livro de resumos - Universidade de Coimbra

Transcrição

livro de resumos - Universidade de Coimbra
LIVRO DE RESUMOS
UMS 2016
VII CONGRESSO SOBRE USO E MANEJO DO SOLO
VII Congreso sobre Uso y Manejo de Suelos
VII Congress on Soil Use and Management
“Conservação e recuperação do solo e da água”
“Conservación y restauración de suelos y aguas”
“Soil and water conservation and restoration”
13-15 de Junho 2016
Coimbra, Portugal
Editado por:
M. Isabel P. de Lima
João L. M. P. de Lima
José M. M. Gonçalves
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
VII Congreso sobre Uso y Manejo de Suelos
VII Congress on Soil Use and Management
Conservação e recuperação do solo e da água
Conservación y recuperación de suelos y aguas
Soil and water conservation and restoration
LIVRO DE RESUMOS
UMS 2016
13-15 junho, 2016
Coimbra, Portugal
Editado por:
M. Isabel P. de Lima
João L. M. P. de Lima
José M. M. Gonçalves
Organizado por:
IMAR – Instituto do Mar
MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente
Departamento de Engenharia Civil, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade de Coimbra
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
VII Congreso sobre Uso y Manejo de Suelos
VII Congress on Soil Use and Management
Livro de Resumos
13-15 junho 2016, Coimbra, Portugal
Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra. Departamento de Engenharia Civil.
Editores: M. I. P. de Lima, J. L. M. P. de Lima e J. M. M. Gonçalves
ISBN: 978-989-96461-5-5 (versão eletrónica)
Índice
1
_________________________________________________________________________________________________________________________________________
Índice
Boas vindas e Apoios
5
Informação Geral
7
Programa do Congresso
11
Programa das Sessões Orais
12
13 junho 2016
12
14 junho 2016
13
15 junho 2016
14
Programa da Sessão de Posters
15
Resumos – Comunicações Orais
19
Resumos – Comunicações em Poster
39
Programa da Visita Técnica
87
Índice de Autores
91
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
UMS 2016
_______________________________________________________________________
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
UMS2016
_______________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________________________________________________________
Bem-vindos
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
UMS 2016
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VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
UMS2016
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Boas vindas & Apoios
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Boas vindas aos Participantes
Estimados Participantes do UMS 2016,
É com todo o prazer que vos damos as boas vindas a
Coimbra e à sua Universidade, e vos recebemos no
Departamento de Engenharia Civil, nesta sétima edição
da série de Congressos sobre Uso e Manejo do Solo,
UMS 2016.
Durante anos, estes eventos têm estimulado o
intercâmbio interdisciplinar de ideias e competências,
contribuindo para aumentar a nossa compreensão de
processos associados ao solo, a sua observação,
estimativa e modelação. Desde o primeiro congresso
desta série, em 2007, que decorreu em A Coruña, em
Espanha, estes eventos têm constituído um importante
forum de discussão de interesse comum para os
participantes.
Mudanças no ciclo hidrológico, resultantes do forçamento
do clima e de atividades conduzidas pelo Homem, têm
contribuído para o aumento dos desafios que se nos
colocam relacionados, por exemplo, com as águas
superficiais e subterrâneas, as interfaces solo-plantaatmosfera, e a gestão da água em regiões áridas e
semiáridas: a modelação e previsão de processos nos
sistemas pertinentes carece ainda de estudo e de
desenvolvimentos, sendo essencial aumentar o
conhecimento que detemos desses
processos.
Em particular, e a par de mudanças globais, em muitas
regiões do globo, a ocorrência de eventos extremos
(apesar de se poderem apresentar com diferentes
desenvolvimentos temporais e espaciais) relacionados
com a escassez ou excesso de água (secas, cheias) têm
criado situações difíceis que fragilizam ainda mais os já
vulneráveis recursos solo e água. Desenvolvimentos na
área da monitorização, modelação e previsão de
condições hidrológicas extremas e sua inclusão no
processo decisório e técnico relacionado com o uso e
manejo do solo, estão entre as matérias de estudo a que
se dedica a comunidade científica, com repercussões
tecnológicas práticas e mais-valias socioeconómicas e
ambientais. Todos estes assuntos serão debatidos
durante este VII Congresso sobre Uso e Manejo do
Solo, com o tema especial “Conservação e
recuperação do solo e da água”, dando destaque ao
objetivo de proporcionar o intercâmbio interdisciplinar de
ideias sobre o estado atual do conhecimento relativo a
estas temáticas. Esperamos que este congresso crie
oportunidades para uma reflexão sobre o que tem sido,
nesta área de saber, o percurso até ao presente e para
discutirmos as necessidades e desafios que o futuro nos
coloca, na perspetiva de uma pressão crescente sobre os
recursos solo e água resultante do crescimento
demográfico e económico e de mudanças climáticas.
Informação geral sobre os congressos UMS
Desde 2007, o Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
(UMS) tem vindo a estimular o intercâmbio interdisciplinar
de ideias e conhecimentos, visando melhorar a nossa
compreensão de processos e a sua monitorização,
estimativa, modelação e previsão, a partir da colaboração
de profissionais de diferentes procedências, mas com
preocupações comuns acerca do uso, da gestão e da
conservação dos recursos solo e água. Tem sido dada
atenção especial à aplicação dos resultados de
investigação dedicada à melhoria das práticas de gestão
e conservação do solo e dos métodos de avaliação dos
impactos de práticas agrícolas na qualidade do solo, e ao
desenvolvimento de medidas de recuperação de áreas
degradadas. O controlo da erosão hídrica, conservação
da matéria orgânica do solo, recuperação de solos
deteriorados e novas abordagens metodológicas para
determinação da variabilidade espacial e temporal de
atributos edafoclimáticos são aspetos que têm igualmente
sido discutidos nesses eventos. Em particular,
ressaltamos que nos últimos anos a qualidade científica e
inovadora dos trabalhos tem justificado, cada vez mais, a
divulgação e o intercâmbio de conhecimento entre as
instituições participantes de vários países, do interesse
de todos os envolvidos, sendo uma clara mais-valia para
um grande número de investigadores, professores e
estudantes.
O Congresso tem reunido participantes de diferentes
instituições da Argentina, Brasil, Cuba, Espanha e
Portugal, favorecendo o intercâmbio científico e
tecnológico e dando especial atenção à conservação e
gestão do solo e da água. O evento foi idealizado pelo
Professor Dr. Antonio Paz González, da Universidade de
A Coruña (Espanha), com o objetivo de melhorar o
processo de transferência do conhecimento e tecnologia
entre instituições de ensino e de investigadores que
desenvolvem projetos conjuntos nesta área. Desde o
primeiro congresso, realizado em 2007, a série de
congressos UMS tem sido um importante fórum para
discutir temas de interesse comum.
Nos anos de 2007 e 2008, o evento foi organizado pela
Faculdade de Ciências da Universidade de A Coruña.
Foram apresentados 64 trabalhos científicos em 2007 e
50 trabalhos científicos em 2008, por participantes
provenientes do Brasil, Argentina, Portugal, Espanha e
Cuba.
Os coordenadores deste evento desejam a todos os
Participantes uma estadia aprazível em Coimbra, um
congresso proveitoso e discussões estimulantes.
Em 2009, o UMS foi organizado pelo Grupo de
Investigação em Engenharia de Água e Desenvolvimento
Rural do Departamento de Engenharia Agroflorestal da
Universidade de Santiago de Compostela (Espanha);
foram apresentados 52 trabalhos científicos, e
participaram investigadores, professores e estudantes de
pós-graduação do Brasil, Argentina, Portugal e Espanha.
Os Coordenadores do UMS 2016,
João Pedroso de Lima
José Manuel Gonçalves
Isabel Pedroso de Lima
Em 2010, o evento foi novamente organizado pela
Faculdade de Ciências da Universidade de A Coruña,
tendo sido apresentados 55 trabalhos científicos;
participaram investigadores, professores e estudantes de
pós-graduação do Brasil, Argentina, Portugal e Espanha.
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
UMS 2016
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Boas vindas & Apoios
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Em 2011, o evento realizou-se no Brasil, coorganizado
pela UNICAMP – Universidade Estadual de Campinas
(Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola) e
pelo IAC – Instituto Agronômico de Campinas (Centro de
Pesquisa e Desenvolvimento de Solos e Recursos
Ambientais), contando com a apresentação de 62
trabalhos.
A edição de 2014 foi organizada conjuntamente pela
UFRPE- Universidade Federal Rural de Pernambuco e a
FUNDAJ-Fundação Joaquim Nabuco, no Recife (Brasil) e
teve como tema: “O Uso da Agricultura de Precisão para
a Sustentabilidade e Qualidade Ambiental”. O evento
teve o apoio da Fundação AGRISUS. Participaram 128
congressistas oriundos de diferentes instituições
nacionais e internacionais (Brasil, Argentina, Espanha e
Portugal).
Foram
recebidos
73
resumos
(37
apresentações orais) que foram organizados em livro de
resumos, em formato digital, disponibilizado aos
participantes durante o evento e difundido na página web
do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola
da Universidade Federal Rural de Pernambuco.
Em 2016, o evento decorre em Coimbra, Portugal, com o
tema especial: "Conservação e recuperação do solo e da
água".
Organização
O congresso é organizado no Departamento de
Engenharia Civil da Faculdade de Ciências e Tecnologia
da Universidade de Coimbra, com o apoio da rede
IMAR - Instituto do Mar e do centro de investigação
MARE - Centro de Ciências do Mar e do Ambiente,
Portugal.
Patrocínios e apoios
O evento foi patrocinado por:
Agência Portuguesa do Ambiente - Região Hidrográfica
do Centro (APA – RHC)
Associação para o Desenvolvimento da Engenharia
Civil (ACIV)
Centro de Ciências do Mar e do Ambiente (MARE)
Instituto do Mar (IMAR)
Universidade de Coimbra (UC)
O evento foi ainda apoiado por:
Associação Portuguesa de Meteorologia e Geofísica
(APMG)
Associação Portuguesa de Recursos Hídricos (APRH)
Escola Superior Agrária de Coimbra (ESAC/IPC)
Fundación Nueva Cultura del Agua (FNCA)
Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
UMS 2016
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Informação Geral
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Informação Geral
Local e Morada do Congresso UMS 2016
Coordenadores
O VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo decorre no
Departamento de Engenharia Civil da Universidade de
Coimbra, em Coimbra (Portugal), uma universidade cheia
de história e tradição, que remonta ao século XIII, tendo
sido estabelecida em 1290.
Presidente:
João P. de Lima, IMAR / MARE / Universidade de Coimbra
Vice-presidentes:
José Manuel Gonçalves, Politécnico de Coimbra
Isabel P. de Lima, IMAR / MARE / Universidade de Coimbra
Local:
Departamento de Engenharia Civil
Faculdade de Ciências e Tecnologia
Rua Luís Reis dos Santos - Pólo II Univ. Coimbra
3030-788 Coimbra, Portugal
Coordenadas GPS
Local do Congresso: 40o 11' 07,55'' N; 8o 24' 55,04'' W
Pólo II – UNIV. DE COIMBRA
Comissão Científica Internacional
Alcides Pereira (Universidade de Coimbra, Portugal)
Ana Maria Tarquis (Univ. Politécnica de Madrid, España)
António Dinis Ferreira (Politécnico de Coimbra, Portugal)
Antonio Paz González (Univ. de A Coruña, España)
Artemi Cerdà (Universitat de València, España)
Daniel Gimenez (Rutgers - State Univ. of New Jersey, USA)
Demetrius David da Silva (Univ. Federal de Viçosa, Brasil)
Ênio F. de França e Silva (Universidade Federal Rural de
Pernambuco, Brasil)
Glécio Machado Siqueira (Universidade Federal do
‐ Almoço ‐
Restaurante
universitário
Maranhão, Brasil)
BUS STOP
Isabel Pedroso de Lima (Universidade de Coimbra, Portugal)
Jan Jacob Keizer (Universidade de Aveiro, Portugal)
Jorge Dafonte Dafonte (Universidade de Santiago de
Compostela, España)
Local do Congresso
Jorge E. F. Werneck Lima (EMBRAPA, Brasil)
José Antonio Martínez-Casasnovas (Universitat de Lleida,
España)
José Manuel Gonçalves (Politécnico de Coimbra, Portugal)
Luciano Lourenço (Universidade de Coimbra, Portugal)
Luís Santos Pereira (Universidade de Lisboa, Portugal)
Maria José Roxo (Universidade Nova de Lisboa, Portugal)
Mário Rolim (Universidade Federal Rural de Pernambuco,
Ponte de Santa Clara
Brasil)
Paulo Pereira (Mykolas Romeris University, Lithuania)
Rui Cortes (Univ. de Trás-os-Montes e Alto Douro, Portugal)
Ponte pedestre
Comissão Organizadora Local
Ponte Rainha
Santa Isabel
João Pedroso de Lima [Presidente],
IMAR / MARE / Universidade de Coimbra
José Manuel Gonçalves [Vice-Presidente],
Local do congresso
UMS2016
(Pólo II Univ Coimbra)
Instituto Politécnico de Coimbra
Isabel Pedroso de Lima [Vice-Presidente],
IMAR / MARE / Universidade de Coimbra
Abelardo Montenegro,
Universidade Federal Rural de Pernambuco, Brasil
Sergio Prats Alegre,
CESAM / Universidade de Aveiro
Catarina Dinis (estudante),
Universidade de Coimbra
João Abrantes (estudante),
MARE / Universidade de Coimbra
Lincoln Cartaxo (estudante),
Universidade de Coimbra
Cleene Lima (estudante),
Universidade Federal Rural de Pernambuco, Brasil
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
UMS 2016
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Informação Geral
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Temas do Congresso
Balcão para Registo & Acolhimento
O objetivo da sétima edição da série Congresso sobre
Uso e Manejo do Solo (UMS 2016) é continuar a
promover a discussão, interdisciplinar, do atual estado da
arte do conhecimento nesta área, e dos avanços
necessários na investigação e aplicações, com o tema
especial:
Balcão para Informação
O Balcão para Informação, Acolhimento e Registo no
Congresso localiza-se no Hall do 4º piso do edifício do
Departamento de Engenharia Civil (local do congresso).
Conservação e recuperação do solo e da água.
Enquadrado pelo tema especial e visando uma melhor
compreensão de processos e sua monitorização,
estimativa, modelação e previsão, será dada atenção a:









Determinação da variabilidade espacial e
temporal de atributos edafoclimáticos;
Água no solo e sua conservação;
Conservação da matéria orgânica do solo e
fixação de carbono;
Métodos de avaliação dos impactos de práticas
agrícolas na qualidade do solo;
Controlo da erosão hídrica do solo;
Medidas de recuperação de áreas degradadas;
Melhoria das práticas de gestão e de
conservação do solo;
Conservação da água e do solo em zonas
urbanas e periurbanas;
Conservação do solo e da água em áreas
florestais degradadas.
Resumos & Programa
Ver informação no sítio da internet do congresso:
http://www1.ci.uc.pt/imar/ums2016
Sobre questões específicas, por favor contatar:
[email protected].
Publicações do Congresso
Durante o Congresso será
participantes o livro de resumos.
disponibilizado
aos
Após o Congresso, os autores de trabalhos selecionados
serão convidados a submeter artigo em número especial
de revista, ainda a definir.
Dia
Horário de funcionamento
13 de junho
8:30-12:30; 13:30-17:30
14 de junho
8:30-12:30; 13:30-17:30
15 de junho
9:00-13:00
Pré-registo
Os participantes plenamente pré-registados no UMS 2016
(ou seja, que já regularizaram antecipadamente o
pagamento da sua inscrição) podem recolher o seu
crachá e o material do congresso no Balcão do
Congresso.
O participantes que efetuaram o seu pré-registo
provisório no Congresso podem pagar a inscrição no
UMS 2016 no Balcão do Congresso, e levantar aí o seu
crachá e material do congresso. Serão cobradas as taxas
aplicáveis ao balcão.
Registo no local (on-site)
É possível o registo on-site, no Balcão do Congresso.
A inscrição dos participantes no Congresso inclui:
Acesso pleno às sessões científicas
Livro de resumos
Documentos do congresso, pasta e certificado de
participação
Almoços e cafés durante o congresso
Jantar do Congresso
Visita técnica
Registo de Acompanhantes é possível e inclui:
Almoços durante o congresso
Jantar do Congresso
Visita técnica
Os Participantes devem recolher o seu certificado de
participação no Balcão do Congresso.
Orientações
Apresentação Oral
Os autores deverão carregar as suas apresentações nos
30 minutos que antecedem a sessão em que apresentam
o trabalho, na própria sala.
Apresentação em Poster
O período de exibição dos posters é de 13 de junho,
9:00 h, a 15 de junho, 13:30 h. Os posters deverão ser
afixados desde o início do Congresso.
Os autores deverão permanecer junto ao seu poster,
para apresentação do mesmo, no dia 13 de junho, das
16:00 h às 17:30 h.
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
UMS 2016
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Informação Geral
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Eventos Especiais
Os Participantes e Acompanhantes são convidados nos
seguintes eventos:
- Almoços
- Jantar do Congresso
- Visitas Técnicas
Visitas Técnicas:
Almoços:
O almoço será servido no Restaurante Universitário, no
Pólo II da Universidade de Coimbra (Rua Sílvio Lima, a
2 minutos do local do congresso), no seguinte horário:
Dia
13 de junho
14 de junho
15 de junho
Horário
13:00 – 14:30 h
12:30 – 14:00 h
12:30 – 14:00 h
Visita 1 - Aproveitamento
Mondego
Hidroagrícola
do
Baixo
14 de junho.
Partida do local do congresso, às 14:00 h.
(duração aprox.: 5 h).
Visita 2 - O ecossistema e uso do solo nas margens do
Rio Mondego a montante de Coimbra
Coordenadas GPS: 40° 11' 10.531'' N; 8° 24' 52.518'' W
Serão antecipadamente distribuídos vouchers
refeições, aos Participantes e Acompanhantes.
O Programa do Congresso inclui duas Visitas Técnicas,
uma das quais pós-congresso:
16 de junho.
Partida do centro da cidade às 9:30 h.
(duração aprox.: 4 h, trajeto de kayak; 2,5 h
adicionais para almoço – opcional).
de
Jantar do Congresso:
O Jantar do Congresso terá lugar no dia 14 de junho,
às 20:00 h.
Os Participantes e Acompanhantes deverão registar-se
para este Jantar no Balcão do Congresso, até às
16:00 h do dia 13 de junho.
Os Participantes que desejem participar na atividade
relativa à Visita Técnica 2 (pós-congresso) deverão
registar-se até ao final do dia 14 de junho no Balcão do
Congresso.
Os programas destas visitas estão incluídos neste livro.
Visita a Laboratórios
Local: Departamento de Engenharia Civil da Universidade
de Coimbra
Ponto de encontro: Hall, 4º piso, 17:30.
Laboratório de Geotecnia
Laboratório de Hidráulica, Recursos Hídricos e Ambiente
Mais informações sobre os eventos especiais estarão
disponíveis no Balcão do Congresso.
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
UMS 2016
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Informação Geral
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Acerca de Coimbra
Desde há muito tempo, a cidade de Coimbra ocupa um
lugar importante na história de Portugal, tendo sido a
primeira capital do país entre 1139 e até cerca de 1260.
Coimbra é um lugar cheio de tradição e beleza. É uma
cidade cosmopolita, que se tornou um importante centro
cultural, principalmente por causa da Universidade de
Coimbra, fundada em 1290, e tem notáveis monumentos
daquela e outras épocas.
A Universidade de Coimbra (Património Mundial) é uma
das mais antigas da Europa; os seus edifícios
monumentais e a sua história atraem turistas de todo o
mundo. O Colégio de S. Pedro, a encantadora Capela de
São Miguel, o Palácio do Reitor ("Reitoria"), Sala dos
Capelos, a Biblioteca Joanina - um edifício barroco
magnífico do século XVIII, profusamente decorado com
talha dourada e várias madeiras exóticas, e que contém
uma coleção de cerca de 300 mil volumes - são marcos
de renome mundial. A cidade universitária mantém as
suas tradições académicas seculares, testemunhada
pelos trajes académicos dos seus estudantes (capas
negras) e no sentimental "fado de Coimbra" (música
tradicional
cantada
por
estudantes
com
o
acompanhamento de guitarra). As casas de estudantes
(“Repúblicas”) e a sua vivacidade estão presentes em
toda a cidade de Coimbra.
Com uma história tão rica, Coimbra tem muito a oferecer
aos que a visitam. Vários monumentos remontam aos
primórdios do reino Português no século XII, como a
Antiga Catedral (Sé Velha) e as Igrejas de São Tiago,
São Salvador e Santa Cruz (onde se encontram os
túmulos dos dois primeiros reis de Portugal). Mas muitos
outros monumentos evidenciam a grandeza histórica de
Coimbra: os Conventos de Santa-Clara-a-Velha e SantaClara-a-Nova, a Igreja de Santo António dos Olivais, o
Mosteiro de Celas, o Jardim da Manga e até mesmo a
nova Catedral (Sé Nova). Em Coimbra há também
agradáveis espaços verdes, como o Parque Verde do
Mondego e o Parque Dr. Manuel Braga - nas margens do
rio Mondego -, o belo Jardim Botânico, e o romântico
Jardim do Penedo da Saudade.
Coimbra está associada a um património histórico
fascinante, havendo vários sítios arqueológicos
importantes que merecem igualmente uma visita, como a
cidade romana de Conímbriga - a uma curta distância de
Coimbra –, ou o criptopórtico romano de Aeminium, que é
uma das mais importantes obras de engenharia e
arquitetura romanas em Portugal - visitável no Museu
Nacional Machado de Castro, em Coimbra.
Vista da cidade de Coimbra e da Universidade, no topo
Vista da cidade romana de Conímbriga
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
UMS 2016
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Programa do Congresso
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Programa do Congresso
Horário
13 de junho
9:00-9:30
Registo e acolhimento dos
participantes
9:30-9:45
9:45-10:00
10:00-10:15
10:15-10:30
10:30-10:45
10:45-11:00
11:00-11:15
11:15-11:30
11:30-11:45
11:45-12:00
12:00-12:15
12:15-12:30
12:30-12:45
12:45-13:00
13:00-13:15
13:15-13:30
13:30-13:45
13:45-14:00
14:00-14:15
14:15-14:30
14:30-14:45
14:45-15:00
15:00-15:15
15:15-15:30
15:30-15:45
15:45-16:00
16:00-16:15
16:15-16:30
16:30-16:45
16:45-17:00
17:00-17:15
17:15-17:30
17:30-17:45
17:45-18:00
18:00-18:15
18:15-18:30
18:30-18:45
18:45-19:00
Sessão de abertura
Sessão 1
Mesa Redonda (*)
Conservação da água e do
solo. Que futuro?
Intervalo para café
Sessão 2
15 de junho
Sessão 4
Sessão 6
Solo: atributos, gestão e
conservação
Água no solo e sua
conservação
Intervalo para café
Intervalo para café
Sessão 5
Sessão 7
Solos e variabilidade de
atributos edafoclimáticos
Controlo da erosão hídrica do
solo
Pressões antrópicas sobre o
solo e a água
Almoço
Almoço
Restaurante Universitário
Restaurante Universitário
Almoço
Restaurante Universitário
Sessão de
encerramento
(inclui Prémio para Melhor
Poster de Jovem Investigador)
Sessão 3
Instrumentos de gestão dos
recursos solo e água
Intervalo para café
Sessão de Posters
Visita Técnica
Visitas no DEC:
Laboratório de Geotecnia
Laboratório de Hidráulica,
Recursos Hídricos e Ambiente
20:00-22:30
(*)
14 de junho
Jantar do Congresso
co-organizado com a Portugal Young Professionals Network
da International Association for Hydro-Engineering and Research - IAHR
Salas reservadas às sessões:
Sessões Orais: Auditório Laginha Serafim, 3º Piso
Sessão de Posters: Hall, 4º Piso
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
UMS 2016
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Programa das Sessões Orais
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Programa das Sessões Orais
13 junho 2016
12:30-12:45: UMS2016-64
Avaliação de efeitos antrópicos na variabilidade da
precipitação
8:30-9:30
Registo e acolhimento dos Participantes
Isabel P. de Lima, Shaun Lovejoy
Sessão de Abertura
12:45-13:00: Discussão
9:30-10:00
Auditório Laginha Serafim
13:00-14:30 Almoço
Diretor do Departamento de Engenharia Civil da Univ. Coimbra
Vice-Diretor do MARE – Centro de Ciências do Mar e do
Ambiente
Coordenador do Pólo do MARE da Universidade de Coimbra
Coordenador do Laboratório de Hidráulica, Recursos Hídricos e
Ambiente da Universidade de Coimbra
Coordenação do UMS 2016
Sessão 3
Instrumentos de gestão dos recursos solo e
água
Auditório Laginha Serafim
Moderador: Isabel Pedroso de Lima
Sessão 1
Mesa Redonda: Conservação da água e do
solo. Que futuro?
10:00-11:15
Auditório Laginha Serafim
14:30-14:45: UMS2016-45
Erosão de solos florestais em Portugal: Subsídios para
a história dos primórdios da sua quantificação
Luciano Lourenço, António Bento-Gonçalves, Adélia Nunes
Moderador: João Pedroso de Lima
Convidados:
Maria da Conceição Cunha (MARE, Univ. de Coimbra)
Antonio Paz González (Univ. de A Coruña)
Abelardo Montenegro (Univ. Federal Rural de Pernambuco)
Jan Jacob Keizer (CESAM, Univ. de Aveiro)
14:45-15:00: UMS2016-65
Aplicação de modelos de erosão hídrica em ambiente
SIG - um caso de estudo
Ana P. Leite, Vítor P. Cavaleiro, António C. Duarte
15:00-15:15: UMS2016-14
Sistemas de Información de Suelos: una perspectiva
actual para la cartografía de suelos
Luis Rodríguez–Lado
11:15-11:45 Intervalo para café
Sessão 2
Pressões antrópicas sobre o solo e a água
Auditório Laginha Serafim
Moderador: Luciano Lourenço
11:45-12:00: UMS2016-10
Percepción y acción de los agricultores de la comarca
de Las Vegas (Madrid) respecto al dinamismo de los
factores degradadores del suelo
Celia Barbero Sierra, Manuel Ruíz Pérez, María José
Marqués Pérez
12:00-12:15: UMS2016-60
Perdas de solo e recuperação como consequência das
mudanças de uso do solo na Serra de Mértola
Maria José Roxo, Adolfo Calvo-Cases
15:15-15:30: UMS2016-61
Estatística multivariada como ferramenta para
grupamento de solos de regiões altomontas de Santa
Catarina, Brasil
Denilson Dortzbach, Marcos G. Pereira, Antonio Paz
González, Luiz F. Novaes Vianna, Eduardo C. da Silva Neto,
Evertton Blainski
15:30-15:45: UMS2016-86
Os Planos de Gestão de Bacia Hidrográfica como
instrumentos indutores de resiliência – contributos para
a articulação entre uso do solo e proteção dos recursos
hídricos
Carla Rodrigues, Teresa Fidélis
15:45-16:00 Intervalo para café
16:00-17:30:
SESSÃO DE POSTERS
(ver Programa de Posters)
12:15-12:30: UMS2016-72
As alterações do uso do solo na Região Centro de
Portugal ao longo do último século: Políticas, processos,
dinâmicas e impactos. Lições para enfrentar o futuro
António J. D. Ferreira, Carla S. S. Ferreira
17:30-18:30: VISITA A LABORATÓRIOS (DEC)
Laboratório de Geotecnia
Laboratório de Hidráulica, Recursos Hídricos e Ambiente
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
UMS 2016
_______________________________________________________________________
Programa das Sessões Orais
13
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14 junho 2016
Sessão 4
Sessão 5
Solo: atributos, gestão e conservação
Solos e variabilidade de atributos
edafoclimáticos
Auditório Laginha Serafim
Moderador: Antonio Paz González
9:30-9:45: UMS2016-1
Superfície específica de solos do sul do Brasil
Lúcia R. Q. Pereira da Luz, Antonio Paz González, Eva Vidal
Vázquez, Jorge Paz Ferreiro, Denilson Dortzbach
9:45-10:00: UMS2016-17
Diferenciação de atributos químicos de um argissolo
amarelo coeso sob cana-de-açúcar em
cronossequência de cultivo
Joel M. Bezerra, Glécio M. Siqueira, Maria S. S. de Farias,
Osvaldo Guedes Filho
10:00-10:15: UMS2016-30
Estudo de comunidade microbiana, proveniente do solo
da Amazônia Ocidental brasileira envolvida na
degradação do pesticida Atrazina
Iraê C. da Silva, Elize Hayashi, Elaine O. C. de Carvalho, Gian
Freschi, Gunther Brucha
10:15-10:30: UMS2016-42
Qualidade física de um Latossolo sob pastagem em
recuperação com leguminosas
Carolina dos S. B. Bonini, Reges Heinrichs, Marlene C. Alves,
Alfredo B. Neto, Guilherme C. Meirelles, Fabricio G. Pedro,
Aline M. S. Silva, Emanuelle R. Alves, Aline Magalhães
Auditório Laginha Serafim
Moderador: Abelardo Montenegro
11:15-11:30: UMS2016-36
Variación de la rugosidad de la superficie del suelo bajo
lluvia simulada
A. Saa-Requejo, J. L. Valencia, A. M. Tarquis, R. Moratiel, A.
Paz González
11:30-11:45: UMS2016-95
Monitorização da superfície do solo usando termografia
por infravermelhos
João L. M. P. de Lima, João R. C. B. Abrantes, Valdemir P.
Silva Jr., Abelardo A. A. Montenegro, M. Isabel P. de Lima,
José M. Gonçalves, Sergio Prats Alegre, Jan J. Keizer
11:45-12:00: UMS2016-9
Micromorfologia de um Neossolo Quartzarênico
cultivado com cana-de-açúcar sob controle de tráfego
de máquinas
Allan C. M. de Sousa, Zigomar M. de Souza, Rosa M. P.
Claret, Miguel Cooper, Ana P. G. Santos
12:00-12:15: UMS2016-51
Variabilidade espacial da resistência a penetração do
solo na cultura da cana-de-açúcar
Uilka E. Tavares, Mário M. Rolim, Elvira M. R. Pedrosa
10:30-10:45: Discussão
12:15-12:30: Discussão
10:45-11:15 Intervalo para café
12:30-14:00 Almoço
14:00 Partida para a Visita
Técnica 1
(ver Programa das Visitas Técnicas)
20:00-22:30 Jantar do Congresso
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
UMS 2016
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14
Programa das Sessões Orais
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15 junho 2016
Sessão 6
Sessão 7
Água no solo e sua conservação
Controlo da erosão hídrica do solo
Auditório Laginha Serafim
Moderador: José M. Gonçalves
Auditório Laginha Serafim
Moderador: Ana Tarquis
9:30-9:45: UMS2016-85
Distribuição espacial da curva de retenção da água no
solo sob cultivo de cana-de-açúcar
11:15-11:30 UMS2016-5
Valorización de los residuos del café para uso
agronómico. Ensayo in vitro en suelos agrícolas
mediterráneos
Glécio M. Siqueira, Carlos E. L. Feitosa, Maryzélia F. de
Farias, Mayanna K. L. Costa, Alana das C. F. Aguiar, Jorge
Dafonte Dafonte, P. Kalicz
9:45-10:00: UMS2016-44
O comportamento de taxas de infiltração em terrenos
submetidos a processos erosivos lineares
Rodrigo Moruzzi, Cenira M. L. da Cunha, Dener T. Mathias
10:00-10:15: UMS2016-48
Adubação potássica melhora a eficiência no uso da
água na produção de madeira em plantio de
Eucalyptus grandis
Verónica Asensio, Jean-Paul Laclau, Jean-Christophe Domec,
Jean-Pierre Bouillet, Yann Nouvellon, Lionel Jordan-Meille,
José Lavres Junior, Juan Delgado Rojas, Cassio H. AbreuJunior
10:15-10:30: UMS2016-80
Modelação dos fluxos hidrológicos entre zona saturada
e não-saturada, ao nível de parcela do Baixo Mondego
Ana G. Cervera Mata, José Á. Rufián Henares, Vanessa
Martos Núñez, Luis García del Moral, Jesús Párraga Martínez,
Gabriel Delgado Calvo-Flores
11:30-11:45: UMS2016-16
Solo cultivado sob dejeto líquido de suínos comparado
ao solo sem cultivo e sem dejeto: perdas de solos,
água, P e K por erosão hídrica
Douglas H. Bandeira, Ildegardis Bertol, Antonio Paz González,
Ana S. Gutierrez
11:45-12:00 UMS2016-69
Enmiendas orgánicas usadas para transformar un área
afectada por fuego en Dehesa: Análisis multivariado
Gerardo Ojeda, David Tarrasón, Josep María Alcañiz
12:00-12:15 UMS2016-29
Influência da aplicação de mulching no
restabelecimento das comunidades de invertebrados
do solo em áreas ardidas
Manuel Nunes, José M. Gonçalves, João L. M. P. de Lima,
Luis S. Pereira
J. Puga, M. J. Saraiva, F. Gonçalves, J. J. Keizer, A. C.
Bastos, N. Abrantes
10:30-10:45: UMS2016-41
Estudo experimental do transporte de partículas
acumuladas em telhados cerâmicos: uma contribuição
para a conservação da água em zonas urbanas
12:15-12:30 UMS2016-71
Urbanização como fator de degradação do solo e da
água: transporte de sólidos em suspensão em áreas
com diferentes padrões urbanos
Alexandre Silveira, João L. M. P. de Lima, João R. C. B.
Abrantes, Babar Mujtaba
10:45-11:15 Intervalo para café
Carla S. S. Ferreira, Rory P. D. Walsh, António J. D. Ferreira
12:30-14:00 Almoço
Sessão de Encerramento
14:00-15:00
Auditório Laginha Serafim
João Pedroso de Lima, Presidente UMS 2016
José Manuel Gonçalves, Vice-presidente UMS 2016
Isabel Pedroso de Lima, Vice-presidente UMS 2016
Atribuição do Prémio para Melhor Poster de Jovem
Investigador
Outros eventos
15:30: Visita à Universidade de Coimbra
(Opcional)
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
UMS 2016
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Programa da Sessão de Posters
15
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Programa da Sessão de Posters
Exibição dos Posters: Hall, 4º Piso
Horário de exibição:
Os Posters mantêm-se em exibição durante o
congresso (de 13 de junho, 9:30, até 15 de junho,
13:00).
Apresentação dos Posters pelos Autores:
13 junho, 16:00-17:30.
Moderador: João Pedroso de Lima
P1: UMS2016-2
Estimativa da medida da concentração de sedimento
em suspensão com o uso de sonda de turbidez
Fabiana G. C. Oliveira, Mauricio D. Purcino, Eduardo P.
Oliveira, Adriano M. Ferreira, Annalycia T. Silva, Flávio
Moreira, Andrea M. Souza, Paulo H. B. M. Junker, Rafael O.
Tiezzi, Flávio A. Gonçalves, Alexandre Silveira
P2: UMS2016-3
Efectos de la adición de posos de café sobre las
propiedades físicas de suelos agrícolas mediterráneos
Ana G. Cervera Mata, Manuel Sánchez Marañón, Juan M.
Martín García, Rafael Delgado Calvo-Flores, José Á. Rufián
Henares, Jesús Párraga Martínez, Gabriel Delgado CalvoFlores
P3: UMS2016-4
Propiedades nutricionales de Lactuca sativa var.
longifolia en relación con el empleo de posos de café
como enmienda orgánica
Ana G. Cervera Mata, Silvia Pastoriza de la Cueva, Gabriel
Delgado Calvo-Flores, Miguel Navarro Alarcón, José Á. Rufián
Henares
P4: UMS2016-6
Desempenho de simulador de chuvas com finalidade
de utilização em modelo reduzido de bacia urbana
Jéssica G. Felice, Alexandre Silveira, Flávio A. Gonçalves,
Antônio M. da Silva, Jorge M. G. P. Isidoro, Lívia A. Alvarenga
P5: UMS2016-7
Uso de geoestatística na avaliação do desempenho
produtivo do milho em função dos atributos químicos
do solo sob intensificação ecológica
Emanoel G. de Moura, Clemeson C. Vale, Vinícius R. A.
Macedo, Joab L. F. Pedrosa, Diogo R. de Araújo, Alana das
C. F. Aguiar
P6: UMS2016-8
Emissão de CO2 e sua relação com diferentes atributos
do solo em sistemas de manejo de cana-de-açúcar
Rose L. M. Tavares, Camila V. V. Farhate, Zigomar M. de
Souza, Newton La Scala Junior, Allan C. M. de Sousa
P7: UMS2016-11
Avaliação da fauna epígea em sistema de aleias e de
adubação verde com leguminosas em Caxias, MA
Letícia da Silva, Jéssica O. Chaves, Lenice do N. Souza,
Régia M. R. Gualter, Khalil de M. Rodrigues
P8: UMS2016-12
Caracterização da fauna do solo na reserva ecológica
do Inhamum em Caxias, MA
Laiane C. Ferreira, Marirlan dos R. Santos, Lenice do N.
Souza, Régia M. Reis Gualter, Khalil de M. Rodrigues
P9: UMS2016-13
Taxas de decomposição de resíduos de espécies
arbóreas no sistema de cultivo em aleias em Caxias,
MA
Jéssica O. Chaves, Leticia da Silva, Lorena G. Araújo, Régia
M. R. Gualter, Khalil de M. Rodrigues
P10: UMS2016-15
Aplicação de um índice de qualidade do solo associado
à recarga de água do lençol superficial
Alisson S. Oliveira, Antônio M. da Silva, Alexandre Silveira,
Flávio A. Gonçalves, Carlos R. Mello
P11: UMS2016-18
Caracterização físico-hídrica de um Argissolo Amarelo
coeso cultivado com cana-de-açúcar em diferentes
ciclos de cultivo
Joel M. Bezerra, Glécio M. Siqueira, Maria S. S. de Farias,
Jorge Dafonte Dafonte, Ênio F. de França e Silva
P12: UMS2016-19
Geomorfologia de uma planície sedimentar e sua
correlação com leituras de condutividade elétrica do
solo medida por indução eletromagnética
Glécio M. Siqueira, A. C. F. Aguiar, M. K. L. Costa, Joel M.
Bezerra
P13: UMS2016-20
Fertilidade do solo cultivado com feijão orgânico sob
plantio direto
Guilherme C. Meirelles, Carolina dos S. B. Bonini, Orivaldo
Arf, Lilian C. D. de Souza, Neli C. B. dos Santos, Aline M. S.
Silva, Emanuelle R. Alves, Fabricio G. Pedro
P14: UMS2016-21
Diversidade da macrofauna do solo sob diferentes
agrossistemas no Cerrado
R. A. Silva, A. G. C. Ferreira, R. C. Silva, C. S. Lima, G. M.
Siqueira, A. C. F. Aguiar
P15: UMS2016-22
O efeito da cobertura morta na temperatura do solo em
áreas cultivadas com bananeira irrigada por
gotejamento
Renato A. S. Rodrigues, João L. M. P. de Lima, Abelardo A. A.
Montenegro, Thayná A. B. Almeida, José R. L. Silva
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
UMS 2016
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16
Programa da Sessão de Posters
_________________________________________________________________________________________________________________________________________
P16: UMS2016-23
Ferramentas de geoestatística para estudo de
diversidade em fragmentos florestais no bioma Cerrado
G. M. Siqueira, C. S. Lima, R. A. Silva, A. C. F. Aguiar, M. K.
L. Costa, T. V. Lima
P17: UMS2016-24
Mapeado de la conductividad eléctrica aparente como
herramienta para cuantificar la variabilidad espacial de
la textura en una pradera
Aitor García-Tomillo, Jorge Dafonte Dafonte, Antonio Paz
González
P18: UMS2016-25
Mapa de aptidão agrícola do solo como ferramenta
para o desenvolvimento da agricultura sustentável
Glécio M. Siqueira, Mayanna K. L. Costa, Raimunda A. Silva,
Gustavo A. de A. Santos, Charlyan S. Lima, Joel M. Bezerra
P19: UMS2016-26
Fauna invertebrada do solo sob cultivo de cana-deaçúcar e Mata dos Cocais na Região Leste
Maranhense
Gustavo A. A. dos Santos, Glécio M. Siqueira, Mayanna K. L.
C. Costa, Raimunda A. Silva
P20: UMS2016-27
Estabilidade de agregados em água de um Latossolo
Vermelho cultivado com pastagem em recuperação
com leguminosas
Aline M. S. Silva, Carolina dos S. B. Bonini, Reges Heinrichs,
Cecílio V. Soares Filho, Guilherme C. Meirelles, Fabricio G.
Pedro, Emanuelle R Alves, Aline Magalhães
P21: UMS2016-28
Simulação computacional de hidrogramas utilizando o
SWMM em modelos físicos reduzidos de bacias
urbanas e chuvas simuladas
Bruno O. Lima, Alexandre Silveira, Antonio M. da Silva, Flávio
A. Gonçalves, Jorge M. G. P. Isidoro
P22: UMS2016-31
Estudo de microrganismos resistentes ao herbicida
2,4-D provenientes de solos da Anazônia Ocidental
Brasileira (Arquimedes, Rondônia, BR)
Elaine O. C. de Carvalho, Elize Hayashi, Gian Freshi, Gunther
Brucha
P23: UMS2016-32
Estudo comparativo das comunidades bacterianas
provenientes de solos de floresta e pastagens de
Ariquemes, Rondônia, Brasil
Elaine O. C. de Carvalho, Elize Hayashi, Gunther Brucha
P24: UMS2016-33
Variação espacial da condutividade elétrica aparente
do solo e propriedades químicas do solo
Glécio M. Siqueira, Mayanna K. L. Costa, Jorge Dafonte
Dafonte, Antonio Paz González, Ênio F. de França e Silva
P25: UMS2016-34
Impactos de aplicação de resíduos florestais nas
perdas do solo, da matéria orgânica e da
biodiversidade em duas plantações de eucalipto no
centro-norte de Portugal
J. Keizer, D. Vieira, S. Valente, T. Silva, F. Silva, D. Serpa, L.
Santos, J. Rocha, C. Ribeiro, J. Puga, S. Prats, G. Pimpão, M.
Oliveira, M. Martins, M. Malvar, S. Faria, I. Campos, M.
Brandsma, A. Bastos, N. Abrantes
P26: UMS2016-35
Efectividad de las bandas de acolchado con restos
forestales triturados para la mitigación de la escorrentía
y la erosión del suelo en el laboratorio
Sergio A. Prats, João R. C .B. Abrantes, Isabela P. Crema, J.
Jacob Keizer, João L. M. P. de Lima
P27: UMS2016-37
Uso de la tomografía eléctrica resistiva para
caracterizar el perfil cultural del suelo
Mara de A. Marinho, Antonio Paz González, Aitor G. Tomillo,
Montserrat V. Armesto, Juan R. R. González, Jorge Dafonte
Dafonte
P28: UMS2016-39
Fauna edáfica e serapilheira acumulada na área de
proteção ambiental municipal do Buriti do Meio em
Caxias, MA
Marirlan dos R. Santos, Laiane F. Cunha, Maria da Conceição
S. da Silva, Régia M. R. Gualter, Khalil de M. Rodrigues
P29: UMS2016-40
Identificação de metais traço em sedimentos urbanos
na cidade de Poços de Caldas (Brasil)
Alexandre Silveira, José A. P. Júnior, Cristiano Poleto, João L.
M. P. de Lima, Flávio A. Gonçalves, Lívia A. Alvarenga, Jorge
M. G. P. Isidoro
P30: UMS2016-43
Proposta de um modelo de utilização sustentável do
solo em áreas críticas com recurso à análise espacial
multicritério
Luís Quinta-Nova, Natália Roque, Dora Ferreira
P31: UMS2016-46
Processos erosivos intensos em solos florestais após
incêndios: Estudos de caso no Norte e Centro de
Portugal
Luciano Lourenço, António Bento-Gonçalves, António Vieira,
Adélia Nunes, Bruno Martins, Carmen Ferreira, Tomás de
Figueiredo, Felícia Fonseca
P32: UMS2016-47
Efectos de la tala post-incendio en la respuesta
hidrológica y de erosión del suelo medidos a dos
escalas espaciales
M. C. Malvar, F. Silva, S. Prats, M. Martins, D. Vieira, T. Silva,
J. Puga, S. Faria, I. Campos, C. O. A. Coelho, J. Keizer
P33: UMS2016-49
Influência de doses de manipueira nos atributos
químicos de um solo cultivado com girassol
Mara S. M. Dantas, Mario M. Rolim, Elvira M. R. Pedrosa
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
UMS 2016
_______________________________________________________________________
Programa da Sessão de Posters
17
_________________________________________________________________________________________________________________________________________
P34: UMS2016-50
Avaliação da qualidade física do solo de um sistema
produtivo de cana-de-açúcar em solos tabuleiros do
Brasil
Pedro F. Sanguino Ortiz, Mara S. M. Dantas, Mario M. Rolim
P35: UMS2016-52
O aporte de sedimentos em bacias hidrográficas
urbanas e as suas implicações sobre os recursos
hídricos
Felippe Fernandes, Jorge M. G. P. Isidoro, Cristiano Poleto
P36: UMS2016-53
Influência da salinidade da água de irrigação na
condutividade elétrica de solo cultivado com cana-deaçúcar
Raquele M. Lira, Ênio F. de França e Silva, Alexsandro O. da
Silva, Marcone da S. Barros, Erick B. P. Albuquerque
P37: UMS2016-54
Condutividade elétrica do extrato de saturação do solo
irrigado com água salobra sob frações de lixiviação
José F. de Carvalho, Ênio F. de França e Silva, Gerônimo F.
da Silva, Mário M. Rolim
P38: UMS2016-55
Balanço de sais em cultivos de feijão-caupi rotacionado
com milho verde sob irrigação com água salobra
José F. de Carvalho, Ênio F. de França e Silva, Gerônimo F.
da Silva, Mário M. Rolim
P39: UMS2016-56
Evaluación de la compactación de un suelo de viñedo
de la D.O. Ribeiro (NO España) por el paso de
maquinaria y su relación con la conductividad eléctrica
aparente
Irene Varela-Vila, Eva Vidal Vázquez, Marcos Lado, Antonio
Paz González
P40: UMS2016-57
Avaliação da suscetibilidade à erosão induzida pela
ação da chuva: Aplicação da metodologia PAP/RAC à
Serra de Grândola
Jorge M. G. P. Isidoro, Fernando M. G. Martins, Helena M.
Fernandez
P41: UMS2016-58
Análisis multifractal y polimultifractal de la variabilidad a
lo largo de un transecto del contenido en P, K, Ca y Mg
extraído por dos métodos
Aitor García Tomillo, Rosane da Silva Días, Eva Vidal
Vázquez, Montesrrat Valcárcel Armesto, Jorge Dafonte
Dafonte, Antonio Paz González
P42: UMS2016-59
Atributos edáficos em áreas de vinhedos em ambiente
altomontano, São Joaquim, SC, Brasil
Denilson Dortzbach, Marcos G. Pereira, Antonio Paz
González, Luiz F. Novaes Vianna, Rosane da S. Dias, Everton
Blainski
P43: UMS2016-62
Efecto de la fertilización y el sistema de labranza en la
concentración de P y K extraídos mediante Mehlich-3 y
resina de intercambio iónico
P44: UMS2016-63
Seleção de fatores relacionados ao transporte de
sedimentos em diferentes escalas no semiárido
brasileiro
Julio C. N. dos Santos, Cleene A. de Lima, José R. de Araújo
Neto, Helba A. de Queiroz Palácio
P45: UMS2016-66
Análise da estabilidade de um talude arenoso imerso
em escoamento fluvial
Isabel M. C. F. G. Falorca
P46: UMS2016-67
Avaliação dos fatores que influenciam o deslocamento
de sementes de oleaginosas não convencionais
perenes
Cleene A. de Lima, João L. M. P. de Lima, Abelardo A. A.
Montenegro, Babar Mujtaba, João R. C. B. Abrantes,
Alexandre Silveira
P47: UMS2016-68
Aproveitamento da água da chuva para fins não
potáveis em zonas urbanas: estudo exploratório
Susana Sousa, João L. M. P. de Lima, M. Isabel P. de Lima
P48: UMS2016-70
Relación entre el tamaño del banco de semillas y la
condición física del suelo en un área de bosques
nativos de Argentina
S. G. Ledesma, S. M. J. Sione, M. G. Wilson, R. A. Sabattini,
A. Paz González
P49: UMS2016-73
Variabilidade espacial de plantas daninhas num
latossolo vermelho sob sistema plantio direto
Glécio M. Siqueira, Raimunda A. Silva, Alana das C. F. Aguiar,
Mayanna K. L. Costa, Ênio F. França e Silva, Rafael Montanari
P50: UMS2016-74
Análise de índices de seca meteorológica e hidrológica
e sua aplicação na bacia hidrográfica do Sado
Tânia de M. Cota, Vanda Pires, Álvaro Silva, Isabel P. de
Lima, Fátima Espírito Santo
P51: UMS2016-75
Estudo de medidas de conservação do solo e da água
no semiárido pernambucano: aplicação de cobertura de
pó de coco e cultivo de palma forrageira
Cleene A. de Lima, Abelardo A. A. Montenegro, João L. M. P.
de Lima, Myrtta S. R. Santana, Thayná A. B. Almeida, Roberta
Q. Cavalcanti, João R. C. B. Abrantes
P52: UMS2016-76
Caracterização da infiltração pela metodologia do
problema inverso da modelação de rega de superfície
José M. Gonçalves, Luis Santos Pereira
P53: UMS2016-77
Nivelamento de terras: modelo de cálculo para apoio à
modernização do regadio
José M. Gonçalves, Luis Santos Pereira
P54: UMS2016-78
Estudo de técnicas biológicas para remoção de
antibióticos de água residual
Isabel M. Duarte, M. Paula Amador
Rosane da S. Dias, Eva Vidal Vázquez, Cleide A. de Abreu,
Jorge Dafonte Dafonte
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
UMS 2016
_______________________________________________________________________
18
Programa da Sessão de Posters
_________________________________________________________________________________________________________________________________________
P55: UMS2016-79
Avaliação da resistência a antibióticos nas águas
residuais da actividade pecuária
Paula Amador, Rúben Fernandes, Cristina Prudêncio, Roberto
Costa, Isabel Duarte
P56: UMS2016-81
Drones subaquáticos: ferramentas com elevado
potencial para aplicações inovadoras na gestão dos
recursos hídricos
P66: UMS2016-96
Variabilidade temporal da humidade do solo numa
encosta na bacia do Jatobá-PE, Brasil
Valdemir P. e Silva Junior, Abelardo A. A. Montenegro, João L.
M. P. de Lima
FIM DO PROGRAMA DA SESSÃO DE POSTERS
Rui L. P. de Lima, Rutger E. de Graaf, Floris C. Boogaard
P57: UMS2016-82
Caracterização da variabilidade espacial da
hidrofobicidade do solo: Utilização de termografia por
infravermelhos
João R. C. B. Abrantes, João L. M. P. de Lima, Sérgio Prats
Alegre, J. Jacob Keizer
P58: UMS2016-84
Fatores condicionantes no transporte de sementes pelo
escoamento superficial: Avaliação laboratorial
Babar Mutjaba, Cleene A. de Lima, João R. C. B. Abrantes,
João L. M. P. de Lima
P59: UMS2016-87
Drenagem Urbana Sustentável: aplicação e modelação
de telhados verdes
Clarisse I. T. Carneiro, José A. A. Sá Marques, Nuno E. C.
Simões
P60: UMS2016-88
Correlação de Pearson dos atributos físico-químicos de
um Neossolo Quartzarênico sob cultivo de eucalipto
E. S. Lima, R. Montanari, L. H. Lovera, Z. M. Souza, M.
Squizato, A. Paz González
P61: UMS2016-89
Distribuição espacial da macrofauna de um latossolo
na cultura da soja (Glycine max l.)
L. H. Lovera, R. Montanari, E. S. Lima, J. S. Rosset, Z. M.
Souza, M. Squizato, B. Batello Rodrigues
P62: UMS2016-90
Atributos químicos do solo após cultivo de trigo sob
adubação nitrogenada e inoculação com Azospirillum
brasilense
F. S. Galindo, M. C. M. Teixeira Filho, R. Montanari, M. G. Z.
Ludkiewicz, E. H. M. Boleta, V. M. Silva
P63: UMS2016-92
Concentração de macro e micronutrientes na palhada
de trigo após cultivo sob adubação nitrogenada e
inoculação com Azospirillum brasilense
F. S . Galindo, M. C. M. Teixeira Filho, R. Montanari, M. G. Z.
Ludkiewicz, E. H. M. Boleta, V.M. Silva
P64: UMS2016-93
Atributos químicos do solo em sistemas
conservacionistas com e sem o uso do gesso agrícola
Leandro A. Freitas, Luiz M. M. De Mello, Rafael Montanari,
Élcio H. Yano, Diego S. Pereira
P65: UMS2016-94
Desempenho agronômico da cultura do milho
submetido a sistemas de manejos e residual de gesso
Leandro A. Freitas, Luiz M. M. De Mello, Rafael Montanari,
Élcio H. Yano, Diego S. Pereira
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
UMS 2016
_______________________________________________________________________
Resumos – Comunicações Orais
19
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Resumos
Comunicações Orais
UMS2016-1
Superfície específica de solos do sul do Brasil
Lúcia R. Q. Pereira da Luz (1), Antonio Paz González (2),
Eva Vidal Vázquez (2), Jorge Paz Ferreiro (2), Denilson
Dortzbach (3)
(1) Embrapa Solos, Brasil
(2) Universidade da Coruña, España
(3) Epagri, Brasil
Qualquer estudo sobre água, ar ou partículas sólidas que
compõem o solo deve considerar suas interações.
A importância de se estudar o solo considerando sua
estrutura, que em parte determina sua superfície
específica, é de fundamental importância para entender
as relações solo-água-planta-atmosfera. Assim, a água
que permanece no solo disponível às plantas tem grande
importância. Por outro lado, a água que escorre pela
superfície ou a que é drenada em profundidade e alcança
o lençol freático, sendo drenada de maneira lateral até
alcançar um rio, um lago ou uma represa, representa o
recurso natural mais importante, tanto devido à
necessidade de seu consumo, quanto pelo que pode
causar ao ambiente em seu curso.
No sul do Brasil, em uma região serrana, onde o clima é
temperado, encontram-se Latossolos e Nitossolos,
derivados de basalto e de rocha efusiva ácida (dacita),
sobre os quais se desenvolve uma agricultura moderna.
Ali se cultiva principalmente trigo, soja e milho, assim
como frutas, especialmente maçã e uva, com grande
aporte de tecnologia. O objetivo desta pesquisa foi
estudar a superfície específica destes solos a partir de
isotermas de adsorção e de dessorção de nitrogênio,
tendo como objetivo maior contribuir com informações
para o desenvolvimento da agricultura e a preservação
ambiental. Foram estudados dois perfis de Latossolos e
dois de Nitossolos. Em cada uma das classes, foi
escolhido um perfil derivado de basalto e outro de dacita.
Nestes perfis, foram coletadas amostras de seis
horizontes, totalizando 24 amostras.
preconizada por Brunauer, Emmett e Teller - BET
(Brunauer et al., 1938). A superfície específica variou de
2 -1
55,1 m g (horizonte superficial do Latossolo derivado de
2 -1
dacita) a 108,3 m g , valor encontrado no horizonte Bt do
perfil do Nitossolo derivado de basalto. As variações
foram observadas entre as classes de solos, dentro da
mesma classe, entre os solos derivados de materiais de
diferentes origens, e também ao longo dos perfis, quando
comparados seus horizontes. Os valores encontrados
apresentam relações com características analisadas
nestes solos, sobretudo com sua composição
granulométrica no que se refere tanto aos conteúdos de
argila, quanto à mineralogia desta fração.
Comparando os resultados obtidos entre os solos
derivados de rocha efusiva ácida (dacita), foi possível
observar que o perfil de Latossolo apresentou valores
semelhantes ao perfil de Nitossolo. Os horizontes Bw do
Latossolo apresentaram valores de superfície específica
entre 69 e 77 m2g-1, enquanto os horizontes Bt do
Nitossolo apresentaram valores entre 76 e 78 m2g-1.
Quando comparados os solos derivados de basalto, no
Latossolo foram observados valores em torno de
2 -1
85 m g , enquanto os valores observados no Nitossolo
variaram entre 100 e 108 m2g-1. Ao longo dos perfis,
foram observados valores crescentes em profundidade
relacionados aos conteúdos de argila e à mineralogia
desta fração. O fato de estarem georreferenciados os
locais onde foram amostrados os perfis faz com que os
dados obtidos neste estudo possam ser replicados.
As informações são de fundamental importância para a
região estudada, assim como para locais onde ocorrem
solos semelhantes, podendo assim serem ampliados os
objetivos alcançados nesta pesquisa.
Referências:
Brunauer, S., P. H. Emmett, E. Teller (1938). Adsorption of Gases in
Multimolecular Layers. Journal of American Chemical Society, 60 (2): 309–
319, doi: 10.1021/ja01269a023.
A determinação da superfície específica das amostras foi
realizada em agregados de 0,02 a 0,03 m de diâmetro
médio, utilizando um analisador de sorção de gás
Thermo Finnigan Sorptomatic 1990, que se encontra em
um dos laboratórios da Universidade de La Coruña.
O nitrogênio foi o gás utilizado como adsorvente. As
isotermas de adsorção e de desorção foram medidas
com repetição. Os dados foram analisados por um
programa de redução de dados fornecido pelo fabricante
do equipamento. A partir de cada isoterma foi gerado um
diagrama-t, que é uma isoterma de referência utilizada
tanto para fins de comparação com a isoterma
experimental, quanto para avaliar a micro e a
mesoporosidade das amostras.
A superfície específica das amostras de agregados dos
solos foi determinada a partir de isotermas de adsorção e
de desorção de nitrogênio com base na teoria
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
UMS 2016
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20
Resumos – Comunicações Orais
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UMS2016-5
Valorización de los residuos del café para uso
agronómico. Ensayo in vitro en suelos agrícolas
mediterráneos
Ana G. Cervera Mata (1), José Á. Rufián Henares (2),
Vanessa Martos Núñez (3), Luis García del Moral (3),
Jesús Párraga Martínez (1), Gabriel D. Calvo-Flores (1)
(1) Departamento de Edafología y Química Agrícola, Facultad de
Farmacia, Universidad de Granada, España
(2) Departamento de Nutrición y Bromatología, Facultad de
Farmacia, Universidad de Granada, España
(3) Departamento de Fisiología Vegetal, Facultad de Ciencias,
Universidad de Granada, España
Los posos de café (SCG: Spent Coffee Ground), se han
empleado como enmienda orgánica en distintas
concentraciones (entre 1 y 20% w:w) y se ha
comprobado que mejoran la fertilidad del suelo
(incrementos de N, P y K), aumentan significativamente
los contenidos en materia orgánica, modifican el pH,
acrecientan la salinidad, etc. En cuanto a las plantas
cultivadas en suelos adicionados con SCG, algunas
investigaciones reportan un mayor crecimiento de la
planta, mientras que en otras se demuestra lo contrario,
dependiendo de las cantidades añadidas. La mayor parte
de estos trabajos se han realizado en suelos tropicales
con pH ácido y contenido bajo de arcilla.
El objetivo de este trabajo es comprobar los efectos de la
adición de SCG sobre las propiedades químicas y
fisicoquímicas del suelo y el crecimiento de las plantas,
en suelos agrícolas mediterráneos generalmente
deficitarios en materia orgánica. El ensayo se realizó in
vitro en microcosmos edáficos con 400 g de mezcla suelo
y SCG en una cámara climática a 20ºC, con una
humedad relativa comprendida entre el 40 y 60%. Se
adicionaron tres dosis de SCG: 0, 2.5 y 10% (w:w). Como
material de suelo se empleó la capa arable (20 cm)
tamizada a 2 mm (tierra fina) de dos suelos: Suelo de
Vega (Xerorthent, franco, color gris) y Suelo Rojo sobre
glacis (Xeralf, arcilloso). Dos modalidades de ensayo
fueron probadas: cultivo (con Lactuca Sativa var.
longifolia: lechuga) e incubación (sin planta). La humedad
de las mezclas suelo-SCG se mantuvo entre capacidad
de campo y punto de marchitamiento permanente para
evitar la lixiviación. Los suelos con cultivo se muestrearon
en los días 0, 15, 30, 45 y 60 del ensayo y los incubados
en los días 0, 30 y 60. En el suelo, en los SCG y en las
mezclas suelo-SCG, se han analizado las siguientes
propiedades químicas y fisicoquímicas: pH, CE,
contenido en N, C.O., relación C/N, P asimilable, K
asimilable, carbonato cálcico equivalente y los elementos
traza, Cu, Fe y Zn. En planta se ha estudiado el
crecimiento de la misma mediante la determinación del
peso fresco y seco. Los datos se analizaron
estadísticamente con el programa IBM SPSS Statistics
v.22.0.0.
evolución de las propiedades varían dependiendo del tipo
de suelo. Por ejemplo, en el caso del suelo Rojo el efecto
del pH es mucho más significativo que en el caso del
suelo de Vega, dado que es más ácido y no contiene
carbonatos, con lo que se minora el efecto tampón. Las
variaciones de las propiedades del suelo durante el
ensayo se influencian por la presencia de planta, aunque
no en todos los casos; así, por ejemplo, la evolución del
pH y de la CE es muy similar en las dos modalidades de
ensayo y por el contario, la evolución del Zn en el suelo
de Vega difiere entre ambos casos. La adición de SCG
tanto a bajas dosis (2.5%) como a altas (10%), inhibe el
crecimiento de las plantas. Este resultado se contradice
con el de algunas investigaciones en suelos tropicales y
para las mismas concentraciones de SCG. Este efecto
inhibitorio podría explicarse por dos causas: a) la elevada
relación C/N de los SCG que exigiría un alto consumo de
N por parte de los microorganismos del suelo para su
transformación, en detrimento de las plantas y b) el
posible efecto tóxico de algunos de los componentes de
los SCG (cafeína, ácido clorogénico, taninos, fenoles,
etc.). La inhibición del crecimiento de la lechuga se
manifestó en el peso fresco, pero no en el peso seco, que
se incrementa con el tiempo; esto nos indica una
acumulación de elementos minerales en la planta
interesante desde un punto de vista nutricional. El estudio
estadístico demuestra que las cuatro variables de ensayo
(suelo, dosis de SCG, tiempo y cultivo/incubación) tienen
una influencia significativa en los contenidos y en la
evolución de la mayoría de las propiedades analizadas, lo
que confirma la consistencia del ensayo planteado.
En conclusión, los SCG como enmienda orgánica
mejoran la fertilidad química del suelo pero pueden
plantear algunos problemas por aumento de la salinidad
(mayor CE), por la presencia de metales pesados (Cu, Fe
y Zn) y por las limitaciones al crecimiento vegetal.
No obstante, la evolución posterior del suelo corrige o
minimiza estos problemas. Para valorar la actitud de los
SCG como enmienda orgánica y su problemática
medioambiental, es necesario tener en cuenta el tipo de
suelo al que se van a aplicar. Las limitaciones al
crecimiento de las plantas podría corregirse compostando
estos residuos o añadiéndolos al suelo con antelación
suficiente al cultivo.
Los SCG respecto a los suelos presentan pH más ácido,
mayor CE, mayores cantidades de materia orgánica (con
C/N de 32), N, P, K, Cu y Zn, asimilables y no contienen
carbonatos. Como consecuencia, la adición de SCG
modifica las propiedades de los suelos ensayados,
proporcionalmente a las cantidades añadidas. Con el
tiempo de cultivo/incubación estas variables evolucionan,
en algunos casos aumentando (pH y Fe) y en otros
disminuyendo (CE, C/N, P, K, Cu y Zn). El efecto y la
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
UMS 2016
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Resumos – Comunicações Orais
21
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UMS2016-9
Micromorfologia de um Neossolo Quartzarênico
cultivado com cana-de-açúcar sob controle de
tráfego de máquinas
Allan C. Mendes de Sousa (1), Zigomar Menezes de
Souza (1), Rosa M. Poch Claret (2), Miguel Cooper (3),
Ana P. Guimarães Santos (1)
(1) Universidade Estadual de Campinas – Unicamp, Faculdade
de Engenharia Agrícola – Feagri, 13.083-875, Campinas, São
Paulo, Brasil
(2) Departament de Medi Ambient i Ciències del Sòl. ETSEA,
Universitat de Lleida. Rovira Roure 191. 25198 Lleida, España
(3) Universidade de São Paulo, Escola Superior de Agricultura
Luiz de Queiroz, Dep. de Solos e Nutrição de Plantas, CEP
13418-900 Piracicaba, SP, Brasil
O tráfego de máquinas, nas áreas de produção de canade-açúcar, apresenta-se como um dos principais
responsáveis pelos processos de compactação. Diante
disso, torna-se necessário o uso de tecnologias que
visam a mitigação dos problemas causados aos atributos
físicos do solo para a manutenção da atividade
canavieira, por exemplo, o uso de piloto automático e a
adoção de espaçamentos combinados. As avaliações
dos atributos físicos do solo, dada sua sensibilidade ao
tráfego, apresentam-se como excelentes indicadores de
qualidade e, por isso, podem contribuir para a
recomendação, ou não, das tecnologias supracitadas.
Dentre essas avaliações, as investigações sobre as
características da porosidade, por meio da análise de
imagens de blocos impregnados, funcionam como
importantes ferramentas para o diagnóstico de
compactação. O objetivo do trabalho foi avaliar as
características micromorfológicas de um Neossolo
Quartzarênico cultivado com cana-de-açúcar e manejado
com e sem piloto automático em diferentes
espaçamentos de plantio. O estudo foi conduzido nas
dependências da Usina Santa Fé, situada no município
de Nova Europa-SP, com coordenadas 21°46’42” de
latitude sul e 48°33’33” de longitude oeste. De acordo
com a classificação de Köppen, o clima da região é o
tropical com estação seca (Aw), com temperatura média
variando entre 16 e 29°C, e índice pluviométrico anual
em torno de 1340 mm. O experimento foi instalado num
Neossolo Quartzarênico, no qual avaliou-se os seguintes
tratamentos: (T1) - cana-de-açúcar manejada sem piloto
automático e plantada com espaçamento de 1,50 m;
(T2) - cana-de-açúcar manejada com piloto automático e
plantada com espaçamento de 1,50 m; (T3) - cana-deaçúcar manejada com piloto automático e plantada com
espaçamento duplo combinado de 1,500,90 m. Adotouse o delineamento de blocos ao acaso (DBC), com quatro
repetições e três tratamentos. As amostras foram
coletadas nos pontos situados na linha do rodado (LR) e
no canteiro (CT), nas profundidades de 0,00-0,15 m e
0,15-0,30 m. Cada bloco apresentou dimensões de
0,120,070,06 m, sendo o tamanho de maior
comprimento orientado para superfície do solo. Após a
coleta as amostras foram secas em estufa a 40°C e
posteriormente impregnadas com solução à base de
poliéster e monômero de estireno. Passados
aproximadamente 20 dias após a impregnação, as
amostras encontravam-se curadas e prontas para serem
cortadas
em
blocos
com
dimensões
de
0,12x0,07x0,02 m, utilizando, para isso, uma lâmina de
diamante em meio úmido. Para a realização da análise
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
de área e da superfície específica dos poros, foram
capturadas 10 imagens aleatórias em cada bloco,
utilizando uma câmera OLYMPUS, modelo SC20,
conectada a um microscópio OLYMPUS – BX51.
Em seguida as imagens foram digitalizadas com uma
resolução espacial de 1596 x 1196 pixels, e espectral de
255 níveis de cinza, com aumento de 2 vezes na ocular e
10 vezes na objetiva. As imagens foram armazenadas,
nomeadas e binarizadas e, em seguida procedeu-se a
análise individual dos poros por meio do software imagJ.
Para a realização das análises de tamanho, utilizou-se o
software Visilog-Noesis5.4 e, o seguintes critério de
2
classificação: pequenos (0,000156–0,0156 mm ), médios
2
2
(0,0156–0,156 mm ) e grandes (> 0,156 mm ). Apenas no
segundo ano houve uma redução da porosidade total, no
ponto de coleta situado na linha do rodado.
Os tratamentos T2 e T3 apresentaram uma maior
porosidade total no segundo ano, no ponto de coleta do
canteiro e na camada de 0,00-0,15 m. Na camada de
0,15-0,30 m, o T1 apresentou uma menor superfície
específica de poros. Não houve diferença entre os
tamanhos e as formas de poros, entre os tratamentos,
nos dois anos de estudo. O segundo ano de estudo
apresentou uma redução de poros grandes e complexos,
em todos os tratamentos, em comparação ao primeiro
ano. No segundo ano, observou-se uma redução da PT
no ponto de coleta do rodado em comparação ao ponto
do canteiro, em todos os tratamentos. O T2 e o T3, que
utilizaram
a
tecnologia
do
piloto
automático,
apresentaram maiores médias de porosidade total que o
T1, tanto no rodado quanto no canteiro. Ressalta-se, que
para uma área de 1 ha, o T3 reduziu o número de ruas
destinadas ao trânsito de maquinário, de 66,66 para
41,66, em função da substituição do espaçamento
simples de 1,50 m pelo espaçamento duplo combinado
de 1,500,90 m. Essa modificação no espaçamento
proporcionou um aumento da área de canteiro, visto que
o tráfego ocorre a cada 2,40 m e não há trânsito de
máquinas entre as fileiras duplas. Semelhante ao
observado no comportamento da PT, a superfície
específica de poros não apresentou diferença estatística
de médias entre os distintos pontos de coleta e camadas
estudadas no primeiro ano. No segundo ano, o
tratamento T2, em que foi feito o uso do piloto
automático, observou-se uma menor média no ponto de
coleta do rodado, em comparação ao canteiro.
Independente do tratamento adotado, o tráfego de
máquinas contribuiu para a redução da complexidade dos
poros, e com o aumento da porcentagem de vazios
alongados e arredondados. No primeiro ano, observouse, em todos os tratamentos, maiores médias para os
poros grandes, especialmente no ponto de coleta
localizado no canteiro, e menores médias para os poros
de tamanho médio e pequeno. Esses resultados revelam
que o tráfego, independente do manejo adotado, foi
responsável por reduzir a macroporosidade e por
proporcionar o surgimento de poros com tamanhos
menores,
característicos
de
solos
adensados.
Os tratamentos T2 e T3 apresentaram uma maior
porosidade total no segundo ano, no ponto de coleta do
canteiro e na camada de 0,00-0,15 m. Não houve
diferença entre os tamanhos e as formas de poros, entre
os tratamentos, nos dois anos de estudo. O segundo ano
de estudo apresentou uma redução de poros grandes e
complexos, em todos os tratamentos, em comparação ao
primeiro ano de avaliação.
UMS 2016
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22
Resumos – Comunicações Orais
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UMS2016-10
Percepción y acción de los agricultores de la
comarca de Las Vegas (Madrid) respecto al
dinamismo de los factores degradadores del suelo
Celia Barbero Sierra (1), Manuel Ruíz Pérez (1), María
José Marqués Pérez (2)
(1) Departamento de Ecología de la Universidad Autónoma de
Madrid, España
(2) Departamento de Geología y Geoquímica de la Universidad
Autónoma de Madrid, España
La Comarca de las Vegas, situada en el sureste de la
Comunidad de Madrid, España, es una región semiárida,
con vocación agrícola y fuertemente influida por su
enclave periurbano. La agricultura es un sector con
arraigo en la zona, pero a pesar de su importancia
sociocultural, cada vez son menos las personas (2,6% de
la población activa) que se enfrentan con los fenómenos
biofísicos (ej. escasez de agua y de nutrientes) y
socioeconómicos (ej. disponibilidad de mano de obra,
competencia con mercados nacionales e internacionales)
que dificultan esta actividad, garantizan la provisión de
alimentos y conservan el saber hacer agrícola tradicional.
El conocimiento tradicional vigente en la comarca en
relación con la agricultura combina valores productivos,
culturales y paulatinamente ha ido integrando cuestiones
técnicas para dar respuesta a las necesidades
específicas de los agricultores. En este sentido es
interesante constatar cómo la sabiduría tradicional sobre
la degradación del suelo, coincide en gran medida con el
conocimiento científico generado en torno a la zona.
Sin embargo existe una brecha entre la importancia
concedida a la erosión por parte de científicos y
agricultores. Para los científicos la erosión es un
problema relevante en la región, en cambio, para los
agricultores éste es un fenómeno que si bien reconocen,
no lo asumen como una prioridad. Un 83% de los
agricultores entrevistados consideran que la erosión es
poco o nada importante en la zona. Esta divergencia
entre el criterio científico y el de los agricultores, se debe
fundamentalmente a la diferencia dinámica que rige la
erosión y otras cuestiones clave para la conservación del
suelo y la productividad de las cosechas, como son la
disponibilidad de agua y nutrientes.
La erosión en la zona es una variable lenta de
degradación del suelo que solo afecta a la rentabilidad
económica de la explotación en el largo plazo. En cambio
la escasez de agua y materia orgánica son variables
también presentes, que rápidamente afectan a la función
de producción de los agricultores. Un 53% de la muestra
considera que la escasez de materia orgánica es
bastante importante o muy importante y un 46% expresa
que la escasez de retención de agua también es bastante
importante o muy importante. En consecuencia, los
agricultores han adaptado sus prácticas de manejo del
suelo para controlar los factores limitantes más
inmediatos (escasez de agua y nutrientes), rechazando
propuestas técnicas como el mantenimiento de cubierta
vegetal herbácea y no laboreo en cultivos arbóreos y subarbóreos permanentes (olivar y viñedo) que han
demostrado ser efectivas para frenar la erosión y
suponen un manejo sostenible del suelo. Tan sólo un 6%
de los olivicultores y un 9% de los viticultores
entrevistados emplean las cubiertas vegetales y
generalmente lo hacen como medida de ahorro de
combustible.
Atendiendo a este panorama, haremos una revisión de
las prácticas de manejo de suelo implementadas por los
agricultores de la comarca, evaluándolas en relación al
dinamismo de las variables edafológicas lentas y rápidas
que afectan a la degradación del suelo y a la
productividad de la agricultura. Finalmente abordaremos
el tipo de medidas necesarias a nivel institucional para
facilitar la implementación de prácticas de manejo
sostenible de la tierra. Algunas conclusiones preliminares
indican que estas medidas deben centrarse en el
asesoramiento y acompañamiento directo de los
agricultores por parte de técnicos especialistas en la
implementación de técnicas de conservación del suelo.
Por otra parte, también es necesario desarrollar
programas de sensibilización dirigidos al colectivo rural,
para desmitificar algunas de las ideas arraigadas sobre
los beneficios del laboreo intensivo.
UMS2016-14
Sistemas de Información de Suelos: una perspectiva
actual para la cartografía de suelos
Luis Rodríguez–Lado
Departamento de Edafoloxía e Química Agrícola, Facultade de
Bioloxía, Universidade de Santiago de Compostela, 15782
Santiago de Compostela, España
A pesar de los numerosos estudios sobre suelos,
resultado de décadas de investigación, existe un déficit
generalizado de información acerca de la variabilidad
espacial de los suelos y de sus propiedades.
Recientemente, los métodos clásicos de cartografía de
suelos -unidades delimitadas en base a patrones de
parámetros
ambientales
superficiales
utilizando
conocimiento experto- se han visto desplazados por
nuevas técnicas cartográficas basadas en métodos de
inferencia de sobre bases de datos de suelos
georreferenciadas. Estos métodos determinan las
relaciones estadísticas existentes entre los datos de
suelos a nivel de campo y una serie de parámetros
ambientales para inferir el valor probable de una
determinada propiedad en cualquier localidad dentro del
área de estudio. Esta aproximación ha sido utilizada para
la creación del Sistema de Información de Suelos de
Galicia (SISG), resultado de un estudio estadístico
detallado de los patrones ambientales que determinan la
distribución de las propiedades de los suelos de Galicia
(NW España). El SISG incluye un total de 111 capas
temáticas, en soporte digital a 25 m de resolución
espacial, que representan las diferencias espaciales de
numerosas propiedades físico-químicas y climáticas de
los suelos, además de una serie de parámetros
ambientales (clima, geología y uso del suelo) empleadas
como variables auxiliares para determinar la influencia de
los factores de formación del suelo en sus propiedades.
Se han utilizado diferentes aproximaciones matemáticas desde regresión Random Forest a métodos de regresión
multivariante PLS - a fin de optimizar la bondad del ajuste
de las estimaciones. El "Atlas Digital de Propiedades de
Suelos de Galicia", creado en el marco de este proyecto,
incluye los detalles de los métodos empleados para la
creación de cada capa temática. La información
cartográfica digital generada en este estudio se encuentra
disponible en el servidor cartográfico http://rgis.cesga.es
para su consulta gratuita.
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
UMS 2016
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Resumos – Comunicações Orais
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UMS2016-16
Solo cultivado sob dejeto líquido de suínos
comparado ao solo sem cultivo e sem dejeto: perdas
de solos, água, P e K por erosão hídrica
Douglas Henrique Bandeira (1), Ildegardis Bertol (2),
Antonio Paz González (1), Ana Sofia Gutierrez (2)
(1) Universidade da Coruña, España
(2) Universidade do Estado de Santa Catarina, Brasil
A erosão hídrica pluvial é causada pela chuva sobre o
solo, influenciada ainda pela declividade e comprimento
do declive, pela cobertura e manejo do solo e pelas
práticas conservacionistas de suporte, das quais a
cobertura e manejo são os fatores mais importantes.
A utilização de dejeto líquido de suínos (DLS) como fonte
de nutrientes de plantas na produção agrícola é uma
prática comum em Santa Catarina, BR, devido à grande
quantidade de dejeto produzido, concentrada em
pequenas áreas. Normalmente, o DLS é aplicado em
quantidades muito maiores do que a recomendada, o que
pode modificar o solo, física e quimicamente, e resultar
em perdas dos nutrientes por erosão hídrica. O P é um
elemento pouco solúvel e pouco móvel no solo e, por
isso, tende a concentrar-se na superfície na ausência de
preparo mecânico, principalmente no caso da semeadura
direta (SD). Além de ser um nutriente de plantas, o P
pode provocar a poluição de ambientes aquáticos por
eutrofização. O K é o elemento que tem apresentado
maior acúmulo no solo em razão do uso de dejetos.
Embora não seja contaminante de águas superficiais, sua
perda por erosão acarreta empobrecimento do solo no
seu local de origem, diminui o seu potencial produtivo e
aumenta os custos de produção. Com este trabalho
objetivou-se avaliar a erosão hídrica, por meio da
quantificação das perdas de solo, água, P e K, quando o
DLS foi aplicado na superfície em diferentes sistemas de
cultivo e manejo, e comparar esses tratamentos com o
solo sem cultivo e sem dejeto, em condição de chuva
natural.
A pesquisa foi desenvolvida na Área Experimental de
Uso e Conservação do Solo, da Universidade do Estado
de Santa Catarina, campus de Lages (SC), localizado
o
o
entre 27 49’ latitude Sul e 50 20’ longitude Oeste, a
923 m de altitude, na região do Planalto Sul Catarinense,
entre outubro de 2012 e outubro de 2014. O clima é do
tipo Cfb segundo Köeppen, com precipitação média anual
de 1533 mm na região. O solo é um Cambissolo Húmico
–1
alumínico léptico, com declividade média de 0,102 m m
no local do experimento. Nos cinco tratamentos, com
duas repetições, o cultivo e manejo do solo foi realizado
duas vezes ao ano, por ocasião da implantação das
culturas, como segue: 1. No solo com cultivo: a) preparo
com uma aração + duas gradagens, denominado preparo
convencional
(PC);
b)
preparo
com
uma
escarificação + uma gradagem, denominado preparo
reduzido (PR); c) um preparo do solo em cada cultivo ao
longo do período da pesquisa: uma escarificação + uma
gradagem, uma aração + duas gradagens, semeadura
direta e duas gradagens leves, denominado rotação de
preparos (RP); d) sem preparo do solo, denominado
semeadura direta (SD). 2. No solo sem cultivo: a) preparo
com uma aração + duas gradagens, em que o solo foi
mantido sem cultivo e com a superfície desprovida de
vegetação e de crosta superficial, denominado solo sem
cultivo (SC). Para cada cultivo aplicou-se 50 m³ ha-1 de
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
DLS em cada tratamento, imediatamente após a plena
germinação das culturas, totalizando quatro aplicações
durante a pesquisa. Cultivaram-se, em rotação e nessa
ordem, milho (Zea mays), aveia preta (Avena strigosa),
soja (Glycyne max) e nabo forrageiro (Raphanus sativus).
As parcelas estavam distribuídas de maneira inteiramente
casualizada na área experimental. Os dados foram
tratados estatisticamente utilizando a análise da variância
e, quando as diferenças entre os tratamentos eram
significativas, foi realizado o teste de Tukey a 5% de
significância. Para isso utilizou-se o programa estatístico
ASSISTAT 7.6 Beta (2012).
As perdas de solo (PS) variaram amplamente (0,11 a
91,65 Mg ha-1) entre tratamentos e ciclos de cultivo. Isto
foi devido às variações nas condições do solo
determinadas pelo cultivo e manejo e na erosividade das
chuvas. A SD foi o tratamento mais eficaz na diminuição
das PS, reduzindo-as em 81% em relação ao PC, na
média dos cultivos. No caso do SC e sem dejeto, as PS
foram 39 vezes maiores do que no PC, na média dos
cultivos, explicadas pelo fato do solo ter sido cultivado no
PC e não no SC. As perdas de água foram menos
influenciadas pelos tratamentos e ciclos de cultivo, com
variação de 4 a 37% da chuva precipitada, do que as
perdas de solo. Isso porque solo apresenta um limite de
infiltração de água e, ultrapassado tal limite, as perdas de
água por escoamento superficial tendem a igualar-se em
distintos sistemas de cultivo e manejo. As perdas totais
de P por erosão foram menores nos tratamentos que
envolveram cultivo do solo, apesar dos altos teores do
elemento nos sedimentos nesses tratamentos, explicado
pelas baixas perdas de solo ocorridas nesses
tratamentos. No caso do tratamento SC, a alta perda
desse elemento é explicada, principalmente, pela alta
perda de solo, já que o teor desse elemento nos
sedimentos foi baixo. As perdas totais de K por erosão
foram altas em relação ao estoque presente no solo, em
decorrência dos elevados teores do elemento na água da
enxurrada e das altas perdas de água por erosão.
Conclusões:
1. As perdas de solo e água por erosão hídrica são
influenciadas pelo sistema de cultivo e manejo.
2. Os teores de P e K na enxurrada da erosão hídrica são
influenciados pelo sistema de cultivo e manejo do solo; os
teores nos sedimentos e na água da enxurrada são
maiores na semeadura direta do que no preparo
convencional; os teores são expressivamente maiores
nos sedimentos do que na água, em especial na
semeadura direta.
3
-1
3. A aplicação da dose de 50 m ha de dejeto líquido de
suínos na superfície do solo, em uma única aplicação no
início de cada um dos quatro cultivos em diferentes
sistemas de manejo, melhora os atributos físicos e
químicos do solo e diminui a erosão hídrica, em
comparação ao histórico no período de 20 anos que
antecedeu esta pesquisa.
UMS 2016
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24
Resumos – Comunicações Orais
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UMS2016-17
Diferenciação de atributos químicos de um argissolo
amarelo
coeso
sob
cana-de-açúcar
em
cronossequência de cultivo
UMS2016-29
Influência
da
aplicação
de
mulching
no
restabelecimento das comunidades de invertebrados
do solo em áreas ardidas
Joel Medeiros Bezerra (1), Glécio Machado Siqueira (2),
Maria Sallydelândia Sobral de Farias (3), Osvaldo
Guedes Filho (4)
A J. Puga, M. J. Saraiva, F. Gonçalves, J. J. Keizer, A. C.
Bastos, N. Abrantes
(1) Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), Brasil
(2) Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Brasil
(3) Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Brasil
(4) Universidade Federal do Paraná (UFPr), Brasil
As alterações da cobertura vegetal e o uso do solo
promovem mudanças na quantidade e na qualidade dos
atributos químicos do solo. Nesse contexto objetivou-se
avaliar a diferenciação dos atributos químicos de um
Argissolo amarelo coeso sob cana-de-açúcar em
cronossequência de cultivo, na zona da Mata de
Pernambuco, por meio de técnicas estatísticas
multivariadas,
inter-relacionando
com
atributos
geomorfológicos. As áreas a serem estudadas vêm
sendo manejadas nos últimos anos com cana-de-açúcar
(Saccharumofficinarum L.) com queima prévia da palha
para colheita, com corte realizado manualmente, sendo
realizada amostragem de solo de uma cronossequência
de cultivo de cana-de-açúcar, composta por oito talhões
com diferentes tempos de implantação do agrossistema
bioenergético de cana-de-açúcar: Tempo zero (Mata,
strictu senso), um (CP), dois (S1), três (S2), quatro (S3),
cinco (S4), seis (S5) e sete anos de implantação dos
sistemas de cultivo (S6). As coletas de amostras
deformadas e não deformadas foram realizadas nas
profundidades de 0-5, 5-10, 10-20, 20-40, 40-60, 60-80 e
80-100 cm. Os atributos do solo avaliados foram: pH, P,
K, Ca, Mg, H+Al, B, Cu, Fe, Mn e Zn. Com os resultados
das análises foram calculadas a soma de bases (SB), a
capacidade total de troca de cátions (T), a saturação por
bases (V) e a saturação por alumínio (m). Dois métodos
estatísticos multivariados foram aplicados, visando
classificar os acessos em grupos: análise de
agrupamentos hierárquica e análise de componentes
principais (ACP). A substituição da vegetação nativa por
sistemas de cultivo favoreceu alterações nos atributos
químicos do solo verificando-se variações anuais quanto
à redução das concentrações dos atributos químicos
avaliados nos tratamentos CP, S2, S4 e S6; as áreas de
cana-de-açúcar S3 apresentaram maior dissimilaridade, o
que indica certo grau de intervenção antrópica,
proveniente da adição contínua de insumos e resíduos
vegetais, enquanto as áreas S1, S5 e a Mata
apresentaram elevada similaridade garantido a resiliência
nas camadas superficiais. Os atributos inter-relacionados
às reações ácido-base no solo (pH, P, Ca, H+Al, S.B.,
CTC, V, Mn e Zn) contribuíram com o primeiro
componente principal das profundidades superficiais até
40 cm.
CESAM, Departamento de Ambiente
Universidade de Aveiro, Portugal
e
Ordenamento,
Nas últimas décadas Portugal tem sido um dos países da
bacia mediterrânica mais afectado pelos incêndios. Um
número crescente de estudos em todo o mundo têm
vindo a ser realizados no sentido de melhor compreender
os efeitos directos e indirectos do fogo e assim encontrar
melhores estratégias de gestão e mitigação dos
ecossistemas afectados pelos incêndios. O uso de
mulching é actualmente utilizado para proteger os solos
da erosão depois de um incêndio. No entanto, os efeitos
do mulching sobre as comunidades de invertebrados do
solo são pouco conhecidos. Actualmente é reconhecido o
papel fundamental que as comunidades de invertebrados
do solo desempenham na recuperação da maioria dos
ecossistemas. Este estudo procura compreender os
efeitos da utilização de um tipo específico de mulching
(casca e desperdícios de eucalipto) na recuperação das
comunidades de invertebrados do solo, uma vez que esta
técnica é comummente utilizada como medida de
mitigação após um incêndio. Este estudo foi realizado
numa plantação de eucalipto no centro-norte de Portugal,
que anteriormente havia ardido e na qual foi aplicado o
mulching após o incêndio. Os resultados deste estudo
mostram comunidades de invertebrados do solo
semelhantes entre os locais tratados e não tratados e
entre posições ao longo da encosta. Em geral, não foram
encontradas relações significativas entre as variáveis
ambientais estudadas e a comunidade de invertebrados
do solo. Foi encontrado um elevado nível de
homogeneidade entre as classes de cobertura do solo
definidas e a composição da comunidade de
invertebrados do solo nas áreas tratada e não tratada.
As ordens Hymenoptera e Collembola foram as mais
abundantes, estando associadas maioritariamente a
famílias de hábitos omnívoros e microbianos e as ordens
Coleoptera e Araneae apresentaram a maior riqueza de
morfo-espécies, sendo na sua maioria formada por
famílias de predadores terrestres. A análise da função
ecológica de cada família, sugere que a grande
disponibilidade de matéria orgânica no solo pode
influenciar a abundância de formigas e colêmbolos, e
fomentar uma maior diversidade de predadores
terrestres. No global, a utilização de mulching não parece
afectar a recuperação das comunidades de invertebrados
do solo, após um período pós-fogo prolongado. Porém,
os resultados deste estudo sugerem que o mulching
poderá afectar alguns grupos de invertebrados, durante o
período inicial após a sua aplicação na área ardida.
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
UMS 2016
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Resumos – Comunicações Orais
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UMS2016-30
Estudo de comunidade microbiana, proveniente do
solo da Amazônia Ocidental brasileira envolvida na
degradação do pesticida Atrazina
Iraê Camilo da Silva (1), Elize Hayashi (2), Elaine Oliveira
Costa de Carvalho (3), Gian Freschi (2), Gunther Brucha
(2)
(1) Unifal-Poços de Caldas / Instituto de Ciência e Tecnologia,
Engenharia Química, Brasil
(2) Unifal-Poços de Caldas/ Instituto de Ciência e Tecnologia,
PPG-CEA, Brasil
(3) Universidade Federal de Rondônia, Programa de Doutorado
em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente, Brasil
O Brasil encontra-se em primeiro lugar no ranking
mundial de maior utilizador de pesticida. Entre os
herbicidas mais utilizados, destaca-se a atrazina, devido
a sua alta toxicidade. A atrazina pode ser degradada
biologicamente, servindo como fonte de carbono e
nitrogênio para alguns microrganismos (Giardi et al.,
1985). Na região da Amazônia Ocidental este herbicida
vem sendo utilizado em plantações de soja, e outras
espécies
de
folhas
largas.
Portanto
estudar
microrganismos provenientes de solos dessas regiões
que tenham capacidade em degradar este composto é
fundamental para processo de tratamento de áreas
impactadas com este pesticida. Nesse estudo, solos de
uma fazenda experimental do Instituto Federal de
Rondônia (IFRO-Ariquemes/RO) que utiliza atrazina em
seus experimentos foi coletado. Este foi utilizado como
inóculo no experimento de enriquecimento utilizando
meio mineral contendo glicose como fonte de carbono
(1 g/L) e atrazina como única fonte de nitrogênio
(50 mg/L), por um período de 30 dias. Após este período
foi realizado o processo de isolamento através da técnica
de esgotamento por estrias em meio sólido. Pelo método
de microscopia e coloração de Gram caracterizou-se as
colônias quanto à forma, tamanho e tipo. As cepas
isoladas foram identificadas através do sequenciamento
quase
completo
do
gene
do
RNA
16S.
O acompanhamento da diversidade microbiana do
Domínio Bactéria das amostras do solo e durante o
procedimento de enriquecimento foi realizado através da
metodologia
do
PCR/DGGE.
O
processo
de
enriquecimento proporcionou uma modificação na
diversidade microbiana, na qual foi analisada a partir da
comparação das bandas apresentadas na amostra de
enriquecimento com as bandas presentes no solo pelo
método de similaridade. Esta comparação identificou um
número menor de bandas na amostra do solo do que as
constatadas na de enriquecimento, o que indica que o
meio de enriquecimento favoreceu o crescimento de
maior diversidade de bactérias capazes de utilizar
atrazina como única fonte de nitrogênio que já estariam
presentes no solo, mas em pequena quantidade.
A similaridade calculada foi de 1,25%, o que demostra a
grande diferença entre a diversidade microbiana.
Os resultados do sequenciamento dos isolados indicaram
uma similaridade de 99% para Burkholderia cepacia
(NR_113645) e 100% para Klebsiella variicola (NR
113645). Burkholderia cepacia tem sido relatada como
degradadora de pesticidas, inseticidas e compostos
clorados (Ali et al., 2010; Lu et al., 2003; Kim & Ahn,
2009) e sua detecção em solo da Amazônia ocidental
pode nortear futuros processos de biorremediação de
solos e águas contaminados.
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
Referências:
Ali, S.W., R. Li, W.-Y. Zhou, J.-Q. Sun, P. Guo, J.-P. Ma, S.-P. Li (2010).
Isolation and characterization of an abamectin-degrading Burkholderia
cepacia-like GB-01 strain. Biodegradation, 21(3): 441-452, doi:
10.1007/s10532-009-9314-7.
Giardi, M.T., M.C. Giardina, G. Filacchioni (1985). Chemical and biological
degradation of primary metabolism of atrazine by a Nocardia strain.
Agricultural and Biological Chemistry, 49(6): 1551–1558.
Kim, J.-R., Y.-J. Ahn (2009) Identification and characterization of
chlorpyrifos-methyl and 3,5,6-trichloro-2-pyridinol degrading Burkholderia
sp. strain KR100. Biodegradation, 20(4): 487-497, doi: 10.1007/s10532008-9238-7.
Lu, Z., H. Min, S. Wu, A. Ruan (2003). Phylogenetic and degradation
characterization of Burkholderia cepacia WZ1 degrading herbicide
Quinclorac. Journal of Environmental Science and Health. Part B—
Pesticides, Food Contaminants, and Agricultural Wastes, B38(6): 771–
782.
Financiamento: PIBICT/FAPEMIG.
UMS 2016
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Resumos – Comunicações Orais
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UMS2016-36
Variación de la rugosidad de la superficie del suelo
bajo lluvia simulada
A. Saa-Requejo (1,2), J. L. Valencia (3), A. M. Tarquis
(1,4), R. Moratiel (1,2), A. Paz González (5)
(1) CEIGRAM, ETSIAAB, Universidad Politécnica de Madrid,
Madrid, España
(2) Dpto. Producción Agraria, ETSIAAB, Universidad Politécnica
de Madrid, Madrid, España
(3) Dpto. de Estadística e I.O. III. Escuela de Estadística. Univ.
Complutense de Madrid, España
(4) Dpto. Matemática Aplicada, Universidad Politécnica de
Madrid, Madrid, España
(5) Dpto. de Ciencias del Suelo, Universidad de la Coruña,
España
La micro-topografía de la superficie del suelo o rugosidad
(SSR) define el límite físico entre el flujo superficial y el
suelo. Debido a su disposición, la rugosidad del suelo
potencialmente afecta a los procesos de superficie tales
como la infiltración, flujos preferenciales, la erosión y la
sedimentación. Así, la evolución de la SSR bajo
diferentes intensidades de lluvia ocupa un papel
destacado en la erosión del suelo.
Mientras que algunos autores eligen una función
exponencial de lluvia acumulada para describir la
evolución de la SSR, otros han utilizado la energía
cinética de las precipitaciones. La SSR a nivel de campo
es un concepto de fácil seguimiento visual, pero muy
difícil de describir numéricamente. En este estudio no
usamos técnicas de pin-medidor o láser para cuantificar
SSR. Nos hemos basado en el porcentaje de sombras
del relieve micro-topográfico, bajo condiciones de luz
solar fijas que se han aplicado sobre la base de trabajos
anteriores que demostraron que éste es un método
sencillo y fiable para estimar la SSR.
Dos parcelas experimentales, de 1 m  1 m, fueron objeto
de sucesivos eventos de precipitación simulados con una
intensidad de 67 mm/h, y una altura de 2 m. Ambas
parcelas eran una parcela fueron previamente removidas
con azadón creando una rugosidad orientada y teniendo
un 6% de pendiente. Las imágenes se obtuvieron cada
15 minutos de lluvia con un ángulo de incidencia de la luz
de 45° aproximadamente. La imagen fue adquirida por
una OLYMPUS X-925, que tiene un tamaño de
2976 x 3968 píxeles y que corresponde a un área de
75 cm x 100 cm. Para el proceso de eliminación de ruido,
la imagen fue recortada a 590 x 800 píxeles y se utilizó el
método de Indicador Kriging (IK) para la binarización de
las imágenes. La comparación de ambas parcelas
respecto a la evolución del SSR, acumulación de
escorrentía y la morfología de las sombras son
discutidas.
UMS2016-41
Estudo experimental do transporte de partículas
acumuladas
em
telhados
cerâmicos:
uma
contribuição para a conservação da água em zonas
urbanas
Alexandre Silveira (1,2), João L. M. P. de Lima (1,3), João
R. C. B. Abrantes (1,3), Babar Mujtaba (1,3)
(1) MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente, Portugal
(2) Instituto de Ciência e Tecnologia, Universidade Federal de
Alfenas UNIFAL-MG, Poços de Caldas, Minas Gerais, Brasil
(3) Departamento de Engenharia Civil, Faculdade de Ciências e
Tecnologia da Universidade de Coimbra, Coimbra, Portugal
A poluição atmosférica é um problema ambiental, em
especial nas áreas urbanas e periurbanas onde há
concentração das populações. Os poluentes atmosféricos
podem ser partículas sólidas resultantes de atividades
antrópicas e de fenômenos naturais, que ficam dispersas
na atmosfera e tendem a precipitar naturalmente e a
depositar-se em, e.g., coberturas de edifícios. Essas
partículas ficam então disponíveis para serem
transportadas para o meio hídrico através dos sistemas
de drenagem de águas pluviais podendo causar
contaminação e/ou poluição hídrica. Este trabalho
apresenta um estudo experimental, em laboratório, sobre
o transporte de partículas sólidas em telhados cerâmicos,
utilizando chuva simulada.
A instalação laboratorial utilizada compreendia um
simulador de chuva e um telhado cerâmico (telhas tipo
Lusa) com 2.4 m de comprimento e 1.5 m de largura.
Partículas de areia, com diâmetro entre 0.3-0.6 mm,
foram dispersas no telhado, com vista ao estudo da sua
mobilidade. Consideraram-se essencialmente três
aspetos: a distribuição espacial das partículas no telhado,
a sua concentração e a sua conectividade (i.e. partículas
posicionadas em áreas conectadas e desconectadas).
Os ensaios consistiram na simulação de chuvadas
estáticas, com intensidade de 115 mm/h e duração de
3 min, e na recolha do escoamento para quantificação do
transporte das partículas de areia.
Os resultados mostram a influência da distribuição
espacial das partículas no telhado, da sua concentração e
da sua conectividade no transporte das mesmas.
A maioria das partículas eram transportadas no início do
escoamento e observou-se que algumas partículas
ficaram retidas no telhado, mais frequentemente na parte
superior, mesmo para chuvadas intensas. Conclui-se que
os trabalhos experimentais em telhados podem ser úteis
para melhorar o conhecimento sobre o transporte de
partículas sólidas em meios urbanos, contribuindo para a
conservação da água, aproveitamento de água de chuva
e proteção do meio ambiente.
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
UMS 2016
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Resumos – Comunicações Orais
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UMS2016-42
Qualidade física de um Latossolo sob pastagem em
recuperação com leguminosas
Carolina dos S. B. Bonini (1), Reges Heinrichs (1),
Marlene C. Alves (2), Alfredo Bonini Neto (3), Guilherme
C. Meirelles (1), Fabricio Gomes Pedro (1), Aline M.
Santos Silva (1), Emanuelle Rodrigues Alves (1), Aline
Magalhães (1)
(1) Faculdade de Ciências Agrárias e Tecnológicas,
Universidade Estadual Paulista - UNESP. CEP 17900-000,
Dracena, São Paulo, Brasil
(2) Departamento de Fitossanidade, Engenharia Rural e Solos,
Faculdade de Engenharia, Universidade Estadual Paulista –
UNESP. CEP 15385-000, Ilha Solteira, SP, Brasil
(3) Faculdade de Ciências e Engenharia, Universidade Estadual
Paulista - UNESP. CEP 17602-496, Tupã, São Paulo, Brasil
As pastagens são as formas mais utilizadas na
alimentação animal, sendo que grande parte encontramse em processo de degradação, especialmente no estado
de São Paulo. Uma alternativa viável para assegurar a
sustentabilidade do uso agrícola do solo, principalmente
nos Latossolos é a adoção de sistemas de manejo do
solo considerados conservacionistas, como o plantio
direto. Por sua vez, uma pastagem melhor qualidade
permite intensificar a sua utilização com maior taxa de
lotação o que acarreta a qualidade física da camada
superficial do solo. Uma sucessão adequada de culturas
pode trazer benefícios não apenas em termos de
aumento de rendimento de grãos da cultura mais
importante que a constitui como também traz benefícios a
todo o ambiente. Isto porque permite aumento da
cobertura e proteção do solo, melhor equilíbrio das
características físicas, químicas e biológicas do solo e
com maior eficiência no controle de pragas e plantas
daninhas. O uso e manejo do solo inadequado podem
alterar seus atributos físicos, ocasionar degradação e
perda da qualidade do solo, levando a uma
insustentabilidade do sistema de produção. A densidade
e a porosidade do solo são as propriedades físicas mais
amplamente utilizadas na quantificação da qualidade
física do solo, em pastagem sob pastejo, a qual é mais
afetada nos primeiros 150 mm de profundidade.
O objetivo deste trabalho foi estudar a distribuição do
tamanho de poros de um Latossolo cultivado com
pastagem de Brachiaria decumbens em recuperação
desde 2012, com diferentes formas de introdução de
Estilosantes cv. Campo Grande (Stylosanthes capitata e
S. macrocephala.
braquiária + estilosantes com aração + gradagem. Foram
avaliadas
a
macroporosidade,
microporosidade,
porosidade total e densidade do solo, nas camadas de
0,00-0,1; 0,10-0,20 e 0,20-0,40 m. Os resultados foram
analisados efetuando-se a análise de variância e teste de
Scott-Knott a 5% de probabilidade para a comparação de
médias. Para todos os atributos estudados e em todas as
camadas de solo estudadas não houve diferença
estatística para todos. Apesar de não haver diferença
estatística, os dados obtidos revelam um aspecto
interessante. Os dados de macroporosidade do solo
estão abaixo do ideal (10%), mas com um incremento em
relação ao ano de 2014. A microporosidade não é
modificada pelo manejo do solo e somente os dados de
porosidade total (macro+micro) não é possível afirmar a
qualidade estrutural do solo. Em relação a densidade do
solo, está acima da média para esta classe textural de
solo (arenosa) e influencia negativamente a produção das
culturas. Com isso, conclui-se que as estratégias de
manejo ainda não foram eficientes para modificar a
macroposidade do solo e estão abaixo do valor
considerado crítico para o desenvolvimento das culturas e
a densidade do solo em todos os tratamentos está acima
da ideal para esse tipo de solo.
O experimento foi desenvolvido em área experimental do
Polo Regional de Desenvolvimento Tecnológico dos
Agronegócios do Extremo Oeste, sediado no município
de Andradina-SP, Brasil. O clima, segundo a
classificação Köppen é tropical quente e úmido com
inverno seco, a precipitação média anual é de 1150 mm e
a temperatura média anual é de 23°C. O solo do local foi
classificado como Latossolo Vermelho. O delineamento
experimental utilizado foi em blocos ao acaso, com
quatro repetições e compostos por sete estratégias em
plantio direto da leguminosa na pastagem: testemunha
capim braquiária; braquiária + estilosantes com
-1
dessecação parcial com 1,5 L ha de glifosato; braquiária
+ estilosantes com dessecação total com 3,0 L ha-1 de
glifosato; braquiária + estilosantes com plantio direto;
braquiária + estilosantes com escarificação do solo;
braquiária + estilosantes com gradagem rome e
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
UMS 2016
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Resumos – Comunicações Orais
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UMS2016-44
O comportamento de taxas de infiltração em terrenos
submetidos a processos erosivos lineares
Rodrigo Moruzzi, Cenira Maria Lupinacci da Cunha,
Dener Toledo Mathias
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - Unesp,
Brasil
Este trabalho busca avaliar o papel das taxas de
infiltração na dinâmica de áreas afetadas por processos
erosivos acelerados. A área estudada caracteriza-se
como a baixa bacia do Córrego Tucunzinho (área de
1,63 km2) localiza-se na porção central do Estado de São
Paulo, região Sudeste do Brasil, inserida na periferia da
área urbana do município de São Pedro. Essa área se
caracteriza pela predominância de litologia sedimentar
(arenitos flúvio-lacustres da Formação Pirambóia,
conforme IPT, 1981) e solos friáveis, tais como
Argissolos e Neossolos Quartzarênicos, atributos estes
que conferem suscetibilidade ao desencadeamento
erosivo. As formas de relevo apresentam-se como
colinas suavizadas, com topos tabulares e vertentes com
relevante comprimento de rampa, cedendo abruptamente
aos fundos de vale em virtude da ocorrência de formas
erosivas, expressas em ampla voçoroca e ravinamentos
adjacentes a esta. O próprio córrego tem sua dinâmica
associada à evolução dos processos erosivos, uma vez
que seu regime hidrológico vincula-se ao afloramento do
nível freático e às formas de erosão de caráter
subsuperficial (pipings).
a declividade e a granulometria do solo, distribuídas de
forma distinta no espaço, foram as principais
condicionantes do meio físico que influem na distribuição
espacial das taxas de infiltração, tal como apresentado
por Mendiondo e Tucci (1997). Contudo, as análises
estatísticas do conjunto total de dados coletados nos
pontos selecionados indicam correlações baixas a
moderadas (R<0,5) entre taxa de infiltração inicial e areia
fina, declividade e decaimento (k); e taxa de infiltração
saturada e argila + silte, assim como essa mesma taxa
com areia grossa. As correlações se tornam significativas
(R>0,7) somente quando os dados são agrupados de
acordo com as características topográficas e físicas da
área. Tais características topográficas interferem
diretamente no escoamento superficial e subsuperficial,
fator de grande influência sobre o desenvolvimento da
voçoroca, visto que afeta a expansão dessa tanto em
termos de área como de profundidade, a partir da
atuação dos pipes e das alcovas de regressão.
Referências:
Guerra, A.J.T. (2002). Processos Erosivos nas encostas. In: Cunha, S.B. e
Guerra, A.J.T. (Orgs.). Geomorfologia: exercícios, técnicas e aplicações.
Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 139-156.
Horton, R.E. (1939). Analysis of runoff-plot experiments with varying
infiltration capacity. Trans. Am. Geophys. Un. 20th Ann. Mtg.
IPT - Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (1981).
Mapa geológico do Estado de São Paulo; escala 1:500.000. v1 (texto) e v2
(mapa). Governo do Estado de São Paulo. Secretaria da Indústria,
Comércio, Ciência e Tecnologia.
Mendiondo, E.M., C.E.M. Tucci (1997). Escalas hidrológicas III: hipótese
integradora de processos na bacia vertente. Revista Brasileira de
Recursos Hídricos, 2(2): 21-44.
A coleta de dados foi feita utilizando-se o infiltrômetro de
Hills, conforme orientações de Guerra (2002), com coleta
de dados a cada 30 segundos nos primeiros 2 minutos e
a cada minuto nos intervalos de 2 a 30 minutos em
pontos distribuídos espacialmente. Estipularam-se dois
períodos para a coleta dos dados de infiltração: o período
de chuvas (verão) e o período de estiagem (inverno) do
ano de 2010. Foram realizadas 30 amostragens em
pontos distribuídos ao longo das vertentes para
diferentes tempos de infiltração. No total, foram
determinadas 992 taxas de infiltração para cada período.
A equação de Horton (1939) foi empregada para ajuste
não linear dos dados experimentais e obtenção dos
parâmetros. Assim, o ajuste foi realizado por meio da
minimização da soma da diferença dos quadrados,
utilizando três parâmetros, correspondentes às taxas
inicial e final (fo e foo) e ao coeficiente de potência (k),
sujeitos a restrição dada pela infiltração inicial medida, de
modo que o parâmetro fo fosse menor ou igual ao valor
máximo medido (fo≤fmax). Os resultados foram
interpolados espacialmente bem como avaliados por
meio de estatística descritiva, intervalo de confiança de
95% para valores médios e por meio de correlações entre
parâmetros do modelo de Horton e características do
meio físico. Os valores obtidos para todos os pontos de
amostragem no período de verão foram da ordem de:
74,60 ± 27,25 mm/h de média; 29,77 mm/h de mínimo;
372,67 mm/h de máximo; 78,65 mm/h de desvio padrão
médio; 29,76 ± 7,01 mm/h para o parâmetro foo;
700,65 ± 144,33 mm/h
para
o
parâmetro
f o;
-1
0,67 ± 0,061 min para o parâmetro k.
A avaliação global dos resultados permite constatar nítida
variação espacial das taxas iniciais e finais, as quais
dependem de um conjunto de variáveis do meio físico.
Todavia, acredita-se que o escoamento de subsuperfície,
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
UMS 2016
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Resumos – Comunicações Orais
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UMS2016-45
Erosão de solos florestais em Portugal: Subsídios
para a história dos primórdios da sua quantificação
Luciano Lourenço (1), António Bento-Gonçalves (2),
Adélia Nunes (1)
(1) Departamento de Geografia e Turismo, CEGOT,
Universidade de Coimbra, Portugal
(2) Departamento de Geografia, CEGOT, Universidade do
Minho, Portugal
Ainda que nas duas últimas décadas se tenham
desenvolvido numerosos estudos sobre quantificação da
erosão em solos florestais, os primeiros de que temos
conhecimento em Portugal decorreram na serra da
Lousã, no final da década de 80 do século passado.
Todavia, apesar desses primeiros estudos serem
também recentes, são relativamente pouco conhecidos,
talvez por terem sido objeto de divulgação restrita, razão
que nos leva a apresentá-los de novo, dado que, à
época, foram estudos inovadores no que à instalação de
parcelas experimentais diz respeito.
O principal objetivo da instalação destas parcelas
experimentais visava averiguar os efeitos erosivos dos
incêndios florestais, não só produzidos pela água das
chuvas no outono-inverno seguinte ao período crítico de
incêndios, então designado por “época de fogos”, mas
também aqueles que decorrem da mobilização superficial
do solo, com vista à realização de novas plantações nas
áreas que foram queimadas. Por outro lado, analisou-se
também a influência do declive e da exposição das
vertentes no eventual incremento dos processos erosivos
por ação hídrica.
Do ponto de vista metodológica, pela sua proximidade,
escolheu-se a serra da Lousã para instalar as diferentes
parcelas experimentais, desde as parcelas-testemunho,
colocadas sob coberto de resinosas e folhosas, para
comparar os resultados nelas obtidos com os registados
em todas as outras, que forma montadas quer em solo
nu, com exposição aos quatro principais quadrantes, quer
em áreas ardidas, com diferentes declives, e, ainda, em
solos florestais mobilizados superficialmente com três
diferentes técnicas: limpeza com lâmina, ripagem e
gradagem.
Os resultados obtidos, surpreendentes para a época,
mereceram contestação oficial, embora meses mais
tarde, após uma visita ao local, o próprio avaliador tenha
assumido ter-se equivocado nessa apreciação, tanto
mais que estão em consonância com outros obtidos por
outros autores, em situações similares, anos depois. Os
tempos eram outros, assim como os materiais e as
técnicas disponíveis, razão pela qual este trabalho tem
fundamentalmente um interesse histórico, embora os
resultados obtidos atestam o mérito do trabalho então
realizado.
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
UMS2016-48
Adubação potássica melhora a eficiência no uso da
água na produção de madeira em plantio de
Eucalyptus grandis
Verónica Asensio (1), Jean-Paul Laclau (2), JeanChristophe Domec (3), Jean-Pierre Bouillet (2), Yann
Nouvellon (2), Lionel Jordan-Meille (3), José Lavres
Junior (1), Juan Delgado Rojas (4), Cassio Hamilton
Abreu-Junior (1)
(1) Universidade de São Paulo-Centro de Energia Nuclear na
Agricultura (USP-CENA); Piracicaba, Brasil
(2) CIRAD, UMR Eco&Sols, Montpellier, França
(3) Bordeaux Sciences Agro, INRA UMR, Bordeaux, França
(4) Agro Ambiência Serviços Agrícolas, Piracicaba, Piracicaba,
Brasil
Nas regiões tropicais, as secas prolongadas deverão ser
mais frequentes devido à variação climática, o que deverá
intensificar o estresse hídrico e a mortandade das
plantas. A adubação potássica (K) tem efeito positivo na
eficiência do uso da água (especialmente nas árvores),
da luz e dos nutrientes pelas plantas (Battie-Laclau et al.,
2016; Cakmak, 2005). Contudo, há escassez de
informações do efeito da interação entre fertilização com
potássio e a disponibilidade de água no solo sobre o
comportamento ecofisiológico das plantas e o seu uso
consuntivo da água. No presente estudo foi utilizado um
experimento com dispositivo para exclusão de chuva, em
um solo profundo e de baixa fertilidade, para testar as
seguintes hipóteses: (i) a adubação com K aumenta a
eficiência do uso de água para produzir madeira e (ii) a
adubação com K aumenta o estresse das árvores durante
as épocas de seca devido à transpiração forte,
comparando-se com árvores deficientes em K.
O estudo foi realizado em um experimento com
dispositivo de exclusão de chuva, instalado em junho de
2010, com plantio de Eucalyptus grandis em um Ferralsol
muito profundo (>15 m), em Itatinga, SP, Brasil. O clima
da região é Cfa segundo a classificação de Köppen.
Foram estudados quatro tratamentos: dois níveis de
exclusão de chuva (0 e 37%, +W e -W respetivamente)
combinados com dois níveis de adubação potássica (0 e
-2
0,45 mol m de K, -K e +K respetivamente). O estudo foi
realizado durante o quinto ano do ciclo de rotação do
plantio. A transpiração foi medida continuadamente com
sensores de fluxo de seiva, de acordo com Granier
(1985), desde agosto de 2014 até julho de 2015. Para
calcular a produção primária líquida de madeira (PPL
madeira), foram cortadas oito árvores por tratamento em
maio em novembro de 2014 e maio de 2015. As árvores
foram divididas em tronco, ramos e folhas. Estes
materiais foram secados e pesados para estimativa da
massa de matéria seca. Foram coletadas 30 folhas em
capa terço da copa das árvores para determinar a área
específica foliar. A área foliar de cada seção da copa e a
área total foliar foram calculadas de acordo com
Nouvellon et al. (2010). O índice de área foliar (IAF) e a
biomassa da madeira foram estimados a partir de
relações alométricas. O potencial hídrico foliar ao meiodia (Ψmd) foi medido mensalmente, mediante o uso de
câmara de Scholander (Scholander et al., 1965), de
outubro de 2014 a setembro de 2015. Dados
meteorológicos
foram
coletados
em
estação
meteorológica situada no local do experimento.
Os resultados foram submetidos a análises de variância
com nível de confiança de 95%.
UMS 2016
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30
Resumos – Comunicações Orais
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As árvores com +K tiveram maior transpiração do que as
árvores com -K ao longo de todo o ano, especialmente no
período de chuvas, como consequência da maior área
foliar nas parcelas com K, entre outras causas. O K
aumentou o IAF, e a restrição hídrica produziu o efeito
contrario. A relação entre a transpiração e o IAF (kg água
por m2 de folha) foi maior com potássio. A PPL de
madeira foi um 146% maior em +K comparado com -K
durante o período de seca, e 270% durante o de chuvas.
A restrição hídrica diminuiu em 65% a PPL de madeira
durante o período de seca e 22% na época chuvosa.
Os fatores +K e -W não alteraram os valores de Ψmd nos
meses com elevado déficit de pressão de vapor (DPV) e
alta temperatura. Nos meses com baixo DPV e elevadas
precipitações, as árvores com -W tiveram o Ψmd mais
negativo, especialmente as que receberam potássio. Isto
pode ser devido à combinação da elevada demanda de
água por parte das árvores com K e ao menor volume de
chuva recebido nos tratamentos com exclusão. Após
período de seca, apenas em outubro de 2014 as árvores
com +K manifestaram maior estresse hídrico (Ψmd mais
negativo). Este resultado indica que o efeito da adubação
com K sobre o estresse hídrico das árvores foi
relativamente fraco, inclusive nos períodos de seca.
Os valores de Ψmd foram mais variáveis em +K, o que
indica que adubar com esse nutriente aumenta a
capacidade de E. grandis para adaptar as trocas gasosas
às condições climatológicas. A pequena variação nos
valores de Ψmd ao longo do ano em -K indica que não
houve estresse hídrico nas árvores sem K, o que é
devido á baixa transpiração nesses tratamentos, e que
permitiu acumular uma grande quantidade de água nas
camadas profundas do solo durantes as épocas
chuvosas. Os resultados de Ψmd de todo um ano
indicam que o K como nutriente influi mais no estresse
hídrico das árvores do que a restrição hídrica.
UMS2016-51
Variabilidade espacial da resistência a penetração do
solo na cultura da cana-de-açúcar
A adubação com K aumenta a eficiência do uso da água
para a produção de madeira no plantio de E. grandis.
As árvores adubadas com K não apresentaram maior
estresse hídrico do que as árvores não adubadas, seja
ao longo ou após período de seca.
O conjunto de dados foi submetido à análise de
estatística descritiva, aderência à distribuição normal,
segundo o teste de Kolmogorov-Smirnov. A dependência
espacial foi avaliada por meio de ajuste de
semivariograma. Foi escolhido o modelo com melhor
ajuste segundo a técnica de validação cruzada de JackKnifing. Como resultados, verificou-se normalidade dos
dados apenas para a umidade do solo. O coeficiente de
variação foi classificado como de baixa variabilidade para
a densidade do solo, e média variabilidade as demais
variáveis. Para todas as variáveis foi necessário fazer a
remoção de outliers, segundo o critério de Hoaglin.
Este trabalho foi financiado pelo projeto FAPESP 2013/25998-4, pelo
CIRAD e pelo projeto USP/COFECUB 134/12. Os autores agradecem a
colaboração dos funcionários da Estação Experimental de Ciências
Florestais de Itatinga (SP, Brasil) e dos estudantes Leticia Carvalho,
Karen Ribeiro e Marcos Okagawa.
Referências:
Battie-Laclau, P., J.S. Delgado-Rojas, M. Christina, Y. Nouvellon, J.-P.
Bouillet, M.C. Piccolo, M.Z. Moreira, J.L.M. Gonçalves, O. Roupsard, J.-P.
Laclau (2016). Potassium fertilization increases water-use efficiency for
stem biomass production without affecting intrinsic water-use efficiency in
Eucalyptus grandis plantations. For. Ecol. Manage. 364, 77–89.
doi:10.1016/j.foreco.2016.01.004
Cakmak, I. (2005). The role of potassium in alleviating detrimental effects
of abiotic stresses in plants. J. Plant Nutr. Soil Sci. 168, 521–530.
doi:10.1002/jpln.200420485
Granier, A. (1985). Une nouvelle méthode pour la mesure du flux de séve
brute dans le tronc des arbres. Ann. des Sci. For. 42, 81–88.
Nouvellon, Y., J.-P. Laclau, D. Epron, A. Kinana, A. Mabiala, O.
Roupsard, J.-M. Bonnefond, G. le Maire, C. Marsden, J.-D. Bontemps, L.
Saint-André (2010). Within-stand and seasonal variations of specific leaf
area in a clonal Eucalyptus plantation in the Republic of Congo. For. Ecol.
Manage. 259, 1796–1807. doi:10.1016/j.foreco.2009.05.023
Scholander, P.F., E.D. Bradstreet, E.A. Hemmingsen, H.T. Hammel
(1965). Sap Pressure in Vascular Plants. Science. 148(3668): 339–346.
Uilka E. Tavares, Mário Monteiro Rolim, Elvira M. Regis
Pedrosa
Departamento de Engenharia Agrícola, UFRPE. Rua Dom
Manoel de Medeiros, s/n, CEP 52171-900, Recife, PE, Brasil
Solos mais compactados são prejudiciais ao crescimento
das raízes e também interferem o acesso da planta ao
oxigênio e água. As principais alterações observadas nas
propriedades do solo, sobretudo no sistema de preparo
convencional, são o acréscimo da densidade do solo e
resistência do solo à penetração das raízes. Essas
limitações propiciam o decréscimo do rendimento agrícola
e aumentam os custos de produção. A partir do
conhecimento da variabilidade espacial, é possível
verificar as correlações espaciais entre os atributos do
solo, o que contribui para a escolha das melhores
estratégias para o manejo do solo. Desta forma, o
objetivo do presente estudo foi de avaliar a variabilidade
espacial da resistência do solo à penetração e da
umidade do solo em um Argissolo distrocoeso cultivado
com cana-de-açúcar.
A área de pesquisa foi na Estação Experimental de Canade-açúcar do Carpina (EECAC/UFRPE), localizada no
Município de Carpina, PE, a 7o51’S de Latitude e 35o14’W
Longitude e 178 m de altitude, com clima do tipo "AS"
tropical chuvoso com verão seco, segundo a classificação
de Köppen. A área foi preparada com grades aradora e
niveladora e sulcador. A cultura instalada foi a cana-deaçúcar. Na área foi medida a resistência mecânica do
solo a penetração das raízes (RP), umidade e densidade
do solo.
Verificou-se uma camada de impedimento mais
pronunciada na profundidade a partir dos 35 cm. Durante
o preparo, verificou-se que a profundidade de ação do
implemento foi de até 31 cm, o que justifica o incremento
da RP a partir desta profundidade. A profundidade
20-40 cm apresentou RP máximo de 4,19 MPa. Para a
cultura da cana-de-açúcar, a magnitude da RP pode
interferir na distribuição das raízes e afetar a
produtividade da cultura.
Foi possível ajustar os modelos dos semivariogramas
para RP e umidade. A RP, nas duas profundidades,
ajustou-se ao modelo esférico, enquanto a umidade
ajustou-se ao modelo gaussiano. Pela distribuição dos
mapas da RP (0-20 cm) e da umidade verifica-se
correlação inversa, onde as áreas de maior umidade
coincidem com os menores de resistência a penetração.
Ao se verificar a correlação de Pearson entre as duas
variáveis, obteve-se um R² = -0,32 significativo a 5%.
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
UMS 2016
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Resumos – Comunicações Orais
31
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As demais variáveis
significativa entre si.
não
apresentaram
correlação
Pode-se verificar que a resistência apresenta uma
continuidade no perfil do solo. Por meio deles, observase que a maior parte da área da superfície apresenta
baixa resistência em alguns focos. Mapas com krigagem
indicatriz também foram gerados para se verificar RP
acima de 2 MPa, valor considerado impeditivo para o
crescimento das raízes. Foi possível verificar que a
profundidade 0-20 cm encontra-se preservada, sem se
observar resistência penetração nesta magnitude,
enquanto a profundidade 20-40 cm apresentou valores
acima do recomendado em toda a área.
Para verificar se os semivariogramas das variáveis
apresentam a mesma estrutura de dependência espacial,
realizou-se o escalonamento das semivariâncias de cada
semivariograma pela variância dos dados. Pode-se
comprovar que a resistência a penetração apresentou
semelhante estrutura de dependência espacial para as
duas profundidades. O semivariograma da umidade não
se ajustou ao semivariograma da RP, indicando que o
modo como a umidade varia no solo estudado não se
assemelha ao da RP. O semivariograma escalonado da
RP apresenta ajuste de 83%.
Pode-se concluir que os métodos geoestatísticos
permitiram identificar a dependência espacial das
variáveis resistência a penetração e umidade.
A resistência nas duas profundidades apresentaram
semelhantes estruturas de dependência espacial, após
serem escalonados, permitindo ser descritas por um
único modelo de semivariograma. Metade da área
apresentou moderada resistência a penetração na
profundidade 0-20 cm. Mais de 90% da área apresentou
moderada resistência a penetração, na profundidade
20-40 cm.
UMS2016-60
Perdas de solo e recuperação como consequência
das mudanças de uso do solo na Serra de Mértola
Maria José Roxo (1), Adolfo Calvo-Cases (2)
(1) CICS.NOVA - Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais,
Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade
Nova de Lisboa, Portugal
(2) Departamento de Geografia da Universidade de Valência,
Espanha
A serra de Mértola corresponde aos terrenos do extremo
Sudeste do Concelho de Mértola, na Margem Esquerda
do Rio Guadiana. Considerada uma área marginal e sem
aptidão agrícola devido às características dos seus solos,
conheceu, no entanto, vários períodos em que
predominaram diferentes usos, de entre as quais: o
cultivo intensivo, centrado na produção de cereais
(Estado Novo – Campanha do Trigo), o abandonado de
vastas áreas agrícolas durante a década de 90 do século
XX e, recentemente, a aposta séria na criação de gado.
Estas fases distintas nos seus efeitos em relação à
dinâmica dos ecossistemas conduziram à intensificação
de processos erosivos e destruição de recursos naturais
ou, favoreceram a regeneração e recuperação da
vegetação
“natural”
e
consequentemente,
a
biodiversidade.
Estudos anteriores, financiados pela União Europeia
(Medalus I, II, III- 1990-99 e Desertlinks-2001-04)
possibilitaram a análise dos processos naturais e
antrópicos responsáveis pelo elevado estado de
degradação em que se encontram os ecossistemas,
nesta área do País. Pretende-se demonstrar, com base
em dados experimentais e de investigação de campo, os
efeitos ambientais dos principais usos do solo existentes
hoje em dia, neste território do Baixo Alentejo, com
particular destaque para: o cultivo de cereais, a criação
de gado e o abandono da terra.
Resumen
La Sierra de Mértola ocupa la parte SE del municipio de
Mértola, en la margen izquierda del rio Guadiana.
Considerada un área marginal y sin aptitudes agrícolas
debido a las características de sus suelos, ha pasado, sin
embargo, por varios periodos con predominio de diferentes
usos del suelo, entre los que destacan: el cultivo intensivo de
cereales (durante la campaña de trigo del periodo de Estado
Nuevo), el abandono de grandes extensiones de tierra
agrícola durante la década de los 90 del siglo XX y,
recientemente, una seria apuesta por la cría de ganado.
Estas distintas fases han repercutido sobre la dinámica de
los ecosistemas especialmente con una intensificación de los
procesos de erosión y la destrucción de recursos naturales,
aunque también con la recuperación de vegetación “natural”
y en consecuencia de la biodiversidad. Estudios previos,
financiados por la UE (Medalus I, II, III-1990-99 Desertlinks2001-04) han posibilitado un análisis de los procesos
naturales y antrópicos responsables del elevado estado de
degradación en que se encuentras los ecosistemas de esta
área de Portugal.
Se pretende demostrar a partir de datos experimentales y de
trabajo de campo, las consecuencias ambientales de los
principales usos de suelo actuales en este territorio del Bajo
Alentejo, atendiendo con especial énfasis a: el cultivo de
cereales el sobrepastoreo y el abandono de la tierra.
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
UMS 2016
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Resumos – Comunicações Orais
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UMS2016-61
Estatística multivariada como ferramenta para
grupamento de solos de regiões altomontas de Santa
Catarina, Brasil
Denilson Dortzbach (1,2), Marcos Gervasio Pereira (2),
Antonio Paz González (3), Luiz F. Novaes Vianna (1),
Eduardo C. da Silva Neto (2), Evertton Blainski (1)
(1) EPAGRI - Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão
Rural, Brasil
(2) UFRRJ – Univ. Federal Rural do Rio de Janeiro, Brasil
(3) UDC - Universidade da Coruña, España
A ocorrência dos solos das regiões altomontanas e a sua
gênese são influenciadas pela interação dos fatores
material de origem e clima, que ocorrem de forma
diferenciada em função de um gradiente altitudinal,
podendo ser avaliada através da utilização de estatística
multivariada. Dessa forma, o objetivo desse estudo foi
avaliar o potencial de utilização da análise de
similaridade e discriminante no grupamento de perfis de
solo em região altomontana de Santa Catarina, Brasil.
Foram realizadas coletas de perfis nas regiões
produtoras de vinho de altitude, totalizando 38 perfis
modais. A partir dos dados morfológicos e dos atributos
físicos e químicos, os solos foram classificados de acordo
com o Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. A
maior parte dos solos da região foi classificada como
Cambissolos (63%). Entretanto, ocorrem Nitossolos
(29%) e Latossolos (5%), que indicam a influência do
relevo e clima na expressão de processos
pedogenéticos, além de Neossolos Litólicos (3%) em
áreas com relevo forte ondulado.
De acordo com a geologia, os perfis de solo foram
agrupados em quatro regiões, também identificadas
pelos municípios sede: I - região de rochas sedimentares
- perfis 1 a 4 (Bom Retiro e Urubici); II - região de rochas
ígneas ácidas - riodacito - perfis 5 a 21 (São Joaquim);
III - região de rochas ígneas - basalto - perfis 22 a 34
(Campos Novos); e IV - região de rochas ígneas ácidas tipo Palmas - perfis 35 a 38 (Água Doce). A similaridade
entre os perfis de solos foi avaliada através da análise
multivariada, sendo utilizados os atributos físicos e
químicos dos horizontes subsuperficiais. Para a
diferenciação e caracterização dos solos, foi realizada a
análise discriminante, utilizada no intuito de separar
conjuntos distintos das observações (atributos físicos e
químicos) e fixar novos grupos previamente definidos
(classes de solo). Pela avaliação do agrupamento pela
similaridade, foi possível agrupar os solos e confirmar a
influência do material de origem nos atributos do solo, o
que destaca a importância e a relação direta da geologia
para a formação dos solos no ambiente de altitude no
estado de Santa Catarina.
Pela avaliação do dendograma, os solos foram
agrupados em quatro grupos homogêneos:
Grupo 1 – Maior, é formado pelos solos das regiões I
(sedimentares) e II (riodacitos);
Grupo 2 – Menor, formado apenas pelo perfil 4;
Grupo 3 – Constituído pelos 4 perfis da região IV (ígneas
ácidas);
Grupo 4 – Formado pelos solos originados de basalto
(região III).
No dendrograma verifica-se que os perfis formados a
partir de riodacito da região (II) de São Joaquim (perfis 5,
7, 6, 8, 9, 14 até o perfil 21), possuem, nessa ordem,
maior similaridade entre si, indicada pela menor distância
euclidiana. Unem-se a esse grupo os perfis na região de
rochas sedimentares (I), sendo que o perfil 1 apresenta
maior similaridade com os perfis 2 e 3. De forma distinta,
o perfil 4 se relaciona tanto com os perfis formados a
partir de riodacitos como com os solos originados de
rochas sedimentares, mas com maior distância
euclidiana. Esse perfil se diferencia, principalmente pelos
menores teores de argila, que apresentam pouca ou
nenhuma variação entre os horizontes A e B.
O segundo grupo formado com solos da região IV mostra
maior similaridade entre os perfis 37 e 38, sendo que o
perfil 38 apresentou similaridade com todos os 3 perfis e
em menor proporção com o perfil 35.
No grupo com menor similaridade entre os solos, região
III, os perfis 33, 32, 31 e 34 se apresentaram mais
próximos. Já os perfis 22 e 23 apresentaram similaridade
entre si, porém foram os que mostraram as maiores
diferenças em comparação a todos os demais perfis, ou
seja, apresentam variáveis distintas em relação a outros
solos.
A análise discriminante foi realizada com base nas quatro
classes de solo e indicou, para o horizonte A, que os dois
primeiros eixos canônicos (CAN) explicaram 94% da
variância total, sendo que a CAN1 explica 78,1%, ou seja,
esta é a função que mais contribui para demonstrar as
diferenças entre os grupos e a CAN2 16,2% da variância.
Entretanto a avaliação de Lambda de Wilks utilizada para
testar a significância das funções discriminantes, indica pvalue (0,455) maior que o nível de significância de 0,05
para a CAN1, não sendo, dessa forma, significativa.
Para o horizonte B, 100% da variância dos dados
também é explicada nos dois primeiros eixos canônicos,
sendo que a CAN 1 explica 73,8% e a CAN 2 explica
26,2%. O baixo valor de lambda Wilks (0,000) da CAN1
mostra que a primeira função tem um melhor poder de
discriminação e o p-value (0,003) indica que a primeira
função discriminante é altamente significativa.
A análise do total de observações e os percentuais de
classificação correta e incorreta das classes de solo, nos
quatro grupos determinados pelas funções discriminantes
canônicas, mostra que todas as observações das classes
de solo no horizonte B (100%) foram classificadas
corretamente. Tal fato comprova a eficiência da técnica
de agrupamento para distinguir classes de solo e
evidencia a relação do horizonte B com os atributos que
melhor expressam a pedogênese. Por outro lado, no
horizonte A, apenas 73% da classificação foi
corretamente relacionada com a do modelo. Nesse
horizonte, o Neossolo Litólico foi classificado como
Nitossolo, 9 perfis de Nitossolos foram agrupados com os
Latossolos e todos os Cambissolos (24 perfis)
apresentaram a mesma classificação de acordo com o
modelo.
A análise conjunta das variáveis edáficas permitiu separar
os solos em três grupos por similaridade. O primeiro,
maior, é formado pelos perfis originados de rochas como
riodacitos e sedimentares; o segundo grupo, menor, é
formado apenas pelos quatro perfis da região de Água
Doce (rochas ácidas) e o terceiro é formado por perfis
originados de basalto. A técnica de análise discriminante
com base em variáveis do horizonte B foi eficiente no
agrupamento das classes de solo.
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
UMS 2016
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Resumos – Comunicações Orais
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UMS2016-64
Avaliação de efeitos antrópicos na variabilidade da
precipitação
UMS2016-65
Aplicação de modelos de erosão hídrica em ambiente
SIG - um caso de estudo
Isabel P. de Lima (1,2), Shaun Lovejoy (3)
Ana Paula Leite (1), Vítor P. Cavaleiro (2), António C.
Duarte (3)
(1) Departamento de Engenharia Civil, Universidade de Coimbra,
Coimbra, Portugal
(2) Instituto do Mar (IMAR) e Centro de Ciências do Mar e do
Ambiente (MARE), Portugal
(3) Physics Department, McGill University, Montreal, Canada
Recentemente tem havido contribuições importantes para
a clarificação das propriedades dos diferentes regimes
(escalantes) no processo de precipitação, da
variabilidade neste processo a várias escalas, e
identificação da sua origem (natural ou antrópica). Essa
clarificação é particularmente relevante para a
caracterização dos efeitos na precipitação – também no
ciclo da água, nos ecossistemas - decorrentes do
aquecimento global. Neste trabalho apresentam-se
alguns resultados pertinentes, obtidos na investigação
sistemática da variabilidade na precipitação a diferentes
escalas temporais e espaciais, baseada no estudo de
produtos de precipitação (globais e centenários). Estes
produtos são baseados em dados instrumentais
recolhidos nas redes udométricas continentais (GHCN),
dados de reanálise (20CR) e dados híbridos deteção
remota/dados instrumentais (“Smith”), e permitem
investigar a precipitação sobre os continentes, os
oceanos, e à escala global. Usa-se análise espectral e
flutuações Haar para identificar diferentes regimes
(tempo, macrotempo, clima) e para caracterizar
empiricamente a estatística (escalante) temporal,
espacial e espácio-temporal da precipitação. A
abordagem apresentada neste trabalho permite detetar o
sinal antrópico na variabilidade da precipitação –
separando as componentes relativas à variabilidade
natural e antrópica -, o que nem sempre tem sido captado
por outros métodos de análise; em particular, notamos
que as abordagens usuais, baseadas em análises de
tendência linear, no tempo, e períodos de estudo de só
algumas décadas, não conduzem geralmente a
resultados estatisticamente significativos. Isto contrasta
com os nossos resultados (obtidos com uma abordagem
alternativa, que considera o forçamento), que confirmam
efeitos das alterações climáticas na precipitação, cuja
variabilidade evidencia efeitos antrópicos nas baixas
frequências, a escalas da ordem das dezenas de anos.
Estes resultados poderão ser pertinentes nalgumas
regiões, em estudos hidrológicos, nomeadamente
relativos à conservação da água e do solo.
(1) Direção Regional de Agricultura e Pescas do Centro
(DRAPC), Castelo Branco, Portugal
(2) Universidade da Beira Interior (UBI), Departamento de
Engenharia Civil e Arquitetura, Covilhã, Portugal
(3) Instituto Politécnico de Castelo Branco, Escola Superior
Agrária, Castelo Branco, Portugal
As questões relacionadas com os processos erosivos são
alvo de preocupação em todo mundo. A utilização
indiscriminada do solo, através da intensificação das
práticas agrícolas mecanizadas, associadas à destruição
das florestas, expansão urbana e construção, são os
principais agentes antropogénicos que causam grandes
perdas de solo alterando o equilíbrio dos ecossistemas
terrestres e aquáticos. A região mediterrânea é
particularmente susceptível à erosão. Isto deve-se ao
facto de esta região estar sujeita a longos períodos secos
seguidos por chuvas intensas, em declives acentuados e
com reduzida cobertura vegetal (EEA, 2003).
O risco de erosão em Portugal está distribuído da
seguinte forma: 69% do território apresenta elevado risco
de erosão, 25% um risco médio, e em apenas 6%, o risco
de erosão é baixo (Giordano et al., 1991). Atendendo a
estes indicadores é imperioso o desenvolvimento de
metodologias de avaliação para aplicação sistemática e
contínua, que permitam compreender melhor os
processos dinâmicos da erosão hídrica.
A classificação pedológica e geotécnica é uma parte
integrante deste estudo, ligada à aplicação de modelos
de erosão hídrica em ambiente SIG (Sistemas de
Informação Geográfica) a uma sub-bacia hidrográfica do
Ribeiro do Vale do Gamo, afluente da Ribeira do Aravil, e
esta por sua vez do Rio Tejo, localizada no concelho de
Idanha-a-Nova, e onde se encontra instalado um
dispositivo
experimental
com
monitorização
do
escoamento e da produção de sedimentos.
Os modelos de erosão hídrica do solo são aplicações
matemáticas utilizadas para reproduzir os processos
erosivos. São utilizados para o dimensionamento de
estruturas de controlo de erosão, avaliação de práticas de
uso do solo e planeamento ambiental. Nas últimas
décadas, foram desenvolvidos vários modelos que
permitiram melhorar os conhecimentos sobre os
processos erosivos, podendo-se dividir em dois grupos os
atualmente existentes: empíricos e os fisicamente
baseados.
A equação empírica RUSLE (Revised Universal Soil Loss
Equation) (Wischmeier & Smith, 1978; Renard et al.,
1997) foi um dos modelos selecionado. Este tipo de
modelos são amplamente aceites pela sua simplicidade e
disponibilidade de parâmetros. Contudo apresentam duas
grandes desvantagens quando utilizados em bacias
hidrográficas de maior dimensão: a impossibilidade de
prever a deposição do solo, e portanto do arrastamento
de sedimentos para fora da unidade territorial em causa
(Renard et al., 1997), e a dificuldade de cálculo de
parâmetros topográficos (Hickey, 2000).
O outro modelo selecionado foi o SWAT - “Soil and Water
Assessment Tool” (Neitsch et al., 2005), sendo este
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
UMS 2016
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Resumos – Comunicações Orais
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baseado em princípios físicos. Estes modelos são
geralmente exigentes em termos informáticos e de
dados, o que limita a sua ampla aplicabilidade no estudo
do processo erosivo, sendo no entanto uma ferramenta
com um elevado potencial.
UMS2016-69
Enmiendas orgánicas usadas para transformar un
área afectada por fuego en Dehesa: Análisis
multivariado
Os resultados obtidos com a aplicação do modelo
RUSLE foram bastante satisfatórios, com médias de
perdas anuais de solo para a sub-bacia da zona de
estudo semelhantes às obtidas no Plano de Gestão da
Região Hidrográfica do Tejo, para os quais são
mencionados valores de perdas de solo para a Ribeira do
Aravil de 4,5 ton/ha.ano. Os resultados apurados com o
modelo SWAT para os anos de estudo seguem a mesma
tendência, no entanto com valores inferiores de produção
de sedimentos. Com recurso ao indicador Coeficiente de
Eficiência de Nash e Sutcliffe (Nash & Sutcliffe, 1970),
foram comparados os dados simulados pelo modelo
SWAT, com os dados observados no dispositivo
experimental, tendo o modelo sido considerado aceitável.
Gerardo Ojeda (1), David Tarrasón (2), Josep María
Alcañiz (2)
Como base nos modelos acima referidos foi elaborada
uma carta de suscetibilidade à erosão hídrica e com base
nesta, e nos resultados das Unidades Geotécnica, e
demais cartografia, foi elaborada a carta de aptidão ao
suporte de construção.
Referências:
E.E.A – European Economic Area (2003). Assessment and reporting on
soil
erosion.
Background
and
workshop
report.
http://www.eea.europa.eu/publications/technical_report_2003_94, p.1-103.
Giordano, A., P. Bonfils, D. Briggs, E. Sequeira; C. Roquero, N. Yassoglou
(1991). The methodological approach to soil erosion and important land
resources evaluation of the European Community. Soil Technology, 4: 65
– 77.
Hickey, R., R. Carew, R. Watkins (2000). Tidal inundation modelling.
Roebuck Bay, Western Australia. GIS Asia Pacífic, February/March, 4750.
Nash, J.E., J.V. Sutcliffe (1970). River flow forecasting through conceptual
models part I — A discussion of principles, Journal of Hydrology, 10 (3):
282–290.
Neitsch, S.L., J.G. Arnold, J.R. Kiniry, J.R. Williams. 2005. Soil and Water
Assessment Tool Theoretical Documentation, Version 2005. Temple, Tex.:
USDA/ARS Grassland, Soil and Water Research Laboratory.
http://swat.tamu.edu/, consulta em 2015.
Renard, K.G., G.A. Foster, G.A. Weesies, D.K. McCool, D.C. Yoder
(1997). Predicting soil erosion by water: a guide to conservation planning
with the revised universal soil loss equation (RUSLE). USDA Agricul.
Handbook 703. Agricultural Research Service. Washington D.C.
Wischmeier, W.H., D.D. Smith (1978). Predicting Rainfall Erosion Losses:
a Guide to Conservation Planning. U.S. Dep. of Agriculture, Agriculture
Handbook No. 537, Washington, USDA, p. 58.
(1) Universidad Nacional de Colombia, Palmira, Valle, Colombia
(2) CREAF, Cerdanyola del Vallès 08193, España
La transformación de un matorral afectado por fuego en
un sistema de Dehesa puede ser útil para la recuperación
de ciertas funciones productivas y reguladoras de los
ecosistemas, tales como el pastoreo, el control de la
erosión y la reducción del riesgo de incendio. Sin
embargo, la productividad de la cubierta herbácea y el
desarrollo arbóreo en el sistema transformado pueden ser
limitados por la fertilidad del suelo, especialmente
después de episodios de fuego. Estudios anteriores han
demostrado que dosis adecuadas de los lodos de
depuradora puede mejorar la fertilidad del suelo y facilitar
la recuperación de la cobertura vegetal, pero pocos
estudios se han centrado en la evaluación de la
biodiversidad vegetal. En este estudio, comparamos los
efectos
de
diferentes
lodos
de
depuradora
(deshidratados, compostados, secados térmicamente)
usados como enmienda de suelos en la recuperación de
terrenos degradados por fuego, en el crecimiento de
árboles y en la composición de pasturas (cubierta vegetal,
riqueza de especies y diversidad). A corto plazo, los lodos
de depuradora provocan cambios en tanto en la cobertura
vegetal, como en el crecimiento de los árboles. Aunque
no hubo grandes diferencias en la riqueza de especies
vegetales, el uso de lodos de depuradora como enmienda
del suelo modificó la diversidad funcional de la comunidad
vegetal. Un análisis multivariado (curvas de respuesta
principal) de la influencia de los lodos de depuradora
sobre la composición de la vegetación, determinó la
sustitución rápida de los matorrales por cubierta
herbácea, plantas ruderales (por ejemplo, Bromus
hordeaceus y Leontodon taraxacoides) y por tres
especies de gramíneas sembradas (Festuca arundinacea,
Lolium perenne, y Dactylis glomerata). En contraste, las
especies fijadoras de nitrógeno (leguminosas) fueron más
abundantes en los suelos no fertilizados con lodos y
suelos fertilizados con lodos compostados. Los resultados
indicaron que lodos de depuradora modifican la
funcionalidad de la vegetación cuando son aplicados a
suelos y la respuesta varía de acuerdo al tipo de posttratamiento de los lodos de depuradora.
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
UMS 2016
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Resumos – Comunicações Orais
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UMS2016-71
Urbanização como fator de degradação do solo e da
água: transporte de sólidos em suspensão em áreas
com diferentes padrões urbanos
Carla S. S. Ferreira (1), Rory P. D. Walsh (2), António
J.D. Ferreira (1)
(1) Centro de Estudos de Recursos Naturais, Ambiente e
Sociedade (CERNAS), Escola Superior Agrária de Coimbra,
Coimbra, Portugal
(2) Departamento de Geografia, Universidade de Swansea,
Swansea, Reino Unido
A degradação do solo constitui uma das consequências
da ação humana, em particular das alterações de uso do
solo. A urbanização encontra-se historicamente
associada à perda de solo e aumento da carga de
sedimentos nas linhas de água. Contudo, apesar dos
inúmeros estudos desenvolvidos ao longo das últimas
décadas, existe ainda uma falta de conhecimento no que
respeita à relação entre o tipo de urbanização e o
transporte de sedimentos em massas de água
superficiais, nomeadamente em zonas periurbanas da
região Mediterrânea. Neste sentido, este trabalho
investiga a concentração de sólidos transportados em
suspensão, em linhas de água que drenam áreas com
distintos padrões de urbanização, caracterizados por
diferentes índices de impermeabilização e sistemas de
drenagem de águas pluviais. O estudo visa ainda a
avaliação da variação da concentração de sólidos em
suspensão em diferentes eventos de precipitação,
registados ao longo do ano. O trabalho foi desenvolvido
na bacia hidrográfica da Ribeira dos Covões, localizada
na Região Centro de Portugal. Dada a sua proximidade
ao centro da cidade de Coimbra, esta bacia tem sido
sujeita a um rápido processo de urbanização desde a
década de 50. Atualmente, apesar desta ser uma bacia
ainda maioritariamente florestal (56%), as áreas urbanas
representam 40% da bacia, sendo a atividade agrícola
bastante reduzida (4%).
O estudo considerou a determinação da concentração de
sólidos em suspensão, não apenas na secção de saída
da bacia hidrográfica (ESAC), mas também em três
afluentes: i) Espírito Santo, drenando uma maior área
urbana (49%); ii) Porto Bordalo, com 39% de área
urbana; e iii) Quinta, com menor área urbana (22%) mas
maioritariamente em fase de construção (18%).
As amostras de água superficial foram recolhidas
manualmente durante 10 eventos de precipitação,
registados entre Outubro de 2011 e Março de 2013.
Em cada evento e em cada local foram recolhidas várias
amostras em diferentes fases do hidrograma: (1) caudal
de base, (2) curva de crescimento e (3) curva de
decrescimento. A
concentração
de
sólidos
em
suspensão totais (SST) foi determinada por evaporação
o
das amostras (105 C). A concentração de sólidos em
suspensão dissolvidos (SSD) foi estimada a partir dos
valores de turvação, determinados por espectrofotometria
de feixe simples. Esta estimativa foi realizada com base
em retas de calibração, estabelecidas para cada local,
obtidas a partir da secagem (105oC) de algumas
amostras filtradas (45 µm). Adicionalmente, a
concentração total de sólidos dissolvidos (STD) foi
também medida com sensor de condutividade.
-1
(ESAC) (200-1656 mg L ), do que nas sub-bacias
-1
Espírito Santo (183-852 mg L ) e Porto Bordalo
(47-598 mg L-1) (p<0.05). A maior concentração de SST
em Quinta resulta da grande área de solo nu, associada
às atividades de construção. No entanto, este local
revelou
menores
concentrações
de
STD
(56-4010 mg L-1), possivelmente devido à textura arenosa
do solo. Maiores concentrações de STD, contudo, foram
registadas
em
Porto
Bordalo
(27-5400 mg L-1),
possivelmente devido à textura argilosa do solo. Espírito
Santo, com solo areno-argiloso apresentou valores de
-1
STD de 27-5400 mg L , enquanto na secção de saída da
-1
bacia as concentrações foram de 1-4820 mg L . Durante
o período de estudo as concentrações de sólidos foram
mais elevadas durante a chuvada com maior intensidade
de precipitação (15,9 mm h-1), registada a 2 de Novembro
de 2011. As primeiras chuvadas após o verão originaram
também concentrações mais elevadas de sólidos,
nomeadamente em Quinta e Espírito Santo, associadas
ao início de regime de escoamento intermitente.
Mais importante do que percentagem de área urbanizada,
a concentração de sólidos em suspensão está
relacionada com a estabilidade das áreas urbanas. Áreas
mais urbanizadas apresentam menores concentrações de
sólidos do que áreas em construção. Deste modo, é
importante considerar a implementação de medidas de
mitigação de erosão do solo em zonas em construção.
Além disso, medidas de retenção e infiltração do
escoamento superficial são fundamentais para minimizar
a concentração de sólidos em suspensão nas linhas de
água, principalmente após o período seco.
O conhecimento das concentrações de sólidos em
suspensão ao longo do tempo é importante para
caracterizar a qualidade da água e promover a gestão
integrada dos recursos hídricos. A concentração de
sólidos em suspensão nas massas de água não afeta
apenas a turvação da água, com impactes diretos no
ecossistema aquático, mas está também associada ao
transporte de nutrientes e contaminantes que podem
degradar a qualidade da água.
A concentração de SST foi maior na sub-bacia Quinta
-1
(113-4320 mg L ) e na saída da bacia hidrográfica
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
UMS 2016
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Resumos – Comunicações Orais
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UMS2016-72
As alterações do uso do solo na Região Centro de
Portugal ao longo do último século: Políticas,
processos, dinâmicas e impactos. Lições para
enfrentar o futuro
UMS2016-80
Modelação dos fluxos hidrológicos entre zona
saturada e não-saturada, ao nível de parcela do Baixo
Mondego
Manuel Nunes (1,2), José M. Gonçalves (1,2), João L. M.
P. de Lima (3), Luis S. Pereira (2)
António J. Dinis Ferreira, Carla S. S. Ferreira
CERNAS - Centro de Estudos em Recursos Naturais, Ambiente
e Sociedade, Portugal
Escola Superior Agrária de Coimbra, Politécnico de Coimbra,
Portugal
Nos últimos 100 anos a Região Centro de Portugal sofreu
alterações profundas no seu uso do solo, na forma como
se organiza, ao nível da distribuição e organização da
sua população e das suas actividades económicas,
mormente as mais ligadas ao território, aos recursos
naturais, aos ecossistemas e aos serviços por eles
fornecidos.
Há 100 anos, a maior parte da população vivia da
agricultura, e com excepção das cidades em resultado da
indústria e do comércio, a capacidade produtiva
influenciava a distribuição da população no território, com
as áreas mais férteis a permitirem uma maior
concentração populacional, caso das áreas tipicamente
agrícolas nas planícies aluviais dos maiores rios da
região, nas bacias sedimentares à volta das serras, como
as que pontuam as bordaduras da cordilheira central
(incluindo as Cova da Beira), além das campinas de
Idanha.
O restante território, dadas as fracas capacidades
produtivas, possuía um sistema produtivo assente numa
agricultura pobre, na exploração dos produtos da floresta
e na pastorícia, que usava os baldios (terrenos
comunitários) para apascentar os rebanhos. Este modo
de vida assente na pluriactividade, permitia o
povoamento das serras de xisto que se tornou possível
com a descoberta da América e a introdução do milho, a
partir do século XVI. Este modo de vida pobre e exigente
assentava sobre ecossistemas com uma capacidade de
carga limitada, e em muitos locais encontravam-se sobre
explorados e em degradação.
A decisão política de florestar os baldios, tomada pelo
Estado Novo, limitou substancialmente os recursos
dessas áreas menos produtivas, levando ao decréscimo
e em alguns casos mesmo ao abandono das populações,
o que diminuiu a capacidade de intervenção sobre a
paisagem. Esta diminuição do controlo implicou a
acumulação de matéria orgânica a níveis insustentáveis e
ao recrudescimento dos incêndios florestais a partir da
década de 1970. A partir dessa data assiste-se também à
expansão acentuada do Eucalyptus globulus, altera
substancialmente a paisagem e o risco de incêndio. Nos
dias de hoje, um grande esforço é colocado na gestão do
risco de incêndio, que constitui o primeiro factor de
modelação da paisagem, tendo sido desenvolvidas novas
estratégias, em grande medida baseadas em
conhecimento científico inspirado no conhecimento
ancestral.
Neste trabalho serão discutidas as estratégias para
responder aos desafios iminentes decorrentes das
alterações climáticas, económicas e sociais, no sentido
de aumentar a resiliência e auto-suficiência da Região
Centro de Portugal.
(1) Instituto Politécnico de Coimbra, Escola Superior Agrária,
Portugal
(2) LEAF, Instituto Superior de Agronomia, Universidade de
Lisboa, Portugal
(3) MARE, Departamento de Engenharia Civil, Universidade de
Coimbra, Portugal
A comunicação apresenta um trabalho modelar dos fluxos
hídricos entre a toalha freática e a zona não-saturada ou
de exploração radicular, tendo por base o contexto
agrícola da parcela do Baixo Mondego. A modelação
resulta da combinação de dois modelos: HYDRUS-1D e
MODFLOW, os quais descrevem, respetivamente, os
fluxos de drenagem e ascensão capilar ocorridos na zona
não-saturada e os impactos que tais fluxos têm na
oscilação da toalha freática. O estudo incidiu sobre uma
parcela agrícola com solo franco-argiloso, inserida no
bloco hidráulico da Carapinheira do perímetro de rega do
Baixo Mondego, ocupada pela cultura de milho, na qual
foi praticado um sistema de rega por sulcos. A aplicação
dos modelos envolveu um processo de calibração e
respetiva validação, o qual se baseou num conjunto de
observações de campo efetuadas nos anos de 2011 e
2012. Tais observações incluíram a monitorização de:
nível freático; teor de humidade e potencial matricial do
solo; condições meteorológicas; regas aplicadas; práticas
culturais e desenvolvimento da cultura. No processo de
calibração do modelo HYDRUS, a obtenção dos
parâmetros hidrodinâmicos do solo foi efetuada com
bases nos valores provenientes de análises laboratoriais
e de funções de pedotransferência referentes a solos com
características semelhantes. Como forma de melhor aferir
a calibração do modelo, ou seja, aproximar os valores de
teor de humidade modelados aos observados, os
parâmetros hidráulicos foram reajustados recorrendo-se
ao procedimento de modelação em modo inverso.
Um procedimento semelhante foi empregue na calibração
do modelo MODFLOW, o qual se baseou na comparação
entre os níveis freáticos simulados pelo modelo e os
níveis observados nos piezómetros, aferindo quer os
parâmetros hidráulicos do aquífero quer a sua própria
geometria e comunicação com o meio envolvente (valas
de drenagem e canteiros de arroz). Uma vez os dois
modelos calibrados em modo individual, procedeu-se à
sua interligação através de um processo iterativo, em que
os resultados de um modelo são os dados de entrada ou
as condições de fronteira do outro. São apresentados
resultados da modelação conjunta destes modelos para
diferentes cenários de gestão da água na parcela, os
quais incluíram: i) modificações no calendário de rega,
com supressão de uma rega; ii) afinações da gestão do
sistema de rega por sulcos, com aumento dos caudais de
alimentação; iii) variações no controlo do nível das valas
de drenagem.
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
UMS 2016
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Resumos – Comunicações Orais
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UMS2016-85
Distribuição espacial da curva de retenção da água
no solo sob cultivo de cana-de-açúcar
Glécio M. Siqueira (1), Carlos E. L. Feitosa (1), Maryzélia
F. de Farias (1), Mayanna Karlla L. Costa (1), Alana das
Chagas F. Aguiar (1), Jorge Dafonte Dafonte (2)
(1) Universidade Federal do Maranhão. Campus Bacanga, São
Luís, Maranhão, Brasil
(2) Universidade de Santiago de Compostela, Campus de Lugo,
España
Na agricultura de precisão o solo deixa de ser tratado
como homogêneo, e a sua variação espacial passa a ser
considerada visando à exploração e ao monitoramento
de suas características produtivas com vistas a ganhos
ótimos,
conservação
do
meio
ambiente
e
desenvolvimento humano. Todavia, a agricultura de
precisão utiliza ferramentas computacionais, tecnologias
em geoprocessamento, sistema de posicionamento
global e ferramentas geoestatísticas para a manipulação
e interpretação da variabilidade dos parâmetros
envolvidos no processo de produção agrícola. Tal
modelagem
matemática
permite
descrever
o
comportamento espacial de diferentes atributos do solo.
Sabe-se que os atributos físicos do solo variam ao longo
da paisagem, apresentando relação espacial entre os
mesmos. Nesse sentido, ressaltamos que pouco se sabe
sobre o comportamento espacial da curva de retenção de
água no solo e sua relação com outros atributos físicohídricos do solo. A curva de retenção de água no solo
tem sido utilizada como importante ferramenta na
descrição do comportamento físico-hídrico e na mecânica
dos solos não saturados. A curva é parte fundamental da
caracterização das propriedades hidráulicas do solo,
especialmente em estudos de balanço e disponibilidade
de água às plantas, de dinâmica da água e solutos no
solo, de infiltração e no manejo da irrigação. A exemplo
da distribuição do tamanho dos poros no solo é possível
obter relações de dependência entre os coeficientes das
equações matemáticas que descrevem a curva de
retenção e diversas propriedades do solo. Mediante
essas inter-relações, a curva de retenção pode ser
utilizada na avaliação da qualidade do solo, indicando
práticas mais adequadas de produção agrícola, assim
como no que concerne à estabilidade de obras de terra.
Assim, o objetivo desse trabalho foi determinar a
variabilidade espacial da curva de retenção de água e
sua relação espacial com atributos físico-hídricos do solo.
A área experimental está localizada na Usina Itajubara,
no município de Coelho Neto (Maranhão, Brasil).
As amostragens foram realizadas em um Latossolo
Vermelho, em 100 pontos de amostragem distribuídos ao
acaso em uma área 6,85 ha, amostrados na camada de
0,0-0,20 m. A altitude (m) foi determinada em cada um
dos pontos de amostragem por meio de GPS com
correção diferencial. Os atributos físico-hídricos foram
amostrados por meio de anéis volumétricos sendo:
-3
densidade do solo (kg dm ), porosidade total (%),
macroporosidade (%), microporosidade (%), areia total
(g kg-1), areia grossa (g kg-1), areia fina (g kg-1), silte
(g kg-1), argila (g kg-1) e a curva de retenção de água no
solo (kPa). A curva de retenção de água foi determinada
nas seguintes tensões: 0, 6, 10, 30, 100, 300, 500 e
1500 kPa. Os resultados demonstram que os dados de
densidade e porosidade apresentaram distribuição de
frequência normal, com exceção da areia fina e da argila
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
que apresentaram distribuição de frequência lognormal.
Todos
os
atributos
físico-hídricos
em
estudo
apresentaram valores de CV (coeficiente de variação, %)
-1
baixos, exceto o conteúdo de argila (g kg ) que
apresentou CV mediano. Os valores de densidade do
solo encontrados não descrevem a presença de áreas
compactadas, todavia foi verificado um aumento dos
valores de densidade na parte mais baixa da área,
podendo ser reflexo de acumulação de argila nesta
região. Os valores das tensões da curva de retenção de
água no solo apresentaram valores negativos de
correlação linear, indicando haver relação inversa em
função da estruturação dos poros que condicionam o
fluxo e drenagem de água na área. Foram encontrados
baixos valores de correlação linear entre a densidade e
porosidade do solo x as tensões da curva de retenção de
água no solo (0, 6, 10, 30, 100, 300, 500 e 1500 kPa).
Foram encontrados valores de correlação linear negativos
e medianos entre o conteúdo de areia total e as tensões
da curva de retenção de água no solo (0, 6, 10, 30, 100,
300, 500 e 1500 kPa). Todos os atributos físico-hídricos
apresentaram
dependência
espacial,
exceto:
-1
microporosidade (%), areia total (g kg ), areia grossa
(g kg-1), areia fina (g kg-1) e as tensões de 6 e 30 kPa.
O maior valor de alcance (a, m) foi descrito para a tensão
de 300 kPa (199 m) e o menor valor de alcance (a, m) de
41,3 m para o solo saturado (tensão 0 kPa). As curvas de
retenção de água no solo quando agrupadas
apresentaram três padrões distintos, correspondendo aos
3 compartimentos de altitude presentes na área de
estudo, havendo menor armazenamento de água na
parte superior da área. Os mapas de variabilidade
espacial dos atributos físico-hídricos em estudo
demonstram que há a existência de um padrão espacial
entre os mapas da densidade, argila e as tensões da
curva de retenção de água no solo.
Os autores agradecem SECTI (Secretaria da Ciência, Tecnologia e
Inovação do Estado do Maranhão) FAPEMA (Fundação de Amparo à
Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão)
pelo financiamento deste projeto (APCINTER 02587/14, BATI 02985/14,
UNIVERSAL-00735/15, BEPP 01301/15, APEC 01697/15, BM-01267/15 e
BD-01343/15).
UMS 2016
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Resumos – Comunicações Orais
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UMS2016-86
Os Planos de Gestão de Bacia Hidrográfica como
instrumentos indutores de resiliência – contributos
para a articulação entre uso do solo e proteção dos
recursos hídricos
da água, assegurando ganhos de eficiência e de
sustentabilidade no uso dos dois recursos naturais.
Carla Rodrigues (1), Teresa Fidélis (2)
UMS2016-95
Monitorização da superfície
termografia por infravermelhos
(1) Departamento de Ciências Exatas, Instituto Politécnico de
Coimbra, Bencanta, 3040-316 Coimbra, Portugal
(2) GOVCOPP Departamento de Ambiente e Ordenamento,
Universidade de Aveiro, Campus Universitário de Santiago,
3810-193 Aveiro, Portugal
O solo e a água são dois recursos naturais que
desempenham um papel fundamental para a
sustentabilidade ambiental e solidariedade intergeracional. O uso do solo e da água gozam de uma
estreita e complexa inter-relação suportada por
processos hidrológicos complexos que condicionam a
sustentabilidade dos usos que sobre eles a sociedade
desenvolve. A diversidade e complexidade dos impactes
que os diferentes tipos usos do solo podem ter sobre as
características hidromorfológicas e ecológicas dos
recursos hídricos bem como sobre o ciclo hidrológico
necessitam de ser abordadas de forma articulada. Em
torno desta relação entre uso do solo e recursos hídricos,
contudo, coexiste uma diversidade de utilizadores com
interesses distintos, potenciadores de conflito e cuja
exploração pode conduzir a consequências nefastas
sobre a água, o solo e os ecossistemas, que importa
prevenir ou mitigar. Estas ganham particular importância
numa altura em que se assiste a reduções nas
disponibilidades hídricas face às intensidades de
consumo em várias regiões, agravando a desigualdade
territorial e temporal de acesso ao recurso, bem como a
cenários hidrológicos mais críticos associados aos efeitos
das alterações climáticas. Este contexto, conjuntamente
com os compromissos assumidos no âmbito da Diretiva
Quadro da Água e da Diretiva Inundações, reforça a
importância da articulação entre ordenamento do
território e planeamento dos recursos hídricos,
perspetivada através de uma visão estratégica e
integrada que a abordagem por bacia hidrográfica e por
região hidrográfica permite. A definição e concertação
das regras de gestão, promovendo a proteção,
requalificação e resiliência dos recursos solo e água a
nível local, faz-se, entre outros meios, através dos
programas de medidas estabelecidos pelos Planos de
Gestão Bacia Hidrográfica. Este artigo avalia de que
modo a regulação está a refletir as opções de
salvaguarda dos recursos hídricos e uso do solo. Para tal
analisa o programa de medidas do Plano de Gestão de
Região Hidrográfica do Centro – Rios Vouga, Mondego e
Lis identificando o tipo de medidas que contribuem para a
proteção dos recursos hídricos através do controlo do
uso do solo. Os resultados revelam um número limitado
de medidas que abranjam os dois conceitos e pouco
ambiciosas no fornecimento de orientações explícitas
para a gestão articulada água – solo. Dos resultados
obtidos ressalta a necessidade, por um lado, de
promover um envolvimento mais efetivo dos utilizadores
da
água
e
das
entidades
com
especiais
responsabilidades pelo ordenamento do território e pelo
uso do solo nos processos de elaboração dos PGBH, e
por outro, um esforço na definição de medidas que
promovam a convergência entre uso do solo e proteção
do
solo
usando
João L. M. P. de Lima (1), João R. C. B. Abrantes (1),
Valdemir P. Silva Jr. (2), Abelardo A. A. Montenegro (2),
M. Isabel P. de Lima (1), José M. Gonçalves (3), Sergio
Prats Alegre (4), Jacob J. Keizer (4)
(1) MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente, Portugal;
Departamento de Engenharia Civil, Faculdade de Ciências e
Tecnologia da Universidade de Coimbra, Coimbra, Portugal
(2) Departamento de Engenharia Agrícola, Universidade Federal
Rural de Pernambuco, Recife, Pernambuco, Brasil
(3) Escola Superior Agrária, Instituto Politécnico de Coimbra,
Coimbra, Portugal
(4) Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM),
Departamento de Ambiente e Ordenamento, Universidade de
Aveiro, Aveiro, Portugal
A termografia baseia-se na deteção da radiação
infravermelha emitida pelos corpos convertendo-a em
imagens visíveis (termogramas) contendo informação
sobre a temperatura da sua superfície. Esta tecnologia é
já usada, entre outras aplicações, na monitorização de
processos industriais, na construção civil, na medicina, na
veterinária e na agricultura. Recentemente, no
Laboratório de Hidráulica, Recursos Hídricos e Ambiente
da Universidade de Coimbra (Portugal), a termografia por
infravermelhos começou a ser aplicada na determinação
da variabilidade espacial e temporal dos atributos da
superfície do solo. Atualmente, a investigação em curso
envolve estudantes de doutoramento da Universidade de
Coimbra e da Universidade Federal Rural de Pernambuco
(Brasil) e vários outros elementos (docentes,
investigadores e pós-docs) de diferentes instituições.
A técnica termográfica proposta baseia-se em induzir
diferenças térmicas na superfície do solo, ou seja, entre
vários dos seus elementos constituintes. Diferentes
objetivos podem ser: modelar o micro-relevo da superfície
do solo, caracterizar a permeabilidade e a
macroporosidade da superfície do solo e identificar áreas
hidrofóbicas á superfície. A vantagem competitiva desta
técnica é a rapidez e facilidade de execução, baixo custo
de aquisição e operação do equipamento e de
processamento de dados, em comparação com outras
técnicas. Inicialmente, a atenção incidiu principalmente
sobre a melhoria dos procedimentos e protocolos
experimentais para avaliar as variáveis ambientais. Numa
segunda fase, em curso, tem-se alargado o âmbito, a
escala e as áreas de aplicação da termografia,
transferindo-se o conhecimento obtido em condições
laboratoriais para o campo.
Esta técnica está a ser utilizada experimentalmente no
campo visando a avaliação da erosão hídrica do solo e a
implementação de medidas adequadas de conservação
do solo e da água. Neste trabalho apresentamos os
resultados obtidos em vários ensaios laboratoriais e
campanhas de campo e fazemos uma avaliação do
desempenho desta técnica nas diferentes condições.
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
UMS 2016
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Resumos – Comunicações em Poster
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Resumos
Comunicações em Poster
UMS2016-2
Estimativa da medida da concentração de sedimento
em suspensão com o uso de sonda de turbidez
Fabiana G. C. Oliveira, Mauricio D. Purcino, Eduardo P.
Oliveira, Adriano M. Ferreira, Annalycia T. Silva, Flávio
Moreira, Andrea M. Souza, Paulo H. B. M. Junker, Rafael
O. Tiezzi, Flávio A. Gonçalves, Alexandre Silveira
Instituto de Ciência e Tecnologia, Universidade Federal de
Alfenas, UNIFAL-MG, Poços de Caldas, Brasil
concluir, também, que o Sensor de turbidez SOLAR SL
2000 PNV pode ser usado na determinação da
concentração de sedimentos. Este trabalho permite
utilizar as relações observadas para o monitoramento em
campo de corpos d’água com economia de tempo e
custo. Trabalhos futuros serão realizados seguindo a
mesma metodologia para aumentar a quantidade e
qualidade dos dados e assim obter uma melhor relação
entre as medidas. Serão realizados também, testes de
melhor posicionamento do sensor com relação à direção
do escoamento.
A medida da quantidade de sedimento transportado em
um corpo d’água é importante para levar à solução ou
mitigação de problemas relacionados, principalmente, à
conservação do solo e dos recursos hídricos. Esta
medida pode ser realizada de maneira direta ou indireta,
sendo que os métodos diretos são muito trabalhosos e de
alto custo, por isso têm sido substituídos por métodos
indiretos de menor custo, que facilitam o monitoramento
da descarga sólida na água. Um dos métodos indiretos
mais utilizados são os sensores de turbidez. Objetivou-se
neste trabalho avaliar o uso do sensor de turbidez
SOLAR SL 2000 PNV na determinação da concentração
de sedimentos.
Foram realizadas medidas em laboratório em um canal
artificial alimentado por uma mistura de água/sedimento
com concentração de 1000 mg/L e vazão entre 0,04 e
0,05 L/s. O canal artificial possui as dimensões de 1,53 m
de comprimento, 0,27 m de largura e 0,40 m de altura.
Para validar os dados do sensor, foram medidas também
a turbidez (NTU) utilizando um turbidímetro de bancada
Del Lab-DLT-WV e a concentração (mg/L) pelo método
analítico de filtração. Estas três medidas foram tomadas
para 10 pontos ao longo do canal. Em cada ponto, o
Sensor foi colocado durante 10 minutos e programado
para obter registro de informações a cada 40 segundos.
Três amostras de água foram coletadas para leitura no
turbidímetro de bancada e outras três amostras de água
foram coletadas para determinar a concentração, em
cada ponto. Após as análises, as medidas pelos
diferentes métodos foram comparadas entre si por meio
de correlação.
A partir dos primeiros resultados obtidos, pode-se obter
as equações dos ajustes lineares das relações entre:
(1) a concentração de sólidos em suspensão e a turbidez
medida pelo sensor; (2) a turbidez medida pelo sensor e
a turbidez medida pelo turbidímetro de bancada; e (3) a
concentração de sólidos em suspensão e a turbidez
medida pelo turbidímetro de bancada. A qualidade dos
ajustes lineares pode ser observada pelos coeficientes de
determinação (R²), os quais foram de 0,82, 0,83 e 0,69,
respectivamente.
Com os resultados obtidos até o momento, pode-se
concluir que os melhores ajustes são para as relações da
concentração com a turbidez do sensor e da turbidez do
sensor com a turbidez de bancada. Desta forma, pode-se
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
UMS 2016
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Resumos – Comunicações em Poster
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UMS2016-3
Efectos de la adición de posos de café sobre las
propiedades físicas de suelos agrícolas
mediterráneos
Ana G. Cervera Mata (1), Manuel Sánchez Marañón (2),
Juan M. Martín García (1), Rafael D. Calvo-Flores (1),
José Á. Rufián Henares (3), Jesús Párraga Martínez (1),
Gabriel D. Calvo-Flores (1)
(1) Departamento de Edafología y Química Agrícola, Facultad de
Farmacia, Universidad de Granada, España
(2) Departamento de Edafología y Química Agrícola, Facultad de
Ciencias, Universidad de Granada, España
(3) Departamento de Nutrición y Bromatología, Facultad de
Farmacia, Universidad de Granada, España
El empleo de las semillas del cafeto (Coffea spp.) para la
elaboración del café, una de las infusiones más
consumidas mundialmente, genera grandes cantidades
de residuos, entre los que destacan los posos (SCG:
Spent Coffee Ground). Los SCG son considerados por
algunos autores como una amenaza ambiental por su
toxicidad, aunque podrían ser beneficiosos si se
adicionan como enmienda orgánica para mejorar la
fertilidad (física y química) del suelo; en este medio, su
transformación eliminaría el posible carácter tóxico.
Tradicionalmente, aunque sin control analítico de sus
efectos, los SCG se han usado como abonos para la
mejora de la fertilidad de pequeños huertos, jardineras y
macetas. En los últimos tiempos, este uso agronómico de
los SCG como enmienda orgánica ha cobrado nuevo
interés por el estado de degradación que sufren los
suelos en general, y en particular los mediterráneos
porque éstos tienen un porcentaje muy bajo de materia
orgánica (en promedio <1%) como consecuencia de sus
muchos años de explotación y/o manejo inadecuados.
El objetivo de este trabajo es estudiar el efecto de los
SCG sobre algunas propiedades de los suelos
mediterráneos determinantes de su fertilidad física. Se
realizó un experimento in vitro con las siguientes
variables de ensayo: tipo de suelo, dosis de SCG, cultivo
o no de planta y tiempo. Los SCG fueron obtenidos en el
laboratorio elaborando infusión de café a partir de granos
de la variedad arábiga, tueste natural y no compostados
previamente a su uso. Se emplearon las capas arables
(20 cm), tamizadas a 2 mm (tierra fina) de dos suelos
agrícolas granadinos: suelo de la Vega de Granada
(Xerorthent, franco, color gris) y suelo Rojo sobre glacis
(Xeralf, arcilloso). Se ensayaron tres dosis de SCG: 0, 2.5
y 10% (w:w). Se llevaron a cabo dos modalidades de
ensayo: cultivo con Lactuca Sativa var. longifolia
(lechuga) e incubación, sin planta. Se establecieron tres
tiempos de cultivo/incubación: 0, 30 y 60 días. Otras
características del ensayo fueron: uso de recipientes
3
troncocónicos de pvc de 300 cm de capacidad, con
400 g de mezcla de suelo-SCG; cultivo o incubación en
una cámara climática a 20ºC con una humedad relativa
comprendida entre el 40 y 60%; humedad de las mezclas
suelo-SCG entre capacidad de campo y punto de
marchitamiento permanente para evitar la lixiviación. Se
analizaron las siguientes propiedades físicas de las
mezclas suelo-SCG: porcentaje de agregados de
distintos tamaños ( >1000, 1000-500, 500-250, 250-100,
100-50 y < 50 µm), estabilidad estructural de los
agregados de >1000 µm y de 1000-250 µm, densidad
aparente, retención de agua a distintos potenciales
(-33 kPa y -1500 kPa) y cantidad de agua utilizable por
las plantas (mm/cm). Los datos fueron analizados
estadísticamente empleando para ello el programa
Statgraphics
Centurion
v.16.1.15.
Mediante
estereomicroscopio (Olympus SZX12) se han iniciado los
estudios sobre la estructura del suelo, muestreando
tamaños de peds comprendidos entre 1000 y 2000 µm.
Los resultados muestran que las dosis de SCG
adicionadas no parecen tener una influencia significativa
sobre el incremento del tamaño de los agregados en el
caso del suelo de Vega, pero sí en el suelo Rojo. Con
respecto al tiempo, se incrementa el porcentaje de
agregados >1000 µm, pero el resto de tamaño de
agregados no muestra una relación significativa.
Se registra una mejora evidente de la estabilidad
estructural en todas las fracciones de tamaño de
agregados. La estabilidad tiende a ser mayor con el
tiempo de incubación y la cantidad de SCG, debido al
efecto de los SCG como sustancias orgánicas y a sus
productos de transformación. La presencia de planta no
tiene un efecto significativo sobre la estabilidad
estructural. También se ha comprobado que el
incremento de la estabilidad es significativamente mayor
en los agregados más pequeños ( < 250 µm).
Las retenciones de agua a -33 kPa y a -1500 kPa se
incrementan con la dosis de SCG adicionada, pero curre
lo contrario con el agua utilizable por las plantas, debido a
que el agua a -1500 kPa se incrementa preferentemente
a la de -33 kPa. La densidad aparente disminuyó con la
adición de SCG lo que podría explicarse por dos motivos,
primero porque esta enmienda es menos densa que el
suelo y en segundo lugar, porque de acuerdo con las
imágenes
estereomicroscópicas
se
observa
un
incremento de porosidad. También, estas imágenes
permiten constatar la incorporación de las partículas de
SCG a los agregados, infiltradas principalmente en las
superficies intrapedales, lo que parece algo mayor en el
suelo de Vega que en el suelo Rojo. La información sobre
los efectos de adición de SCG sobre la estructura debe
complementarse con estudios de microscopía electrónica
de barrido.
En conclusión, la adición de SCG al suelo mejora algunas
de sus propiedades físicas, lo que convierte a estos
residuos, más que en un problema ambiental, en una
oportunidad para combatir la degradación de la zona
mediterránea. No obstante, existen algunas variaciones
en el comportamiento frente a la enmienda de las
tipologías de suelo ensayadas, lo que debe ser tenido en
cuenta a la hora de su planificación.
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
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Resumos – Comunicações em Poster
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UMS2016-4
Propiedades nutricionales de Lactuca sativa var.
longifolia en relación con el empleo de posos de café
como enmienda orgánica
respecto al inicio, sobre todo en los suelos adicionados
con SCG. De acuerdo con la Tabla de Composición de
Alimentos de Novartis el contenido normal de Na en
lechugas es de 15 mg/100 g, mientras que al final de este
experimento el contenido varía entre 15 y 30.
Ana G. Cervera Mata (1), Silvia P. de la Cueva (2),
Gabriel D. Calvo-Flores (1), Miguel Navarro Alarcón (2),
José Á. Rufián Henares (2)
K y Fe. Sus contenidos en lechuga disminuyen en los
primeros 15 días del experimento y se incrementan hacia
el final del mismo, sobre todo en los cultivos adicionados
con SCG, hasta superar los valores iniciales. Al final del
experimento los valores de K oscilan entre 400 y
550 mg/100 g, mientras que los normales son de 300. En
cuanto al Fe los valores normales son de 0.65 mg/100 g y
en este experimento alcanzaron cifras entre 4.5 y 5.
(1) Departamento de Edafología y Química Agrícola, Facultad de
Farmacia, Universidad de Granada, España.
(2) Departamento de Nutrición y Bromatología, Facultad de
Farmacia, Universidad de Granada, España
Fe, Zn y Cu son esenciales en el organismo humano,
destacando entre las múltiples funciones biológicas en
las que participan la relacionada con la regulación del
estrés oxidativo. En concreto, las deficiencias de Zn y Fe
son un grave problema socioeconómico y de salud
pública, tanto en países desarrollados como en el tercer
mundo. En países con una alta incidencia de deficiencias
en micronutrientes los alimentos de consumo humano
basados en cereales y hortalizas representan la mayor
proporción de la dieta diaria. Es por ello que la
biofortificación agronómica de cultivos con Zn y Fe,
principalmente, es una prioridad a nivel mundial. Los
posos del café (SCG: Spent Coffee Ground), se producen
en grandes cantidades durante la elaboración de la
infusión del café. Entre las muchas opciones de empleo
de estos residuos destaca la posibilidad de utilizarlos
como enmienda orgánica para la mejora de las
propiedades físicas y químicas del suelo, que afectan al
cultivo de plantas. Aunque no está muy estudiado a nivel
de la bibliografía, los SCG como enmienda orgánica
podrían mejorar la absorción de estos micronutrientes por
las plantas, teniendo en cuenta la capacidad quelante de
algunos de sus componentes, lo que mejoraría la
asimilabilidad de los elementos minerales en el suelo.
El objetivo del trabajo es valorar el efecto de los SCG sin
compostar como enmienda orgánica del suelo, sobre la
calidad nutricional de plantas cultivadas. Se realizó un
experimento in vitro, por triplicado, en microcosmos
3
edáficos de 300 cm con 400 g de suelo artificial (mezcla
de material de suelo con SCG), en cámara climática,
controlando las condiciones de temperatura y humedad,
durante un periodo de cultivo de 60 días. Como planta
alimenticia se empleó la Lactuca sativa var. longifolia
(lechuga). Para la construcción de los suelos artificiales
se emplearon las capas arables (20 cm) tamizadas a
2 mm, procedentes de dos suelos agrícolas de la
Provincia de Granada: Suelo de Vega (SV) y Suelo Rojo
(SR). Los SCG se elaboraron ex profeso con café arábiga
y se adicionaron en tres dosis: 0, 2.5 y 10% (w:w).
El tiempo de muestreo fue de 0, 15, 30, 45 y 60 días.
Se analizaron las siguientes propiedades en la planta:
contenido en los elementos minerales Na, K, Ca, Mg, Fe,
Zn y Cu (digestión ácida y absorción atómica), capacidad
reductora (método FRAP) y capacidad antioxidante
(método ABTS).
Ca y Mg. Sus contenidos en lechuga aumentan desde el
tiempo 0 hasta los 60 días, siempre mayores en los
cultivos adicionados con SCG. Los valores finales de
estos elementos en planta son superiores a los normales;
así, el Ca está entre 120 y 250 mg/100 g, cuando los
valores normales son de 62; y el Mg presenta valores de
30 a 60 mg/100 g, frente a valores normales de 13.
Zn y Cu. Sufren un descenso en los primeros 15 días de
cultivo y posteriormente se recuperan, aunque al final del
experimento los valores son algo menores o parecidos a
los normales: Zn 0.2-0.3 mg/100 g en planta ensayada
frente al normal de 0.5; Cu 0.04-0.1 mg/100 g en planta
ensayada frente al normal de 0.03.
Si consideramos un consumo diario de una ranción de
lechuga (200 g), se cubrirían las necesidades diarias de
estos elementos en el siguiente porcentaje: 50% de Ca,
29% de Mg, 69% de Fe, 5.7% de Zn y 22% de Cu.
Capacidad Reductora (FRAP) y Capacidad Antioxidante
(ABTS). Durante los primeros 15 días las muestras
control (0%) y muestras con 2,5% de SCG, presentan un
descenso más brusco que en las muestras con 10%,
debido probablemente a que una mayor proporción de
SCG ayuda a retener más humedad en el sistema del
suelo y combate el estrés hídrico inicial. Sin embargo, a
partir de los 30 días, la capacidad reductora y
antioxidante de las muestras adicionadas disminuye
levemente, mientras que en las muestran control se
mantienen o incluso aumentan ligeramente.
En conclusión, el cultivo de lechuga en suelos
adicionados con SCG incrementa en general los
contenidos minerales en la planta, lo que convierte esta
práctica en un buen método para mejorar la nutrición
mineral de los consumidores. Por el contrario, disminuyen
las capacidades reductora y antioxidante. Los SCG desde
un punto de vista agronómico mitigan los efectos de
estrés hídrico de las plantas durante el proceso de
adaptación a las condiciones de cultivo.
El comportamiento del K, Fe, Ca, Mg, Cu, Zn, capacidad
reductora y antioxidante es muy similar en los suelos
ensayados, por el contrario el Na se comporta de manera
diferente.
Na. Disminuye a lo largo del periodo de cultivo en SV y
se mantiene en SR. La disminución en SV se mitiga en
los suelos adicionados con SCG. Los valores de Na en
planta son algo mayores al final del experimento con
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
UMS 2016
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Resumos – Comunicações em Poster
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UMS2016-6
Desempenho de simulador de chuvas com finalidade
de utilização em modelo reduzido de bacia urbana
Jéssica G. Felice (1), Alexandre Silveira (1,3), Flávio A.
Gonçalves (1), Antônio M. da Silva (1), Jorge M. G. P.
Isidoro (2,3), Lívia A. Alvarenga (1)
(1) Instituto de Ciência e Tecnologia, Universidade Federal de
Alfenas, Poços de Caldas/MG, Brasil
(2) Departamento de Engenharia Civil, Instituto de Engenharia,
Universidade de Algarve, Faro, Portugal
(3) MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente, Portugal
As áreas urbanizadas têm sido consideradas fator
desencadeador de inúmeros impactos no sistema de
recursos hídricos. No estudo do ciclo hidrológico, as
várias
dificuldades
encontradas
associadas,
principalmente, à variabilidade temporal e espacial das
precipitações, tiveram soluções parciais com a aplicação
de simuladores de chuva em laboratório. Essas
ferramentas possibilitam a análise rápida e individual dos
fatores participantes do processo de chuva-escoamento,
sob condições ambientais controladas. O objetivo deste
trabalho é a avaliação de um simulador de chuvas a ser
utilizado em estudos da transformação precipitaçãoescoamento em modelo reduzido de bacia urbana
impermeável. Este modelo constitui-se, basicamente, de
duas partes: a estrutura que representa a bacia urbana; e
o simulador de chuva com bocais aspersores. A área
2
superficial do modelo, de aproximadamente 8,80 m , foi
confeccionada
em
polimetil-metacrilato
(acrílico),
impermeável, com absorção de umidade praticamente
nula, o que garante a ausência de perdas no volume de
água escoado pela superfície. O modelo apresenta um
formato em “V”, com possibilidade de variação da
declividade longitudinal e transversal, onde o escoamento
ocorre pelo canal principal e suas vertentes. Uma
canaleta metálica, posicionada no centro do modelo,
permite o direcionamento do deflúvio para um
reservatório cilíndrico de dimensões conhecidas, onde
um sensor de nível, acoplado a um datalogger, possibilita
a verificação da variação de nível ao longo do tempo.
Estas informações são utilizadas para a geração do
hidrograma. O simulador de chuvas é constituído de um
reservatório com capacidade de 310,00 L e um conjunto
motor-bomba, que garante uma pressão de serviço
constante durante os testes. Na saída da tubulação estão
posicionados três bocais pressurizados do tipo cone,
distantes de 2,50 m acima da superfície do modelo físico.
O delineamento experimental foi feito considerando duas
etapas distintas. A primeira, para a obtenção da
distribuição espacial e intensidade de precipitação; e a
segunda para a obtenção dos hidrogramas. Na primeira
etapa foram utilizados 200 recipientes de massa
conhecida espaçados de forma equidistantes (0,10 m),
sobre o modelo físico. Além disso, oito recipientes foram
colocados fora da área de escoamento, com a finalidade
de servirem como “testemunhas”, uma vez que elas
podem ser mantidas durante os testes para a obtenção
dos hidrogramas e servem como referência da
uniformidade da área de escoamento. Durante os testes
foram monitorados pressão de serviço (1,65 bar),
umidade relativa e temperatura do ar ambiente e
temperatura da água. Para esta etapa não foram
ajustadas a variação de declividade, portanto o modelo
estava plano. A distribuição de uniformidade adotada foi
a proposta por Christiansen (CUC). Para a segunda
etapa, aquela em que foram obtidos os hidrogramas,
foram feitos ajustes nas declividades transversal (2,50%)
e longitudinal (2,50%). Foram também retirados os
recipientes que ficaram dispostos sobre a área do
modelo, mantendo somente os recipientes “testemunhas”.
Os testes foram realizados em diferentes intervalos de
duração de precipitação (60, 66, 72, 78, 84, 90 e 120
segundos) e diferentes intervalos de registro de coleta de
dados (1, 3 e 6 segundos) no sensor de nível.
A finalidade foi avaliar qual combinação permitiria a
melhor representação do hidrograma do processo
precipitação-escoamento. Da mesma forma que na
primeira etapa, foram monitorados pressão de serviço
(1,65 bar), umidade relativa e temperatura do ar ambiente
e temperatura da água. Os resultados encontrados para a
distribuição de uniformidade levaram a um valor médio de
CUC de 77,68%, o que pode ser considerado satisfatório,
assim como para a média de intensidade de precipitação
-1
na área de teste, igual a 69,02 mm h . Na análise dos
hidrogramas, observou-se que o tempo de duração da
chuva de 60 segundos e o intervalo de registro de dados
do sensor de nível de seis segundos são os que melhores
representaram o processo precipitação-escoamento. Esta
análise foi feita considerando os valores experimentais e
teóricos do deflúvio e das vazões de pico, além do
intervalo de confiança para as intensidades de
precipitação, considerando o nível de significância de 5%.
Também, nestas condições, a sensibilidade do sensor de
nível é amortecida, minimizando as perturbações
causadas pela saída de água na calha. Portanto, os
resultados obtidos neste trabalho permitem concluir que o
simulador de chuvas desenvolvido para utilização futura
em modelo reduzido de bacia urbana impermeável é
confiável do ponto de vista de repetibilidade da sua
distribuição de uniformidade, da sua intensidade de
precipitação fornecida e da representação do processo
precipitação-escoamento em função do hidrograma
gerado.
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
UMS 2016
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Resumos – Comunicações em Poster
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UMS2016-7
Uso de geoestatística na avaliação do desempenho
produtivo do milho em função dos atributos químicos
do solo sob intensificação ecológica
Emanoel Gomes de Moura (1), Clemeson Cardoso Vale
(2), Vinícius R. Alencar Macedo (1), Joab L. Ferreira
Pedrosa (2), Diogo Ribeiro de Araújo (2), Alana das C.
Ferreira Aguiar (2)
(1) Universidade Estadual do Maranhão, Brasil
(2) Universidade Federal do Maranhão, Brasil
O modelo itinerante de uso do solo condicionado às
características socioambientais representa grandes
desafios à produção agrícola no trópico úmido, que em
virtude do sistema corte e queima para limpeza e
fertilização da área proporciona pousios cada vez mais
reduzidos e insuficientes para regeneração do sistema,
por conseguinte, resulta em baixos índices produtivos e
redução da fertilidade do solo ao longo do tempo.
Os efeitos negativos desse sistema de manejo
proporcionam a eliminação das espécies mais
suscetíveis ao fogo, favorecendo a dominância das
espécies mais resistentes e o consequentemente
empobrecimento da biodiversidade, além da constante
demanda por novas áreas. Pressupõe-se que práticas de
manejo sustentáveis, como plantio direto na palha de
leguminosa aliado ao conhecimento da variabilidade
espacial dos atributos químico do solo, possibilite
conduzir os sistemas produtivos ao processo de
intensificação ecológica em virtude do aporte de
nutrientes e melhor gerenciamento dos recursos.
O objetivo desse estudo foi avaliar o desempenho
produtivo do milho em sistema de plantio direto na palha
de leguminosa num Latossolo Amarelo distrocoeso em
função da variabilidade espacial dos atributos químicos
do solo sob intensificação ecológica. O experimento foi
conduzido no povoado Acampamento, município de
Brejo, Maranhão, Brasil, no início do período chuvoso,
em janeiro de 2013. As coordenadas geográficas UTM
compreendem 725338 m E e 9597575 m N, 23 m. O solo
da área experimental é classificado como Latossolo
Amarelo distrocoeso. O experimento foi implantado em
área de 0,6 ha contendo dois ambientes, um com
leucena (Leucaena leucocephala) no espaçamento de
2,50 m entre linhas e 0,50 m entre plantas, totalizando 17
linhas e um ambiente sem leguminosa, ambos os
ambientes continham dimensões iguais de 42,5  70,0 m.
A malha amostral utilizada foi composta por 170 pontos,
distribuídos em 17 linhas, com espaçamento entre os
pontos de coleta (na linha) de 7,0 m e 5,0 m entre linhas.
O milho cv. AG 7088 foi semeado em fevereiro de 2013,
com a utilização de matracas manuais e espaçamento de
0,70  0,30 m. Após a semeadura e emergência do milho
realizou-se o corte das leguminosas a 1,0 m de altura. Na
-1
adubação de semeadura foram aplicados 400 kg ha de
-1
04-20-20 + 7,0 kg de Zn ha . As adubações de cobertura
utilizaram-se 40 kg ha-1 de N e 32 kg ha-1 K2O, na forma
de uréia e cloreto de potássio, respectivamente.
O fertilizante nitrogenado foi aplicado sem parcelamento
quando a cultura do milho apresentou de quatro a cinco
folhas definitivas e o potássio em dois parcelamentos, a
primeira em conjunto com o fertilizante nitrogenado e a
segunda aplicação com oito folhas definitivas.
profundidades (0,0-0,10 e 0,10-0,20 m) para analisar os
atributos químicos do solo. Após a coleta das amostras
do solo foram determinados os seguintes atributos: pH
em CaCl2, acidez potencial (H+Al), fósforo (P), cálcio
(Ca), magnésio (Mg), potássio (K), alumínio trocável (Al).
Diante dos dados analíticos foram calculados: capacidade
de troca catiônica (CTC), soma de bases (SB), saturação
por bases (V%) por meio das equações, respectivamente:
CTC = [SB + (H+Al)],
SB = Ca+Mg+K e
V% = (SB/CTC)100.
A avaliação do rendimento produtivo foi realizada
inicialmente com a colheita da cultura em área de 5 m²
/ponto amostral para quantificar a produtividade (Mg ha-1)
e posteriormente obtido o peso de 100 grãos, o número
de grãos/espiga e o número de espiga/planta. Com o
propósito de correlacionar a produtividade do milho com
os atributos químicos do solo, determinou-se o coeficiente
de correlação pelo método de Pearson a 5% de
significância por meio do software Infostat.
A variabilidade espacial dos atributos químicos do solo e
rendimento produtivo foi determinada inicialmente por
meio da análise exploratória dos dados (mínimo, máximo,
média, mediana, desvio-padrão, coeficientes de curtose,
assimetria e de variação). A hipótese de normalidade das
variáveis foi verificada pelo teste de Kolmogorov-Smirnov
a 5% de probabilidade. A fim de caracterizar a
dependência espacial, fez-se uso da geoestatística para
análise dos resultados. Os valores das medidas de
tendência central (média e mediana) de todos os atributos
analisados foram similares por apresentarem valores
próximos entre si, mesmo apresentando coeficientes de
assimetria e curtose com desvios elevados em relação à
distribuição normal. Observou-se que a maioria das
variáveis apresentou reduzidos valores de efeito pepita e
acentuado distanciamento em relação ao patamar do
semivariograma.
Verificaram-se correlações positivas e negativas entre o
rendimento produtivo e os atributos químicos do solo, ao
mesmo tempo, os coeficientes de correlação foram
considerados baixos a 5% de probabilidade. A despeito
dos baixos coeficientes de correlação obtidos, ressalta-se
que a baixa correlação entre dois atributos quaisquer não
invalidam a hipótese da apreciável correlação espacial
entre eles. Os atributos químicos do solo e o rendimento
produtivo
apresentaram-se
espacialmente
correlacionados, com influente contribuição do cálcio,
soma de bases, fósforo, potássio, saturação por bases e
capacidade de troca catiônica ao rendimento produtivo do
milho, por sua vez, com base nos teores contidos no solo,
possibilita fornecer informações relevantes quanto às
potencialidades e limitações do sistema produtivo.
As amostras do solo foram obtidas de três amostras
simples por ponto amostral e extraídas em duas
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
UMS 2016
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Resumos – Comunicações em Poster
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UMS2016-8
Emissão de CO2 e sua relação com diferentes
atributos do solo em sistemas de manejo de cana-deaçúcar
Rose L. Moraes Tavares (1), Camila V. Vieira Farhate (2),
Zigomar Menezes de Souza (3), Newton La Scala Junior
(4), Allan C. M. de Sousa (2)
(1) Embrapa Meio Ambiente, Rodovia SP-340, Km 127,5, 13820000, Tanquinho Velho, Caixa Postal 69, Jaguariúna, São Paulo,
Brasil
(2) Universidade Estadual de Campinas – Unicamp, Faculdade
de Engenharia Agrícola – Feagri, Av. Cândido Rondon, 501,
Barão Geraldo, 13.083-875, Campinas, São Paulo, Brasil
(3) Universidade Estadual de Campinas – Unicamp, Faculdade
de Engenharia Agrícola – Feagri, Av. Cândido Rondon, 501,
Barão Geraldo, 13.083-875, Campinas, São Paulo, Brasil.
(4) Universidade Estadual Paulista Júlio Mesquita filho – Unesp,
Departamento de Ciências Exatas, via de acesso Prof. Paulo
Donato Castellane s/n, 14884-900, Jaboticabal, São Paulo,
Brasil
Práticas agrícolas que visem melhorar a qualidade do
solo devem ser utilizadas como critérios de qualidade do
manejo, uma vez que pode comprometer o balanço de
carbono no solo. Para isso, alguns indicadores podem
ser utilizados para o monitoramento e avaliação da
eficiência dos sistemas de uso e manejo do solo. Um
deles é a avaliação do fluxo de CO2 (FCO2) produzido na
superfície do solo, pois a produção de CO2 está
diretamente ligada à decomposição aeróbia da matéria
orgânica pelos microrganismos, sendo possível avaliar a
atividade microbiana, por meio da liberação de CO2 do
solo. Diversos atributos do solo têm sido avaliados
visando detectar alguma relação com o FCO2. Sendo
assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a influência de
diferentes atributos do solo no FCO2 em diferentes tipos
de manejo de cana-de-açúcar. O estudo foi conduzido
em áreas de cana-de-açúcar pertencentes a Usina “São
Martinho” (açúcar e álcool) localizada no norte do estado
de São Paulo, sudeste do Brasil. As áreas avaliadas
foram manejadas no sistema de cana queimada (CQ) e
cana crua com diferentes históricos de implantação, uma
com histórico de cana crua de 5 anos (CC-5), um ciclo
com este sistema e outra com histórico de 10 anos
(CC-10), dois ciclos com este sistema, sendo que ambas
as áreas de cana crua foram convertidas do cenário de
queima prévia do canavial antes da colheita. Em cada
área foi instalada uma malha amostral, em que FCO2 e a
amostragem de solo para análises físicas, químicas e
microbiológicas foram efetuadas em 30 pontos da malha.
Foram coletadas amostras de solo na camada superficial
(0,00-0,20 m) para avaliação dos atributos químicos do
solo (carbono orgânico, pH e fósforo), microbiológicos
(respiração basal e biomassa microbiana), granulometria
e diâmetro médio ponderado e, amostras indeformadas
para as análises de macroporosidade, microporosidade e
densidade do solo. A avaliação do FCO2 foi realizada em
todos os pontos da malha amostral com auxílio de
câmaras de solo fabricadas pela companhia LI-COR,
Nebraska, EUA, modelo LI-8100. A temperatura e
umidade do solo foram avaliadas simultaneamente com a
medição da concentração de CO2 por meio de sensor de
temperatura acoplado ao sistema LI-8100 e para teor de
água no solo o aparelho TDR-Campbell®. A análise
multivariada foi aplicada padronizando-se as unidades
dos atributos com média igual a 0 e variância igual a 1.
A análise de componentes principais (ACP) foi utilizada
para explicar a estrutura da variância dos dados de solos
por meio de correlações lineares das variáveis avaliadas
com os componentes principais (CP). Foram
considerados
os
componentes
principais
cujos
autovalores foram superiores à unidade, assim, foram
utilizados os quatro primeiros componentes principais:
CP1, CP2, CP3 e CP4 que juntos explicaram 65,71% da
variância dos atributos. Os dois primeiros componentes
principais, CP1 e CP2, juntos explicaram 46,53% da
variância total dos dados, sendo o CP1 capaz de explicar
30,43% da variância e o CP2, 16,10%. Em CP1, os
atributos do solo que apresentaram maiores coeficientes
de correlação foram: saturação por bases (-0,83),
umidade do solo (0,82), pH (-0,75), densidade do solo
(0,58) e argila (-0,56). Analisando as correlações
encontradas para o CP1, nas áreas de cana queimada,
observou-se um agrupamento de atributos físicos e
químicos do solo, com destaque para saturação por
bases e pH que foram os que apresentaram maior
correlação com CP1, portanto, foram aqueles com maior
poder discriminatório. As correlações entre a saturação
por bases e o pH com CP1 foram negativas, e por sua
vez, o FCO2 apresentou correlação positiva com esse
componente, portanto, os agrupamentos formados por
pontos oriundos da área de cana queimada apresentaram
menores valores de FCO2 quando comparados aos
pontos oriundos das às áreas de cana crua. Por outro
lado, a área de CC-5, foi influenciado principalmente pela
umidade do solo que foi o segundo atributo no CP1 com
maior poder discriminatório. A área de CC-10, o fator que
mais influenciou foi a densidade do solo com correlação
positiva com PC1. No CP2, o FCO2 e a Macroporosidade
fizeram parte dos atributos mais importante na explicação
da variância com correlação positiva e ambos
posicionados no grupo das amostras provenientes da
área de CC-10, além de apresentarem feixes de
correlação posicionados na mesma direção, isso
demonstra a relação direta existente entre os dois
atributos. O carbono orgânico responsável pela
discriminação do grupo de amostras provenientes da área
de CC-5 conseguiu explicar 18,68% da variância dos
dados no CP2, com correlação negativa e, no gráfico
biplot apresentou feixe de direção oposta ao do FCO2,
indicando relação indireta entre os dois, ou seja, maior
perda de carbono via CO2 pode representar em menores
quantidades de carbono no solo. A microporosidade do
solo, responsável também pela discriminação das áreas
de cana queimada foi um atributo relevante nos dois
primeiros
componentes
principais
apresentando
correlações negativas, isso pode ser atribuído ao fato de
que a microporosidade apresenta comportamento
antagônico à macroporosidade e quando comparando
com o FCO2, pelo gráfico biplot, é possível observar
direcionamentos opostos, indicando relação indireta entre
os dois atributos. Com isso, conclui-se que o FCO2 foi
maior nas áreas de cana crua que na queimada.
A densidade e porosidade do solo foram os fatores mais
afetados pelos diferentes sistemas de manejo da cana,
influenciando de forma significativa o FCO2 do solo.
A variabilidade do FCO2 foi influenciada pela saturação
por bases em 17,76% e pH em 14,25% principalmente na
área de cana queimada. O carbono em 18,86% e
macroporosidade em 18,33% principalmente na área de
cana crua com 5 e 10 anos, respectivamente.
.
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
UMS 2016
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Resumos – Comunicações em Poster
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UMS2016-11
Avaliação da fauna epígea em sistema de aleias e de
adubação verde com leguminosas em Caxias, MA
UMS2016-12
Caracterização da fauna do solo na reserva ecológica
do Inhamum em Caxias, MA
Letícia da Silva (1), Jéssica Oliveira Chaves (1), Lenice
do Nascimento Souza (1), Régia M. Reis Gualter (1),
Khalil de Menezes Rodrigues (2)
Laiane Cunha Ferreira (1), Marirlan dos Reis Santos (1),
Lenice do Nascimento Souza (1), Régia M. Reis Gualter
(1), Khalil de Menezes Rodrigues (2)
(1) Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do
Maranhão, Campus Caxias. CEP: 65.600-992, Caxias,
Maranhão, Brasil
(2) Centro de Ciências Agrárias e Ambientais da Universidade
Federal do Maranhão. CEP: 65500-000, Chapadinha, Maranhão,
Brasil
(1) Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do
Maranhão, Campus Caxias. CEP: 65.600-992, Caxias,
Maranhão, Brasil
(2) Centro de Ciências Agrárias e Ambientais da Universidade
Federal do Maranhão. CEP: 65500-000, Chapadinha, Maranhão,
Brasil
O solo constitui um fator de grande importância para o
crescimento e desenvolvimento das plantas devido a sua
rica composição. Nele são encontrados organismos que
atuam como fragmentadores e decompositores,
participando de importantes processos físicos, químicos e
biológicos. Dentre os organismos mais representativos
destaca-se a fauna epígea que permite a compreensão
das interações existentes no sistema solo-planta.
Estudos com a fauna epígea são importantes, pois eles
são sensíveis às mudanças e assim podem refletir
possíveis alterações nos diferentes sistemas de cultivo.
O trabalho objetivou avaliar a fauna epígea influenciada
pelo uso de culturas em sistemas de cultivos em aleias e
de adubação verde em Caxias, MA. O projeto foi
realizado no Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia do Maranhão - IFMA Campus Caxias, onde o
sistema em aleias contou com as seguintes espécies:
acácia (Acacia mangium), leucena (Leucaena spp.),
gliricídia (Gliricidia sepium) e sombreiro (Clitoria
racemosa), além da cultura de feijão-caupi (Vigna
unguiculata (L.)Walp.). Já o sistema de adubação verde
contou com as espécies arbóreas: crotalária (Crotalária
juncea), mucuna anã (Mucuna deeringiana), mucuna
cinza (Mucuna cenereum) e lablab (Dolichos lablab), sob
cultivo de milho (Zea mays.) As variáveis avaliadas
foram: fauna epígea e avaliação da diversidade biológica.
A coleta da fauna epígea foi realizada por meio de
armadilhas do tipo “pitfall”, totalizando quarenta pontos
em cada período de instalação. Foram realizadas
análises de variância utilizando o teste t a 5% de
significância para comparação de médias. Nos sistemas
foram verificados os grupos: Formicidae, Coleoptera,
Diptera,
Colembolla
Emtomobryomorpha
e
Poduromorpha como predominantes. As espécies
presentes no sistema de cultivo em aleias apresentaramse similares em relação aos índices de diversidade
biológica (Shannom-Weaner) e de equitabilidade (Pielou).
O sistema de adubação verde apresentou uma maior
diversidade de organismos da fauna invertebrada do
solo.
Uma das maiores reservas de riqueza e biodiversidade
do planeta pode ser encontrada no solo, que é
caracterizado por apresentar um rol de organismos que
garantem o biofuncionamento e sustentação dos
ecossistemas, a fauna do solo. Por serem organismos
sensíveis as alterações na estrutura de um ecossistema,
caracterizando inclusive a qualidade da cobertura vegetal,
a fauna do solo constitui-se como uma ferramenta para
avaliar a qualidade do solo, sendo assim um importante
bioindicador. O presente estudo objetivou caracterizar a
fauna do solo em duas fitofisionomias na Reserva
Ecológica do Inhamum (Mata de Galeria e Cerrado
Típico), em duas épocas de coleta em Caxias - MA.
A Reserva Ecológica do Inhamum situa-se à margem
direita da BR-316, distanciando-se 4 km do perímetro
urbano de Caxias. Localizada no povoado Coités,
apresenta uma área de 3560 ha, onde constam as
fisionomias de Cerrado Típico e Mata de Galeria. Em
cada uma destas fitofisionomias foram demarcados três
pontos distintos com o uso de GPS, sendo que a
distância entre cada um desses pontos foi de 50 metros.
Em cada ponto foram instaladas 5 armadilhas do tipo
“pitfall” com uma distância de 10 metros cada, sendo
instaladas 15 armadilhas em cada uma das
fitofisionomias, totalizando assim 30 armadilhas em cada
período avaliado. Foram estimados os seguintes
parâmetros: índice de indivíduos por armadilha/dia,
riqueza média e riqueza total, índice de diversidade de
Shannon Wiener (H’) e índice de equitabilidade de Pielou.
As condições climáticas em que as coletas foram
realizadas, diferenças na cobertura vegetal das
fitofisionomias estudadas e fatores como qualidade da
matéria orgânica, pH, temperatura, umidade e textura do
solo, constituíram-se pontos que influenciaram na
abundância, riqueza e diversidade de determinados
grupos da fauna do solo. Os grupos que mais se
destacaram independente da fitofisionomia e época
avaliada foram: Colêmbolo Poduromorpha, Acari,
Colêmbolo
Symphypleona,
Entomobryomorpha,
Formicidade e Coleóptera. Os ácaros e colêmbolos
representam cerca de 95% de todos os artrópodes do
solo, sendo que eles considerados em conjunto,
constituem de 72% a 97% do número total de indivíduos
da fauna edáfica, o que justifica a maior ocorrência
destes grupos nas áreas em questão. Habitats com maior
complexidade
vegetacional
fornecem
maior
disponibilidade de locais para nidificação e maior oferta
de alimento, sendo assim as áreas avaliadas
apresentaram tais condições favoráveis para organismos
encontrados. Ambas fitofisionomias apresentaram nas
épocas avaliadas condições favoráveis para a existência
de invertebrados que indicam boa qualidade do solo.
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
UMS 2016
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Resumos – Comunicações em Poster
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UMS2016-13
Taxas de decomposição de resíduos de espécies
arbóreas no sistema de cultivo em aleias em Caxias,
MA
Jéssica Oliveira Chaves (1), Leticia da Silva (1), Lorena
Gonçalves Araújo (1), Régia M. Reis Gualter (1), Khalil de
Menezes Rodrigues (2)
(1) Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do
Maranhão, Campus Caxias. CEP: 65.600-992, Caxias,
Maranhão, Brasil
(2) Centro de Ciências Agrárias e Ambientais da Universidade
Federal do Maranhão. CEP: 65500-000, Chapadinha, Maranhão,
Brasil
Sistemas de cultivo em aleias, compostos por
leguminosas podem promover a fertilidade de
determinado solo, por meio da variedade de fixação de
nutrientes. Variáveis como taxa de decomposição e
composição biológica entre outros, necessitam de
informações para uma melhor compreensão de sua
qualidade, desta forma esse estudo visou avaliar os
efeitos das leguminosas leucena (Leucaena spp.) e
gliricídia (Gliricidia sepium) na produção de fitomassa e
taxas de decomposição influenciada pelo uso da cultura
do feijão-caupi (Vigna unguiculata (L.)Walp.) em sistema
de aleias em Caxias, MA. O projeto foi realizado no
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do
Maranhão - IFMA Campus Caxias, onde o sistema de
cultivo em aleias contou com as espécies: leucena
(Leucaena spp.) e gliricídia (Gliricidia sepium), sendo
cultivado o feijão-caupi (Vigna unguiculata (L.) Walp.). Foi
realizado o acompanhamento da decomposição desses a
partir das taxas de decomposição do componente
arbóreo e foram realizadas análises de variância
utilizando o teste t a 5% de significância para
comparação de médias. A cinética do processo de
decomposição dos resíduos culturais apresentou um
padrão semelhante, e a porcentagem de massa seca
remanescente da gliricídia aos 90 dias foi de 0,026% e da
leucena de 0,074%, o que pode ser justificado pelo nível
pluviométrico do período da pesquisa, onde pela falta de
umidade reduziu-se o índice da influência da fauna
edáfica do local juntamente com o material vegetal
presente nos litterbags. Ao contrário do que ocorreu nos
dois primeiros tempos, 7 e 15 dias, onde houve chuva por
alguns dias, podendo ter facilitado a rápida
decomposição das amostras, juntamente com auxílio da
interferência da fauna epígea ali presente, onde mesmo
em pequena quantidade, foram identificados insetos
como coleópteras, díptera, blattodea e formicidae no
período de 15 dias. Já quanto ao tempo de meia vida, a
gliricídia variou de 6 a 32 dias e da leucena de 3 a 9 dias.
Esses resultados podem indicar uma rápida liberação de
nutrientes por parte dessas leguminosas. As perdas
relativas de massa dos folhedos aos 90 dias mostraram a
seguinte ordem decrescente de decomposição: gliricídia
0,05% > leucena 0,17%. Ambas espécies utilizadas
podem ser alternativas na disponibilização de nutrientes
em sistemas de cultivo.
UMS2016-15
Aplicação de um índice de qualidade do solo
associado à recarga de água do lençol superficial
Alisson S. Oliveira (1), Antônio M. da Silva (1,2),
Alexandre Silveira (2,3), Flávio A. Gonçalves (2), Carlos
R. Mello (1)
(1) Departamento de Engenharia, Universidade Federal de
Lavras – Lavras/MG, Brasil
(2) Instituto de Ciência e Tecnologia, Universidade Federal de
Alfenas, Poços de Caldas/MG, Brasil
(3) MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente, Portugal
O manejo inadequado de bacias hidrográficas tem
causado a deterioração da qualidade e a redução da
quantidade da água, provocando no Brasil e no mundo
uma eminente escassez deste recurso. Neste sentido,
estudos hidrológicos são ferramentas importantes para o
entendimento da dinâmica da água em bacias
hidrográficas e as consequências ambientais decorrentes
da atividade antrópica, uma vez que fornecem elementos
e dados que proporcionam uma visão holística do
ambiente solo, água e vegetação, e dos efeitos do uso e
manejo do solo na capacidade de infiltração de água e,
consequentemente, na recarga de água no solo. Na falta
de dados hidrológicos que forneçam informações para se
conhecer o potencial de geração de deflúvio superficial de
uma bacia, principalmente de pequeno porte, uma
alternativa rápida e viável, é a utilização de indicadores
de qualidade do solo, aqui definida como a capacidade
deste em desempenhar sua competência funcional dentro
do ecossistema, e no contexto desta abordagem,
potencial de recarga de água do lençol superficial.
A utilização de indicadores do solo, relacionados à sua
qualidade permite o monitoramento de mudanças no
ambiente. O Índice de Qualidade do Solo (IQSRA)
apresentado tem sua base em Karlen & Stott (1994) cujo
índice resulta da soma dos indicadores escolhidos para
representar determinada qualidade do solo, multiplicado
pelos seus respectivos pesos. Devido ao fato de que
cada indicador normalmente apresentar uma unidade de
medida diferente, é necessário um processo de
normalização dos mesmos para que possam ser
expressos numa escala entre 0 e 1. Para realizar esta
normalização, deve-se construir curvas do tipo “mais é
melhor”, “menos é melhor”, “valor máximo ou ótimo”,
sendo que o tipo de curva a ser escolhida dependerá da
função desempenhada pelo indicador no IQSRA. Para a
estruturação do IQSRA trabalhou-se com os indicadores
densidade do solo (Ds), microporosidade (M),
condutividade hidráulica saturada (k0) e porosidade
drenável (µ), matéria orgânica (MO), detalhados a cada
20 cm até um metro de profundidade, e dois indicadores
de relevo ou topográficos (T1 e T2). Para a estimativa do
IQSRA os pesos dos indicadores foram: 0,18 para a Ds;
0,14 para M; 0,25 para k0; 0,16 para µ; 0,07 para MO;
0,10 para T1 e 0,10 para T2. Na ponderação da
participação das camadas de solo, os pesos foram: 0,35
para camada de (0 – 20 cm) ; 0,20 para a camada de
(20 – 40 cm) e 0,15 para cada uma das camadas de
(40 - 60 cm; 60 – 80 cm e 80 – 100 cm). Aplicou-se a
metodologia em duas áreas de recarga de nascentes ou
surgências denominadas L1 com predominância do
Latossolo e M1 com predominância do Cambissolo. Para
tanto foram coletadas amostras de solo deformadas e
indeformadas em 34 pontos georreferenciados na área de
recarga da nascente L1 e 40 pontos georreferenciados na
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
UMS 2016
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Resumos – Comunicações em Poster
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área de recarga da nascente M1, a cada 20 cm até a
profundidade de 1 metro, seguindo um grid regular de
60  60 m com refinamento da escala em grid’s de
20  20 m, próximo à surgência da nascente, com as
quais foram determinados os seguintes atributos físicohídricos do solo: condutividade hidráulica saturada;
microporosidade; densidade do solo; densidade de
partículas; porosidade total; porosidade drenável e
matéria orgânica. Os índices topográficos foram
estimados para cada ponto amostrado com base no
modelo digital de elevação do terreno. Após a
normalização dos valores de cada atributo e verificada a
estrutura espacial por meio dos modelos de
semivariograma exponencial, esférico e gaussiano foram
gerados os mapas de IQRSA para cada área de recarga
das nascentes L1 e M1, utilizando-se da técnica da
álgebra de mapas realizada no software ArcGis 10®.
Foram utilizados dados de monitoramento hidrológico e
climático para as áreas de recarga das nascentes L1 e
M1, no período de 2009 a 2014 para validar os
resultados. Os indicadores hidrológicos analisados
(valores médios anuais) estão associados ao deflúvio
base, e sua participação na precipitação. Admite-se que
as áreas que apresentam maiores valores do índice
sejam aquelas com maior proporção do deflúvio base
junto ao total precipitado e, consequentemente, reflitam
melhores condições para infiltração de água no solo e
para a recarga subterrânea. Os resultados permitiram
constatar que a área de recarga da nascente L1
apresentou maior valor do IQSRA, mesmo com a
predominância do Cambissolo. Já a área de recarga da
nascente L1 apresentou menor IQSRA, mesmo com a
predominância do Latossolo, tidos como de alto potencial
para a recarga subterrânea. Com relação aos usos do
solo não foi possível detectar sua influência devido às
semelhanças ocorridas entre as áreas de recargas. Com
relação ao relevo a declividade média na área de recarga
da nascente L1 é de 28,7%, já na área de recarga da
nascente M1, o relevo é mais suave, com declividade
média de 17%, portanto, a área com maior declividade
apresentou maior IQSRA. Os fatores que explicam os
maiores valores do IQSRA na área de recarga da
nascente L1, são os atributos físico-hídricos e o elevado
índice pluviométrico. Portanto o IQSRA mostrou-se
consistente como indicador ambiental de geração de
deflúvio de base pelas áreas de recargas das nascentes,
pois a área de recarga que apresentou os maiores
valores de deflúvio de base e sua participação na
precipitação apresentou maior valor do IQRSA.
Referências:
Karlen, D.L., Stott, D.E. (1994) A framework for evaluating physical and
chemical indicators of soil quality. In: J.W. Doran, D.C. Coleman, D.F.
Bezdicek, and B.A. Stewart (eds.), Defining Soil Quality for a Sustainable
Environment, pp. 53-72, Soil Science Society of America Special
Publication 35, Madison, WI.
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
UMS2016-18
Caracterização físico-hídrica de um Argissolo
Amarelo coeso cultivado com cana-de-açúcar em
diferentes ciclos de cultivo
Joel Medeiros Bezerra (1), Glécio Machado Siqueira (2),
Maria Sallydelândia Sobral de Farias (3), Jorge Dafonte
Dafonte (4), Ênio Farias de França e Silva (5)
(1) Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), Brasil
(2) Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Brasil
(3) Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Brasil
(4) Universidade de Santiago de Compostela (USC), Espanã
(5) Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Brasil
As modificações físicas do solo, favorecidas pelo cultivo
contínuo a longo prazo, podem fornecer subsídios em
prol da adoção de práticas de manejo que permitam
incrementar o rendimento das culturas garantindo a
contínua sustentabilidade e a conservação dos
ecossistemas. O objetivo deste trabalho foi caracterizar e
identificar, por meio de análises multivariadas, os
atributos físicos-hídricos do solo que melhor expliquem o
comportamento dos diferentes ciclos de cultivo da cultura
da Cana-de-açúcar em um Argissolo Amarelo coeso, em
Goiana, PE. A área experimental está localizada no
município de Goiana, Zona da Mata Norte, Pernambuco,
Brasil. As áreas a serem estudadas vêm sendo
manejadas nos últimos anos com cana-de-açúcar
(Saccharumofficinarum L.) com queima prévia da palha
para colheita, com corte realizado manualmente.
A amostragem de solo foi realizada em cronossequência
de cultivo de cana-de-açúcar, composta por oito talhões
com diferentes tempos de implantação do agrossistema
bioenergético de cana-de-açúcar: Tempo zero (Mata,
strictu senso), um (CP), dois (S1), três (S2), quatro (S3),
cinco (S4), seis (S5) e sete anos de implantação dos
sistemas de cultivo (S6). Cujas coletas de amostras são
deformadas e não deformadas, realizadas nas
profundidades de 0-5, 5-10, 10-20, 20-40, 40-60, 60-80 e
80-100 cm. Os atributos do solo avaliados foram:
umidade volumétrica (UV), densidade do solo (Ds),
porosidade total (PT), macroporosidade (MMACP),
microporosidade (MMICP), condutividade hidráulica do
solo saturado à 20°C (K20), granulometria via frações de
argila, silte e areia. Dois métodos estatísticos
multivariados foram aplicados, visando classificar os
acessos em grupos: análise de agrupamentos hierárquica
e análise de componentes principais (ACP). Com a
análise de componentes principais, ocorreu redução de
nove variáveis físico-hídricas do solo para apenas duas
novas componentes, que foram porosidade e textura do
solo, as quais explicaram mais de 70% da variação dos
dados, nas distintas profundidas. A partir da profundidade
20-40 cm verificou-se semelhança da Mata com S4; os
dois principais componentes que proporcionaram melhor
explicação foram relacionados à textura do solo,
adensamento do solo, porosidade do solo e ao conteúdo
de água do solo.
UMS 2016
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Resumos – Comunicações em Poster
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UMS2016-19
Geomorfologia de uma planície sedimentar e sua
correlação com leituras de condutividade elétrica do
solo medida por indução eletromagnética
Glécio M. Siqueira, Alanas C. F. Aguiar, Mayanna K. L.
Costa, Joel M. Bezerra
Departamento de Geociências, Universidade Federal
Maranhão. Campus Bacanga, São Luís, Maranhão, Brasil
do
O relevo, como um dos componentes do meio natural,
apresenta uma diversidade enorme de tipos de formas,
as quais por mais que pareçam estáticas e iguais, na
realidade são dinâmicas e se manifestam ao longo do
tempo e do espaço de modo diferenciado, devido às
diversas combinações e interferências dos demais
componentes do estrato geográfico. O estudo
sistematizado para entender os fatores regionais que
intervêm nas modificações geométricas desse indivíduo
natural, deve ser colocado como prioridade, uma vez que
representa o piso onde se desenvolvem todas as
atividades
humanas.
Os
estudos
relacionando
geomorfologia e pedologia, no Brasil, ainda são
relativamente escassos, embora se saiba que essas
ciências estão em pertinência, portanto, torna-se
importante a realização de pesquisas nesse sentido, pois
o relevo exerce uma forte influência na evolução e
desenvolvimento dos solos. O conhecimento destes
torna-se necessário para se compreender a dinâmica
geomorfológica de uma área. Considera-se substancial a
análise da rede de drenagem porque a água é um
agente, que escultura o relevo da superfície da Terra,
influenciando diretamente no comportamento mecânico
dos mantos de solo e rochas. Portanto, para se investigar
as características das diversas feições geomorfológicas,
especialmente no que se referem à sua evolução, esta se
configura como unidade de suma importância. A bacia de
drenagem tem papel fundamental na evolução do relevo
uma vez que os cursos de água constituem importantes
modeladores
da
paisagem.
Nesse
sentido
o
conhecimento da variação da condutividade elétrica
aparente do solo ao longo da paisagem, medida por
indução eletromagnética se faz necessária uma vez que
a mesma está relacionada com vários atributos do solo:
densidade, porosidade, conteúdo de matéria orgânica,
umidade, textura, sais solúveis, etc.. A execução deste
trabalho
fundamentou-se
nas
técnicas
de
geoprocessamento, e avaliações in loco. Assim o objetivo
deste trabalho foi avaliar características da geomorfologia
de uma planície sedimentar na Região Leste do Estado
do Maranhão (Brasil) e sua correlação com a
condutividade elétrica aparente do solo (CEa) medida por
indução eletromagnética. Foi avaliada uma área com
cerca de 2000 ha, com ocorrência das seguintes classes
de solos: Latossolo Vermelho, Latossolo VermelhoAmarelo, Neossolos Quartizarênicos, Vertissolos haplicos
e Neossolos regolíticos. Em todas as classes de solos
foram realizadas avaliações do perfil pedológico por meio
da abertura de trincheiras. Antes da abertura das
trincheiras foram realizadas 05 leituras da condutividade
elétrica aparente do solo em um transepto com
espaçamento entre os pontos de 0,5 m, nas 05 classes
de solos predominantes na região. Por meio de
ferramentas de SIG – Sistemas de Informações
Geográficas, foram construídos mapas de solo, relevo e
aptidão do solo. Após a análise dos perfis pedológicos os
dados foram correlacionados com as leituras de
condutividade aparente no dipolo horizontal CEa-H (até
0,4 m de profundidade) e no dipolo vertical CEa-V (até
1,5 m de profundidade). Foram encontradas correlações
lineares médias entre as leituras de CEa e os perfis
pedológicos (r = 0,565). Os valores de correlações
lineares aumentaram nos solos com maior conteúdo de
argila e umidade (Latossolo Vermelho e Vertissolo),
alcançando valores de r = 0,745. As correlações com o
relevo foram parecidas com as encontradas nos perfis
pedológicos, indicando a eficiência do equipamento para
o levantamento das classes de solo em função do relevo.
Os valores de CEa foram maiores para o dipolo horizontal
(CEa-H) quando comparado aos valores do dipolo vertical
(CEa-V), havendo maior correlação com o conteúdo de
umidade e com as frações mais finas dos compartimentos
do solo na planície sedimentar. As leituras de CEa
permitiram avaliar o comportamento e transporte de
sedimentos e formação das classes de solo e relevo ao
longo do tempo.
Financiamento: Fundação de Amparo à Pesquisa e Desenvolvimento
Científico do Maranhão – FAPEMA, Brasil.
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
UMS 2016
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Resumos – Comunicações em Poster
49
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UMS2016-20
Fertilidade do solo cultivado com feijão orgânico sob
plantio direto
UMS2016-21
Diversidade da macrofauna do solo sob diferentes
agrossistemas no Cerrado
Guilherme Constantino Meirelles (1), Carolina dos S.
Batista Bonini (1), Orivaldo Arf (2), Lilian C. Domingues
de Souza (2), Neli C. Belmiro dos Santos (3), Aline M.
Santos Silva (1), Emanuelle Rodrigues Alves (1), Fabricio
Gomes Pedro (1)
R. A. Silva (1), A. G. C . Ferreira (1), R. C. Silva (1), C. S.
Lima (2), G. M. Siqueira (1), A. C. F. Aguiar (1)
(1) Faculdade de Ciências Agrarias e Tecnológicas,
Universidade Estadual Paulista - UNESP. CEP 17900-000,
Dracena, São Paulo, Brasil
(2) Departamento de Fitotecnia, Tecnologia de Alimentos e
Sócio-Economia, Faculdade de Engenharia, Universidade
Estadual Paulista – UNESP. CEP 15385-000, Ilha Solteira, SP,
Brasil
(3) Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA),
Caixa Postal 67 - CEP 16900-970. Andradina, São Paulo, Brasil
O feijoeiro é de grande importância na alimentação
humana, principalmente pelo fato de ser fonte de
proteína, que em conjunto com outros grãos como o
arroz fornece uma dieta balanceada. O cultivo orgânico
do feijão vem ganhando destaque por ser um cultivo mais
sustentável, que se emprega as coberturas de solo, que
ajudam a reciclar nutrientes e proporciona uma camada
de proteção ao solo, contribuindo para um manejo mais
sustentável. O objetivo do trabalho foi avaliar a fertilidade
de um Latossolo Vermelho em sistema plantio direto
cultivado com feijão orgânico implantado no ano de 2015.
O experimento foi realizado no município de Andradina,
São Paulo, Brasil. O delineamento utilizado foi em blocos
casualizados, com oito tratamentos e quatro repetições,
sendo eles: Urochloa ruziziensis; Pennisetum glaucum;
Crotalaria juncea; Mucuna pruriens; Urochloa ruziziensis
+ Crotalaria juncea; Urochloa ruziziensis + Mucuna
pruriens; Pennisetum glaucum + Crotalaria juncea; e,
Pennisetum glaucum + Mucuna pruriens. Foi realizada a
análise de fertilidade do solo (potencial hidrogeniônico,
matéria orgânica, fósforo, potássio, cálcio, magnésio e
saturação por bases) nas camadas de 0-0,05; 0,05-0,10
e 0,10-0,20 m. Os tratamentos estudados não
influenciaram nos teores de nutrientes na camada de
0-0,05 m, já nas camadas de 0,05-0,10 e 0,10-0,20 m
houve efeito dos tratamentos. Sendo o potássio (camada
0,05-0,10 m) com maior e menor incremento no
tratamento com Crotalaria juncea e no consórcio entre
Pennisetum
glaucum
e
Crotalaria
juncea,
respectivamente. Na camada de 0,10-0,20 m os teores
de cálcio e soma de bases foram influenciados pelas
espécies utilizadas como cobertura do solo, sendo o
tratamento com Pennisetum glaucum o de maior teor.
Com isso, conclui-se que o uso de plantas de cobertura
do solo influencia positivamente a fertilidade do solo.
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
(1) Universidade Federal do Maranhão, Campus Bacanga, São
Luís, Maranhão, Brasil
(2) Faculdad de Ciências, Universidade da Corunã, Campus
Elvina, España
O uso intensivo e por muitas vezes inadequado do solo
tem acarretado em um declínio considerável da fertilidade
natural, na produtividade e contribuído para a degradação
dos fatores físicos, químicos e biológicos. Nesse sentido,
entende-se por qualidade do solo como a capacidade de
desempenhar funções dentro dos limites de áreas
naturais ou manejadas, que sustente a produtividade de
plantas e animais, que melhore ou mantenha a qualidade
da água e ar, e que possibilite suporte à saúde e
habitação humana. Para mensurar a qualidade de um
solo, principalmente solo agrícola, os atributos físicos,
químicos e biológicos são considerados parâmetros
importantes. As propriedades físicas interferem
diretamente na química e na biologia dos solos. Por outro
lado, os organismos edáficos são responsáveis pelas
transformações físicas e químicas, sendo assim esses
três atributos estão relacionados entre si. Nesse contexto,
destaca-se a macrofauna solo, como um indicador de
qualidade. São organismos de diâmetro corporal de 2 a
20 mm, que desempenham importantes funções
ecológicas, como fragmentação de matéria orgânica,
aeração do solo, alguns são predadores de outros
organismos considerados pragas agrícolas, reguladores
de comunidades, entre outras funções. Assim, objetivou
neste estudo avaliar a diversidade da fauna edáfica em
diferentes áreas (cultivo de soja, milho, plantação de
eucalipto, cerrado antropizado e cerrado preservado).
O experimento foi conduzido na Fazenda Unha de Gato,
município de Mata Roma (Maranhão, Brasil). O clima da
região é classificado como tropical úmido, com
o
temperatura média de 29 C, com duas estações bem
definidas. O solo é classificado como Latossolo amarelo,
com relevo plano e suavemente ondulado. A propriedade
possui aproximadamente 313 ha cultivados, por um
período de nove anos, nos últimos quatro anos a fazenda
adotou um sistema de rotação de cultura com soja
(Glycine max (L) Merrill), milho (Zea mays Mill.) e
eucalipto (Eucalyptus sp.). A cada cinco ano, na área de
cultivo de soja e milho é feita uma subsolagem de até
32 cm de profundidade, quatro aplicações de dissecante
por cultivo, uso de herbicida, aplicações anuais de gesso,
superfosfato simples, enxofre e cálcio. Circundando a
fazenda, no lado direito é mantido uma área de cerrado,
que é usado para pastoreio de bovino em determina
época do ano. No lado esquerdo, é conservado uma faixa
de cerrado nativo, com vegetação secundária em
regeneração, com espécies típicas como barbatimão
(Stryphnodendron adstringens Mart.), Copaíba (Copaifera
martii Hayne), babaçu (Orbignya oleifera Burret), pequi
(Caryocar brasiliense Cambess). Análise da fauna do solo
foi realizada mediante a instalação de 130 armadilhas
pitfall traps que permaneceram em campo por um período
de sete dias. Cada armadilha continha 200 mL de formol
à 4% para a conservação dos invertebrados. Posterior a
esse período, o conteúdo amostral foi levado a
laboratório, triado e identificado usando chave específica.
UMS 2016
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50
Resumos – Comunicações em Poster
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Uma vez quantificados, foram determinados o número de
indivíduos por armadilha por dia, índice de diversidade de
Shannon-Wiener e equitabilidade de Pielou. Foram
coletados um total de 9048 espécimes distribuídos em 20
ordens e uma família (Formicidae). A maior comunidade
de artrópodes ocorreu na área eucalipto (3841), seguida
pelo cerrado preservado (2384), cerrado antropizado
(1777), milho (824) e soja (222). A maior quantidade de
invertebrados no plantio de eucalipto pode ser justificada
pelo maior teor de matéria orgânica nessa área
(MO = 27 g/dm3), enquanto que a menor quantidade de
artrópode foi registrada cultivo de soja, essa área assim
como o cultivo de milho, no período de amostragem
receberam aplicação de dissecante, o que pode ter
influenciado a densidade de alguns grupos faunísticos.
O táxon mais representativo foi Poduromorpha com 2098
indivíduos (plantio de eucalipto), seguido de araneae com
1592 indivíduos no cerrado preservado e Formicidae 588
no cerrado antropizado. Formicidae é um grupo
altamente tolerante as mudanças ambientais, e
predominantes em áreas com perturbação antrópica.
-1
A abundância de artrópodes do solo (Ind.pitfall.dia ) foi
maior no plantio de eucalipto (548,71±75,47), cerrado
preservado
(340,57±57,85),
cerrado
antropizado
(253,85±41,15) e menores nos plantios de milho
(117,71±13,07) e soja (31,71±3,10). Mais uma vez fica
evidente que o manejo adotado nas áreas de milho e soja
contribuiu para que houvesse menor abundância de
invertebrados nessas áreas. Enquanto a área de
eucalipto e cerrado preservado apresentam uma maior
estruturação de habitat, maior oferta de nichos ecológicos
e recursos alimentares, além disso, a estratificação
vertical e copas intercaladas, assim como menor
incidência de radiação solar cria um ambiente favorável a
uma maior abundância biológica. A maior diversidade de
Shannon foi encontrada no plantio de soja (0,81), milho
(0,72), eucalipto (0,62) e menores na área de cerrado
antropizado (0,55) e cerrado preservado (0,52). O índice
de equitabilidade de Pielou foi menor para o cerrado
preservado (0,44), isso ocorreu devido a predominância
de um único grupo, Araneae (1592 indivíduos). De
maneira geral, foi possível observar, que o manejo
adotado nas áreas cultiváveis foi determinante para que
houvesse menor abundância de indivíduos.
Financiamento: Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento
Cientifico e Tecnológico do Maranhão – FAPEMA, Brasil.
UMS2016-22
O efeito da cobertura morta na temperatura do solo
em áreas cultivadas com bananeira irrigada por
gotejamento
Renato A. S. Rodrigues (1), João L. M. P. de Lima (2),
Abelardo A. A. Montenegro (1), Thayná A. B. Almeida (1),
José R. L. Silva (1)
(1) UFRPE - Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife,
PE, Brasil
(2) IMAR – Instituto do Mar; MARE – Centro de Ciências do Mar
e do Ambiente; Universidade de Coimbra, Coimbra, Portugal
O semiárido brasileiro é sujeito a temperaturas muito
elevadas; neste contexto, a produção agrícola é
condicionada pela capacidade do solo de reter água e da
eventual presença de cobertura morta. A bananeira é
uma das culturas mais plantadas no mundo, sendo uma
das principais fontes de alimentação da população
mundial. A produção brasileira em 2014 apresentou, para
uma área cultivada de 480.8 mil hectares, 6.8 milhões de
-1
toneladas com um rendimento médio de 14.2 ton ha .
Estudou-se numa plantação de bananeiras (solo do tipo
Neosolo Flúvico) regadas com o sistema gota-a-gota
localizado no vale aluvial do Rio Ipanema, região
semiárida do Estado de Pernambuco, no Brasil (durante 3
meses em 2014/2015). No trabalho de campo efetuado
foram utilizados 6 termopares, 3 sondas TDR, 2 quadros
de madeira com tela fina e pó de coco como cobertura
morta aplicada sobre o solo. O objetivo deste trabalho foi
estudar a influência da cobertura morta de pó de coco na
temperatura e umidade do solo. As medições da
temperatura foram realizadas à superfície e a três
profundidades (0.1, 0.3 e 0.5 m); a umidade do solo foi
avaliada apenas para as referidas 3 profundidades. Foi
feita uma comparação entre o período diurno e noturno e
-1
para as 2 densidades de cobertura morta (4 e 8 ton ha )
aplicadas sobre o solo e a situação de solo desprotegido.
Tanto durante o dia como à noite, observou-se uma
redução da média e da variação de temperatura em
função da densidade de cobertura morta; a presença de
pó de coco também promoveu a redução da temperatura
com a profundidade. A cobertura morta teve um efeito
tampão sobre a flutuação da temperatura do solo tanto à
superfície como até uma profundidade de 0.5 m.
As densidades de cobertura morta mais elevadas foram
mais eficazes na redução das oscilações de temperatura
do perfil no solo.
Financiamento: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico - CNPq, Brasil.
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
UMS 2016
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Resumos – Comunicações em Poster
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UMS2016-23
Ferramentas de geoestatística para estudo de
diversidade em fragmentos florestais no bioma
Cerrado
G. M. Siqueira (1), C. S. Lima (2), R. A. Silva (1), A. C. F.
Aguiar (1), M. K. L. Costa (1), T. V. Lima (1)
(1) Universidade Federal do Maranhão, Campus Bacanga, São
Luís, Maranhão, Brasil
(2) Faculdad de Ciências, Universidade da Corunã, Campus
Elvina, España
As conservações das áreas florestais representam um
dos maiores desafios, em função dos níveis de
perturbações antrópicas dos ecossistemas naturais, que
dentre as principais consequências está a fragmentação
florestal. No Cerrado, por exemplo, a maior parte dos
remanescentes florestais, especialmente em paisagens
intensamente cultivadas, encontram-se na forma
fragmentada, pouco conhecidos e desprotegidos.
No entanto, é possível por meio de ferramentas de
geoestatística ter o conhecimento da dependência
espacial, por considerar o valor de observações na
estimativa da correlação entre os pontos de amostragem,
assim possibilita melhor entendimento da comunidade
que auxilia na conservação dos recursos naturais.
O objetivo foi avaliar o uso de ferramentas de
geoestatística para o estudo e conservação de fragmento
florestal de Cerrado em estágio de regeneração. A área
de estudo está localizada no município de Chapadinha
(MA), o fragmento florestal é composto por mata
secundária tendo aproximadamente 16 ha, com
vegetação original do bioma Cerrado, com composição
florística diversificada, cujas principais espécies na área
de estudo são: babaçu (Orbignya phalerata Mart.),
carnaúba (Copernicia prunifera), buriti (Mauritia flexuosa
Mart.), pequizeiro (Caryocar brasilense Cambess),
mangabeira (Hancornia speciosa), faveira (Dimorphandra
mollis), bacuri (Platonia insignis Mart) e o jaborandi
(Pilocarpus jaborandi). O solo na área estudada é do tipo
Latossolo amarelo e o clima é classificado como tropical
úmido, com duas estações bem definidas (chuvosa e
seca). A avaliação da diversidade ocorreu por meio da
contabilização de plantas ocorrentes em um transepto.
Os indivíduos contabilizados foram divididos em três
categorias: árvores menores que 0,5 m, entre 0,5 e
1,3 m, e árvores maiores que 1,3 m de altura segundo
metodologia descrita na literatura. Para as espécies
maiores que 1,3 m foi ainda determinado o diâmetro a
altura do peito (DAP). Os principais momentos
estatísticos foram determinados para cada ponto
amostrado (média, desvio padrão, coeficiente de
variação, teste de normalidade Kolmogorov-Smirnov com
probabilidade de erro de 1% e correlação linear). Para a
análise da variabilidade espacial ajustaram-se os dados a
modelos
de
semivariogramas,
partindo
das
pressuposições de estacionariedade da hipótese
intrínseca
e
usando
programas
estatísticos.
Os parâmetros de semivariogramas ajustados foram C0
(Efeito pepita), C0 + C1 (Patamar) e a (Alcance).
A determinação do grau de dependência foi feita de
acordo com a classificação disponível na literatura em
baixa (75-100%), média (25-75%) e alta (0-25%). Todas
as variáveis apresentaram distribuição normal, com
exceção das plantas maiores que 1,3 m, que
apresentaram distribuição do tipo lognormal. O valor
médio de indivíduos para as árvores < 0,5 m e entre
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
0,5-1,3 m são próximos (10,48 e 8,25, respectivamente),
havendo predominância de árvores maiores que 1,3 m de
altura (15,61 árvores). Os valores de coeficiente de
variação para os dados em estudo demonstram que
todos os atributos apresentam elevada variabilidade dos
dados (CV > 62%). Tal fato pode ser justificado uma vez
que se trata de mata secundária em estágio de
regeneração. A matriz de correlação linear demonstrou
haver baixa correlação linear entre as classes de
indivíduos estudados. O modelo que mais se ajustou foi o
exponencial para plantas de menores que 0,5 m e DAP
maior que 1,3 m. As plantas de 0,5-1,3 m apresentaram
efeito pepita puro, o que indica que o espaçamento
utilizado não foi suficiente para determinar a variabilidade
espacial dessas plantas. Os indivíduos de altura >1,3 m
se ajustaram ao modelo gaussiano. Os valores de
alcance variaram de 21,56 m (DAP) a 11,5 m (árvores
> 1,3 m). O maior valor de alcance para as árvores
< 1,3 m demonstra que o fragmento florestal encontra-se
em um estágio avançado de recuperação, demonstrando
que tais árvores encontram-se distribuídas com maior
uniformidade ao longo do transepto, mesmo havendo a
ocorrência de clareiras. O grau de dependência espacial
(GD, %) é mediano para as plantas < 0,5 m e para as
árvores maiores que 1,3 m e elevado para o DAP
(GD = 0,204%). De forma geral, os parâmetros
geoestatísticos permitem uma maior compreensão dos
processos de regeneração do fragmento florestal.
Financiamento: FAPEMA
UMS 2016
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Resumos – Comunicações em Poster
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UMS2016-24
Mapeado de la conductividad eléctrica aparente como
herramienta para cuantificar la variabilidad espacial
de la textura en una pradera
Aitor García-Tomillo (1), Jorge Dafonte Dafonte (2),
Antonio Paz González (1)
(1) Departamento de Edafología, Facultad de Ciencias,
Universidad de A Coruña – Campus Zapateira – CP-15008 A
Coruña, España
(2) Departamento de Ingeniería Agroforestal, Universidad de
Santiago de Compostela – USC, 27002, Lugo, España
La Agricultura de Precisión utiliza un conjunto de técnicas
que permiten llevar a cabo un manejo agrícola
diferenciado en distintos lugares de una parcela de
cultivo en función de las características agronómicas de
los mismos. El abonado localizado, siembra, tratamientos
fitosanitarios a dosis variable, riegos; son algunas de sus
aplicaciones. Se requiere para ello la identificación de
zonas con características homogéneas ("zonas de
manejo") que puedan dar lugar a una producción
potencial similar. Estas "zonas de manejo" deben ser
áreas con características similares, tales como la textura,
topografía, niveles de nutrientes, etc. Sin embargo, la
delimitación de esas zonas no es sencilla, debido a la
intervención de diversos factores, que interaccionando de
forma dinámica, son capaces de afectar al rendimiento
del cultivo. El muestreo tradicional del suelo es laborioso
(y con altos costes), y además la obtención de un número
de datos suficiente que pueda servir como base para una
delineación de las "zonas de manejo diferenciadas" es
complejo. La conductividad eléctrica aparente (CEa) es
una medida que puede ser muestreada intensamente de
forma fácil y económica, estando habitualmente
relacionada con diferentes propiedades físico-químicas
en distintos tipos de suelos. De esta forma, la CEa puede
emplearse para mejorar la estimación de un gran número
de variables edáficas; cuando existe correlación espacial.
Los objetivos de este estudio fueron: cuantificar las
correlaciones de la CEa del suelo con las fracciones
granulométricas del suelo (arena, limo y arcilla) y
determinar si a partir de CEa se pueden identificar "zonas
de manejo diferenciadas" en cuanto a la textura, en un
suelo de pradera.
para obtener los resultados correspondientes a todo el
Horizonte A. Las medias de los valores obtenidos para la
-1
-1
CEaV y CEaH fueron 10,72 mS m y 7,94 mS m ,
respectivamente. La CEaV presentó correlaciones
lineales altamente significativas con la arcilla y la arena
(r=0.48 y r=-0.36 respectivamente) mientras que la CEaH
se comportó de la misma manera, mostrando
correlaciones altamente significativas con la arcilla y la
arena (r=0.35 y r=-0.30 respectivamente). Al realizar el
estudio Geoestadístico de los datos se observa que tanto
la CEaV, la CEaH como las 3 fracciones granulométricas
presentan variabilidad espacial en la parcela; ajustándose
a modelos de semivariograma esféricos todas las
propiedades estudiadas salvo el limo que se ajustó a un
modelo exponencial. Las correlaciones lineales
encontradas están en consonancia con los mapas de
kriging; así el mapa de arcilla muestra grandes similitudes
con los mapas obtenidos tanto para la CEaV como para
la CEaH. El análisis Geoestadístico y los mapas de
variabilidad se llevaron a cabo mediante el uso de los
paquetes Geoestadísticos GSTAT y SP para R.
Se comprobó que el uso de la conductividad eléctrica
aparente (CEa) como variable para evaluar la textura del
suelo es adecuado; tanto para obtener los puntos de
muestreo óptimos del suelo como por su correlación con
las fracciones granulométricas del mismo. Así, se
encontraron correlaciones estadísticamente significativas
entre la CEa y la textura del suelo; que mediante el
estudio Geoestadístico y representación de mapas de
kriging podrían ser de utilidad para crear zonas de
manejo diferenciado de la parcela estudiada.
En este trabajo se evaluó la relación entre la
conductividad eléctrica aparente del suelo (CEa) con la
textura del suelo. El estudio se llevo a cabo en una
pradera de 10 ha sobre un suelo clasificado como
Cambisol gleico siendo la textura del mismo de franca a
franco-arenosa. La parcela presenta una elevación media
de 403 m y una pendiente del 1% y está situada en la
comarca "Terra Chá" (provincia de Lugo), en el Noroeste
de España; con un clima templado-húmedo con una
estación seca en verano (clima tipo Csb de acuerdo a la
clasificación climática de Köppen). La CEa se obtuvo
utilizando un equipo de inducción electromagnética
(EM-38DD), tomándose medidas en las dos orientaciones
del sensor, dipolo vertical (CEaV) y horizontal (CEaH).
Los datos de CEa obtenidos se utilizaron para obtener los
puntos de muestreo optimizados del terreno mediante el
software ESAP 2.35, resultando 80 puntos. Las muestras
de suelo se tomaron en dichos 80 puntos, a las
profundidades 0-0,20 m y >0,20 m (hasta el límite del
Horizonte A en cada punto; mínimo: 0,255 m y máximo:
0,48 m) para analizar la textura. Con los datos obtenidos
a las dos profundidades se efectuó una media ponderada
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
UMS 2016
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Resumos – Comunicações em Poster
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UMS2016-25
Mapa de aptidão agrícola do solo como ferramenta
para o desenvolvimento da agricultura sustentável
Glécio Machado Siqueira (1), Mayanna K. Lima Costa (1),
Raimunda Alves Silva (1), Gustavo A. de Araújo Santos
(1), Charlyan Sousa Lima (2), Joel Medeiros Bezerra (3)
(1) Universidade Federal do Maranhão. Campus Bacanga, São
Luís, Maranhão, Brasil
(2) Faculdad de Ciências, Universidade da Corunã, Campus
Elvina, España
(3) Universidade Federal de Campina Grande, Brasil
Dentre os recursos naturais, o solo está seguramente
entre os mais importantes e também mais sensível ao
uso inadequado pelo homem, principalmente na
agricultura. Um manejo adequado da terra é o principal
responsável pela manutenção a longo prazo dos recursos
naturais e da produtividade agrícola. O conhecimento da
aptidão agrícola é de grande importância, pois é comum
o uso das terras em desarmonia e sem considerar seu
verdadeiro potencial agrícola, resultando em degradação
dos agroecossistemas, além de perdas em produtividade.
A utilização de técnicas de sensoriamento remoto para
análise do uso e cobertura do solo permite o
planejamento e administração de ocupação de forma
ordenada e racional. A cartografia digital e os Sistemas
de Informações Geográficas introduziram um avanço
tecnológico na coleção e armazenamento de dados para
inventários, monitoramento, análise e simulação
ambientais. Com isso, a rápida modificação do meio
físico decorrente da intensificação e da modernização da
agricultura, particularmente, em áreas de expansão de
fronteira agrícola, impõe a adoção de técnicas e de
diagnóstico que acompanhem a dinâmica espaçotemporal do uso da terra. Nesse sentido, a avaliação da
aptidão de uso das terras deve ser o primeiro passo para
o
seu
planejamento
racional
e
um
melhor
desenvolvimento da agricultura sustentável, sobretudo
em áreas de vegetação natural. Assim, o objetivo deste
trabalho foi utilizar ferramentas de geoprocessamento
para se caracterizar a aptidão agrícola do solo de uma
área com vegetação natural no Sertão Piauiense.
O presente estudo foi desenvolvido no município de
Itaueira (PI), com 100% da propriedade coberta com
vegetação nativa do tipo Cerrado típico (99,7%) e
Cerrado rupestre (0,3%). Para a determinação das
classes de uso do solo, inicialmente foi realizado o mapa
topográfico da área, utilizando informação fornecida pelo
Projeto SRTM [Shuttle Radar Topography Mission
(SRTM), projeto entre a NASA (National Aeronautics and
Space Administration), NGA (National GeospatialIntelligence Agency), DLR (Agência Espacial Alemã) e
ASI (Agência Espacial Italiana) com o objetivo de gerar
um Modelo Digital de Elevação (MDE) da Terra usando a
interferometria. Para a geração da altimetria e geração do
tema de declividade nas áreas de estudos foi utilizado o
arquivo denominado SRTM 28_14. Para a determinação
das classes de uso do solo, inicialmente foi realizado o
mapa topográfico da área e o mapa de solos foi
construído tendo como base avaliações “in loco” por meio
de levantamento expedito de solo. O mapa de aptidão
agrícola foi gerado utilizando o software Arcgis/Esri 10.0,
onde os mapas de solo e relevo foram cruzados no
software arcgis para composição do mapa de aptidão,
tendo como base o Sistema FAO (1976) conforme
descrito por IBGE (2006). Ocupando uma área de
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
3496,0 ha (49,5% da área da propriedade), os solos de
aptidão regular predominam na porção central do imóvel.
Tais solos estão representados pelos Latossolos
amarelos típicos com textura média (3484,0 ha), os quais
podem apresentar deficiência hídrica em períodos longos
de estiagem e pelos Argissolos amarelos plínticos
(12,0 ha), com textura variando de média para franco
argilosa, que devido a presença de plintita no perfil,
podem apresentar algum impedimento ao trabalho
mecanizado. Os solos com classificação restrita ocupam
uma área de 2182,0 ha, distribuídos no setor norte e sul
do imóvel, representando 30,4% da área da propriedade,
estes solos são classificados como: Argissolos amarelos
arênicos plínticos textura arenosa/média e Argissolos
amarelos
petroplínticos
e
Plintossolos
háplicos
argissólicos
de
textura
média,
apresentando
respectivamente deficiência hídrica e impedimento a
mecanização devido a ocorrência de plintita. Os solos
com aptidão limitada estão localizados em porções
distintas dentro do imóvel, cobrindo uma área aproximada
de 1436,0 ha (equivalendo a 20,13% da área da
propriedade). Tais solos encontram-se classificados
dentro de três classes de solos: Gleissolos, Cambissolos
e Plintossolos. Por fim, o solo de boa aptidão se estende
por uma pequena porção de 2,1 ha. Estes solos são
classificados
como
Argissolos
Amarelos/Brunos
abrúpticos e típicos, os quais apresentam textura
variando abruptamente de arenosa/média para argilosa,
entre horizontes A e B. O presente trabalho demonstrou a
importância do desenvolvimento do sistema aptidão
agrícola do solo, permitindo o planejamento da ocupação
agrícola do solo considerando características intrínsecas
do mesmo.
UMS 2016
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54
Resumos – Comunicações em Poster
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UMS2016-26
Fauna invertebrada do solo sob cultivo de cana-deaçúcar e Mata dos Cocais na Região Leste
Maranhense
Gustavo A. Araújo dos Santos, Glécio Machado Siqueira,
Mayanna K. Lima Costa, Raimunda Alves Silva
Universidade Federal do Maranhão, Campus Bacanga, São
Luís, Maranhão, Brasil
O Brasil é responsável por mais da metade do açúcar
comercializado no mundo, com aproximadamente 33%
de todo o montante produzido no planeta. No cultivo de
cana-de-açúcar o uso de arados, grades pesadas e
subsoladores são comuns para o preparo do solo. No
entanto, vários estudos já relatam a compactação e a
degradação do solo devido ao uso de maquinários
agrícolas. Outra prática recorrente ao cultivo da cana-deaçúcar é o uso do fogo na pré-colheita. Essas práticas
quando adotadas de forma inadequada acabam por
intensificar os processos erosivos, a perda de nutrientes
por lixiviação, resultando em solos degradados. Por esse
motivo, nas últimas décadas tem-se buscado indicadores
de qualidade do solo que representem fielmente o
estágio de degradação do solo. As variáveis biológicas
do solo são consideradas excelentes indicadores de
qualidade, devido à sua alta sensibilidade e capacidade
de refletir os efeitos de manejo do solo. Dentre as
características biológicas do solo, a fauna epigeia que
engloba grande variedade de organismos edáficos, onde
desempenham
importantes
funções,
como
a
fragmentação de resíduos orgânicos, ciclagem de
nutrientes, aeração, mobilização de nutrientes e controle
da cadeia trófica, aparece com um indicador de qualidade
de fácil resposta, uma vez que, as mudanças que
ocorrem no solo podem alterar comunidades da fauna do
solo. Sendo assim, a fauna do solo tem importante papel
no solo e a sua diversidade pode refletir e interferir no
funcionamento do mesmo. Desta maneira, o objetivo
deste trabalho foi determinar a fauna invertebrada do solo
sob cultivo de cana-de-açúcar e Mata dos Cocais na
Região Leste Maranhense. A área experimental está
localizada na Usina Itajubara, no município de Coelho
Neto (Maranhão, Brasil). As amostragens foram
realizadas em um Latossolo Vermelho. Na área foram
amostrados 100 pontos distribuídos em uma área 6,85 ha
distribuídos ao acaso. A fauna foi amostrada pelo método
pitfall traps e as armadilhas permaneceram na área por
um período de sete dias. Os dados foram analisados por
meio de estatística descritiva para determinação dos
principais momentos estatísticos. Na análise da
biodiversidade foi determinado o Índice de Shannon,
Pielou, a riqueza e o número de indivíduos/armadilha/dia.
Foi observado um decréscimo no número de indivíduos e
classes ao longo do ciclo da cana-de-açúcar, havendo
uma maior ocorrência no período chuvoso. Apesar de a
área ter sido renovada em setembro de 2014 e
intensamente trabalhada para ser posteriormente
cultivada, verifica-se que mesmo com pouco dossel e
cobertura vegetal é no período chuvoso onde se
encontram a maior diversidade de espécies. Na área de
referência (Mata dos Cocais) verifica-se também uma
diminuição da densidade e número de indivíduos da
primeira amostragem para a segunda amostragem.
Os parâmetros ecológicos para os dois períodos de
amostragem demonstraram que existem uma pequena
diferença na riqueza total entre a cana-de-açúcar e a
Mata dos Cocais, e que a maior diferença ocorre no
período chuvoso.
O Índice de Shannon demonstrou que no período
chuvoso a cana-de-açúcar possui maior número de
espécies quando comparado ao período seco e os
parâmetros de diversidade, dominância e equitabilidade
de Simpson, demonstraram que a Mata de Cocais possui
um ambiente com melhores condições para o
desenvolvimento das classes e ordens, conforme a baixa
variação dos valores entre as épocas de amostragem,
enquanto que na área com cana-de-açúcar os valores
indicam desequilíbrio ecológico.
A Classe Formicidae demonstrou ser o grupo mais
abundante e dominante na área de estudo.
Os parâmetros da estatística descritiva demonstraram
que todos os atributos em estudo apresentaram
distribuição de frequência lognormal para os grupos da
fauna epígea do solo. Os valores dos índices de
biodiversidade demonstraram que a Mata de Cocais
apresentou valores mais estáveis que o cultivo de canade-açúcar.
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
UMS 2016
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Resumos – Comunicações em Poster
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UMS2016-27
Estabilidade de agregados em água de um Latossolo
Vermelho cultivado com pastagem em recuperação
com leguminosas
Aline M. Santos Silva (1), Carolina dos S. Batista Bonini
(1), Reges Heinrichs (1), Cecílio V. Soares Filho (2),
Guilherme Constantino Meirelles (5), Fabricio Gomes
Pedro (1), Emanuelle Rodrigues Alves (1), Aline
Magalhães (1)
(1) Faculdade de Ciências Agrarias e Tecnológicas,
Universidade Estadual Paulista - UNESP. CEP 17900-000,
Dracena, São Paulo, Brasil
(2) Faculdade de Medicina Veterinária, Universidade Estadual
Paulista da Faculdade de Medicina Veterinária, Campus de
Araçatuba, SP. CEP 16050-680, Araçatuba, SP, Brasil
menor diâmetro médio ponderado (DMP). Já na camada
de 0,10-0,20 m, o melhor e o pior tratamento foram
plantio direto com dessecação total e Aração +
gradagem, respectivamente. Na última camada
analisada, o tratamento plantio direto com dessecação
total teve uma melhor estruturação do solo. Solos com
textura arenosa e com o clima favorável a degradação da
matéria orgânica tende a ser menos estruturado, pois a
textura e a quantidade de agente cimentante estão
diretamente ligadas a maior ou menor agregação do solo.
Com isso, conclui-se que as diferentes estratégias de
semeadura da leguminosa estão influenciando a
agregação
do
solo,
sendo
o
tratamento
gradagem + plantio direto o menos recomendado para
esse tipo de solo e cultivo.
A agregação é definida como sendo o resultado da união
das partículas primárias: areia, silte e argila, e outros
componentes do solo, como a matéria orgânica e os
carbonatos de cálcio e magnésio, originando massas
distintas com agregados estáveis. E é um dos
parâmetros que podem ser utilizados para medir a
qualidade do solo, pois a manutenção da estrutura do
solo facilita a aeração e a infiltração de água e reduz a
erodibilidade. A estabilidade dos agregados é
influenciada por diversas características do solo, como
textura, teor de óxidos de ferro e alumínio, teor de
matéria orgânica, atividade microbiana e também pelo
manejo do solo. Os agregados são fatores de grande
importância para a conservação do solo por conferirem
maior resistência ao processo erosivo, proteção à matéria
orgânica e, consequentemente, à população microbiana.
O objetivo deste trabalho foi estudar a agregação de um
Latossolo cultivado com pastagem de Brachiaria
decumbens em recuperação desde 2012, com diferentes
formas de introdução de Estilosantes cv. Campo Grande
(Stylosanthes capitata e S. macrocephala. O experimento
foi desenvolvido em área experimental do Polo Regional
de Desenvolvimento Tecnológico dos Agronegócios do
Extremo Oeste, sediado no município de Andradina-SP,
Brasil. O clima, segundo a classificação Köppen é tropical
quente e úmido com inverno seco, a precipitação média
anual é de 1150 mm e a temperatura média anual é de
23°C. O solo do local foi classificado como Latossolo
Vermelho. O delineamento experimental utilizado foi em
blocos ao acaso, com quatro repetições e compostos por
sete estratégias em plantio direto da leguminosa na
pastagem:
1- testemunha capim braquiária;
2- braquiária + estilosantes com dessecação parcial
-1
com 1,5 L ha de glifosato;
3- braquiária + estilosantes com dessecação total com
3,0 L ha-1 de glifosato;
4- braquiária + estilosantes com plantio direto;
5- braquiária + estilosantes com escarificação do solo;
6- braquiária + estilosantes com gradagem rome;
7- braquiária + estilosantes com aração + gradagem.
Foi avaliada a distribuição e estabilidade de agregados
em água e o diâmetro médio ponderado dos agregados,
nas camadas de 0,00-0,1; 0,10-0,20 e 0,20-0,40 m.
Os resultados foram analisados efetuando-se a análise
de variância e teste de Tukey a 5% de probabilidade para
a comparação de médias. Houve diferença estatística em
todas as camadas de solo estudadas. Na camada de
0-0,10 m, o tratamento com menor estruturação do solo
foi o de gradagem+plantio direto que refletiu em um
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
UMS 2016
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Resumos – Comunicações em Poster
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UMS2016-28
Simulação computacional de hidrogramas utilizando
o SWMM em modelos físicos reduzidos de bacias
urbanas e chuvas simuladas
UMS2016-31
Estudo de microrganismos resistentes ao herbicida
2,4-D provenientes de solos da Anazônia Ocidental
Brasileira (Arquimedes, Rondônia, BR)
Bruno Oliveira Lima (1), Alexandre Silveira (1), Antonio
Marciano da Silva (1), Flávio Aparecido Gonçalves (1),
Jorge M. G. P. Isidoro (2)
Elaine O. Costa de Carvalho (1), Elize Hayashi (2), Gian
Freshi (2), Gunther Brucha (2)
(1) Instituto de Ciência e Tecnologia, Universidade Federal de
Alfenas, Campus Poços de Caldas, Brasil
(2) Departamento de Engenharia Civil, Instituto de Engenharia,
Universidade de Algarve, Faro, Portugal
A intensificação da urbanização foi verificada em muitas
cidades, principalmente, a partir do século XIX. Em
grande parte do mundo, a urbanização ocorreu de forma
desordenada e descontrolada, causando inúmeras
consequências, como por exemplo: mudanças na
qualidade e quantidade de escoamento superficial,
aumento da produção de material sólido. No caso de
bacias urbanas, são inúmeras as dificuldades para se
investigar os efeitos da urbanização: dificuldade de
monitoramento em tempo real, impossibilidade de se
controlar variáveis inerentes ao processo, tais como a
duração e a intensidade da precipitação, além das
diferentes escalas das bacias. Por conta disso, novos
estudos passaram a utilizar simuladores de chuvas em
modelos físicos para bacias urbanas. Os simuladores são
importantes, pois permitem aumentar o controle
experimental sobre as variáveis que governam a o
processo de transformação chuva-vazão. Aliado à
utilização dos modelos físicos está o uso da modelagem
computacional em que são implementados os modelos
hidrológicos em programas computacionais que auxiliam
no entendimento da simulação de processos hidráulicos
e hidrológicos. O objetivo deste trabalho é utilizar o
programa
computacional
SWMM
(Stormwater
Management
Model)
para
simular
hidrogramas
experimentais observados com o uso de um simulador de
chuva em um modelo reduzido de uma bacia
experimental impermeável. A bacia experimental
impermeável utilizada é feita em acrílico e tem área de a
2
de 8 m . Possui declividade ajustável, podendo variar de
2,5 a 10% longitudinalmente e 2,5 a 5%
transversalmente. A bacia com declividade transversal e
longitudinal é composta de duas superfícies simétricas
unidas por uma calha que conduz o escoamento até um
reservatório de coleta e medição. Sobre essa estrutura,
há três bocais pressurizados que produzem a chuva
simulada. Toda a água que precipita sobre a bacia
experimental é recolhida no reservatório existente ao final
da calha. Os hidrogramas são obtidos pela medição
volumétrica do escoamento. Os ensaios foram realizados
com diferentes configurações de declividades nos quais
foram obtidos os hidrogramas experimentais para as
chuvas simuladas. Entre os resultados a serem obtidos
está a calibração do SWMM aos hidrogramas
experimentais (em andamento).
(1) Universidade Federal de Rondônia (UNIR), Porto Velho, RO,
Brasil
(2) Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL), Poços de Caldas,
MG, Brasil
O uso de herbicidas no Brasil teve início na década de 60
com a “Revolução verde” buscando aumento da
produtividade agrícola, hoje é o líder no ranking mundial
entre os consumidores desse produto. O avanço da
fronteira agrícola na região Amazônica tem proporcionado
o aumento do uso de agroquímicos na região, no entanto,
há uma carência de estudos e programas de
monitoramento do uso e consequências ambientais
relacionadas (Gomes et al., 2014). A economia
rondoniense é baseada na agropecuária e os herbicidas
são amplamente utilizados. Destacando-se o ácido
2,4 diclorofenoxiacético (2,4-D), principalmente para
limpeza das pastagens, que constitui a maior parte das
áreas rurais do estado.
O 2,4-D é um herbicida seletivo, sistêmico e pósemergente, pertencente a família dos organoclorados, é
classificado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e
Agência de Vigilância Sanitária (ANVISA) como produto
hormonal de toxicidade nível II, pois é considerado um
agente cancerígeno. Possui alta solubilidade em água e
baixa absorção no solo, facilitando a contaminação de
corpos d’água. Mesmo em concentrações pequenas
causa impacto negativo sobre a biota aquática e terrestre.
A degradação do 2,4-D por microrganismos em
componentes menos tóxicos ao meio ambiente se
constitui uma alternativa interessante para recuperar
áreas impactadas pelo uso contínuo do herbicida
(Marrón-Montiel et al., 2006; Silva et al., 2007; Araújo &
Orlanda, 2014; Han et al., 2015).
Para este estudo foram coletadas 5 amostras simples
(A, B, C, D e E) do solo em áreas de pastagem da
camada 0-40 cm na Fazenda Nova Vida, Ariquemes,
Rondônia, distando em média 850 m entre elas.
Para o enriquecimento dos consórcios microbianos
resistentes/degradadores de 2,4-D, 2,5 g de cada
amostra de solo coletada foi diluída em 100 ml de meio
mineral inorgânico (Marrón-Montiel et al., 2006) e
-1
acrescido do composto 2,4-D (200 mg L ) como única
o
fonte de carbono, incubados a 30 C e agitados a
150 rpm. Para os 9 repiques seguintes, ao completar 96
horas de incubação, foi transferida uma alíquota de 1 ml
do ensaio anterior para 99 ml de meio mineral inorgânico
contendo o 2,4-D na mesma concentração.
Ao fim do ensaio de enriquecimento foi realizado um
estudo de resistência dos consórcios microbianos ao
herbicida 2,4-D por 336 horas. Neste estudo 1 ml de
inóculo do último repique de enriquecimento, foi
adicionado à 199 ml de meio mineral inorgânico contendo
-1
200 mg L de 2,4-D como única fonte de carbono e o
crescimento microbiano foi monitorado por densidade
óptica à 600 nm. As amostras A, D e E apresentaram
melhor crescimento microbiano, as quais atingiram o
auge do crescimento a 168 h de cultivo contínuo medindo
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
UMS 2016
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Resumos – Comunicações em Poster
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DO600 de 1,466; 1,810 e 1,375 respectivamente.
A amostra B apresentou crescimento mais contido
medindo 0,574 de DO600 a 168 h. A amostra C
apresentou crescimento muito reduzido com máximo de
0,014 de densidade óptica. Estudos anteriores
relacionam o crescimento bacteriano em meio mineral
contendo 2,4-D como única fonte de carbono, após uma
fase de adaptação, à capacidade de degradação do
composto in vitro (Marrón-Montiel et al., 2006; Araújo &
Orlanda, 2014; Han et al., 2015). Os consórcios
microbianos das amostras A, D e E mostraram-se mais
resistentes ao herbicida 2,4-D, demonstrando portanto,
terem maior potencial para a degradação do composto in
vitro.
Referências:
Araújo, L.C.A., J.F.F. Orlanda (2014). Biodegradação do Herbicida 2,4-D
Utilizando Bactérias Selecionadas do Solo do Cerrado Maranhense.
Pesticidas: Revista de Ecotoxicologia e Meio Ambiente, 21, 21-32.
Gomes, M.A.F., R.R.M. Barizon (2014). Panorama da Contaminação
Ambiental por Agrotóxicos e Nitrato de Origem Agrícola no Brasil: Cenário
1992/2011. Jaguariúna, SP: Embrapa Meio Ambiente, 35 p.
Han, L., D. Zhao, C. Li (2015). Isolation and 2,4-D-degrading
characteristics of Cupriavidus campinensis BJ71. Brazilian Journal of
Microbiology, 46, 2, 433-441.
Marrón-Montiel, E., N. Ruiz-Ordaz, C. Rubio-Granados, C. JuárezRamírez, C.J. Galíndez-Mayer (2006). 2,4-D-degrading bacterial
consortium Isolation, kinetic characterization in batch and continuous
culture and application for bioaugmenting an activated sludge microbial
community. Process Biochemistry, 41, 1521–1528.
Silva, T.M., M.I. Stets, A.M. Mazzetto, F.D. Andrade, S.A.V. Pileggi, P.R.
Fávero, M.D. Cantu, E. Carrilho, P.I.B Carneiro, M. Pileggi (2007).
Degradation of 2,4-D Herbicide by Microorganisms Isolated from Brazilian
Contaminated Soil. Brazilian Journal of Microbiology, 38, 522-525.
dessa região do estado é de 25°C e o índice
pluviométrico varia de 150 a 2000 mm.
A comparação da diversidade microbiana presentes nas
amostras de solo da floresta e da pastagem foi realizada
através do PCR/DGGE. Para isso, o DNA das amostras
foi extraído com auxílio do Kit PowerSoil (Mo Bio) e a
amplificação do gene do RNAr16S do domínio Bacteria
foi realizada com os primers 968F e 1401R (Kudo et al.,
1997). A comparação da estrutura da comunidade
microbiana entre amostras de pastagem e floresta
mostrou um padrão característico para cada tipo de área
avaliada. As comunidades microbianas das amostras de
floresta apresentaram uma maior homogeneidade em sua
composição, com alta similaridade, de acordo com a
análise dos resultados de DGGE do domínio Bacteria,
enquanto a estrutura das comunidades bacterianas das
amostras de pastagem apresentaram maior variabilidade.
Resultados similares foram encontrados por Cenciani
(2007) onde a diversidade de bactérias nitrificadoras de
solos da Amazônia, avaliada pelo sequenciamento da
região ribossonal 16S, foi maior no solo sob pastagem e
capoeira que em floresta. Segundo a autora, as causas
para as variações estão possivelmente relacionadas ao
efeito conjunto da cobertura vegetal e das características
químicas do solo. Já Valladares et al. (2011) verificou a
melhoria na fertilidade dos solos sob culturas perenes,
com diminuição da acidez e aumento dos teores de
nutrientes. Rodrigues et al. (2013) observaram
similaridade filogenética de 44,3% entre as comunidades
bacterianas de floresta e de pastagem de amostras
extraídas na mesma localidade deste estudo.
Referências:
UMS2016-32
Estudo comparativo das comunidades bacterianas
provenientes de solos de floresta e pastagens de
Ariquemes, Rondônia, Brasil
Elaine O. Costa de Carvalho (1), Elize Hayashi (2),
Gunther Brucha (2)
(1) Universidade Federal de Rondônia (UNIR), Porto Velho, RO,
Brasil
(2) Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL), Poços de Caldas,
MG, Brasil
Cenciani, K. (2007). Diversidade bacteriana em solos da Amazônia:
variabilidade dos gêneros associados ao processo de nitrificação. Tese
(Doutorado em Microbiologia Agrícola). Escola Superior de Agricultura
Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo, Piracicaba, 103 p.
Kudo, Y., T. Nakajima, T. Miyaki, H. Oyaizu (1997). Methanogen flora of
paddy soils in Japan. FEMS Microbiol. Ecology, 22: 39-48.
Rodrigues, J.L.M., V.H. Pellizari, R. Mueller, K. Baek, E.C. Jesus, F.S.
Paula, B. Mirza, G.S. Hamaoui, S.M. Tsai, B. Feigl, J.M. Tiedje, B.J.N.
Bohannan, K. Nüsslen (2013). Conversion of the Amazon rainforest to
agriculture results in biotic homogenization of soil bacterial communities.
PNAS, 110(3): 988–993.
Valladares, G.S., M. Batistella, M.G. Pereira (2011). Alterações ocorridas
pelo manejo em latossolo, Rondônia, Amazônia Brasileira. Bragantia,
70(3): 631-637.
A floresta amazônica possui uma grande biodiversidade,
dessa forma seus solos supostamente abrigam elevada
diversidade microbiana envolvida na ciclagem dos
nutrientes. As alterações biogeoquímicas induzidas pelas
ações antrópicas podem direcionar a seleção de grupos
específicos de microrganismos do solo, dessa maneira a
forma de uso da terra está relacionada diretamente à
variedade na comunidade microbiana existente
(Cenciani, 2007).
Para este estudo foram coletadas 10 amostras simples
da camada 0-40 cm do solo na Fazenda Nova Vida,
Ariquemes, Rondônia: 5 amostras foram extraídas de um
fragmento de floresta (F1, F2, F3, F4 e F5), e 5 de áreas
de pastagens (P1, P2, P3, P4 e P5). O município de
Ariquemes está localizado a latitude 09o 54' 48" sul e
longitude 63o 02' 27" oeste, com uma área de 4427 km²,
está localizado na porção centro-norte do estado,
distando 203 km de Porto Velho, a capital do estado.
A economia Ariquemense possui uma forte influência da
pecuária, piscicultura e agricultura. A temperatura média
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
UMS 2016
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Resumos – Comunicações em Poster
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UMS2016-33
Variação espacial da condutividade elétrica aparente
do solo e propriedades químicas do solo
Glécio Machado Siqueira (1), Mayanna K. Lima Costa (1),
Jorge Dafonte Dafonte (2), Antonio Paz González (2),
Ênio F. de França e Silva (3)
(1) Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Campus
Bacanga, São Luís, Maranhão, Brasil
(2) Universidade de Santiago de Compostela (USC),
Departamento de Engenharia Rural, Lugo, Galicia, España
(3) Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE),
Departamento de Engenharia Agrícola, Brasil
apresentaram valores de CV médio. A condutividade
-1
elétrica do extrato de saturação (CEe, mS m )
apresentou uma correlação positiva moderada com o
conteúdo de P (r = 0,515), Ca (r = 0,525), Log Mg
(r = 0,565), SB (r = 0,585) e V% (r = 0,544). Um
coeficiente de correlação negativa moderada foi
encontrado entre os valores de CEa-V e os de matéria
orgânica. Os valores de condutividade elétrica aparente
do solo tanto vertical como horizontal apresentaram
comparativamente
baixas
correlações
com
as
propriedades químicas do solo.
A agricultura de precisão pode ser definida como o
gerenciamento da produção levando em consideração a
variabilidade espacial tanto da produtividade quanto dos
fatores relacionados a ela. A fertilidade do solo tem sido
apontada como principal responsável pela variabilidade
espacial da produtividade, e portanto a determinação das
características do solo é essencial na determinação das
causas da variação espacial da produção agrícola.
A condutividade elétrica aparente do solo (CEa), medida
por contato ou por indução eletromagnética, têm sido
muito utilizada como uma variável que se correlaciona
com propriedades físicas e químicas do solo. Algumas
pesquisas relatam que as leituras da CEa estão
relacionadas as características e propriedades do solo
como pH, umidade, textura e CTC, sendo possível obter
boas correlações entre elas a partir de leituras da CEa
tomadas em campo, várias pesquisas tem demonstrado a
eficiência da utilização de dados de condutividade
elétrica aparente do solo como informação secundária
para a amostra de outras propriedades do solo e a
avaliação da variabilidade espacial do solo e a definição
de unidades de manejo. O objetivo deste trabalho foi
estabelecer o padrão de variabilidade espacial de
atributos químicos (matéria orgânica, pH, fósforo,
potássio, cálcio, magnésio e H + Al, soma de bases,
capacidade de troca catiônica e porcentagem de
saturação por bases) amostradas neste estudo pelo uso
de ferramentas geoestatística, assim como determinar a
correlação entre a variabilidade da condutividade elétrica
aparente do solo, obtida em campo por um sistema de
mapeamento e os atributos químicos do solo.
A condutividade elétrica aparente do solo foi medida por
indução eletromagnética com o dispositivo EM38-DD
(Geonics Ltd) em duas profundidades: dipolo vertical
(profundidade efetiva 1,5 m- CEa-V) e dipolo horizontal
(profundidade efetiva de 0,4 m - CEa-H) em uma área de
6 ha localizada no noroeste de Espanha (Castro de
Ribeiras de Lea, Lugo) em diversas datas.
O semivariograma experimental mostrou a existência de
tendência para os dados de CEa-V e CEa-H. No dia
23/06/2008 foi realizado uma amostragem da
condutividade elétrica aparente do solo (CEa) e utilizando
o programa ESAP 2.35 foram determinados 40 pontos de
amostragem otimizados. Nestes pontos foram medidas
as seguintes propriedades químicas na camada de
0,0-0,3 m de profundidade: matéria orgânica (MO), pH
em CaCl2, fósforo (P), potássio (K), cálcio (Ca), magnésio
(Mg), acidez potencial (H + Al), soma das bases (SB),
capacidade de troca catiônica (CTC) e saturação por
cento bases (V%). Os valores de coeficiente de variação
(CV%) mostram que os dados de matéria orgânica (MO)
e pH apresentam baixos valores de CV (7,88% e 6,07%,
respectivamente)
e
as
demais
propriedades
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
UMS 2016
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Resumos – Comunicações em Poster
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UMS2016-34
Impactos de aplicação de resíduos florestais nas
perdas do solo, da matéria orgânica e da
biodiversidade em duas plantações de eucalipto no
centro-norte de Portugal
J. Keizer, D. Vieira, S. Valente, T. Silva, F. Silva, D.
Serpa, L. Santos, J. Rocha, C. Ribeiro, J. Puga, S. Prats,
G. Pimpão, M. Oliveira, M. Martins, M. Malvar, S. Faria, I.
Campos, M. Brandsma, A. Bastos, N. Abrantes
CESAM, Departamento de Ambiente
Universidade de Aveiro, Portugal
e
Ordenamento,
Enquanto parceiro do projecto EU-FP7 RECARE
(www.recare-project.eu), e no âmbito do seu work
package 6, a Universidade de Aveiro iniciou
recentemente os testes em condições de campo a duas
medidas de mitigação da erosão hídrica do solo pósincêndio. A área de estudo está localizada no centronorte de Portugal, na bacia do rio Ceira perto de
Coimbra, e foi afectada por um incêndio florestal no
Verão de 2015, encontrando-se previamente coberta por
plantações de eucalipto. As duas medidas – aplicação de
acolchoado vegetal proveniente de resíduos de corte
florestal e lavragem segundo curvas de nível – foram
previamente seleccionadas em dois workshops
realizados com agentes locais e externos envolvidos no
projecto. Embora, até ao momento, a técnica de
lavragem segundo curvas de nível não tenha ainda sido
posta em prática, a técnica de aplicação de acolchoado
foi já implementada pela equipa de investigação da
Universidade de Aveiro, utilizando resíduos de corte de
plantações de eucaliptos (uma vez que os dois locais de
estudo foram plantações de eucalipto), aplicando-o em
duas taxas distintas: uma taxa de aplicação “padrão” de
-1
cerca de 10 Mg ha e uma taxa mais reduzida de cerca
de 3 Mg ha-1. A taxa padrão foi seleccionada por se ter
previamente demonstrado eficaz na redução da
escorrência e erosão pós-incêndio em estudos de campo
realizados na região (Prats et al., 2012, 2014, 2015a),
enquanto a taxa reduzida também revelou ser quase tão
eficaz como a taxa padrão em um estudo recente
realizado no Laboratório de Hidráulica, Recursos Hídricos
e Ambiente da Universidade de Coimbra (Prats et al.,
2015b). No entanto, ao contrário dos referidos estudos,
este trabalho irá também avaliar os impactos da
aplicação de acolchoado vegetal em duas outras
ameaças ao solo – i.e. o declínio da matéria orgânica e
da biodiversidade do solo nas duas plantações de
eucalipto. Em última análise, o presente estudo irá
comparar as duas medidas no que respeita às suas
consequências nos serviços de ecossistema facultados
pelo solo, utilizando para o efeito a estrutura de
investigação que está a ser desenvolvida pelo projeto
RECARE (Schwilch et al., em Stolte et al., 2016).
post-fire runoff and erosion in a pine and a eucalypt plantation in northcentral Portugal. Geoderma, 191, 115-125.
Prats S.A., M.A.S. Martins, M.C. Malvar, M. Ben-Hur, J.J. Keizer (2014).
Polyacrylamide application versus forest residue mulching for reducing
post-fire runoff and soil erosion. Science of the Total Environment, 468469, 464-474.
Prats S.A., J. Wagenbrenner, M.C. Malvar, M.A.S. Martins, J.J. Keizer
(2016, in press). Mid-term effectiveness of mulching-based treatments in
central
Portugal.
Science
of
the
Total
Environment
(doi:
10.1016/j.scitotenv.2016.04.064).
Prats S.A., J.R.C.B. Abrantes, I.P. Crema, J.J. Keizer, J.L.M.P.de Lima
(2015). Testing the effectiveness of three forest residue mulch application
schemes for reducing post-fire runoff and soil erosion using indoor
simulated rain. FLAMMA, 6 (3), 113-116.
Stolte J., M. Tesfai, L. Øygarden, S. Kærnø, J. Keizer, F. Verheijen, P.
Panagos, R. Hessel (eds.) (2016). Soil threats in Europe - Status,
methods, drivers and effects on ecosystem services. JRCTechnical
Report, EUR 27607 EN (doi:10.2788/488054 (print); doi:10.2788/828742
(online)), JRC Publications Office of the European Union, Luxembourg.
A apresentação proposta irá exibir os primeiros
resultados sobre os efeitos das duas taxas de aplicação
de acolchoado vegetal na escorrência pós-incêndio e
perdas associadas de sedimentos, matéria orgânica/C e
nutrientes (N, P), assim como em indicadores
seleccionados de actividade e diversidade biológica do
solo.
Referências:
Prats S.A., L.H. MacDonald, M. Monteiro, A.J.D. Ferreira, C.O.A. Coelho,
J.J. Keizer (2012). Effectiveness of forest residue mulching in reducing
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
UMS 2016
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60
Resumos – Comunicações em Poster
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UMS2016-35
Efectividad de las bandas de acolchado con restos
forestales triturados para la mitigación de la
escorrentía y la erosion del suelo en el laboratorio
Sergio A. Prats (1), João R. C. B. Abrantes (2), Isabela P.
Crema (3), J. Jacob Keizer (1), João L. M. P. de Lima (2)
(1) Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM),
Departamento de Ambiente e Ordenamento, Universidade de
Aveiro, 3810-193 Aveiro, Portugal
(2) Instituto do Mar (IMAR) e Centro de Ciências do Mar e do
Ambiente (MARE), Departamento de Engenharia Civil,
Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade de Coimbra,
Pólo II, 3030-788 Coimbra, Portugal
(3) Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife,
Pernambuco, Brasil
Las últimas investigaciones en Portugal han demostrado
que el acolchado con restos forestales triturados es muy
efectivo para la reducción de escorrentía y sedimentos,
especialmente durante la fase inicial posterior a los
incendios, cuando la respuesta hidrológico-erosiva es
máxima. Sin embargo, las altas tasas de aplicación
-1
(8-10 Mg ha ), y la forma de aplicación (esparcir una
capa homogénea que cubra entre el 70-80% de la
superficie del suelo) hacen que el acolchado con restos
forestales sea una tarea difícil de acometer. El objetivo de
este estudio consiste en evaluar la efectividad de una
menor aplicación de restos forestales triturado y cribados
(con el fin de eliminar las fibras más pequeñas y con
menor efectividad en la retención de sedimentos) con
esquemas de aplicación en bandas de acolchado de
diferente grosor. En este estudio comparamos seis
combinaciones de acolchado en el Laboratório de
Hidráulica, Recursos Hídricos e Ambiente, de la
Universidad de Coimbra. En una parcela de 0.3 m por 2.7
m con una pendiente del 40% se comparó la producción
de escorrentía y sedimentos de un suelo desnudo con la
producida por cantidades crecientes de acolchado al 50%
y 70% de cobertura del suelo. Estas dos coberturas
fueron aplicadas homogéneamente sobre 1/3 de la
parcela (banda de 0.9 m), sobre 2/3 de la parcela (banda
de 1.8 m) y sobre toda la parcela (banda de 2.7 m). Cada
uno de estos siete tratamientos fueron replicados tres
veces y sometido a tres episodios de lluvia artificial y
lluvia + flujo laminar superficial: (i) 20 minutos de lluvia
con una intensidad de 56 mm h-1 sobre suelo seco;
(ii) después de 1 h un segundo evento de 20 minutos de
-1
lluvia con una intensidad de 56 mm h sobre suelo
húmedo; (iii) después de 1 h un tercer 20 evento de 20
minutos de lluvia con una intensidad de 56 mm h-1,
combinado con tres flujos laminares crecientes liberados
desde lo alto de la parcela. Los análisis preliminares
sobre suelo seco y húmedo sugieren que la cobertura al
50% en bandas de 0.9 m y 1.8 m no redujeron
efectivamente la escorrentía, mientras que todos los otros
tratamientos sí lo hicieron. La reducción de la erosión no
fue significativa para la banda de 0.9 m a 50% de
cubierta, pero sí para todas las demás aplicaciones. Los
resultados de las experiencias con flujo laminar
superficial evidencian que los restos forestales aplicados
sobre toda la parcela a 70% de cubierta (tasa de
-1
aplicación de 2.6 Mg ha ) son capaces de reducir
efectivamente la escorrentía, la erosión laminar y también
la erosión en surcos.
UMS2016-37
Uso de la tomografía eléctrica resistiva
caracterizar el perfil cultural del suelo
para
Mara de Andrade Marinho (1), Antonio Paz González (2),
Aitor García Tomillo (2), Montserrat Valcárcel Armesto (3),
Juan R. Raposo González (3), Jorge Dafonte Dafonte (3)
(1) FEAGRI – Unicamp – Campinas, Brasil
(2) Universidad de A Coruña, España
(3) Universidad de Santiago de Compostela, España
La caracterización y diagnóstico de los cambios de la
estructura del suelo debido a los diferentes sistemas de
manejo agrícola proporcionan información no solamente
para la mejora de los sistemas de manejo como también
para proposición de medidas de mitigación y/o corrección
de las alteraciones físicas indeseables. Entre los métodos
para el diagnóstico de la calidad estructural del suelo se
destaca el método del “perfil cultural”, definido por
Gautronneau y Manichon (1987), como “el conjunto de
horizontes del suelo individualizados por la intervención
de implementos agrícolas, por el comportamiento de las
raíces de las plantas, por la influencia de factores
naturales (clima) y por las técnicas de cultivo adoptadas”.
Los objetivos del método incluyen el conocimiento de la
diferenciación estructural y de la disposición espacial de
las estructuras en el perfil del suelo alterado por el
manejo. El análisis morfoestructural permite caracterizar
las estructuras, el espacio poroso de origen estructural, la
fauna y la actividad del sistema radicular, la presencia y
forma de la materia orgánica, así como el desarrollo,
orientación y morfología de las raíces. El perfil cultural se
diferencia del “perfil pedológico” utilizado para la
clasificación y taxonomía de suelos.
La tomografía eléctrica resistiva está reconocida como un
método geofísico no invasivo para el estudio de la
variabilidad espacial y temporal del suelo que ha sido
utilizada para estudiar el efecto del laboreo en
propiedades físicas del suelo, para describir capas de
suelo labrado, así como para estimar el contenido de
agua del suelo y la conductividad hidráulica saturada del
suelo. Los factores que afectan al valor de resistividad
eléctrica son porosidad, contenido en agua, estructura,
forma de las partículas y orientación, distribución de
tamaño de las partículas, capacidad de intercambio
catiónico, composición de cationes de la solución del
suelo, temperatura,…
El objetivo del trabajo fue encontrar la relación entre la
descripción del perfil cultural y los resultados de
resistividad eléctrica obtenidos de la tomografía eléctrica
resistiva en una zona de viñedo. Localizada en área
experimental de la Estación de Viticultura y Enología de
Galicia (EVEGA), en Leiro, provincia de Ourense-España,
el área de estudio tiene aproximadamente 4 ha ocupadas
por viñedos, con temperatura media anual de 14.5°C y
precipitación anual de 900 mm. El suelo, derivado de
granito, pertenece a la clase de los Cambisols (WRBR
FAO), con textura franco-arenosa y contenido de materia
orgánica en torno de 2%, que es bajo para los valores
normales en la zona. Las medidas fueron realizadas el
24/11/2011.
Las estructuras o volúmenes pedológicos fueron
separados considerando la posición en el viñedo: L,
referida a la línea de viñedo; R, en las rodadas del tractor;
M, en el medio de la calle. Los limites laterales y en
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
UMS 2016
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Resumos – Comunicações em Poster
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profundidad
de
las
estructuras
o
unidades
morfológicamente homogéneas (UMH), siguiendo la
terminología de Tamia et al. (1999), fueron delimitadas en
función de la morfología observada en la escala de perfil
y en la del estado interno de los agregados o terrones
(“peds”). La nomenclatura utilizada está de acuerdo con
los trabajos de Tavares Filho et al. (1999).
Las medidas de TER se llevaron a cabo en siete líneas
perpendiculares a las líneas de viñedo y otras siete líneas
paralelas a las mismas. Se utilizó un equipo Terrameter
SAS 1000 (ABEM), junto con un selector de electrodos
ES 10-64, con una separación entre los 20 electrodos
metálicos de cada línea de 0,20 m, y separación entre
líneas de 0,20 m. Los datos de resistividad eléctrica
aparente de ambas mediciones fueron invertidos
mediante el software RES3DINV para obtener un modelo
3D de los datos de resistividad real. El protocolo elegido
para realizar la medida fue el Wenner (Wenner 32SX)
debido a que es el más apropiado para el estudio de
estructuras horizontales.
El perfil cultural presenta las siguientes zonas:
L1 (Línea de viñedo) –- 0-15 cm, UMHL1 - Fptµ - estructura
fragmentada, pequeños terrones, agregados porosos.
L2 (Línea de viñedo) - 15-35 cm, UMHL2 - Fmt∆µ estructura fragmentada, medios terrones, agregados
compactos que todavía guardan algunas características
del estado no compacto.
L3 (Línea de viñedo) - 35-55 cmUMHL3 - Fmtµ∆ - estructura
fragmentada,
medios
terrones,
agregados
con
características predominantes del estado no compacto μ,
pero en proceso de compactación o con algunas
características del estado compacto.
R1 (Rodada del tractor) - 0-20 cm, UMHR1 - C∆ – estructura
continua, apédica o sin agregados visibles en la escala del
perfil; estado interno de las estructuras es compacto (poco
poroso)
R2 (Rodada del tractor) - 20-40 cm, UMHR2 - Fmt∆µ estructura fragmentada, medios terrones, agregados
compactos que todavía guardan algunas características
del estado no compacto.
M1 (Medio de la calle) - 0-25 cm, UMHM1 - Fmt∆µ estructura fragmentada, medios terrones, agregados
compactos que todavía guardan algunas características
del estado no compacto.
M2 (Medio de la calle) - 25-45 cm, UMHM2 - Fmt∆µ estructura fragmentada, medios terrones, agregados
compactos que todavía guardan algunas características
del estado no compacto.
Los resultados de la inversión de los datos de resistividad
eléctrica aparente permiten identificar las zonas de la
línea del viñedo caracterizada por mayores valores de
resistividad eléctrica, y las zonas de las rodadas del
tractor que presentan una menor resistividad eléctrica,
también se aprecian las variaciones en profundidad y a lo
largo de la líneas de viñedo, al realizar la inversión de los
datos 3D. Por lo cual se puede concluir que la TER
permitiría inferir una idea cualitativa de la variación del
perfil cultural en la parcela.
UMS2016-39
Fauna edáfica e serapilheira acumulada na área de
proteção ambiental municipal do Buriti do Meio em
Caxias, MA
Marirlan dos Reis Santos (1), Laiane Ferreira Cunha (1),
Maria da Conceição S. da Silva (1), Régia M. Reis
Gualter (1), Khalil de Menezes Rodrigues (2)
(1) Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do
Maranhão, Campus Caxias. CEP: 65.600-992, Caxias,
Maranhão, Brasil
(2) Centro de Ciências Agrárias e Ambientais da Universidade
Federal do Maranhão. CEP: 65500-000, Chapadinha, Maranhão,
Brasil
A serapilheira acumulada nos solos florestais pode variar
conforme fatores como alto ou baixo nível de água e
nutrientes no solo, pH alto ou baixo, densidade da
população
de
organismos
decompositores
e
fragmentadores, favorecendo ou não a ciclagem de
nutrientes, que em florestas pode ser analisada nos
diferentes estratos. Dentre os organismos presentes no
compartimento serapilheira-solo destaca-se a fauna
edáfica, importante agente nos processos físico-químicos
e biológicos do solo. O presente estudo teve por objetivo
avaliar a fauna edáfica e quantificar o acúmulo de
serapilheira em seus compartimentos formadores (folhas,
galhos e miscelânea) sobre o solo em fitofisionomias
presentes na Área de Proteção Ambiental Municipal do
Buriti do Meio, em Caxias, MA. A Área de Proteção
Ambiental Municipal do Buriti do Meio distancia-se 35 km
do perímetro urbano de Caxias com uma área de
58 347,30 ha, onde encontram-se fitofisionomias como
Cocal e Buritizal. Este estudo foi conduzido em junho de
2015, onde foram realizadas amostragens de fauna
edáfica e serapilheira em cada uma das fitofisionomias
citadas. Para a captura da fauna edáfica foram utilizadas
armadilhas do tipo “pitfall”. Posteriormente procedeu-se a
contagem e identificação dos indivíduos em nível de
ordem, ou grupos, com o auxílio de um
estereomicroscópio. Os seguintes parâmetros foram
estimados: índice de indivíduos por armadilha/dia, riqueza
média e riqueza total, índice de diversidade de Shannon e
índice de equitabilidade de Pielou. Para a coleta da
serapilheira foi utilizado um gabarito de metal de
0,5 m  0,5 m sem fundo, de 0,25 m² de área e altura de
0,15 m, construído de chapa lambri galvanizada.
A serapilheira coletada foi separada em frações folhas e
galhos, sendo pesadas e posteriormente colocadas em
estufa a 65°C durante 72 horas. A abundância, riqueza e
diversidade dos grupos da fauna edáfica foi semelhante
nas fitofisionomias avaliadas. Quanto a avaliação da
serapilheira, a massa seca e a produção de massa seca
acumulada, a área de Cocal apresentou maiores valores
em relação ao Buritizal, independente do material vegetal
aportado.
Referências:
Gautronneau, Y., H. Manichon (1987). Guide méthodique du profil cultural.
Lyon, CEREF-GEARA, 71p.
Tamia, A., R. Moreau, M. Fortier, G. Yoro (1999). Influence du travail du
sol sur l’évolution physique d’un sol forestier ferralitique après
défrichement motorisé. Étude et Gestion des Sols, 6: 27-39.
Tavares Filho, J., R. Ralisch, M.F. Guimarães, C.C. Medina, L.C. Balbino,
C.S.V.J. Neves (1999). Método do perfil cultural para avaliação do estado
físico de solos em condições tropicais. R. Brasileira Ciência do Solo, 23:
393-399.
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
UMS 2016
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62
Resumos – Comunicações em Poster
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UMS2016-40
Identificação de metais traço em sedimentos urbanos
na cidade de Poços de Caldas (Brasil)
Alexandre Silveira (1), José A. P. Júnior (1), Cristiano
Poleto (4), João L. M. P. de Lima (2,3), Flávio A.
Gonçalves (1), Lívia A. Alvarenga (1), Jorge M. G. P.
Isidoro (3,5)
(1) Instituto de Ciência e Tecnologia, Universidade Federal de
Alfenas UNIFAL-MG, Poços de Caldas, Minas Gerais, Brasil
(2) Departamento de Engenharia Civil, Faculdade de Ciências e
Tecnologia da Universidade de Coimbra, Coimbra, Portugal
(3) MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente, Portugal
(4) Instituto de Pesquisas Hidráulicas, Universidade Federal do
Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil
(5) Departamento de Engenharia Civil, Universidade do Algarve,
Faro, Portugal
No contexto do saneamento urbano, por mais
abrangentes que sejam as políticas públicas específicas
e por maior que tenham sido os esforços nas esferas
política, técnica e econômica para conter e controlar a
poluição urbana, ainda é insipiente a atenção que se dá
em relação à poluição difusa proveniente da ocupação
urbana em geral e principalmente nas pequenas e
médias cidades brasileiras. Tem sido verificado que as
áreas impermeáveis urbanas acumulam poluentes nos
períodos entre os eventos de chuva e que esses
poluentes são lavados das superfícies sendo
rapidamente direcionados para os sistemas hídricos
através do escoamento superficial. Dos poluentes
gerados, tem especial interesse os metais traço por
serem elementos associados à poluição, contaminação e
toxicidade no meio ambiente. Este estudo tem como
objetivo identificar os metais traço existentes nos
sedimentos urbanos em uma cidade localizada no sul de
Minas Gerais, Brasil.
As campanhas de amostragem foram realizadas em
algumas vias de tráfego de um bairro no Município de
Poços de Caldas. Para obtenção das amostras utilizou-se
método de varrição a seco. As coletas foram executadas
no período de 21/05/2013 a 27/08/2013, tipicamente seco
para a região. As vias estudadas foram divididas em 12
seções e agrupadas em cinco zonas. As seções de
amostragem nos arruamentos junto às sarjetas foram
definidas com área de 1 m2. Uma vez limpa a superfície
da sarjeta pela ação da varrição mais grosseira, a mesma
área foi ligeiramente escovada com escova de cerdas de
nylon e utilizou-se um pincel de cerdas de pelo animal
para varrição mais fina dos sedimentos que se soltaram,
classificados como “Aderidos”. Após peneiramento foi
separada a fração de sedimentos de diâmetro ≤ 63 mm e
as amostras foram submetidas a análise por
Espectrometria de Fluorescência de Raios-X por
Dispersão de Energia (EDXRF) para a determinação da
composição mineralógica dos sedimentos. Para
determinar a carga total de metais traço mais comuns em
áreas urbanas (Cd, Cr, Cu, Ni, Pb e Zn), as amostras
foram submetidas a análise por Espectrometria de
Emissão Ótica por Plasma Acoplado Indutivamente (ICPOES).
Concluiu-se com este trabalho que o emprego de dois
métodos distintos de análise de sedimentos (EDXRF e
ICP-OES) permitiu caracterizar a presença dos principais
metais traço presentes em ambientes urbanos (Cr, Cd,
Pb, Zn, Ni e Cu) além de traços de As e Sn. A partir da
análise por ICP-OES, verificou-se a ocorrência de Pb
como sendo o metal traço com maior concentração sobre
as áreas amostradas, tendo sido estimada uma carga de
Pb de 3676 mg m-2 e uma massa acumulada de chumbo
de 12,48 g em toda a área de estudo. Esse resultado
ressalta a relevância desse metal como poluente
ambiental em áreas urbanas dadas as suas
características de toxicidade em diversos compartimentos
ambientais.
UMS2016-43
Proposta de um modelo de utilização sustentável do
solo em áreas críticas com recurso à análise espacial
multicritério
Luís Quinta-Nova, Natália Roque, Dora Ferreira
Instituto Politécnico de Castelo Branco, Portugal
É consensual que a escolha dos usos mais adequados às
aptidões edafo-climáticas, complementada com critérios
socioeconómicos, promove uma utilização sustentável
dos espaços rurais. Existem diferentes metodologias que
permitem determinar a aptidão do solo para usos
agroflorestais ou para a manutenção de ecossistemas
seminaturais,
nomeadamente
culturas
agrícolas,
povoamentos florestais, territórios agro-silvo-pastoris e
áreas críticas em termos de riscos de erosão hídrica ou
outro risco natural. Neste estudo pretendeu-se determinar
os diferentes níveis de aptidão de uso agroflorestal para
uma região do Centro Interior de Portugal. Para o efeito
recorreu-se a um conjunto de variáveis edáficas e
topográficas, tendo como base um modelo digital do
terreno, cartografia de solos e cartografia biogeográfica. A
avaliação da aptidão foi efetuada com recurso ao método
de análise multicritério Analytical Hierachy Process
(AHP).
Pela análise por meio do método EDXRF constatou-se o
Zn foi o que apresentou maior concentração na forma de
ZnO seguido do Cu (CuO). Pela análise do método
ICP=OES foi verificado que em termos de carga de
poluentes a relação entre os elementos foi
Pb > As > Zn > Ni > Sn > Cr > Cu > Cd.
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
UMS 2016
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Resumos – Comunicações em Poster
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UMS2016-46
Processos erosivos intensos em solos florestais
após incêndios: Estudos de caso no Norte e Centro
de Portugal
UMS2016-47
Efectos de la tala post-incendio en la respuesta
hidrológica y de erosión del suelo medidos a dos
escalas espaciales
Luciano Lourenço (1), António Bento-Gonçalves (2),
António Vieira (2), Adélia Nunes (1), Bruno Martins (1),
Carmen Ferreira (3), Tomás de Figueiredo (4), Felícia
Fonseca (4)
M. C. Malvar, F. Silva, S. Prats, M. Martins, D. Vieira, T.
Silva, J. Puga, S. Faria, I. Campos, C.O.A. Coelho, J.
Keizer
(1) Departamento de Geografia e Turismo, CEGOT,
Universidade de Coimbra, Portugal
(2) Departamento de Geografia, CEGOT, Universidade do
Minho, Portugal
(3) Departamento de Geografia, CEGOT, Universidade do Porto,
Portugal
(4) Escola Superior Agrária, CIMO, Instituto Politécnico de
Bragança, Portugal
Portugal tem sofrido, sobretudo ao longo deste último
meio século, não só de numerosos, mas também de
alguns grandes incêndios florestais, que acarretam
avultados prejuízos económicos, sociais e ambientais.
De entre estes, porventura um dos menos conhecidos,
diz respeito à erosão das vertentes e dos solos florestais
que ocorre algum tempo depois dos incêndios, razão pela
qual pretendemos dar a conhecer casos por nós
estudados no Norte e Centro de Portugal.
Apontam-se casos de erosão hídrica associados tanto a
movimentações de partícula a partícula, de que são
exemplo os ravinamentos, como a movimentações em
massa, quer provocadas por deslizamentos, quer devidas
a enxurradas, processos morfogenéticos que muitas
vezes são acelerados pelos sobrantes do incêndio, os
quais, na presença de precipitações abundantes,
mormente quando elas são intensas, contribuem para a
mobilização de maior quantidade de partículas minerais
e, até, de pedaços de rocha, que são transportados para
a base das vertentes, ou, então, para maiores distâncias,
quando transportadas pelos cursos de água.
Consideram-se situações registadas em diferentes
contextos geológicos, designadamente em solos
formados a expensas de xistos, graníticos e calcários,
bem como em depósitos de cobertura, essencialmente
constituídos por rocha alterada e depósitos de vertente.
Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM),
Departamento de Ambiente e Ordenamento, Universidade de
Aveiro, 3810-193 Aveiro, Portugal
El fuerte incremento en la escorrentía y erosión del suelo
es una de las principales preocupaciones de la gestión
forestal post-incendio ya que constituye un riesgo para la
sostenibilidad en el uso del suelo, los hábitats fluviales o
las infraestructuras humanas (ej. pantanos). Además del
fuego, existen prácticas de gestión forestal post-incendio
que tienen un fuerte impacto en la respuesta erosiva de
las áreas ardidas. La tala de los árboles quemados puede
aumentar grandemente la erosión, pero su efecto ha sido
escasamente cuantificado, a pesar de que: (i) es una de
las actividades más frecuentes después del incendio;
(ii) los suelos recientemente ardidos son más fácilmente
erosionables que los suelos no ardidos.
En el contexto de proyecto europeo RECARE
(www.recare-project.eu), en el cual el caso de estudio
portugués pretende evaluar el riesgo de erosión postincendio, la Universidad de Aveiro estableció un
experimento para testar el efecto de la tala post-incendio
sobre la respuesta hidrológica y erosiva. El área de
estudio está localizada en el centro de Portugal, en la
sierra de Semide, municipalidad de Miranda do Corvo.
El área sufrió un incendio en el verano de 2015, que
afectó unas 600 ha de principalmente plantaciones de
eucalipto.
El poster propuesto mostrará los resultados preliminares
de los efectos de las actividades de tala en la escorrentía
y erosión del suelo medidos sobre dos escalas
espaciales.
Apresentam-se algumas das situações por nós
estudadas durante os últimos trinta anos, sobretudo
associadas a precipitações intensas mas, por vezes,
também decorrentes de precipitações menos intensas
que se prolongaram no tempo. Frequentemente, quando
esse transporte é assegurado pelas linhas de água, os
materiais minerais e as matérias orgânicas podem
percorrer longas distâncias e ficar depositados fora da
área queimada, facto que contribui para que nem sempre
sejam associados aos incêndios florestais, mas somente
ao episódio hidrometeorológico intenso que diretamente
o originou, tanto mais que estes se podem registar
passados vários meses sobre o decurso dos incêndios a
que os processos morfogenéticos estão intimamente
associados e que são a causa indireta, dado que se,
anteriormente, não tivesse havido o incêndio, eles não
ocorreriam ou, a acontecerem, teriam uma intensidade
bem menor.
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
UMS 2016
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Resumos – Comunicações em Poster
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UMS2016-49
Influência de doses de manipueira nos atributos
químicos de um solo cultivado com girassol
Mara S. Marques Dantas, Mario Monteiro Rolim, Elvira M.
Regis Pedrosa
Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE, Rua Dom
Manoel de Medeiros, s/n, CEP 52171-900, Recife, PE, Brasil
A manipueira é um resíduo líquido gerado no
processamento da mandioca, que apresenta elevados
teores
de
nitrogênio
(3064,0 mg L-1),
fósforo
-1
potássio
(3200,0 mg L-1),
cálcio
(312,0 mg L ),
(241,9 mg L-1) e magnésio (1588,2 mg L-1), rico em
açúcares, amidos, proteínas, linamarina e elevada carga
orgânica, configurando-se como uma alternativa
promissora de fertilizante para as culturas agrícolas.
Assim objetivou-se com o presente trabalho avaliar a
influência de doses de manipueira sobre a concentração
de íons em diferentes profundidades de um Latossolo
Vermelho
amarelo
cultivado
com
girassol.
O delineamento experimental utilizado foi em blocos
casualizados, com seis tratamentos e quatro repetições.
Os tratamentos foram dispostos em parcelas
subdivididas, sendo as parcelas representadas pelas
3
-1
doses de manipueira (0; 8,5; 17; 34; 68 e 136 m ha ) e
as subparcelas pelas profundidades (0 - 20 e 20 - 40 cm).
As doses de manipueira foram aplicadas, de uma só vez,
em sulcos de 0,08 m de profundidade, quinze dias antes
do plantio, utilizando como referência a necessidade de
potássio para a cultura e seus teores no resíduo e no
solo. A irrigação foi realizada por gotejamento, sendo
aplicada, durante todo o ciclo, uma lâmina de 357 mm.
A cultivar de girassol utilizada foi a Helio 250, no
espaçamento de 1,0  0,2 m e a semeadura foi feita
diretamente
em
campo.
Foram
avaliados
as
concentrações trocáveis de potássio, cálcio, magnésio e
o teor de fósforo disponível. A dose de 136 m3 ha-1 foi a
+
que proporcionou maior média no teor de K , sendo a
profundidade de 0 – 20 cm a que expressou maior teor
de K+. Para as doses 0 e 8,5 m3 ha-1 observou-se que a
maior concentração de Mg2+ ocorreu na profundidade do
solo de 20 – 40 cm. Por outro lado, ao avaliar o efeito da
profundidade do solo para cada dose, foram encontrados
2+
maiores teores de Mg na profundidade de 0 – 20 cm
3
-1
para a dose de 17 m ha , não sendo observado efeito
significativo para as profundidades nas doses 34, 68 e
3
-1
136 m ha . Com relação ao fósforo e o cálcio as
maiores concentrações foram obtidas na profundidade de
0-20 cm. Desse modo, percebe-se que ocorreu uma
maior concentração dos íons na camada mais superficial,
ou seja, de 0 – 20 cm, indicando que as doses de
manipueira não promoveram risco de lixiviação do
resíduo, bem como contaminação do lençol freático,
mesmo com a tendência de aumentos nas concentrações
dos íons em função do aumento das doses do resíduo
aplicadas; assim, considera-se que a manipueira pode
constituir um potencial fertilizante para a cultura do
girassol.
UMS2016-50
Avaliação da qualidade física do solo de um sistema
produtivo de cana-de-açúcar em solos tabuleiros do
Brasil
Pedro F. Sanguino Ortiz, Mara S. Marques Dantas, Mario
Monteiro Rolim
Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE, Rua Dom
Manoel de Medeiros, s/n, CEP 52171-900, Recife, PE, Brasil
Apesar das crescentes preocupações pela baixa
eficiência nos sistemas produtivos agrícolas, como
incremento nas taxas de degradação do solo, ainda não
existem critérios universais para avaliar as mudanças na
qualidade do solo, pelo qual se faz necessário obter
variáveis que permitam registrar informações, avaliar
condições
e
observar
as
tendências
dos
comportamentos, a fim de definir a qualidade do solo,
através de Indicadores de qualidade. Está grande
preocupação está presente em todas as esferas, ou seja,
na população, nos consumidores, agricultores, como
também nas instituições governamentais e não
governamentais, fazendo-se necessário obter os Índices
de Qualidade do Solo — IQS — que não só alertem os
estados críticos do solo, mas também, estimulem a
continua necessidade de pesquisa em prol da
sustentabilidade e da qualidade ambiental. Esta pesquisa
teve como objetivo avaliar o estado da qualidade física do
solo de um sistema produtivo de cana-de-açúcar com
mais de 40 anos de uso, comparado com um solo sem
alteração antrópica. As áreas de estudos foram situadas
na fazenda produtiva de cana-de-açúcar da EECAC e
classificaram-se pelo uso do solo, tempo de uso do solo e
períodos produtivos, ou seja, foi selecionada 1 áreas de
primeira folha de produção, correspondente ao primeiro
ciclo produtivo, o qual apresentava um tempo de uso de
solo e, além disso, outra área selecionada na floresta
nativa como ponto de comparação da qualidade física do
solo. Para a avaliação da qualidade física do solo foram
realizadas amostragens do solo com estrutura
deformadas e indeformadas com profundidades de
0 - 40 cm, nas áreas de estudo. O método aplicado para
a avaliação da qualidade física do solo foi a avaliação
integrativa da qualidade do solo, desenvolvido com o
propósito de constatar-se a resposta de um conjunto de
indicadores frente a um determinado sistema de manejo,
ao longo do tempo. O sistema matemático aditivo, modelo
que está em função dos processos principais e dos seus
respetivos indicadores de qualidade que participam deste,
como também, da ponderação predefinida pela
necessidade do pesquisador. A avaliação dos indicadores
de qualidade fiscos, quanto as funções de capacidade de
armazenamento e retenção de agua, e a função de
crescimento e suporte radicular, apresentou uma área de
produção de cana-de-açúcar com forte limitante nas duas
funções avaliadas, pois os indicadores físicos válidos,
aprestaram afetação pelas práticas e técnicas de manejo
desenvolvidas. A pesquisa realizada permitiu concluir que
o prolongado tempo de uso constante das atuais técnicas
e práticas de manejo dos sistemas de produção de canade-açúcar, afetam as funções física do solo, o que
poderia também estar afetando a eficiência no
desenvolvimento e na produtiva da cana-de-açúcar.
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
UMS 2016
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Resumos – Comunicações em Poster
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UMS2016-52
O aporte de sedimentos em bacias hidrográficas
urbanas e as suas implicações sobre os recursos
hídricos
Felippe Fernandes (1), Jorge M. G. P. Isidoro (2,3),
Cristiano Poleto (4)
(1) Departamento de Ciências da Engenharia Ambiental, Escola
de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, km
13 Rodovia Domingos Innocentini, Itirapina, Brasil
(2) Departamento de Engenharia Civil, Instituto Superior de
Engenharia, Universidade do Algarve, Campus da Penha, 8005139 Faro, Portugal
(3) MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente, Portugal
(4) Departamento
Instituto
de
Pesquisas
Hidráulicas,
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Av. Bento
Gonçalves, 9500 Porto Alegre, Brasil
O crescimento urbano nas proximidades de ecossistemas
aquáticos pode levar à degradação da qualidade das
águas, bem como à supressão e/ou substituição da
vegetação nativa, acarretando em prejuízos expressivos
aos ecossistemas aquáticos e a saúde pública. A rápida
urbanização e consequente aumento de áreas
impermeáveis, o uso inadequado do solo e o lançamento
de efluentes, por vezes sem tratamento, de origem
doméstica e/ou industrial com significativa carga de
poluentes de origem orgânica e química, incluem-se nas
principais causas da degradação dos recursos naturais.
Elevados prejuízos ambientais são gerados não apenas
pelas alterações hidrológicas, mas também pela carga de
poluentes lixiviados ou transportados junto aos
sedimentos, tendo por destino final a sedimentação em
corpos de água.
O assoreamento dos reservatórios, resultante da
lixiviação e arrasto de sedimentos, pode levar ao colapso
dos mesmos originando cheias, que por sua vez resultam
em problemas de saúde pública, e de ordem social e
económica das mais diversas magnitudes. A erosão,
transporte e deposição de sedimentos origina a formação
das camadas sedimentares finamente divididas no fundo
de rios, lagos, reservatórios, baias, estuários e oceanos.
Esses consistem, de forma geral, em vários minerais com
granulação fina, media e grossa, incluindo argilas, silte e
areia misturados com matéria orgânica, sendo que sua
composição (mineral e orgânica) depende da geologia e
biota local, enquanto a granulometria varia principalmente
com a sua origem.
Os sedimentos de fundo desempenham papel muito
importante na avaliação da poluição de mananciais de
água, pois eles refletem a qualidade atual e/ou histórica,
caso se avalie amostras em perfis sedimentares de um
sistema aquático, podendo ser usados para detectar a
presença de contaminantes, principalmente os que não
permanecem solúveis após o seu lançamento em águas
superficiais. Os sedimentos podem também atuar como
possíveis fontes de poluição, uma vez que após
agregados e/ou sedimentados em camadas, estes
podem armazenar poluentes por décadas até, que se
torne novamente expostos ou sofram alterações
químicas.
grande importância, por exemplo, sobre as alterações de
uso e ocupação da terra, a urbanização, o
desenvolvimento económico, os impactes e os passivos
ambientais decorrentes de atividades antrópicas.
Neste trabalho pretende-se avaliar as concentrações de
Zinco e Níquel, nas diferentes profundidades amostradas
em testemunhos de sedimentos produzidos na bacia
hidrográfica urbanizada que compõe a barragem Mãe
d´Água (Região Metropolitana de Porto Alegre, RS,
Brasil). As coletas das amostras foram realizadas em
junho de 2014, sendo amostrados quatro testemunhos
sedimentares distribuídos no lago da referida barragem.
Para a extração dos testemunhos foi utilizado um
amostrador de núcleo “Piston Core”. Os sedimentos da
fração menor que 63 μm foram destinados a análise
química para verificação da presença e concentração dos
elementos traço: Níquel (Ni) e Zinco (Zn). A metodologia
de digestão ácida empregue é a EPA 3050, adotada pela
U.S. Environment Protection Agency, sendo que as
análises foram realizadas em duplicata e, para controle
de qualidade, foram utilizados dois materiais de
referência da USGS (U.S. Geological Survey): SGR-1b e
SCO-1 que apresentam boa média e seus valores estão
dentro do desvio padrão de cada amostra certificada.
Para o Green River Shale (SGR-1b) (com média e desvio
-1
padrão de referência para Ni de 29±5 mg·kg ) apresentou
-1
média de 27 mg·kg , e para o Zn (74±9 mg·kg-1) média
-1
de 77 mg·kg . Já o Cody Shale (SCo-1) (com média e
desvio padrão para Ni de 27±4 mg·kg-1) apresentou
-1
média 24 mg·kg , e para o Zn onde a média e desvio
padrão de referência é de 103±8 mg·kg-1, e apresentou
-1
média de 110 mg·kg , assim demostrando que a
metodologia utilizada apresentou bom desempenho na
digestão dos metais e resultados confiáveis.
Todas as amostras apresentaram concentrações de Zn e
Ni acima do valor de background local, que são
-1
e 4.9 mg·kg-1 e com
respectivamente 47.4 mg·kg
padrões de crescimento, portanto, evidenciam a
existência de enriquecimento dos sedimentos por estes
elementos. O elemento Zinco apresentou média em cada
um dos perfis, correspondente a T1: 237 mg·kg-1,
T4: 200 mg·kg-1, T6: 161 mg·kg-1 e T8: 228 mg·kg-1 e para
-1
-1
-1
o metal Níquel T1: 11 mg·kg , T4: 10 mg·kg , T6: mg·kg
-1
e T8: 11 mg·kg . Considerando que a área de estudo se
caracteriza historicamente pela ocupação residencial,
ações antropogénicas podem ser consideradas as
principais causadoras dos passivos ambientais no corpo
de água em estudo.
Num ambiente urbanizado há uma maior probabilidade
de ocorrência da poluição, por exemplo através dos
metais que estão presentes entre os demais poluentes
agregados aos sedimentos, gerados de forma natural
e/ou antropogénica. Neste sentido compreender a
dinâmica dos sedimentos de uma bacia hidrográfica tem
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
UMS 2016
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Resumos – Comunicações em Poster
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UMS2016-53
Influência da salinidade da água de irrigação na
condutividade elétrica de solo cultivado com canade-açúcar
UMS2016-54
Condutividade elétrica do extrato de saturação do
solo irrigado com água salobra sob frações de
lixiviação
Raquele Mendes Lira (1), Ênio F. de França e Silva (2),
Alexsandro Oliveira da Silva (1), Marcone da Silva
Barros (1), Erick B. Pacheco Albuquerque (1)
José F. de Carvalho (1), Ênio F. de França e Silva (2),
Gerônimo Ferreira da Silva (2), Mário Monteiro Rolim (2)
(1) Universidade Estadual do Piauí, Brasil
(2) Departamento de Engenharia Agrícola, Universidade Federal
Rural de Pernambuco - UFRPE; Rua Dom Manoel de Medeiros,
s/n, Dois Irmãos - CEP: 52.171-900 - Recife/PE, Brasil
O cultivo da cana-de-açúcar (Saccharum officinarum L.) é
realizado na região Metropolitana do Recife desde a
época do Brasil colonial e ainda é uma das principais
fontes de renda de parte da população da Região
litorânea e Zona da Mata do Estado de Pernambuco,
principalmente devido a produção de açúcar. Com o
aumento populacional e o uso cada vez maior das águas
superficiais para o uso doméstico e industrial, o cultivo da
cana-de-açúcar passou a ser estritamente de sequeiro
aproveitando o elevado regime pluvial da região litorânea
do Estado, porém, em anos de estação seca onde o
regime pluvial é reduzido o uso de águas de qualidade
inferior pode ser uma opção para elevar a produtividade
da cultura. Contudo um manejo da irrigação adequado e
o monitoramento das condições do solo são de grande
importância para o sucesso exploratório dessas águas.
Diante do exposto, objetivou-se com este trabalho avaliar
a condutividade elétrica da água lixiviada (CEa) do solo
cultivado com cana-de-açúcar e irrigado com diferentes
salinidades e frações de lixiviação, numa estação
lisimétrica de drenagem. O experimento foi conduzido na
estação de Agricultura Irrigada Prof. Ronaldo Freire de
Moura, do Departamento de Engenharia Agrícola da
Universidade Federal Rural de Pernambuco, Campus de
Recife-PE. O delineamento experimental utilizado foi o
inteiramente casualizado, com quatro repetições, em
esquema fatorial 5  2 referente a cinco níveis de
-1
salinidade da água (CEa - 0,5; 2,0; 3,5; 5,0 e 6,5 dS m )
e duas frações de lixiviação (100 e 120% da
evapotranspiração da cultura - ETc) com quatro
repetições, totalizando 40 parcelas experimentais.
O sistema de irrigação foi o localizado por gotejamento
-1
4 L h , e as soluções salinas eram preparadas com a
adição de NaCl e CaCl2 na água de abastecimento local
em tanques de 500 L. Durante todo o ciclo de cultivo (dos
65 aos 300 dias após a semeadura, DAS) foram obtidos
o material lixiviado. Diariamente foram realizadas a
medições dos volumes gerados a partir da drenagem das
parcelas com o auxílio de provetas de 100 e 1000 mL, e
de um balde graduado de 20 L ¹. Uma alíquota do
lixiviado foi posteriormente conduzido ao Laboratório de
Qualidade de Água da UFRPE, onde foi medida a
condutividade elétrica através de condutivímetro de
bancada. A condutividade elétrica obtida pela água
drenada dos lisímetros apresentou considerável aumento
nos tratamentos estudados a partir dos 94 DAS, obtendo-1
se valores de até 13,67 dS m aos 156 DAS, para a
-1
aplicação de uma CEa de 6,5 dS m , repondo-se apenas
o volume evapotranspirado de água pela cultura. As CEa
em conjunto com a aplicação de lâminas de 120% da
ETc apresentaram as menores CE do volume drenado
durante o ciclo experimental.
(1) Universidade Estadual do Piauí, Brasil
(2) Departamento de Engenharia Agrícola, Universidade Federal
Rural de Pernambuco - UFRPE; Rua Dom Manoel de Medeiros,
s/n, Dois Irmãos - CEP: 52.171-900 - Recife/PE, Brasil
Face o grande crescimento populacional do planeta e,
como consequência, a maior demanda de água potável,
tem-se verificado uma redução acentuada da
disponibilidade de água de baixa salinidade e de fácil
utilização. Assim, a adoção da irrigação utilizando água
salobra tem-se tornado um desafio que vem sendo
superado por meio da aplicação de técnicas adequadas
de manejo como o cultivo rotacionado e a adição de uma
lâmina de água superior a quantidade requerida para
suprir a evapotranspiracão da cultura. O emprego
adequado dessas técnicas pode permitir o uso racional
de águas de qualidade inferior existentes na região e
contribuir para minimizar a degradação do solo.
A ocorrência de chuvas elevadas se constitui, também,
como importante fonte de lixiviação de sais do solo, visto
que em períodos que o solo apresenta nível salino mais
elevado pode se cultivar variedades mais tolerantes,
porém, com a ocorrência das chuvas e a consequente
lixiviação dos sais no perfil, culturas menos tolerantes e
de sistema radicular mais profundo podem ser cultivadas
sem perdas de produtividade. Diante do exposto,
objetivou-se com este trabalho avaliar a condutividade
elétrica do extrato de saturação do solo (CEes), em função
da salinidade da água de irrigação e de fração de
lixiviação, numa estação lisimétrica de drenagem.
O experimento foi conduzido na estação Experimental de
Agricultura Irrigada Prof. Ronaldo Freire de Moura, do
Departamento de Engenharia Agrícola da Universidade
Federal Rural de Pernambuco, Campus de Recife-PE.
O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente
casualizado, com quatro repetições, em esquema fatorial
2  5 referente a dois níveis de salinidade da água
-1
(condutividade elétrica aparente, CEa - 1,2 e 3,3 dS m )
e cinco frações de lixiviação (0, 5, 10, 15 e 20%).
A salinidade do solo aumenta com a salinidade da água
de irrigação e com a redução da fração de lixiviação.
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
UMS 2016
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Resumos – Comunicações em Poster
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UMS2016-55
Balanço de sais em cultivos de feijão-caupi
rotacionado com milho verde sob irrigação com água
salobra
José F. de Carvalho (1), Ênio F. de França e Silva (2),
Gerônimo Ferreira da Silva (2), Mário Monteiro Rolim (2)
(1) Universidade Estadual do Piauí, Brasil
(2) Departamento de Engenharia Agrícola, Universidade Federal
Rural de Pernambuco - UFRPE; Rua Dom Manoel de Medeiros,
s/n, Dois Irmãos - CEP: 52.171-900 - Recife/PE, Brasil
O manejo dos solos salinos deve considerar
prioritariamente o balanço de sais na área. Assim, a
remoção de sais da zona radicular para manter a solução
do solo a um nível de salinidade compatível com o
sistema de cultivo, aliado a prática do cultivo rotacionado
que já é utilizada em diversas partes do mundo, são duas
das técnicas mais importantes para evitar a salinização
de uma área irrigada e, dependem da manutenção do
balanço de sais do solo. Diante disso, objetivou-se com
este trabalho quantificar o balanço da entrada e da saída
de sais em um solo submetido à irrigação por
gotejamento com água salobra e sob frações de
lixiviação, em condições de cultivo rotacionado numa
estação lisimétrica de drenagem. O experimento foi
conduzido na estação Experimental de Agricultura
Irrigada Prof. Ronaldo Freire de Moura, do Departamento
de Engenharia Agrícola da Universidade Federal Rural de
Pernambuco, Campus de Recife-PE. O delineamento
experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, com
quatro repetições, em esquema fatorial 2  5 referente a
dois níveis de salinidade da água (condutividade elétrica
aparente, CEa - 1,2 e 3,3 dS m-1) e cinco frações de
lixiviação (0, 5, 10, 15 e 20%). O aumento na fração de
lixiviação proporcionou maior saída de sais do perfil do
solo independente da salinidade estudada, mas, durante
os períodos de cultivo não preveniu o acúmulo de sais,
principalmente na maior salinidade da água de irrigação.
Os períodos de pousio e as chuvas intensas reduziram
as quantidades de sais armazenados no solo. A extração
de nutrientes pelas plantas foi superior à aplicação de
fertilizantes em massa, comprovando a ocorrência de
lixiviação de nutrientes. Para as condições estudadas, é
possível se produzir feijão-caupi consorciado com milhoverde irrigados com água salobra sob técnicas de manejo
para a lixiviação de sais do solo.
UMS2016-56
Evaluación de la compactación de un suelo de viñedo
de la D.O. Ribeiro (NO España) por el paso de
maquinaria y su relación con la conductividad
eléctrica aparente
Irene Varela-Vila, Eva Vidal Vázquez, Marcos Lado,
Antonio Paz González
Area de Edafología y Química Agrícola, Centro de
Investigaciones Científicas Avanzadas (C.I.C.A.), Facultad de
Ciencias, Universidad de A Coruña, A Zapateira s/n,15071, A
Coruña, España
La mecanización de las labores agrícolas es una de las
causas principales de la degradación física de los suelos
dedicados a la viticultura. El paso de maquinaria entre
hileras del cultivo puede provocar la compactación del
suelo, lo que reduce la porosidad, especialmente la
macroporosidad, y con ello la aireación y el movimiento
de agua en el suelo. La forma más común de evaluar el
estado de compactación del suelo es midiendo la
resistencia a la penetración (RP), ya que existe una
relación directa entre ambas variables: cuanto más
compactado está un horizonte edáfico, mayor será su
resistencia a la penetración. No obstante, la naturaleza
destructiva de esta medida hace que exista un interés en
buscar métodos alternativos, no-destructivos y sencillos,
para la evaluación de la compactación. En este sentido, la
popularización en los últimos tiempos de los métodos de
exploración geofísicos en el estudio de suelo ha hecho
que la conductividad eléctrica aparente (CEa) se
encuentre entre las herramientas más utilizadas para la
caracterización
espacio-temporal
de
propiedades
edáficas. La CEa está relacionada con diversas
propiedades del suelo, como el contenido de humedad, el
contenido en arcilla, o la salinidad del suelo, y puede ser
muestreada intensamente de manera económica y
sencilla. Por tanto, los objetivos de este estudio son, por
un lado, caracterizar el impacto del laboreo mecanizado
sobre la compactación del suelo en un viñedo de la
denominación de origen del Ribeiro, y por otro lado,
evaluar el uso de la CEa como una alternativa a la
medida de RP.
El trabajo experimental se llevó a cabo en la finca
experimental anexa a la Estación de Viticultura y Enología
de Galicia (EVEGA), que se ubica en el municipio de
Leiro dentro de la denominación de Origen Ribeiro
(Galicia, NO España). El clima de la zona es templadohúmedo y de tipo Atlántico, si bien se observa un déficit
hídrico durante los meses de verano. Las medidas de RP
y CEa se realizaron en 2012, a lo largo de dos transectos
localizados entre dos hileras del viñedo: uno sobre la
zona de rodada dejada por la maquinaria agrícola, y otro
en la zona entre dos rodadas. Cada transecto tuvo una
longitud de 51,2 m, en el que se tomaron medidas en 65
puntos separados 0,8 m entre sí. En cada punto se
midieron simultáneamente RP y CEa en profundidad con
un penetrómetro Veris P3000. Dentro de cada perfil, se
tomaron medidas desde la superficie hasta una
profundidad de 0,9 m con un espaciamiento de 0,02 m.
La RP presentó un comportamiento similar en ambos
tratamientos: aumentó desde la superficie hasta alcanzar
un máximo a los 0,20 m de profundidad, luego descendio
hasta una profundidad de 0,36 m, y a continuación volvió
a aumentar gradualmente hasta la profundidad máxima
de muestreo. Se observaron diferencias en el grado de
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
UMS 2016
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Resumos – Comunicações em Poster
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compactación entre las zonas de rodada y entre rodadas.
Estas diferencias se produjeron en la capa comprendida
entre los 10 y 40 cm de profundidad, y fueron máximas a
los 20 cm, donde el suelo bajo rodada posee una
resistencia a la penetración de 2,3 Mpa frente a 1,1 Mpa
obvervados entre las rodadas.
En cuanto a la CEa, sus valores máximos se obtuvieron a
una profundidad de 10 cm, independientemente del
tratamiento, para luego descender y estabilizarse a los
40 cm, profundidad a partir de la cual permanecieron
constantes. La CEa también presentó diferencias entre
ambos tratamientos: a los 10 cm de profundidad, donde
se observaron los valores máximos de CEa, los valores
fueron mayores en la zona de rodada que entre las
rodadas (3,74 mS/m frente a 1,55 mS/m).
Ambas variables, RP y CEa, mostraron diferencias entre
los tratamientos considerados, aunque la relación entre
ambas variables no está clara. A pesar de que la
salinidad de este suelo es baja, y por tanto la influencia
de las sales en los valores de CEa debería ser baja, es
muy probable que otras variables que influencian CEa,
como el contenido en arcilla de los diversos horizontes y
el contenido de humedad del suelo, sean las
responsables de la disparidad de comportamiento entre
RP y CEa.
Agradecimientos: Este trabajo ha sido financiado por la Xunta de Galicia
mediante el proyecto EM2014/047 del programa de Investigadores
Emerxentes.
UMS2016-57
Avaliação da suscetibilidade à erosão induzida pela
ação da chuva: Aplicação da metodologia PAP/RAC à
Serra de Grândola
Jorge M. G. P. Isidoro (1,2), Fernando M. G. Martins (1,3),
Helena M. Fernandez (1,3)
(1) Departamento de Engenharia Civil, Instituto Superior de
Engenharia, Universidade do Algarve, Campus da Penha, 8005139 Faro, Portugal
(2) MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente, Coimbra,
Portugal
(3) MED_Soil Research Group, Sevilha, España
Na Península Ibérica a erosão do solo causada pela ação
da chuva é o processo mais comum de degradação do
solo e um importante indicador de desertificação. Assim,
a compreensão das características da precipitação bem
como da variabilidade temporal e especial da mesma,
revelam-se de elevada importância para a avaliação dos
processos erosivos e da adoção de estratégias de gestão
que visem a minimização da perda de solo.
Neste trabalho é descrita uma metodologia baseada num
sistema de informação geográfica (SIG) desenvolvido sob
as
linhas
orientadores
do
Priority
Actions
Programme/Regional Activity Centre (PAP/RAC), com o
objetivo de mapear a suscetibilidade da Serra de
Grândola à erosão causada pela ação da chuva.
O modelo PAP/RAC para previsão de erosão nas áreas
costeiras do Mediterrâneo e da União Europeia, visa um
objetivo comum de contribuir para um desenvolvimento
mais saudável e sustentado do ambiente Mediterrânico.
Este modelo é simples e versátil, não necessitando do
uso de parâmetros que revelar dificuldades na sua
obtenção. A metodologia usada neste estudo combina o
impacto da ação mecânica da chuva (erosividade) com a
suscetibilidade à erosão do solo (status erosivo).
A Serra de Grândola é uma formação montanhosa na
região Alentejana, no Sul de Portugal (N 38o 0’ a
N 38o 13’ e W 8o 32’ a W 8o 44’). A precipitação média
anual varia entre 600 mm nas menores altitudes a
1050 mm nas cotas mais elevadas. O clima é moderado
o
apresentando temperatura média anual de 17 C.
As formações litológicas mais representativas são as do
grupo Flysch do Baixo Alentejo. A Serra de Grândola tem
particular relevância pelo seu valor ecológico e
paisagístico, bem como pela gestão dos recursos naturais
com baixo impacte praticada pela população local.
Foi possível concluir que a área em estudo é composta
de zonas com baixa a moderada suscetibilidade de
erosão do solo causada por ação da precipitação.
As zonas de maior altitude apresentam maior
suscetibilidade à erosão devido à precipitação mais
elevada e à maior declividade das encostas, apesar do
solo constituinte ser mais resistente à erosão. Os vales
onde as encostas têm grande declividade apresentam
uma muito alta suscetibilidade à erosão (e.g., Ribeira da
Lagoa de Melides, Ribeira da Cascalheira, Ribeira da
Ponte e Ribeira de Santo André). Os autores esperam
que este trabalho possa contribuir para uma melhor
gestão do uso do solo na Serra de Grândola, dadas as
suas qualidades ecológicas e paisagísticas, bem como à
sua suscetibilidade à erosão.
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
UMS 2016
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Resumos – Comunicações em Poster
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UMS2016-58
Análisis multifractal y polimultifractal de la
variabilidad a lo largo de un transecto del contenido
en P, K, Ca y Mg extraído por dos métodos
Aitor García Tomillo (1), Rosane da Silva Días (1), Eva
Vidal Vázquez (1), Montesrrat Valcárcel Armesto (2),
Jorge Dafonte Dafonte (2), Antonio Paz González (1)
(1) Departamento de Edafología, Facultad de Ciencias,
Universidad de A Coruña – Campus Zapateira – CP-15008 A
Coruña, España
(2) Departamento de Ingeniería Agroforestal, Universidad de
Santiago de Compostela – USC, 27002, Lugo, España
La caracterización de la variabilidad espacial del suelo ha
sido abordada mediante diferentes métodos. Muchos
estudios han empleado métodos geoestadísticos, que
están basados en el análisis de momentos de segundo
orden. Se admite que para variables que presentan una
distribución normal, el valor promedio y un momento de
segundo orden, como por ejemplo el semivariograma,
permiten una descripción completa de la variabilidad
espacial. Sin embargo los momentos de segundo orden
no caracterizan adecuadamente aquellas variables que
no presentan una distribución normal. Por otro lado, la
teoría fractal permite relacionar datos obtenidos a
diferentes escalas y por lo tanto los métodos basados en
la misma pueden ser usados para evaluar
cuantitativamente la variabilidad espacial. La teoría fractal
permite analizar el escalamiento de una variable para
momentos de sucesivos órdenes de momentos (tercero,
cuarto, etc.) superiores al segundo. Si el escalamiento no
varía con el momento, es decir si es suficiente un solo
coeficiente para transferir información entre escalas se
habla de monofractal. Pero, si el coeficiente de
escalamiento varía en función del momento, la serie de
datos estudiados es multifractal.
intercambio iónico fueron de 12,45, 138,98, 508,57 y
-1
38,98 mg kg respectivamente. Los coeficientes de
variación de los elementos disponibles extraídos con
Mehlich-3 oscilaron entre 18,16% y 53,60%, mientras que
tras la extracción con resina de intercambio iónico
variaron entre 20,25% y 50,25%.
Los análisis multifactal y polimultifractal se llevaron a
cabo mediante el método de los momentos. Tras el
análisis multifractal, para cada variable estudiada, se
obtuvieron la función exponente de masa, el espectro de
singularidades, y la función exponente de masa.
El análisis polimultifractal proporcionó índices de
singularidad para cada par de variables estudiado, así
como la dimensión conjunta, y por lo tanto un espectro de
variabilidad conjunta a diferentes escalas.
Se comprobó que las distribuciones espaciales de todas
las series de datos estudiadas se ajustaban a un modelo
multifractal. Para los elementos disponibles extraídos con
Mehlich-3, la heterogeneidad de la variabilidad espacial a
diferentes escalas aumenta de acuerdo con: K Asimismo,
el análisis conjunto de pares de variables multifractales,
puso de manifiesto que las correlaciones de las mismas a
diferentes escalas pueden ser muy diferentes a las
correlaciones lineales simples a la escala de muestreo.
Estos resultados tienen consecuencias cuando se
compran entre sí distintos métodos de extracción de
elementos nutritivos del suelo.
En este trabajo se llevó a cabo un análisis multifractal y
polimultifractal de la distribución espacial de los
contenidos en el suelo de cuatro elementos nutritivos, P,
K, Ca y Mg, extraídos mediante dos métodos diferentes:
la solución Mehlich-3 y una resina de intercambio iónico.
Los objetivos del mismo consisten en: i) evaluar la
heterogeneidad de la distribución espacial del contenido
en el suelo de dichos nutrientes mediante análisis
multifractal y ii) evaluar la asociación a diferente escalas
entre el contenido de cada elemento extraído mediante
dos métodos y entre los contenidos de cada par de
nutrientes extraídos con cada una de los métodos
mediante análisis polimultifractal.
La parcela estudiada se localiza en el Centro de
Investigaciones Agrarias de Mabegondo (CIAM),
A Coruña, España (Latitud 43° 14' 47" N, y Longitud
8° 16' 23" W), siendo su pendiente moderada. El suelo
era de textura franca y pertenece al orden de los
Inceptisoles. Se tomaron 65 muestras a la profundidad de
0 a 0.20 m, a lo largo de un transecto de 52 m, siendo la
distancia entre cada punto de muestreo de 0.8 m.
Las muestra se suelo se tamizaron a 2 mm, tras secado
al aire. Tras extraer los elementos disponibles mediante,
el P se determinó por colorimetría, mientras que P, Ca y
Mg se determinaron por ICP-MS.
Las concentraciones medias de P, K, Mg y Ca extraídos
con Mehlich-3 fueron de 39,27, 229,90, 471,03 y
-1
respectivamente. Las concentraciones
36,68 mg kg
medias de P, K, Mg y Ca extraídos con resina de
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
UMS 2016
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70
Resumos – Comunicações em Poster
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UMS2016-59
Atributos edáficos em áreas de vinhedos
ambiente altomontano, São Joaquim, SC, Brasil
em
Denilson Dortzbach (1), Marcos Gervasio Pereira (2),
Antonio Paz González (3), Luiz F. Novaes Vianna (4),
Rosane da Silva Dias (3), Everton Blainski (4)
(1) Epagri/UFRRJ, Brasil
(2) UFRRJ, Brasil
(3) UDC, España
(4) Epagri, Brasil
A produção de vinhos finos de altitude na região de São
Joaquim, SC, Brasil é recente, com o início dos
experimentos ocorridos na década de 90, e a
implantação dos primeiros vinhedos comerciais no ano
de 2000. Esses vinhos, apesar do pequeno período de
produção, vêm alcançando posição de destaque no
cenário nacional e internacional devido a sua alta
qualidade. Entretanto, a competitividade do setor tem
desafiado os produtores a estabelecerem estratégias,
que observem de forma mais eficiente os seus recursos e
desse modo absorvam uma parcela distinta do mercado
consumidor de vinhos, mantendo a sustentabilidade
competitiva em longo prazo.
A implantação de Indicações Geográficas (IG) é uma
ótima possibilidade para agregação de valor aos
produtores, entretanto, segundo Miele (2010), ainda
existem poucos estudos no Brasil que integrem regiões,
variedades e vinícolas, fundamentais para delimitação de
IGs e caracterização de terroir. Nesse sentido, a hipótese
estabelecida no presente estudo foi que a avaliação de
atributos físicos e químicos do solo em vinhedos de uma
determinada região, contribui para a identificação de
propriedades vitícolas com características específicas,
que podem refletir na tipicidade do vinho nelas produzido,
subsidiando uma IG. Dessa forma, o objetivo do estudo
foi o avaliar os atributos físicos e químicos de vinhedos
de ambiente altomontanos localizados em áreas de
ocorrência de rochas efusivas ácidas da região de São
Joaquim, SC, distinguindo propriedades que apresentem
similaridades quanto a esses atributos do solo.
O estudo foi desenvolvido em vinhedos localizados nos
municípios de São Joaquim e Urupema, em altitudes que
variaram de 1135 a 1438 m. A geologia da área
compreende as rochas da Formação Serra Geral sobre a
Bacia do Paraná, sendo observada a presença de rochas
de caráter mais ácido (riodacitos), com solos que
apresentam elevado conteúdo de argila. O clima,
segundo Köppen é Cfb, que nessa condição é um fator
de formação do solo de grande importância, tanto pelas
baixas temperaturas observadas nessas áreas, que estão
entre as menores do Brasil, assim como pela elevada
umidade. Essas características associadas ao material
de origem favorece a alta lixiviação de bases,
contribuindo para aumento dos teores de alumínio
trocável, resultando em solos quimicamente pobres e
ácidos, além de elevados teores de matéria orgânica nos
horizontes superficiais.
Para a caracterização química coletou-se uma amostra
composta, formada a partir de três amostras simples, em
quatro vinhedos (repetições), em cada uma das 19
propriedades vitícolas avaliadas. Foram avaliados o pH,
P, K, MO, Al, CTC, Zn e Cu conforme Embrapa (1997),
nas profundidades de 0 a 5, 5 a 10, 10 a 20 e 20 a 40 cm.
Após a coleta, as amostras foram identificadas e
acondicionadas em sacos plásticos, sendo, em seguida,
transportadas para o laboratório, secas ao ar,
destorroadas e passadas por peneira de 2 mm de malha,
obtendo-se a terra fina seca ao ar (TFSA), material que
foi utilizado para realização das análises. Todas as
análises foram realizadas no laboratório de solos da
Epagri, no município de Chapecó, SC. As amostras
indeformadas foram coletadas em anéis volumétricos de
aço inox com 5 cm de altura e 7 cm de diâmetro interno,
nas profundidades de 0 a 20 e 20 a 40 cm, para avaliação
dos atributos físicos. Foi determinada a granulometria
(areia fina, areia grossa, silte e argila), densidade do solo
(Ds), resistência a penetração (Rp), com umidade
equilibrada na tensão de 600 kPa (Pt), macroporosidade
(Mp) e microporosidade (mP), realizadas de acordo com
Veiga (2011) adaptado de Embrapa (1997). Os atributos
determinados foram submetidos à estatística descritiva
(teste de médias e desvio padrão) e de similaridade entre
as propriedades vitícolas por meio da análise
multivariada.
Os vinhedos apresentaram solos com excesso de
adubações verificado pela análise dos atributos químicos.
Os valores de fósforo e potássio foram elevados
(adicionar aqui as variações) valores elevados, resultado
de aplicações excessivas de fertilizantes tanto na
adubação de pré-plantio e de manutenção em vinhedos.
Para os micronutrientes (Cu e Zn) também foram
quantificados valores elevados, relacionados à maciça
aplicação de defensivos agrícolas, para o controle das
doenças fúngicas da videira, devido às condições de
elevada umidade dessa região.
Os valores de pH apresentam-se dentro dos
considerados adequados para a cultura da videira, sendo
que em grande parte das camadas encontram-se acima
de 5,5, sendo observados valores até 6,9. Para os teores
-1
de MO verificaram-se valores acima de 30 g kg , que
podem ser atribuídos a lenta decomposição da MO,
devido as condições climáticas impostas pelo ambiente
altomontano.
Os teores de argila dos solos dessa região são elevados,
e estão associados principalmente ao material de origem,
aliados à posição na paisagem e ao clima, o qual
proporcionou no solo maior grau de intemperismo e maior
teor de argila.
Na análise multivariada dos atributos físicos do solo
observou-se a formação de inúmeros grupos de
similaridade, dependendo da distância euclidiana
adotada. Nas duas camadas os padrões alteraram e a
similaridade entre as propriedades observada na camada
de 0 a 20 cm não se manteve na camada de 20 a 40 cm.
Esse fato deve estar relacionado aos distintos manejos
utilizados nas propriedades, que resultou diferenças entre
a camada arável e a mais profunda. Dessa forma, os
tributos físicos não foram bons indicadores para utilização
como parâmetro na distinção de IG. Já para os atributos
químicos as propriedades vitícolas apresentam grande
similaridade entre si, que pode refletir na tipicidade do
vinho nelas produzido, subsidiando uma IG.
Referências:
EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (1997).
Manual de métodos de análise de solo. Rio de Janeiro: Centro Nacional
de Pesquisa de Solos, 212p.
Miele, A., L.A. Rizzon, M.C. Zanus (2010). Discrimination of Brazilian red
wines according to the viticultural region, varietal, and winery origin. Ciênc.
Tecnol. Aliment., 30(1): 268-275.
Veiga, M. (2011). Metodologia para coleta de amostras e análises físicas
do solo. Florianópolis: Epagri, 52p. (Epagri. Boletim Técnico, 156).
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
UMS 2016
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Resumos – Comunicações em Poster
71
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UMS2016-62
Efecto de la fertilización y el sistema de labranza en
la concentración de P y K extraídos mediante
Mehlich-3 y resina de intercambio iónico
superficie del suelo, en relación con mínimo laboreo; este
efecto del laboreo sobre la concentración de P tiene
consecuencias para a la transferencia de dicho elemento
hacia las aguas superficiales y por tanto para evaluar los
riesgos de eutrofización.
Rosane da Silva Dias (1), Eva Vidal Vázquez (2), Cleide
Aparecida de Abreu (3), Jorge Dafonte Dafonte (4)
(1) Facultad de Ciencias, Universidade da Coruña, España
(2) Facultad de Ciencias, Universidade da Coruña, España
(3) Instituto Agronômico de Campinas, Brasil
(4) Escuela Politécnica Superior de Lugo, Universidad de
Santiago de Compostela, España
La valorización del purín de vacuno, mediante su uso
como abono orgánico, puede presentar ventajas, tanto
desde el punto de vista agronómico como
medioambiental. En la Comunidad Autónoma de Galicia,
España, la notable producción de este residuo, ha
motivado el estudio de las dosis más recomendables de
aplicación del mismo, así como la evaluación de las
posibilidades de su empleo como sustituto del abono
químico. En este sentido, los ensayos de campo permiten
el estudio de la acción de los purines sobre la
disponibilidad de elementos nutritivos en el suelo. Con
frecuencia se emplean diferentes métodos de extracción
de los elementos disponibles y, en el estado actual de
conocimiento, resulta difícil recomendar un procedimiento
generalizado de análisis; por tanto es frecuente emplear
más de un método de extracción. El objetivo de este
trabajo consistió en evaluar el efecto de la dosis de purín
sobre las concentraciones de fósforo (P) y Potasio (K)
disponibles bajo dos sistemas de laboreo.
La parcela experimental se localiza en A Pastoriza,
provincia de Lugo, Galicia. Se llevó a cabo un ensayo de
campo entre 2004 y 2006 para evaluar el efecto de cuatro
de abonado y dos sistemas de laboreo. Durante el
ensayo, la parcela estuvo dedicada a maíz y cereal de
invierno en rotación. El diseño experimental consistió en
bloques al azar con cuatro repeticiones por tratamiento,
por lo que se estudiaron 32 parcelas individuales; cada
parcela experimental media 10  15 m. En tres de los
tratamientos se aplicaron dosis de purín de 30, 60 y
3
-1
90 m ha cada seis meses, mientras que el tratamiento
testigo recibió 800 kg ha-1 del fertilizante químico
NP2O5K2O (15-15-15) aplicado durante la siembra. Los
dos sistemas de laboreo estudiados fueron mínimo
laboreo (MT) y no laboreo (NT); en el tratamiento con
mínimo laboreo se efectuó un subsolado hasta 60 cm
previamente a la siembra directa a favor de pequeños
surcos. Previa a la instalación del ensayo, la parcela
experimental había sido labrada según el sistema de
laboreo convencional.
Se tomaron muestras de suelo a la profundidad de 0 a
5 cm. Una vez seco y tamizado a 2 mm, se efectuó una
extracción de los elementos disponibles, entre ellos P y
K, mediante la solución Mehlich 3 y una resina de
intercambio iónico. El Fósforo se determinó por
colorimetría, mientras que el potasio se determinó por
ICP-MS. En general, independientemente de la dosis de
fertilizante y el tipo de laboreo, la concentración de K
extraída con Mehlich 3 (480,4 mg dm3) fue más elevada
que la correspondiente a la resina de intercambio iónico
(480,4 mg dm3). Asimismo, se extrajo más K con
3
Mehlich 3 (240,7 mg dm ) que con resina de intercambio
3
iónico (177,5 mg dm ). Bajo no laboreo se observó un
incremento significativo de la cantidad de P en la
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
UMS 2016
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Resumos – Comunicações em Poster
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UMS2016-63
Seleção de fatores relacionados ao transporte de
sedimentos em diferentes escalas no semiárido
brasileiro
Julio C. Neves dos Santos (1), Cleene Agostinho de
Lima (2), José R. de Araújo Neto (1), Helba A. de Queiroz
Palácio (3)
(1) Universidade Federal do Ceará, Departamento de
Engenharia Agrícola, CCA/UFC, Brasil
(2 Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), RecifePernambuco, Brasil
(3) Instituto Federal do Ceará, Campus Iguatu-CE, Brasil l
A erosão acelerada dos solos é um dos principais
problemas ambientais e econômicos no mundo, sendo
este ainda mais agravado em áreas áridas e semiáridas.
Análise da componente principal na seleção de fatores
relacionados a desagregação e transporte de sedimentos
em diferentes escalas no semiárido pode ser aplicada.
O objetivo desse estudo com Análise Fatorial/Análise de
Componentes Principais foi identificar os fatores
relacionados com a capacidade de transporte de
sedimentos em diferentes escalas espaciais e uso do
solo no semiárido cearense, Brasil. A área de estudo é a
Bacia Experimental de Iguatu (BEI), composta de três
pequenas microbacias aninhadas (de 1 a 3 ha), três
parcelas de erosão de 20 m2 e três parcelas de erosão
2
de 1 m . Uma das microbacia foi mantida com Caatinga
em regeneração a 35 anos, outra submetida ao manejo
de raleamento da caatinga e na última foi realizado o
desmatamento seguido de queimada e cultivo de capim.
As parcelas de 1 m2 e 20 m2 foram distribuídas nas
microbacias mencionadas. O período de estudo foi de
2009 a 2015. As coletas para quantificação do
escoamento superficial e das perdas de sedimentos
foram realizadas a cada evento de chuva erosiva, no
acumulado de 24 horas. O escoamento superficial nas
microbacias foi quantificado através de calhas Parshall e
as produções de sedimentos foram mensuradas através
de torres e fossos coletores de sedimentos em
suspensão e arraste. As variáveis estudadas foram:
Precipitação (PPT – mm); Intensidades máximas (5, 10,
15, 20, 30, 45 e 60 mm h-1); Erosividade da chuva (EI30 –
-1 -1
MJ mm ha h ); Umidade antecedente do solo com base
em massa (Umi. Ant. – %); precipitação antecedente dos
últimos 5 dias (PPT ult. 5 d. – mm); dias consecutivos
secos com PPT < 1 mm (DSC – dias); Vazão de pico
(Qmáx. – L s-1); Lâmina de escoamento (Lesc. – mm);
Produção de sedimentos (PS – kg ha-1). Análise
Fatorial/Análise das Componentes Principais (AF/ACP)
foi aplicada para análise dos dados, através do SPSS
(Statistical Package for the Social Sciences). A produção
de sedimentos apresentou elevada correlação com a
lâmina escoada e vazão de pico para todas as
microbacias com diferentes coberturas vegetais e escalas
espaciais, indicando a dependência do transporte de
sedimentos pela energia de transporte. O emprego da
AF/ACP promoveu a redução das variáveis estudadas
em três componentes, explicado mais de 78% da
variância total em todas as escalas e coberturas.
A primeira componente principal (CP1) foi representada
por variáveis relacionadas ao poder energético da chuva
em desagregar as partículas de solo (PPT e intensidades
máximas/I5, I10, I15, I20, I30, I45, I60), formando assim
uma
componente
relacionada
a
energia
de
desagregação. A segunda componente principal (CP2)
relacionou-se com as variáveis de produção de
sedimentos (PS), Qmáx e Lesc. Na terceira CP foram
enquadradas as variáveis relacionadas ao conteúdo de
água no solo (Umi. ant.; PPT ult. 5 d.; DCS). Conclui-se
que a vazão de pico e a lâmina escoada estão
diretamente relacionadas a energia para o transporte de
sedimentos, sendo essa componente caracterizada pela
energia de transporte. E que a componente principal
reforça que a produção de sedimentos na região é
limitada pela capacidade de transporte.
UMS2016-66
Análise da estabilidade de um talude arenoso imerso
em escoamento fluvial
Isabel M. C. F. G. Falorca
UBI, Universidade da Beira Interior, Portugal
C-MADE, Centre of Materials and Building Technologies
A Diretiva Quadro da Água, transposta para o direito
português através da Lei da Água (2012), estabelece a
necessidade de implementar medidas de conservação e
reabilitação da rede hidrográfica que garantam condições
de escoamento da água e sedimentos em situações
normais e extremas e minimização das situações de risco
para pessoas e bens, em situações de cheia. As medidas
incluem a correção dos efeitos da erosão, transporte e
deposição de sedimentos, que pode implicar o
desassoreamento das zonas de escoamento e de
expansão das águas de superfície, desde que decorrente
de planos específicos de desassoreamento.
A erosão fluvial (erosão lateral e instabilidade de taludes)
tem assumido uma gradual importância com o aumento
de intervenções nos cursos de água, e como tal surge a
necessidade de analisar a estabilidade de taludes de solo
móvel. O estado atual do conhecimento sobre a interação
entre escoamento turbulento e fronteiras móveis e
permeáveis é muito limitado, sendo indispensável a
caracterização do campo de tensões tangenciais, que
subentende uma boa descrição das características do
escoamento e do solo.
O trabalho a apresentar insere-se na análise da
estabilidade de taludes, com âmbito no estudo e
interpretação do mecanismo de instabilidade em
desenvolvimento num talude arenoso imerso em
escoamento fluvial. Pretende-se contribuir para melhorar
o conhecimento sobre o mecanismo de rotura associado
à erosão fluvial e lançar as bases para a formulação do
problema em termos Geotécnicos. Para concretizar o
objetivo, foi realizada uma análise determinística
complementada por modelação física de um talude em
areia uniforme, em escala reduzida. Os resultados
mostram que para assegurar a estabilidade é necessário
considerar na análise um coeficiente de redução da
resistência ao corte.
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
UMS 2016
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Resumos – Comunicações em Poster
73
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UMS2016-67
Avaliação
dos
fatores
que
influenciam
o
deslocamento de sementes de oleaginosas não
convencionais perenes
Cleene A. de Lima (1), João L. M. P. de Lima (2, 3),
Abelardo A. A. Montenegro (1), Babar Mujtaba (2,3), João
R. C. B. Abrantes (2,3), Alexandre Silveira (3,4)
(1) Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife,
Pernambuco, Brasil
(2) Departamento de Engenharia Civil, Faculdade de Ciências e
Tecnologia, Universidade de Coimbra, Coimbra, Portugal
(3) MARE - Centro de Ciências do Mar e do Ambiente, Portugal
(4) Instituto de Ciência e Tecnologia, Universidade Federal de
Alfenas, Poços de Caldas, Minas Gerais, Brasil
Para elaboração de planos de recuperação de solos
degradados é importante conhecer, entre outros, o
transporte das sementes pelo escoamento superficial.
O presente estudo teve como objetivo avaliar alguns
fatores que interferem no transporte de sementes de
oleaginosas não convencionais perenes, como o efeito
do declive da superfície, das características da chuvada,
da rugosidade da superfície e da posição das sementes
no seu transporte pelo escoamento. Foram realizados
ensaios laboratoriais utilizando um simulador de chuva e
um canal de terra retangular de 2.8 m de comprimento e
0.3 m de largura, onde foi estudado o transporte de
sementes Moringa (Moringa oleifera Lam.) e Nim
(Azadirachta indica A. Juss). Foram simuladas chuvadas
uniformes e com padrões temporais avançados e
atrasados, com intensidade média de  90 mm/h e
duração de 15 minutos, em condições iniciais de solo
húmido. Os ensaios decorreram para superfície do solo
rugosa e lisa, e três declividades diferentes: 10, 30 e
50%. As sementes foram distribuídas uniformemente
sobre a superfície do solo, com a direção do seu eixo
maior posicionado perpendicularmente e paralelamente à
direção do escoamento. Obtiveram-se os hidrogramas de
escoamento superficial a jusante do canal, o transporte
de sedimentos e de sementes associado a esse
escoamento e o deslocamento das sementes na
superfície do solo. Para as condições estudadas, apenas
para declives iguais ou superiores a 30%, foi observado
deslocamento das sementes, com os maiores valores a
ocorreram segundo o eixo longitudinal do canal.
As sementes Nim, posicionadas com o seu eixo maior
paralelo à direção do escoamento, verificaram maiores
deslocamentos do que as posicionadas com o seu eixo
maior perpendicular à direção do escoamento.
As sementes Moringa, por serem mais leves e
apresentarem forma geométrica mais simétrica do que as
sementes do Nim, apresentaram maiores deslocamentos
para todos os declives investigados. Conclui-se que as
características das sementes e o declive da superfície
afetam fortemente o transporte destas sementes.
Financiamento: CNPq, Brasil.
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
UMS2016-68
Aproveitamento da água da chuva para fins não
potáveis em zonas urbanas: estudo exploratório
Susana Sousa (1), João L. M. P. de Lima (2,3), M. Isabel
P. de Lima (2,3)
(1) LIPOR – Serviço Intermunicipalizado de Gestão de Resíduos
do Grande Porto, Portugal
(2) MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente, Portugal
(3) Departamento de Engenharia Civil, Faculdade de Ciências e
Tecnologia da Universidade de Coimbra, Coimbra, Portugal
A conservação e a utilização eficiente dos recursos
hídricos assumem grande importância à escala global.
Tendo em vista o aumento da eficiência hídrica deverão
ser adotadas medidas que potenciem a redução da
utilização da água de abastecimento público. Em zonas
urbanas, o setor doméstico é o mais representativo em
termos de consumo de água, pelo que a atuação neste
sector apresenta um grande potencial de redução de
consumo hídrico.
O aproveitamento da água da chuva para fins não
potáveis é uma alternativa simples e acessível que visa a
redução do consumo de água potável e permite,
simultaneamente, uma melhor distribuição da carga de
água pluvial nos sistemas de drenagem urbana,
minimizando assim os problemas com cheias.
O armazenamento da água da chuva em edifícios é
conseguido através da instalação de Sistemas de
Aproveitamento de Águas Pluviais (SAAP), prática ainda
pouco corrente em Portugal, e que apresenta grande
potencialidade em edifícios com grandes áreas de
cobertura. Este aproveitamento, para fins não potáveis,
depende de um conjunto de fatores e parâmetros locais,
entre os quais o regime pluviométrico da região, a área e
natureza da superfície de captação, o coeficiente de
escoamento, o consumo de água e a qualidade da água
recolhida e utilizada.
O presente trabalho teve como objetivo o estudo
experimental,
exploratório,
do
potencial
de
aproveitamento da água da chuva para fins não potáveis,
com incidência numa edificação universitária: usou-se a
cobertura do Departamento de Engenharia Civil da
Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de
Coimbra. O estudo envolveu a análise de séries
temporais diárias de precipitação local, a análise do
processo
precipitação-escoamento
com
vista
à
determinação do coeficiente de escoamento, e a
caraterização da qualidade da água da chuva e das
águas de escoamento gerado na cobertura do edifício.
A monitorização da quantidade e qualidade do
escoamento com origem pluvial escoado foi realizada
num pequeno setor da cobertura do edifício através da
instalação de um sistema experimental no local.
Os resultados sugerem que a água da chuva e a água de
escoamento captada na cobertura do edifício apresentam
qualidades físico-química e bacteriológica adequadas a
qualquer uso não potável, no local. As características da
cobertura monitorizada neste estudo influenciam o
aproveitamento da água pluvial. Para uma maior
eficiência dos sistemas, tanto em termos quantitativos
como qualitativos, deve privilegiar-se o uso de materiais
impermeáveis. Este estudo pretende ser um contributo
para a promoção de futuros projetos que visem a redução
do consumo de água potável, em fins que não o
justifiquem e, naturalmente, a conservação do recurso
água.
UMS 2016
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74
Resumos – Comunicações em Poster
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UMS2016-70
Relación entre el tamaño del banco de semillas y la
condición física del suelo en un área de bosques
nativos de Argentina
S. G. Ledesma (1), S. M. J. Sione (1), M. G. Wilson (2),
R. A. Sabattini (1), A. Paz González (3)
(1) Universidad Nacional de Entre Ríos, Facultad de Ciencias
Agropecuarias. Ruta 11 Km 10.5. (3101) Oro Verde, Entre Ríos,
España
(2) Instituto Nacional de Tecnología Agropecuaria – Estación
Experimental Agropecuaria Paraná, Ruta 11 Km 12.5. (3101)
Oro Verde, Entre Ríos, España
(3) Universidade Da Coruña, Facultad de Ciencias, A Zapateira
s/n (15071) La Coruña, España
La República Argentina ha experimentado históricamente
un intenso proceso de transformación y degradación de
sus bosques nativos, dado por el avance de la frontera
agrícola y el aprovechamiento forestal selectivo. El banco
de semillas del suelo (BSS) representa el potencial
regenerativo de las comunidades vegetales y cumple un
papel preponderante en la recuperación de áreas
disturbadas. Se ha demostrado que el movimiento
vertical de las semillas en el suelo está influenciado por la
compactación y porosidad del suelo, como así también
por la presencia de canales. El objetivo fue determinar el
tamaño del banco de semillas del suelo (BSS) y
establecer su relación con variables físicas edáficas en
un área de bosques nativos sujeta a cambio de uso de la
tierra. El estudio se desarrolló en Argiudoles vérticos
característicos de la región boscosa de la provincia de
Entre Ríos, y se evaluaron cuatro tratamientos: bosque
nativo (BN), bosque nativo con manejo ganadero (BNM),
bosque en regeneración (BR) y agricultura (AGR). Para
evaluar el BSS, en el período marzo/abril de 2013 se
extrajeron muestras de suelo con un barreno de 10 cm de
diámetro, a dos profundidades: 0-5 cm y 5-10 cm,
muestreando sistemáticamente un total de 30 puntos por
tratamiento. Las muestras fueron procesadas por el
método de la separación física, separándose e
identificando las semillas bajo lupa. El tamaño del BSS
fue determinado a través de la densidad total de semillas
-2
(nº semillas m ) para cada tratamiento. Las variables
edáficas determinadas fueron la resistencia mecánica a
la penetración (RMP), la densidad aparente (Dap) y la
porosidad total (PT), a las dos profundidades analizadas.
Se aplicó la prueba no paramétrica de Kruskal-Wallis
para determinar la existencia de diferencias significativas
del tamaño del BSS entre tratamientos. Para efectuar la
comparación entre los valores de las variables edáficas
se utilizó el test de comparación de medias de Tukey al
5%. La relación entre la densidad de semillas en los
primeros 5 cm del suelo y los atributos edáficos se realizó
mediante el análisis de correlación de rangos de
Spearman. La densidad total del BSS en los primeros
10 cm
de
profundidad
osciló
entre
3142
y
11917 semillas m-2. En BNM se registró una densidad
media significativamente superior respecto al resto de los
tratamientos
(H = 32,80,
n = 25,
P ≤ 0,0001),
correspondiendo la menor densidad a AGR. En BN, BNM
y BR, la densidad de semillas en el banco superficial
resultó significativamente superior respecto a la capa
5-10 cm, mientras que en AGR la diferencia no resultó
estadísticamente significativa (P ≤ 0,05). No se
detectaron diferencias significativas entre tratamientos en
el BSS determinado de 5-10 cm de profundidad.
Respecto a la RMP, las mejores condiciones se
obtuvieron en AGR y BR, con valores próximos a
1,0 MPa, mientras que en BN se registraron valores
superiores a 2,0 Mpa, umbral crítico para el crecimiento
radical. No se obtuvo relación significativa entre esta
variable edáfica y el tamaño del BSS en los cuatro
tratamientos evaluados. Con relación a Dap, la condición
física más pobre en la capa superficial se presentó en
AGR, con valores significativamente superiores (P ≤ 0,05)
respecto a BN. En la capa de 5-10 cm no se registraron
diferencias significativas de Dap entre tratamientos.
Respecto a PT en superficie, los mayores valores fueron
determinados en los bosques (BN, BNM y BR), oscilando
entre 46 y 51%, resultando significativamente similares
entre sí. El AGR presentó una PT de 42%. Se observó
una correlación significativa (P ≤ 0,05) entre la densidad
de semillas en los primeros 5 cm y las variables edáficas
Dap y PT determinadas a esa profundidad. A mayores
valores de Dap se registró menor densidad del BSS
(r = -0,63; P ***), en tanto que altos valores de PT
estuvieron asociados (r = 0,55) con densidades
superiores del banco. Esto indicaría la importancia que
reviste una buena condición física del suelo en la
formación de los BSS, dado que facilitaría el ingreso y
movimiento vertical de las semillas.
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
UMS 2016
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Resumos – Comunicações em Poster
75
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UMS2016-73
Variabilidade espacial de plantas daninhas num
latossolo vermelho sob sistema plantio direto
Glécio M. Siqueira (1), Raimunda A. Silva (1), Alana das
Chagas F. Aguiar (1), Mayanna Karlla L. Costa (1), Ênio
F. França e Silva (2), Rafael Montanari (3)
(1) Universidade Federal do Maranhão, Campus Bacanga, São
Luís, Maranhão, Brasil
(2) Departamento de Engenharia Agrícola/Universidade Federal
Rural de Pernambuco, Brasil
(3) Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, Universidade
Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Brasil
As plantas daninhas adquiriram ao longo do processo
evolutivo capacidade de estabelecer-se em áreas onde a
vegetação natural foi eliminada, principalmente para
cultivo agrícola. Uma vez não controladas, as plantas
daninhas são hospedeiras de vários insetos-pragas,
nematoides e agentes patogênicos nas lavouras. Além
disso, ainda compete por água, nutrientes, o que reduz a
disponibilidade para a cultura na área. Nesse sentido, o
uso de ferramentas de agricultura de precisão permite o
monitoramento espacial e temporal da variabilidade das
plantas daninhas, mapeando as zonas de infestações,
determinação de áreas específicas de manejo e a
aplicação localizada de herbicidas, o que reduz a
quantidade aplicada e os custos. Assim, objetivou com
esse trabalho determinar a variabilidade espacial de
plantas daninhas num Latossolo Vermelho manejado sob
o sistema plantio direto em Urutaí (Goiás) numa área de
Cerrado. A área de estudo possui 0,5 ha (50 m  100 m)
e está localizada no Instituto Federal Goiano – Campus
de Urutaí. O solo da área é um Latossolo Vermelho
eutroférrico.
A área foi dividida em uma grade de amostragem
contendo 50 pontos com espaçamento de 5 m  10 m.
Em cada ponto de amostragem foi lançado ao acaso um
2
círculo com 0,5 m de diâmetro (0,196 m ) para
identificação do número de indivíduos por ponto, número
de espécies por ponto e a incidência de cada espécie em
cada um dos pontos de amostragem, por meio da técnica
de identificação manual. As plantas identificadas foram:
carrapicho (Cenchurus echinatus L.), burra leiteira
(Chamaesyce sp. (L.) Mill), crista-de-galo (Heliotropium
indicum L.), corda-de-viola (Ipomoea triloba L.), capimpé-de-galinha (Eleusine indica (L.) Gaertn) e picão-preto
(Bidens pilosa L.). Posteriormente, foram avaliados os
valores quantitativos de densidade, densidade relativa,
frequência, frequência relativa, abundância, abundância
relativa, índice de valores de importância relativa, índices
de
biodiversidade
(Shannon-Wiener,
Simpson,
Diversidade D de Simpson, Diversidade de Menhinick,
Diversidade de McIntosh, Diversidade de Gleason,
Diversidade Total). A variabilidade espacial foi analisada
por meio da construção de semivariogramas,
considerando a hipótese intrínseca da geoestatística.
Os parâmetros ajustados foram efeito pepita (C0),
variância estrutural (C1) e alcance (a). Em seguida foi
calculada a razão de dependência (RD) em forte (0-25%),
moderada (25-75%) e baixa (75-100%).
Todas as espécies de plantas daninhas estudadas
apresentaram distribuição de frequência do tipo
lognormal. O número de indivíduos, C. echinatus, H.
indicum e E. indica, apresentam elevados valores de
coeficiente de variação (CV ≥ 60%). No entanto, os
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
coeficientes de variação para os índices de diversidade
são considerados baixos, variando de 0,293 para o índice
de Menhinick à 0,670 para McIntosh. O parâmetro de
assimetria para os índices de D. Simpson, Simpson,
Shannon, Menhinick, McIntosh, Margalef apresentaram
valores menores que 0,5, o que indica distribuição
normal. Nesse caso, apenas a diversidade total e o índice
de Gleason apresentam valores que não seguem
distribuição normal (-0,851 e 1,592, respectivamente).
Verificou-se que três espécies de plantas apresentaram
maiores valores de frequência, densidade, abundância e
índice de importância relativa. C. echinatus apresentou
frequência relativa (35.34); densidade relativa (64.38);
abundância relativa (39.26) e índice de importância
relativa (138.99). Para a B. pilosa obteve-se frequência
relativa (21.55); densidade relativa (11.28); abundância
relativa (11.29) e índice de importância relativa (44.13).
E o capim E. indica frequência relativa (17.24); densidade
relativa (14.28); abundância relativa (17.86) e índice de
importância relativa (49.39). A análise geoestatística
demonstrou que as espécies, a H. indicum e I. triloba
apresentaram efeito pepita puro, assim como os índices
de diversidade de Shanon, Menhinick, Margalef e
Gleason. A presença de efeito pepita se deve
principalmente porque o espaçamento utilizado não foi
suficiente para detectar a variabilidade espacial entre
amostras. O modelo esférico foi o que mais se ajustou
aos dados de plantas de daninhas, corroborando com
outros estudos que descrevem este modelo como o que
mais se ajusta aos dados de solo e planta, com exceção
do capim C. echinatus que se ajustou ao modelo
gaussiano. Nos índices de biodiversidade foi o modelo
exponencial (Simpson D, Diversidade de Simpson,
Diversidade de McIntosh), com exceção da diversidade
total que se ajustou ao modelo esférico. C. echinatus
apresentaram elevados valores de efeito pepita (C0).
O capim C. echinatus apresentou o maior valor de
alcance (a = 38,00 m) e o B. pilosa apresentou o menor
valor de alcance (a = 20,00 m). Para os índices de
biodiversidade o maior valor de alcance foi da diversidade
total (30,70 m). A razão de dependência espacial é
elevada para Chamaesyce sp., E. indica, B. pilosa,
Simpson (D), Diversidade Simpson e McIntosh
(RD = 0-25%), média para a C. echinatus e Diversidade
total (RD = 25-75%). Em análise do semivariograma
escalonado, a diversidade total, assim como o índice de
Margalef apresentam maior dispersão quando comparado
aos demais índices. De igual forma, Chamaesyce sp,
H. indicum e a I. triloba que apresentam grande dispersão
dos pares de semivariância na pequena distância e com o
aumento da distância. As demais variáveis que
apresentaram variabilidade espacial têm o mesmo
comportamento espacial. De maneira geral, todas as
espécies de plantas daninhas presentes na área de
estudo apresentaram variabilidade espacial, com exceção
da I. triloba e H. indicum. As espécies de plantas
daninhas apresentaram distribuição em reboleiras. Não
foi possível determinar zonas específicas de manejo na
área de estudo uma vez que as distintas espécies de
plantas daninhas infestaram diferentes zonas da área de
estudo.
Financiamento: Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento
Cientifico e Tecnológico do Maranhão (FAPEMA).
UMS 2016
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76
Resumos – Comunicações em Poster
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UMS2016-74
Análise de índices de seca meteorológica
hidrológica e sua aplicação na bacia hidrográfica
e
Tânia de Moura Cota (1), Vanda Pires (1), Álvaro Silva
(1), Isabel P. de Lima (2,3), Fátima Espírito Santo (1)
(1) Instituto Português do Mar e da Atmosfera I.P., Lisboa,
Portugal
(2) Departamento de Engenharia Civil, Universidade de Coimbra,
Coimbra, Portugal
(3) Instituto do Mar (IMAR) e Centro de Ciências do Mar e do
Ambiente (MARE), Portugal
A ocorrência de fenómenos extremos de natureza
meteorológica e climática (secas e cheias) afeta Portugal,
com maior ou menor frequência, com incidências
socioeconómicas e nos ecossistemas que dependem, em
boa medida, do grau de desenvolvimento e da
organização das infraestruturas para minimizar os seus
efeitos: os impactos esperados dependem muito das
condições locais, incluindo capacidades de resiliência e
adaptação. Em geral, o aumento da temperatura do ar à
superfície tem conduzido à avaliação dos efeitos na
variabilidade espacial e temporal de algumas
componentes do balanço hídrico, a várias escalas, e
consequentemente no ciclo da água e sistemas
hidrológicos. Em particular, alterações nos extremos de
precipitação são motivo de preocupação, nomeadamente
para a conservação da água e do solo.
Com o objetivo de aprofundar o conhecimento da
variabilidade e tendências da temperatura e precipitação,
assim como os efeitos nos recursos hídricos, utilizaramse três índices que permitem identificar e caracterizar os
vários tipos e classes de seca. Para a análise
meteorológica, calculou-se o índice padronizado de
precipitação, SPI (Standardized Precipitation Index), que
tem em conta apenas a precipitação, e o índice
padronizado de precipitação e evapotranspiração, SPEI
(Standardized Precipitation-Evapotranspiration Index),
que, para além da precipitação, tem também em
consideração a temperatura do ar. Do ponto de vista
hidrológico, avaliou-se o índice padronizado de
escoamento, SFI (Standardized Flow Index), que se
calcula aplicando o procedimento de cálculo do SPI a
séries temporais de escoamento.
precipitação, observa-se tendência de aumento no outono
e diminuição noutros períodos. Consequentemente, e
para as escalas de tempo consideradas (3, 6 e 12 meses)
os índices SPI e SPEI evidenciam um aumento nas
condições de seca severa e extrema à escala anual e
sazonal, com exceção do outono, em que há uma
tendência de aumento das condições húmidas.
Para o SPI e SFI analisaram-se as correspondentes
séries de médias móveis: a técnica da média móvel
apresenta a vantagem de permitir expurgar das séries de
SPI as secas sem expressão efetiva. No caso do SPI-12
o incremento adotado para a média móvel foi de 5. Para
as restantes escalas de tempo de cálculo dos valores de
SPI (3 e 6 meses), que agrupam menos meses,
considerou-se um maior incremento da média móvel, de
10, de modo a obter efeitos de “alisamento” com ordens
de grandeza equivalentes.
Obtiveram-se os coeficientes de correlação para as séries
móveis do SPI e SFI relativas às escalas de 3, 6 e 12
meses. Os coeficientes foram calculados para o mesmo
instante (=0) e para desfasamentos temporais entre o
SPI e SFI (=1, 2 e 3); ou seja, fez-se corresponder o SPI
com o SFI desfasados de meses, sendo  um número
inteiro positivo indicativo de escoamentos ocorrendo em
intervalos de tempo posteriores aos das precipitações.
Dos resultados obtidos verificou-se que os coeficientes de
correlação mais elevados ocorrem com um desfasamento
de 3 meses para os índices de SPI/SFI-3 e SPI/SFI-6, e
com um desfasamento de 2 meses para a SPI/SFI-12.
A análise incidiu na bacia hidrográfica do rio Sado
(Portugal), no período 1961-2010. Consideraram-se os
dados de precipitação e temperatura mensal das
estações da rede meteorológica do IPMA (Instituto
Português do Mar e da Atmosfera) para o cálculo dos
índices SPI e SPEI; no caso do índice SFI, utilizaram-se
as séries de dados de escoamento mensal da rede
hidrométrica da APA (Agência Portuguesa do Ambiente).
Os índices foram calculados na escala mensal, sazonal e
anual, tendo-se procedido à respetiva análise de
tendências. Utilizou-se o teste de Mann-Kendall para
determinar a significância estatística dos resultados,
aplicado para o nível de significância de 5%. Foram ainda
calculadas as correlações mensais e sazonais, com o
objetivo de compreender a relação entre os índices
meteorológicos (SPI e SPEI) e hidrológico (SFI) e a sua
dinâmica temporal na identificação e caracterização dos
eventos de seca.
A análise da temperatura média indica uma tendência de
aumento estatisticamente significativo em todas as
estações do ano, com exceção do inverno. Em relação à
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
UMS 2016
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Resumos – Comunicações em Poster
77
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UMS2016-75
Estudo de medidas de conservação do solo e da
água no semiárido pernambucano: aplicação de
cobertura de pó de coco e cultivo de palma forrageira
Cleene A. de Lima (1), Abelardo A. A. Montenegro (1),
João L. M. P. de Lima (2,3), Myrtta S. R. Santana (1),
Thayná A. B. Almeida (1), Roberta Q. Cavalcanti (1),
João R. C. B. Abrantes (2,3)
(1) Universidade Federal Rural de Pernambuco, Rua Dom
Manoel de Medeiros s/n, Dois Irmãos, CEP 50910-130 Recife,
PE, Brasil
(2) MARE - Centro de Ciências do Mar e do Ambiente, Portugal
(3) Departamento de Engenharia Civil, Faculdade de Ciências e
Tecnologia da Universidade de Coimbra, Coimbra, Portugal
O
estudo
do
efeito
de
algumas
práticas
conservacionistas, tais como a aplicação de cobertura
morta sobre a superfície do solo e o cultivo de espécies
adaptadas, é fundamental para uma gestão adequada
das práticas agrícolas em regiões com escassez severa
de recursos hídricos (e.g. região semiárida do nordeste
do Brasil). Este estudo teve como objetivo avaliar a
eficácia da aplicação de pó de coco sobre a superfície do
solo e o cultivo de palma forrageira, na redução do
escoamento superficial e da perda de solo.
Foram realizados ensaios laboratoriais utilizando um
simulador de chuva com um aspersor Veejet 80.100,
posicionado a 2.00 m de altura de um canal de terra com
1.50 m de comprimento, 0.50 m de largura e 0.25 m de
altura, no Laboratório do Departamento de Engenharia
Agrícola da Universidade Federal Rural de Pernambuco
(UFRPE), Brasil. Foi utilizado um Argissolo Amarelo
Eutrófico
Típico,
de
textura
franco-arenosa,
representativo da bacia experimental do Alto Ipanema,
Pernambuco, Brasil. Foram consideradas três condições
da superfície do solo, inclinada a 10%: i) Superfície do
solo descoberta; ii) Aplicação de cobertura morta de pó
de coco (Cocos nucifera L) sobre a superfície do solo,
com uma densidade de 8 t/ha; e iii) Cultivo de palma
forrageira (Opuntia fícus-indica L), alinhadas com as
linhas de nível e com espaçamento de 0.15 m entre
plantas. Foram simuladas chuvadas de intensidade
constante de 90 mm/h e com uma duração total de
15 minutos, a partir das quais foram avaliados os
seguintes parâmetros: i) Humidade do solo antes e após
chuvada, medida utilizando sensores de humidade
FALKER HidroFarm HFM 1010; ii) Escoamento
superficial, coletado a jusante do canal; e iii) Perda de
solo, obtida através da secagem das amostras de
escoamento superficial. Para cada condição da superfície
do solo foram realizadas três repetições.
Em média, os tratamentos com palma forrageira e
cobertura
de
pó
de
coco
proporcionaram,
respetivamente, um aumento de 90% e 135% na
humidade do solo, uma redução de 30% e 50% no
volume total escoado e uma redução de 30% e 70% na
massa total de solo perdido, em relação ao solo
descoberto. Verificou-se que ambos os tratamentos
criaram barreiras naturais ao escoamento superficial,
promovendo assim uma maior infiltração, com
consequente aumento da água no solo, um retardamento
do início do escoamento superficial e uma redução da
erosão hídrica.
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
UMS2016-76
Caracterização da infiltração pela metodologia do
problema inverso da modelação de rega de superfície
José Manuel Gonçalves (1), Luis Santos Pereira (2)
(1) Instituto Politécnico de Coimbra, Escola Superior Agrária,
Portugal
(2) Centro de Investigação em Agronomia, Alimentos, Ambiente
e Paisagem (LEAF), Instituto Superior de Agronomia,
Universidade de Lisboa, Portugal
A rega de superfície caracteriza-se pela aplicação da
água na cabeceira da parcela e no escoamento em
superfície livre sobre o solo, em que os mecanismos de
transporte são a gravidade e as diferenças de pressão
hidrostática, ao mesmo tempo que ocorre a infiltração
para a zona radicular. Assim, a superfície do solo
funciona como um canal na distribuição da água no
interior da parcela, pelo que as suas características de
superfície e de infiltração determinam o desempenho dos
sistemas. No processo de submersão forma-se uma
toalha de água que rapidamente submerge ou alaga toda
a parcela, pelo que a maior parte da infiltração ocorre
com a água em repouso. Por sua vez, no escorrimento, a
água escoa-se à superfície atingindo lentamente toda a
parcela, ocorrendo infiltração com a água em movimento,
aplicando-se quando o declive e o comprimento são
relativamente elevados, condição que não viabiliza a
submersão em toda a parcela.
A hidráulica da rega de superfície compreende o
movimento da água na superfície do solo, em sulcos ou
sobre a superfície plana do terreno, e o movimento da
água no perfil do solo a partir da infiltração. Nestas
condições, ocorre à superfície um escoamento variável,
no tempo e no espaço. O desempenho dum sistema está,
portanto, dependente da conjugação do escoamento
superficial na totalidade da parcela com as características
de infiltração do solo. Neste processo são determinantes
o comprimento e declive da parcela, a forma e a
rugosidade superficial do solo, a velocidade e altura do
escoamento e a permeabilidade do solo.
A modelação da hidráulica da rega de superfície tem por
base os princípios fundamentais da conservação da
massa e da quantidade de movimento, através das
equações de Saint-Venant, sendo os modelos mais
aplicados o SIRMOD e o SRFR. No cálculo da infiltração
são utilizadas diversas equações, como as de Richards
ou de Kostiakov, esta a mais usada na modelação da
rega. Os modelos de simulação têm uma grande valia no
projeto e gestão da rega, permitindo a experimentação
sobre o funcionamento dos sistemas no sentido da
análise e otimização de resultados. São também usados
na avaliação de um sistema de rega, em complemento
aos dados observados no campo, e em sistemas de
controlo da rega em tempo real. A descrição das
condições de funcionamento do sistema de rega para a
aplicação de modelos de simulação é efetuada por um
conjunto de parâmetros, obtidos a partir de observações
de campo, como em ensaios de infiltração.
A metodologia do “problema inverso” faz uso dos
modelos de simulação para a determinação de
parâmetros de infiltração e de rugosidade do solo, através
dum procedimento de calibração dos resultados da
simulação com as observações de campo, como os
tempos de avanço e recessão, o caudal na extremidade
UMS 2016
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78
Resumos – Comunicações em Poster
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de jusante, ou os níveis de água sobre o solo. O caso
particular dos dados do avanço para determinar os
parâmetros de infiltração, como o método dos Dois
Pontos, é uma prática muito divulgada, pois permite, de
uma forma simples, a caracterização da infiltração média
espacial na parcela. O uso desta técnica em sistemas de
controlo da rega em tempo real tem também a vantagem
de permitir incorporar dados observados na própria rega,
na gestão do sistema.
Este artigo vai explanar a metodologia do problema
inverso na parametrização da infiltração para efeito da
avaliação ou projeto de rega e apresentar vários
exemplos de aplicação.
UMS2016-77
Nivelamento de terras: modelo de cálculo para apoio
à modernização do regadio
José Manuel Gonçalves (1), Luis Santos Pereira (2)
(1) Instituto Politécnico de Coimbra, Escola Superior Agrária
(2) Centro de Investigação em Agronomia, Alimentos, Ambiente
e Paisagem (LEAF), Instituto Superior de Agronomia,
Universidade de Lisboa
O nivelamento de terras é uma operação que se destina
a modificar a forma da superfície do solo, dando-lhe uma
configuração adequada à finalidade pretendida.
Na preparação do terreno para a rega de superfície
pretende-se que a sua superfície corresponda a um plano
com inclinação conveniente. Efetua-se o nivelamento de
terras quando se instala um novo sistema de rega, com a
possível a alteração da inclinação natural do terreno.
Os custos elevados da movimentação de volumes de
terra significativos e a degradação da fertilidade do solo
resultante de escavações excessivas conduzem à regra
geral de que as alterações das inclinações devem ser
minimizadas, embora sujeitas a requisitos dos sistemas
de rega ou drenagem. Após a instalação do sistema, o
nivelamento de manutenção destina-se à sua retificação
por alisamento da superfície do solo, muitas vezes de
periodicidade anual.
A eficácia da rega de superfície está muito dependente
da qualidade do nivelamento de terras, dado que a água
se escoa em canal na superfície do solo, logo as suas
características devem permitir que o movimento da água
seja o mais possível uniforme, o que só acontece com a
superfície do solo bem nivelada. Esta também favorece a
mecanização cultural, como exemplo na sementeira e em
operações de cultivo.
escala entre 1:200 e 1:1000 e uma precisão altimétrica de
3 a 10 mm, estabelecendo-se o modelo de elevação do
terreno (MET) da parcela; ii) Reconhecimento de solos,
para avaliar a profundidade de escavação do terreno para
prevenir a degradação da fertilidade do solo; iii) Cálculo
dos declives a adotar, tendo em conta a espessura da
camada arável, dos volumes a movimentar e dos custos
correspondentes; iv) Movimentação de terras através de
máquinas de nivelamento de precisão, em especial com
controlo laser, cujo rendimento depende das condições
do solo, da área e das distâncias de transporte de terras.
Para apoio à planificação e à operação de campo foi
desenvolvido um modelo de cálculo que aplica o método
do plano ao MET da parcela de terreno. O cálculo do
volume de terras é efetuado com base nas cotas de
trabalho (desníveis entre terreno e plano) e na
determinação das linhas de passagem (linhas de
delimitação das áreas de escavação e aterro). Depois
para cada unidade de malha são calculados os volumes
unitários (de escavação ou aterro) de cada forma
prismoide de terreno que se desvia da posição ideal do
plano. Para que ocorra um equilíbrio na movimentação de
terras (volume de aterro equivaler ao de escavação),
deve a posição do plano de projeto ser ajustada por
translação na vertical. O tempo de trabalho necessário à
operação e o respetivo custo são resultados relevantes
para a tomada de decisão.
O resultado gráfico das áreas de escavação e aterro, por
níveis de profundidade, permitem inferir sobre o impacte
que a operação pode ter nas modificações do perfil do
solo, em particular nas áreas de escavação. Permite
também estabelecer os percursos de corte-transporteaterro-retorno que otimizam a operação de nivelamento,
através de trajetos com idênticos comprimentos. Com
este objetivo evita-se o uso excessivo das linhas de
percurso e minimiza-se o transporte e as distâncias de
retorno. Mesmo com o equipamento de controlo laser, a
experiência do operador e a informação prévia de apoio
técnico são necessárias para maximizar a eficácia da
operação.
Este artigo vai apresentar o modelo de cálculo para
nivelamento de terras desenvolvido, na perspetiva de
apoio à modernização do regadio. Serão também
apresentados alguns exemplos de aplicação.
A compactação excessiva ou a remoção da camada
superficial do solo, em determinadas zonas da parcela,
pode provocar uma degradação do solo com efeitos
negativos para a produção agrícola, pelo que é
necessário ponderar a profundidade dos cortes a efetuar.
Assim, a operação de nivelamento deve ser precedida de
um estudo do solo, analisando-se o seu perfil, natureza e
constituição dos seus horizontes, no sentido de avaliar a
espessura dos cortes que se podem realizar sem prejuízo
sensível da produtividade, ou suscetíveis de serem
compensados por adequada fertilização.
O processo de nivelamentos de terras envolve várias
fases: i) Levantamento topográfico de pormenor, com
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
UMS 2016
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Resumos – Comunicações em Poster
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UMS2016-78
Estudo de técnicas biológicas para remoção de
antibióticos de água residual
UMS2016-79
Avaliação da resistência a antibióticos nas águas
residuais da actividade pecuária
Isabel M. Duarte, M. Paula Amador
Paula Amador (1), Rúben Fernandes (2), Cristina
Prudêncio (2), Roberto Costa (1), Isabel Duarte (1)
Departamento de Ambiente, Escola Superior Agrária de
Coimbra, Instituto Politécnico de Coimbra, Bencanta 3045-601
Coimbra, Portugal
A administração generalizada de antibióticos para a
terapia humana e animal, termina com a sua excreção na
forma activa, juntamente com os seus metabolitos,
através da urina e das fezes. Elevadas concentrações de
antibióticos são frequentemente encontradas nos
efluentes de estações de tratamento de esgoto, nas
águas superficiais, bem como em solos aráveis.
A reutilização de águas residuais tratadas, provenientes
de áreas urbanas e da produção pecuária, para a rega de
campos agrícolas, pode veicular resíduos de antibióticos
para o solo, que por sua vez possibilita a sua exportação
através de escoamento para as águas superficiais e por
lixiviação para as águas subterrâneas. Neste cenário, é
crucial o papel desempenhado pelas estações de
tratamento de águas residuais (ETAR) para gerir o risco
ambiental de disseminação destas contaminações na
água e solo. No entanto, os métodos biológicos
convencionais da maioria das ETARs não os removem
eficientemente. A reduzida biodegradabilidade no
efluente deve-se à presença de antibióticos ou de outros
poluentes aromáticos, que inibem o crescimento
microbiano e, simultaneamente, exercem uma pressão
selectiva, favorecendo o crescimento de bactérias
multirresistentes. A consciência da presença de uma
ampla gama de resíduos de antibióticos em diferentes
matrizes ambientais colocou as preocupações na busca
de tratamentos eficazes para estações de tratamento de
águas residuais.
Este artigo relata um estudo preliminar para desenvolver
um tratamento biológico que pretende lidar de forma
eficaz e económica com efluentes contaminados com
antibióticos e bactérias portadoras de genes resistentes a
antibióticos. Inicialmente foi realizada uma prospecção de
microrganismos capazes de degradar antibióticos.
A obtenção dos isolados candidatos para executar esta
tarefa inclui: i) a recolha de amostras de solo e madeira
ambiental, ii) o isolamento dos microrganismos, iii) o
rastreio dos isolados para o fenótipo requerido, iv) a
manutenção dos isolados, v) a identificação molecular
dos isolados fenotipicamente interessantes. O potencial
de biodegradação de alguns antibióticos mais
prevalentes pelos isolados seleccionados será avaliado
em ensaios in vitro, através de: i) ensaios conduzidos em
soluções de antibiótico, ii) monitorização da concentração
de antibiótico, por medição da sua concentração por
HPLC em alíquotas da solução, recolhidas a intervalos
regulares. Como os testes estão ainda em curso, os
resultados só estarão disponíveis futuramente. A etapa
seguinte deste projecto prevê a condução de ensaios em
tanques-piloto para avaliar a utilidade prática deste
método na degradação de antibióticos em condições de
campo, com o objectivo de evitar a poluição ambiental e
a propagação de bactérias que contêm genes resistentes
a antibióticos.
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
(1) Departamento de Ambiente, Escola Superior Agrária de
Coimbra, Instituto Politécnico de Coimbra, Bencanta 3045-601
Coimbra, Portugal
(2) Ciências Químicas e das Biomoléculas, Escola Superior de
Tecnologia de Saúde do Porto, Instituto Politécnico do Porto,
Rua Valente Perfeito, 322, 4400-330, Vila Nova de Gaia,
Portugal
Ao longo das últimas décadas, os antibióticos foram
utilizados na terapia humana e animal. Na Europa, eles
não são permitidos como promotores de crescimento na
pecuária intensiva, mas podem ser usados como aditivos
alimentares
na
aquicultura
e
da
avicultura.
A administração generalizada de antibióticos resulta na
sua absorção, distribuição, metabolização e excreção
através da urina e fezes, nas suas formas activas,
conjuntamente com os seus metabolitos e com bactérias
resistentes. As principais vias de contaminação ambiental
com antibióticos, bactérias resistentes e de genes de
resistência são a rede de esgotos municipais e agrícolas.
Além da poluição química por antibióticos, a sua
permanência a longo prazo nos sistemas de água,
conduz a pressões de selecção com concentrações subinibitórias, favorecendo as bactérias resistentes aos
antibióticos. As águas residuais, com elevados níveis de
matéria orgânica e microrganismos são especialmente
adaptadas para o crescimento e propagação das
resistências aos antibióticos.
Os sistemas agrícolas têm uma interacção especial com
os antibióticos das águas residuais; pois, se por um lado,
o sector da produção animal é responsável pela
contaminação das águas residuais rurais, por outro lado,
usa água potável e de rega que podem conter resíduos
de antibióticos. As práticas agrícolas comuns de
reutilização da água, nutrientes e de matéria orgânica
para a produção agrícola, por exemplo, a fertilização do
solo com estrume e chorume da pecuária intensiva e rega
com efluentes de sistemas de aquicultura intensiva, são
responsáveis pela contaminação dos solos agrícolas.
Os seres humanos podem estar expostos continuamente
a estes contaminantes, através da ingestão de alimentos
vegetais cultivados em solo contaminado.
Já foram identificados problemas graves. Tem havido
relatos de elevadas concentrações de antibióticos nos
efluentes de estações de tratamento, bem como nas
águas superficiais, a maioria dos quais apresentam um
comportamento recalcitrante. A crescente consciência de
que o uso intensivo de antibióticos é responsável pela
presença de uma ampla gama de resíduos de
antibióticos, detectados por monitorização ambiental,
colocou recentemente este problema no topo das
preocupações ambientais.
Este trabalho apresenta um estudo preliminar de
avaliação do contributo da actividade pecuária na
propagação das resistências aos antibióticos, através das
águas residuais tratadas, estrume e chorume na região
centro de Portugal. Entre março e junho de 2016, será
realizada a amostragem de águas residuais tratadas de
algumas ETAR seleccionadas. As amostras serão
recolhidas em garrafas de plástico estéril de 1 L, a partir
UMS 2016
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80
Resumos – Comunicações em Poster
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das quais serão isoladas Enterobacteriaceae e
caracterizadas fenotipicamente, pelo método de difusão
em ágar para a determinação dos perfis de resistência a
14 antibióticos. As bactérias ampR serão enumeradas em
placas de VRBG suplementado com ampicilina.
Posteriormente serão apresentados os resultados obtidos
neste estudo. Este trabalho irá fornecer uma visão sobre
a real contribuição desta actividade para este grave
problema de Saúde Pública.
UMS2016-81
Drones subaquáticos: ferramentas com elevado
potencial para aplicações inovadoras na gestão dos
recursos hídricos
Rui L. P. de Lima (1,2), Rutger E. de Graaf (3), Floris C.
Boogaard (4)
(1) INDYMO, The Netherlands
(2) MARE - Centro de Ciências do Mar e do Ambiente, Portugal
(3) INDYMO,
Deltasync;
Hogeschool
Rotterdam,
The
Netherlands
(4) INDYMO, TAUW; Hanze University of Applied Sciences, TU
Delft, The Netherlands
Assegurar um correto uso, gestão e conservação dos
recursos hídricos e do solo é fundamental para a
sobrevivência humana e ecológica. Actualmente, face às
alterações climáticas e crescente urbanização, os
diversos sistemas aquáticos e do solo estão em
constante e acelerada mudança (e.g. serviços ecológicos
afetados, crescente impermeabilização do solo, excesso
de nutrientes disponíveis). Uma eficiente monitorização
de aspectos relativos à qualidade da água, do solo e
ecologia são importantes para a correcta compreensão,
modelação e previsão de comportamentos dos meios
hídricos e, naturalmente, para uma adequada gestão
ambiental e tomada de decisões na área ambiental. Para
isso, observa-se uma crescente necessidade de novos
métodos e abordagens inovadores que consigam
aproveitar as potencialidades de novas tecnologias que
estão cada vez mais acessíveis aos profissionais de
diferentes áreas.
O presente trabalho descreve os resultados e
experiências resultantes da utilização de drones
subaquáticos equipados com sensores e câmaras de
vídeo em diferentes tarefas no sector da água. Estes
veículos tele-comandados foram testados em diversas
aplicações-piloto na Holanda, em colaboração e na
presença de autoridades da água locais e de outros
prováveis utilizadores desta metodologia. As possíveis
aplicações são vastas e incluem abordagens mais
direcionadas para a informação obtida pelos diversos
sensores instalados nos veículos (mapeamento de
parâmetros da qualidade da água, procura de fontes de
poluição), mas também tarefas baseadas na informação
visual (inspeções de infra-estrutura, estudos ecológicos).
Os objetivos do estudo incluem investigar o estado da
arte da tecnologia aplicável a drones subaquáticos, e
identificar as oportunidades, limitações e obstáculos da
aplicação desta tecnologia à gestão da água e legislação
europeia, pelas entidades responsáveis.
Resultados preliminares indicam que, em diversas
situações, a utilização de drones subaquáticos permite a
obtenção de informação que seria difícil e dispendiosa de
obter com outros métodos (e.g. acesso ao interior de
galerias e debaixo de estruturas flutuantes). O facto de
ser uma abordagem dinâmica e móvel, oferece uma forte
componente espacial permitindo, por exemplo, a
determinação da variabilidade espacial de parâmetros da
qualidade da água. A disponibilização de novas
informações e dados sobre sistemas aquáticos permitem
a realização de novos estudos e análises, sendo
fundamental para uma gestão eficaz dos recursos
hídricos.
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
UMS 2016
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Resumos – Comunicações em Poster
81
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UMS2016-82
Caracterização
da
variabilidade
espacial
da
hidrofobicidade do solo: Utilização de termografia
por infravermelhos
João R. C. B. Abrantes (1), João L. M. P. de Lima (1),
Sérgio Prats Alegre (2), Jacob J. Keizer (2)
(1) MARE - Centro de Ciências do Mar e do Ambiente;
Departamento de Engenharia Civil, Faculdade de Ciências e
Tecnologia da Universidade de Coimbra, Coimbra, Portugal
(2) CESAM - Centro de Estudos do Ambiente e do Mar;
Departamento de Ambiente e Ordenamento, Universidade de
Aveiro, Aveiro, Portugal
A hidrofobicidade da camada superficial do solo pode
representar um problema em áreas agrícolas e florestais,
na medida em que altera a capacidade de infiltração do
solo e promove a ocorrência de escoamento superficial e
de erosão hídrica. A hidrofobicidade do solo é um
processo que tem chamado a atenção de técnicos e
cientistas, que há muito tentam desenvolver técnicas
para a sua deteção e para a medição da sua intensidade
e/ou persistência. Neste trabalho foi avaliada, em
laboratório, o potencial de utilização da termografia por
infravermelhos para a caracterização da variabilidade
espacial da hidrofobicidade da superfície do solo. Este
trabalho vem em seguimento de outros trabalhos onde a
termografia por infravermelhos mostrou ser uma
ferramenta útil no estudo de diferentes características da
superfície do solo (e.g., micro-relevo, permeabilidade,
macroporosidade).
A técnica proposta foi testada utilizando um canal de
terra de 1.00  0.75 m2 preenchido com um solo francoarenoso, onde foram induzidos diferentes graus de
hidrofobicidade em várias áreas da superfície do solo,
utilizando um spray impermeabilizante. A técnica consiste
na aplicação de água fria (10oC) sobre a superfície do
solo, por meio de um sistema de alimentação instalado a
montante do canal, e no registo da temperatura da
superfície do solo com uma câmara de vídeo de
infravermelhos. Enquanto a água fria escoa ao longo do
canal, é repelida nas áreas hidrofóbicas que,
consequentemente, vão apresentar temperaturas mais
elevadas que as áreas não hidrofóbicas. Os registos
térmicos foram comparados com medições da
hidrofobicidade realizadas previamente com o teste MED
(Molarity of an Ethanol Droplet), um dos testes mais
utilizados na medição da intensidade da hidrofobicidade
do solo.
Os resultados mostraram que a termografia por
infravermelhos pode ser utilizada para caracterizar a
hidrofobicidade da superfície do solo. Em geral, a técnica
permitiu distinguir áreas hidrofóbicas de áreas não
hidrofóbicas e distinguir áreas com diferentes graus de
intensidade de hidrofobicidade. Desta forma, a técnica
termográfica proposta poderá contribuir para o estudo
dos impactos hidrológicos de áreas com diferentes
distribuições espaciais de hidrofobicidade do solo.
Financiamento: Fundação para a Ciência e a Tecnologia, Portugal.
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
UMS2016-84
Fatores condicionantes no transporte de sementes
pelo escoamento superficial: Avaliação laboratorial
Babar Mutjaba (1,2), Cleene A. de Lima (3), João R. C. B.
Abrantes (1,2), João L. M. P. de Lima (1,2)
(1) Departamento de Engenharia Civil, Faculdade de Ciências e
Tecnologia da Universidade de Coimbra, Coimbra, Portugal
(2) MARE - Centro de Ciências do Mar e do Ambiente, Portugal
(3) Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife,
Pernambuco, Brasil
O transporte de sementes pelo escoamento é um dos
mecanismos mais importantes da sua dispersão e
desempenha um papel fundamental no funcionamento e
dinâmica das comunidades vegetativas e dos
ecossistemas, tanto em meio agrícola e florestal, como
urbano. É esse transporte que permite que algumas
sementes provenientes de áreas áridas consigam
alcançar áreas mais favoráveis à sua sobrevivência e
germinação. É também essa deslocação que pode
explicar a baixa densidade de vegetação em áreas
degradadas pela erosão. Por outro lado, essas sementes
têm a capacidade de restaurar essas áreas deterioradas.
Desta forma, é fundamental estudar os fatores que
podem influenciar o transporte de sementes pelo
escoamento, não só para compreender melhor o
funcionamento e dinâmica das comunidade vegetativas e
dos ecossistemas, mas também para delinear estratégias
de reflorestação e de recuperação da vegetação de áreas
áridas e áreas degradadas pela erosão. Este estudo teve
como objetivo avaliar a influência das características da
semente, da inclinação da superfície e das características
hidráulicas do escoamento no transporte de sementes.
Foram realizados ensaios laboratoriais utilizando um
canal com uma superfície cerâmica, com 2.4 m de
comprimento, 0.1 m de largura e 0.4 m de profundidade,
posicionada com inclinações de 18, 27 e 36%.
A montante do canal foi instalado um sistema manual de
regulação do caudal. Para cada inclinação foram
aplicados diferentes caudais e foi medido o deslocamento
de dois tipos de sementes oleaginosas distribuídas ao
longo da superfície do canal: i) Semente de Moringa
(Moringa oleifera Lam), com formato esférico e uma
densidade de 200 kg/m3; e ii) Semente de Nim
(Azadirachta indica A. Juss), com formato cilíndrico e uma
densidade de 450 kg/m3. O deslocamento e a velocidade
de transporte das sementes foram medidos através de
processamento de imagem, após registo visual com uma
câmara de vídeo GoPro. Foi também medida a
velocidade e a profundidade do escoamento para os
diferentes caudais, utilizando um traçador térmico e um
limnímetro regulável. Para cada inclinação foi avaliado o
caudal mínimo necessário para ocorrer transporte de
sementes pelo escoamento e foi calculada a energia do
fluxo (streampower) associada a esse caudal.
Em geral, as sementes de Nim e Moringa, apesar de
terem densidades e geometrias diferentes, apresentaram
deslocamentos e velocidades de transporte semelhantes.
Para as condições estudadas, tanto o deslocamento
como a velocidade de transporte das sementes
cresceram linearmente com o caudal escoado.
UMS 2016
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82
Resumos – Comunicações em Poster
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UMS2016-87
Drenagem
Urbana
Sustentável:
modelação de telhados verdes
aplicação
e
Clarisse I. T. Carneiro (1), José A. A. Sá Marques (1,2),
Nuno E. C. Simões (1,2)
(1) Departamento de Engenharia Civil, Faculdade de Ciências e
Tecnologia, Universidade de Coimbra, Coimbra, Portugal
(2) MARE - Centro de Ciências do Mar e do Ambiente, Portugal
O aumento da urbanização, sem o devido planeamento,
combinado com as alterações climáticas, levam ao
aumento dos caudais superficiais e à ocorrência das
cheias. Nos últimos vinte anos as cheias foram o
desastre natural mais recorrente, mostrando a
vulnerabilidade dos ambientes urbanos às condições
hidrológicas extremas. Reconstruir o sistema de
drenagem para fazer face a este problema pode não ser
eficiente
ou
viável,
quer
tecnicamente
quer
economicamente. Técnicas inovadoras como a dos
telhados verdes, construção de pavimentos permeáveis,
canais abertos com vegetação, bacias de retenção, entre
outros, atenuam os picos de cheia, diminuindo o risco de
cheia nas áreas urbanas.
Os telhados verdes são uma alternativa aos telhados
tradicionais e têm vindo a ser desenvolvidos pelos seus
benefícios na retenção da precipitação, reduzindo o
volume de água escoado e atenuando os picos de cheia.
Contudo, verificaram-se outros benefícios associados a
esta
tecnologia,
nomeadamente:
redução
da
concentração de poluentes das águas da chuva, redução
do consumo energético da habitação, redução do efeito
de Ilha de Calor, mitigação da poluição do ar, absorção
de som, preservação ecológica e aumento de áreas
vegetadas nas áreas urbanas.
O presente trabalho teve como objetivo a análise do
potencial dos telhados verdes na redução do pico de
cheia e da quantidade de caudal superficial, bem como a
sustentabilidade desta tecnologia: economicamente,
socialmente e ambientalmente. A potencial redução do
pico de cheia e da quantidade de caudal superficial foi
efetuada considerando a aplicação desta tecnologia na
área do Pólo II da Universidade de Coimbra, recorrendo
ao programa de modelação hidráulica-hidrológica Storm
Water Management Model (SWMM), da Environmental
Protection Agency (EPA) dos Estados Unidos da América
(EUA). O estudo envolveu a análise da influência das
características construtivas do telhado verde e a análise
da redução do escoamento superficial mediante essas
influências.
Os resultados obtidos indicam uma redução do pico de
cheia, entre os 94-100%, e da quantidade de caudal
superficial, aproximadamente 97%, quando considerando
somente uma área de telhado verde, utilizando a
ferramenta de controlo LID. No entanto, considerando
toda a área em estudo, a redução é na ordem dos
12-15%. Isto deve-se à grande dimensão da área em
estudo que possui uma baixa área de telhados que pode
ser convertida em telhado verde. Este estudo pretende
ser um contributo para o desenvolvimento futuro de
projetos desta tecnologia, ainda recente e pouco
desenvolvida, em Portugal.
UMS2016-88
Correlação de Pearson dos atributos físico-químicos
de um Neossolo Quartzarênico sob cultivo de
eucalipto
E. S. Lima (1), R. Montanari (2), L. H. Lovera (1), Z. M.
Souza (1), M. Squizato (2), A. Paz González (3)
(1) Universidade de Campinas (UNICAMP), Faculdade de
Engenharia Agrícola – Av. Cândido Rondon, 51, Barão Geraldo,
13083-875, Campinas, São Paulo, Brasil
(2) Universidade Estadual Paulista (UNESP), Departamento de
Fitossanidade, Engenharia Rural e Solos – Av. Brasil, 56, Centro,
15385-000, Ilha Solteira, São Paulo, Brasil
(3) Universidade da Coruña (UDC), Facultad de Ciencias,
Campus de A Zapateira, s/n., 15008, A Coruña, España
A produção de eucalipto vem se destacando por
apresentar grande potencial produtivo madeireiro, uma
vez que o consumo de papel no mundo tende a aumentar
com o incremento da população e o desenvolvimento das
cidades. A utilização de biomassa produzida por eucalipto
tem-se destacado como um potencial de energia
renovável e uma alternativa para substituição ou redução
do consumo de combustíveis fósseis. Com isso,
objetivou-se avaliar a correlação linear dos atributos
físico-químicos de um Neossolo Quartzarênico em Três
Lagoas - MS. O trabalho foi desenvolvido nos anos
agrícolas 2014/2015, no município de Três Lagoas, MS
em área de Eucalyptus urograndis situada nas condições
do cerrado brasileiro, onde uma malha regular
experimental de 50 pontos amostrais foi instalada para a
determinação dos atributos: altura do eucalipto (ALT),
diâmetro a altura do peito (DAP), resistência mecânica à
penetração (RP), matéria orgânica (MO), potencial
hidrogeniônico (pH), fósforo (P) e soma de bases (SB)
nas camadas de 0,00-0,20 e 0,20-0,40 m. A correlação
de Pearson entre planta e solo apresentou significância
para os pares DAP  RP1 (-0,112**), ALT  P1 (0,286*) e
DAP  P1 (0,303*). A correlação inversa entre DAP e RP1
demonstra que, quanto menor a resistência do solo à
penetração na camada de 0,00-0,020 m maior será o
diâmetro a altura do peito do eucalipto. Por outro lado as
correlações ALT e DAP versus fósforo na camada de
0,00-0,020 m foram positivas indicando que, quanto maior
o teor de fósforo, maior será o eucalipto em altura e
diâmetro. A correlação solo versus solo apresentou
significância para os pares MO1  P1 (0,578**),
MO2  P2 (0,677**), MO2  pH2 (0,359*), MO2  SB1
(0,391**), MO2  SB2 (0,492**), SB1  pH1 (0,867**) e
SB2  pH2 (0,641**). Pode-se verificar que a MO
apresentou correlação direta com P, pH e SB isso ocorre
pois com o aumento do teor de MO no solo há uma maior
estruturação do solo, uma maior retenção e
disponibilidades de nutrientes aumentando assim os
teores de fósforo e soma de bases, consequentemente
aumentando o pH. O aumento do teor de P ocorre devido
o mesmo se tornar lábil a partir do aumento da soma de
bases e do pH aumentando assim sua disponibilidade na
solução do solo para as plantas de eucalipto. Dessa
forma conclui-se que, com a redução da resistência
mecânica à penetração e com o aumento do teor da
matéria orgânica do solo há um aumento da fertilidade e
um melhor desenvolvimento do eucalipto em altura e
diâmetro.
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
UMS 2016
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Resumos – Comunicações em Poster
83
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UMS2016-89
Distribuição espacial da macrofauna de um latossolo
na cultura da soja (Glycine max l.)
L. H. Lovera (1), R. Montanari (2), E. S. Lima (1), J. S.
Rosset (3), Z. M. Souza (1), Mariele Squizato (2), Beatriz
Batello Rodrigues (2)
(1) Universidade de Campinas (UNICAMP), Faculdade de
Engenharia Agrícola – Av. Cândido Rondon, 51, Barão Geraldo,
13083-875, Campinas, São Paulo, Brasil
(2) Universidade Estadual Paulista (UNESP), Departamento de
Fitossanidade, Engenharia Rural e Solos – Av. Brasil, 56,
Centro, C. P. 31, 15385-000, Ilha Solteira, São Paulo, Brasil
(3) Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul, Unidade
Universitária de Mundo Novo, Km 20.2, 79980-000, Mundo
Novo, Mato Grosso do Sul, Brasil
O conhecimento da macrofauna nos fornece um
indicativo da complexidade ecológica das comunidades
do solo, onde existem grupos (pragas) que prejudicam as
folhas, vagens e grãos da cultura, incluindo os percevejos
(Hemiptera) sugadores de grãos, as lagartas
(Lepidoptera) e os besouros (Coleoptera) que atacam as
vagens, além dos grupos benéficos, como exemplo da
minhoca (anelídeo). Assim, no ano agrícola de
2013/2014, na fazenda de Ensino e Pesquisa da
faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, onde estudouse a distribuição espacial da macrofauna e a sua relação
com a produtividade da cultura da soja em um
experimento na região de Selvíria, MS. A determinação
dos pontos de coleta da macrofauna e da produtividade
da soja foi feita com auxílio de uma malha estatística
contendo 100 pontos amostrais. Para a coleta da
macrofauna, fez-se buracos de largura e profundidade
suficiente para encaixar o recipiente de coleta, ficando
nivelada com a superfície do solo. A solução utilizada foi
a aspirina (ácido acetilsalicílico), diluída em água e
despejada no recipiente plástico, onde, após uma
semana, os recipientes foram retirados e levados para o
laboratório, separando os insetos por classes e a
realização da contagem. A análise estatística foi:
a) análise descritiva inicial dos atributos e b) análise
geoestatística.
Todas
as
classes
de
insetos
apresentaram variabilidade muito alta, com coeficientes
de variação entre 108,7 a 438,1%, tais resultados
apresentaram altos CV’s devido a macrofauna não
apresentar a estacionaridade, onde os mesmos possuem
a capacidade de locomoção, assim, pontos amostrados
apresentaram alta ou baixa população da macrofauna na
área experimental. Apenas a PG da soja e a classe
coleóptera apresentou dependência espacial, tida como
média e muito alta, respectivamente, mostrando que a
maior concentração da classe coleóptera estava
distribuída de forma agregada na área. O menor valor
para o alcance foi para coleóptera, indicando que os
pontos amostrados são semelhantes num raio de 7,6 m,
já, para a PG da soja, o raio foi de 28,3 m. Esse
parâmetro fornecido pela análise geoestatística é de
fundamental importância, pois representa a distância em
que uma variável regionalizada apresenta continuidade
espacial, sendo que a acima desta distância, o
comportamento espacial da variável passa a ser
totalmente aleatório. Conhecer a dinâmica espaçotemporal dos coleópteros em função da produtividade da
soja torna-se importante para o desenvolvimento de
estratégias de manejo da cultura.
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
UMS2016-90
Atributos químicos do solo após cultivo de trigo sob
adubação nitrogenada e inoculação com Azospirillum
brasilense
F. S. Galindo, M. C. M. Teixeira Filho, R. Montanari, M. G.
Z. Ludkiewicz, E. H. M. Boleta, V. M. Silva
Universidade Estadual Paulista (UNESP), Departamento de
Fitossanidade, Engenharia Rural e Solos – Av. Brasil, 56, Centro,
C. P. 31, 15385-000, Ilha Solteira, São Paulo, Brasil
O Azospirillum brasilense destaca-se no processo de
fixação biológica de nitrogênio (FBN) em gramíneas.
Contudo, mais estudos necessitam ser conduzidos para
definir quanto se pode aplicar de N mineral considerando
a eficiência da FBN para alcançar altas produtividades
sem alterar a fixação, bem como sobre o impacto dessas
práticas na fertilidade do solo. Sendo assim, objetivou-se
estudar o efeito da inoculação de trigo com A. brasilense,
associada a doses e fontes de N, em solo de Cerrado,
avaliando-se os atributos químicos do solo após dois
cultivos de trigo irrigado (M.O., P, K, S, Ca, Mg, pH,
H + Al, SB, CTC e V%). O experimento foi desenvolvido
em Selvíria - MS, Brasil, em sistema plantio direto, em
Latossolo Vermelho distrófico, em 2014 e 2015.
O delineamento experimental foi em blocos ao acaso,
com quatro repetições, dispostos em um esquema fatorial
2  5  2, sendo: 2 fontes de N (ureia e Super N - ureia
com inibidor da enzima urease NBPT (N(-n-butil
tiofosfórico triamida)); 5 doses de N em cobertura (0, 50,
100, 150 e 200 kg ha-1); com e sem inoculação das
sementes com A. brasilense. O incremento das doses de
N não influenciou os atributos químicos do solo. O Super
N pode acidificar mais o solo comparativamente à ureia.
A inoculação com A. brasilense pode reduzir o efeito da
acidificação do solo em cultivos intensivos de trigo
irrigado, contudo a extração de bases foi maior, refletindo
em menor CTC do solo após cultivo com inoculação.
UMS 2016
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84
Resumos – Comunicações em Poster
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UMS2016-92
Concentração de macro e micronutrientes na palhada
de trigo após cultivo sob adubação nitrogenada e
inoculação com Azospirillum brasilense
UMS2016-93
Atributos
químicos
do
solo
em
sistemas
conservacionistas com e sem o uso do gesso
agrícola
F. S. Galindo, M. C. M. Teixeira Filho, R. Montanari,
M. G. Z. Ludkiewicz, E. H. M. Boleta, V. M. Silva
Leandro A. Freitas, Luiz M. M. De Mello,
Rafael Montanari, Élcio H. Yano, Diego S. Pereira
Universidade Estadual Paulista (UNESP), Departamento de
Fitossanidade, Engenharia Rural e Solos – Av. Brasil, 56,
Centro, C. P. 31, 15385-000, Ilha Solteira, São Paulo, Brasil
Universidade Estadual Paulista (UNESP), Departamento de
Fitossanidade, Engenharia Rural e Solos – Av. Brasil, 56, Centro,
C. P. 31, 15385-000, Ilha Solteira, São Paulo, Brasil
Em gramíneas, o Azospirillum brasilense vem se
destacando no processo de fixação biológica de
nitrogênio (FBN). Entretanto, existe a necessidade de
mais estudos para definir quanto se pode aplicar de N
mineral considerando a eficiência da FBN para alcançar
altas produtividades sem alterar a fixação, bem como
sobre o impacto dessas práticas na fertilidade do solo e
ciclagem de nutrientes. Sendo assim, objetivou-se
estudar o efeito da inoculação de trigo com A. brasilense,
associada a doses e fontes de N, em solo de Cerrado
brasileiro, avaliando-se a concentração de macro e
micronutrientes na palhada após um cultivo de trigo
irrigado. O experimento foi desenvolvido em Selvíria MS, em sistema plantio direto, num Latossolo Vermelho
distrófico, em 2014. O delineamento experimental foi em
blocos ao acaso, com quatro repetições, dispostos em
um esquema fatorial 2  5  2, sendo: 2 fontes de N
(ureia e Super N - ureia com inibidor da enzima urease
NBPT (N(-n-butil tiofosfórico triamida)); 5 doses de N em
cobertura (0, 50, 100, 150 e 200 kg ha-1); com e sem
inoculação das sementes com A. brasilense.
O incremento das doses de N não influenciou na
concentração de N, P, K, Ca, Mg, S, Cu, Mn e Zn, mas
propiciou maior concentração de Fe na palhada.
De maneira geral, as fontes de N não influenciaram a
concentrações dos nutrientes supracitados, com exceção
do S, que apresentou maior concentração quando a fonte
utilizada foi o Super N. A inoculação com A. brasilense
influenciou as concentrações de P e S na palhada de
formas distintas. Para a concentração de P, a inoculação
foi prejudicial em função da maior concentração do
nutriente nos grãos, entretanto, para a concentração de
S, os tratamentos em que foram efetuados a inoculação
propiciaram maior concentração do nutriente na palhada.
O uso do solo para produção agrícola no cerrado se
estabeleceu, com sistemas de preparo intensivo. Com a
intensificação do preparo, os atributos químicos do solo
foram alterados conforme o manejo aplicado. Este
trabalho teve o intuito de estudar os atributos químicos do
solo nos diferentes manejos e uso do gesso agrícola.
O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso,
combinando de quatro sistemas de cultivo: Semeadura
Direta Contínua (SPD-SPD) e Alternada (SPD-CM),
Cultivo Mínimo Contínuo (CM-CM) e Alternado (CM-SPD)
com ou sem o uso de gesso, e quatro repetições. Foram
avaliados os atributos químicos do solo, nas
profundidades de 0,0-0,15 m; 0,15-0,30 m. Os resultados
desmontaram que o sistema de plantio direto contínuo
apresentou as melhores disponibilidades e estabilidade
de nutrientes com ou sem o uso do gesso, nas duas
profundidades. A utilização do gesso proporcionou
melhores disponibilidades de nutrientes em perfil do solo
independentemente do manejo de solo empregado,
contudo este deve ser utilizado conforme o manejo, pois
pode causar lixiviação de nutrientes.
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
UMS 2016
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Resumos – Comunicações em Poster
85
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UMS2016-94
Desempenho agronômico da cultura do milho
submetido a sistemas de manejos e residual de
gesso
Leandro A. Freitas, Luiz M. M. De Mello, Rafael
Montanari, Élcio H. Yano, Diego S. Pereira
Universidade Estadual Paulista (UNESP), Departamento de
Fitossanidade, Engenharia Rural e Solos – Av. Brasil, 56,
Centro, C. P. 31, 15385-000, Ilha Solteira, São Paulo, Brasil
Os sistemas intensivos de preparo do solo podem afetar
os seus atributos químicos, físicos e biológicos e
conseqüentemente, a viabilidade dos sistemas de
produção. Com a intensificação do preparo, os atributos
do solo foram alterados conforme o manejo aplicado.
Com o intuito de estudar o desempenho agronômico da
cultura do milho nos diferentes manejos e uso do gesso
agrícola foi realizado este estudo. O delineamento
experimental foi o de blocos ao acaso, combinando de
três sistemas de cultivo: Sistema de Plantio Direto (SPD),
Cultivo Mínimo (CM) Sistema Plantio Convencional
(SPC), com ou sem o uso de gesso, e quatro repetições.
Foram avaliadas as características agronômicas da
cultura do milho. Os resultados desmontaram que o
sistema de plantio direto obteve as melhores
características de estabilização e sobrevivência do milho,
também foi o sistema de manejo de solo que obteve os
melhores números de produtividade. O uso do gesso
proporcionou melhores disponibilidades de nutrientes em
perfil do solo independentemente do manejo de solo
empregado, contudo este deve se utilizado em função do
manejo empregado, pois afeta as características do solo
reagindo com nutrientes, de forma que possa ser usado
incorporado ou em superfície.
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
UMS2016-96
Variabilidade temporal da humidade do solo numa
encosta na bacia do Jatobá-PE, Brasil
Valdemir de P. e Silva Junior (1), Abelardo A. A.
Montenegro (1), João L. M. P. de Lima (2,3)
(1) Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife, PE,
Brasil
(2) MARE - Centro de Ciências do Mar e do Ambiente, Portugal
(3) Departamento de Engenharia Civil, Faculdade de Ciências e
Tecnologia da Universidade de Coimbra, Coimbra, Portugal
A humidade do solo é uma variável de grande
importância para a compreensão dos processos
hidrológicos, dentre eles a relação precipitaçãoescoamento e a infiltração, apresentando elevada
variabilidade espacial e temporal em bacias do semiárido
Pernambucano. O objetivo deste estudo foi avaliar o
comportamento da humidade do solo numa encosta de
referência na bacia hidrográfica experimental do Jatobá,
no semiárido brasileiro. Realizaram-se 55 campanhas de
monitorização da humidade do solo nas camadas de
0,0 – 0,1 m
e
0,1 – 0,2 m
utilizando
a
sonda
capacitiva/Diviner – 2000® no período de 23/06/2010 a
02/10/2014, com presença de vegetação arbustiva natural
(Caatinga) e pastagem degradada. Análise de
variabilidade do teor de água do solo foi realizada para
seis pontos dessa encosta. Os resultados demonstraram
que é possível identificar um ponto representativo do
comportamento médio da humidade. Esse ponto na área
de pastagem degradada, distando cerca de 300 m da
área com a presença de vegetação nativa e a 65 m da
linha de água principal, foi considerado como
representativo da humidade na encosta, possibilitando
assim reduzir os custos relacionados com futuras
monitorizações hidrológicas.
UMS 2016
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Resumos – Comunicações em Poster
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VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
UMS 2016
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Programa da Visita Técnica
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Visitas Técnicas
Visita Técnica 1
14 junho: 14:00-19:00
Aproveitamento Hidroagrícola do Baixo
Mondego
Visita com a duração aproximada de 5 horas, a decorrer
no Vale do Rio Mondego, a jusante de Coimbra.
condições básicas para a modernização da agricultura e
a melhoria do nível socioeconómico dos agricultores.
As obras de regularização fluvial do rio Mondego foram
primordiais, permitindo simultaneamente a defesa contra
cheias dos campos do Baixo Mondego, a rega e a sua
drenagem. O Ministério da Agricultura estabeleceu como
objetivo o aumento de 25% da produtividade agrícola em
pelo menos 80% da área beneficiada através da
implementação de um sistema de rega e drenagem, da
restruturação fundiária, do emparcelamento, da
modernização da rede viária, da reconversão cultural pela
introdução de novas culturas e técnicas e pela criação de
uma associação de beneficiários. As principais culturas
agrícolas são o milho, hortícolas e viveiros, a montante, e
o arroz, a jusante.
DESTAQUES:
 Sistemas de uso do solo no Vale do Mondego
 Obras de regularização do rio Mondego
 Sistemas de rega e drenagem
 Infraestruturas hidráulicas
BREVE DESCRIÇÃO:
Os Campos do Mondego
O rio Mondego é o maior curso de água integralmente
português, com um comprimento de 227 km, drenando
2
uma bacia hidrográfica de 6659 km (Fig. 1). O regime
hidrológico do rio é extremamente irregular, verificandose em condições naturais (sem as obras de
regularização) caudais de estiagem inferiores a 1 m3/s e
3
caudais de cheia superiores a 3000 m /s. O vale
aluvionar do Baixo Mondego tem sido ao longo dos
séculos uma fonte de riqueza e de sofrimento para as
populações locais, pois eram frequentemente flageladas
por inundações dos campos, com perdas de colheita, de
solo fértil e infraestruturas.
O Baixo Mondego, também designado por Campos do
Mondego, compreende uma área de cerca 15 000 ha, no
distrito de Coimbra, incluindo o vale principal - entre
Coimbra e Figueira da Foz - e os vales secundários - dos
rios Arzila, Ega, Arunca e Pranto, na margem esquerda, e
do rio Foja, na margem direita. O clima pela classificação
de Köppen é mesotérmico húmido, com estação seca no
Verão, que é pouco quente e longa (Csb na zona de
montante do vale e Csa a jusante). A precipitação anual
média varia de 910 mm em Coimbra e 720 mm em
Figueira da Foz. Os solo predominantes são de textura
franco-limosa, a montante (46%), e franco-argilo-limosa,
a jusante (37%), ocorrendo solos arenosos em 5% da
área. A capacidade de água utilizável é geralmente
elevada.
Figura 1. Localização da bacia hidrográfica do Mondego, em
Portugal Continental.
Elementos da visita
1) Açude-ponte de Coimbra: esta infraestrutura (Fig. 2)
destina-se, fundamentalmente, a estabelecer um nível de
água que permita o funcionamento adequado das
tomadas de água; a capacidade de armazenamento da
sua albufeira dá-lhe uma relativa autonomia, cerca de
sete horas, o tempo necessário para o escoamento dos
caudais para rega, modulados na barragem da Raiva, em
articulação com a barragem da Aguieira, a montante, que
permite a regularização fluvial; este açude tem instalado
uma moderna escada de peixe (Fig. 3), na margem
esquerda.
Figura 2. Açude-ponte
de Coimbra, com vista
da tomada de água
do Canal Condutor
Geral, na margem
direita.
A agricultura nos Campos do Mondego é secular, com
solos de grande potencial produtivo de origem aluvionar,
onde a água sempre se mostrou marcante, nas
inundações, na deficiente drenagem, na salinização do
solo, e no abastecimento para rega para garantir a
produtividade da terra. Até à década de oitenta do
século XX eram problemas a fragmentação da estrutura
fundiária, a reduzida dimensão das explorações e a
predominância de sistemas monoculturais de PrimaveraVerão.
As obras do Aproveitamento Hidráulico do Mondego e o
Projeto de Desenvolvimento Agrícola do Baixo Mondego
permitiram solucionar os principais problemas, criando as
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
Figura 3. Escada de peixe no Açude
de Coimbra.
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Programa da Visita Técnica
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2) Canal condutor-geral: esta obra, em betão, tem uma
extensão de cerca de 35 km, de secção trapezoidal, com
uma capacidade inicial de 25 m3/s; inicia-se na tomada
de água na margem direita do Açude-Ponte de Coimbra,
desenvolvendo-se a partir do Choupal, sobre os diques
do Leito Central; integra descarregadores de controlo de
nível e módulos de derivação para rega (Fig. 4).
3) Demonstração de campo de drones na deteção remota
para monitorização agrícola e ambiental, a cargo da
empresa Sleeklab (www.sleeklab.com).
4) Novo leito do Rio Mondego (Fig. 5), para visualizar
secção composta do rio, diques, canal de rega e
descarregador de segurança (tipo sifão - Fig. 6).
5) Rede secundária de rega em área emparcelada e
equipada (Fig. 7).
6) Núcleo Museológico do Sal da Figueira da Foz (Museu
do Sal): as Salinas (Fig. 8) são uma forma muito especial
de uso conjunto do solo e água (salgada): os elementos
predominantes são o sal, a flora, a fauna, a paisagem e a
cultura.
7) Castelo de Montemor-o-Velho para vista panorâmica
do vale (Fig. 9).
Figura 7. Rede secundária de rega em área emparcelada e
equipada.
Figura 4. Canal Condutor Geral: módulo de derivação de rega
(em cima) e órgão de controlo de nível (descarregador em bicode-pato, em baixo).
Figura 8. Vista das salinas, no rio Mondego.
Figura 5. Novo leito
do Rio Mondego.
Figura 6.
Descarregador tipo
sifão, no canal de
rega.
Figura 9. Castelo de
Montemor-o-Velho e
vistas panorâmicas sobre
o vale do Mondego.
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
UMS 2016
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Visita Técnica 2
Rio Mondego
16 junho: 9:30-16:00
O ecossistema e uso do solo nas margens
do Rio Mondego a montante de Coimbra
Descida de kayak num segmento do Rio Mondego a
montante de Coimbra.
BREVE DESCRIÇÃO:
A bacia hidrográfica do Rio Mondego tem uma orientação
2
dominante NE-SW e a área de 6659 km ; esta bacia é a
segunda maior bacia hidrográfica em área entre as que
se desenvolvem inteiramente em território português.
O rio tem o comprimento de 234 km: a nascente localizase na Serra da Estrela, à altitude de 1425 m a.s.l., e a foz
junto à cidade da Figueira da Foz, no Oceano Atlântico.
Nos primeiros 50 km o rio desce até aos 750 m; os
últimos 80 km do rio são caracterizados por um declive
suave. As principais formações geológicas são granitos e
xistos da Meseta Ibérica, observando-se primeiro uma
mudança para arenitos e margas e depois, perto da foz,
para formações sedimentares mais recentes.
A descida do Rio Mondego ao longo de uma extensão de
cerca de 15 km, de kayak, é uma actividade relaxante
que combina a atividade física com a oportunidade de
observar a preciosa paisagem envolvente e o
ecossistema característico de um segmento do rio.
O troço escolhido, a montante de Coimbra, desenvolvese entre Penacova e a Praia fluvial de Palheiros e Zorro
(margem esquerda). Inicialmente o rio desenvolve-se ao
longo de um vale profundo e estreito, com um traçado
meanderizado e envolvido por encostas com grandes
declives, revestidas por florestas de pinheiros e de
eucaliptos. Os solos são derivados de xistos. Próximo de
Coimbra o vale do rio começa a abrir-se, desenvolvendose num vale aluvionar durante os últimos 40 km.
A viagem de kayak acaba na Praia fluvial de Palheiros e
Zorro.
Penacova
Praia Fluvial de Palheiros e Zorro
Coimbra
A descida será guiada por profissionais. São satisfeitas
as medidas de segurança correntes. Os kayaks são para
duas pessoas. Será providenciado o transporte desde
Coimbra até aos pontos de partida e chegada.
No final da descida do rio será possível almoçar no Casal
da Misarela, frente à Praia fluvial de Palheiros e Zorro.
Mapa do trajecto de kayak
Penacova
Coimbra e a Universidade
Rio Mondego Coimbra
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VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
UMS 2016
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Índice de Autores
91
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Índice de Autores
Abrantes, J.R.C.B. 26, 38, 60, 73,
77, 81
Abrantes, N. 24, 59
Abreu Junior, C.H. 29
Aguiar, A.C.F. 37, 43, 48, 49, 51,
75
Alarcón, M.N. 41
Albuquerque, E.B.P. 66
Alcañiz, J.M. 34
Almeida, T.A.B. 50, 77
Alvarenga, L.A. 42, 62
Alves, E.R. 27, 49, 55
Alves, M.C. 27
Amador, M.P. 79
Araújo, L.G. 46
Arf, O. 49
Armesto, M.V. 60, 69
Asensio, V. 29
Bandeira, D.H. 23
Barros, M.S. 66
Bastos, A.C. 24, 59
Bento-Gonçalves, A. 29, 63
Bertol, I. 23
Bezerra, J.M. 24, 47, 48, 53
Blainski, E. 32, 70
Boleta, E.H.M. 83, 84
Bonini Neto, A. 27
Bonini, C.S.B. 27, 49, 55
Boogaard, F.C. 80
Bouillet, J.P. 29
Brandsma, M. 59
Brucha, G. 25, 56, 57
Calvo-Cases, A. 31
Calvo-Flores, G.D. 20, 40, 41
Calvo-Flores, R.D. 40
Campos, I. 59, 63
Carneiro, C.I.T. 82
Cavalcanti, R.Q. 77
Cavaleiro, V.P. 33
Chaves, J.O. 45, 46
Claret, R.M.P. 21
Coelho, C.O.A. 63
Cooper, M. 21
Costa, M.K.L. 37, 48, 51, 53, 54,
58, 75
Costa, R. 79
Cota, T.M. 76
Crema, I.P. 60
Cunha, L.F. 61
da Cunha, C.M.L. 28
da Luz, L.R.Q.P. 19
da Silva Neto, E.C. 32
da Silva, A.M. 42, 46, 56
da Silva, A.O. 66
da Silva, G.F. 66, 67
da Silva, I.C. 25
da Silva, L. 45, 46
da Silva, M.C.S. 61
Dafonte, J.D. 37, 47, 52, 58, 60,
69, 71
Dantas, M.S.M. 64
de Abreu, C.A. 71
de Araújo Neto, J.R. 72
de Araújo, D.R. 43
de Carvalho, E.O.C. 26, 56, 57
de Carvalho, J.F. 66, 67
de Farias, M.F. 37
de Farias, M.S.S. 24, 47
de Figueiredo, T. 63
de Graaf, R.E. 80
de la Cueva, S.P. 41
de Lima, C.A. 72, 73, 77, 81
de Lima, J.L.M.P. 26, 36, 38, 50,
60, 62, 73, 77, 81, 85
de Lima, M.I.P. 33, 38, 73, 76
de Lima, R.L.P. 80
De Mello, L.M.M. 84, 85
de Moura, E.G. 43
de Sousa, A.C.M. 21, 44
de Souza, L.C.D. 49
de Souza, Z.M. 21, 44
del Moral, L.G. 20
Dias, R.S. 69, 70, 71
Domec, J.C. 29
Dortzbach, D. 19, 32, 70
dos Santos, G.A.A. 53, 54
dos Santos, J.C.N. 72
dos Santos, N.C.B. 49
Duarte, A.C. 33
Duarte, I.M. 79
Falorca, I.M.C.F.G. 72
Farhate, C.V.V. 44
Faria, S. 59, 63
Feitosa, C.E.L. 37
Felice, J.G. 42
Fernandes, F. 65
Fernandes, R. 79
Fernandez, H.M. 68
Ferreira, A.G.C. 49
Ferreira, A.J.D. 35, 36
Ferreira, A.M. 39
Ferreira, C. 63
Ferreira, C.S.S. 35, 36
Ferreira, D. 62
Ferreira, L.C. 45
Ferreiro, J.P. 19
Fidélis, T. 38
Fonseca, F. 63
Freitas, L.A. 84, 85
Freschi, G. 25, 56, 57
Galindo, F.S. 83, 84
García, J.M.M. 40
García-Tomillo, A. 52
Gonçalves, F. 24
Gonçalves, F.A. 39, 42, 46, 56, 62
Gonçalves, J.M. 36, 38, 77, 78
González, A.P. 19, 23, 26, 32, 52,
58, 60, 67, 69, 70, 74, 82
González, J.R.R. 60
Gualter, R.M.R. 45, 46, 61
Guedes Filho, O. 24
Gutierrez, A.S. 23
Hayashi, E. 25, 56
Heinrichs, R. 27, 55
Henares, J.A.R. 20, 40, 41
Isidoro, J.M.G.P. 42, 56, 62, 65, 68
Jordan-Meille, L. 29
Júnior, J.A.P. 62
Junker, P.H.B.M. 39
Keizer, J.J. 24, 38, 59, 60, 63, 81
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
UMS 2016
_______________________________________________________________________
Laclau, J.P. 29
Lado, M. 67
Lavres Junior, J. 29
Ledesma, S.G. 74
Leite, A.P. 33
Lima, B.O. 56
Lima, C.S. 49, 51, 53
Lima, E.S. 82, 83
Lima, T.V. 51
Lira, R.M. 66
Lourenço, L. 29, 63
Lovejoy, S. 33
Lovera, L.H. 82, 83
Ludkiewicz, M.G.Z. 83, 84
Macedo, V.R.A. 43
Magalhães, A. 27, 55
Malvar, M.C. 59, 63
Marañón, M.S. 40
Marinho, M.A. 60
Marques, J.A.A.S. 82
Martínez, J.P. 20, 40
Martins, B. 63
Martins, F.M.G. 68
Martins, M. 59, 63
Mata, A.G.C. 20, 40, 41
Mathias, D.T. 28
Meirelles, G.C. 27, 49, 55
Mello, C.R. 46
Montanari, R. 75, 82, 83, 84, 85
Montenegro, A.A.A. 38, 50, 73, 77,
85
Moratiel, R. 26
Moreira, F. 39
Moruzzi, R. 28
Mujtaba, B. 26, 73, 81
Nouvellon, Y. 29
Nunes, A. 29, 63
Nunes, M. 36
Núñez, V.M. 20
Ojeda, G. 34
Oliveira, A.S. 46
Oliveira, E.P. 39
Oliveira, F.G.C. 39
Oliveira, M. 59
Ortiz, P.F.S. 64
Palácio, H.A.Q. 72
Pedro, F.G. 27, 49, 55
Pedrosa, E.M.R. 30, 64
Pedrosa, J.L.F. 43
Pereira, D.S. 84, 85
Pereira, L.S. 36, 77, 78
Pereira, M.G. 32, 70
Pérez, .M.J.M. 22
Pérez, M.R. 22
Pimpão, G. 59
Pires, V. 76
Poleto, C. 62, 65
Prats, S.A. 38, 59, 60, 63, 81
Prudêncio, C. 79
Puga, A.J. 24, 59, 63
Purcino, M.D. 39
Quinta-Nova, L. 62
Requejo, A.S. 26
Ribeiro, C. 59
Rocha, J. 59
92
Índice de Autores
_________________________________________________________________________________________________________________________________________
Rodrigues, B.B. 83
Rodrigues, C. 38
Rodrigues, K.M. 45, 46, 61
Rodrigues, R.A.S. 50
Rodríguez–Lado, L. 22
Rojas, J.D. 29
Rolim, M.M. 30, 64, 66, 67
Roque, N. 62
Rosset, J.S. 83
Roxo, M.J. 31
Sabattini, R.A. 74
Santana, M.S.R. 77
Santo, F.E. 76
Santos, A.P.G. 21
Santos, L. 59
Santos, M.R. 45, 61
Saraiva, M.J. 24
Scala Junior, N.L. 44
Serpa, D. 59
Sierra, C.B. 22
Silva Junior, V.P. 38, 85
Silva, A. 76
Silva, A.M.S. 27, 49, 55
Silva, A.T. 39
Silva, E.F.F. 47, 58, 66, 67, 75
Silva, F. 59, 63
Silva, J.R.L. 50
Silva, R.A. 49, 51, 53, 54, 75
Silva, R.C. 49
Silva, T. 59, 63
Silva, V.M. 83, 84
Silveira, A. 26, 39, 42, 46, 56, 62,
73
Simões, N.E.C. 82
Sione, S.M.J. 74
Siqueira, G.M. 24, 37, 47, 48, 49,
51, 53, 54, 58, 75
Soares Filho, C.V. 55
Sousa, S. 73
Souza, A.M. 39
Souza, L.N. 45
Souza, Z.M. 82, 83
Squizato, M. 82, 83
Tarquis, A.M. 26
Tarrasón, D. 34
Tavares, R.L.M. 44
Tavares, U.E. 30
Teixeira Filho, M.C.M. 83, 84
Tiezzi, R.O. 39
Tomillo, A.G. 60, 69
Vale, C.C. 43
Valencia, J.L. 26
Valente, S. 59
Varela-Vila, I. 67
Vázquez, E.V. 19, 67, 69, 71
Vianna, L.F.N. 32, 70
Vieira, A. 63
Vieira, D. 59, 63
Walsh, R.P.D. 35
Wilson, M.G. 74
Yango, E.H. 84, 85
VII Congresso sobre Uso e Manejo do Solo
UMS 2016
_______________________________________________________________________
Notas
93
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94
Notas
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Contactos
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Departamento de Engenharia Civil
Rua Luís Reis Santos
Pólo II da Universidade de Coimbra
3030-788 Coimbra
Portugal

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