB serve também como ponto central de conexão para os sistemas Backbone de Aterramento para Telecomunicações (TBB) e equipamentos instalados no mesmo espaço de telecomunicações. Normalmente, deve ter somente uma TMGB por edifício. O local ideal para TMGB é nas instalações da entrada (EF). Características de TMGB: • Deve ser uma barra de cobre perfurada com orifícios que permitam utilizar conectores de tamanhos padronizados; • Deve ser dimensionada de acordo com os requisitos imediatos da aplicação e considerando crescimento no futuro; • Deve ter dimensões mínimas de 6 mm (0,25”) de espessura, 100 mm (4”) de largura e de comprimento variável; • Deve estar listado num laboratório de testes reconhecido. É desejável que a barra de aterramento seja soldada eletricamente para que a resistência de contato esteja reduzida. Se a barra não estiver soldada, deve ser limpa antes de instalar os condutores e um anti-oxidante deve ser aplicado na área de contato para controlar a corrosão e reduzir a resistência do contato. As conexões do BC e o TBB na TMGB devem utilizar soldas exotérmicas, conectores de compressão de olho duplo listados, ou um outro tipo de conector de compressão irreversível. Os conectores de olho duplo são os preferidos. O aterramento de equipamentos de telecomunicações e de canalizações deve utilizar o mesmo tipo de conectores mencionados no parágrafo anterior. Todos os encaminhamentos metálicos para cabos de telecomunicações localizados na mesma sala que a TMGB devem ser conectados na TMGB. A TMGB deve ser isolada de seu suporte. É recomendável uma separação mínima da parede de 50 mm (2”) para permitir o acesso à parte traseira da barra. FIGURA 5.57 - TMGB Rua Caiapós, 110 CEP 09951-520 - Diadema - SP (11) 4061 8500 - www.bellfone.com.br Página 81 5.4.4 SISTEMA BACKBONE DE ATERRAMENTO PARA TELECOMUNICAÇÕES / TBB O sistema Backbone de Aterramento para Telecomunicações (TBB) é um condutor que interconecta todas as barras de aterramento para telecomunicações (TGB’s), com a barra principal de aterramento para telecomunicações (TMGB). A função do TBB é de reduzir ou equalizar diferenças de potencial entre sistemas de telecomunicações. Apesar do TBB conduzir alguma corrente de forma contínua, sob condições de falha no aterramento, este condutor não está previsto para ser o único caminho de retorno para terra. O TBB se origina na TMGB, se estende ao longo do edifício usando os encaminhamentos do sistema backbone de telecomunicações e se conecta a todas as TGB’s em todas as salas de telecomunicações e todas as salas de equipamentos. O sistema interno de tubulações para água do edifício não deve ser usado como um TBB. A blindagem metálica de um cabo não deve ser usada como um TBB. O TBB deve ser um condutor de cobre. O tamanho mínimo do condutor usado para o TBB deve ser #6 AWG. O TBB deve ser dimensionado numa ordem de 2 Kcmil para cada pé linear de comprimento do condutor até no máximo # 3/0 AWG. O TBB pode ser um condutor isolado. Os condutores dos TBB’s devem ser instalados sem emendas. Nos casos onde as emendas são necessárias, o número de emendas deve ser mínimo, devem ser acessíveis e localizadas em espaços de telecomunicações. Segmentos emendados de TBB devem ser conectados usando soldas exotérmicas, conectores de compressão irreversível ou equivalente. A tabela seguinte ilustra as recomendações para o dimensionamento do TBB. DIMENSIONAMENTO DO TBB COMPRIMENTO DO TBB DIÂMETRO DO TBB - metros (pés) - AWG Menor de 4 (13) 6 4 – 6 (14 – 20) 4 6 – 8 (21 – 26) 3 8 – 10 (27 – 33) 2 10 – 13 (34 – 41) 1 13 – 16 (42 – 52) 1/0 16 – 20 (53 – 66) 2/0 Maior de 20 (66) 3/0 Rua Caiapós, 110 CEP 09951-520 - Diadema - SP (11) 4061 8500 - www.bellfone.com.br Página 82 5.4.5 BARRA DE ATERRAMENTO PARA TELECOMUNICAÇÕES / TGB A barra de aterramento para telecomunicações (TGB) é o ponto de conexão para o aterramento dos sistemas e equipamentos na área servida para a sala de telecomunicações, ou quarto de equipamentos no qual está instalado. Características da TGB: • Deve ser uma barra de cobre perfurada com orifícios que permitem utilizar conectores de tamanhos padronizados; • Deve ter dimensões mínimas de 6 mm (0,25”) de espessura, 50 mm (2”) de largura e de comprimento variável para atender os requisitos da aplicação, e considerando o crescimento no futuro; • Deve estar listado num laboratório de testes reconhecido. FIGURA 5.58 - CONEXÕES NA TGB FIGURA 5.59 - DIMENSÕES DA TGB Rua Caiapós, 110 CEP 09951-520 - Diadema - SP (11) 4061 8500 - www.bellfone.com.br Página 83 5.4.6 EQUALIZADOR DE TERRA / GE O equalizador de Terra / GE interconecta TBB’s que estão presentes num edifício de vários pisos, os TBB’s devem estar conectados entre si com um GE (anteriormente conhecido como Condutor de União para a Interconexão dos Sistemas Backbone e Aterramento para Telecomunicações) no último piso, e no mínimo a cada três pisos em média. O Equalizador de Terra / GE deve ser dimensionado da mesma forma que os TBB’s. Rua Caiapós, 110 CEP 09951-520 - Diadema - SP (11) 4061 8500 - www.bellfone.com.br Página 84 FIGURA 5.60 - SISTEMA DE ATERRAMENTO Rua Caiapós, 110 CEP 09951-520 - Diadema - SP (11) 4061 8500 - www.bellfone.com.br Página 85
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