A ESCRITA EM PROJECTO
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A ESCRITA EM PROJECTO
Dificílimo é o acto de escrever, responsabilidade das maiores, basta pensar no extenuante trabalho que será dispor por ordem temporal os acontecimentos (...) e outras não menos arriscadas acrobacias, o passado como se tivesse sido agora, o presente como um contínuo sem presente nem fim. José Saramago, A Jangada de Pedra A ESCRITA EM PROJECTO O projecto Ler Mais e Escrever Melhor interliga o aperfeiçoamento das competências de leitura e de escrita, como modalidades complementares e interactivas da língua, num continuum construtivo de uma mesma competência comunicacional e linguística. O projecto Ler Mais e Escrever Melhor pretende o reforço do aperfeiçoamento da competência comunicativa do aluno, através da resolução de situações-problema e da realização de actividades. Porque a escola é o lugar natural de formação de leitores e escritores, de aquisição do hábito e do gosto pela leitura e pela escrita. A Escrita em projecto é uma secção aberta a textos escritos por alunos, professores ou funcionários, de autoria singular ou colectiva. Não há restrição de tipologia textual, apenas o cuidado habitual na correcção estrutural e linguística dos textos, que devem ser apresentados em suporte informático, prontos para publicação. Texto1: UMA NOVA ETAPA DA MINHA VIDA Autora: Maria João Silva, nº 14, 9ºE Data de edição: Novembro 2008 Certo dia de Outono, iniciou-se uma nova etapa da minha vida. Era uma fase um pouco assustadora, pois não fazia ideia de como me comportar ou o que dizer. A entrada para a pré-primária é sempre desesperante. Estava habituada ao conforto do lar e mudar de “território” é sempre difícil. Tinha, na altura, cinco anos e entrara na altura dos porquês, época em que o mundo é muito difícil de compreender. Não chorei, pois não podia deixar que o meu pai percebesse que eu não queria que ele fosse embora. Então sorri e entrei sem olhar para trás. Nos primeiros dias, esta mudança constituía um enorme problema: fazer amigos é sempre complicado. Porém, este medo depressa se dissipou. Consegui fazer uma amiga que dura até aos tempos de hoje. Esta relação de amizade fez-me perceber que nem tudo estava mal. Uma mudança não implica necessariamente um desgosto. Por vezes, chega a ser uma das melhores coisas que nos acontece na vida. Pode ser uma aventura que perdura, para sempre, na nossa memória. Texto2: CLONES Autor: André Ferreira, nº2 11ºG, Curso Profissional de Óptica Ocular Data de edição: Novembro 2008 Clones? Não! Não é sobre clones que irei falar, mas sim sobre os Jovens Portugueses que se comportam como tal. Não vivi nessa época, porém sei um pouco de história e um dos momentos mais marcantes do nosso país foi o 25 de Abril, a luta pela liberdade, ou não, pois parece que, hoje em dia, os nossos queridos e amáveis jovens se esqueceram disso. O que se passa hoje em dia? Já não há consciência do que é a Liberdade? Eu penso que não, visto que os nossos Jovens não têm a noção disso e se comportam como clones, e isto porquê? Porque andam todos com a mesma roupa? A resposta é Não! O problema reside na escola, nos grupos de amigos! Estes grupos são formados por jovens “iguais”, que se comportam de maneira igual, falam de maneira igual e até pensam da mesma maneira. E o que acontece àqueles que são Diferentes? São postos à parte, são ignorados e gozados por esses grupinhos Uniformes! “Os Diferentes” são quase como cachorrinhos abandonados. Penso que os grupos são como clones iguais, tão iguais que, de tanta igualdade, ainda serão produzidos em Série! Afinal o que veio o 25 de Abril oferecer? Liberdade ou Repreensão? Jovens portugueses, abram, por favor, as vossas cabecinhas e encaixem lá uma pequenina coisa: no Diferente é que está o ganho! Deixem-se de fazer grupos uniformes e aceitem o desigual. Não excluam aqueles que pensam de forma diferente, não façam de Portugal, um Portugal de clones. Texto 3: LIBERDADE. Até Que Ponto Somos Realmente Livres? Autor: João Moura, nº15, 12ºC Data de edição: Novembro 2008 Hoje tomamos como facto a existência de liberdade na nossa sociedade. No entanto, vivemos rodeados de pessoas acerca das quais raramente nos questionamos se estão verdadeiramente a viver como indivíduos livres ou se são apenas actores que escondem quem realmente são por condicionantes sociais? Afinal, até que ponto é que nos podemos considerar livres? Portugal foi palco de uma das mais interessantes revoluções da história, a Revolução dos Cravos de 74, que marcou o fim de mais um dos regimes autocráticos que proliferaram na primeira metade do século XX. Mas a maior particularidade desta revolução foi o facto de ter sido realizada sem um único ferido. Uma transformação pacífica que introduziu em Portugal um novo regime Republicano Democrático e Capitalista. Apesar do cariz pacifista da revolução, que só por si é um feito extraordinário e único, um dos seus aspectos negativos parece ser a pouca importância e a fugaz ligação estabelecida entre o passado, o presente e os portugueses de hoje. Os cidadãos dos dias que correm parecem não se lembrar dos tempos de opressão da livre expressão e da liberdade da forma de ser e de viver, talvez porque o pacifismo não deixou marca suficientemente grande. Talvez por isso, no nosso dia-a-dia deparamo-nos com situações horrendas de discriminação. E, por muito estranho que possa parecer a alguns, esta discriminação pode limitar a liberdade de outro indivíduo. Quando a personalidade é mais fraca ou depende bastante da opinião de outrem, um comentário, um olhar reprovador podem ser factores redutores da nossa liberdade pois, quer queiramos quer não, a nossa mente é extremamente influenciável e, durante todo o nosso dia, estamos expostos à aplicação das mais variadíssimas técnicas de manipulação da opinião geral, ampla e profundamente estudadas pelas demais ciências (situação evidente se ponderarmos a forma como a publicidade condiciona as nossas opções). Assim, é legítimo questionarmo-nos até que ponto somos realmente “livres”. Há quem diga que a nossa liberdade acaba quando estamos a influir na liberdade do próximo, mas qual será a nossa margem de liberdade, tendo em conta que as leis, os media, a publicidade, a cultura e até mesmo o nosso companheiro são factores condicionantes da maneira como agimos e do modo como optamos por um ou outro modo de vida? O 25 de Abril foi, de facto, uma enorme conquista para a aquisição dos valores fundamentais da democracia para o estado Português, nomeadamente no que toca à liberdade. No entanto, a verdade é que temos graves falhas ao nível da auto e heteroreflexão e, muitas vezes, não nos apercebemos da forma como somos condicionados a agir (talvez pelo medo inconsciente de ser discriminado), nem que a partilha de uma realidade com uma grande diversidade de modos de ser é um grande indicador do nível real de democracia e liberdade que um sistema pode desenvolver. Para isso, concluindo, temos de ser nós, cidadãos, a construir um verdadeiro modelo de liberdade, e não nos limitarmos a encarar o mundo apenas como ele nos é proposto. Texto 4: O DIA DO JUÍZO FINAL E O CREPE Autor: Ana Maria Santos, nº 4, 11ºE Data de edição: Novembro 2008 Passei o meu cartão da STCP no leitor electrónico que há na entrada de todos os autocarros, e então, um bip prolongado e ligeiramente irritante fez-se ouvir, indicandome que podia prosseguir o meu caminho. Porém, fiquei exactamente onde estava, já que à minha frente tinha uma barreira maciça de pessoas. À minha frente, uma mulher libertava um odor demasiado doce, enjoativo, provocando-me uma certa sonolência. Ao lado, agarrado a um outro poste, um estudante universitário – a julgar pela pasta preta que segurava – com um ar aéreo, ia consultando o telemóvel de tempos a tempos, transparecendo nervosismo, que era dissimulado pela sua expressão de contemplação. Bem confortável, sentada no banco mais próximo de mim, uma senhora de idade avançada, tal como as rugas da sua face, olhava-me com o que me pareceu curiosidade. Peles sobre pele, ano sobre ano, muitas histórias por contar escondiam-se naquela pessoa. Quanto a mim, ostentava a expressão usual de quando viajo nos transportes públicos em horas de ponta: a ânsia de chegar ao destino. Enquanto reparava em cada tique, pormenor e particularidade dos meus companheiros de viagem, lamentava a falta de tacto dos responsáveis pela quantidade de autocarros a circular. Peço desculpa pela excessiva descrição e conversa fiada e, por conseguinte, vou fazer parágrafo. Saltei do transporte mal a voz metálica anunciou o fim da linha; dirigi-me à Cremosi, a melhor loja de gelados que conheço. Pedi um crepe com duas bolas de gelado: chocolate branco e côco. Novamente parágrafo. Eis que, ao meter o primeiro pedaço daquela amostra de paraíso à boca, me chega aos ouvidos o som estridente de gritos. Assustei-me ao ver pessoas a correrem na minha direcção, e agarrei-me ao meu crepe, como uma mãe que protege um filho. Uma rapariga tropeçou no chão, e o namorado de cabelo comprido levantou-a. Ouço-os a fazerem juras de amor eterno, pedirem desculpa por terem discutido na noite anterior, nunca mais irão berrar um com o outro ao telemóvel, etc. Então, ouço algo ruir, e o topo da Torre dos Clérigos caiu a poucos metros do sítio onde me encontrava. Novamente começaram todos a correr e a gritar, e a rapariga da jura eterna aproximou-se a berrar "FOGE! CORRE! VAMOS MORRER!", completamente histérica. Quando se afastou (ainda aos gritos), instalou-se o silêncio; toda a gente havia fugido. Libertei o meu prato com o crepe e vi quatro vultos negros ao fundo da praça. Apertei uma vez mais o prato, e observei os vultos a deslocarem-se até mim, montados em quatro cavalos pretos. Por fim, estacaram à minha frente, e apesar de não lhes ver a face, que estava oculta por capuzes, reconheci-os: os quatro cavaleiros do Apocalipse. "Nós te saudamos Ana " – disse um deles. "Como te encontras?" "Não sabiam vir um bocado mais tarde?" – repliquei, aborrecida. "Com tanta gritaria e pânico até perdi o apetite." "Viemos na hora exacta. Julgava que estavas já a contar connosco." – afirmou o cavaleiro da direita. "Sim, mas não tão cedo. Pensava que ainda teria mais uns anos à minha frente, e que ainda podia acabar o crepe." "Com certeza, ainda vamos semear a fome, a pobreza, as doenças, o caos, a destruição, a morte, e tragédias que tais. Temos ainda de assustar e martirizar os humanos e, portanto, calculo que tudo esteja findo mais ou menos daqui a cem anos… ou mil. O tempo não existe de igual modo como para ti." "Ah! Nesse caso, está bem" – respondi, mais alegre. "Mas olha lá, pá, eu esperavavos a chegar em estilo, montados numa qualquer máquina dos tempos modernos!" "Pois…" – murmurou outro tristemente. "Cortes orçamentais." "Acaba o teu crepe, Ana. Sem pressas. Tens muito tempo." Despediram-se e marcharam na direcção do barulho de desespero e medo, deixando um rasto de destruição atrás de si. Eu, eu sorri ao meu crepe, peguei nos talheres, e comecei finalmente a degustá-lo, abanando a perna ao som da "People Are Strange" que os meus amigos tão amavelmente fizeram tocar nos céus para mim. Um espectáculo sinistro e divertido, para dizer o mínimo. Texto 5: PORQUE ESPERO PELO MAR Autor: Ana Maria Santos, nº 4,11ºE Data de edição: Novembro 2008 Às vezes tenho vontade de perguntar ao mar qual é o seu segredo. Ouvindo o som da rebentação, das pedras que se vão polindo com o desgaste da força da água, gostava de saber como o faz, ou até simplesmente porquê. Admiro o mar pela sua paciência. Todos os dias, a toda a hora, as ondas espreguiçam-se na praia, como formigas trabalhadoras que não fazem nada senão o mesmo. Com os pés descalços na areia, olho para o mar e desejo fundir-me nele. Anseio assumir a forma do grão de areia que sou, e juntar-me aos restantes debaixo dos meus pés. Parecem todos iguais, mas na verdade, não são. A mesma origem, o mesmo fim; únicos, ainda assim. O tempo e o mar encarregaram-se de os tornar irrepetíveis. Se morresse neste momento, qual seria a forma que assumiria? Ninguém para me lembrar senão eu, que sei que cada grão pode abarcar o mundo e é um Eu. Se eu morresse agora, o mundo não se lembraria e não saberia quando morri nem saberia quem fui, porque eu abandonar-me-ia e todas as lembranças seriam esquecidas num instante indizível, infinitamente divisível. As recordações reduzidas a um grão de areia. Quem senão eu para conhecer toda a minha vida num mundo tão pequeno? Qual é o tamanho do mundo? Qual é o tamanho do universo? Qual é o tamanho de um grão de areia? Grande ou pequeno, que interessa? Isso nada quer dizer; não é real. Ao olhar para o mar, vejo o horizonte, distante, ali e aqui, onde a minha mão pode fingir que o agarra. Depois dele, o desconhecido, o Infinito. Diz-me tu, Mar, passadas as portas do horizonte, o que nos está oculto? Revela-me os mistérios que conténs e deixa que as ondas me repitam o significado dessa descoberta. Poderá uma palavra representar tudo aquilo que desconhecemos? Poderá realmente o Eterno significar a ausência de tempo? Diz-me, Mar! Transforma-me em areia e, quando vier a maré cheia, conduz-me ao que ultrapassa a linha do visível. Formemos um só, e juntos, deixaremos de viver imersos em dúvida e abraçaremos o incognoscível. Seremos maiores que a tua imensidão, ó Mar, porque suportaremos o maior tesouro: o que não pode ser descrito por palavras. Pelo devir, deixaremos o caos e a cegueira e entraremos para a realidade impossível de definir. Tu e eu, Mar, seremos infinitos, e por fim, saberemos a medida do universo e de um grão de areia. Compreenderemos então que são iguais porque não têm medida. Vou ficar aqui à espera da maré cheia. Vou permanecer até tu me levares embora para que possa elevar-me à redução de um grão, infinitamente misterioso. Não posso sair daqui, porque clamas por mim em cada onda que rebenta, em cada grão em que depositas o conhecimento daquilo que desconheço. Para mim, já é tarde para voltar, já são horas de partir. Escrito por Anámnesis, numa tarde cinzenta e nostálgica de Março de 2008. Texto 6: A MINHA INFÂNCIA Autor: Bruna Filipa Sousa, nº 7, 11ºB Data de edição: Novembro 2008 Lembro a minha infância na escola da Amieira como se fosse hoje: aqueles intervalos de meia hora em que brincávamos todos juntos, onde partilhávamos o lanche uns dos outros, o porteiro simpático que nos oferecia um rebuçado todos os dias, todas as funcionárias que nos ajudaram sempre que necessitávamos e alguns professores que nos marcaram pela sua diferença. Talvez por isso decidi voltar à minha escola primária. Para relembrar todos os momentos bons e maus que fizeram parte da minha vida e do meu ser. Toda aquela solidariedade entre amigos e todo aquele ambiente de convívio que nos fazia pensar que a amizade é eterna e que os problemas não nos atingem. Acordo finalmente do meu sonho. Hoje a escola é totalmente diferente de antigamente. Quer dizer, no aspecto está muito semelhante, apenas está mais moderna. O comportamento, a maneira de pensar e de agir das pessoas é que são diferentes. Todo o cinismo, violência e falsidade em crianças tão jovens faz-me pensar com saudade na minha infância, onde tudo era calmo e bonito, onde todos sorríamos sem o peso da responsabilidade nos ombros... Procuro melhor. Tento ver para além de todas estas mudanças uma réstia daquele pequeno grande mundo a que eu pertenci e que deixei para trás sem dar conta. Mas apenas vejo os novos costumes e as novas modas instauradas nas mentes das crianças de hoje. Então começo de novo a sonhar. Texto 7: FÊTES ET TRADITIONS Autor: Colectivo - 8e Année, Classe B Data de edição: Dezembro 2008 On aime bien les jours de fête! Généralement, ce sont des jours fériés pendant lesquels on ne travaille pas; on se repose, on se promène et on est gai, content, heureux. On rencontre des amis, on s´amuse, on fait la fête: Noël – le 25 décembre – C´est la fête de la famille. “ Tant l´on crie Noël qu´ à la fin il vient” On souhaite “ Joyeux Noël” à tout le monde. C´est la fête des fêtes, la lumière de l´hiver, le plaisir de tous. On décore le sapin, les enfants nettoient les cheminées, cherchent leurs plus grandes chaussures et on mange la “bûche de Noël” – gâteau au chocolat La nuit du 24 au 25, les enfants mettent leurs chaussures devant la cheminée car le “Père Noël” prend la route … Jour de l´An – Le 1er janvier, c´est le premier jour de chaque année. On se souhaite “Une bonne et heureuse année” et on donne des étrennes (de petits cadeaux ou des sommes d´argent), au facteur, à la concierge, aux enfants. Le 6 janvier - C´est la fête des rois. Chez le pâtissier, on achète des galettes qui contiennent un petit objet appelé fève. La plus jeune de la famille, les yeux bandés, donne les parts de galette : « Pour tante …, pour papa, pour monsieur… » Chacun mange en essayant de ne pas avaler la fève. Celui que la trouve est couronné roi (ou reine), choisit sa reine (ou son roi) et la famille ou les amis lèvent leur verre en disant : « Le roi /boit, la reine boit ». Texto 8: LA GASTRONOMIE À L´ÉCOLE Autor: Colectivo - 8e Année, Classe A Data de edição: Dezembro 2008 Le 28 octobre, tandis que nos profs et nos parents parlaient de nous, les 8e A et B sont allés à la cantine avec la prof de français et le prof de géo pour faire des crêpes et des quiches. L´ activité a commencé à 14.00 heures ; la prof est allée aux courses avec quelques élèves et les autres sont restés avec le prof pour remplir des fiches. Tout le monde a travaillé, mais le plus agréable a été la fin : goûter les délices que nous venons de faire. Voulez-vous connaître les recettes ? D´abord, travaillez un peu, comme nous avons fait. Ordonnez les différentes phases de la préparation de «La Quiche Lorraine» : 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. Versez la préparation sur la pâte et les lardons ; Étendez la pâte sur le moule ; Mettez au four préalablement chauffé et faites cuire 25 à 30 minutes ; Beurrez un moule à tarte ; Répartissez les petits lardons sur la pâte ; Ajoutez un peu de sel et de poivre ; Mélangez la crème fraîche et les œufs. Bon, pour les plus paresseux, on donne une recette plus simplifiée et celle que nous avons utilisée : Étendez la pâte brisée sur le moule. Mélangez 2dl de lait et trois œufs. Ajoutez du sel, du poivre, des champignons, 150 g de jambon blanc et 60 g de fromage « parmesan » ou 100 g « mozzarella » Attention: vous pouvez utiliser d´ autres ingrédients. Mettre au micro-ondes pendant huit minutes ou au four jusqu´au moment où la quiche soit cuite. Attendez la recette des crêpes. Ne soyez pas gourmands ! 4, 2, 5, 7, 6, 1, 3 Texto 9: SE EU FOSSE UM PÁSSARO Autor: Mariana Silva, nº10, Vanessa Magalhães,nº 21 7ºB Data de edição: Dezembro 2008 Se eu fosse um pássaro voava por entre as nuvens. Fazia viagens ao fim do Universo e ao fim do mar. Por entre algodão doce cantava e por entre as flores brincava. Aventuras e desventuras vivia até ao fim do dia. Faça chuva ou faça sol cantarei como um rouxinol. Sentir a brisa do vento, num dia calorento. Um arco-íris de mil cores, num campo de flores. Em bando eu fugia, para o Sul onde tudo havia. E não podia faltar um ninho para me aconchegar. Comida e água eu tinha, para me alimentar. Saltar, pular e gritar até às nuvens chegar. Num campo verdejante passei, até que um dia acordei. Era um sonho tão banal que parecia real. Texto 10: NATAL NA ESCOLA Autor: Texto colectivo, turno 2, 9º D Data de edição: Dezembro 2008 RENAS SINO CHOCOLATE BOLAS ESTRELA PAZ PRESÉPIO ESPERANÇA CÂNTICOS UVAS PASSAS NATAL DOCES ÁRVORE RABANADAS ILUMINAÇÃO FAMÍLIA DUENDE PÓLONORTE PRENDAS ALEGRIA DAR-SE REIS MAGOS UNIÃO ORVALHO FELICIDADE AZEVINHO VELAS FÉRIAS MISSA DO GALO JESUS AMOR Texto 11: UMA ESTRELA BRILHA Autor: Vanessa Magalhães, nº 21, 7º B Data de edição: Dezembro 2008 Uma estrela brilha No cume de um pinheiro Uma estrela brilha No cimo de um limoeiro Uma estrela brilha Na ponta do céu Uma estrela brilha Na ponta de um véu Uma estrela brilha No meu coração Uma estrela brilha Na minha paixão Uma estrela brilha No silêncio de uma criança Uma estrela brilha Com significado de lembrança Uma estrela brilha Como um canto de um rouxinol Uma estrela brilha Ao lado do Sol Texto 12: SE EU FOSSE UM LÁPIS Autor: Ana Maria Santos, nº 4, 11º E Data de edição: Janeiro 2008 Se eu fosse um lápis seria especial. Recusar-me-ia a escrever qualquer palavra que estivesse associada a humilhação, rejeição, intolerância ou violência Nunca escreveria palavras que magoassem ou fizessem chorar. Pensando bem, não escreveria lágrimas e tristeza. Quem me usasse jamais saberia o significado de sentimentos que tanto doem como a angústia, o ódio, o medo. Isto pôs-me a pensar que dor teria de ficar posta de lado, assim como solidão. Visto ser dotada de uma razoável capacidade de dissuasão, se fosse um lápis, talvez conseguisse convencer os meus colegas de profissão - os lápis – a tomarem a mesma atitude que eu. Desta forma, nenhuma pessoa no Mundo poderia escrever a tristeza, e talvez, lentamente, tudo o que a ela estivesse associado fosse esquecido e caído no esquecimento. Naturalmente, eu não poderia ser um lápis, e os lápis não se poderiam insurgir contra os humanos, a dar numa de grevistas. Assim sendo, nunca tais palavras poderão ser esquecidas. Só o poderão ser quando o silêncio reinar, quando as palavras deixarem de ser proferidas. No entanto, talvez as lágrimas e a dor sejam necessárias. Sem dor não saberíamos o que é sentir que somos maiores que o Mundo. Sem a tristeza não conheceríamos o sentimento de que trazemos toda a felicidade dentro de nós, capazes de vencer tudo. Sem lágrimas não poderíamos saber que um sorriso vale mais que muitas palavras. Textos 13: Poemas SILÊNCIO DO VAZIO, FICÇÃO, PALAVRAS Autor: Teresa Castro, nº 25, 9º C Data de edição: Janeiro 2008 Silêncio do vazio Digna de melodrama me foi rogada esta trama onde outrora se acendeu a chama, vem agora... o silêncio do vazio Ficção Caminhando lentamente sentindo a brisa do mar agora oiço a voz de quem me está a chamar. Prendem-se os movimentos solto um grito profundo imagino uma falésia um pensamento obscuro. De repente uma clareira que me vem elucidar da negritude dos meus pensamentos e de novo me vem chamar. Corro para os seus braços sinto a liberdade a energia positiva, e já não há maldade. Cheguei então ao ponto de ebulição é melhor regressar. Caminho de novo para o mar... de um azul avassalador que prende a atenção dou um mergulho rápido, contorno a realidade e volto à ficção. Palavras (Baseado no poema Palavras de Eugénio de Andrade) Há palavras que são como sonhos muitas vezes inalcançáveis meras utopias,isoladas,solitárias assíduas presenças no pensamento em busca de serem alcançadas Não tem vontade própria nem rumo ou direcção navegam à bolina ao sabor de uma paixão Textos 14: QUATRO RETRATOS Autor: Ana Isabel Almeida, nº1, Joana Nunes, nº 12, Beatriz Almeida, nº3, Ana Patrícia Coelho, nº2 - 8ºA Data de edição: Janeiro 2008 Retrato da minha mãe Ela chama-se Isabel, mas eu chamo-lhe de mãe. Tem quarenta e três anos e mora na Senhora da Hora, Porto. Tem cabelos e olhos castanhos cor de avelã, um sorriso que transborda simplicidade e amor e um rosto rosado. Ela vive num apartamento no segundo andar; adora a sua varanda, onde tem flores perfumadas, mas a sua divisão preferida, é sem duvida o seu quarto. Psicologicamente, ela é divertida, simpática e gosta muito de ajudar os outros, mas é também um pouco teimosa. Enfim, ela é meiga e uma grande lutadora. Ana Isabel Almeida O seu retrato é a descrição de uma vida Olhos cor de mel, cabelo branco e ondulado como a neve, os traços do rosto são carregados de dor, mas os netos são a sua felicidade. Respostas, tem sempre, seja qual for a pergunta. Tem no olhar a força da sabedoria e a expressão do rosto revela o trabalho de uma vida inteira. Não há dúvida, é a mais velha da família e a ela todo o respeito e merecido, a minha avó. Não percebe muito de Ciências, nem de Química, mas da terra nada lhe falha. Gosta de ler poesia e livros de paisagens. É amiga, fiel, entendedora e antiga. A mim é muito querida e desejo-a sempre a meu lado. Joana Nunes Retrato de uma amiga Eu tenho uma amiga muito especial chamada Fátima que tem trinta anos. Ela é alta e magra. Tem os cabelos loiros como o Sol, os olhos verdes como esmeraldas e os lábios finos e vermelhos. Ela é uma pessoa, pura, sincera, meiga, inteligente e carinhosa. Também é muito amiga dos outros e muito boa ouvinte. Um dos aspectos que mais a caracteriza é o facto de ela ser muito amiga dos animais. Beatriz Pereira de Almeida Um certo retrato… A minha prima Joana tem dezanove anos. É alta, tem cabelos castanhos-claros compridos, olhos igualmente castanhos-claros, brilhantes como um raio de sol, ao nascer do dia, em pleno Verão. É bailarina, entrou para uma escola de ballet quando tinha cinco anos. Ao entrar na escola primária passou sempre de ano, mesmo com os testes e exames da escola, ensaios e espectáculos de ballet e os estudos. Ela é muito simpática, carinhosa e tem uma bondade enorme. Ana Patrícia Coelho Texto 15: DIREITOS HUMANOS 1 Autor: Vanessa Sofia Ribeiro, nº18, 12º F Data de edição: Janeiro 2008 Todas as crianças têm o direito de serem felizes. Infelizmente, para muitos de nós, felicidade é símbolo de roupa da nossa marca favorita ou férias num local de sonho. Parem um pouco agora e reflictam nas crianças que, ao invés de uma infância feliz como a nossa, vivem sem condições, protecção, saúde, comida e aquilo que as faria crescer saudavelmente; a brincadeira. Quantas vezes dizemos que não queremos ter aulas? Elas gostariam de aprender tudo o que nos é ensinado, ao invés de serem exploradas. Ou então que não gostamos da comida que a nossa mãe cozinha? Elas não têm com o que se alimentar! E pior que isso, não têm quem tome conta delas e as proteja, não têm um pai e uma mãe que as acarinhe e lhes dê amor! Queixamo-nos que não encontramos nada novo e diferente para fazer, mas elas não encontram diversão em nada! As sapatilhas que tanto queríamos esgotam e fazemos birra. Elas desejariam pura e simplesmente algo que lhes cobrisse os pés! Nós vamos dormir a pensar que amanhã será um novo dia, melhor do que o de hoje, com a nossa família e amigos, enquanto que o desejo delas é não acordar para não encontrar a dura realidade que os rodeia! Se se acham infelizes e com problemas, então pensem nisto… Texto 16: DIREITOS HUMANOS 2 Autor: João Santos, nº 6, 12º F Data de edição: Janeiro 2008 Há pessoas que se queixam de ter um baixo salário, mas há pessoas que desejariam ter, pelo menos, esse salário, porque não só há gente que recebe uns míseros euros por dias de longo trabalho, mas também há pessoas que nem um rebuçado podem comprar! Ou seja, estas pessoas que estão na miséria queriam ao menos um salário, ou um trabalho que lhes desse de comer. Mas mais grave que isto, são as pessoas que morrem de fome e não têm onde viver! Já para não dizer que ninguém os ajuda.Ora os seres humanos merecem ajuda, incluindo os sem-abrigo, que simplesmente não têm nada nem ninguém. Os seres humanos têm ainda o direito de aceder a ajuda hospitalar. Quando há acidentes, por vezes, espera-se por uma ambulância e ela chega tarde demais, ou, por vezes, quando se está doente, temos de esperar meses para sermos atendidos, o que é um problema, principalmente para os idosos, que precisam de mais cuidados. E, finalmente, um direito que devia ser obrigatório para toda a gente é o direito de aceder à água. Há pessoas que se fartam de desperdiçar água, quando essa mesma água podia ser utilizada para matar a sede de pessoas que não têm acesso a uma pinga sequer! Devíamos todos poupar a água que temos, ou pelo menos partilhá-la com pessoas que precisem dela, visto que, nos países mais pobres, há gente que morre de sede dia após dia. Texto 17: LIBERDADE 1 Autor: Miguel Mendonça, nº 18, 12º C Data de edição: Janeiro 2008 A liberdade é a faculdade de agir ou não agir. O livre arbítrio ou alvedrio é a liberdade que o homem possui de eleger o bem ou o mal. Pelo que a liberdade não é uma propriedade do alvedrio, é uma aplicação ou exercício desta. Os Luteranos e os Calvinistas negam a liberdade da vontade própria. Isto é, negam que o homem seja livre na escolha do bem ou do mal. Assumem que estar isentos da responsabilidade de escolha do seu caminho. Honestamente, a vida, por esse ponto de vista, seria maçadora, pois tudo o que nós faríamos já estaria traçado, logo não haveria liberdade e esta seria simplesmente mais uma palavra no nosso vocabulário. Assim, é muito mais interessante se nada estiver previsto: inúmeras possibilidades, um sem número de acontecimentos incertos e ainda por considerar. Com esta cadeia de pensamentos concluo que é sempre agradável pensarmos que possuímos “algum” controlo sobre a nossa vida, pensar que temos a liberdade, a responsabilidade e o bom senso de podermos escolher o nosso próprio caminho Texto 18: LIBERDADE 2 Autor: Ana Margarida Carraca, nº 2, 12º C Data de edição: Janeiro 2008 Pode-se generalizar a ideia de liberdade como sendo a condição de uma pessoa não ser submetida ao domínio de outra e, por isso, ter pleno poder sobre si e sobre os seus actos. Por um lado, a liberdade é um conceito inatingível na plenitude da sua definição e convém que assim seja. A liberdade deixa de ter valor na ausência de regras que são impostas como forma de combater a arrogância e leviandade daqueles que se julgam totalmente livres. Por outro lado, a única liberdade absoluta é a de pensamento. Qualquer outra é condicionada, seja por regras previamente impostas, seja por respeito aos outros. A capacidade de raciocinar e de valorizar, de forma inteligente, o mundo que o rodeia, é que confere ao homem o sentido da liberdade. Gostava de referir, em jeito de conclusão, um excerto de uma música que, no meu ponto de vista, traduz muito bem esta ideia: “A Liberdade está em nós/mas fica tão longe se ficarmos sós”. Textos 19: Poemas VIDA, ENTRE AS PALAVRAS QUE OUÇO Autor: Rui Avelino Martins, nº 18, 10º A Data de edição: Janeiro 2008 Vida Grita e agarra a vida Faz com que ela chore... Faz com que ela não te prenda na sua solidão... Podes até tentar que ela desapareça do mapa... Podes…mas não vais conseguir... Tenta matar-te por cima... De maneira a que ela não te engula nas suas profundezas. Nos seus fantasmas…nas suas ilusões... E talvez na sua arrogância... Fácil…mas a vida tem este dom De nos deixar sem palavras, Sem sonhos, Sem jogos, Sem estratégia para atacar no momento certo Que dom...simplesmente magnifico e ao mesmo tempo tão real e assustador Tanta incerteza… Tanta contradição nestas palavras… Mas ao mesmo tempo verás que é assim. Esta é a realidade Fruto dos nossos mínimos descuidos Dos nossos medos...sonhos... Das acções perdidas vividas... E agora invadidas pela vida...pelas suas incertezas... Vida... Simplesmente isto... Viver…morrer...saber...aprender... Entre as palavras que ouço Entre as palavras que ouço Algumas transmitem doçuras Outras transmitem loucuras Próprias de quem é moço. Amei fui feliz Jurei que nunca mais ia amar Mas a cor dos teus olhos Fizeram o meu juramento quebrar! Dentro do meu coração Há amor, ternura e paixão Sentimentos que me arrancam um sorriso E assim tenho tudo o que preciso. Sentimentos que me acordam para o mundo Este jardim de flores Como um mar profundo Vivo, alegre e cheio de cor. Texto 20: LER É SONHAR Autor: Raquel Cristina Patrício, nº 16, 10º A Data de edição: Janeiro 2008 Hoje em dia são poucos os adolescentes com algum tempo e gosto para ler. Ler não incentiva e proporciona o conhecimento? Então, por que não o fazemos? Testes, amigos, trabalhos de casa e família são as prioridades dos jovens. Estes estão demasiado atarefados para pegarem num simples livro. Mas, e as férias? E os pequenos tempos livres? São preenchidos pura e simplesmente pelo computador! Os pais deviam incentivar os seus filhos a lerem um bom livro, algum que lhes agrade. O que muitos adolescentes não sabem é que a ler se passam momentos maravilhosos. O leitor é transportado para um outro Mundo, acabando por sentir o que o protagonista sente, passando assim um serão maravilhoso. A leitura pode dar-nos várias lições de vida e deixar-nos a ponderar nos nossos actos. Faz com que aprendamos novo vocabulário, o que para nós é bastante vantajoso, pois ajuda-nos mais tarde na escrita. Também suscita a imaginação, levando-nos para lugares mágicos e magníficos que nos fascinam. Isso tira-nos a preocupação do dia-a-dia e a monotonia do quotidiano. E o melhor de tudo é que podemos fazê-lo em qualquer lugar: na praia, na cama aconchegados, num café ou no sofá, tudo é um bom sítio para ler. Acho que os jovens deviam conhecer as maravilhas que um bom livro nos oferece e é pena que a maior parte prefira ficar sentado a olhar para um simples monitor. Texto 21: ADOLESCENTES E LEITURA Autor: Sónia Raquel Monteiro, nº22, 10º A Data de edição: Janeiro 2008 Será a leitura fundamental na vida de um jovem? Terá a leitura assim tanta influência? A maioria dos jovens pensa que a leitura é inútil e interroga-se: Ler? Perder tempo? Para quê? É verdade, hoje, já não há verdadeiros hábitos de leitura. O cinema, as compras… são propostas mais apetecíveis e tentadoras, tal como os jogos ou a televisão. Convenhamos que o avanço da tecnologia foi um grande passo para o esquecimento dos hábitos de leitura. As vantagens da leitura são inumeráveis. Ao ler, o leitor tem a oportunidade de imaginar mundos e personagens, bem como a capacidade de “entrar na cabeça” do autor e perceber o que este tenta transmitir. Escolher um livro adaptado aos nossos gostos é importante para melhor podermos criar esse mundo de fantasia. A leitura é a passagem do real para o mágico, da verdade dura em que vivemos para o conto de fadas. Por exemplo, quando leio estou alheia ao mundo e aos problemas, imaginando como seria a vida se tudo fosse cor-de-rosa e feliz. O pior é quando acordo e volto à realidade. Tem também o seu lado racional, por assim dizer, podendo levar a uma melhor escrita. Quanto às desvantagens, não tenho nada para dizer, apenas me interrogo: Como poderá alguém apontar defeitos à leitura? Em suma, a minha opinião é totalmente favorável. Penso que o plano de leitura, agora instituído nas escolas, talvez possa despertar o gosto adormecido pela leitura entre os jovens. Texto 22: ADOLESCÊNCIA E LEITURA Autor: Ricardo Jorge Araújo, nº 23, 10º B Data de edição: Janeiro 2008 No século XXI, a leitura está presente em muitas pessoas mas noutras não, como na maior parte dos adolescentes. Será então a leitura importante para os adolescentes? A leitura é algo que, quer queiramos quer não, está sempre presente no nosso quotidiano. Um jornal, uma revista, tudo isso é leitura e não há como fugir. É importante na vida dos adolescentes e na de qualquer pessoa, já que nos permite definir a nós próprios. É fundamental porque nos permite adquirir conhecimento que irá ser útil ao longo da nossa vida. Quem não tem um familiar que saiu cedo da escola mas que, através da leitura, possui uma grande cultura? Ler é uma das bases da vida. É essencial, dado que nos faz concretizar metas e ideais e sentirmo-nos realizados com isso. Todos sabemos que, quando começamos a ler aquele livro tão desejado, nos sentimos extremamente entusiasmados, como se estivéssemos a viver algo real. No entanto, a leitura requer tempo e disponibilidade. Porém, todos nós temos um espacinho de manhã, ou de tarde, ou até antes de nos deitarmos, para ler um pouco. Portanto, ler é algo ao alcance de todos, e que nós, adolescentes, devemos ter o cuidado de cultivar, visto que nos traz imensas vantagens e que nos vai ser importantíssimo no futuro. Texto 23: UM PROFESSOR EXEMPLAR Autor: Ricardo Jorge Araújo, nº 23, 10º B Data de edição: Janeiro 2008 Dos muitos professores que já tive, houve um que me marcou muito. Foi o meu professor de História no 5º ano. As aulas eram tudo menos normais. Entrávamos na sala e logo víamos uma espada da Antiguidade, ou um mapa gigante. Não éramos daqueles que abriam o livro e ficávamos a lê-lo. As aulas eram apelativas à nossa curiosidade. Sentia-se nos cantos estragados dos mapas, o cheiro da disciplina de História, tal e qual como deveria ser. Aprender era divertido e todos se mostravam empenhados e curiosos nas aulas. Este é um bom exemplo de ensinar e aprender. Texto 24: LEITURAS DE ADOLESCENTES Autor: Mariana Andrade Pires, nº 12, 10º A Data de edição: Janeiro 2008 A leitura devia fazer parte da vida dos adolescentes. Mas será a leitura assim tão importante para os adolescentes de hoje em dia? No meu ponto de vista, é importante nós, os adolescentes, lermos, pois enriqueceremos o nosso vocabulário e estaremos mais informados acerca de outras culturas. Não poderemos dizer que não lemos porque não temos livros porque bibliotecas ao longo do país não faltam, por exemplo a Biblioteca Municipal de Matosinhos, situada ao lado da Câmara Municipal, é um bom sítio porque tem livros novos e antigos que despertam a nossa curiosidade e atenção. O gosto pela leitura deve-se adquirir desde pequeno, quando se entra para a escola primária, para se criar hábitos de leitura. A leitura, ao enriquecer o nosso vocabulário e a nossa cultura, faz com que tenhamos uma melhor capacidade de argumentação para discutirmos sobre assuntos actuais e importantes. A leitura regular permite-nos ainda escrever melhor e interpretar textos por mais complicados que sejam. De facto, a leitura é, sim, importante para os adolescentes de hoje em dia. Mas estarão eles, os adolescentes, preparados para deixar a leitura fazer parte da sua vida? Texto 25: A RÃ E O BOI, em 3 versões Autor: Francisco Guerreiro, nº 12, Ana Rita Pires, nº 1, João Reis, nº 15, 7º E Data de edição: Janeiro 2008 A rã e o boi 1 Num lago vivia uma rã que, todos os dias, via passar um boi a arrastar uma carroça. Todos os dias a rã dizia para si: "Eu também tenho força, se calhar até tenho mais força que o boi!" Saiu do lago, amarrou-se a uma pedra, tentou arrastá-la, mas não conseguiu. Encontrou uma carroça, amarrou-se a ela, tentou puxá-la, mas não conseguiu mais uma vez. Encontrou uma rocha enorme, tentou puxá-la, e puxá-la, e puxá-la…, mas mais uma vez sem êxito. Pediu às suas amigas, para se amarrarem umas às outras. Puxou-as com a sua força máxima, e voltou a não conseguir Como era muito ambiciosa, foi à árvore maior da floresta, que tinha uns cortes de uns lenhadores, que não acabaram o serviço, amarrou-se a ela e puxou. A árvore caiu em cima dela e a rã morreu. A ambição pode vir a fazer grandes males a quem quiser ser mais forte do que realmente é. Francisco Guerreiro, nº 12, 7ºE A rã e o boi 2 Certo dia, a Rã fez uma proposta ao Boi, que costumava passar pelo charco onde ela vivia. -Meu amigo, gostava de lhe fazer um convite! – disse a Rã. -Diga lá. Quer convidar-me para quê? -Na verdade, é mais uma proposta do que um convite…Gostava que fizesse uma corrida comigo… - afirmou a Rã. -Consigo? Uma corrida? Mas não sabe que está prestes a perder comigo? perguntou o Boi. -Oh! É melhor não falar antes do tempo… Quer competir comigo ou não? – perguntou ela de novo. - Bem, … eu não tenho nada a perder, por isso, vamos a isso. – respondeu o Boi. -Óptimo! Então encontramo-nos amanhã, aqui, e veremos quem consegue chegar primeiro àquelas árvores ali ao fundo. – retorquiu a outra. -Combinado. Então até amanhã! – respondeu ele. No dia seguinte, como estava combinado, encontraram-se e a corrida começou. A princípio ia a Rã à frente, a saltitar, mas depois o amigo ultrapassou-a… Quando já estavam quase a acabar, a Rã deu um salto muito grande, e ganhou! O Boi estava confiante, mas no fim…acabou por perder. Não se deve falar antes do tempo! Ana Rita Pires, nº 1, 7º E A rã, o boi e a paixão 3 Era uma vez uma rã muito triste, pois, num dia de chuva, tinha perdido os seus cinco filhos, apenas ela sobreviveu. Um dia, decidiu que já não queria estar mais triste, queria fazer uma longa viagem e nunca mais voltar àquela pequena ilha cheia de más recordações. Na sua viagem por mar e por terra, foi conhecendo novos animais, que a ajudaram a percorrer os melhores caminhos. Até que chegou a uma pequena ilha com uma palmeira e logo se apaixonou à primeira vista. Então perguntou: – Olá, como te chamas? – Olá, eu sou o Caramulo, e tu? – respondeu um boi. – Eu sou a Bic, estou de viagem e tenho muita sede. Será que me poderás dar um copo de sumo de coco? – perguntou de novo a rã. – Com certeza, anda comigo ali a minha casa que eu próprio te farei um belo sumo e poderás descansar um pouco!– referiu o boi, com gentileza. Certo é que, mal a rã entrou em casa do boi, ele também se apaixonou de imediato por ela. É estranho um boi corpulento viver para sempre com uma pequena rã. Mas assim foi, a rã deixou de ser triste e o boi passou a ficar acompanhado pela sua única paixão. João Pedro Reis, nº 15, 7º E